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ADELSON PEREIRA RODRIGUES

EXPLICAÇÕES FÍSICAS SOBRE COLETES BALÍSTICOS

UNIR - Ji-paraná/RO

2009

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ADELSON PEREIRA RODRIGUES

EXPLICAÇÕES FÍSICAS SOBRE COLETES BALÍSTICOS

Orientador: Prof. Dr. Judes Gonçalves dos Santos

Ji-paraná-RO, Agosto/2009.

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA DEPARTAMENTO DE FÍSICA

CAMPUS DE JI-PARANÁ

Por: ADELSON PEREIRA RODRIGUES

EXPLICAÇÕES FÍSICAS SOBRE COLETES BALÍSTICOS

TCC - Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Departamento de Física da Universidade Federal de Rondônia como um dos requisitos para a obtenção do título de graduação em Licenciatura Plena em Física.

Ji-Paraná-RO, Agosto/2009.

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EXPLICAÇÕES FÍSICAS SOBRE COLETES BALÍSTICOS

ADELSON PEREIRA RODRIGUES

Este trabalho de conclusão de curso foi julgado adequado para a obtenção do título de graduação no curso de Licenciatura Plena em Física e aprovado em sua forma final, no dia 28/06/2009, pelo programa de graduação do Departamento de Física da Universidade Federal de Rondônia - Campus de Ji-Paraná.

Banca Examinadora:

_______________________________________________

Prof. Dr. Judes Gonçalves dos Santos

Orientador - UNIR

_______________________________________________

Prof. Dr. Luciene Batista da Silveira

Membro - UNIR

_______________________________________________

Prof. Dr. João Batista Diniz

Membro - UNIR

Ji-paraná-RO, 01 de Agosto de 2009

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DEDICATÓRIA

Dedico:

Aos meus pais, Otávio e Terezinha, por acreditarem em

meus esforços, mesmo em momentos de dificuldades,

apoiando todas as minhas decisões nos momentos bons

e ruins, onde estes, nunca mediram esforços para

possibilitar meus estudos. Dedico ainda a todos os

meus irmãos, por sempre me apoiarem e sempre

compreensíveis às vezes ao meu tempo restrito e meu

humor nem sempre agradável, estando presente mesmo

que por vezes a distância, a todos muito obrigado.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por me agraciar com a honra de ingressar nesta instituição de

ensino superior, permitindo que me formasse.

A minha família que em vários momentos contribuíram de forma decisiva para

que a minha concentração pudesse ficar voltada para os estudos.

Aos meus companheiros de serviços, que por vezes entendiam a preocupação

por mim dada aos estudos, propiciando assim a concretização deste sonho.

Lembro ainda de algumas amizades que fiz durante a vida acadêmica que me

apoiaram de forma inesquecível.

E em especial ao meu Prof. Dr. Judes Gonçalves dos Santos... Professores que

se dedicaram em me ensinar podendo assim, concluir este curso de Licenciatura Plena em

Física.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................10 2. EVOLUCÃO DA DEFESA PESSOAL ATRAVÉS DA HISTÓRIA...........................11

2.1 A sobrevivência...........................................................................................................11

2.2 O uso dos coletes balísticos........................................................................................12 3. PROCESSOS FÍSICOS-QUIMICOS DOS COLETES BALISTICOS .......................13

3.1 Os Avanços nos Painéis Balísticos.............................................................................13

3.2 Estrutura Química do Klevar....................................................................................14

3.3 Estrutura molecular do kevlar..................................................................................14

3.4 Algumas Caracteristicas do Klevar..........................................................................15

4. EXPLICAÇÕES FÍSICAS SOBRE COLETES BALÍSTICOS ..................................16 4.1 Princípios fisicos do funcionamento dos coletes......................................................16

4.2 Demonstrações Experimentais do funcionamento dos coletes...............................20

4.3 Coletes que Resistem a Múltipla Ameaça................................................................23

4.4 Coletes que Resistem à Múltipla Ameaça ...............................................................24

4.5 Regulamentações pertinentes ao nível de proteção dos coletes..............................25

5. CONCLUSÃO....................................................................................................................26

6. REFERÊNCIA...................................................................................................................27 ANEXO I.................................................................................................................................28 ANEXO II................................................................................................................................33

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RESUMO

Através deste instrumento, de pesquisa científica, vai ser abordada a ameaça à injusta

agressão a que os profissionais de segurança pública estão sujeitos diariamente, tendo

evoluído este, de épocas remotas a um sistema de proteção individual atual, conhecido como

colete balístico, o que reduziu significativamente o número de morte de indivíduos alvejados

na região do tórax.

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ABSTRACT

This instrument of scientific research will be addressed to the unjust aggression threat

to public safety professionals are subject every day, having evolved from this time to a remote

system of individual protection current, known as a ballistic vest, the significantly reduced

both the number of deaths of people shot in the chest.

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1. INTRODUÇÃO

Umas das tristes realidades no meio policial é o grande número de

profissionais nesta área que são alvejados por disparos de armas de fogo, números

demonstram que 82 % dos policiais militares mortos ou feridos em serviço são atingidos por

arma de fogo na região do tórax. (DPRF, 2005).

Assim, são usados na segurança dos policiais alguns mecanismos de proteção

pessoal, dentre eles, os coletes balísticos que visam proteger a parte que estaticamente são

atingidas como maior frequência. (DPRF, 2005).

A procura por defesa pessoal teve início desde os tempos mais remotos a

busca pela sobrevivência devido à injusta agressão na qual o ser humano era submetido a

ataque de inimigos. Depois a agressão de sua própria raça em guerras ou confrontos isolados.

Em suas composições físico-químicas os coletes balísticos já foram

constituídos por diversos materiais ao longo da história, sempre em busca de uma defesa mais

resistente e cômoda para utilização. (DUPONT, 2007).

Vale lembrar que a utilização e comércio dos coletes balísticos são controlados

pelo Exército brasileiro, de forma similar ao uso das armas de fogo no país.

Diante do exposto, este trabalho, visa demonstrar fisicamente o funcionamento

dos coletes balísticos, quanto a sua eficácia na parada do projétil contra a placa de proteções

utilizadas por policiais militares e profissionais afins.

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2. EVOLUCÃO DA DEFESA PESSOAL ATRAVÉS DA HISTÓRIA

2.1 A sobrevivência

Desde épocas remotas, a raça humana procura se proteger dos ataques

inimigos. Há relatos de objetos encontrados na pré-história que seriam usados como defesa,

como instrumentos fabricados originalmente de couro, que seriam usados como uma forma

escudo pelos homens das cavernas para se defender agressão de animais. (DPRF, 2005).

Nos conflitos ocorridos na época medieval à evolução da defesa possibilitou

que fossem utilizados metais, como bronze e ferro na construção de escudos e armaduras que

seriam usados pelas tropas de guerreiros, porém o artefato de defesa completo destes soldados

chegava a pesar 50 quilogramas o que limitava os seus movimentos, prejudicando suas ações

em combate.

Na primeira e segunda guerra mundial o exército se disponibilizava de poucos

peitilhos metálicos (colete balístico) para proteção de suas tropas (soldados).

Somente em meados da década de 1960, na guerra entre os Estados Unidos da

América e o Vietnam, o exército americano começou a utilizar o que mais se aproxima aos

atuais coletes balísticos, os ditos “flak jacketes”, uma espécie de jaquetões confeccionados de

fibra de vidro e acolchoados, o que o tornava um artefato muito pesado e ainda não atingia a

proteção esperada. (DPRF, 2005).

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2.2 O uso dos coletes balísticos

Para o uso deste artefato, por policiais militares e profissionais afins, tem que

existir algumas instruções pertinentes à norma de segurança. É aconselhável o uso individual

de cada colete balístico para apenas um individuo o que por vezes se depara com a dificuldade

financeira por algumas corporações devido ao seu alto custo sendo o preço médio de um

colete balístico convencional de aproximadamente R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) é

importante salientar que um colete balístico tem validade de aproximadamente 10 anos.

(TAURO, 2001).

Os coletes balísticos têm suas placas com tamanhos previamente definidos

pelas indústrias de matérias bélicas, provocando assim grande dificuldade em seu uso

operacional devido à diversidade de tamanhos dos corpos dos indivíduos que os usam, pois é

indicado que os painéis balísticos sejam bem compactos ao corpo, assim diminuem a dor

causada pelo hipotético disparo de arma de fogo.

Devem-se adotar alguns cuidados pertinentes à manutenção e armazenamento

das placas balísticas, os coletes, quando não utilizados, devem ser preferencialmente

pendurados com o auxílio de um cabide, a fim de evitar rugas e deformações em seus painéis,

podendo causar perda na eficácia desejada, nunca devem ser deixados sobre os bancos da

viatura, expostos diretamente ao sol ou em lugares muito úmidos, não é adequado que se

estiquem em excesso as correias de velcro, pois, isto retirará a sua capacidade de estiramento

e jamais deve ser guardado enquanto está úmido em consequência de uma lavagem ou da

transpiração, a fim de evitar o aparecimento de mofo. Estes procedimentos podem abrandar o

desgaste natural dos painéis balísticos. (CBC, 2008).

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3. PROCESSOS FÍSICOS-QUÍMICOS DOS COLETES BALÍSTICOS

3.1 Os Avanços nos Painéis Balísticos

Um avanço significativo dos coletes balísticos se deu a partir do

desenvolvimento de tecidos modernos, para painéis balísticos. Ocorreu na década de 1960,

nos laboratórios da indústria química Du Pont, com a produção industrial de uma fibra de

polímero amido-aromática (poliaramida), a qual se deu o nome comercial de Kevlar 29.

Porém, sua fabricação só tornou-se economicamente viável a partir de 1965, quando

Stephanie Kwolek, um cientista de pesquisa da estação experimental da DuPont, em

Washington, descobriu que o amidobenzóico poderia ser polimerizado e solubilizado sob

circunstâncias especiais, produzindo um polímero com uma resistência aproximada em cinco

vezes superior a do aço. (DUPONT, 2007).

Hoje, nas proteções balísticas é utilizada a segunda geração deste material, o

KEVLAR 129. Este é 15% mais forte e 20% mais macio do que o KEVLAR original. Quase

que simultaneamente, uma equipe de químicos da Akzo Inc., multinacional com sede na

Holanda, também desenvolveu outro tipo de solvente, similar ao da Du Pont, comercializando

um tecido balístico idêntico ao Kevlar, com o nome comercial de Twaron. Este fato gerou um

grande processo no registro das respectivas patentes, que culminou em um acordo entre

ambas as empresas, onde a Akzo foi proibida de comercializar o Twaron nos EUA até 1990.

(DPRF, 2005).

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3.2 Estruturas Químicas do Klevar.

Sendo o kevlar, uma marca registrada da empresa, Du Pont, que

desenvolveram esta fibra sintética de aramida, muito resistente e leve. Trata-se de um

polímero resistente ao calor e sete vezes mais resistente que o aço por unidade de peso. O

kevlar é usado na fabricação de cintos de segurança, cordas, vibradores, construções

aeronáuticas e coletes balísticos. (DU PONT, Painéis Balísticos, 2007).

Esta fibra sintética de aramida que é comercialmente conhecida por klevar, tem

na sua composição química a seguinte estrutura e que possuía a fórmula básica como:

(-CO-C6H4-CO-NH-C6H4-NH-)n.

(DECICLOPEDIA, Material bélico, 2006).

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3.3 Estruturas moleculares do kevlar.

Figura 1:

(DECICLOPEDIA, Material bélico,2006).

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3.4 Algumas Características do Klevar

As placas de kevlar usada na construção de coletes balísticos, é 5 vezes mais

resistentes que o aço e 10 vezes mais que o alumínio, com massas semelhantes, densidade de

cerca da metade daquela encontrada na fibra de vidro habitual, não funde e nem incandesce,

podendo ser usada sem risco de degradação em temperaturas insuportáveis pelo corpo

humano, altamente flexível, podendo ser costurada e inserida em vestes comuns, tais como

camisetas. Devido não ser de material impermeável, caso venha a sofrer estes danos pode

acarredar perda em sua eficiência balística quando exposta à umidade, devido à ação

lubrificante da água, que facilita a entrada do projétil e a consequente ruptura das placas do

material, a durabilidade é de aproximadamente 2 a 5 anos, requerendo cuidados especiais

durante a lavagem, além de necessitarem de repotencialização, após 2 anos, isto é, um novo

banho do verniz hidrorepelente, pois, com a utilização contínua dos coletes de aramida, o

verniz acaba se partindo, permitindo a absorção de umidade através do suor do corpo do

usuário e da água da chuva, reduzindo, como vimos, seu grau de proteção. (DUPONT, 2007).

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4. EXPLICAÇÕES FÍSICAS SOBRE COLETES BALÍSTICOS

4.1 Princípios físicos no funcionamento dos coletes

Para iniciar as explicações dos coneitos físicos sobre a forma em que um projétil é

parado por uma placa balística, considera-se as grandezas físicas envolvidas em todo o

procedimento, citando as de maiores relevância: energia potencial; térmica; sonora; de atrito;

energia cinética; colisão elástica; terceira lei de Newton e pressão. (RESNICK; HALLIDAY;

KRANE, 2003).

A ação inicial, que determina o princípio de um projétil ao ser deflagrado, é a

energia potencial, considerando que a ação de uma força conservativa F, posicionada sobre

um ponto A, O, e considerado este referencial para a medida da energia potencial. Como este

corpo se deslocará por influências mecânicas, da arma e química, da munição esta energia

potencial se tornará nula. Caso o corpo se desloque de A até O, haverá um trabalho realizado

pela força F. Assim, o trabalho que se pode obter depende de A. Dependendo do ponto onde o

corpo se encontra, a força conservativa poderá realizar mais ou menos trabalho, tomando o

ponto O como o referencial. O trabalho que fica aramazenado no sistema, enquanto o corpo

está na posição A, denominando-se a energia potencial. (Manual compacto de Física, 2003).

O projétil, ao ser disparado e ao sair do interior da arma se deslocar pelo ar sofrendo

uma força de atrito que resiste ao movimento que é proporcional a sua área frontal “A”, ao

seu coeficiente aéro dinâmico “K”( que depende do seu formato aéro dinâmico e da densidade

do seu fluído), e ao quadrado de sua velocidade “V”. (UFSC, Colisãoes Inelasticas, 2004).

O que se demonstra matematicamente pela fórmula a seguir:

Far = K.A.V² (4.1.1)

Quando um corpo movimenta na atmosfera terrestre atuará contra ele uma força

resistiva, em virtude do atrito entre as partículas do ar e do corpo (projétil) que se denomina

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força de resistência do AR, que é sempre em sentido oposto ao corpo. (FUNDAMENTOS DE

TIRO, Armas de fogo, 2007).

Este projétil se deslocará através do ar até que se colida contra o painel

balístico, pelo conceito da energia cinética, que é a energia associada a este corpo em

movimento. Tendo a massa do projétil e sua velocidade v¹, num determinado instante.

Podemos calcular a sua energia cemética como:

2

2

1mvK =

(4.1.2)

Um dos princípios fisicos válidos no sistema de proteção balística, é o das

colisões perfeitamente inelásticas, são aquelas onde não ocorre conservação de energia

mecânica mas somente quantidade de movimento. Após o choque ambos os corpos seguem

juntos, ou se mantêm juntos em repouso como um único corpo com a massa igual à soma das

massas de todos os corpos antes do choque. (UFSC, Colisãoes Inelasticas, 2004).

A Figura ilustra esta colisão para dois corpos:

Figura 2:

Admite-se que os corpos de massa m¹ e m² tenham quantidades de movimento

p1i e p2i antes da colisão, respectivamente. Após a colisão a quantidade de movimento será:

Pf = Vf (m1 + m2) (4.1.3)

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Pela lei de conservação:

P1i + P2i = Pf (4.1.4)

Substituindo os termos da Equação anterior por suas respectivas expressões:

m1v1i+ m2v2i = (m1+ m2)vf (4.1.5)

Das Equações anteriores conclui-se que o valor para a velocidade final dos

corpos é:

vf= (m1v1i + m2v2i)/(m1+ m2) (4.1.6)

Estas constatações ficam explícitas através do entendimento da conservação da

quantidade de movimento linear que existe quando um projétil é disparado contra um colete,

como se fosse um sistema fechado, onde:

Qi = Qf (4.1.7)

Para um, Qi é a quantidade de movimento do sistema arma+projétil antes do

disparo e Qf é a quantidade de movimentos final do sistema, lembrando que após a colisão os

corpos ficam unidos.

Outros conceitos físicos pertinentes à colisão entre o colete balístico e o

projétil, é a terceira lei de Newton. Quando um corpo exerce uma força sobre outro, o outro

exerce uma força sobre o primeiro. Essas duas forças são sempre iguais em intensidades e

direção e sentidos opostos, logo para toda interação, na forma de força, que um corpo A aplica

sobre um corpo B, dele A irá receber uma força de mesma direção, intensidade e sentido

oposto. (WALKER, etal, 2006).

Figura3

Assim: |FA-B| = - |FB-A|. (4.1.7)

(Manual compacto de Fisica,2003).

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É de suma importância salientar o princípio de pressão que um projétil aplica

sobre uma placa de colete balístico, que é diretamente proporcional a intensidade da força

aplicada entre o projétil e o colete, é também, inversamente proporcional a área de contato

entre ambos, isto é, sabe-se que a pressão é uma grandeza física que representa a distribuição

de uma determinada força sendo aplicada sobre uma área específica, de forma matemática

demonstrada por:

P =

(4.1.8)

Onde, F a força aplicada perpendicularmente à superfície S de área A. (Manual

compacto de Física, 2003).

Para um sistema de forças com distribuição uniformes, como o que ocorre quando

um projétil vem a colidir contra uma placa balística que se considera uma superfície, a

pressão média será igual em qualquer ponto. (Manual compacto de Fisica, 2003).

F . A

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4.2 Demonstrações Experimentais do funcionamento dos coletes

Coletes à prova de balas precisam dispersar o trauma do impacto por todo o

colete para que a força não seja sentida com uma intensidade grande demais sobre um

determinado ponto. Para fazer isso, o material à prova de balas deve ser uma trama muito

estreita. As fibras individuais são torcidas, aumentando a sua densidade e espessura em cada

ponto. Para torná-lo ainda mais rígido, o material é recoberto com uma resina e interposto

entre duas camadas de filme plástico.

Figura 4:

Uma pessoa vestindo um colete de segurança ainda sentiria a energia do

impacto da bala, é claro, mas sobre todo o dorso, em vez de sobre uma área específica. Se

tudo funcionar direito, a vítima não se ferirá com gravidade.

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Outra demonstração experimental pode ser assim descrita, a energia é dispersa

porque os cordões estão entrelaçados. Quando o projétil empurra uma linha horizontal de

cordão, este puxa cada cordão vertical entrelaçado. Esses cordões, por sua vez, puxam todos

os cordões horizontais conectados. Desta forma, a rede inteira absorve a energia cinética da

bala, independente de onde o projétil atinja o usuário. Como será demonstrado na figura:

Figura 5:

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4.3 Propriedades relevantes dos Coletes.

Na realização de experimentos visando atestar a resistência das placas balísticas

e determinar a sua eficácia diante de um determinado projétil, os pesquisadores disparam

contra ele todo tipo de balas, em diversos ângulos e distâncias. Para que um colete seja

considerado eficaz contra um determinado tipo de arma a uma distância específica, ele tem

que parar uma bala sem causar um perigoso trauma por impacto. Os pesquisadores

determinam o trauma por impacto moldando uma camada de argila na parte interna do colete.

Se a argila for deformada mais que uma determinada quantidade no ponto de impacto, o

colete é considerado ineficaz contra tal armamento. (UOL, Como Tudo Funciona, 2008).

Sabe-se que o corpo humano possui resistência limitada e sua flexibilidade

reduzida, assim nenhuma camada sobre o indivíduo pode se mover por uma grande distância

o colete deve reduzir a velocidade da bala empregando diferentes camadas. Cada "rede" reduz

a velocidade da bala um pouco mais, até que ela finalmente pare. O material também faz com

que a bala se deforme no ponto de impacto. Essencialmente, a bala se espalha na ponta, da

mesma forma que um pedaço de barro e espalha se você atirar contra a parede. Este processo,

que reduz progressivamente a energia da bala, é chamado de "cogumelação." (UOL, Como

Tudo Funciona, 2008).

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4.4 Coletes que Resistem à Múltipla Ameaça.

O colete balístico que resiste à agressões por armas perfurantes foi

desenvolvido com o mesmo tipo de material utilizado nos coletes balísticos (com fibra de

Aramida produzida pela DuPont®), mas com fios mais finos que permitem a trama do

ordume ser 7 vezes mais densa e, assim, garantir maior resistência à penetração de objetos

pontiagudos. (DUPONT, Painéis Balísticos, 2007).

A homologação no nível II de acordo com a Norma NIJ 0115.00 (proteção

correcional) determina, em nível mundial, as características técnicas do colete e os testes a

que foi submetido, sendo identificado pela simbologia de um triângulo equilátero verde e com

o número 2 na cor branca, conforme figura estampado na etiqueta interna fixada ao painel

balístico e no lado direito do colete. (DUPONT, 2007).

Figura 6:

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4.5 Regulamentações pertinentes ao nível de proteção dos coletes.

Através de testes conduzidos em Laboratório Balístico próprio e a da CBC,

evidenciaram que em função da sobreposição dos conjuntos destinados a resistir aos impactos

de projéteis e de armas pontiagudas, o colete Multi Ameaça CBC apresenta resistência

superior àquela homologada (nível II – NIJ 0101.03), resistindo os impactos de projéteis

correspondentes ao nível IIIA. (CBC, 2008).

Vale lembrar que os Estados Unidos, é referência mundial de artefatos de

proteção individual regulamentado os níveis de coletes de segurança, que são certificados pelo

Instituto Nacional de Justiça (NIJ), que é uma agência do Departamento de Justiça dos EUA.

Os níveis são I, II-A, II, III-A, III e IV. Com base em extensos testes laboratoriais, os

pesquisadores classificam qualquer projeto novo de colete de segurança em uma das sete

categorias: a Categoria I de colete de segurança oferece o menor nível de proteção e a

categoria IV oferece o maior. As classes de colete de segurança são muitas vezes descritas

pelo tipo de armas contra as quais elas oferecem proteção. O colete de segurança de nível

mais baixo apenas pode ser utilizado para se proteger contra balas de um calibre (diâmetro)

relativamente pequeno, que tende a possuir menos força de impacto. Alguns coletes de

segurança de grau mais alto podem proteger contra um tiro poderoso de escopeta. As

Categorias de I a III-A sãs macias e ocultáveis. O Tipo III é o primeiro a empregar placas

rígidas ou semi-rígidas. (USA, Ministério da Justiça, 2004).

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através deste instrumento, procurei expor de forma sucinta as explicações

físicas, que visa demonstrar a aplicabilidade dos coletes balísticos como sistema de proteção

individual. Procurando assim, proteger contra traumas causados por hipotéticos disparos de

arma de fogo.

Uma vez que a violência toma proporções grandiosas toda e qualquer forma de

proteção e sempre válida visando garantir a segurança dos profissionais que ficam expostos

diretamente a riscos diversos.

As indústrias de materiais bélicos veem investindo em tecnologia para

construção de painéis balísticos que possam permitir a seu usuário uma maior flexibilidade e

também resistência contra as possíveis agressões pertinentes a esta área de atuação.

Assim, o uso dos ditos coletes balísticos, vem ao longo de algum tempo,

salvando diversas vidas de profissionais da área de segurança que fazem emprego deste

artefato, o que mesmo a despeito do desconforto por este causado, torna a sua utilização

obrigatória e essencial.

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6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.

HALLIDAY, D. e RESNICK, R. Fundamentos de Física, vol. 1. Rio de Janeiro: LTC-Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda., 1991.

BOSQUILHA, Alessandra. Minimanual compacto de física: teoria e prática/ Alessandra

Bosquilha, Márcio Pelegrini. – 2. Ed. Ver. – São Paulo: Rideel, 2003.

DPRF. Departamento de Policia Rodoviária Federal. 2005. Disponível em:

(http://www.dprf.gov.br/coletes) Acesso Jan. 2009.

WIKIPÉDIA. Coletes Balísticos. A enciclopédia livre, dez. 2007. Disponível em:

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Coletes). 2008. Acesso Fev. 2009.

TAURUS, Empresa Taurus no Brasil, ago. 2006. Disponível em:

(http://www.taurus.com.br/Coletes). 2007. Acesso Março 2009.

CBC. Companhia Brasileira de Cartuchos, coletes. 2008. Disponível em: (http://www.cbc.com.br/Coletes). Acesso Fev. 2009.

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ANEXO I

DEMONSTRATIVO DE CUSTOS E VALORES DE COLETES

BALÍSTICOS

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COLETES: MÚLTIPLA AMEAÇA.

Tabela 1:

Portfólio CBC de Coletes MULTI AMEAÇA

NÍVEL DE PROTEÇÃO TECIDO BALÍSTICO GRAMATURA PAINEL BALÍSTICO (nº total de camadas)

II KEVLAR® S720 250 g/m2 15

KEVLAR® S779 132 g/m2 15

Este colete CBC atende plenamente aos requisitos da Norma NIJ 0101.03 e NIJ 0115.00.

Tabela 2: Nível de proteção do colete MULTI AMEAÇA CBC Nível II de acordo com as normas:

Proteção balística Tipo de munição Peso Velocidade

g grains m/s ft/s

NIJ 0101.03 .357 Magnum JSP 110,20 158 425 1.395

9 mm FMJ 8,00 124 358 1.175

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OS COLETES BALÍSTICOS MAIS UTILIZADOS POSSUEM SEIS TIPOS DE PROTEÇÃO DISTINTAS:

Tabela 3:abela Simplificada de Níveis de Proteção

Uso Indicado

Nível de Proteção Munição Massa nominal

do Projétil Velocidade mínima

exigida

Policiais Civis,

Militares, Forças

Armadas e população em geral

I

38 SpecialRN Lead 10.2 g 259 m/s

22 LRHVLead 2.6 g 320 m/s

IIA

.357 MagnumJSP 10.2 g 381 m/s

9 mmFMJ 8.0 g 332 m/s

II

.357 MagnumJSP 10.2 g 425 m/s

9 mmFMJ 8.0 g 358 m/s

IIIA

.44 Magnum Lead SWC GasChecked 15.5 g 426 m/s

9 mmFMJ 8.0 g 426 m/s

III

7,62 x 57 mm FMJ 838 m/s

5,56x 45 mm NATO

IV 7,62 x 57 mm AP

30.06 AP 868 m/s

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Figura 7:

Legenda

1 - .22 Magnum 40 gr. JHP (1209 FPS / 369 MPS) 2 - .32 ACP 60 gr. Silvertip JHP (936 FPS / 285 MPS) 3 - .380 ACP 95 gr. FMC (902 FPS / 275 MPS) 4 - .38 Special 125 gr. Nyclad SWHP (1009 FPS / 308 MPS) 5 - .38 Special +P 110 gr. JHP (1049 FPS / 320 MPS) 6 - .38 Special +P 140 gr. JHP (869 FPS / 265 MPS) 7 - 9mm 124 gr. FMC (1173 FPS / 358 MPS)* 8 - 9mm 125 gr. JSP (1121 FPS / 342 MPS) 9 - 9mm 147 gr. Black Talon (1010 FPS / 308 MPS) 10 - 9mm 147 gr. Golden Saber (1083 FPS / 330 MPS)

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11 - 9mm 147 gr. Hydra Shok (1011 FPS / 308 MPS) 12 - .357 Magnum 158 gr. JSP (1308 FPS / 399 MPS)* 13 - .357 Magnum 110 gr. JHP (1292 FPS / 394 MPS) 14 - .357 Magnum 125 gr. JHP (1335 FPS / 407 MPS) 15 - .40 Caliber 180 gr. FMJTC (992 FPS / 302 MPS) 16 - .40 Caliber 170 gr. FMJTC (1095 FPS / 334 MPS) 17 - 10mm 155 gr. FMJTC (1024 FPS / 312 MPS) 18 - 10mm 170 gr. JHP (1137 FPS / 347 MPS) 19 - .41 Magnum 210 gr. LSWC (1141 FPS / 348 MPS) 20 - .44 Magnum 240 gr. LFP (1017 FPS / 310 MPS) 21 - .45 Long Colt 250 gr. LRN (778 FPS / 237 MPS) 22 - .45 ACP 230 gr. FMJ (826 FPS / 252 MPS) 23 - 12 ga. 00 Buck (9 pellet) (1063 FPS / 324 MPS) 24 - 9mm 124 gr. FMJ (1215 FPS / 370 MPS)* 25 - 9mm 115 gr. Silvertip JHP (1252 FPS / 382 MPS) 26 - 9mm 124 gr. Starfire JHP (1174 FPS / 358 MPS) 27 - .357 Magnum 158 gr. JSP (1453 FPS / 443 MPS)* 28 - .357 Magnum 145 gr. Silvertip JHP (1371 FPS / 418 MPS) 29 - .357 Magnum 125 gr. JHP (1428 FPS / 435 MPS) 30 - 10 mm 175 gr. Silvertip JHP (1246 FPS / 380 MPS) 31 - .41 Magnum 210 gr. JSP (1322 FPS / 403 MPS) 32 - .44 Magnum 240 gr. SJHP (1270 FPS / 387 MPS) 33 - 9mm 124 gr. FMJ (1440 FPS / 439 MPS)* 34 - 9mm 115 gr. FMJ Israeli (1499 FPS / 457 MPS) 35 - 9mm 123 gr. FMJ Geco (1372 FPS / 418 MPS) 36 - 9mm 124 gr. FMJ Cavim (1259 FPS / 384 MPS) 37 - .44 Magnum 240 gr. LSWC (1448 FPS / 441 MPS)* 38 - .44 Magnum 240 gr. HSP (1320 FPS / 402 MPS) 39- 12 ga. 1 oz. Rifled Slug (1290 FPS / 393 MPS) 40 - 12 ga. 1 oz. Rifle Slug (1254 FPS / 382 MPS)

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ANEXO I I

MODELOS DOS SEIS NÍVEIS DE COLETES BALÍSTICOS

Figura 8:

COLETE BALÍSTISCO NÍVEL I.

Foto cedida por Bullet Proof ME

Colete à prova de balas nível I

Figura 9:

COLETE BALÍSTICO NÍVEL II A.

Modelo RT 2NG

Colete a Prova de Balas, nível II A, fabricado em fribra balística de aramida composto com filme de Polietileno – Gold Flex 231 g/m².

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Figura 10:

COLETE BALÍSTICO NÍVEL II.

Coletes Balísticos Nível II.

Figura 11: COLETE BALÍSTICO NÍVEL III A.

Coletes Balísticos nível III A.

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Figura 12:

COLETES BALÍSTICOS III.

Coletes Balístico nível III

Figura 13: COLETES BALÍSTICOS IV.

Balísticos nível IV.

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