DADOS DE IDENTIFICAÇÃO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · A Linguagem na Escola..... 8 UNIDADE III...

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1 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO–OESTE – UNICENTRO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE CADERNO PEDAGÓGICO MÍDIA E EDUCAÇÃO: QUANDO A PRODUÇÃO DOCENTE TORNA-SE UM FAZER MIDIÁTICO. ROSELAINE MARIA BARICHELLO CASALI JUNHO/2009

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO–OESTE – UNICENTRO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

CADERNO PEDAGÓGICO

MÍDIA E EDUCAÇÃO: QUANDO A PRODUÇÃO

DOCENTE TORNA-SE UM FAZER MIDIÁTICO.

ROSELAINE MARIA BARICHELLO CASALI

JUNHO/2009

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO–OESTE – UNICENTRO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

CADERNO PEDAGÓGICO

MÍDIA E EDUCAÇÃO: QUANDO A PRODUÇÃO

DOCENTE TORNA-SE UM FAZER MIDIÁTICO.

Este trabalho foi realizado para atender às exigências do PDE Programa de Desenvolvimento Educacional da SEED/PR, como uma produção individual dos estudos teóricos realizados, sob a orientação da professora Ms. Jamile Santinello.

ROSELAINE MARIA BARICHELLO CASALI

PEDAGOGIA

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IDENTIFICAÇÃO

ÁREA: PEDAGOGIA

PROFESSORA PDE: ROSELAINE MARIA BARICHELLO CASALI

NRE: PATO BRANCO

PROFESSORA ORIENTADORA: Ms. JAMILE SANTINELLO

IES: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO

ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: ESCOLA ESTADUAL CORONEL MISAEL FERREIRA

ARAUJO – ENSINO FUNDAMENTAL

MUNICÍPIO: MANGUEIRINHA

TEMA DE ESTUDO DA INTERVENÇÃO: MÍDIA E EDUCAÇÃO: QUANDO A

PRODUÇÃO DOCENTE TORNA-SE UM FAZER MIDIÁTICO

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SUMÁRIO

IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................................... 3

APRESENTAÇÃO.......................................................................................................... 6

UNIDADE IOBJETIVOS DO TRABALHO ....................................................................................... 7

UNIDADE IIO homem e a Linguagem.............................................................................................. 7A Linguagem na Escola............................................................................................... 8

UNIDADE IIIPedagogia Histórico-Crítica na Escola........................................................................ 8Pedagogia dos Meios de Comunicação..................................................................... 10

UNIDADE IVMídia, Educação e Cidadania...................................................................................... 13A Mídia na Educação................................................................................................... 15A Criança e a Mídia...................................................................................................... 16

UNIDADE VEncaminhamento Metodológico.................................................................................. 18Coleta de Dados........................................................................................................... 19

UNIDADE VIOFICINAS PEDAGÓGICAS........................................................................................... 20

OFICINA DE EDUCAÇÃO PARA A MÍDIA.................................................................... 21Reflexões sobre Educomunicação.............................................................................. 21Redação e o Processo da Produção da Notícia......................................................... 25As diferentes formas de trabalhar a Informação........................................................ 27Fases de Produção da Notícia..................................................................................... 29Diferentes Veículos Midiáticos.................................................................................... 29

OFICINA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO NO ESPAÇO ESCOLAR – MÍDIAS 34

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IMPRESSAS ..................................................................................................................Jornal Informativo ........................................................................................................ 35Jornal Mural ................................................................................................................. 36Fanzine .......................................................................................................................... 38

OFICINA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO NO ESPAÇO ESCOLAR – MÍDIAS

VIRTUAIS........................................................................................................................ 40Blog: Idéia na Cabeça e Mouse na Mão ..................................................................... 40Criando um Blog ........................................................................................................... 42Mídias Digitais .............................................................................................................. 45Serviços ..Google ......................................................................................................... 50Programas Google ....................................................................................................... 52Programa Picasa .......................................................................................................... 54Programa VDownloader .............................................................................................. 55

OFICINA DE EDIÇÃO DE VÍDEO ................................................................................ 56Programa Windows Movie Maker .............................................................................. 59

OFICINA DE GESTÃO DA INORMAÇÃO NO ESPAÇO ESCOLAR E O

AUDIOVISUAL EM SALA DE AULA............................................................................. 61Usos inadequados do Vídeo em Sala de Aula ........................................................... 60Propostas de Uso do Audiovisual em Sala de Aula .................................................. 63Análise de Vídeos em Sala de Aula ............................................................................ 65

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 68

REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 69

ANEXOS ........................................................................................................................ Anexo I................................................................................................................. 73 Anexo II .............................................................................................................. 74 Anexo III ............................................................................................................ 75

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APRESENTAÇÃO

Este Caderno Pedagógico apresenta de forma descritiva e sequencial, a pesquisa

realizada sob o tema Mídia e Educação, evidenciando por meio de suas unidades, a

teoria pesquisada e sua possível integração com a prática pedagógica dos professores

que atuam em educação e objetivam estratégias dinâmicas para o desenvolvimento de

um trabalho diferenciado e qualitativo que integre as mídias socialmente veiculadas e o

trabalho educacional no cotidiano da escola.

As unidades apresentam os temas estudados de maneira que o leitor interprete

sequencialmente a proposta de pesquisa.

A primeira unidade expõe os objetivos deste trabalho.

A segunda evidencia a importância da linguagem no relacionamento inter pessoal

do ser humano e no espaço escolar.

A terceira unidade aborda nuances da Pedagogia Histórico-Crítica e da Pedagogia

dos Meios de Comunicação e a inserção destas no contexto educacional, como

metodologias inovadoras de abordagens e trato dos conteúdos escolares.

Na quarta unidade enfoca-se a relação entre mídia, educação e cidadania e a

relação que os educandos, sejam crianças ou adolescentes, fazem das mídias com seu

dia a dia e no trato com os conteúdos em sala de aula.

A partir desta teorização, são elencadas na unidade cinco, toda a metodologia de

pesquisa e de abordagem deste trabalho junto aos professores do Quadro Próprio do

Magistério da Escola Misael, por meio de oficinas pedagógicas que são especificadas de

maneira detalhada desde a sua teorização, até sua aplicação prática no decorrer do ano

letivo de 2009.

Desta forma objetiva-se proporcionar ao professor-leitor momentos de reflexão e

síntese acerca da relação entre mídia e educação escolar, que podem subsidiar a prática

em sala de aula e facilitar o trabalho educativo.

UNIDADE I

OBJETIVOS DO TRABALHO

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Disponibilizar este Caderno Pedagógico aos professores que pesquisam novas

metodologias educacionais envolvendo mídia e educação, e o uso que se pode fazer do

vídeo - imagens, na produção do conhecimento.

* Refletir conceitos de autores que defendem mudanças nas práticas educativas

alienadas e reprodutoras.

* Subsidiar a aplicação prática do projeto de intervenção, por meio de oficinas

pedagógicas.

* Compilar textos que subsidiarão o estudo do Grupo de Trabalho em Rede.

UNIDADE II

O HOMEM E A LINGUAGEM

Desde que o ser humano descobriu-se coletivo, comunicou-se com seus

semelhantes de maneira simples, porém efetiva.

Em outros tempos, através de sinais o homem mandava e recebia mensagens,

suprindo suas necessidades.

Com o passar do tempo ele foi aprimorando a sua comunicação, e passou a utilizar

a linguagem oral, concebendo uma nova maneira de relacionar-se, comunicar-se e

desenvolver-se como ser humano racional. Por meio da palavra, o homem apoderou-

se da habilidade da argumentação e passou a dominar o meio e também seus

semelhantes.

A palavra, âmago de qualquer relacionamento inter pessoal, delegou ao homem a

facilidade no intercâmbio de ideias tornando seus contatos mais produtivos, adequando

seu discurso a sua conduta.

Ao tornar-se um bom comunicador, o homem estabeleceu com seu ouvinte uma

aproximação benéfica que facilitou a criticidade e o companheirismo na busca de

soluções para qualquer impasse.

Só, que muitas vezes, a linguagem também foi motivo de grandes embates e até

de violência explícita uma vez que por meio da palavra o homem dizia aquilo que

pensava, sem querer ouvir o que o outro pensava.

A linguagem já ajudou e pode continuar ajudando na libertação de um povo.

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A LINGUAGEM NA ESCOLA

Neste contexto de valorização da linguagem, a escola como centro produtor de

conhecimento e ambiente de amplos relacionamentos inter pessoais, pode empregar um

método de comunicação democrático que contribua com o desenvolvimento integral do

ser humano.

Ao exercer sua função social, ela pode trabalhar enfaticamente a qualidade de

suas relações comunicativas, sob risco, se não o fizer, de tornar-se um ambiente apenas

reprodutivo e não produtor de ideias e ideais.

Ao ingressar na Escola o aluno apresenta uma visão parcial dos fatos que o

circundam e uma comunicação atrelada a sua cultura de origem. Cabe, pois, à Escola, o

desenvolvimento de um trabalho educacional transformador que ultrapasse qualquer

visão fragmentada de homem e de mundo e que utilize uma comunicação autêntica na

interpretação dos fatos.

As linguagens que hoje se apresentam no contexto escolar são as mais variadas

possíveis e a comunidade escolar precisa estar preparada para transpor estas barreiras

de comunicação, realizando um trabalho educativo democrático e de qualidade, com

amplo entendimento entre as partes que compõem o processo.

Se a escola desenvolver em seus alunos a capacidade de usar positivamente a

palavra, libertará neles o bem mais precioso que existe, a EXPRESSÃO DO

PENSAMENTO CRIATIVO.

E aí, qualquer linguagem, seja oral, escrita ou de imagens, será bem interpretada,

bem assimilada e ponto de convergência das ideias que permeiam o contexto escolar.

Para isso, faz-se necessário que o Projeto Político e Pedagógico da escola seja

bem redigido e com posturas claras sobre a função social da escola e o tipo de homem

que ela quer formar, visando uma sociedade idealizada pela própria comunidade.

UNIDADE III

PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA NA ESCOLA

Uma tendência pedagógica comprometida com a transformação do ser humano e

consequentemente da sociedade é a Pedagogia Histórico-Crítica que segundo Saviani é

uma pedagogia DIALÉTICA, em que:

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a visão crítico-dialética da educação é o que queremos traduzir como expressão da Pedagogia Histórico-Crítica. Seus pressupostos, portanto, são os da concepção dialética da história. Isso envolve a possibilidade de se compreender a educação escolar tal como ela se manifesta no presente, mas entendida esta manifestação presente como resultado de um longo processo de transformação histórica (SAVIANI, 2005, p.93).

Numa concepção histórico-crítica de educação o professor e o aluno buscam

apropriar-se do conhecimento historicamente produzido, utilizando todos os instrumentos

que a modernidade pode oferecer, a fim de que o passado e o presente tenham um

vínculo construtivo e que o conteúdo seja trabalhado de maneira prazerosa e cumulativa.

Nesta proposta educacional, é necessária uma visão da sociedade como um todo,

isto é, um entendimento de como funcionam e se inter relacionam todos os setores do

contexto social. O diálogo torna-se fundamental e a reflexão sobre a realidade um fator

preponderante de sucesso ou de fracasso do processo educacional que se pretende

desenvolver.

Numa visão histórico-crítica de educação, os conceitos trabalhados na escola

passam a ter conotação real e são constantemente confrontados com o cotidiano de

alunos e professores.

Nessa interação, o aluno por sua ação e pela mediação do professor, apropria-se e, efetivamente, constrói para si o conhecimento, estabelecendo uma série de microrrelações entre as diversas partes do conteúdo e de macrorrelações do conteúdo com o contexto social (GASPARIN, 2003, p.107).

Os recursos tornam-se importantes auxiliares no desenvolvimento do processo

didático-pedagógico, porque eles colaboram para que os conteúdos sejam apresentados

aos alunos de maneira diversificada, facilitando a concatenação da teoria com a prática e,

consequentemente a melhor assimilação dos conceitos trabalhados.

A mídia, como um importante instrumento comunicativo, pode ser colaboradora

deste processo visto que é disseminadora de imagens, de ideias e de padrões de

comportamento.

Vários estudos já realizados demonstram que a mídia tem um enorme poder

persuasivo no ser humano e que consegue convencer com facilidade.

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Então, com uma pedagogia progressista de trabalho educativo e com o auxílio de

instrumentos tecnológicos midiáticos, poder-se-ia realizar uma boa parceria visando à

democratização do processo de ensino e aprendizagem.

PEDAGOGIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

PEDAGOGIA:

é a área que acumula as normas, regras, disposições, caminhos e/ou métodos em relação à educação... É a parte do saber que está ligada à razão que nos possibilita o convívio, a tolerância e o amor em educação. (GHIRALDELLI, 2002, p.4)

MEIOS DE COMUNICAÇÃO:

São mecanismos que permitem a disseminação em massa de informação, facilitando a construção de consensos sociais, a construção e a produção do discurso público e certos níveis de interação, principalmente dos novos meios independentes, alternativos e comunitários. (GHIRALDELLI, 2002, p.1)

Pedagogia dos meios é a arte de ensinar utilizando como instrumentos, os meios

de comunicação de massa.

Os meios de comunicação apresentam um relevante papel no contexto social uma

vez que veiculam informações pertinentes ao próprio contexto onde se inserem.

O primeiro meio de comunicação moderno do qual se tem registro, é o Telégrafo,

aparelho que emite mensagens por meio de sinais gráficos.

Substituído por meios mais potentes e ágeis, hoje o Telégrafo apenas faz parte de

museus e/ou acervos históricos.

A partir deste, foram surgindo muitos outros como rádio am e fm, rádio amador,

rádio a pilha e a luz, telefones dos mais variados modelos, televisão, vídeo-cassete, DVD,

jogos eletrônicos, câmeras fotográficas, câmeras de vídeo, caixa de som fixa ou

ambulante, satélites, web e, tantos outros que fazem parte do cotidiano das pessoas, até

em remotos lugares deste país.

Com isso, a comunicação tornou-se mais rápida e precisa, facilitando o intercâmbio

de ideias entre as pessoas.

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Com o passar do tempo, os meios de comunicação tornaram-se um importante e

rentável mercado, cobiçado por muitos capitalistas que viram neles uma ótima maneira de

angariar fabulosos lucros e ainda, moldar a opinião pública com parcialidade em muitas

das informações veiculadas.

Nesse contexto, como produtora de conhecimento e como formadora de

pensamento acerca do contexto social e dos interesses de dominantes e dominados, a

Escola pode partilhar do trabalho dos meios de comunicação, tornando-se um ambiente

de discussão, de desconstrução e de reconstrução das informações cotidianas por eles

veiculadas.

A Pedagogia dos Meios de Comunicação oportuniza uma co-participação da

Escola com outras instâncias sociais por meio de um trabalho parceiro, focado no

desenvolvimento do pensamento abstrato e da interpretação do cotidiano, com vinculação

aos conteúdos cientificamente desenvolvidos.

Segundo Orozco:

há necessidade da instituição escolar abrir-se para a multiplicidade da realidade, compartilhando com outras instituições sociais, tornando-se mais interessante para os alunos. (OROZCO apud FIGARO, 1998,p.1)

A Pedagogia dos Meios instrumentaliza a Escola para a dinamização do processo

ensino-aprendizagem, pois auxilia a Escola a desvendar o mundo dos meios de

comunicação e as intenções expressas de maneira visível ou mesmo de maneira

subliminar (nas entre linhas) de programas ou propagandas comerciais veiculadas por

este mecanismo capitalista, sedutor e abrangente, que é a mídia.

A Escola pode fazer uso das experiências cotidianas que os alunos possuem com

os meios de comunicação, para assim, aos poucos, desvendar este mundo paralelo que

condiciona o receptor a um estado passivo, trazendo para o contexto escolar, discussões

abertas e transparentes sobre os objetivos e interesses a que estes meios de

comunicação servem, conduzindo o aluno à uma reflexão profunda sobre o tema,

conscientizando-o do posicionamento que deve ter diante deste instrumento de

comunicação e ainda, como melhor vinculá-lo ao processo educativo e aos conteúdos

curricularmente desenvolvidos. É um pensar e repensar sobre como os meios de

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comunicação podem servir e auxiliar o processo de exploração e assimilação do

conhecimento.

Segundo Orozco:

Cada vez mais a Escola se encontra relegada como instituição social e os meios de comunicação como protagonistas...O caminho não é competir e sim fazer aliança estratégica: servir-se dos meios e dar conta de questioná-los sobre a aprendizagem que proporcionam às crianças e, para ser realmente relevante, fazê-lo de modo que todos os estudantes se formem de maneira mais completa, autônoma e crítica.(OROZCO apud FIGARO, 1998, p.8).

A Escola pode associar aos instrumentos que já possui para trabalhar os

conteúdos curriculares, a imagem, o som e o movimento que os meios de comunicação

tão bem sabem manipular, dando assim, maior encantamento ao processo educativo,

utilizando as tecnologias do cotidiano como auxiliares de um trabalho mais qualitativo e

prazeroso. É uma maneira inteligente de motivar o aluno para a aprendizagem e para o

comprometimento com o saber, produzindo coletivamente uma caminhada para a

autonomia, para o saber pensar e para o saber se expressar.

A Escola pode iniciar um trabalho pedagógico com os meios de comunicação,

interpretando aquilo que já é socialmente veiculado, dissecando as informações em

conjunto professor-aluno. A partir deste trabalho, deverá construir uma caminhada de

produção didático-pedagógica para os meios de comunicação onde, por meios dos

recursos tecnológicos, o aluno construa novas práticas e maneiras de interpretar o

conteúdo, produzindo programas que possam ser visualizados por toda a comunidade

escolar, dando conotação própria à produção, percebendo que o manipulador

(instrumento de comunicação) também pode ser manipulado e servir aos interesses

individuais e momentâneos de um determinado objetivo educacional.

É o início de um trabalho escolar voltado para uma pedagogia dos meios de

comunicação de massa, onde o mundo midiático sai do inatingível e distante, tornando-se

acessível.

É a desmistificação do mundo midiático.

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UNIDADE IV

MÍDIA, EDUCAÇÃO E CIDADANIA

Cidadania, segundo Dallari, “é a expressão de um conjunto de direitos que dá à pessoa a

possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo”.

A educação ainda detém o poder de transformar o homem. Ela é o maior

instrumento de libertação e autonomia de crianças, jovens e adultos. Por meio do

processo educativo, é possível idealizar projetos, antever práticas, abrir mentes e produzir

cidadania.

A partir do momento que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

decretou a obrigatoriedade do acesso e da permanência de crianças e adolescentes na

escola, abriu uma série de oportunidades de transformação individual e

consequentemente coletiva.

Tendo acesso ao convívio social oferecido pela escola e também aos conteúdos

curriculares, o aluno absorve uma nova realidade, tece inter relações e começa a

reconhecer-se como ser humano articulador, sujeito a algumas normas, regras e valores,

porém, dono de sua própria construção histórica. Ele está começando a viver sua

cidadania.

A escola tem a capacidade de oferecer a cada um de seus partícipes, a

oportunidade de ser único no meio de uma multidão. A capacidade de articular seu

próprio saber e de mostrar seu valor independente da realidade cotidiana tanto material

quanto emocional que o mantém.

Tanto professores, quanto alunos, são capazes de transformar-se intelectualmente

por meio da convivência oferecida pela escola. É na escola que se produzem e se

reproduzem os rumos da educação e, consequentemente, os da cidadania. É por isso que

são necessários maiores debates no âmbito escolar sobre os problemas que permeiam o

contexto, de uma maneira transparente e comprometida. Só assim, os rumos da

educação adquirirão uma conotação cidadã, libertando e produzindo autonomia.

Nos diz Guareschi:

Somente a educação que parte da reflexão, do crescimento em consciência, pode ser uma educação verdadeiramente libertadora e que leve a uma autêntica responsabilidade, tornando o ser humano digno, isto é, merecedor, e não apenas receptor passivo de um paternalismo que domina o mais profundo da consciência. (GUARESCHI, 2005, p.22).

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É necessário que professores e alunos discutam as possibilidades e os limites dos

conteúdos curriculares e também das metodologias trabalhadas nas escolas.

É preciso que as tecnologias oferecidas pelo contexto social possam servir de

instrumentalização para uma prática educativa transformadora, uma valorização do

professor como mediador de todo o processo e um comprometimento do aluno com seu

próprio crescimento cognitivo.

Essas tecnologias estão inseridas na sociedade, mais especificamente nas

famílias, formando e também deformando mentes. Então, a escola não pode mais ficar

alheia a isso. Precisa auto-equipar-se e trazer para o seu cotidiano a utilização dos

conceitos, das ideias e dos ideais que permeiam os meios de comunicação e as novas

tecnologias desta sociedade capitalista de consumo.

Se a escola começar a desvendar este mundo midiático em seu próprio “território”,

estará construindo a cidadania de sua comunidade porque atrelará o educativo à

realidade social e suas ideologias reprodutoras. Mostrará à sua comunidade que pode

desmistificar e entender o funcionamento dos meios de comunicação, usando-os a favor

do trabalho educativo e não mais apenas sendo usado por eles como mero expectador

passivo.

Guareschi salienta que:

Os pensadores da educação, diante da possibilidade de acesso quase infinito às informações, concordam que a grande tarefa da educação é preparar os jovens para que consigam selecionar, fazer perguntas, conseguir discernir o que querem.A internet pode dar todas as respostas, mas não consegue fazer a pergunta. O que é necessário é mostrar por onde navegar, a que ponto chegar, quando parar. Falta a pergunta orientadora do professor, a pergunta que liberta. (GUARESCHI, 2005, p.40).

Não apenas a internet, mas todos os meios de comunicação podem ajudar o aluno

a construir seu conhecimento.

O importante é que o professor faça perguntas que conduzam este aluno a uma

reflexão sobre o produto oferecido por estes meios e o objetivo que eles tem ao

veicularem determinados programas ou propagandas. O professor detém o papel principal

neste processo uma vez que é ele quem fará as perguntas libertadoras que levarão o

aluno a um olhar crítico e desconfiado sobre as informações veiculadas pelos meios de

comunicação.

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É preciso uma atenção especial também, ao encurtamento das distâncias, do

tempo e dos espaços em nossa sociedade tecnológica, o que muitas vezes pode

confundir e enganar nosso aluno deixando-o a mercê da construção distorcida e parcial

de sua própria subjetividade, achando que o real é aquilo que aparece na mídia, criando

assim valores voláteis e não permanentes.

A MÍDIA NA EDUCAÇÃO

A mídia veicula imagens e mensagens que produzem emoção.

A escola pode utilizar-se destas imagens e mensagens com a finalidade de dar

conotação motivadora ao seu processo educacional.

Por meio de uma imagem ou de uma mensagem bem selecionada o professor e o

aluno podem discorrer muitas hipóteses sobre determinado conteúdo que se esteja

trabalhando. Elas podem ser meio de percepção da totalidade do mundo.

A imagem, ativa uma área cerebral diretamente ligada às emoções, o que suscita

no aluno a percepção de que o mundo não está limitado apenas ao seu cotidiano, que ele

transcende o seu imaginário. Isso facilita a vinculação entre a teoria e a prática, no trato

com os conteúdos curriculares.

é por meio da visão que percebemos o mundo que nos cerca e acreditamos em tudo o que vemos. E reagimos em função disso... Em outras palavras podemos dizer que percebemos o mundo pelo sentido, não pelo intelecto, não pela criação, pelo imaginário (MARCONDES, 2006, p.23).

Neste processo de reconstrução das práticas educativas, todos os recursos que

circulam socialmente são colaboradores e não podem ser rejeitados pela comunidade

escolar sem que haja um estudo pertinente.

A mídia, como anteriormente dito, pode tornar-se um instrumento pedagógico

auxiliando o trabalho com as informações de maneira que o aluno possa refletir sobre ela

e a partir disso elabore seus próprios conceitos, vinculando informação e conteúdos

curriculares.

Os meios são usados muito mais para emitir comunicados do que realmente para comunicar. Diante desse quadro, a tentação do educador é de se afastar dos meios, perdendo uma grande oportunidade de empoderar sua práxis. ...O que importa é colocar à disposição dos educadores e dos

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educandos uma multiplicidade de meios. ...A cultura primeira do aluno é, desde já, uma cultura midiática, por força da sociedade em que vive (OROFINO, 2003, p.23).

Um eficaz recurso midiático a ser utilizado em sala de aula é o vídeo. Ele permite

uma série de explorações qualitativas e uma oportunidade de estreitamento entre a teoria

e a prática, visto que trabalha com imagens e som, despertando no aluno a emoção e a

transitoriedade entre o real e o imaginário.

O vídeo parte do concreto, do visível, do imediato, próximo, que toca todos os sentidos. Mexe com o corpo, com a pele, nos toca e nós tocamos os outros, estão ao nosso alcance através de recortes visuais, do close, do som estéreo envolvente. Pelo vídeo sentimos, experienciamos sensorialmente o outro, o mundo nós mesmos (MORAN, 1995, p.02).

Uma efetiva transformação social iniciada na escola, por meio da qualidade do

trabalho curricular e do uso de meios midiáticos, efetivaria um trabalho comprometido com

a transformação social.

A CRIANÇA E A MÍDIA

A televisão, principal veículo midiático dos lares brasileiros, atinge hoje mais de

oitenta e cinco por cento das famílias, tornando-se um meio de propagação de informação

e de formação de ideologias.

Ela consegue formar ideias e muitas vezes, deformá-las também. Enquanto

formadora de ideias, ela expressa suas informações, seus conceitos e seus valores,

procurando sempre dar a estes, uma conotação inocente e desvinculada de interesses

mercadológicos. Entretanto, nas entrelinhas dos seus programas repassa ideologias

comportamentais, universaliza conceitos e muitas vezes deforma mentes em construção.

Os principais alvos das produções midiáticas televisivas são as crianças e os

adolescentes porque estes dispõem de mais tempo para dedicar ao ócio midiático,

formando vínculos duradouros e, até dependência.

Conforme Feilitzen:

Atualmente, mais de 85% dos lares brasileiros possuem pelo menos um aparelho de televisão e estima-se que em cada um desses lares haja aproximadamente duas crianças.(CARMONA apud FEILITZEN, 2002, p. 332)

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Observa-se que crianças e adolescentes, cada vez mais impregnados de cultura

midiática, ficam relegados a um plano de coadjuvantes da história familiar, formando com

os instrumentos tecnológicos vínculos de parceria e emoção, tornando-se dependentes

destes e, cada vez mais distantes da dependência dos próprios pais.

Os programas midiáticos, explorando os valores de crianças e adolescentes,

produzem enredos que motivam estes, a uma camuflada independência individual do

convívio familiar e uma maturidade prematura que produz instabilidade emocional e

exposição a determinados riscos sociais.

Feilitzen enfatiza esta observação, quando diz:

As crianças gostam de novelas e de programas de ação, entre outras razões, porque os consideram excitantes e acham que assim conseguem penetrar e entender os problemas morais e sociais do mundo adulto...elas precisam de um novo ambiente de mídia que lhes seja favorável. (FEILITZEN, 2002, p. 24).

David observa que:

Consultar as crianças sobre suas ideias relativas às várias formas da mídia faz parte do processo de ensinar-lhes mídia, de modo que sejam usuários e consumidores inteligentes. Isso permite que as crianças reflitam sobre o papel da mídia em suas vidas.(DAVID apud FEILITZEN, 2002, p. 311).

Se crianças e adolescentes continuarem expostos à assimilação unilateral do que é

veiculado pelos meios de comunicação, sem uma interpretação crítica e um entendimento

de como se processa e se dissemina a informação midiática, permanecem à margem do

processo de democratização destes meios, continuando como consumidores passivos

das estratégias de manipulação de ideias e ideais.

A criança e o adolescente, voltados a este mundo sedutor que suscita o imaginário

e a possibilidade de fuga da realidade, ficam susceptíveis aos mais variados tipos de

efeitos anestésicos e de torpor momentâneo, iludindo-se que o fictício é que é real e que

sua realidade é que é fictícia.

A escola não pode “tudo”, porém, de maneira despretensiosa e comprometida,

pode iniciar um trabalho pedagógico de educação para a mídia com suas crianças e

adolescentes, objetivando a aprendizagem de como a indústria midiática trabalha e de

como se formam os gêneros e as mensagens desta mesma mídia.

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A participação da criança na nova mídia está desafiando todo o ambiente escolar do mundo ocidental, onde frequentemente escolas e professores não oferecem os instrumentos de comunicação modernos que são usados pelas crianças fora da escola. (DAVID apud FEILITZEN, 2002, p. 39).

Se a criança aprender desde cedo a interpretar os aspectos que formam as mais

diferentes mídias e a diferenciar as mensagens positivas das mensagens negativas por

elas veiculadas, participará crítica e criativamente do processo de democratização da

comunicação social, construindo sua personalidade a partir do conhecimento produzido

coletivamente no espaço escolar.

UNIDADE V

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Com a disseminação dos meios de comunicação, o ser humano impregnou-se de

informações que na maioria das vezes não consegue assimilar com clareza e criticidade.

A convivência cotidiana com esta realidade midiatizada, concreta e

visível, suscita no ser humano o sensorial, o emocional e o intuitivo, produzindo uma

cultura de massa que seduz e que de maneira despretenciosa educa sem ter uma

conotação educativa.

O educando, susceptível a esta realidade, chega à escola repleto de cultura

midiatizada, e o professor apresenta dificuldades em trabalhar metodologias alternativas

que desenvolvam conceitos mais abstratos e universais e que exijam maior capacidade

de concentração por parte do aluno.

Neste contexto, este Caderno Pedagógico de cunho científico, procura desvendar

os conceitos que permeiam este mundo midiático e sua possível inter-relação com o fazer

escolar, pesquisando o trabalho com a imagem na prática pedagógica.

Optou-se no desenvolver do trabalho de pesquisa por uma Pesquisa Ação-Crítica,

conceituada por Franco (2005), como uma transformação necessária a partir de trabalhos

iniciais do pesquisador com o grupo, decorrente de um processo que valoriza a

construção cognitiva da experiência, sustentada por reflexão crítica coletiva, com vistas à

emancipação do sujeito e das condições que o coletivo considera opressivas.

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Observa-se então, por meio de uma metodologia de Pesquisa Ação-Crítica, que os

objetivos iniciais do projeto tornam-se mais exequíveis, proporcionando a construção

coletiva do conhecimento e a união do pesquisador e do participante numa mesma linha

de superação do que já está posto, por meio da conexão entre a teoria e prática,

buscando uma nova práxis, oriunda de um processo dialógico de construção.

Nesse contexto metodológico, o pesquisador e o participante desempenham papéis

de destaque, pois, participam coletivamente da elaboração dos instrumentos,

interpretando seus significados, comprometendo-se conforme suas habilidades,

investigando a problemática inicial juntos tomando decisões dialógicas, analisando

imparcialmente os resultados e, aceitando a instabilidade e a incerteza que sempre se

apresentam numa situação dinâmica.

A pesquisa teórica e a ação estão interligadas de forma indistinta, caracterizando a

concomitância, a intercomunicação e a inter fecundidade da própria pesquisa em si.

Com a delimitação da pesquisa como uma Pesquisa-Ação, o trabalho coletivo com

os professores do Quadro Próprio do Magistério Paranaense, lotados na Escola Estadual

Coronel Misael Ferreira Araújo – Ensino Fundamental levantou os dados da realidade

cotidiana, com a finalidade de qualificar a aplicação das teorias.

COLETA DE DADOS

Uma pesquisa científica de ação-crítica exigiu rigor no cumprimento dos seus

passos a fim de que o resultado pudesse ser confiável e transparente.

A Coleta de Dados subsidiou a elaboração de um plano de intervenção eficaz que

originou conclusões claras e deu conotação científica ao trabalho.

Neste trabalho, a coleta de dados deu-se por uma entrevista semi-estruturada

(ANEXO I), que investigou a forma como os professores da Escola Misael conduziam o

processo de comunicação com seus alunos e que dificuldades apresentavam no trabalho

pedagógico com os instrumentos tecnológicos/midiáticos na sala de aula quando do trato

com os conteúdos. Como eles utilizavam; quando utilizavam; porque utilizavam e como

poderia ser este trabalho diferenciado.

Para isso, necessitou-se uma estreita articulação entre o pesquisador - professor

do Programa de Desenvolvimento Educacional e os participantes - professores da Rede

20

Estadual de Educação, a fim de que as atividades planejadas se efetivassem, com

compromisso coletivo e co-responsabilidade.

As atividades compreenderam uma grande etapa de sensibilização dos professores

acerca da inserção do fazer midiático no espaço da Escola Misael, por meio de oficinas

pedagógicas tutoradas pelo professor PDE e assessoradas pelos alunos do curso de

jornalismo do Centro de Ensino Superior do Norte do Rio Grande do Sul – CESNORS,

sob coordenação da professora Ms. Caroline Casali.

UNIDADE VI

OFICINAS PEDAGÓGICAS

Para dinamizar o processo educativo, várias estratégias podem ser utilizadas a fim

de que os objetivos sejam alcançados e que o conhecimento seja construído e não

simplesmente transmitido.

Uma boa teoria pode perder-se no vazio e não ser adequadamente assimilada se

não houver uma boa estratégia de abordagem do tema.

As oficinas pedagógicas são consideradas uma eficiente estratégia de abordagem

de temas educativos quando o que se pretende é uma ação qualitativa do processo

ensino e aprendizagem.

Conforme uma definição editada no Projeto Político e Pedagógico do Instituto

Cuiabano de Educação, oficinas pedagógicas são:

Modalidades de ação que promovem a investigação, produção e utilização de materiais pedagógicos, como recursos indispensáveis ao enriquecimento do processo ensino-aprendizagem, combinando o trabalho individual com as tarefas socializadas, sempre buscando a unidade entre a teoria e prática, permitindo o desenvolvimento de projetos.

As oficinas pedagógicas promovem uma reflexão sobre o pensar e o agir do grupo

que as desenvolve, proporcionando uma construção coletivamente assimilada.

Então, objetivando uma abordagem qualitativa do tema Mídia e Educação com os

professores da Escola Misael, optou-se por trabalhar no sistema de Oficinas

Pedagógicas, que estão descritas a seguir.

21

1. OFICINA DE EDUCAÇÃO PARA A MÍDIA

OBJETIVOA Oficina de Educação para a Mídia objetivou sensibilizar os docentes à

necessidade da recepção crítica dos produtos midiáticos, de forma que essa reflexão

pudesse ser estendida posteriormente aos alunos.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A oficina foi desenvolvida por meio de palestra com um grupo de 12 docentes. A

duração foi de 04 (quatro) horas e consistiu na explanação dos processos

comunicacionais no que tange à atuação midiática. Durante a explanação, foram

realizadas dinâmicas para a fixação dos temas abordados.

Reflexões sobre Educomunicação

O professor é aquele que faz a mediação do aluno com o conhecimento científico,

que entende o desenvolvimento e necessidades dos educandos - sua realidade -, e

trabalha essa bagagem em sala de aula. Por sua vez, o comunicador tem função

semelhante. Através da mídia, ele faz a mediação dos acontecimentos do mundo com a

sociedade.

E, é justamente sobre a fusão dessas duas funções de mediação: a educação e a

comunicação, que esse encontro vai refletir.

Cada vez mais presente na vida de toda a comunidade escolar, a mídia assume

bem mais do que o papel de informar; precisamos aceitar que a mídia também forma.

Quando apresentam, em seu discurso, modos de vida, de consumo, padrões estéticos e

de moral, os meios de comunicação de massa (MCM) tornam-se agentes no processo de

formação dos indivíduos. Quando esses consumidores midiáticos não refletem sobre o

consumo das mídias, tornam-se meros reprodutores de seu conteúdo e de seus valores.

Visando trabalhar a educação para receptores críticos dos meios de comunicação e a

gestão da comunicação no espaço escolar, surge a Educomunicação, área na interface

entre comunicação e educação. A Educomunicação, de acordo com Soares (2009), mais

do que um objeto a ser investigado, é um campo de relação entre saberes. É um espaço

22

de ações e experiências, através da partilha de funções entre educadores e

comunicadores.

Dentre os objetivos das ações em Educomunicação, citam-se:

_ Fortalecer os espaços de comunicação e debate acerca dela nas salas de aula;

_Despertar nos alunos a curiosidade pelo cognitivo na mídia: a análise crítica do seu

conteúdo;

_ Ajudar os professores a compreenderem os processos de comunicação social em sala

de aula, e o efeito da mídia nos alunos;

_ Buscar soluções para a problemática da 'mídia coercitiva', que não permite a formação

de uma recepção crítica;

_ Promover na escola um olhar atento em relação à mídia, já que esta, em muitas vezes,

pouco contribui para a formação real da cidadania.

A escola é construída e fortalecida temporalmente, o conteúdo apresentado é

passado de geração para geração da mesma maneira. Esta instituição, além de ensinar,

forma cidadãos. Enquanto a escola baseia-se na razão, os meios de comunicação de

massa buscam o impacto, a atualidade, a novidade. A escola se propõe a trabalhar os

alunos de forma igualitária; nela, a desigualdade social e econômica não interfere no

acesso ao saber. Já os meios de comunicação formam, antes de tudo, consumidores;

apelam para a representação da realidade de forma emocional. Esses meios de

comunicação, que ocupam grande parte da rotina de uma sociedade, ora são vistos como

simples entretenimento e diversão pelos alunos, ora são rigidamente criticados pelos

professores.

Diante de uma sociedade em processo de midiatização, os professores são

tentados a tomar três posições:

_ou bem ignoram a influência dos MCM e mantém a tradição da escola, repousando

sobre o modelo da mediação oral de mestre e da valorização da escrita;

_ou bem introduzem os MCM na escola e servem-se deles para atingir os objetivos

pedagógicos que permanecem os mesmos: ver a gramática e o vocabulário, aprender

história e geografia nos jornais sem, por exemplo, “aprender a responsabilidade da coisa

escrita”, “a distinção entre fato e opinião”;

_ou tomar a visão do educomunicador, que aproxima a escola dos meios. Justificada: a)

porque não há escolhas, os alunos hoje aprendem coisas dos MCM; b) porque os MCM e

23

a escola têm pontos em comum e o que se pretende na escola pode ajudar a

compreender os meios e vice-versa; c) porque os modos de apropriação do saber

mudaram e mudarão ainda mais de acordo com a indústria do conhecimento; d) porque a

teoria da comunicação, assim como da aprendizagem, já mudou o paradigma da

transmissão para mediação.

Nesse contexto, a Educomunicação coloca-se como uma área de estudo que

busca refletir sobre os pré-conceitos acerca da mídia e, para isso, baseia-se num conjunto

de ações. Para Moran (1994), “a escola precisa repensar a sua relação com os meios de

comunicação, deixando de ignorá-los ou considerá-los inimigos”.

A escola pode e precisa estabelecer pontes com os meios de comunicação. Pode utilizá-los como motivação do conteúdo de ensino, como ponto de partida mais dinâmico e interessante diante de um novo assunto a ser estudado. Podem os meios apresentar o próprio conteúdo de ensino (...) bem como ser, eles próprios, objeto de análise, de conhecimento (MORAN, 1994).

As tecnologias de comunicação vêm, há décadas, modificando as sociabilidades

entre crianças, jovens e adultos e, com o advento da Internet, a aceleração no processo

de circulação das informações se intensificou, demonstrando a importância dos meios de

comunicação para a sociedade do século XXI. Nesse contexto, cabe à escola adaptar-se

a uma sociedade que se acostumou a novas linguagens, como o audiovisual.

A mídia representa um campo autônomo do conhecimento que deve ser estudado e ensinado às crianças da mesma forma que estudamos e ensinamos a literatura, por exemplo. A integração da mídia à escola tem necessariamente de ser realizada nestes dois níveis: enquanto objeto de estudo, fornecendo às crianças e aos adolescentes os meios de dominar esta nova linguagem, e enquanto instrumento pedagógico, fornecer aos professores suportes altamente eficazes para a melhoria da qualidade do ensino (BELLONI, 1991).

No que diz respeito à utilização dos meios como ferramenta de ensino dentro de

sala de aula, deve-se considerar que o restrito uso da mídia através de recorte de jornais

ou da leitura de fragmentos de reportagens veiculadas não é a maneira mais adequada

para preparar os alunos para a leitura crítica dos produtos midiáticos que consomem. O

professor precisa estimular o pensamento criativo de seus alunos, e guiá-los à visão de

que as notícias são construções da realidade e não a reprodução fiel dela. Nesse sentido,

24

tanto alunos quanto professores podem, através do diálogo em sala de aula, procurar

reconhecer os diversos tratamentos de um mesmo fato por diferentes veículos de

comunicação, buscando traçar paralelos sobre as ideologias postas na sociedade atual. É

necessário estimular o aluno para que este se coloque não como simples receptor das

mensagens transmitidas pela mídia, mas como um indivíduo capaz de criticar e interpretar

essas mensagens.

A Educomunicação visa à criação de “ecossistemas comunicativos”, ou seja, à

efetivação de um ambiente onde todos os envolvidos comuniquem-se de maneira

democrática. E, para que haja essa comunicação entre professores, direção e alunos, de

forma recíproca, é necessária a função de um mediador que avalie sistematicamente e

constantemente a comunicação escolar. A esse profissional, Soares (2009), dá o nome de

educomunicador.

O Educomunicador é o profissional que demonstra capacidade para elaborar

diagnósticos e coordenar projetos no campo da inter-relação Educação - Comunicação.

Entre as atividades que desenvolve, destacam-se: a) a implementação de programas de

"educação para a comunicação", favorecendo ações que permitam que grupos de

pessoas se relacionem adequadamente com o sistema de meios de comunicação; e b) o

assessoramento a educadores no adequado uso dos recursos da comunicação, como

instrumentos de expressão da cidadania.

A Redação e o Processo de Produção da Notícia

Vemos, ouvimos e lemos notícias, diversas vezes ao dia. Muitas vezes sem nem

pensarmos de onde vêm ou quem trabalha para que elas cheguem a nós da maneira

mais coerente, sucinta e completa. Nosso objetivo, aqui, é apresentar a notícia como um

todo, os mecanismos que envolvem a sua concepção, as suas classificações bem como

aspectos de recepção midiática e desmistificação de conceitos e interpretações.

De onde vêm as notícias que lemos nos jornais e internet, ouvimos no rádio ou

assistimos na televisão?

Onde são produzidas?

Quem são esses profissionais da mídia e como trabalham?

Sempre foi do interesse popular conhecer o que é e como funciona o lugar onde

se produzem as notícias: a redação jornalística.

25

Os próprios jornalistas já perceberam esse interesse. Tanto é que se tornou

extremamente comum às redações de TV se tornarem parte integrante da apresentação

de um telejornal, passando a quem está assistindo a sensação de estar no ambiente de

produção da notícia. O cinema também é outra grande mídia que sempre soube retratar,

guardada as devidas proporções, a realidade de uma redação de imprensa.

Antes de falar sobre o funcionamento desses locais onde são produzidas as

notícias, é preciso ressaltar alguns pontos importantes da própria notícia. No caminho que

ela percorre desde o momento em que acontece até o momento em que é retratada,

canais indiretos e interesses externos influenciam na decisão final em seu processo de

produção.

Toda notícia também é um produto. Também têm características e elementos

comerciais. O jornal, acima de tudo, é uma empresa que precisa vender seu produto.

Antes que isso aconteça, as notícias recebem na redação um tratamento especial antes

de serem oferecidas ao leitor.

Além de se preocupar com os interesses da empresa, o jornalista também

precisa considerar o que é interessante para o público do veículo no qual ele trabalha.

Precisa seguir a linha editorial que impera na redação. O que comprova que o jornalista

lida com produtos instáveis. Nenhum acontecimento é igual ao outro, o que faz com que o

trabalho do profissional de imprensa não seja apenas o de misturar palavras e

informações. Cada redação têm suas próprias características. Ainda mais quando

diferenciamos cada tipo de mídia.

Porém, alguns pontos são imutáveis. Primeiro, uma redação jornalística não é o

local onde acontece a notícia.

Segundo, uma redação jornalística não é o único lugar onde se decide o destino

e o formato de determinada notícia. Compreender a diferença entre interesse e

importância é o primeiro passo para conseguir entender o funcionamento de uma

redação.

Grande parte desse funcionamento na redação depende de um certo padrão

hierárquico. Na redação, assim como no restaurante, existe aquela figura que sonda os

desejos do público e passa ao repórter. Seria o pauteiro na redação, ou o garçom no

restaurante. Já o repórter segue a linha do cozinheiro. Prepara sua matéria e a oferece ao

26

público. Tudo isso sob a supervisão de um gerente, que não redação seria o editor. Ele é

o elo entre a direção do veículo e os repórteres, pauteiros e também os fotógrafos.

Todo o percurso de produção da notícia cria, através de filtros, um

distanciamento entre a realidade e o noticiário. Esses filtros dos acontecimentos

selecionam e interpretam as notícias conforme as orientações ideológicas da empresa

jornalística, que é em todo caso, uma empresa que precisa vender seu produto.

Como já dissemos anteriormente, cada redação de cada veículo guarda

características próprias. O que torna até certo ponto injusto, generalizar o funcionamento

das redações e aproximá-los da realidade.

As diferentes formas de abordar e trabalhar a informação

A função do jornal é basicamente a comunicação.

É um dos meios mais rápidos de ficarmos informados a respeito do que

acontece no mundo. Dentro do jornal há várias sessões, que por sua vez abrigam vários

tipos de texto. Há algumas características que são comuns a todos estes textos, enquanto

há outras que servem para individualizá-los.

A nomenclatura dos textos normalmente é dada de acordo com as suas

características e seus objetivos específicos de comunicação. Genericamente chamamos

os textos que se apresentam nos jornais de “matéria”. Normalmente esses textos têm

caráter informativo. As informações são apresentadas em ordem decrescente de

importância ou relevância, seguindo assim o uma técnica chamada pirâmide invertida. Ou

seja, a base do texto (conteúdo mais importante) fica em cima e o ápice (conteúdo mais

superficial) embaixo.

O primeiro parágrafo do texto é chamado de “lide” ou “lead” (inglês) e carrega o

conteúdo mais denso da matéria, as principais informações. Esse recurso é usado para

que as pessoas possam ter acesso fácil e rápido à informação e tenham a oportunidade

de selecionar as matérias que realmente lhes interessam para prosseguir com a leitura.

Geralmente o título da matéria é baseado no lide.

Vejamos alguns dos mais característicos tipos de textos jornalísticos e suas

principais características:

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Notícia: Caracteriza-se pela linguagem direta e formal. Tem caráter informativo e é

escrito de forma impessoal, frequentemente fazendo uso da terceira pessoa. Inicia-se

com o lide e se segue com o corpo da notícia. Enquanto na primeira parte estão

registradas as principais informações do fato, no corpo do texto estão presentes os

detalhes (relevantes ou não), as causas e as consequências dos fatos, como, onde e com

quem aconteceu, e a sua possível repercussão na vida das pessoas que estão lendo.

Pode ter ou não um público alvo (jovens, políticos, idosos, famílias), caso tenha a

linguagem poderá ser adaptada para o melhor entendimento.

Editorial: Não é exatamente um tipo de texto, mas uma sessão do jornal que possui

textos selecionados e agrupados através de seu conteúdo, público ou objetivo. Os jornais

são divididos em vários editoriais que podem ou não estar encadernados separadamente.

Entre os editoriais mais comuns estão: Política, Economia, Cultura, Esporte, Turismo,

País, Cidade, Classificados, Coluna Social, etc.

Reportagem: Tem por essência a descrição e caracterização de eventos. Para isso a

reportagem conta com algumas perguntas que, ao serem respondidas, formarão a

estrutura da reportagem. Em Inglês chamamos as perguntas a seguir de WH Questions, e

elas servem para melhor estruturar a reportagem: O quê?, Como?, Quando?, Onde?,

Porquê?, Quem?.

Nota: Texto curto composto apenas pelo lide. Normalmente trata de algum assunto de

fácil compreensão e assimilação e que seja do interesse do leitor. Algo que já tenha sido

noticiado ou que não possui detalhes relevantes para serem descritos.

Crônica: O termo crônica provém da palavra grega cronos, que significa tempo. Em

conformidade com o sentido etimológico da palavra, o cronista é alguém que escreve

periodicamente para um jornal. O termo crônica serve primeiramente para designar as

peças assinadas por um cronista regular de um jornal ou de uma revista. O cronista tem

um espaço consagrado num periódico. Num determinado dia, numa determinada página,

o leitor encontra sempre a crônica do mesmo cronista.

Artigo: Denominam-se artigos, as peças de caráter jornalístico que não se enquadram no

restante dos gêneros nem se podem situar na zona nebulosa das fronteiras que estes.

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Normalmente, os artigos possuem naturezas interpretativa, explicativa ou persuasiva.

São, portanto, peças assumidamente subjetivas e pessoais. O articulista pretende, no

entanto, compartilhar a sua visão do mundo, expressa no artigo, com o leitor. Pode ser

elaborado de qualquer maneira, nem o tema do artigo pode ser escolhido ao acaso.

Normalmente, o processo de produção de um texto jornalístico se divide em quatro

fases: a pauta (escolha do assunto), a apuração (verificação dos fatos e de provas), a

redação (organização das ideias transformando-as em texto) e a edição (locação desses

textos no jornal, correção e revisão dos mesmos).

Fases da produção da notícia

Pauta: é a seleção dos assuntos que serão abordados.

A puração : é o processo de averiguar informação em estado bruto (dados, nomes,

números etc.). A apuração é feita com documentos e pessoas que fornecem informações,

chamadas de fontes.

R edação: é o tratamento das informações apuradas em forma de texto verbal.

E dição: é a finalização do material redigido em produto de comunicação. Muitas vezes, é

a edição que confere sentido geral às informações coletadas nas etapas anteriores. No

jornalismo impresso (jornais e revistas), a edição consiste em revisar e cortar textos de

acordo com o espaço de impressão pré-definido.

D iagramação é a disposição gráfica do conteúdo e faz parte da edição de impressos. No

radio jornalismo, editar significa cortar e justapor trechos sonoros junto a textos de

locução, o que no telejornalismo ganha o adicional da edição de imagens em movimento.

Diferentes veículos midiáticos

Jornal Impresso

Texto escrito.

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O texto jornalístico baseia-se, essencialmente, na descrição, nas citações, na

análise e na opinião. Um texto jornalístico deve respeitar as regras gramaticais e deve,

igualmente, obedecer às normas de estilo em vigor no jornal. Mas, acima de tudo, deve

ajustar-se à realidade, contando bem o que há para contar, com intenção de verdade.

Tem de ser construído e organizado de maneira a ser facilmente compreendido, sem

dúvidas ou ambiguidades.

A linguagem do texto jornalístico deve ser simples.

A informação jornalística deve ser hierarquizada. As informações hierarquicamente

mais importantes podem abrir a matéria, serem remetidas para o final ou ainda serem

posicionadas estrategicamente ao longo da matéria.

O Rádio

Características do meio: linguagem oral, alcance, mobilidade, baixo custo,

imediatismo, instantaneidade, autonomia. A credibilidade é a principal bandeira do radio

jornalismo. O ouvinte deve ter a informação exata do fato.

Postura no rádio

Interação com o ouvinte (reclamações e pedidos).

Seleção de notícias. Linha editorial (campanhas, apoio).

Respeito ao ouvinte/Formador de opinião.

O texto precisa captar a atenção com frases curtas e atraentes.

A clareza e a persuasão são outras características.

Características específicas

A missão do rádio é entreter, informar e persuadir. Por isso, além da voz temos a

música, os efeitos sonoros e a linguagem específica.

É preciso ritmo, emoção. A voz é uma marca de cada um e há termos que ganham

dimensões personalíssimas.

Outra característica do rádio é a improvisação.

O Rádio é para todos, até mesmo às pessoas iletradas. O texto deve ser simples,

claro, objetivo, conciso e fácil de entender.

A pauta em rádio

- A pauta deve primar pelos fatos próximos dos ouvintes. Retomar os assuntos que os

jornais esqueceram.

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- Dar voz ao povo, moradores do bairro, pessoal da associação de bairro, trabalhadores

etc.

- Dar detalhes que passam as emoções do local, das pessoas envolvidas. O som

ambiente é excelente para informar com mais emoção.

- Notícias de serviço e utilidade são fundamentais.

A Televisão

A televisão é o meio mais importante de entretenimento de informação para

milhões de telespectadores brasileiros. O telejornalismo é um dos espaços nobres da

programação. Ele é um dos principais produtos das emissoras que buscam cativar um

público que muitas vezes só sabe das coisas através da telinha. É um meio poderoso e

ao mesmo tempo o mais concentrador do país.

Natureza do veículo

Na comparação com rádio, que faz a mediação pela voz e interage com a

imaginação, a TV não exige esse tipo de esforço. Essa característica a fez ganhar o título,

até mesmo exagerado, de responsável pela passividade do lado do espectador. A

imagem já é construída ao telespectador, o que não impede que a mensagem seja

dispersa.

Linguagem

- Clara, objetiva, simples.

- Relação entre imagem e palavra (texto).

- O texto deve ser informativo e ao mesmo tempo buscar a emoção.

- Frases curtas facilitam a compreensão.

- Pontuação correta (a vírgula, o ponto final e os dois pontos) dão ritmo.

- Variar o tamanho das frases para evitar o estilo telegráfico.

- O receptor deve acompanhar, compreender e reter a informação.

- Não há como voltar e reler o texto, como no jornal.

A Internet

Instantaneidade: Relação TV e jornal (tempo real); Multimídia: permite envio de texto,

som, imagem; Sentido de furo (minutos depois de um site divulgar notícia em primeira

mão, outros replicam a informação).

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Segmentação: Relação espaço e tempo, edição de notícias, listas; Públicos específicos e

qualificados (jovem, empresário, executivo, autônomo).

Interatividade: Expectativa, padrão de informação; Organização fala COM A e não PARA

A pessoa, sendo assim, é uma comunicação pessoal; Custo de produção reduzido

(hardware e software, telefone); Acesso: 24h, 7 dias; o ano todo; Receptor ativo:

publicidade dirigida.

Jornalismo e Internet

A partir da internet no nosso cotidiano, novas práticas de jornalismo começam a se

desenvolver. Resta aos jornalistas aproveitar os diferenciais desse novo meio de

comunicação.

CARACTERÍSTICAS DO IMPRESSO

CARACTERÍSTICAS DO RÁDIO

CARACTERÍSTICAS DA TV

CARACTERÍSTICAS DA INTERNET

- Interpretativo, analítico e investigador.

- Tende a abandonar o informativo, limitando-se ao comentário do fato.

- A maioria dos jornais precisa ser adquirido.

- É desconfortável: o leitor tem que localizar a mensagem e ter tempo de lê-la.

- Pode ser guardado; notícia recuperada.

- Classe mais abastada.

- Podem aumentar o número de

- Agilidade, Atualidade e Proximidade.

- Atinge camadas amplas (custo do produto).

- Não atrapalha outras atividades.

- Pode obter aprofundamento, através de debates e especiais.

- Custo para reportagem é menor.

- Exige esforço na audiência (atenção).

- Não é auxiliado pela imagem, baseado apenas no som.

- Impacto visual e sonoro: coloca a cena explícita.

- Atualidade.

- É cômoda: não exige esforço do telespectador.

- Atinge camadas mais amplas.

- Pode ser vista sem atrapalhar outra atividade, em compensação, não tem como voltar atrás, ver de novo.

- É superficial: o custo não permite aprofundamento.

- Não desce à intimidade nem permite recuperação do fato.

- Não tem como aprofundar-se nas notícias, sendo um boletim jornalístico,

- Agilidade - tempo real.

- Utilização de diferentes linguagens (visual, texto, som).

- Facilidade de busca, informação guardada.

- Espaço ilimitado.

- Público jovem.

- Focado no interesse do leitor.

- Falta de credibilidade.

- Notícias mal apuradas.

- Custo alto - atinge camada pequena da população.

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páginas. que aguça a curiosidade.

Produção Simbólica

É possível entender a indústria cultural como uma indústria de produção cultural

que visa o lucro, por meio dos processos industriais de serialização e de rápida

reprodutibilidade para atender à lógica do mercado. Repare que em todo carnaval, surge

um novo ritmo da moda (lambada, pagode, funk). Todo ano há uma festa do Oscar e os

indicados tomam conta das salas de exibição dos cinemas. A cada ano, São Paulo e Rio

de Janeiro abrigam uma feira internacional de livros, com centenas de lançamentos e

milhares de títulos disponíveis para venda.

O ano é recheado de eventos seguindo o calendário escolar ou das festas e as

efemérides ganham as páginas dos jornais e os anúncios publicitários: Páscoa, Dia das

Mães, Dia dos Namorados, Dia das Crianças, Dia dos Pais, Natal, Ano Novo. Para cada

data, um anúncio publicitário, um filme, um livro, um lançamento no cinema, uma

coletânea musical.

Para Adorno e Horkheimer, esse alucinante ritmo de apresentação dos produtos da

indústria cultural e o caráter sedutor de cada um, entorpecem as pessoas, auxiliando na

manipulação. Para eles, o público tende a aderir, sem crítica prévia, aos valores impostos

pela força da indústria cultural. O público não exprimiria a sua vontade, mas o que a

indústria cultural quer que ele pense.

[...] Na medida em que neste processo a indústria cultural inegavelmente especula sobre o estado de consciência e inconsciência de milhões de pessoas, as massas não são o fato primeiro, mas um elemento secundário, um elemento de cálculo; acessório da maquinaria (ADORNO, 1968).

Por esse raciocínio, o receptor seria obrigado a considerar como produto a ser

consumido o que é destacado pela indústria cultural, e não o que ele deseja consumir.

Seria essa a razão que leva ao consumo dos “produtos da moda”, muitas vezes

emprestados da cultura erudita ou da cultura popular.

Assim, o público adquire uma seleção feita pela indústria das manifestações

artísticas acreditando consumir a arte em sua totalidade. As coletâneas de músicas,

33

especialmente as clássicas ou a seleção de textos de poetas são exemplos deste

processo. Na tentativa de agradar a um número cada vez maior de consumidores (já que

a indústria permite essa alta reprodução) a indústria cultural rebaixa a qualidade de seus

produtos.

A conclusão é que esse processo leva à alienação, ao conformismo político

e à passividade mental. A indústria cultural manipula a massa de receptores levando-os

a se integrar ao estado de coisas.

Como os produtos da indústria cultural são integrados ao sistema capitalista, os

meios de comunicação são veículos que propagam a ideologia das classes dominantes

que impõem sua ideologia às classes populares.

Entende-se então, que o mercado das massas impõe aos produtos simbólicos, o

mesmo esquema de organização e planejamento administrativo das fabricações em série

visto que, estes sim são serializados e padronizados, impedindo assim, a atividade mental

de qualidade.

Muitos mitos e conceitos errôneos envolvem o processo da comunicação no que

diz respeito à mídia em geral.

2 . GESTÃO DA INFORMAÇÃO NO ESPAÇO ESCOLAR - MÍDIAS IMPRESSAS

OBJETIVOA Oficina de Gestão da Informação teve por objetivo central a proposição de

ferramentas de comunicação para o espaço escolar.

Nesta oficina, os professores foram estimulados ao trabalho com diferentes meios de

comunicação, de acordo com suas intenções de aplicação posterior.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Essa oficina teve a duração de 08 (oito) horas e consistiu na apresentação de

ferramentas de comunicação para o espaço escolar. Foram trabalhadas na oficina as

seguintes ferramentas para a democratização da comunicação:

O Jornal InformativoJornal utilizado para informar sobre as principais funções de uma instituição,

empresa, escola, etc.

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Sua publicação pode ser semanal, quinzenal, mensal, semestral ou anual.

Para elaborá-lo, é necessário uma reunião com a escolha de quais serão os temas

abordados. Apurar as informações; redigir as matérias; fazer fotos para ilustrar e

diagramar.

São necessários alguns cuidados como: textos bem redigidos; fotos com

qualidades; preenchimento dos espaços na diagramação e coisas novas e diferentes,

mas que não alterem a característica do jornal.

Obs.: O Jornal Informativo mais tradicional é o impresso, porém os custos de sua

confecção são muito elevados, exceto se tiver a contribuição financeira de um

patrocinador. A alternativa de algumas empresas/ instituições é através da internet, em

que publicam suas notícias online, em tempo real, podendo facilitar a atualização das

informações e veiculação de maior número de fotos.

Endereço eletrônico: http://www.jornalexpress.com.br/noticias/primeira.php?id_jornal=16151

O ponto positivo do Jornal Informativo Online é que ele não gera poluição, ao

contrário do Impresso, que muitas pessoas não valorizam e acabam jogando fora,

desvalorizando o material utilizado e os custos de produção.

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Endereço Eletrônico: http://www.informativo.com.br/w2w_portal/

O Jornal Mural

De patinho feio da comunicação.

Hoje, o jornal mural é percebido como uma mídia imprescindível em qualquer

plano de comunicação.

Por quê?

É o mais democrático dos veículos internos de comunicação. É acessível a todos

os alunos, professores e funcionários, e possui relevante importância para aqueles que

não podem acessar os terminais eletrônicos (internet, e-mails, blog’s)

Quadro de avisos X Jornal Mural

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Fisicamente o jornal mural se parece muito com um quadro de

avisos. Também se apresenta em um painel retangular,

normalmente forrado de feltro verde, pregado na parede. Igual

ao quadro de avisos, precisa ser colocado em local estratégico

para que todos possam ler. Apresenta porém, algumas

diferenças fundamentais: o quadro de avisos contém, ou deve

conter, apenas informações de ordem administrativa, como horários, normas,

determinações. O jornal mural, como o próprio nome indica, precisa trazer notícias, ou

seja, tudo quanto é novo, verdadeiro e útil aos funcionários, alunos, pais e professores.

O que colocar no Jornal Mural?

O jornal mural pode recorrer à utilização de jornais e revistas, numa tentativa de

recortar artigos de maior interesse da comunidade. É um instrumento incentivador do

lazer, do turismo, de divulgação de artes e espetáculos, de eventos esportivos e similares,

de manchetes do dia, de utilidade pública, de comemorações e curiosidades, de mulher

ou de criança.

Sua forma deve provocar a curiosidade e o interesse do público leitor.

Colocar em qual parte da escola?

Em locais de fácil acesso e de boa visibilidade, onde todos tenham espaço para a

leitura das notícias, sem perturbações ou aglomerações. São locais indicados: corredores,

refeitórios, áreas de lazer enfim, espaços amplos e de boa circulação de pessoas.

Apresentação do Jornal- Mural

O Mural pode ou não ser protegido por vidros e mantido fechados. Todavia,

aconselha-se a eliminação dos vidros para evitar os reflexos incômodos à leitura. Os

alunos, funcionários e professores podem arrancar notícias de seu interesse, mas o ideal

é ensinar-lhes a pedir cópias das notícias.

O visual do Jornal

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A titulação deve ser feita em letras grandes e coloridas e o

corpo do Mural pode contar com tarjas e separadores coloridos,

títulos chamativos e curiosos, usar também fundos em cor para

destacar determinadas informações. Preparar ilustrações

especiais para datas comemorativas, etc. Nessas ocasiões, o

JM pode simplesmente transformar-se em um outdoor,

assinalando as datas em foco.

Material necessário

O JM é um trabalho de veiculação de notícias barato visto que seu custo pode ser

praticamente zero se houver um trabalho coletivo de pesquisa e produção.

O Fanzine – Fanatic Magazine

Fanzine é a abreviação de Fanatic Maganize e significa, literalmente, a ‘revista do

fã’. Os fanzines são ferramentas difundidas pela comunicação impressa de baixos custos.

O que aborda?Todo o tipo de temas: história em quadrinhos, ficção científica, poesia, música,

cinema. Alguns estudiosos do assunto consideram fanzine somente a publicação que traz

textos, informações e matérias sobre um determinado assunto.

No entanto, se disseminou de tal forma que hoje engloba todo tipo de publicação

que tenha caráter amador. Feito sem intenção de lucro visa a simples paixão pelo assunto

enfocado.

Assim são os fanzines, as publicações que trazem textos diversos, histórias em

quadrinhos do editor e dos leitores, reprodução de HQs antigas, poesias, divulgação de

bandas independentes, contos, colagens, experimentações gráficas, enfim, tudo que o

editor julgar interessante.

38

Quando começou no Brasil?

O primeiro fanzine é o Ficção, criado por Edson Rontani, em

Piracicaba (SP), em 1965. Nesta época usava-se o termo "boletim"

para designar as publicações amadoras, o termo fanzine só começou

a ser usado a partir de meados da década de 70. A motivação de

Edson Rontani foi manter contato com outros colecionadores de

revistas de quadrinhos para venda e troca de revistas. Mas já no

primeiro número, Edson coloca diversos textos informativos e uma importantíssima

relação das revistas de quadrinhos publicadas no Brasil desde 1905.

Qual a importância dos fanzines?

A primeira e maior importância dos fanzines é a cultural. Ou seja, os fanzines, de

um jeito ou de outro, em maior ou menor grau, estão sendo incorporados à cultura

brasileira. Também é importante para a formação e amadurecimento de artistas. Nos

aspectos crítico e informativo, a liberdade criativa dos fanzines permite a veiculação de

trabalhos mais isentos e com maior profundidade. Por fim, são também importantes à

satisfação pessoal dos editores e colaboradores de estarem divulgando seus trabalhos,

ou a ampliação de amizades entre os que participam desse mundo dos fanzines.

Como fazer?

O fanzine pode ser feito através da arte gráfica do computador, com um editor de

imagens ou manualmente. Todo tipo de material é válido para compor a edição (HQs,

poesias, contos, fotos, ilustrações, colagens, etc).

Materiais necessários para a produção de fanzines desta oficina: folhas de ofício; tesoura;

cola; revistas e jornais; panfletos, anúncios e fotos (opcional); canetões coloridos e

canetas hidrocor e régua. E para a exposição: barbantes e prendedores.

3. OFICINA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO NO ESPAÇO ESCOLAR - MÍDIAS VIRTUAL

OBJETIVO

39

A Oficina de Gestão da Informação – Mídias Virtuais, teve por objetivo central a

proposição de ferramentas de comunicação para o espaço escolar. Nesta oficina, os

professores foram estimulados ao trabalho com diferentes meios de comunicação virtuais.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Essa oficina teve a duração de 08 (oito) horas e consistiu na apresentação de

ferramentas de comunicação para o espaço escolar. Foram trabalhadas na oficina as

seguintes ferramentas para a democratização da comunicação

BLOG: ideia na cabeça e mouse na mão

A parte importante está relacionada com a interação dos leitores com a

postagem: podem enviar comentários, sugestões e até mesmo para dar sua opinião

referente ao assunto abordado. Muitos blogs também se destacam pelas facilidades das

ferramentas utilizadas na edição e criação, pois dispensa conhecimentos da criação de

páginas virtuais, o que facilita para qualquer pessoa, independente, da idade poder criar

seu próprio blog.

O termo "weblog" foi criado por Jorn Barger em 17 de dezembro de 1997. A

abreviação "blog", por sua vez, foi criada por Peter Merholz, que, de brincadeira,

desmembrou a palavra para formar a frase we blog ("nós blogamos") na barra lateral de

seu blog. Pouco depois, Evan Williams do Pyra Labs usou "blog" tanto como substantivo

quanto verbo ("to blog" ou "blogar", significando "editar ou postar em um weblog"),

aplicando a palavra "blogger" em conjunção com o serviço Blogger, da Pyra Labs, o que

levou à popularização dos termos.

Os blogs cresceram de maneira significativa. Em 1999 eram apenas 50, no ano

de 2000 alguns milhares e em menos de três anos estimavam 2,5 a 4 milhões. Em 2007,

mais de 112 milhões de blogs. Com o advento do videoblog, a palavra "blog" assumiu um

significado ainda mais amplo, implicando qualquer tipo de mídia onde um indivíduo

expresse sua opinião ou simplesmente discorra sobre um assunto qualquer.

No dia 31 de agosto comemora-se o Dia do Blog. Este dia propõe a promoção da

descoberta de novos blogues e de novos blogueiros.

Diferença de Blogs

40

Muitos blogs fornecem comentários ou notícias sobre um assunto em particular;

outros funcionam mais como diários online. A maioria são primariamente textuais, embora

uma parte seja focada em temas exclusivos como arte, fotografia, vídeos, música ou

áudio, formando uma ampla rede de mídias sociais.

Principais componentes do BlogBlogueiro: palavras destinas para aquela pessoa que escreve no blog.

Artigos: são mais conhecidos como “post”. Segue a proposta temática do blog, embora

dentro de uma liberdade de expressão, o blogueiro pode vir a ser responsabilizado

juridicamente por aquilo que escreve. Atualmente os posts contam com recursos de

vídeo, imagem e áudio.

Comentários: possibilidade de interação do visitante, respondendo ou opinando sobre o

artigo publicado.

Blogs por área de conhecimentoO Blog exige uma temática que vai caracterizá-lo diante dos demais blogs

existentes no meio virtual. Há uma variedade de blogs, que abordam os mais diversas

temas:

blog de artistas: artistas utilizam para falar e divulgar seus projetos, trabalhos. Ex.: Blog

da Juliana Paes.

fãs clubes: fãs que se dedicam à um determinado artistas, banda, enfim uma pessoa

pública. Ex: Fã Clube Ivete Sangalo. Disponível em:

http://facluboficialivetesangalo.zip.net/

divulgação de eventos: uma instituição, cidade, comunidade que está promovendo um

evento, onde é divulgada a programação, horário, local, ou seja, dados sobre o evento.

Se for um evento tradicional, traz inclusive o histórico. Ex: Festa da Uva, realizada em

Caxias do Sul. Disponível em: http://obrasildetodosospovos.blogspot.com

um grupo (danças, teatro): são divulgados os trabalhos, apresentações, traz fotos,

histórico. Ex: Grupo de Dança Alemã.

uma instituição: utiliza para mostrar sua localização, sobre suas atividades

desenvolvidas. Ex: APAE.

41

bandas: utilizam para que os internautas conheçam o seu trabalho e muitas vezes, as

bandas menores para alguma gravadora lhes encontrar. Ex: Banda Mestre Duca (São

Paulo).

fofocas: traz o que está acontecendo na vida dos artistas, não apenas dentro de sua

profissão, mas também e principalmente na vida pessoal. Ex: Blog do Ronaldo.

projetos: divulgação de projetos, de qualquer tipo, para a sociedade. Ex.: Projeto Eco-

Escolas: http://eco-escolas-portugal.blogspot.com/

Criando um blog

Existem blogs gratuitos e blogs para assinantes/taxas/pagos. A qualidade de

ambos é muito semelhante. Ao contrário do que pode se imaginar, os blogs gratuitos,

conseguem atender as expectativas de seus usuários, afinal cabe ao seu blogueiro

montá-lo e fazer como que seu leitor seja atraído.

Passo a Passo da criação de um blog gratuito: Acesse: www.blogger.com

2º Se tiver login no gmail ou no Orkut, pode utilizar para fazer o cadastro; se não tiver vá até criar blog e crie uma conta;

3º Abrirá um formulário para a criação da sua conta, preencha os campos necessários e clique em continuar;

4º O próximo passo é criar o nome para o seu blog e também o endereço em que você irá encontrá-lo na internet. EX: naoqueriaumblog (essa parte você irá criar).blogspot.com

42

OBS: Sempre vá completando o que os tópicos pedem e, no final, clique sempre em CONTINUAR.

5º Escolha o modelo do seu blog, clique em continuar;

6º O blog já está criado, clique em iniciar postagem;

7º Abrirá uma página para você fazer a sua postagem do blog, escreva o que desejar, e post em publicar postagem;

OBS: Você tem opções de tamanho da fonte (letra), cores, fazer listas, correção ortográfica. Tudo na barra de edição de texto.

8º Clique em visualizar postagem e você terá uma nova tela da forma que seu blog se apresenta para as demais pessoas.

43

Colocar uma imagem ou vídeo no Blog

1º Selecione a imagem da internet, e salve em seu computador (Desktop);

2º No mesmo local onde se digita o texto da publicação, existe uma figura para adicionar imagem e adicionar vídeo.

3º Abrirá uma outra página, onde você seleciona a imagem ou vídeo salvo no seu computador.

4º Ajustar o tamanho, e a localização.

5º Clique em fazer upload de imagem.

6º A imagem selecionada aparece junto ao texto é só você ajeitar no lugar desejado de acordo com o texto.

Os melhores assuntos de Blogs no Brasil

Aqui no Brasil os blogs mais acessados são aqueles relacionados com:

Favoritos (enquete dos melhores);

Jornalismo (traz notícias);

Humor (entretenimento, os internautas buscam muito);

Literatura (relatos de livros que já foram lançados, os que estão sendo lançados, e dicas

de bons livros para serem lidos e até mesmo dica para presentear alguém);

Tecnologia (atualizações do meio tecnológico);

Política (uma editoria muito presente em qualquer veículo de comunicação; abordada em

blogs que apóiam e que criticam a política brasileira) ;

Famosos (relato da vida dos artistas).

Lista de alguns Blogs Gratuitos

Blogger : www.blogger.com

44

UOL: blog.uol.com.br

Terra: weblogger.terra.com.br

The blog: www.theblog.com.br

Worde Press: wordpress.com

Redes de Ensino e BlogNo Brasil as redes de Ensino (escolas) não têm usufruído dessa ferramenta como

poderia. O blog pode ser muito bem aproveitado não só pelos alunos, mas principalmente

pelos professores, e toda a direção de uma escola. Os blogs podem vir ao encontro dos

alunos, para que estes sintam vontade de vir para as escolas.

Por que não fazer um blog para os alunos discutirem uma matéria de Geografia,

História, Matemática,...? Ou quem sabe ainda, trazer textos que envolvam os assuntos

principais das crianças/adolescentes/jovens?

As crianças, adolescentes e jovens estão muito inseridas no meio virtual, por isso

tratar de determinados assuntos em um Blog pode ser uma alternativa para um bom

convívio de alunos, professores, direção e a comunidade em geral. Assim alunos vão ter

prazer em ir assistir uma aula, os professores sentirão vontade em lecionar, e os pais

satisfeitos com o desempenho de seus filhos.

Mídias Digitais

As mídias digitais são mídias eletrônicas que trabalham com codecs digitais. Mídia

digital pode ser definida como o conjunto de veículos e aparelhos de comunicação

baseados em tecnologia digital que permitem a distribuição ou comunicação digital das

obras intelectuais escritas, sonoras ou visuais.

Tecnicamente falando, mídias digitais podem ser: computadores, telefone celular,

compact disc, vídeo digital, internet e World Wide Web, televisão digital, Minidisc, jogo

eletrônico e outras mídias interativas.

O termo mídia digital se refere a qualquer mídia que utiliza, como meio, um

computador ou equipamento digital para criar, explorar, finalizar ou dar continuidade a um

projeto que tem como suporte a internet, comunicação online ou offline, produções

gráficas, videogames, conteúdos audiovisuais, etc. Opõe-se às mídias analógicas,

45

usufruindo assim das vantagens técnicas dos meios digitais como uma maior agilidade na

manipulação e criação de conteúdos. Além disso, o conteúdo pode ser reproduzido e

reutilizado sem perda de qualidade, o que garante um fluxo de trabalho muito mais

dinâmico e multi midiático, favorecendo assim a interdisciplinaridade ou a integração entre

os diferentes meios, sendo essa uma característica marcante desse tipo de mídia e

processo de trabalho.

O que as mídias digitais tem a ver com a educação?OA resta é: tem tudo

Ninguém educa ninguém; ninguém se educa sozinho; nos educamos em comunhão mediatizados pelo mundo. Mundo este que, porque objetivado na subjetivação - que é objetivada por aquele - entre os que, porque dialogam, o problematizam (FREIRE, 1987).

Se na época em que Paulo Freire escreveu essas palavras elas já tinham uma

importância muito grande, hoje essa importância é ainda maior.

Vivemos em uma sociedade dirigida pela comunicação, promovida não mais

pelos meios de comunicação de massa, mas sim, pelos meios digitais. As novas gerações

estão inseridas diretamente nesse contexto. O meio educacional precisa adaptar-se,

interagindo com estes meios.

Hoje, não há como excluir a presença das mídias digitais, pois elas circulam o

dia-a-dia dos alunos (e não apenas deles, mas de todos). Assim sendo, tem-se a

importância de considerar as mídias digitais. Os alunos precisam aprender a olhar com

olhos críticos as infinitas informações que recebem todos os dias, já que eles também têm

a possibilidade de intervenção nas mesmas.

Por assim ser é que precisamos entender o funcionamento das mídias digitais e

suas ferramentas, para poder com elas construir uma educação baseada (de fato) no

circulo interminável de interação professor-mensagem-aluno-mundo.

Tendo como base esse entendimento teórico, esta oficina desenvolveu

atividades com ferramentas importantes e úteis em sala de aula, que são as ferramentas

do Google. E ainda, um programa gratuito e de fácil execução para baixar vídeos da

Internet: Vdownloader.

ATIVIDADE 1. Ampliar o conhecimento das ferramentas do Google.

46

Google Incorporated é uma empresa americana de serviços online, sediada em Mountain View,

Califórnia, na região conhecida

como Vale do Silício. A Google

Inc. foi fundada em 1998, e hoje

é uma das empresas de

tecnologia mais ricas do mundo,

conhecida por possuir o maior

site de buscas da internet. Sua

sede, conhecida como

Googleplex , possui em torno de

27 prédios, praticamente um

bairro inteiro. O primeiro serviço oferecido pela empresa foi o Google Search, que foi

criado a partir de um projeto de doutorado dos então estudantes Larry Page e Sergey Brin

da Universidade de Stanford em 1996 e que resolveu os problemas dos sites de busca da

época de forma prática e simples.

Os serviços de busca do Google, sem os quais a vida na internet seria inviável. A

imensidão da rede não permite que nenhum usuário seja capaz de encontrar tudo o que

precisa pelo endereço. Para isto

existem serviços de busca como o

Google que funcionam como um guia

telefônico e ajudam você a encontrar o

que precisa. São eles:

Web – um buscador geral que todo mundo usa diariamente ou pelo menos já usou uma

vez na vida. Geralmente está configurado para ser a página inicial da maioria dos

navegadores. Funciona quando a pessoa digita uma palavra, uma frase ou expressão e o

Google web acha todos os sites relacionados com aquilo que você está procurando ou

que contenham a(s) palavra(s) relacionada(s). Você pode optar por pesquisar toda a web,

somente páginas em português ou ainda somente páginas brasileiras. Se isto não for

suficiente, o Google lhe oferece um sistema de busca avançada que possibilita a

determinação dos termos exatos, idiomas, formato do arquivo, data, entre outras coisas.

47

Imagens – um buscador especializado em procurar imagens. A pesquisa de imagens

mais completa da web. No canto superior esquerdo da página principal do Google (fig.3)

você encontra funções secundárias do serviço de busca. Uma delas é o Google imagens.

Funciona da mesma maneira que o Google web, mas só busca fotografias, desenhos e

imagens em geral sobre o assunto relacionado.

A pesquisa de imagens ainda conta com um sistema de ajuda que dá dicas de

como encontrar a imagem que você procura. Quando as imagens procuradas são

exibidas uma caixa de seleção permite que se escolha a visualização de apenas um

tamanho de imagens, de determinado conteúdo e até mesmo a cor predominante na

figura.

É importante lembrar que o Google busca as imagens pelo nome do arquivo,

portanto há imagens no banco de dados com nomes em diversas línguas diferentes. É

muito válido pesquisar a imagem que você procura em diferentes línguas, visto que o

banco de imagens em inglês, é muito maior que em português, por exemplo.

Se você não sabe falar outra língua, o Google oferece um tradutor online que

viabiliza a pesquisa em diferentes línguas. Este serviço será estudado em outro capítulo.

Noticias – Pesquise e navegue por 25.000 fontes de notícias atualizadas continuamente.

O Google lhe dá a oportunidade de pesquisar notícias, navegando pelos itens: últimas

notícias, mundo, Brasil, negócios, ciência, entretenimento, esportes, saúde e ainda

permite que você busque notícias atualizadas pelo país ou, melhor ainda, digitando o

assunto de interesse no campo da busca.

48

As notícias são extraídas das mais conceituadas agências e meios de

comunicação do país e do mundo e oferecidas ao leitor de maneira revolucionária. Agora

você escolhe o tema e o Google procura todas as notícias do dia sobre o assunto no

mundo e você lê um jornal exclusivo voltado para seus interesses.

Mapas – o Google maps é uma ferramenta que permite ao usuário consultar mapas de

qualquer lugar do mundo. O serviço do Google maps abrange desde mapas rodoviários a

mapas das ruas das menores cidades do

interior. O usuário pode navegar pelos

mapas clicando diretamente sobre o mesmo,

arrastando-o para o lado que se deseja

visualizar, aproximando e afastando a

imagem, ou pesquisar o mapa de algum lugar definido. Desta forma o Google mapas

procura a localidade e o leva até ela. O mapa deste lugar estará disponível na tela em

poucos segundos.

Além do mapa o Google traz informações e fotografias do lugar pesquisado.

Os mapas ficam disponíveis em três formatos diferentes: o mapa, propriamente

dito, a imagem de satélite e o mapeamento das condições do terreno. Você poderá, para

qualquer mapa, enviá-lo por email, imprimir ou linkar em algum outro site ou blog. O

Google permite que você crie seus próprios mapas e compartilhe com seus amigos.

Para acessar basta você digitar no campo de busca: GOOGLE MAPS, depois

clique em pesquisa Google e, pronto você assistirá a um vídeo específico de como fazer

para usar esta ferramenta tão importante. Acesse e veja como é fácil.

Livros – a busca por livros ou Google books é projeto ainda em desenvolvimento, mas já

está no ar há algum tempo, que permite o acesso a textos completos (ou não) de livros

digitais. Estes livros são os mesmos que são impressos e vendidos nas livrarias, só que

em versão digital.

O Google selou um acordo revolucionário com autores e editoras e permite que

você faça pesquisas em livros completos e ainda descubra novos livros. Ele funciona da

mesma maneira que qualquer outro buscador do Google. Você pesquisa por determinado

tema e ele relaciona todos os livros que contenham as palavras buscadas. Você acessa

Figura 6

49

estes ebooks e muitas vezes eles contêm o texto integral ou alguns trechos importantes

que já dão a ideia do conteúdo do livro. Tudo de graça.

Acadêmico – da mesma maneira que o Google books e o Google blogs, o Google

acadêmico procura por artigos científicos acadêmicos que tenham relevância com o

assunto pesquisado. Sob o tema: sobre os ombros de gigantes, esta ferramenta traz a

você informações confiáveis, geralmente oriundas de universidades. O usuário escolhe

também por artigos dentre toda a web ou apenas em português.

Fotos – o Google fotos é uma ferramenta que imita um álbum de fotografias. Todas as

fotos que você editar com o Picasa (software Google que será visto adiante) podem ser

compartilhadas entre os amigos ou disponibilizadas como fotografias públicas para o uso

geral de todos. Visualmente se parece muito com o Google imagens, mas diferentemente

deste disponibiliza apenas fotografias tiradas por outras pessoas. Você pode visitar o

domínio público e fazer o download da foto que lhe convir. O usuário faz a busca e o

sistema procura pelo nome da fotografia em sua língua original.

SERVIÇOS GOOGLE

Além das ferramentas de busca, o Google conta com um leque extenso de

serviços oferecidos aos usuários da internet que vão desde site de relacionamento até

navegador próprio.

Orkut - O orkut é uma comunidade online criada para ativar e/ou estimular a vida social

através da interação com amigos. A rede social do orkut pode ajudar a manter contato

com amigos e contatos por meio de fotos e mensagens, e a conhecer mais pessoas. O

Orkut possibilita conhecer pessoas que tenham os mesmos hobbies e interesses que

você, que estejam procurando um relacionamento afetivo ou contatos profissionais. Pode-

se também criar comunidades online ou participar de várias delas para discutir eventos

atuais, identificar interesses, hábitos entre outros. Você decide com quem quer interagir.

Antes de conhecer uma pessoa no orkut, você pode ler seu perfil e ver como ela está

conectada a você através da rede de amigos.

50

Youtube - O YouTube é um serviço gratuito de transmissão online de vídeos, no qual

qualquer pessoa pode assistir e compartilhar os vídeos enviados pelos membros

cadastrados no serviço.

Agenda - é um serviço de agenda e calendário on-line oferecido gratuitamente pela

empresa Google. Disponível em uma interface web, é possível adicionar, controlar

eventos, compromissos, compartilhar a programação com outras pessoas, agregar à sua

agenda diversas agendas públicas, entre outras funcionalidades.

Docs - é um pacote de aplicativos do Google baseado que funciona totalmente on-line.

Os aplicativos são compatíveis com o BrOffice.org, OpenOffice.org, KOffice.org e

Microsoft Office, e atualmente compõe-se de um processador de texto, um editor de

apresentações e um editor de planilhas. Alguns dos recursos mais peculiares são: a

portabilidade de documentos, que permite a edição do mesmo documento por mais de um

usuário, bem como o recurso de publicação direta em blog. Os aplicativos permitem a

compilação em PDF.

Gmail - O Gmail (também GMail, Google Mail ou Giga Mail) é um serviço gratuito de e-

mail criado pelo Google em 2004, característico pela grande disponibilidade de espaço

para mensagens, métodos aprimorados de organização de e-mails recebidos, bem como

possibilidade de interação com outros serviços google, o que o tornou um dos serviços de

e-mail mais populares atualmente.

PROGRAMAS GOOGLE

51

Estes, disponíveis para download, são programas mais elaborados com funções

específicas, todos desenvolvidos pelo Grupo Google. Até então, são quatro os principais

programas distintos:

Google Chrome – navegador de internet de código-fonte aberto, criado em 2008. Ainda

em fase de implantação e em desenvolvimento, é um navegador de interface simples,

mas funções completas.

Google Desktop é um aplicativo de busca no desktop que permite encontrar textos com

mensagens de e-mails, arquivos do próprio computador, bate-papo e páginas webs

visitadas. O aplicativo cria um índice de todo o conteúdo que pode buscar e o armazena

em seu computador para que encontre sua informação com a mesma facilidade com que

realizaria uma busca na Internet pelo Google. A diferença do software com a busca

tradicional é que se atualiza uma vez ao dia e este aplicativo atualiza continuamente a

maior parte dos arquivos. Deste modo, por exemplo, pode-se buscar uma nova

mensagem no Outlook em poucos segundos depois de recebida.

1ºPASSO PARA ACESSAR O GOOGLE DESKTOP

2º PASSO :Aparecerá a tela abaixo, aí é só clicar em :INSTALAR O GOOGLE DESKTOP.

52

3º PASSO: Aparecerá esta tela e então você clica em : CLIQUE AQUI PARA INSTALÁ-

LO.

A partir daí, é só ir executando os passos indicados pelo próprio programa e você o terá

instalado gratuitamente.

PICASA

É um programa de computador que inclui a edição digital de fotografias e cuja

função principal é organizar a coleção de fotos digitais presentes no computador, de

forma a facilitar a procura por fotografias específicas por parte do usuário do software.

Através dele, as fotos encontradas no computador ficam segmentadas em suas

respectivas pastas. Os comandos e ferramentas de edição das imagens são simples e

reversíveis, dando ao usuário inúmeras possibilidades de tratamento fotográfico.

53

1º Passo Digite o nome Picasa no buscador e clique em Pesquisa Google

2º Passo: Na próxima tela clique em: Picasa 3: download gratuito no Google.

3º Passo: A seguir, clique em: Baixar o Picasa 3

4º Passo: na tela que aparecer acione: clique aqui...

A partir destes passos, você seguirá automaticamente os comandos da tela do seu

computador e em poucos minutos o novo programa estará instalado gratuitamente no seu

CPU. Bom trabalho.

ATIVIDADE 2 - PROGRAMA VDOWNLOADER

É um sistema feito para baixar vídeos da Internet. Funciona de uma forma muito simples:

basta entrar no site escolhido, procurar o vídeo e copiar o link do seu navegador no

campo URL do Vídeo do Vdownloader.

A grande vantagem do Vdownloader é o formato que ele disponibiliza seus vídeos.

Por exemplo, você poderá salvar os seus vídeos diretamente em AVI, MPEG, MP3

(somente áudio), 3GP, VCD (PAL e NTSC), SVCD (PAL e NSTC), DVD (PAL e NSTC) e

também no formato original do arquivo. Selecione o formato na caixa “Formato de Saída”

e faça o download. O próprio programa também possui um arquivo executável chamado

ffmpeg. Trata-se de um codec que vai transformar seus vídeos para que você possa

assisti-los no formato MPEG. Não é necessária nenhuma configuração, basta clicar e ele

se instalará automaticamente.

54

O programa Vdownloader também agiliza o sistema de busca de vídeos. Na guia

“Procurar”, digite termos referentes ao material que você deseja encontrar e então o

programa fará a busca nos mais de 15 sites com que é compatível, entre eles os famosos

Youtube, Yahoo, Vídeos, Google Vídeos, Metacafe, DailyMotion e MySpace. Os rsultados

são exibidos em forma de lista logo abaixo, permitindo a você pré-visualizá-los em suas

páginas de origem antes de fazer download.

Para iniciar você digita no buscador do Google a palavra VDOWNLOADER e

ENTER e então, aparecerá a tela a seguir. Nesta tela, você clicará ao lado da seta verde

que indica que você quer baixar o programa.

Após, você clica em salvar.

No próximo passo, você escolhe salvar no Desktop e clica em salvar novamente.

Em aproximadamente 3 minutos, você terá o programa salvo na tela do seu computador

para usá-lo em prol dos seus projetos de educação.

4. OFICINA DE EDIÇÃO EM VÍDEO

OBJETIVOA Oficina de Edição em Vídeo visou explicar o funcionamento da captação e imagens

a partir de câmeras digitais (ferramenta comum aos estudantes) e sua edição em

programas que podem ser disponibilizados no laboratório de informática da Escola.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

55

Editar um vídeo não se limita à escolha das melhores cenas; é nesta fase da

produção que são inseridos efeitos especiais, trilhas sonoras e legendas. Seja para

garantir minutos de fama no YouTube, registrar eventos escolares ou fazer um trabalho

para alguma disciplina.

Esta oficina teve a duração de 08 (oito ) horas.

As câmeras de vídeo digitais estão ocupando espaço preferencial na escolha dos

consumidores, que aderindo às novas tecnologias, aposentaram o videocassete.

A criação de vídeos domésticos é algo que se tornou comum a partir da década de

90, por meio das camcorders – termo formado pela contração das palavras câmeras e

recorder. Crianças e adolescentes que possuem acesso à internet divertem-se

frequentemente com vídeos postados no site Youtube e estão acostumados a essa

linguagem audiovisual.

A escola nesse sentido pode aproveitar a experiência dos estudantes, adotando o

vídeo como instrumento de ensino. Esta oficina, por meio do trabalho do programa

Windows Movie Maker, buscou ensinar aos professores a produção e edição de vídeos e

coleção de imagens em sala de aula.

Edição de Vídeo

Atualmente as novas mídias estão presentes cada vez mais no cotidiano das

pessoas, principalmente no ambiente escolar, em que as tecnologias de informação são

utilizadas para melhorar a didática e para o acréscimo de conhecimento. Acredita-se que

dentro das tecnologias de informação, o audiovisual é um forte aliado para ensinar os

alunos de forma produtiva e de maneira com que estes possam interagir.

Desta forma, a ferramenta do Movie Maker contribui para a edição de vídeos que

os próprios professores e alunos possam produzir com suas câmeras digitais. É

importante saber lidar com essas ferramentas para que elas possam ser utilizadas em

sala de aula. O uso do Movie Maker possibilita a edição fácil e rápida do vídeo, sendo um

programa encontrado nos computadores com o sistema operacional Windows.

O Audiovisual na Sala de Aula

Hoje, o uso do audiovisual em sala de aula é algo quase indispensável. Nessa era

tecnológica em que nos encontramos, usar somente a didática tradicional não tem sido

56

suficiente para chamar a atenção dos alunos, principalmente por estes estarem sempre

“atentos” as novidades e buscarem coisas diferentes para o seu aprendizado. Marília

Franco, doutora em artes que atua na área de cinema, rádio e TV da USP, mostra porque

os alunos possuem uma tendência ao audiovisual:

Quando a criança chega ao espaço da educação formal já traz, impregnados no seu comportamento cultural, os resíduos dessa história e desses hábitos de fruir a comunicação audiovisual. Mais do que tudo, assistir a filmes, vídeos e programas de TV são atos que envolvem escolha e prazer. O que se leva para compartilhar com o grupo são os gostos e identificações (Franco, 2009).

A autora nos leva a crer que o audiovisual propicia momentos de lazer para os

alunos.

E por que não usar essa ferramenta em sala de aula?

A ideia aqui é a criação de vídeos com os conteúdos trabalhados nas disciplinas.

Pode parecer complicado de início, mas a partir da conversa com outros professores, e

até mesmo com os alunos, podem surgir vários assuntos e maneiras de usar o

audiovisual em aula. Porém, antes de utilizar qualquer técnica ou método de trabalho com

o audiovisual, é preciso que os professores reconheçam quais emoções audiovisuais

estão impregnadas na sua vida, configurando suas visões de mundo, para então

transmiti-las aos alunos.

Mesmo reconhecendo o desafio da incorporação do audiovisual em sala de aula,

Marília Franco diz que todo filme, vídeo ou programa de TV podem ser trabalhados de

forma educativa.

Um exemplo da utilização do audiovisual com jovens e em sala de aula é o trabalho

realizado pelo projeto Organismo, Comunicação e Arte - OCA, fruto de uma parceria da

Votorantin e o Instituto Crescer, que trabalha com a comunidade usando oficinas de vídeo

para que sejam criados produtos audiovisuais que servirão para inclusão digital,

participação da comunidade, acréscimo de conhecimentos e até para um pensar diferente

sobre os produtos midiáticos.

O audiovisual é apenas um recurso que permite trazer diversos assuntos para a

sala de aula, gerando debates sobre o tema, o que facilita a aprendizagem e a interação

entre alunos e professor.

Obs: Outras informações sobre o projeto OCA no blog: http://ocapantanal.blogspot.com/.

57

Etapas da Oficina de Edição em Vídeo

_ Divide-se o grupo por área de conhecimento;

_ Define-se o tema do vídeo a ser realizado por cada área;

_ Cada grupo capta imagens dentro e fora da sala de aula de acordo com o tema a ser

abordado;

_Cada grupo trabalha as imagens captadas junto ao Movie Maker, finalizando seus

vídeos;

_ Convertem-se os vídeos em programa compatível com Sistema Linux, para posterior

uso na TV Pendrive.

Windows Movie Maker

O Windows Movie Maker é um simples e potente programa gratuito de edição de

vídeo. É de fácil aprendizagem e produz bons resultados em edição de imagens e áudio.

É possível, de maneira simples e rápida, produzir e editar vídeos com os conteúdos da

sala de aula e posteriormente, apresentar. Além disso, os próprios professores podem

dominar a ferramenta, tornando-se produtor de informação e posteriormente ensinar aos

seus alunos.

PASSO A PASSO PARA O TRABALHO COM O WINDOWS MOVIE MAKER:

Digitar movie maker no buscador do Google. Depois, clicar em Windows Movie Maker Download, conforme a imagem a seguir.

58

E então, abrirá a tela que aparece a seguir e você clicará em faça o download.

Continuando, você clicará em movie maker 2 exe (executar), conforme mostra a foto que

segue.

59

Para continuar, quando abrir uma nova tela no computador, você clicará em salvar

e depois em salvar de novo. Então ele começará o trabalho de salvar e quando finalizar

você clicará em executar.

Conforme, aparece na figura a seguir, você percebe que terá que executar novos

comandos a fim de que o programa seja realmente instalado e reconhecido pelo seu

computador. Então, clique em Next e aguarde alguns segundos que você já receberá a

mensagem de finish (fim)e então poderá começar a operar com seu novo programa de

edição de imagens em vídeos.

60

5. OFICINA DA GESTÃO DA INFORMAÇÃO NO ESPAÇO ESCOLAR E O AUDIOVISUAL EM SALA DE AULA.

Esta oficina teve a finalidade de encerramento dos trabalhos práticos com uma

reflexão acerca da utilização das imagens nos trabalhos escolares seja em qualquer uma

das disciplinas curriculares legalmente instituídas. Sua duração foi de 04 (quatro) horas

de efetivo trabalho com os professores participantes. Esta oficina buscou trazer para o

contexto escolar a reflexão do uso das diversas mídias do audiovisual, a fim de que os

professores participantes pudessem criticamente analisá-las para o trabalho em sala de

aula. Sabe-se que os alunos já trazem impregnados em seu comportamento cultural,

resíduos de hábitos da comunicação audiovisual. O grande desafio é integrar essa

experiência audiovisual diretamente ao conhecimento didático de sala de aula, tornando-o

interdisciplinar.

O audiovisual em sala de aula

A gama de possibilidades de comunicação do mundo atual tornou o acesso às

informações mais fáceis, visto que estão ao alcance de todos, e ao mesmo tempo mais

difíceis porque podem comunicar algo a alguém, como no caso dos blogues, que pode

omitir ou camuflar a verdade.

As crianças crescem sabendo acessar a internet, tendo muitas vezes, a televisão

como principal companheiro do dia. O mundo corrido das famílias brasileiras destina à

televisão, a responsabilidade de fazer companhia aos filhos. A maioria das crianças

assiste não só aos desenhos animados da TV, mas também a filmes, conforme a grade

de programação, sem uma criticidade a altura daquilo que consomem audiovisualmente..

Com essa realidade, torna-se inevitável que as crianças, adolescentes e jovens

cheguem à escola com uma bagagem cultural e audiovisual muito grande. E aí, os

professores veem a televisão e o cinema como concorrentes do processo educacional,

prejudicando o ensino, a aprendizagem e a atenção do aluno.

Mas e até onde os meios audiovisuais são realmente concorrentes na hora de

educar?

Será que o desenho que o aluno assiste em casa pode ser aproveitado em sala

de aula pelo professor?

61

Será que a tão temida e causadora de repulsa “novela”, não tem nada à

acrescentar à vida destes aluno?

Como nos dizem os conceitos educomunicacionais, a educação para mídia

acredita em formar uma audiência com olhar crítico acerca dos meios de comunicação.

Então, será que não se pode exercitar este olhar crítico na temática que envolve a

novela?

Por meio dos processos de desconstrução e reconstrução dos conceitos

midiáticos, trabalham-se todas as partes integrantes de um programa de TV, sob um olhar

crítico refletindo a verdade e a ficção, a realidade e a fantasia e ainda, as influências

benignas e malignas de todo este processo.

Na revista Comunicação e Educação, o especialista em projetos inovadores na

educação presencial e a distância, José Manuel Moran, fala sobre a boa e má utilização

do vídeo em sala de aula:

Usos inadequados do vídeo em sala de aula

Vídeo-tapa buraco: colocar vídeo quando há um problema inesperado, como ausência

do professor. Usar este expediente eventualmente pode ser útil, mas se for feito com

frequência, desvaloriza o uso do vídeo e o associa, na cabeça do aluno, a não ter aula.

Vídeo-enrolação: exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria. O aluno percebe que

o vídeo é usado como forma de camuflar a aula. Pode concordar na hora, mas discorda

do seu mau uso.

Vídeo-deslumbramento: O professor que acaba de descobrir o uso do vídeo costuma

empolgar-se e passa vídeo em todas as aulas, esquecendo outras dinâmicas mais

pertinentes. O uso exagerado do vídeo diminui a sua eficácia e empobrece as aulas.

Vídeo-perfeição: Existem professores que questionam todos os vídeos possíveis porque

possuem defeitos de informação ou estéticos. Os vídeos que apresentam conceitos

problemáticos podem ser usados para uma descoberta e questionamento conjunto do

professor e do aluno.

62

Só vídeo: não é satisfatório didaticamente exibir o vídeo sem discuti-lo, sem integrá-lo

com o assunto de aula, sem uma análise minuciosa daquilo que se viu ou ouviu.

Propostas do uso do audiovisual em sala de aula

Vídeo como sensibilização: Pode ser considerado o uso mais importante na escola. Um

bom vídeo pode introduzir um novo assunto, pode despertar a curiosidade ou motivar

novos temas. Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar o assunto

do vídeo e da matéria.

Vídeo como ilustração: O vídeo muitas vezes ajuda a mostrar o que se fala em aula, a

compor cenários desconhecidos dos alunos. Por exemplo, um vídeo que exemplifica

como eram os romanos na época de Júlio César ou Nero, mesmo que não seja

totalmente fiel, ajuda a situar os alunos no tempo histórico. Um vídeo traz para a sala de

aula realidades distantes dos alunos.

Vídeo como simulação: É uma ilustração mais sofisticada. O vídeo pode simular

experiências de química que seriam perigosas em laboratório ou que exigiriam muito

tempo e recursos. Um vídeo pode mostrar o crescimento acelerado de uma planta, de

uma árvore, da semente à maturidade, em poucos segundos.

Vídeo como conteúdo em ensino: Vídeo que mostra determinado assunto, de forma

direta ou indireta. De forma direta, quando informa sobre um tema específico orientando a

sua interpretação. De forma indireta, quando mostra um tema, permitindo abordagens

múltiplas, interdisciplinares.

Vídeo como produção: Como documentação, registro de eventos, de aulas, de estudos

do meio, de experiências, de entrevistas, depoimentos. Isto facilita o trabalho do

professor, dos alunos e dos futuros alunos. O professor deve poder documentar o que é

mais importante para o seu trabalho, ter o seu próprio material de vídeo assim como tem

os seus livros e apostilas para preparar as suas aulas. O professor estará atento para

63

gravar o material audiovisual mais utilizado, para não depender sempre do empréstimo ou

aluguel dos mesmos programas.

Vídeo como Intervenção: Interferir, modificar um determinado programa, um material

audiovisual, acrescentando uma nova trilha sonora ou editando o material de forma

compacta ou introduzindo novas cenas com novos significados. O professor precisa

perder o medo, o respeito ao vídeo assim como ele interfere num texto escrito,

modificando-o, acrescentando novos dados, novas interpretações, contextos mais

próximos do aluno.

Vídeo como expressão: Como nova forma de comunicação, adaptada à sensibilidade

principalmente das crianças e dos jovens. As crianças adoram fazer vídeo e a escola

pode incentivar ao máximo a produção de pesquisas em vídeo pelos alunos. Filmar é uma

das experiências mais envolventes tanto para as crianças como para os adultos. Os

alunos podem ser incentivados a produzir dentro de uma determinada matéria, ou dentro

de um trabalho interdisciplinar. E também produzir programas informativos, feitos por eles

mesmos e colocá-los em lugares visíveis dentro da escola e em horários nobres.

Vídeo espelho: Vejo-me na tela para poder compreender-me, para descobrir meu corpo,

meus gestos, meus cacoetes. Vídeo-espelho para análise do grupo e dos papéis de cada

um, para acompanhar o comportamento de cada um, do ponto de vista participativo, para

incentivar os mais retraídos e pedir aos que falam muito para darem mais espaço aos

colegas. O vídeo-espelho é de grande utilidade para o professor se ver, examinar sua

comunicação com os alunos, suas qualidades e defeitos.

Toda a apresentação de vídeo em sala de aula deve ser seguida de discussão de

grupo. A melhor forma de se fazer esta discussão é logo após os alunos terem assistido

ao vídeo ou ao filme, neste momento as problemáticas e conteúdos do vídeo estão vivas

na memória dos alunos, além de que, o momento da apresentação de um vídeo é como a

“anunciação”, um momento único que nunca se repetirá da mesma forma e com as

mesmas reflexões.

Análise de vídeos em sala de aula.

64

Depois dos alunos assistirem ao vídeo, inicia-se um debate, uma conversa da turma

sobre o vídeo. Neste momento é interessante que o professor assuma uma posição de

mediador e não dê a primeira opinião – como o professor tem o caráter de formador de

opinião entre os alunos, seu comentário pode interferir nos próximos comentários que

virão e na visão dos alunos acerca do filme. Deve esperar que os alunos se posicionem,

para aí sim, dar sua contribuição. O professor mediador não deve recriminar a posição

dos alunos, deve outrossim, lembrar aos alunos os aspectos reais e ficcionais daquilo que

foi assistido.

Análise em conjunto

O professor exibe as cenas mais importantes e as comenta junto com os alunos,

a partir do que estes destacam ou perguntam.

O professor não deve se o primeiro a dar a sua opinião, principalmente em

matérias controvertidas, nem monopolizar a discussão, mas tampouco deve ficar em cima

do muro. Deve posicionar-se, depois dos alunos, trabalhando sempre dois planos: o ideal

e o real; o que deveria ser (modelo ideal) e o que costuma ser (modelo real).

Análise globalizante

Fazer depois da exibição quatro indagações: Aspectos positivos do vídeo;

Aspectos negativos; Ideias principais; O que vocês mudariam neste vídeo?.

Estas perguntas devem ser discutidas em pequenos grupos e depois relatadas

na plenária. O professor e os alunos destacam as coincidências e as divergências. O

professor faz a síntese final, devolvendo ao grupo as leituras predominantes (onde se

expressam valores individuais e coletivos).

Análise Concentrada

Escolher, depois da exibição, uma ou duas das cenas marcantes. Revê-las e

analisar: O que chama mais a atenção (imagem/som/palavra) ; O que dizem as cenas

(significados); Consequências, aplicações (para a nossa vida, para o grupo).

Análise "funcional"

Antes da exibição, escolher algumas funções ou tarefas (desenvolvidas pelos

alunos): o contador de cenas (descrição sumária, por um ou mais alunos); anotar as

65

palavras-chave; anotar as imagens mais significativas; caracterização dos personagens;

música e efeitos; mudanças acontecidas no vídeo (do começo até o final).

Depois da exibição, cada aluno fala e o resultado é registrado de alguma maneira

que o grupo escolha. A partir deste registro, o professor complementa as informações,

relaciona os dados e questiona as soluções apresentadas.

Análise da Linguagem

- Que história é contada (reconstrução da história)

- Como é contada? (o que destacaria nos diálogos e na música)

- Que ideias passa o programa (o que diz claramente esta história)

- O que contam e representam os personagens

- Modelo de sociedade apresentado

- Ideologia do programa

- Mensagens não questionadas (pressupostos ou hipóteses aceitos de antemão, sem

discussão)

- Valores afirmados e negados pelo programa (como são apresentados a justiça, o

trabalho, o amor, o mundo)

- Como cada participante julga esses valores (concordâncias e discordâncias nos

sistemas de valores envolvidos). A partir de onde cada um de nós julga a história.

Outra forma de trabalhar o audiovisual em sala de aula é através dos telejornais.

O conteúdo se apresenta de forma diferenciada, tanto por ser um veículo de

comunicação, quanto por trabalhar com a representação do real – para não se falar

realidade pura. O que é mostrado é apenas um recorte da verdade ou uma releitura dos

fatos, nunca o fato real, este só acontece no momento da produção do acontecimento.

A informação na TV

Um dos campos mais interessantes de utilização do vídeo para compreender a

televisão na sala de aula é o da análise da informação, para ajudar professores e alunos a

perceberem melhor as possibilidades e limites da televisão e do jornal como meio

informativo. O professor pode propor inicialmente algumas questões gerais sobre a

informação para serem discutidas em pequenos grupos e depois na plenária.

66

Como eu me informo?

Que telejornal eu prefiro e, porquê?

O que não gosto deste telejornal e gostaria de mudar?

Que semelhanças e diferenças eu observo nos vários telejornais?

Que análise eu faço dos dois principais jornais impressos. Posso fazer uma análise

específica de um programa informativo da televisão (por exemplo, do Jornal Nacional) e

de dois jornais impressos do dia seguinte? O professor pede a um dos alunos que anote a

sequência das notícias do telejornal e, a outro, que cronometre a duração de cada notícia.

Depois da exibição, o professor pede que os alunos se dividam em grupos e que alguns

analisem o telejornal e pelo menos dois analisem os jornais impressos (cada grupo um

jornal).

Questões para análise do telejornal

Que notícias chamaram mais a sua atenção (notícias que mais sensibilizaram,que

marcaram mais). Por quê?

Que notícias são mais importantes para cada um ou para o grupo. Por quê?

O que considerou positivo nesta edição do telejornal (técnicas, tratamento de algumas

matérias, interpretação...)

De que discorda neste telejornal (de algumas notícias em particular ou em geral).

Esperamos que o audiovisual possa ser de fato utilizado numa proposta crítica de

educação. Possa ser explorado em sala de aula, a fim de que se desenvolvam a

informação e a acumulação de conhecimento.

A mídia educativa é uma área ainda em formação e exige um repensar da prática

pedagógica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Torna-se inevitável a convivência com as mídias no meio escolar.

Um trabalho pedagógico moderno e atrelado aos interesses de professores e

alunos, igualmente modernos, exige aprofundamento do conhecimento sobre este

universo midiático, ainda enigmático.

As tecnologias infiltram-se no nosso cotidiano, nos cabendo aproveitá-las e

utilizá-las da melhor maneira possível.

67

Com a pesquisa teórica deste projeto, muitas dúvidas permeavam o que adviria

desta teoria na prática com os professores, verdadeiros artistas do dia a dia em sala de

aula.

E foi então, uma surpresa gratificante. Os professores participantes

empenharam-se em desvendar este misterioso mundo das mídias e suas possíveis

aplicações aos conteúdos de sala de aula realizando todas as atividades práticas, fossem

individuais ou coletivas, o que permitiu o sucesso dos trabalhos e a satisfação tanto de

aplicadores quanto de participantes.

A alegria foi ainda maior quando puderam ver as produções realizadas durante

os cinco dias de encontro numa exposição, percebendo que este trabalho pode

perfeitamente ser aplicado aos alunos no dia a dia escolar.

A certeza de que realmente se pode atrelar mídia e educação é a convicção de

que somos seres sociais e como tal devemos aproveitar tudo aquilo que o meio nos

oferece em nosso trabalho de formação de ideias e ideais.

REFERÊNCIAS

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Comunicação Dirigida/Jornal Mural: Nova e Eficiente Opção

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- Blog Chapa Branca: O que é gestão da Informação. Inglaterra: 2008. Disponível em: <http://comunicacaochapabranca.com.br/?p=179> Acesso em: 01 maio 2009.

- Blog Dicas: Os melhores Blogs do Brasil. Rio de Janeiro: 2007. Disponível em: <http://www.blogdicas.com.br/os-melhores-blogs-do-brasil/>. Acesso em: 01 maio 2009.

- Blog Eco-Escolas: Projetos Educacionais. Santa Cruz: 2007. Disponível em: <http://eco-escolas-portugal.blogspot.com/ >. Acesso em: 01 maio 2009.

- Web-Fórum: Listas dos Blogs e Flogs gratuitos. São Paulo: 2007. Disponível em:

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ORMEZZANO, Graciela. A Pesquisa em Diálogo: comunicação + arte + educação. Volume 2, Editora UPF, 2007.

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ANEXOS

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ANEXO I

Questionário para Professores:Formação:Disciplina que ministra:Tempo de magistério:

1. Você considera os meios de comunicação de massa aliados ou concorrentes da escola? Justifique.

2. Em que medida seu curso de graduação lhe preparou para o trabalho com meios de comunicação de massa (rádio, jornal, televisão) e tecnologias da informação (TV, DVD, TV Pendrive) em sala de aula?( ) não trabalhou( ) trabalhou satisfatoriamente( ) trabalhou insatisfatoriamenteJustifique:

3. A escola em que você trabalha oferece ferramentas para o uso de novas linguagens em sala de aula?

4. Em que medida você faz uso destas ferramentas?( ) não faço uso( ) diariamente( ) semanalmente( ) mensalmente( ) semestralmenteJustifique:

5. Para você, como seria uma aula ideal?

6. Você gostaria de realizar cursos de aperfeiçoamento na utilização de tecnologias da informação e de meios de comunicação em sala de aula?

7. Você considera que há relação entre os meios de comunicação e a disciplina que ministra? Justifique.

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ANEXO II

ABERTURA DOS TRABALHOS NO DIA 25/05/09, COM O FILME: O CLUBE DO IMPERADOR

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ANEXO III

ESTA É A IMAGEM DA EXECUÇÃO DO BLOG DE CADA UM DOS PARTICIPANTES E QUANDO CADA UM ACESSOU O ENDEREÇO DO COLEGA