DECISAO ESTRATEGICA - abq.org.br D Fathi Habashi homenageado O prof; Fatro Habasro, que ledona...
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A FCC S.A., única fábrica de catalisadores para craqueamentode petróleo na América latina, atende hoje à demanda interna
e já atua de forma significativa no mercado externo.
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~. FÁBRICA CAR«JCA DE CAtAUSADORES s.JL
Rua Nelson da Silva, 663 - Distrito Industrial de Santa Cruz.",...Caixa Postal 58540 - CEP 23565-160 - Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 395-4200-Fax(021) 395-4300- Telex (21) 37431 FCCSBR
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'ASSlNATURAS:~númaros): . BrasiI:CR$3.aoo,oo . I:noria:US$50.00
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ANO 61 NQ694 OUTUBRO/DEZEMBRO 1993
REPORTAGEM ESPECIAL
Petroquímica brasileira em xequeAs dificuldades do setor e a vuInerabilidade das empresas à presença(ou ausência) do Estado sinalizam a hora de criar um clima competitivo,com os olhos postos no futuro
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XXXIII Congresso:Química e Cidadania 1O
SEÇÕESCONVERSANDO COM O LEITOR. . . 2ACONTECENDO. . . . . . . . . . . . . . . . . . 2EMPRESAS .25
PRC:X:ES&:::>S,PRa>UTOS, SERViÇOS. . 26AGENDA. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . 28
CADERNO DA ASQ encarte paraos asSociados
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PERFIL
Sanofi do Brasil
Multinacional jovem completa 20 anose 16 de Brasil com tecnologiade ponta em três vertentesvoltadas para o ser humano:saúde; alimentação;bem-estar e beleza
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ARTIGO TÉCNICO
Polímeros lônicqs:definiçõese características 21
Capa: Ensaio de percepçãode aromas
Cortesia: Sano!i do Brasil
Impressa em janeiro de 1994
ACONTECENDO
D UFRJ empossa diretoresO Instituto de Química da UFRJ
elegeu e empossou seu novo diretor,o prof. David Tabak,tendo como vice-diretor o prof. João Messena, apósconsulta à comunídade acadêmica,realízada em 24 a 26 de' novembro.
Na Escola de Química, a prof- A.de-laideAntunes, diretora, e o prof. Nei Pe-reiraJr., více, foram eleitos, tomandoposse em 12 de janeíro de 1991.
contribuição ao aumento de substân-da e melhoria do padrão editorial dapublícação.
D Fathi Habashi
homenageadoO prof; Fatro Habasro, que ledona
metalurgia extrativa na Laval Univer-sity, em Quebec Cíty, Canadá, rece-beu o grau honorário de Doutor emCíênda do Saint Petersburg MiningInstitute, na Rússía, por ocasião do22()2 aniversário da ínstituição, emnovembro. O título se deve à suacontribuição ao desenvolvírnento dateoria da rodrometalurgía.
O prof. Habasro é autor de várioslívros sobre sua especialidade e cola-bora9ór da RQI, onde pul?lícou no n2689,artígo sobre o ensíno da engenha-ria versus o da tecnología química.
D Abifina tem novoGerente Executivo
TIulis Abreu Cavalcante, Engenhei-ra Química com mestrado em Eco-nomía Aplícada à Tecnología e largaexperiênda em consultoria, além debrilhante artículísta em análise seto-rial da índústria química, assumiuno ínído de dezembro a gerêndaexecutiva da AssociaçiW Brasileira dasIndústrias de Química Fina - Abifina.
A RQI, na qual Thaís exerceu du-rante ano e meio a função de editoraassistente, agradece sua ímportante
o Prêmio Carbide crianova categoria
O Prêmio Union Carbidede Incenti-
vo à Química/1995, uma promoção
conjunta ABQ/Union Carbide doBrasil que já está em sua quarta ver-são, íntroduz a Categoria3, que pre-miará em 1994 um professoruníversitário.
As Categorias1 e 2 mantêm as re-gras, premiando um graduando eum estabelecímento de ensíno, e umpós-graduando e seu professororíentador, respectivamente, em1995.
D Ceará já contacom Rede de Pesquisa
Foi ínaugurada, 25 de outubro úl-timo, a Rede Cearense de Pesquisa,que ínterliga mais de mil terrnínaísde uníversidades eínstitutos daque-le estado por computador de alto de-sempenho. Sistema idêntico jáfundona em Porto Alegre e em brevedeverá ser ínstalado no LaboratórioNadonal de Computação Cíentífica(RJ), e na Unícamp. Segundo o pre-sidente da Fínep, Lourival Mônaco,a Rede Nadonal de Pesquisa -RNP,que poderá ser acessada por pesqui-sadores do Brasil e do exterior, temprevísão máxíma de um ano para es-tar totalmente ímplantada, com cus~tos entre US$ 3 e 4 milhões. A RNPoferecerá correio eletrôníco com tro-ca de mensagens, transferênda dearquivos e acesso a bancos de dadosde biblíotecas, entre outros servíços.Mônaco acrescentou que o sistemaflurnÍnense será finandado com re-cursos do programa de privatízação.(Jornal da Ciência Hoje).D V ENBEQ discutiuFormação x Informação
O V EncontroBrasileirosobreo En-sino da EngenhariaQuímica,ocorridoentre 26 e 29 de setembro em Itatiaia, .
com o tema central Formação x In-formação, repetiu a fórmula dos En-contros anteriores. Sua programaçãoenvolveu uma avaliação das condi-ções operadonais dos cursos de En-genharia Química do país, dentro doobjetivo geral de melhorar a qualída-de de ensíno. Foram apresentadosvários trabalhos, divídidos em setegrupos, abrangendo desde o delobásico até a pqs--Graduação. O En-contro, patrocínado pela ABEQ, foiorganízado pela Unícamp com a co-laboração da UFMG e da EQ/UFRJ.
2 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL .:..- NQ 694 - Out.jDez, 1993
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DA PARAIMAGINAR UMMUNDO SEMCURIOSIDADE
PELO FUTURO?rf!j,
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ACONTECENDO
Amazônia:usar sem destruir
Entre 21 e 25 de novembro, 122cientistas, dos quais 26 estrangeiros,estiveram reunidos no lil Simpósio In-ternacionalsobre Química da Amazônia,em Manaus (AM), organizado pelasentidades Associação Brasileira deQuímica - ABQ, American ChemicalSociety - ACS, Centro de TecnologiaMineral- Cetem e Insti~to Nacionalde Pesquisas da Amazônia - INP A.
A tônica do encontro foi dada pe-las palavras introdutórias do prof.Peter Seidl (Cetem e ABQ):
"Muito se tem discutido sobre aAmazônia, mas pouco se tem feitopara conservá-Ia e extrair dela o quehá de melhor, sem causar danos aomeio ambiente."
Segundo Seidl este foi um eventode peso, cujos resultados não ficarãosomente nas propostas. As conclu-sões encontradas deverão "ser cobra-das e aplicadas" pelos participantese instituições envolvidas.
O encontro tratou da biodiversida-de, da quími~a dos produtos nafuraise dos aspectos ambientais, além da hi-droquímica da região e dos problemasacan-etados pela falta de estudos pré-vios à condução de projetos na região.CONCLUSÕES - Ao final'do Simpó-sio, um documento conclusivo foi ela-borado pelos coordenadores de áreas,sob coordenação geral da ABQ, comrecomendações e sugestões. São elas:
Mesa de abertura do Simpósio: ao centro Undolpho Carvalho Dias, presidente do CNPq,ladeado (E) por Peter Seídl (ABQ)
1 - Adestruição da biodiversida-de da Amazônia continua a uma ve-locidade alarmante. Este fato assumecontornos mais graves face o papelcentral das florestas na manutençãodos ciclos naturais que são respon-sáveis pela criação e manutençãoda biodiversidade.
2 - É preciso desmitificar a ques-tão da biodiversidade da Amazônia,atribuir-lhe um valor econômico oude troca, e estabelecer condiçõespara negociar tanto a transmissão deconhecimentos nas mãos de popula-ções locais, quanto a extração de ma-térias-primas e, processos paraadicionar valor aos produtos da re-gião.
3 - Uma parcela significativa dotrabalho de investigação sobre a bio-diversidade deve ser executada naprópria região. Essa tarefa requer
montagem de infra-estrutura. A bio-diversidade da região representa umcomponente importante de progra-mas voltados para a competitividadeinternacional e elevação dos padrõesde vida das populações locais.
4 - Qualquer projeto a ser implan-tado na região deve ser examinadometiculosamente, com vistas a evitardanos causados por uma abordagemimediatista e não científica, confor-me vem ocorrendo.
5 - Como a ciência da vida, a quí-mica tem um papel central na com-preensão e preservação dabiodiversidade, bem como no seuaproveitamento em bases racionais.Cabe a ela procurar o entrosamentocom outras áreas do conhecimento, se-tores industriais e a sociedade em ge-ral para abordar as questõesapontadas e procurar soluções.
Rhodia: privatização na França, expansão no BrasilA Rhône-Poulenc, controladora
da Rhodia do Brasil, deverá ser pri-vatizada, suas ações avaliadas emUS$ 2,2 bilhões no mercado financei-ro francês. Enquanto isso, no Brasil,o presidente da Rhodia, engenheiroEdson Vaz Musa anuncia planos ou-sados de compra de empresas brasi-leiras, para 94.
A previsão para investimentos nopróximo ano é de US$ 95 milhões, oque corresponde a quase 10% do totalda receita bruta, fechada em US$ 1 bi-lhão neste ano. "No mundo -todo assubsidiárias da Rhône-Poulenc inves-tem um percentual bem inferior emrelação a seu fafuramento, algo como7%, no máximo", avalia Edson Musa.
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Estes promissores investimentosda multinacional francesa no Brasil
Fonte: Rhodia (c.l, Jornal do Brasil)
decorrem da projeção feita pela altadireção da empresa, que acredita es-tar "provado que o Brasil está cami-nhando para o ajuste" e que" o paísserá a única opção de investimentono mundo". Tamanha confiança naeconomia brasileira tem deixado atô-nitos muitos colegas de ramo do pre-sidente da Rhodia, mas é coerentecom a política da empresa depois de75 anos de atividades no Brasil. Mes-mo nos períodos mais recessivos daeconomia, a Rhodia continuou in-vestindo no país. Após amargar pre-juízos em 1990, fecha 1993 comsituação financeira tranqüila e já vol-tará a remeter dividendos para a ma-triz em 1994. (Jornaldo Brasil)
REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 694 - Out,fDez, 1993
D Nuclemon parte comusina de óxidos de terrasraras
A Nuclemon Mínero-QuímicaLtda. deu partida em sua Usina deDemonstraçãode Extraçãopor Solventes- UDES, localizada no complexo mi-nero-industrial da empresa em Bue-na, no município de São João daBarra (RJ).
Trata-se da primeira planta quími-ca em escala semi-industrial do he-misfério sul destinada à produção deóxidos de terras raras de elevadosgraus de pureza. Sua tecnologia, in-teiramente nacional, foi desenvolvi-da pelo Instituto de EngenhariaNuclear - IEN, em estreita colabora-ção com a Assessoria de Pesquisa eDesenvolvimento da Nuclemon. OBrasil passa a ser o (fZpaís do mundoa produzir estes óxidos.
O início de operação da unidadeé resultado expressivo do árduo pro-cesso de modernização iniciado hátrês anos e cuja conclusão se darácom dois eventos:- a implantação das novas unidades in-dustriais em Buena até o final de 1995;- o descomissionamento, já iniciado,das antigas instalações em São Pau-lo, onde a Núclemon esteve instala-da por 50 anos. (Trata-se, também,do primeiro descomissionamento deinstalações industriais com radioati-vidade a ser efetuado de forma pro-gramada no Brasil).
A RQI publicou reportagem sobrea Nuclemon na edição 688(abr.jjun.92) e deverá publicar novareportagem sobre a planta de Buena,em uma das próximas edições.
D Ciranda da Ciênciapremia escola em Manaus
A Escola Estadual Nossa SenhoraAparecida, de Manaus (AM) foi agrande vencedora da VI Mostra Ci-randada Ciência,com o trabalho "Tec-nicas de plantio e aproveitamento docamu-camu", planta encontrada emvárzeas e igapós da região amazôni-ca, com alto teor de vitamina C.
Como 22 lugar, ficou o trabalho"Uma revoluçãosubterrânea", da esco-la homônima à de Manaus, perten-cente ao município de Elicínea (MG),sobre a ação benéfica das minhocaspara a agricultura.
[ACONTECENDO
A medalha de bronze ficou com aequipe da EPSG Rio Branco, de Por-to Velho (RO), que estudou o cacau,com" O manjar dos deuses na merendaescolar". O júri concedeu ainda duasmenções honrosas. O público pre-sente à Mostra também votou e es-colheu o trabalho "Rio Paraguai, oportal de entrada da vida e da morte noPantanal", do Centro Integrado dePesquisa, de Mirassol D'Oeste (MT).
A Ciranda da Ciência é um projetoda Hoechst do Brasil e da FundaçãoRoberto Marinho (ver RQI 693).
Os prêmios foram enh"egues em16 de novembro, em São Paulo.
D Encontro de Educa..çãoTecnológica no Cefet
O Cefet-RJ (Cel1tro Federal de. Edúcação Tecnológica do Rio de Ja-
neiro) realizou, de 9 a 12 de novem-bro, o I Edutec - Encontro Nacional deEducação Tecnológicapara o Desenvol-vimento. Do evento fizermTI parte aXVII Fetec (Feira de Tecnologia),a 11Snict (Semana Nàcional de IniciaçãoCientíficae Tecnológica),o I Infotec (En-contro Nacional de Informática Educati-
REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 694 - Out,fDez. 1993
va e Uso de Tecnologiasem Educação)eo ProjetoMemória Viva do Cejet-RJ.AABQ esteve presente, através de suaDiretoria de Difusão Química.
O evento, aberto pelo secretário deensino médio e tecnológico do Minis-tério da Educação, prof. Nagib l.eituneKalil, teve como granae momento opainel "Saber, Pensar, Fazer: uma Expe-riência de Educação Tecnológica Envol-vendo o Setor Produtivo". O painelcontou com a presença do prof. JoséMárcio de Carvalho, do MEC; prof.Paulo César Bittencourt, coordenadorgeral da XVII Fetec; Roberto G. Boclin,diretor mgional do Senai-RJ, e Temzi-nha Valim O. Gonçalves, coordenadorado NADC/UFPA,sendo coordenado peloprof. Alvaro Ouispino-ABQjCefet-RJ.
D SBQ realizará VII ENEQ'Será realizado em Belo Horizonte o
~ Encontro Nacionalde Ensino de Quí-mica e 2QEncontro Sudeste de Ensino deQuímica - VII ENEQ-II ESEQ, de 18 a21 de julho de 1994. Informações coma prof- Lilavate Romanelli; telejóne-(031)441-2718,jãx - (031)443-3986,"e.mail" - [email protected].
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PERFIL
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IWilson MmontJr.
O Grupo Sanofi e sua filial brasileira crescem com o vigor da juventudee tecnologia de ponta direcionada ao ser humano nas vertentes:
saúde; alimentação; bem-estar e beleza
.SERVINDO À VIDA - A Elf Sanofi '&surgiu em 1973, como diversifica- ~ção das atividades. do poderoso ~grupo francês Elf Aquitaine, expres- ]sivo em petróleo e produtos quími-cos de base. Voltada de início paraas áreas de produtos farmacêuticos,cosméticos e perfumes, a Elf Sanofi,através de aquisições, reestrutura-ção e participação em outras em-presas, consolidou sua posição eampliou o leque de atividades,abrangendo também aromas, aditi-vos e formulações alimentares. .
Mantendo uma linha coerente de"servir à causada vida", segundo pa-lavras textuais de seu Relatório deAtividades de 1992, o Grupo Elf Sa-nofi está hoje estruturado em trêsáreas de negócios:. Saúde Humana (produtos farma-
cêuticos éticos, produtos de saú-de e testes de diagnóstico);
. Bio-Atividades (bio:-indústrias eprodutos agroveterinários)
. Perfumes e Produtos de Beleza.
Das três áreas, a de Saúde Hu-mana é a mais expressiva e respon-deu por 57% do faturamento totaldo Grupo, de US$ 3,6 bilhões em1992. As Bio-Atividades e os Perfu-mes e Beleza contribuíram, respec-tivamente, com 34% e 9% dofaturamento.
As atividades farmacêuticas in-cluem os laboratórios Sanofi-Winthrop e inúmeros outrosmediante participação ou licencia-mento, o que coloca o Grupo entreos vinte maiores do mundo naárea farmacêutica.
A Elf Sanofi dispendeu US$ 350milhões em pesquisa e desenvolvi-mento no ano de 92, dos quais maisde 80% em fármacos e medicamen-tos, cifra que a coloca entre as dez
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Aromas valorizam alimentos
QUADRO IDATAS-CHAVEDA ELF SANOFI NO BRASIL
empresas que mais investem nomundo em P&D na área farmacêu-tica.
Outras marcas a registrar: o Gru-po é o maior fabricante mundial degelatina e o segundo de pectina. Naárea de perfumes e produtos de be-leza é internacionalmente famoso,com as marcas Yves Rocher, NinaRicei e, recentemente, Yves Saint Lau-rent.
As "bioatividades" são conduzi-das mundialmente pela subsidiáriaSanofi Bio-Industries que, além de ge-latinas, produz para a indústria dealimentos: aromas, polissacarideos,coagulantes, proteínas animais, en-zimas, preparações alimentares ematérias-primas aromáticas. A em-
presa produz também para outrasáreas importantes, como fotogra-fia, fármacos, perfumaria, produ-tos de beleza e, de um modo geral,todas as indústrias que usam adi-tivos e auxiliares de processamen-to. Mais de 75% da receita dasbioatividades são gerados fora daFrança, inclusive no Brasil.
Além da ênfase em produtosdirigidos à vida, juventude e di-namismo são outras característi-cas inerentes' ao Grupo Elf Sanofi eque se refletem em suas ativida-des no Brasil.
PRESENÇA NO BRASIL - Ostrês eixos estratégicos de atuaçãoda Elf Sanofi estão representadosno país: SaÚde Humana, Bio-AtÍ11Í-dades e Perfumes e Produtos de Be-leza.
O grupo chegou ao país em1977, com a aquisição da Sinte-brás, fabricante de produtos quí-mico-farmacêuticos. A evoluçãode suas atividades teve início nes-
sa área (ver Quadro 1), com a cria-
REVISTADE QUIMICA INDUSTRIAL - NQ 694 - Out./Dez. 1993
ção da Sanofi do Brasil (1978) e da Sa-nofi Pharma do Brasil (1979). No oita-vo ano, começou a atividadeHidrorolóides (gelatinas e polissacarí-deos). Nos dois anos seguintes, fo-ram iniciadas as atividades de
ComposiçiiDck Perfumaria (1986) e deAromas (1987).
O ano de 1992 representou um in-cremento de atividades na área deSaúck Humana, com uma aliança en-tre as empresas Sanofi Pharma do Bra~sil e Sterling Winthrop (do GrupoKodak), que juntas se tomaram umdos dez maiores laboratórios brasi-leiros. Iniciou-se também nesse ano
a atividade de Diagnóstico (kits diag-nóstico para AIDS e outras enfermi-dades, da Sanofi-Pasteur francesa).
As atividades da Aliança Sanofi-'Winthrop, cobrindo essencialmente aprodução e comercialização de me-dicamentos, estão sediadas no Rio deJaneiro. As demais atividades da Sa-nofi são conduzidas na planta indus-trial de' Cosmópoli!> (SP) e emescritórios na cidade de São Paulo.
Até 1992, estas outras atividadesestavam fortemente çoncentradas naprodução de fárrnacos.
O ano de 1993 marcou o "verda-deiro início. da diversificação da em-presa", segundo Jeari Clauck Elkaim,Diretor Superintendente da Elf Sanofido Brasil. Neste ano, o faturamentofoi equilibrado entre as várias divi-sões presentes no país (exclusive me-dicamentos) quando, até então, aempresa era preponderantementequímica.
"Esta diversificação, .~
aliada a uma maior:fabertura para o resto da ~América Latina, serão", ~segundo Jean Clauck, "agarantia do futuro da ElfSanofi no Brasil."
O Grupo teve, em1993, um faturamentode US$ 70 milhões. desua participação na Sa-nofi 'Winthrop. O fatura-mento da Sanofi doBrasil, que congregà asoutras áreas de atuação,montou a US$ 30 mi-lhões, distribuídosigualmente segundo trêsgrandes grupos, comosegue:
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C/J
SANOFI
vando a participação global da em-presa nos mercados brasileiro e in-ternacional (via exportações).
As taxas mais elevadas de cresci-
mento deverão' ficar por conta dosaditivos alimentícios, das matérias-primas farmacêuticas e dos kits dediagnóstico (importados).
Outro ponto que ganhará espaçona estratégia comercial da empresa,segundo Jean Claude, será o incre-mento na prestação de serviços paraterceiros, principalmente na produ-ção e acabamento de produtos quí-micos de síntese e em formulaçõesalimentícias e cosméticas, na plantaindustrial de Cosmópolis.
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS - Oconjunto industrial da Sanofi emCosmópolis (SP)ocupa uma área de480.0oom2, com 10.000m2 de áreaconstruída, e engloba:
- Unidades de síntese química eformulação de matérias-primas far-macêuticas, alimentícias e outrosprodutos de química fina;
- Laboratórios de controle e P&D,e plantas piloto de síntese quí~ca;
- Centro de Pesquisa e Assistênciaao Cliente - na formulação e utiliza-
ção de aromas, fragrâncias, corantes,hidrocolóides e outros aditivos ali-mentícios e industriais:
- Sistemas de utilidades, armaze-nagem e apoio industrial;
- Um moderno sistema de trata-
mento e recuperação de efluentesquímicos (ver Box).
As instalações sãocircundadas por exten-sa área verde, complantio experimental deespécies produtoras deessências e corantes,corno "lemon grass",menta e urucum.
As instalações de sín-tese são multipropósitoe estão equipadas comas seguintes facilidades:. Reatores de aço inox
~coplados a colunasde refluxo e destila-ção, com capacidadesde até 7.500 1 e umvolume total de cercade 26.000 1;. Reatores vitrificadosequipados com reflu-
Matérias-primas para fragrâncias
- aditivos alimentícios (aromas ehidrocolóides);
- produtos de química fina (fár-macos e outros produtos de síntese);
- outras atividades (principal-mente cosméticos, kits diagnóstico' eexportações) .
DE OLHO NO FUTURO - O de-sempenho do Grupo Sanofi no Brasilreflete ainda uma concentração mui-to grande na área de medicamentos(embora esta seja também sua maiorfonte de faturamento a nível mun-dial). A Sanofi do Brasil planeja paraos próximos anos um crescimentomaior nas outras áreas de atuação(inclusive fármacos), consolidandoas divisões recém-instaladas e ele-
Conjunto industrial da Sanofí, em Cosmópolis (SP): (1) Prédio de Produçãoe Estocagem de Aromas, Fragrâncias e Outros Adítívos; (2) Unidadesde Produção Química/Plantas Piloto/Utilidades; (3) Tratamento de Efluentes;(4) Refeitório/Posto Médico
REVISTADE QUIMICA INDUSTRIAL - NQ694 -Out./Dez. 1993 7
SANOFI
Centro de Pesquisae Assistência
80 Cliente,Cosmópolis (SP)
xo e destilação, com capacidadesde até 2.800 I e volume total de cer-ca de 14.000 I;
. Centrífugas de inox para separa-ção sólido-líquido;. Facilidades de acabamento, cons-tando de: mistura dores para sóli-dos em lnox CV~blenders");secadores de leito fluidizado, aco-pIados a peneiras vibratórias; seca-dores rotativos a vácuovitrificados; estufas em inox; trans-portador pneumático co-nectando centrífugas, se-cadores e mistura dores.
CAPACITAÇÃO EM SÍN-TESES - A Sanofi do ~rasilproduz regularmente maisde uma dezena de maté-rias-primas farmacêuticas,que fomece não só para aSanofi-Winthrop como paraoutros grandes laboratóriosno país e no exterior. Pro-duz também, via extraçãoou síntese, componentes dearomas e fragrâncias. (VerQuadro II).
A empresa desenvolveu.capacitação específica emum grande número de sín-teses orgânicas no domínioda química fina (QuadroII). Essa competência é uti-lizada na produção rotinei-ra, no desenvolvimento denovos produtos e na pres-tação de serviços para ter-ceiros, via produção sobencomenda. Essa "terceiri-zação" cobre, além de fár-macos, outros compostosorgânicos e também ativi-dades de acabamento
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QUADRO 11-SANOFI DO BRASILPRODUTOSE PROCESSOSDE SíNTESE
~úto; ~;'~~~tê~iaSu~ãmeloxaid.l
TriltêloprimCloooralo de Amiodaronã'i
Cloliôralo de Ptopanolor
S-eárboximetiÍêisleína
Di~~eparncClõlÍürato de fJifenoxilatÕ'
CI~raIO de ~licinatofliamfeni~1,Cloridratode]clopidina ,
, MefJ!oIe Óleoide MenlaNaturais i:
Euçãliptol, Eu~nol, CillCi,IPfOÍjUtos de @yímica R6ê sob
En~menda ~
como, por exemplo, homogeneiza-ção de produtos sólidos em leito flui-dizado.
Segundo Maria Cristma Moscardi,Assessora de Comunicação da Elf Sa-nofi do Brasil, as atividades de tercei-rização constituem parte daestratégia comercial do Grupo, vi-sando a buscar, no mercado, empre-sas com as quais possa estabelecersinergia. Trazem ainda os benefíciosde ampliar o faturamento, otimizar
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o'5.ai.2'"."C
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o uso das instalações e ampliar oIIknow how" disponível na filial bra-sileira.
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ATIVIDADES DE P&D - A Elf Sa-nofi, como todas as grandes empre-sas transnacionais de química fina,concentra suas atividades de pesqui-sa e desenvolvimento na matriz fran-cesa e em outros centros tecnológicosdo primeiro mundo.
A Sanofi do Brasil mantém, no en-tanto, um bem equipado núcleo deP&D com sete profissionais (dois pós-graduados) na fábrica de Cosmópolis,onde desenvolve sínteses e formula-ções. O núcleo conduz também estu-dos de segurança operacional,otimização de qualidade e tratamentode efluentes, como o que levou ao pro-jeto e construção do sistema de recu-peração de organoclorados (Ver Box).
O núcleo acompanha, ainda, osplantios experimentais e projetos deobtenção de produtos naturais. Umdeles, por exemplo, conduzido por Jé-rome Abrahrni, engenheiro químico
Ph.D., visa à produção dabixina, corante natural ex-traído do urucum;
As instalações de P&Dcontam com um laborató-rio convencional para sín-teses em equipamento devidro. Contam tambémcom instalações piloto: au-tocIaves em aço inox (150 a200 I de capacidade) e vi-trificados (200 I capac.),equipados com colunas dedestilação, filtros em inox eoutros equipamentos auxi-liares.
A fábrica possui um la-boratório bem equipado de
~ análise química e instru-,.,-~ mental, que serve tanto à
P&D quanto ao processo econtrole de qualidade. En-tre ouh'Os aparelhos, contacom espech'Ofotômetros deIR e UV e cromatógrafosgás-líquido e HPLC.
A Sanofi mantém coope-ração estreita com universi-dades brasileiras e doexterior, de modo a semanter atualizada e refor-çar a competência de seustaff.
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Jérome Abrahmi ao lado de plantio experimental de uruaJm, em Cosmópolis (SP)
REVISTADE QUIMICA INDUSTRIAL - N' 694 - Out,fDez. 1993
Aditivos: um negócio promissorA produção de aditivos alimentares
é um dos canus-chefe do GrupoElf Sa-nofi e não poderia ser diferente. Omercado desses aditivos movimentaanualmente, em todo o mundo, umacifra entre US$ 6 e 11 bilhões (os va-lores divergem devido ao grande nú-mero de classes de produtos - verartigo sobre o tema na RQI 693) e a
. ElfSanofi faturou cerca de US$ 600 mi-lhões no Setor em 1992.,
A competência nessa área é ine-rente ao Grupo desde sua criação evem se consolidando ao longo dosanos, na Sanofi Bio-Industries, queagrega as atividades no setor.
Apesar da conjuntura mundial re-cessiva, o consumo de alimentos eportanto o de aditivos, se mantém tra-dicionalmente estável nos países de-senvolvidos, mesmo em períodos decrise. No Brasil, os baixos níveis deconsumo "per capita"devido ao baixopoder aquisitivo da população (verRQI 693, artigo citado) apontam paraum crescimento do consumo de ali-mentos e de aditivos, mesmo no atualquadro inflacionário. Ainda assim, osníveis de consumo são insuficientes
para permitir escala econômica deprodução para a maioria das classesde aditivos, s~gundo avaliação dasempresas do setor, inclusive a Sanofi.
DesenvoMmento de aplicações da gelatina naSanofi Bio-Industries, em Baupt, França
PARTICIPAÇÃO NO MERCADOBRASILEIRO - O Grupo Sanofi, em-bora não produzindo aditivos no país,à exceção de alguns princípios aromá-ticos, produz aromas e outras formu-lações alimentares e vem crescendoem participação no mercado, tendoampliado sua penetração com a aqui-sição da empresa lreberg.
Outra ponta de lança dessa pene-tração reside na ampla gama de aditi-vos da empresa e na dedicadaassistência técnica, baseada no Centrode Pesquisa e Assistência ao Cliente,dentro da planta de Cosmópolis (SP).
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REVISTADE QUIMICA INDUSTRIAL - NQ 694 - Out.jDez. 1993
SANOFI
Segundo Pierre Beuret, gerente daDivisão de Aromas da Sanofi do Brasil,o faturamento da Divisão será 30%maior em 1993 que no ano anterior, oque dá uma boa idéia das expectativasda empresa para os anos vindouros.A Sanofiestá bem posicionada nos seg-mentos de balas, biscoitos, panificaçãoe embutidos, e já começou a crescerem outros segmentos, como os de li-cores, bebidas e iogurts.
O Grupo Sanofi é também muitoforte na área de hidrocolóides, queinclui a gelatina, pectinas, goma xan-tana e carragenana. Estes aditivostêm, entre outras funções, a de mo-dificadores de 'textura, com aplica-ções em produtos lácteos, geléias edoces à base de frutas, sobremesas erefrescos em pó, produtos dietéticos,molhos para saladas, maioneses eprodutos cárneos, entre outros.
A expectativa é também de umcrescimento elevado nas vendas dehidrocolóides, segundo Isabel Schinei-der, assistente técnico-comercial daempresa para essa área.
AMPLIE O MERCADO DAINDÚSTRIAQUíMICA EM 1994
PROGRAME SEU ANÚNCIO NA
Pauta para Edição 69512Trimestre 1994(janeiro/março)
PLÁSTICOS DE ENGENHARIAFAMíLIASE MERCADO
MERCADODJ ADOÇANTES
NAO-CALORICOS
ARTIGO TÉCNICOAPLICAÇÕES DO LCC(Líquido da Castanha
de Caju)
Autorizações até 28.02.94Fotolitos: ate .18.03.94
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A Revista de. Química Industrialé lida pela comunidade clentífíca
e tecnológlca e pelas pessoas quedirigem, planejam. e .operam
o parque Industrial quimlco no Brasil
III rWilson Milfont Jr.
Marcus Vinícius M. Barcellos
Intenso, concorrido e vibrante, o XXXIIICongresso Brasileiro de Química mostrou-seum dos melhores já realizados pela Associação Brasileira de Química
Foram cinco dias de exposições edebates sobre temas palpitantes daQuímica. Mais que isso, foram cincodias de sucesso. O XXXIll CongressoBrasileiro de Química, realizado naúltima semana de outubro, em Forta-leza (CE), alcançou plenamente seuspropósitos de discutir a Química esuas contribuições para a sociedade.
Os números do evento são de persi elo quentes: 1.500 participantes,dos quais 1.000 também inscritos emcursos; 340 trabalhos apresentados,inclusive 84 de iniciação científica; 8cursos; 10 minicursos; 18 conferen-cias e palestras; 10 mesas-redondas;22 painéis e sessões coordenadas.
O tema central do Congresso,Química e Cidadania, foi debatidoamplamente em mesa,..redonda espe-cífica no segundo dia do evento enorteou as demais atividades desdea primeira conferencia, "Para umaQuímica além dos mitos e da jóbia cul-tural", pelo químico francês PierrePorcher (CNRS), até a última pales-tra, "Integração da Química com a so-ciedade", apresentada por Thales P.de Assis representando Oaudio Son-der, Presidente da Hoechst do Brasil.
Outras atividades integrantes doCongresso tiveram destaque e movi-mentaram o público p~sente, com-posto de profissionais, docentes eestudantes de Química, Química In-dustrial, Engenharia Química e pro-fissões afins. As mesas-redondas"Química e Çidadaníd', "O profissionalda Química e o Sistema CFQ-CRQs" e"Financiamento tk projetos tk Quími-cd' são bons exemplos, com seusparticipantes primando pelas coloca-ções contundentes e de alta contri-buição para os debates.
Outra palestra a destacar foi pro-ferida pelo diretor da Associação dosEngenheiros da Petrobrás - AEPET,Hildebrando Gonsales, que abordouJfO processo de privatizaçãDdas empre-
'10
sas petroquímicasno Brasil". Na pales-tra, ~ engenheiro dá sua contribuiçãoà polêmica que envolve atualmenteo assunto, ao sugerir a privatizaçãoda Petroquisa, incluindo em sua pro-posta a criação de um contrato degestão que estipule o cumprimentode metas, por parte da Petrobrás,num prazo de um ano.
Fortaleza foi uma perfeita anfitriã eatestou a fama do nordestino de serafeito a debates. Em seu conjunto, oXXXIll Congresso, com seUs eventosparalelos VI Encontro tk Química doNordeste,11Enamtro Norte-NordestetkEducaçãoQuímica, VI JornadaBrasileirade IniciaçãoCientíficaem Química,I Ma-ratonatk Química,I JornadaBrasileiratkTeatroem Químícae Expoquímica;93,re-velou-se um dos melhores Congressosde Química já realizados no país.
Mesmos direitos,deveres a mais
Distribuída em muitos eventos si-multâneos, nem sempre a audiência foiproporcional à importância dos temas.A mesa-redonda" Químicae Cidadanid'foi prejudicada pelo horário avançadomas nem por isso menos polêmica.
SyMa Ware, Diretorade Educaçãoda ACS
"O químico tem os mesmos direitosque qualquer cidadão mas, como pro-fissional, tem deveres a mais", afirmouDavid Tabak, professor do IQJUFRJ econselheiro do CRQ-III, que partici-pou da mesa juntamente com os profs.Alvaro Chrispino, do CefetjRJ, Expe-dito Parente, da UFC e Marco AurélioDe Paoli" da Unicamp.
Para o prof. Expedito, "a naturezatem seu projeto pronto e o homemvive projetando e executando os seusprojetos, modificando fundamental-mente o habitat" "Por essa posturade modificado r, o profissional daquímica tem sido visto como polui-dor e agressor da natureza. Porém épreciso que se ressalte que ninguémsuportaria mais retroagir, ausentan-do-se dos milhares de produtos, ma-ravilhas e benefícios da tecnologiaquímica. É "no entanto", imperativoque se celebre com urgência umnovo pacto com o planeta Terra."
O prof. De Paoli enfatizou a necessi-dade do exercicio da cidadania peloprofissional químico divulgando dentroda comunidade, em particular nas esco-las, uma imagem positiva da Química,como ciência e tecnologia essencial paraa criação de melhores condições devida. Alvaro Chrispino disCutiu formasde melhorar a imagem da Química den-tro do ensino médio, onde ainda figuracomo vilã e tem afastado vocações doscursos universitários.
ACS difunde educaçãoem química
Despertou grande interesse a pa-lestra da Sra. Sylvia A; Ware, diretorada Divisão Educacional (ED) da Ame-rican ChemicalSodety- ACS.A Divisãosuporta o desenyolvimento e a imple-mentação de programas que realcemas maravilhas, excitação, oportunida-des e desafios da química moderna,para estudantes de todas as idades.
REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 694 - Out./Dez. 1993
111
I
XXXIII CONGRESSO
~RASllEIRO DE QUíMICA
À frente de um staff de menos de40 profissionais mas com o respaldoda maior sociedade cientifica do mtm-do, Sylvia Ware vem obtendo expres-sivos resultados junto à comtmidadenorte-americana, alcançando desde e&-tudantes do ciclo básico até profissio-nais visando aperfeiçoamento.
A ABQ mantém intercâmbio coma ACS. e vem estreitando os laçoscom a ED, devendo publicar, na ín-tegra, a palestra da Sra. Ware empróxima edição da RQI.
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Mesa discute papeldos Conselhosde Química
A mesa-redonda" O profissional daQuímica e o sistema CFQ-CRQ's", me-diada por Cláudio Sampaio Couto(CRQI CE), foi bastante polêmica.
"José Augusto Bicalho Roque,presidente do CRQ-III, defendeu anecessidade dos conselhos profissio-nais superarem sua função cartoriale se voltarem para a interlocuçãocom a sociedade, apoiando o desen-volvimento da Química. Falaramainda o presidente do CFQ Jesus Mi-guel Adad, o presidente do CRQ doParaná e o representante do Conse-lho Regional da Bahia. Com a pri-meira pergunta do plenário, feitapelo prof. Vitor Francisco Ferreira daUFF e diretor da SBQ-RJ, o debateconcentrou-se na polêmica sobre aaprovação ou não do Projeto 4478em tramitação no Congresso Nacio-
nal, que modifica a Lei dos Quími-cos. A maior parte dos conselhos de-fende o projeto que prevê eleiçõesindiretas" - segundo relato publica-do no Informativo do CRQ-III.
Declínio da C&T no paíso Brasil gasta muito pouco do PIB
em ciência e tecnologia. Persiste no paísum modelo de ensino elitista, forman-do doutores demais, engenheiros demenos e técnicos de nível médio menosainda - um para cada dois engenheiros,enquanto nos países desenvolvidos sãocinco para um; com base na populaçãoeconomicamente ativa, o país deveriaformar quatro vezes mais engenheirose quarenta vezes mais técnicos. Paratermos base científicaequivalente à dospaíses desenvolvidos, guardadas asproporções, o número de pós-gradua-dos (PhD e equivalentes) deveria serdez vezes maior.
Estas foram algumas constataçõesda mesa-redonda sobre "Financia-mento deprojetosde Química", onde osdebatedores Arlindo de Almeida Ro-cha (Finep), Ariosto Hol~da (Depu-tado FederaljCE), Inácio Arruda(DeputadojCE) e José Ubirajara Al-ves (CNPq), mediados por RobertoLima Sampaio (UFCE), mostrarammais. consenso que divergências.
Ficaram evidenciadas a queda naprodução de Ciência e Tecnologia ena implantação de projetos inovado-res do setor químico no país. Marcouponto positivo o CNPq, que vem pa-
REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 694 - Out,fDez. 1993
Mesa diretora na sessão de abertura. com oGovemador Ciro' Gomes ao ~ntro, ladeadopelos profs. Airton Marques da Silva. presidenteda Comissão Organizadora (discursando) eGeraldo Vtcentini, atual Presidente da ABQ
gando em dia seus bolsistas e fez"lobby" de peso para aprovação noCongresso Nacional do Plano deCarreira em C&T. .
Ariosto Holanda relatou a expe-riência inovadora do Ceará, onde a re-cém-criada Secretaria de Ciência,Tecnologia e Ensino Superior tme astrês tmiversidades estaduais com ins-titutos de pesquisa, cria uma rede in-formatizada e postos no interior doestado para disseminação de C&T.
Convidados do exteriorUm dos pontos altos do encontro
residiu, como sempre, nas apresenta-ções de especialistas convidados doexterior, que extemaram tendênciasde C&T e o estado-da-arte em áreasnovas e dinâmicas do conhecimentoquímico.
À palestra de Pierre Porcher, segui-ram-se as apresentações de Ari Ivaska(Aba AkademijFinlândia), Ionieund re-dox responses of condueting polymers,Thomas Hudlicky (VIrginiaPolytechnicInstitute/EUA), Biooxidationof aromatiecompounds in of natal produds enantiocon-trolled synthesis, Juan A. Costamagna(Universidade de Santiago, Chile), Elee-trocatalytic reductíon.of smaIl molecules bymacrocyclie complexes of nickel (lI) andcopper (II), Jon Zubieta (SiraCU5e Uni-versity lEUA), Coordination chemistry inpolyoxometalate unions, e Marguerite Ri-naudo (CERMAV jCNRS, França), Cha-racterizntion und soluiion praperties of somepolysaccharides. .
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F!V"nf I ,WjiXXXIII CONGRESSOBRASILEIRO DE QUíMICA
Jornada e Maratona revelam novos talentosDesde há seis anos, os Congressos
de Química têm reservado espaço dedestaque para promover o incentivoà pesquisa junto a universitários,através das Jornadas de Iniciação Cien-
tífica em Química. Neste ano, a inicia-tiva foi estendida a estudantessecundaristas, através da I Maratonade Química. A ocorrência de doiseventos ligados à iniciação científica- VI Jornada e I Maratona - consti-tuiu-se numa das melhores novida-des do XXXIII Congresso.
Premiados da Jornada: quem sãoe o que pensam
Seis universitários, apresentandocinco trabalhos, foram os vencedores
da Jornada (ver Quadro), escolhidospela Comissão de Avaliação formadapor professores universitários liga-dos à Química.
A RQI entrevistou coletivamente osvencedores, logo após a divulgação
dos resultados. Quem são e o que pen-sam os novos talentos revelados no úl-
timo Congresso, são perguntas quecomeçam a ser respondidas a seguir.
Todos os vencedores da VI Jornada
de IniciaçiW'Científica estão cursando o82 período de Engenharia Química desuas universidades. O primeiro pre-miado, Antônio Manzolillo, pertenceà Uerj. Os demais premiados advêmdas Universidades Federais da Paraí-
ba, Pernambuco e Rio de Janeiro,além da Unicamp.
Com um resultado tão geografica-mente disperso, seria natural que ospremiados apresentassem gostos re-lacionados à cultura e lazer total-mente diversificados. E, de fato, aúnica unanimidade obtida ficou porconta do item "Programas de TVpreferidos", no qual todos citaram otalkshow "Jô Soares Onze e Meia".
Anseios e críticas
A RQI formulou aos premiados aseguinte provocação: 11 se fosse rei-vindicar algo o que pediria: (1) aoPresidente da República e, (2) aoCongresso Nacional?". Solicitoutambém que emitissem suas opi-niões sobre o Congresso de Química,com eventuais críticas ou sugestões.Demonstrando idealismo e senso crí-
tico afiado, os ganhadores não per-deram a oportunidade e acabaramcompondo uma verdadeira tribunalivre para seus pontos de vista:
Ao Presidente da República -Nada menos que oito dos quinzepremiados reivindicam que o Presi-dente Itamar Franco dê maior incen-
tivo ao ensino e à pesquisa; osdemais pleiteiam maior incentivo àsmicroempresas, maior ênfase à saú-
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Antônio Manzolíllo, primeiro colocadona Jornada
de e dedicação ao menor abandona-do; observam ser necessário que ochefe de Estado apresente seriedadeante o problema da fome, além decompetência, honestidade e poderde liderança, e votam pela elimina-ção dos políticos desonestos e cor-ruptos do Governo.
Ao Congresso Nacional - Os estu-dantes gostariam de ver o Poder Le-gislativo atuando com seriedade erigor nas investigações contra a cor-rupção; pedem dignidade e respeitopara com os eleitores e responsabili-dade para com o ensino público, so-mados ao atendimento das
"verdadeiras necessidades da popula-ção". Dois estudantes reivindicam leisde incentivo à pesquisa e de proteçãoao menor carente, enquanto outrosdois se declaram contra a revisão
constitucional e a pena de morte.
À Organização do CBQ - Os gra-duandos Antônio Manzolillo e An-
dré Gustavo pedem mais vagas noscursos do Congresso de Química;Márcia Freire acredita ser possívelmelhorar a organização, enquantoMarlos Fernando pleiteia espaço físi-co mais amplo para a apresentaçãodos trabalhos.
REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ694 - Out,/Dez. 1993
Anúncio sempeixinho, foquinha, macaquinhoou florestinha.Mas ecologicamente correto.
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Reduzir o impacto ambienta! controlando a fonte poluente. Este é o passo ecologicamente mais correto
e importante que a Copene está dando na duplicação da sua capacidade industrial.
Através de tecnologias ambientais muito mais modernas e eficazes, ela está conseguindo controlar as
causas para diminuir os efeitos. Neste processo, dois avançados instrumentos têm papel fundamental.
O Laboratório de Higiene Industrial, que faz a avaliação permanente da exposição dos trabalhadores;
a agentesfísicoseemissõesfugitivas(vazamentosimperceptÍveis).E o Laboratório de Meio Ambiente,
que acompanha e controla a fonte geradorade efluentes sólidos e líquidos, orientando a redução da
emissão dessesefluentes e o seu pré-tratamento.
Açõescomo estasmostram claramente que na questão ambiental a Copene amadureceu. E que hoje
compreende a liçãoque aúltima décadanos ensinou. A de que toda açãohumana tem consequências
sobre o meio ambiente, e que somos solidários com tudo e com todos: peixinhos, foquinhas,
macaquinhos, florestinhas e toda a vida deste planetinha. () COPENEPETROQuíMICA DO NORDESTESA
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XXXIII CONGRESSOBRASIlEIRO De QUíMICA
amigos, ou ainda com via-gens, leitura e cinema; lêprincipalmente ficçãocientífica - onde destacaIsaac Asimov, além de es-pionagem, romances na-cionais e crônicas - LuísFemando Verissimo é seucronista preferido; os fil-mes de sua preferên.ciasão: "Guerra nas Estrelas","Doutor Jivago" e "O Ban-dido da Luz Vermelha".
O Vencedor conside.,rou "ótimo" o XXXIIICongresso, com um úni-co porém: "eu gostaria
que houvesse mais vagas nos cursos,pois cheguei a Fortaleza no primeirodia de eventos, encontrando as ins-crições já encerradas". No mais, An-tônio demonstra estar exultante como prêmio recebido (o equivalente aUS$ 1100,00, concedido pela ABQ epela Union Carbide) e se diz muitograto às pessoas que contribuírampara a concretização de seu vitoriosoprojeto, em particular a seu orientador,prof. Márcio Contrucá de Mattos.
ABQ parabeniza premiados da Jornada: Lado a lado: AntônioManzolíllo (E); André Gustavo Azevedo; Roberta Lourenço Zíollí;prof. Geraldo VlCeI1tini- presidente da ABQ; Marlos Femandes eSilva; Márda lzabel santos Cime
o Vencedor
Antônio Manzoli11o Sanseverino
cursa o 82periodo de Engenharia Quí-mica da UeIj e é morador do bairrocarioca do Andarm. O grande vence-dor da VI Jornadade InicíaçifuCientíficaplaneja, ao concluir seu curso, conti-nuar os esh;ldos por meio-de mestradoou especialização, provavelmente :rela-cionados com urna das três cadeiras
que mais o atraem: sínteses orgânicas,processos industriais orgânicos ou fe-nômenos de transporte.
Torcedor do Flamengo, Antônioaproveita suas horas de lazer com os
Maratona estréia com suc:essoPlanejada e ensaiada nos anos an-
teriores,a I Maratona de Químicavisa
a premiar trabalhos de estudantes do22 grau, de instituições de ensino dacidade que sedia o Congresso. Cincotrabalhos foram escolhidos, dentreos 22 apresentados em Fortaleza, to-dos de bom nível.
O Colégio 7 de Setembro foi o gran-de vencedor, com o 12,32e 42prêmios,sob a batuta do prof. orientador Glad-son Lima Rodrigues. A Escola TécnicaFederal do Ceará ficou com o 'P prê-mio e o Colégio Farias Brito com o 52.
Eis os estudantes e trabalhos pre-miados:
lQ lugar: Elciany Dantas Torres eJosé Glauber Araújo Mota, "O PisoAlternativo"; 2Qlugar: Eduardo Ren-rique S. de Souza e Antônio Ribeiro
- Alves Jr., "Aproveitamento da pratade rejeitos fotográficos"; 3Q lugar:Carlos David Costa Souza e Rom-mel Barbosa Andrade, "A químicadas plantas regionais para a melho-ria do nível de vida"; 4Qlugar: Enil-son Erlandio Marques e MiguelAngelo Gomes Borges Leal, "Chovechuva ácida"; 5Q lugar: AdrianaMonso de Oliveira, Clarisse Torres,Geovani Calixto de A. Azevedo,Luiz Wagner Rodrigues de CastroJunior e Sandra Michelle C. MeIo,"Condutância iônica em SoluçãoAquosa".
íMICA~
~/JIil;{~ ."". -Produtos químicos destinados aos setores coureiro-calçadista,de adesivos, detergentes, tintas e vernizes, alimentos,bebidas, metalurgica, galvanoplastia, plásticos, têxteis e papéis.
14 REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL- NQ694 - Out./Dez, 1993
REPORTAGEM ESPECIAL
Petroquímica brasileira:uma estrutura posta em xeque
Thais Cavalcante
Quando a indústria está em dificuldadese as empresas seguem muito vulneráveisà presença (ou à ausência) do Estado, é hora de criar um clima competitivo
com os olhos postos no futuro.
"fi:
DIFíCIL REESTRUTURAÇÃO- É tãointrincado o conjunto d,e forças queafetam a competitividade da petro-química brasileira, que seria de pou-ca valia tratá-Ias individualmente.Cabe mais qualificar e hierarquizarações empresariais e governamentaisque, mesmo voltadas para o enfren-tamento das adversidades da con-juntura, apontem para a necessáriareestruturação do setor.
Estudos recentes sobre a competi-tividade da indústria (elaboradaspela Abiquim e Unicamp) identifi-cam as causas do fraco desempenho- que já dura três anos - da petro-química brasileira, revelando as fra-gilidades de sua estrutura eadvertindo para as lacunas deixadaspela desestatização, ainda em curso.Propostas de configuração orgahiza-cional vêm sendo analisadas em con-junto, por lideranças empresariais dopaís e renomados consultores estran-geiros.
A estrutura da grande indústriaquímica mundial que emergiu nopós-guerra era integrada por empre-
.. .
Fluxos do comércio mundial de produtos químicos -Década de 90 (Chem Systems)
sas petrolíferas que avançaram a ju-sante da cadeia e por grandes em-presas químicas que diversificaramsua produção. A estas empresas sesomaram outras, de menor porte,que, explorando vantagens tecnoló-gicas ou de canais de comercializa-ção ingressaram em mercadosespecíficos.
Mais recentemente, o padrão decompetição predominante foi contes-tado com sucesso, primeiro pelasempresas japonesas e posteriormen-te por novos competidores - empre-sas baseadas em recursos naturais
baratos (Arábia Saudita e Venezuela)ou em grandes escalas de produção(Coréia do Sul, Taiwan e China). (verQuadro 1)
De acordo com os especialistas,nos movimentos que marcaram aprimeira etapa da reestruturação li-.dera da pelas corporações químicasno mundo desenvolvido (no inícioda década de 80, na Costa do Golfo(EUA) e, posteriormente, na EuropaOcidental) estava explícita a intençãode modernização produtiva, além da
REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ694 - Out.(Dez. 1993
resposta aos fatores sistêmicos queentão afetavam a indústria mundial.
Num segundo período, ficou cla-ro que a estratégia das grandes cor-porações apontava para a formação deuma estrutura economicamente maisconcentrada(hoje, quinze corpo raçõesjá respondem por mais de 30% dasvendas mundiais) na indústria. Asestratégias delineadas redundaramem uma nova distribuição de ativos,redução de capacidade produtiva eem uma série de alianças estratégi-cas. Dada a dinâmica da indústria' -liderada por corpo rações globais - ébasta'nte provável que o processo dereestruturação prossiga, eliminandoprodutores com fábricas/complexoscuja competitividade seja marginal.
QUESTÕES SEM RESPOSTA - Mes-mo definidos os moldes da reestru-
turação competitiva da indústriamundial, persistem questões deixa-das sem resposta. A mais importantese refere à real capacidade da indús-tria para gerenciar o caráter cíelicoque lhe é inerente. Nos últimos vinte
15
PETROQuíMICA
anos, os ciclos de baixa mostra-ram-se cada' vez mais longos, ero-dindo margens de lucro edeslocando a lucratividade média
para patamares progressivamenteinferiores.
Os especialistas sugerem que o. processo de reestruturaçíio teria re-
duzido o número de empresas -após a conglomeração - mas nãoteria logrado eliminar suficientecapacidade produtiva, sendo estauma das razões pelas quais o mer-cado mundial de petroquímicosseguiria em desequilíbrio, pelomenos até o horizonte de 1996.
Na hipótese da ausência de cres-cimento de economias nacionais de
peso no cenário mundial (como abrasileira, a japonesa e de muitospaíses europeus) e prosseguindo aatuação agressiva dos novos produ-tores do Leste Asiático (de auto-su-ficientes estarão passando aexportadores líquidos) no mercadointernacional (praticam preços for-mados segundo uma lógica muito
própria), a recuperação dos preçosinternacionais seria postergada pordois ou três anos.
De toda forma, as expectativassão de que a petroquímica mundialentre em um novo período de expan-são nos moldes seguintes:
CANAM
I So.". Essa 'I IrVENEZUELA
COREIADOSU L
BRASIL1PETRO8AAS.1
Fqnte:.ADL
~igJJr~1 ".. IQtegraç~QR~fiQO&PetrQquímica na Indústria Mundial
tes nos diversos segmentos do mer-cado mundial terá diminuído e Seu
porte médio aumentado (não commo-dities); .
- produções com desvantagem emcusto (em termos de disponibilidadede matérias-primas, consumo deenergia, geração d.eefluentes e redu-zida necessidade de suporte tecnoló-gico continuado) ainda estarãosendo deslocadas para países de in-dustrialização mais recente que ofe-reçam vantagens comparativas).
DURA REALIDADE - Não existem
panacéias capazes de solucionar asfragilidades estruturais da petroquí-mica brasileira, agora evidenciadaspela abertura às importações e pelaspressões que a sobrecapacidade
mundial vem exer-
cendo sobre os pre-ços do setor. As pos-sibilidades de
resposta dos grupospetroquímicos locaisestão se desgastandono enfrentamento deum mercado domés-
tico que conjuga for-tes oscilações dedemanda com pre-ços deprimidos oudeclinantes.
No plano das forças qUl~ definem(afetam) a competitividade da petro-
. química local, tudo parece atuar nosentido de comprimir a lucrativida-de média da indústria. Corresponde-'ria a um quadro de referência ondefaltasse à indústria capacitação para im-plantar um "novo paradigma organiza-donal", com ênfase na racionalização decustos, em qualidade, em recursos huma-nos e automação; a política industrial(tecnológica e de comércio exterior) ten-
Quadro1 -Capacidade Atual e Futura de Produção deEteno no Leste da Ásia (mil~ano)
"'PaísCór'éiado SulTalwanChina
CingapuraTailândiafndia
1~1.255
.8991.928
430315558
19953:2551.0152.500
440725558
Fonte:ChemSystemse arquivoRQI.
Notas: a) A capacidade adicional de eteno, nos EUA, é de aproximadamente1,8 milhões tia (até 1994).
b) A Europa Ocidental anuncia redução da capacidade instalada equivalente a2,0 milhões tia até final de 1994, correspondente a toda capacidade instalada no Brasil.
- No mercado. de commodities estarãopresentes um número maior de na-ções com capacidade de produçãocompetitiva, em nível mundial, econsumo doméstico insuficientepara sustentar a sua utilização;- países com balanço comercial ne-gativo terão se retirado do comérciointernacional de produtos, em conse-
qüência de sua integração aos blocoseconômicos ~'COmmodities e outros);- o número de empresas participan-
16
desse a rejeitar a conglomeraçãodese-jada; e o atual modelo deprivatizaçãoreduzisse a possibilidade de umamaior integração produtiva entre aatividade de refino e a petroquímica etornasse mais complexa a reestrutura-ção desejada.
Ocorre que a capacidade de res-posta do setor à crise é, necessa-riamente, uma função do modocomo foi estrutura do e de comoessa estrutura evoluiu. No Brasil,as firmas são pequenas, emboramuitas das fábricas sejam de porteinternacional. A participação de
grupos empresariais nacionais e es-trangeiros na cadeia petroquímica enas empresas, além de fragmentadanão estimula o aproveitamento de si-nergias. Por último, a excessiva ca-pacidade de produção (p. ex., emeteno, polietilenos e propileno) exigedecisões de remanejamento de pro-dução e até desativação de unidadesprodutoras, o que muitas das vezescorresponde a desativar empresas.
Com efeito, do baixo grau de in-tegração vertical da petroquímicabrasileira (ver Figura 1) e do elevadonúmero de monoprodutores que aintegram derivam muitos obstáculosà obtenção das economias de escalae de escopo necessárias para atingirmelhores condições competitivas naarena internacional.
Por fim, o processo de aprendiza-do tecnológico da indústria petro-química nacional vem sofrendoconsiderável desgaste com a crise re-cente, que conduziu à redução degastos, desmobilização de equipesde engenharia e pesquisa e desenvol-vimento. O atraso na adoção deequipamentos de auto mação digital,indicador do alcance de programastecnológicos das empresas, tambémé freqüentemente citado como exem-plo da defasagem do setor nacional'em relação às congêneres no exterior.
Foi essa estrutura que o processo deprivatização pôs em cheque;e isto se deuno mesmo momento em que a súbita ex-posição da indústria à concorrênciain-ternacional passou a exigir celeridadedas empresasna melhoria de sua posiçãoem custo.
No seu início, o Programa Nacio-nal de Desestatização (pND), execu-tado pelo BNDES; era tido comouma oportunidade para acelerar a
REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ694 - Out,fDez. 1993
reesh<1turação da indústria, emboranão a contemplasse entre os seus ob-jetivos de cunho específico. No llÚ-nimo, acreditava-se, abriria espaçospara ampla negociação empresarial,o que poderia concorrer para a cria-ção de um ambiente competitivo emum setor que emergiu e evoluiu sobmarcante presença do Estado.
À época, já se alertava para o riscode que, na ausência de uma estratégiade política industrial, transferênciaspablinon1lls desvinculadas da reali-dade esh<1turalda indústria levassem,quando muito, à formação de mega-holdings. Nesse caso, ter-se-ia perdidoa oportunidade que o processo co-locava de avançar na formação deverdadeiras megaprodutoras multi-propósito, tecnologicamente avan-çadas, ostentando o elenco decaracterísticas que os moldes da con-corrência no setor exige (ver RQI 689).
.'.
DESVANTAGEM EM CUSTO - Umdos reflexos mais perversos da atualconfiguração da petroquímica nacio-nal é a multiplicidade dé custos (ad-ministrativos, comerciais, tributários)incorridos pelas empresas. Segundo oestudo elaborado pela Uniéàmp, oscustos de averhead (medidos em per-centual sobre a receita) são, hoje, 30%a 50% maiores que os da concotTênciaexterna. Na média, os custos fixos su-peram em 10%-12%, os níveis obtidospelos contendores mais bem posicio-nados do mercado internacional.
Um outro ponto a reclamar equa-cionamento urgente refere-se à defini-ção de uma estratégia empresarial departicipaçãq da Petrobrás na indústriapetroquímica, isto supondo-se a ma-nutenção do monopólio do petróleo.Não se trata apenas de estabeleceruma política de preços criteriosa paraa nafta petroquímica, mas de definir aparticipação da estatal na petroquími-ca, desenhando um modelo para ascentraise empresas de 2" geração; umaestratégia que aufira o maior númerode benefícios da integração vertical,'reconhecendo-se que, nas condiçõesda petroquímica brasileira - quanto âdisponibilidade e custo de matérias-primas básicas - o Brasil detém posi-ção apenas mediana, se comparada âostentada pelos grandes produtoresmundiais baseados em gás natural.(ver Figura 2)
I'
US$/I de Eleno Equlvelenle500
PETROQuíMICA
As atuais condiçõescompetitivas da petro-
/' I I b ' 400qUlmlca oca tam emsão afetadas por exter-nalidades, onde se des-- 300tacam a carga fiscal,custos financeiros, en-cargos sociais sobre a 200mão-de-obra e infra-es--h<1tura.
100,"J
ACONTECENDO NOS
PÓLOS - As maiorescentrais de matérias--pri-mas - Copene e Copesul- que já procederam âmodernização da produ-ção (racionalização decustos em uma perspectiva de mo-dernização tecnológica, evidenciada,p. ex., através de parâmetros comocusto de energia por tonelada produ-zida) podem desempenhar papel im-portante no incremento dacompetitividade ao longo da cadeiapetroquímica.
A reestruturação deve favorecer averticalização, dentro de uma estra-tégia que vise melhorar a posiçãodas empresas em custo. Como a pe-trOquímica local tem condições rela-tivamente limitadas para criar esustentar vantagem competitiva emcusto, conforme se discutiu, avançosna linha da especialização em pro-dutos e serviços â clientela têm ele-vada contribuição na consolidaçãode empresas de porte (faturamentomaior que US$ 1 bilhão).
Excetuando-se a participação naCopesul (RS), na PQU (SP) e na Pe-troflex (RJ), produtora de elastôme-1'os, a maioria das participações daPetroquisa no setor era minoritáriaao ter início o Programa Nacional deDesestatização. (ver Quadro2)
A necessidade de formar três ouquatro grandes grupos megaprodu-tores multipropósito (hoje, a petro-química brasileira tem 40 empresas,incluídas as holdings) capazes decompetir internacionalmente favore-cia duas das três propostas iniciaispara privatizar o setor: a Petroquisaseriá privatizada desmembrando-seem três ou quatro empresas, reunin-do em tomo de cada mna das cen-trais as participações minoritárias daPetroquisa nos respectivos Pólos; e aprivatização da Petroquisa em bloco.
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Fonte: Chem SystemsIEB ETANO
CJ PROPANO ,!:2ZI-NAF'TÁ '(MELHORES) _
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BRASil
Fi9~r~s2"" Cll~tos de produção de Ete'n~por matéria-prima(12 trimestre/1991)
REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ694 - Out.jDez. 1993
A decisão de acelerar o processo,somada aos entraves naturalmenteimpostos pelos acordos de acionistase pela presença de sócios estrangei-ros, levaram â adoção da venda iso-lada das centraise. das participaçõesminoritárias da Petroquisa nas em-presas de 2" geração.
Dada a sua menor complexidade,o Pólo do Sul foi escolhido para darpartida no processo. Inicialmente, aidéia era formar uma holding que con-gregasse as empresas de 2i! geração.Tal solução foi rejeitada pelas empre-sas, que argumentavam ter interesseem participar da central(garanHro su-primento de matérias-primas) masnão em adquirir partiCipações em ou-tras empresas a jusante - em negóciosdistantes de suas estratégias. Sócios es-trangeiros preferiam evitar fusões deempre:>as de 2" geração - o segredotecnológico funcionou como uma ra-zão adicional nesse caso.
Realizou-se a privatização parcela-da, primeiro da Copesul e a seguir dasparticipações da Petroquisa na 2" ge-ração. Parte das decisões pennanecesub-judice, não tendo se concretizadotambém a venda da parte das açõesda Petroquisa ao público. As partici..:pações desta última nas empresas de2" geração foram adquiridas pelos ou-tros sócios dessas empresas.
Após um período em que as re-gras do processo estiveram em dis-cussão, os leilões foram retomados,privatizando-se, no 2" trimestre de1993, a Poliolefinas, principal empre-sa de 2'" geração da petroquímicapaulista. A privatização do Pólo doNordeste ainda permanece indefini-
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PETROQuíMICA
Quadro2 - Modificação de estrutura do capitalvotante por acionistas com direito a voto
Fonte: BNDES (*) ApÓs rt-ivc1tizc1(Ao
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da. (ver estrutura acionáríaatualizada no Quadro 2)
O leilão da PQU - a cen-tral paulista - muitas vezespostergado por questõesjurídicas, já poderá terocorrido antes mesmo dacirculação desta edição.Com um valor patrimonialde aproximadamente US$560 milhões, a empresa (ca-pacidade para produzir360 mil tjano) está indo aleilão com um preço míni-mo fixado em US$ 314 mi-lhões. (ver box adiante)
A julgar pela mobiliza-ção envolvendo as empre-sas dDwnstream(principaisinteressadas ou represen-tando seus respectivos gru-pos eram a Polibrasil,Poliolefinas, CEE, Oxiteno,Union Carbide e Solvay)que precedeu o leilão daPQU, pode-se aventar quealém do controle do supri-mento de petroquímicosbásicos, esses movimentosapontam na direção daconcentração horizontal naindústria.
As lideranças empresa-riais estão buscando forta-lecer posições emsegmentos de mercado es-pecíficos (principalmenteem termoplásticos). Ain-da não se divisa, entretan-to, a formação de grandesgrupos verticalmente in-tegrados, configuraçãomais desejável do pontode vista da competição in-ternacional.
A Poliolefinas (O de-brecht Química, 51,57%,Unipar, 40%), produtora depolietilenos, e a PpH (Ode-brecht Química, 62%, Hi-
mont, 38%), atuando no mercado depolipropileno, preparam-se paraconstituir uma única grande empre-sa atuando no segmento de poliole-finas. A Polibrasil organiza-se comvistas a gerenciar suas b:'êsunidadesprodutoras sob um comando único.
Enquanto isso, Poliolefinas (SãoPaulo) e Politeno (Camaçari), ambosprodutores de polietilenos - e Poli-brasil (São Paulo), fornecedora depolipropileno, estão re-engenheiran-do suas operações, adotando siste-mas de paradas. e retomadas daprodução, como alternativa às con-dições do mercado, cuja evoluçãoconsta do Quadro 3.
Ficam inviabilizadas exportaçõesvolumosas (para o Oriente, p. ex.) atéque recuperem competitividade, con-templando-se a América Latina e aÁfrica, além das vendas internas. A al-ternativa tem pennitido reduzir o ônusde manter estoques a um custo finan-ceiro que já supera os 40% mensais.
FUTURO AINDA INCERTO - Ainda
não se definiu uma configuração or-ganizaciúnal para o setor petroquí-mico brasileiro. Há consenso em
torno de que a reestruturação deveformar grupos de maior porte na in-dústria, capazes de enfrentar a com-petição internacional. Da mesmaforma, é fato que a reestruturação éfundamental no enfrentamento da
abertura às importações. Ocorre queas medidas de reestruturação reque-rem prazos longos de maturação eas expectativas quanto ao mercadoapontam para um acirramento dacompetição no setÇJr.
Confiar ao mercado a solução da cri-se implica em altos riscos para a so-brevivência do setor, dado o grau deindefinição sobre características estru-turais críticas para o enfrentamento dacrise. No mínimo, parece convenienteassegurara passagem rumo a umaconfiguração mais sustentável.
Quadro 3 - Situação Atual do Mercado Brasileiro de Poliolefinas -1992, 1993(*)(mil toneladas)
Produ N o E orta ões VendasInternas1992 1993 1992 1993 1992 1993'
PP 374,9 226,0 103,2 60,0 2S7,9 1SS,0HDPE 311,1 217,0 109,2 60,S' 212,8 146,0DP L DP S70S 790. 1474 797 4542 26.3.,[
Fonte: Chemical Week, August18,1993;Chemical Week, November, 17, 1993.Nota: (') Dados referentes ao 1~semestre de 1993.
Produto
REVISTADE QUíMICA INDUSTRiAL - NQ694 - Out./Dez. 1993
EmDresa Petroauímica ParticiDacão (%)
Acionistas do CaDitalOrdinário Anterior Posterior'Petroflex Indústria e Comércio S/APetroquisa 100,0 -ConsórcioPIC: Suzanc - 20,4
Norquisa - 10,4,
Unipar - 10,2Coperbo - 10,0
Ent. Prev. Privada Nacionais - 26,0Inst. Financeiras Nacionais - 2,6Capital estrangeiro
- 0,4Empregados - 10,0Reserva p/ofertaao público - 10,0
TOTAL 1000% 1000%
Copesul - Cia.Petroquímicado SulPetroquisa 67,2 1S,0BNDESPAR 30,7 -Poliolefinas 0,7 0,7Polisul 0,2 0,2PPH 0,2 0,2PPE - Consórcio Empetro
- 28,8PetroquímicaTriunfo 0,6 0,6Petroflex 0,3 0,3Whe Martins 0,1 0,1
Reserva p/ empregados- 10,0
Reserva p/ oferta pública- 10,0
Fundo PoolinvestMútuo Privat OS - 4,6Banco Real SI A
- 4,SBanco Econômico S/A
- 4,1Banco Bamerindus'do Brasil SI A - 2,8Garantia I - Fundo priva!. CP
- 1,0Capital e,strangeiro(26)
- 4,8Entidades de Previdência Privo(22) - 7,1Outros - S,4
TOTAL 1000% 1000%
Polisul Petroquímica S/APetroquisa 33,3 -Ipiranga 33,3 60,0Hoechst 33,3 40,0
TOTAL 1000% 1000%
PPH - Cia. Indl. de Polipropileno S/APetroquisa 20,0 -Petropar 30,0 37,SHimont 30,0 37,SOdebrecht 20,0 2S,0
TOTAL 1000% 1000%CBE - Cia.Brasileirade EstiranoMonsanto 48,3 48,3Unigel 27,8 SO,9Petroquisa 23,0 -Outros 0,8 0,8
TOTAL 1000% 1000%
Poliolefinas S/APetroquisa 31,S -Unipar 31,S 31,SOdebrecht 31,S 62,9BankAmerica 4,4 4,4Hanover 1,2 1,2Outros - -
TOTAL 100 0% 1000%
Oxiteno S/A Indústria e ComércioUltraquímicaMonteiroAranha 60,6 69,3Dresdner Bank 11,3 11,3GBOEX - 8,9Petroquisa - 0,2Idemsu 18,S 0,6Outros - -
9,6 9,6TOTAl 1000% 1000%
Nitriflex S/A Indústria e ComércioPetrofértilITAPS/A 40,0 -
60,0 100,0, TOTAL 100 0% 1000%
Em face da importância da indús-tria petroquímica para a economianacional, os agentes envolvidos nãodeveriam aguardar que o tempo digaem que medida a ausência de em-presas de porte no atual cenário deabertura terá comprometido a com-petitividade da petroquímica brasi-leira. Porque esse mesmo tempo seencarregará de desmentir uma supo-
sição: a de que o mercado,'sozinho, si-naliza e induz à execução do conjuntode estratégiasque transformam e conso-lidam estruturas industriais competiti-vas. A histórianãofornece elementosquecomprovem isso, pelo menos para agrande indústria química mundial.
AGRADECIMENTOS: Afafe Zakka(PQU); Femando de Bastos Cruz (Fe-
PETROQuíMICA
noIRio); Hélio Meirelles (Politeno);José Clemente (Copene); José Eduar-do Pessoa de Andrade e equipe(BNDES); Michel Hartveld (APLA);Otávio Pontes (Poliolefinas). Quan-do da elaboração desta matéria e emmuitas outras oportunidades, nosdeixaram claro que a história nãotermina quando se antevê e preparao futuro.
REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 694 - Out./Dez. 1993 19
ARTIGO TÉCNICO
Polímeros Iônicos: definiçõese características
Léa Lopes*Cristina Tristão de Andrade*
Os polieletrólitos são um grupo singular e importante depolímeros. Este artigo descreve suas características e seupotencial de utilização, ainda pouco explorado no Brasil:
CONCEITUAÇÃO
Os termos polieletrólito e polissal são normalmenteempregados para indicar uma classe de compostos ma-cromoleculares que, em presença de solvente polarapropriado, adquirem espontaneamente um grande nú-mero de cargas iônicas, distribuídas ao longo da cadeiapolimérica. Em contraste a eletrólitos simples, como ocloreto de sódio (NaCI), onde o tamanho dos íons decargas opostas é basicamente o mesmo, um polieletrólitoé formado de um macro-íon, no qual os grupamentosiônicos encontram-se unidos à macromolécula atravésde ligações covalentes, e de diversos contra-íons, quesão espécies iônicas de peso molecular baixo e cargaoposta àquela do polímero. As propriedades caracterís-ticas de polieletrólitos resultam em grande parte da re-pulsão entre os grupos iônicos do macro-íon (interaçõesintra e intermoleculares) e da atração entre os macro-íons e contra-íons, presentes na solução.
Em geral, a classificação de polieletrólitos não incluisubstâncias eletrolíticas formadas q partir de agregados fí-sicos de compostos de baixo peso molecular. Sob certascircunstâncias, partículas de argila, lâminas de silicatos, al-gumas resinas de troca-iônica e sais de ácidos dicarboxí-licos apresentam comportamento semelhante ao depolieletrólitos; entretanto, não são classificados como tal.
PROPRIEDADES
A grande maioria dos polieletrólitosé solúvel em solu-ções aquosasdevidoà sua naturezaeletrostática.Segundoseu caráter químico, um polieletrólitopode ser caracteriza-do como umapolibase (polímerocatiônico)ou umpoliá-cido (polímeroaniônico),dependendodo tipo de ionizaçãoem solução aquosa.Via de regra, as cargas de um polie-letrólitosão sempre de mesmo sinal, porém, os grupamen-tos iônicos não precisam ser necessariamente idênticos.Em princípio, polieletrólitos contendo grupos aniônicos ecatiônicos, na mesma molécula, podem existir ou ser sin-tetizados. O polímero assim constituído recebe o nomede polianfólito ou polianfótero1-3.
(*) Instituto de Macromoléculas da Universidade Federaldo Rio de Janeiro (IMA-UFRJ)
REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ694 - Out./Dez. 1993
Uma solução de polieletrólito geralmente contém,além da macromolécula, do solvente e dos contra-íons,espécies iônicas que possuem o mesmo sinal do ma-cro-íon, os co-íons (Figura 1). Para formação de umasolução eletricamente neutra é necessário que a cargatotal do macro-íon seja suprimida pelos contra-íons pre-sentes no meio. De um modo geral, um polieletrólito pos-sui grupos ionizáveis em igual número das unidadesmonoméricas (grau de polimerização) da macromolécula,mas em alguns casos, este número pode vir a ser su-perior ou inferior1.
Nos últimos 25 anos, o termo ionômero tem sido usa-do para caracterizar polímeros de baixo teor em cargaselétricas (até cerca de 10 a 15 moles %), ficando a ex-pressão polieletrólito restrita aos polímeros de alto teorem grupamentos iônicos e capazes de serem solúveisem água4. Na verdade, o termo ionômero foi criado como
- uma marca registrada pela empresa Du Pont, para co~
21
POÚMEROSIÔNICOS
mercialização de um sal metálico do polietileno carboxi-lado5. Atualmente, além da distinção'baseada unicamenteno teor em cargas elementares do polímero, tem sido pro-posta a utilização da palavra iônomero para definir macro-molécul",s que têm suas propriedades no estado fundidoreguladas por interações iônicas, que ocorrem somente emdeterminadas regiões do material polimérico. Neste caso,é esperado que tanto a viscosidade, como também a tem-peratura de transição vítrea, aumentem proporcionàlmenteem relação à concentração iônica do meio. Copolímerosde estireno e metacrilato de metila são exemplos de ionô-meros. Ainda, levando-se em conta o grau de interaçõeseletrostáticas, polieletrólitos são caracterizados como polí-meros nos quais as propriedades em solução, em solven-tes de alta constante dielétrica, são influenciadasbasicamente por interações de longo alcance" No caso depolieletrólitos, espera-se que a viscosidade intrínseca e oraio degiração do polímero aumentem, em função da di-minuição da concentração iônica. Sob este aspecto, polí-meros com cerca de 10 moles % de grupamentosionizáveis, quando dissolvidos em solventes de alta cons-tante dielétrica, são considerados como polieletrólitos4.
Além da neutralidade obtida através da associação demacro-íons e contra-íons, a eletro-neutralidade em poliele-trólitos pode ser alcançada pela interação entre polímerosde cargas opostas. A interação pode ocorrer entre um po-liácido e uma polibase, ou entre seus sais. O sistema for-mado deste modo recebe o nome de complexopolieletrolítico. Dependendo de uma série de fatores,como pH, solvente e temperatura, o complexo polieletrolí-tico pode tender a uma separação de fase, com formaçãode uma fase diluída e outra concentrada, ou pode aindaresultar na formação de gel. Interações eletrostáticas sãoas principais forças atrativas dentro do sistema polieletro-lítico. Entretanto, pontes de hidrogênio, interações íon-di-polo e hidrofóbicas têm uma importância significativa nadeterminação da estrutura final do complexo.
ESTRUTURA DOS COMPLEXOS
Os estudos sobre complexos polieletrolíticos foram ini-ciados com polímeros naturais. Em alguns casos, foi ob-
22
servado que a mistura de macromoléculas naturais decargas opostas resultava na formação de coacervatos.Complexos coacervatos são caracterizados pela ocorrên-cia, em um sistema líquido, de uma fase rica em polie-letrólitos e outra de baixa concentração em polímeros.Coacervatos de gelatina-goma arábica foram ampla-mente estudados em um determinado valor de pH, sobo qual a gelatina se encontra como uma poli base (grupos-NH3+) e a goma arábica como um poliácido (grupos-COO"). Em virtude da natureza anfotérica da gelatinae da goma arábica ser um ácido fraco, o complexo for-mado apresenta grande instabilidade a fatores como pe-quenas variações de pH e temperatura. Na realidade, ainstabilidade deste tipo de sistema é um dosparâmetrosusados para distinguir complexos coacervatos, de polie-letrolíticos. Ainda, para que um complexo coacervato sejaobservado, um dos constituintes macromoleculares deveser um polianfólito. Em geral, os complexos coacervatosresultam na formação de líquidos viscosos, enquanto queos complexos polieletrolíticos originam géis termicamenteestáveis6.
A estrutura tridimensional da maioria dos complexospolieletrolíticos normalmente se encontra entre dois ca-sos extremos de arranjo bimolecular, que são o tipo"ovos mexidos" (scrambled-egg) e o tipo "escada" (Iad-derlike structure). No primeiro caso, a rede tridimensio-nal seria formada pela interaçãoao acaso entre asmoléculas dos dois polieletrólitos. No segundo caso, ha-veria o arranjo ordenado e regular das cadeias polimé-ricas, promovido pela interação dos grupos iônicos,gerando um complexo basicamente cristalino. Variaçõesdesses dois modelos dependem, naturalmente, da estru-tura química dos polieletrólitos (por exemplo, o tamanhodo segmento de cadeia entre dois gn.:pamentos ionizá- .
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j
veis), presença de eletrólitos simples no meio, naturezado solvente e temperatura6.
Ainda na área de interações entre eletrólitos e poli-meros, a pesquisa dos chamados eletrólitos de políme-ros tem suscitado grande interesse nos últimos anos. Opotencial de aplicação destes materiais é vasto, princi-palmente na confecção de baterias sólidas de alta ener-gia. O termo eletrólito de polímeros é muitas vezesconfundido com polieletrólitos; entretanto, a diferença en-tre ambos é bem pronunciada. Nos polieletrólitos, oscontra-íons encontram-se solvatados pelas molEkulas dosolvente e são capazes de migrar no meio aquoso quecircunda a matriz polimérica. Nos eletrólitos de polímero,
. o movimento dos íons é restrito, pois estes acham-seenvolvidos por segmentos da cadeia macromolecular, ea interação entre os eletrólitos e o polímero neste casoocorre através de ligações coordenadas. Nesses siste-mas, o composto poli(óxido de etileno)-sal metálico é umdos mais estudados?
CLASSIFICAÇÃO E EXEMPLOSIMPORTANTES
Os polieletrólitos podem ser dassificados sob diferentesaspectos. Da mesma forma que os polímeros neutros, po-lieletrólitos podem ser caracterizados segundo a composi-ção química de sua cadeia macromolecular, emhomopolímeros ou copolímeros. Também, podem ter suascadeias sem ramificações - polieletrólito linear - ou podemapresentar cadeias laterais - polieletrólito ramificado - cujograu e complexidade pode chegar ao extremo da formaçãode retículos, originando o que se denomina de polímeroreticulado. De modo geral, os polieletrólitos na literaturaencontram-se agrupados de acordo com sua origem (na-tural, sintético ou modificado) e, sobretudo, segundo suascaracterísticas eletroquímicas.
Nas Figuras 2 e 3 acham-se representadas as estru-turas químicas de alguns polieletrólitos naturais, de com-posição glicídica. As gomas xantana, gelana e welanasão polímeros de origem microbiológica produzidos atra-vés de fermentação controlada. O ácido algínico e ascarragenanas são polissacarídeos de algas marinhas,obtidos industrialmente por meio de tratamentos quími-cos ácidos e/ou básicos, seguidos de extração aquosa.Comumente, nos produtos comerciais, os grupos aniôni-cos presentes nessas moléculas encontram-se neutrali-zados por cátions como Na+, K+ e/ou Ca++. Além dospolissacarídeos, proteínas (polipeptídeos) e ácidos nu-cleicos (polinucleotídeos) são polieletrólitos naturais degrande importância nos processos biológicos animais evegetais. Proteínas, como as albuminas e as globulinas,e os ácidos ribonucleico (ARN) e desoxirribonucleico(ADN) são polianfólitos. Em geral, as ramificações dascadeias peptídicas nas proteínas apresentam grupos áci-dos e básicos, e a carga iônica da macromolécula emsolução depende do pH do meio aquoso. O mesmo ocor-re com os ácidos nucleicos, que possuem forte caráterácido no seu estado nativo, devido à ionização dos gru-pos fosfato. Entretanto, os grupamentos amino da mo-lécula podem apresentar carga positiva sob pH baixo.
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POÚMEROS IÔNICOS
A Figura 4 apresenta as unidades químicas repetidasde alguns polieletrólitos sintéticos. Os primeiros estudossobre as propriedades físicas e químicas de polieletróli-tos sintéticos foram realizados por H. Staudinger e suaequipe, na década de 20. O poli(ácido acrílico) foi umdos primeiros polímeros a ser avaliado. Este polímero ésolúvel em diversos solventes orgânicos básicos, comodioxana e dimetilformamida, onde apresenta proprieda-des físico-químicas semelhantes às de uma macromolé-cula neutra. A ionização dos grupamentos carboxílicos
do poli(ácido acrílico) ocorre em meio aquos02. ;
O mais conhecido polieletrólito modificado é a carboxi-metil-celulose (CMC). A carboxi-metil-celulose de sódio éconsiderada como o polímero hidrossolúvel de mais vastagama de aplicação comercial e industrial da atualidade.
Os polímeros sintéticos, de modo geral, possuem umaestrutura de cadeia mais simples do que a maioria dospolímeros naturais ou naturais modificados. Nos últimos40 anos, alguns polieletrólitos sintéticos têm sido usadoscomo substâncias-modelo para o desenvolvimento detécnicas e teorias sobre o comportamento de biopolíme-ros iônicos, em solução aquosa. Um exemplo disto é autilização do poli(ácido acrílico) como modelo ideal paraa albumina. Porém, algumas limitações ocorrem nestetipo de analogia quanto ao aspecto conformacional dasmacromoléculas. Polímeros sintéticos podem adotar aconformação enovelada em solução, o que ocorre so-
23
POÚMEROSIÔNICOS
mente com alguns polissacarídeos, mas nunca com pro-teínas ou polinucleotídeos, em seu, estado nativ02.
Do ponto de vista eletroquímico, os polieletrólitos po-dem ser classificados como poliácidos e polibases fortesou fracos. Por definição, poliácidos fortes se ionizamcompletamente em solução aquosa, independentementedo valor de pH. Em geral, poliácidos contendo grupa-mentos -SO3H e -OSO3H dão origem a polieletrólitos for-tes, enquanto que polímeros com grupos -COOHoriginam poliácidos fracos. Exemplos de poli bases fracassão o poli(vinil amina), poli(etileno imina) e poli(4-vinilpiridina). Em resumo, um polímero iônico é consideradoum polieletrólito forte quando adquire espontaneamenteuma densidade de carga máxima em solução. No casode um polieletrólito fraco, que em solvente puro só chegaa um grau de ionização parcial, a dissociação total dosgrupamentos iônicos ocorre somente em presença deum eletrólito de baixo peso molecular. Na verdade, po-liácidos e polibases fracos são caracterizados por umequilíbrio entre dissociação/associação iônica, em solu-ção. A distinção entre polieletrólitos fortes e fracos está
ainda sujeita a condições exr:erimentais, como solvente,temperatura e concentração .2.
POTENCIAL DE UTILIZAÇÃO
O potencial de utilização dos polieletrólitos leva emconta não somente suas propriedades eletroquímicascomo também as de macromoléculas em solução. Di-versos aspectos práticos são observados na aplicaçãode polieletrólitos, tais como: 1) capacidade desses polí-meros em alterar as propriedades reológicas e físico-quí-micas de soluções aquosas, suspensões e emulsões; 2)substâncias capazes de serem absorvidas por partículasneutras, conferindo carga elétrica à sua superfície; 3)substâncias cujos grupos ionizáveis são capazes de in-
teragir com íons e agregados coloidais de carga oposta,entre outros.
O uso de polieletrólitos nas indústrias alimentícia, far-macêutica e cosmética é bastante vasto, onde são em-pregados como espessantes, dispersantes,estabilizantes e agentes promotores de gelificação. Po-lieletrólitos são também utilizados como aditivos na pro-dução de sabonetes e detergentes, e ainda na fabricaçãode papéis e tintas. Dentre inúmeras outras aplicações,uma das mais importantes se refere ao uso de poliele-trólitos retículados na produção de resinas de troca iô-nica, de h1embranas de permeabilidade seletiva e defiltros eletroquímicos ativos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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25(4) : 391-395,1989.
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RQI 694 - Válido até 10.02.94
REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ694 - Out.jDez. 1993
J
. Inpal: diversificae cresce na crise
Fundada em 1960 para produzirinsumos químicos auxiliares para aindústria têxtil, a Inpal decidiu tor-nar-se uma empresa diversificada ediversificante, a partir de meados dadécada de 80. Atualmente, o Grupocomercializa mais de 500 itens - den-tre os quais destacam-se os auxiliarestêxteis e uma vasta gama de especia-lidades químicas para os setores pa-cpeleiro, metalúrgico, petroleiro,alimentício e de tintas.
No Rio de Janeiro, o Grupo Inpaltem área construída de 20 mil m2, ocu-pada pelas plantas h1pal 1 e Inpal 2 epor oub:as três empresas do Grupo -Adypel, Seibroh e Alpet - somando acapacidade instalada de 1.500 tjmêsde produtos químicos. A Adypel e aAlpet dedicam-se, respectivamente, àprodução de pigmentos orgânicospara o setor têxtil e de produtos auxi-liares para extração de petróleo.
Há dez anos, o Grupo adquiriu aAmido Glucose, localizada em Sergi-pe e, após reformulação total da li-nha de produção éxistente, iniciou acomercialização de amidos modifica-dos, capazes de substituir produtossintéticos empregados na etapa deengomagem têxtil. A empresa tam-bém produz amido catiônico para osetor papeleiro e está desenvolvendoprodutos à base de amido para uti-lização no setor petrolífero.
Neste ano, o Grupo Inpal esperaobter US$ 30 milhões de faturamen-to. As vendas de produtos para o se-tor têxtil devem responder por cercade 60% desse valor e o setor pape-leiro com algo em tomo de 30%.
Como as empresas do Grupo pra-ticam preços competitivos, tem sidopossível manter um fluxo constantede vendas nos mercados do Uruguai,Argentina e Chile. Os planos incluema captura de fatias dos mercados doEquador e do Peru, para incrementara receita com exportações, cujo valoranual médio alcança US$ 2 milhões.
.Qualidade nas micl'Qe pequenas empresas
Independentemente da região emque se localizam, as micro e peque-nas empresas (MPEs) que adotaram
programas de qualidade aumenta-ram sua produtividade (faturamen-to j empregado) em pelo menos 66 %.Este é o resultado da pesquisa sobrecompetitividade realizada pelo SebraEe UFRJ, abrangendo mais de mil em-presas de 30 segmentos produtivos.
A pesquisa constata também que asMPEs que ostentam melhores níveisde qualidade e maior competitividadeestão nos setores de informática, tele-comunicações, química fina e eleb:ôni-ca, enquanto as menos competitivassão as de cerâmica, madeira, serralhe-ria, mobiliário e calçados; As MPEs ex-portadoras apresentam qualidadesuperior à ostentada pelas empresascuja produção se destina apenas aomercado interno.
Na Região Nordeste, a média daprodutividade das MPEs não ultra-passa US$ 8 mil por ano, ficando amédia nacional em US$ 25 mil. Nas
500 maiores empresas do país alcan-ça US$ 78 mil, ainda bastante inferiorà média mundial, de US$ 198 mil porano. (jornal da Ciência Hoje)
. NitriflexconquistaISO 9002
A Nitriflex já conta com a certifi-cação ISO 9002 (produção e instala-ção) para suas unidades de Caxias(RJ) e Triunfo (RS). O sistema dequalidade da empresa foi certificadopelo British Standard Institute, deLondres, e implantado através deprograma próprio (sem apoio deconsultoria externa) que valorizou aatitude voltada para a qualidade to-tal e não o simples cumprimento denormas e procedimentos.
Para a Nib:iflex,o processo de certi-ficação tem sido um instrumento nabusca da melhoria contínua no forne-cimento de produtos e serviços ao mer-cado. A clientela local ganha com aconfiabilidade do produto, ao mésmotempo que são agiliz4das aprovações enegociações no mercado externo. A em-presa prevê um incremento de 10% nasexportações, absorvendô SQ-%da pro-dução prevista para 1993.
A Nitriflex espera faturar US$ 110milhões, com as vendas de resinasABS (acrilonitrila-butadieno-estire-no), SAN (copolímero de estireno-acrilonitrila), borrachas nitrílicas,látices nitrílicos e de estireno-buta-
REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ694 - Out.jDez. 1993
EMPRESAS
dieno, borracha EPDM e copolíme-ros reforçantes de borracha..Petrobrás: 40 anosinvestindo no Brasil
Em 40 anos de existência, a Petro-brás investiu US$ 80 bilhões no Brasil,sendo US$ 70 bilhões oriundos de
suas atividades operacionais e US$ 10bilhões como aporte da União, inclu-sive sob a forma de impostos, taxas eisenções. Estudos recém-elaboradospela Unicamp para o Ministério daCiência e Tecnologia estimam que ototal dos investimentos estrangeirosno país (em todos os segmentos da ati-vidade econômica, desde que aqui seinstalaram), originários dos EstadosUnidos, Alemanha, França, ReinoUnido, Japão, Itália, Holanda, Suíça,Suécia e Canadá, enh'e outros, corres-ponde a US$ 75,5 bilhões. (Notícias daPetrobrás)
. Copene promovecompetitividade do setor
Após a duplicação de sua capaci-dade e a implantação dos programasde qualidade e atuação responsável,a Copene conclui pela necessidadede se aliar a seus clientes para de-senvolver uma estratégia comum decrescimento. O processo de aproxi-mação com a clientela teve início emsetembro último quando a centralreuniu, em Salvador (BA), represen-tantes de 45 empresas sediadas emSão Paulo, Rio de Janeiro, Rio Gran-de do Sul, Alagoas e Pen1ambuco,para discutir uma política de incen-tivos à exportação e ao desenvolvi-mento de novas aplicações.
Nesse I Encontro Copene-Clientes, acentral identificou motivações e con-seqüências positivas do processo decertificação de todos os seus produ-tos (ISO 9002), ressaltando que o for-talecimento dos vínculos entre a
empresa e seus clientes é imprescin-dível num processo de qualidade etem resultados rápidos, como o au-mento de confiança e o comprome-timento entre as partes. Outro temado encontro foi a atuação do grupode atendimento a clientes, criadopela Copene para levantar as neces-sidades das empresas e os entravesexistentes enh'e as partes.
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PROCESSOS, PRODUTOS, SERViÇOS
Pesquisadores da UFRJcriam retortaantimercúrio
o uso de mercúrio na extração deouro em garimpos está proibido des-de fevereiro de 1989, mas o metalcontinua chegando às mãos dos ga-rimpeiros em embalagens discrimi-nadas como "Produtos de usoodontológico".
O ouro é extraído por amalgama-ção com mercúrio e tratado com cha-ma a céu aberto, que lança todo omercúrio no ecossistema (ver RQI nQ68~_e 690).
Os pesquisadores Olaf Malm eWolfgang Pfeiffer, do Projeto AguaLimpa do Instituto de Biofísica CarlosChagasfUFRJ, criaram uma nova re-torta que evita o lançamento do mer-cúrio na atmosfera e, permite seureaproveitamento.
A base da retorta é de ferro fun-dido poroso, que apresenta as van-tagens de não se fundir com o ouro- o que causa perdas - e de ser maisleve e fácil de transportar através dafloresta.
Avaliada em US$ 100, a inovaçãoserá testada no início de 94 em áreapiloto próximo à bacia do Rio Tapa-jós. Sua utilização poderá ser provi-dencial na região amazônica, onderios como o Madeira já registraramtaxas de mercúrio cem vezes maioresque os limites da Organização Mun-dial de Saúde (Jornalda CiênciaHoje).
Novos medidores devazão Spirax Sarco
Três novos equipamentos eletrô-nicos de alta precisão para mediçãoda vazão de fluidos industriais estãosendo lançados pela Spirax Sarco: oGilflo, para fluidos em geral; o Spira-fio, específico para vapor, e um me-didor tipo Placa de Orifício.
Possuindo sensores capazes de lei-turas ininteTIllptas e precisas (com in-dicação, inclusive, de picos máximose mínimos), os três medidores foramdesenvolvidos com tecnolo'gia de últi-ma geração e fOTI1ecem dados comovazão instantânea (em kg ou lb porhora), vazão totalizada (em kg"ou lb),pressão e temperatura, apresentandotambém sistema de detecção automá-tica de falha ou necessidade de manu-
tenção nas tubulações. Outras
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Medidores de vazão Spirax Sarco
comodidades oferecidas são: saídaspara registradores gráficos e paracomputadores PC (ou compatíveis).
Grace Aquatec Jançainibidor de corrosão
Uma nova tecnologia em inibidorde corrosão para caldeiras, o Progra-ma Aquamina Global, está sendo im-plementada pela Grace Aquatec,para atender clientes específicos dossegmentos petroquímico e de celulo-se e papel.
O Aquamina Global, patenteadomundialmente pela Grace Dearbone,utiliza dietil-hidroxilamina e substi-
tui tecnologias baseadas em hidrazi-na, cerca de 35 vezes mais tóxica emenos resistente a altas temperatu-ras. O novo programa já se encontraem utilização em dez plantas indus-triais atendidas pela empresa.
Linha de conexõesrápidas da Festo
A subsidiária brasileira da Festo,empresa alemã para projet9s de auto-mação industri~, está lançando nomercado nacional a linha de conexõesrápidas Quick Star,com mais de 130itens. A nova linha tem por objetivoatender às necessidades dos engenhei-ros envolvidos no desenvolvimentode projetos e dos profissionais de ma-nutenção voltados para a automaçãoindustrial. Oferece economia de até40% no tempo de instalação e manu-
, tenção de equipamentos e dispositi-"
""
vos, pois a conexão dos mesmos àsmangueiras é feita com um simplesmovimento de empurrar e puxar(lIpush and pull").
Os componentes da linha QuickStar se destinam à utilização em to-dos os sistemas pneumáticos quefuncionam a vácuo ou ar comprimi-do. Possuem o corpo em latão nique-lado e teflon, o que contribui parasua maior durabilidade. A linha
apresenta ainda as vantagens da di-mensão reduzida e de elementos
com funções integradas, como ma-nômetros e válvulas reguladoras, emodelos que permitem um giro de360' sobre seu adaptador roscado(que visa facilitar a instalação dasmangueiras em qualquer posição).
A linha Quick Star foi lançada pelaFesta alemã na Feira de Hannover,em abril último, e vem obtendo ven-
das que já ultrapassam um milhãode peças.
Acessóriose conexões Quick Star
Sistema de curtimentode couros Wet-White
A Henkel SfA Indústrias Quími-cas está apresentando um sistema decurtimento Wet-White, que tem comobenefício o reduzido impacto am-biental. Esta característica, obtida a
partir do emprego de silicatos dealumínio-sádico (SAS), desperta umcrescente interesse da indústria cur-
tidora, graças à demandá. do merca-do. A produção de couros comqualidade constante e a possibilida-
REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ694 - Out,fDez, 1993
de de utilização de resíduos (aparase seITagem de rebaixadeira) comoadubo nitrogenado de efeito prolon-gado são algumas das principais ca-racterísticas do sistema.
O desenvolvimento do sistemaWet-Whíte faz parte da filosofia daHenkel na área ambiental, voltada aodesenvolvimento de formulações debaixa toxicidade e que não agridam omeio ambiente. O Grupo Henkel temtradição de 80 anos de atuação no se-tor coureiro, em todo o mundo.
Carbide lança aditivopara cosméticos
Foi lançado na Cosmética93- FeiraInternacional de Beleza, Estética e Hi-giene Pessoal,São Paulo, setembro 93,o Glucomate DOE 120, um derivadode glucosídio que atua como espes-sante e antiiITitante.
O produto leva a marca AmercJwl,pertencente à Union Carbide, e conso-lida a paoceria fumada em maio últi-mo entre esta empresa e a Ionquímica,especializada em distribuição e desen-volvimento de projetos casados empersonalcare.Entre derivados de lano-lina, polímeros e glucosídios, cerca de50 produtos com diferentes aplicaçõesjá estão sendo comercializados junto àindústria cosmética brasileira.
Calmig inaugura plantade cal automatizada
Em junho último foi inauguradaem Matozinho (MG) a Calmit Indus-trial Ltda., parà a produção de calvirgem e hidratada. A empresa éconstituída pela associação do grupomineiro Calset, tradicional produtorde cal, com o conglomerado indus-trial japonês Mitsubishi MateriaIsCorporation.
O empreendimento exigiu inves-timentos de US$ 23 milhões e temuma projeção de produção de 400ti dia de cal virgem, em fomo verticalMaerz, de fabricação suíça, totalmenteautomatizado. Os equipamentos in-corporam, ainda, um sistema inde-pendente de filtros antipoluentes quedemandarnm US$ 1,1 milhão em in-vestimentos. A Calmit deverá gerarmais de cem empregos diretos e pelomenos 300 indiretos.
Baseada numa reserva mineral es-timada em 230 milhões de toneladas,
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PROCESSOS, PRODUTOS, SERViÇOS
Fomo de cal Maerzda Calmit
a empresa pretende alcançar a pro-dução diária de 1,8 mil t, com a ins-talação de mais dois fomos verticais,de 400 ti dia cada, e um fomo rota-tivo horizontal de 600 ti dia, o quetomará o grupo Calsete-Calmit o ter-ceiro maior produtor de cal do país.(Jornal da CaD
Catalisador Rohm andllaas para s~tese doMTBE
A Rohm and Haas apresentoupa-lestra no 72 Seminário Brasileiro deCatálise - em setembro, em Grama-do (RS) - sobre a "Síntese de MTBE(éter metil-teociobutílico) usando ca-talisadores poliméricos", na qualcomparou a performance de seu
Catalisadores polimericos Amberlyst
REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL - NQ 694 - Out,fDez.1993
novo catalisador Amberlyst 35' com ocatalisador standard Amberlyst 15.
A linha Amberlyst compreende resi-nas de troca iônica poliméricas, quesão usadas como catalisadores hetero-gêneos em sínteses orgânicas. Apre-sentam como principal vantagem, emrelação aos catalisadores homogêneos,o fato de serem insolúveis no meioreacional. Desse modo, não contami-nam o produto, não exigem separaçãoe podem ser reutilizadas.
Os catalisado~s Amberlyst podemser áCidos ou básicos e seu uso écrescente, em reações como eterifica-ção, alquilação, esterificação, hidra-tação, condensação, hidrólise econdensação aldólica.
A Rohm and Haas é um dosmaiores produtores mundiais de ca-talisadores poliméricos, oferecendoampla seleção de resinas do tipo gelhidratadas e desidratadas, bemcomo resinas macro-reticulares.
Novo herbicida eespalhante da ICI .
Fusilade 125-BIW - este é o herbi-cida pós-emergente com espalhanteincorporado, lançado pela ICI Agrí-cola. O produto é sucessor do Fusi-Ia de 125, lançado em 1984, queexigia a adição do espalhante Ener-gic, também produzido pela ICI eque continua em linha.
Menor manipulação do produto éa principal vantagem oferecida pelatec:nologiaBIW;ou 2 em 1, como podeser denominada. Além disso, a carac-terística pós-emergente do novo Fusi-ladeo toma eficaz tanto em plantaçõesde soja como de alface, café, cebola,cenoura, laranja, algodão, eucalipto,fumo, tomate e roseira.
A ICI Agrícola, com o Fusilade125-BIW, pretende ampliar sua par-ticipação no mercado brasileiro degraminicidas, que movimenta US$25 milhões anuais. Este será, por ou-tro lado, um dos últimos lançamen-tos da empresa como ICI Brasil, vistoque em janeiro próximo assumirá arazão social Zeneca Brasil S.A.,abrangendo os segmentos agrícola,farmacêutico, de sementes e de espe-cialidades químicas. Seu faturamen-to anual projetado é de US$ 200milhões, dos quais o negócio agríco-la responde por US$ 75 milhões.
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Agenda1994
JANEIROV CONGRESSO LATINOAMERICANODE CROMATOGRAFIA (COLACRO)
Concepción, Chile - 11 a 16 de janeiroInfo: Dr. Dietrichvon Baer '
Facultadde Farmacia .
Casilla 237, Concepción, ChileFax: 041-240280
191'1IUPAC SYMPOSIUMON THE CHEMISTRY OF NATURALPRODUCTS
Karachi, ,Paquistão - 16 a 20 de janeiroInfo: Prof. Atta-ur-RahmanChairman Organizing CommitteeH.E.J. Research Institute 01 ChemistryUniv. 01 KarachiFax: 92-21-467887 - Karachi - 75270,Pakistan
FEVEREIROPITTCON'94: PITTSBURG CONFERENCEON ANALYTICAL CHEMISTRY AND APPLlEDSPECTROSCOPY
Chicago, IIlinois, USA - 27/02 a 04/03Inlo: Pittcon 94: The Pittsburg Conlerence300 Penn Center Blvd., Suite 332Pittsburg, PA 15235-5503, USA
ABRIL81'1HIGH TEMPERATURE MATERIALSCHEMISTRY CONFERENCE
Viena, Áustria - 4 a 9 de abrilInlo: Dr. Adolf MikulaInstitut fuer Ar'Clrganische ChemieWaehringer Strasse 42A-1090 Vlenna - ÁustriaPhone: 43 1 345424Fax: 43 1 3104597
MAIOENCONTRO LATINOAMERICANO DEENGENHARIA QUíMICA. 111ENCUENTRO DEINGENIERIA QUIMICA DEL NORTE DEL CHILE
Antolagasta, Chile - 26 a 28 de maioInfo: Secretaria ELAIQ'94Departamento de Eng. QUM'nicaUniversidad Católica dei NorteCasilla 1280, Antofagasta - ChileFax: (056) (55) 247954/241724
JUNHOACHEMA'94
Frankfurt alMain, Alemanha - 5 a 11 dejunhoInfo: Dechema e. V.Postfach 150104D-6000 Frankfurt alMain 15, Germany
81'1INTERNATIONAL CONGRESSOF QUANTUM CHEMISTRY
Praga, Rep. Tcheca e Eslovaca19 a 23 de junhoInlo: Dr. R. Zahradnik81'1ICQC - Heyrovsky InstituteDolejskova 3.- 18223 Prague 8,CzecoslovakiaTel.:(00422) 815 20 11Fax: (00422) 858 45 69E-mail: ICQC@CSPGAS11
201'1INTERNATIONAL SYMPOSIUMON CHROMATOGRAPHY
Bournemouth, UK -19 a 24 de junhoInfo: The Executive Secretary
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"
The Chromatographic Society,Suite 4, Clarendon Chambers32 Clarendon Street,Nottingham NG1 5JD, UK
JULHOXV INTERNATIONAL CONFERENCE ONORGANOMETALLlC CHEMISTRY
Sussex, Reino Unido - 10 a 15 de julhoInfo: Dr. John F. GibsonSecretary, The Royal Soc. 01 Chemistry .Burlington House, London WIV OBN; U.K.Fax: 071-734-1227
351'1IUPACINTERNATIONALSYMPOSIUMON MACROMOLECULES
Akron, Estados Unidos - 11 a 15 de julhoInfo: Macroakron 94
Mrs. Cathy Manus-GrayThe University 01AkronInstitute 01 Polymer ScienceAkron OH 443250-3909 - USAFax: 1 216 9725463
171'1INTERNATIONAL CARBOHYDRATESYMPOSIUM
Ottawa, Canadá - 17 a 22 de julhoInlo: Mrs. Doris RuestNational Research Council 01 CanadaOttawa, Ontario K1A OR6 - CanadaPhone: 613 9939228Fax: 613 9579828Telex: 0533145
301'1INTERNATIONAL CONFERENCEON COORDINATION CHEMISTRY
Kyoto, Japão - 24 a 29 de julhoInlo: Koji TanakaSecretary 01XXX ICCCCoordination Chemistry LaboratoriesInstitute 01 Molecular ScienceMyodaiji, Okazaki 444 - JapanPhone: 81 564 557252Fax: 81 564 542254
XXI CONGRESO LATINOAMERICANODE QUíMICA .
Panamá - 31/07 a 05/08Inlo: Colegio Panameno de QuímicosFax: (507) 61-8457Apartado 6-2491, EI Dorado, Panama
SETEMBRO121'1INTERNATIONAL CONFERENCE ONPHYSICAL ORGANIC CHEMISTRY
Padova, Itália - data a delinirInlo: Prol. G. ScorranoDip. di Chimica OrganicaUniversita degli Studi di PadovaVia Marzola 1, 35100 Padova, ltalyFax: 39(49) 831222
42 $JMPÓSIO LATINOAMERICANODE POLíMEROS22 SIMPÓSIO IBEROAMERICANODE POLíMEROS62 INTERNATIONAL MACROMOLECULARCOLLOQUIUM
Gramado, RS - 5 a 10 de setembro.Inlo: Raquel S. Mauler
. UFRGS - Instituto de Química
Campus do Vale, Porto Alegre, RSBrasil- CEP 91509-900Fax: (55) 051 3363699
INTERNATIONAL CONFERENCE ON LlQUIDCRYSTAL POLYMERS
Pequim, China - 6 a 9 de setembroInlo: Mr.Xibai QiuChinese Chemical SocietyP.O. Box 2709Beijing 100080 - China
"I
Phone: 86 1 2564020Fax: 86 1 2568157
XIV SIMPÓSIO IBEROAMERICANODE CATÁLlSE
Concepción, Chile - 12 a 16 de setembroInlo: Dr. Patricio ReyesFacultad de ConcepciónCasilla 2613, Concepción, ChileFax: 56-41-240280
OUTUBROXXXIVCONGRESSO BRASILEIRODE QUíMICA
Porto Alegre, RS - 24a 28 de outubroInlo: ABQ NacionalTel.: (021) 262-1837 - Fax: (021) 262-6044ABQ-RS - Tel./Fax: (051) 225-9461
NOVEMBROli SIMPÓSIOINTERNACIONALDE QUíMICADE PRODUTOSNATURAISE SUASAPLICAÇÕES
Concepción, Chile - 30/11 a 02112Inlo: DI. Mario Silva O.Fac. de Ciencias NaturálesUniv. de ConcepciónCasilla 2407, Concepción, ChileFax: 56-41-240280/243379
DEZEMBRO101'1INTERNATIONAL CONFERENCE ONORGANIC SYNTHESIS
Bangalore, índia - data a delinirInlo: Prol. G.S.N.Subba RaoDep. 01 Organic ChemistryIndian Institute of ScienceBangalore 560 012, India
1995
JUNHOXVIIIPACIFICSCIENCE CONGRESS
Beijing, China - 5 a 12 de junhoInfo: XVIII Pacilic ScienceCongress SecretariatC/o Institute olAtmospheric PhysicsChinese Academy 01 SciencesP.O. Box'2718, Fax: 86-1-2562458Beijing 10080, P.R. China
DEZEMBROINTERNATIONAL CHEMICAL CONGRESS OFPACIFIC BASIN SOCIETIES: PACIFICHEM'95
Honolulu, Havaí, EUA - 17 a.22 dedezembroInlo: Pacilichem'95 SecretariatAmerican Chemical SocietyRoom 420, 1150-16 SI. N'w.Washington, D.C. 20036, USAFax: 202-872-6128
CURSOS. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE CERÃMICA
MÓDULO BÁSICO REFRATÁRIOS7 a 10 de marçoMÓDULO BÁSICO CIMENTO11 e 12de abrilMÓDULO BÁSICO CERÂMICA4 e 5 de maioInlo: Associação Brasileira de CerâmicaR. Leonardo Nunes, 82 - V. Clementino,SPTel.: (011) 549-3922 . Fax: (011) 573-7528
REVISTADEQUíMICA INDUSTRIAL- NQ694 - Out./Dez.1993
~.
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