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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) CENTRO DE COMUNICAÇÃO, TURISMO E ARTES (CCTA) HABILITAÇÃO: RELAÇÕES PÚBLICAS DAYSE PONTES Análise da atuação do Profissional de Relações Públicas nas mídias sociais (Facebook e Twitter) no município de João Pessoa (PB) JOÃO PESSOA - PB 2014.1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB)

CENTRO DE COMUNICAÇÃO, TURISMO E ARTES

(CCTA)

HABILITAÇÃO: RELAÇÕES PÚBLICAS

DAYSE PONTES

Análise da atuação do Profissional de Relações

Públicas nas mídias sociais (Facebook e Twitter)

no município de João Pessoa (PB)

JOÃO PESSOA - PB

2014.1

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DAYSE PONTES

Análise da atuação do Profissional de Relações

Públicas nas mídias sociais (Facebook e Twitter)

no município de João Pessoa (PB)

Monografia apresentada à Banca Examinadora da

Coordenação do curso de Comunicação Social,

habilitação em Relações Públicas do Centro de

Comunicação Turismo e Artes (CCTA), como

exigência para obtenção do grau de Bacharel em

Comunicação Social.

Orientador: Professor Dr. David Fernandes

Área: Comunicação Social - Relações Públicas

JOÃO PESSOA - PB

2014.1

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DAYSE PONTES

Análise da atuação do Profissional de Relações

Públicas nas mídias sociais (Facebook e Twitter)

no município de João Pessoa (PB)

Monografia apresentada à Banca Examinadora do Curso de Comunicação Social, na

habilitação em Relações Públicas, do Centro de Comunicação Turismo e Artes (CCTA)

como exigência para obtenção do grau de Bacharel em Comunicação Social, tendo

como membros:

Aprovada em: __________ de março de 2014.

________________________________________________________________

PROFESSOR DR. DAVID FERNANDES - UFPB

ORIENTADOR

__________________________________________________________________

PROFESSOR DR. SEVERINO LUCENA - UFPB

EXAMINADOR

_____________________________________________________________________

PROFESSORA MS. ADRIANA CRISANTO MONTEIRO - FMN

EXAMINADORA

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Catalogação da Publicação na Fonte.

Universidade Federal da Paraíba.

Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA).

Pontes, Dayse.

Análise da atuação do Profissional de Relações Públicas nas mídias

sociais (Facebook e Twitter) em João Pessoa / Dayse Pontes. - João

Pessoa, 2014.

77 f.

Monografia (Graduação em Comunicação Social) – Universidade

Federal da Paraíba - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes.

Orientador: Prof. Dr. David Fernandes.

1. Mídias sociais - Profissional de Relações Públicas (João Pessoa).

2. Comunicação Social. 3. Comunicação Organizacional. I. Título.

BSE-CCHLA CDU 316.774

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha madrasta, Mônica

Aparecida da Silva (in memorian), a quem sempre

me incentivou a dar grandes saltos na vida,

primordialmente através dos méritos da educação.

E também a minha família, minha avó Maria

Cecilia, minha mãe Francineide de Souza, meu pai

Moab Pontes e meus irmãos Denize, Cecilia,

Vitoria, Débora e Eduardo, cada um com o seu

exemplo, me ensinaram a me tornar um ser

humano melhor. E ao meu marido Eduardo Silva, a

quem devo minha gratidão, por me apoiar em todos

os momentos e não me deixar desistir.

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AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus por minha vida e a família que ele me presenteou aqui na terra, ao

senhor toda minha eterna gratidão.

À minha avó Maria Cecilia, que me criou e me ensinou com todo o seu amor, a amar ao

próximo sem esperar retorno, simplesmente doá-lo e assim me fez aprender a melhor

lição da minha vida.

Aos meus pais Francineide de Souza e Moab Pontes, por toda dedicação e esforço que

me prestaram, tornando o que podiam me dar, sempre no melhor que eu poderia

receber.

A minha madrasta Mônica Aparecida (in memorian), por ter feito parte das melhores

fases da minha vida, sempre me ensinado belas lições na preocupação de me formar

uma menina, outrora uma “moça” e hoje uma mulher, muito obrigado.

A minha irmã e melhor amiga Denize, o meu obrigado por dividir comigo à vida, em

todos os momentos me servindo como coluna de sustentação, à qual me manteve

sempre firme e de pé para viver.

Aos meus irmãos menores, Cecilia, Vitória, Debora e Eduardo e o meu sobrinho

Henrique, meus corações que pulsam fora de mim.

Ao meu marido Eduardo Silva, por ser meu amor, melhor amigo, cúmplice, parceiro,

por me proporcionar a serenidade, a paz que sempre busquei e a motivação por plantar

um futuro, sem dúvidas a resposta de Deus às minhas orações, um presente.

Ao meu orientador, Professor Dr. David Fernandes, minha gratidão pela confiança e

créditos prestados.

Ao mestre da cultura das Relações Públicas, professor Severino Lucena, pernambucano

que adotou a Paraíba como aconchego, minha eterna gratidão por ter solucionado de

forma simples e com profissionalismo minha situação acadêmica.

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A minha co-orientadora Ms. Adriana Crisanto Monteiro, por acreditar no meu potencial

e depositar em mim a sua fé, me ensinando a desenvolver um belo trabalho acadêmico,

citando, corrigindo, indicando livros, revistas e informando onde deveria buscar e

procurar os assuntos, que foram fundamentais para a existência desse trabalho.

Por fim, a todos os amigos que com gestos e palavras de incentivo, me ajudaram direta

e indiretamente na construção desse trabalho e a todos aqueles que contribuíram para

que esse sonho fosse possível.

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“Uma geração que ignora a história não tem passado – e

nenhum futuro.” (“A generation which ignores history has no

past – and no future.”). Robert A. Heinlein (1907-1988), escritor

de ficção científica, In Time Enough for Love, G. P. Putnam’s

Sons, New York, 1973.

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RESUMO

PONTES, Dayse. Análise da atuação do Profissional de Relações Públicas nas

mídias sociais (Facebook e Twitter) no município de João Pessoa (PB). João Pessoa

(PB): UFPB

No presente trabalho monográfico analisamos a atuação do profissional de Relações

Públicas nas mídias sociais em João Pessoa (PB). Procuramos entender como este

profissional está se comportando com a chegada das novas mídias sociais (Facebook e

Twitter). Estas mídias sociais são hoje as que estão em mais evidência na sociedade,

com grande crescimento no número de acessos e usuários, sendo considerado o sucesso

da Internet nos últimos dois anos. Ninguém quer ficar de fora, muito menos as empresas

e organizações. O que ela pode oferecer para a Comunicação Organizacional e

Empresarial? Qual o papel do profissional de Relações Públicas junto às novas mídias

sociais? Por meio desta pesquisa de campo e bibliográfica, realizada nos meses de

janeiro a dezembro de 2013, tentamos entender socialmente essas questões, uma vez

que muitos ainda utilizam este recurso de forma errada e podem prejudicar a imagem da

empresa ou da organização em que trabalham ou mesmo prestam serviços.

Palavras-Chaves: Comunicação, Internet, Mídias Sociais, Relações Públicas.

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ABSTRACT

PONTES, Dayse. Analysis of the performance of professionals PR in social media

(Facebook and Twitter) in the city of João Pessoa (PB). João Pessoa (PB): UFPB.

In this monograph we analyze the role of PR in social media professional in João Pessoa

( PB ) . We seek to understand how this professional is behaving with the arrival of the

new social media ( Facebook and Twitter ) . These social media are today those in more

evidence in society , with strong growth in the number of hits and users , is considered

the success of the Internet in the last two years. Nobody wants to be left out, much less

businesses and organizations . What can it offer for Organizational and Business

Communication ? What is the role of Public Relations professional with the new social

media ? Through this field and literature survey, conducted in the months from January

to December 2013 , we try to understand these social issues , since many still use this

feature incorrectly and may harm the image of the company or organization they work

or provide the same services .

Key Words: Communication, Internet, Social Media, Public Relations

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Qual seu nível de qualificação profissional?....................................... 45

Tabela 2- Em qual empresa/organização você trabalha?...................................... 48

Tabela 3 - Como é a sua rotina de trabalho?........................................................ 49

Tabela 4 - Quais mídias sociais sociais sua empresa/organização trabalha?........ 50

Tabela 5 - Você acredita que com o uso das mídias sociais o relacionamento,

da empresa que trabalha, com seu público melhorou?..........................................

54

Tabela 6 - Você já realizou alguma campanha usando as mídias social na

empresa/organização em que trabalha?.................................................................

55

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SUMÁRIO

RESUMO…………………………………………………………………. 9

ABSCTRACT……………………………………………………………... 10

LISTA DE TABELAS……………………………………………………. 11

APRESENTAÇÃO……………………………………………………….. 13

1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………... 15

2. HISTÓRIA DA INTERNET, MÍDIAS SOCIAIS.................................... 18

2.1 HISTÓRIA DA INTERNET......................................................................... 18

2.2. História das Mídias Sociais........................................................................... 21

2.3. Facebook....................................................................................................... 24

2.4 Twitter........................................................................................................... 26

3. ASPECTOS TEÓRICOS DAS RELAÇÕES PÚBLICAS...................... 29

3.1. RELAÇÕES PÚBLICAS: CONCEITO, FUNÇÃO, PÚBLICOS,

INSTRUMENTOS E PRINCÍPIOS..............................................................

33

3.2 Pesquisa em Relações Públicas..................................................................... 35

4. RELAÇÕES PÚBLICAS E A COMUNICAÇÃO

ORGANIZACIONAL.................................................................................

36

4.1 MÍDIA, MERCADO DE TRABALHO, RELAÇÕES PÚBLICAS E

COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL....................................................

37

5. A PESQUISA............................................................................................... 41

5.1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA....................................................... 41

5.2. Localização da pesquisa............................................................................... 42

5.3. Sujeito da pesquisa....................................................................................... 45

5.4. Instrumentos utilizados ............................................................................... 46

5.5. Procedimentos metodológicos..................................................................... 47

6. ANÁLISE DOS DADOS........................................................................... 48

CONSIDERAÇÕES.................................................................................. 57

REFERÊNCIAS........................................................................................ 60

APÊNDICES.............................................................................................. 66

ANEXOS.................................................................................................... 70

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APRESENTAÇÃO

Como se refere Terra (2009) “vivemos uma nova forma de organização

comercial e social: a era das comunidades empresariais eletrônicas”. As informações

culminam com um conceito de sociedade globalizada. Os meios de comunicação de

massa eletrônica são, atualmente, componentes indispensáveis na estrutura social e

política da humanidade. A rede, como diz Manuel Castell (2001) “faz parte dessa nova

percepção da realidade”. No entanto, as novas tecnologias de informação e

comunicação não se excluem, pelo contrário, deveriam pelo menos se complementar as

tecnologias de informação e comunicação.

A internet e as novas mídias funcionam, nos dias de hoje, como uma vitrine

virtual de exposição institucional e empresarial. É quase impossível não encontrarmos

as grandes empresas e organizações na Web. A competitividade e a necessidade de

exposição e relacionamento com os públicos faz com que as organizações criem seus

websites ou os chamados sites institucionais, que podem se expandir e ter unidades de

ecommerce, relacionamento com o cliente, ambientes de relacionamento com

investidores, imprensa etc.

A comunicação tem um papel fundamental na democratização da informação.

Como diz Terra (2009) “e na formação de 'nichos' ou comunidades eletrônicas que se

agrupam por interesse, por assuntos comuns, por afinidades, por perfis semelhantes”. A

convergência entre imagens, sons e textos permitem inúmeras possibilidades ao

comunicador, que tem, em suas mãos, um dos meios mais completos para trabalhar a

informação junto a seus públicos de interesse.

O que observamos no nosso cotidiano é que as televisões (LED, HDTV) já

experimentam um processo de convergência em suas aplicações. É fácil encontrar no

mercado aparelhos e equipamentos que fazem essa convergência com as novas mídias

sociais. E ficar de fora desta nova realidade significa está fora dos grandes negócios

também.

As Relações Públicas, por sua natureza estratégica, ajuda a empresa, organização

a construir relacionamentos de confiança e compreensão junto aos seus públicos.

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Quando a informação produzida pela empresa é direcionada, no caso específico

das redes sociais (facebook e twitter), a possibilidade de interação, de resposta aos

clientes, fornecedores e a comunidade é imediata, o que acarreta em transformações

consideráveis na relação entre organização e públicos.

Hoje, ao contrário de antes, é a comunidade quem irá conduzir o planejamento

de comunicação que é produzido pelo profissional de Relações Públicas para os meios

específicos. Por isso se faz necessário que esse profissional esteja preparado para

enfrentar essa nova realidade.

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1. INTRODUÇÃO

Em quase um ano de preparação, idas e vindas, acertos, perdas, ganhos, erros e

descobertas conseguimos concluir esse trabalho monográfico que procurou responder ao

seguinte problema: Como os profissionais de Relações Públicas estão utilizando as

mídias sociais (Facebook e Twitter) dentro das empresas ou organizações? Nossa

hipótese era de que esses profissionais utilizavam muito pouco às novas mídias sociais.

Fomos para o campo de pesquisa, procuramos pessoas, empresas dentro da cidade de

João Pessoa (PB) em que os profissionais de Relações Públicas estivessem atuando e

trabalhando com as novas mídias.

A escolha específica por duas mídias sociais (facebook e twitter) se deve pelo

fato de delimitar o nosso objeto de estudo e não entrar em outras áreas das novas

tecnologias, uma vez que os estudos na área de mídias digitais e sociais têm crescido

bastante, principalmente dentro das universidades brasileiras.

Esse trabalho se justifica, porque coloca as Relações Públicas inseridas

efetivamente no contexto das novas mídias e contribui para as discussões sobre o tema

proposto, embora que já exista uma boa bibliografia sobre mídias digitais, mídias

sociais e novas tecnologias ligadas, vinculadas, a área de comunicação social

(Jornalismo, Relações Públicas, Marketing e Publicidade e Propaganda).

Escolhemos o tema também porque, em observações diárias no ambiente de

trabalho, percebemos que algumas empresas de comunicação (agências, assessorias,

consultorias) os profissionais pouco trabalham com o planejamento das mídias para

relacionar-se com seus públicos, como por exemplo, realizar campanhas promocionais

internas e externas. Eles as utilizam apenas como forma de relacionamento mais pessoal

do que empresarial.

A pesquisa se justifica ainda por trazer uma observação sobre o cotidiano laboral

dos profissionais de Relações Públicas no seu ambiente de trabalho, ou seja, dentro das

organizações, empresas (públicas e privadas). Optamos pelo método indutivo, ou

indução, que consiste no raciocínio que, após considerar um número suficiente de casos

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particulares, conclui uma verdade geral. Partimos da experiência sensível de dados

particulares para compreender certos contextos.

A escolha pela metodologia qualitativa, assim como a abordagem, os

instrumentos da pesquisa foram de fundamental importância para dar mais rigor

científico ao trabalho monográfico. A análise qualitativa foi preponderante, mesmo que

em alguns momentos apareçam números. Por acreditarmos também que existe uma

relação entre os sujeitos da pesquisa (profissionais de Relações Públicas) e o mundo real

deles (isto é, um vínculo indissociável entre o mundo subjetivo do sujeito) é que usamos

a metodologia qualitativa, pois a interpretação dos fenômenos e a atribuição de

significados foram a base final para o entendimento do tema.

Para fundamentarmos teoricamente nossa pesquisa recorremos, no segundo

capítulo, a história da internet, das mídias sociais (Facebook e Twitter), por

acreditarmos que a história ajuda na produção do conhecimento, pois quando

investigamos o seu passado e como ele se deu fica mais fácil de compreender a

realidade existente. No terceiro capítulo revisitamos a literatura das Relações Públicas

com o intuito de entendermos com mais propriedade seus conceitos, objetivos, funções,

princípios e instrumentos, e no quarto capítulo procuramos entender como acontece essa

relação entre comunicação organizacional e as Relações Públicas.

Essa base teórica nos serviu para comprovar que o profissional de Relações

Públicas não apenas cuida da imagem de instituições públicas e privadas, nos mais

variados segmentos. A profissão de Relações Públicas tem como principais funções

zelar pelo bom funcionamento da comunicação da organização e direcionar as

informações a todos os níveis hierárquicos de colaboradores. Ou seja, ele elabora e

executa a estratégia de comunicação das informações no ambiente corporativo. E as

novas mídias sociais chegaram junto com as novas tecnologias de comunicação e

informação para reforçar ainda mais a atuação deste profissional.

No último capítulo tratamos da pesquisa em si. A pesquisa nas Relações

Públicas antecede ao planejamento, por isso ela é condição sin qua non na atividade

profissional. Por isso escolhemos técnicas, instrumentos que assegurasse a

cientificidade de nosso estudo. As mídias sociais a todo o momento nos serviram como

possibilidade de interação com os entrevistados. Elas criaram formas de interação e

compartimento de informações que só engradeceram esse trabalho. Os instrumentos

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para a coleta de dados deu-se por meio da aplicação de um questionário eletrônico

elaborado com a ajuda do Google Formulário, com questões abertas e fechadas, além de

observação participante. A pesquisa de campo foi realizada no município de João

Pessoa (PB). A Capital é o principal centro financeiro e econômico do Estado da

Paraíba representando 30,7% da economia paraibana, também tem o maior Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado, com 0,763% de desenvolvimento (dados

de agosto de 2013).

Para nossa surpresa encontramos não apenas o uso contínuo das mídias por parte

dos profissionais, mas, por outro lado, também encontramos o uso inadequado das

mídias por nossos profissionais e ainda a não valorização do profissional dentro das

empresas/organizações por parte dos empresários.

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2. HISTÓRIA DA INTERNET, FACEBOOK E TWITTER

2.1. História da Internet

O termo Internet teve sua origem, segundo Pinho (2003, p.19) na expressão

inglesa "INTERaction or INTERconnection between computer NETworks". Constitui-

se em uma grande rede mundial que inclui desde computadores empresariais até

microcomputadores pessoais, conectados em países do mundo todo.

A Internet, World Wyde Web (WWW), também conhecida por Web ou

ciberespaço teve início na década de 1960, como uma ferramenta para comunicação

militar nos Estados Unidos da América (EUA) que, na verdade, estavam mais

preocupados em manter a comunicação entre todos os seus postos ao redor do globo

caso acontecesse algo ao centro de operações que comandava toda esta comunicação, ou

seja, que destruísse toda a cabeça do grupo. Esta comunicação, mediada pelo

computador, após alguns anos passou a ser usada para difundir ensinamentos e trocas de

informações entre pesquisadores e universidades; porém, somente na década de 1990

que ela passou a ter um forte uso comercial no Brasil.

Sobre a criação e desenvolvimento da internet Manuel Castells (1999, p. 82)

conta que:

A criação e o desenvolvimento da internet nas três últimas décadas do século

XX, foram consequência de uma fusão singular de estratégia militar, grande

cooperação científica, iniciativa tecnológica e inovação contracultural. A

internet teve origem no trabalho de uma das mais inovadoras instituições de

pesquisa do mundo: a Agência de Projetos e Pesquisa Avançada (ARPA) do

Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América (EUA). Quando do

lançamento do primeiro Sputinik, em fins da década de 1950, assustou os

centros de alta tecnologia estadunidenses, a ARPA empreendeu inúmeras

iniciativas ousadas, algumas das quais mudaram a história da tecnologia e

anunciaram a chegada da Era da Informação em grande escala.

No começo eram utilizados apenas texto e gradativamente passaram a usar

imagens, sons e vídeos. Estava criada a convergência com os meios para a comunicação

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mediada pelo computador, ou simplesmente comunicação digital, ampliando as

possibilidades. Segundo Abreu (2009, p.8): “A convergência das mídias possibilita,

desde o final do Século XX e na primeira década do Novo Século (XXI), a mescla entre

informação, entretenimento e conteúdos educacionais no ciberespaço”.

Mas, era preciso que os computadores estivessem capacitados para conversar

uns com outros. O primeiro passo nesta direção foi à criação de um protocolo de

comunicação que todos os tipos de redes pudessem usar tarefa, até então, impossível na

década de 1970.

Recuero (2009, p.119), diz que: “a conversação mediada pelo computador

apresenta alguns elementos diferenciais. Primeiro, é um tipo de comunicação que

privilegia o anonimato, em detrimento da identificação.” Mas, embora nenhuma pessoa,

empresa ou país tenha domínio total sobre os conteúdos postos na internet, não quer

dizer que seus usuários estão exclusos dos crimes que nela possam ser cometidos, muito

menos as organizações, pois os usuários podem ser identificados pelo número de

Internet Protocol8 (IP), este anonimato é virtual, pois existe um monitoramento e pode-

se descobrir de qual localização, dia e hora qualquer ação foi efetuada na Internet.

Todas as ações na internet podem ser mostradas. É possível determinar o

caminho percorrido por um usuário; isto torna mais fácil comprovar os resultados de

ações de comunicação feitas na internet. A Internet possui, pela convergência das

mídias e outras inovações, várias ferramentas que podem ser utilizadas na comunicação.

Neste sentido comenta Terra (2008, p. 31):

[...] são considerados atributos comuns as ferramentas da comunicação

digital: comunicação segmentada, de relevância para o usuário, bidirecional,

interativa, que permite a participação e a construção coletivas, direta, ágil, de

rápida disseminação (capacidade viral), e que pode ser gerada pelo

consumidor.

No Brasil, segundo Carvalho (2006, p.51), “a internet se desenvolveu junto ao

meio acadêmico e científico, e no seu início, o acesso era restrito a professores e

funcionários de universidades e instituições de pesquisa”. Somente no ano de 1995 a

internet deixou de ser privilégio das universidades e da iniciativa privada para se tornar

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de acesso público. Desde então o número de provedores que oferecem o serviço e

número de usuários que utilizam este recurso aumentam a cada ano.

No ano de 1987, foi realizada uma reunião na Universidade de São Paulo (USP),

na qual estavam presentes representantes do governo e da Embratel, com o objetivo de

criar uma rede que visava interligar a comunidade acadêmica e científica do Brasil com

outros países com a finalidade de trocar informações.

Carvalho (2006, p. 52) comentou que:

Em 1988, o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC)

conseguiu se conectar a Universidade de Maryland, acessando a Bitnet

(Because It's Time Network), uma rede que permitia a troca de mensagens.

No mesmo ano, em São Paulo a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado

de São Paulo (FAPESP) se conectou ao Fermi National Accelerator

Laboratory (Fermilab) em Chicago, também por meio da Bitnet. Em 1989, a

Universidade Federal do Rio de Janeiro também se conectou à Bitnet através

de uma universidade americana, tornando-se a terceira instituição a ter acesso

a essa tecnologia. Nesse ano, foi criada, com o apoio do Conselho Nacional

de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Rede Nacional de

Pesquisa (RNP), que durante a década de 1990 foi a responsável por fornecer

acesso a internet a aproximadamente 600 instituições, ou seja, por volta de 65

mil usuários.

Dando um salto histórico, foi no ano de 1991, que o acesso a rede de

informações, já denominada internet, era utilizada também por órgãos do governo e

instituições educacionais de pesquisa. Nessa época a internet era usada para

transferências de arquivos, debates e acesso a base de dados nacionais e internacionais.

Em 1992, segundo Carvalho (2006, p.54), “ocorreu à implantação de uma rede que

cobria grande parte do país. Inicialmente interligava onze Estados, uma rede de

equipamentos e linhas de comunicação que compunham o que se pode chamar de

central da RNP”.

Nos anos seguintes seguiu o processo de divulgação dos benefícios da internet

entre os estudantes e empresas privadas. Em 1994, alunos da USP criaram inúmeras

páginas na Web, estima-se que mais da metade existentes no país haviam sido

elaborados pelos mesmos. Somente em 1995, foi realizada a primeira transmissão a

longa distância entre os Estados, realizada por São Paulo e Rio Grande do Sul, e

finalmente neste mesmo ano foi liberada a operação comercial no Brasil, mas ainda

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assim sem alcançar grande desenvolvimento. No mesmo ano, foi criado o Comitê

Gestor da Internet no Brasil, com a atribuição de coordenar e integrar todas as

iniciativas de serviços Internet no país, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a

disseminação dos serviços ofertados.

2.2. HISTÓRIA DAS MÍDIAS SOCIAIS

A definição, o conceito, sobre mídias sociais (social media), segundo Kietzmann

apud Carvalho (2006,p.50) precede a Internet e as ferramentas tecnológicas, ainda que o

termo não fosse utilizado. Trata-se da produção de conteúdos de forma descentralizada

e sem o controle editorial de grandes grupos. Significa a produção de “muitos para

muitos”. Mídias sociais se referem aos meios de interação entre pessoas pelos quais elas

criam, compartilham, trocam e comentam conteúdos em comunidades e redes virtuais.

De acordo com Kietzmann apud Carvalho (2006), mídias sociais empregam

tecnologias móveis e de Internet para criar plataformas altamente interativas por meio

das quais indivíduos e comunidades compartilham, criam, discutem e modificam

conteúdos gerados por usuários. Mídias sociais introduzem mudanças substanciais e

permanentes na forma como organizações, comunidades e indivíduos se comunicam.

As "ferramentas de mídias sociais" são sistemas online projetados para permitir

a interação social a partir do compartilhamento e criação colaborativa de informação

nos mais diversos formatos. Eles possibilitaram a publicação de conteúdos por qualquer

pessoa, baixando a praticamente zero o custo de produção e distribuição (antes esta

atividade se restringia a grandes grupos econômicos).

Elas abrangem diversas atividades que integram tecnologia, interação social e a

construção de palavras, fotos, vídeos e áudios. Esta interação e a maneira na qual a

informação é apresentada dependem nas várias perspectivas da pessoa que compartilhou

o conteúdo, visto que este é parte de sua história e entendimento de mundo.

Andreas Kaplan e Michael Haenlein (2010) definem mídias sociais como "um

grupo de aplicações para Internet construídas com base nos fundamentos ideológicos e

tecnológicos da Web 2.0, e que permitem a criação e troca de Conteúdo Gerado pelo

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Utilizador (UCG)". Mídias sociais podem ter diferentes formatos como blogs,

compartilhamento de fotos, videologs, scrapbooks, e-mail, mensagens instantâneas,

compartilhamento de músicas, crowdsourcing, VoIP e outros.

Para Andreas Kaplan e Michael Haenlein (2010) são exemplos de aplicações de

mídia social:

Blogs (publicações editoriais independentes),

Google Groups (referências, redes sociais)

Wikipedia (referência)

MySpace (rede social)

Facebook (rede social)

Last.fm (rede social e compartilhamento de música)

YouTube (rede social e compartilhamento de vídeo)

Second Life (realidade virtual)

Flickr (rede social e compartilhamento de fotos)

Twitter (rede social e Microblogging)

Wikis (compartilhamento de conhecimento) e outros serviços.

Muitos destes serviços de redes sociais podem ser integrados via agregadores de

redes sociais, como Mybloglog e Plaxo. As mídias sociais possuem características que

as diferenciam das mídias tradicionais, como jornais, televisão, livros ou rádio. Antes de

tudo, as mídias sociais dependem da interação entre pessoas, porque a discussão e a

integração entre elas constroem conteúdo compartilhado, usando a tecnologia como

condutor.

Carvalho (2006), diz que mídias sociais não são finitas: “não existe um número

determinado de páginas ou horas”. A audiência pode participar de uma mídia social

comentando ou até editando as histórias. O conteúdo de uma mídia social, em texto,

gráficos, fotos, áudio ou vídeos podem ser misturados. Outros usuários podem criar

“mashups” e serem avisados de atualizações através de agregadores de feed.

Mídia social significa um amplo aspecto de tópicos, com diversas conotações. No

contexto de marketing de internet, mídias sociais se referem a grupos com diversas

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propriedades, sempre formados e alimentados pelos usuários, como fóruns, blogs, sites

de compartilhamento de vídeos e sites de relacionamentos. Otimização das Mídias

Sociais (SMO) é o processo de distribuir melhor, entre várias redes e mídias sociais, o

conteúdo criado pelo público.

Andreas Kaplan e Michael Haenlein (2010) chama atenção para dois aspectos

importantes e explica que:

O primeiro, SMO, refere-se às características que podem ser melhoradas em

uma página, táticas que um webmaster pode aplicar para otimizar um site

para a era da mídia social. Essas otimizações incluem adicionar ligações para

serviços como Digg, Reddit e Del.icio.us, para que as páginas possam ser

facilmente salvas e compartilhadas. Marketing de mídias sociais, por outro

lado, engloba criação de conteúdo memorável, único e com potencial para

virar notícia. Este conteúdo pode então ser espalhado através de sua

popularização, ou até pela criação e veiculação de vídeos "virais" no

YouTube, por exemplo. Mídia social é sobre ser social, e isso quer dizer se

relacionar e se envolver com outros blogs, fóruns e comunidades de nicho.

Neste sentido entendemos que uma rede social é um grupo de pessoas que tem

algum nível de relação ou interesse mútuo. Essa definição acabou ganhando um novo

significado na internet, o que já foi chamado de “relationship site” (sites de

relacionamento) hoje é conhecido como redes sociais. Entendemos que esse significado

que a internet trouxe deveria ter sido adaptado e ganho o nome de “redes sociais

online“, que é justamente a proposta de serviços como Orkut e Facebook. Uma rede

social baseado em suas relações online com as pessoas que você tem alguma ligação ou

interesse em comum.

Sobre Mídias Sociais compreendemos que ela também ganhou um novo

significado graças à internet. Também já chamado de “new media” (novas mídias)

agora é conhecido como mídias sociais, que antes se referia ao poder de difundir uma

mensagem de forma descentralizada dos grandes meios de comunicação de massa,

agora é traduzido por muitos como: “Ferramentas online que são usadas para divulgar

conteúdo ao mesmo tempo em que permitem alguma relação com outras pessoas”.

Exatamente como um blog, que ao mesmo tempo dissemina conteúdo e abre espaço

para os leitores interagirem. Então estas são ferramentas que tem como objetivo o

compartilhamento de conteúdo, sendo as relações o segundo plano.

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2.3. Facebook

Existe uma bibliografia vasta sobre a história do Facebook e Twitter, tanto em

livros impressos quanto virtualmente em sites espalhados por toda rede. No entanto,

praticamente todos eles contam a mesma a história, no que se refere a sua origem.

O Facebook foi criado em 2004 pelos estudantes da Universidade de Havard

Mark Zuckerber, Dustin Moskovitz, Eduardo Saverine Cris Hughes. No início se

chamava The Facebook. Funcionava de forma restrita apenas para os estudantes de

Harvard, mas com o passar dos anos foi expandido para outras universidades

americanas.

Em 1 de outubro de 2005, o Facebook expandiu para 21 universidades no Reino

Unido, o ITESM sistema no México (cerca de trinta campi através do país naquela

época), a rede da Universidade de Porto Rico e Universidade Interamericana de Porto

Rico em Porto Rico e a rede da Universidade das Virgin Islands nos EUA. O Facebook

lançou uma versão escolar (colegial), em setembro de 2005, o que Zuckeberg chamou

de próximo passo lógico. Naquele tempo, a rede colegial precisava de um convite para

entrar.

Depois, o Facebook expandiu a elegibilidade de adesão para trabalhadores de

várias companhias, incluindo Apple Inc. e Microsoft. Em 11 de dezembro de 2005,

universidades da Austrália e Nova Zelândia foram adicionadas para a rede do Facebook,

aumentando seu tamanho para mais 2000 universidades e 25000 colegiais por todo

EUA, Canada, México, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e Irlanda. O Facebook

abriu, então, em 26 de setembro de 2006, para todos acima de 13 anos com um e-mail

válido. De acordo com Abreu (2009), em 2006, qualquer usuário com mais de 13 anos

poderia criar o seu perfil no Facebook.

Em outubro de 2008, o Facebook anunciou que iria estabelecer sua sede

internacional em Dublin, Irlanda. Em 2010, o Facebook começou a convidar usuários

para ser testadores beta depois de passar por um processo de seleção baseado em

perguntas e respostas 29 e um conjunto de quebra-cabeças de engenharia do Facebook

onde os usuários resolveriam problemas computacionais que deram a eles oportunidade

de serem contratados pelo Facebook.

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Em fevereiro de 2011, o Facebook se tornou o maior servidor de fotos online,

sendo citado pelo aplicativo do Facebook e agregador de fotos online Pixable como

esperando ter 100 bilhões de fotos no verão de 2011. Em outubro de 2011, mais de 350

milhões de usuários acessaram o Facebook através de seus celulares, sendo 33% de todo

o tráfego do Facebook.

Atualmente o Facebook lidera o ranking de redes sociais no Brasil. O relatório

da Deloitte (empresa de serviços nas áreas de auditoria e consultoria de Gestão de

Riscos Empresariais), em 2010, o facebook aparece com 54,99% da preferência

nacional em visitas. Ele tem utilizado diversas estratégias com o objetivo de manter os

usuários o maior tempo possível conectado a sua rede. Existem planos do lançamento

de um navegador próprio, sendo esse navegador resultado da compra do navegador

Opera, que atualmente possui cerca de 200 milhões de usuários.

O Facebook tem crescido a medida que a rede social evolui como uma espécie

de habitat completo, onde os aplicativos, jogos e recursos tem proporcionado aos

usuários um leque cada vez maior de atividades possíveis dentro da rede social.

A história do Facebook se popularizou no filme "A Rede Social" (The Social

Network). O filme foi elogiado pela crítica e foi cogitado, em 2010, para ser um

candidato ao Oscar, mas sua alegação de que retrata a história verídica do nascimento

do site popular de relacionamento social se deve a um livro que foi criticado por seus

métodos de reportagem.

"The Social Network" relata como Mark Zuckerberg, o co-fundador do

Facebook, transformou-se de estudante arrogante e socialmente desajeitado da

Universidade Harvard, que tinha dificuldades com as mulheres, em criador de um site

de relacionamento social que tem mais de 50 milhões de membros hoje e vale dezenas

de bilhões de dólares.

Além de dúvidas quanto ao livro sobre o qual o filme se baseia - The Accidental

Billionaires: The Founding of Facebook, A Tale of Sex, Money, Genius and Betrayal

(Os bilionários acidentais: a fundação do Facebook, uma história de sexo, dinheiro,

genialidade e traição), de Ben Mezrich, o que provocou polêmica foi o fato de

Zuckerberg não ter cooperado com o filme.

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2.4. Twitter

O Twitter foi fundado em março de 2006 por Jack Dorsey, Evan Williams e Biz

Stone como um projeto paralelo da Odeo. A ideia surgiu de Dorsey durante uma reunião

de discussão de ideias (brainstorming) em que ele falava sobre um serviço de troca de

status, como um SMS.

Chamado simplesmente de Status, o pré-Twitter tinha como conceito exatamente

o envio de mensagens curtas através do celular, em que você receberia um twich

(vibração, em tradução livre) no seu bolso quando um update era enviado. Small (2010)

comenta que:

Entretanto, a palavra não agradou, pois não mostrava exatamente o que era o

serviço. Ao buscar nomes parecidos no dicionário, Dorsey e os outros

encontraram a palavra twitter, que em inglês tem dois significados: “uma

pequena explosão de informações inconsequentes” e “pios de pássaros”.

Ambos combinavam perfeitamente com o conceito.

O primeiro protótipo do Twitter era usado internamente na Odeo, sendo lançado

em escala pública e completa (também para computadores) em julho do mesmo ano. Em

agosto, os três fundadores e outros membros da Odeo fundaram a Obvious Corporation,

que incluía o domínio Twitter.com.

A explosão do Twitter aconteceu no mesmo ano em no South by Southewest

(SXSW), um festival de música e filmes para novos talentos, que trouxe a tecnologia

como foco através de conferências interativas. O festival atraiu muitos criadores e

empresários do ramo tecnológico para mostrar suas ideias.

Neste ano especificamente, foram colocadas duas telas de 60 polegadas no

principal local de encontro do evento, mostrando exclusivamente mensagens trocadas

via Twitter. A ideia era que os usuários ficassem ligados no que acontecia durante o

evento em tempo real, através da troca de mensagens curtas.

A propaganda e o sucesso durante o festival foi tão grande que o envio de

mensagens diárias, que era em média 20 mil, chegou a 60 mil durante os dias de festa.

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Assim, os criadores do Twitter e a ferramenta receberam o prêmio Web Award,

concedido pelos organizadores do SXSW, ao qual agradeceram em 140 caracteres.

O twitter tem um limite para cada “tuite”26 (postagem, publicação) de 140

caracteres, onde o “tuiteiro” (ator social) pode ser identificado pelo pseudônimo

cadastrado, pelo seu avatar (foto escolhida para o perfil) e pela descrição.

Small (2010) conta ainda que: “Dois anos antes da fundação do Twitter, Evan

Williams havia sido responsável pela criação do Blogger e, juntamente com Biz Stone,

trabalhavam na gigante Google”. Saíram de lá para formar a Odeo, uma empresa de

podcasting que não trouxe resultados em sua área de atuação.

Algumas pessoas acham complicado usar o Twitter, devido principalmente a

quantidade de perfis clonados. Chama-se de perfil fake àquele que não reflete o ator

social com a identidade real, é um personagem inventado, ou em nome de outro,

construído para ganhar reputação e destaque ou para criticar os outros.

Após entrar no sítio e se cadastrar o usuário ganha um endereço dentro desta

rede, <www.twitter.com/usuario>, escolhe quais perfis quer seguir, os seguidos

recebem uma notificação e decidem se querem seguir seu seguidor. Sua página pode ser

aberta a todo o público ou somente para os usuários cadastrados no programa e que

seguem o seu perfil. Quem determina a privacidade do conteúdo é o usuário, ele

também pode excluir ou bloquear seguidores do seu perfil.

Com o cadastro finalizado é só começar a “tuitar” (postar no Twitter). Muitos

usuários se perdem neste ponto: afinal, o que vale a pena ser “tuitado”? Inicialmente o

Twitter, promovia que seus usuários respondessem à mensagem “O que você está

fazendo?”, mensagem esta que perdeu o foco perante seus usuários. Essa afirmação é

verdadeira e pode ser comprovada pelo fato de que, em julho de 2009, o sítio alterou o

tema para “Compartilhe e descubra o que está acontecendo neste momento, em qualquer

lugar do mundo”, ou seja, o Twitter serve para trocar e divulgar informações.

Pode-se convidar qualquer pessoa a participar, procurar conhecidos para seguir e

convidá-los a seguir seu perfil. Estes dados dos seguidos (following) e seguidores

(followers) são os laços sociais estabelecidos e eles são visíveis se assim for

determinado, os usuários do Twitter procuram seguir perfis de pessoas e empresas que

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admiram, sejam eles pessoais ou empresariais como, por exemplo, alguns conhecidos

portais de notícias para saber sobre o que estão selecionando como notícia.

Os seguidos podem ser separados em listas de discussão por assunto, ficando

mais fácil de visualizar o que determinados perfis com algumas coisas em comum estão

falando, ou seja, o que pessoas de uma roda de conversa expressam de determinado

assunto. Estas listas são mais uma forma de expressar os laços sociais existentes. As

listas cujo perfil faz parte e as listas criadas por este também ficam visíveis na página de

cada usuário.

Parece complicado, mas basta fazer uma analogia com o que temos no mundo

real: Bares, padarias, botecos e cafés são lugares onde pessoas se encontram para trocar

informação, opinar sobre as notícias do dia, pedir ajuda, dar risada, criar vínculos,

cultivar relacionamentos, falar entre si ou apenas acompanhar as conversas dos outros.

Ter essas oportunidades de sociabilização é ao mesmo tempo prazeroso e útil, relaxante

e necessário para uma espécie que há milênios sobrevive coletivamente.

Spyer (2006, p.8) comenta que:

[...] O Twitter é como o seu bar favorito funcionando dia e noite: a hora que

você aparecer encontrará alguns frequentadores habituais e mais outras

pessoas relacionadas a eles. Você poderá ficar para um dedo de prosa durante

um intervalo no trabalho ou passar horas interagindo e trocando idéias.

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3. ASPECTOS TEÓRICOS DAS RELAÇÕES PÚBLICAS

Para melhor fundamentação e contextualização de nosso projeto monográfico de

pesquisa revisitamos o conteúdo teórico das Relações Públicas para assim entendermos

melhor como estará inserido o objeto mídias sociais (facebook e twitter) neste nova

realidade profissional.

3.1. Relações Públicas: Conceito, função, públicos, instrumentos e

princípios

A expressão Relações Públicas possui várias designações, desde quando foi

citado pela primeira vez, por meio de um manuscrito feito por Thomaz Jefferson, o

presidente dos Estados Unidos da América (EUA), quando o mesmo enviou uma

mensagem presidencial para o Congresso Americano, salientando sobre a prestação de

contas do governo para a população americana.

Apesar do uso internacional do termo “Relações Públicas” (RRPP) tem havido

uma constante confusão sobre seu significado. Simões (1987, p.66) comenta que “as

definições de RRPP estão classificadas na base conceitual e na base operacional”, onde

a primeira tenta explicar a atividade e a outra faz a mesma coisa através das operações

da prática profissional.

Simões (1987, p.94) comenta que de acordo com a Internacional Public

Relations (IPRA) as Relações Públicas:

Constituem uma função de caráter permanente e organizado, através da qual

uma empresa pública ou privada procura obter e conservar a compreensão, a

simpatia e o concurso de todas as pessoas a que se aplicam. Com esse

propósito, a empresa deverá fazer uma pesquisa na área da opinião pública

que lhe convém (adaptando a ela tanto quanto possível sua linha de conduta e

seu comportamento) e, pela prática sistemática de uma ampla política de

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informação, obter uma eficaz cooperação em vista da maior satisfação

possível dos interesses comuns.

Nesta definição percebemos que houve uma preocupação em mostrar os campos

de atuação das RRPP, como também, a preocupação em adaptar a organização dentro da

sociedade, levando em consideração a natureza de sua organização em que meio ela se

encontra.

Simões (1987, p. 95) apud Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP)

define as RRPP como:

A atividade e o esforço deliberado, planejado, coeso e contínuo da alta

administração, para estabelecer e manter a compreensão mútua entre uma

organização pública ou privada, e seu pessoal, assim os grupos aos quais está

ligada direta ou indiretamente.

Embora esta seja uma definição comumente utilizada e repetida pelos estudos e

teóricos da área ela se faz ainda atual, uma vez que as RRPP tentam, mesmo no campo

virtual e tecnológico, estabelecer uma ligação entre a organização e seus públicos, por

meio da informação para gerar um clima de confiança, boa vontade e compreensão entre

eles.

No que se pese a dificuldade de encontrar uma conceituação que se adeque aso

nosso objeto de estudo, optaremos aqui, por uma definição referencial, como a que foi

estabelecida pelo Conselho Regional dos Profissionais de Relações Públicas de São

Paulo, citado por Simões (1987, p. 28) em que diz que:

Relações Públicas é uma função de caráter permanente, planificado e regular

que, partindo do pressuposto de que a boa vontade da opinião pública é

fundamentalmente importante para a vida de qualquer empresa, pessoa,

entidade ou órgão governamental, trabalha junto a esta mesma opinião

pública – essencialmente junto aos setores que lhes são mais relevantes ou

próximos – visando a: a) conhecer e analisar atitudes; b) recomendar à

empresa ou entidade meios e modos plenos através dos quais ela possa

satisfazer os anseios da opinião pública; c) informar a opinião pública sobre a

satisfação de seus anseios, por parte da empresa ou entidade e d) promover a

imagem da entidade ou empresa e de seus produtos ou serviços junto à

opinião pública.

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Muito embora as muitas definições não se enquadrem a nosso objeto de estudo,

entre outras que analisamos, percebemos que a mesma ressalta aspectos que se referem

à mudança favorável de conceito das organizações perante a esta mesma opinião pública

que circula pelas mídias sociais.

No que se refere às funções das Relações Públicas Radicliffe Brown apud

Simões (1987, p. 81) as define como: “a atribuição que uma atividade social exerce para

a manutenção do sistema social de que faz parte ou para sobrevivência de suas

condições necessárias de existência”.

No IV Congresso de Relações Públicas, que aconteceu no Rio de Janeiro, em

1967, ficou estabelecido pela Federação Interamericana para La Enseñanza de las

Relaciones Públicas que as principais funções do profissional de Relações Públicas são,

segundo Pinho (1990, p.38):

a) Assessoramento

b) Pesquisa

c) Planejamento

d) Execução

e) Avaliação

Apesar dos públicos serem objeto de estudo das Relações Públicas poucos

teóricos aprofundaram sobre a questão dos públicos. Entre as significações dos

públicos, alguns profissionais de RRPP deixam de lado essa questão, isto é, não se

preocupam com compreendê-la, mas o interesse é apenas em classificá-la. Hebe Way

(1986, p. 65) classifica os públicos dentro do critério geográfico em:

Público Interno – Empregados da empresa e seus familiares (são

considerados públicos prioritários, por estarem dentro da organização).

Público Externo – São aqueles que estão fora da organização, mas se

comunica com eles (comerciantes, financeiros, governamentais,

comunitários, educacionais e comunicação).

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Mesmo utilizando o critério geográfico na sua classificação para os públicos ela

considera a questão dos relacionamentos, por isso ela situa os familiares como público

interno. Transpondo essa classificação para as mídias sociais percebemos que pouca

coisa muda.

Margarida Maria Kunsch (1986, p.84) também faz opção pela classificação

geográfica para os públicos e acrescenta o público misto:

Público interno: funcionários, diretores, familiares. Público externo:

bancos, poderes públicos, escolas, concorrentes, concorrentes, comunidade,

sindicatos, imprensa e consumidores. Público misto: acionistas, fornecedores

e revendedores.

A autora considera que o levantamento e o estudo sobre públicos são de

fundamental importância para o processo das RRPP e para a organização, porque só

desta forma é que conseguiremos identificar os públicos prioritários e dimensioná-los

no contexto do planejamento da comunicação organizacional.

Outro aspecto importante nas Relações Públicas são os instrumentos utilizados

para execução das tarefas (ofício) da profissão e as mídias sociais são, nos dias atuais,

instrumentos essenciais para a comunicação das organizações. No que se refere aos

instrumentos de Relações Públicas Simões (1987, p.150) comenta que:

Compreende-se como instrumento ou técnicas de RRPP todos os recursos

utilizados, administrativamente, como variáveis intervenientes no processo

de Relações Públicas e que servem para controla-los. Porém, talvez mais

adequado seria classificá-los ou identificá-los como canais de informação.

Podemos dizer que essa definição sobre instrumentos em Relações Públicas

utiliza os canais de comunicação (informação) para executar, controlar e administrar o

fluxo de informação da organização para seus diversos públicos e vice-versa. Neste

sentido compreendemos que os instrumentos são veículos (canais) de comunicação

utilizada para melhor desenvolver as atividades inerentes da área.

Quanto à prática Simões (1987, p. 152), classifica os instrumentos quanto:

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a) Ao fluxo de informação e dos efeitos a ele inerentes, discriminando

tudo o que pode contribuir para a prevenção, tratamento e a solução dos

problemas da organização;

b) E quanto agrupamento dos instrumentos, conforme sua função, nos

diversos momentos que constituem um certo contexto em uma organização.

As mídias sociais podem assim ser consideradas, neste novo momento

tecnológico e informacional, como um instrumento de comunicação bastante utilizado

pelo profissional de Relações Públicas dentro das organizações. O fluxo dessa

informação, os efeitos e tratamento que serão dados dentro das organizações e para seus

públicos pode ser “regulado” pelo profissional de Relações Públicas.

Entendemos também que toda atividade profissional possui seus princípios ou

normas éticas, voltadas para o desempenho real de suas funções. Nas Relações Públicas

não pode deixar de ser diferente. Segundo Márcio Leal Cordeiro apud Peruzzo (1986, p.

37) “são princípios da atividade, a lealdade, bilateralidade, onipresença, ação preventiva

e ação educativa”.

Essa questão dos princípios nas Relações Públicas perpassa também pelo uso das

Mídias Sociais, uma vez que a verdade como força maior de qualquer indivíduo não é

muito praticada nas redes sociais (facebook e twitter). Como a própria palavra já diz,

lealdade vem de ser leal, ser fiel a alguém ou a alguma coisa. Profissionalmente, cabe ao

profissional de Relações Públicas saber conduzir da melhor forma através da verdade,

da precisão, da justiça e da responsabilidade, não só para os públicos diretamente

ligados a uma organização, como também para a sociedade que utiliza o processo de

comunicação, divulgando as informações da organização da melhor maneira possível

nas mídias sociais.

3.2. Pesquisa em Relações Públicas

A pesquisa nas Relações Públicas antecede ao planejamento e é condição

essencial para assegurar a credibilidade, o rigor científico e a prática profissional.

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A autora Margarida Maria Kunsch (2003) lembra que a pesquisa na área incide sobre o

conhecimento sobre a pesquisa científica, a postura de cientista que reflete sobre os

dados antes de emitir qualquer parecer, e a pesquisa cientifica a serviço da organização.

Segundo a autora, o profissional pode adotar os mais variados tipos de coleta de

dados. Kunsch (2003) considera tipos de pesquisas que são:

a) Pesquisa de opinião pública

b) Pesquisa institucional

c) Auditoria de comunicação organizacional

d) Auditoria de opinião

e) Auditoria de imagem

f) Auditoria social ou monitoramento do ambiente

O autor Dornelles (2007) propõe outras possibilidades de classificação. Segundo

ele, os tipos são:

a) Auditoria de mídia

b) Pesquisa de clima organizacional

c) Análise da concorrência (benchmarketing)

d) Pesquisa de satisfação de clientes

Neste sentido percebemos que existe uma diversidade de tipos e classificações.

No entanto, é importante lembrar que as classificações acima dos autores são tipos mais

tradicionais. Outros tipos e técnicas já conhecidos em outros ambientes talvez pouco

explorados, técnicas inclusive das ciências humanas e sociais que são pouco difundidas

na comunicação social. Sobre nossa pesquisa falaremos mais adiante.

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3.3. Pesquisa de Relações Públicas nas mídias sociais

O processo de Relações Públicas requer o desenvolvimento de práticas que

ampliem as possibilidades de relacionamentos com seus públicos nas organizações. De

acordo com Grung apud Hunt (2003):

[...] os processos de comunicação bidirecional envolvem papeis mais amplos

e mais abrangentes para a prática de Relações Públicas do que modelos

unidirecionais de persuasão que jamais representam.

Entendemos que esse processo está preocupado e centrado na visão do público

como agente emissor de conteúdo, ou seja, o conteúdo gerado pelos públicos em

diferentes mídias deve ser foco de análise e ação das Relações Públicas. O aspecto de

maior relevância para as Relações Públicas Digitais (se é que podemos chamar assim)

está segundo Nassar (2011, p. 153) “ em seu poder de negociação para os mais fracos e

potencializando de forma exponencial as redes virtuais de públicos”.

Nassar (2011, p.150) acredita que as novas tecnologias de comunicação devem

se tornar espaço para ação estrategica das Relações Públicas, sem no entanto exigir do

profissional domínio sobre as ferramentas, ou seja, o posicionamento de ser

“planejador/usuário dessas tecnologias no âmbito das relações públicas, sobretudo numa

via de inclusão e de utilização da inteligência de ações de relacionamento no espaço

virtual”.

Com a velocidade e emergência dessa nova comunicação outros espaços foram

criados para a produção de conteúdo e de informação, e ao contrário das mídias

tradicionais que levavam as informações das organizações para seus públicos, as novas

mídias e redes sociais possibilitam que todos (organizações e públicos) dialoguem no

mesmo nível de produção.

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4. RELAÇÕES PÚBLICAS E A COMUNICAÇÃO

ORGANIZACIONAL

Comunicação é o ato de tornar comuns informações, atos e ações. Tudo e todos

se comunicam de alguma maneira. As organizações precisam tornar seus atos comuns

àqueles públicos que lhe interessa, essa é uma das funções da Comunicação

Organizacional. Existe uma categoria profissional que tem por finalidade planejar e

efetuar da melhor maneira esta comunicação nas Organizações: as Relações Públicas.

Assim como acontece nas Relações Públicas, a comunicação organizacional

possui conceitos e entendimentos múltiplos. Existe ainda hoje uma discussão quanto aos

conceitos de comunicação organizacional e o de Relações Públicas no Brasil. Tanto que

o Ministério da Educação (MEC) propôs mudanças no ensino no campo da

comunicação e abriu para consulta pública para determinar como se deve chamar o

curso de formação: “Comunicação Organizacional”, ou “Comunicação Organizacional e

Relações Públicas”, ou somente “Relações Públicas”.

Sobre esse assunto Scroferneker (2009, p. 1) explica que:

A comunicação organizacional abrange todas as formas de comunicação

utilizadas pela organização para relacionar-se e interagir com seus públicos.

Para Riel (1995) comunicação organizacional engloba relações públicas,

estratégias organizacionais (public affairs), marketing corporativo,

propaganda corporativa, comunicação interna e externa, enfim um grupo

heterogêneo de atividades de comunicação, voltadas fundamentalmente para

os públicos ou segmentos com os quais a organização se relaciona e depende

[...].

O Decreto nº 63.283, de 26 de setembro de 1968, que regulamenta a Lei nº 5.377

de 11 de dezembro de 1967, disciplina o exercício profissional das atividades de

Relações Públicas, e especifica que Relações Públicas é “a atividade e o esforço

deliberado, planificado e contínuo para esclarecer e manter compreensão mútua entre

uma instituição pública ou privada e os grupos e pessoas a que esteja direta ou

indiretamente ligada”. O profissional de Relações Públicas trabalha para melhorar a

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imagem, a comunicação e os relacionamentos de uma organização com os seus mais

variados públicos.

Um dos conceitos comumente utilizados é de que as organizações se relacionem

com seus públicos de forma clara e coesa, ou seja, se comunique e que esta

comunicação é importante para ser deixada de lado ou ser tratada de forma amadora e

supérflua. Ela deve ser planejada, como afirma Kunsch (2003, p. 364), “o planejamento

desempenha um papel decisivo nas organizações de todos os tipos. Elas têm de atuar

como sistemas abertos, criando novos canais de comunicação com a sociedade”.

De acordo com as definições e conceituações o profissional de Relações

Públicas pode ser responsável pelas estratégias da comunicação nas Organizações, pois,

segundo França (2004, p. 29) apud Terra (2008, p. 23-24), cabe à atividade

“diagnosticar o relacionamento das entidades com seus públicos e propor políticas e

estratégias que atendam a necessidades de relacionamentos das entidades e seus

públicos”. Os Relações Públicas de formação está apto a planejar a comunicação de

uma organização, através de suas mais variadas ferramentas.

Os estudos sobre a Comunicação Organizacional se ampliam e estão cada vez

mais envolvidos nos aspectos políticos e econômicos das instituições sua inserção em

contextos micro e macros sociais, a existência de novas tecnologias de comunicação e

as novas configurações das relações com os públicos.

4.1. Mídia, mercado de trabalho, relações públicas e comunicação organizacional

Mesmo que alguns Estados da Federação fale pouco quanto à consolidação da

profissão e dos conselhos profissionais, o mercado está em constante expansão:

trabalhando com organizações do primeiro, segundo e terceiro setores além de atuar

junto a figuras públicas através de inúmeros veículos de comunicação, sem deixar a

velha mídia de lado (rádio, televisão, jornais e revistas) e se adaptando às novas mídias.

Neste sentido Abreu (2009, p.15) apud Browning e Reiss, apud Dizard JR (2000, p. 23)

comenta que:

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A mídia velha divide o mundo entre produtores e consumidores: nós somos

autores ou leitores, emissoras ou telespectadores, animadores ou audiência,

como se diz tecnicamente, essa é a comunicação um-todos [sic]. A nova

mídia, pelo contrário, dá a todos a oportunidade de falar assim como de

escutar. Muitos falam com muitos – e muitos respondem de volta [...].

Temos que considerar que o mundo está em constante mudança e a cada dia

acontece alguma coisa nova, um novo conceito, uma nova observação, opinião, uma

nova tendência, uma nova maneira de se expressar, um novo local para espalhar ideias e

opiniões. Kunsch (2003, p. 95), diz que as Relações Públicas como atividade

profissional “pensam em estratégias comunicacionais de relacionamentos de acordo

com as demandas sociais e o ambiente organizacional”, os profissionais devem

acompanhar esta demanda.

Gaio (2006, p. 224), comenta que:

As relações públicas devem focar o potencial de bidirecionalidade dos meios

de comunicação que usam, de modo que promova de forma proativa

envolvimento e atração, buscar trabalhar a interação das informações com os

públicos, como a Internet e as novas mídias proporcionam.

A sociedade está vivenciando o domínio da tecnologia, informática,

comunicação, da multiplicidade e meios de transmissão que conduzem à

“desmassificação” da mídia para torná-la segmentada de modo a atingir públicos

específicos, dirigidos, objeto da ação estratégica das Relações Públicas. França (2004,

p.39) apud Terra (2008, p.25) diz que:

Deve-se segmentar, pois os públicos estão distintos, cada um possui uma

linguagem diferente que, corretamente trabalhada, gera excelentes resultados,

embora o conteúdo da mensagem transmitida a todos seja o mesmo, tudo

depende do cenário que a mensagem está inserida e a quem se destina. Na

rede, as Relações Públicas, de posse da análise do ambiente/cenário, devem

identificar quais grupos são estratégicos e de interesse para direcionar

ferramentas adequadas aos seus perfis. [...] A relação com os públicos é

considerada de suma importância, pois são eles que constroem a imagem

corporativa e da marca, e a empresa depende deles para sobreviver. Portanto,

formá-los seja em que ambiente for – físico ou virtual – é tarefa do

profissional de Relações Públicas, uma vez que permite o estreitamento das

relações entre as pessoas, aumenta a credibilidade entre as partes, além de

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contribuir para o clima de negócios e para o bom conceito da empresa no

mercado.

Neste sentido entendemos que para realizar a Comunicação Organizacional,

atualmente, o profissional de Relações Públicas precisa estar constantemente atualizado,

atento às novidades e às novas tecnologias, apostando em possibilidades bidirecionais

de comunicação, casando todas estas informações e ferramentas com o planejamento de

comunicação de seus clientes, estando onde os públicos estão, falando suas linguagens

de forma coerente com sua região demográfica e demais estratégias, buscando a

integração e, para isso, a Internet (e seu ferramental) se torna fundamental, não podendo

mais ser deixada de lado.

Quanto à comunicação organizacional na internet é importante dizer que a

comunicação organizacional é a comunicação da empresa através de um meio cheio de

ferramentas para esta comunicação. Ela deve ser mediada, de acordo com o

planejamento de comunicação estipulado, e ninguém melhor para mediar esta

comunicação do que um profissional de Relações Públicas.

Elias (2007, p.2) acrescenta que:

Quanto ao discurso das RP na era da Internet, o que faz com que ambos os

pólos se toquem é que tanto as Relações Públicas, como a Internet, padecem

de ser esferas dependentes de “relações”. No caso do ciberespaço, os canais

de conversação, os sítios de programação cultural, os sites de Agência, os de

artistas auto-representados, todos eles visam promover a ligação forte entre o

público e o site em questão. A questão é que a Internet é muito mais do que

sites de instituições, assim como mensagens enviadas com gráficos e convites

animados por email, participação em canais de conversação directa como

MSN Messenger, ou de acesso público como os usuais canais de MIRC14.

Para além destes MUDs (MultiUser Displays ou Domains), o ciberespaço

veio facilitar a comunicação dependente de correio, desta feita electrónico,

mas despojada dos erros do suporte-papel a quando dos envios de FAX, por

exemplo.

Os autores Sherwin & Ávila, (1999, p. 6) apud Pinho (2003, p. 17), diz que “a

conclusão, óbvia, é de que: as relações públicas [sic] precisam estar na rede mundial

deixando disponível a informação que vai auxiliar uma infinidade de pessoas na tomada

de decisão”, é um meio poderoso, controlado por públicos cada vez mais exigentes,

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como ressalta Morais (2009, p. 20), mostrando que “estratégias de marketing de anos

podem ser destruídas em dias por blogueiros, comunidades no facebook, troca de

mensagens via msn ou notícias no Twitter”.

As informações disponíveis na internet devem ser muito bem trabalhadas, apesar

delas serem mutáveis, isto é, podem ser mudadas de acordo com a necessidade ou os

caminhos que a organização trilhar, e dos objetivos estabelecidos por ela. A criação de

um instrumento bidirecional pressupõe comprometimentos por parte da organização e

passa pela definição de qual departamento será responsável pela publicação e

manutenção do veículo.

Terra (2008, p. 48) acrescenta que:

Uma vez determinada a área responsável pela ferramenta, é importante

lembrar que o conhecimento da organização, de seus valores, princípios e

políticas é essencial para o gerenciamento do instrumento, além da ciência da

dinâmica da Web e do dia-a-dia [sic] de um veículo desse tipo, primando pela

transparência e ética.

O público nos dias atuais está ávido pela informação e gosta de obter respostas.

Uma boa informação no lugar correto e com linguagem adequada pode ser o diferencial

e trazer destaque, gerando mídia espontânea por parte dos internautas.

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5. A PESQUISA

Para realizar uma pesquisa é necessário decisão sobre o objeto de estudo, além

da definição dos sujeitos a serem pesquisados, os instrumentos, os caminhos a serem

seguidos. Por isso, apresentamos sinteticamente alguns pontos que esclarecem o

percurso desse estudo.

5.1. Caracterização da Pesquisa

Este projeto monográfico trata-se de uma pesquisa de campo, também conhecida

como pesquisa aplicada, que segundo Lakatos e Marconi (1991, p.186) é:

Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir

informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se

procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou,

ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.

A pesquisa de campo, além de possibilitar a coleta de dados importantes,

também permitiu analisar a forma como esses conteúdos estão sendo estudados, por

isso, foi consistente, manter a pesquisa apoiada em base bibliográfica, com intuito de

alcançar os objetivos aqui propostos.

A pesquisa foi orientada pelos princípios da abordagem qualitativa, que segundo

Triviños (1987, p. 110), é essencialmente descritiva, onde responde a questões

específicas se preocupando com fatos e acontecimentos da realidade, que de acordo com

Santos Filho (2001, p. 43):

A pesquisa qualitativa rejeita a possibilidade de descoberta de leis sociais e

está mais preocupada com a compreensão (verstehen) ou interpretação do

fenômeno social, com base nas perspectivas dos atores por meio da

participação em suas vidas. Seu propósito fundamental é a compreensão,

explanação e especificação do fenômeno.

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Por isso, o método escolhido foi o qualitativo, por entendermos que através dele

compreenderíamos como os profissionais de Relações Públicas desenvolvem suas

atividades práticas diariamente tendo como suporte as novas mídias sociais.

Os instrumentos para a coleta de dados deu-se por meio da aplicação de um

questionário eletrônico elaborado com a ajuda do Google Formulário, com questões

abertas e fechadas, além de observação participante.

5.2. Localização da pesquisa

A pesquisa de campo foi realizada no município de João Pessoa (PB). A Capital

é o principal centro financeiro e econômico do Estado da Paraíba representando 30,7%

da economia paraibana, também tem o maior Índice de Desenvolvimento Humano

(IDH) do Estado, com 0,763% de desenvolvimento (dados de agosto de 2013). Pouco

ainda se comparado a cidades vizinhas como Recife (PE) e Fortaleza (CE). Com 769

604 habitantes João Pessoa é a oitava cidade mais populosa do nordeste brasileiro e a

23ª do Brasil. Sua região metropolitana, formada por João Pessoa e mais onze

municípios e tem cerca de 1. 223 284 habitantes (IBGE/2013), sendo a sexta mais

populosa do nordeste brasileiro.

A cidade está localizada na porção mais oriental das Américas. O local é

conhecido como a Ponta do Seixas. A altitude média em relação ao nível do mar é de 37

metros, com altitude máxima de 74 metros nas proximidades do rio Mumbaba,

predominando em seu sítio urbano terrenos planos com cotas da ordem de 10 metros, na

área inicialmente urbanizada.

João Pessoa é cidade com maior economia do Estado da Paraíba, representando

30,7% das riquezas produzidas na Paraíba e tendo um produto interno bruto duas vezes

maior que Campina Grande, a 2ª cidade mais populosa do Estado. Com dois distritos

industriais em desenvolvimento, um na BR-101 e outro no bairro de Mangabeira. O

turismo é um grande produtor de renda e gerador de empregos, além do comércio, que

também possui grande participação econômica na cidade.

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Existe um parque industrial complexo, formado por diversos segmentos:

alimentos, automobilístico (bugres), bebidas, bentonita, cimento, concreto, couro,

metalúrgico, móveis, ótica, papel, pisos cerâmicos, química, têxtil, tecnologia da

informática, dentre outros. João Pessoa possui o maior parque industrial do estado da

Paraíba, destacando-se algumas indústrias de renome internacional, como a AmBev,

Coca-Cola, Euroflex, Vijai Elétrica, Coteminas, a British American Tobacco e a Paraí.

Dados que se encontram na página do Instituto Brasileiro de Pesquisa Geografia

e Estatística (IBGE) de 2000 mostram que João Pessoa apresenta uma demanda

razoável de infraestrutura em relação às demais capitais nordestinas, sendo a 2ª capital

mais saneada na região Nordeste, com aproximadamente 87% da cidade saneada, 100%

das residências atendidas pela energia elétrica e 100% ligados ao abastecimento de

água.

No quesito transporte João Pessoa possui a frota de veículos que mais cresce,

conforme declaração do superintendente de Transportes e Trânsito da Prefeitura

municipal, Nilton Pereira de Andrade. As estimativas foram baseadas em dados do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que apontam taxa de crescimento da

população da capital de 2% ao ano, enquanto a frota de veículos aumenta no ritmo de

8%. João Pessoa também é a capital com a frota de veículos mais nova do país.

Atualmente, com o crescente número de veículos, a cidade convive com diversos

problemas no trânsito, com isso foi lançado o pacote para melhorar o trânsito na capital,

dentre as mudanças, prevê-se a construção de faixas e semáforos exclusivos para ônibus

bi-articulados BRT, construção de novas ciclovias além das várias alterações no sistema

viário. Possui ainda transporte público, por linhas de ônibus, sendo uma das capitais

com a maior frota de ônibus do Nordeste. Pesquisas feitas pelo Projeto "Despoluir"

apontam que a frota de ônibus de João Pessoa tem média de aprovação superior à

nacional, sendo de 92,5%, enquanto que a média nacional é 89%.

Existe também uma linha de trem da Companhia Brasileira de Trens Urbanos

(CBTU), de circulação diária, que cobre a maior parte da Região Metropolitana, com

extensão de 30 km. Conta com nove estações de passageiros e interliga as cidades da

Região Metropolitana da Capital, tendo nove estações (Santa Rita, Várzea Nova,

Bayeux, Ilha do Bispo, Rodoviária, Mandacarú, Renascer, Jacaré e Cabedelo).

Transporta aproximadamente de 13 000 passageiros em 25 viagens diárias.

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A cidade também conta com o Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto,

localizado entre o município de Bayeux, dentro da região metropolitana e distante 13

km do centro. O aeroporto tem atualmente 16 vôos diários, das principais companhias

aéreas.

No que se refere a comunicação João Pessoa conta com diversas revistas e

jornais impressos diários, são eles: Correio da Paraíba, Jornal A União, Diário da

Justiça, Jornal da Paraíba, Diário da Paraíba, Revista Nordeste, Revista Conexão

Tambiá, Revista Viagem Classe A, Revista O Lojista (CDL).

Quanto à telefonia fixa, seis companhias telefônicas atuam no município, são

elas Oi Fixo, TIM Fixo, Vivo Fixo, Net Fone (via Embratel), Livre Embratel e GVT. Já

na telefonia móvel, Oi, TIM, Vivo e Claro mantêm cobertura na região.

Na área de tecnologia a cidade dispõe ou pelos menos dispunha do "Jampa

Digital", um serviço que traz cobertura Wi-Fi gratuita a vários pontos da cidade,

inclusive na orla. A cidade seria a primeira no Nordeste, e uma das primeiras no Brasil a

contar com esse serviço, caso ele funcionasse, de fato. A primeira etapa do projeto,

cerca de 35% da cidade deveria estar coberta pelo serviço. No projeto, que ainda não

saiu do papel e está embargado pela justiça, teria mais de cem pontos de assinante

digital, que interligavam a administração em uma rede de praças, escolas, estações

digitais e a orla, abrangendo do Busto de Tamandaré à Feirinha de Tambaú. Na primeira

etapa do projeto, a expectativa era de que 100 pessoas usassem simultaneamente cada

ponto disponibilizado.

O projeto Jampa Digital diz que a equipe da Secretaria de Ciência e Tecnologia

do Município de João Pessoa (SECITEC/JP) colocaria 10 estações, o que vai permitiria

que 85% do território de João Pessoa estivesse inserido no projeto. A meta é que toda a

população da cidade, ou mais de 702 000 habitantes, sejam beneficiados. Até agora, a

Prefeitura da capital e o Ministério da Ciência e Tecnologia já investiram 6.000.000 de

reais na compra de equipamentos, que vão dar a infraestrutura física de tráfego de sinal,

e nos aplicativos e conteúdo, dando, com isso, a estrutura necessária de conectividade e

acessibilidade.

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5.3 Os sujeitos da pesquisa

Participaram deste estudo 25 profissionais de Relações Públicas diplomados pelo

curso de Comunicação Social, na habilitação de Relações Públicas da Universidade

Federal da Paraíba (UFPB), profissionais graduados em RP de Estados vizinhos

(Pernambuco e Alagoas) que trabalham como RP no município de João Pessoa, além de

estudantes do curso de Relações Públicas que atuam como estagiários em empresas

particulares e públicas da cidade. O estrato da pesquisa pode ser considerado pequeno

por alguns pesquisadores, mas foi suficiente para nossa análise.

A maioria dos entrevistados, em João Pessoa, possui carreira em vias de

estabilidade, mas precisam de uma segunda fonte de renda para manter os gastos diários

com o custo de vida na Capital (saúde, educação, transporte, moradia, cultura e lazer).

Na cidade, assim como em alguns municípios do Estado, a figura do profissional de

Relações Públicas nas organizações públicas e particulares ainda é vista como aquele

profissional que deve está ligado ao setor de marketing, cerimonial, recepção e não

somente nas Assessorias de Comunicação Social, como indicam os teóricos e

pensadores da profissão.

Os sujeitos entrevistados, do sexo feminino e masculino, possuem idade que

varia de 24 a 46 anos. Boa parte deles possuem pós-graduação nível especialização,

mestrado e MBA. Entre os entrevistados não encontramos nenhum profissional com

doutorado. Confira a tabela:

Tabela 1

Qual seu nível de qualificação profissional?

Graduação – 12

Pós-graduação – 13

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Percebemos que muitos profissionais precisam recorrer a outras áreas para

qualificar-se, a exemplo de administração, jornalismo, comunicação empresarial,

marketing e outros, pois as universidades da cidade não oferecem cursos de pós-

graduação na área de Relações Públicas. O lado positivo é que esse profissional ao

migrar para outras áreas terá a chance de ter uma visão mais abrangente da sua

profissão, do todo (holística) e cumpre ao mesmo tempo aquilo que é estudado

teoricamente sobre a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade da área de Relações

Públicas. Por outro lado, corre-se o risco de que esse profissional se distancie de sua

área de atuação realmente.

No que diz respeito a sua atuação com as novas tecnologias muitos usam o

facebook e o twitter. “O acesso aumenta a cada semana, dependendo da demanda”,

revelou um sujeito da pesquisa. Os entrevistados 9% navegam no facebook e 5%

conhecem o twitter e utilizam com frequência. O que só comprova a pesquisa realizada

pelo Diário do Comércio e da Indústria (2012) em que na “hoje, as MPEs são 99% do

total de empresas existentes no País, respondem por 25% do Produto Interno Bruto

(PIB) e 52% dos empregos formais do Brasil, quadro não traduzido em esforços

publicitários.”

5.4 Instrumentos utilizados na coleta de dados

Para coletar as informações necessárias à pesquisa de campo, foi utilizado um

questionário (APÊNDICE) e a observação participante. Segundo Gil (2002, p.114), o

“questionário é um conjunto de questões que são respondidas pelo sujeito pesquisado”.

O questionário aplicado na pesquisa continha questões abertas e fechadas, voltadas para

o objetivo do estudo.

O questionário foi utilizado com o propósito de reunir informações sobre o fazer

atuação dos profissionais de Relações Públicas junto às novas mídias sociais (facebook

e twitter), o que possibilitou também conhecer as características dos sujeitos

pesquisados e do seu contexto sociocultural, objetivando compreender o objeto de

estudo.

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Segundo Medeiros e Oliveira (2011, p. 657) na “[...] observação participante,

diferentemente da figura de espectador, o pesquisador aplica a técnica imerso no campo

de pesquisa, fazendo parte da situação como membro atuante do próprio cenário do

objeto”. Na pesquisa os profissionais foram observados e monitorados com desejo de

obter mais informações sobre sua atuação profissionais, e como o mercado para as

Relações Públicas está se configurando.

5.5 Procedimentos metodológicos

Após o levantamento bibliográfico realizado na internet, nas bibliotecas da

Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e na Universidade de São Paulo (USP)

realizamos a coleta dos dados durante o mês de janeiro de 2013 até fevereiro de 2014,

via Facebook, Twitter e email, por telefone e algumas presencias, de acordo com a

disponibilidade e horários dos participantes. Inicialmente foi feito uma pesquisa on line

e estabelecido contato com os participantes para apresentar os objetivos da pesquisa e

solicitar autorização através do Termo de Autorização Institucional (ANEXO I). Em

seguida, foi elaborado um questionário com perguntas junto com orientador e logo após

enviado aos profissionais e estudantes que estão trabalhando na área.

No segundo momento, foi solicitado que os participantes respondessem ao

questionário composto por dez perguntas (abertas e fechadas) para detectar sobre o uso

das ferramentas (Facebook e Twitter) no cotidiano e desenvolvimento das atividades

profissionais. Foi acrescentado que a compreensão e disponibilidade deles para

responder ao referido questionamento seriam fatores importantíssimo na execução desse

trabalho, e que seria necessário que todas as perguntas fossem comentadas de forma

espontânea e objetiva, facilitando assim, a compreensão e análise por parte do

pesquisador.

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6. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Neste capítulo iremos abordar os resultados e as análises dos dados obtidos na

pesquisa realizada com os profissionais de Relações Públicas que atuam no mercado em

João Pessoa (PB) e utilizam as mídias sociais (facebook e twitter) no seu cotidiano e

como está sendo utilizado.

6.1 Análises das observações

Uma das primeiras constatações da pesquisa foi que a maioria dos entrevistados

atuam em empresas de pequeno e médio porte e em órgãos governamentais (Estado e

Município). Veja tabela:

Tabela 2

Em qual empresa/organização você trabalha?

Estado/Município – 5

Empresa particular – 20

Dos 25 profissionais e estudantes entrevistados 20 estão empregados com

carteira assinada em organizações particulares e 5 em organizações públicas. O que

mostra um cenário pouco diferente desde a criação da habilitação Relações Públicas no

curso de Comunicação Social da UFPB, quando poucos estudantes logo que se

formavam ingressavam no mercado de trabalho.

No contato informal com os profissionais da área, que se encontram atuando há

mais tempo no mercado de trabalho de João Pessoa, alguns comentaram a dificuldade

que os empresários locais tinham de entender a importância de um Relações Públicas

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nas suas empresas/organizações. Um sujeto da pesquisa chegou a comentar: “Muitos no

início nos confundiam com recepcionistas e queriam que nós ficássemos sorrindo”.

A professora Dra. Valdemarina Bidone de Azevedo e Souza (2014) diz que:

Neste contexto, pensar sobre uma inteligência profissional significa concebê-

la como a aptidão organizacional para pensar e criar estratégias em situações

de complexidade (com base em Morin, 1998). A partir da necessidade de

ampliar conhecimentos sobre práticas cotidianas do profissional de Relações

Públicas, defende-se a idéia da utilização de uma abordagem interdisciplinar

em razão da complexidade existencial do ser humano e das organizações.

Neste sentido, a mediação em nível organizacional cabe ser gerenciada por

um profissional de Relações Públicas, a partir de informações obtidas pela

interação com profissionais de outras áreas.

Sobre a atuação do profissional colaboramos com as ideias da autora,

principalmente quando fala sobre a busca incessante em descobrir certezas e verdades,

num contexto caracterizado pela incerteza e por verdades provisórias, refletindo a

necessidade de novas configurações e definições de relacionamentos, novos paradigmas

que possam auxiliar na reconstrução das práticas. A autora pensa as Relações Públicas

como uma área com uma inteligência e interdisciplinaridade complexas.

Tabela 3

Como é a sua rotina de trabalho?

Boa – 9

Regular – 12

Estressante – 4

Na tabela 3 acima fizemos a pergunta: Como é sua rotina diária de trabalho? E

colocamos as opções boa, regular e estressante. Neste item percebemos que a rotina de

trabalho do profissional de Relações Públicas, de acordo com as respostas, é para a

maioria dos entrevistados regular (12), enquanto 9 pessoas consideram a rotina de

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trabalho boa e apenas 4 responderam que sua atividade laboral é estressante. Em

conversa informal um dos sujeitos respondeu que com a chegada das novas tecnologias

e o monitoramento das mídias sociais, realizada pelos profissionais de Relações

Públicas, o trabalho não apenas aumentou, mas tornou-se mais estressante. “Requer

habilidade, a mesma agilidade e velocidade que essas mídias sociais possuem. Isso nós

não temos. Somos pessoas e não máquinas”, comentou o sujeito da pesquisa.

Outro dado que nos chamou a atenção, na informalidade das conversas com os

entrevistados, foi de que poucos tem tempo para fazer um curso de aperfeiçoamento,

treinamento e aprofundamento sobre as mídias sociais e como estas estão chegando aos

públicos alvos.

Em seguida buscamos saber com quais mídias sociais a empresa (organização)

os sujeitos trabalham? Vejamos a tabela:

Tabela 4

Quais mídias sociais sociais sua empresa/organização trabalha?

Twitter – 18

Facebook – 25

Orkut – 6

Youtube – 9

Linkedin – 8

Flirck – 9

Blogger – 2

A primeira constatação que tivemos neste item, demonstrado na tabela acima, é

que boa parte dos entrevistados não sabem a diferença entre mídias sociais e redes

sociais. Tão pouco conhecem a diferença entre um blogger, twitter e um canal de vídeo.

Na tabela acima percebemos que a maioria dos entrevistados nas suas páginas

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empresariais utilizam o facebook (25), enquanto 18 entrevistados usam o twitter como

ferramenta de trabalho para auxiliar as organizações. Dos 25 profissionais de Relações

Públicas entrevistados 9 usam o canal Youtube e Flirck.

As mídias sociais são espaços de interação entre usuários. São considerados

exemplos de mídias sociais: blogs, microblogs (Twitter), redes sociais (Facebook),

fóruns, e-groups, instant messengers, wikis, sites de compartilhamento de conteúdo

multimidia (YouTube, Flickr,SlideShare, Vimeo).

Nestes canais, as pessoas podem dialogar e compartilhar informação. O

conteúdo de uma mídia social tende sempre ao infinito, uma vez que qualquer membro

pode contribuir a qualquer momento. Este diálogo entre usuários constitui blocos

colaborativos de opinião. O consultor em Gestão Empresarial e Marketing Digital da

ESPM, Pedro Quintanilha (2013) esclarece que:

As mídias sociais significam novas oportunidades para criar e comunicar com

pessoas que se importam. As midias sociais trazem oportunidades tanto para

grandes empresas como para indivíduos com uma ideia, uma opinião. Midias

sociais, um meio para propagação da sua marca, da sua opinião, da sua causa.

São poucos os que aproveitam as midias sociais em sua estratégia de

marketing digital.

Um dado que chama atenção é a quantidade de organizações que não usam ou

possuem hoje o orkut como uma mídia social. O orkut foi criado em 2004 e em pouco

tempo virou febre no Brasil. Chegou a ser considerado pela Google uma de seus

produtos favoritos. De acordo com o consultor de marketing digital, Chico Montenegro

(2011), “com certeza 80% das pessoas não usam mais o orkut com tanta frequência, mas

ele ainda domina esses 80% dos usuários brasileiros de redes sociais”.

De fato é uma contradição, mas segundo o autor, é fácil de responder, uma vez

que “a classe C ganhou poder e hoje tem mais computadores e uma conexão web mais

acessível (não é boa, apenas acessível)”. Porém, essa classe se prende ao orkut ainda por

causa dos amigos, familiares e colegas que ainda utilizam a rede social do Google como

forma de interação.

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O facebook, como hipoteticamente prevíamos, é a mídia social mais utilizada

pelas organizações, isso se deve a certa “conscientização” (entre aspas) delas para a

importância das novas mídias. Além de que o facebook criou um novo mercado, pois

acaba sendo um meio mais barato e acessível que às organizações, com a vantagem de

que as barreiras geográficas se tornam, a cada dia, mais transponível. Sendo assim, as

Relações Públicas acabam por ter condições de valer-se dela para exercer uma

comunicação mais simétrica e mais de mão dupla, pois a Web e seus aplicativos

permitem uma personalização e uma interatividade maiores que os demais meios.

O consultor de marketing digital, Chico Montenegro (2011) diz ainda:

Só nó último mês de maio de 2011, o Facebook recebeu quase dois milhões

de novos usuários brasileiros, o que representou um crescimento de mais de

11% no total de usuários no nosso país. O Brasil já é o país que registra o

maior crescimento no Facebook, seguido por Indonésia, Filipinas, México e

Argentina. Somos 19 milhões de brasileiros na rede que já ultrapassa a marca

de 700 milhões de usuários no mundo.

Quanto ao twitter o número de organizações que utilizam as ferramentas são de

apenas 18, como adiantamos anteriormente. Uma média baixa se comparámos ao

facebook e a outras ferramentas, como Orkut (6) e Linkedin (8). Frente a esta realidade

nos questionamos: Por que isso acontece? O que podemos perceber é que apesar de ser

uma ferramenta instantânea de rápido acesso, ainda não é concebida como primordial

pelas organizações paraibanas, que preferem um meio mais popular para antigir e

chegar direto aos seus públicos.

O twitter como passar do tempo mudou sua forma de utilização, mas ainda não é

um meio que os usuários tem preferencia. Antes o twitter servia apenas como um

ambiente de conversação entre grupos de amigos se tornaria um grande facilitador na

comunicação entre as empresas e os consumidores. Antigamente a pergunta feita na

página inicial era: “O que você está fazendo” essa pergunta foi alterada para “O que está

acontecendo”. Assim como houve uma mudança de posicionamento do Twitter, muitos

usuários também passaram a utilizar a ferramenta de maneira diferente.

De acordo com depoimento do vice-presidente da comScore Graham Mudd

responsável pela pesquisa e mídia o Twitter passou por uma explosão de tráfego global.

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Se estabelecendo como uma das maiores redes sociais em cada uma das cinco regiões

globais.

A quantidade de internautas brasileiros que criaram seus perfis no Twitter nos

últimos anos é enorme. Segundo Lemos e Santaella (2010) o Brasil é um dos principais

países responsáveis pelo crescimento do Twitter internacionalmente. Para Lemos e

Santaella (2010, p.64) “o Brasil já representa atualmente 8,8% de todos os usuários do

Twitter”.

De acordo com Lardinois (2010) os usuários brasileiros ocupam o segundo lugar

na lista de nacionalidades mais ativas no Twiiter seguida por países como Reino Unido,

Canadá e Alemanha. O consumidor brasileiro está presente na internet e nas redes

sociais, o Twitter pode ser visto como um grande centro comercial onde a todo

momento é possível fazer um novo negócio. Mas, ainda não é uma realidade entre as

empresas paraibanas, que a utilizam apenas como forma de marketing ou desabafo do

consumidor quando o produto que está sendo anunciado não condiz com a realidade.

O relatório da empresa de auditoria e consultoria português “Deloitte” (2010, p.

15) afirma que:

Sem entender o impacto financeiro das mídias sociais nos resultados das

empresas, será difícil justificar a sustentabilidade de uma iniciativa nas

mídias sociais. Essa pode ser a razão para que tantas campanhas relâmpago,

no auge do relacionamento com os clientes, acabem. Neste contexto, a

inclusão de novas empresas nas redes sociais também pode ser prejudicada,

pois dificilmente um executivo investirá em algo relativamente novo, em

constante mutação, e que ainda é bastante desconhecido pela liderança. Um

business case bem escrito é a chave para inverter o serviço.

Para acompanhar os resultados daquilo que fazem nas mídias sociais, grande

parte das empresas, cerca de 71%, segundo a Deloitte (2010, p.13), “monitoram o

número de usuários e visitantes, enquanto 63% monitoram o número de visualização de

páginas e 59% monitoram a freqüência de visitação”. Mas é no grupo das opções menos

usadas que encontra-se uma importante informação para otimizar a utilização das

mídias sociais pelas organizações.

Qualquer atividade (ou processo) de uma organização será empregado

indicadores que são normalmente encadeados e agrupados com o desempenho de outros

processos a fim de alcançar um indicador da área ou do departamento, que, por sua vez,

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55

é levado ao conhecimento do acionista ou proprietário. A liderança das organizações

costuma gerir seus negócios baseados nestes números, que podem ser traduzidos em

valor para a empresa, seja pela percepção da marca, pela satisfação dos clientes, ou o

mais importante deles, pelo retorno sobre o investimento. Os indicadores de valor da

marca, retorno sobre investimento e net promoter score (índice de promotores líquido

em tradução livre) são os menos utilizados pelas empresas (24, 18 e 6%,

respectivamente) para a mensuração dos resultados em mídias sociais.

Na rede, quase tudo que é produzido é perfeitamente rastreável e mensurável,

mas ainda existe o desafio da conversão de resultados qualitativos e quantitativos de

atividades em números quantitativos financeiros. Isto pode ser alcançado por meio de

correlação e análise do antes e depois das mídias sociais, eliminando efeitos de

sazonalidade e movimentações do mercado. Contudo, esta tarefa é trabalhosa e a

organização necessita de planejamento, para que possa estruturar os aspectos que serão

mensurados antes de começar a agir. Algumas grandes multinacionais brasileiras já

agem assim, no entanto, essa é uma realidade nacional e não regional.

Tabela 5

Você acredita que com o uso das mídias sociais o relacionamento,

da empresa que trabalha, com seu público melhorou?

Sim – 24

Não– 01

Na tabela acima percebemos que a maioria dos sujeitos entrevistados disseram

que com a chegada das mídias sociais os relacionamento como seus públicos melhou e

apenas um sujeito respondeu que não.

De acordo com o sujeito da pesquisa “não melhorou porque a demanda

aumentou muito e a empresa/organização não contratou novos profissionais para ajudar,

ficando a cargo de uma pessoa dar a resposta a esse público de forma mais rápida”.

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Tabela 6

Você já realizou alguma campanha usando as mídias social na

empresa/organização em que trabalha?

Sim – 10

Não – 15

De acordo com os profissionais de Relações Públicas apenas 10 (tabela 6)

realizou uma campanha usando as mídias sociais na empresa/organização em que

trabalha. Dos 25 entrevistados 15 responderam que não realizaram nenhuma campanha

em que tivesse as mídias sociais. Um dos sujeitos da pesquisa em conversa informal

respondeu que: “a empresa lança campanhas pelo facebook e twitter, mas o público só

vai saber mesmo da existência de uma promoção, por exemplo, quando vai a loja e vê o

cartaz fixado em letras vermelhas”.

Neste contexto percebemos que algumas empresas/organizações paraibanas não

estão preparadas para utilizar as mídias sociais como ferramenta para novos negócios,

como também os profissionais que já o fazem. O que alguns não sabem é que “Mídias

sociais nas empresas”, podem ser utilizadas como um pilar estratégico de negócios, ao

aproximar os consumidores de seus fornecedores.

Ao identificar também os benefícios dessas ferramentas online as

empresas/organizações podem utilizá-la não somente como um canal de publicidade,

mas, principalmente, como forma de aproximação com seu público consumidor. O

ambiente virtual deixa esse novo cliente mais a vontade para escolher o que deseja,

desde fazer compras a fazer novas amizades. As realações e contatos acontecem de

forma diferenciada.

Na internet, outros consumidores podem expressar suas preferências por

fornecedores e produtos, o que tende a influenciar o possível comprador na hora de

fazer sua escolha. E, mais além, os consumidores chegam a confiar em estranhos

virtuais por se identificar com eles, e é esse o grande desafio, pois para que exista uma

melhor utilização das mídias sociais, as empresas/organizações precisam estabelecer

porta-vozes para sua marca, que se preocupam em conversar com o mercado e extrair

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dele valor para seus negócios. As empresas precisam, enfim, “humanizar-se” por meio

das mídias sociais.

Salientamos que as perguntas que não foram analisadas nesse capítulo, foram os

quesitos de cunho pessoal dos entrevistados, no qual não podem ser revelados pelo

cumprimento do anonimato da pesquisa. Os outros itens que constam no questionário

são idade, sexo, profissão, etc, que inclusive alguns foram citados no texto no início das

análises.

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CONSIDERAÇÕES

No decorrer desta pesquisa foi possível identificar vários aspectos tanto por parte

dos profissionais de Relações Públicas quanto das empresas/organizações em que

trabalham os profissionais. Com relação as empresas/organizações percebemos que as

elas utilizam as mídias sociais, no entanto, poucas fazem o uso adequado. O que falta

para que sejam muito mais bem-sucedidas nos seus negócios é conquistar seu público

por mais esse canal de comunicação para que haja uma transformação.

Possuir disseminadores internos que ensinem as demais áreas da empresa os

benefícios das mídias sociais para os negócios, pode ser também uma saída para

melhoria e alavancada nos negócios da empresa. Uma outra dica seria as empresas

começar implantar as mídias sociais por pequenos passos. Primeiro, o monitoramento

online, seguido de um piloto interno, da participação em conversas online e, finalmente,

do lançamento de suas próprias iniciativas na rede.

Entender o que são as mídias sociais, como elas atuam, o que podem

verdadeiramente ser realizado dentro das reais necessidades da empresa são coisas

possíveis para empresas de grande, médio ou pequeno porte. Definir o objetivo central e

planejar estratégias e desmembrá-la em objetivos menores, definidos de acordo com o

perfil de cliente e qual mídia social será utilizada. Entender onde estão os seus clientes e

definir qual forma de interação pode trazer mais benefícios em suporte ao cliente,

promoções de venda, na captura de ideias, e outros processos. Esse exercício ajuda a

definir métricas para o acompanhamento das atividades.

Outro aspecto detectado foi que as empresas não possuem uma liderança

flexível, ou seja, um líder reconhecido internamente e uma equipe que possa crescer na

medida em que a empresa se deparar com novas demandas, que também avalie se é

necessário ter mais de um líder para essa iniciativa, alocado de acordo com as linhas de

produto e tipos de mídias sociais usadas.

As empresas e as pessoas querem aproveitar a “febre” das mídias sociais,

querem se juntar à massa, e o fazem de olhos fechados, pois as ferramenta são gratuitas,

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mas, sempre cometem erros. Atualmente na maioria das empresas/organização, falta

um planejamento para utilizar o twitter como ferramenta de Comunicação

Organizacional e os deslizes cometidos por estes não são esquecido pelos internautas. O

dano causado na imagem de uma instituição ou marca pode ser irreparável. Nas mãos de

um profissional bem preparado, como um Relações Públicas, que esta apto a realizar um

bom planejamento de comunicação as ferramentas podem ser melhor utilizada como

complemento para a Comunicação Organizacional, pois “fala” diretamente com um

público interessado em ouvir da própria organização o que ela tem a dizer, gerando

credibilidade e satisfação, agregando valor à organização para a qual a comunicação

efetiva está sendo realizada.

A atualização do profissional deve ser constante, pois as ferramentas sociais

(twitter e facebook) e o cenário em que ele está inserido são mutáveis. Parece que o

profissional de Relações Públicas que não acompanhar estas mudanças pode naufragar

nas suas atividades laborais pondo a perder todo o esforço realizado até aqui.

O relatório da Deloitte (2010)1 traz algumas dicas de como melhorar essa

realidade, uma delas é “entender qual linguagem deverá ser usada para a comunicação

com o mercado. As conversas devem ser humanas, demonstrar sentimentos, elogios e

apoiar os seus clientes.”

A sociedade está cada vez mais ligada por redes de comunicação, as ciências que

estudam essas sociedades se tornam também elas cada vez mais complexas. A

professora Lúcia Santella (2013), em obra recente, analisa a comunicação humana e não

humana. Segundo a autora criou-se a expressão ecologia das mídias, que engloba

diversos campos de saber: semiótica, teoria dos sistemas, cibernética, tecnologias da

informação, teoria cognitiva e estudos em inteligência coletiva. Ela é necessariamente

interdisciplinar.

1 A Deloitte oferece serviços nas áreas de Auditoria, Consultoria Tributária, Consultoria em Gestão de Riscos Empresariais,

CorporateFinance, Consultoria Empresarial e Outsourcing para clientes dos mais diversos setores. Com uma rede global de cerca de

169.000 profissionais atuando a partir de firmas-membro em mais de 140 países, a Deloitte reúne habilidades excepcionais e um

profundo conhecimento local para ajudar seus clientes a alcançar o melhor desempenho, qualquer que seja o seu segmento ou região de atuação. No Brasil, onde atua desde 1911, a Deloitte é uma das líderes de mercado e seus cerca de 4.000 profissionais são

reconhecidos pela integridade, competência e habilidade em transformar seus conhecimentos em soluções para seus clientes. Suas

operações cobrem todo o território nacional, com escritórios em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Joinville, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife e Salvador. A Deloitte refere-se a uma ou mais Deloitte Touche Tohmatsu, uma

verein (associação) estabelecida na Suíça, e sua rede de firmas-membro, sendo cada uma delas uma entidade independente e

legalmente separada. Acesse www.deloitte.com/about para a descrição detalhada da estrutura legal da Deloitte Touche Tohmatsu e de suas firmas-membro. Para mais informações, contate-nos pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 5186-

6686.

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Santella (2013, p.20) aborda justamente o fenômeno da ubiquidade (ocupar

espaços distintos simultaneamente), em suas faces cultural e educacional. A obra

investiga temas como o pós-humano, as promessas da web 3.0, as interfaces entre a

cidade e o corpo. Abre uma reflexão sobre o conceito de privacidade e sua ambivalência

na era digital. Enumera as principais mudanças políticas e subjetivas produzidas pelas

redes digitais. Em outros capítulos, trata do surgimento das chamadas hipermídias e

transmídias. Lançam luzes sobre a função pedagógica dos games. Ocupa-se

especialmente das possibilidades abertas pelo fenômeno da ubiquidade. Em linhas

gerais diz Santella (p.50):

[...] o estudo das mídias pressupõe uma renovação da ontologia (estudo do

ser). Esta deixa de ser entendida como metafísica, ou seja, como uma análise

da substância da realidade. Passa a ser o estudo dos modos de conexão de

diversas realidades.

Relações, associações, mediadores, conexões. Nesse campo semântico, Santaella

propõe a criação de uma "ontologia política das redes", tal como a proposta pelo

sociólogo francês Bruno Latour.

Nesta fronteira entre a mente e o corpo as relações ficaram intersubjetivas depois

das novas mídias e as empresas estão agindo da mesma maneira. Mais do que nunca

precisamos deixa que essas mídias sejam um patrimônio de elites financeiras e

intelectuais do mundo, mas que torne-se uma experiência cotidiana. É preciso realizar

aquela decisiva transgressão das máquinas, profetizada por Flusser, ou seja, desviá-las

de sua função inicial. Essa é a única maneira de reverter a alienação do ser humano

produzida pelas máquinas. Usando-as em benefício de nossa liberdade. E em nome da

emancipação humana.

A pesquisa nos comprovou o que já hipoteticamente desconfiávamos, ou seja,

que os profissionais de Relações Públicas, no município de João Pessoa, estão no

mercado trabalhando com as novas ferramentas. Mas, muitos não estão preparados para

lidar com elas. O dado que também nos chamou atenção foi que as empresas também

não estão aproveitando o que as mídias sociais pode trazer de benefício para elas. Assim

como não sabem que o mal uso dessas mídias pode acarretar em perda de identidade da

empresa/organização, enfraquecimento das vendas e riscos para seus negócios.

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A verdade é que ainda há muito a fazer, a ser pensado, estudado e pesquisado

para contribuir para que essa realidade mude. Esperamos que este estudo sirva para

causar curiosidade sobre as práticas das Relações Públicas como também sobre as novas

mídias que surgem aliadas a tecnologia celular móvel.

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NOTA: Este trabalho está de acordo com as normas de documentação da

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA (ABNT) disponíveis na

Biblioteca Central da UFPB, a saber: NBR 6022; NBR 6023; NBR 6027; NBR 6028;

NBR 10520; NBR 14724.

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APÊNDICE

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68

APÊNDICE 1 – QUESTIONÁRIO PROFISSIONAIS

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB)

CENTRO DE COMUNICAÇÃO, TURISMO E ARTES (CCTA)

CURSO: RELAÇÕES PÚBLICAS

ALUNA: DAYSE PONTES

Este questionário propõe colher dados para enriquecimento de nosso trabalho

monográfico que tem como tema: “Análise da atuação do Profissional de Relações

Públicas nas mídias digitais (Facebook e Twitter) de João Pessoa (PB)”.

QUESTIONÁRIO:

NOME: ____________________________________

Empresa que trabalha: _________________________________________

Tempo de serviço na empresa? _________________________________

1. Qual sua formação profissional? ______________________________

Idade: ______________________ Sexo: ____________________

(..) Graduação ( ) Especialização ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( )

Cite a área: ____________________________________________________

2. Quanto tempo de formada (o) ? _____________________________

3. Quantos anos atua como mídias sociais? _________________________

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4. Como é sua rotina diária de trabalho?

(..) Boa (...) Regular ( ) Média (...) Estressante

5. A empresa que trabalha tem página na internet? Qual o endereço eletrônico

(website)? _____________________________________________________________

6. Quais mídias sociais possui a empresa que trabalha?

(..) Twitter (...) Facebook (...) Linkedin (...) Youtube (X) Flirck (...) Orkut

(...) Blogger (...) Wordpress (...) Outra:______________________________

7. Como essas mídias são monitoradas?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

8. Você acredita que com o uso dessas mídias o relacionamento da empresa em que

trabalha e seu público (os) melhorou (aram)?

(...) Não ( ) Sim (...) Piorou (...) Melhorou consideravelmente

9. Você já realizou alguma campanha usando as mídias sociais na sua empresa?

(...) Sim ( ) Não

10. Depois de trabalhar o dia inteiro quando chega a casa continua plugado nas mídias

sociais?

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(...) Sim ( ) Não (...) Às vezes (...) Depende da demanda de trabalho

OBSERVAÇÃO: Garantimos a todos que os dados aqui obtidos serão sigilosos e

nenhum nome será citado.

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ANEXO

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72

ANEXO I

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB

CENTRO DE COMUNICAÇÃO TURISMO E ARTES – CCTA

Curso: Comunicação Social – Habilitação: Relações Públicas

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Nome da Pesquisa: Análise da atuação do Profissional de Relações Públicas nas

mídias sociais (Facebook e Twitter)

Pesquisadora Responsável (Orientadora): David Fernandes

Pesquisadora Acadêmica Responsável: Dayse Pontes

Esse estudo tem como objetivo geral: Analisar a atuação do profissional de Relações

Públicas nas mídias sociais em João Pessoa (PB). Procuramos entender como este

profissional está se comportando com a chegada das novas mídias sociais (Facebook e

Twitter), foi possibilitado através dos objetivos específicos: Verificar se os profissionais

de Relações Públicas, que atuam no mercado de João Pessoa, estão preparados para usá-

los de maneira correta dentro das organizações; Observar a evolução histórica dessas

ferramentas de mídias sociais junto a sociedade; Identificar os benefícios e malefícios

que o uso indevido (ou incorreto) destas mídias sociais pode causar para a imagem das

organizações; Investigar como se encontra o mercado de trabalho do profissional de

Relações Públicas em João Pessoa e como estão atuando após a chegada destas novas

mídias sociais.

Este projeto se desenvolverá com base em uma abordagem qualitativa que “enfatizam as

especificidades de um fenômeno em termos de suas origens e de sua razão de ser”,

Haguette (2003, p. 63). Os estudos qualitativos investem na descrição, exploração e

análise da complexidade de determinado problema. Esta pesquisa será de cunho

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bibliográfico e de campo sobre a atuação do profissional de Relações Públicas

mediante as novas mídias sociais.

A pesquisa será realizada profissionais que estão no mercado de trabalho na cidade de

João Pessoa, com a finalidade de analisar a atuação do profissional de Relações Públicas

nas mídias sociais em João Pessoa (PB). Os instrumentos para a coleta de dados serão

questionário e observação participante.

Eu_____________________________________________, abaixo assinado, tendo

recebido as informações acima, e ciente dos meus direitos abaixo relacionados,

concordo em participar da pesquisa, tendo:

1 - A garantia de receber todos os esclarecimentos sobre as perguntas da entrevista antes

e durante o transcurso da pesquisa, podendo afastar-me em qualquer momento se assim

o desejar, bem como está assegurado o absoluto sigilo das informações obtidas.

2 - A segurança plena de que não serei identificada mantendo o caráter oficial da

informação, assim como, está assegurada que a pesquisa não acarretará nenhum

prejuízo individual ou coletivo.

3 - A segurança de que não terei nenhum tipo de despesa material ou financeira durante

o desenvolvimento da pesquisa, bem como, esta pesquisa não causará nenhum tipo de

risco, dano físico ou mesmo constrangimento moral e ético ao entrevistado.

4 - A garantia de que toda e qualquer responsabilidade nas diferentes fases da pesquisa é

dos pesquisadores, bem como, fica assegurado poderá haver divulgação dos resultados

finais em órgãos de divulgação científica em que a mesma seja aceita.

5 - A garantia de que todo o material resultante será utilizado exclusivamente para a

construção da pesquisa e ficará sob a guarda do pesquisador, podendo ser requisitado

pelo entrevistado em qualquer momento.

Diante do exposto, solicitamos o consentimento de sua participação voluntária no

referido estudo, por meio da assinatura abaixo.

João Pessoa/PB, ____de ___________de 2013.

____________________________________________

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Assinatura do participante

Contato com o pesquisador responsável:

Caso necessite de maiores informações sobre o presente estudo, favor entrar em contato

com a pesquisadora Dayse Pontes, nos endereços: Rua Delmira Ferreira, 119 - ap 43

torre 2 . Vila Firmiano Pinto, São Paulo /SP. Rua Maria Lúcia Gomes, 204 - Jardim São

Severino, Bayeux – PB ou pelo email: [email protected]. Telefone celular:

(11) 955773286

Atenciosamente,

_____________________________________________

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ANEXO 2 - Páginas de algumas empresas que autorizaram as imagens:

Berg Lima possui site pessoal – www.berglima.com.br

https://www.facebook.com/berglima2?fref=ts – Face

https://twitter.com/berglimaa - Twitter

Página da empresa Foccus

Páginas do Face e Twitter ainda indisponíveis

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Página da Escrita Livre – PB Cine Senhor

https://www.facebook.com/pbcinesenhor?fref=ts – Face

Página da Degustare – Casamentos

Ainda não possui página no Face e no Twiiter

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Página da Geotur Turismo

Pediu para não divulgar os perfis, pois está em manutenção

Farmácia Pague Menos

https://www.facebook.com/farmaciaspaguemenos - Face

https://twitter.com/paguemenosbr - Perfil Twitter