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Disciplina: Manejo de Fauna Professor ANTÔNIO L. RUAS NETO
Tema:
AMBIENTE ANTRÓPICO, SINANTROPIA E SAÚDE HUMANA
• Roteiro da aula
• 1. Conceitos básicos.
• 1.1 Ambiente antrópico, sinantropia, animais sinantrópicos.
• 3. Fluxograma ecológico ambiente-doenças infecciosas.
• 4. Exemplos e conclusões
• 5. Exercício em grupo: escolher um exemplo de espécie
sinantrópica de distribuição cosmopolita e analisar: origem da
espécie, processo de sinantropização e possibilidade de controle
biológico. Por exemplo, Rattus rattus, R. norvergicus, Mus
musculus, Periplaneta americana, Musca domestica, Columba
livia, etc.
• 1. Fluxograma ecológico ambiente-agente
infeccioso/parasitário -hospedeiro
Ambiente
Agente Hospedeiro
• No caso das doenças humanas, o ambiente antrópico, modificado, propiciou a adaptação de inúmeros agentes, hospedeiros e outros elos relacionados à sua transmissão. O ambiente antrópico é onde a sinantropia ocorre.
Ambiente
Agente Hospedeiro
• O ambiente antrópico é influenciado pelo modo de vida das sociedades, suas produções econômicas e suas culturas. As doenças humanas endêmicas e epidêmicas resultam desta adaptação.
• 1. Fluxograma ecológico ambiente-doenças infecciosas
• 2. Zoonoses.
•
• Vimos na disciplina de Saúde Coletiva que a Epidemiologia
Ambiental e várias outras disciplinas na área da saúde tem
uma interface direta com a maioria das doenças infecciosas
que são consideradas zoonoses atuais ou passadas. Outros
elos destas doenças são vetores e reservatórios animais.
• Estas doenças relacionam-se diretamente a processos
ecológicos de adaptação dos vários elos envolvidos.
• Exemplos: Dengue, Doença de Chagas, leptospirose, etc.
• Zoonoses são doenças infecciosas comuns a humanos e
animais vertebrados.
• Nas zoonoses os animais vertebrados cumprem o mesmo
papel epidemiológico humano, são hospedeiros dos agentes
infecciosos e são chamados de reservatórios animais.
Qualquer doença causada por macro ou microrganismo
parasitário pode ser uma zoonose.
• Doenças infecciosas em que não há ou não se conhecem
reservatórios animais são chamadas de antroponoses.
• Zoonoses ou antroponoses pode ser transmitidas por
invertebrados, chamados genericamente de vetores.
•
•
•
• 2. Zoonoses
• Nem sempre a denominação de vetores é aplicável. É
correta apenas quando indicar um invertebrado que faz uma
ponte direta entre dois hospedeiros. Neste caso subdividem-
se em vetores mecânicos (sem reprodução do agente) ou
biológicos (com reprodução do agente).
• Outros elos das doenças relacionadas a animais e suas
denominações são:
• a) Animais peçonhentos; b) Insetos hematófagos que causam
alergias e dermatites (mosquitos, borrachudos, carrapatos,
etc.); c) Insetos disseminadores (moscas e baratas); d) Insetos
ou ácaros ectoparasitos escavadores, causadores de miíases
(Sarcoptes scabiei, Tunga penetrans, Dermatobia hominis,
Cochlyomyia hominivorax, etc.).
• Animais que são hospedeiros intermediários e não se
enquadram nas categorias anteriores, como moluscos e outros.
• 3. Vetores e outros elos.
• 4. Animais sinantropicos.
• Vimos que o ambiente antrópico é aquele modificado pelas atividades humanas, organizadas nas sociedades. Esta modificação ambiental impulsiona uma seleção natural nos organismos em geral. Este é o fenômeno da sinantropia e a consequência mais importante desta invasão e proliferação no ambiente antrópico são as agressões na saúde humana.
• • Sinantropia significa viver junto com o homem. É o fenômeno
da sinantropia, uma condição de especiação via seleção natural.
• A sinantropia é classicamente a adaptação ao ambiente contruído, urbanizado e é quase um sinônimo de adaptação evolutiva às urbes. Pode haver sinantropia em ambientes não urbanos?
• Como diferenciar-se sinantropia do parasitismo? Debater.
• 6. Animais e organismos parasitos.
• O parasitismo é uma interação interespecífica do tipo simbiose antagônica. O hospedeiro é prejudicado com a interação, podendo apresentar quadros de doença de várias gravidades ou morrer.
• No parasitismo o ambiente é o próprio corpo do hospedeiro. Portanto, teoricamente, não depende diretamente do ambiente externo. Isto é mais claro nos casos de endoparasitismo e ectoparasitismo permanentes.
• Nos casos de parasitos com fases externas, as modificações antrópicas são importantes e a condição confunde-se com a sinantropia.
• Um vetor clássico, o Aedes aegypti, é ao mesmo tempo um animal sinantrópico, um vetor e um ectoparasito temporário!
• No outro lado, roedores e baratas sinantrópicas, por exemplo, não são animais de interação parasitária e sim sinantrópicos!
• 6. Animais e organismos parasitos.
• No outro lado, roedores e baratas sinantrópicas, por exemplo, não são animais de interação parasitária e sim sinantrópicos!
• 7. Parasitismo.
• Os tipos de parasitos quanto à localização no hospedeiro
são: •
i) Ectoparasitos: vivem na pele do hospedeiro, superficialmente ou em suas camadas profundas. Exemplos: Sarcoptes scabiei; ii) Endoparasitos: vivem em órgãos ou tecidos profundos do hospedeiros: exemplo: Echinococcus granulosus.
•
• 7. Parasitismo.
• Os tipos de parasitos quanto à exigência de hospedeiro
intermediário são:
• i) Monoxênicos: exigem apenas um único hospedeiro para completar o seu ciclo vital, como no caso da Entamoeba hitolytica. ii) Heteroxênicos: exigem dois ou mais hospedeiros para completar o seu ciclo vital, sendo o hospedeiro definitivo aquele onde o parasito completa o seu ciclo de reprodução sexual e o intermediário aquele onde o parasito se desenvolve mas não se reproduz, ou se reproduz de forma assexual. Por exemplo, Taenia solium se desenvolve sem reproduzir-se nos suínos e reproduz-se sexuadamente nos humanos.
•
• 7. Parasitismo.
• Os hospedeiros classificam-se como:
• i) Hospedeiro definitivo : alberga a forma adulta do parasito,
aplicável para parasitos heteroxênicos.
• ii) Hospedeiro intermediário: alberga a forma larval do parasito, que se desenvolveu neste, sendo esta definida como pré-sexuada; também aplicável somente a parasitos heteroxênicos.
• iii) Hospedeiro paratênico: adquire e mantém a forma larval, mas esta não se desenvolve. Ver exemplos em ciclos complexos como o do Diocthophyme renale.
• A seguir vários exemplos. Debater as categorias de cada um.
• Ectoparasitos e vetores
Sarcoptes scabiei e escabiose
Barbeiros: Triatoma
infestans e Panstrongylus
megistus
Tunga penetrans e tungíase
•Figs. 1-5 : Tunga penetrans e tungíase.
Musca domestica: inseto sinantrópico clássico
Muscídeos diversos reproduzem em ambiente degradado
Lixões: ambiente insalubre propício a animais sinantrópicos
Periplaneta americana: outro inseto
sinantrópico clássico
• Exemplos de doenças infecciosas associadas à falta de saneamento
D o e n ç a A g e n te c a u s a d o r F o rm a d e c o n tá g io
A m e b ía se o u d ise n te ria a m e b ia n a
P ro to zo á rio E n ta m o e b a h is to ly tica In g e s tã o d e á g u a o u a lim e n to s co n ta m in a d o s p o r c is to s
A sca rid ía se o u lo m b rig a
N e m a tó id e A sca ris lu m b rico id e s In g e s tã o d e a g u a o u a lim e n to s co n ta m in a d o s p o r o vo s
A n c ilo s to m o se O vo d e N e ca to r a m e rica n u s e d o A n cy lo s to m a d u o d e n a le
A la rva p e n e tra n a p e le (p é s d e sca lço s ) o u o vo s p e la s m ã o s su ja s e m co n ta to co m a b o ca
C ó le ra B a c té ria V ib rio ch o le ra e In g e s tã o d e á g u a co n ta m in a d a
D ise n te ria b a c ila r B a c té ria S h ig e lla sp In g e s tã o d e á g u a , le ite e a lim e n to s co n ta m in a d o s
E sq u is to sso m o se A sq u e lm in to S ch is to sso m a m a n so n i In g e s tã o d e á g u a co n ta m in a d a , a tra vé s d a p e le
F e b re a m a re la V íru s F la v iv iru s sp P ica d a d o m o sq u ito A e d e s a e g yp ti
F e b re p a ra tifó id e B a c té ria s S a lm o n e lla p a ra typ h i, S . sch o ttm u e lle r i e S . h irsh je d i
In g e s tã o d e á g u a e a lim e n to s co n ta m in a d o s , e m o sca s ta m b é m p o d e m tra n sm itir
F e b re tifó id e B a c té ria S a lm o n e lla typ h i In g e s tã o d e á g u a e a lim e n to s co n ta m in a d o s
H e p a tite A V íru s d a H e p a tite A In g e s tã o d e a lim e n to s co n ta m in a d o s , co n ta to fe ca l -o ra l
M a lá ria P ro to zo á rio P la sm o d iu m ssp P ica d a d a fê m e a d o m o sq u ito A n o p h e le s sp
P e s te b u b ô n ica B a c té ria Y e rs in ia p e s tis P ica d a d e p u lg a s
P o lio m ie lite V íru s E n te ro v iru s C o n ta to fe ca l-o ra l, fa lta d e h ig ie n e
S a lm o n e lo se B a c té ria S a lm o n e lla sp A n im a is d o m é s tico s o u s ilve s tre s in fe c ta d o s
T e n ía se o u so litá r ia
P la te lm in to T a e n ia so liu m e T a e n ia sa g in a ta
In g e s tã o d e ca rn e d e p o rco e g a d o in fe c ta d o s
Doenças causadas pela falta de Saneamento
D o e n ç a A g e n te c a u s a d o r F o rm a d e c o n tá g io
A m e b ía se o u d ise n te ria a m e b ia n a
P ro to zo á rio E n ta m o e b a h is to ly tica In g e s tã o d e á g u a o u a lim e n to s co n ta m in a d o s p o r c is to s
A sca rid ía se o u lo m b rig a
N e m a tó id e A sca ris lu m b rico id e s In g e s tã o d e a g u a o u a lim e n to s co n ta m in a d o s p o r o vo s
A n c ilo s to m o se O vo d e N e ca to r a m e rica n u s e d o A n cy lo s to m a d u o d e n a le
A la rva p e n e tra n a p e le (p é s d e sca lço s ) o u o vo s p e la s m ã o s su ja s e m co n ta to co m a b o ca
C ó le ra B a c té ria V ib rio ch o le ra e In g e s tã o d e á g u a co n ta m in a d a
D ise n te ria b a c ila r B a c té ria S h ig e lla sp In g e s tã o d e á g u a , le ite e a lim e n to s co n ta m in a d o s
E sq u is to sso m o se A sq u e lm in to S ch is to sso m a m a n so n i In g e s tã o d e á g u a co n ta m in a d a , a tra vé s d a p e le
F e b re a m a re la V íru s F la v iv iru s sp P ica d a d o m o sq u ito A e d e s a e g yp ti
F e b re p a ra tifó id e B a c té ria s S a lm o n e lla p a ra typ h i, S . sch o ttm u e lle r i e S . h irsh je d i
In g e s tã o d e á g u a e a lim e n to s co n ta m in a d o s , e m o sca s ta m b é m p o d e m tra n sm itir
F e b re tifó id e B a c té ria S a lm o n e lla typ h i In g e s tã o d e á g u a e a lim e n to s co n ta m in a d o s
H e p a tite A V íru s d a H e p a tite A In g e s tã o d e a lim e n to s co n ta m in a d o s , co n ta to fe ca l -o ra l
M a lá ria P ro to zo á rio P la sm o d iu m ssp P ica d a d a fê m e a d o m o sq u ito A n o p h e le s sp
P e s te b u b ô n ica B a c té ria Y e rs in ia p e s tis P ica d a d e p u lg a s
P o lio m ie lite V íru s E n te ro v iru s C o n ta to fe ca l-o ra l, fa lta d e h ig ie n e
S a lm o n e lo se B a c té ria S a lm o n e lla sp A n im a is d o m é s tico s o u s ilve s tre s in fe c ta d o s
T e n ía se o u so litá r ia
P la te lm in to T a e n ia so liu m e T a e n ia sa g in a ta
In g e s tã o d e ca rn e d e p o rco e g a d o in fe c ta d o s
• Falta de saneamento e doenças de veiculação hídrica. Exemplo 1: Ascaridíase
• Causa principal: presença de
ovos na água de consumo;
penetração oral;
• Causas predisponentes:
manutenção do ciclo fecal- oro -
aquático.
• Ação saneante de maior impacto:
educação sanitária, instalação e
uso de banheiros; monitoramento
participativo.
• Ação complementar: tratamento
medicamentoso da verminose.
• Exemplo 2: Esquistossomose. • Causa principal: presença de cercárias na
água; penetração cutânea;
• Causas predisponentes: manutenção do ciclo
fecal-aquático.
• Ações saneantes de maior impacto: educação
sanitária, instalação e uso de banheiros;
monitoramento participativo.
• Ação de baixo impacto: controle dos
planorbídeos.
Valas abertas: manancial contaminado, risco de leptospirose, criadouro de mosquitos urbanos e abrigo de roedores.
Alagados abandonados e poluídos: risco de esquistossomose.
• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose.
• Valas abertas e mananciais costeiros poluídos com lixo e esgoto, com risco de transmissão de leptospirose.
• Lixões expostos
• Situação comum no Rio Grande do Sul: alagados abandonados e poluídos com risco de esquistossomose.
Risco de esquistossomose no RGS: banhado do Azeite em Esteio. Notar a placa de advertência destruída.
• Ação saneante: organização de aterro
• Situação comum no RGS: lixões expostos
• Falta de saneamento e doenças associadas aos depósitos irregulares
de lixo. Exemplo 1: Leptospirose.
• Causa principal: presença de leptospiras na água, liberadas por mamíferos
infectados, como os roedores; penetração cutânea; Causas predisponentes:
atividades humanas no ambiente contaminado; contato com a água parada;
• Ação saneante de maior impacto: eliminação de lixões; Ações
complementares: educação sanitária; saúde dos trabalhadore, equipamentos de
proteção individual.
• Teníase por T. solium e cisticercose
Ingestão de lixo com fezes e ovos
Ingestão de suínos contaminados e não inspecionados
• Causa principal da teníase: ingestão de suínos contaminados; transmissão oral.
Causas predisponentes: criação de suínos nos lixões.
• Causa principal da cisticercose: alimentos e água contaminados com fezes
humanas de pessoas com teníase; transmissão oral.
• Ações saneantes de maior
impacto: eliminação das
criações suínas e bovinas
anti-higiênicas; saneamento
básico nas comunidades;
diagnóstico e tratamento
dos pacientes infectados;
• Ações complementares:
educação sanitária;
eliminação dos lixões;
inspeção rigorosa da carne
consumida.
• Cisticercose presente na carcaça suína.
• Culicídeos (mosquitos) sinantrópicos proliferam largamente e depósitos de água parada nos lixões. A espécie mais importante atualmente é o Aedes aegypti, vetor do dengue clássico e hemorrágico.
• O A. aegypti e seu similar A. albopictus proliferam em coleções de água da chuva eutrofizadas, como em vasos, latas, tampas, etc.
• Falta de saneamento e doenças associadas aos depósitos
irregulares de lixo de veiculação alimentar: Exemplo 2:
Dengue.
• Situação comum no RGS: depósitos diversos de água da chuva, formando locais de proliferação do A. aegypti.
• Os simulídeos sinantrópicos no RGS pertencem principalmente à espécie Simulium pertinax. Ao proliferarem localmente atingem densidades elevadíssimas, causando incômodo permanente, impossibilidade de trabalho agrícola e dermato-alergias severas.
• A relação da sua proliferação e a contaminação de mananciais rurais por esgoto é menos conhecida. Ocorre que eles aproveitam grandemente a eutrofização dos cursos aquáticos a partir dos despejos de esgoto doméstico de fonte humana ou de criações domésticas como a dos suínos.
• Falta de saneamento e doenças relacionadas à poluição
ambiental pelos esgotos domésticos em zonas rurais.
Exemplo: simulídeos sinantrópicos
Riachos com poluição orgânica por esgoto, com proliferação de simulídeos.
• A relação do ambiente antrópico alterado, observado na falta
de saneamento e as doenças humanas é clara.
• A importância do saneamento e sua associação à saúde
humana remonta às mais antigas culturas. Hipócrates, quase 500
anos A. C., já salientava a relação de doenças com “ares, água e
lugares”, marcados com a insalubridade da visão da época.
• Água de consumo isenta de patógenos, soluções salubres para
o lixo doméstico e esgoto são direitos básicos em qualquer
sociedade. Da mesma forma, inclui-se habitações adequadas e
restauração ambiental dos ambientes antrópicos, que busque um
equilíbrio entre o construído e o natural.
• São desafios para os pesquisadores e pensadores em geral
das ciências naturais, em especial da Biologia como recorte
científico.
• Conclusões.
• Ávila-Pires, F. D. de. Princípios de ecologia médica.
Florianópolis, Editora da UFSC, 2000.
• Forattini, O. P. Ecologia, epidemiologia e sociedade. Artes
Médicas, São Paulo, 1992.
• Marcondes, C. B. Entomologia médica e veterinária. Editora
Atheneu, São Paulo, 2001.
• Ministério da Saúde. Manual de saneamento. 3. ed. Fundação
Nacional de Saúde, 2004.
• Ministério da Saúde. Manual do agente indígena de
saneamento. 2. ed. Fundação Nacional de Saúde, 2006.
• Neves, D. P.; Melo, A. L. de; Genaro, O. & Linardi, P. M.
Parasitologia humana. 9 ed. São Paulo, Editora Atheneu, 1995.
• Organización Panamericana de la Salud. Zoonosis y
enfermedades transmisibles comunes al hombre y a los animales.
2ª ed. Publicación Científica 503, 1986.
• Robinson, W. H. Urban entomology. Insect and mite pests in the
human environment. Chapman & Hall, Londres, 1996.
• Bibliografia.