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Da pessoa Introdução É bem conhecida a definição da pessoa, de Boécio 1 : persona est naturae rationalis individua substantia 2 .  Pessoa aqui se refere ao indivíduo humano , portanto ao ser do homem. A respeito dessa definição, Tomás de Aquino di ser e!a ap!icá"e! também #s tr$s pessoas da %ant&ssima Trindade, contanto que se entenda rationalis como intellectualis e individua como incommunicabilis 3 . 'essa perspecti"a a definição soaria: persona est naturae intellectualsi incommunicabilis substantia ( . )essoa aqui se refere #s  pessoas da %ant&ssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo. )ortanto ao ser de Deus num sentido todo próprio, a ser e*p!icitado nesse comentário. A se+uir, tentemos comentar a 1- con"ersação espiritua!  do /estre 0chart, intitu!ado:  Como deve o homem manter-se em Paz, uando n!o se encontra em penoso labor e"terno, ue Cristo e muitos santos tiveram# como o homem,$ent!o% &  deve se'uir a Deus . % que o que se+ue como comentário tem pouco a "er com coment(rio, pois o seu modo de  proceder é em "árias ref!e*3es , a modo de hipteses, di"a+ar para d entro de pressuposiç3es,  presumi"e!mente pré45acentes sob os termos usados pe!a definição acima mencionada da  pessoa, ou"indo ne!as a resson 6ncia de fundo, di+amos onto!+ica 7  da 1- con"ersação espiritua! de 0chart, que para nossos ou"idos modernos são apenas e*ortaç3es espiritua!4 morais, psico!+ico4de"ocionais. /as, diante do te*to de 0chart, per+unta4se de imediato, o que tem a "er, esse te*to com a definição de pessoa de Boécio e de %to Tomas8 A imp!ic6ncia desse te*to com a definição de pessoa, embora 0chart não use pa!a"ra  pessoa no te*to em questão, está  presumi"e!mente, ao menos de modo sofr&"e!, 5ustificada pe!o fato de 0chart e*ortar com repetida e acentuada insist$ncia que cada um dos se+uidores de 9risto de"e se+ui4!o a  seu modo, no modo próprio de cada um. Aqui o modo próprio se refere ao próprio de cada um de ns, a saber, ao que há de mais substancia!; em mim, # pessoa; de mim ou ta!"e di+amos ns ho5e, ao meu Sel)  ou Selbst .  'essa 1- 9on"ersação, 0char t descre"e frustração e des 6nimo usuais das pessoas, se+uidoras de 9risto, quando se descobrem med&ocres, ao  se compararem com 0!e e com os santos, seus disc&pu!os e*traordinários. 0 se+ue o te*to: Texto )or isso, essas pessoas, quando no %e+uimento se acham de!es tão des"iados, se consideram !on+e de <eus, a quem e!as não poderiam se+uir.  'in+uém, 5amai s, de"e faer ta ! autoa"a!iaç ão= > homem de modo a!+um de"e se considerar !on+e de <eus, nem por causa de enfermidades, nem por causa de fraqueas, nem por nada, se5a o que for. 0 por mais que tenham os teus +randes trans+ress3es, te arrastado a "a+uear !on+e de <eus, tu de"es, aco!her a <eus como pr*imo a ti. 0, há um +rande ma! nisso de o ?omem des!ocar a <eus para !on+e de si@ pois, se5a que o homem ande !on+e ou perto de <eus: <eus 5amais "ai para !on+e, e!e

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    Da pessoa

    Introduo

    bem conhecida a definio da pessoa, de Bocio1: persona est naturae rationalisindividua substantia2.Pessoaaqui se refere ao indivduo humano, portanto aoser dohomem.

    A respeito dessa definio, Toms de Aquino di ser e!a ap!ic"e! tambm #s tr$s pessoasda %ant&ssima Trindade, contanto que se entenda rationaliscomo intellectualise individuacomo incommunicabilis3. 'essa perspecti"a a definio soaria: persona est naturaeintellectualsi incommunicabilis substantia(. )essoa aqui se refere #spessoasda %ant&ssimaTrindade,Pai, Filho e Esprito Santo. )ortanto aoser de Deusnum sentido todoprprio, aser e*p!icitado nesse comentrio.

    A se+uir, tentemos comentar a 1- con"ersao espiritua!do /estre 0chart, intitu!ado:Como deve o homem manter-se em Paz, uando n!o se encontra em penoso labor e"terno,

    ue Cristo e muitos santos tiveram# como o homem,$ent!o%&deve se'uir a Deus. % queo que se+ue como comentrio tem pouco a "er com coment(rio, pois o seu modo deproceder em "rias ref!e*3es, a modo de hipteses, di"a+ar para dentro de pressuposi3es,presumi"e!mente pr45acentes sob os termos usados pe!a definio acima mencionada dapessoa, ou"indo ne!as a resson6ncia de fundo, di+amos onto!+ica7da 1- con"ersaoespiritua! de 0chart, que para nossos ou"idos modernos so apenas e*orta3es espiritua!4morais, psico!+ico4de"ocionais.

    /as, diante do te*to de 0chart, per+unta4se de imediato, o que tem a "er, esse te*to com adefinio de pessoa de Bocio e de %to Tomas8 A imp!ic6ncia desse te*to com a definiode pessoa, embora 0chart no use pa!a"rapessoano te*to em questo, est

    presumi"e!mente, ao menos de modo sofr&"e!, 5ustificada pe!o fato de 0chart e*ortar comrepetida e acentuada insist$ncia que cada um dos se+uidores de 9risto de"e se+ui4!o a seumodo, no modo prpriode cada um. Aqui o modo prpriose refere ao prpriode cada umde ns, a saber, ao que h de mais substancia!; em mim, # pessoa; de mim ou ta!"edi+amos ns ho5e, ao meu Sel)ou Selbst.

    'essa 1- 9on"ersao, 0chart descre"e frustrao e des6nimo usuais das pessoas,se+uidoras de 9risto, quando se descobrem med&ocres, aose compararemcom 0!e e comos santos, seus disc&pu!os e*traordinrios. 0 se+ue o te*to:

    Texto

    )or isso, essas pessoas, quando no %e+uimento se acham de!es to des"iados, se consideram !on+e de

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    permanece com const6ncia bem perto e se no puder ficar dentro, e!e se co!a # porta e de!a no seafasta.

    Assim tambm com o ri+or do %e+uimento. >bser"a em que pode consistir nesse caso o teu%e+uimento. Tu de"es conhecer, de"es ter percebido em que tu s e*ortado por que um modo te pode dar,isto podes tambm a!canar no outro modo, enquanto e!e bom e !ou""e! e tem somente a

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    simp!esmente de toda a fa!a. 0 deste modo pesa muitas "ees muito mais aceitar uma pequenapa!a"ra de ofensa de pouca import6ncia do que ta!"e admitir um pesado +o!pe, para o qua! a +entese tinha pre"enido, e nos #s "ees mais dif&ci! dei*ar a!+o pequeno do que a!+o +rande, e eri+ir uma

    pequena obra do que uma, a qua! se tem por +rande. Assim, pode o homem na sua fraquea se+uirmuito bem a 'osso %enhor e no pode nem precisa se considerar afastado !on+e de!e.

    Comentrio

    I: Indivisibilidade e incomunicabilidade

    9om uma e*ortao incisi"a, 0chart nos con"ida a no a"a!iar o ser do re!acionamentoentre

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    su)iciente sensibilidade ontol'ica, i. , senso de diferenciao referida ao sentido do seroperante na fa!a do re!acionamento

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    )ara que aqui possamos "er a diferena entresubstantia individuaesubstantiaincommunicabilis necessrio e"itar tr$s equ&"ocos. > primeiro de identificar o indivduodo pensamento medie"a! como um momento ponti!hado de fun3es de um con5unto, dentrodo sistema das ci$ncias naturais f&sico4matemticas, onde o sentido do ser, a!i operante,redu toda e qua!quer rea!idade # rea!iao da c!assificao +enera!iante funciona!,

    quantitati"o f&sico4matemtico. > se+undo , a partir do primeiro equ&"oco, pensar que aordenao medie"a! do uni"erso, em intensifica3es do ser nas +radua3es;, ou me!hor,nas ordens de esferas de entifica3es, portanto a ordenao do uni"erso em +$nero, espciee indi"&duo a modo da definio essencia! da r"ore porfiriana, no outra coisa do queuma moda!idade antiquada da c!assificao +enera!iante, funciona!, quantitati"o f&sico4matemtico, sem perceber que se trata de dois modos de c!assificao; bem di"ersos.Assim, na ordenao das esferas das diferentes intensidades de ser, a saber, da esfera dasubst6ncia materia! Io ente sem "ida como pedra, meta!, da esfera da subst6ncia "i"enteIos "e+etais, da esfera da subst6ncia sens&"e! Ios animais, da esfera da subst6ncia raciona!Ihomem no se percebe a diferena ontico4onto!+ica da intensidade de ser na esca!aoda qua!ificao de ser das esferas1O. 0 isso muito mais, em se tratando da re+io dassubst6ncias simp!es. 0 o terceiro , 5 dentro da ordenao medie"a! a modo da r"oreporfiriana, entender a pa!a"rasubstantiada e*pressosubstantia individuae a pa!a"rasubstantia da e*pressosubstantia incommunicabiliscomo se fosse un&"ocas. 9om outraspa!a"ras, esquecer que a ordenao a modo de )orf&rio, somente di respeito #s substanciascompostas, e que nas assim chamadas subst6ncias simp!es a intensidade do ser quequa!ifica o ente em questo entende o indi"&duo, no como um caso da rea!iao daespcie, e esta do +$nero, mas como uni"ersa!, cu5a densidade fa coincidir indi"&duo;com espcie, e espcie; do +$nero;, de ta! modo que essa uni"ersa!idade sin+u!arcaracteriar a ordem dos entes no materiais;.

    0*aminemos bre"emente na ordenao dos entes denominados substancias compostas2H, emque consiste e o que si+nifica a individua+!o. Lepetindo, a ordenao das esferas dos entes,subst6ncias compostas, se esca!a, iniciando de bai*o em:

    1 Asubst*nciados entes simp!esmente ocorrentes ou no "i"os Icoisas f&sico4materiaisf&sicas, p. e*. pedra, meta! etc.: P espcie&nfimasubst*nciaque tambm'/neropara aespciesuperior pr*ima vivente e o seu modo de ser: ocorrer@ 2 asubst*nciados entesvivosIcoisas"e+etais, p. e*. p!antas: P espcieviventee ao mesmo tempo'/neroparaespcie superior pr*imo animal e o seu modo: viver 0vivere1. Aqui se inc!ui de al'ummodoa subst6ncia dos entessensveisIcoisasanimais, p. e*., +atos, pssaros P espcieanimal e ao mesmo tempo'/neropara espcie superior pr*imo homem e o seu modo: P"i"enciar ou sentir@ M asubst*nciados entes racionaisIcoisashumanas, p. e*. homens,mu!heres, crianas etc. P espciesupremo homem e o seu modo: P conhecer. 'as tr$s

    moda!idades de ser;subst*ncia: subst6ncia coisa! I1@ subst6ncia "i"ente I2@ subst6nciaraciona! IM, o termosubst*nciaparece ser un&"oco, mas se bem e*aminado em cada n&"e!na esca!ao da ordenao, diferente essencia!mente. 'a passa+em de um n&"e! para outra,no se d apenas um acrscimode uma qua!idade diferencia! espec&fico, a uma subst6ncia4b!oco, fi*a, mas se d uma transmutao substancia! qua!itati"a no ser, a modo desubsuno; da ordem inferior pe!a superior. ? a!i na esca!ao das ordena3es emdiferentes n&"eis ascendentes e descendentes um mo"imento da din6mica de qua!ificaodo ser21. Assim, a subst6ncia4coisa da espcie4&nfima, ocorre como +$nero na espcie

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    superior4"i"ente, para ser qua!ificado por diferena espec&fica4"i"ente, embora na descrioda sua composio; soe como a5untamento de uma especificao a um +enrico, est a!ino como uma c!asse mais +era! em "ista de uma especificao mais de!imitado do campode e*tenso +era!, mas sim de um mo"imento de +$nesis Ida& o termo +$nero donde brota,cresce e se consuma uma tota!idade prpria na sua perfi!ao. 'esse sentido o termo

    espcie pode e de"e ser !ido aqui como intensidade da presena como perfi! do seuesp!endor Iesp!endor da face, be!ea. )ortanto a !+ica; da esca!ao no c!assificaodo mais +era! para mais espec&fico e ento terminar no indi"&duo como o e*tremo dede!imitao ou "ice "ersa, do indi"&duo para mais +era!, e do +era! espec&fico para o +era! omais e*tenso na abran+$ncia, com o m&nimo de conteDdo. )ortanto, na esca!ao daordenao das esferas das subst6ncias compostas a modo porfiriana, no pensamentomedie"a!, trata4se de um mo"imento de essencia!iao que continua na ordenao dasesferas das subst6ncias simp!es at cu!minar no 0nte, que em si e a partir de sisimp!esmente a p!enitude do ser, denominado se+undo equ&"oco era de pensarque esse modo de ser f&sico4matemtico se5a uma "erso moderniada, cientificamente maisob5eti"a do modo de ser f&sico4corpora!, ainda sub5eti"o e antiquado da ordenao do ser no

    pensamento medie"a!, da esfera a mais e!ementar, a &nfima da subst6ncia composta coisa!.)ara os medie"ais, nessa esfera, no entanto, os entes subsistentes sem4"ida p. e*. pedra,possuem peso, tamanho, densidade etc., que podem ser medidos em nDmeros,matematicamente;, mas aqui peso, tamanho, densidade no so, no seu ser, reduidos #pura quantidade; matemtica a modo das ci$ncias naturais f&sico4matemticas, mas sotomados concretamente dentro da e*peri$ncia de uso, a partir e dentro e a modo de umae*ist$ncia artesana!2M. 9omo aqui, nessa perspecti"a concreta da e*peri$ncia do mundocircundante no uso e na "ida, o que chamamos de +$nero, espcie e indi"&duo, p. e*. nomundo das pedras8 A espcie pedra aparece sob a denominao de apedra.0 o indi"&duo denominado esta, auelapedra2(. Aqui apedra, a espcie denominada universal. 0 estapedra ou auelapedra, o indi"&duo denominadosin'ular. > re!acionamento do universal

    para com osin'ulare "ice4"ersa bem diferente ao do'eral oucomumpara com oindividualouparticular.Trata4se de outro teor do ser. Aqui preciso ser "ista a diferenano teor do ser, portanto a diferena do sentido do ser operante em cada n&"e! daintensificao do ser na esca!ada da ordenao dos entes no seu ser. Aqui, quanto maise!e"ado for o n&"e! do teor do ser na dimenso, a que pertence um ente, tanto maior o teorda imensido, profundidade e !iberdade do seu ser, que aparece na densidade, en"er+adurae na qua!ificao do modo de ser de uma tota!idade;, denominada por 0chart de unoemse tratando do uni"erso criado@ e de m, em se tratando da rea!idade; da "ida interna de

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    te*to do pensadorchin$s 9huan+4tu, e se intitu!a 4 entalhador de madeira, na traduo de Tomas /erton2:

    Qhin+, o mestre enta!hador, fe uma armao para sinos, de madeira preciosa. Ruando terminou,todos que aqui!o "iram ficaram surpresos.

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    Acima dissemos que, no uni"erso medie"a!, distin+uimos a re+io das subst6nciascompostas e a re+io das subst6ncias simp!es. %e caracteriarmos a din6mica da esca!aoascendente dessas ordena3es como crescimento na intensificao do ser, percebemos queaqui, os termos intensificao, intensidade no podem ser entendidos na acepo deaumento quantitati"o na +raduao, potencia!iao ener+tica ou esca!ada de fora. /as

    como entender o aumento, a intensificao de outro modo8 9ostumamos responder: tratas4se no de quantidade, mas sim de qua!idade do serM1. 9omo, porm, entender o aumento, a+raduao, a esca!ada de qua!idade8 poss&"e! co!ocar as qua!idades a modo de umaesca!ao de aumento ou de diminuio a modo quantitati"o8 Rua!idades no constituemcada qua! uma tota!idade de ta! modo que no poss&"e! fa!ar de aumento +radua! de umaqua!idade para outra8 Aumento ou diminuio s poss&"e!, no entre as qua!idades,passando4se de uma para a outra +radua!mente, mas apenas dentro de uma mesmaqua!idade, no no sentido de quantificao, mas no sentido de !impide, c!aridade e pureado qui!ate de qua!idade, no sentido de tornar4se e!a mesma, sem mistura com outradimenso que no se5a a de!a. Ruando na ordenao das esferas do ser fa!amos deintensificao ou aumento do ser, de"emos entender intensidade;, crescimento;,esca!ao; no sentido acima insinuado da !impide, da autenticidade da qua!ificao. 'oentanto, embora no entre aqui a quantificao, h constantemente, onipresente em todas asesca!as, qua!itati"amente diferentes do ser, a!+o como "i+$ncia ou presena que caracteriaum modo todo prprio de identidade e diferena, tratado na esco!stica medie"a! sob adenominao da questo da univocitas et analo'ia entis.

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    substancia!;. > que equi"a!e a dier que quanto mais pre+nante e mais coerente apresena do uni"ersa! no indi"&duo, tanto mais a incomunicabi!idade ou a unicidadesin+u!ar do indi"&duo abso!uta, est mais assentada em si mesma, mais substancia!. %econtinuarmos esse modo de "er a coincid$ncia do uni"ersa! e indi"&duo, da mais re!ati"apara cada "e menos re!ati"a at # abso!uta, a+ora para dentro da re+io das subst6ncias

    simp!es, portanto no reino dos esp&ritos, podemos dier que quanto mais se ascende naordenao da intensidade do ser e se apro*ima do ser por e*ce!$ncia que se chama

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    Tentemos entender nessa perspecti"a a definio:Persona est naturae rationalis0intellectualis1 individua 0incommunicabilis1 substantia.

    II: racional e o intelectual

    >s ad5eti"os racionale intelectual na sua acepo usua! se referem # facu!dade chamadarao dentro da c!assificao tradiciona! das facu!dades da a!ma em raz!o, vontade esentimento. %em ne+ar que em 0chart oracional e ointelectualpossam se referir tambm# rao como uma das facu!dades da a!ma e de suas a3es, primariamente o racionale ointelectualdiem respeito ao ser ou ao modo da intensidade e uali)ica+!o do serno n&"e!da esfera9omemIanima! ou 6nimo raciona! e nos n&"eis da re+io das subst6nciassimp!es, a saber, dos espritos.

    #acionalidade e intelectualidade como "ualificao da intensidade do ser

    'essa perspecti"a racionale intelectualde"em ser entendidos ontolo'icamente. Assim,racional e intelectualprimeira e primariamente si+nifica o espec)ico, oprprioser do

    homem, aqui!o que perfa a diferena essencia!, i. , substancia! da sua naturea, i. , da suanasci"idade ori+inria. 9omo ta!, nesse sentido da diferena onto!+ica sob o termo raz!oou intelectoesto subsumidas as tr$s facu!dades do homem de conhecer Irao ouinte!i+$ncia, de querer I"ontade, de sentir Isentimento.

    'o pensamento medie"a! a definio do homem animale rationa!e, anima! raciona!.:atio, :acional, aqui, primariamente, no tem tanto a "er com a nossa rao na acepo doraciona!ismo;, mas muito mais com ;erbum, que traduo do

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    intelectualno tem muito a "er com raciona!ismo ou inte!ectua!ismo, muito menos comcartesianismo=;, mas com um determinado n&"e! da intensidade do ser. )or isso em "e dequestionar se aqui se trata da prioridade do inte!ecto ou da "ontade ou do corao, fosseta!"e mais Dti! per+untar: nesse n&"e! da intensidade do ser denominado natureza humanaIaqui 6nimo raciona! ou inte!ectua! P !+os, n3us como e o que seria o que denominamos

    na psico!o+ia popu!ar de rao, "ontade e sentimento como facu!dades da a!ma.>bser"emos, a+ora numa "iso panor6mica o todo da ordenao do uni"erso nopensamento medie"a!, estruturado em duas +randes re+i3es dos entes na esca!ada daintensificao qua!itati"a do seu ser, a saber, em re+io das esferas das subst6ncias simp!ese compostas. 0 tentemos !oca!iar o homem nessa esca!ao.

    ?omem, na direo ascendente da esca!ao na intensificao do ser, iniciando4se dasubst6ncia4morta, pertence # re+io das subst6ncias compostas, e ocupa a esfera supremadessa re+io inferior;, onde a "i+$ncia do ser dessa re+io a mais intensa. 0 ao mesmotempo, na sua identidade que o diferencia de outros entes da re+io das subst6ncias

    compostas, pertence ao e se torna, di+amos part&cipe do modo de ser das subst6nciassimp!es. 'essa pertena, embora o homem ocupe a fai*a a e!e reser"ada na esca!a daordenao dos entes, e!e no seu ser como conduto, em si, enquanto micro cosmos;, todoo tr6nsito da esca!ao das +radua3es do ser, na imp!icao entificante. )assa sersubst6ncia;4nadaM, coisa, "ira "ida, 6nimo4sensibi!idade e a!ma, e por fim 6nimo4raciona!,e na raciona!idade, se adentra para dentro da re+io superior; das subst6ncias simp!es, seperfa na esca!ao ascendente de intensificao no ser da sua raciona!idade, como a!ma,esp&rito, inte!ecto e mente Imens, atra"s da qua! penetra para dentro do abismo dapossibi!idade de ser, denominado

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    participando da mesma sorte do Xi!ho de

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    principa!mente # misericrdia, 5o+adas assim, nada diem, se no as e*aminamos comcuidado, ri+or e discrio, de que se trata no pensamento de 0chart, principa!mentequando e!e fa!a do inter4re!acionamento intratrinitrio, no nascimento do Xi!ho, do )ai.

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    $ receptibilidade como pre!n%ncia essencial do ser e sua estruturao

    Tentemos a+ora embora de modo forma!, e*aminar me!hor o mo"imento do dar e recebercomo se d na estruturao do uni"erso em duas re+i3es, em re+io das subst6nciascompostas e em re+io das subst6ncias simp!es. 'a re+io das subst6ncias compostascomea4se na esfera da subst6ncia4sem "ida com recepti"idade; como passi"idade, ondeno h no padecer; nenhum mo"imento de dar4sedo e no receber. /as na medida emque se sobe na esca!ao da intensidade do ser, a passi"idade passa na subst6ncia "i"ente, edepois de!a na subst6ncia anima!, do apenas padecer; para disposio de receber, ondecomea o mo"imento de dar4se doe noreceber, de ta! modo que o dar4se passa a terpredomin6ncia no homem como animao raciona!, i. , o dar-se um sentido do ser a simesmoIsaber e se produir como rea!iao desse sentido do ser Iquerer. 0ssapredomin6ncia pode crescer de ta! modo que no homem o dar4se pode ir e!iminando cada"e mais o receber, para se transformar na autodoao de si a si mesmo, a partir e dentro desi, na autonomia abso!uta de auto4causao como causa sui, a ponto de no ha"er maiscomposio binKmica do receber e dar, mas apenas o dar, pura e simp!esmente, de modoque o prprio dar4se dado, num mo"imento assinttico de querer o querer do seu querer.0sse modo de ser puro ato( atribu&do # subst6ncia simp!es. Aqui a pessoa coincide com oeu super4acionado como su5eito e a+ente do seu prprio ser. 'o entanto, esse tipo deesca!ao da intensificao do ser, na potencia!iao predominante do dar, em diminuiodo receber, para cu!minar na autonomia da causa sui, seria para o medie"a! err6ncia, asaber, de qua!ificar o ser do homem e a fortiori das subst6ncias simp!es Iesp&ritos com omodo de ser das subst6ncias compostas emprestado da esfera &nfima no n&"e! de ser: com omodo de ser da coisa, na sua quantificao, como p.e*. com a din6mica da e*p!oso daener+ia materia!. Aqui o pensamento medie"a! parece ser muito mais diferenciado e subti!,mesmo na re+io das subst6ncias compostas, quando processa a esca!ao qua!ificati"a doser na sua intensidade constituti"a das esferas das subst6ncias compostas: esfera da coisa,esfera da "ida, esfera da sensibi!idade, esfera da raciona!idade. /as em que sentido maisdiferenciado e subti!8 'o sentido de o re!acionamento do receber e dar, no se processasimp!esmente nem no mo"imento unidireciona!, nem na bidireciona!, portanto dadomin6ncia do receber ou do dar, nem na simu!t6nea domin6ncia do receber e dar,dei*ando intacto e fi*o o sentido do receber e dar, mas sim num mo"imento di+amosespira! de continua transformao qua!itati"a tanto do sentido do receber como do dar, deta! sorte que esse mo"imento espira! pode ser circum4escrito da se+uinte maneira: 1Leceber como pura passi"idade onde o sentido do receber no contm a din6mica dainsist$ncia nem da a4seidade, portanto a possibi!idade de apenas ser atuado, depend$nciatota! de uma outra dimenso que possui mais in4seidade e a4seidade. 2 'o "i"ente oreceber contem em si maior intensidade do dar4se, iniciati"a e in"entibi!idade de buscar@ Mno anima! essa auto4 receber@ recebe e d o dar e o dar recebe e d o receber e nessa mDtua

    imp!icao do receber e dar, como que do fundo desse mo"imento espira! se intensifica umreceber todo prprio, que impre+na e ao mesmo tempo !ibera o dar e receber como recebercada "e mais +ratuito, cordia!, e uno, numa doao tota! e so!ta # disponibi!idadeobediente da !iberdade de aco!her. %e obser"armos essa circunscrio um tantodesen+onada do mo"imento de dar e receber, no mais unidireciona! nem bidireciona!,mas espira!, percebemos de imediato que est em 5o+o tr$s momentos;, e isto quanto maisse ascende nas esferas das subst6ncias simp!es at

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    Temos assim no mo"imento 1 o receber, 2 o dar, M o receber o receber e o dar. 0sseD!timo receber receber o receber e receber o dar num modo de receber que se afunda cada"e mais para dentro do ponto de fu+a do mo"imento centripeta! e cetrifu+a! da espira!.0sse receber "em # fa!a como o princ&pio. em do abismo de onde e para dentro do qua! searticu!am os tr$s momentos acima mencionados, em cu5a din6mica fa sa!tar de cada

    instante e cada est6ncia do mo"imento espira!, ec!oso de um modo de ser, cada "e p!ena,intacta, na medida p!ena da intensidade do ser a que pertence. > ponto de fu+a dessemo"imento espira! na direo ascendente de e para dentro do abismo da recepo se d nadin6mica do mo"imento como o fator uniti"o de todos os pontos desse mo"imento uno,como Jm.

    III: Pessoa e retraimento

    /as o que tem tudo isso a "er com pessoa8 9om naturae rationalis individua substantia89om naturae intellectualis incommunicabilis substantia8 %e traduirmos a+ora os termosnatura,substantia, rationalis, intellectualis, individua, incommunicabilisesubstantia,conforme o que at a+ora nessas ref!e*3es "iemos amontoando sobre e!es, possamos ta!"e

    circum4escre"er a definio de Bocio e de %to Tomas da se+uinte maneira: no ser humanofa!amos de pessoa, quando a sua naturea, i. , o seu ser din6mico na ori+inariedadenasci"a, se torna pura e !impidamente e!a mesma, "indo a si como o que e!a sempre foi, eser. 0 o que e!a sempre foi, e ser8 A pura disponibi!idade de ser o receber, e assimsur+ir, crescer e se consumar na p!enitude de aco!hida, bem assentada ne!a mesma, noa"oada, no espDria, mas reta, de p na consist$ncia da sua identidade como pura recepo.)ortanto como subsistente em si, sem fra+mentao, sem parcia!iao, mas na unidade emsi sem di"iso: natura Inasci"idade rationa!is Ipura recepti"idade e aco!hida no sersubstantia Iassentamento na prpria identidade indi"isa Idestacada como perfi!ao enitide da autoidentidade. Xa!amos de )essoas no ser di"ino, quando nos referimos na "idada intimidade abissa! da sua deidade # nitide e # perfi!ao da sua subsist$ncia constante,

    toda prpria na nasci"idade Dnica e no sin+u!ar no"idade da Xi!iao

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    no ocu!tamento, essa A+beschiedenheit o pudor e a modstia da finura e de!icadeas deum

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    isso que e!es possuem uma boa inteno, e que no despream o modo de nin+um. 'o pode cadaum particu!ar ter somente um modo, e no podem todos os homens ter somente um modo, nem podeum homem ter todos os modos nem cada modo de um homem.

    9ada qua! +uarde o seu bom modo e todos outrosF modos a!i dentro e empu*e no seu modo todo obem e todos os modos. Troca do modo fa o modo e o humor inst"eis. > que um modo te pode dar,isto podes tambm a!canar no outro modo, enquanto e!e bom e !ou""e! e tem somente a

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    de sorte que tudo se5a um na repercusso do toque no modo4retraimento da primeiro insistiu: /ostre4me,

    pe!o menos, a!+um !u+ar precioso onde o Tao possa ser encontrado;.

    0st na formi+a;, disse 9huan+. 0st e!e em a!+um dos seres inferiores8;. 0st na "e+etao dop6ntano;. )ode "oc$ prosse+uir na esca!a das coisas8;. 0st no pedao de taco;. 0 onde mais8;.0st no e*cremento;. 9om isto, Tun+ Qo nada mais podia dier.

    /as 9huan+ continuou: 'enhuma de suas per+untas pertinente. %o como per+untas de fiscais nomercado, contro!ando o peso dos porcos, espetando4os nas suas partes mais tenras. )or que procuraro Tao e*aminando toda esca!a do ser, como se o que chamssemos m&nimo possu&sse quantidadeinferior do Tao8 > Tao +rande em tudo, comp!eto em tudo, uni"ersa! em tudo, inte+ra! em tudo.

    0stes tr$s aspectos so distintos, mas a Lea!idade o Jno. )ortanto, "em comi+o ao pa!cio do'enhures onde todas as muitas coisas so uma s: S, fina!mente, poder&amos fa!ar do que no tem!imites nem fim. em comi+o # terra do 'o4A+ir: > que diremos ! C que o Tao a simp!icidade, a

    pa, a indiferena, a purea, a harmonia e a tranqgi!idade8 Todos esses nomes dei*am4me indiferente)ois suas distin3es desapareceram. S minha "ontade no tem a!"o. %e no est em parte nenhuma,como me aperceberei de!a8 %e e!a "ai e "o!ta, no sei onde repousa. %e "a+ueia, ora aqui, ora a!i, nosei onde terminar. A mente permanece inst"e! no +rande "cuo. Aqui, o saber mais e!e"ado i!imitado. > que concede #s coisas sua rao de ser, no pode !imitar4se pe!as coisas. Assim, quandofa!amos em !imites;, ficamos presos #s coisas de!imitadas. > !imite do i!imitado chama4sep!enitude;. > i!imitado do !imitado chama4se "aio;. > Tao a fonte de ambos. /as no , em si,nem a p!enitude, nem o "aio. > Tao produ tanto a reno"ao quanto o des+aste, mas no nemum, nem outro. > Tao con+re+a e destroi. /as no nem a Tota!idade, nem o cuo;.

    /as, ta!"e, essa mesma toada orienta!; da imensido si!enciosa e si!enciada que no nem imenso, nem "cuo, nem tota!idade, nem se quer nada, entoada pe!o som medie"a!ocidenta!; do abso!uto, no retraimento da sua 8b'eschiedenheitcomo son6ncia edisson6ncia a+raciadas de um c6ntico finito, cu5a me!odia sai arranhada, esfre+ando4se dois+a!hos secos, nas mos tambm secas de um pobre4medie"o que nada quer, nada sabe, nadatem, nada pode e nada)az a no ser a louva+!o da misericrdia, persona!iada; como a%enhora )obrea, hino ptrio da Terra, onde todas as coisassopessoase brincam; comoirms e irmos do mesmo )ai(7a bai!a 5o"ia! da Terra dos ?omens:

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    ...!ou"ado se5as meu %enhor, com todas as tuas criaturas, especia!mente o senhor irmo so!, o qua! dia, e por e!e nos i!uminas... Sou"ado se5as, meu %enhor, pe!a irm !ua e pe!as estre!as, no cu asformaste c!aras e preciosas e be!as. Sou"ado se5as, meu %enhor, pe!o irmo "ento, e pe!o ar e pe!asnu"ens e pe!o sereno e por todo tempo, pe!o qua! #s tuas criaturas ds sustento. Sou"ado se5as, meu%enhor, pe!a irm +ua, que muito Dti! e humi!de e preciosa e casta. Sou"ado se5as, meu %enhor,

    pe!o irmo fo+o, pe!o qua! i!uminas a noite, e e!e be!o e a+rad"e! e robusto e forte. Sou"ado se5as,meu %enhor, pe!a irm nossa, a me terra, que nos sustenta e +o"erna e produ di"ersos frutos comco!oridas f!ores e er"as. Sou"ado se5as, meu %enhor, por aque!es que perdoam pe!o teu amor, esuportam enfermidades e tribu!ao... Sou"ado se5as, meu %enhor, pe!a irm nossa a morte corpora!,da qua! nenhum homem "i"ente pode escapar... Sou"ai e bendiei ao meu %enhor, e rendei4!he+raas e ser"i4o com +rande humi!dade(O.

    'otas

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    1)S N(, 1M(M.

    2)essoa subst6ncia indi"idua da naturea raciona!.

    MToms de Aquino, S. theol.Ea, q. 2O,a.M, ad (.

    ()essoa subst6ncia incomunic"e! da naturea inte!ectua!. %to. Toms, !oc. cit. obser"a que Licardo de %o ictor, aoap!icar a definio de Bocio # %%. Trindade, mudou4a, diendo: pessoa, dita de es espirituais, em: /estre 0chart, 4livro da Divina Consola+!o e outros te"tos seletos. )etrpo!is: oes, 1OO1.

    N>s te*tos a!emes de 0chart esto a!emo medie"a! Imitte!hochdeutsch que na edio moderna de suas obras foram"ertidos em a!emo atua!. As aspas ...F indicam que aIs pa!a"raIs a!i cercada foi acrescentada, ou para suprir !acunas ou

    para me!horar a f!u$ncia atua! da !in+ua+em, por ocasio dessa "erso.

    ie sich der /ensch in Xrieden ha!te, enn er sich nicht in usserer /ghsa! findet, ie 9hristus und "ie!e ?ei!i+e sie+ehabt haben@ ie er jott dannF nachfo!+en so!!.

    74ntol'icoaqui no se refere # discip!ina, chamada onto!o+ia, no ensino esco!ar da Xi!osofia, mas # uest!o do sentido doser, como foi inau+urada, sob o nome de ontolo'ia )undamental, em Ser e Gempo I?eide++er atra"s da analtica dae"ist/nciae hermen/utica da verdade do ser Icf.Erei'nis4 ?eide++er.

    OAdiantando, possamos ta!"e a"entar uma afirmao, a saber: para a compreenso da definio da pessoa no ser humano indispens"e! pontuar bem essa unio, unio de abso!uta imediate da pro*imidade de

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    /as na medida em que a construo se afasta desse in&cio, pode ter sofrido uma modificao na intenciona!idade, de ta!sorte que o que "em # fa!a como medida destacada de e*atido ob5eti"a f&sico4matemtica se torna a media bsica de toda equa!quer ri+or de rea!iao no contacto como ta! com a rea!idade, como obetividadee e"atid!o.

    2(Aqui e"itar a compreenso c!assificatria usua! a modo semi4!+ico4matemtico de apedra; na acepo de pedra em+era!;, e de esta ou auelapedra; na acepo de uma das pedras, em particu!ar, indi"idua!;. 0"itar tambm acompreenso de apedra como a representao abstra&da a modo induti"o, das pedras indi"iduais.

    2/0LT>', Tomas. 8 via de Chuan' Gzu. (- edio, )etrpo!is: oes, 1O7(, p. 1741NH. Chuan'-Gzusi+nifica /estre9huan+. %eu nome 9huan+ 9hou. )ouco se sabe da sua "ida. um dos maiores pensadores chineses do Tao&smo, doscu!o EEEE antes de 9risto. 'atura! de %un+, "i"eu pouco depois de /$n+4Tu. %eus escritos esto reunidos no !i"rointitu!ado Chuan'-Gzu, nei, Kai pLien I0scritas internas e e*ternas de 9huan+4Tu. A Tradio atribui a autoria de nei pLiena 9huan+4Tu e de Kai-pLien a seus disc&pu!os. 9f. X0EXX0S, 0u+en. Beschichte der chinesischen binKmio matria e )orma usado para mostrar a estruturao de crescimento na intensidade do ser,na esca!a dasordena3es dos entes que pertencem # re+io das subst6ncias compostas. > binKmiopotentia e ato usado para mesmafina!idade, mas referida # re+io das subst6ncias simp!es.

    MH'o representar aqui o todo ou a tota!idade como soma das partes ou con5unto de mD!tip!as entidades, mas sim comointensidade da consumao, da densidade ou compactidade, concretudo e coer$ncia da identidade como autopresenade si, a partir e dentro de si mesmo, como assentamento, insist$ncia no ser. 'esse sentido pertencem essencia!mente #tota!idade, a imensido, profundidade e ori+inariedade.

    M1Ruantidade aque!a qua!idade do ser, em cu5a qua!ificao a Dnica medida quantidade.

    M2)odemos e*emp!ificar esse estado4de4coisa numa e*peri$ncia da criati"idade. Ruando a inspirao rarefeita e pouca, oque "em # fa!a, tambm apoucada, de sorte que sua reproduo se torna como que repetio em srie, sem a pre+n6ncia do

    prprio, do Dnico e necessrio.

    MMA superioridade numrica da repetio aqui indica a rarefao da intensidade da presena do ser. >u me!hor, dito de outromodo, a rarefao da pre+n6ncia do ser que aparece no maior ou menor possibi!idade numrica de repetio, constitui asdiferenas das esferas na ordenao da re+io das subst6ncias compostas.

    M(Colher, auntar, recolher uma ao ati"a. 0sse momento ati"o;, no entanto, enquanto l'ein, na acepo arcaica, a!+ocomo o momento termina! de todo um mo"imento constituti"o do receber. /ais ou menos no sentido de a co!heita no

    campo, o momento termina! de todo um traba!ho !on+o e paciente de receber do cu e da terra a possibi!idade da din6micado sur+ir, crescer e nascer, onde a cada momento est presente o receber como o fio condutor constituti"o de todo omo"imento. 'o auntar, portanto no se trata, de e*ecuo de um p!ane5amento, cu5a estrutura, comandada pe!o pro5eto dointeresse de um su5eito eu, mas de ser co!hido pe!a conduo que me "em de encontro, a partir e dentro do a priori anterior# constituio do eu e seu mundo, como um toque, cu5a percusso se co!he, se a5unta em mi! e mi! possibi!idades daconstituio doIs mundoIs.

    MA saber, matria prima como nada criada; como pura possibi!idade da potentia oboedientia!is.

    MN9f. e*presso como a da obra de %o Boa"entura: Etinerarium mentis in s

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    entes no4humanos desse mundo "ita! circundante que no homem, atra"s de!e e para e!e a!i esto como e!ementosconstituintes do homem e seu mundo, participam da sua sorte e da sua rea!iao e nessa pertena,s!ocomo seu

    pro!on+amento.

    MTraduido na fa!a da espiritua!idade, esse fio condutor formu!ado como em tudo )azer a vontade do Pai.

    M79f. erbete7inne, em: Gr?bners Deutsches Orterbuch. Ber!in: a!ter de jrukter l 9o., 1O(M, p. NMHss.

    MOmens, -tis# QR, mente o n&"e! de !iberdade, o mais a!to no ser humano, o seu pice, no e atra"es do qua! o ser humano tocado por