"Cultura Empresarial"

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“ Cultura Empresarial”

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“ Cultura Empresarial”

I Congresso Regional da JSD Porto

Paredes, 3 de Dezembro de 2011

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Moção - Cultura empresarial

Subscritor: Comissão Politica Concelhia da Maia e Marco Correia

Vivemos tempos de mudança e o paradigma económico dos últimos 20 anos está completamente ultrapassado. Precisamos de reinventar o nosso tecido empresarial, quer a nível estratégico como operacional.

Para esta mudança precisamos de uma transformação da forma de estar dos nossos empresários, e para isso temos de começar pela formação. Desde muito cedo que devem ser transmitidos os conceitos que outrora nos levaram ao sucesso, como a poupança. Só incutindo estes princípios poderemos ter empresários com alicerces fortes e capazes de não repetir os erros cometidos no passado. É necessária uma visão renovada para focar a sua empresa naquilo que realmente é importante, os seus clientes.

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Durante todos estes anos o estado entregou o “peixe” e o empresário nunca teve de se preocupar em saber pescar. Estes incentivos mal atribuídos e sem fiscalização posterior, levou as empresas a um endividamento sem precedentes. Agora, de um momento para o outro, a torneira do financiamento fechou e parte das empresas perceberam que nunca conseguiram ser auto-sustentáveis.

O estado Português deve incentivar sectores como as indústrias criativas, onde Portugal é uma referência, como por exemplo no sector do calçado. A criação de cluster’s, assim como, a internacionalização, devem ser apostas fortes pois são possivelmente a única solução para a nossa economia neste momento. Não existindo mais fundos para disponibilizar, o Estado deve criar uma visão estratégica e funcionar como parceiro impulsionador das empresas, pois deve dar prioridade à solidificação da marca “Made in Portugal” para permitir competir com sectores premium de com países como Itália ou França.

O poder económico mundial está a mudar, o hemisfério norte que sempre foi a imagem do poder financeiro, agora vê-se ultrapassado pela Ásia e por países

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como o Brasil e Angola. São estes os novos impulsionadores da procura mundial e com uma mão-de-obra de baixo custo arruinaram, entre outros, o sector industrial Europeu, nomeadamente no caso Português sectores tradicionais, como o têxtil que viu milhares de empresas fecharem portas.

Ainda há dias, a revista Forbes apresentou um estudo no Brasil desde de 2007, diariamente, aparecem 19 novos milionários com perspectivas de se manter assim nos próximos 3 anos. Mediante este cenário Portugal tem de se reposicionar estrategicamente, muitas das empresas que encerraram eram baseadas em mão de obra intensiva. Essa política será impensável no futuro, a aposta terá de ser em inovação tecnológica para segmentos com elevado poder compra, onde a nossa mão-de-obra altamente qualificada é valorizada, pois só assim poderemos deixar de competir com países como a China ou Índia.

A criatividade que nos caracteriza deve ser rentabilizada, diversificando soluções e mercados de destino. Os portugueses sempre foram um povo afável e de fácil trato, essa característica pode ser determinante nesta nova geografia mundial,

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de forma a estabelecer relações económicas com países que não são o destino tradicional das nossas exportações, diminuindo a dependência da U.E nomeadamente de clientes tradicionais como Espanha, França, Itália e Inglaterra, que também passam por problemas financeiros sérios.

Assim, diversificando os nossos mercados de exportação e exponenciando a localização geográfica privilegiada do nosso país, Portugal conseguirá sair deste nosso também conhecido fado, que é a crise.