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Disciplina: Proposta Curricular para os Anos Iniciais da Educação Básica
(Segundo Ciclo da Alfabetização)
Autores: Alessandra Schreiber Antunes
Revisão de Conteúdos: Carolinne Prado Engelhardt
Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso
Ano: 2016
Proposta Curricular para os Anos Iniciais da Educação Básica
(Segundo Ciclo da Alfabetização)
ANO 2016
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz!
Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio
Chatagnier, nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº
299 de 27 de dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e
Extensão Universitária.
A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas
também brasileiros conscientes de sua cidadania.
Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e
estudantes.
Bons estudos e conte sempre conosco!
Faculdade São Braz
Apresentação da Disciplina
Atualmente, os educadores vivenciam uma busca constante da garantia
de uma educação de qualidade, realmente democrática, onde todos tenham
acesso ao conhecimento, uma vez que aprender a ler e a escrever é um direito
de todos, que precisa ser garantido através de uma prática educativa baseada
em princípios ligados a uma escola inclusiva.
Nesse sentido é que será abordado esse tema tão abrangente que é a
Alfabetização, serão apresentados como se configura o ato de ensinar ler e
escrever numa perspectiva de alfabetizar letrando, que o objetivos devem ser
alcançados pelos estudantes do segundo ciclo de alfabetização, assim como a
utilização de jogos e brincadeiras nesse percurso de aprendizagem.
Aula 1 – Proposta Curricular Para os Anos Iniciais da Educação Básica
(Segundo Ciclo de Alfabetização)
Apresentação Aula 01
Ao se falar em alfabetização de crianças, deve-se refletir sobre as
diversas práticas de ensino da leitura e da escrita, desde as que se baseiam ao
ensino de letras, sílabas e palavras com base em métodos sintéticos ou
analíticos e que usam textos cartilhescos, até as que buscam inserir o estudante
em práticas sociais de leitura e escrita, que atualmente são defendidas por
diversos autores e estudiosos da área, buscando assim uma mudança no
cenário do ensino da Língua Portuguesa, tendo como espaço primordial e oficial
desse ensino a escola.
1 Alfabetizar Letrando
A escola deve ser vista como uma escola democrática, e deve buscar a
aprendizagem de todos, dessa forma, sua função é ser uma transmissora de
conhecimento, pois não se pode esquecer que a educação é um direito de todos
(Art 6º da Constituição Federal).
Saiba Mais
A Rede Municipal de Curitiba organizam os Ciclos de Aprendizagem em dois segmentos o primeiro é composto por cinco anos, sendo o Ciclo I – etapa inicial de 3 anos (primeiro, segundo e terceiro ano) e o ciclo II – 2 anos (quarto e quinto ano).
Fonte: http://multimidia.educacao.curitiba.pr.gov.br/2014/6/pdf/00038802.pdf
Por muito tempo a alfabetização foi vista como a simples sistematização
do “B + A = BA”, ou seja, como a aquisição de um código fundado na relação
entre fonemas e grafemas, onde era necessário que primeiro se aprendesse
todas as letras para depois juntá-las formando sílabas e somente depois de
saber todas essas junções, as quais se dava o nome de “famílias silábicas”, para
por fim juntar tais sílabas e formar algumas poucas palavras, em que muitas
vezes não apresentavam sentido algum, ligadas a todos com menos contexto
ainda, como pode-se observar no exemplo abaixo:
Fonte: Oliveira, disponível em: http://www.piraquara.pr.gov.br/aprefeitura/secretariaseorgaos/educacao/uploadAddress/2_Encontro_PA[959].pdf
Porém dentro de uma perspectiva de alfabetizar letrando defendida por
vários estudiosos e escritores sobre o ensino da Língua Portuguesa, para melhor
compreender como esse processo se dá, faz-se necessário compreender o
conceito de alfabetização e o de letramento para posteriormente entender como
os mesmos se interligam dentro do processo de aprendizagem.
Segundo Magda Soares alfabetizar consiste em tornar o indivíduo capaz
de ler e escrever. A alfabetização se ocupa da aquisição da escrita, por um
indivíduo ou grupo de indivíduos, sendo o processo pelo qual se adquire o
domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja,
domina a técnica da leitura e da escrita. Pode-se afirmar então que a
alfabetização é um processo no qual o indivíduo assimila o aprendizado do
alfabeto e a sua utilização como código de comunicação. Esse processo não se
deve resumir apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas (codificação e
decodificação) do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender,
criticar e produzir conhecimento.
A alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral, a mesma tem sido entendida tradicionalmente como um processo de ensinar e aprender a ler e escrever, portanto, alfabetizado é aquele que lê e escreve.” (RIBEIRO, 2003, p. 91)
Magda Soares (1998, s/p) ainda afirma que: “O termo letramento tem sido
utilizado atualmente por alguns estudiosos para designar o processo de
desenvolvimento das habilidades de leitura e de escrita nas práticas sociais e
profissionais”.
Tal termo surgiu por conta das novas demandas da sociedade, cada vez
mais centrada na escrita, que exigem adaptabilidade às transformações que
ocorrem em ritmo acelerado, atualização constante, flexibilidade e mobilidade
para ocupar novos postos de trabalho. Os que defendem o termo "letramento"
insistem que ele é mais amplo do que a alfabetização, ou que eles são
equivalentes.
Letramento é o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um
indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita. É usar a leitura e
a escrita para seguir instruções (receitas, bula de remédio, manuais de jogo),
apoiar à memória (lista), comunicar-se (recado, bilhete, telegrama), divertir e
emocionar-se (conto, fábula, lenda), informar (notícia), orientar-se no mundo (o
Atlas) e nas ruas (os sinais de trânsito).
Segundo Soares (2000, p.42), letramento é:
Estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita. [...] Letramento é prazer, é lazer, é ler em diferentes lugares e sob diferentes condições [...] Letramento é informar-se através da leitura, é buscar notícias e lazer nos jornais, é interagir com a imprensa diária, fazer uso dela, selecionando o que desperta interesse, divertindo-se com as tiras de quadrinhos.
Para melhor clarear o significado do termo letramento e de como o
trabalho baseado nessa perspectiva acontece, tem como sua base de trabalho
gêneros textuais que circulam socialmente, com significado e função social para
quem os lê, como: notícias, bula de remédios, receitas, manuais de instrução,
panfletos, propagandas, dentre outros.
Pode-se concluir que alfabetizar letrando é a ação de ensinar e aprender
as práticas sociais e da escrita, ou seja, um conjunto de práticas sociais, que
utilizam a escrita como sistema simbólico, como tecnologia em contextos
específicos da escrita, que denomina-se letramento, que implica habilidades
variadas, tais como: capacidade de ler e escrever para atingir diferentes
objetivos, permitir que o indivíduo interprete, divirta-se, sistematize, confronte,
induza, documente, informe, oriente-se, reivindique, e garanta a sua memória,
garantindo-lhe a sua condição diferenciada na relação com o mundo e
compreender o que se lê. Deve ser um processo sistematizado.
Fonte: http://www.papodemaeparamae.com.br/educacao/brincadeiras-antigas-para-divertir-as-criancas/
Na ambivalência desse conceito, encontra-se o desafio dos educadores
diante do ensino da língua escrita: o alfabetizar letrando, ou seja, desenvolver
no indivíduo a necessidade de associar a teoria e prática.
O letramento inicia-se quando a criança começa a conviver com as
diferentes possiblidades da escrita na sociedade e se amplia dia a dia por toda
vida, com a participação nas práticas sociais que envolvem a língua escrita.
1.1 Métodos
• Sintéticos ou analíticos e que usam textos cartilhescos;
• Os que buscam inserir o estudante em práticas sociais de leitura e escrita.
Listas, revistas (coisas cotidianas).
Fonte: http://pedagogiaaopedaletra.com/historia-das-cartilhas-de-alfabetizacao-as-mais-antigas/
É papel da escola – de acordo com a pesquisadora da área da linguagem
Magda Soares (1998) – democratizar o acesso e ampliar o convívio com
múltiplas situações e intenções de leituras. O leitor é diferente a cada prática
leitora. São inúmeros os gestos, os modos de ler, sempre atrelados ao objetivo
da leitura. Ler silenciosamente, em voz alta, rapidamente, sublinhar o texto,
anotar nas bordas das páginas, deter-se às imagens e apelos visuais, ler nas
entrelinhas, aprofundar, reler quando surgem dúvidas.
Amplie Seus Estudos
SUGESTÃO DE LEITURA
Leia a obra da pesquisadora Magda Soares, “Letramento: um tema em três gêneros.” (2000) onde ela discorre sobre o que vem a ser o letramento e como este se configura dentro da Educação.
Pode-se perceber que nos últimos anos houve uma grande mudança nas
aulas de Língua Portuguesa, com a introdução do trabalho com os gêneros
textuais à escola. Porém não basta apenas explorar as características de cada
gênero, pois se faz necessário realizar um trabalho contextualizado e
significativo que explore os conteúdos para o aluno. Dolz e Schneuwly (1998,
s/p) acreditam que somente:
Uma proposta de ensino/aprendizagem organizada a partir de gêneros textuais permite ao professor a observação e a avaliação das capacidades de linguagem dos alunos; antes e durante sua realização, fornecendo-lhe orientações mais precisas para sua intervenção didática. Para os alunos, o trabalho com gêneros constitui, por um lado, uma forma de se confrontar com situações sociais efetivas de produção e leitura de textos e, por outro, uma maneira de dominá-los progressivamente.
Dentro dessa perspectiva do trabalho com os gêneros textuais, pode-se
afirmar que na turmas do segundo ciclo de alfabetização, o trabalho deve
basear-se em texto ligados ao cotidiano dos estudantes e que lhes despertem
o interesse e que também possibilitem explorar os conteúdos referentes ao
quarto e quinto ano do Ensino Fundamental, conteúdos esses que referem-se
ao conhecimento dos conceitos gramaticais e sua posterior utilização nas
produções escritas dos estudantes dessa fase da escolaridade, nos quais os
mesmos tenham a capacidade de escrever textos com coesão e coerência.
Para isso sugere-se que as atividades que serão trabalhadas com os alunos,
sejam organizadas internamente e entre si, permitindo a construção gradual de
conhecimentos e o desenvolvimento de competências requeridas pelas
próprias práticas de linguagem, incluindo as de análise, reflexão e crítica.
Resumo da Aula 01
Nesta aula abordou-se conceitos sobre letramento e alfabetização,
chegando ao que se espera hoje em dia, que é o conceito de alfabetizar letrando.
Também foi visto sobre como era ensinado antigamente, com as cartilhas, e o
que se espera da alfabetização nos dias atuais.
Atividade de Aprendizagem
Após estudar o conteúdo da aula, qual a diferença entre o método utilizado antigamente (cartilhas) quando se compara com o método atual (inserir aluno nas práticas sociais de leitura e escrita)?
Aula 2 – Objetivos Educacionais Relacionados a Língua Portuguesa na
Educação Básica
Apresentação Aula 02
Nesta aula serão conhecidos os objetivos educacionais que são
propostos para o ensino da Língua Portuguesa na Proposta Curricular para os
Anos Iniciais da Educação Básica no segundo ciclo de alfabetização.
2 Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Segundo o que prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira
(LDB) 9394/96, o direito a educação básica é garantido a todos os brasileiros,
onde se estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Em seu artigo
22 relata-se que tais diretrizes “tem por finalidade desenvolver o educando,
assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.
2.1 Dos Objetivos Educacionais Gerais Relacionados ao Ensino de 9
Anos
Se estabelece no artigo 32 da LDB 9394/96 que o ensino fundamental é
obrigatório e com duração de nove anos, gratuito na escola pública, iniciando-se
aos 6 (seis) anos de idade, e terá por objetivo a formação básica do cidadão.
LEI Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Seção III DO ENSINO FUNDAMENTAL
Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito
na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição
de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social. §1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. §2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar no
ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino.
§3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.
§4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf
Tais objetivos estão estabelecidos com base na Resolução nº 07, de 14
de dezembro de 2010, do Conselho Nacional de Educação, que fixa Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos, onde são
descritos os direitos gerais de aprendizagem dos educandos no que se refere ao
ensino de conhecimentos específicos da língua portuguesa, tais conhecimentos
e capacidades estão organizados por eixos, sendo esses: leitura, produção de
textos escritos, oralidade e análise linguística.
Esses objetivos foram estabelecidos tendo em vista que se vive em uma
sociedade grafocêntrica, ou seja, não basta apenas saber ler e escrever, é
preciso também saber fazer uso do ler e do escrever, saber responder às
exigências de leitura e de escrita da sociedade, que se manifesta em níveis
diferenciados. Como afirma SOARES (1996, p. 85),
[...] do ponto de vista individual, o aprender a ler e escrever - alfabetizar-se, deixar de ser analfabeto, tornar-se alfabetizado, adquirir a 'tecnologia' do ler e escrever e envolver-se nas práticas sociais de leitura e de escrita – tem consequências sobre o indivíduo, e altera seu estado ou condição em aspectos sociais, psíquicos, culturais, políticos, cognitivos, linguísticos e até mesmo econômicos; do ponto de vista social, a introdução da escrita em um grupo até então ágrafo tem sobre esse grupo efeitos de natureza social, cultural, política, econômica, linguística. [...] É esse, pois, o sentido que tem letramento. [...] Letramento é, pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever: o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita.
2.2 Objetivos Propostos para as Turmas do Segundo Ciclo de
Alfabetização, Compreendidas pelo 4º e 5º Ano
2.2.1 Oralidade
Em relação à capacidades básicas, está compreender textos orais de
diferentes gêneros, em diferentes situações comunicativas, e; produzir textos
orais de diferentes gêneros, com adequação à situação comunicativa. Já as
capacidades que os alunos deverão desenvolver são:
1. Relacionar os diferentes gêneros orais à situação em que são usados.
2. Ouvir e compreender a leitura de textos de diferentes gêneros adequados
à sua faixa etária, ao seu grau de escolaridade e aos seus interesses
(avisos, circulares, convites; trovas, quadrinhas, notícias etc.).
3. Ouvir com gosto e compreensão a leitura de obras literárias (histórias
infantis, contos de fada, poemas, lendas, fábulas).
4. Realizar com pertinência ações orientadas pela compreensão de
instruções orais adequadas à faixa etária e ao grau de escolaridade
(exercícios e tarefas escolares, jogos e brincadeiras, montagem de
objetos etc.).
5. Ler empregando ritmo, entonação e postura, adequados à situação
comunicativa, na produção de textos orais e na oralização de textos
escritos (poesia, canção, jogral, teatrinho etc.).
6. Produzir textos de diferentes gêneros orais (história, caso, piada, rap,
aviso, relato de experiência pessoal, exposição de trabalho escolar, etc.),
empregando a variedade linguística adequada.
7. Recontar oralmente histórias lidas ou ouvidas.
8. Expressar, oralmente, com clareza, a compreensão de textos orais
ouvidos e de textos lidos.
9. Posicionar-se criticamente diante de textos orais, formulando apreciações
e valorações estéticas, éticas, políticas e ideológicas.
2.2.2 Análise Linguística
Quanto à Compreensão e Valorização da Cultura Escrita
Capacidade básica é conhecer e valorizar práticas sociais letradas e
quanto às capacidades que os alunos deverão desenvolver estão:
1. Conhecer e valorizar os usos e as funções sociais da escrita próprios
dos gêneros trabalhados nesse ciclo.
2. Utilizar diferentes formas de acesso à informação e ao conhecimento
em língua escrita (bibliotecas, bancas de revista, livrarias, internet, museus etc.)
e saber utilizá-las.
Quanto à Apropriação do Sistema de Escrita
Capacidade básica é compreender e utilizar as regras ortográficas
descritas em suas produções escritas. Já as capacidades que os alunos deverão
desenvolver são:
1. Utilizar corretamente em suas produções escritas a letra maiúscula.
2. Realizar quando necessário de forma correta a segmentação das
palavras.
3. Estabelecer relações grafema fonema (biunívocas, cruzadas e arbitrárias
em suas produções escritas.
4. Utilizar os sinais de pontuação adequadamente em suas produções
escritas.
2.2.3 Quanto à Leitura
Capacidades básicas são: Ler e compreender textos de diferentes
gêneros textuais, e; posicionar-se criticamente diante de textos lidos.
Saiba Mais
Primeiro o aluno irá aprender a ouvir, depois a ler, e somente depois a escrever, é um processo sistemático que a pessoa deverá passar para então estar apto a produzia textos.
Quanto as capacidades que os alunos deverão desenvolver:
1. Ler com compreensão diferentes gêneros textuais (placas, avisos,
circulares, notícias, reportagens, anúncios, histórias, poemas, mapa,
verbete de dicionários e de enciclopédias etc.), considerando sua função
social, seu suporte, seu contexto de circulação (imprensa, internet,
ciência, religião, literatura), sua estrutura (as partes que o compõem e
como elas se organizam), suas características linguístico-discursivas.
2. Ler e compreender textos expressos em linguagem visual (histórias,
quadrinhos, tirinhas, pinturas, fotografias, mapas, placas etc.).
3. Identificar no texto lido e/ou ouvida a temática que ele expressa, a fim de
identificar e delimitar partes integrantes de um texto, apontando o tema
ou a ideia central de cada parte.
4. Buscar ampliar seu vocabulário no sentido de palavras ou expressões
desconhecidas.
5. Ler com ritmo, fluência e entonação.
2.2.4 Quanto a Produção de Textos Escritos
A capacidade básica é produzir textos de gêneros variados, adequados
aos objetivos comunicativos, ao interlocutor, ao contexto e ao suporte de
circulação. As capacidades que os alunos deverão desenvolver são:
1. Escrever textos grafando as palavras de acordo com o princípio
ortográfico (o que não significa dominar todas as regras ortográficas e a
grafia arbitrária de palavras cuja escrita precisa ser memorizada).
2. Escrever textos utilizando os sinais de pontuação de final de frase e de
sinalização de diálogos.
3. Organizar suas ideias em parágrafos ao produzir textos.
4. Produzir textos respeitando a unidade temática proposta, com coerência
e coesão.
5. Produzir textos de diferentes gêneros (e-mail, aviso, notícia, anúncios,
histórias, lenda, fábula, poema, carta, receita, regra de jogo e brincadeira,
relato pessoal, relatório de atividades escolares, como excursões e
experimentos científicos, esquema e resumo de informações pesquisadas
etc.), considerando seu suporte (mural, cartaz, jornal, papel de carta, livro,
revista, folheto etc.), seu contexto de circulação (imprensa, Internet), sua
estrutura (as partes que o compõem e como elas se organizam), suas
características linguístico-discursivas.
Amplie Seus Estudos
SUGESTÃO DE LEITURA
Veja o livro Ensino Fundamental de nove anos, passo a passo do processo de implementação (2009) do Ministério da Educação, o qual explica exatamente como funciona, as leias que a regem e as obrigações de cada envolvido no processo.
Disponível na íntegra no site do Governo: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=700-passoapasso9anos-pdf&category_slug=documentos-pdf&Itemid=30192
Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao
contrário, o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e a escrever no
contexto das práticas sociais da leitura e da escrita. (SOARES, 1998, p. 47).
Resumo Aula 02
Na aula foi visto sobre a legislação que dá suporte e aborda o ensino de
9 anos, também foi visto sobre a divisão da aprendizagem da escrita, focando
no ensino para o segundo ciclo, passando por um processo para sua aquisição,
pelo ouvir, ler, para então se chegar a escrita. Também foi visto os eixos que
regulam o ensino da Língua Portuguesa nessa fase, a leitura, a produção de
textos, a oralidade e a análise linguística.
Atividade de Aprendizagem
Após a aula, discorra sobre a importância da legislação na área alterando o ensino para 9 anos.
Aula 3 – Oficina I: Brincadeira e Jogos para o Desenvolvimento da Escrita
Apresentação Aula 03
Nesta aula será conhecido sobre a importância dos jogos e brincadeiras para o
desenvolvimento da escrita, trazendo o lúdico para sala de aula do quarto e
quinto ano, para ensinar conteúdo da Língua Portuguesa.
3 Brincadeiras e Jogos
A brincadeira e o jogo são fatores indispensáveis à saúde física,
emocional e intelectual, e sempre estiveram presentes em qualquer civilização e
em qualquer momento histórico. Partindo deles, a criança desenvolve a
linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestima,
preparando-se para tornar-se um cidadão capaz de enfrentar desafios e
participar na construção de um mundo melhor e mais igualitário.
Fonte: http://www.boanoticia.org.br/noticias_detalhes.php?cod_secao=1&cod_noticia=3198
O jogo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino-
aprendizagem, assim como no desenvolvimento psicomotor, isto é, no
desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de
habilidades do pensamento, como:
A imaginação;
A interpretação;
A tomada de decisão;
A criatividade;
O levantamento de hipóteses.
Ainda se tem a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos
e dos princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando se joga,
quando se obedece regras, quando se vivencia conflitos numa competição, etc.
Segundo PIAGET (1967) “o jogo não pode ser visto apenas como
divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o
desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”.
A escola, enquanto meio educacional, deve oferecer a oportunidade de uma boa prática motora, pois ela é essencial e determinante no processo de desenvolvimento geral da criança. Muitas vezes, é o espaço onde, pela primeira vez, as crianças vivem a situações de grupo e não são mais os centros das atenções, sendo que as
experiências (cognitivas, afetivas e motoras) vividas nesta fase darão base para um desenvolvimento saudável durante o resto de sua vida (GALLAHUE; OZMUN, 2005; GALLAHUE; DONNELLY, 2008). Freire (1992) destaca que a escola não deveria trabalhar com a criança no sentido de treiná-la para ser adulta, mas sim no sentido de a criança construir e reforçar as estruturas corporais e intelectuais de que dispõe. (SILVA et al, 2011, p. 1)
Brincar se constitui em um incentivo ao desenvolvimento de novas
habilidades e à busca de novas explicações, pois, para as crianças, é sempre
mais agradável trabalhar sobre situações imaginárias e hipotéticas, seguindo
determinadas regras, do que o professor apenas expor o conteúdo a ser
trabalhado.
O ato de brincar é colocar a imaginação em ação, o bom jogo não é aquele
que a criança sabe jogá-lo corretamente, mas sim aquele no qual a criança pode
jogar de maneira lógica e desafiadora, e que o jogo a estimule para suas
atividades mentais e amplie sua capacidade de cooperação e libertação, ou seja,
o lúdico tem caráter de liberdade e subversão da ordem que contrapõe a lógica
da produtividade.
Brincadeiras e jogos são fortes aliados do professor na tarefa de ensinar
os conteúdos propostos.
3.1 Atividades Lúdicas para o Ensino da Língua Portuguesa
A seguir será visto dois exemplos de brincadeiras que podem ser
utilizadas em sala de aula no ensino da Língua Portuguesa no 2º ciclo de
alfabetização:
3.1.1 Atividade 1 – A formiguinha
1. A princípio esta atividade deverá ser realizada em duplas, mas em turmas
maiores os grupos poderão ser de até cinco participantes.
2. Deverão se confeccionadas cópias do texto para o número de integrantes
dos grupos, e numerar cada cópia de modo que essa numeração possa
ser enxergada de longe.
3. Durante a aula, enquanto os alunos estiverem realizando alguma ativida-
de, o professor deverá sair da sala e colar as cópias do texto em lugares
diferentes no espaço da escola próximos da porta da sala.
4. O professor organizará os grupos e dará números a eles. Explicando que
cada grupo precisará de um redator e uma "formiga" (ou mais de uma, no
caso de grupos maiores). A função da formiga é sair da sala, procurar o
texto correspondente ao número do grupo e, em várias idas e vindas, ir
reconstruindo o texto na sala de aula com a ajuda do redator (decorar o
texto e ir falar ao redator, não podendo levar o texto). É importante que o
professor deixe claro que não é permitido anotar nada; a formiga lerá, de
cada vez, apenas a quantidade de texto possível de ser memorizada
antes de voltar à sala de aula e repeti-la para o seu grupo para que o
redator a anote. Poderá então voltar para continuar o trabalho ou, quando
houver mais de uma formiga, essas deverão alternar-se na função de ir
"buscar" o texto.
5. Todo o grupo será responsável pela correção ortográfica, semântica e
gramática do texto escrito.
6. Quando o primeiro grupo finalizar o trabalho de redigir todo o texto ou
quando acabar o tempo estipulado para a realização da atividade, os
textos de todos os grupos serão recolhidos para contagem dos pontos
(que não precisa ser feita na hora). A fórmula: número de palavras
reconstruídas - número de erros = número de pontos é uma forma justa
de se chegar ao resultado final.
7. Depois da "entrega de prêmios", tanto os textos originais quanto os
reconstituídos deverão ser devolvidos aos grupos.
8. Para variação dessa atividade se sugere que sejam escondidas as partes
do texto e que cada um tenha que encontrar através de dicas, como se
fosse uma caça ao tesouro. Assim, terão que raciocinar logicamente e
solucionar o problema.
3.1.2 Atividade 2 - Queimada Gramatical
Como jogar: Os alunos devem posicionar-se na quadra como no jogo de
queimada tradicional. Cada um trará no peito e nas costas uma ficha de
identificação, podendo ser:
Verbo - Substantivo - Adjetivo - Artigo - Locução Adjetiva – Numeral
A professora irá ler uma frase e perguntará qual é a classe de uma das
palavras da frase ditada. Os componentes das duas equipes terão que tentar
"queimar" o componente da equipe adversária que traz a classe da palavra
solicitada pregada no peito e nas costas. A equipe que queimar primeiro o aluno
correto marcará ponto. Após jogar várias vezes, no retorno para sala de aula,
repetir o exercício por escrito e propor que registrem suas opiniões, críticas e
avaliações referentes a atividade realizada.
Amplie Seus Estudos
SUGESTÃO DE LEITURA
O objetivo do livro Sorriso da Linguagem – Brincadeiras e Jogos para o Ensino de Língua Portuguesa, de Paulo Nunes de Almeida (2010). A obra oferece um panorama do uso de atividades lúdicas no ensino e na aprendizagem da língua portuguesa e enfatiza o uso de jogos e
brincadeiras na escola, com o intuito de aumentar o conhecimento das crianças acerca de sua língua-mãe e de seus papéis no seio da sociedade em que vivem.
“Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver
meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas
sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem.”
(Carlos Drummond de Andrade, s/d, s/p)
Resumo Aula 03
Na aula foi visto sobre os jogos e brincadeiras, como eles são
importantes para a aprendizagem, pois de forma lúdica o aluno acaba
compreendendo mais fácil e mais rapidamente os conteúdos a serem ensinados.
Ao final foram dadas duas formas de se trabalhar a Língua Portuguesa com jogos
lúdicos.
Atividade de Aprendizagem
Crie uma brincadeira lúdica para se trabalhar a disciplina de Língua Portuguesa com os alunos do quarto e quinto ano.
Aula 4 – Oficina II: Jogos para a Promoção da Adequação da Escrita à
Gramática
Apresentação Aula 04
Na aula serão apresentados alguns jogos que poderão ser utilizados
para o trabalho com a gramática na Língua Portuguesa.
4 Jogos da Língua Portuguesa
É de extrema importância saber que o aluno não deve apenas decorar
cada classificação dentro da disciplina, como adjetivos, pronomes, verbos, etc.,
ele deve saber a classificação, mas além disso, deverá saber como, onde e
quando utilizar cada uma, unindo a teoria com a prática.
4.1 Jogo da Coesão e Coerência
Organização da classe:
Posicionar a turma em círculo.
Capacidades a serem trabalhadas:
Assimilar que uma frase nasce da junção de diferentes palavras;
Desenvolver a coerência e a coesão, trabalhando com o conceito de
frase.
Material:
Quatro cubos com seis palavras cada (para cada cubo seis embalagens
de caixa de leite);
Fita adesiva larga;
Fita adesiva colorida;
Palavras impressas (cubo 1- artigos e pronomes, cubo 2 – substantivos,
cubo 3 – verbo de ligação, cubo 4 – adjetivos).
Desenvolvimento:
A turma deverá ser organizada em círculo;
Para cada momento serão escolhidos quatro alunos que deverão jogar os
cubos ao mesmo tempo;
A professora deverá ler junto com os alunos as palavras que foram
sorteadas;
Então questionar os alunos de como eles organizaram as palavras para
formar uma frase;
É permitido variar os vocábulos em gênero, número e grau;
Após a elaboração de cada frase, o próximo grupo deverá jogar os
cubos novamente, até que todos os grupos participem;
O professor deverá combinar com a turma que cada um escolherá entre
as frases que foram formadas para registrar em seu caderno.
Fonte: https://ensfundamental1.files.wordpress.com/2010/06/jogos1.jpg
4.2 Jogo das Palavras
Organização da Classe:
Os estudantes deverão ser organizar em trios.
Capacidades a serem trabalhadas:
Praticar e fixar a classificação de palavras quanto à sílaba tônica.
Material:
Três marcadores;
Um tabuleiro;
Fichas de palavras.
Desenvolvimento:
Os participantes devem fazer um sorteio pra decidir quem inicia a jogada;
O tabuleiro deve ficar disposto no centro;
As fichas com as palavras devem estar com as faces voltadas para baixo;
Em cada rodada um participante tira uma ficha e lê para o grupo;
Cada participante deve dizer qual é a classificação da palavra (oxítona,
paroxítona ou proparoxítona);
Quem acertar a classificação anda uma casa no tabuleiro;
Ganha quem completar a volta no tabuleiro em primeiro lugar.
Fonte: https://ensfundamental1.files.wordpress.com/2010/06/jogo-das-palavras.jpg
Observações: Este jogo possibilita adaptações para trabalhar diferentes
classificações de palavras e em diferentes anos e ciclos, como:
Polissílaba, trissílaba, dissílaba e monossílaba;
Masculino e feminino;
Singular e plural.
Ví deo
Assista estes vídeos de Evandro Veras, os quais contemplam brincadeiras a serem utilizadas para auxiliar no ensino da matéria de Língua Portuguesa:
SILABOL – JOGO DAS SÍLABAS, Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PJUVs-llhBw
CRUZADINHA RECICLADA – Formação de Palavras, Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=zHN4iqACdQU
Resumo da Aula 04
Nesta aula foram vistas diversas formas de se ensinar a língua
portuguesa de forma lúdica com jogos e brincadeiras. Não se pode esquecer que
os alunos aprendem muito mais rápido se aprenderem se divertindo.
Atividade de Aprendizagem
Qual a importância de jogos e brincadeiras para a alfabetização? Discorra sobre o assunto.
Resumo da Disciplina
Nesta disciplina foi visto sobre conceitos de alfabetização e letramento,
e o que é o conceito de alfabetizar letrando, assim como as leis que abordam o
ensino de 9 anos, e a importância de se ter essa mudança na lei.
Foi falado sobre como ocorre a aprendizagem da escrita, que passa pelo
aprender a escutar e ler.
Por último foi demonstrado atividades para de trabalhar a Língua
Portuguesa para crianças do segundo ciclo – quarto e quinto ano.
Trabalhar de forma lúdica é uma boa maneira de ensinar o aluno, pois
eles irão aprender sem perceber, se divertindo e sendo criativo.
Referências Bibliográficas BRASIL, Lei nº 9.394/96 (LDB), disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm KISHIMOTO, T. M. Jogos, a criança e a educação. Petrópolis: RJ, 2000. PIAGET, J. A psicologia da inteligência. Editora Fundo de Cultura S/A. Lisboa, 1967
Resolução no 7, de 14 de dezembro de 2010, do Conselho Nacional de Educação, que fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf SILVA et al, A importância da Educação Física Escolar no desenvolvimento motor de crianças nos anos iniciais do ensino fundamental. Visão dos responsáveis. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd156/a-educacao-fisica-escolar-do-ensino-fundamental.htm SOARES, Magda B. História e linguagem: uma perspectiva discursiva. Educação em Revista. n. 27, 1998. SOARES, Magda B. Letramento/alfabetismo. Presença Pedagógica, 1996. SOARES, Magda B. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998. SOARES, Magda B. Para além do discurso. Presença Pedagógica.1995. SOARES, Magda Becker. Letramento e Alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação,2004. SOARES, Magda Becker. Letramento/alfabetismo. Presença Pedagógica,1996.