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Índice Editorial Ouro Grosso Após 5 anos, a UPE volta a ter seu informativo. A exploração e mapeamento dos “garrafões” se constituem no maior desafio da re-topo- grafia. Veja um painel de fotos históricas e uma relação de sócios do presente e do passado (pg. 17). Parada do Alívio Vinte e cinco anos após sua descoberta, fi- nalmente a topografia chega ao final. Editor Ricardo de Souza Martinelli Desnível é uma publicação eletrônica semestral da União Paulista de Espeleologia (UPE). As opiniões expressas em artigos assi- nados são de responsabilidade dos res- pectivos autores. As matérias não as- sinadas são de responsabilidade dos editores e não refletem necessariamen- te a opinião da UPE. Artigos publica- dos no Desnível podem ser reproduzi- dos na íntegra desde que citados fonte, autor, URL e data de consulta na web. Reproduções parciais somente com au- torização prévia dos editores. O infor- mativo em formato PDF podera ser re- passado para outras pessoas e listas de discussão. Para enviar um artigo utilize o e-mail: [email protected]. As da- tas limite são os meses de maio e outu- bro. O Desnível se encontra em regulari- dade com as leis anti-spam. Se deseja não mais recebê-lo, favor enviar e-mail para: [email protected]. 2 3 6 Equipamentos Veja eja eja eja eja Também ambém ambém ambém ambém 6 7 8 18 Seções Paulo Jolkesky Eduardo Tastaldi Portella Os trabalhos de topografia e exploração continuam. 7 Cabana 10 anos da UPE Ralação na Parada do Alívio. Memória EspeleoPhoto Log de Saídas Foto do Semestre 12 10 Cartografia Aprenda um pouco mais sobre este comple- xo assunto. Foto: Ricardo Martinelli Informativo da União Paulista de Espeleologia - Número 1 - Volume 1 - Janeiro/Julho de 2004 19 Conheça a UPE! Visite nosso Site www.upecave.com.br 18 Maillon Rapid Revisão Renata Shimura ELETRÔNICO Edição comemorativa - 10 anos Abstracts Gabriela de Brito Slavec

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Informativo da União Paulista de Espeleologia

Transcript of Desnivel 1

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Índice

Editorial

Ouro Grosso

Após 5 anos, a UPE volta a ter seu informativo.

A exploração e mapeamento dos “garrafões”se constituem no maior desafio da re-topo-grafia.

Veja um painel de fotos históricas e uma relaçãode sócios do presente e do passado (pg. 17).

Parada do AlívioVinte e cinco anos após sua descoberta, fi-nalmente a topografia chega ao final.

EditorRicardo de Souza Martinelli

Desnível é uma publicação eletrônicasemestral da União Paulista deEspeleologia (UPE).

As opiniões expressas em artigos assi-nados são de responsabilidade dos res-pectivos autores. As matérias não as-sinadas são de responsabilidade doseditores e não refletem necessariamen-te a opinião da UPE. Artigos publica-dos no Desnível podem ser reproduzi-dos na íntegra desde que citados fonte,autor, URL e data de consulta na web.Reproduções parciais somente com au-torização prévia dos editores. O infor-mativo em formato PDF podera ser re-passado para outras pessoas e listas dediscussão.

Para enviar um artigo utilize o e-mail:[email protected]. As da-tas limite são os meses de maio e outu-bro.

O Desnível se encontra em regulari-dade com as leis anti-spam. Se desejanão mais recebê-lo, favor enviar e-mailpara: [email protected].

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Equipamentos

VVVVVeja eja eja eja eja TTTTTambémambémambémambémambém

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SeçõesPaulo Jolkesky

Eduardo Tastaldi Portella

Os trabalhos de topografia e exploraçãocontinuam.

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Cabana

10 anos da UPE Ralação na Parada do Alívio.

Memória

EspeleoPhoto

Log de Saídas

Foto do Semestre

12

10 CartografiaAprenda um pouco mais sobre este comple-xo assunto.

Foto: Ricardo Martinelli

Informativo da União Paulista de Espeleologia - Número 1 - Volume 1 - Janeiro/Julho de 2004

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Conheça a UP

E!

Visit

e nosso Site

www.upecave.com.

br

18 Maillon Rapid

RevisãoRenata Shimura

ELETRÔNICOEdição comemorativa - 10 anos

AbstractsGabriela de Brito Slavec

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Após cinco longos anos oDesnível está de volta.Durante todo

este tempo, não houve se-quer um dia em que nãopensássemos em sua re-edição. Veículo de grandeimportância para qualquerclube de espeleologia, os“informativos” servempara mostrar a comunida-de espeleológica e cientí-fica o trabalho realizado.Publicar é registrar, deixarcomo documento saídas,relatórios, mapas e im-pressões sobre as regiõesexploradas. Estasespectativas são as mes-mas que nortearam nossosprimeiros informativos eagora esperamos continu-ar esta missão com onovo Desnível.

Porém, devido aosaltos custos de impressãoe postagem, estaremos ex-perimentando uma novamaneira de editar nosso in-formativo. Será um modelototalmente eletrônico, com peri-odicidade semestral onde toda acomunidade poderá acessá-loatravés de nosso site ou recebe-lo via e-mail no formato PDF.Com isso vislumbramos uma dis-tribuição mais abrangente ondeatravés de um simples disquete ouCD se possa entregar o docu-mento a todos os interesssados.Esperamos também, manter umaregularidade entre as edições a

Editorial○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O Desnível está de volta!

um preço baixíssimo e com umapenetração muito maior do que

se tentássemos uma fórmula clás-sica. Vantagens como maior es-paço para textos e mais quanti-dade e qualidade das fotos sãoevidentes. A vontade e a idéia determos a versão impressa de tudoisso não esta descartada, depen-dendo do número de matérias po-deremos a cada dois anos (quemsabe até antes disso) reunir todoo material, editar e publicar.Como este é um novo formato,

introduzimos também algumasseções permanentes, como a deEquipamentos, coordenada pelo

sócio Eduardo Portella, aEspeleoPhoto, coordena-da pelo sócio PauloJolkesky e a Foto do Se-mestre, onde todos pode-rão enviar suas imagens ea mais bela ou significati-va do ponto de vista téc-nico, será publicada. Naseção “memória” teremossempre algo relacionadoa história da UPE e dosgrupos que a constituem;um relatório antigo, umtexto relembrando o pas-sado ou algum “causo”ocorrido!

Outro assunto degrande relevância são os10 anos de fundação daUPE. Estamos em festa,muito nos orgulha termoschegado até aqui comtoda a empolgação de1994 e pretendemos mar-car este ano com muitascomemorações. Nesta

edição histórica, o leitor, sócio eex-sócio da UPE poderárelembrar grandes momentos emum grande painel de fotos. Tere-mos também a “ExpediçãoAreado” e para o final do ano avontade de realizar uma festa!

Parabéns a todos os integrantesda UPE por mais esta conquista!

Boa leitura!

O caminho até aqui foi difícil, porém chega-mos! Muitos anos de vida à UPE!

Foto: Fabio Von Tein

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Durante os trabalhosde prospecção emespeleologia, existe

um fato muito comum de seacontecer. A beira de uma trilhaconhecida, de fácil acesso, querecebe quantidade considerável deturistas todos os anos, é descobertauma grande cavidade. Apenas naUPE, podemos citar dois casos, umfoi a descoberta de um abismo quedá acesso a Gruta Pescaria. O maisinteressante é que este abismo chega

exatamente após um desmoronamentoque era conhecido como o final dagruta, este fato duplicou o tamanhoda caverna e sua entrada estava amenos de 20 metros de uma trilha queem feriados recebe uma enormequantidade de pessoas.

O outro fato aconteceu dentrode uma das cavernas mais turísticasdo Brasil, a Lapa Doce na ChapadaDiamantina. Durante os trabalhos de

topografia, foi encontrada umapassagem que aumentaria o tamanhoda gruta em algumas centenas demetros, a galeria foi batizada de “édoce, mas não é mole não” pois énecessário transpor um longo trechoem teto baixo até se chegar à galeriapropriamente dita. Encontrar novoscondutos em Iraquara na Chapadanão é muito difícil, mas o fato éque a entrada para esta

galeria estava emum trecho ondeem período det e m p o r a d apassam centenasde turistas e nuncaninguém teve acuriosidade (oucoragem) de entrarno buraco.

Com a GrutaParada doAlívio,no núcleoC a b o c l o s , n oParque EstadualTurístico do Alto

Ribeira, o PETAR, em São Paulo, nãofoi diferente, praticamente no meio datrilha para a Gruta Temimina, uma dasmais turísticas e bonitas do parque,existe um riacho que é o único pontode parada que se pode tomar águacristalina (daí o nome da caverna).Durante anos, milhares de pessoasbeberam de suas águas sem saber quea alguns metros rio abaixo existia umsumidouro. A curiosidade fez comque, em 1995, uma equipe da recémcriada UPE descobrisse a Gruta quepossuía ainda um belo pórticoacessado de dentro para fora.

O relatório encaminhado à UPE naépoca dizia o seguinte: “Após 5minutos de percurso alcançamos oseu sumidouro e um paredão. Poucoacima do sumidouro existem váriasfendas verticais semi-cobertas pelavegetação. Retornamos para pegarnossos equipamentos” . Em relação aprimeira impressão sobre a gruta foi

ABSTRACT

Mapa 1 - Croqui de referência (BCRA 2A) executado em 1996.

Foto1 - Trabalhos de topografia com utilizaçãode prumo. Maior precisão.

Texto e Fotos: Ricardo Martinelli

Parada do Alívio25 anos entre a descoberta e o mapa final

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The article explains about theexploration and survey works on thecave Parada do Alivio at the PETARregion. During the survey andcataloguing works it was discoveredthe existence of an ancient registerof the same cave but with a differentname. The knowledge of the cave isnow better after finishing thedefinitely survey in BCRA 5C levelby UPE.

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escrito:”Após uma inspeção dereconhecimento acendemos nossosreatores e entramos pela fenda adireita. Acho que descemos uns 15metros em quebra corpos verticaisde fácil acesso até alcançarmos oprimeiro salão. Muitos opiliões. Umaossada intacta de animal de portemédio........Calculo que percorremosdentro da gruta uns 200 metros quepodem, facilmente dobrar ou triplicarseu desenvolvimento numa investidamais minuciosa.”(Fev. 1995 - EloyDorival Aurélio)

Em 1996, uma topografia BCRA 2A(Mapa 1) foi executada pela UPE e seconstatou a complexidade da caverna,constituída na sua grande maioria porpequenas galerias, forçando osexploradores a muitas vezesrastejarem para continuar, constatou-se também a existência de doispequenos riachos que se confluíamem certa parte da cavidade . Apesarda promessa de uma caverna dedesenvolvimento razoável para ospadrões do PETAR, naquela época aUPE se voltava para fora do Estado

Foto 2: O Suspiro: Formação“impar” encontrada em uma estrei-ta galeria da caverna

de São Paulo, com trabalhos de grandeporte principalmente em Goiás,deixando áreas como a da Parada doAlívio em segundo plano. Passados8 anos de seu descobrimento, avontade de acabar com as pendênciasabertas pelo grupo no Estado de SãoPaulo veio à tona, e no final de 2002uma equipe se dirigiu para a regiãoafim de reencontrá-la. Em 2003 foramnecessárias 5 investidas, 16 pessoas,205 horas X homem, 171 visadas, 161bases, 720,73 metros de linha de trena,11 loops e muito, mas muito joelhoralado passando em quebra corpos eteto baixo com água na cara até quese concluísse a fase de mapeamento.Pelo “acanhamento” da grandemaioria das galerias desta caverna, atopografia caminhou de uma maneiraum pouco mais lenta do que ohabitual, sendo que um grande trechonecessitou de retopografia para quese chegasse ao nível de precisãoBCRA 5C (Mapa 2). Um trecho doúltimo relatório dizia o seguinte: “Ostrabalhos de campo estãoterminados, nenhuma dúvida a

respeito de continuação da cavernafoi deixado para posterioresinvestidas (Set. 22 – RicardoMartinelli)”.

GRUTA MEANDRO

Atualmente um dos grandesproblemas da espeleologia é a faltade comunicação entre os grupos e aspessoas praticantes. Um fatointeressante ocorreu após a palestrada UPE no XIII EPELEO ondeexpomos os resultados do trabalhona Gruta Parada do Alívio. Celso Zílio,

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Mapa 2 - Topografia final da gruta Parada do alívio. Técnicas desenvolvidas pela UPE fazem com que, mesmoem uma caverna de difícil progressão, se chegue a um grau de precisão altíssimo, representandofielmente as feições da caverna. Melhor visualização em http://www.upecave.com.br/mapas/parada.jpg

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espeleólogo experiente e por muitotempo integrante do CAP (ClubeAlpino Paulista), nos questionousobre a Parada do Alívio ser naverdade a Gruta Meandro, pois noinício da década de 80 ele encontroue mapeou uma cavidade com as

mesmas características e na mesmaregião, porém foi realizada umatopografia de grau baixo (Mapa 3),pois na época não dispunham detempo para maior detalhamento. Nãofoi necessário, porém, muitaespeculação para chegarmos aconclusão de que se tratava damesma caverna, portanto temos umcaso típico de duplicidade decadastramento no CNC e no Codexentre as cavernas SP 278 e SP 413.Chegamos também a um impasse: qualdos registros deve permanecer?Historicamente o nome “Meandro”foi registrado primeiro, porém osdados são imprecisos, por outro ladoa Parada do Alívio possuicoordenadas tiradas com GPS detodas as Bocas (que são três),realizando várias tomadas do mesmolocal, ligadas à topografia da cavernae ainda tem-se o Datum utilizado(WGS 84), elemento importantíssimopara a precisão das informações. Nonosso modo de ver, os dois registrospossuem sua importância, um como

Foto 3: Ninho de pérolas naParada do alívio

5registro histórico de exploração eoutro como os dados definitivossobre a cavidade, como sugestãoacreditamos que atualizar os dadosna ficha da Parada do Alívio, citandoa Gruta Meandro e se possívelincluindo um “link” para a sua fichaseja a coisa mais correta a se fazer.

ÁREA RESTRITA

A Gruta Parada do Alívio é umacavidade muito instável, possuindocondutos com reais possibilidades dedesmoronamento. Imprescindívelportanto é a proibição do ingresso depessoas despreparadas e sempropósito, devendo permanecer comoárea de visitação restrita dentro doPETAR. Justificamos esta precauçãopois não foram poucas as vezes,durante os trabalhos dentro dacaverna em que ocorreram pequenosdesmoronamentos, sendo que umdeles “quase” nos colocou em umasituação delicada pois obstruiu umapequena passagem que era nossaúnica via de saída. A caverna aindapossui espeleotemas frágeis como osuspiro (Foto 2) e ninhos de perolas(Foto 3), que estão em locais de fácilacesso e poderiam, com visitaçãoconstante serem depredados.

PETAR & UPE

Precisamos salientar o apoioque a UPE recebeu e vem recebendodas pessoas que dirigem hoje oPETAR. Sempre que solicitadotivemos a atenção necessária paraacessar áreas restritas e darprosseguimento aos nossostrabalhos, seja com autorizações, sejacom a liberação da casa de pesquisa.Relatórios periódicos tem sidoenviados e sempre informamosnossos passos dentro destaimportante área de conservação.Esperamos assim contribuir para ummaior conhecimento do patrimônioespeleológico Paulista e Brasileiro.

Mapa 3 - Topografia realizada pelo CAP (Clube Alpino Paulista) nadécada de 80. Melhor visualização em

http://www.upecave.com.br/mapas/meandro.jpg

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EspeleophotoPor Paulo Jolkesky

A escolha da câmera

As características maisimportantes numa câmera paraesse tipo de foto são: Que possatrocar lentes; Regulagemmanual em todos os comandos;Facilidade de enxergar pelo visore focar com pouca luz; Aceitecabo disparador; Modo “Bulb”, oufunção que permita exposiçõesde 30” ou mais.Quanto à mídia, tanto faz serfilme ou digital. Algumas digitaisde lente fixa (não Reflex), sãoótimas opções, pois permitemregulagem manual e longasexposições, e geralmente temuma boa lente; como é o casoda Nikon Coolpix 5400 ou 5800,da Cânon Powershot G5 ou Pro1,da Sony F828 e da nova OlimpusC-8080; entre outras; porém comum preço mais salgado que asconvencionais com filme (emuito mais delicadas).Algumas opções de Reflexconvencionais usadas podemser adquiridas mais baratas naRua Conselheiro Crispiniano, nocentro de São Paulo, eseguramente vão ensinar muitoao iniciante. São elas a NikonFM2, Cânon A-1, PentaxSpotmatic; ou a mais nova NikonFM3a, totalmente mecânica etoda em metal como as antigas.Essas levam apenas umapequena bateria para ofotômetro, e não dependem deenergia para o seufuncionamento normal; sendoassim menos sensíveis àelevada umidade do ambientesubterrâneo.

Have a Nice Shot!

Fósseis encontrados dentro da caverna aumen-tam a importância do re-mapeamento.

Foto: Ricardo

Martinelli

Foto: Ricardo

Terzian

Topografia na Cabana: O frio é omaior inimigo!

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CabanaNova Trilha melhora o acesso e dánovo impulso aos trabalhos

ABSTRACT

Adistância sempre foi ogrande obstáculo em re-lação a Gruta da Caba-

na. Não foram poucas as vezesem que enfrentávamos 12 horasde trilha pesada, com 30 kilos nascostas para passardois dias traba-lhando na caverna.Uma opção maiscurta era a trilhaque passava peloTemimina, mas aquia dificuldade resi-dia em atravessar orio, tanto que umaequipe da UPE fi-cou presa doisdias, pois as chuvasaumentaram muito

o volume das águas.Recentemente consegui-

mos reabrir uma antiga trilha muitoutilizada na década de 70 ondese evita a passagem peloTemimina (passamos enquantoele esta dentro da caverna) e con-seguimos atingir a região em 3horas de caminhada tranqüila.

A topografia vai avançan-do bem, chegou-se até a clara-bóia grande, que também élindíssima, e estamos quase ter-minando a linha do rio. Termina-da esta fase, estaremosprospectando a mata a procurado “Abismo do CAP”, onde exis-tem ossadas bem mais preser-vadas e também da CavernaBaixão, que acreditamos fazerparte do sistema. Recentementedescobrimos que uma parte datopografia terá que ser refeita;este trecho refere-se ao início dagruta onde foram encontradoserros de fechamento naspoligonais.

A new trail made easier theway to the Cabana Cave regionrenewing the mood of the caverswanting to work on this area. Assoon as one finishes the surveys onthe horizontal galleries one will startprospecting the external arealooking for the CAP Abyss, theBaixao Cave and possible uppergalleries inside the cave.

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EquipamentosPor Eduardo Portella

Conservação de cordas

A melhor maneira de lavaruma corda ou uma fita (oprocedimento tambémabrange as cadeirinhas) é notanque, deixando de molhopor algumas horas (sem nós)para depois escovar as partesmais sujas da capa com umaescova macia (Use apenassabão neutro quandonecessário). Para tirar asujeira da alma, mantenhatotalmente submersa poralgumas horas, depois agitebem, remova a corda e drenea água suja. Repetir estaoperação umas três ou quatrovezes geralmente é osuficiente.Seque a corda ou fita molhadana sombra - processo quedemora de dois a três dias -jamais no sol ou em qualquertipo de estufa ou secadora.O ideal é guardar sua corda efita sempre no escuro, emlocal de boa ventilação, semnós apertados, e logicamentelimpa. Nunca mantenhaguardadas fitas ou cordinscom nós, pois eles criampontos de enfraquecimento(se for necessária a utilizaçãode uma ferramenta paradesfazer o nó, é aconselhávelcortá-lo, pois podeenfraquecer pontos da cordaou fita).

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Ouro GrossoComo andam os trabalhos

Inicialmente, a idéia deretopografar a Ouro Gros-so surgiu da necessidade de

se ter uma caverna de fácil aces-so, onde pudessemos levar no-vatos e que servisse de treina-mento tanto de técnicas verticaisquanto topográficas. Com o pas-sar do tempo e o andar dos tra-balhos, percebemos que a cavi-dade impunha grande dificulda-de para os menos experientes, fa-zendo com que se limitasse aspessoas nas investidas. Por umoutro lado, este tipo de situaçãofez com que outras pessoas dogrupo se habilitassem em técni-cas verticais, e também aumen-tasse o interesse pela topografia.

Importante salientar que, aUPE, quando propôs aretopografia da OG, teve a inten-ção de melhorar o mapa existen-te, utilizando técnicas mais apu-radas e precisas, pois entendeque a caverna é uma das mais im-portantes do Brasil, principal-mente por sua localização evisitação intensa

Falando mais diretamente

da topografia, e para que se en-tenda melhor o que foi feito e oque ainda falta, didaticamentevamos dividir a caverna em trêspartes distintas: Parte seca e ram-pas; linha do rio, incluindo todasas cachoeiras e a Boca Michel LeBret incluindo os garrafões. Nesteano iniciamos o último estágio demapeamento: a topografia dos di-tos garrafões.

Já foram feitas duasinvestidas, destacando a primei-ra saída conjunta com o EspeleoClube de Avaré (ECA), que nosauxiliou na ancoragem dos abis-mos. Existe ainda muito trabalhopela frente, como topografar atrilha que sobe para os abismosligando toda a topografia em umgrande loop e prospectar o locala procura de novos abismos,além é claro de terminar a partejá conhecida.

ABSTRACTFoto:

Ricardo Martinelli

Os garrafões se constituem no mai-or desafio da re-topografia.

The survey work is on the wayto the end but this will be the mostdifficult part. The abysses limit thesurvey teams because it is necessarythe complete knowledge about ver-tical techniques. The group was theretwo times already and there is still alot of work to do.

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Já era tarde. O sol tinha de-saparecido atrás dosmontes e a umidade já se fa-

zia sentir. O dia foi frutífero; o le-vantamento da Gurutuva foi com-pletado, gruta escondida lá emcima numa pequena dolina e quesó gente da roça pode descobrir.A caminhada de volta é lenta, asmochilas pesadas, os músculoscansados.

Ao atravessar o córregoAlambarí no fundo do vale, antesdele sumir numa gruta bem co-nhecida, o nosso mateiro-guiaperguntou se conhecíamos umburaco pequeno que sopravamuito vento, a uns 100m de lá,dentro do mato, acima daressurgência do citado Alambarí.

Ninguém sabe da existência des-se respiradouro, porém sendouma entrada acima do sifão dasaída e sumamente interessantepelo fato de talvez dar acesso aosprovavelmente 1500 m de per-curso subterrâneo do Alambarí,já chamado “de cima”.

Apesar do cansaço geralninguém faz objeção a sugestãode pelo menos dar uma olhada naentrada. São 18h quando chega-mos a um orifício pequeno cheiode mato e entupido de detritosorgânicos. Meia hora e a entradaé relativamente limpa dando aces-so a um poço de 3 metros a 60graus de inclinação. De fato ovento que sopra é impressionan-te.

O fundo dá sobre uma platafor-ma de meio metro quadrado. Oproseguimento é só possível la-teralmente e em declive acentua-do por um buraco que medequando limpo, 40 cm de alturapor uns 60 de largura. Uma pe-dra jogada no escuro desce bas-tante indo parar não sabemosaonde.

Já então esquecidos da fa-diga desse duro dia e da fome quecomeça a atormentar um dos ca-maradas, o Chassan, desenrola asescadas e com grandes dificulda-des consegue passar dizendo quelogo entrando tem um vazio ver-tical, de 3 m antes que a escadaencoste na parede e prosseguepelo menos 20 m em baixo, com

MemóriaInaugurando esta que será uma seção permanente no Des-nível, teremos a transcrição de um relatório histórico de1969, do descobrimento da “Alambari de Cima”, no PETAR.(Fonte: Arquivo do Grupo Espeleológico Bagrus - Acervo UPE)

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declive muito acentuado. Micheldo mesmo tamanho que Chassan,é dizer muito franzinho, e semgrandes dificuldades desaparececonfirmando as informações an-teriores. Não é fácil descer.

Michel desaparecido é aminha vez, eu Collet o gordo daturma de fazer esforço. Levei 20minutos para passar esse metro emeio até chegar a por os pésnos degraus da escada. A des-cida é muito escorregadia,mesmo com a escada, por cau-sa da argila extremamente pe-gajosa. Após 20 metros deescada, chegamos a um ângu-lo da galeria aonde inicia umdesmoronamento instável mui-to perigoso. Descida cautelo-sa nem se vê nem se escutasinal dos companheiros. Che-gando na água percebo a luzdo capacete de Michel refleti-da, e este me esperava en-quanto fazia observações dacorrenteza do rio subterrâneoe tomando temperaturas. Nosjuntamos. A galeria é baixa enos obriga a andar curvados:a nossa mochila enroscando acada momento. Após 80 m oteto se levanta e andamossempre na água, agora porémde pé, vendo na frente a luzdo Chassan.

Todos juntos nos senta-mos numa lage relativamentesêca e fazemos o inventáriodas provisões da comida e reser-vas de carbureto para nossa luz.A comida é praticamente nula. Sóalguns drops e um tablete de cho-colate. O carbureto dá ainda 6hpara cada um. Mais que suficien-te.

Dos nossos corpos des-prende um vapor branco que for-ma uma nuvem ao redor do pe-queno grupo. Chupamos os pou-cos drops sendo decidido que o

chocolate seria guardado para ofim da galeria. Com dificuldadenós entramos de novo na água fria,as pernas doloridas e as roupasmolhadas até o peito. A cavernaprossegue sem ornamentação epodemos observar que na épocadas grandes enchentes o peque-no orifício da resurgência não davazão e que grande parte do per-

curso fica completamente sub-mergido. O teto é sempre incli-nado indo por momentos se jun-tar à água. Devemos desviar eprocurar passagens mais altaspara voltar mais adiante ao leitodo rio.

Sobe desce, caminha naágua, sempre molhado quase atéa cintura, andamos mais de umahora, olhando tudo, anotando.Quase ninguém fala. Chegamos a

um desabamento da abóbodaque dessa vez não deixa ver pas-sagem nenhuma. A nossa resistên-cia física e durante, posta a pro-va.

Nos sentamos de novo.Faz duas horas que estamos an-dando, desde o buraco da super-fície, lá do respiradouro. O cho-colate é aberto e comemos em si-

lêncio. Nunca um pedaçodoce foi tão apreciado e sa-boreado. Mastigamos lenta-mente, aproveitando essa pa-rada forçada. As forças vol-taram com esse descansoepreparamos o material de to-pografia para a volta. Chassanvai explorar um pouco o des-moronamento para ver seexiste uma passagem paraprosseguimento. Porém elevolta: negativa. A topografiaé feita entre Michel e Guy en-quanto Chassan vai anotan-do possibilidades laterais, ilu-minando o teto dos salõespara avaliação das alturas.

Devagar as páginas do ca-derno vão se enchendo demedidas e notas, croquis, tro-peçando e andando. Quasequatro horas depois de en-trar, aparecemos na saída,dando gritos de alegria e sen-do respondidos por nossosdois companheiros que ti-nham ficado lá fora. Um fogoenorme clareava o mato e um

palito “ao natural” ajudou aaguentar a caminhada de umahora até chegar a nossa sede decampo aonde uma janta quente euma noite de descanso ia fazer es-quecer essa jornada fisicamentepenível, porém frutífera.

Mas essa gruta não deu ain-da tudo. Voltaremos!

Guy C. Collet - 1969

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Texto: Fabio Kok Geribello

Alguns conceitos sobrecartografia

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ABSTRACT

Existem alguns conceitos emcartografia que são dedifícil entendimento até

para pessoas que utilizam mapase GPS freqüentemente. Pensandonisso, este artigoprocura elucidardiversas dúvidas,visando melhorara aquisição decoordenadas ,realizada pelosespeleólogos.

Características

Todos osmapas sãorepresentações aproximadas dasuperfície terrestre, pois a Terra,que apresenta uma forma quaseesférica, é projetada em umasuperfície plana, o mapa.Portanto, sendo o mapa umarepresentação gráfica de umaporção da Terra, estão nelepresentes diversas características,apresentadas em diversosformatos, que serão discutidosadiante.

A ‘escala’ é a relaçãoentre as dimensões dos elementosrepresentados em um mapa e agrandeza correspondente, medidasobre a superfície da Terra. Aescala é uma informaçãoobrigatória para qualquer mapa egeralmente está representada naforma numérica. As escalas sãodescritas por frações cujosdenominadores representam asdimensões naturais e osnumeradores, as que lhescorrespondem no mapa.

A apresentação de escalagráfica também é indicada naelaboração de um mapa de

cavernas, já que o desenho podeser ampliado ou reduzido, semalteração desse tipo de escala.

Declinação Magnética

Um dos fatores indispensáveispara que um mapa seja de utilidademáxima ao usuário é a existência dodiagrama de declinação. Os mapasconstruídos no sistema dequadriculados UTM, trazem, sempre,

esse diagrama, o qual contém trêslinhas, que representam (a) NM ounorte magnético, estabelecido pormeio da bússola; (b) NQ ou norteda quadrículo, estabelecido pelaslinhas verticais da quadrícula dacarta; e (c) NG, que é o nortegeográfico ou norte verdadeiro.

A declinação da quadrícula éo ângulo formado pelo NQ e o NG,e seu valor é correto (ou válido) nocentro da folha.

A declinação magnética é oângulo formado pelo NG e o NM eseu valor é correto (ou válido) nocentro da folha.

Coordenadas Geográficas

Este é o sistemamais antigo delocalização. Osgregos idealizaram arede de paralelos emeridianos, criandoassim o sistema dec o o r d e n a d a sgeográficas, o qualainda está em uso.

O s‘paralelos’ sãocírculos da esferacujos planos sãoperpendiculares aoeixo que une os

pólos norte e sul; quando se chegaao pólo, o círculo fica reduzido a umponto O Equador é um círculomáximo, que divide a Terra em doishemisférios: Norte e Sul. O paralelode 0o corresponde ao Equador,sendo os paralelos numerados de 0a 90o, para Norte e para Sul.

Os ‘meridianos’ são aslinhas que passam através dos pólose ao redor da Terra. Todos osmeridianos se encontram em ambosos pólos e cruzam o equador emângulo reto. A distância entre

In this resume areexplained some fundamentals oncar tography as the maincharacteristics about maps,meridians and parallels,geographic and UTMcoordinates, magnetic declination,cartographic projections andinformation about DATUM.

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11meridianos diminui do Equador paraos pólos. Decidiu-se, entre as nações,que o ponto de partida para anumeração dos meridianos seria omeridiano que passa peloObservatório de Greenwich, naInglaterra, sendo este o MeridianoPrincipal. As localizações são feitas apartir dele, que é o marco 0o,seguindo para oeste e para leste, até180o.

Representa-se um ponto nasuperfície terrestre por um valor delatitude e longitude, caracterizandouma intersecção entre um meridianoe um paralelo. Esse sistema estábaseado em duas linhas: o Equadore o Meridiano Principal. As medidassão feitas em linhas curvas, isto é, nosparalelos e meridianos, portanto, graué o sistema de medida utilizado.Longitude é a distância angular entreum ponto qualquer da superfícieterrestre e o Meridiano de Greenwich,que medidos ao longo do paralelodo ponto, vai de 0 a 180o. A latitudeé a distânciaangular entreum pontoqualquer das u p e r f í c i eterrestre e alinha doEquador, que,medidos aolongo domeridiano doponto, vai de 0 a 90o. Tendo-se osvalores da latitude e da longitude deum local desejado, estãodeterminadas as coordenadasgeográficas do mesmo. Por exemplo,as coordenadasgeográficas doNúcleo OuroGrosso, noPETAR, são: 24o

32' 44'’ delatitude sul e48o 40' 55'’ delongitude oeste.

ProjeçõesCartográficas

Representar a Terra em umasuperfície plana é, sem dúvida, umatarefa das mais complicadas. Portanto,todos os mapas são simplesmente

representações aproximadas dasuperfície terrestre.

Na elaboração de um mapadeve-se ter um método, cujopressuposto é de que a cada pontoda Terracorresponde umponto do mapa.Para se obter essacorrespondênciapode-se utilizar ossistemas dep r o j e ç õ e scartográficas.

E x i s t e mdiferentes tipos dep r o j e ç õ e scartográficas, umavez que há umavariedade de modos de se projetar,sobre um plano, os objetosgeográficos que caracterizam asuperfície terrestre.Conseqüentemente, torna-senecessário classificá-las sob seusdiversos aspectos, a fim de melhor

estudá-los.Anal isam-se

os sistemas dep r o j e ç õ e scartográficas pelotipo de superfícieadotada e grau ded e f o r m a ç ã oo b s e r v a d o .Quanto ao tipo desuperfície de

projeção adotada, classificam-se asprojeções em: (a) cilíndricas, que sãoobtidas a partir do desenvolvimentoda superfície de um cilindro queenvolve a esfera e para o qual se faz

o transporte dasc o o r d e n a d a sesféricas; (b)cônicas, que sãoobtidas pelodesenvolvimentoda superfície deum cone queenvolve a esfera;e (c) planas ouhorizontais, quesão obtidas pelatransposição das

coordenadas sobre um planocolocado em posição determinadaem relação à esfera.

Cada método de projeção dasuperfície terrestre preserva

diferentes propriedades espaciais:área, direção, distância e forma. Apreservação de uma propriedadeimplica normalmente na distorçãodas demais. Assim, quanto ao grau

de deformaçãodas superfíciesrepresentadas,as projeçõessão classificadasem (a)conformes ouisogonais; (b)equivalentes ouisométricas; e( c )eqüidistantes.A escolha deuma projeção

deve se basear na precisão desejada,no impacto sobre o que se pretendeanalisar e no tipo de dado disponível.

A projeção UTM, porexemplo, divide a Terra em 60 fusosde 6o de longitude cada um. Oquadriculado, se considerado comoparte integrante de cada fuso, temsua linha vertical central coincidentecom o Meridiano Central (MC) decada fuso.

Os meridianos do fusoformam um ângulo com as linhasverticais da quadrícula. Esse ânguloé nulo para o MC, mas vaiaumentando com a diferença delongitude e também com a latitude.Este ângulo é chamado de‘convergência meridiana’, que évariável em relação à situação a cadaponto dentro da zona e representa,para cada ponto, o ângulo formadoentre as linhas que indicam o NorteGeográfico e o Norte da Quadrícula.

Para a projeção UTM, então,para cada fuso, adota-se comosuperfície de projeção um cilindrotransverso com eixo perpendicularao seu meridiano central. Apesar dacaracterística “universal” destaprojeção, enfatiza-se que o elipsóidede referência varia em função daregião da superfície terrestre.

O meridiano central de umfuso, o Equador e os meridianossituados a 90o do meridiano centralsão representados por retas,enquanto que os demais meridianose os paralelos são representados porcurvas complexas. O meridianocentral é representado em

Projeção Plana

Projeção Cônica

Projeção Cilíncrica

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verdadeira grandeza. A escalaaumenta com a distância em relaçãoao meridiano central e torna-seinfinita a 90o deste.

Aplica-se ao meridianocentral de cada fuso um fator deredução de escala igual a 0,9996,para minimizar as variações de escaladentro do fuso. Como conseqüência,existem duas l inhasaproximadamente retas, uma a lestee outra a oeste, distantes cerca de 1o

37' do meridiano central,representadas em verdadeiragrandeza.

Coordenadas UTM

Além das coordenadasgeográficas, a maioria das cartas degrande e média escalas, em nosso país,também são construídas comcoordenadas plano-retangulares.Estas coordenadas formam umquadriculado relacionado à ProjeçãoUniversal Transversa de Mercator, daíserem chamadas de coordenadasUTM.

O espaço entre as linhas doquadriculado UTM é conhecidocomo ‘eqüidistância’ do quadriculadoe será maior ou menor de acordocom a escala de carta. O sistema demedida utilizado é o linear, em metros,cujos valores são sempre númerosinteiros, sendo registrados nasmargens da carta. Nas cartas doIBGE, em escala 1:50.000,comumente usadas para prospecçãoem áreas cársticas, a eqüidistância doquadriculado é de 2.000 metros.

Ao se registrar ascoordenadas UTM, observa-sevalores bastante distintos dasdistâncias até a origem, que é ocruzamento do MC com o Equador.Para que os valores das coordenadasao sul do Equador nunca fossemmenores do que zero, somou-se10.000.000 m para o Equador; damesma forma, para se evitarlongitudes negativas, somou-se500.000 m ao Meridiano Central.Assim, os valores das coordenadassão sempre positivos.

Datum

Para caracterizar um datumutiliza-se uma superfície de referênciaposicionada em relação ao geóide,

que é a forma da Terra e que podeser representado matematicamentecom grande precisão. Trata-se,portanto, de um modelo matemáticoque substitui a Terra real nasaplicações cartográficas. Um datumplanimétrico ou horizontal éestabelecido a partir da latitude e dalongitude de um ponto inicial, doazimute de uma linha que parte desteponto e de duas constantesnecessárias para definir o elipsóidede referência. Assim, forma-se a basepara o cálculo dos levantamentos decontrole horizontal.

Existe também o conceito dedatum vertical, que se refere àsaltitudes medidas na superfícieterrestre, referenciadas ao nívelmédio dos mares.

Os mapas mais antigos doBrasil adotavam o datumplanimétrico Córrego Alegre. Maisrecentemente, o datum planimétricoSAD-69 passou a ser utilizado comoreferência. Atualmente, com oadvento das medições por GPS, temsido comum o emprego do datumplanimétrico global WGS-84.

A latitude e longitude daslocalidades no mapa dependem domodelo matemático usado para serepresentar a Terra. O Datum serefere a qual elipsóide de referênciafoi utilizado para o cálculo dasprojeções. Datums diferentespossuem diferentes origens erotações, sendo que estes fatoresafetam na representação numérica daposição.

O DATUM padrão utilizadopela UPE para a aquisição decoordenadas por GPS é o WGS-84,que, apesar de ser um elipsóidemundial, se aproxima bastante bemdos DATUM locais, tanto no Brasilcomo em outras regiões do planeta,além de ser o padrão de transferênciados GPS Garmin.

Referências

Santos, M.C.S.R., Manual defundamentos cartográficos ediretrizes gerais para elaboração demapas geológicos, geomorfológicos egeotécnicos. São Paulo, SP. IPT v.1773, 1990.

IBGE:

http://www.ibge.gov.br/home/default.php

acesso em agosto 2004.

Inpe:

http://www.dpi. inpe .br/spring/usuario/cartogrf1.htm

acesso em agosto 2004.

Embrapa:

http://www.cdbrasil.cnpm.embrapa.br

acesso em agosto 2004.

OziExplorer:

http://www.oziexplorer.com

acesso em agosto 2004.

CompeGPS:

http://www.compegps.com

acesso em agosto 2004.

PortalGPS:

http://www.portalgps.com.br/

acesso em agosto 2004.

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Explorando o subterrâneoUPE 10 anosUPE 10 anos

Explorando o subterrâneo

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Alberto G. O. Krone-MartinsAlexandre ZielinskyAlvaro Mesquita Jr.Ana Cristina HochreiterAnamaria Fevero RosenthalAricio X. de Oliveira FilhoCarla Rodrigues GomesCarlos ZaithCeli Miyuki FujihiraCláudia de C. CastroDaniel Andreas KleinDanilo AllegriniEduardo T. PortellaEdward Júlio ZvigilaEloy Dorival AurelioElvira MariaEmerson Andrade VieiraEricson Cernawsky IgualFabio Kok GeribelloFabio V. Von TeinFernando R.M. BotelhoGabriela de B. SlavecGabriela LavillaGeraldo Bérgamo FilhoGilson TinenGisele CatarinoGuilherme GonçalvesGuy ColletHarumi AsahidaHilda SlavecIlo Lima Pereira NetoJacques A. LepineLeandro Dybal BertoniLeandro ValentimLuis Gustavo Cais ChieppeLuis Otávio Jatobá

Luiz BernardinoLuiz Waldemar de O. SouzaManuel Andreas P. EichstaedtMarcelo F. NevesMarcelo GonçalvesMarcia B. ScaranelloMarco Antonio I. de OliveiraMarco Aurélio ValentimMaurício MarinhoMauro ZackiewiczMiguel de Benedicto NettoNaira Ribeiro de MoraisOlavo Rui FerreiraPaulo Affonso BeraldiPaulo JolkeskyPeter SlavecPatricia ClaudiaRafael PetroniRenata ShimuraRicardo AraujoRicardo BaroneRicardo DutraRicardo MartinelliRicardo TerzianRoberto BrandiRoberto do Val VilelaRodrigo Adolfo Veirano AstizRodrigo Lopes ReisRogério Alexandre BorcysRonald J. WelzelSérgio KomuroShanty Navarro HurtadoSilmara ZagoValfredo J.Pires Jr.Wmarley Rodrigues de Moraes Jr.

Sócios do presente e dopassadoUma listagem de todos aqueles que participa-ram da UPE nestes 10 anos

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Expedição AreadoDurante a última semana de

julho foi realizada a ExpediçãoAreado 2004. Os objetivos princi-pais foram a localização e topogra-fia das grutas Areado II e III, alémde prospecção de superfície a pro-cura de novas cavidades (foram en-contradas 3 novas). A expedição foium sucesso e os resultados serãodivulgados em breve.

PalestrasNo mês de maio, conforme

decidido em reunião, começarama ser ministradas palestras rápidassobre os mais diversos assuntos.Foram abordados a manutenção e

Log de SaídasTodas as saídas promovidas pela UPE no pri-meiro semestre de 2004.

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Maillon RapidNotícias curtas sobre a UPE.

manejo de cordas; manutenção deequipamentos de aço/alumínio epreparação física. As palestras sãoabertas a todos os interessados,havendo interesse é só compare-cer na última quinta-feira de cadamês.

UPECANeste primeiro semestre foi

firmada uma parceria entre a UPEe o ECA (Espeleoclube de Avaré)para saídas conjuntas. O início dasatividades se deu na retopografiados abismos da Ouro Grosso.

Redespeleo BrasilA UPE enviou “dossier” que

foi aprovado pelo Conselho Gestorda Redespelo Brasil. Apesar dehoje contar com quase 40 sócios,entramos com apenas 10, devidoa discrepância entre nossa anui-dade e a da Rede. Esperamos re-gularizar isso o quanto antes.

EpeleoA UPE foi convidada nova-

mente para ministrar o curso de to-pografia em cavernas no XIVEPELEO, que será em Rio Claro(UNESP) nos dias 22, 23 e 24 deOutubro. Neste ano ministraremostambém o curso de navegação namata por cartas e bússola.

Data: 08 a 12/04/2004Local: Núcleo CaboclosÁrea Trabalhada: Gruta Cabana /Areado GrandeEquipe:Eduardo PortellaLeandro ValentimMarcelo GonçalvesRenata ShimuraMauro ZackiewiczClaudia CaiadoPatrícia ClaudiaRicardo Araújo

Data: 01 a 02/05/2004Local: Núcleo CaboclosÁrea Trabalhada: Gruta Cabana /Areado GrandeEquipe:Eduardo Portella - ExploraçãoFernando Zara - ExploraçãoLeandro Valentim - Instr.Marcelo Gonçalves - TrenaRicardo Terzian - Croquista

Data: 22 a 23/05/2004Local: Núcleo CaboclosÁrea Trabalhada: Gruta TemiminaSaída TurísticaEquipe:Ronald WelzelRenata ShimuraJacques LepineElvira MariaAriane SmeersRegina Chiang (Inic. em Espeleo)Robson Chiang (Inic. em Espeleo)

Data: 10 a 13/06/2004Local: Núcleo CaboclosÁrea Trabalhada: Gruta Cabana /Areado GrandeEquipe:Ricardo MartinelliRonald WelzelEduardo PortellaSilmara ZagoRogério - EGRIC (convidado)

Data: Janeiro de 2004Local: Terra Ronca - GoiásÁrea Trabalhada: TurismoEquipe:Leandro ValentimMarcelo Gonçalves

Data: Fevereiro de 2004Local: Terra Ronca - GoiásÁrea Trabalhada: PETERElaboração de Relatório para SBEEquipe:CoringaGabi

Data: 27 a 28/03/2004Local: Núcleo Ouro GrossoÁrea Trabalhada: Ouro GrossoEquipe:Fabio Kok Geribello - UPEGabriela Slavec - UPELeandro Valentin - UPEMarcelo Gonçalves - UPERicardo Terzian - UPEAriane Grube - ECAFabio Correa Martins - ECAMarisa Cortez de Souza - ECAPriscila G. de Almeida - ECARicardo Cortez de Souza - ECA

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Foto do Semestre

Gruta da Cabana

Foto : Ricardo Martinelli Dados Técnicos:Máquina - Nikon FM3A / Lente - Nikkor 55 mm micro 2.8 / Flash - SB22 em TTL /

Abertura - 2.8 / Velocidade 1:15 / Filme Fuji Velvia 100

Foto do Semestre