DISCIPLINA 101.014 – TECNOLOGIA DOS PROCESSOS CONSTRUTIVOS UNILINS – AULA 10 – UMIDADES DAS...
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DISCIPLINA 101.014 – TECNOLOGIA DOS PROCESSOS CONSTRUTIVOSUNILINS – AULA 10 – UMIDADES DAS CONSTRUÇÕES E TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES
Introdução
Impermeabilização é a proteção das construções contra a infiltração da
água. Fundamentalmente, é da ação da umidade nos materiais e estruturas
de construção, que advém a necessidade dos procedimentos
técnicos de impermeabilização, ou seja, a elaboração dos projetos de
especificação, orientação e execução de obras de impermeabilização.
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a) umidade do solo - lençol freático, vazamentos de tubulações subterrâneas e umidade natural do solo;
b) umidade da atmosfera - chuva e outras intempéries e condensação;
c) umidade vinda de outras obras vizinhas - desnível com o arruamento e outras obras, falta de drenagem superficial e proximidade com estruturas;
d) umidade provinda da construção - vazamentos, infiltrações, falta de ventilação, falta e insolação, capilaridade dos materiais e falhas de projeto.
Presença característica da umidade
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a) Pressão Hidrostática - que ocorre devido à pressão exercida por
um determinado volume de água
confinada e permeia através de fissuras, trincas e rachaduras das estruturas e dos
materiais;
Tipos de infiltrações - o caminho da água nas edificações
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b) Percolação - a água escoa por gravidade livre da ação de pressão hidrostática, situação muito comum em lâminas de água sobre
terraços e coberturas;Tipos de infiltrações
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c) Capilaridade - que ocorre através dos poros dos materiais, pela ação da chamada tensão superficial, onde a situação mais características é a presença de
umidade do solo que se eleva no material, em geral 70 a 80 cm;
Tipos de infiltrações
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d) Condensação - que ocorre pelo esfriamento de vapores ou de certo teor de umidade existente no ambiente
Tipos de infiltrações
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Classificação das impermeabilizações
A escolha do sistema de impermeabilização mais adequado é função da forma de atuação da água sobre o elemento da edificação e do comportamento físico dos elementos
sujeitos a ação da água
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Concreto impermeabilizadoPara tornar o concreto impermeável basta seguir o traço adequado e adotar cuidados especiais na sua produção e aplicação:
a) elaboração de traço adequado - (dosagem racional);b) uso de cimento pozolânico CP IV ou de alto-forno, CP III também é recomendado;c) uso de cimento poliméricos (cimentos modificados com polímeros - látex);d) uso de aditivos;e) escolha correta dos aditivos;f) lançamento;g) adensamento;h) cura - executar cura úmida no mínimo por 14 dias;i) desforma;j) proteção superficial.
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Argamassa impermeável
A impermeabilização com argamassa de cimento e areia adicionada com hidrofugante é indicada para servir de substrato para outros tipos de impermeabilizações, para impermeabilizar paredes de alvenaria, elementos em contato com solos etc.
A desvantagem do uso isolado desse tipo de impermeabilização consiste na facilidade com que ocorrem fissuras e trincas devidas a variação de temperatura ou quando não tiveram suas bases devidamente dimensionadas para suportar tensões (juntas). Para a execução de argamassa impermeável devem ser adotados os seguintes cuidados redobrados na obra:
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a) cimento - usa-se o portland comum de boa procedência, novo e isento de grumos (empelotado);
b) areia - deve ser de granulometria média, lavada de rio, totalmente isenta de impurezas e peneirada na obra com
peneira de 2,4 a 4,2 mm para emboço e 1,2 mm para massa fina (areia fina);
c) água - potável e relação de água/cimento baixa e que imprima a trabalhabilidade necessária (em geral, algo
em torno de 0,5);
d) aditivo - deve ser incorporado na mistura dependendo do tipo, devendo-se sempre seguir as recomendações do
fabricante;
Argamassa impermeável
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e) aplicação - no caso de revestimentos, o ideal é fazer a superposição de três camadas de 1 cm com juntas desencontradas em intervalos de 18 horas entre elas (chapiscar se for necessário),
sendo as duas primeiras com acabamento a feltro (desempenadeira de feltro) e a última com
desempenadeira de aço;
f) proteção superficial - o reforço pode ser obtido com calda (cristalização com cimento), pintura
betuminosa ou argamassa cimento e areia fina 1:1 alisada com espátula de aço.
Argamassa impermeável
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Preparação das superfícies
Para a execução de sistemas de impermeabilização é quase sempre necessário preparar e regularizar as superfícies que irão receber o tratamento especial. Os seguintes cuidados são necessários, levando-se em conta o tipo de impermeabilização que virá sobre a camada de preparação:
a) limpeza - retirar e eliminar restos soltos, manchas, incrustações, lavando-se energicamente (o uso de solução de ácido muriático é possível, entretanto não é recomendável);
b) tubulações - verificar se todos os embutidos (tubulações e caixas) já foram assentados e se estão no nível da regularização ou, preferencialmente, 1 cm abaixo;
c) retoques - falhas e nichos devem ser corrigidas e partes não aderidas ou trincadas devem ser refeitas;
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d) regularização - aplicar uma argamassa de 2 cm de espessura no traço 1:3 de cimento e areia média, desempenada a feltro, com os cantos arredondados e de preferência seguindo uma declividade de 0,5 a 2%;
e) coletores - as bolsas dos ralos devem ficar a 1 cm do nível da regularização e vedados com mastique elástico;
f) secagem - é importante deixar secar bem o substrato antes de iniciar qualquer camada impermeável.
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Impermeabilizações elásticas
São as impermeabilizações executadas com mantas (lençois) pré-fabricadas ou com elastômeros dissolvidos e aplicados no local, em forma de pintura ou melação em várias camadas e que ao se evaporar o solvente, deixam uma membrana elástica sobre a superfície.
Mantas de borracha butílica, membranas de asfalto com armadura, mantas de polietileno (lona preta) e outras combinações de materiais, sempre sem intercalação de tecidos rígidos ou lâminas metálicas (cobre, alumínio, etc.).
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Impermeabilizações laminares
São executadas com asfalto ou elastômeros, armadas ou estruturadas pela intercalação de materiais rígidos, como: feltros asfálticos, tecidos de nylon, lã de vidro, tecidos de juta e lâminas de alumínio.
São também denominadas pinturas armadas. As impermeabilizações laminares também são capazes de absorver pequenos movimentos da base sem sofrer danos ou perder a eficiência.
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Projeto de impermeabilização
a) telhados e coberturas planas;b) terraços e áreas descobertas;c) calhas de escoamento das águas pluviais;d) caixas d'água, piscinas e floreiras;e) pisos molhados, como banheiros, áreas de serviços, lavanderias etc.;f) marquises;g) paredes externas sob efeito de intempéries (chuvas, neve, ventos etc.);h) junta de dilatação estrutural e lesões em estruturas;i) esquadrias, peitoris de janelas e soleiras de portas externas;j) muros de arrimos;k) água contida no terreno, que sobe por capilaridade, ou se infiltra em subsolos, abaixo do nível freático etc.
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Detalhes de sistemas de impermeabilização
Base de alvenarias de tijolos, junto ao baldrame em contato com solo úmido.
Solução 1 - pintura com emulsão asfáltica + argamassa impermeabilizada
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Solução 2 - argamassa impermeável + pintura com emulsão asfáltica
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Solução 3 - idem solução 2
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Solução 4 - manta butílica
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Lastro de pisos de concreto
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Proteção de alvenarias
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Eliminação de umidade das paredes na pós-ocupação
Opção 1 – CristalizaçãoA eliminação definitiva da umidade nas paredes de alvenaria devida à falhas na impermeabilização dos alicerces ou das vigas baldrames pode ser obtida com a injeção de produtos cristalizantes em furos executados nas bases das paredes de modo a impedir a ascensão da umidade por capilaridade. É uma opção prática, fácil e definitiva para corrigir infiltrações de umidade na parte inferior de paredes de alvenaria ou estruturas de concreto ocorridas após a ocupação do imóvel, pois não implica na interdição do local.
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Opção 2 - Substituição da parte inferior da alvenaria
Uma outra solução mais radical para esse tipo de problema freqüente é apontada por Ripper (1995) e consiste na substituição da impermeabilização,
parcial ou completa, conforme a descrição a seguir:
Eliminação de umidade das paredes na pós-ocupação
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a) executar cortes na alvenaria de 15 cm de altura (uma ou duas fiadas) ao longo de toda a base da alvenaria
em trechos de 1 m de comprimento e espaçados em 80 cm um do outros
b) retirar o material da impermeabilização deficiente, limpar e regularizar a superfície (alicerce ou viga
baldrame);c) aplicar duas camadas de feltro asfáltico, colados com
asfalto oxidado a quente ou uma camada de butil ou similar em toda a extensão do rasgo;
d) aplicar uma camada de proteção de argamassa de cimento e areia de 1:4 e reconstruir a alvenaria
encunhada em 80 cm do trecho de 1m deixando 10 cm para cada lado para o transpasse;
Eliminação de umidade das paredes na pós-ocupação
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e) executar os rasgos nos trechos de 80 cm alternados e repetir os passos anteriores, inclusive sobre o transpasse;f) retirar o revestimento úmido até 60 cm de altura, tanto
internamente como externamente;g) deixar secar a alvenaria, protegendo-a contra
intempéries;h) executar o revestimento interno com argamassa comum (emboço) e externamente com argamassa
aditivada de impermeabilizante;i) providenciar o acabamento e pintar após a
carbonatação completa
Eliminação de umidade das paredes na pós-ocupação
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Eliminação de umidade das paredes na pós-ocupação
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Eliminação de umidade das paredes na pós-ocupação
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Eliminação de umidade das paredes na pós-ocupação
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Métodos de Impermeabilização
Preparação: para que os produtos tenham o desempenho desejado, as superfícies de concreto ou argamassa devem estar completamente secas, de preferência ásperas e desempenadas.
Importante remover traços de ferrugem com escova de aço. Para a regularização, utilizar argamassa de cimento e areia, traço 1:3 em volume
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Métodos de Impermeabilização
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Métodos de Impermeabilização
Aplicação de argamassa polimérica:Após a regularização da superfície e a cura da argamassa, umedecer a área com água antes da aplicação da argamassa polimérica.
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Métodos de Impermeabilização
Argamassa polimérica é um produto impermeável, semi-flexível e bi-componente (polímeros acrílicos mais cimentos especiais com aditivos impermeabilizantes) que devem ser misturados na própria obra
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Métodos de Impermeabilização
Aplica-se com trincha ou brocha,em de mãos cruzadas,a fim de preencher eventuais espaços vazios,com intervalo de 2 a 6 horas entre as camadas,dependendo da temperatura ambiente.Ao final da última demão,em áreas abertas ou sob a incidência solar, promover a cura úmida por 72 horas
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Métodos de Impermeabilização
Demãos de cobertura: depois de aplicada a primeira demão de penetração, aguardar 24 horas.Após esse período, aplicar mais duas demãos,com intervalo de 24 h entre uma e outra, para garantir a proteção do alicerce.
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Métodos de Impermeabilização
Cobertura: o prosseguimento da obra (no caso, elevação das paredes) pode ser realizado apenas após a secagem completa do produto.
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Métodos de Impermeabilização
Aplicação de emulsão asfáltica elastomérica:Aplicação: a impermeabilização de baldrames com emulsões asfálticas é simples, não requer experiência nem uso de nenhum equipamento extra, apenas rolo de pintura, brocha ou trinchas. Após a regularização do baldrame, deve ser aplicado o primer. Após a secagem deve ser aplicada a primeira demão da emulsão. Nesta demão, denominada "penetração", esfregar bem o material sobre o alicerce. Em seguida, novas demãos até que a película formada pela emulsão tenha 3 mm de espessura. Em áreas verticais, para aumentar a aderência do revestimento, pode-se pulverizar areia na ultima demão do impermeabilizante antes da cura total do produto.
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Métodos de Impermeabilização
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