De coração
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De coração 023MARÇO 2011 AnoVI
| Decoração 2011: tendências e materiais
| Matobra disponibiliza pagamentos a 6 e 10 meses sem juros
| Purple Stone, melhor que o original
| S3, da Scholtès: uma nova perspectiva de electrodomésticos
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ãoTrabalho e solidariedade
Paradoxalmente, na fase desde o 25 de Abril, em que nos é exigido um aperto
mais drástico de cinto, com medidas quase estranguladoras, somos diariamente
confrontados com notícias que ameaçam deitar por terra todo esse esforço,
seja pela pressão de uma iminente queda do governo, ou pela entrada do FMI.
Não admira por isso que ao sentimento de revolta que é latente se junte também
uma boa dose de desânimo, não sendo claro para ninguém que o caminho
traçado pelos nossos governantes seja uma efectiva solução para a tão desejada
retoma económica.
E enquanto estratégias são gizadas à mesma velocidade que refeitas, o país
real questiona-se sobre o que pode realmente ser a solução para reverter este
contexto.
A fórmula terá de incluir necessariamente duas parcelas fundamentais: trabalho
e solidariedade.
O trabalho, nas suas várias vertentes, será sempre o único meio de produção de
riqueza e porque não podemos ignorar a nossa condição de animal social, não
é legítimo que não olhemos para os outros.
Não defendo o incentivo à dependência do subsídio e muito menos da caridade,
mas todos nós temos, mais do que o dever, o direito ao trabalho. O sentimento
de contributo com uma função útil para a sociedade é uma questão de dignidade
pessoal, de que ninguém deve ser excluído.
É esse o exemplo que nos é dado na entrevista De coração deste número, com
uma Fundação que aplica o lema da integração aos mais excluídos da nossa
sociedade.
Mais de 20% dos funcionários da ADFP são portadores de algum tipo de
deficiência motora ou cognitiva e ainda assim, a instituição é um modelo
reconhecido de empreendedorismo social e um motor fundamental de
desenvolvimento local.
É um exemplo que inspira mesmo os mais descrentes e que, como disse,
simplifica o desajuste do contexto actual numa fórmula simples: trabalho e
solidariedade.
Presidente do Conselho de Administração da Matobra
FICHA TÉCNICA
Entidade proprietária | Matobra - materiais de construção e decoração, S.A.
Coordenação | Marta Rio-Torto
Textos | Claúdio Domingos e Marta Rio-Torto
Fotografia | Danilo Pavone
Paginação e Projecto gráfico | Alexandre Saraiva
Tiragem | 2000 exemplares
Periodicidade | Trimestral
Impressão | FIG - Indústrias Gráficas, S.A. Rua Adriano Lucas 3020 Coimbra
Isenta de registo no I.E.S. mediante decreto regulamentar 8/99 de 9/06 art. 12º nº 1 a)
Índice
3 Editorial
7 Entrevista De coração | Jaime Ramos
16 Com assinatura Matobra
16 | Sem medo da cor 18 | Decoração 2011: tendências e materiais
22 | Revestimento cerâmico: uma escolha para toda a sua casa
24 Ideias e soluções 24 | OLI propõe happy air
25 | Matobra disponibiliza pagamentos a 6 e 10 meses sem juros 28 | Outlet em saldos
30 | A tecnologia dos adesivos Mapei no projecto de poupança energética
31 Entrevista |Mário Corticeiro 36 Estilus
36 | Purple Stone, melhor que o original 38 | S3, da Scholtès – Uma nova perspectiva de electrodomésticos 46 Entrevista | António Pinho
54 Galeria Matobra
54 | O que a Teuco faz por si
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ENTREVISTA 07
“Podia ter saído de Miranda do Corvo, mas acho que há pessoas que têm que ficar.”
Foi enquanto político que ganhou maior notoriedade, mas é sem dúvida redutor defini--lo nessa condição. Jaime Ramos é, sobretudo, alguém vocacionado para o outro e esse traço de personalidade manifesta-se ao longo do seu percurso pessoal e profissional. Médico de formação, foi deputado, autarca e Governador Civil, mas talvez a sua obra mais impressionante seja a criação da Fundação ADFP – Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional, uma IPSS com sede em Miranda do Corvo, que ultrapassa os 3400 utentes regulares, com 250 pessoas (idosos, deficientes, doentes crónicos, mulheres maltratadas e crianças) a viver nas residências da Fundação. Aliás, é hoje um dos principais empregadores da vila e um motor fundamental do seu desenvolvimento.Fiel a si mesmo, sem receio de polémicas em nome da defesa de uma convicção, Jaime Ramos é ainda porta-voz do Movimento Cívico de Miranda do Corvo e Lousã na luta pelo projecto Metro Mondego e mais uma vez, tem dado o seu contributo à comunidade, defendendo como seu um património que é, afinal, de todos.
Entrevista De coração Jaime Ramos
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08 ENTREVISTA
Tem formação em medicina, pela Universidade de Coimbra, mas acaba por ser mais conhecido enquanto figura da vida política. Explorando um pouco mais esse lado menos conhecido, ligado à medicina, qual foi o seu primeiro emprego? Comecei, como estagiário, a trabalhar nos Hospitais da Universidade de Coimbra, estive também nos Centros de Saúde de Tábua e da Lousã. Depois, fui fazendo opções sucessivas, que me levaram a ter uma carreira relativamente atípica em termos médicos, nomeadamente, porque a determinada altura me afastei da medicina para me dedicar à actividade política. Mais tarde, voltei à minha profissão e integrei os quadros do Centro de Saúde de Miranda do Corvo. Neste momento, tenho uma empresa na área da Medicina do Trabalho, Segurança e Higiene.
Um médico é, por princípio, alguém que tem uma vocação orientada para o outro, para a comunidade. Isto para si passou, nomeadamente, pela ligação à política. Como surgiu essa aproximação?Quando se escolhe medicina, em princípio, essa escolha é feita porque se gosta de ser útil aos outros. A determinada altura, surge o 25 de Abril que cria todo um conjunto de esperanças relativamente ao futuro. Perante as várias opções que se colocaram aos portugueses, em termos ideológicos, eu fiz a minha, que foi afirmar-me como social-democrata.Estive no 1º congresso do partido em 74 e fiz depois uma actividade política com alguma intensidade, porque muito cedo me candidatei à Câmara Municipal de Miranda do Corvo. Fui Presidente da Câmara com 26 anos e deputado da Assembleia da República entre 78 e 85.
Assume a Presidência da Câmara de Miranda do Corvo durante dez anos, entre 79 e 89. O que é que de mais marcante lhe trouxe essa experiência?Fui eleito quatro vezes e foi uma experiência muito boa, porque me deu a oportunidade de desenvolver projectos concretos e ver os seus resultados. Era um panorama muito diferente do actual. Só para ter uma noção, a Câmara tinha três viaturas e as pessoas mais habilitadas nos quadros tinham o antigo 5º ou 7º ano. Não havia nenhum engenheiro, economista ou jurista. A Região tinha grandes necessidades, a maior parte das povoações ainda não tinha estradas, nem electricidade ou água ao domicílio. Havia uma grande escassez
em serviços básicos, que nós tivemos oportunidade de resolver.
Quais são os projectos de que mais se orgulha?Fundamentalmente, o facto de ter contribuído para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Miranda é dos primeiros concelhos a ter abastecimento total domiciliário de água, total cobertura eléctrica e ter todas as povoações pavimentadas e com acesso por estrada alcatroada. Para a altura, eram grandes conquistas.
Assumir os destinos de uma Câmara é uma opção que implica uma grande disponibilidade e até generosidade para com a comunidade. Sente como traço vincado em si essa faceta de “filho da terra”?Sim, podia ter saído de Miranda do Corvo, mas optei por ficar. Acho que há pessoas que têm que ficar.Devo dizer que exerci sempre o cargo de Presidente da Câmara sem ser remunerado. Claro que não vivia do vento. Numa fase, fi-lo porque acumulei essa função com a de deputado, de onde tinha um vencimento. Quando terminei o mandato como deputado decidi dedicar-me de novo à medicina e tinha remuneração da minha actividade profissional, portanto, permaneci na Câmara em regime de total gratuitidade. Mas foram dez anos muito gratificantes. Como Presidente de Câmara, tive a oportunidade de desenvolver uma actividade que eu sentia que era útil no dia-a-dia das populações.
Praticamente, quando acaba o 4º mandato, assume novo cargo político. É Governador Civil de Coimbra entre 89 e 91. Como viveu esse período? Foi uma experiência muito boa, foram dois anos muito intensos, com uma gestão que não teve nada que ver com a prática habitual dos Governos Civis. Digo isto sem qualquer tipo de crítica aos meus antecessores ou sucessores, mas, habitualmente, o Governador Civil é muito o porta-voz de Lisboa e tem uma postura um bocado cinzenta. Eu estive nessa função de modo completamente diferente. É evidente que sabia que tinha sido nomeado pelo Governo, fazia parte da sua equipa, mas isso não fazia com que eu fosse cego face àquilo que eram as necessidades locais e fiz questão de as transmitir, precisamente, para que o Governo pudesse dar soluções. Entendo que quando somos apoiantes de
“ (…) não me arrependo do que fiz [enquanto Governador Civil de
Coimbra] e de alguma maneira, foi uma honra ter sido despedido por me dizerem que eu era demasiado
reivindicativo dos interesses de Coimbra.”
“Não tenho vergonha de assumir ou divulgar os dois processos
disciplinares que tive [enquanto deputado] e julgo que algumas das
pessoas que me colocaram esses processos têm vergonha de dizer
que o fizeram.”
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“[Ser Presidente da Câmara de Miranda do Corvo] deu-me a oportunidade de desenvolver projectos concretos e ver os seus resultados. (…) Havia uma grande escassez em serviços básicos, que nós tivemos oportunidade de resolver.”
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uma equipa, não nos devemos tornar cegos nem surdos, pelo contrário, temos que ver e ouvir muito bem para que o executivo possa dar as respostas mais acertadas. Este meu estilo não agradou a alguns membros do Governo e quando houve uma mudança acabaram por nomear outra pessoa. Foi uma opção legítima, mas eu também não me arrependo do que fiz e de alguma maneira, foi uma honra ter sido despedido por me dizerem que eu era demasiado reivindicativo dos interesses de Coimbra.
Tinha um perfil que incomodava…Sim, é a minha forma de estar. Estive na Assembleia da República durante seis anos e fui um deputado que fez projectos de lei, que vieram a ser aprovados. Também não é muito a prática habitual... Outra coisa que gostaria de salientar, é que como deputado tive dois processos disciplinares. Um por ter discordado do meu partido a propósito das relações com o Presidente da República e outro por ocasião de uma votação sobre aborto, em que o partido impôs disciplina de voto e eu não a respeitei. Não tenho vergonha de assumir ou divulgar os dois processos disciplinares que tive e julgo que algumas das pessoas que me colocaram esses processos têm vergonha de dizer que o fizeram.
Em Novembro de 87, dois anos antes de terminar o mandato como Presidente da Câmara, avança para a criação da Fundação ADFP. O que é que o motivou? O que é que esteve na origem deste projecto?Quando estava na Câmara, o Governo lançou um projecto que se destinava a apoiar crianças com dificuldades de aprendizagem. Isso levou-me a olhar para o meio em que me localizava nessa perspectiva. Como Presidente da Câmara, depois daquela primeira fase de resolução de questões básicas como rede eléctrica, de água e de estradas, comecei a ter uma maior sensibilidade para os problemas sociais. Apercebi-me de que havia um número considerável de pessoas que não conseguiam fazer o seu percurso escolar normal, em termos de aprendizagem, porque estavam limitados por várias condicionantes, nomeadamente, por deficiência ou condições socioeconómicas graves. Foi aí que começámos a pensar em constituir uma instituição que contribuísse para a resolução desses problemas.
Uma noção idiossincrática da instituição é o lema da integração. Não se pretende ostracizar o indivíduo, mas antes integrá-lo na sociedade. Na prática, como é que isto é concretizado?Essencialmente, com base em dois conceitos: a integração de gerações e de pessoas com deficiência. Actualmente, no Centro Social Comunitário vivem cerca de 270 pessoas, desde bebés até idosos. Mas para além dos residentes, também no que diz respeito a respostas ao exterior, à comunidade, apoiamos todas as gerações. Actuamos, igualmente, numa lógica de integração de pessoas com deficiências, dos vários tipos (motoras e neurológicas) e também dos indivíduos com doenças mentais. Este último grupo é, normalmente, o mais afastado. Existe uma estigmatização dos doentes mentais na nossa sociedade, no sentido de termos até medo deles. Na Fundação, integramos todas essas pessoas especiais e fazemo-lo quer em serviços de pouca exigência intelectual - nomeadamente no Parque Biológico a tomar conta dos animais, nas oficinas de artes e ofícios tradicionais ou em serviços de limpeza e manutenção - quer aos mais altos níveis dentro da instituição. Por exemplo, toda a nossa área de economia, gestão e economato é liderada por pessoas com deficiência, que são indivíduos com grande capacidade técnica e intelectual, com formação superior, mas com deficiências físicas graves.Nós, enquanto instituição, quando olhamos para alguém, em vez de nos focalizarmos na sua incapacidade, tentamos descobrir o seu talento e aproveitar essa potencialidade ao máximo.Hoje, mais de 20% dos trabalhadores da ADFP são pessoas com deficiência ou doença mental. Impressionante é também a diversidade de valências da instituição e os serviços que presta aos utentes e à população de Miranda do Corvo. Quer recordar algumas delas? Temos fundamentalmente quatro áreas: acção social e saúde; formação profissional; cultura e empreendedorismo social.Na área da saúde, estamos dotados de uma clínica de fisioterapia associada a um ginásio aberto à população e duas unidades de cuidados continuados. Na área da segurança social, prestamos apoio a mulheres vítimas de maus tratos, mulheres grávidas ou com filhos que precisam de apoio, crianças sem suporte familiar, pessoas com deficiência ou doença
mental e idosos sem apoio familiar.Mas, para que a instituição não se transforme num gueto, mantemos muitos serviços na comunidade, desde o apoio domiciliário a idosos e deficientes, centros de dia, creches e ATL.Tentamos ultrapassar aquilo que é o conceito estrito de acção social. Por exemplo, no centro de dia criámos uma Universidade Sénior, para pessoas que não têm necessidade de apoio social, mas precisam de ser intelectualmente estimuladas e de aumentar a sua capacidade de convívio e interacção social.Esta Universidade Sénior tem sido tão interessante que, nos últimos anos, conseguiu um primeiro, segundo e terceiro prémios nacionais em concursos de cultura geral, onde todos os outros que também sobem ao pódio são sempre provenientes de Universidades Séniores de grandes cidades. Temos a área cultural, também aberta à população, onde para além de uma biblioteca itinerante em seis concelhos da região, se inclui o cinema, o único de Miranda, em que fazemos uma programação com a Lusomundo, com dois filmes por semana. Também desenvolvemos actividades ligadas ao desporto e à gastronomia, inclusivamente, criámos a Confraria da Real Matança do Porco, para preservarmos os valores da nossa cultura tradicional.Na área da formação profissional, fundamentalmente desenvolvemos acções para pessoas com necessidades especiais, habitualmente, muito excluídas do mercado de trabalho. Nas actividades de negócio social, incluem-se o Parque Biológico da Serra da Lousã, o Museu da Chanfana e futuramente, um hotel de 4 estrelas. São um conjunto de actividades que permitem criar desenvolvimento local e servem, fundamentalmente, para que pessoas com necessidades específicas possam ter direito a um posto de trabalho.
A criação do Parque Biológico da Serra da Lousã foi uma iniciativa que se destacou. Foi inaugurado há pouco mais de um ano e tem tido um sucesso muito significativo. Numa época de crise, como a que vivemos, como se justifica este êxito?Quando criámos o Parque, fizemo-lo, fundamentalmente, porque precisávamos de criar postos de trabalho para pessoas com necessidades especiais e trata-se de um negócio social que nos permite ter grandes possibilidades de empregarmos muita gente com estas características.Não é legítimo que, só porque estamos
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a lidar com pessoas com deficiência, lhes digamos para fazer uns desenhos, ou transportar objectos de um lado para o outro, sem qualquer objectivo, porque a pessoa percebe que está a ser tratada como se fosse uma criança. É importante que estes indivíduos tenham uma actividade ocupacional, que sintam que os torna úteis para a sociedade. O Parque Biológico é um zoo que só quer ter animais que habitam o território português. Temos também a intenção de mostrar animais tradicionais das nossas quintas, que hoje são espécies que estão a desaparecer, daí a quinta pedagógica.Para além disso, temos uma outra vertente em termos de botânica, com o primeiro labirinto de árvores de fruto do mundo. Depois também uma área cultural, onde se inclui o Museu de Tanoaria e uma série de oficinas de artes e ofícios tradicionais, onde trabalham pessoas com deficiência em áreas tão diversas como a tapeçaria regional, olaria, cestaria, mobiliário de vime e uma oficina na área do vidro. Associado a este negócio do Parque Biológico criámos o Restaurante Museu da Chanfana, para valorizarmos a nossa gastronomia e também para melhor aproveitarmos a capacidade que temos para
atrair turistas. De futuro, queremos construir o hotel de 4 estrelas para fazer o aproveitamento total dessa capacidade de atracção. O nosso objectivo é que seja um hotel com um carácter distinto do habitual, isto é, vocacionado para a proximidade com a natureza.Pretendemos que o trabalho que ali é desenvolvido exija pouca necessidade de apoio por parte do Estado e para que possa ser o mais rentável possível, precisamos de o potencializar nas suas várias vertentes turísticas.Ser um negócio sustentável era para nós o ideal, embora não seja fácil conseguirmos esse objectivo a 100%.
A ADFP intervém em Coimbra, Penela, Lousã, Góis e Penacova. Pela sua experiência, quais são as maiores dificuldades com que estes concelhos se deparam?A maior dificuldade é ser uma Região que corre o risco de se deprimir. A capacidade empreendedora de Coimbra e da Região tem vindo a diminuir e isso traduz-se na capacidade de fixação dos nossos jovens. Muitos não têm hipóteses de sucesso profissional e são obrigados a sair
daqui.Também a própria Universidade perdeu o estatuto da maior, a melhor do país, para passar a ser mais uma.Era muito importante para a Região que Coimbra fosse mais competitiva e para isso terá de ser mais solidária para os vizinhos. Coimbra tem que pensar sempre que o seu desenvolvimento e crescimento dependem também da riqueza dos concelhos que estão à volta e, por vezes, parece esquecer-se.
Para o futuro, a ADFP tem previsto, para além da construção de um hotel, de que já falámos, a edificação de um hospital…O hospital será uma forma de darmos um salto qualitativo no apoio que prestamos na área da saúde. Claro que não estamos alheios à crise que o país vive e ao facto de estarmos próximos de Coimbra, que tem um excesso de oferta em termos hospitalares e por isso temos que ter muitas cautelas em relação ao que vamos fazer em termos de investimentos. Embora nos pareça que Miranda e a Lousã mereciam ter uma unidade hospitalar com alguma diferenciação, permitindo com uma lógica de proximidade e de comodidade prestar alguns serviços a que hoje as pessoas têm
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de recorrer em Coimbra.
Passando agora a uma outra área, que é também uma faceta importante do seu presente, é porta-voz do Movimento Cívico de Miranda do Corvo e Lousã, com uma participação muito activa. Nomeadamente, fez manchete nos jornais, ao criticar a decisão do Governo de suspender as obras do Metro depois de ter sido destruída a antiga linha ferroviária que servia estes concelhos. A expressão que usou foi mesmo «terrorismo de Estado»... Este processo de exigir ao Governo que dê continuidade ao projecto Metro Mondego é um problema que ultrapassa até a questão do transporte público, é um problema de dignidade para Coimbra. Foi o Governo que decidiu transformar o ramal da Lousã no Metro Mondego, assim como a forma como isso seria feito. Eu, pessoalmente, cheguei a ter reuniões em Lisboa em que pedi para fazerem um projecto mais poupado, onde não se gastasse tanto dinheiro, mas a opção do Governo foi esta. A partir do momento em que destruiu uma infra-estrutura com mais de 100 anos, que valia milhões de contos e transportava mais de 1 milhão de passageiros por ano, não se pode permitir a um Governo que não faça o resto da obra. A Região não pode tolerá-lo, é uma questão de dignidade e de carácter dizermos que não admitimos este tipo de comportamento irresponsável.Nos últimos tempos, o Governo voltou a dizer que retomava o projecto, embora com uma reprogramação mais adequada às suas dificuldades e apontou para em 2014 estar concluída uma ligação entre Serpins e a Estação Velha. Mas para que isso seja possível, as obras têm que ser feitas desde agora sem atrasos. É por isso que devemos ser muito mais exigentes e obrigar o executivo a esclarecer a programação que está prevista. Relativamente ao outro aspecto que o Governo falou, retirar-lhe as adiposidades financeiras, aplaudo tudo o que seja para evitar despesismo e gastos excessivos, mas isso não significa abandonar a obra.
Portanto, ainda acredita na concretização deste projecto?A questão não pode ser posta nesses termos. Somos nós que temos que decidir se vamos permitir que um Governo destrua um património como o Ramal da Lousã para fazer uma coisa nova e depois de o destruir dizer que não se faz.
Se isso acontecesse, era evidente que eles eram uns irresponsáveis, uns terroristas, mas nós também éramos uns moles, uns tipos com pouco carácter. Eu ficaria com vergonha dos meus vizinhos se tolerássemos isto.
Antes de finalizar, uma pergunta a que não resisto… Na altura em que o Dr. Encarnação se candidatou pela primeira vez à Câmara de Coimbra, falou-se no seu nome como candidato. Essa é uma possibilidade que descarta por completo para o futuro?Sim, hoje tenho uma actividade profissional e toda uma vida organizada noutro sentido. Recordo que nessa altura a concelhia e a distrital me escolheram como candidato e cheguei a ir a uma reunião a Lisboa com os representantes da distrital e da comissão política nacional, onde esteve presente a pessoa que estava indicada pelo Durão Barroso para liderar o processo autárquico. Simplesmente, esse encontro não correu bem. Entendi que com aquela gente, naquelas circunstâncias, não devia ser candidato. Teria gostado de ser Presidente da Câmara de Coimbra, mas penso que fiz uma escolha acertada para a época e face às circunstâncias, pelo que, não me arrependo da decisão que tomei. Agora estou completamente fora de uma actividade política, o que não significa que não tenha causas cívicas, como esta do Metro, mas exercer cargos políticos é uma opção que recuso totalmente.
“Somos nós que temos que decidir se vamos permitir que um Governo
destrua um património como o Ramal da Lousã para fazer uma
coisa nova e depois de o destruir dizer que não se faz.
Se isso acontecesse, era evidente que eles eram uns irresponsáveis, uns terroristas, mas nós também éramos uns moles, uns tipos com
pouco carácter.”
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ENTREVISTA 13
“Não é legítimo que, só porque estamos a lidar com pessoas com deficiência, lhes digamos para fazer uns desenhos, ou transportar objectos de um lado para o outro, sem qualquer objectivo, porque a pessoa percebe que está a ser tratada como se fosse uma
criança.”
“Hoje, mais de 20% dos trabalhadores da instituição são pessoas com deficiência ou doença mental.”
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14 ENTREVISTADe perfil…
Uma referência?Olof Palme e Louis Blanc.
A música que não se cansa de ouvir? Não sou um apaixonado por música, o rádio do meu carro está sempre na TSF. Procuro mais notícias do que música, mas normalmente escolho uma música clássica.
O filme que o marcou? “E tudo o vento levou.”
Um livro? “Portugal e o Futuro”, de António Spínola, publicado em 1974. Mas mais pelas circunstâncias históricas, do que pelo conteúdo.
Um objecto de que não se separa? Uma esferográfica bic.
Quando tem tempo gosta de…? Ler.
O prato a que não resiste? Sarrabulho à moda de Coimbra
Uma bebida? Vinho tinto.
Destino de férias?Habitualmente, entre 15 de Julho e final de Agosto habito em Buarcos, venho a Coimbra e a Miranda para um ou outro compromisso profissional. Mas eu sou um viajante, quando tenho uns dias livres, vou para o estrangeiro. Neste momento, já conheço 70 países.
Uma viagem que o tenha marcado? A travessia da Austrália.
Uma qualidade de que se orgulhe e um defeito que não possa negar? Tenho o defeito de ser vaidoso e a qualidade de lutar por aquilo em que acredito.
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16 COM ASSINATURA MATOBRA
Para personalidades mais vibrantes, que têm dificuldade em contentar-se com as tendências actuais das paletas calmas e frias do branco e tons de água, a equipa de decoração da Matobra apresenta uma proposta em tons fortes e marcantes.Contrariando a noção habitual de que o ambiente tranquilo que se procura num quarto é conseguido com uma escolha de cores neutras, a proposta apresentada assenta em diferentes tonalidades de verde e roxo, padrões marcantes e em tamanho XL.A cama ocupa o lugar central do espaço, atraindo o olhar pelo arrojo na escolha de tecidos para a colcha. Destaque para o veludo que forra o sommier, criando uma envolvente simultaneamente suave e requintada.As tradicionais mesas-de-cabeceira foram substituídas por peças que tanto poderiam fazer sentido aqui, como em qualquer outra divisão da casa.De um lado, o tríptico de caixas em pele preta serve de apoio aos objectos mais indispensáveis, ao mesmo tempo que no seu interior assegura arrumação extra.No lado oposto, uma mesa de apoio assegura a função e cria um contraste de maior sobriedade, com linhas simples e elegantes.O painel de vidro que emoldura a cama foi propositadamente deixado sem cortinas. O exterior entra no ambiente e amplia o efeito da decoração criada no interior, ao mesmo tempo que o torna mais luminoso.O descanso não é comprometido, já que, quando necessário, basta baixar a persiana para bloquear a claridade. O resultado é um ambiente arrojado, mas que mantém um sentido de elegância e contenção nos elementos decorativos.
Sem medo da cor
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COM ASSINATURA MATOBRA 17
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18 COM ASSINATURA MATOBRA
Em decoração, o melhor serviço é aquele que responde às expectativas do cliente, o que necessariamente implica saber assessorá-lo face às tendências que marcam a evolução do sector.Num tempo de rápidas mudanças e em que a comunicação esbate todas as fronteiras, as influências culturais, estéticas e artísticas circulam a grande velocidade, fundindo-se num conceito global que dissolve as especificidades locais do passado. A decoração de interiores não podia deixar de espelhar este contexto. Não há fronteiras, nem estilos estanques. A palavra de ordem é a fusão.O contemporâneo é o ponto de partida, mas sempre com influências diversas, em que se poderão misturar desde os elementos mais étnicos a linhas retro.Aqui, destacam-se sobretudo os elementos revivalistas. A actualidade é marcada por incertezas económicas, tensões sociais e receios face ao futuro, o que naturalmente gera um sentimento de nostalgia pelo passado.A música, a moda, o cinema dos anos 50 e 60 tornam-se uma inspiração que marca de forma decisiva a decoração de interiores.Os clássicos continuam a marcar presença, mas renovados por um
traço mais depurado, que os adapta às exigências de simplificação e funcionalidade do mundo actual.Nos materiais, mantém-se a preponderância do inox, embora os dourados comecem a surgir com maior frequência, sobretudo num acabamento esbatido. Em tecidos e papéis de parede, a predominância vai para os tons de água – azuis e verdes – nomeadamente, conjugados com cores neutras, como branco e bege. Os estampados marcam presença com as riscas e os florais, sobretudo em tecidos leves como o linho e o algodão. No mobiliário, a tendência oscila entre os lacados, nomeadamente no acabamento de alto brilho, e as peças que realçam a textura do material, o que favorece em particular as madeiras exóticas.Mas talvez o conceito mais importante a reter seja o de que cada casa é um caso. A solução deve passar sempre pela “ultra-personalização”.Cada indivíduo tem as suas idiossincrasias e é importante que a sua casa espelhe essas mesmas especificidades. Personalidade, gostos e interesses devem reflectir-se no seu ambiente de vida.
DECORAÇÃO 2011
TENDÊNCIAS E MATERIAIS
| Forno, placa, combinado, máquina de lavar-louça, lava-louça e misturadora SMEG|Chaminés Bosch
|Painel LCD Imenza|Tampo Silestone
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COM ASSINATURA MATOBRA 19
| Um recanto de uma sala inspirada nos ritmos blues e no ambiente boémio e glamoroso de Hollywood.
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22 COM ASSINATURA MATOBRA
Revestimento cerâmico: uma escolha para toda a sua casa
Já há muito que o revestimento cerâmico se tornou num material presente em todas as divisões da casa.A funcionalidade e grande facilidade de manutenção de um material lavável, impermeável a manchas e resistente a riscos e impactos são vantagens extremamente apetecíveis e a que nos últimos anos se juntou uma enorme diversidade de acabamentos e decorações disponíveis no mercado.Nesta proposta, a equipa de decoração da Matobra contraria a noção de que a cerâmica é um material frio e pouco confortável para uma sala.Os tons quentes do chocolate que forram a parede e o chão criam um espaço simultaneamente requintado e acolhedor.As diferentes nuances do material, em contraste com os elementos creme, aumentam o interesse da composição.Trata-se de uma excelente alternativa para quem aprecia o efeito decorativo de um papel de parede, mas receia a falta de resistência do material.
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COM ASSINATURA MATOBRA 23
Recrie este estilo:
| Revestimento de parede Zephir Float, da Grespor e Matrix, da Cinca;| Pavimento Matrix, da Cinca;
| Mobiliário e acessórios decorativos disponíveis na Matobra.
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24 IDEIAS E SOLUÇÕES
Juntar num mesmo produto autoclismo e sistema de ventilação para sanitários. Foi este conceito que esteve na origem do Happy Air, uma criação da OLI que surge como resposta à actual obrigatoriedade de instalação de sistemas de ventilação em todos os espaços de banho.Com um design elegante, Happy Air ocupa um espaço limitado e aspira os odores directamente da sanita e em simultâneo do ambiente, a partir da placa que cobre o ventilador. Uma rápida renovação do ar garante assim uma vantagem adicional ao reduzir a condensação. O ventilador é accionado com o interruptor de iluminação, activando-se ao acender a luz do banho, mas mantendo-se em funcionamento até 5 minutos após o desligar do interruptor, para uma maior eficácia de resultados. De notar, ainda, que a caixa de ventilação está equipada com uma válvula anti-retorno, garantindo que este sistema não irá influenciar o desempenho de outro que esteja ligado à mesma conduta de aspiração principal, impedindo dessa forma o retornodos odores.
Para um ambiente mais limpo…
OLI PROPÕE HAPPY AIR
| Elevado caudal de aspiração (100m3 / h) | Baixos níveis de ruído (<35dB (A)).
| Funcionamento automático| Um ventilador com duas zonas de aspiração de odores
| Design adequado a todos os ambientes| Fácil instalação e manutenção
Accionamento com interruptor de luz
Accionamento por sensor
Caixa de ventilação Happy Air
Caixa de ventilação Happy Air
Ar em circulação
Ar em circulação
Maus odores
Maus odores
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IDEIAS E SOLUÇÕES 25
MATOBRA DISPONIBILIZA PAGAMENTOS A 6 E 10 MESES SEM JUROS
A Matobra acaba de lançar uma nova modalidade de pagamento que permite a todos os seus clientes pagar as suas compras a 6 ou 10 meses sem juros, nem despesas adicionais ou prestação de entrada.Válido para compras no valor mínimo de 500€, no caso de crédito a 6 meses, ou de 3.000€, para crédito a 10 meses, o processo não podia ser mais rápido e cómodo. Mediante uma simulação feita a partir do valor do rendimento mensal do cliente, a aprovação de crédito é feita na hora. Sem complicações, o vendedor responsável pelo atendimento faz uma consulta na Web a uma plataforma electrónica que, através de um sistema de cálculo, permite ao cliente a obtenção de uma resposta imediata. Para garantir a confirmação final, bastará a apresentação da documentação comprovativa da validade dos dados referidos. Mais uma vez, o processo é simples, sendo apenas necessários documentos de identificação (bilhete de identidade ou cartão de cidadão e cartão de contribuinte), comprovativo de rendimentos, NIB e comprovativo de morada (cópia do recibo da água, luz ou gás).Concluída esta fase, o cliente beneficia ainda da vantagem adicional de só pagar a primeira prestação um mês após a data da facturação, o que na prática, assegura um mês extra para organização das suas poupanças.De destacar, que a Matobra prevê ainda a possibilidade de opção por outras modalidades de pagamento em prestações com condições vantajosas, nomeadamente, a partir de 500€, com prazos a partir dos 12 meses e até um máximo de 48, embora neste caso esteja associado o pagamento de juros.
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26 IDEIAS E SOLUÇÕES
| Banho Eco
| Banho Essencial
| Banho Conforto
| Banho Conforto versão suspenso
| Banho Trendy
| Banho Prestige
MATOBRA LANÇA MENU BANHO
Quantas vezes já lhe aconteceu levantar-se de manhã e suspirar com desagrado ao entrar na sua velha casa de banho?Se pretende remodelar este espaço, mas tem sistematicamente adiado esse projecto por falta de tempo, ou mesmo disposição, para a tarefa de seleccionar e combinar revestimentos, acessórios, equipamentos e todos os materiais que provavelmente até desconhece que precisará de adquirir, então esteja especialmente atento a este novo serviço que a Matobra disponibiliza aos seus clientes.Com o Menu Banho, o processo não podia ser mais fácil, rápido e cómodo: basta escolher o ambiente de banho que melhor se adapta ao seu caso, entre um conjunto de 8 propostas pensadas para soluções integrais de renovação/construção de uma casa de banho.Cada opção inclui revestimentos, louças sanitárias, torneiras, espelho, mobiliário e acessórios, ou seja, a totalidade de materiais e equipamentos que precisará para completar a obra. Sem surpresas, nem derrapagens no orçamento, a cada casa de banho está associado um preço final que varia a partir dos 500€, correspondendo a diferentes gamas de escolha desde o Banho Eco ao Banho Design.Uma vantagem importante deste novo serviço é a possibilidade de antecipação do resultado final, antes de tomar qualquer decisão. Não só lhe permite garantir, desde o primeiro momento, o valor que irá gastar, como a visualização em 3D do seu ambiente de banho. De salientar, que com o Menu Banho o cliente beneficia de um desconto extra, que torna mais vantajosa a aquisição de todas as peças em conjunto, por comparação ao preço individual de cada equipamento. Com este novo conceito, a Matobra alarga o leque de serviços disponíveis, mantendo-se a possibilidade, caso não haja interesse nas propostas apresentadas, de o cliente, se assim o pretender, continuar a optar por um serviço personalizado e sem qualquer condicionamento na escolha do material a adquirir, nomeadamente, através do apoio dos nossos profissionais.
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IDEIAS E SOLUÇÕES 27
| Banho Emacor
| Banho Design
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28 IDEIAS E SOLUÇÕES
Se a remodelação da casa de banho obrigar à aquisição de uma banheira também vai encontrar as melhores soluções, oportunidades que não pode desperdiçar tendo em conta os factores preço/qualidade.
Outlet em Saldos!?
O Mercado Popular continua a colocar ao seu dispor produtos de excelente qualidade a preços imbatíveis e propõe preços de saldo em valores, já por si, de outlet. Se está a renovar a sua casa e o orçamento obriga à contenção de gastos, então o seu destino é mesmo o Outlet da Matobra, que lhe garante eficácia, design e qualidade.Desta vez, vários modelos de Torneiras e Misturadoras para WC e Cozinha, de grandes marcas e com estilos tão diferentes quanto o seu gosto.
Torneiras várias marcas | 15€
Banheira Roca Combo 170x70cm | 50€
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IDEIAS E SOLUÇÕES 29
Mobiliário para WC e Cozinha que garantem a mais valia na decoração do seu espaço interior, bem como a oportunidade de um excelente negócio para que não doa na carteira. Madeiras de excelente qualidade, com lavatórios e torneiras vendidas em conjunto ou à parte.
Saldos em Outlet, pois claro, só no Mercado Popular. É ver para crer e querer para ter!
Móvel Wengue Martin 82x70cm | 390€
Móvel Roca Regata central 80cm | 468,87€
Aparador/tulha AO Milímetro | 125€ Aos
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30 IDEIAS E SOLUÇÕES
Mapetherm XPSPainel isolante em poliestireno expandido sinterizado extrudido (XPS), com superfície áspera para favorecer a aderência do adesivo e do barramento. Caracterizado por baixa absorção de água, boa resistência à compressão e óptimas prestações isolantes.Condutividade térmica: 0.032-0.036 W/mKResistência à difusão de vapor de água: µ 80 – 100
Mapetherm EPSPainel isolante em poliestireno expandido sinterizado (EPS), caracterizado pela economicidade, aplicação fácil e óptimas prestações isolantes.Condutividade térmica: 0.034-0.040 W/mKResistência à difusão de vapor de água: µ 30 – 70
Mapetherm WOOLPainel isolante em lã de vidro de elevada densidade, tratado com ligante termo-endurecedor e de elevada hidrorrepelência. Caracterizado por óptima resistência ao fogo, elevada permeabilidade ao vapor, óptimo abaixamento acústico.Condutividade térmica: 0.032-0.048 W/mKResistência à difusão de vapor de
água: µ 1,1 1,4
Mapetherm CORKPainel isolante expandido em cortiça castanha, natural, isento de adesivos químicos. Caracterizado por óptima permeabilidade ao vapor, óptima estabilidade ao envelhecimento. Matéria-prima regenerável e eco-sustentável.Condutividade térmica: 0.040-0.048 W/mKResistência à difusão de vapor de água: µ 5 - 30
A tecnologia dos adesivos Mapei no projecto de poupança energética
Os sistemas de isolamento térmico pelo exterior são compostos por diversos materiais (adesivo, barramento, painel isolante, rede de reforço, primário, acabamento e vários acessórios) no qual cada componente deve ser correctamente projectado e produzido, seguindo padrões de qualidade adequados. O adesivo destaca-se, no entanto, como um componente chave, devendo possuir características de elasticidade que permitam suportar as deformações causadas pela diferença de temperatura entre os dois lados do painel. O adesivo Mapetherm AR1 é capaz de compensar as irregularidades da fachada e absorver as deformações do painel que podem causar o destacamento. As suas elevadas prestações garantem óptimos valores de aderência em cada tipo de painel, tornando a intervenção segura e fornecendo a possibilidade de uma gama completa de sistemas integrados, utilizando um único adesivo com características únicas para a colagem e barramento dos painéis.
Mapetherm System
A Mapei, desde sempre ponto de referência no sector dos adesivos, graças ao empenho contínuo na investigação e desenvolvimento de produtos e sistemas inovadores, desenvolveu o sistema Mapetherm, que garante a redução de consumos energéticos no Verão e no Inverno, aumenta o conforto habitacional, equilibrando a temperatura entre o ambiente e a parede e elimina a condensação intersticial do vapor de água entre a alvenaria do edifício.
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ENTREVISTA 31
Construir é fazer crescer uma parte de nós
Mário Corticeiro é um construtor com capacidade demonstrada na relação com os seus clientes e está ao seu serviço enquanto viverem no espaço que ele deu à nascença. Esteve na Venezuela e foi lá que construiu família, mas sem nunca fechar os olhos ao país e à terra que o viu crescer. Sabe o que custa deixarmos as nossas raízes para trás, à procura de melhores condições de vida e por isso confessa que lhe custa ver a vontade dos nossos jovens de emigrar novamente. O rigor, a qualidade dos materiais e a tecnologia ao serviço da vida das pessoas são virtudes que podem ser comprovadas nas suas obras.
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32 ENTREVISTA
Em que momento decide apostar numa
empresa de construção civil?
A ideia nasceu depois de alguns convites de
amigos e de autoridades locais portuguesas
que já me conheciam da Venezuela, onde
fui emigrante durante muitos anos. Depois
do 25 de Abril, as comunidades emigratórias
representaram uma mais valia para o país
naquela conjuntura de instabilidade social,
política e económica. Pelo que resolvi
apostar e comecei a fazer alguns trabalhos
em Portugal, em 1978 e regressei de vez,
em 1992, com a empresa Mário Corticeiro
& Filhos, Lda.
Qual tem sido o percurso da empresa ao
longo destes anos?
Para além dessa empresa existe a Mário
Corticeiro & Armindo Almeida, Lda e ambas
têm percorrido um caminho tranquilo, sem
grandes ritmos, até porque na primeira
metade da sua existência não estava cá a
tempo inteiro e na segunda metade o campo
económico do país não tem favorecido
um fluxo de negócios mais atractivo. Mas,
globalmente, estou satisfeito e a trabalhar
de uma forma dinâmica.
A sua experiência na construção civil
começou quando?
Quando emigrei com dezasseis anos, para
a Venezuela, passei cerca de três meses
a trabalhar na construção civil, o que se
transformou numa experiência muito
útil. Mais tarde trabalhei em padarias e
supermercados até que, em 1964, ingresso
na actividade distribuidora, onde ainda
mantenho interesses no país. Na construção
de edifícios, efectivamente, foi em 1978.
Qual a sua motivação em exercer esta
actividade?
É uma actividade que desperta um enorme
interesse, porque acabo por influenciar
o ambiente onde estamos inseridos e de
afectar as pessoas e as suas condições de
vida, com o intuito de as melhorarmos.
É uma actividade que tem influência no
PIB nacional, dá trabalho a muita gente e
isso ajuda a nossa economia. Construir é
como criar um ente querido, temos de estar
sempre presentes, dar o melhor de nós e
ajudar a que cresça bem. Ver nascer um
prédio, ver fazer toda a sua envolvência,
toda a estrutura desde o nascimento das
fundações, acompanhar o crescimento do
imóvel é sempre um grande desafio e muito
emocionante porque é uma parte de nós
que cresce com ele. Também me motiva o
facto de um dos meus filhos ter apostado
numa formação nesta área, porque também
tem o gosto por esta actividade profissional.
Já viveu certamente diferentes
realidades económicas ao longo do seu
percurso. Pergunto-lhe se esta crise é
mesmo a pior de sempre?
Esta crise é mesmo a pior porque está a ser
muito duradoura e porque os construtores
e a massa trabalhadora do país sentem-se
bastante sacrificados, até porque os sinais
de retoma demoram a aparecer, o que
desmotiva ainda mais. Tanto a crise após o
25 de Abril, como a de 1986 não foram tão
intensas e traiçoeiras, mas há que continuar
a trabalhar da mesma forma ou melhor
ainda. De todos os indicadores, o que me
preocupa mais é a taxa de desemprego
em níveis altíssimos, porque não existindo
trabalho não há circuito de capitais.
Também existe a perspectiva que estas
dificuldades estão a filtrar de alguma
forma as empresas que têm hipótese de
crescimento daquelas que estão a mais
no mercado. Concorda com esta teoria?
No nosso sector existiam muitas empresas
mal preparadas e que tentavam aproveitar
um mercado emergente e concordo que
o contexto actual vai acabar por filtrar. Só
ficarão as empresas que têm conhecimentos,
que apostaram na tecnologia e souberam
manter um equilíbrio entre custos e vendas.
Porque a construção civil engloba muitas
áreas da economia, são muitas empresas
de serviços, de artes, de diversas técnicas
a trabalhar para uma mesma obra e se
a construtora não estiver actualizada e
capacitada a nível de conhecimentos não vai
ter possibilidade de estar no mercado.
Num mercado com crise de procura e
com um lote de oferta elevadíssimo,
qual deve ser a atitude de um construtor
civil?
Actualmente, temos um cenário
preocupante, no qual a própria banca se
coloca como um dos nossos concorrentes
mais fortes, pois as famílias deixaram de ter
possibilidades de pagar os seus empréstimos
e os bancos, como todas as empresas,
tentam garantir o seu investimento e
capital, daí que as construtoras estejam a
ser alvo de uma pressão bastante agressiva
no mercado. A atitude tem de ser de
seriedade, transparência e rigor para que
a procura apareça, até porque os clientes,
actualmente, possuem uma informação
precisa e especializada, o que obriga as
construtoras a fornecer óptimos serviços.
Acredita que a qualidade é uma garantia
de venda ou já não é bem assim?
A qualidade dos materiais de construção,
juntamente com a qualidade dos serviços
dos profissionais e da mão-de-obra
possibilitam a venda, juntamente com a
localização do edifício e, neste aspecto,
Aveiro é uma cidade que garante excelentes
condições de vida.
Que diferenças encontra entre a
construção na Venezuela e a de cá?
Estamos na Europa, onde as leis são
rigorosas e onde existe um fluxo de
informação que está ao dispor dos clientes e
que faz deles muito exigentes, o que obriga,
os construtores a escolher os melhores
materiais e serviços. Também temos de
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ENTREVISTA 33
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34 ENTREVISTA
perceber que o nosso clima tem cerca de
cinco ou seis meses de inverno e isso faz-nos
ser mais cuidadosos e rigorosos em todas as
etapas da obra.
Quer destacar alguma obra que tem a
seu cargo, neste momento?
Todas as obras que fiz foram alvo de um
rigor e de um carinho desmedido, todas
elas me são queridas mas posso destacar o
Edifício Corticeiro, em Aveiro, na zona da
Forca, os Jardins de Aveiro e umas obras no
Bairro do Liceu que ainda hoje mantém o
seu bom aspecto inicial, devido a cuidados
durante a construção. É preciso ter amor ao
que se faz e sentir o que se faz.
O que aconselha a um casal que visita
um apartamento?
As obras têm várias fases e existem algumas
que o comprador não vê e que deve
perguntar sobre a qualidade dos materiais,
tal como na fase da estrutura e fundações,
a fase da pichelaria e a fase eléctrica.
Muitas vezes é o que não se vê que é o
mais importante e daí ser fundamental a
informação.
O que pensa do mercado da
reconstrução?
Pode ser um mercado interessante e acredito
que seja uma solução mas enquanto a
legislação não alterar os arrendamentos
vai tornar-se difícil a aposta em renovar e
reabilitar edifícios que dão um lucro residual
aos proprietários.
Como é que imagina o mercado da
construção civil num prazo de dez anos?
Acredito neste mercado da reabilitação
desde que se criem os mecanismos legais
para que ele avance, até porque pode ser
uma solução para muitas empresas. As
rendas antigas devem ser actualizadas,
para os proprietários poderem fazer obras
de reconstrução, até porque o centro das
nossas cidades está a ficar desertificado.
Qual é a filosofia da empresa para que
os clientes confiem nela?
A comunicação, a assistência pós venda,
e o atendimento directo e pessoal com
os nossos clientes é a nossa filosofia e é a
forma como gostamos de estar no mercado.
Existe a perspectiva familiar de dar a
continuidade à empresa?
A intenção é essa, para além de um filho
que já exerce funções na empresa, e que
demonstra grande motivação e capacidade
nesta actividade, também tenho as minhas
outras duas filhas como sócias da empresa.
Um objectivo que tenha alcançado?
Ter regressado ao meu país, poder investir
nele e assim ajudar a desenvolvê-lo.
E um desejo?
Gostaria de não sentir a vontade que os
portugueses voltam a demonstrar em
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ENTREVISTA 35
Breves
Personalidade (s) que o tenha marcado...
Artur Santos Silva e Belmiro de Azevedo.
A sua melhor viagem...
Em 2010, quando fiz 50 anos de casado, a Roma.
A sua ementa predilecta...
Peixe.
Um vinho dos deuses...
Quinta do Crasto e Quinta do Bacalhau.
Um livro / um autor...
Os Cinco Minutos de Deus, de Alfonso Milagro.
Uma noticia para ouvir...
Que o nosso Ministro das Finanças anunciasse a retoma
económica.
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Sob o mote The Essentials, a Recer apresentou recentemente as suas novidades em pavimentos e revestimentos.
Como o próprio nome sugere, trata-se de uma colecção com carácter utilitário, que visa solucionar necessidades,
associando à boa funcionalidade, o bom design.
Expressa está também uma maior consciencialização das questões relativas à sustentabilidade e à necessidade
de preservação do ambiente.
Este conceito está patente na nova série porcelânica Purple Stone, uma réplica perfeita da pedra púrpura
natural, com toda a riqueza obtida pela diferenciação de tonalidades dentro da mesma cor: bege (Sahara),
cinza (Suez) e castanho (Cairo).
Trata-se de uma série disponível na versão Plus, com características anti-derrapantes, sendo por isso indicada
para exteriores e na versão suave, adequada a soluções de interior e/ou fachada.
Com esta opção, encontra uma boa alternativa aos recursos naturais, nomeadamente a um bem cada vez
mais escasso – a pedra natural – evitando, dessa forma, o impacto ambiental que decorre dos processos de
exploração e acabamento das rochas ornamentais.
Purple Stone, melhor que o original
Formatos disponíveis:
| Purple Stone: 30x60, 30x60R, 45x45, 45x45R;
| Purple Stone Plus: 30x60, 45x45;
| Complementos: calçada 30x30 e 30x60, pastilha 4.5x4.5, degrau, rodapé e todas as combinações que a Recer disponibiliza em soluções de corte Multi.
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Nascida do intemporal e do cuidado dos
materiais colocados em cada pormenor,
a linha S3, da Scholtès, traduz-se numa
estética de vanguarda, que surpreende e
fascina, e que transforma cada produto num
elemento essencial do ambiente da cozinha.
A marca francesa de electrodomésticos,
representada em Portugal pela Indesit,
propõe a colecção Inox, onde podemos
apreciar o resultado de um design
estudado até ao mais ínfimo pormenor,
para transformar cada cozinha num espaço
profissional, sem renunciar à essência, às
linhas depuradas e ao fascínio da estética
contemporânea.
Já a colecção Vidro nasce do encontro entre
a leveza de um material único e requintado
e a linearidade de um design moderno
e atento ao estilo que visa a máxima
modularidade e coerência estética.
É um conceito inovador que surge em
colaboração com o designer Makio Hasuike,
que tem no seu estilo peculiar a capacidade
de inventar traços tão distintos que são
vistos nesta criação pela pureza das formas
e que estão em total sintonia com o design
refinado e intemporal, características de
identidade da Scholtès.
O resultado é um ambiente fascinante, com
pormenores inconfundíveis, nos quais os
reflexos de requinte e surpresa valorizam a
elegância e harmonia do conjunto.
S3, da Scholtès – Uma nova perspectiva de electrodomésticos
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46 ENTREVISTA
António Pinho movimenta-se no sector das argamassas industriais há cerca de vinte anos e ainda é um jovem gestor que encara a crise económica como uma nova possibilidade de crescimento. Responsável comercial e com experiência em vários grupos deste mercado, viu no Projecto Fassa Bortolo, a capacidade de construir uma nova filosofia de liderança e de relação entre os fabricantes. Foi com um espírito familiar que a empresa se fez grande, hoje nas mãos de Paolo Fassa, seu actual presidente. Olha para o mercado da reconstrução e espera que ele dispare como aconteceu em Itália e orgulha-se de pertencer a um grupo que dita as leis do mercado no desenvolvimento de novos
produtos.
Fassa Bortolo gravada nas nossas pedreiras
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ENTREVISTA 47
Em que circunstancias se tornou
responsável pela empresa?
Em 2001, o grupo Fassa Bortolo decide
expandir-se para fora do mercado italiano
e escolhe Portugal para fazer um conjunto
de investimentos. Para desenvolver esse
projecto, procurou alguém experiente, ligado
a este sector. Eu trabalhava como director
comercial numa empresa concorrente e o
meu percurso profissional sempre esteve
ligado ao sector das argamassas industriais,
pelo que fui convidado.
Para quem não conhece pode fazer
uma breve apresentação da empresa e
marca?
O grupo Fassa Bortolo é uma empresa familiar
com uma história de trezentos e vinte anos,
sempre passando de geração em geração
e com uma forte componente cultural
italiana. Inicia a sua actividade no negócio
da cal, que era o cimento da construção.
Há cerca de quarenta anos e já na geração do
actual presidente, Sr. Paolo Fassa, entra na
actividade das argamassas industriais. Nos
últimos quinze anos, inicia a sua expansão
construíndo cerca de onze fábricas em Itália
e uma em Portugal.
Em que contexto acontece a abertura
desta fábrica?
Portugal tem uma cultura muito idêntica
à italiana em termos de construção civil.
No período em que nos implementámos
existiam índices de construção interessantes
e o grupo também tinha o objectivo de
conhecer o mercado espanhol através do
mercado português, numa futura aposta.
Paralelamente, fez-se todo o trabalho que
era necessário para a construção da fábrica,
onde a localização das matérias-primas era
fundamental, já que o grupo não constrói
nenhuma unidade de produção sem ser
proprietário da matéria-prima, que assenta
essencialmente no calcário. Daí estarmos na
região de São Mamede, numa localização que
nos permite abranger o mercado Norte e Sul.
A partir de 2005, inicia-se a construção
da fábrica, que é inaugurada em 2006
e que foi um projecto de 25 milhões de
euros, respeitantes à unidade de produção
e à aquisição de pedreiras. É de salientar
que esta fábrica tem a tecnologia mais
avançada do grupo e tem uma capacidade
de produção de cerca de 2 mil toneladas
por dia, o que é incomparável face aos
nossos concorrentes, permitindo-nos uma
diversidade de produtos que nos tem
sido fundamental. A cultura deste grupo
assentava muito na liderança europeia na
área de produtos a granel, onde entram
os famosos depósitos, chamados Silos,
onde nós somos líderes de mercado. Como
investimos na área industrial e na exploração
dos inertes devo salientar a importância que
o grupo coloca nas questões de segurança
de trabalho e respeito ambiental, o que
não acontecia no início, onde as pedreiras
eram exploradas sem qualquer rigor, altura
em que o presidente do grupo assume
que a exploração dos inertes iria ser feita
mediante a legislação italiana, muito mais
avançada e disciplinada, tal como acontece,
actualmente, em Portugal.
Qual a estratégia da empresa no
mercado português?
No início, aplicámos uma política muito
agressiva na introdução e apresentação
dos nossos produtos na obra, mas nos
últimos três anos, a nossa estratégia
comercial passou pela aposta no mercado
da distribuição dos materiais de construção.
A necessidade deste percurso prendia-
se com a obrigação de dar a conhecer ao
mercado os inertes com origem calcária
e a qualidade do serviço Fassa, para que
as empresas de materiais de construção
sentissem a mais valia dessa marca. Nessa
altura, cerca de 80% da nossa facturação
dependia de dois ou três tipos de produtos,
como as argamassas de alvenaria e rebocos
projectados, de grande peso e volume e que
estão associados à construção nova. Como
o mercado se transformou em pequena e
media construção e reconstrução, tornou-
se indispensável esse elemento fundamental
que é o distribuidor de materiais de
construção.
Especificamente, estamos a falar de
produtos como argamassas e rebocos
pré-fabricados, de isolamentos. Existe
uma concorrência forte neste mercado,
em Portugal?
Aquilo que nos apercebemos é que os
concorrentes locais terão sempre o seu
espaço limitado devido à falta de dimensão
em relação aos concorrentes ligados aos
grandes grupos, com capacidade económica
e que investem no know-how.
Mas, para nós, são parceiros, porque nos
ajudam a desenvolver o mercado, não pelo
preço, mas pela aposta na qualidade e
diversidade dos serviços.
Em que diferem os produtos da Fassa?
Temos ao dispor uma capacidade
tecnológica de um grande grupo, com uma
enorme experiência.
Mas o que nos diferencia é a nossa
presença na obra, que nos permite um
acompanhamento dos construtores na
utilização dos nossos produtos.
Também estamos um passo à frente a
comercializar sistemas construtivos e isso
não se prende só com os produtos em
si, mas com a tecnologia associada aos
mesmos. Existe um departamento do
grupo, que tem a ver com a assistência
técnica, com os equipamentos de projecção
e com os silos, ou seja, não elaboramos um
produto para ser aplicado de uma forma
tradicional mas para ser associado a um
sistema mecanizado, não terminando o
nosso trabalho na própria elaboração mas
sim na comercialização do produto e da
parte mecanizada, alugando ou fazendo
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parcerias com as empresas construtoras,
para que possam ter uma solução completa.
Em termos estratégicos é uma marca
que pode ganhar muito com a
aposta no mercado da reconstrução e
remodelação, certo?
Somos um dos países da Europa com índices
mais baixos no mercado da reconstrução.
Temos taxas de habitação própria elevadas,
a reconstrução está muito ligada às leis
do arrendamento e enquanto a legislação
não mudar, será muito difícil que esse
mercado possa disparar. Tal como na
construção nova, a renovação também
assenta em dois patamares de investimento:
no sector privado não notámos ainda um
crescimento elevado, mas sentimos um
forte investimento no sector público, no ano
de 2010, nos parques escolares, em edifícios
como hospitais, lares e centros infantis.
Também pela retracção das taxas de juro e
da própria banca em conceder empréstimos
para construções novas, o mercado de
reconstrução tem de ser encarado de uma
perspectiva muito séria.
Qual é a garantia que os produtos Fassa
dão ao cliente português?
A coisa mais simples é passar um papel de
garantia, o mais difícil é que o mercado
entenda o nome daquele fabricante como
uma garantia e isso é feito através de um
percurso de seriedade do fabricante.
Esse é o caminho que a Fassa está a
percorrer neste momento, numa interacção
entre produto e serviço.
Quantas unidades de produção existem
da Fassa Bortolo?
Para além desta em Portugal, são dez em
Itália e, mais recentemente uma decima
primeira, que traduz uma forte aposta na
entrada do grupo no sector das placas de
gesso cartonado.
Existe uma preocupação constante
na empresa em criar e desenvolver
novos produtos. Porque é que isso é
importante?
Tem a ver com o ciclo de vida dos produtos,
quando nascem apresentam margens
importantes mas quando atingem a
saturação as margens ficam reduzidas, o
que quer dizer que para os manter temos
de desenvolver produtos novos para poder
suportar os custos. Seria impensável deixar
morrer esses produtos de rotação e só
apostar em produtos novos com margens
mais elevadas, porque são eles que nos fazem
ter possibilidades e dimensão no mercado
e este ciclo tem de ser constantemente
repetido e alimentado. Ao longo destes
vinte anos de experiência, assisti a muitos
fabricantes desaparecerem por não terem
seguido esta politica, os que seguiram
estratégias de renovação de gamas, estando
atento às necessidades, desenvolvendo
produtos e soluções, são os que estão de
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ENTREVISTA 49
Director de produção | Hugo Pereira | | Director Comercial | António Pinho
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50 ENTREVISTA
uma forma saudável no mercado. Por outro
lado, o papel do líder é o de ditar as leis,
ser visto como uma referência e desenvolver
novos produtos.
Como é que a empresa tem encarado
esta situação de crise global?
É nos momentos de crise que se criam
oportunidades, por aqueles que estão mais
atentos, que trabalham mais e que têm uma
capacidade de se adaptar à mudança e isso
não depende só do aspecto financeiro mas
também da estrutura e das pessoas, terem
capacidade de adaptação à evolução dos
mercados. Nos produtos que já são líderes
a nossa participação era muito reduzida, o
que quer dizer que existe muito espaço para
crescer, o que aconteceu em 2010 e o que
está a acontecer agora. Ainda em relação
ao ano anterior, a empresa fechou com uma
facturação de 16 milhões de euros, com um
crescimento de 6% relativamente a 2009.
A crise económica portuguesa pode
associar-se à italiana?
A crise italiana também é uma crise forte,
mas em termos da reconstrução é um
mercado mais forte. Também na relação
entre concorrentes existe um maior respeito
do que em Portugal mas isso é uma
questão de maturação, o mercado torna-
se mais organizado e a parceria entre os
concorrentes é mais produtiva.
A empresa tem unidades fabris nos
dois países. Em termos de estratégias
de trabalho e de mão-de-obra que
diferenças encontra?
Existem diferenças, essencialmente pelas
regras e pela legislação do trabalho em
vigor. Em relação à exploração das pedreiras
sinto a falta de um organismo independente
que controle a certificação dos produtos,
como acontece, em Itália, bem como o
rigor na exploração dos inertes em termos
ambientais e de segurança. Nesta matéria,
também seria interessante ganhar uma
quota de mercado naqueles distribuidores
que ainda fazem exploração tradicional
e que só têm a ganhar na aquisição dos
nossos produtos e equipamentos.
Em que é que o produto italiano se
distingue?
No que diz respeito a este sector não
existem diferenças, até porque as normas
são europeias, o que nos permite alargar
para os mercados de Espanha ou França
com este centro de produção e aproveitar a
nossa proximidade geográfica e cultural com
países de Africa, como Angola, Cabo Verde
e Moçambique, que podem ser excelentes
oportunidades.
A Fassa Bortolo está em Portugal há
relativamente pouco tempo. Como
espera que a empresa se comporte nos
próximos anos?
Por natureza sou optimista, vejo o futuro
difícil, mas com boas oportunidades no
que respeita ao sector. Temos perspectivas
de crescimento na ordem dos 8% na
facturação deste ano, o que não quer
dizer que isto seja feito sem investimento.
Crescemos muito nos últimos dez anos, mas
continuamos a investir. De destacar também
a nossa equipa de trabalho, somos quarenta
e cinco funcionários que trabalham de
forma optimizada, o que só é possível pela
mais valia tecnológica.
Em termos pessoais o que lhe tem
proporcionado esta experiência?
Foi um desafio interessante, é um grupo
muito exigente, com uma mentalidade muito
agressiva, no bom sentido, muito dinâmico,
com ideias claras e iniciativas constantes
para alcançar os objectivos propostos e com
uma aposta permanente no investimento de
novos meios e tecnologias.
Que características deve ter um
responsável por uma marca desta
dimensão?
Conhecer a cultura da empresa onde
está inserido e a do mercado onde nos
movimentamos. Depois, há um elemento
essencial que é o de estar rodeado da
equipa certa.
Quer destacar o factor ambiental?
A exploração dos inertes deve ser feita com
regras, com rigor e com a requalificação
dos espaços explorados e é dentro desse
conceito que nós actuamos. Na Europa,
começa a notar-se grandes preocupações
no que respeita à bio-arquitectura. O grupo
Fassa Bortolo é responsável por um dos
principais prémios internacionais na área
da arquitectura sustentada, no sentido
de motivar os arquitectos e projectistas
a respeitarem o ambiente, com produtos
associados a essa filosofia, por exemplo,
produtos sem uso de cimentos ou de cal.
Gosta do que faz?
Estou ligado desde sempre a este sector
por questões familiares e devo dizer que os
dias, as semanas e os meses passam muito
depressa pelo gosto de fazer parte deste
trabalho, que é feito com muita paixão.
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Breves
Uma cidade de eleição...Milão.
Uma viagem...Ao México, na minha lua-de-mel.
Um sonho que tenha alcançado...Poder continuar neste percurso.
Um professor de vida...Professora Catarina, da Escola Primaria.
Um desejo profissional...Sermos líderes.
Uma voz que o emocione...Bruce Springsteen.
A felicidade seria…Ter saúde.
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