Argumentação, retórica e filosofia (de acordo com manual "Pensar Azul")
Discurso Argumentativo e Retórica (de acordo com manual "Pensar Azul")
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Filosofia 11º Ano, 2012 JB
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III Racionalidade Argumentativa
2. Argumentação e Retórica
SumárioLógica formal e argumentação
Elementos da comunicaçãoargumentativa: ethos, pathos e logos
Domínios de intervenção da retórica
Estrutura e organização do discursoargumentativo
2.1 O Domínio do Discurso Argumentativo – A Procura de Adesão do Auditório
Problema
O que é um discurso argumentativo?
Discurso argumentativo e a adesão do auditório
Todos os dias utilizamos o discurso para
levar os nossos interlocutores a aderir
às nossas opiniões – chamamos a isto
comunicação argumentativa.
Estamos no domínio da lógica informal,
mais centrada nos efeitos
da comunicação do que na validade
formal dos argumentos.
Lógica formal e lógica informal
Distingue-‐se demonstração de argumentação
é tarefa da lógica formal, cujo domínio é a validade dos argumentos
demonstração argumentação é tarefa da lógica informal, cujo domínio são os efeitos da comunicação
ab
c
a2 = b2 + c2
Demonstração
validade dos argumentos o constringente
Domínio Característicasum cálculo impessoal avalia a validade de um raciocínio usa linguagem artificial, não equívoca
visa uma verdade universal e necessária
Argumentação (retórica)
comunicação (visa obter
a adesão de um auditório)o verosímil
DomínioCaracterísticasé pessoal: supõe um auditórioé comunicação, diálogo e discussãoestá situada num contexto precisoé um poder exercido através do discurso utiliza a linguagem natural, equívoca
argumentação retórica
O que é a retórica
Retórica é o domínio da lógica informal
que estuda a arte de falar com eloquência. Nasceu
na democracia da Grécia Clássica
e foi estudada por Aristóteles.
Aristóteles distinguiu entre:
ARISTÓTELES384-‐322 a.C.
raciocínios analíticos, ou demonstrativos
e raciocínios dialécticos, ou argumentativos
Aristóteles considerou a retórica como
um instrumento necessário para discutir
e persuadir acerca do que é apenas provável.
O que é a retórica
No século XX, os debates sobre problemas
axiológicos, éticos e jurídicos levaram
à renovação da retórica.
O filósofo Chaim Perelman, de origem polaca,
foi um dos contribuiu para essa renovação.
Retomando a concepção aristotélica, Perelman
construiu uma «teoria da argumentação»,
ou «nova retórica».PERELMAN
1912-‐1984
Argumentação – condições sine qua non
A comunicação argumentativa é uma relação intersubjectiva e pressupõe:
a existência de uma língua comum, em geral, uma língua natural, uma vez que a comunicação decorre no contexto da vida quotidiana
o reconhecimento implícito, tanto pelo orador como pelo auditório, de que a outra parte é constituída por seres, dotados de razão, capazes de compreender os argumentos e de ser convencidos através dos discursos
1 2
Argumentação – condições sine qua non
A comunicação argumentativa pressupõe:
o carácter persuasivo do discurso
o recurso a técnicas psicológicas e a elementos capazes de desencadear estados emocionais
3 5
o recurso a estratégias de persuasão
4a utilização de imagens e / ou sons para criar um ambiente adequado à mensagem a transmitir e à reacção a obter
6
Características gerais da retórica
A comunicação argumentativa:
usa recursos estilísticos e artifícios discursivos como meio de persuasão
pretende modificar as crenças, as atitudes e o comportamento do auditório
1 3
serve-‐se da linguagem comum
2tem maior preocupação com a sedução do auditório do quecom a verdade
4
A maior parte da comunicação tem um carácter persuasivo, visa influenciar o pensamento, os sentimentos e a acção dos interlocutores. O meio usado é o discurso argumentativo.
O s argumentos podem ser válidos e não convencerem. Para ser convincente,o discurso deve usar argumentos válidos e com força persuasiva.
domínio do constringente
centra-‐se na análise da validade dos argumentos
demonstração da relação necessária entre a verdade das premissas e a da conclusão
processo de inferência impessoal
(argumentação) domínio do verosímil
centra-‐se nos efeitos da comunicação processo de negociação racional de consensos
analisa os aspectos expressos em linguagem natural e situados no contexto em que ocorrem
RetóricaArte de falar com eloquência, com o objectivo de persuadir.
Surgiu na Grécia clássica.
Objectivo: preparar as elites políticas para falar nas assembleias, fazendo-‐as aprovar as propostas apresentadas.
Aristóteles teorizou e sistematizou a retórica antiga. Chaim Perelman renovou a importância da retórica,
Exercícios 1 e 2
Elementos da comunicação argumentativa
A comunicação argumentativa supõeum orador, um auditório e um discurso.
Aristóteles chamou…
à dimensão do orador
ethos à disposição do auditório
pathos à organização do discurso
logos
Elementos da comunicação argumentativa
Alguém que se propõe exercer uma certa influência: o que é determinante é a vontade de agradar, de persuadir, de seduzir, de convencer, através de belos discursos ou de argumentos racionais.
orador
ethos
Elementos da comunicação argumentativa
Pessoa ou pessoas que o orador pretende influenciar. O que conta é a decifração das intenções e do carácter do orador, a inferência que temos o direito de fazer a partir daquilo que é enunciado literalmente.
auditório
pathos
Elementos da comunicação argumentativa
Conjunto dos argumentos organizados de modo a persuadir. Hoje designa o medium (meio – palavra ou imagem) que transmite a mensagem. Refere a racionalidade dos argumentos e o tipo e a estrutura dos discursos.
discurso
logos
Estratégias discursivas
Para exercer influência sobre o auditório
através do discurso e não pela força,
o orador tem de usar estratégias
adequadas ao auditório,
às suas características psicológicas, conhecimentos, crenças e valores, para o levar a interessar-‐se, a ouvir e a dialogar.
Procedimentos mais usados:
Situações reais ou fictícias, para facilitar a compreensão da mensagem
Exemplos e analogias
Estratégias discursivas
Apelar à imaginação para motivar e facilitar a compreensão da mensagem
Metáforas e alegorias
Insistir numa ideia-‐chave
Repetição de uma ideia
Procedimentos mais usados:
Modular a voz e usar o tom adequado para induzir estados emocionais no auditório
Alteração do tom de voz
Estratégias discursivas
Dizer o contrário daquilo que as palavras significam, alterando o tom de voz ou sorrindo
Ironia
Comunicar através do movimento (como num bailado, por exemplo)
Linguagem gestual Uso de emoções
Usar a dramatização (teatralização), a sedução amorosa e o jogo para produzir emoções favoráveis
«[Não devemos produzir argumentos excessivos. Por isso], os Chineses enunciam a seguinte máxima: aquele que é eloquente e que tem a língua afiada só deverá enunciar metade de uma proposição; e aquele que tem a razão do seu lado pode voluntariamente sacrificar três décimas do seu discurso.»
Schopenhauer, A. Le monde comme volonté et comme représentation.
Estratégias discursivas
Sugestão de Schopenhauer:
SCHOPENHAUER1788-‐1860
ethos à dimensão do orador; o seu objectivo é persuadir o auditório
pathos à disposição emocional do auditório; o seu objectivo é ponderar a aceitação da mensagem
logos à organização lógico-‐racional do discurso; hoje designa o meio de transmissão da mensagem
Elementos da comunicação argumentativa:
ethos, pathos e logosA comunicação argumentativa supõe um orador, um auditório e um discurso.
Aristóteles chamou:
O orador pode usar diferentes estratégias, em função das características do auditório:
partir de exemplos e invocar situações reais ou fictícias
usar comparações para facilitar a compreensão da mensagem
apelar à imaginação do auditório e usar imagens apelativas (caso da publicidade)
repetir uma frase (um slogan) para vincar uma ideia
usar diferentes gestos e modelações de voz
usar figuras de estilo: ironia, metáforas, analogia e metonímias
Exercício 3
São muitos os domínios onde se usa a retórica:
comunicação
quotidiana
Usos da retórica
discurso político e jurídico
discurso dos meios de comunicação social; discurso publicitário
Na política, quer nos regimes democráticos quer nos regimes totalitários, a retórica é usada para formar, controlar e manipular a opinião pública. Do mesmo modo, quer os meios de comunicação social quer a publicidade adoptam procedimentos retóricos para captar a atenção dos seus auditórios.
Retórica e opinião pública
Factores que influenciam a opinião pública
Emoções colectivas
Factores sociais
Meios de comunicação social
Líderes de opinião
Factores individuais
Factores individuais
Como os seres humanos têm tendência gregária (pertencer a um grupo) e gostam de partilhar crenças, opiniões e valores, estão predispostos a aceitar o que lhes facilite a sua integração social.
Factores que influenciam a opinião pública
Factores sociais
Cada grupo ou classe social tem um conjunto de estereótipos e preconceitos que se traduzem em atitudes e comportamentos considerados normais, entre os membros desse grupo, e que são como que cartões de identificação, ou passwords, necessários para que se estabeleça a comunicação.
Factores que influenciam a opinião pública
Emoções colectivas
Quando as pessoas estão em multidão, o nível de capacidade crítica e de discernimento racional diminui, porque as mensagens emotivas se comunicam mais rapidamente e são mais fortes. Isto cria uma empatia que permite a difusão de ideias simples (não analisadas pelo auditório) e que facilita o controlo e a manipulação da multidão.
Factores que influenciam a opinião pública
Líderes de opinião
Os líderes de opinião são pessoas que, pela sua autoridade, prestígio ou carisma, influenciam a constituição de representações colectivas e orientam os comportamentos das pessoas.
Factores que influenciam a opinião pública
Meios de comunicação social
É conhecida a força dos meios de comunicação social para condicionar e manipular as emoções do auditório através de artigos de opinião, filmes, documentários e outros programas.
O poder político procura controlar os meios de comunicação social, reconhecendo a capacidade persuasiva das suas mensagens.
Factores que influenciam a opinião pública
Domínios de intervenção da retórica
A retórica é usada no discurso político e jurídico
nos meios de comunicação social
no discurso publicitário
Todos estes discursos contribuem para a formação e o controlo da opinião pública.
Factores que influenciam a opinião pública
Factores individuaisFactores sociaisEmoções colectivasLíderes de opiniãoMeios de comunicação social
Exercício 4
Na nossa sociedade, a retórica é aplicada na actividade publicitária (quer no marketing comercial,
quer no político), que usa sobretudo mensagens visuais e auditivas.
Discurso publicitário
Ditado chinês
«Vale mais uma imagem
que mil palavras»
A figura de retórica a utilizar numa campanha é discutida e analisada, de modo a compatibilizar a ideia com o produto anunciado (acordo entre a mensagem e o signo).
Também deve adequar-‐se ao canal, pois deverá ser diferente conforme se destine a ser usada num anúncio televisivo, na comunicação escrita ou num outdoor.
Planificação de um anúncio publicitário
O que faz a publicidade para seduzir o seu auditório
Utiliza a sedução, provocando carências e despertando o desejo de as satisfazer
Propõe um jogo de associações semânticas
Explora o poder da palavra e da imagem
Impõe uma escala de valores concretizada nos objectos publicitados
O que faz a publicidade para seduzir o seu auditório
Apela à sensibilidade
Manipula símbolos para alterar a avaliação que os receptores fazem da realidade
Mobiliza o desejo
Induz o consumidor à opção por um determinado produto
Estratégias da publicidade
afagar o ego do auditório
envolvê-‐lo emocionalmente
buscar a sua simpatia
fazê-‐lo identificar-‐se com o apelo
faz crer que aderir ao apelo dá um estatuto superior
Objectivos
início
Estratégia usar a mensagem emotiva
usar artifícios psicológicos
de persuasão
original
sintético
impessoal
com sonoridade
Slogan
Tácticas da publicidade
curta
directa
memorizável;
evocativa das qualidades a associar ao produto
MarcaTexto
coloquial
simples
pessoal
informal
busca da intimidade
Tácticas da publicidade
A publicidade utiliza a retórica para induzir o consumo. Recorre a símbolos, imagens, valores e associações semânticas.Estratégias e objectivos: persuasão; envolvimento emocional e psicológico do auditório.Tipos de mensagem: texto, marca e slogan.
Um discurso argumentativo deve ter uma estrutura e uma organização adequadas ao auditório.
Um dos modelos de organização mais utilizados é o seguinte:
Estrutura do discurso argumentativo
ConclusãoSíntese final
3.º momentoCampo argumentativoArgumento 1, 2, n
Refutação de possíveis contra-‐argumentos
2.º momento1.º momentoIntroduçãoTema (subtemas)– tese do autor sobre esse tema
Neste sermão, este mestre português da retórica sugeriu, para o discurso argumentativo, uma organização em três momentos:
Estrutura do discurso argumentativo
manual, p. 102
Estrutura do discurso
manual, p. 102
Como elaborar um discurso argumentativo
TarefasPerguntas
Qual o objectivo deste discurso? Estabelecer um objectivo
Onde obter informação sobre o tema? Estabelecer as fontes de informação
Qual o assunto ou tema a tratar? Definir o tema
Qual é a tese a defender? Sublinhar o sentido e a utilidade da tese
Como elaborar um discurso argumentativo
TarefasPerguntas
Como organizar o discurso? Definir conceitos, estruturar ideias e construir bons argumentos
Como responder às refutações? Antecipar possíveis respostas
Quais são as conclusões da investigação? Apresentar uma conclusão
Como se caracteriza o auditório? Fazer um diagnóstico das motivações do auditório
O discurso está inteligível? Pedir opiniões críticas antes da apresentação
Regras para construir
Para construir bons argumentos (segundo Anthony Weston):
Distinguir claramente entre premissas e conclusão
Apresentar as ideias a defender segundo uma ordem natural
Usar premissas fidedignas, evitando a linguagem tendenciosa
Usar termos consistentes e um só sentido para cada termo
Para construir bons argumentos (segundo Sérgio Navega):
Aceitabilidade
As premissas têm de ser aceitáveis (aceitável é diferente de verdadeiro)
Relevância
Premissas relevantes fornecem as razões para que possamos crer na veracidade da conclusão
Suporte / justificação
As premissas propostas devem ser suficientes para podermos aceitar a alegação nelas implícita
Refutabilidade
Um bom argumento deve possibilitar e proporcionar uma refutação efectiva de todos os argumentos que conduzam ao oposto do que estamos a afirmar
Regras para construir bons argumentos
Exercícios 5 e 6
Usos da retórica
Discursos: político jurídico publicitário dos media
contribuem para a formação da opinião pública
Estrutura do texto argumentativo introdução campo argumentativo conclusão
Os exercícios continuam no “Moodle”Jorge Barbosa, 2012
Filosofia 11º Ano, 2012 JB
?Lógica informal – estudo da argumentação que não depende exclusivamente da sua forma lógica. A lógica formal estuda as formas de argumento válido.
?Comunicação argumentativa – exposição metódica que visa influenciar o pensamento, os sentimentos e a acção do receptor.
?Discurso – processo de troca de mensagens cuja finalidade é a procura da adesão dos outros às nossas teses, perspectivas ou opiniões.
V / FAfirmações
Diga quais são as afirmações verdadeiras e quais são as falsas.
V
F
F
Exercício 2
Filosofia 11º Ano, 2012 JB
?Constringente diz-‐se do que é eventualmente verdadeiro, ou seja, o provável.
?Verosímil diz-‐se de uma conclusão que necessariamente decorre das premissas.
?A argumentação respeita ao domínio do verosímil.
?A demonstração respeita ao domínio do constringente.
V / FAfirmações
Diga quais são as afirmações verdadeiras e quais são as falsas.
F
F
V
V
Filosofia 11º Ano, 2012 JB
?Aristóteles chamou pathos à disposição do auditório.
?Aristóteles chamou ethos à organização do discurso.
?Aristóteles chamou logos à dimensão do orador.
V / FAfirmações
Diga quais são as afirmações verdadeiras e quais são as falsas.
V
F
F
Filosofia 11º Ano, 2012 JB
Opinião pública é o conjunto de representações que os cientistas sociais fazem da sua colectividade.
Opinião pública é o conjunto de representações da colectividade que um indivíduo tem.
Opinião pública é o conjunto de representações da realidade partilhadas por uma dada colectividade.
Indique a opção verdadeira.
1
3
2
Filosofia 11º Ano, 2012 JB
?O discurso argumentativo está organizado em três momentos: introdução, campo argumentativo e conclusão.
?O discurso argumentativo está organizado em três momentos: tema, campo argumentativo e conclusão.
?O discurso argumentativo está organizado em quatro momentos: introdução, tema, campo argumentativo e conclusão.
V / FAfirmações
Diga quais são as afirmações verdadeiras e quais são as falsas.
V
F
F
Exercício 6
Filosofia 11º Ano, 2012 JB
?Num discurso argumentativo, o campo argumentativo destina-‐se a defender a tese do autor.
?Num discurso argumentativo, a tese do autor deve ser defendida na conclusão.
?Num discurso argumentativo, a introdução deve apresentar a tese do autor sobre o tema.
?Num discurso argumentativo, o tema deve ser apresentado na conclusão.
V / FAfirmações
Diga quais são as afirmações verdadeiras e quais são as falsas.
V
F
V
F
Discurso
(argumentativo) Exposição metódica que visa influenciar o pensamento, os sentimentos e a acção do receptor.
Comunicação argumentativa
O processo de troca de mensagens cuja finalidade (telos) é a procura da adesão dos outros às nossas teses, perspectivas ou opiniões.
Lógica informal
Estudo dos aspectos da argumentação que não dependem exclusivamente da forma lógica, analisando os argumentos em linguagem natural e no contexto em que ocorrem.
Constringente
Diz-‐se de uma conclusão que decorre necessariamente das premissas.
Verosímil
Diz-‐se do que se pode admitir como eventualmente verdadeiro, ou seja, o provável.
Argumentação
Designa a actividade social, intelectual e discursiva que, utilizando um conjunto de razões bem fundamentadas (argumentos), visa justificar ou refutar uma opinião e obter a aprovação e a adesão de um auditório, com o intuito de alterar o seu comportamento.
Retórica
Nome que a antiguidade clássica grega e romana atribuía à arte (a um conjunto de teoria e prática) de persuadir através da palavra (discurso). Designa a arte de falar com eloquência com o objectivo de conseguir o assentimento (acordo) e o convencimento (adesão) do auditório. Há retórica sempre que se procura convencer outrem, sempre que há intenção persuasiva. No século XX, a retórica clássica deu lugar ao que alguns autores chamam a «nova retórica»
Aristóteles
No século IV a.C., este filósofo grego definiu retórica como «capacidade de descobrir o que é adequado a cada caso com o fim de persuadir».
Nova retórica
Designação atribuída aos estudos levados a cabo por Chaim Perelman (século XX), que contribuíram para recuperar a importância da retórica, definida como uma teoria da argumentação e coincidindo com o domínio da lógica informal.
Ethos
Designa a autoridade moral do orador, que argumenta (elemento racional) e seduz (elemento emotivo) para persuadir o auditório.
Logos
Designa o elemento racional de comunicação orador / auditório que é próprio do discurso.
Pathos
Designa a disposição emocional dos ouvintes para ponderar a aceitação da mensagemdo orador.
Schopenhauer
Filósofo alemão (1788-‐1860), autor de O mundo como vontade e como representação.Influenciado pela filosofia kantiana, especialmente pela concepção de fenómeno, Schopenhauer defendeu que o mundo é apenas representação.
Opinião pública
Designa a convicção ou juízo colectivo a respeito de um determinado assunto; portanto, é o conjunto de representações da realidade partilhadas por uma dada comunidade.
Validade
Propriedade formal dos argumentos dedutivos. É diferente de verdade: enquanto esta é uma propriedade das proposições, a validade é uma propriedade dos argumentos.