Cronicas de Gerson Travesso 3 - João Jose Gremmelmaier
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João Jose Gremmelmaier
Crônicas de
Gerson Travesso
3
Primeira Edição
Curitiba2013
Edição do Autor
8/13/2019 Cronicas de Gerson Travesso 3 - João Jose Gremmelmaier
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J.J.Gremmelmaier – Que Merda é Essa?
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As Crônicas seguem e nestacompilação ficaram;
7 – Que Merda é esta?
8 – Olha o tamanho do Problema!
9 – Bosta, Fedeu!
10 –
Fedeu!
CIP – Brasil – Catalogado na Fonte
Gremmelmaier, João JoseCrônicas de Gerson Travesso 3, Romance de Ficção,
498 pg./ João Jose Gremmelmaier / Curitiba, Pr. /Bookess / 2013
1. Literatura Brasileira – Romance – I – Título2. Literatura Paranaense – I - Título3. Crônicas – I - Título
85 – 0000 CDD – 978.000
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Autor; João Jose GremmelmaierBookess Nome da Obra: Crônicas de Gerson Travesso
ISBNAs opiniões contidas no livro, são dos personagens, em
nada assemelham as opiniões do autor, esta é uma obra deficção, sendo os nomes e fatos fictícios.
É vedada a reprodução total ou parcial desta obra.Sobre o Autor;
João Jose Gremmelmaier, nasceu em Curitiba, estado do
Paraná, no Brasil, formação em Economia, empresário a maisde 15 anos, já teve de confecção a empresa de estamparia,escreve em suas horas de folga, alguns jogam, outros viajam,ele faz tudo isto, a frente de seu computador, viajando emhistorias, e nos levando a viajar juntos.
Autor de Obras como a série Fanes, Guerra e Paz, Mundode Peter, os livros Heloise, Anacrônicos, cria em historias quecomeçam aparentemente normais, mundos imaginários,interligando historias aparentemente sem ligação nenhuma;
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Crônicas de
Gerson Travesso
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7 - Que Merdaé Essa?
Primeira Edição
CuritibaBookess
2013
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Gerson acorda com Pedro entrando pela porta efalando, ele estava meio dormindo, pois a dor não odeixava dormir direito, e a perna não permitia mudar deposição.
— Pai, tem visita! — Quem? — Tia Carla! — Ela é sua prima de segundo Grau Pedro! — Sei disto, depois temos de conversar, você não
me autorizou ir com os amigos ainda naquela excursão! — Não sei ainda filho! — A mãe não vê problemas!
— Eles estão na sala? — Sim! — Vou me vestir e já chego lá!Gerson apoia a perna e se levanta, doía, ele vira o
pé mole a dois dias, hoje já sentia os dedos, entãocomeçava a melhorar, teve medo de perder a perna, masnão falou nada a ninguém, mas põem uma camiseta, um
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chinelo e sai a sala com aquele pijama, ―Não chegueperto‖, que usava a dois dias.
— Como está primo?
— Querendo ajudar e estou parado! — Acalma, levou sorte de ainda estar entre nós,
quer dizer, nós levamos sorte, você não sei! – Ri Carla. — Sei que me querem morto, mas ninguém
confessa! — Sabe que nossa vida seria sem graça sem um
primo para agitá-la! — Como estão os prazos? — Entregaram ontem em 6 lugares ao mesmo
tempo equipamento, o rapaz fala russo, tô esperando otradutor!
Gerson sorriu e falou; — Mas todo mundo fala russo, como lhe escapou
isto? — Tira sarro, tira! — Eles começaram a montar? — A dois dias estão ajeitando o local, querem
cumprir os prazos, ainda mais que estão entregando algoa alguém maluco capaz de jogar no lixo milhões emouro!
— Se eles aceitassem eu ouro, pagaria! — Comecei a contratar, e treinar pessoal, estamoscom o material do dia do lançamento pronto, te passeipor e-mail, mas nãos sei se olhou?
— Ainda não, estava tentando escrever algo ontem,mas a dor estava grande, não sabe o quanto estesraspões estão coçando, mas vou ler, distrair a cabeça
pode facilitar!
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boas recordações dela ali da ultima vez, a baleou, levousorte.
— Não vai me convidar a entrar?
— Não, volte quando ele estiver melhor! – Roseli. — Sabe que vou entrar, não me force a repetir a
ultima vez que estive aqui! — Deixa ela entrar Roseli, antes que João a abalroe
na porta! – Gerson fala alto.Maria olha em volta, vê a janela de frente e olha
descrente para fora, não via nada, mas ela mandara
embora João, não tinha do que reclamar, mas nem deuum passo viu Fabrícia surgir e olha ela e olhar o rapaz ascostas;
— Você espera no corredor! —Mas...- Maria iria reclamar. — Você encosta ai na parede, não deixamos pessoas
armadas entrarem aqui! Aquele imenso homem transformista, revista Maria
e tira uma pistola da perna dela e autoriza ela entrar, eolha para o rapaz a porta e fecha a porta.
Maria se vê sozinha ali, e olha para Gerson, quandofalaram que eles estava judiado, não imaginava oquanto, ele estava todo esfolado vários cortes, vêaqueles olhos virem a ela e perguntar;
— O que faz aqui? — Quis ter certeza que estava vivo! — Um telefone resolve isto! — Acha que me põem medo? – Fala Maria sério. — Quer se complicar, chamo a policia local, quer? –
Gerson devolvendo a grosseria.
— Não, mas você deu ouro que não era seu, comose atreve a me roubar?
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— Não lhe roubei, roubei uma defunta, que você eo Camargo estavam roubando, Roubei e entreguei apolicia, mas o que a traz aqui?
— Você esvaziou meu pessoal! — Não fala besteira Maria, você que os mandou
embora, agora vai reclamar que não tem gente deconfiança, mas você que os pôs a correr, apenas devolvieles ao grupo!
— Judiaram de você! — Deus me mostrando que sou mortal ainda! Em
uma semana será apenas a perna que ainda meprenderá! — Mas me roubou parte dos terrenos de Carla! — Acredita mesmo nisto? — Alguém mudou eles de dono, com esta confusão
na serra! — O que posso fazer, vocês são lentos, demoram
200 anos para ler os documentos que estavam comvocês, tem que um sulista suba a serra e os leia, e estãoreclamando!
— Você esta calmo, o pessoal fica nervoso com isto! — Então eles terão Urticaria, pois tenho de ficar de
molho pelo menos 2 meses! — Quem te conhece sabe que não vai conseguir! — Você não me deu chance de me apresentar tão
bem assim para achar que me conhece Maria! — Camargo quer você morto! — Vou falar isto para meu avô, e se ele tiver
coragem de repetir isto na frente de meu avô, dai vaifeder de verdade!
— Sabe que eles tem influencia no seu estado?
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— Sei, mas os de cá eu falo, os de lá, viraram ascostas quando eu precisei, sempre digo que se sabe comquem contar nesta hora, mas avisa ele que o meu
pessoal novo na cidade dele, se ele entregar ou fizerburrada, pode ser pior para ele. — Encontrou o ponto franco dele? — Alguns, contando que as terras dos Souza na
região foram para ele, deve ter um acordo antigo com osSouza, principalmente com o seu avô, e sabe que eu eseu falecido Avô andamos ainda em caminhos opostos!
— Por isto ele achou que poderia transferir as terrasde Carla para ele? — Nem sabia que ela tinha terras lá! — Quer que acredite nisto? — Não, mas ainda não falou o que veio fazer aqui? — Confirmar que estava na cidade, confirmar que
está acabado, muitos tinham duvida, acharam que você
estava morto, já que não aparece em publico desde asua suposta aventura!
— Se um dia o prédio que você estiver ceder, nãochamarei de suposta aventura!
— E vai chamar de que? — No seu funeral pensarei nisto! - Gerson falou
serio, Carla tentava não interagir, mas sabia que ali tinhamais um problema.
Maria levanta-se, sai pela porta e Fabrícia com umaluva a mão atira a arma para ela.
— Some da cidade, tem duas horas, depois vai terproblemas Maria!
— Se achando!
Fabrícia ri e Maria e dois capangas descem.Gerson olha em volta e pergunta:
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— Onde esta Pedro?Fabrícia desce, ele saíra para ir a panificadora, a
moça entrara os distraindo, mas João estava a portaria
com o menino, olha para Fabrícia e fala; — Eles olharam mas não tiveram coragem! — Do que estão falando? – Pedro. — Sobe, sua mãe esta preocupada! – Fabrícia
olhando em volta, estavam ficando paranoicos, este seuprimo o deixava tenso, olhou a rua e via gente de váriosgrupos, viu Maria entrar em um carro e sumir dali.
Carla troca as ultimas ideias, os dois olham nocomputador o básico do layout do jornal, as primeirasreportagens, aquelas que não perdiam validade, Gersongostou do que viu, Carla dispôs os 12 principais jornais eseus editoriais, suas pré paginas na internet, estava tudopreparado, agora só precisavam das maquinasfuncionando.
Gerson olhava o filho, que lhe encarava, epergunta:
— Sabe dos riscos filho? — Eu vou ficar bem pai! — Queria ter esta certeza, você mesmo sabe o que
passamos, sei que já nos esquecem, mas não meperdoaria se algo acontecesse a você!
— Mas pai, meus amigos vão! — Me confirma todos os cantos, o que vai fazer,
preciso saber de detalhes mínimos para decidir! — Mas dai não vai ter graça! — Filho, se parar para pensar já teve mais férias
este ano que o ano passado, tem de ver o que quer, é a
sua segurança, automaticamente de toda nossa famíliaque esta envolvida nisto!
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— Não é justo! – O menino fala alto e entrabatendo a porta do quarto.
Carla se despediu, teria de voltar a Florianópolis, e
pouco depois das 5 da tarde, uma leva de doisinvestigadores e o Delegado Rodrigues da policia Civil doQuarto Distrito da Capital.
Rodrigues olha para Gerson a sala, com seucomputador, com toda aquela estrutura que ele aindanão acostumara.
— Problemas Delegado, tenho de chamar meu
advogado?Plinio que vinha logo atrás olha para Gerson e fala; — Pelo jeito não morre nem que derrubemos o
prédio! — Pode ser que quebre a outra perna! – Gerson
olhando para o rapaz. — Sabe a complicação que nos entregou? — Andei pesquisando, desculpa! — Sabe de onde veio aquele ouro? — Pela consistência, de um laboratório bem
equipado, senhor! — Mas como ela pode ter um laboratório destes,
me disseram que isto é proibido, que existem apenas 6laboratórios que teriam aquela qualidade de ouro, noBrasil!
— Não acredite em tudo oque falam Delegado! — O que quer dizer com isto?Gerson apoia as mãos a frente, apoia a perna com
gesso dá um impulso e levanta-se, caminha até uma dasparedes da sala, existia ali um quadro religiosos, ele tirou
ele, ajeitando a perna com gesso, encostando o quadrono chão, a parede um cofre, ele gira rápido a senha do
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mesmo e o abre, pegando uma pequena pasta. Pareciapesada, ele fecha o cofre, que parecia agora ficar apenascom papeis, pulando um pouco volta ao sofá e olha para
o Delegado. — Rodrigues, toda vez que mecho nisto, mecomplico, não sei não me complicar.
— Pelo jeito andou achando inimigos de peso! — Teria saído do País se não tivesse com meu visto
cassado senhor, sei que alguns me querem morto! — E o que descobriu?
— Senhor, - Gerson colocou a pasta no colo – cadalaboratório, por mais perfeito que seja, tem pequenasdiferenças, mínimas, que é determinada pela procedênciado ouro, pela qualidade do laboratório, e partes técnicasque não entendo completamente, mas tem algo que nãobate com o que falou;
Gerson abre a pasta e vira para ele a pasta,
existiam ali 10 barras de ouro, de um quilo, os demaisarregalam os olhos, pois era uma fortuna ali, mesmoparecendo apenas uma pasta simples.
— Cada uma destas barras, foi pega em um localdiferente, cada uma delas, foi gerada em um laboratóriodiferente, e garanto, não foi em nenhum dos 6laboratórios controlados pela Caixa Econômica.
— Acha que o mesmo acontece com aquele ouro? — Não posso ter certeza, mas tiraria uma amostra
de cada uma das pilhas, e faria um exame deprocedência, o que se vê nestas barras, é um padrão, delaboratórios portáteis que se vendem em paísesdesenvolvidos, verá que eles foram datados, forampesados, foram analisados em pureza, e isto consta
automaticamente nas barras, mas onde deveria ter aidentificação do laboratório, tem apenas um US que é da
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fabrica Americana que produz estes equipamentos, setiver EU, ou RC, quer dizer que o equipamento é europeuou Chinês, nestas da pasta, temos os 3 casos, tem até
alguns que foram adulterados para SO, que não sei deonde vieram.O Delegado pega uma das barras, olha e fala;
— Esta dizendo que alguém esta fabricando isto? — Quero dizer que não tenho nem como dizer se
foram feitas no Brasil, ou fora dele, mas pelopressuposto que foram feitas dentro, teríamos pelo
menos outros 10 laboratórios no país. — E por que alguém esconderia isto? — Qualquer um que ache um local com ouro, tem
medo de o transformar em uma Serra Pelada! — Quantos laboratórios sabe existir Gerson? — 28 deles sei existir, e não conheço nenhum dos
oficiais! — E quantos são seus? — Os meus ainda não chegaram ao Brasil, estou
pedindo autorização para funcionamento junto aoGoverno!
— Quer que acredite nisto? — Não precisa, estou apenas começando neste
ramo, tem gente a 40 anos nisto, na ilegalidade, e nãoaprenderam nada ainda sobre isto!
— E este ouro? – Rodrigues. — Se quer levar, a vontade! — Sabe que isto que não combina, sei que gosta de
dinheiro, não é de dar nada de graça! — Senhor, estou com a casa vigiada por pelo
menos 6 grupos, não gosto de ficar parado, viro alvo,você levando, eles não levam, apenas isto!
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— E aquela sua namorada? — Amanha deve estar por ai, se ainda me quiser! — Desconfia de todos?
— Eu confio nela, mas um dia confiei em Maria,minha ex levou um tiro por este erro, meu filho quasemorreu!
— E vai onde? — Amanha saberá, é só seguir o tumultuo! — Vai os distrair? — Rodrigues, acha que tem uma fortuna em suas
mãos? — Sabe que tenho! — Sei, mas o que lhe mandei, é pouco mais do que
1,7% dos estoques de ouro do falecido Geraldo! — Quer dizer que tem mais por ai? — Atrás disto que estou, tem pelo menos outros 59
estoques como o que tem lá! — E usou a carga como isca, quer que se mexam,bem sua cara, querendo o premio maior, não a ninharia!
— Considerando que não é uma ninharia senhor! — Verdade, peço que não saia da cidade! — Não posso prometer senhor, mas se for a algum
lugar, comunico, pois se eu aparecer morto lá saberão
que sou eu. — Mas pretende ir onde? — Não sei ainda, mas pretendo proteger meu filho,
mas não posso o prender em casa, então tenho de odistrair, e ao mesmo tempo, o proteger, já que ele descepara comprar um pão e ficamos todos tensos.
— Não some!
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— Não estaria comprando terras na cidade sequisesse sumir!
— Nos falamos!
O Delegado o cumprimenta e sai com a pasta, eRoseli olha para Gerson. — O que vamos fazer, ele esta insuportável? — Vai ficar mais insuportável, avisa que ele vai,
mas,,, - Gerson sorri dando um tempo – vamos juntos. — E onde era a excursão? — Não é uma excursão, os amigos querem umas
férias no litoral Paulista, litoral sul, me inteirei do caso,um professor foi induzido a ir, pois os pais não liberariam6 moleques irem sozinhos, a ideia virou excursão quandopassou de 25, acho que até os que tiveram a ideia estãodetestando a ideia!
— Onde eles vão? — Cananéia! — Acha seguro? — Eles partem de ônibus, saímos horas depois e
chegamos lá antes de helicóptero. — Já antecipou com os organizadores que vamos? — Já verifiquei as instalações, vamos estar no hotel
na região!
— Hotel? — Hotel Pousada! – Gerson olhando o filho queperguntou.
— Vão estragar tudo! — Ou é assim filho, ou não vai, escolhe! Mas não
esquece, se fizer birra não adianta depois mudar deideia, pois é só dizer ―assim não quero‖ , que não vai
mesmo! – Gerson foi duro, estava desviando tudo para o
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filho sentir-se melhor, e sabia que o menino estavapreste a fazer cena.
Roseli viu que Gerson falou serio, o menino entrou,
foi falar com alguém, não sabia quem, mas no fundo eleestava querendo liberdade, e para Gerson ele não tinhaidade ainda para liberdade, no máximo, liberdadevigiada.
— Patrícia vai? — Deve chegar amanha cedo! — E vai ficar com ela onde?
— No fim do dia estaremos em Cananeia! — Quer que vá? — Você que tem de querer ir Roseli, sabe disto, não
é o que eu quero, é o que você quer! — Acha que mais pais vão? — Conheço poucos, mas soube pelo professor que
uma mãe vai no ônibus, e parece que dois carrosacompanharão o ônibus, no sentido que eles vão.
— Então fazemos um trato antes! – Roseli. — Fala. — Sem cenas de ciúmes, de nenhum dos lados! — Sabe que terei de me segurar! – Fala sorrindo
Gerson.
— Você não presta! – Roseli.O dia foi de contatos, e quando a noite Fabrícia
entrou com aquele jeito de problemas Gerson sentou-se. — Fala! – Gerson. — A policia Federal me indiciou por formação de
quadrilha, querem revistar minha casa! — Não vai dizer que ainda tem armas lá? — Tenho, mas o que faço!
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— Acaba com este vicio, é terrível! — Mas fazer o que, cada um guarda um troféu! — Mas as armas dos mortos, é pedir para se
complicar! — Vão revirar tudo lá, odeio ter de ser pego por um
pequeno erro!Gerson pega o telefone e disca:
— Oi avô! — O que ouve? — Paulo esta com um problema que não sei como
resolver! — O que ele fez? — Sabe aquele vicio dele? — Sei! — A Federal o indiciou e vão revirar a casa dele no
dia de amanha, pela manha!
— Quanto tem lá? — Deve ter mais de mil armas vô! — Fora as dele? — Fora as dele! — E como ele está? — Pensando em como tirar as armas de lá, o que
recomenda Vô! — Se estourar o lugar sobra as provas, então temos
de esvaziar o lugar! — Consegue isto? — Lhe ligo assim que estiver vazio! — Obrigado General! — Sabe as regras?
— Sabemos! – Gerson sabia que estava começandoa dever muito para o exercito.
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— Obrigado! – Fabrícia sentando-se. — Sabe que poderia pedir direto! — Não saberia como falar disto!
— Ele sempre soube Paulo, mas tem de parar comisto!
— Nem morta paro de Atirar! — Estou falando de guardar as armas dos mortos!Fabrícia sorri, sem graça.
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Férias ou Guerra
Estou na duvida, estou ainda com a perna imobilizada e mevem duas possibilidades, guerra ou férias, e nenhuma das duas meparece real, pois guerra pode ser morte, dai sim seriam fériaseternas no inferno, férias pode ser morte e novamente as mesmasférias, mas se o risco existe nos dois casos, por que esperar pelopior, vamos a guerra e que sobreviva os melhores, um aviso, se nãoparei de atirar, não estou morto.
Quando vai parar de brigar Gerson?Quando o mundo parar de girar, ops..., espero que ele não
pare, pois seria péssimo, pois se tivesse no lado do sol, seria seca egrandes tempestades, se estivesse no lado noite, seria congelar vivo.
Mas por que tanto mal humor?O que é humor, uma faísca a mais no cérebro? Desculpa, não
acredito nisto, o sorriso esta na alma, não no cérebro, não adiantaquerer me convencer disto, é como tentar convencer um ateu daexistência dele, é como convencer um cristão que não existe inferno,é como convencer Gerson Rosa, que as pessoas são ruins, e olhaque já encarei gente com a arma apontada para mim, me querendomorto.
O que é esta coluna de hoje Gerson?Uma duvida, vou ao Rio, vou a Cananéia, dois destinos, duas
guerras, uma como férias, uma como descoberta, sempre que ficoassim lembro da frase. ―Quem quer Dinheiro?‖ Como não sou gêniopara criar um universo meu, crio meus inimigos, o problema é quesempre acho nos amigos, inimigos, nos inimigos, inimigos, nosreligiosos, inimigos, nos políticos, inimigos, estou quase meconvencendo que o problema não são eles, sou eu mesmo.
As palavras de hoje, mostram como sou, uma contradição,como a maioria das pessoas, sonha com as guerras, mas prefere apaz, mas por que tinha de decretar a guerra? Sou burro mesmo,Geraldo comprava o silencio e vivia em paz, morreu em Paz, matouem Paz, recebeu a comunhão na igreja em Paz, fez politica em Paz.
As vezes queria ser igual a ele, as vezes não, não soupedófilo, não sei mandar matar parentes, e pagar para terceirosmilhões para isto, não sei se eu que sou errado, não sei como sairda Guerra.
Por que Gerson?
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J.J.Gremmelmaier – Que Merda é Essa?
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Por que pensar é um dom, e para parar de guerrear, teria deparar de pensar, e parar de falar o que penso, de que vale a vida,inerte em uma cadeira, inerte na vida.
Então acreditem, se você quer uma vida, guerreie, se achaque vive mas sua vida é um empreguinho confortável, estaengordando mesmo fazendo academia, esta neste carro confortável,nesta posição confortável na vida, você não está em guerra, esta naacomodação da vida, vivi muito tempo nisto, você não vive, ospsicólogos dizem que você é feliz, que você é correto, mas lhedesejo uma coisa, nunca esteja em um prédio ruindo, você não teriaforça para sobreviver, pois você não vive, vegeta, você não pensa,vegeta, então não peça que lhe ensine como viver, pois você faz o
que quer, eu, prefiro pensar, correr, morrer tentando algo diferente.Obrigado aos ovos e tomates, muito obrigado.Gerson Travesso
Curitiba, Paraná
14 de Janeiro de 2011
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J.J.Gremmelmaier – Que Merda é Essa?
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Gerson amanhece e vê o filho olhando-o, nãoestava feliz, Gerson fez sinal para ele chegar perto;
— O que não quer que vejamos filho? — Não quero ser o filho de Gerson Travesso nestes
dias! — Filho, sei que gostaria de ir sozinho, já fiz isto na
vida, e passei os mal bocados da vida sozinho, não tiveum pai lá, nem um avô, eles apoiam hoje, mas não meeducaram., aprendi batendo a cabeça, sei que aprenderiamais assim, mas neste instante, é a vida que importa!
— Mas queria mostrar que sou responsável Pai! — Vamos fazer um trato, mas tem de o cumprir, se
o descumprir deixa de existir. — Não sei se quero um trato hoje! — Você vai com os demais, mas qualquer perigo,
me liga! — Mas ai terei de cuidar em dobro! — Filho, eu posso estar por perto e mesmo assim
não adiantar nada com este pessoal, sabe bem do queestamos falando.
— Sei, estes dias não dormi e não entendia porque,até começar as alucinações.
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Gerson abraça o filho; — Tem de ver que nada do que fiz, e totalmente
correto, mas nada do que fiz, é indefensável, mas se
estiver com vergonha de seu pai, posso lhe dizer quenunca terei vergonha de você filho, não fico lhe julgandopelo que não sabe, para lhe menosprezar, quero quesaiba mais que eu, saiba muito mais que seusprofessores, não posso imaginar alguém tão inteligentecomo meu filho, se portando como um carçudo por ai.
— Mas me sinto bem assim pai!
— Filho, você pega a imagem de todos a sua volta,tira elas desfocadas como eram as fotos dos anos 80,quando tinha sua idade, não se distinguiria um do outro,quando olha as minhas fotos de adolescência, cada umtinha um jeito!
— Mas as meninas não olham para gente diferente! — Filho, não vou fazer com você o que meu pai fez
comigo, você escolherá quando e como será sua primeiravez, eu induzido por meu pai, tive uma péssima primeiravez, me senti um lixo, um nada, os adultos tirando sarro,foi horrível filho!
— Mas não quero você por perto, você espantatodos!
— Todos me odeiam filho, mas eu me amo, isto
tem um grande poder, quando alguém tira sarro de você,e você não se ama, eles vencem, quando você se ama,você sorri, olha nos olhos de quem lhe interessa, eignora os demais, se esta pessoa sorri para você,ganhou, se ela tirar sarro, como os demais, terá dedecidir como vencer o desafio, se vai encarar um apelido,se vai transformar o sarro em um diferencial, ou vai
baixar a cabeça e ir para casa chorar.
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— Você não parece com os demais pai, vocêencara, mas não sou assim!
— Sei disto filho, mas uso um boné, não por que os
demais usam, e sim pelos traumas da calvície, um diavou me livrar disto, mas mesmo seu pai, fica vivendocada dia de uma vez.
— Mas as moças gostam de você! — Filho, eu gosto de mim, o resto, é detalhe! — Mas vão mesmo? — Sabe que sim, tenho de fazer acordos, e nada
melhor que em Cananeias! — Vai aprontar! — Filho, se você estiver bem, nem me verá! — Duvido! — Sinal que quem estará olhando é você!Pedro sai pela porta e Gerson se levanta, vai a um
banho, cada vez piores, se antes tinha de proteger ospontos, a mão, agora além disto tinha uma pernaengessada.
Gerson se bate para um simples banho, teria mais15dias como os pinos na perna, toma banho vendo ascicatrizes arderem, passa pomada em quase todo ocorpo, e se verte, se olha antes da absorção da mesmaao espelho e sorri.
— Que merda você se tornou Gerson!Ele sorri, escova os dentes e vai a cozinha, Pedro
olha para ele e fala; — Vai de helicóptero para lá? — Sim, não vou me desgastar na estrada! — E posso mesmo ir de ônibus?
— Pode filho, pode!
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— Mas e se acontecer algo? — Me liga! — Mas pai, como vou ligar sem chamar atenção?
— Esta com vergonha do pai, mas tudo bem, lhecobro isto quando ficar mais velho!
— Acho que não tem como ficar mais velho! — Tem, odeio pensar nisto, mas tem!Pedro sorriu, estava provocando mas seu pai estava
reagindo, lembrou da mãe e falou; — A mãe falou que Patrícia ligou cedo, e pediu para
ligar para ela! — Ela foi a Redação do Jornal? — Disse que foi ajeitar tudo com Paulo, mas estava
pronta no inicio da tarde! — E quando sai o ônibus? – Gerson olhando o filho. — As Duas da tarde, lá do colégio, parece que
encheram dois ônibus, mas tem um grupo de pais quevai acompanhar! — Pelo jeito teremos mais filhos se escondendo dos
pais! — Com certeza! — E quem é a garota que tira meu filho do sério!Pedro olhou descontente e falou;
— Nem se atreve a falar com ela!Gerson gargalhou, mesmo dolorido não resistiu.Gerson pega o celular a sala, e vê que ela ligou
duas vezes, discou e esperou ela falar; — Bom dia Patrícia? — Não atende o celular, e dai quem atende é a ex,
o que esta acontecendo Gerson!
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— Esperando você entrar pela porta e não ligar, oque mais!
— Vou atrasar um dia!
— Fazendo burrada, com certeza! – Gerson. — Não, apenas cuidando dos nossos negócios. — Vou para Cananeias, no sul de São Paulo, me
encontra lá! — Vou tentar, esta região de Petrópolis esta terrível
para sair! — Foi se meter ai de novo? — Lhe encontro lá, como está? — Acabado!Gerson ouve alguém chamar Patrícia e ela fala;
— Ligo para você depois, se cuida! — Beijo! – Gerson olhando para o filho.Pedro olha para o pai e fala;
— Algo está errado! — Mais um motivo para se cuidar, mas vamos com
calma, eu confio demais na índole das pessoas, masconfio desconfiando.
— Por que desconfiou? — Pedro, ela esta em Tiradentes, em Minas e me
diz que está em Petrópolis no Rio de Janeiro. — Acha que ela tem outro? — Acho que ela foi olhar o que não era para se
olhar, mas tudo bem, em 12 horas sai a liberação deextração de lá, e vou fechar o lugar mesmo!
— Ela sabe disto? — Não, ela acha que vamos tirar tudo escondido de
lá! — Mas o que vai tirar de lá?
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— Ouro! — E consegue uma concessão assim? — Não, consegui concessão para explorar platina lá,
está no mesmo terreno, mas vai ajudar a isolar a área! — Você dá um nó nelas, minha mãe sempre disse
que você era rápido, e de repente pareceu acomodar,acho que ela gosta do agitador, não do cara desregrado!
— Ta me chamando de Desregrado? — Ela falava isto o tempo inteiro pai!Gerson sorriu e falou;
— Em mais uma semana estou inteiro pararecomeçar as guerras!
— Sabe que dá até para lhe olhar agora pai, estavahorrível a dois dias!
— Vi isto, todo banho uma porção de coisas saemde mim ainda, as vezes acho que estou desmanchandona água, mas são as cascas, as sujeiras, a terra, tudoque não sei onde se esconde ainda, mas que sempre quevou ao banho aparecem.
Gerson toma o café, lê o jornal e olha para a portaquando a campainha toca.
— Quem pode ser? – Pedro.Gerson somente apontou para dentro, Pedro sabia
que não deveria ser nada, mas não discutiria com seu paina véspera de uma viagem, com calma Gerson foi aporta e atendeu, viu o Senhor Reis a porta, com doisrapazes grandes.
— Senhor Reis, o que o trás aqui? — Onde está minha filha! — Em Minas, pelo que sei, embora ela me afirmou
estar em Petrópolis. — Bom, assim podemos conversar!
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Gerson viu João entrar pela porta e olhar osrapazes;
— Esperem lá fora! – João.
O senhor Reis olhou o rapaz e consentiu com acabeça;Gerson voltou a mesa, e serviu outro café;
— Quer um? – Gerson. — Não, tomei no hotel!Gerson olha para o senhor Reis, ele estava ali desde
o dia anterior, o que viera fazer ali, o que pretendia. — Gerson, sei que parece que não cuido de minha
filha, mas esta a levando para um caminho que nãogosto!
— Sei disto senhor, mas o que quer falar? — Que sou contra este relacionamento, já falei
antes, mas não acredito que ela mantenha interesse emvocê, ela é esperta, já conseguiu o que queria, vocêmesmo sabe que ela esta em Tiradentes, sinal que sabeque ela deve estar com Pietro!
— Provável! – Reis não tinha a mínima ideia de queGerson não sabia de quem ele estava falando.
— E fala com esta calma? — Senhor, como falei para ela, vou falar para você,
eu puxei para mim todo o problema, para os espertossaírem com muito dinheiro do outro lado! — Acha que ela vai se acertar com Pietro? — Não me interessa com quem ela vai se acertar e
sim se ela estará bem, e se o ver a dopando de novosenhor, eu a tiro de lá novamente, você tem dinheiroagora que não consegue gastar antes de morrer, mas ela
ainda tenho de ajudar, mas em coisas que o senhor nãoentenda!
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— O que ela esta fazendo em Tiradentes? — Amanha sai uma licença de exploração de Platina
lá, achamos um bom veio, mas amanha começamos
isolar e cercar a área, os primeiros contêinereslaboratórios estão desembarcando hoje na região, edevem ir para lá amanha, e em 15 dias teremos o inicioda exploração de Platina lá!
— Nem sei se isto vale muito! — Também não, mas ela falou que dá para viver,
mas o veio não é muito grande, mas ela quer começar
por lá! – Gerson mentiu, estava querendo parecerindiferente, mas não queria interferência. — Ela me disse que vai a Teresópolis depois, sabe o
que vai fazer lá? — Geólogos em tragédias sempre se agitam, não
sei por que, mas parecem ficar atentos a todos osmovimentos de terra!
— Nisto tem razão, ela sempre olhava as fotos desatélites depois das grandes tragédias, dizia que podiadeterminar de onde vinham grandes quantidades ocultasde ouro!
— Acho que isto eles não conseguem, mas nosdeixam sempre com uma pulga na orelha senhor Reis!
— Pensei que seria menos cordial de falar que sou
contra o relacionamento de vocês! — Senhor, não disse que não gosto de sua filha,
mas realmente, se ela tem outro, de que me adiantabatalhar uma guerra perdida.
O senhor sorriu, falaram de besteiras e quando osenhor saiu, Joao olha para Gerson e pergunta:
— Tudo bem? — Sim, como está o agito?
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— Parecem estar se preparando para algo! — Vamos todos para o litoral a tarde, prepara o
pessoal!
— Paulo me colocou a cuidar daqui e foi limpar aárea, não sei o que quer dizer. — Que ele estava preocupado com outra coisa, mas
ele deve estar mais calmo a tarde! — Problemas? — Policia Federal tentando nos minar! — Vou ajudar a organizar, mas os rapazes nem
estavam armados! — Sei disto, mas para acabar comigo hoje nem
precisa de uma arma, um sopro forte é capaz de fazer oserviço!
— Duvido disto, mas então vamos para o litoral?Gerson sorriu e João saiu pela porta.
Pedro volta a cozinha e pergunta; — Pensei que estava com a moça, não entendi aconversa!
— É feio escutar atrás da porta! — O senhor fala muito alto! — Verdade, mas ele não sabe de nada, mas pelo
jeito quer saber o que ela sabe!
— Não tem medo de ser traído? — Filho, se ela me trair, traiu, sacudo a poeira e
vou a frente, ou a conquisto de vez, depende, eu nãopresto mesmo.
Pedro sorriu e falou meio estranho; — Você não leva nem seus relacionamentos a sério! — Se acredita nisto, engano direitinho!Gerson serve-se e termina seu café reforçado.
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Gerson olha o Celular tocar e atende; — Como esta menina, estou com saudades!
— Já me esqueceu, meu pai disse que você nemestá mais ai para mim!
— Acreditou nele? — Não, espero que não tenha acreditado nele
também! — Nem sei quem é este Pablo, desculpa, Pietro,
para ter ciúmes!Patrícia sorri e fala;
— E quem mais sabe que o segundo nome dele éPablo, somente Gerson Rosa mesmo!
— Agora me preocupei, você sabe o segundo nomedele!
— Liguei para falar algo serio, por que esta
cercando a região, disse que não iria querer atençãoaqui! — Esta no diário oficial do estado a permissão do
estado e me confirmaram que esta na prensa do DiárioOficial de Brasília, a concessão para exploração de Platinaai, onde você não está!
— Verdade, estou em Teresópolis! – Sorri Patrícia –
Sabia onde eu estava e me deixou mentir! — Você não sabe mentir ainda, ainda bem, masfalando serio, os laboratórios de analise chegam amanhapela manha, em 15 dias devemos ter um laudo sobre apureza da Platina!
— Esta querendo mesmo tirar platina daqui? — Estou negociando a venda dela para varias
partes do mundo, se um investidor Americano concordar,teremos de tirar mais do que mil quilos mês disto por ai!
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— Certo, esta vendendo Platina, nos abrindo ocaminho, mas pensei que iria fazer na surdina!
— Pensei que disse para não passar ai!
— Verdade, mas você sem passar aqui estamexendo com os papeis! — Estou pagando caro pelas concessões em
Brasília, em Minas e Rio de Janeiro, Espirito Santo, Bahiae São Paulo.
— Nem me falou tudo ainda! — Íamos falar, lembra! — Sim, você ainda me espera? — Mesmo que não viesse, eu esperaria poder pular
um muro, e iria ai lhe roubar! — Esqueço que você é maluco, já me prendeu uma
vez! — Quem manda você prender meu coração!
— Engraçadinho, nem me olhava!Gerson sorriu e mudou de assunto; — Vai passar em Teresópolis mesmo? — Vou! — Então vou dar uns telefonemas! — Me defendendo? — Acho que o tiro de Pietro não é tão bom assim!
Patrícia gargalhou e falou; — Imagina se o conhecesse! — Dai estaríamos o disputando! – Gargalhou
Gerson, Patrícia não entendeu, mas a forma que Gersonconhecia Pietro, ela nunca o conheceria.
Os dois se despedem e Gerson pega sua agenda notelefone e disca;
— Por gentileza, Raul Camargo!
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— O jornal está redondo, o que precisa! — Vai fazer o que no fim de semana? — Quer aprontar em Cananeia?
— Lhe espero lá! — Vou dar um jeito!Gerson desligou e olhou pela janela, liga para
Roberto, antigo grupo de Maria e pergunta: — Como estão as coisas em Cachoeiras do Macacu,
Roberto? — Libertamos Pedro e o menino logo cedo, mas os
Camargo ainda não desconfiam. — Como esta o grupo? — Bem, tem um pessoal de Moeda a falar com
Camargo! — Este é outro grupo que vou limpar, uma boa
ideia com gananciosos nos pontos principais!
— O que fazem? — Esvazia os 3 endereços que falei,silenciosamente, assim que tiver com tudo bem longe,desce no sentido de Magé, no outro sentido deve estartudo interrompido!
— Sim! — Ligo, mas vamos terminar perto das 8 da noite
esvaziar tudo, é mais fácil tirar as carretas a noite! — Me liga as 9 quando elas já estiverem a uma
hora na estrada! — Ligo! — Outra coisa, a teimosa da Patrícia Reis deve
passar por ai, cuida dela! — Certo, mas acredita que ela venha mesmo?
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— Ela vai voar até o Rio e com certeza dá um jeitode chegar ai, cuida dela!
Gerson desliga e liga para o professor Rogerio;
— Professor Rogerio, Gerson Travesso! — Tudo bem Gerson, e dai, seu filho vai? — Sim, mas cuida para não fazerem besteira! — São crianças Gerson! — Sei disto, e sou jovem para virar avô!Rogerio sorriu e perguntou;
— Mas conseguiu o que falou? — Sim, mas não espalha, mais 20 quartos nomesmo hotel, e mais duas cabanas para os professores epais.
— Espero que consiga os controlar! — Sabe que crianças não se controla, somente se
dá a direção!
Gerson se despede e olha para a porta; — O que aprontou pai? — Nada, o professor de vocês não tinha as reservas
para tanta gente, e me propus ajudar, mas eu não vouficar neste hotel!
— E esta negociando com ele desde quando? — Logo depois de você pedir para ir! — E disse que não me deixaria ir? — Sabe bem filho, que colhemos o que pedimos, e
não o que queremos, as vezes queremos uma coisa epedimos outra!
— Vou tentar lembrar de tudo isto!Gerson sorriu, aquele dia estava se arrastando, ele
pega o celular e disca novamente:
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— O Delegado por gentileza! – Gerson havia ligadopara Moeda.
— Quem?
— Gerson Travesso!O delegado ao lado ouve e atende;
— Problemas Gerson? — Sim, temos de conversar e não pode ser por
telefone! — Onde? — Litoral Paulista, Cananeia! — O que precisa? — Conversar, pois como está, estou quase pulando
fora e não quero pular fora! — Por que Gerson? — O que os Camargo tem haver com o grupo
Delegado!
— Eles eram um apoio a ideia no Rio de Janeiro,mas vi que o detonou! — Se ele era parte do grupo, ele escolheu não me
dar cobertura, ele tinha dois motivos a favor e escolheuficar encima do muro, apenas o vou tirar de cima domuro, mas como não sou bom nisto, acabo empurrandopara o outro lado!
— Mas por que acha isto? — Liguei tentando amenizar, ele não me ouviu, mas
ele e o Deputado Jacoboscky estão lá, conversando! — Acha que os dois tem outro interesse! — Não sei nada, mas precisamos conversar!Gerson desliga e o delegado olha para o assessor e
fala; — Vou a São Paulo, segura as coisas?
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— O que está acontecendo? — Dois grandes brigando, vamos por panos
quentes!
— Este Gerson parece ter muita gente contra! — Ele puxa para ele o problema, mas pelo que
entendi, os Camargo já sabiam onde parte do ouroestava, se duvidar os deputado Jaoboscky também,agora temos mais um que sabe!
— Isto vai gerar uma guerra interna! — Este Gerson não tem medo de morrer, isto me
faz me aproximar dele, não é alguém que para por queesta mordido por uma Cascavel, não para por um tiro,não para nem se o prédio que ele esta desaba, podemnão gostar dele, mas eu o respeito!
O rapaz concordou com a cabeça; — Ele é destes que transformam a vida em
aventura, muitos tem medo deste tipo de gente. — Concordo, ele põem medo!O rapaz sorriu ajeitando as coisa para a viagem do
Delegado.Gerson no inicio da tarde, pega as malas de Pedro,
e com Joao no volante, vão a frente do colégio, onde umgrande grupo de pessoas estava a se reunir e o Professorchega a Gerson;
— Lhe judiaram de verdade! — Ouço isto toda hora, mas esta tudo ajeitado
Professor, a reserva esta em seu nome! — Estamos saindo em duas horas! Vamos Pedro?-
Fala o professor olhando o menino.Pedro saiu e João olhou para Gerson.
— Temos 8 carros que vão acompanhar, estamoscom 3 pessoas de olho no menino, o tempo inteiro, a
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moça da excursão é gente nossa, vamos tomar todocuidado Gerson.
— Espero que seja gasto desnecessário!
— Todos esperamos! — E como esta o esquema? — Tem gente em 10 pontos da estrada, assim que
saírem, os pontos vão estar esperando a passagem,qualquer duvida, paramos tudo para o ônibus passar.
— Ele odiaria se percebesse que armamos tudo,mas tem de ver que provavelmente somente ele notasse!
João sorriu.
Gerson e ele viram a saída do ônibus e João odeixou em casa novamente, sobe reparando que osdemais ainda estavam ali, fizeram ele pensar antes quetinham se antecipado a sua mudança de local, mas viaeles perfeitamente mais afastados, pela janela doapartamento.
Gerson liga para o sistema de Taxi Aéreo, reservaum voo, e fica a olhar o computador e escrever umpouco mais, sem a preocupação do tempo, viu Roselientrar pela porta e viu Romildo, um rapaz da partição.Sorriu, um senhor com jeito moleque, aqueles comoGerson que não crescem nunca.
— Vamos? – Roseli. — Esperando apenas vocês dois, Pedro já esta a
mais de uma hora na estrada! — Disse que ele não iria de ônibus! – Roseli. — Não sabe o trabalho que ele esta dando Roseli,
para que pareça alguém normal.
— E aquele hotel na beira da estrada, acha seguro? — Mais fácil de vigiar que um na cidade!
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— Onde vamos ficar? — Vocês vão para o centro, eu, ainda não sei! — Não esta em condição de sair por ai andando?
— Sei disto, vou me arrastar!Saíram e foram no sentido do Bacacheri onde
pegaram um helicóptero que foi ao litoral e depois seguiua costa no sentido de Cananeia, descem a entrada dacidade, de frente a rotula da cidade, onde um carro osesperava.
— Ele esta bem mesmo? — Quer ficar lá, consigo! — Seria o certo!Gerson pega o celular e depois de poucas palavras
olha para ela e fala. — O motorista os deixa lá! — E você?
— Estarei aqui esperando o próximo carro que deveestar chegando! – João ao seu lado, que viera junto nohelicóptero olha para a senhora e fala.
— Dois carros estão chegando senhora, pode irtranquila!
Roseli viu Gerson de pé a entrada da cidade, comaquela perna a frente, olha para o motorista que começa
a sair da cidade no sentido do hotel Costa Azul, onde aexcursão do filho ficaria.Joao olha para Gerson e pergunta:
— Sabia que ela iria querer ir para lá? — Imaginei, mas melhor para proteger! — Tem de cuidar com esta perna! – João.Gerson apoiou o corpo e mesmo com todos falando
para ele usar uma muleta, ele não queria, atravessa a
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rotula, calma naquele momento, e caminha no sentido doportal da cidade.
Gerson passa ao lado, olhando o ultimo arrastão de
um ônibus naquele portal, entra na lanchonete ao ladodo posto encostado no portal, olha uma mesa e senta-se. — Estou sóbrio a muito tempo João! — E o que isto com o remédio vai fazer? — No máximo me matar, o que mais pode fazer!João senta-se e faz sinal para o garçom trazer uma
cerveja e olha para Gerson. — O que pretende Gerson? — Iniciar uma trégua, mas sei que vou ter de bater
muito para isto, eles só me ouvem se tiverem problemasa resolver!
— O que aprontou? — Estou trazendo para cá, aquele Pedro e Vinicius,
estou chamando para cá o delegado de Moeda, estouaqui, e vamos ver o que posso atrair a mais!
— O que aquele senhor tem de especial? — Alguém que esta prestes a poder dizer que está
vivo, mas é questão de gente brigando por bilhões,gastando bilhões, mas que nunca viram um milhão emdinheiro na mão!
— Certo, falam em bilhões, mas não sentiram odinheiro ainda! — João, o que vai se materializar na segunda em
minha conta, eles nunca tiveram, estranhei o senhorReis, mas quando ele viu bilhões na conta da filha, elenunca havia visto em espécie, ter terras, juntar aospoucos, terras que se valorizam, é diferente de ver um
montante daquele surgir na conta. — E todos tratando como se fosse trocado!
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— Viu a cara do Delegado, uma coisa é você dizerque pode prover, outra coisa é você ter deixado a frentede uma delegacia, mais de 300 milhões em ouro!
— Moreira me ligou naquele dia e perguntou sevocê estava bem, para jogar fora algo como aquilo! — Não joguei fora Joao, o delegado entendeu
porque o fiz, mas era questão de fazer o pessoal mexer-se.
— E conseguiu o que queria? — Consegui ser roubado!
— Por isto o pessoal devolveu as caixas? — Eles nem abriram, eles viram que não precisava
das caixas, mas obvio, não pego leve!Gerson vê uma moça colocar dois copos na mesa e
serve seu copo com uma cerveja bem gelada.Gerson toma um bom gole e fala;
— Bem no ponto! — O que fazemos aqui? — Estou esperando um corretor, ele deve estar
chegando a cidade, vem de Registro! — Comprou uma casa? — Um terreno, com casa, piscina e tudo que tem
direito, mas que vai precisar de limpeza!
— Esta aumentando os custos fixos! — Sei que nunca me prendi aos fixos, eles sempre
bem baixos! — E vamos até onde com isto? — O Diário Oficial de Sábado, poucos leem, mas
vou estar entrando para um grupo seleto deexploradores autorizados, com 6 autorizações, eles
liberaram o que achavam não ter problema, as lucrativas
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J.J.Gremmelmaier – Que Merda é Essa?
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ainda estão barradas, eles estão pensando quais delaseles vão me conceder!
— Mas o que eles liberarem vai lhe permitir os
gastos? — Sim João, mas este assunto esta chato!João viu Gerson virar o copo, ele não dirigiria
mesmo;Estavam a mais de 1 hora bebendo quando o
celular de Gerson tocou e ouviu; — Vieram tranquilos Gerson! – Roberto. — Estamos no posto do lado do Portal, no bar! — Pensei que estava em guerra e esta bebendo!O celular de João tocou logo em seguida e os
rapazes afirmavam que os dois ônibus chegaramtranquilos, e logo após, o celular de Gerson tocou;
— Por que disto pai?
— Disto o que? — A mãe esta no hotel! — Não tive como discordar dela, sabe que ela é de
maior e ela quer namorar longe de mim um pouco! — Não vem para cá? — Filho, eu vou para Ariri, disse que se precisar,
ligue!
— Mas pensei que viria a praia, aqui nem tem praia! — Você escolheu filho, sabe disto! – Gerson
olhando Roberto entrar com Pedro e Vinicius. — Nem sei onde fica esta Ariri. — Um lugar parecido com o que você está, mas de
frente a Superagui, a ilha! — Posso ligar se achar que esta chato pai? — Sabe que pode, mas você queria parecer normal!
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— Veio muito menino, 6 meninas, quem eu pensavaque vinha não veio!
— Calma filho, ela chega!
— Sabe quem queria aqui? — Não, mas os motoristas vieram direto, já 3
grupos de carros devem chegar em 1 hora, ou achoumesmo que os pais das meninas liberariam assim tãofácil?
— Mas se ela não vier? — Não sei filho, cuidado para não ficar com a
pessoa errada, embora duvide que exista pessoa errada! — Lhe ligo, vou falar com a mãe! — Se cuida!Gerson olha para Pedro e pergunta;
— Como foi a viagem? — Longa, nem sei onde estamos! – Pedro.
— Cananéia, sul de São Paulo, quase Paraná! — Porque tão longe? — Senhor, trouxe para meus olhos, não gosto de
gente que acha que esta acima da lei! - Gerson sorriu,pois pensou, ―Fora Eu‖.
— Obrigado, mas o que ele pretendia nosprendendo?
— Entregar os herdeiros de Carla para Maria, aultima herdeira fora vocês!
— Mas ele nos ajudou no passado! — Ele tinha um acordo com sua filha, por isto
ajudou senhor, quando ela morreu, ele mudou muito! — Mas como vamos fazer, nosso mundo é lá! –
Vinicius.
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— Com calma, mas esta na hora de voltarem assuas vidas, já que o senhor Camargo entregou aexistência de vocês a Maria.
— Ele acabou com nossa farsa! — Acabou e pediu para o Delegado os prender por
falsidade ideológica senhor Pedro. — Sacana, esta querendo nossas terras novamente!
– Pedro. — Senhor, estamos aqui, para que ele dê um tiro
no próprio pé, já que não existe como ele se manter em
dois acordos, terá de sair de um ou outro, e quando ofizer, vamos agir. — Vai retomar nossas terras? — Se ele afirmar que identificou vocês, terá de
explicar como ele se apoderou de suas terras, mascalma, processos assim podem demorar anos!
— Não pretende pela parte legal pelo jeito! –
Vinicius. — Menino, você esta em perigo, quando trouxe
para perto, é para proteger, não tenho como protegertodos distante, cada um em um estado.
Roberto olhou para Gerson e ele soube que tinhaalgo errado;
— O que não me contou? — Lembra da reunião do Camargo e do Deputado? — Sim! — Patrícia Reis e o Pai foram a esta reunião!Gerson sorriu e falou;
— Roberto, cada um deste grupo, fala em milhões,mas não os tem em giro, não gosto da forma que esta
acontecendo, mas tem de ver que cada um que pular
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fora antes do tempo, pode sair morto, não quero morrer,por mais que pareça isto!
— Esperava isto?
— Eles foram a algum lugar depois da reunião? — Ao Cartório! — E o que fizeram lá? — Parece que o senhor Camargo, estava
comprando terras dos Reis, pagou caro, mas o que nãosei, algo que deveria estar em nome do senhor Reis, poisele não vai facilmente a estes lugares!
— E o Camargo pagou como? — Com terras na serra, algo que não entendi, mas
parece que Patrícia estava querendo algo diferente! — Naturalmente, ela fala demais sempre! — E sabe o que ela fará amanha? – Roberto. — Provavelmente estará por aqui!
João sorriu e falou; — Nesta se deu bem Gerson!Gerson tomou mais um gole e viu um senhor entrar
e perguntar para o balconista algo, como ele não tinha ainformação ele veio a mesa e perguntou;
— Gerson Rosa seria nesta mesa? — Sim, senhor Ricardo Noronha?
— Eu mesmo, desculpa a demora, mas quer ver oterreno hoje, esta ficando tarde!
— Quero, mas se puder ver os dois, seria melhor! — Mas um é muito distante do outro!Gerson pega o telefone e disca;
— O helicóptero ainda esta ai?
Roseli olha para o mesmo parado mais a frente, efala;
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—Sim! — Pede para o piloto me ligar, preciso de uma
carona rápida!
Roseli concordou e Gerson olha para o corretor. — De Helicóptero é um pulo, e tenho ideia do que
esta em jogo! — Assim fica mais fácil mesmo! – O corretor.O corretor, João, Pedro, Vinicius e Gerson sobem no
Helicóptero com destino Ariri, voo direto, param em umcampo, a frente de uma casa boa, mas antiga, mais de
40 anos, com uma placa de vende-se, o senhor entrouna frente e viu um senhor vir a eles e falar;
— Querem conhecer a fazenda inteira?Gerson olha em volta, uma ponta para o canal que
separava da ilha de Superagui, um imenso Mangue afrente, uma pequena montanha as costas, e pergunta;
— Até onde vai o terreno? — Daqui não se vê, se estende da estrada a frente,
do lado de cá até o mar, 6 mil metros no sentido domangue, e mais de 12 no sentido da montanha!
— Bem preservado? — Sim, tem na montanha cachoeira, mas tem de vir
mais cedo para conhecer!
— O senhor é o proprietário? – Gerson. — Não, eu e minha esposa, e duas filhas cuidamosdas terras!
— Ficam ou saem com a venda? — Depende do senhor! — Como o proprietário os remunera? — Ele nos permite ficar com parte da colheita e da
venda de caranguejos na época, extraímos muita banana
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na parte mais a frente! – Fala o senhor apontando nosentido da rodovia, se via um corredor encostado arodovia, de mais de 300 metros que ia até se perder de
vista, plantado com banana.Gerson caminha até a beira do mar, e vê umapequena pinguela onde estava com um barco encostado,sobe nela, a calma do mar permitia ir mais de 12metrospara dentro do mar e olha para o senhor que veio junto.
— O lugar é bonito, gosta de viver aqui? — Sim, vai comprar?
— Vou reformar as 6 casas, mas pelo jeito a aguavem da serra direto? — Sim, não temos sistema de tratamento! — Vamos dar um jeito nisto, a luz é por gerador? — Sim! — Vou falar com o corretor, mas volto amanha para
conversar! — E precisamos procurar outro lugar para morar? — Por mim, só temos de ajeitar detalhes, mas não
vejo problema, na verdade é bom ter alguém cuidando!O senhor sorriu e o corretor perguntou;
— Gostou?Gerson olhava em volta e Pedro perguntou;
— Aquele pântano ali faz parte? — Sim, um antigo proprietário quis criar gado ali! — Vamos com calma, mas Ricardo, o que fica e o
que sai do terreno? — Como está é como esta sendo vendido! — E podemos fechar isto quando? — Vai fazer uma proposta oficial?
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— Sim, prepara a proposta enquanto olho umpouco mais, na segunda fechamos a compra no cartóriode Registro.
Gerson olha para o senhor e pergunta: — Como é seu nome senhor? — Ricardo Ramalho! — Gerson Rosa, quais das casas estão vazias? — A principal e a de hospedes! — O senhor e o rapaz vão ficar, se puder mostrar a
casa de hospedes, amanha venho para conversarmos poronde começamos a cuidar do terreno.
— Vai mesmo investir aqui? — Vou querer conhecer a queda d’água, para ver a
distancia e altura, para fazermos um reservatório deagua alto, e trazer agua potável para baixo em mais duascaixas grandes. – Gerson olha a estrada e pensa ondeestava e fala - Deve precisar uns 70 postes para puxarluz da estrada ao fundo!
— Vai mesmo trazer luz, sabe que o antigo falouisto, mas quando viu que precisava por os postes,desistiu.
— E vamos fazer um cais novo e cercar a região doalagado ao fundo, vou comprar uns búfalos, nem queseja para ocupar o tempo!
— Pelo jeito tem dinheiro! — Só não fala alto, o corretor não precisa saber de
tudo!O senhor sorriu e foi a sua casa, enquanto Gerson
assinava a proposta e olha para Pedro. — O senhor ofereceu uma casa para passarem até
amanha!
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Pedro entendeu que Gerson os estava tirando dosolhos.
O corretor não gostou, mas estava com um sinal de
negocio na mão, Gerson nem colocou como imposição,mas somente na segunda começaria realmente investirno local.
O Corretor, Joao e Gerson sobem no helicóptero esaem no sentido de Ilha comprida, Gerson vê ohelicóptero descer pouco a frente da estrada de chão quedava a ponta da ilha.
— E este, preciso apenas umas confirmaçõessenhor? — Fala! — Pelo que esta no documento, é uma faixa de
terra, que atravessa a ilha, que tem mil e quinhentosmetros de largura pela largura da ilha neste ponto!
— Correto! Do outro lado, o terreno vai ampliando,
e deve ter mais de dois mil e quinhentos metros de divisacom o mar!
— Alguém encima do terreno? — Não! — Três ruas que atravessam ele oficialmente! — Sim, por que a duvida. — Quero saber se posso murar o terreno! — Não vejo problemas nisto!Gerson olha o terreno de frente e sobem
sobrevoando o terreno, e voltam ao posto de gasolina,onde estava o carro do corretor, ele dispensa ohelicóptero, e entram no local.
Fecham a segunda compra, o corretor sai, Roberto
olha os dois; — Problemas?
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— Sim, um grupo de outros turistas sedesentenderam na entrada do hotel, parece que nãoreservaram nada, mas quando chegaram e viram que
estava cheio, tentaram conseguir vagas na marra! — Com tantos hotéis vazios, estranhou! – Gersonpara Roberto.
— Logico que estranhamos, mas ficou claro queestávamos olhando!
Gerson olha a quantidade de ligações nãoatendidas, viu que não teria sinal em Ariri, mas discou
para o filho; — Fala Pedro! — Disse que podia ligar, mas não atendeu! — Estava vendo um terreno que será seu! — Mas pareceu que você estava nos dando
segurança, disse que não iria! — Filho, não sei qual a reclamação, nem estava
aqui! — Certo, mas pelo jeito ela não vem! — Convidou? — Não, mas o Carlinhos a convidou, pensei que ela
viria! — Amanha damos uma volta filho, tudo bem?
— Volta? — De lancha! — O pessoal vai estranhar! — Acho o lugar que escolheram vocês vão passar
raiva no domingo, mas você que escolhe filho! — Conhece este namorado da mãe? — E quem não conhecemos, né filho!
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— Me liga amanha pai, não sei se conseguirei linhamesmo!
Gerson sorriu e olhou para Roberto;
— Amanha nos despreocupamos! — Para que as lanchas? – Roberto. — Vou comprar umas terras em Ariri, mas quero
proteção aos dois que lá estão, sem alarde! — Certo, não quer que saibam que eles estão aqui! — Ninguém conhece, então quando eles ficaram lá,
ninguém vai olhar, mas preciso de gente dando estruturae os vigiando.
Gerson sai dali, e vai ao centro da cidade, com ocarro de Roberto e se hospedam de frente ao mar, emuma pousada, o calor de verão, o fez descansar e dormir.
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Que Merda é Essa?
Desculpa o palavreado, mas ontem me deparei com algumascoisas, muita informação para um único Gerson.
Quando se fala em futuro, se imagina que o mundo estaevoluindo, mas e se não estiver?Quando se vê a ação de atiradores, de homens apoiados por
uma religião capaz de deformar uma companheira, ou a matar,incendiar, abusar, penso se estes seres são humanos e só me vemuma pergunta, referente a estes seres.
Que merda são estes seres?Pois aprendemos que família se respeita, e alguém capaz de
matar uma companheira, ou a fazer mal, as vezes o próprio filho,não é um ser humano, e não acho que devesse chamar de bicho,estaria ofendendo os bichos, então que merda é essa?
Pior, que merda são estes ativistas que defendem os direitosdestes seres, que de nada tem de humanos ou animais, seres quenão deveriam conviver com outros. Pois não estão preparados paraisto, mas vem uma Promotoria Publica, uma Defensoria de Direitos,por que eles não defendem os que foram mutilados, os que sofreramna mão destes seres. A resposta é simples, eles não lhe geram
dinheiro, mídia, fama, poder, nem que o poder de soltar e intervirpor um assassino de famílias. Você é a favor da pena de morta então?Gostaria de dizer não, mas enquanto existirem estes grupos
ridículos que defendem os marginais e oprimem os corretos, diriasim, pois o certo seria eles serem isolados e trabalharem de sol asol, sem direito de condicional ou diminuição de penas, paraconstruir algo, mas como isto não é passível de acontecer no Brasil,
onde o marginal vira santo diante do júri, apoiados por Humanos emseu pior papel, os de comedores de carniça, pois advogado deassassino para mim não é nada além de um comedor de carniça.
Mas tem direito a defesa Gerson!Sei disto, assim como a família tinha direito a vida, ele
quebrou a regra por que era livre para o fazer, mas quando ele ofez, a sociedade o trata como se fosse alguém dentro das regras,mas não, ele as quebrou, ele não é parte dos que respeitam a regra,e quem quebra a lei uma vez e não é punido, ou leva uma pena
leve, no Brasil acontece de réu confesso diminuir a pena, desculpa,réu confesso deveria apodrecer na cadeia, e não conseguir
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J.J.Gremmelmaier – Que Merda é Essa?
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vantagens. Mas estes voltam a cometer crimes, pois tem a certezade não existir lei que os punirá.
Por que acha isto?Se eu chegar aos meus credores e confessar que devo, não
muda o fato de minha divida existir, se eu chegar a frente de alguéme a matar, e me deliciar em repetir como fiz em júri, mas com carade santo, tenho minha pena diminuída, que absurdo é este, sempreme pergunto, quem faz as leis no Brasil, parecem criminosos commedo de serem penalizados quando descobrem seus crimes. Masacha que tem jeito?
Jeito tem, mas o povo tem de querer mudar, ele em grandemaioria, mas a maioria cruza os braços, vota para pseudo santos
com ficha policial maior que a minha, que não é pequena, e queremque as coisas mudem, sempre digo, não sou candidato, pois nãofaria nada de bom lá, mas teria jeito, mas infelizmente passa pelaeducação, e quem poderia nortear mudanças na educação, parecepreocupada em seus primeiros dias de governo, em maquiarproblemas internos ao partido que lhe deu base!
Gerson Travesso
Cananeia, SP
15 de Janeiro de 2011
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Crônicas de Gerson Travesso
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Gerson acorda com o vibro do celular, atende semolhar:
— Aloooouuuuuaaaaaa! — Te acordei! – Patrícia. — Sim, vem quando? — Estou nesta imensa cidade, na frente de uma
igreja antiga, mas onde você se escondeu! — Meia quadra dai, esta onde exatamente? — Numa praça ao lado da Igreja. — Está vendo na direção oposta a que você entrou
na praça, uma casarão amarelo, de janelas azuis, térreo? — Sim! — Me achou, estou me vestindo, tomamos café
juntos! — To indo ai!Gerson desliga e liga para Roberto;
— Como estão as coisas Roberto? — Acabamos de instalar uma retransmissora de
sinal na Ilha do Cardoso, vão demorar para olhar, masagora temos sinal!
— Bom, como estão as coisas ai?
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— O proprietário passou aqui, eu sai e fiqueiobservando, esta tirando o gado que estava no trato!
— Sem problema!
— Parece que ele vai colher as bananas também! — Estranhei ontem ele não ter colhido ainda,
tranquilo, não é isto que me preocupa, e o senhor Pedro. — O senhor não fez questão de que o proprietário o
visse, ele trata o senhor meio arrogante. — Pobres que arrotam o que não têm, mas só
observa, sabe que não quero perder estes dois ai! — Tomamos cuidado, vamos fazer algo hoje? — Pergunta depois para o pessoal ai se
conseguiriam umas dúzias, umas 10 ou 12 decaranguejo, vamos conversar, tomar uma cerveja ecomer um caranguejo!
— Não como isto Gerson!Gerson riu, estava chegando ao banheiro, se olha
ao espelho, liga o chuveiro e fala; — Então pense no que você vai comer! — Vai chegar que hora? — Depois do almoço, caranguejo não é almoço, é
diversão!Gerson desligou e foi ao banho, demorou pouco,
banho que mal se molhava, banho que sempre pareciaficar algo a limpar, escova os dentes, coloca umacamiseta e uma bermuda, estava quente e com aquelaperna, não queria rasgar mais uma calça.
Gerson sai ao corredor, João olhou na entrada eolhou para ele e sorriu, Gerson chega a parte dorestaurante, olha para Patrícia que vem a ele e lhe beija.
— Se escondeu de mim!
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— Sei que me acharia! – Gerson olha a porta efalou – Trouxe Pietro? – Gerson fez sinal para o rapazentrar e falou – Vamos tomar um café.
— Tudo bem Gerson? — Que papo é este de estarem juntos? – Gerson
olhando para Pietro.Pietro riu e falou;
— Sei que não acreditou, me conhece bem Gerson!Patrícia olha para Pietro, não entendera, mas como
não conhecia Gerson totalmente, não sabia bem de onde
os dois se conheciam. — Pelo jeito meu pai escolheu a pessoa errada para
lhe fazer ciúmes! – Patrícia.Gerson caminha ao buffet do café e serve-se e
senta-se a mesa, pouca comida, mas um café bem forte. — Patrícia, o assunto é serio, como foi ontem?Patrícia olha para Gerson e sorri.
— Pelo jeito andou me vigiando! — Mandei lhe dar proteção, aquele Camargo é
maluco mesmo! — Sabe bem o que aconteceu? - Patrícia. — Tudo ainda não, mas com certeza o Camargo
estava vendendo as terras que não tinha os documentos,
o mais rápido possível, sem nem olhar as terras! — Ele tem um acordo com aquele grupo de Moeda!Patrícia olhava para Gerson, e não viu o Delegado
de Moeda entrar, quando ela falou isto ela não vira que osenhor estava ao seu lado.
— Quem tem acordo com nós? – O Delegado.Patrícia olha assustado, não conhecia bem o
senhor, mas olhou para Gerson que falou;
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— Camargo e o Deputado, quem mais! — O que esta acontecendo Gerson? – Delegado. — Sente-se, pelo jeito só eu dormi bem esta noite!
— Este lugar é bem aconchegante, minha visão depraias de São Paulo não são lugares assim! – ODelegado.
— Dentro de semanas fica insuportável, o carnavalaqui é um agito só!
— O que o esta tirando do grupo Gerson Rosa? – Delegado.
— Fora o não me apoiar nem em Brasília e nem emCachoeiras do Macacu, fora eles saberem do ouro eestarem o desviando, fora eles não terem pretensãonenhuma referente ao que entendi que o grupo queria,nada!
— Vim por que a versão que me chegou em Moedaé que não precisou de ajuda em Macacu, mas o que
aconteceu lá? — Sai fugido Delegado, sabe que não tenho medo
de morrer, mas o pessoal de Moeda que estava lá,estava apoiando o pessoal de um cardeal em BH, se elefor do grupo, e tudo indica que é, o que realmente ogrupo quer?
— Vai dizer que o Cardeal também sabia do ouro? — 30% do ouro de Geraldo Souza foi lavado por
contas da igreja no Brasil Delegado, como ele nãosaberia?
— Me disseram que eles nem estavam lá! — Chegaram com apoio do pessoal da Federal, mas
não entendi o que esta por trás de tudo ainda!
— E se escondeu um pouco!
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— Delegado, é só me olhar, não foi fácil sobreviver,tenho de estar inteiro para estar em guerra, não é fácilsobreviver estando bom, se estivesse neste estado,
estaria morto em Macacu! — E o que vai fazer? — Eu vou erguer a ideia, mas não vou apoiar um
grupo que esta apenas enriquecendo, sem nem olharpara o lado!
— Vai mesmo nos deixar, é uma grande perda! — Delegado, eles querem que eu não entre, mas
não sou de não dar o troco, e o meu troco é semprepensado, pode demorar, mas faço lentamente.Patrícia estava apenas ouvindo quando olhou para
Gerson, que a olhou fazendo sinal para a porta, ela olhae vê seu pai entrando pela porta, ela pega na mão dePietro e fala;
— Um faz de conta!
O rapaz sorriu, e olhou para a porta; — Por aqui senhor Homero Reis!Gerson olha para o senhor e fala:
— Deve conhecer o Delegado Silva, de Moeda! — Fazendo reunião no fim do mundo! – Reis. — Mais ou menos, mas o que o faz vir aqui pai?
— Me disseram que já estava com este ai! — E se tivesse, o que tem haver com isto pai? — Nada, mas vejo que veio com Pietro! – O senhor
Reis olha para Gerson – O senhor Camargo quer lhefalar!
— Ele também veio? – Patrícia. — Sim!
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Aquela reunião começava a atrapalhar o café damanha da pousada, Gerson olha para o Delegado e fala;
— Tem uma lanchonete ai na frente, cabe mais
gente!O delegado concordou com a cabeça, e começam asair pela porta, Gerson olha ao longe dois ônibusparando a praça, olha as crianças saindo e acelera opasso para a lanchonete.
Gerson olha para a garçonete e fala; — Vê uma cerveja, o que tem de aperitivo?
— Ainda é cedo para aperitivo, temos café esalgadinho!
Gerson olha para os salgadinhos e fala; — Vê duas cervejas então!Patrícia riu, Gerson foi ao fundo e João ficou a
entrada, com outros dois, que pareciam apenas observar,João via um grupo de pessoas virem ao local, e fez sinalpara outros dois do outro lado da rua.
A lanchonete tinha uma saída para a baia, se via osbarcos e o mar naquele lado.
Gerson sentou-se e olhou para o Delegado; — Delegado, não me tome por meias palavras, mas
vou erguer um grupo para fazer o que quero fazer, vejoque o grupo de Moeda não esta querendo fazer, ou opessoal longe de Moeda não quer o mesmo que vocês,mas não sou de ficar no meio do caminho, em seismeses estarei com 5 jornais de circulação diária emMinas Gerais, eles estão com medo disto, mas os meusplanos não vão parar se eu morrer, não são apenasmeus, e quando estiver implementado, com 6 jornaisonline, e mais reportagens no momento que acontece na
internet, eles vão ter de decidir de que lado estão, pois
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Crônicas de Gerson Travesso
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não vou ouvir pessoas encima do muro, sabe bem quenão sou de parar por detalhes!
— Sei, o vi picado por Cascavel, metade das
pessoas ficariam na cama, você se ergueu, lembro queesta moça ai foi uma das que lhe fez sair da cama, disseque elas estariam mortas se ficasse na cama!
— Esta parte elas não precisam saber Delegado!Patrícia viu que o senhor entrou no meio da crise,
sabia do que ele estava falando, ela estava presa comMaria e Carla, declarando ódio ao senhor que agora ela
olhava diferente.Neste instante o ruído da porta fez alguns olharem,mas Gerson olha para João e fala;
— Pode deixar entrar! — Estão armados! A moça ao balcão estranhou e pareceu chamar um
senhor no fundo. — João, se alguém puxar uma arma hoje, eu mato,
não estou querendo briga, mas hoje, quem puxar estarámorto!
A resposta de Gerson fez o Delegado olhar para abaia, não se via nada, mas sabia que Gerson não era de jogar com pouco, não era de desistir, e muito menos deameaçar de graça.
Dois seguranças ficaram a porta e Camargo, queGerson não conhecia pessoalmente vem a mesa;
— Aqui que esta se escondendo? – Camargo. — Não estou escondido senhor! – Gerson – O que
quer? — Você tem duas pessoas que quero!
Gerson olha em volta, para as pessoas, olha para osenhor e pergunta.
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Crônicas de Gerson Travesso
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— Não entendi! — Aqueles dois contraventores, que estavam a
delegacia de minha cidade e foram tirados de lá a tiros!
— Não estou no Rio senhor, para saber de quemesta falando! — Quer que acredite que você não tem nada haver
com o sumiço de Pedro e Vinicius Souza. — Estes dois, desculpa, você falou contraventores,
não defuntos ambulantes! - Gerson pega o celular edisca, todos ficam olhando para ele que fala.
— Maria, como está? — Estou quase neste seu esconderijo! — Qual deles? — Esta cidadezinha de Cananéia! — Pode me responder uma coisa Maria? — Fala?
— Quando você der sumiço em alguém, como osSouza, estou falando de Pedro e Vinicius, avisa este seuparceiro do Camargo, dai ele não fica me ameaçando,pelo jeito ele não lhe conhece mesmo!
— Não fui eu Gerson! — Não? – Gerson olha para o Delegado que sacode
negativamente a cabeça, olha para Patrícia, ela não
estava ali, olha para Reis, e fala. — Espero você chegar,esta reunião esta sem proposito!Gerson serve um copo, olha a espuma, olha para o
senhor a sua frente, faz sinal para sentar-se, toma umgole e fala;
— Eram tão essenciais assim? — Vendi umas terras que eles tem de assinar a
venda antes de morrer!
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— Desculpa, mas de que terras você esta falando? — As que vendi para o senhor Reis ontem? — Esta vendendo as terras que eles me venderam e
vem me cobrar onde eles estão, tem coragem senhorCamargo, esta querendo me roubar e vem falar na caradura?
Gerson levantou a voz, o senhor olhou atravessadoe falou;
— Eles não podem vender para você, estavammortos!
— Sim, um terreno para Maria, de 22 terrenos paramim, dois para Patrícia, mas – Gerson olha para Patrícia
– Querendo me roubar?Patrícia sorriu, Gerson parecia saber cada passo do
que ela fizera levada por seu pai no dia anterior, ele ficouolhando para os olhos dela, quase se perdeu ali, mas osenhor Reis perguntou;
— Eles não podem ter vendido para você, elesestão mortos!
— Senhor Reis, eu liguei ontem para o senhorCamargo, propondo uma trégua, ele não me ouviu, elenão me quer por perto, mas quem afirma que elemorreu, é o pai do senhor Raul Camargo, ninguém viu oscorpos, se alguém mentiu para a justiça, para transferir
bens com assinaturas que posso contestar, já que nãobatem com o registro de assinatura do senhor Pedro emTeresópolis de 5 anos atrás, mas os documentos delesestão ativos, ninguém se deu conta que ninguém pediuum atestado de óbito dos dois, embora devesse serdocumento obrigatório, não está lá!
— Esta dizendo que os dois oficialmente estão
vivos? – Reis.
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— Sim, o delegado prendeu os dois como pedidopessoal do senhor Camargo, mas foi uma prisão ilegal, seeu o tivesse tirado de lá, seria bem pior, pois teria
desmascarado tudo isto! — Não tem prova disto que você fala! - Camargo. — Não estou brigando senhor, não me viu
brigando, não me viu atirando, não me viu matando, nãodeveria estar me querendo como inimigo, dos seusseguranças, o único que eu teria no meu grupo éFabiano, que esta do outro lado da rua se fazendo de
inocente, o resto, não levaria um centavo do meudinheiro, pois não precisaria de proteção pessoal para oresto do pessoal.
— Conhece meu pessoal, seu avô lhe informou! — Senhor, muitos me conhecem como Gerson
Travesso, mas pergunta para Fabiano sobre GersonRosa, ele me deve uma, ele não estaria ali se soubesse
quem esta sentado aqui, o resto, João mata com umamão amarrada, e sem puxar uma arma sequer! —Mas os escondeu? — Não, enchi os bolsos deles de dinheiro, se eles
pagaram para o delegado para fugir, não me culpe, poisse não fui eu, não foi Reis, Patrícia ou Maria, elessubornaram o Delegado com mais dinheiro do que você
tem na conta, fazer oque, arrota caviar e só tem sardinhana geladeira Camargo! — Ele não o faria! — Senhor, quando voltar a sua cidade, tem duas
formas de me receber, como um aliado de um grupo quepoderia ser forte se você, um deputado e um Arcebisponão os tivessem minando, ou como inimigo, mas dai,
garanto, assumo tudo que você tem, cada centavo! — Acha que é quem para me ameaçar?
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— Quem detêm suas dividas, 55% de suasempresas, um pouco de terras, mas nenhuma paciênciacom estes falsos empresários que estão mais para
Capitães do mato! — Não podem ter lhe vendido! — Camargo, quando você não me apoiou, fiquei
pensando, fui ao mercado de ações em declínio, fiz umaproposta de compra dos 30 por cento do seu pai, já tinha25%, então baixa a guarda, pois se os seus segurançasestiverem sendo pagos pela Camargo S.A. terá de me
reembolsar estes gastos!O senhor Camargo olha para os seguranças, e vêMaria entrar pela porta, a atendente estava tensaquando Gerson falou;.
— Vê uma cerveja para cada um, eu pago! — Não vendemos fiado senhor! — Então cobra daqui! – Fala ele tirando uma nota
de 100 da carteira.Maria chega a mesa e fala:
— Me acusou de que? — Veio fazer o que aqui? – Gerson. — O senhor Camargo me disse que você protege
aqueles dois que faltam! — Disse para não espalhar por ai o que eles tinham,
mas vocês não me ouvem mesmo! — Quer que acredite que eles não sabem o que têm
de direito? — Não, quero dizer que na manha de segunda,
estou me fixando nesta cidade, se vocês querem falarcomigo, vão ter de vir aqui!
— Por que aqui? – Patrícia. — Mais fácil de defender as costas!
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— Se fosse isto não estava de colete! – Patrícia.O senhor Reis repara que os rapazes de Gerson
usavam colete a prova de bala, sua filha estava com um,
mesmo Pietro estava, Gerson estava com um, o resto, adisposição de uma bala simples. — Por que os esta protegendo? – Maria. — Maria, senhor Camargo aqui, esta falido, sem a
empresa do pai que eu comprei, sem as terra quevendeu para pagar dividas, que os bancos vão tirar daconta dele assim que entrar na conta, terá de responder
por falsidade ideológica, apropriação indevida, mentirpara um delegado, eles que me acusam. O senhor Reis,descapitalizado por comprar terras que acha que temvalor, eu disse para ele esperar, mas não sabe fazer isto,tentei duas vezes, mais uma vez, com terras sem valor,você, me vendeu as terras de Juscelino, obrigado, temuma linha de mil metros de diamante, deve dar pouco
mais de 300 mil pedras de 20 quilates, trocados. — E me fala assim, acha que vou lhe deixar sairvivo!
— Enquanto vocês negociarem como seu Avô fazia,vou pegando o que posso, não me culpem, mas nada doque fiz, fora os processos de assassinato na minhacidade, e roubo pelo sistema bancário, o resto, nada foi
ilegal. — E por que os defende?Gerson olha para Patrícia, ela não queria que ele
falasse, mas sabia que ele falaria; — Trouxe o computador pessoal? — Você não pode falar isto! — Sabe que vou falar!
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— O que quer falar que ela não quer que fale! – Senhor Reis.
Gerson olhou para o Delegado de Moeda e fala;
— Delegado, vou preparar os documentos dasempresas Camargo para serem parte do grupo deMoeda, para começarmos ter as entradas para financiaras coisas. – Gerson olha para o senhor Reis – Parte distoesta em suas terras, mas espero que saiba manter aboca fechada, e o zíper fechado – olha para Maria – Parte das terras estão em seu nome – olha para
Camargo – E ainda tem 30% da empresa que vai geriristo!Gerson olha para Patrícia;
— Maria, por que os deixo vivo, por que eles tinhamde me passar estas terras, por que matar quem nosdeixará ricos!
— Você sabia onde estava o ouro?
— Sorte, sabe quando se tem sorte!Patrícia olha para ele e puxa a bolsa, imensa bolsa
que Pietro carregava para ela, parecia contrariada aoesticar para ele a mesma.
— Senhores, minha proposta é explorarmos isto junto, mas preciso saber quem esta de acordo antes deabrir o que vamos explorar!
Gerson olha para os demais, não sabiam o que eleestava querendo, mas Camargo olha para Gerson epergunta;
— Isto que quis propor ontem? — Se lembra, liguei para fazer uma proposta de
extração! — Estava falando com o deputado, não me parecia
que você podia muito!
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— Camargo, esta é uma proposta onde o DeputadoJakobosky não tem nada haver, é um trato entre o Grupode Moeda, representado aqui pelo Delegado, Maria
representando os Souza, os Reis, representados aqui porHomero, você representando os Camargo e eu! — Certo, pelo jeito não ouvi quem iria me tirar do
buraco! — Camargo, tem de aprender que os Rosa sabem
bater quando precisam! — E ninguém fora desta mesa sabe disto?
— Ninguém, obvio, cada um de vocês, vouconversar sobre extrações a parte deste acordo, maseste é o bruto!
Camargo olha atravessado e pergunta: — Mas o que vai propor? — Esta dentro ou fora Camargo? — Dentro!Gerson olha para Reis, que sacode afirmativamente
a cabeça, olha para o delegado que concorda e olha paraMaria;
— Dependendo do que, concordo! — Então não esta dentro! — Não disse isto!
Gerson a olha, serio, olha para João a porta, eleaperta um numero no celular, se viu 4 carros fecharem arua, Gerson voltou a olhar para Maria.
— Mas quer as cegas! — Vou considerar a palavra de quem esta aqui, não
estamos assinando, mas quem furar, sabe que voucobrar! – Gerson.
— E quer uma posição sem mostrar nada! – Maria.
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— Acha que sou idiota Maria, por meio milhão jádeu um tiro em minha ex, hoje reunindo tudo, tem oque, o giro do dia de seu Avô que some assim que entra
na conta, tamanha a estrutura que ele montou, umafabrica de inúteis!Patrícia olha para a baia, e vê 10 lanchas se
posicionarem ao longe, torcia que fosse gente de Gerson. — Mas é uma estrutura e tanto! — Uma estrutura que funciona independente de
nós, que esta extorquindo o lucro, que esta sempre
apontando pseudo culpados! — Mas quer que aceite as escuras? — Ultima chance de estar dentro Maria, meus
rapazes tiram os seus da cidade em minutos!Camargo que achava que Maria tinha a estrutura,
olhava a posição de Gerson, a rua fechada estavacomeçando a gerar buzinas em uma das pontas, a
tensão estava em alguns rostos. — E se quiser pular fora depois? — Sinal que pulou de vez fora, não conheço gente
que goste de parar de ganhar dinheiro!Camargo sorriu, o senhor estava falando em algo
de milhões, pois não estaria ameaçando Maria, se nãotivesse esta certeza.
— Tô dentro!Gerson olha para Patrícia.
— Só falta você concordar! — Maluquice, mas tô dentro!O senhor Reis estranhou, pois sinal que estava não
em suas terras, mas nas de sua filha.
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Gerson olha para João que começa a retirar osseguranças, não deu 10 minutos estavam apenas eles amesa;
— Precavido, gosto disto! – Camargo.Gerson abre o computador e entra na rede, olhapara os demais e fala;
— Se olhassem hoje, veriam isto!Gerson mostra uma área de desmoronamento na
serra do Macacu, e olha para os demais, era apenas umdeslizamento de terra.
Os demais não entenderam, dai Gerson pegou aimagem de antes, 20 imagens do solo correndo, e em 6delas se via os 4 imensos veios de ouro na montanha.
— Estas imagens foram tiradas por quem? — Satélite BrasilSat, todas as imagens já foram
transmitidas, a memoria interna dos satélites não lhespermitem mais que 12 horas de memoria, então ou se
baixou ou não se tem mais as imagens, estas por sinalestão salvas apenas em minha caixa de correio!- Gerson.
— Qual a estimativa de – Camargo olha em volta efala baixo – de ouro desta região.
— Senhor, a Camargo tem licença de exploração naárea, mesmo não tendo mais as terras, então temos nasterras, que estão em parte, em nome da Camargo, parte
em meu nome, parte nas terras de Patrícia e parte nasterras que transferi para o Delegado como representantedo grupo de Moeda, 4 veios, ainda não temos osestudos, mas Patrícia analisa em uma extraçãomecanizada de 15 a 16 anos, de 70 a 80 toneladas deouro ano!
Camargo encostou na cadeira, estavam falando de
bilhões ao ano, não o total.
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— Pode ser menos? – Maria. — Sim, mas temos de considerar que nenhum de
nós viu tamanha quantidade de ouro, o senhor Geraldo
dizem que tinha seus estoques, mas acredito que se elesexistissem já teriam aparecido! — E pretende conseguir a autorização de
exploração pela Camargo, por isto a comprou? – Patrícia. — A comprei por que ela tem a autorização e
liberação ambiental para a exploração da área!Camargo entendeu, o rapaz não estava dizendo
roubei você, ele estava dizendo, descobri algo e não teriacomo explorar se não tivesse os antigos contratos,contratos de exploração de 100 anos, que ainda faltavam20 para expirarem na região da serra.
— Mas parte não deve estar na área permitida paraexploração! – Fala Camargo serio, mudando o tom daconversa.
— Sim, mas ninguém precisa saber disto Raul,estamos nós aqui, não outros, não preciso avisar qual orisco se isto vazar, não precisamos de homens invadindoa região, por sinal, uma região que os mataria a cadaJaneiro de cada ano.
— Pelo jeito esta estudando os riscos também! – Reis.
— O risco maior, é não funcionarmos por 3 mesesno ano senhor, o que vamos tirar continuará lá!
Camargo serviu um copo e olhou para Gerson. — E eu perdendo tempo com aquele Deputado! — Não pode dizer que não tentei conversar antes! — E aqueles fujões? – Maria.
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— Maria, o que vamos explorar ali, é mais do que oseu Avô oficialmente explorou de ouro, não é mais doque ele explorou, mas bate o oficial bem longe!
— E quando acabar? – Maria. — Eu não gasto bilhões por ano, mas tudo bem, se
querem continuar a guerra, eu estarei bem longe dopaís!
— Pelo jeito uma guerra que só tem nos geradoprejuízo!
— Senhor Reis, vocês alimentaram esta guerra,
vocês que tem de parar, o acordo aqui é uma parceria,nos colocaremos no papel e vamos encher os bolsos,mas como Maria falou, alguém pode querer pular fora,mas sabem bem o que vai acontecer com quem abrir aboca sobre isto aqui!
O Delegado viu que Gerson estava forçando todosficarem calados, olha em volta e pergunta;
— Acha que o que falamos vai vazar? — Vai vazar que conversamos, não oque
conversamos!Gerson pede mais uma cerveja e olha para a
garçonete: — Que horas tem os aperitivos? — Tem tilápia, serve? — Manda duas porções!Patrícia olha em volta e pergunta olhando para
Gerson. — Espera mais alguém? — Sim, alguém que não tem cara ainda!Gerson olhou para João e viu que ele não estava
mais ali, sorriu, e olhou para a baia, não falou nada,serviu mais uma cerveja.
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Na rua, duas viaturas da policia militar, e uma dapolicia federal paravam na frente do local, e entraramcom armas em punho.
Gerson fez sinal para Patrícia, que vai ao banheiro,e a moça do balcão falou olhando o rapaz que entrava; — Sem confusão Capitão Machado!Ele apenas a olha, não fala nada, olha em volta e
pergunta: — Temos uma ordem de prisão para Gerson Rosa,
ele se encontra!
— Sim, eu!O policial chegou a Gerson, e gritou:
— De pé, encosta na parede!Gerson se apoiou na mesa e o rapaz falou alto;
— Sem gracinha!O rosto de Gerson encara o rapaz, com aquela arma
destravada, irresponsavelmente a sua cara. — Quer atirar atira! – Gerson. — Não vim atirar, mas encosta na parede!Gerson arrasta a perna, o rapaz somente nesta hora
entendeu a dificuldade de locomoção, Gerson encosta naparede 4 armas apontadas para ele.
— Posso ver a ordem de prisão? – Camargo.
— Não se mete! — Sou advogado, e se não tem ordem melhor
baixar o tom rapaz!Camargo sente o rapaz apontar a arma para ele e
gritar também; — Já que quer ir junto, encosta na parede!
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Gerson sabia que enquanto a arma estivessenaquela posição, engatilhada e destravada, nenhum tirolhe salvaria, olha para Camargo e fala;
— Deixa Camargo, é um Zé ninguém querendo semostrar para as meninas na rua!Gerson sentiu o rapaz dar com a coronha em suas
costas, encolheu de dor, mas ouviu o primeiro tiro, e umsegundo, que foi inevitável, o primeiro acertou o braçodo rapaz, o segundo, o rapaz deu para baixo, quasepegando em seu pé.
Os demais se armaram, mas ouviram muitas armasengatilhadas, e Gerson olhar para o rapaz, torcendo seubraço e puxando a arma para ele, rapidamente, jogo decorpo não precisava de uma perna mesmo.
— O mandato, quem o tem?Dois policiais federais a porta que apontavam para
Gerson, olham para ele e um fala;
— Tenho ordem de lhe prender! — E vem com um policial militar, com a arma
destravada, muito convincente, quando iriam dizer quereagi e levei o tiro mortal?
— Não estamos aqui para matar ninguém!Camargo desencosta da parede, e vai ao rapaz e
pega a ordem de prisão e alcança a Gerson.
Gerson riu, pois era muita maluquice para eleaquilo;
— O que tem de engraçado? — A ordem foi assinada a 4 dias, a quatro dias eu
nem tinha ideia que viria para cá, e não viria se nãotivesse desabado com um hotel inteiro, mas a 4 dias,vocês emitem uma ordem de prisão com endereço deuma pousada de Cananéia, que não estou nela por que
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quero, e sim por que minha vaga no Costa Azul foicancelada, desculpa, isto me induz que este mandato éfalso!
Gerson estica para o Delegado de Moeda que passao olho e fala; — Falsificação das piores que já vi! — Quem é que acha saber se este documento é
falso! – O policial federal. — Alguém que conhece bem o sotaque de quem
vem de Minas, mas que é delegado civil, me deparo com
coisas assim lá, mas melhor baixarem as armas, se umder um tiro a mais aqui, podemos todos morrer!Gerson olha para o Delegado e fala;
— O problema delegado, é que são policiaisfederais, podem estar a mando de alguém lá, nemsabem do que se trata, assim como este policial militarmetido a valente com uma arma na mão, mas não
sabemos quem esta por trás disto! — Inimigos sem rosto, mas este documento saiu de
uma sede oficial da federal, em Minas, pelo distintivodiria que Federal de BH!
— Então sabe que somos da policia, melhorbaixarem as armas!
— Rapaz, olha quem iriam prender, veem em 6
pessoas para prender alguém que esta se recuperandode uma acidente grave, pedem reforço para a operação eacha mesmo que não tem nada errado, ou você temparte ou é burro, deveria entregar seu cargo paraalguém que pensa!
— Mas a reação mostra que viemos em poucos! — Não vi ele reagir, mas vi seu animalzinho da
policia local ameaçar outro com a arma destravada, ele
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não deve estar agindo assim ao acaso, sabe disto, não éa ação normal da policia militar, mas realmenteintimações são mandadas em endereços fixos, o rapaz
tem endereço fixo e antes de vir para cá, ficou em suacasa, porque a intimação vem para esta cidade?João chega pelas costas dos policiais e com a arma
em suas cabeças os desarma, colocando as armas namesa, faz o mesmo com o policial militar, e olha parafora.
— Desobstruam a rua, estão esperando o que?
Dois rapazes estacionaram os carros da policiasobre a calçada e assim como apareceram sumiram.Gerson sentou-se e olhou a arma, andou até a
parte externa e jogou na baia, entrou e falou olhandopara os rapazes.
— Ainda mais, policiais que andam com armasraspadas, adoro isto, mas como peguei nela, e você deu
um tiro com ela, melhor dar sumiço antes de alguémaparecer morto com ela!Camargo volta a sentar-se, as porções chegaram,
Patrícia sai do banheiro e Maria fala; — Seu esquema deve estar mais caro que o de meu
avô! — Não, ele pagava por serviços que não
aconteciam, eu pago por serviços prestados, é diferente!Gerson olha para as identificações, eles pareciam
policiais, mas não teria certeza, ele olha para João e fala; — Entrega eles em Minas para mim, o policial ali,
deixa ele a pé e sem dinheiro em Cuiabá! — Por que tão perto? – João. — Para ele ter tempo de pensar enquanto volta
para casa, e se ele me apontar uma arma da próxima
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vez, atirar de uma vez, não ficar se mostrando para asmenininhas!
Gerson acessa o sistema e liga seu programa, olha
para os números, mas principalmente pede acesso aosistema da Policia Federal, olha seu nome e olha paraJoão antes de sair.
— Leva o mandato, os carros, e pede explicaçãopor que a policia Federal não tem este mandato e doisrapazes deles estavam em suas férias em São Paulo,entregando um mandato falso.
— Não é falso! – Gritou um deles. — Se não é falso, o delegado de lá explicará todo
este mal entendido!Gerson olha para o senhor Reis e fala;
— Acho que cada um aqui tem coisas a resolver,melhor pararmos de dar show em publico todos juntos.
O senhor concordou, as pessoas começaram a se
retirar, Patrícia senta-se ao lado de Gerson e pergunta; — E o que faremos? — Gosta de Caranguejo? — Aprecio! — Esta convidada a uma caranguejada! — Posso levar Pietro?
— Carne nova no pedaço pelo jeito! — Nem tão nova! — Então carne em melhor estado que a minha,
seria isto? – Gerson sorrindo. — Não fala besteira Gerson! — Mas pode o levar, acho que o pessoal vai levar
alguém, Maria deve aparecer por lá, se duvidar até
minha ex aparece!
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— Onde vai fazer esta caranguejada? — Em meio a um mangue que comprei! — Comprou um mangue?
— Dois na verdade!Patrícia sorriu.Gerson pega o celular e disca para Pedro;
—E dai filho, se divertindo? — Este lugar é chato! — Estão onde?
— Museu Náutico! — Quer passear ou não? — A mãe tá aqui junto pai, não quero confusão! — Quer ou não! — Não sei pai, não quero que vocês briguem! — Então bom passeio filho!Gerson disca para o Professor e pergunta:
— Como estão as coisas Professor. — Bem, um destino cultural, as vezes poderia ser
mais fácil explicar as coisas as crianças! — Quer um passeio a mais Professor? — Pelo jeito vai me oferecer algo? — Tenho 12 pequenas embarcações, no cais,
podem fazer uma visita a ilha do Cardoso, o senhorapresentar o marco das Tordesilhas, onde o Brasilacabava em 1500, depois os espero para um almoço emminha chácara!
— Vai oferecer um almoço, estas crianças nãocomem muita coisa!
— Senhor, eu vou fazer um churrasco para os
demais, eu vou comer caranguejo mesmo! — E como poderíamos fazer este passeio?
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— Na porta existe um rapaz alto, esta com colete aprova de bala e com um uniforme da Guerra Segurança,o nome dele é João, então é só falar com ele que ele
providencia! — Vou falar com os demais, se concordarem lheligo!
— Liga, tenho de por mais carne no fogo!Gerson liga para Roberto e pergunta:
— Como estão as coisas? — O proprietário se foi, o que precisa? — Estou mandando o helicóptero para ai, vou fazer
um grande churrasco com caranguejo e ostras na região,para marcar o dia, se puder organizar para mim, seriabom!
— Quantas pessoas? — Assim que souber lhe comunico, mas prepara
algo para 50 pessoas no mínimo, no máximo 100! — Certo, o que pretende mesmo? — Pega o helicóptero, passa no recanto dos
Pescadores, pega cadeiras, mesas, passa no açougue doPedrinho, pede a carne, as grelhas, o carvão, o salgrosso, passa no cais e compra a ostra, e o marisco, nãoesquece as panelas e os apetrechos, como garfos, facase pratos!
— Você é maluco! — O helicóptero deve chegar ai em 15 minutos,
ainda não confirmei as idas, mas eles vão via cais, aqueleque seria legal verificar as madeiras!
— Vou conversar com o senhor Ricardo, ele vaiachar uma maluquice!
— Roberto, na segunda começamos mudar algumascoisas!
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— Certo, quer mesmo morar aqui? — Vou por um dos pontos onde posso estar, não
um ponto fixo, quero ter 10 endereços oficiais, para
poder me recolher! — Com medo de algo? — Providencia, outra coisa, não esquece das
cervejas e dos refrigerante lembrando que lá não tem luzelétrica ainda!
— Vou providenciar Gerson, vou providenciar!Patrícia olha para Gerson e pergunta;
— Querendo se divertir um pouco? — Querendo me sentir vivo, estou me sentindo um
caco, me sentindo algo imprestável! — Maluquice mostrar tudo aquilo! — Sei disto, olhou as terras em Teresópolis? — Acha que tem algo lá?
— Aprendi a confiar nas previsões de uma geólogaque tem o dom de achar coisas de valor! — Você tem um dom maior para isto!Gerson a beijou e falou;
— Estou desde ontem tentando me convencer quea ideia é boa!
— E o que esta faltando?
— Agora mais nada, você está aqui! – Sorri Gerson.Eles tomaram uma cerveja e Gerson sente o celular
tocar; — Fala João? — Eles vão todos! — Tem embarcação para todos?
— Sim, uma excursão ao passado!
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— Eles vão gostar, não se desgasta, coloca os maiscalmos a frente, fica de olho em Maria!
— Ela esta de olho em você, o que acha que ela vai
aprontar? — Vai aparecer na fazenda!Gerson desligou, saiu com Patrícia, que faz sinal
para Pietro que estava longe e fala; — Agora a diversão! — Antes confiava mais na gente Gerson! – Pietro. — O problema Pietro, é que se ficasse um, cada um
deixaria um lá, e o segredo se espalharia muito rápido! — Então existe mesmo um segredo?Gerson sorriu e falou;
— Daqueles que quase me mataram! — Esta acabado Gerson! – O tom de Pietro para
Gerson fez Patrícia estranhar, algo intimo, pareciam
íntimos mesmo.Os três vão a região dos Galpões, onde umhelicóptero os esperava, e se mandam para a fazenda,chegam lá com uma porção de pessoas correndo, eRoberto vem a ele e fala;
— Acha que podemos usar pessoas terceirizadas? — Hoje pode!
Gerson caminha até a casa onde Pedro e Viniciusolhavam a bagunça, e fala: — Como está senhor Pedro! — Você agita todo lugar? — Não, apenas onde vou por dinheiro! — Vai investir aqui? — Em 6 meses mais do que o valor que paguei nas
terras!
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— Algum motivo especial? – Patrícia. — Tenho de ter entradas legais, então vamos
explorar banana, ostras, carne de búfalo, leites e
derivados de búfalo, talvez algumas vacas leiteiras,galinhas caipiras, doce de banana e bala de banana, ecoisas assim!
— E esta festa? — Estou precisando sentir me vivo! — Alguém conhecido, que possa ser perigoso? — Vou tentar um acordo de vida hoje Pedro, mas
os meus vão estar as suas costas, mantem a calma! — Porque? — Quer viver escondido? — Num lugar deste viveria bem! — Pode ser que consiga, tenho outro lugar próximo
e bem ao estilo deste, mas vou tentar a paz, se não der,o mudamos para lá!
— Esta gastando comigo, não entendo! — Senhor, se eles não fizerem as pazes com o
senhor, e o matarem, eles vão olhar para o meu filho,que é o que sobrou de herdeiros dos Oliveira!
— Esta protegendo seu filho, agora entendi! – Pedro.
— Sim, de nada me vale sem um acordo, estouindicando a eles como ficarem ricos, para esquecerem domeu pequeno Pedro!
O senhor Pedro sorriu;Gerson caminhou com Patrícia até o senhor Ricardo
que falou: — Nunca havia participado de algo tão grande
senhor Gerson!
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— Vou tendo ideias, mas se você achar que estoupassando do real, me avisa, pois sou meio incontrolável!
— O que pretende?
— Tenho de assinar a compra antes de começar agastar, pois senão o senhor muda de ideia e tereiproblemas em tirar as coisas que coloquei aqui senhor!
— E o que pretende? — Vou comprar os postes de energia na terça, a
estrutura de concreto e as madeiras para o novo cais, umcortador de mato motorizado, um trator, para endireitar
a estrada, duas caixas de agua com armação para puxaragua da montanha, todo o encanamento, em 15 diasestaremos com agua, luz, cais novo, as primeiras boiasde produção de ostra, os primeiros búfalos, vamosmelhorar o galinheiro, vamos criar alguns perus, vou verse podemos por algumas coisas a mais, mas sem apertarnada, quero delimitar toda a propriedade, comprar 6
casas novas, vamos as construindo e colocando parafuncionar. — Do jeito que fala, vai investir muito aqui,
ninguém dá nada por estas terras senhor Gerson! — Não vamos fazer para ficarmos ricos, vamos
fazer o que nos faz produtores de riquezas, pois não meadianta ter terras improdutivas, mas com calma vemos
isto, hoje é festa! — Minha esposa esta tentando entender aquele seu
rapaz, Roberto, mas ele voa, volta, vi gente chegandocom cadeiras, mesas, um monte de comida, vi que atépregaram tabuas no cais, o que espera?
— Crianças em férias senhor, mas calma, descansa,vim curtir, eu vou de caranguejo mesmo!
— Então você que fez o agito, e nem vai a carne?
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— Para mim serve a costela que esta indo ao fogo,que a noite deve estar pronta!
O senhor sorriu;
As pessoas foram ajeitando as coisas, osseguranças chegando, cada helicóptero trazia parte,parte veio pelo mar, parte veio pela estrada, Gersonsenta-se no fundo, a frente tinham as mesas, com agrande churrasqueiras por trás, onde bifes, linguiças,refrigerantes e saladas esperavam as pessoas, Gersonsentou-se e uma panela imensa, a sua direita, tinha os
caranguejos já avermelhados, com aquele cheiro que eleadorava, desde pequeno, pega dois deles, põem em umprato, serve uma cerveja, um martelinho e começa suamaratona, Patrícia viu que ele não desperdiçaria nada docaranguejo, o senhor Ricardo e esposa sentaram-se ali,as filhas, alguns vizinhos que vieram a festa. Gersonestava no quarto caranguejo quando Pedro sentou-se asua frente e falou:
— Como se come isto ai? — Isto não é alimentação, é calma! – Gerson pega
um caranguejo e fala – Se esta na temperatura certa, ésó quebrara pata no sentido certo e puxar, - o senhor viuum pedaço pequeno de carne sair da casca de uma daspernas – Mas tem de ter calma, pois isto é culinária, não
se pode ter pressa!O senhor Pedro começou tentar, não pareceugostar muito do sabor, mas ficou ali no refrigerante,Gerson já estava fechando a primeira dúzia, quando ascrianças começaram chegar, ele viu o professor aofundo, Roberto começou por a carne do fogo, osadolescentes saíram olhando o lugar, vieram pelarestinga, não tinham ideia de onde estavam, mas obvio,era bem afastado da cidade, alguns familiares se
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impressionaram com a estrutura, nem sabiam que aquiloestava incluído no passeio.
O pequeno Pedro quando sai do barco, olha em
volta, Roseli e o senhor vieram juntos, mas Gersonabraçou Patrícia, que parecia se divertir também, asmontanhas de restos estava começando a aumentar,Pedro viu o pai e caminhou até ele, chega ao lado e fala;
— Não disse que não queria? — É só voltar para casa filho! — Onde estamos?
— Na mesmo município, vila de Ariri, onde disseque ficaria!
— E esta nisto a muito tempo pelo jeito pai! — Se quiser, ainda deve ter umas dúzias!Pedro olha em volta, Gerson sabia que o filho
gostava, mas não iria oferecer mais de uma vez, eleestava bebendo a algum tempo, jogando conversa fora,comendo caranguejo, estava se divertindo, as mãos jáenrugadas de tanto comer caranguejo.
O menino saiu dali, foi olhar o resto, os demaismeninos ao longe olhavam o local.
Gerson olha Roseli chegar ali acompanhada esentar-se a sua frente;
— Mais um esconderijo? — Um mais com a minha cara, que esta péssima! — Pedro veio reclamando, o professor disse que
você que havia convidado, parece que uns meninosestavam tirando sarro dele, por ser filho de um marginal.
— Sei que sou mal exemplo Roseli, mas estavaprecisando me posicionar, ele tem vergonha disto, ainda
bem que a menina não veio, ele não a olharia, e de nadaadiantaria tudo isto!
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— Sabe bem quem ele queria que viesse! – Roseli. — Menina da idade dele, devem estar em
Guaratuba a mais de 1 mês, ela não sairia da praia para
ir para um lugar que nem conhece, muito menos os paisdela. — Gente de dinheiro? — Sabe como é gerente de estatal, arrota o que
não tem, mas como lida com o dinheiro dos demais, seacha!
O senhor Pedro a frente ainda estava sofrendo com
o caranguejo.Gerson se levantou, com dificuldades, foi a casa
que o senhor Ricardo apontou, estava um caco, estavasuado, estava cansado, talvez toda aquela tensão estavapesando sobre aquele corpo cansado, uma briga queentrara sem saber o tamanho a poucos meses, eleprovocara, ele reagira, ele enriquecera, tudo na mesma
cartada, mas ainda estava atrelado naquelas terras, nãoqueria viver bem na Europa, queria viver ali, ondepoderia ser ele.
Gerson olha uma toalha, olha a sua mala ao canto,Roberto a providenciou, abriu ela, pegou outra camiseta,outra bermuda, tomou um banho, estava um prego,senta-se a cama, para vestir-se, e sente o corpo
cansado, deita, olha o teto, olha os seus pensamentos,vê Patrícia entrar pela porta, ela o beijou; — O que esta pensando? — Não sou mais uma criança!Ela olha para Gerson, melhorando, ela estava ali e
isto o fez sorrir, mas estava um caco. — Fez a festa e vai deixar eles festarem?
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— Se diverte, estou um caco, pensei em outro fimde dia, mas as vezes nossas energias se vão!
— Descansa, esqueço que ainda esta arrastando
este peso por ai!Patrícia apontou a perna, com o gesso, Gersonfechou os olhos, sentiu Patrícia o ajudar a deitar e ocobrir com um lençol leve.
Perto das 6 da tarde os barcos começaram a voltar,alguns seguranças tinham bebido muito, quando se vê o
agito na estrada, Patrícia olha para a casa, João a olha, efaz sinal para ir para a casa mais próxima, Pedro e Vinicius a acompanharam, Roberto estava bêbado,alguns pareciam fora de si, falavam alto, nem estavampara o barulho vindo da estrada.
João olhou para a casa onde Gerson fora descansar,olha para Roberto, encostado em uma mesa, parecia
bêbado, olha para os demais, alguns se posicionaram, eviu Maria chegar em um carro blindado, que nitidamentehavia sofrido para vir por aquela estrada de terra.
Os carros as costas, com mais de 20 seguranças,faz ela chegar a frente de João e fala;
— Onde estão os Souza, não preciso de mais nada,não quero brigar com Gerson!
— Não aprende mesmo Maria! — Acha que se eu mandar atirar eles não lhe
matariam João? — Se eles querem morrer, a vontade, eles sabem
onde estão pisando ou apenas reagindo sem saber o quefazem.
— Não os vai entregar?
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— Não, sabe disto, - João olha em volta e fala – Depois descubro quem é o infiltrado, este vai sofrer!
— Não entende, pagar alguém para dizer quando os
demais estariam bêbados, não é infiltrar João! — Verdade, mas estes, faço questão de que sofram
mais ainda, pois não tem noção do valor da vida, e senão tem, precisam aprender!
— Não vai me indicar em qual estão? — Se é esperta, é fácil, Gerson dizia que você era
inteligente, mas parece que ele estava olhando outra
pessoa!João jogou a isca, ela olha em volta, uma casa mais
usada, mas com jeito de casa de família, a do caseiro,uma casa com jeito de outro nível, parecia a doproprietário, ela olha para ela, vê que tem uma luzacessa, e faz sinal para os demais passarem, João a ficaolhando, sem olhar para a casa que eles foram, bem a
que Gerson estava, mas não poderia fazer nada nestahora.João olha em volta, olha para onde Roberto estava,
e não tinha mais ninguém lá, não sabia se isto era bomou ruim, mas olhou muitos e não viu ninguém, olhou umsenhor lhe olhar, vira este senhor na festa, pensou serum dos pais, mas estava ali, estava com o celular na
mão, viu Maria sentir o celular, João saca a arma e atirano celular do senhor, que voa longe, com o senhorsacudindo a mão, os demais seguranças se armaram,mas João não mirara neles, mas um deles destravou aarma e Maria viu o rapaz atrás soltar a pistola desviandoo tiro e xingando de dor.
Joao olha para os demais e fala:
— Quem baixar a arma calmamente, não morre!
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Um rapaz que esticara a arma, um rifle, destrava aarma e se vê a cabeça dele estourar, Maria olha para osentido do mato, não via nada, ainda era dia, mas
escurecendo rápido, aquele momento que não se estanem de dia e nem de noite. Alguns levantaram as armas e as abaixaram,
sabiam que Joao não era de brincar, muitos ali jáestiveram do mesmo lado que João e sabiam de suaqualidade de tiro.
— Acha que não volto?
Maria olha para a casa que mandara 4 homensentrarem, eles nem chegaram a porta e se viu alguémsair de lá, duas armas a mão, dando tiros nos braços,nas pernas e chutando as armas para longe.
— Quem me acorda?Gerson mancando com aquele gesso vindo no
sentido de João.
Maria olha para Gerson com duas armas, sabia queele não era bonzinho, sabia que ele matara um afilhado,não pouparia atiradores.
João olha para as costas de Gerson que apenasatira para trás, onde um rapaz pegava com a outra mãoa arma, este não atiraria mais, nunca mais.
Roberto sai da outra ponta, mas não se via o resto
dos seguranças, João sorriu ao ver Roberto bem, comuma mini metralhadora portátil a mão direita.
— Por que os defende? — Os está vendo? — Meu informante afirmou que eles estavam aqui! — Aquele dali, não vou matar, mas vou arrancar a
língua, para todos lembrarem o que acontece com quemme trai!
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— Acha que não vai responder por isto? — Maria, estamos bem distante de Ariri. Se matar
todos, ninguém vai vir, sabe disto! – Gerson.
— Mas por que disto! — Uma boa pergunta, por que disto?Gerson estava cheio, gente brigando por um
dinheiro que não sabiam como gastar, pareciam pagar osseguranças por não saber o que fazer com o dinheiro.
— Espero que não quebre o trato! – Maria. — Quem vem armada a minha propriedade é você,
quer me matar pelo jeito! — Não, sei que não me exatificou ainda onde fica
aquele deslizamento de terra! — E se continuar a fazer burrada, um dia toma um
tiro e não aproveita um segundo este dinheiro. — Sozinho?
— Dormindo, acabado, odeio acordar com o som detiros! — Por que matou o rapaz! —Este policial de Cananéia estava atravessado em
minha garganta desde hoje cedo, ele que resolveuganhar mais um extra, que gaste no céu!
João nem tinha reconhecido o rapaz sem uniforme,
olha ele ao chão, um a menos para se preocupar, Gersonsempre dizia que dava a primeira chance, a segunda,teria de ter muita importância viva, para não matar.
Maria olha para trás, nem ela tinha olhado quemmorrera, estava ficando como seu avô.
— E quando vai lá firmar o acordo? — Dia 22, até o dia 20, tenho muito a organizar,
inaugurações em peso, então dia 22 será um bom dia!
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— 22 é sábado! — Adoro fazer acordos em cartórios fechados!Maria olha para os seus, alguns foram ajudar os
rapazes que levaram tiros, e saem dali, Roberto olhapara João e fala; — O que fazemos com os corpos? — Joga em mar aberto, sem documentos, vai ser
encontrado muito ao norte!Os carros se afastaram, Gerson volta a casa e olha
para Pedro, para Vinicius, para Patrícia e pergunta: — Todos bem?Ricardo estava assustado, vira um tiroteio a frente
da casa, nunca vira isto assim, tão de perto, estavaassustado.
— Calma, o alvo aqui sou eu, não você e nem osrapazes, eles querem é me pegar!
— Eles perguntaram de outros! — Alguém que não esta aqui, eles estão tentando
achar alguém para matar, gente que não pensa muitosenhor!
Gerson olha para Joao e fala; — Reforça a segurança das crianças, pede um
helicóptero antes de escurecer de vez, ele vai subir a
serra! — Não entendi! — Se algo sair daqui, e não for nós, eles vão pensar
que o alvo saiu daqui! — Certo, e você? — Vou voltar a cidade, conseguem arrumar a
bagunça?
— Sim! – Roberto.
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Gerson estica a mão para Patrícia, os dois vão auma lancha no cais, Gerson assume o motor e disparampara a cidade de Cananéia.
Patrícia olha para Gerson e pergunta: — Acha que eles engolem? — Patrícia, na verdade eles vivos e longe, é mais
vantajoso, mas para mim eles não tem mais serventia,apenas não quero complicar a historia, mas os demaisparecem meio fanáticos em matar!
— Você é mortal quando quer ser!
— Sei disto, mas não gosto disto! — E vamos para onde? — Estou hospedado em uma pensão em Cananéia,
esqueceu?Patrícia sorriu e perguntou;
— Viu Pietro por ai?
— O encontramos por ai! A noite se aproximava, a costa se diferenciava pelobrilho do mar, mas começava a ficar perigoso quandoentram na baia, e a luz da cidade os facilita.
Gerson e Patrícia foram a pensão, Gersoncontinuava cansado.
João limpou a área, Roberto arrumou os detalhes,
devolvendo a fazenda a calma de antes, Gerson nãocomera a costela que estava no fogo alto, Roberto, Joãoe os seguranças, com o proprietário, sentam-se ao ladodo fogo, a jogar conversa fora, e comer uma costela queestava ao fogo a mais de 12 horas.
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Que merda é essa? 2
Mole, daquelas que sai e lhe da a sensação que não foi tudo,aquela que dá a sensação que não saiu, mas que ficou ardido,aquela que não lhe pareceagradável em momentoalgum.
Estranhando?Estou quase em uma
data memorável, e pode serque a capa de meu jornal nainauguração, pode ter duascapas, eu preso por ter
matado alguém, ou eu mortopor que a pessoa conseguiu ointuito de me matar, e nãoconsegui reagir, isto é uma merda mole, não sai, não nos livra dopeso, não nos ajuda em nada, e sempre da a sensação que vemmais por ai.
Estou tentado explicar como me sinto, este país nunca foi umamerda como alguns falam, eles não viveram fora para entender o
que é uma Pais de Merda, mas é que eles querem algo melhor aqui,não posso dizer que estou feliz com os primeiros dias de governo daDilma, mas estou tentando dar espaço para ela, provar que estavaerrado.
Estou tentando dizer que existem pessoas que não se digere,não se apresentam como são, e quando reparamos, já esta dandomerda, estas pessoas, geralmente usam de carinhas bonitinhas, deatiradores bem apresentáveis, mas continuam neste caminho fedido,fedor de morte.
De quem está falando?De uma organização sem cara, sem nomes, baseada em
grupos de pessoas sérias, mas que usam da influencia paraaprontar, para matar, para cheirar a morte.
De quem está falando Gerson?Dos que não sabem parar, dos que não tem mais objetivo,
mas delegado, desculpa, pedi para alguém ativar o programanovamente, e se estes seres querem me ferrar, vão o fazer mas
morrer pobres, as doações para entidades de caridade começa hoje,
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e não vão parar antes destes seres que não sei definir, estarempedindo pinico, vou transferir a dor de barriga.
Maria Souza, me deve uma, não consegui descansar estanoite, não consegui comer um pedaço da costela ontem, não
consegui nem relaxar esta noite, se já estava difícil sem me podervirar na cama, agora achando que um atirador entrará pela porta,ficou mais difícil ainda.
Gerson Travesso
Cananeias SP
16 de Janeiro de 2011
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Gerson acorda com Patrícia dormindo ao seuombro, sorri, pois ela ainda estava ali, poderia com o quetinha, estar bem longe, tentava recomeçar, sabia dafrieza da moça, mas ainda achava que não estava prontaa enfrentar o mundo que se apresentava.
Patrícia abre os olhos com os cabelos todosdesarrumados e sorri para Gerson.
— Parecia agitado a noite! — Por sorte não lembro de noventa por cento dos
meus sonhos Patrícia! — Por que sonha com muitas mortes? — Estranhamente quando sonho com mortes
próximas, eu lembro, mas tem de ser bem próxima! — E o que faremos hoje? — Vamos terminar de comer a carne que sobrou
ontem, vamos passear de lancha, não quero pensar hoje! — Acha que eles nos deixaram em paz? — Aposto que estão tentando descobrir onde fica
aquele deslizamento!Patrícia sorri e fala;
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— Uma serra inteira, que mudou muito com osdeslizamentos, vão ter de olhar muito, e sem as fotosoriginais, sem chance!
— Nem com elas! – Gerson. — Eu acharia com a sequencia de fotos que você
tem, pode existir alguém assim por lá! — Mas você parece ter entrado em cada buraco
daqueles, ai não vale! – Gerson a abraçando. — Tentei achar o que não estava no mapa, mas
não tinha meu pé de coelho, quer dizer, minha Rosa da
sorte!Gerson odiava ser chamado de Rosa, mas
carregaria isto a vida inteira, sabia que seu filho sofriagozação na escola por isto, mas não tinha o que fazer arespeito, era seu sobrenome.
Gerson se levanta e vai ao banho, ela viu adificuldade dele, estava tentando ser forte, mas estava
um caco, e em meio a uma guerra, Patrícia ficou tensano dia anterior, ele pareceu não tremer, ela começava aadmirar a parte fria daquele ser ao banho.
— O que acha que eles vão fazer se descobrir osveios?
— Nos afastar, mas calma, temos tempo! — Por que você parece calmo demais! — Você mesmo me disse, que poderia não ser um
veio de Ouro aquilo! — Sim, eles ficariam furiosos! — Mas que culpa eu tenho, vi umas fotos e resolvi
dividir isto com eles, gastar comprando terras deles, quesem aquilo, não tem valor para mim, o que elesesperam, serei o que mais perdeu dinheiro!
— Esta armando novamente!
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— Odeio esta cabeça fechada dos Camargo e dosSouza, eles parecem gostar de matar, eu até possopassar do ponto, mas não faço por prazer, eles não
parecem se preocupar com o ouro, e sim com as mortes! — Sabe que tem parte nisto, eles estãoadministrando trocados!
— E vai piorar! — O que vai acontecer agora? — Vou descansar, quero estar bem no dia 20! — Preocupado? — Sim, com minha vida! — Não gosto de pensar que podemos morrer! — Sei disto, mas provavelmente iremos! — Patrícia
estranhou não a frase, mas o sorriso no fim. — Vai armar? — Tenho de estar bem para armar Patrícia!
Gerson sai do banheiro, secando-se e olha paraPatrícia; — Cada dia mais limpo, mas as vezes tenho
impressão de sair barro ainda!Patrícia sorriu, o beija e vai ao banho, quando saiu,
Gerson estava ao computador, a olhou e falou; — Maria, Camargo, seu pai e parte do Grupo de
Moeda estão na região da Serra do Macacu! — Acha que acham? — Sabe que não é fácil, mas em meio as chuvas e
deslizamentos de ontem, que virou tragédia, parece queforam mais de mil mortos, saímos de lá na hora Patrícia.
— Então esta bem diferente agora! — Não estou olhando o satélite, pois se focar ele,
saberão para onde olhei Patrícia!
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Ela sorriu e falou; — E vamos fazer o que? — Tomar café, depois quero ir as terras, amanha
cedo temos de ir a Jacupiranga! — O que faremos lá? — O corretor acertou tudo para a transferência dos
bens em Jacupiranga no dia de amanha!Patrícia se veste aos olhos de Gerson, que fecha o
computador pessoal e olha para ela; — Tenho de comprar roupas, depois vamos! — E acha que consegue algo no domingo? — Em balneário é sempre mais fácil no domingo
que na segunda Patrícia.Os dois foram a rua, Gerson comprou algumas
coisas, e pegaram uma lancha no cais e se mandarampara a fazenda, quem observava nem notou João e seupessoal na segurança, mas João notou as duas voadorasseguindo de longe Gerson.
Gerson atende o telefone: — Fala João! — Dois ratos!Gerson olha para trás, Patrícia soube que estavam
sendo seguidos, Gerson olha para ela e alcança um
colete a prova de bala, e um colete salva-vidas: — Qual o perigo? – Patrícia. — Acredito que nenhum, mas eles não sabem!Gerson passou direto, Roberto olhava do cais,
Gerson passar e ir mais a frente, para Ariri, viu as duaslanchas mais atrás, não sabiam onde teriam de ir, mas seviu as mesmas reduzirem quando Gerson encostou em
um cais em Ariri, e sentou-se a uma lanchonete de frente
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a baia, com Patrícia, que olha as duas lanchas ficarem aolonge.
— O que eles querem?
— Deve ter sumido de cada conta um poucoPatrícia, a soma deve dar perto de 200 milhões, masforam mais de 12 mil contas, na media não mais que 17mil por conta, eles torram tudo que entra, então estãoolhando os trocados sumir, sem entender, pois asagencias não podem lhes dar informação hoje, somenteamanha!
— E para onde foi este dinheiro? — Associações de deficientes de norte a sul do país! — Eles vão odiar! — Eles tem de ser parados Patrícia, viu ontem, o
cara com aquela arma destravada querendo umadesculpa para me matar!
— Vi, o seu pessoal usou a única chance para o
acertar! — Muito arriscado aquele tiro, sabe disto! — Não sei, você tinha me mandado para o
banheiro! — Gosto de proteger quem amo! — Sabe que adoro quando se declara assim!
Gerson pede um refrigerante, estava tentandopensar, quando vê um senhor sentar-se a mesa e olharpara Gerson, colocando sobre a mesa uma arma, cobertapor um pano.
— Acha que escapa Gerson Rosa! — Acho que não! — Melhor por as mãos sobre a mesa!
Gerson sorri olhando nos olhos do rapaz e fala;
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— Se vai atirar, atira de uma vez! – Fala Gersonpondo as mãos sobre as do senhor, e puxando o gatilho,todos ouvirão o tiro e o senhor olha assustado, para
Gerson puxar a arma para ele, e falar; — Vai fazer o que mesmo? A atendente que trazia duas cocas dá um passo
atrás assustada enquanto Gerson olha para os rapazesao longe;
— Sabe que está morto? —Quem é você? - Gerson.
— Não vai descobrir!Gerson vê 6 lanchas fecharem as duas que estavam
a baia, e dois rapazes chegarem a mesa e Roberto olharpara Gerson;
— Problemas Gerson?Gerson olha o furo na camisa, havia comprado ela
logo cedo, e já tinha um furo. — Sacanagem, comprei hoje! – Fala colocando o
dedo no furo. — Tem de ser menos suicida Gerson!Gerson olha para Roberto e fala;
— Descobre o que eles querem, para quemtrabalham, usa o terreno que comprei em Ilha comprida,
amanha é lua nova, amarra eles no mangue!Roberto sorriu, Patrícia não entendeu, mas viu osdois tirarem o rapaz dali, e mais 3 num carro ao fundo, amoça chega a Gerson e pergunta assustada;
— Tudo bem senhor? — Estes atores queriam me pregar um susto, me
assustei mesmo!
Fala Gerson olhando para a camisa, e para a moça,ainda tremendo servir os copos.
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— O que tem o mangue em lua cheia? — É quando os caranguejos saem para se
reproduzir, imagine um chão lotado de garras cortantes,
disputando fêmeas, e você estar ali, preso, assustador! — Quer saber quem os paga? — Isto saberei assim que souber seus nomes, em
suas identidades, quero saber por que, como e onde estegrupo que parece independente do falecido Geraldo está!
— Desconfia? — Brasília, onde mais!
Patrícia lembra da ultima vez que estiveram lá efala;
— Tenho péssimas recordações de Brasília! — E de igrejas? — Acha que vai escapar de uma, ainda não me
convenceu disto! – Patrícia sorrindo, sabia que Gersonnão queria casar na igreja.
— Esta mais rápida que eu no pensamento! – Gerson sorrindo.
Os dois saíram dali e foram a fazenda, almoçaramali, Gerson conheceu melhor o terreno que iria comprarno dia seguinte, e descansou, estava mesmo cansado detanta guerra.
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Que merda é essa? 3
Hoje a merda é aquela que pisamos quando caminhamosdistraidamente, pisei em umaem Brasília, e continuo no sulde São Paulo, difícil deacreditar, mas é verdade.
E vem a pergunta, a justiça é cega, ou ela aprendeubraile e sabe o que esta escritomesmo com os olhosvendados?
Será que ela marcou em
braile as notas de 100 e sabequais estão a sua mão, mesmocom os olhos vedados?
Não entendi Gerson?Uma fortuna e desviada
via contas conhecidas, deDeputados, Religiosos de 3grupos, cristãos de três tendências, conta de dois Senadores, e
ninguém vê, amigo, o que estão fazendo ai, que não investigamestes montantes, quem esta recebendo ai dentro?De quanto esta falando?De mais dinheiro do que tenho noção do que seja, sabe que
tenho falado em montantes altos, mas é que é desviado e repassadoa tanta gente, que é difícil de encarar como realidade, pois quandose fala em um grupo tão grande, já não e formação de quadrilha, éformação de exércitos de corrupção, estamos falando de mais de 12mil contas sendo enchidas em Brasília, todo mês um pouco, epessoas que talvez nunca se conheçam pessoalmente, mas quefazem parte do desviar e enriquecer de poucos, emprestando suascontas para que alguns possam desviar sem desconfiança milhõespor mês, bilhões por ano, na maior cara de pau, sem o menorremorso.
Achou quem o persegue Gerson?Tenho mais certeza que estou prestes a receber um tiro, quer
dizer, ontem recebi um, o colete protegeu meu frágil corpo, mas
nem sempre terei esta sorte.E por que não chamou a policia?
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A justiça é cega e com os bolsos cheios, Delegados,Investigadores, corregedores, juízes, como posso confiar que quemme ouvira, não é parte disto, tem noção do tamanho da estruturaque se mantem com 12 mil pessoas?
Acho que posso estar vendo inimigos em todo lugar, pode serque estou ficando paranoico, pode ser que não esteja entendendodireito, mas começa a feder a merda que pisei em Brasília, e que fez
―Ploft‖ quando pisei com o pé que me conduz, já que o outro arrastoainda em um gesso com muitos pinos, estou acabado mesmo, tenhode decidir como e quando vou morrer, mas tenho quase certeza, voumorrer, e como ninguém vai me ouvir antes de estar no caixão,melhor lavar o tênis e começar a tentar correr, pois com este gesso
esta difícil. Gerson Travesso
Cananéia SP
17 de Janeiro de 2011
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Gerson no dia 17,foi ao cartório, fez astransferências dos terrenos, começou a ajeitar o localonde estava, comprando cascalho para a estrada, tinha 3dias para pensar, 3 dias que muito poucos conseguiramentrar em sua fazenda, vigiada e protegida, enquanto aestrada colocavam os postes de luz, enquanto instalavamvarias melhorias, Gerson descansa e pensa, estava
precisando, era obvio que viria mais bomba, e mais doque todos, sabia que estava um caco, e embora sedenominasse como suicida, ele em nada tinha apretensão de se matar, ou de morrer.
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J.J.Gremmelmaier
Crônicas de Gerson
Travesso
Olha otamanho do
Problema!
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Chegamos a Inauguração dos Jornais, chegamos em umacurva das Crônicas, que não se mostrava, Gerson vaiultrapassar limites, Gerson vai declarar um amor, declarar umanova opção, Gerson vai morrer!
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Felicidade!
Oque é ser feliz? Se não, viver o que se quer, com quem seama, ou aprende a amar, como pode alguem invadir sua vida, tomar
seus pensamentos e você demorar tanto para perceber.Certo que dinheiro ajuda, mas de nada adianta o dinheiro aolado de quem não lhe quer, nada adianta estar sonhando comalguem e esta pessoa olhando para o outro lado, de nada adiantaviver pela metade um amor.
Vai falar de amor?Não, de petróleo! Logico que estou falando de amor, daquele
que todos sonham encontrar na vida, um amor que surgiu comodeve, quando ninguém estava procurando amor.
Mas tem certeza que ela lhe ama? Vai gorar outro! Amor é algo que não se mente, muitas
pessoas acham que podem mentir que amam, algumas quandoacaba, chegam a jogar na cara que nunca amaram, mas desculpa,não foi o não amar que faz a pessoa renegar o amor, é o dar umponto final que faz elas renegarem seus sentimentos.
E esta feliz?Sim, estou feliz!E esta felicidade esta acompanhada de uma super realização
profissional, a inauguração de meus jornais, estou convidando todospara a inauguração amanha, do novo jornal de Curitiba, o Jornal doComercio, jornal que esta sendo lançado em 5 capitais inicialmente,desculpa as demais capitais, mas vou apenas na de Curitiba, estouainda me recuperando, mas teremos jornais em Curitiba, Desterro(vocês conhecem por Florianópolis), São Paulo, Porto Alegre e BeloHorizonte, e um no interior do Paraná na cidade de Londrina. E uma
pessoal, achei que nesta altura de minha vida teria apenas umcaminho, a solidão, e aquele que denomino, deixar claro, não souateu, mas não sou Cristão, não sou Judeu, ou Mulçumano, mas esteser, me mandou alguém especial, e a pôs em meu caminho, daforma mais estranha possível, mas como se fala, quando se achaquem se ama, não adianta tentar fugir, pois ela lhe acha, lhe fazfeliz, e se mostra mesmo que tentando se esconder, Amar é isto.
Vou aproveitar para me divertir um pouco, para sorrir umpouco, para sentir-me amado um pouco.
O seu jornal vai ser de indicativos econômicos?
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Crônicas de Gerson Travesso
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Não, é um jornal que espero conseguir manter, único, mascomo não tenho certeza se conseguirei, podem pegar no meu pé sefugir muito do trocar ideias, antes jornais por si, se dedicavam amostrar possibilidades, contando fatos, importantes e nãoimportantes, usando o padrão de acontecimentos comuns, queremosmostrar a quem interessar que existe outra forma de fazer a mesmacoisa, de forma melhor, vamos apontar as falhas nos colégios, nasdelegacias, dos hospitais, mas mostrando o que precisa ser feito,não apenas dizer, ―Que absurdo isto!‖, não quero um jornal quefique a babar por um governo, quero um jornal que tente mostrar,que o melhor governo neste país, se fizer muito, seremos melhoresem 100 anos!
Gerson TravessoCananéia, S.P.19 de Janeiro de 2011
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Gerson acorda a cama e olha para Patrícia, aabraça, não tinha ainda certeza de nada, mas ela sabiaque ele estava aprontando, algo passava naquelacabeça, que não parecia parar, ele estava começando adesinchar, os hematomas estavam mais leves, o rostomenos inchado, ele parecia disposto a se recuperar, massempre muito pensativo, ela estava começando a
acostumar com este Gerson, o verdadeiro, não o quediante dos outros parecia que dominava cada ato, mas oque se preparava para cada ato.
Gerson olha para ela, seus lindos olhos, Gersonsempre dizia que olhos bonitos não se faziam pela cor, esim, pela pessoa que o carrega, que conhecia muitos deolhos azuis, que ele nunca daria suas costas.
— Esta aprontando algo? — Patrícia, tenho medo de morrer e não viver o que
sonhei viver, tenho medos, e me preparo para eles! — Andou sonhando? - A seriedade da pergunta,
era para quem conhecia a estória de Gerson, capaz desonhar com quem morreria, mas ele sorriu e falou;
— Não, não sonhei com mortes, mas que a ideia de
morrer as vezes me passa a mente, passa!
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— Vai me abandonar? — Não! – Gerson passa a mão ao rosto de Patrícia –
eu não sei ainda quando vai sair por aquela porta, espero
que não saia, mas espero que seja bonito enquantodure!Patrícia o beijou e falou:
— Te amo Gerson, você me conquista a cada dia,as vezes me esconde algumas coisas, mas entendo quenão me quer complicar, não sei o que faria se soubesseque estava planejando dar todo aquele ouro para a
Policia Federal!Gerson a beijou olhando seu olhos a encarando; — Tem de ver que aquele ouro chamou a atenção
sobre minha condição mental, mesmo aliados acham quenão podem me confiar tudo, pois sou maluco.
— De maluco você não tem nada!Ele a abraçou por um tempo, depois com
dificuldade se levantou, foi ao banho, olhou o espelho,melhorando, olhou os pontos na altura do braço, bemmelhores, teve medo que infeccionasse por dias, masagora parecia que a cicatrização terminaria.
Olhou a mão, os olhos, passou cicatrizante em todoo corpo após o banho, e se vestiu.
Patrícia o abraçou e perguntou: — Vamos onde? — As melhorias estão encomendadas, os búfalos
chegam amanha, mas não estaremos aqui, a cerca ficapronta hoje, o barracão de criação de galinha, fica prontona semana que vem, as boias de criação de ostra emarisco, foram encomendadas, mas devem demorarmais uns 15 dias, o cascalho na estrada esta ainda sendo
colocado, vai mais 5 dias de trabalho, estamos abrindo
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uma trilha ao lado., como se fosse uma calçada, mascom calma passamos asfalto em todo caminho, as casasforam encomendadas, estão cortando, vão entregar 6
delas, no mês que vem ai, mas devem demorar mais doismeses para montar tudo! — Por que esta criando um local aqui? — Esta vendo aquelas montanhas ao sul? — Sim! — A maioria esta na reserva Paranaense de
Superagui, uma das poucas reservas de ferro ainda
existentes no sul do pais, esta por baixo daquelas terras! — Mas ferro não dá muito dinheiro! — Quer dizer que não dá dinheiro sem trabalho! — É, precisa de toda a estrutura! — Comprando uma reserva ecológica, mas que no
futuro, lá no futuro, pode ter um valor! — Certo, mas a casa, parece uma fazenda! — Vai ser uma, o senhor que a administra ficou feliz
com as novidades, pois ele vai conseguir dar estudo aosfilhos com isto, como estava estavam sempre apenassobrevivendo.
— E o que pretende? — Inaugurar os jornais amanha, no meio da tarde
vamos a Curitiba! — Começar a dar opiniões? — Acho que não, vou começar a me conter, quando
como donos da informação, a calma faz parte de vender,estou a venda, quem quiser aparecer, é só comprarminha opinião!
— Não presta mesmo! – Patrícia beijando Gerson.
Saíram a porta e Roberto chega a porta:
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— Tudo pronto para a tarde! — E por aqui? — O pessoal começou a desmontar o cais e a
levantar as laterais de concreto, que vai avançar uns 20metros e abrir para os dois lados. — Vai ficar mais fácil parar ali, mas e as demais
coisas? — A draga esta começando a abrir os imensos
tanques, não entendi, aquilo esta a altura do mar! — Vamos criar camarão também Roberto! — Camarão eu gosto!Gerson sorri, olha para o agito e o senhor Ricardo
vem de sua casa, vendo Gerson a olhar tudo; — Quando falou em investir não pensei em algo
rápido! — Como estão as coisas Ricardo!
— Se o IASP souber eles param tudo! — Por isto vamos fazer rápido, eles não sabiamcomo era, e quando olharem em 15 dias, já estará com abase que queremos!
— E o que mais vamos fazer? – Ricardo. — Ricardo, em 2 anos, quero estar podendo
fornecer vários produtos em Cananeia, e criarmos a
primeira festa gastronômica internacional da cidade,onde vamos apresentar um concurso e eleger a comidatípica da região, mas não espere que seja fácil escolher,pois quero junto com você e alguns vizinhos, produzir dequeijo de búfala, cabra e vaca, carne de búfalo, porco,galinha, codorna, e boi, teremos na área de frutos domar, mexilhões, ostras, mariscos e camarão, com
produção constante, e alguma coisa em artesanato! — Vai transformar isto em uma fabrica?
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— Não, comprei umas terras em Cananéia, naentrada da cidade e quero fazer lá nossa fabrica depreparo, e nosso galpão de festa típica, mas não me
pergunte que típico será! — Acha que podemos fazer dar certo mesmo? -Ricardo.
— Ricardo, acho triste ver terras produtivasabandonadas, ou virando cidade, prefiro os bichos!
— Olha que dava uma boa reportagem, GersonTravesso perguntado o que acha do Brasil, fala que
prefere os bichos! – Ri Patrícia.Gerson sorri, olha para ela e fala; — Mas teremos nossa área de recreação na Ilha
grande, teremos lá nossa casa de praia, certo que játenho uma em Santa Catarina, agora uma em Cananéia,e uma na Ilha Grande!
— O que mas vai fazer Gerson? – Roberto.
— Tenho de investir em coisas produtivas, a maiorianão se preocupa com os trocados, mas se você tem 100lugares como este, você consegue gerar emprego, renda,gera ganhos nos municípios que tem os investimentos, emesmo ganhando um pouquinho por local, somado dápara viver muito bem!
— E vai montar lugares assim? – Ricardo.
— Ricardo, estou comprando apenas as terrasociosas, não as produtivas na região, não quero aspessoas indo a cidade grande, quero elas vivendo melhoraqui!
— Muitos vão reclamar, mas pelo jeito vai fazerpara ninguém ver!
— Ricardo, uma coisa que as pessoas neste país
confundem é preservar, com deixar ao natural, locais
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como este, sem uma fonte produtiva, vira exploraçãodesgovernada, quantos mangues da região tem umpopulação de caranguejos muito pequena, ostras do
mangue sumiram, para isto os ecologistas fecham osolhos, não quero proteger tudo, mas podemos preservartoda a mata as costas, 80% do mangue, e produzirnestas terras, mas não transformando em monoculturade banana, pois não é rendosa, é facilita os demaisexplorarem o palmito natural.
— Vai plantar palmito?
— Mais perto de Cananeia, mas vamos de PalmitoImperial, com licença de corte! — Pelo jeito já fez isto! – Ricardo. — Não, estou testando aqui o que posso fazer em
outros lugares!Ricardo foi ver alguns rapazes na entrada, que
traziam tijolos de concreto, enquanto Gerson andou até a
região do cais, onde uma maquina fixava imensas basesde concreto, onde outra abria uma vala, e sobre isto, seencaixava as estruturas laterais, Patrícia olha o agito efala;
— Sabe que quando falou a dois dias em fazer,alguns pensaram para depois da inauguração do jornal!
— Muito do que vai acontecer aqui, é para depois
do jornal! — Mas antecipou! — Gerei o tumultuo aqui, para não ter muito o que
olhar em outro lugar, mas sabe que esta noite, vai serbarra!
— Vai?
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— Vai, primeiro rodar das prensas, primeira noitede trabalho, toda a estrutura em 6 locais sendo testada,sem poder acompanhar cada uma delas pessoalmente.
— Uma correria, mas pelo jeito esta os deixandotrabalhar, não pressionando! — Eu não estar lá é uma pressão, mas se estivesse,
como estaremos no fim da tarde, vira super pressão, elestem de acostumar com a pressão.
— E como vai ser, algo especial? — Diferente, não especial, jornal é Jornal!
— Nem parece um Repórter falando! – Patrícia. — Estou começando a pensar nos jornais, nas
fazendas, se tenho um projeto e faço funcionar, é umJornal, se testa 4 ou 5 formatos, incrementa apublicidade e em meio a isto, estampa um momento, quepode não corresponder a verdade, mas naquelemomento, era um sentimento, o da sociedade em volta.
Os dois foram a Cananéia, pegaram um helicópteroe se mandaram para Curitiba.
Era por volta das duas da tarde quando os doisentraram em um edifício reestruturado na região do CIC(Cidade Industrial de Curitiba), um bairro da cidade, ePortuga olha para Gerson.
— Veio, pensei que não ia nem se preocupar! — O que tenho de me preocupar?Paulo veio de dentro e falou;
— Metade do sistema caiu, a segunda dobra, estacom ajuste difícil, e a cor preta a partir do jornal denumero 100 que passa, fica fosca, volta a normalidadena 112, e se repete 100 números depois!
Gerson arrastou seu pé e foi ao escritório, pegou oprojeto e desceu, olhou para Paulo;
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— Os técnicos estão onde? — Ele não entende, pois é uma sequencia exata, se
funciona na primeira tem de funcionar do começo ao fim!
Gerson olha para Paulo e pergunta: — Quem comprou os estoques de tinta? — Acha que podem ter comprado de terceira? — Vivi algo parecido na Tribuna, mas lá eles
jogaram um estoque inteiro de jornais com as tintas nolixo, mas o problema lá era no vermelho, malpigmentado, entupia a alimentação e depois manchava
uns números a frente!Gerson entra e olha para os jornais sequenciais e
quando chega no de numero 112 na ordem deimpressão, pega ele e Paulo olha o grande borrão napagina 19 do jornal, e após isto, passa a imprimirnormalmente por um tempo.
Gerson chama o técnico, ele tinha um tradutor do
lado, ele falava Russo, e explicou o que achava queestava acontecendo, que iria pedir nova tinta, mas queisto ia se arrastar pela noite, mas que precisavam limpara linha de impressão, para por a nova tinta.
O rapaz olhou e foi ao filtro, desmontou e lá estava,uma pequena camada de pigmento mal diluído,obstruindo o caminho da tinta.
Gerson aproveitou e pegou um exemplar, sorriu aoolhar o jornal, não era nada inovador, mas era o que elequeria que fosse.
Patrícia olhou as paginas, na pagina inicial estavadenominada alguns assuntos, mas quando se olhava o jornal, a pagina que tinha aquele assunto, tinha umalinha que cercava a pagina na mesma cor, foi fácil achar
as matérias de capa, ela olhou para Gerson e perguntou.
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— Este é seu não especial! — Gostou? — Ainda não sei, e todos serão assim?
— O padrão é parecido, muda o nome, a dinâmica,de acordo com a preferencia de cada local.
Os técnicos começaram a correr, Gerson confirmouuma nova leva de tintas, não queriam entregar, mas elepressionou, teria uma perda muito grande com aquela,não queria assim.
— Quanto estamos atrasados? – Gerson para Paulo. — Estamos com o mesmo problema em 3 locais, os
três locais, mas deveríamos estar terminando osprimeiros as 8 da noite, para poderem estar em todos ospontos de distribuição no estado pela manha!
— Calma, vamos com calma, prioriza os primeiros,vamos com calma, deixa todo pessoal das entregaspreparado para começar distribuírem Curitiba às 5 da
manhã, segura os envios, mas vamos tentar começardireito, vou subir e telefonar a cada um dos locais, evemos o que podemos fazer,
Gerson subiu e começou a ligar para variaspessoas, por as coisas em ordem, era muito trabalho,mas Gerson estava querendo uma grande estreia,estavam de frente a uma praça de bairro, do lado de
fora, estavam montando um palco, onde teria logo apóso inicio da distribuição ali, show com as bandasCuritibanas, Black Maria, Faichecleres, No Milk Today eSugar Kane.
Gerson ficou ali, a madrugada se apresentavaquando ele foi com Patrícia descansar um pouco, já eramanha, e os rapazes disparavam para todos os lados,
para distribuir o primeiro dia deste jornal.
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Gerson acorda assustado, havia deitado a 2horas, mas pareceu horas para quem não parecia quererparar.
Ele vai ao banho, olha Patrícia a cama, estava naduvida se a acordava, quando voltou do banho, olhou elasentada, olhando para ele.
— Acho que tô com medo Gerson! — Medo? — Sonhei que alguém me dava um tiro na altura do
peito!Gerson foi a mala, estavam em um hotel, pegou um
colete e alcançou para ela. — Quando temos medo, nos protegemos, mas não
recuamos, nos preparamos! — Acha que existe esta possibilidade? — Sempre tem, por mais incrível que seja, estamos
em um país livre, um país difícil de definir por si, tudopode acontecer, mas o que sonhou?
— Sonhou também? — Não, mas melhor nos protegermos!
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— Que estávamos no palco e nos deram tiros, nãoconsegui olhar para você, mas sabia que você havialevado um tiro!
Gerson olha pela janela e fala: — Tem de considerar que Deus esta do nosso lado,
frio, em Janeiro, nos obriga por mais roupas! — Não vai deixar de ir lá? — Patrícia, não sonhei com minha morte, nem eu
nem você vamos passar por aquele corredor hoje! — Como pode ter certeza? — Não sonhei com o prédio caindo, estou aqui!Patrícia olha para Gerson, em cacos, mas vivo, sem
nem ter desacordado. — Nisto tenho de concordar, você esta aqui,
quebrado mas aqui!Gerson sorriu e falou:
— Vai comigo? — Vou, que horas é a inauguração? — Esta já esta acontecendo, mas precisava
descansar, não to inteiro ainda! — E vamos onde? — Pela regra, tem uma inauguração inicial, começa
com o show dos meninos da casa, acho que é os
Faichecleres, depois tem Anacrônicas, e começaoficialmente a inauguração! — Acha que podemos ser atacados? — Se fizerem, estaremos lá Patrícia, se não vamos a
morte, no máximo vendemos mais jornal na Sexta. — Não leva a sério mesmo? — Tem de considerar que vivo o extra, poderia ter
morrido a algum tempo, parece que estou nos limites!
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Patrícia levantou e deu um beijo em Gerson e foi aobanho;
— Rapidinha estou pronta!
Gerson a mediu, sorriu e foi ao telefone; — Fabrícia, esta onde? — Vendo sua inauguração em Floripa, porque,
problemas? — Cuidado, Patrícia sonhou com alguém levando
tiro hoje! — Você sonhou? — Não! — Menos mal, mas tomo cuidado do pessoal!Gerson ligou para João e perguntou:
— Como está João? — Tudo pronto! — Estou saindo em uma hora para lá!
— Estamos de olho!Gerson ligou para Paulo o redator e perguntou:
— E como foi o primeiro dia Paulo? — Deu tudo certo, tô pregado! — Descansa, as vezes precisamos descansar! — Sei disto, mas como estão os demais?
— Pergunta para Roseli, não para mim! — Vou perguntar, vem ou não? — Em uma hora estarei ai!Gerson foi ao computador e digitou algumas coisas,
olhou os demais, e viu que estava muito calmo, um friona espinha lhe fez arrepiar, ele não sabia de onde, mastinha certeza, alguém iam tentar, não poderia fazer nada,
teria de estar lá.
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Gerson olha para os números, para as câmeras nosdez pontos que achava essencial, olhou Patrícia sair pelaporta do banheiro, enrolada na toalha, se perdeu nos
pensamentos, olha os olhos da moça e pergunta: — O que viu neste maluco?Patrícia sorriu, não sabia bem o que viu, mas sabia
pelas próprias reações o que sentia, mas cada dia estavamais ligada naquele ser, física e economicamente.
Patrícia o beija e se veste, saíram no sentido dasede do Jornal, e se deparam com a praça cheia, muita
gente vendo o show, muita gente pegando os jornaisgratuitos que se distribuía, se leriam ninguém sabia, masera campanha de lançamento.
Gerson e Patrícia descem nos fundos do Jornal,João olha para ele e fala;
— Sabe do risco? — Se acontecer algo, mantem a calma, mantem a
festa e nos tira de lá!João não entendeu, mas Gerson passou por ele
entrando e chegando a Paulo, que sorriu. — Como está o de amanha? — No ponto, Roseli esta ao telefonema com o
diretor de BH, disse que teve problema com omaquinário, e uma ação ajuizada de proteção ambiental,
ela esta se inteirando do assunto. — Que horas ele lhe comunicou isto? — As 8 da manha! — Eu falo com ela, depois vou pessoalmente
resolver isto!Gerson olhou em volta e perguntou:
— Pelo jeito uma empresa não veio pegar os jornais!
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— Não, estes são os da pagina 19 borrada, depoisvemos o que vamos fazer!
— Vou ter de vender mais propaganda!
Paulo sorriu e olhou para Gerson pegar na mão dePatrícia, e com dificuldade andarem no sentido do palcoque estava no outro extremo, de frente a praça.
Gerson sobe aos fundos, cumprimentandorepórteres, cronistas, o prefeito, vereadores, deputados,todos queria estar no foco, estavam se cumprimentandoenquanto chegava ao fim o show da Banda Anacrônicas,
Gerson olha em volta, estava feliz, por um instanteesqueceu dos problemas, sorriu.Em um prédio de frente, a mais de 100 metros dali,
um rapaz fixa um rifle de longo alcance, cabelo cortadobem baixo, fala num radio;
— Ele chegou ao palco! — Pega o senhor, eu pego a moça!
O rapaz olha pelo visor de imagem, olha otumultuo, ouvia nas caixas de som um rapaz falar;
— Agora com vocês, quem permitiu todo esteinvestimento, Gerson Travesso!
Gerson sorri e sobe ao palco, olha em volta; — Obrigado pessoal, obrigado a todos os que
colaboraram direta ou indiretamente, queria agradecer atodos os que me permitiram chegar a este ponto, aosamigos e inimigos, principalmente aos... – Gerson estavaneste ponto, quando sente o imenso impacto na alturado peito, olha para Patrícia, tende para trás, a correria sefez, Gerson diante das câmeras e dos demais caindo paratrás, abalroado, alguém gritar de dor, um dos segurançasse atravessara a frente de Patrícia e levara um tiro pelas
costas, na altura do braço.
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Os demais seguranças tiram o prefeito, vereador daregião, toda uma leva de pessoas, enquanto o povo apraça pareciam assustados, João chega a Gerson que o
puxa ao ouvido e fala; — Tira eu e Patrícia daqui, rápido, sem alarde, semdizer para onde!
— Mas para onde? — Para qualquer lugar, onde possamos respirar e
não sermos vistos!Gerson faz sinal para o rapaz ao lado, Gerson fecha
os olhos, João vê que o tiro foi na altura do Coração,direto no colete a prova de bala, estava bem danificado ocolete, rifle de alto impacto.
Gerson sente o celular no bolso e sem olhar, clicano 1, e lança uma mensagem, para Paulo, que olha seuCelular tocando e lê;
―Reportagem 7‖
Paulo olha em volta, os rapazes tirando Gerson,Roseli chega ao lado de Paulo;
— Ele esta bem, os seguranças me isolaram? — Não sei ainda Roseli, mas eles vão proteger os
demais, Joao disse que mesmo que algo acontecesse,continuasse a festa!
— O clima acabou! — Sim, mas não é para nós a festa!Gerson é conduzido pelo meio de uma leva de 6
carros de seguranças, Patrícia entra no carro logo apos,onde ele foi colocado de olhos fechados e deitado, assimque fecha a porta, Gerson olha para ela abrindo os olhos.
— Como está?
— Acertaram o segurança!Gerson olha para João no banco da frente e fala:
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— Manda um dos carros destes para o Evangélico,outro para o Cajuru, e ficamos aqui, parados ummomento!
— Como está? – João. — Este foi dos doidos, deve ter sido um rifle dos
bons, tá doendo!Gerson tirou o colete, tirou a camisa, estava tão
doido que ele teve de olhar para ver se estava bem,olhou a parte bem avermelhada, fechou a camisa e viuJoão alcançar outro colete para ele.
Gerson estava nervoso, nitidamente querendo fazeralgo, Patrícia segura sua mão e fala; — Calma, oque vamos fazer agora!João liga o radio e se ouvia;
―Gerson Rosa, dono do Jornal do Comercio, emplena inauguração, parece ter sido morto! As imagensmostradas colocadas a pouco na internet, mostram o
senhor ser atingido na altura do coração, os segurançastiraram ele de lá rapidamente, segundo pessoas quepassavam ali, ele saiu com os olhos fechados, semdemonstrar dor ou movimento!‖
Gerson olha para João e pergunta: — Quem foi? — Não sabemos, atiradores em dois telhados, dos
prédios em frente, um não conseguiu atingir a senhoritaReis, mas eram os alvos!
— Isto descarta alguns! Vamos sair daqui, saiamcom calma, no sentido do Parque Barigui!
— Parque? – Patrícia.João olhou para Gerson e pegou o celular e falou:
— Um helicóptero para pegar 4 pessoas no ParqueBarigui, de frente ao centro de convenções.
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— Usuário?João foi passando seus dados, e quando chegam ao
local, o helicóptero os esperava, Gerson pôs um capuz,
enquanto prendia o cabelo de Patrícia e colocava nela umóculos chamativo e um boné.Os 4 descem do carro, ficando ali apenas o
motorista, Gerson, Patrícia, Roberto e João, os doisajudaram Gerson a ser rápido, cada qual pegou em umbraço e o ergueu entre o carro e o helicóptero, fazendo amudança rapidamente.
Gerson estava pensando, precisava saber o quehavia acontecido, e olha para João.Gerson não estava conseguindo pensar muito, ele
não esperava ser abalroado, talvez a sensação de quepoderia ter morrido, se mirassem na cabeça, não saía desua mente.
O helicóptero desce em Colombo, onde Patrícia e
Gerson entram em um carro, e o mesmo olha para Joãoe fala; — Me descobre quem foi! — Faço o que? — Não acredite nas noticias, mas me descobre
quem foi, comunica Paulo, que saberei!João concordou e Patrícia acelerou na saída, os dois
pegam a estrada, sem falar para ninguém onde iriam. A noticia da provável morte de Gerson, não é
desmentida, mas não é confirmada por ninguém, oDelegado Rodrigues chama o investigador Plinio quechega a sua sala.
— O que houve Delegado? — Alguém tentou matar Gerson Rosa, em plena
inauguração de seu Jornal, o prefeito quer saber quem!
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— Confirmaram que ele morreu? — Não sei ainda, estou tentando descobrir para que
hospital ele foi, mas não tenho confirmação da entrada
dele em nenhum hospital, ele pode estar se escondendo,ou morto! — Vou verificar, mas pelo jeito ele não esperava ser
acertado em plena inauguração! — Não sei se ele esperava, mas sabe que no caso
dele, enquanto não tivermos o corpo, temos de pensarque ele está vivo!
— Sei bem disto, ele já se passou por morto antes!Por sinal, responde por isto ainda!O delegado sorriu sem graça, era verdade, mas não
sabia por onde começar, e tudo referente a Gerson,sempre acabavam por ligar para ele, não gostava destaincumbência, pois sempre vinha uma leva de informaçãodesencontrada, que no fim das contas não fazia muito
sentido.Roseli chega ao escritório de Paulo e ele a olha;
— O que aconteceu Paulo? — Ele me passou uma sequencia de 10 novas
reportagens, assim que tiravam ele de lá, ele me passouuma mensagem, dizendo, ―Reportagem 7‖.
Paulo abriu seu computador e foi olhar as
reportagens, Roseli as costas sorri um pouco, Gersonesperava isto, estava preparado.
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O delegado Rodrigues da Civil olha para o jornale vê Plinio entrar pela porta.
— Um dia prendemos todos os amigos dele porformação de quadrilha!
Plinio sorri e fala; — Ele pensa nas possibilidades, mas obvio, ele
ameaçou novamente, mas vi que aquele primo dele,voltou a cidade, assim que soube do acontecido!
— Que primo? – Delegado. — Fabrícia! — Esqueço deste, mas como estão as coisas? — Quer algo estranho senhor? — Fala!
— O senhor Reis não se mexeu, não veio ver se afilha estava bem, ou sabe de algo, ou não esta nem ai! — E o resto? — Segurança reforçada, mas nada de ilegal, apenas
empresas de segurança! — Os demais jornais? — Somente BH não conseguiu ir as bancas ontem — A crônica dele sai em todos? – Delegado.
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— Sim, ele tem espaço de uma pagina, com letrasgarrafais, em todos os jornais!
— Alguém se mexeu muito?
— Dizem que houve festa em BH, mas não tenhonada oficial ainda! — Acha que ele sobreviveu? — Eu acho, mas os demais jornais publicaram a
possível morte dele, menos os próprios, que nãoconfirmaram e nem desmentiram nada, tem uma imensareportagem na pagina 3 sobre segurança publica em
Curitiba. — Quem assinou? — Marta Boaventura! — Este casal parece se entender, mesmo
separados! — Ela de repórter de um jornal de terceira, está
prestes a ficar a frente do maior grupo de comunicaçãoimpressa do país!
— Verdade, alguém noticiou para onde ele foi? — Não, mas os dois seguranças pessoais de Gerson
não saíram da cidade, algo me diz que estão oprotegendo!
— Ou fazendo represália!
— Não fariam assim, eles vão esperar para dar otroco Delegado, eles não são iniciantes nisto! — Gerson saiu muito rápido de lá, deixou todos
perdidos Plinio, mas com certeza deixou rastros! — Estou verificando as empresas de taxi aéreo,
uma delas nos induziu a uma batida em Colombo, masnão deu em nada, não tinha nada lá.
— Este homem é difícil!O investigador sorriu.
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Maria em BH lê as noticias e olha para um dosseguranças, que comandava os demais, um senhor de 38
anos, perto de dois metros, negro, de nome Isaias. — Quem fez esta burrada! — Não sei senhora, mas pensei que queria a morte
dele! — Isaias, ele conseguiu me tirar do buraco, da
cadeia, forçou uma associação que não saiu ainda dopapel, mas que ele sabe onde esta o dinheiro, me
descobre onde esta Patrícia Reis, somente ela para medizer se ele esta vivo ou não. — O senhor Reis não se mexeu, pareceu até feliz
com as noticias! — A filha dele sofre um atentado a bala e ele nem
se mexeu? — Ele deu uma festa com presença de vários
amigos ontem, parecia comemorar algo! — Mais alguém importante? — Quase todos do antigo grupo de apoio de seu
avô estavam lá, mas por que senhorita? — Vamos para Tiradentes! — Por que senhorita?
— Não discute, reforça a segurança nesta casa evamos para Tiradentes, quero apenas observar. — Preparo senhorita Maria!O rapaz sai e Maria olha para fora, algo estava
errado, algo que provavelmente estava orquestrado amuito tempo, ela não sabia exatamente se Gerson estavamorto, a ausência desta noticia por parte dos Jornais
dele, pareciam anunciar um desastre, ela prepara umamala rápida, e espera o segurança.
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Roseli entra na sala de redação e olha Paulo; — Ele passou algo?
— Ainda não! — Sabe onde ele foi? — Ainda não, e não sei se ele vai passar esta
informação, mas ele é maluco suficiente para passar! — Descobriram quem foi? — João disse que o braço direito de Maria ligou
para ele, perguntando se ele estava morto, e se sabiaquem foi o irresponsável que fez isto!
— Acredita que ela não teve nada com isto? — Acredito que não sei, mas o senhor Reis, fez
questão de dar uma festa no dia de ontem, e lá estava odelegado de Moeda, o Deputado, a cúpula da policiaMilitar, Federal e Civil de Minas, alguns empresárioslocais, e obvio, ele não fez isto para não ficar visível, eleesta dizendo, fiz, matei, e o que vão fazer?
— Acha que ele atentaria contra a própria filha? — Dizem que atentou contra a própria esposa,
sabemos que ele tirou a filha, em estado grave da UTIem Brasília, ele é maluco por dinheiro, e um velho babão.
— Quem me passa desapercebido nesta historia?
— Não quero levantar suspeitas infundadas Roseli!Roseli foi a direção, tinha de se informar sobre tudoque havia acontecido.
Gerson abraça Patrícia, de frente a um rio de aguascristalinas, mas volumoso, uma casa simples as costas.
— Onde estamos?
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— Este é o rio Limeira, mas tem tantos rios comeste nome!
— Por que estamos aqui?
— Por que tem rede, tem agua, luz, e não temolhos eletrônicos e nem curiosos, que cheguem aqui, porqualquer lado, sem que eu saiba 10 km antes.
— E descobriu o que queria?Gerson olhou para Patrícia, não sabia como falar,
não sabia se queria falar, olha o rio. — Pelo jeito meu pai esta envolvido! — É um talvez, ele é burro suficiente para cair
numa armadilha destas, de fazer uma festa com muitosdos ex aliados de Geraldo, no fim do dia de ontem, festaque foi até de madrugada.
— Não prova nada isto!Gerson pensa no que iria falar, tinha imagens bem
comprometedoras em seu computador. — Sei disto, o Delegado de Moeda também estava
lá, dai fico olhando para Camargo, convidado mas quenão saiu da região de Macacu!
— E não sabe o que pensar! — Patrícia, o único jornal que não foi as bancas no
dia 20, foi o de BH, todos os demais foram!
— Certo, mas quais os problemas lá? — O mesmo em 4 dos 6 lugares novos, nãoesqueça que fora dos olhos, outros jornais mudaram ovisual e a edição, mas não eram inaugurações, apenasmudança de rumo!
— Estes teve problema? — Fora o Jornal do Comercio de BH, somente da
Tribuna de BH! — O mesmo problema?
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— Lá não sei, pode ter sido falta de pulso forte, emmeio a pressões para não acontecer!
— Mas poucos sabiam dele?
— Muito poucos, a maioria ignora que na surdina,assumimos mais de 60 jornais no país, e estamosreestruturando apenas os que usaremos como base, masnão os antigos.
— Priorizou quais? — Os que nunca tinham comprado uma matéria
sequer minha, esta foi a prioridade, mas não é uma regra
para aquisição, mas tem de ver que sei quem comprouos materiais para todas as unidades, sei quempressionou, mas... – Gerson estava pensando, olha paraos dados e fala. – Podemos ter um problema serio, masdai terei de entrar em campo!
— Não esta em condição de entrar em campo! — Acha que estamos aqui por que quero, queria
estar lá resolvendo os problemas, mas infelizmente nãoestou bem!
— Descobriu quem foi? — Não tenho certeza, mas vamos ao jogo!Gerson abraçou Patrícia e continuou;
— As vezes quando queremos saber de algo, temosde escolher um foco, para jogar as atenções, não seiainda em qual vamos jogar toda esta sujeira, mas vamoscom calma.
Gerson volta para dentro e olha para o local; — Vamos sair em poucas horas! — Por que? — Patrícia, as vezes é bom nem os amigos saberem
onde estamos, principalmente se gostamos deles e elespodem levar um tiro por isto!
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— Meu pai não veio a Curitiba, isto depõem maiscontra ele que o fazer da festa!
— Não acredito que a ordem tenha vindo de seu
pai! — Desconfia de todos! — Patrícia, temos de pensar, e para isto estamos
isolados, não dissemos para ninguém que morremos,então não podem nos processar por falar algo assim.
— O delegado que lhe segue vai sacudir todos! — Tanto o da Civil como o da Federal!
Patrícia sorriu, Gerson tinha processo nas duasestancias, o que não era nada agradável de pensar.
Os dois pegam um carro próximo as 11 horas damanha e começam a dirigir no sentido de Guaratuba,indo pela estrada até Garuva, já em Santa Catarina epegando a estrada que dava para Guaratuba, erapróximo das 2 da tarde quando os dois sentam-se em
uma lanchonete na beira da praia em Guaratuba, aDireita o Morro do Cristo, a frente a praia de Guaratuba,pedem algo para comer.
— Não acha arriscado? – Patrícia. — Eles devem estar procurando, monitorando vias
aéreas, dando uma batida em Ariri, vendo vários pontos,mas então temos de ficar nos lugares visíveis.
— Visíveis e que não peçam documentos! — Sim, mas prefiro lugares que tenham rede Wi-Fi!Patrícia olha a parede a placa de Wi-Fi livre e vê
Gerson pegar o seu computador pessoal e acessar osdados, o programa dele estava a toda, distribuindorecursos, ele se instalara em 22 servidores 24hs, eestava sempre priorizando uma região com cadaservidor, Patrícia olhava aqueles dados sem entender.
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Gerson pega o telefone; — Priscila? — Quem?
— Gerson, quem mais menina! — Você não... desculpa, pensei que estivessem
ocultando sua morte, até chorei por ti! — Priscila, eu vou acelerar os meus planos, e queria
saber se posso contar com você, sabe que confio empoucos!
— O que vai fazer? — Estou pensando em mandar a Curitiba minhas
reservas e você me ajudar a abrir espaço no galpão deestoque!
— Vai mandar o que para cá, sabe que esta cheio! — Priscila, não vou falar isto para mais do que duas
pessoas, então ou me ajuda ou vou ter de arrumar outrolugar!
— Ajudo, mas o que faço com este ouro que temaqui?
— Põem ele para fora, o que vem ai, é ouro puroPriscila, como o que dei para o Delegado!
— Aquilo foi maluquice, mas quanto vem para cá? — Nove vezes aquilo, aquele era o chamariz para
me apoderar dos demais, mas estes vão em caixas bemlacradas, não quero olhos neles, mas para isto precisoque você consiga empilhadeiras, e ajeite os demais,amanha chega lá um laboratório de purificação, que vaitransformar o que estará do lado de fora, em barraspuras, ai sim, guardar para dentro!
— Obrigado pela confiança, mas quem mais vai
saber disto?
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Crônicas de Gerson Travesso
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— Somente Fabrícia, mas ele esta ocupado com aliberação disto discretamente, então vamos fazer assim,sem ninguém vendo!
— E como fazermos? — Amanha deve chegar o primeiro caminhão, vou
mandar com intervalos de 6 horas, para chegarem aospoucos. Deve chegar ai por volta das 4 da tarde.
— Ajeito as coisas!Gerson desliga e Patrícia não entendeu;
— Não entendi!
Gerson ficou quieto a olhar o sistema, estava com atela do servidor da Anatel, com o telefone da moça, os 6números que sabia serem dela, mas vê ela pegar omesmo telefone e discar para alguém em Brasília, osistema apontou um nome que Gerson não sabia dequem era, mas puxou o CPF do rapaz que recebeu aligação e todos os números registrados em seu nome,
um aponta para o gabinete do Deputado Jacoboscki,ficou olhando as ligações relativas, partindo de lá umaligação para um telefone fixo, registrado em nome da Arquidiocese de Belo Horizonte, uma ligação para Moeda,para a Delegacia, cada numero pareceu provocar pelomenos outras 6 ligações, Gerson olhava para os dados, epega seu celular, olhando para Priscila sair no sentido de
sua casa. — Fabrícia, onde esta? — Enfrente aos barracões do Jornal! — Esvazia tudo! — Ela vai desconfiar! — Ela vai me ligar e saberei o que ela esta
pensando, mas esvazia agora, ela deve voltar em 5
horas!
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Gerson olha para Patrícia, lhe dá um beijo,desligando o Celular;
O sistema apontava naquele segundo 32 pessoas,
mas nada do senhor Reis, mas viu que Maicou, um deseus seguranças do grupo de Roberto recebeu umaligação, Gerson aciona as câmeras e escolhe uma,poderia parecer aleatório, mas Patrícia viu a imagem deuma sala, onde se via Roberto e João, Gerson põem noáudio e se ouviu:
— Fala Maicou, algum problema?
— Preciso ir a Curitiba, soube algo do patrão? — Nem sei se ele esta vivo Maicou! — Alguém me afirmou que ele está, mas tenho de
ver minha esposa, problemas em casa! — Vai, está calmo!Patrícia olha para Gerson e pergunta:
— O que está acontecendo! — Ainda não sei, mas quem deveria ter levado o
policial em Cananéia e deixado em Cuiabá, aquele queacabou morrendo, foi Maicou, e quem comprou a tintapreta, que pareceu empedrar nas maquinas, gerando os4 problemas sérios, foi Priscila Dantas, sabe de quemfalo.
— Sim, mas porque então a vai por nisto! — Vou mandar um caminhão para ela, mas como
sei que eles não vão abrir, vão desviar inteiro, criei afachada para ela mesmo se defender de alguma coisa!
— Mas desligou o Telefone! — Priscila vai tentar ligar e não vai dar sinal, todo
resto vai tentar e não teremos contato rápido!
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Gerson olha para a discagem do Delegado deMoeda para o pai de Patrícia e coloca a imagem da casadela na tela;
— Como faz isto Gerson. — Se os rapazes que se dizem Hackers o fossem,
estavam muito bem na vida, são pirralhos brincando deferrar os outros, ou de fazer pichação on-line.
Patrícia vê o pai atender o telefone; — Fala Delegado, o que esta acontecendo? — Não temos ainda informação de sua filha,
sabemos que tiraram ela de lá, mas não sabemos aindaonde a esconderam.
— Me prometeu ela aqui ontem a tarde, aquelamoça de Curitiba me convenceu de que Gerson estavamorto, que teria de me posicionar, mas não vejoninguém se posicionando, me jogaram na vitrine, nãogosto disto!
— Nos braços dela ontem não parecia reclamarsenhor Homero!
— Mas onde esta minha filha? — Estamos rastreando, mas a moça, Priscila, disse
que Gerson a ligou, estranhei, mas parece que ele estacom medo, e vai concentrar em Curitiba uma fatia doOuro que não sabíamos onde estava.
— Quanto em ouro? – Reis. — Pelo que ela falou, 9 vezes o que ele deu ao
delegado de Curitiba! — E quanto de ouro tinha lá? — Mais de 300 milhões! — E vão deixar ela com este ouro?
— Logico que não Reis, este vai para o grupo deestruturação, ou acha que vamos deixar na sua mão, na
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dela ou daquele Camargo, que pelo jeito esta falido,Gerson o enganou, mas não a mim, não acredito quehaja este ouro lá.
— Também não, mas com certeza vou verificar,para isto preciso de minha filha viva e aqui Delegado. — Estamos verificando onde ela está, assim que
souber lhe ligo!Gerson abre o celular, pega na carteira um outro
chip e troca, logo em seguida liga para o senhor Reis.Patrícia olha para Gerson;
— Senhor Reis? — Quem? — Gerson Travesso, quem mais! — Gerson, me garantiram que estava morto! — Estou ligando para dizer que estou mal, mas sua
filha esta bem, o tiro destinado a ela pegou no colete!
— Ela levou um tiro? — Ela esta bem, mas preciso saber uma coisasenhor Reis!
— Fala? — A festa de ontem tinha qual proposito! — Como sabe da festa de ontem? — Qual o proposito senhor Reis, sua filha poderia
estar morta e estava dando uma festa! — Me garantiram que ela estaria aqui, mas pelo
jeito não morre tão fácil. — Senhor, estou tentando a poupar de algo assim,
mas por que me matar e a ela, quem ganharia com asduas mortes?
— Pelo jeito não sabe quem o quer morto, pois não
sabe quem ganharia com isto!
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Gerson olha para Patrícia e pergunta: — Quer falar com ele? A moça fez negativamente com a cabeça e Gerson
desligou o telefone e terminou de tomar o refrigerante. — O que não entendeu Gerson? — Ao meu ver, ninguém ganharia com a nossa
morte, mas quem acha que ganharia com a minhamorte?
— Pelo jeito quer sair revirando a historia. — Não tenho nem como correr 100 metros, como
vou querer revirar algo assim!Patrícia chama a garçonete e pede a conta, era
próximo das 16 horas quando eles passavam o ferriboatentre Guaratuba e Matinhos, os dois se hospedam emum hotel de frente ao mar em Caiobá. Entram no CaiobaPraia Hotel, pedem um quarto alto, e se direcionam paralá. Patricia estranhou que Gerson deu o nome dele, não
um falso, ela virou senhora Rosa, mas ele não escondeuque estava se hospedando ali.
Gerson senta-se a varanda, olha para praia, noitequente no litoral, um ar gostoso ventando do mar.
Gerson foi ao computador, ficou acompanhando esalvando dados uma boa parte da noite, Patrícia viu queos nomes da lista só aumentavam e pergunta;
— Como pode ter tanta gente envolvida assim! — Nem todos estão envolvidos, mas posso dizer
quem são os cabeças, pois as ligações tenderam a eles, oDelegado de Moeda me enganou direitinho, mas sãoligações de mais de 40 anos, eles não estão nisto comoeu, a pouco tempo!
Patrícia o abraçou, desceu a farmácia e comproupomada, e os remédios que Gerson precisava, mesmo
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ela ainda não estava totalmente recomposta, masestavam bem.
Patrícia olha em volta, praia calma, começando a
agitar numa noite de sexta no litoral.Patrícia entra no quarto e Gerson apenas olha-a, aotelefone.
— Como assim foi assaltado? — Levaram tudo Gerson, de papel as pedras de
ouro! — Acha que consegue por alguma segurança no
barracão? — Não teria como desviar isto Gerson! — Vê o que faz, posso segurar os demais, mas tem
pelo menos dois que estão a caminho dai. — Vou conseguir por segurança, não se preocupe
Gerson! — Me preocupo sim Priscila, teria de recomeçar do
zero se eles me roubarem esta parte! — Vou aumentar a segurança!Gerson desliga e olha para Patrícia.
— E dai, vamos beber um pouco? — Acha prudente? — Prudente não é, mas ficar aqui, a reclamar de
dor, não vai ajudar em nada! – Gerson.Os dois desceram após um banho, e foram a um
barzinho da orla, com musica ao vivo, frutos do mar,comida mexicana, muita cerveja e tequila, eram logoabaixo de onde estavam hospedados, Gerson mesmotendo de arrastar aquela perna, não queria se entregar.
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Amanhecia Sábado, quando Gerson e Patrícia saiamde um bar, com o proprietário colocando os últimosbêbados para fora, Gerson se apoia em Patrícia e fala.
— Agora a parte fácil! — Qual? — Ver o sol nascer!Patrícia sorri, os dois sentam-se na proteção de
arame e pedra, que servia como quebra mar, e ficamolhando o dia começar em um lindo por do sol, os dois sebeijam e Patrícia pergunta.
— Não deveríamos já ter mudado de lugar? — Estamos bêbados, como posso querer que saia
dirigindo!
— E não se preocupa? — Patrícia, o jornal esta chegando as bancas nesteinstante, mesmo que eles já tivessem aqui, estariamlendo o jornal, quando a banca abrir! – Fala Gersonapontando a banca do outro lado da rua, fechada.
Patrícia se levanta, dá a mão a Gerson e os doisvoltam ao apartamento, o rapaz sorriu da recepção ao
ver dos dois bêbados subirem.
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Gerson passa os olhos no saguão vazio, silencioso,o atendente com cara de sono, sobem, entram noquarto, tudo em ordem, fecham a porta e os dois caem
abraçados e rindo na cama.
O delegado da Civil, olha o jornal tomando um caféa frente da delegacia e vê Plinio chegar a ele.
— O que aconteceu Plinio? — Não sei, ele fala que o roubaram, mas realmente
ninguém deu queixa, mas isto é sinal que o grupo esta
na cidade! — Odeio estes que vem de Minas, mas sabe de
alguém que esteja na cidade? — Não, mas como previsto, o senhor Gerson afirma
que está vivo e que está em Caiobá! — Ele nem foi longe, mas pareceu uma provocação! — Ele deve ter mandado o recado apenas para
quem interessava, nós não entendemos! — Talvez ainda não entendamos, mas sabe que
depois ganha clareza, ele consegue isto, não sei como! — O que faremos Delegado! — Manda um recado para o pessoal de Matinhos,
para ficarem de olho, em coisas estranhas!
— Ele pode nem estar mais lá! — Acho que está, ele não esta fugindo, ele estaquerendo um acordo, mas parece que alguns nãoentenderam.
— Outra coisa que não entendi Delegado, aqueleJoão e o Roberto, os dois que estão a frente da proteçãode Gerson, continuam na cidade, como se nada tivesse
acontecendo!
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— Gerson sempre priorizou a família, talvez elesestejam aqui para evitar que as coisas desandem aqui!
— Verdade!
Fabrícia chega a um barracão em Colombo, abre evê as pedras todas empilhadas, como se não fossemnada além de pedras, olha para fora e faz sinal para ocaminhão entrar de ré.
O caminhão estacionou e deixou a carroceria alipartindo.
Fabrícia ajeita o cabelo e olha para a escada aolado de onde acabara de estacionar o caminhão, abre olaboratório portátil, olha para dentro, vê todas asligações, e sai, olha para o tanque de gás liquido queinstalara a 3 dias, olha para a ligação elétrica que foracolocada ali a um dia, vai até os cabos e prende nacarreta, assim como pega um cano flexível de gás e
conecta na carreta.Fabrícia pega algumas pedras, pesadas, e coloca
em uma entrada lateral da carreta, onde ele puxandoveio um compartimento de deposito, que se destacoupara fora.
Fabrícia entrou novamente e acionou a primeiraparte, que transformava as pedras em pedregulhos
pequenos, estas corriam por uma esteira e caiam em umimenso pote, que começou a esquentar, quando aquelaspedras ganharam a coloração dourada, e a espátulaafastava a parte mais leve, a colocando ao lado, empequenas barras de uma liga estranha, na pequenaforma, pequena comparada a grandes siderúrgicas,ficava o ouro cada vez mais puro, as impurezas foram
sendo retiradas, e quando aquele recipiente derramounas formas o ouro, Fabrícia ficou a olhar, adorou aquilo,
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ela sozinha, ou ele, não esquecer que estamos falandode Paulo, ficou encantado, as barras foram para umacâmara onde esfriariam.
Quando as primeiras barras de um quilo ficaramprontas, Fabrícia pega uma e olha encantado. Colocou asprimeiras em uma pilha sobre um tablado de madeirareforçado, como era automático aquele sistema, elecarregou mais pedras, olhou em volta, e pensou;
―Trabalho para mais de 3 meses‖. Fabrícia ficou aliolhando como aqueles laboratórios que Gerson
comprara, não necessitavam de mais do que uma pessoase inteirando do que estava acontecendo.
Roseli chega ao Jornal, viu que João fazia asegurança e olhou para Paulo;
— Ele está maluco, chamar para ele todos estesmalucos?
— Roseli, ele esta tentando descobrir quem faz oque neste grupo, não adianta parar meio grupo.
— E o que ele espera com isto? — Distinguir quem é quem, os cabeças e quem ele
transformará em cabeças! — Ele é maluco! — Sabemos a muito tempo isto Roseli, mas por
anos pareceu que ele estava se acalmando, se deixandoconvencer que estava velho, algo mudou dentro dele, eisto o fez mudar de ação.
— Sabe se ele está com aquela Patrícia? — Tudo indica que sim, mas como estão as coisas? — Calmas, BH esta funcionando a partir de hoje, a
alegação caiu e estamos nas ruas, Gerson esta com a
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coluna dele, em 28 jornais no dia de hoje, ele querprovocar, mas a maioria vai ler e não vai entender!
— Ele não se preocupa com quem não entende, e
sim com quem entende o que ele esta falando.Roseli sorri enquanto Paulo começa a reunião depauta daquele Sábado.
Camargo pega o telefone lendo a crônica; — Maria, como está? — Algum problema Camargo! — Não tô gostando do rumo das coisas, eles vão
nos fazer perder milhões! — O Reis abriu para o Deputado sobre a
possibilidade de ter algo a explorar, dizem que ele estatentando caçar sua concessão em Brasília Camargo.
— Traidores, mas vai deixar eles se darem bemassim?
— Estamos de olho Camargo, mas calma, Gersonlevou um tiro no peito, todos viram esta cena, mas algome diz que ele esperava isto!
— Ele usa colete a prova de bala, mas riflesatravessam isto!
— Ele sabia disto, mas um rapaz que tinha infiltrado
lá, me afirmou que ele tem coletes reforçados paraocasiões especiais, mas ele arriscou mesmo assim! — Ele não esta arriscando Maria, ele esta
começando a dispor em algo que não dá apenasdinheiro, dá influencia e dinheiro!
— Entendeu finalmente Camargo! — Por que ele abriu para os Reis?
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— Ele queria algo, mas obvio, o Homero não sabeainda com quem está mexendo, mas vou mandar dosmeus para o Paraná ficar de olho neste grupo.
— Teremos de dar um jeito de os desarticularMaria. — Tô pensando em alguma coisa, mas não
encontrei nada ainda! — Acho que Gerson esta conseguindo os nomes
para depois atacar, a organização passou de númerosaceitáveis, para números incontroláveis.
Os dois se despedem.
Gerson acorda com o vibrar do celular, deveriaestar tocando a muito tempo, tira a cabeça pesada deressaca do travesseiro, a dor a cabeça o fez esquecer aperna e o ombro, olha para onde deveria estar Patrícia,nada, olha em volta e ouve o chuveiro.
Gerson sem olhar atende; — Alouuu! — Acordando só agora?Gerson pensou, olhou o numero e falou;
— Não me deixa mais dormir Maria. — O que quer os chamando para ai, esta querendo
se matar? — Não, mas quanto mais deles estiver aqui, melhor! — Certo deve os estar usando como cortina de
fumaça, sempre agindo igual. — Não, mas o que quer Maria? — Avisar para não matar os meus, eles estão de
olho em você, mas não somos inimigos neste instante!
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— Avisa o João também, ele que esta por trás deminha segurança!
— Nunca entendi este seu grupo, mas pôs João
onde não havia ninguém, mas o deixa na sua cidade evai passear como se não tivesse proteção!Gerson toca a cabeça, a ressaca estava pesada,
olha para fora, sol, olha para dentro e pensa; — Quem sabe não tenha proteção, queira morrer! –
Frases malucas que saem quando a ressaca esta forte. — Não faz seu estilo querer morrer!
— Maria, vou ter de desligar!Gerson olha para Patrícia saindo do banho, não
estava com cara de bons amigos. — Você mentiu para mim! — Não, apenas não falamos disto a fundo ainda! — Sobre o ouro! Você mudou as coordenadas das
imagens de satélite, estava pensando que estávamosvendo um dos lados, mas fiquei a noite variando, bêbadaa olhar a parede, a pensar besteiras enquanto o teto nãoqueria parar de rodar, e lembro que bem no fundo daimagem, estava o Dedo de Deus, e fiquei pensando.
— O que ficou pensando? — Que não confiou em ninguém naquele grupo!
— Patrícia, a concessão dos Camargo da região deMacacu, esta sendo contestada pelo DeputadoJacoboscky em Brasília! Não vai cair, mas vai despertarcobiça na região.
— Sabia que onde apontasse, poderia acontecer! — Disse que olharíamos com mais calma, mas
pensei que tivesse reparado por outro detalhe!
— Qual?
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— As sombras, pelo horário, a região de Macacunão teria sombra, já a das imagens tinham, as imagensem Macacu seriam mais claras!
Patrícia toca a cabeça e fala; — Bebemos demais! — Concordo, tequila sempre foi uma tentação mas
nos deixa assim no dia seguinte!Patrícia sorriu e falou;
— Então meu pai esta correndo atrás do que nãoexiste!
— Ele e todo pessoal de Moeda, mas eles estãoquerendo uma carga que vai chegar hoje em Curitiba!
Gerson olha o relógio e pega o celular; — Delegado Rodrigues? — Fala Gerson! — Quer fazer uma apreensão de Drogas hoje?
— Apreensão, onde? — Num barracão em São Jose dos Pinhais, eles vãodesviar uma carga, que mandaram para mim com sendopapel, mas que parece que plantaram drogas lá!
— E por que quer facilitar Gerson! — Digamos que Delegados da Federal de Minas e
Arcebispos não deveriam apoiar o narcotráfico!
Gerson olha para Patrícia, e termina; — Na Alameda Aipo, na altura do numero 300, nos
fundos do Cemitério!Gerson desliga e o delegado olha para Plinio;
— Prepara na surdina três viaturas e manda searmarem;
— Vamos fazer o que?
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— Pede os cachorros treinados para achar drogastambém!
— Onde, pelo jeito vamos a ação para relaxar!
O delegado sorriu e foram para a região, odelegado pediu reforço do pessoal da civil de São Josedos Pinhais, e avisou que deveria ser algo da narcóticos.
Cercam o local e ficam vendo a grande carretaentrar, logo após 3 carros negros, tendo mais dois ládentro.
Quando abriram a parte do fundo da carreta, um
senhor ouve; — Todos parados, estão cercados, abaixem as
armas com calma!O delegado da federal olha para a operação da
policia civil, viu chegarem por todos os lados, os rapazesforam se desarmando, mas o motorista do caminhão ligao mesmo e tentou começar a dar ré, o Delegado dá 6
tiros no pneus de trás de um lado e a carreta dá traçãono sentido do muro, encostando nele e parando.
O delegado da Federal olha para o Delegado e falaarrogante;
— O que fazem aqui, estamos em uma operação! — Melhor baixar a arma Delegado, que se for um
engano saberemos em breve.
O delegado da federal viu os cachorros danarcóticos entrarem no caminhão e quando acharam oprimeiro grande saco com mais de mil quilos de cocaína,o rapaz da narcóticos sai a porta e fala;
— Trafico do grande!Estavam tirando as pessoas quando o Delegado da
Federal fala; — Não podem me prender!
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— Senhor, trafico de drogas, não deveria serencoberto por agentes federais, e outra coisa, não estána sua alçada, vamos prender todos em flagrante para
averiguação.Os repórteres começam a chegar, drogas, compoliciais federais envolvidos sempre dá boa capa e boareportagem, então em questão de minutos o local seencheu de repórteres de curiosos.
Gerson sai para o almoço, e quando senta-se em
um restaurante na beira da praia, olha para um senhorsentar-se a sua frente; — Arcebispo, o que faz aqui? – Gerson. — Acha que pode nos roubar? — Já fiz acordo com quem valia Arcebispo, sabe
disto, o que mais quer? — Se tivessem me falado o quanto havia de ouro,
não haveria concordado com aquela transferência! — O que faz aqui Arcebispo, já que mandou me
interceptar em Macacu a pouco tempo! — Não pensei que este pessoal da Rosa Cruz
fossem tão incompetentes, conseguiram sumir naqueledia!
— E olha que eu estava desarmado! — Mas Deus lhe castigou por aquelas mortes! — E me deixou vivo para que os falsos religiosos
não se dessem bem! — Acha que pode me acusar assim, e sair livre? — Se vocês não estivessem por trás, me
preocupava, mas como estão, mas cada um fazendo o
que lhe interessa sem dividir nada, me deixam com afaca e o queijo na mão!
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— O que acha que estou fazendo? — Algo que não dará nunca certo, não se compra o
seu lugar no céu como se compra o lugar em Roma, mas
não entende, o rei daqui, não gostava de Jesuítas, e simde missionários, queria educar na religião e subserviênciao povo daqui, mas não gostava do jeito como os Jesuítasacumulavam riqueza e mandavam para Roma.
— Isto é passado, estamos falando de hoje! — Então está fazendo oque a mesa, já que tudo
que me apoderei, é referente ao passado, nada atual!
— Mas parece saber onde cada pedaço destecaminho tirou e acumulou ouro! — Acho que não sei todos ainda, mas como você
falou, Deus me castigou, e estou aqui, me recuperando! — Mas me acusou, por quê? — Porque um Arcebispo vai a uma festa na casa
dos Reis, e fica lá até de madrugada, uma dica
Arcebispo, evita a casa de Homero Reis, é uma arapucaque não quer cair!
— Não entendi!Gerson pega a mochila que sempre levava com ele,
mesmo se arrastando, tira o Notebook e coloca sobre amesa, a demora do iniciar do sistema e depois ele vira aimagem do Arcebispo com um rapaz jovem a cama de
um dos quartos da casa de Homero Reis e termina. — Por isto não recomendo aquele local senhor!O senhor olhou em volta, ninguém olhava, mas ele
sentiu-se perdido e olhou para Gerson; — Vai me chantagear com isto? — Eu não, mas cuidado, tudo isto ficou gravado e o
senhor Reis pode um dia cobrar um favor assim. — E pelo jeito acompanhou toda a festa?
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— Não, somente as partes que falam de mim,quando brindam minha morte, quando falam coisas queignoram, pois acham que tem todo o direito sobre vida e
morte, mas não, vocês não são Deus, são apenas umgrupo de pessoas que se deram bem, mas que não temescrúpulo, senhor Arcebispo.
Os seguranças as costas se agitaram, eram osseguranças do Arcebispo, mas Gerson vê Fabrícia, passare olhar para Gerson e olhar o arcebispo.
— Gerson, precisamos conversar!
— Problemas? — Problemas que sei que tiraria de letra! — Qual o problema?Fabrícia olha em volta e olha para Gerson, puxa de
uma bolsa que trazia a tira colo, uma barra de ouro,coloca na mesa, o Arcebispo olha para aquela barra, orapaz tirou assim como se não fosse grande coisa.
Gerson olhou a barra e falou sorrindo; — Veio aqui por isto? — Tem 108 delas que estão nesta qualidade,
99,9989 de pureza, sei que você saberia como fazer, maseu não sei!
Gerson sorriu evitando olhar para o arcebispo a suafrente, olha para Fabrícia e fala:
— Primeiro aqui não é lugar para discutirmos isto,estou almoçando, temos concorrência a nossa frente,Fabrícia!
— Mas o que faço com estas 108! — Guarda, fica para você, sabe que quero as
perfeitas para mim!
Fabrícia sorri e fala; — Não ouviu ou esta se fazendo! – Fabrícia.
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— A discussão acabou Fabrícia, aqui não é lugarprimo!
— Depois não reclama se saírem mais erradas!
— Sabe que vou reclamar, o que acha?Fabrícia olhou para o Arcebispo e sai, o mesmo olha
para Gerson, não sabia o que perguntar. — Está dando ouro por ai?Gerson sorriu e pegou o celular;
— João, como Fabrícia chega a minha frente comouro sem que eu saiba de onde ela esta tirando?
— Seu primo me falou que era um problema serio,que não poderia deixar para depois!
— Imagino quando for serio o que ele vai falar!João sorriu e falou;
— Problemas? — Fora ele ter mostrado para um Arcebispo que
não precisava saber que tínhamos o ouro, que estamos oprocessando, nenhum! — Merda, vou falar com ele!Gerson olha para o senhor e fala;
— Algo mais Arcebispo, ou pode nos deixar comer avontade?
— Acha que se safa?
— Amanha vou fazer uma plástica, e em 20 diasninguém me reconhece mesmo!
— Vai sumir pelo que parece! — Vou encarar a possibilidade de não morrer, pois
sei que este é o sumiço que os irresponsáveis queremdar a minha pessoa, mas como não os quero tão mal,vou tentando não morrer!
— Acha mesmo que é essencial?
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— Não, mas valho mais vivo do que morto, mas osignorantes como o senhor, insistem em não pensar, eainda se acham espertos!
Os rapazes do arcebispo abrem caminho e o mesmosai, Gerson olha o Arcebispo indo ao longe e cai nagargalhada;
— O que não entendi? — Patrícia, lembra as pedras que mandei para
Curitiba? — Sim!
— Estão virando ouro em barra! — E por que seu primo fez isto? — Ele é maluco, mas sinal que vamos ficar com
alguns quilos a mais de ouro no cofre! — Esta maluco, isto não se deixa em um cofre? — Podemos criar nossa caixa forte, estilo Patinhas,
e por lá todo o ouro, no topo de uma colina, para todosficarem querendo mas ninguém tendo acesso.
Patrícia sorriu e falou; — Esta mais animado! — Amanha vamos dar um pulo em Cachoeiras dos
Macacu, parece que as chuvas diminuíram lá! — Mas o que vamos faze lá?
— Falar apenas com Camargo! — Certo – Patrícia pensa um momento e fala – vai
dizer que eles tem uma permissão de extração na áreaque nos interessa?
— Sim, mas nada que se fale por ai, este segredovai ficar retido entre 3 pessoas, e se eles souberem,saberemos que vazou, espero que não tenha sido por
você, amor! – Gerson a beija.
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Os dois estavam se beijando quando ouvem; — Um lindo casal!Patrícia olha para Maria;
— Não se pode namorar em paz? — Este dai tem de tomar cuidado moça, ele é
terrível! — Sei de detalhes sórdidos Maria, o que vem fazer
aqui? — Soube que conseguiu se livrar de 12 pessoas do
grupo em Curitiba, sem ter de tirar a bunda da cadeira! – Maria olhando para Gerson.
— Levei azar, o Arcebispo veio me ver, não foi lá!Maria sorriu, Gerson queria ter pego mais um, mas
falou; — Acha que vão deixar de graça? — Eles desviaram o caminhão errado, e a culpa é
minha, façam o favor!Patrícia sorriu, olhou para Gerson; — Agora entendi, você não presta!Maria olha para Patrícia e pergunta:
— O que ele aprontou? — Fabrícia fez uma cena aqui com uma barra de
ouro, enquanto o Delegado vai dizer que não chegou,
que era uma arapuca, se duvidar, Priscila e o Arcebispovão confirmar que o ouro chegou.
— O que Priscila tem haver com isto? – Mariapergunta olhando para Gerson.
— Ela que apresentou o General ao pessoal daFederal de Minas, e conseguiu fazer a operação quegerou o atentado.
— E o que ela acha que ganha com isto?
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— Ela cuidava de dois depósitos que eu tinha ouro! — Que tinham, o que aconteceu? — Fui roubado, por eu mesmo! – Gerson.
— E ela acha que você não sabe? — Ela se acha esperta, esta tentando deslacrar a
carreta que chegou lá, mas Fabrícia vai chegar no ato evai tirar a carreta de lá, por não ser seguro o local.
— E vai esconder o ouro onde? — Em... acha mesmo que vou falar assim, tão fácil? — Antes era mais espontâneo! — Eu acreditava nas pessoas, estava querendo
ganhar milhões, e descobri que podia ganhar bilhões, daias pessoas que eram amigas começaram a virar asinimigas!
— Sabe que muitos olham para sua ex ainda comalvo?
— Eles não entenderam, ela tem mais hoje queeles, e não conseguem ver isto, e tudo que ela tem, nãovai para eles se ela morrer, então eles estão apenasolhando para o lado errado!
— E por que está calmo? — Maria, eu lhe roubei, você sabe que roubei, mas
não sabe o que roubei, os demais tem a mesma
sensação, de que eu roubei, mas não sabem o que, poisnão sabiam onde estava! — E não vai negar que roubou? — Não, mas não queira que declare o que roubei,
pois vocês nem sabem o que roubei! — E acha pouco, acha que eles vão deixar quieto? — Maria, quanto vale aquele estoque de armas
antigas que se apoderou em Tiradentes?
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— Ela me roubou? – Patrícia. — Disse para tirar de lá, não disse Patrícia? — Roubei, mas tinha muito pouco lá!
— O pouco que tirou de lá, 98% dos brasileiros,não vão receber 1% daquilo em 100 anos trabalhados!
— E não esta preocupado? — Lembra daquele ouro que me roubou? — Sim, os meus rapazes, me perguntam de onde
tirou aquilo, pois todos os exames apontam para umlaboratório que chegou muito próximo do 100%.
— Aquilo eu investi para ter, eu estrai, processei, etransformei em barra, mas somente uma pessoa sabeonde!
Maria olha para Patrícia; — Não entendeu Maria, ele não confiou nem em
mim, ele tá falando dele, mas pelo que entendi, umlaboratório em algum canto qualquer, capaz de produzir10 barras de ouro por dia, enquanto os demais estãocorrendo atrás dele, ele esta gerando dinheiro.
— Por que não devo matar aqueles Souza! – Mariaolhando Gerson.
— Finalmente pensou!Maria sorriu.
— Quando você deixa alguém que poderia morrer,vivo, você tem de ter um motivo para isto! — Motivo bobo, umas leis nacionais do século
passado, que davam concessões de extração por prazosfixos de 100 anos!
— E eles tem qual concessão? — Duas que me interessam, mas eles eram até 20
anos atrás, a parte que o senhor Geraldo confiava, até
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ele ter de seduzir com ouro a mais nova e a famíliaentrar na lista de pessoas a matar!
— Mas por que meu avô não matou então?
— Camargo não é burro, sabe que as concessores,se o senhor Pedro fosse dado como morto, poderiam serpassados a outros, ele não queria isto.
— Alguém usando a cabeça! — O problema é que ele se deixou levar por um
deputado e um arcebispo que o levaram a falência,enquanto os dois ficavam ricos!
— Então eles vivos, é o não repassar as concessõesdeles a frente, e como ninguém esta olhando para ospseudo mortos, paz!
— Sim, acha que teria algo contra os seus sematarem, estão se matando de antes de eu saber daestória!
— Mas que concessões eles tem? — Verificando ainda, mas sabia que eles iriam
tentar tirar a concessão dos Camargo, daquelamontanha, mas não esta sobre a concessão dos Camargoo que quero!
— Você não confiou em ninguém! — Maria, você continua sendo uma incógnita, vai
sentar ou ficar de pé?Gerson a olhou, a moça olhou os seguranças, não
via os de Gerson, mas sabia que deveriam estar ali,senta-se e olha para Gerson.
— Mas continua uma incógnita Maria, poderia estarem outro ponto, mas não, preferiu o caminho que sabiatrilhar, mas deste caminho, que você escolheu, sobrou sóvocê!
— Existem muitos apoios que desconheço!
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— Maria, uma pergunta, quanto tempo aindaestaremos em lados opostos nesta guerra infantil!
— Eles não acham infantil!
— Maria, uma dica, apenas uma, lhe pergunto naquinta se quer ficar nesta posição ainda, mas eurecomendava ficar longe até quinta!
— Vai enfrentar? — Como você disse, eles não veem como infantil,
mas ignoram o todo, ou melhor, ignoram o básico, temgente que acredita que Geraldo ficou rico explorando as
reservas de Granito Italiano que eles conseguiram,conhece pelo menos 6 grupos que acham isto! — Outros acham que ele mexia com narcotráfico! — Ele lavava dinheiro em vários lugares, e um deles
foi no narcotráfico, mas não tenta explicar parasantinhos, a diferença de lavar dinheiro e ganhardinheiro com narcotráfico, mas a visão de noventa por
cento das pessoas referente ao trafico, eles pensam empessoas vendendo pacotes em esquinas mal iluminadas,e todos nós sabemos que pobre não compra droga, nãona quantidade e valor dos ricos, rico não fuma crac!
— Alguns discordariam desta sua visão, mas querque suma até quinta?
— Seria mais fácil para você, mas não mando em
você! — Por que mais fácil? — Por que aquele deposito que arrombou e roubou,
era do senhor Reis, que amanha as 10 da manha, nãoterá nem para o pagamento de suas despesas pessoais,mas como rico gasta nos cartões sem sentir, ele e osdemais, vão tentar pressionar quem sabem que tem
dinheiro!
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— E você esta ausente! — Eles quase me mataram, eu não estou na
estória, eles me querem morto, esqueceu!
— Um morto que poderia ajudar! — Um amigo para os amigos, um péssimo inimigo
aos inimigos! — E vai deixar os Camargo revirar lá? — Tenho de falar com o Camargo, mas não sei
quando!Patrícia viu que Gerson não abriria tudo tão
facilmente; — E vai ficar aqui visível? — Por que não?Maria se levantou, olhou em volta, gostava do estilo
que mandara embora, aquele que deveria ter visto queera o estilo do pessoal de Gerson, olhava em volta e nãovia ninguém, mas sabia, estavam lá.
Gerson olha para Patrícia, terminam de almoçar evoltam ao hotel, Gerson deitou a beira da piscina e pediualgo para beber, passou filtro solar com cicatrizante, edeitou ao sol, ele queria relaxar mas sabia que ainda nãopoderia.
Patrícia olhava em volta, as vezes tinha a sensaçãode que não tinham segurança, mas será que Gerson eratão maluco assim, ela sorri e pensa, ―Sim, ele e malucosuficiente!‖.
Era por volta das 6 da tarde, quando Gerson pediuuma cerveja trocando o suco por algo mais forte.
O rapaz do bar do hotel não pareceu gostar muito,mas serviu o senhor, Gerson não era de forçar nada,
então olha para Patrícia e os dois sobem para o quarto. — O que lhe passou a mente Gerson?
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— Chamamos atenção aqui, agora vamos dar umavolta!
Patrícia sorriu, chegam a recepção, Gerson deixou
acertado, como se fossem apenas dar uma volta, pegamum taxi que a recepção chamou para eles e o taxi oslevou até o Bistrô Vivere Parvo, uma pousada já nomunicípio de Guaratuba, mas com apenas uma entrada,apenas aquela estrada estreita, Patrícia não entendeu,mas sentaram-se e Gerson pediu um Caranguejo e elepareceu se despreocupar, estava tentando relaxar,
tentando viver, ou estava novamente aprontado. — Você conhece lugares interessantes, tão perto eparece vazio!
— Sábado a noite aquela região que estávamosferve, então toda a segurança precisa ser reforçada!
— Ficaria visível que não estavam lá? – PerguntaPatrícia.
— Se estivessem virariam alvo, alvos são feitos parase praticar tiro, então temos de evitar mais um poucoeste papel de alvo.
O rapaz trouxe a mesa uma espécie de molho, pão,e uns aperitivos de camarão enquanto o caranguejo erapreparado, Gerson olha para Patrícia;
— Sabe quanto me faz feliz menina?
— Não sei, me fale! — A muito não me sentia esta criança, mas isto me
dá uma responsabilidade, te adorar é gerar uma guerra amais, e sabe do que estou falando!
— Meu pai! — Não entendi ele ainda! – Gerson a deu um beijo,
aquele local rustico, com um clima gostoso,
aconchegante, sem que os demais soubessem onde os
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dois tinham ido, eles e dois casais a mais naquelerestaurante, dava um clima bem romântico, e os dois sedivertiram, ainda estavam se conhecendo, curtindo, os
dois foram noite a dentro, Patrícia estranhou quandoperto da meia noite, ele no lugar de ir a região ondetinham entrado, eles caminharam por uma trilha, quedava em um cais, e viu João lá.
— Tudo bem Gerson, Patrícia? — Sim, como estão as coisas João? — Amanha cedo você decide se quer ir para onde!
Patrícia viu Gerson entrar em uma lancha, elaentrou também, era noite, viu João acender as luzes ecomeçarem a entrar no sentido do interior da Baia, adiferença de claridade, em meio a lua nova, quando acidade sumiu, Patrícia apertou a mão de Gerson, elaficou tensa, mas João ao comando da lancha começou asubir e depois entrou nas corredeiras do Rio Cubatão, ele
reduziu a velocidade, tinham pedras no meio docaminho, Patrícia só relaxou quando ele encostou emuma margem, após passarem por baixo de uma pontepênsil bem estreita.
João ajudou Patrícia a descer e depois Gerson, osconduziu a um carro.
Gerson o agradeceu e os dois foram ao carro,
Patrícia demorou a entender que estavam na mesmaestrada do dia anterior, voltaram a casa simples a beirado rio, e ela o abraçou;
— Assustador andar ao mar assim! — Sei disto, ele vai voltar e um casal, vestido como
nós estávamos, vai ficar ao quarto! — E o computador e as nossas coisas?
— Isto não está mais lá!
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— E vamos onde amanha? — Cedo vamos pegar o carro e vamos a frente,
onde vamos pegar um helicóptero com destino Rio de
Janeiro!Patrícia sorri e fala; — Você é maluco! — Um maluco que te ama!Os dois deitam cansados, Patrícia o provocando um
pouco mais a cama.
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Paulo olha para fora, a edição de Segunda quasepronta, quando os e-mails do jornal começam a seencher de reclamações, de xingamentos, deprovocações, Roseli entra pela porta e fala.
— Vai acabar com nossa normalidade. — Ele esta distraindo todos, mas a reportagem dele
saiu em 32 jornais hoje, sabe que estamos ampliando,
pelo que vi Roseli, teremos gente do Pará a Porto Alegrereclamando amanha, melhor não nos estressarmos muitohoje!
— E onde ele está? — Se mexendo, pois ontem ele assinou Caiobá,
hoje já assina Guaratuba, sinal que pode estar indo aosul.
— Ou quer que alguns acreditem nisto! — Acha que ele acaba o dia onde? – Pergunta
Paulo. — Acredito que em BH! — Seria bem mais a cara dele, mas não sei se ele
esta bem o suficiente para encarar BH.
A correria começava em todo pais, deixar claro,uma coisa que as minorias, pois ainda são minoria no
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Brasil, como os homossexuais tem de forte, é seremunidos, e quando escolhem um alvo, se organizam rápidopelas redes sociais e dão o contra-ataque.
Gerson e Patrícia, pegam o carro e dirigem atéGaruva, onde param ao lado de um campo de futebol, naentrada da cidade, lá Roberto esperava os dois, quesobem num helicóptero, que foi até Curitiba, onde osdois embarcam num jatinho particular para o Rio deJaneiro.
Era perto das 10 e meia quando os dois
desembarcam em Nova Iguaçu e pegam um helicópteropara Cachoeira do Macacu, era perto do meio dia,quando os dois, cansados, descem em frente a umafazenda, ao lado do rio Batatal.
Os seguranças pareceram desconfiar daquelehelicóptero, não mostravam armas, mas se posicionarama volta, Gerson e Patrícia descem;
— O senhor Raul está? — Quem gostaria? — Gerson Rosa!Gerson olha para a casa mais a frente e uma moça
veio a porta, logo após, o senhor Camargo e umasenhora, sua esposa, fez sinal para eles entrarem e orapaz apenas os acompanhou.
— Senhor Gerson, pensei que estava seescondendo!
— Em parte estou, quem esperaria eu estar aqui? – Gerson esticando a mão para Raul.
— Tem coragem, isto não se nega! — Senhor, estou aqui para conversar, poderíamos? — Sim, entrem!
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Gerson vê que embora imensa, a casa era simples,daquelas confortáveis, soalho de madeira, apenas asdivisões externas eram de tijolo, tapetes coloniais ao
chão, mas daqueles que deveria dar muito trabalho paralimpar, pois toda a poeira da casa deveria ficar ali.Quadros religiosos nas paredes, uma imagem de
nossa senhora na parede da sala, com um pequeno altar,e grandes sofás.
Gerson foi induzido a sala. — Não teríamos um lugar mais reservado?
— São minha família Gerson! — Não arrisco a vida dos meus, mas você que tem
de escolher Raul, pois estes que chamei sobre mim,matam crianças de colo, sabe disto!
Gerson ainda estava de pé, o senhor sorriu e falou: — Vamos ao escritório!Patrícia viu que um rapaz a porta revistou a bolsa
que Gerson carregava, enquanto um rapaz chegava aporta;
— Senhor, deixo onde as malas dos dois? — Deixa na sala, não sei ainda se vão ficar!Gerson sorriu, pois este senhor pensava como ele,
não era de meias palavras, mas sabia dos riscos.
Gerson olha o escritório, o piso de madeira brilhosodava o charme, um imenso armário ao fundo, como maisde mil livros, todos com capa de couro, era bonito dever.
Gerson olhava em volta, e viu uma das armas queconhecia bem, e olhou para Camargo.
— Verdade, nunca desconfiei, mas segredos assim,
ficaram em caixas escondidas, quase jogadas ao lixo!Gerson sentou-se e falou:
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— Camargo, o que vou falar aqui, espero que fiqueaqui, somente duas pessoas sabem do que vou falar, evocê será a terceira, todo resto, trabalhadores que nem
saberão o que estão extraído. — Sabe que o Deputado Jacoboscky esta tentandocaçar aquela concessão!
— Senhor, ele pode espernear, se sacudir, mas poristo estou aqui, só existe uma forma daquela concessãocair!
— Qual?
— A morte de todos os herdeiros!Camargo senta-se, talvez não tivesse passado isto a
cabeça, mas olhou serio para Gerson. — Eles não o fariam!Gerson não respondeu, o senhor sabia que a
verdade era o contrario, mas ouviu Gerson falar; — Senhor, aquela concessão não vai cair, mas ela
não nos interessa, era um chamariz, para ver ondeestava o verdadeiro poder, então quando a pressão ficarpesada, se compromete em abrir mão da concessão!
— Não confiou em todos? — Patrícia percebeu, pois conhece bem a região,
mas os demais, que não viram mais do que uma vez asequencia de imagens, não teriam como ver que inverti oleste e oeste da sequencia de imagens!
— E por que esta me falando então? — Dois motivos, proteger os seus, e segundo,
aquilo esta sobre a concessão que os Camargo tem emTeresópolis!
Camargo olha com um sorriso ao rosto, e fala;
— Quer dizer que temos a concessão, esta partenão era mentira, mas não está onde eles acham!
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— Acha que teria passado terras para o grupo deMoeda se estivesse lá?
— Pelo jeito desconfiou!
— Na verdade não de alguns, mas obvio, quando sedispara algo assim, é para saber onde esta tudo!Raul olha para Patrícia e pergunta:
— Sabe que seu pai me pressionou! — Senhor, ele fez mais um gasto com terras inúteis,
mas sei que ele tem algum segredo de família, quenunca me falou, daqueles que nunca quis ouvir, mas que
parece me por para fora da família dele! — Desconfia? – Camargo. — Não, não desconfio!Camargo não sabia se falava, mas estava a meio
caminho daquilo, quando Gerson intercedeu; — Temos senhor Camargo, de nos fazer de
invisíveis na próxima semana, deixa eles pressionarem,sabe que o repassar das terras para o senhor Reis, lhelivrou de um peso imenso, agora vamos com calmareestruturar a empresa, e ficar invisível!
— Pretende fazer o q ue? — Vou verificar, calma com os recursos que
sumirem das contas, é que preciso que pareça que vocênão esta ligado a mim neste momento Camargo!
— Vai esvaziar as contas, mas como? — O sistema estava fazendo transferências
pequenas a mais de 7 dias, testando os códigos deacesso, amanha ele vai fazer as transferências totais,para empresas diversas.
— Mas tem como se reverter isto? – Camargo.
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— Sim, mas temos um problema Camargo, temosparte da direção da Caixa em Brasília envolvida, parte dapolicia federal e do pessoal que deveria controlar isto!
— Qual a ideia? — Camargo, todo este montante vai ser lançado a
contas do narcotráfico na Colômbia, quero ver estedinheiro em peso ser retido lá por mais de 90 dias!
— Vai jogar o dinheiro num caminho sujo, seriaisto?
— Sujo e rastreado, para que fique um rastro muito
visível! — E como ficamos? — Controla os gastos, todos vão controlar, não
aparente que esta feliz, xingue, reclame, e negocie emmeio a isto com o Deputado, que tem um recurso quenão consigo acessar, esta em cofres, a concessão, vocêsem recursos, terá o motivo para negociar isto!
Camargo sorriu e falou; — Sabe que você me dá medo quando fala, parece
ter pensado isto a muito tempo! — Muito não, mas Patrícia sabe o quanto fico a
frente do computador olhando dados e pensando, esteser confiante, entra em campo apenas quando acha quenão levará tiro, e mesmo assim, levei dois!
— E não vai me mostrar a imagem da região? — Camargo, enquanto eles estiverem esperando
que eu acesse, não vou acessar, vou fazer por terra oque eles esperam que faça via satélite, mas preciso demais duas semanas no mínimo para entrar naquelasterras, antes é suicídio.
— Esta tudo muito húmido, sei disto, mas entãoainda estamos no jogo?
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— Sim, e vamos por este Deputado em falência, elevai roubar mais explicitamente, dai jogamos os dadospara a Veja e ele que encare a verdade, ele não nasceu
para politica! — E vai daqui para onde? — Tenho de estar no fim do dia em BH, pois
amanha sedo serei escrachado publicamente! — Referente a reportagem de hoje? — Sim, eles vão parar de olhar para o maluco que
fala em ouro e vão ver alguém que fala merda o tempo
inteiro! — Mudança de foco! — Sim, pois ainda não estou em condição de correr!Camargo mede Gerson e fala;
— Mas está melhor a cada dia! — O rosto não me preocupo Raul, minha
preocupação é esta perna, odeio ter de ser tirado de umlugar pelos seguranças por que não posso correr.
Gerson estava com fome e pergunta: — Posso abusar um pouco Raul? — Fala! — Não comemos nada ainda hoje, esta coisa de sair
na surdina na madrugada, nos pôs na estrada cedo!
— Imagino, as pessoas pensando em você noParaná e esta aqui, querendo ir a BH!Gerson sorriu, deu a mão para Patrícia e fala;
— Sabe que não a queria lá! — Por que? — Espero aquelas reações impensadas! — E ainda diz que não é suicida!
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— Queria que fosse a dois pontos, alugasse umcarro, e fosse a dois lugares, coletar algumas pastas!
Camargo olha para Patrícia.
— Ele a quer proteger, mas tem de segurar istomenina, pois seu pai vai atravessar tudo! — Aprendi isto a tempos Camargo, mas você iria
falar algo, tive a sensação! — Não sei se tenho este direito! — Sabe algo sobre a minha vida?Camargo sacudiu afirmativamente a cabeça;
— Grave? – Patrícia. — Grave não, mas o motivo de muita confusão! — Então preciso saber!Camargo olha para Gerson, que parecia não saber
do que falavam e afirma; — Seu pai é estéreo Patrícia!
Patrícia olha para o senhor, a informação nãopareceu ter sentido, lembra das brigas de seus pais,lembra que ela mesmo desconfiava que seu pai matarasua mãe, lembra da forma fria que ele fizera tudo, ausando como laranja, algo que acabou apenas quandoGerson a fez transferir tudo que tinha para seu pai, asinformações a sua cabeça estavam a toda quando ela
perguntou; — Tem certeza disto? — Tenho! — Sabe quem seria meu pai? — Não precisa de um pai Patrícia! – Gerson. — Desconfiava? – Patrícia agressiva para Gerson.Gerson não tinha com dizer que estava tão surpreso
quanto ela e desabafou;
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— Patrícia, pai é quem cria, não precisa de outropai!
— Mas ele pode ter matado minha mãe por isto!
O olhar de Patrícia sobre Camargo o fez falar; — Dizem que sua mãe tentou fugir dele e ele a
matou, mas não sei se é real menina!Uma lagrima escorre no rosto de Patrícia e Gerson
pede a Camargo: — Nos daria um momento?O senhor saiu, e Gerson olhou para Patrícia;
— Estou aqui, pode chorar!Patrícia o abraçou, estava perdida, acabara de
descobrir que Homero a veria morrer, e nem estava aipara isto, seu mundo esta desabando.
— Calma, resolvemos isto! — Ele me mataria!
— Patrícia, ele não tem herdeiros, sabe disto! — Ele sempre foi um pai, por mais que falassemmal dele, eu não achava ser possível, mas agora estouduvidando de tudo!
— Não destrua isto por uma informação que elenem sabe que você sabe, e não teria como dizer nestemomento por onde veio!
— Mas quero o socar! — Patrícia, tem de decidir o que fazer, estava
preste a dizer para ir para a casa de seu pai quando istoveio a tona, queria não a expor a tamanha brutalidade.
— Acha que vão os judiar? — Acho que não domino um furacão ainda, mas se
provoquei, vou encarar, sabe disto, não tenho como ficar
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— Vou verificar, mas se ela esta para lá, onde eleestá?
— Tudo aponta para BH Maria!
— Este maluco parece querer me dar um nó! — Falou com ele ontem? – Camargo. — Ele esta dando um nó em alguns, mas não
entendi a ideia, mas ele me recomendou ficar na surdinaaté quinta!
— Sabe por que? — Não, mas tem algo haver com recursos que vem
das contas de Geraldo, distribuindo para os demais! — Acha que ele nos tiraria esta torneira de
recursos? — Provável, ele não esta preocupado com dinheiro,
mas passo ai antes de ir a BH!Camargo olha para os seguranças e fala;
— Se prepara para defender a região, mas semaparecer! — Acha que quem virá? — Aqueles que estiveram aqui antes! — Foi uma chacina naquele dia senhor! — Sei disto, mais pessoas na lista de sumidos, mas
cuida, soube que minha família virou alvo, não quero
brigar com ninguém, mas se for o caso, as tira daqui! — Tiramos senhor Camargo.
O senhor Reis recebe a ligação de Patrícia; — Como está pai? — Onde está filha!
— Chegando ai, temos de conversar!
— Gerson vem junto?
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— Não, aquele é maluco, dizem que vai a guerracom uma perna engessada, deve querer morrer mesmo!
— Sabe onde ele deve estar?
— Ele disse que iria a Brasília hoje cedo! — E chega quando? — Meia hora estarei ai pai! – O pai saiu baixo,
quase não saiu, Patrícia olha para Gerson ao seu lado, napanificadora em frente ao prédio de seu pai, o beija efala.
— Se cuida maluco! — Te amo, deixa o celular preparado, se for entrar
em uma encrenca, avisa! — Aviso!Gerson ficou ali mais um pouco e viu Patrícia
atravessar a praça e entrar no prédio, os segurançaspegos de surpresa, veem ela subir, Patrícia estavaabrindo a porta e dá de cara com Priscila, que a olha eolha para Homero.
— Veio rápido! — Deve ser Priscila Dantas! — Me conhece? — Sim, proprietária de jornal em Curitiba, mas o
que faz aqui?
Priscila olha para Reis e fala; — Nos falamos mais tarde, parece que Gerson jáchegou a cidade!
— Ele deve estar em Brasília, não aqui! – Patrícia. — O que ele faria lá? — Propor algo a um deputado, não entendi, algo
que não dividiu comigo!
Reis ouve e pergunta;
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— Ele o que? — Não sei, mas algo referente aos Camargo
perderem a concessão, e ele quer fazer um acordo com o
Deputado, sabe que ali o preço que vale, não a ética!Gerson olhava a porta do prédio quando viu Priscilasair e olhar em volta, os seguranças a olharam, lhelevando dali no sentido do prédio do Jornal, Priscilachega a porta com uma manifestação, enquanto Gersonestava apenas pensando, tomando um café,tranquilamente.
Estava ali a mais de meia hora quando Joãochegou, sentou-se e perguntou; — O que fazemos? — Mantem a calma, mas põem gente nas janelas,
se ele a ameaçar, mata ele! — Pensei que não estava tão ligado a ela! — João, antes não acreditava que ele pudesse a
matar, agora acho que arrisquei a vida dela, me sintomeio responsável por ela estar ali, mas cuida dela!
— Acha que ele mataria a filha?Gerson pensou na resposta mas não falou nada,
além de um ―Sim‖, levanta-se e sai pela porta, pegandoo carro locado que João trouxe, se mandando no sentidoda Tribuna de BH, entra pela porta da frente, se
identifica, entra na área de direção e olha para Guedes, oredator chefe dali, um rapaz de sua idade, mas comaquela aparência jovial que somente alguns mantem.
— Como está Guedes? — Veio ver de perto? — Eles não estão ai a frente, o que aconteceu, não
são mais tão organizados?
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— Estão o esperando no Jornal do Comercio, nãoaqui!
— Passa para a direção de lá, que me comuniquei e
afirmei que estarei lá pela manha, vou jogar isto na nettambém! — Bem me disseram que era maluco! — Como estão as coisa Guedes? — Complicados, mas sabe que você estar aqui vai
vazar! — Não me identifiquei como Gerson Travesso, eles
nem sabem quem é este Rosa!Guedes sorriu e ouviu;
— As prensas novas, quando chegam! — Sábado começam a instalar as novas, o barracão
já esta pronto, esta ficando bonito, quer ver!Gerson concordou com a cabeça e foram ao grande
anexo, um imenso baração pré-moldado, construçãorápida, se via o pessoal pondo as instalações elétricas e ofim do piso ao fundo.
— Bom, sabe como estão os outros dois barracões? – Gerson olhando para o rapaz.
— Quase prontos, mas pelo jeito não vai ser partedo jornal!
— Um deles vai ser estrutura de uma gráfica, comtoda estrutura para lançamentos extras, e o outro,pensando em locar dividido em 3, ganhar um fixo!
— Sabe que quando compraram o jornal algunspensaram que iriamos todos ganhar a conta!
— Sei que quando as coisas mudam muitos ficamcom medo, mas calma, em BH serão apenas 3 jornais,
mas quero dar estrutura para estarem on-line com asnoticias, o jornal se tornar um extra, uma informação
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mais completa, não a exclusiva, esta vai ser dada on-line,alguns vão estranhar, mas quero agitar esta cidade!
— Alguns dos de dentro o chamaram de
homofóbico! — Guedes, não se chama um bissexual de
homofóbico, mas eles querem forçar a sociedade aaceitar eles como são, desculpa, as regras não sãoapenas para eles, se um rapaz chega com uma roupanão condizente com o trabalho e é hetero, ele aceita etroca de roupa, se for um homossexual, é perseguição,
regras são regras, sociedade é sociedade, todo ser quenão entende isto, não faz parte da sociedade, para serrespeitado!
— Eles odeiam este discurso, sabe disto! — Guedes, estou provocando, enquanto eles vão se
manifestar, os leitores vão comprar o jornal para saber oque falarei, e não estranhe se parar um ou outro jornal e
focar em um assunto assim um dia, quero poder ligarpara você Guedes e falar, vamos fazer amanha o jornalquase inteiro falando de saneamento básico, e todosfocarem nos problemas, com todas as opiniões,favoráveis ou não, obvio que teremos as capaschamativas dos escândalos, dos assassinatos, mas queropoder fazer as pessoas pesarem!
— Pelo jeito vai agitar muito o pessoal! — Amanha estarei entrando no Jornal do Comercio,esperando a reação, mas como digo, quero fotografar osmanifestantes e por no jornal seguinte!
— Sabe que eles podem tentar parar tudo lá! — Sei, uma das funções da gráfica ai do lado, é
cobrir a edição de qualquer um dos jornais, se preciso!
Guedes sorriu, Gerson estava cada dia mais terrível,e estava ali a olhar para os barracões.
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Viu tudo que tinha de ver e ligou para o DeputadoJacoboscky.
— Por gentileza, o deputado Jacoboscky.
— Quem gostaria? — Gerson Travesso! A secretaria tampou o fone e olhou para o
Deputado e falou; — Gerson Travesso! — O que ele quer? A secretaria volta ao telefone e pergunta: — Qual o assunto? — Pergunta para ele se posso tratar com você, já
que ele parece ter medo de quem mandou matar!Isto foi no viva voz, o senhor pega o telefone e faz
sinal para a secretaria sair. — O que quer rapaz!
— Saber se este grupo é tão burro assim, já queparecem querer minha morte, mesmo sem saber nada dahistoria!
— Sabe que vamos tirar aquela concessão de você! — Deputado, desarma, não vai funcionar comigo
como com estes que nem sabem da verdade! — O que quer?
— Um acordo de vida, apenas isto! — Não quer morrer, mas o que tem para me
oferecer! — Faça o preço Deputado, não sei quanto quer! — Você não tem nada que não tenha como tirar de
você sem ter de pagar!
— Isto é um não quero dinheiro, seria isto
Deputado!
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— Não vou cair em uma armação sua, você medeposita e depois me denuncia por algo, não sou burrorapaz!
— Então boa noite Deputado, tentativa inútil! – Gerson desliga e o Deputado fica a olhar a parede e ligapara Reis.
— Reis, oque este Gerson quer, agora querendocomprar a sua vida!
— Sei lá, mas por que me liga! — Não quer que achemos sua filha, pelo jeito esta
em Brasília com aquele marginal! — Ele esta por ai Deputado, mas minha filha esta
em casa! — Então o Delegado cumpriu sua parte? — Não, ela veio pelas pernas dela, não pela ajuda
do grupo, que pelo jeito nem sabia onde ela estava, poisouvi o Delegado afirmar que ela estava com ele em uma
praia no Paraná e ela me aparece a porta! — Acha que ele tem dinheiro para pagar por
proteção? — Sabe que sim Deputado, por que não teria! — O pessoal da ABIN me afirmou que ele estava
sem um centavo. — Sim, e 12 jornais a nível nacional, ele não esta
investindo em coisas a curto prazo senhor! — Sua filha esta bem? — Sim, ainda nos remédios, mas bem!Reis desliga a chamada e vê um grupo arrombar a
porta e olhar para ele; — Quem pensam que são?
João vai a frente e encosta o senhor Reis a parede,o algema e põem um capuz em sua cabeça.
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João chega aos quarto, Patrícia a cama, apagada,ele tira o pulso, muito baixo, liga para uma ambulância,era perto das 9 da noite, quando os enfermeiros entram
pela porta, e vendo que ela estava quase morta, com apressão bem baixa, a transferem a um hospital de BH.Gerson chega a uma casa em Contagem e vê o
senhor sentado de capuz a cabeça, e pergunta a João. — Como ela está? — Ele deu uma dose muito forte de remédio, ela
não amanheceria.
— O que tem no nome dela, que ela não sabe? — Vamos descobrir!Gerson sai dali e vai a Santa Casa de Misericórdia,
onde sobe ao quarto e vendo Patrícia inconsciente seculpa, não tinha certeza antes, agora tinha, o senhorHomero tinha algum motivo para querer matar aquelamoça, que roubara seu coração, senta-se ao lado da
cama, e vê uma enfermeira entrar e perguntar; — O que é da moça? — Quem esta pagando as custas, por que? — Precisamos de um responsável para as contas,
mas se esta cuidando disto, fica mais fácil! — Qual o estado? — Ela passou por uma lavagem intestinal, esta no
soro, mas estável, parece que agora esta reagindo bem! — Obrigado, ela não merecia isto! — Quem fez isto com ela? — O pai, mas como ela ainda não esta consciente,
não sei o que fazer ainda! — Amanha ela deve acordar, dai decidem!
A moça saiu, Gerson teve a sensação dela apertarsua mão, a olhou, ela estava sonhando algo, mas parecia
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estar mais quente, ele ficou ali, a olhar por ela, semsaber o que faria, era duas da manha, quando o celulardele toca;
— Fala João. — Vou verificar algumas coisas, mas é referente a
um papel que ele forçou ela assinar, parece que ele tinhauma conta em nome dela em Trinidad Tobago, não seireferente ao que isto é, mas ele fez ela assinar duasprocurações e a transferência dos recursos antes de aforçar tomar algo!
— Ela saiu do perigo, continuam brigando porninharia!Gerson desligou e ficou ali, olhando por Patrícia,
estava preocupado, sabendo que o dia seguinte seria deprovocações.
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Gerson ainda estava acordado quando o celulartoca:
— Fala Paulo! — Fecharam a rua, tem uma grande passeata, com
gente de todo tipo a rua, querendo o linchar. — Paulo, fotografa mas não cai na provocação! — Esta se divertindo! — Vou verificar como as coisas estão, sabe que
estou ainda puxando atenção! — Sei, todos os meios de jornais está on-line.Gerson acessa o sistema do Jornal do Comercio de
Belo Horizonte, acessa a sua parte e publica, os demaisno jornal veem a noticia on-line ir ao ar, pela internet,
avançando por todos os meios de comunicação. ―Gerson Travesso, estará em visita relâmpago noJornal do Comercio em BH, estamos esperando ele parauma reunião entre os repórteres e os demais as 10 horasda manha desta segunda.‖
Um agito nas redes sociais começa a convocargente, Gerson liga para a redação e fala:
— Carmen Silva, Gerson Rosa! — O que esta aprontando Gerson!
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— Inauguração oficial, o que mais! — Alguns anunciantes nos pressionaram! — Diz para eles, se querem pular fora é a hora, não
vou ficar quieto por que eles tem medo destes quedevem ser postos no seu lugar! — Eles vão nos lixar! — Põem os repórteres para a rua, e fotografa tudo,
você tem a reportagem a sua porta, que estará em todasas redes de comunicação de amanha!
— Mas fazemos o que? — Entrevistem eles, peguem seus depoimentos,
joguem em mim a culpa, o que mais! — Não tem medo? — Tenho, mas minha aparência não esta boa, e se
mesmo assim me atacarem, só vão ampliar a guerra. — Se cuida!
— Uma pergunta Carmen, Priscila passou ai ontem? — Sim, deu algumas ordens, não sei se esta pordentro!
— Deixar claro uma coisa Carmen, qualquer ordempassada por Priscila, confirma com Roseli, ela esta afimde ticar no seu lugar!
— Vou confirmar então antes com Roseli, obrigado
pela dica, mas vai vir mesmo? — Estou saindo para ai em minutos, mas vouchegar as 10hs! – Gerson olha o relógio e vê João entrarpela porta.
— Tudo pronto! — Vai ser nojento!Joao sorri e fala;
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— Já preparamos um banheiro logo depois daentrada, para qualquer problema!
— To preocupado com o gesso!
João olha para o mesmo e fala: — Este branco não vai ficar, sabe disto!Joao entrou, Gerson saiu e viu dois seguranças
chegarem ao lado, e o acompanharem a rua, foi ao local,pôs um capuz, e caminhou no sentido de um bar, olhouem volta, cheio e enchendo, o rapaz do bar em frente seassuntou;
— Calma, apenas não posso ser visto nestamanifestação!
— Não entendi o que esta acontecendo? — Vai ser uma guerra! — Acha melhor fechar? — O proprietário só vai chegar as 10 hs, pode ser
um bom dia de venda até a hora que ele chegar! — O que acha que estes bichas vão fazer! — Vi alguns com sacos que não sei o que tem
dentro, mas acho que vai feder!Gerson pediu uma cerveja, e de capuz, ficou ali a
olhar o movimento aumentar, a policia chega ao local, ecomeça a abrir para os repórteres saírem.
— Sabe o que este senhor do sul escreveu que elesse revoltaram? — Uma declaração bem polemica contra a união
GLS e a favor da família. — Eles leram? — Alguns nem leram ainda, estavam mobilizados
desde ontem, quando ele provocou!
— E não recuou hoje!
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— Não!O senhor riu, muita gente comprando cerveja em
lata, era perto das 10 quando Gerson olhou para o
segurança, o rapaz do bar viu Gerson tirar a mascara,olhou a imagem ao fundo, numa placa o chamando dehomofóbico, sorriu e fez sinal para o rapaz fechar alanchonete e ficou a olhar o senhor com aquela pernaengessada, abrir caminho do bar, que ficava a esquina,no sentido do jornal, as pessoas reclamavam quando osseguranças abriam caminho, mas esperavam Gerson
chegando de carro blindado, e não a pé, arrastandoaquela perna, Gerson chega a porta, os policiais abrirampara ele passar, e se viu a chuva de merda sobre Gerson,eles lançaram milhares de sacos de bosta sobre osenhor, que apenas se recolheu, aquilo atingiu policiais,que obvio, não deixaram barato, saíram batendo forte,mas pegou nele, nos seguranças, na portaria, em toda afachada do prédio, Gerson entra, fedendo, e osrepórteres riram, Gerson atravessou a pé 2 quadras, elesnão tinham coragem de sair de carro, ele passou a pé,mas obvio, a imagem rodou o mundo, da chuva demerda.
Gerson chega ao banheiro que havia preparado, tiratoda a roupa, entra no chuveiro, sem olhar, se lava, ocheiro insuportável, viu aquilo descer pelo ralo, mas
entrar parte nos intervalos do gesso, tomou um banhodemorado, outros foram tomando banho, e quando elese vestiu e saiu do banheiro, olha para os demais jornalistas e fala.
— Bom dia a todos, desculpa a demora!Carmen riu e falou:
— E como saímos?
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— Calma, a empresa de limpeza já esta chegando,eles ainda estão ai?
— Sim!
— Não por muito tempo! – Gerson olhando para osrepórteres. – Sei que não gostam de mim, mas nãoesperem que faça noticia todo dia, mas assim como elesse mobilizaram, um grupo de 120 igrejas evangélicas semobilizaram também, nunca pensei em ser defendido porcrentes, mas eles se reunirão as Dez e estão descendo arua com mais de 100 mil pessoas a favor da família, é
hora de registrar. — Vai os fazer brigar! — Deveriam conversar, mas duvido que aconteça!Gerson mal havia terminado e se ouvia um carro de
som vindo ao fundo, com cantigas evangélicas. A confusão tomava a rua, vários jornais estavam ali,
até redes de TV, propaganda gratuita, como Gerson
falaria, alguns lhe perguntaram se não era muitonegativa, e ele apenas ficou pensando que fossenegativa ou positiva, era o sair do zero.
Maria chegava a BH e mesmo querendo ir nosentido da confusão, sabia que não era hora, e liga paraGerson.
— Sobreviveu?
— Não sumiu ainda? — As pessoas me ligando perguntando o que
estava acontecendo não tive como sumir ainda! — O Reis sumiu, aproveita a dica! — O que aconteceu, dizem que viram uma
ambulância sair da casa dele ontem!
— Ele tentou matar Patrícia, apenas isto! — Sozinho?
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— Não, sou um cara de sorte, ela não meabandonou ainda!
— E o senhor Reis?
— Deve estar correndo, já que isto é crime,tentativa de assassinato da filha! — Mas ninguém falou disto! — Queria o que, que desse o serviço para os
amigos dele, não é da policia que ele esta fugindo Maria! — Qual o destino de Amanha? — Ainda não sei, quem esta reclamando mais! — O Deputado esta xingando alto, e nem sei por
que? — Nem eu, pois tentei falar com ele ontem e nem
me atendeu! — Você é maluco mesmo! — Maria, posso ser Maluco nos atos, mas sei onde
quero chegar, sabe onde quer chegar?Os seguranças chegavam a Gerson, que marca umareunião de apresentação no auditório do local, olha emvolta, estava tendo ideias malucas enquanto os demaisfalavam dos projetos para o Jornal.
Gerson ouviu um bom tempo, falou pouco, deixou aresponsabilidade local, que regeria 8 dos 9 encartes do
jornal, com Carmen.Gerson saiu dali, sai a rua, onde dois carros pipaslavavam a fachada do jornal, a policia a uma hora haviadispersado os dois grupos, mas ele saiu a pé, o gessoestava fedido, se manda para o hospital e antes de subirpara falar com Patrícia, que segundo João haviaacordado, foi a parte ortopédica, tirou os pinos, e depois
de lavado pelos rapazes, que tiraram sarro daquilo, dão
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os pontos nas entradas dos pinos, e colocam um gessomais leve.
Gerson depois de 2 horas consegue subir, e senta-
se ao lado de Patrícia. — Pensei que tinha me abandonado! – Patrícia bem
carente – Ele tentou de novo Gerson.Gerson olhou as lagrimas aos olhos dela, estava
triste, mas voltando, João passou todos os recados daenfermeira, mas ela estava reagindo, e não teriam tempopara ficar ali muito tempo.
— O que pretende Patrícia? — Saber por que! — O pessoal vai descobrir, mas não sei como falar o
que eles descobrirem! — Já sabe algo! — Sim, sua mãe namorava Rogerio Oliveira, quando
conheceu seu pai, este rapaz, que tinha o mapa original,mas parece que ele o queimou como prova de amor parasua mãe, que não queria passar fome novamente, egravida de você, casou-se com seu pai, que não sabiaainda ser estéreo, quando em um exame para saber porque não tinham um segundo filho, isto veio a tona, ecomeçaram as guerras!
— Esta dizendo que sou uma Oliveira? — Seu pai falou isto para alguns que pediram sua
morte, era uma das herdeiras! — Ele me fez assinar alguns papéis, o que era
aquilo? — O dinheiro dele, estava todo escondido em uma
conta em Trinidad Tobago em seu nome!
— Então tinha dinheiro ainda, mas e ele?
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— Você que vai decidir se daremos uma novachance a ele ou não!
— Não quero decidir isto! – Patrícia falou alto.
— Então não pense nisto! – Gerson pensando queentão estava decidido, ele não queria matar ninguém,mas aqueles olhos precisavam de defesa.
Patrícia sentou-se e olhou para Gerson seria; — Acha que estamos seguros? — Patrícia, vou tirar você daqui em momentos, mas
precisava que recuperasse a consciência. — Ainda bem que esta lucido, pensei que não
voltaria! — Peço desculpas pelos rapazes, demoraram para
entrar lá! — Mas eles entraram, poderia ter morrido!Gerson pensou nas informações que havia recebido
que ela estava indo para a morte, pressão caindo, masnão falou nada, á abraçou e ajudou ela a se vestir.
Quando a moça voltou ao quarto, não tinha maisninguém lá, tinham saído como visitantes.
Gerson pega o carro na entrada, aquele modelocom marcha na mão estava sendo divertido dirigir, paraele que não conseguia com uma perna.
Patrícia viu que Gerson achara uma forma de dirigir.Gerson sai dali dirigindo e não deu meia horaestavam saindo da cidade no sentido sul, Patrícia viu quedois carros iam a frente e um as costas, discretamente,estavam descendo por uma estrada que Patrícia aoconhecia bem, ao lado do Rio Paraopeba, quandochegam a Brumadinho ela olha para fora e pergunta;
— O que tanto pensa?
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Patrícia viu ele parar em um restaurante a frente efalar;
— Vamos jantar e conversamos!
— Muito quieto!Gerson olha para a moça, antes de sair e pergunta:
— Patrícia, sabe aquela curva da vida, que quandose dá, você tem duas alternativas, mas ambas vão lheminar a relação, estamos nela!
— Por que, não entendi?Gerson passa a mão nos cabelos dela e fala;
— Te amo, mas sabe, se der fim no seu pai, mecobrara mais a frente isto, se não der, me cobrará damesma forma!
Patrícia pensou que Gerson estava pensando emonde iriam, mas não estava pensando na relação dosdois, sabia que o ódio dela estava grande, mas sabia quetendia a acalmar.
— Mas não se culpe por isto, estou aqui por quevocê mandou me vigiar, não por outro motivo!
Gerson a beijou e falou: — Vamos comer e se preparar para o teatro! — Não entendi! — Estamos a um pulo de Moeda, que fica no
município vizinho. — O que viemos fazer aqui? — Trocando uma ideia, mas vamos comer, não
estou ainda inteiro, e nem você!Patrícia da a mão e ele e entram como namorados
novos no restaurante, com aqueles sorrisos quenamorados novos sabem o valor, e depois se perde no
tempo.
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Era um rodizio de carnes de beira de estrada, osdois foram mais nas saladas, mas já estavam comendoisto também;
— O que quer falar?Gerson pegou dois papeis impressos na pasta docomputador e falou;
— O que falta nestes dois mapas?Patrícia olha para ele e fala.
— Uma vila e um rio inteiro! — Sim, por que o rio apontaria onde esta que locais
que não estão no mapa? — Carandaí, aqui, Belo Vale aqui, e Moeda aqui! — Sim, uma linha que poderia ser feita de barco! — Desconsiderando as quedas! — Todas bem conhecidas na época! Belo Vale pelas
pastagens onde estavam os gados, Carandaí pela grande
mina de ouro! — Mas Moeda poderia realmente não serconhecida!
— Onde se confeccionava as moedas, obvio quenão era conhecido, isto era oficialmente feito no Rio deJaneiro!
— Esta dizendo que mudaram a historia?
— Digo que algumas coisas conhecidas hoje, nãoeram publicas na época, estes mapas eram controladospor pessoas como Tiradentes.
— O que mais acha que temos na região!Gerson coloca sobre uma cidade o lápis, não estava
ao lado do rio, mas estava ali, ao lado, ela olha paraGerson e pergunta quase sem sentir;
— Oliveira, não entendi!
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— Vamos descobri juntos, lembra disto! — Sim!Joao chega a mesa e passa algumas fotos para
Gerson que olha o local e fala; — Acha que alguém está olhando? — O pessoal comprou aquelas terras a semana
passada, ninguém considera elas importantes.Gerson olha para João e fala;
— Esvazia tudo que tem lá, leva para o novobarracão em BH, vamos olhar amanha com calma, assimque terminar, me avisa!
— Não vai demorar muito!Patrícia olha as imagens e fala:
— Outra fenda, eles não pareciam estarpreocupados com o tempo, era para ser algo rápido!
— Sim, cada canto um pedaço de historia perdida!
Ficaram ali até João passar a mensagem e Gersonpega o carro e começa a andar no sentido do local;Estaciona na frente de um portão e liga para o
Delegado de Moeda; — Delegado, podemos falar! — Gerson? — Sim, preciso conversar!
— Onde quer que o encontre! — Na entrada da cidade, estrada dos negros, fim da
estrada na Fazendo do Preto! — Esta na cidade, me juraram que estava em BH! — Espero você lá, ainda estou ajeitando, comprei a
pouco o terreno!
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Patrícia vê Gerson sair e abrir o portão, se via asmarcas de que algo pesado saíra por ali, mas a noitecaindo, não aparentava muita coisa.
Gerson sai e abre a porta para Patrícia que sorri,pois ele com aquela perna ainda tentava ser gentil.Entram na casa, estava arrumada, mas com as
coisas a porta, como se tivessem limpo a pouco, Gersona sentou e perguntou;
— Como está? — Ainda grogue, mas melhorando!
Patrícia vê Gerson pegar duas armas sobre a mesae colocar uma delas as costas, não parara nem paraatender o telefone direito.
Estava esperando quando ouve o telefone tocar; — Fala primo! — O que deu em você, quase fui na frente do
Jornal lhe jogar pedra! – Fabrícia. — Se não entendeu, não vou lhe ensinar a ler
Fabrícia! — Meus amigos querem lhe escalpelar! — Isto é difícil, pois cabelos aqui não existem mais! — Por que daquilo? — Fabrícia, para e pensa, sempre fui pela família, o
que falei lá que lhe chateou, que você não quer nadaserio com ninguém, 20 namorados em 20 anos, depoisse enche e lhes dá um pé na bunda!
— Sabe que nem todos são assim! — Sei, mas vi que vocês tem de ser postos no
lugar, não sabem ouvir a opinião contraria sem falar emperseguição, mas não é perseguição, sabe bem disto
Paulo, não quero brigar, mas vocês são minorias e
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deveriam se comportar, acho que atentado ao pudor valepara qualquer dos casos.
— Mas eles querem lhe linchar!
— Diz que amanha estou em Curitiba, encaro cadaum deles pessoalmente, os chamando pelo nome, e nãopor estes apelidos que parece mais uma forma deesconder o verdadeiro ser, aquele que foi registrado,batizado, como foram apresentados ao mundo!
— Ainda esta chateado, mas aquela chuva foi bemprovidencial, você mereceu primo!
— Sei que provoquei, mas mostrou que além dehomossexuais são porcos!Fabrícia não gostou da afirmativa e desligou;
— Ele também não entendeu? — Ele tá fazendo tipo para o menino ao lado na
cama!Patrícia sorriu, Gerson ouviu os carros chegando
pela rua, e falou; — E se eles nos quiserem mortos? — Morremos ricos, e eles vão ter de recomeçar do
zero!Patrícia entrou e deitou;
— Mas se cuida!
— Vou apenas conversar!Gerson olha para o delegado chegando e vai aporta, com aquela perna arrastando;
— Entre Delegado!Gerson deixou a porta aberta e arrastou a perna até
a cadeira ao lado da mesa, onde tinha uma cervejagelada.
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O Delegado entrou olhando em volta, atrás doisrapazes da policia local, Gerson estranhou mas estava alipara conversar, jogar duvida ao ventilador.
— O que faz aqui Gerson? — Eles podem ouvir?O delegado chega a mesa, a arma estava ali, e
apenas a esticou a mão e viu que era leve; — Das boas, mas o que quer Gerson. — Tenho os dados, mas não entendi algo! — Você não entendeu nada, sabe disto! — Certo Delegado, mas se eu que não entendi
nada, sei onde esta escondido mais de 17 bilhões emouro, quem entendeu tem quanto?
Gerson não olhou os rapazes ao fundo, mas obvio,era muito dinheiro e um deles sem sentir perguntou;
— Quanto?
O delegado olhou o rapaz e falou: — Os dois esperem lá fora!Gerson esperou eles saírem e o Delegado
perguntou: — Pelo jeito veio conversar! — Sim, pois não entendi, não era para ter tanta
coisa assim!
Gerson levanta-se e estica a mão para uma pastaao armário velho as costas e trás a mala antiga na mesa,ficou claro tanto a dor nos olhos de Gerson como o pesoda mala.
— Delegado, pensa, eu paguei por estas terraspouco mais de 350 mil, e esta pasta estava por baixo dacasa, ela foi de um Oliveira, mas estava ali, enterrada,
como se ninguém soubesse que ela estava ali, a mais de30 anos!
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Gerson abre a mala e se viu a parte reforçada noslados, e por tiras de couro, barras rudimentares,pareciam com barras antigas, de mais de 100 anos.
O delegado contou as barras e falou; — 25 barras assim, como se estivesse abandonado! — Vim verificar e achei rápido demais, tem algo
errado nisto Delegado! — A moça ao fundo pode ouvir? — Ela está dormindo senhor, Homero a tentou
matar na noite de ontem, ela nem sabe onde está! — Ele quase me convenceu que a queria de volta! — Ele sabia que tanto eu como ela teríamos acesso
ao que ele falasse! — Então ela levou sorte? — Sorte, ele a deixou sem um centavo e ouvi dizer
que ele esta vendendo tudo, e vai sumir!
— Sabe por que? — Delegado, ela não precisa saber que tem partenisto!
O Delegado riu e falou: — E dizem que você é lento, imagina se fosse
rápido! — Delegado, esta é a minha contribuição do dia
com o grupo! — E o resto? — Delegado, ainda estou deixando a historia entre
poucos, acho que deve existir quase 3 vezes o que seiexistir, quer deixar por ai? Eu não quero!
O Delegado sorriu e falou; — Vai passar estas terras para o grupo?
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— Sim, ainda nem fui a Macacu depois, mas estouesperando o Deputado parar de atirar!
— Acha que ele consegue a concessão?
— Delegado, ele é burro, mas tudo bem, aconcessão é minha, pois é da empresa de extração, queagora tenho mais da metade, assim que puder, voupassar ao grupo, mas como disse, sobre novas cabeças,não quero os antigos.
— E acha que ele não consegue inverter? — Lei é lei, os Camargo tem direito a exploração lá,
por mais 21 anos, em 8 não haverá o que explorar! — Ele vai espernear! — Cobra para ele a parte do grupo do Diamante
que esta tirando na região do Alto Jequitinhonha! — Ele está tirando muito lá? — Ele esta tirando muito em Turmalina e Minas
Novas! — Quanto não sabe? — Sei que ele esta vendendo em Paris, mas de lá
que vem a afirmativa que temos muito mais diamante doque o oficialmente vendido!
— Vou verificar, ele não esta dividindo isto! — Dia 30 vou dar um pulo lá e verifico quanto ele
esta desviando! — Mas qual a duvida Gerson? — O problema é que Carla mudou todo o ouro de
lugar antes de Maria a matar, ela não queria que nós nosapoderássemos, pensei que Maria sabia onde estava,mas ninguém se mexeu quando fiz a operação malucaem Curitiba!
— Aquilo foi maluquice!
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— Calma, estamos tirando as barras aos poucos delá, pondo barras de ferro pintadas, não enganamninguém, mas mais uma semana, vamos ter retirado
tudo da sede da policia civil! — Pensei que estava maluco, aquilo foi loucura! — Sei disto, mas pensava em provocar ação, mas
parece que cada um defende sua parte, e afirma coisasmalucas, vi um Arcebispo afirmar que tínhamos ouro emCaiobá, ele é maluco!
— Armou aquilo?
— Logico, não quero dar o ouro a gente rica, comoa igreja!O Delegado sorriu e perguntou:
— Fica até quando? — Amanha tenho de estar em Curitiba, mas sabe
como é, quero a defender deste pai maluco! — Nos vemos amanha? — Quero mandar o meu corretor lhe procurar, para
passar mais estas terras! — E alguns ainda acham você um inimigo!Gerson sorriu, o senhor a sua frente o considerava
um inimigo, mas obvio, estavam em uma encenação.O delegado saiu pela porta e o auxiliar perguntou:
— Mudou de ideia Delegado! — Ele continua sendo mais útil solto rapazes! — O que tem nesta pasta pesada! — Ouro, ele não esta preocupado com estas
pequenas quantidades, mas ele disse que amanha estaterra passa ao grupo!
— Ele não desconfia que não existe mais o grupo
como falavam antes?
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— Ele parece saber de coisas que não sei, comoque o Deputado esta desviando Diamantes, ele deve terdesviado parte, e como o Deputado não reclamou, ele
soube que era fora do esquema! — Ele continua mau, mas e aquela moça lá? — Muitos a querem matar, mas ele é mais esperto,
as pessoas esquecem que foi com esta serie de mortesque se perdeu parte do ouro!
Outros dois carros que os rapazes nem saíramdeles, ficaram apenas observando, saem na frente e o
delegado logo após.O celular de Gerson toca, ele olha a mensagem; ―Saíram e deixaram um urubu!‖ Gerson deitou a cama com Patrícia e dormiu, estava
precisando.
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Gerson viu Patrícia dormir até as duas a manha,quando a acordou, tomaram um banho e pegaram aestrada no sentido de Ouro Preto, era perto das 3 damanha quando chegam a cidade e batem em uma casa,um senhor abriu a porta e olhou Gerson.
— Não deveria estar aqui Gerson! — Estamos chegando longe dos olhos, mas quer
que espere a manha?O senhor abriu o caminho, talvez o rosto da moça
que vinha com Gerson vez ele parar e pensar, Patrícia viua forma que o senhor olhou para ele.
Gerson olhou o senhor e falou; — Temos de conversar! — Problemas com Roseli? — Não, mas como estão as coisas por aqui? — Confusas, quando os Souza começaram a se
matar no fim do ano passado, muitos ficaram tensos. — Vocês já estão mortos, sabe disto! – Gerson.O senhor olhou para a moça e perguntou;
— Quem é ela?
— Digamos que parece que sua família me atrai!
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— Onde achou ela?Patrícia não entendeu a pergunta mas chegam a
grande sala da casa, casa antiga, no centro histórico,
com pé direito de 6 metros, paredes grossas, e quandochegam a sala, Patrícia olha o grande quadro pintado aparede, foi inevitável se olhar no reflexo do espelho quetinha a sala e olhar para o quadro.
— Quem foi ela? – Patrícia.Do lado de fora, um rapaz bate no vidro do rapaz
que os seguiu, e quando ele abre o vidro, o rapaz recebe
um tiro seco, curto. João olha para o rapaz que deu otiro e fala. — Tira o carro e faz ele se perder em uma curva na
040!O rapaz afastou o rapaz que estava no volante e
saiu na direção da rodovia, seguido de outro.Patrícia olhava o senhor da casa:
— Ela é de confiança Gerson? — O pai dela tentou a matar ontem Mateus! — Sabe que a prima não vai gostar de gente
externa ao grupo sabendo que estamos vivos! — Primo, ela é herdeira direta de Rogerio Oliveira,
mas ela não sabe do que estou falando!Mateus olha a imagem pintada, que a moça não
tirava os olhos e fala; — Se é herdeira de Rogerio Oliveira, esta é sua avó,
Maria da Gloria Oliveira, irmã de Flavio Jose de Oliveira,os dois seres que roubaram a Igreja em Tiradentes.
Patrícia olha a imagem e olha para Gerson. — Você sabia!
— Nunca havia vindo aqui Patrícia. — Mas quando viesse saberia!
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— A imagem não é prova sabe disto! Você mesmoduvidaria, ou não!
Patrícia olha para o rapaz e pergunta:
— E você é neto dela? — Bisneto, Rogerio Oliveira, era o mais jovem dos
filhos de Maria da Gloria!Gerson sorriu e falou;
— Ela esta confusa, estamos só de passagem,queria saber se estão todos bem!
— Sim, sabe se alguém o seguiu?Gerson olha para a porta e João chega ali e fala;
— Não chegou a ligar para ninguém, mas avisou anamorada que estava em Ouro Preto!
— Falou onde? — Não, ele achava que retornava hoje!Gerson olhou para o Primo de Roseli e falou:
— Estou desviando eles, mas tem de ficar atentos,vou implodir este grupo! — Vamos ficar de olho, mas não gostamos de ficar
visíveis!Gerson ignorou a provocação e voltaram ao carro,
agora sem ninguém os seguindo e voltam a estrada. — Queria me mostrar isto, ou não?
— Não isto, mas ainda temos estrada a andar!Os dois foram ao carro e João perguntou:
— Esta conseguindo dirigir! — Tô devagar, mas tá dando para ir!Gerson pegou no sentido de Mariana, depois para
Piranga em uma estrada de chão ruim, Gerson sentiu ocorpo, mas continuou, estava amanhecendo quandochegou a Piranga e pegou no sentido de Senhora
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Oliveira, Patrícia estava dormindo ao lado quando Gersonparou em um posto e perguntou onde era a fazendo DoisRios, o rapaz apontou uma montanha e falou;
— Sobe naquele sentido, quando não der mais parair, verá a placa do Sitio.Gerson viu Patrícia abrir os olhos, pegaram uma
pequena estrada, muito mato, raspando o fundo doveiculo, o carro meio torto em um trecho fez Patríciaprender bem o cinto, mas depois ficou reto e Gerson saiue abriu uma porteira, e entraram em um terreno, com os
restos de uma casa que fora de alvenaria, mostrando queaquela subida já fora boa.Patrícia olha o local, se via a cidade pequena aos
fundos, e tentou se localizar, nunca havia ido naquelelugar.
— O que viemos fazer aqui? — Descobrir nossa historia!
— Até parece que você se interessa por historia!Gerson sorriu com uma cara que ela não gostava,
mas estavam afastados da maioria das pessoas, mesmose alguém tentasse os seguir ali ficariam muito visíveis,não era uma estrada, e sim uma trilha que trazia paraaquelas terras.
Gerson pega um mapa na mochila que estava no
banco de trás, colocou a mochila as costas e começacaminhar, estava quente, e mesmo as primeiras horas dodia, pareciam bem abafadas ali.
Patrícia viu Gerson arrastar aquele gesso por umatrilha e depois de um tempo, pararam a uma entradafechada, com a placa não entrem.
Gerson pegou a mochila e ela viu ele pegar um pé
de cabra e abrir aquelas madeiras, e poucos metros,
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começava um túnel, mas ele para a poucos metros, eleparou em um canto, ligando uma lanterna e entrou,Patrícia entrou atrás, e viu umas caixas bem velhas, ele
puxou uma e se ouviu o estalar de moedas, estranhou, acaixa não resistira.Patrícia pega uma daquelas ao chão, olha contra a
entrada, de onde vinha luz e pergunta; — O que é isto, parece uma moeda mas é
quadrada, e tem um algarismo romano! — De quanto é este ai?
— Não sei, tem apenas o símbolo 12 na moeda! — patrícia, isto é a moeda local de 1700, 12 florins! — Tem certeza? — Pode não ser! – Gerson pega um e leva ao dente
– Mas também nunca vi um, mas na descrição,fabricados na casa da moeda no Rio, quadrados, commarcas em romano do numero 3, 6 e 12, feitas de ouro,
seriam Florins!Patrícia riu e falou;
— E você faz parecer fácil! — Esta abandonada a mais de 100 anos ai, estas
eram terras dos Oliveira! — E você acha como se fosse normal!
— Patrícia, o que quero saber, não é onde estão,sei onde devem estar, mas por que dois Oliveira, que sãoherdeiros disto, tiveram de roubar um mapa em umaigreja, de algo que era deles por direito!
Patrícia para na afirmação, e pergunta; — Esta a dizer que eles tinham um mapa, e que
alguém o roubou, quando foram a igreja, eles não
queriam o ouro, mas foi o ouro que gerou todas asmortes?
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Gerson sorriu e desceram ao carro, pegaram caixasplásticas e voltaram ao local, Gerson acendeu umsinalizador e começaram a passar as moedas para a
caixa. Era perto das duas da tarde, os dois estavam aestrada, pegando no sentido de Piranga, onde pegaramum avião particular com destino a Curitiba.
Gerson e Patrícia foram a um hotel e deitaram,estavam cansados desta caçada, mas pareciam felizes.
Gerson fotografa um e passa para Yuri e pergunta; ―Vai parar de fazer acordos que não lhe levarão a
nada?‖ ―Segue em anexo a imagem de um Florim, preciso
saber se é real ou falso‖. Gerson abraça Patrícia e deita, estava cansado, e
não tinha forças para continuar naquele dia.
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J.J.Gremmelmaier
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Travesso 9
Bosta,
Fedeu!
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Gerson acorda silenciosamente e vai ao banho, amesma maratona, ele havia marcado com um ortopedistanaquela manhã, tomou um banho, parecia ainda sentir ocheiro da merda, lembra de que abaixou a cabeça,lembrou do exercito, abaixa a cabeça, se entrar pelonariz, vai sentir o cheiro por meses, mas a sensação eraterrível, o cheiro parecia vir dele, talvez fosse psicológico,mas não tinha certeza, e se lava, se esfregando, mesmomolhando parte do gesso, que ficava muito pesadoquando molhado.
Estava secando-se quando Patrícia o beijou nua ascostas, ele a beijou, mas não sentia-se legal.
— Tô me achando fedido hoje! — Tem de ver que vai demorar para perder esta
sensação!
— Me acompanha hoje?
— O que vai fazer hoje?
— A 5 dias pedi uma prótese de fibra de carbono,
que faz o mesmo efeito do gesso, mas permite melhorflexibilidade, por ser mais leve.
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— Quer mesmo ir a guerra!
— Tô chamando tudo sobre mim, e não espero quetodos entendam, amigos vão parar de falar comigo, mas
é neles que estou pensando. — Acha que são mesmo moedas antigas?
— Se não as considerarem antigas, vamos derretere vender como ouro!
— E a historia?
— Ninguém parece interessado nisto, então vamos
apenas tocar a nossa vida! — Acha que aquele seu amigo vai mudar de lado?
Gerson olha o relógio e fala;
— Temos de sair antes das 10!
— Por que?
— Depois não teremos saldo para sair!Patrícia sorriu, não sabia bem o que Gerson estavaaprontando, mas ficou evidente que ele segurara muitodas ações, os dois se vestem e saem pagando no debitoa conta, foram ao caixa eletrônico e sacaram o dinheiroque precisariam, e vão ao ortopedista, que regulou aprótese, Gerson sentiu a leveza, sorriu, ele conseguia
erguer com mais facilidade. — Bem melhor doutor!
— Bom que ficou na medida, as vezes temos deajustar!
— O que é um aperto, o gesso já apertava mesmo!
— Tem de ter os mesmos cuidados, não é por que
pode tirar, que se deve tirar! — Sei disto senhor, mas deve ter sentido o cheiro!
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— Todos viram o que aconteceu, e os enfermeirosnão limparam direito pelo jeito, tem razão de querer olocal bem limpo, mas terá de continuar a viver, dia e
noite com isto por 20 dias a mais!Gerson ouviu, não gostava da ideia, mas sabia queera preciso.
Saem dali e vão a Universidade Federal, Gersonlembra da ultima vez que foi lá, estava muito melhor queagora, mas olha para Yuri a cantina de Humanas epergunta;
— Podemos conversar?
— Sei que não foi legal Gerson, mas meussuperiores foram subornados, e sabe que somentequando viram que perderiam o cargo por trocado, eles sederam conta que era algo para fazer com calma.
Gerson pega no bolso um Florins e fala;
— O que acha deste? – Gerson colocando sobre amesa a moeda antiga.
Yuri pegou a moeda e falou;
— Sabe que poucos viram um Florins, é daquelascoisas que sabemos que existiu, mas não vemos nem nosmuseus!
— Entendo, é ouro, fácil de derreter e vender emespécie!
— Tem quantas destas?
— Poucas vão aparecer Yuri.
— Achou um baú por ai?
— Sim, um que não resistiu ao tempo, já que
estava com o selo imperial do ano de 1785!
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— E o selo, fotografou?
Gerson passou a imagem do selo para Yuri e esteolhou o fundo, onde tinham vários Florins.
— Um baú, mas tem Florins de quanto? — De 3, 6 e 12!
— Sabe que li sobre isto, e parece encaixar com osverdadeiros!
— Saberia me dizer quanto vale algo assim?
— Historicamente não tem preço, mas com certezavale muito mais que o ouro que o compõe!
— Começa a me interessar, já que financiei muitose acabei falido no fim das contas!
— Pelo jeito realmente o roubaram?
— Esvaziaram tudo enquanto estava na cama,quase morrendo, odeio ter conseguido algo de valor e as
pessoas me roubarem assim, sem mais nem menos! — Mas ainda lhe devo desculpas Gerson!
— Sei que me deve, fala com os demais, vê seconseguem confirmar a autenticidade deste, se for,posso lhe garantir que temos algumas peças a mais!
— Não teria os restos do selo? – Yuri.
— Tenho um selo intacto, mas quero saber antes seé real ou apenas minha fantasia.
Yuri viu que Gerson mostrou uma caixa, com o selosobre ela, lacrando dois tecidos que fechavam a tampadaquela caixa.
Gerson se despediu e deu a mão para Patrícia, os
dois saíram e um senhor veio a mesa. — O que ele propõem?
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Yuri mostrou a moeda e o senhor olhou serio;
— Ele achou um baú de Florins?
— Sim, com o selo imperial de 1785 intacto, peloque vi, selo da casa da moeda do Rio.
— Um achado histórico, ele vai trazer para analise?
— Quer saber se vale algo, disse estar falido, oroubaram enquanto se recuperava do desabamento dohotel que ele estava!
Roseli chega ao jornal e olha para Paulo a porta: — O que precisa Fabrícia?
— Falei merda para Gerson e ele me isolou!
— Não é criança Fabrícia, se virava bem sem ele!
— Ele é parte da família, e não gosto de brigar com
ele, sabe disto! — Ele sempre o entendeu, mas parece que resolveuprovocar e vender jornais, conseguimos sair de um grupodesconhecido de mídia impressa a uma das mais malfaladas na Internet.
— E isto é bom?
— Incrível que pareça, estamos vendendo o queimprimimos, isto para os dias atuais, muito bom!
Roseli entrou e o Paulo redator, chega a ela epergunta:
— O que este seu ex vai aprontar agora, primeirodiz que é contra a lei de homofobia, agora chama osPetistas de Nazistas!
— Provocar, o que mais ele quer, quando li oassunto, decidi pela capa, sabe que as pessoas as vezes
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querem saber o que o polemico Gerson escreveu, vi atéhomossexuais reclamarem que ele os estava chamandode nazistas agora, antes de lerem a noticia!
— Sabe que foi o que pensei quando li a capa! – Paulo (Fabrícia) que sorriu sem graça.
Gerson estava chegando ao jornal quando umsenhor da policia federal pede para ele encostar naparede, sabia que tinha provocado, Patrícia vê ele serpreso, e sobe afobada;
— Onde está Gerson? – Roseli.
— Acaba de ser preso pela Policia Federal, não meadiantaram nada, apenas que estava sendo encaminhadopara a prisão.
— Ele esperava isto, ele esta em condicional, e saipasseando e aprontando, quando ele falou merda hoje,obvio que alguém pressionou em Brasília e o prenderam
de novo. – Fala Roseli olhando para Fabrícia. — Certo, vou ver o que esta acontecendo, esqueço
que ele esta um caco ainda, e com duas mulheresmandando para lá e para cá! – Fala Fabrícia como setivesse enciumada, falando com a mão, e saindo pelaporta.
Roseli riu e olhou para Paulo;
— A reportagem de amanha, ele antecipou?
— Nada, esta pensando se duvidar, e o prendem!
— Lá vem processo, mas alerta o advogado dele! – Fala Roseli olhando para a secretária, olha para Patrícia epergunta – O que estavam fazendo?
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— Fomos no ortopedista trocar o gesso por algomais leve, e depois ele foi mostrar uma moeda para orapaz da Federal!
— Nada que gerasse retaliação, mas era deesperar!
Gerson deu entrada na delegacia da Federal emSanta Cândida, sabia que não ficaria ali muito tempo,mas sentou-se e olhou o Delegado.
— Gerson Rosa, parece que não cansa de provocar! — O que fiz agora?
— Fora ter chamado o partido da Presidenta deNazista?
— Gostou pelo jeito!
O delegado sorriu e falou;
— Sabe que é por causa de pessoas como você queproíbem usar a suástica, gente simples que geraseguidores, que gera inimigos como alguns deputadosque me ligaram!
— Não se preocupe Delegado, esperava por isto!
— Não veio bravo?
— Tinha saído do Ortopedista, sabe que aquelemodelo antigo de gesso estava me fazendo nemconseguir dormir.
— Esqueço que é o repórter que até Deus tentamatar!
— Deus não tenta, se ele quer, morremos!
— Verdade, mas em si, ainda esta acabado!
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— Queria apenas ligar para o meu advogado e pedirmeus remédios, o resto, sei que abusei na condicional!
— Pelo jeito muito, nem esta discutindo!
— Delegado, poderiam tem me tirado de um bar as5 da manhã, ainda bem que não me viram, ou se viramnão me reconheceram!
— E confessa assim?
— Não estamos em uma conversa formal senhor!
O delegado concorda e faz sinal para o levarem a
cela;
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Em Moeda o Delegado chega a seu trabalho e sedepara com o Deputado Jacoboscky.
— O que faz aqui Deputado?
— Me disseram que Gerson passou por aqui e não oprendeu?
— Ele nos mostrou mais um ponto de ouro, com
perto de 500 mil em ouro senhor! — E o deixou ir? – Deputado.
— Qual o problema, vocês nunca quiseram dividirinformação, ele parece querer descobrir o por que, certoque esquecemos que ele é mortal e deixamos as vezescrianças de madrugada na estrada, e estes morrem, mas
ele esta preso, e parece querer estar lá! — As minhas contas estão vazias? – Deputado.
— Todos estão reclamando isto Deputado!
— E acha normal?
— Eu tenho minha reserva, o senhor também, emdinheiro, de que vale uma falta temporária de dinheiro,
lembra da vez que Geraldo quis nos passar todos paratrás?
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— Sim, ele acabou entrando em uma guerra demortes inúteis, mas ele acreditou nela! – Deputado.
— Este Gerson ainda esta fuçando, sei que ele
descobriu algo a mais, mas não teve tempo de mostrar,mas preciso saber quem roubou ele!
— Não sei, acho que foi aquele General! – Deputado.
— Não duvido!
— Sabe quanto de ouro sumiu?
— Todo, até aquele primo dele, que é uma bichonaparece que o roubou, pois os dois estão brigados!
— Dizem que o cara sabe atirar como poucos! – Deputado.
— Mas vamos com calma, não sabemos se não éuma farsa está briga!
— Delegado, vamos com calma, mas precisamosdescobrir quem o roubou, os meus rapazes em Brasíliaafirmam que as constas dele se esvaziaram, sabemosque aquela Priscila o queria roubar, pode ter mão devarias pessoas, até do senhor Reis.
— Por que desconfia do senhor Reis?
— Ele sumiu, e parece que embora a conta deletenha se esvaziado, ele fez para parecer que ele quetinha atirado no Gerson, agora ele some, e todo estedinheiro evapora, não sei, Gerson sabe em parte, masele vai tentar recuperar parte, mas preso ele não vaifazer grande coisa.
— Vou verificar Deputado, não gosto da ideia dosenhor Reis nos ter passado para trás, mas como ele
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mesmo não fez questão da vida da filha, desconfio quenão percebemos algo!
— Acho que muito, vou falar com alguns pseudo
amigos de Gerson e ver o que conseguimos!Os dois conversam mais um pouco e o Deputado se
retira, pegando um helicóptero na praça e sumindo nosentido de Brasília.
Gerson recebe a visita de seu Advogado quepergunta:
— Acha que é seguro ficar aqui Gerson? — Senhor, se perguntarem, diz que quem esta
pagando seu salario é o jornal!
— Por que Gerson?
— Por que acaba de sumir todo o dinheiro que tinhana conta, e não quero que eles saibam da verdade, isto
sim me garante a vida. — Estamos tentando revogar o caçar da suspensãoda sua liberdade condicional, já que estava trabalhando,inaugurando jornais por este país, investido em cultura,em informação.
— É isto que eles temem, mas é um bom caminho aseguir!
— Vai parar de atacar? — Logico que não!
O dia passou corrido, como se nada tivesseacontecendo;
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Amanhece e o Delegado da Federal pede para falarcom Gerson, que é levado a sala de interrogatório.
— Nosso hospede que vai ficar sem computador!
Gerson sorriu e falou;
— Muitas reclamações?
— Muitas, e pelo sorriso, esperava isto!
— Delegado, uma coisa eu sempre fiz, mandeicrônicas extras para os jornais, esperava acontecer algoestranho, coisa de repórter maluco, alguém ler minhacoluna, e se deparar com a informação de minha mortena coluna de óbitos.
— Imagina a pressão?
— Cede a ela Delegado, quanto mais ceder, maispreocupados eles ficam.
— Sabe o que esta acontecendo?
— Senhor, ontem Marcos Valério, sofreu um microatentado que nem ele percebeu, ele não viu o que nãodeveria, sorte dele, mas se o partido quer me pegar, vai
ter de ser mais rápido que eu, e uma coisa é certa,estamos protegendo todos os que podem nos ser uteis,
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depois da morte do prefeito de Santo André, muitosficaram com medo de morrer!
— Esta dizendo que tentaram matar o grande
acusador do mensalão? — Sim, mas isto, vai forçar um revés, mas eles
acham que o problema sou eu!
— E como você saberia disto, se não tivesseparticipação no atentado!
— Se vier a publico o atentado, respondo a esta
acusação Delegado, mas duvido que venha! — E quer ficar aqui, estranho!
— Senhor, eles vão pedir minha transferência paraBrasília, mas não existe crime que tenha cometido emBrasília, BH me recusaria a ir, seria ir para meu caixão,mas Brasília, não existe lei que me transfira para lá.
— Então já sabe que pediram! — Senhor, esta era a provocação, para quem nãosabe do que aconteceu, a reportagem de hoje, passadesapercebida, mas para quem sabe, vão querer mecalar!
— E não esta preocupado?
— É só me olhar Delegado, já tentaram, e não voufingir que gosto disto, não vou dizer que minha morteseja algo ruim, muitos iriam ficar feliz a primeiraimpressão, falidos numa segunda observação.
— E não esta preocupado se tirar seu computador!
— Senhor, se em dois dias, pedirem para medevolver o computador, não estranhe!
— Você é terrível Gerson, a maioria se diz inocenteaqui dentro, você escreve que não é santo!
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— Santos morrem e se transformam em culpadosneste país, os verdadeiros revolucionários, morreram,todos os relatos da Ditadura falam isto, mas gente
incompetente, escondidos em trabalhos estranhos, ouidentidades falsas, estes sobreviveram, e agora mandamno país, esta na hora de dizer para todos, estes não sãoos revolucionários, estes eram os terroristas, os que nãoajudaram em nada o país, apenas a ditadura, gente tãoignorante nos atos, que deram razão aos militares.
— Ninguém gosta de militares, das suas estórias!
— Delegado, a historia do golpe é estranha, sempredigo, a imprensa que não gostava do vice, acusa umpequeno latifundiário de Comunista, a igreja Católica,com medo de perder as contribuições para a mesma,coisas proibidas em países Comunistas, fazem em 1964 amaior passeata em São Paulo em apoio ao Golpe, muitasmães, levaram seus meninos e meninas de 13 a 15 anos,
para estas passeatas, as mesmas crianças que estavamnas universidades em 1968, e que sumiram,desapareceram, foram torturadas, mortas, então quandocassaram os estudantes, estes mesmos, tinham assinadoembaixo de suas mortes!
— A parte triste do País!
— A parte triste é agora, pois temos a chance deser grandes e temos apenas Políticos que esqueceram oque é o povo, em Brasília.
— Sabe que tiramos seu computador!
— Sei disto, mas não se preocupe Delegado, e nãopede para provarem minha comida, não quero alguémmorrendo em meu lugar!
O delegado o dispensou e Gerson foi a cela;
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No centro de Curitiba, sentados ao calçadão da XVde Novembro, Roseli e Paulo conversam;
— O que ele quer agora Paulo?
— Não sei, seu primo se mandou para Florianópolis,vi que este João, reforçou a segurança de todos, masnão entendi o por que?
— Ele é paranoico mesmo Paulo, mas o que nãopercebi!
— Aquela Patrícia ainda esta na cidade, por que não
pergunta para ela? — Acho que o problema não é ela!
— E quem seria?
— Não sei, o pai dela?
— Este sumiu, ninguém fala dele!
— E aquela Priscila?
— Pediu a conta e foi para BH!
— Ela pelo jeito roubou ele, e fez algum acordoescuso!
— Não duvido!
Em BH, Priscila chega a uma casa, o segurançaabre a porta do carro e ela vê um senhor a porta aesperando;
— Bem vinda senhor Dantas!
— Como esta procurador?
— Tentando pegar este seu amigo!
Priscila sorri, o senhor lhe indicou o caminho esentaram-se em uma imensa sala, onde se via osquadros carros, os moveis de madeira maciça, os
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abajures, as peças caras, lembrou da casa de seu pai,antes de toda esta falência, em recursos e em influencia.
— Senhor, por que ele esta calmo, o que esta
acontecendo? — Acha que ele esta calmo, não pode ser que ele
esteja apenas preso?
— Ele não atacou o grupo, criou um pretexto para apresidenta pressionar mais ainda para tirar os direitosdele, mas não nos atacou, ele esta aprontando algumacoisa!
— Acha que ele pode estar por trás do esvaziar dascontas?
— Sei que ele brigou com um primo, e tudo indicaque este rapaz esvaziou as reservas dele, de ouro, eletem alguns Florins, que não sei onde ele conseguiu, masque vão pagar os advogados.
— Mas ele não esta fazendo nada além disto? — Não sei, não sou tão boa em monitorar os
outros!
— Moça, o grupo esta de olho nele, mas se ele nãoatacou, não pode ser porque acha que faz parte dogrupo, e que pode ganhar com isto ainda?
— E por que ele acharia que faz parte?Priscila sentiu-se meio perdida com a afirmativa, e
muitas duvidas vieram em sua mente, pois ninguémfalara que Gerson fazia parte do grupo.
— Existe um Delegado, que ele parece confiar, daultima vez que foi a Moeda, deixou com este senhor,mais de 500 mil em ouro!
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— Esta é uma afirmativa que não sei como receber,pois se ele faz parte, sinal que não me consideram dogrupo, pois ou vamos por um caminho ou por outro! –
Priscila. — Nos indicou caminhos que não geraram receitas,
tem de entender, que este grupo se sustenta comentradas de recursos!
Priscila viu que estavam sendo cordiais, mas nãoera a forma que queria entrar para o grupo.
Maria chega ao hotel onde Patrícia estavahospedada, e pede para falar com ela, que desce,Patrícia entra no pequeno bar do hotel e olha Maria.
— O que quer?
— O que ele pretende Patrícia?
— Sei lá, vou falar com ele hoje a tarde, mas o quequer que pergunte a ele, sei que não pode ir lá!
— O dinheiro sumiu, mas os grupos estão calmos!Por que?
— Isto não preciso perguntar para ele, o grupo temsuas reservas em recursos vivos, em ouro e Diamante, eem cargos públicos, mantem a calma, 75% deles, alémde viver deste esquema, vivem em cargos estáveis Maria,
eles tem salários, no inicio do mês seguinte, eles vãomanter a calma.
— Mas o que ele vai fazer a respeito disto, estousem nada e eles se fazendo de muito!
— Eles estão observando os demais calmos emantem a calma, mas como estamos no fim do mês,devem estar todos recebendo os seus salários nesta
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época, temos de manter a calma, mas o que pretendefazer Maria.
— Entender, por causa de meu avô, decretei uma
guerra com Roseli, entendo ela, era para não tersobrevivido, e não tenho como mudar isto, é passado,agora tenho de ir a frente sem saber de todo caminho.
— Eu me aproximaria daquela Priscila, ela não temrecursos, foi a BH, e não tem como se manter lá, vai serna forma que ela sabe fazer, mas que não dá muitodinheiro.
— Aquela é uma profissional na cama, que se demal!
Priscila sorriu e Maria olhou ela;
— Mas ela pode me dar informação!
— Acho que Gerson vai sentar-se com ela e falarserio quando sair da cadeia.
— Acha que ele sai quando?
— Segunda, 31!
— Acha que eles o libertam?
— Maria, ele pode parecer frágil, mas se já foi acama dele, e sei que foi, sabe que ele pensa muito, eledivide ideias, e não para de as ter, ele é capaz deinverter uma historia, e ele o fará, tenho pena de quemele escolher como culpado, embora saiba que ele prefereculpar mortos, diz que não gera reclamações e processosde calunia.
— E seu pai?
Patrícia olha para o garçom e fala;
— Vê uma cerveja! – Olha para Maria – Não querosaber de meu pai, e se o ver, manda ele me esquecer!
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— Ele não é maluco senhora, as coisas estão nosmesmos lugares, ampliamos os lugares, para ficaremmais espalhados, mais de 800 lugares, mas nem eu, sei
todos! — Ele não confia em todos pelo jeito!
— Ele acha arriscado, se pegarem um fraco, eleentrega tudo, já assim, se ele pegar, a pessoa pode atéfalar que tem 800 lugares, mas como não sabe onde,sempre vai sobrar para recomeçar!
— E se ele faltar?
— Não sei, mas acredito que ele tenha um plano B!
— Ou não tem, cada qual pegaria um pouco esumiria!
— Seria mais os pensamentos dele, do que umquerendo tudo e sair matando o resto!
— Bebe algo? — Vou a conduzir a Policia Federal senhora, estoudirigindo!
Patrícia toma mais um gole e fala;
— Ele esta fazendo algo de montante?
— Gastos, a construção de 3 casas, uma em BH,
uma em Curitiba, e aquela bagunça em Cananéia. — E ninguém esta vendo isto?
— Tem de ver que nem todos estão olhando paraonde ele constrói, eles estão olhando as contas, não oresto!
Patrícia olhava a porta e vê Roseli entrar e a olhar;
— Bebendo? — Relaxando um pouco!
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— Sabe porque estão querendo revirar osendereços dele? – Pergunta Roseli a João.
— Quem pediu?
— Uma determinação da policia federal de SantaCatarina, não entendi ainda!
— E vão querer olhar onde?
— 8 barracões em 3 cidades, um aqui em Curitiba eum em Colombo que conheço, o resto longe!
João olha para Patrícia e pergunta;
— O que ele teria em Colombo? — Um laboratório, e todas as pedras externas ao
local, sabe o que é João!
— Alguém ativou o laboratório? – João.
— Que saiba quem estava cuidando disto, eraFabrícia, o ouro que ela mostrou em Caiobá era deste
laboratório!João olha para Roseli e pergunta:
— Eles vão começar por onde?
— Bem por Colombo!
João pega o celular e disca para Roberto;
— Roberto, manda reforço para Curitiba, vou usaros meninos!
— Problema?
— Verifica quais os galpões indicados por Fabrícia, eesvazia, algo me diz que vazou algo!
— Só sei os 6 em Minas!
— Passa recado, e discretamente, esvazia. — Para onde?
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— Galpão em anexo! – João sabia que Robertoentenderia que era o galpão do Jornal do Comercio deBH.
João olha para Patrícia e fala; — Segura a ida a Delegacia, temos de o alertar que
algo está errado, sem falar nada, sabe disto!
Patrícia serve mais um copo e fala;
— Eu fico, ele vai ficar furioso, mas fico!
Roseli pergunta:
— Furioso? — Forma de falar!
O sorriso sem graça de Patrícia, fez Roselidesconfiar de algo, mas João se levantou ao telefone eum agito se fez, dois grupos próximos, batem dois carrosna avenida que ligava Curitiba a Colombo, a cidade, não
os bairros encostados em Curitiba.João faz um sinal para o atendente do hotel e fala;
— Vou usar o heliporto!
O rapaz concorda, João sobe para a cobertura dohotel, sobe uma escada lateral e espera o helicópterodescer.
Gutinho estava no Helicóptero; — Estamos mandando gente para lá, mas tem todo
tipo de policia nisto!
Joao dá mais algumas ligações;
Os policiais estavam cercando o barracão, sem
segurança aparente, com aquela carreta parada a frente,
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o barracão ao fundo, os policiais começam a se prepararpara um investida.
João quando estava chegando ao local, um
helicóptero da polícia pediu para se afastar.Gutinho olha no sentido do barracão e fala;
— Não mais de 20 minutos, terão invadido!
Joao faz sinal para o piloto desviar, como se fossemrepórteres, e pega o binóculos e começa a observar;
João pega o telefone e grita para alguém;
— Para todos, é uma arapuca!Os demais olham para ele no helicóptero e ele faz
sinal para o piloto ir a Colombo.
João estava pensando quando seu celular toca;
— Fala Fabrícia, o que aprontou?
— E dai, eles já lhe pegaram João? — O que ganha com isto Paulo? – João mudou otom, e olhou para o helicóptero descendo, obvio que osom era ensurdecedor, João não ouviu nada porsegundos, mas depois ouviu.
— Pelo jeito não sabe por onde sair João!
— Fabrícia, não entendeu nada, mas tudo bem, oque ganha com isto, os policiais com estes helicópteros,com tudo em volta estão fechando o cerco, mas o queganha com isto!
— O meu lugar ao lado de Gerson, ele não precisamais de mim, com você ai!
João olha para os rapazes chegando pela estrada,
entra em um carro e fala;
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— Espero que tenha esvaziado todos eles, não sóeste antes de entregar tudo!
— Ele nem sabia quanto tinha em cada um João!
— Por que o descapitalizar Fabrícia. — Ele esta diferente, ele esta distante!
João ouvia o tumultuo por trás do que falava comFabrícia e fala;
— Não queria ter de ser este o caminho Fabrícia!
— Acha que me preocupo em matar você João.
— Esqueceu o principal Fabrícia, eu não sou dafamília, você era a família que Gerson pedia paraproteger, você quer um lugar que nunca ocuparei, eocupei, sabe disto, mas como se fala para um Bichatransformista pensar no lugar de fazer burrada!
— Ele lhe pôs na segurança dele!
— Garanto que ele não pensa que você estaescondido em Jurerê enquanto lhe roubam aqui, masFabrícia, para de fazer burrada!
João desliga o celular e pergunta para Juca, umrapaz jovem, que chegava em uma caminhonete.
— Alguém entrou?
— Tiramos pelo fundo, mas o que estaacontecendo?
— O lugar está vazio Juca, então alguém entregouum lugar vazio, sei quem, e sei o que vão afirmar!
— O que vão afirmar?
— Que o responsável da segurança desviou, e
entregou a policia para ganhar tempo. — Gerson não vai engolir isto!
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— Alguém o quer esvaziar, mas alguém esquece deum detalhe, e isto quer dizer, vamos manter as defesasdo pessoal e vamos deixar os barracões que foram
denunciados sem defesa, iria dar problema tirar algo delá, mas se não tem nada, além de provas que vãocomplicar Gerson, temos de esperar, manda todos acidade, mantem a calma agora.
— Odeio ser passado para trás, quem foi? – Juca.
— Não sei ainda, mas saberemos em breve!
João mentiu e começam a retornar, ele ficou por ali,a observar e pensar.
A policia dá a batida e vê o conjunto de barracõesvazios, eles arrombam a carreta, não entenderam o queera aquilo, mas fotografaram, e o delegado da Federalque coordenava a operação falou;
— Parece que rasparam o chão a pouco tempo,
tirando tudo, até os vestígios ao chão. — O que é a carreta, pois somente ela tem algum
valor!
— Não sei, parece um laboratório, mas deveriaestar ligada a algumas coisas como fonte de energia, degás, mas nada disto está ligado.
— Uma denuncia vazia? — Saberemos em horas, mas alguém me confirma
em nome de quem esta este barracão.
— Ele esta em nome de um senhor chamado PedroRosa, mas parece que esta alugado!
— Pedro Rosa, algum parente de Gerson?
— Não sabemos senhor, estamos verificando, masnão temos nada!
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João liga para Roseli e fala;
— Esta onde?
— No hotel falando com Patrícia.
— Me espera ai!
— Problemas!
— Posso estar grampeado Roseli, já nos falamos!
Joao sobe no helicóptero e se manda no sentido deCuritiba, descendo no heliporto do hotel.
Joao olha as duas e fala; — Acabo de falar com o delegado da Federal,
vamos ver Gerson! – João.
— Oque aconteceu?
— Não sei, parece armação de Gerson, mas quemestá por trás da denuncia é Fabrícia, seu primo Roseli!
— Mas por que ele faria isto? — Não faz sentido, por isto somente Gerson pode
me dizer se estou maluco!
— Mas por que ele roubaria Gerson?
— A denuncia foi sobre os 8 barracões que elesabia onde eram, mas mandei ficarem de longe, para
observar, estava a fim de fazer merda hoje, mas quandoolhei de longe, vi que estava vazio.
— E onde está este ouro? – Roseli.
— Roseli, João, posso estar enganada, mas a ideiadele era parecer que fora roubado, uma coisa é alguémdenunciar o local do ouro, e se deparar com tudo vazio,outra é ele dizer que foi roubado!
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— Acha que ele combinou com Paulo para fazeristo? – Roseli.
— Não acredito nisto Roseli, mas tenho de falar
com ele para saber o que fazer. – João olhando as duas.Os três saem dali, pegam o helicóptero no sentido
da Policia Federal no bairro da Santa Cândida. Ohelicóptero chega a região da Federal, sobre o heliportoum parado, o piloto dá uma volta vendo que não havianinguém no helicóptero, desce calmamente na frente dolocal.
Descem calmamente a frente da Superintendência,alguns vieram a porta olhar, mas Roseli e Patrícia,descem e João por ultimo, fazendo sinal para o rapazque o ligava.
As duas chegam a entrada e o Delegado veio aeles;
— Mais fácil assim, não terei de os convocar adepor!
João sorriu, o que o Delegado não esperava;
— E aquele Paulo, conseguiria falar com eletambém?
— Qual Paulo? – Roseli.
— O seu primo!Roseli olha para João que fala;
— Se quiser ligo para ele, e sabemos rápido!
O delegado estranhou, sabia quem fizera adenuncia, e olha para as senhoras;
— Vamos entrar, tem muita gente querendo se
inteirar das coisas!
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— Não viemos nos inteirar, viemos falar comGerson! – Patrícia olhando para João.
João sorriu e foram para dentro, entram em um
anfiteatro onde um senhor mostrava as imagens dos 8pontos e o senhor que falava olha para o Delegado;
— Não gosto de expor isto a eles!
— Quer andar ou quer apenas fazer de conta quefaz algo delegado Saldanha, BH não deu nada, Curitiba,nada, Colombo, nada, e quer mostrar o que?
— Quem trás ai? – Outro rapaz. — Patrícia Reis, Roseli Rosa, e João, o Paulistinha!
Os demais olharam para João, Roseli soube que orapaz era violento, pois era a forma que alguns olhavampara Gerson e Paulo.
— Acha prudente Delegado Siqueira?
— Estou tentando descobrir o que esta operaçãoem minha alçada estava tentando fazer, já que mefizeram mobilizar um imenso contingente para nem umagrame de drogas ou ouro!
— Temos indícios cada vez mais fortes de formaçãode quadrilha, apropriação indébita, suborno, assassinato,e muitos outros pequenos crimes.
O delegado olha para Patrícia e pergunta: — O que acha que Gerson falaria sobre isto?
João sorriu, estavam gravando aquilo, Patrícia olhaos olhos de João sobre as câmeras e fala;
— Que se Saldanha tivesse algo, não estaria aqui,ele deve ter olhado antes lá, do que aqui, e se tivesse,
duvido que ele relatasse!
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— Esta me acusando de algo?
— Me perguntaram o que ele falaria, Delegado,sabe que todos aqui, não seriam necessários, o Delegado
Siqueira consegue com Gerson, em 10 minutos, mais doque você consegue com 4 estados mobilizados e mais de1000 homens, não conseguem em informação por quenão sabem o que procuram, acusar Gerson de formaçãode quadrilha, é como acreditar que ele faça umaquadrilha entre ele e seu amigo imaginário, pois deve sero único que sabe o que ele quer fazer.
— E como explica o laboratório de purificação deouro, que achamos em Colombo!
— Isto qualquer um aqui, que leu as ultimasinformações, sabe que ele pediu 52 concessões deexploração de ouro, nenhuma delas saiu ainda, masquando sair, ele vai processar com autorização da CaixaEconômica!
— E por que acha que liberariam para ele?
— Ele não tem problemas em conseguir umaconcessão destas Delegado, se recusarem, terão deexplicar por que, dentro das leis.
— Mas ele é acusado de assassinato em meuestado!
— Algo que ele vai responder, mas não é função daPolicia Federal resolver problemas de assassinato.
— Acha que ele se livra?
— Sim, vocês podem afirmar qualquer coisa contraele, mas vocês sabem que a arma que matou o rapaz,era registrada em nome de Geraldo Souza, então ele
somente se defendeu.
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— Tiro pelas costas, como vai ser legitima defesa.
— Quando ele for a júri isto se esclarecerá! – Patrícia estava falando demais, mas João sabia que
estavam ali para ver Gerson, não para ver um Delegadochorão que estava nas listas de pagamentos do falecidoGeraldo.
— E a ligação dele com Maria Souza, assassina deCarla Souza!
— Esta afirmando que foi ela senhor, eu não ouviisto em lugar nenhum, mas a ligação que ele tiver comMaria, posso garantir Delegado, seria a mesma que asua, sobre uma cama de 4!
Alguns gargalharam, Patrícia era a atualcompanheira de Gerson, e ela afirmando isto, ele nãoteria como bater muito forte, mas ficou claro, a moçasabia mais do que o Delegado da Federal de Minas.
— Sabe que esta se complicando senhorita PatríciaReis!
— Posso estar, mas em breve serei Senhora Rosa, esenhor, poderia me responder onde o meu pai seescondeu, com tudo que me fez assinar dopada a umacama, e vocês fizeram vistas grossas para isto?
— Não soube de nada disto, como saberemos sevocê não deu queixa!
— Verdade, mas senhor, eu dei queixa, mas de queadiantaria reclamar para os amigos de meu pai, gentecomo o senhor, que nunca deveria ter vindo a Curitiba,esta arriscando, você e os rapazes ai, pois se o DelegadoSiqueira puxar um histórico dos seus estratos bancários,ficariam presos junto com Gerson Rosa!
— Esta me acusando?
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— Quer fazer media, quer mesmo que termineassim, Delegado, acha mesmo que somos inocentes,você era um pirralho da Federal, e já frequentava minha
casa, não sabe de tudo que fez ficou registrado, meu paiadorava gravar todas as reuniões em casa, por câmerasocultas, até da ultima festa, palavra por palavra do quefalou na festa que foi dada na casa de meu pai!
O delegado engoliu seco e olhou para o outro, nãosabia o que o outro sabia, outro sentado falou;
— E o que teria lá?
— Não se preocupem, aquilo esta fora do país, coma Interpol, para caso de sumir, acha que meu pai fez oque, roubou e fez uma festa para ter provas contratodos, tem de ver a cara do Arcebispo, Delegado Silva,quando viu a imagem dele e daquele coroinha na cama,filmada!
O Delegado Siqueira viu que todos ali se olharam,poderia dizer que os demais estavam meio perdidos, eolhou para Patrícia e perguntou;
— O que quer dizer com isto?
— Que vim falar com Gerson, Delegado, não comeste bando de vendidos, 62 pessoas presentes, dos quevieram de fora, os 45 estavam na lista de pagamentos de
Geraldo Souza, mas o pior, os 45 continuam recebendodo esquema que meu pai chamava de Confederados,mas não vim aqui me complicar, 3 destes já tentaram mematar, mas não tenho provas, senão não estariam aqui.
Delegado Siqueira viu que Patrícia sabia mais quemuitos dali, ela vivera internamente a parte rica daquelaestrutura, mas algo estava errado, ele resolveu tirar ela
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dali e Gerson foi trazido a sala de conversa e olhaPatrícia e Roseli ali, sorriu, ele não prestava mesmo.
— Sem este sorriso safado Gerson! – Patrícia.
— O que trás as duas aqui? — Alguém esvaziou o galpão em Colombo, o em
Curitiba e 6 em BH!
Gerson olha para fora e pergunta;
— Onde está Fabrícia?
— Desterro! – Fala Roseli antes de Patrícia falarFlorianópolis. Patrícia sorriu com a velocidade da moça.
— Sabem que tudo aqui é gravado? – Gerson.
— Era quase certeza, uma operação da Federal, fezoperação nos 8 barracões que estão em nome do Pedro,e não encontraram nada, mas alguém entregou, comonão íamos lá, ficamos sabendo pela policia que estava
vazio. — João esta onde?
— Ali fora!
— Diz para ele manter a calma!
— Ele não gostou do que aconteceu Gerson,pareceu incompetência dele!
— Diz para ele que sei o que aconteceu, mas paranão abrir onde esta o resto!
— Ele sabe onde está o resto? – Roseli.
Gerson olha para a porta e fala;
— Não Roseli, ele sabe uma parte, lembra do quefalei, uma carga para a policia, 59 para outros lugares!
— E chegou a isto?
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— Lembra daquele bêbado que ia lá em casa?
— Paulo Guimarães? – Roseli.
— Sim, - Sorri Gerson, não era para falar nomes,mas Paulo estava morto, a quase um ano, então olhoupara ela e continuou – vale para os 59 a frase que elemais falava!
Patrícia não entendeu, mas Roseli sorriu e falou;
— E quando sai daqui?
— Quero sair dia 29, mas pode ser que não saia a
tempo a minha soltura, e fique para dia 31! — E o que acha que aconteceu?
— Diz para João, que está mexendo com fogo!
— Não entendi!
Gerson sorriu e olhou o Delegado a porta;
— Acabou a visita!Gerson beija Patrícia e fala;
— Se cuida!
— Tô tentando, bebi demais hoje, tenho de lhefalar, mas nada que fique gravado!
Gerson olhou nos olhos dela, ela apenas o abraçou
e pôs a mão de Gerson sobre sua barriga e falou; — Se cuida Gerson!
Gerson olhou para ela, sorriu e falou;
— Te amo, calma que os prazeres da vida começamassim!
Patrícia estava com medo, até aquele momento,
Roseli reparou, mas a moça fora muito discreta.
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As duas saem e pegam o helicóptero a frente, evoltam para o centro;
O delegado Siqueira pede para falar com Gerson;
— Fala delegado! — O que foi aquilo ali, uma reunião de família?
— Me complicando Delegado, me complicando!
— Patrícia Reis afirmou que boa parte dos quevieram estão na lista de pagamentos de Geraldo Souza!
— Ela sempre fala demais!
— Não vai confirmar?
— Quem vai lhe confirmar isto, é um relatório dobanco central, tentaram o adulterar, mas não tinhamcomo, então ficou lá!
— Por que não teriam como alterar?
— Um nome e transferência sumir é fácil Delegado,mais de 22 mil transferências por mais de 30 anos,impossível!
— Pelo jeito descobriu o que quer?
— Delegado, eu estou encenando, todos sabemdisto, mas o que querem, que afirme, tenho 3 bilhões emouro escondido, ninguém acreditaria mesmo!
— Quer dizer que roubaram um pouco? — Conheceu Paulo Guimarães?
— Não sei, de quem fala?
— Canto alcoólatra, paulistano, um exímio atirador,narcotraficante até o dia que a filha pega a arma ao ladoda cama e da um tiro, ele nunca se recuperou, bebia seu
uísque e falava para todos, que quisessem ouvir, aquelafrase clássica; ―Por que Brigar por ninharia?‖.
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— Você conhece muita gente da parte submundopara não ter ligação!
— Senhor, pessoas como eu, criados nas melhores
rodas, conheceu as pessoas reais, não os traficantes depontos, aqueles com 10 pedras.
— E o que acha que lhe roubaram?
— Senhor, se Paulo, ou Fabrícia, pegar a parte dela,esta apenas antecipando algo que eu dividiria, não voudar queixa, mas de que me adianta tudo isto, se vocêsnão sabem nem atrás do que correm!
— E quem saberia?
— Pergunta para o Rodrigues da Civil, ele tem umaamostra do problema que corria atrás, a existência delaboratórios como o que devem ter achado em Colombo,queria saber como funcionava, mas esqueci que aqueletransformista é uma moça e para moças não se pode
confiar ouro e diamantes!O delegado riu e perguntou;
— Esta querendo dizer que estava colaborando?
— Imagina, duas carretas lotadas de ouro não éuma colaboração, é uma demência mental mesmo! – Gerson cinicamente.
— Os demais quiseram afirmar que o ouro eradeles, que fora desviado, mas ninguém conseguiucomprovar a procedência, e você quer dizer que sabe deonde vieram?
Gerson sorriu e falou;
— Já falei demais Delegado!
O mesmo olha desconfiado; — O que esconde?
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— Felicidades tem de ser curtidas, estou feliz, agoracomo não estava antes.
O delegado não entendeu.
Patrícia e Roseli descem no heliporto do hotel eRoseli olha para João e fala;
— Defende ela com tudo que tiver João!
— Aconteceu algo que não entendi? – João.
— Se entendi direito, vem um herdeiro ai, nãoquero esta informação rodando, mas não iria quererGerson bravo!
João olhou para Patrícia, sorriu e falou;
— Isto que a estava deixando nervosa, masgravidas não devem beber moça!
— Xi, minha vô já chegou!
Roseli sorriu e falou;
— Outra coisa João, cuida de todos os pontos, atéde Fabrícia, ele pode não querer, mas ainda é da família.
Patrícia olha para Roseli, não estava entendendo aposição da moça, mas sabia que ela teria de aprender aagir em família, sua família desmoronara, agora tudo que
sabia, era que mais da metade de toda sua herançagenética era diferente do que pensava.
Roseli vendo que João iria sair fala:
— Gerson mandou lhe avisar que estávamoslidando com fogo!
João pareceu parar a porta e pergunta;
— Tem certeza Roseli?
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— Sim, não entendi!
João sorriu e falou;
— Este Gerson é mais maluco do que pensei, masmelhor cuidar da segurança, cada coisa a sua vez.
João sai pela porta olhando a noite, Curitiba numverão diferente, 2011 estava muito quente, depois dedemorar a começar o verão, agora estava abafado,parecia que viria mais uma chuva de verão.
Juca olha para João e pergunta;
— O que fazemos? — Protege todos, até os seguranças, Roberto
mandou reforço?
— Sim!
— Hora de começar a fazer a limpeza!
— Pra ontem, não sei por que esperamos tanto!
— Sabe que não queremos nada muito evidente,mas temos um grupo que deve estar querendo sair deCuritiba amanha, começamos por estes!
— Sabe que vai ficar evidente!
— Esta na hora de ouvirem, nos mandam matar eeles ficam em seus cargos confortáveis e enriquecendo.
— Fazemos, tem a lista completa? — Ele não disse total, é um sinal para começar, e
estamos lidando com fogo, não apagando o fogo!
— Nunca entendi vocês dois mesmo!
— Vai lá, vamos ficar visíveis e mesmo assim,assinar os acontecimentos.
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Em BH, Maria chega a casa do Procurador Plinio, osseguranças cercados, deixam ela entrar, a tensão estavano ar quando Maria abre a porta e entra.
— Como está Procurador? – Maria vendo o senhorse armar.
— O que faz aqui?
— Vim falar com ela, sai, se não quer morrer!
— Não está em casa!
Maria olha para o senhor, este gela, e fala;
— Deixo vocês duas conversarem!O senhor sai, medido pelos seguranças, Maria olha
para Priscila e fala;
— Senta na mesa ao centro!
— Mas...
— Vamos conversar já já!Priscila assustada, dois seguranças a porta, Mariapuxa o primeiro armário, que desaba na sala, puxa osegundo, um cofre, e alguns fios que se desprenderamda parede, derruba o armário dos livros, Priscila vê ascâmeras ficarem penduradas, Maria puxa os fios, ascâmeras, senta-se e olha para o segurança e fala;
— Desarma todos, depois quero falar com oprocurador!
— O que quer? – Priscila;
— Priscila, agora está em minha área, e vimperguntar a cada um que sei ter reservas, uma únicacoisa, tem reservas?
— Sabe que não! — Tem como conseguir?
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— Por que acha que tenho?
— Patrícia Reis afirmou que Gerson viria falar comvocê pessoalmente, então você tem de ter como erguer
algo, ou tem algo escondido! — Aquele primo dele me esvaziou tudo!
— Aquele primo dele, esvaziou os oito lugares queconhecia que havia coisas de valor, ele roubou atéGerson, mas a pergunta. É o que você teria a mais, poisele sabe de algo, e tem de pensar Priscila, eu vou cobrarde cada um, um valor para ficarem vivos, tem de pensar,pois quero a parte dinheiro.
— Mas...
— Pense, tem até dia 31 para isto, depois vireicobrar!
Maria olha para o segurança que trás o Procurador;
— O que pensa que esta fazendo moça! – Fala altoo senhor.
— Fala mais alto, quem sabe eu tenha medo decara feia e gritos! – Olha para o senhor e fala olhandopara o segurança.
— Sabe o que o pessoal de Gerson esta fazendo?
— Pelo que entendi, iniciaram a limpeza!
— Que limpeza? – Procurador.
— Ele tem o nome de todos Procurador, ele vaicomeçar a limpar as ruas, agora quero saber de você,quanto tem de reserva?
— Não pode me roubar!
— Roubo? Esta pagando por sua vida e a dos seusfamiliares, das meninas e das amantes, não é roubo,
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você vai me pagar para deixar você vivo e o defender deGerson!
— Ele não pode nos ameaçar!
— Senhor, ele está preso, não pode ser culpadoisolado, sem computador, sem nada de comunicação, damorte dos demais.
— E quantos ele matou?
— Digamos que ele não matou ninguém, masninguém que foi a Curitiba, de segurança a Delegado vai
voltar Procurador! — Ele não mataria todos!
— Como Gerson fala, sempre morrem inocentesnestes casos, mas uma vez iniciada a guerra, vocêsdeveriam ter pensado, nas consequências, agora qual areserva?
— Tenho pouco! — Pouco, vou fazer de conta que acredito, vamoscomeçar pelo cofre, depois você vai com meusseguranças a sua chácara, e vamos ver o cofre de lá, esomente depois, vamos falar da parte que pagaramensalmente por estar vivo!
— Não pode fazer isto?
— Quer morrer então? – Maria friamente. — Mas vai deixar esta ai viva?
— Não sei o que, mas ela sabe de algo que valedinheiro, pois Gerson a quer viva, e isto quer dizer, tudoque você acha que ela não vale, ele sabe que vale, adiferença de você e ele, é que ele sabe onde estão as
riquezas, apenas não descobri ainda onde, mas tenhocerteza, ela vai lembrar.
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Maria faz o senhor abrir o cofre, documentos,drogas, ouro e diamantes, mas nada de montantemesmo, teria de existir outro lugar, ou todos estavam
mesmo descapitalizados, Maria vê o senhor sair com osseguranças e olha novamente para Priscila;
— O que ele pode saber que você sabe, que atévocê não dá importância?
— Nem ideia, ele recolheu aquelas pedras quepareciam apenas pedras, e juntou em vários pontos emCuritiba, depois ele concentrou em Colombo, iria fazer o
derretimento e deixar em barras puras! — E aquela bicha sumiu com isto?
— Sim, ele tem algumas moedas antigas, de ouropuro, mas isto não dá para os advogados!
— Quanto ele tem de Jornais, quanto o grupo lhepagou para sabotar a inauguração, e dar os detalhes de
onde seria a festa de lançamento? — A festa era publica, mas por que acha que pode
ser isto?
— Ele disse que iria ganhar dinheiro, quantos jornais ele comprou?
— Deve ter mais de 80 jornais a nível nacional!
— Ele é maluco, e quantos estão funcionando? — Hoje deve ter 64 remodelados e funcionando,
outros ainda estão sendo remodelados, mas por que?
— Ele tem de ter algum plano, e não sei o que é!
— Por que acha que ele não esta falido?
— Priscila, ele nos últimos dias, gastou em
contratos de construção da casa em Curitiba, da em Ilha
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Grande e BH, mais de 7 milhões em contratos, ele nãoestá falido!
— Ele esta gastando ainda com as casas?
— Ele não falou com os corretores, mas elescontinuam a fazer ofertas em algumas terras, agora nãoé mais terras para exploração, ele comprou terras paracriação de gado, para plantar soja, para criar muita coisa,ele esta gastando, mas ninguém esta vendo, mas deonde vem o dinheiro!
— Sei lá!
— Pense, pode ser o valor de sua vida!
Maria vê o celular tocar e pergunta;
— O que tem ai?
Do outro lado o segurança fala;
— Mais de 5 milhões de dólares em notas novas!
— Bom, recolham e deixem eles ai! — Não entendi!
— Ele não vai voltar para casa, entendeu agora? – Maria olhando para Priscila.
Maria foi fria, acabara de mandar matar todos, enão parecia se preocupar com pequenos detalhes.
— Não tem remorso? — Aprendi sedo que remorso neste caso, nos gera
represália e gastos a mais, ou mortes a mais.
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Um voo fretado sai de Curitiba do Aeroporto de SãoJose dos Pinhais, ele toma altura, e uma das turbinasexplode, o piloto tenta uma manobra evasiva e desaba,sobre uma área rural de Bocaiuva do Sul, resultado, 79mortos.
O delegado da Federal, estava chegando na cedeem Santa Cândida quando o secretario dele o recebe aporta;
— Senhor, estão pedindo para falar com o senhor!
O Delegado viu na feição do rapaz que era algograve, entrou e viu uma TV na lanchonete frontal comimagens de um grande acidente;
— O que aconteceu Mario?
— O avião que levava os delegados novamentepara Minas acaba de cair em Bocaiuva.
— Quantos mortos?
— 79 ao total, nenhum sobrevivente senhor!
O senhor não entendeu, mas chega a sala, osecretario passa a ligação da sede em Brasília;
— Delegado Siqueira, se inteirou do problema?
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— Não senhor, o que estão pensando?
— Atentado, todos eles eram tidos como inimigosde um de seus presos!
O delegado olha para o secretario e fala; — Fecha a porta, e chama todos para uma reunião
em 1 hora, quero falar com todos!
Siqueira volta ao telefone e pergunta;
— Senhor, espero que não seja outra operaçãocomo a de ontem, eles não tinham nada, não existiria
razão para as mortes, pois eles estavam voltando demãos vazias!
— Mas o delegado Santos me garantiu que tinhamfortes indícios!
— Nem indícios, todos os 8 terrenos, em nome dePedro Rosa, filho de Gerson, não eram locados, estavam
vazios! — Mas temos o sumiço de pessoas em BH ontem!
— Ele não falou nada com ninguém, quer dizer, lhecomunicaram que o tinham roubado, mas ele não falounada!
— Tem certeza Delegado?
— Senhor, se ele tivesse feito, e tivesse seucomputador saberíamos, mas ele esta proibido pordeterminação do senhor de escrever suas crônicas, entãoestamos as cegas, mas ele não comunicou ninguém!
— Vou mandar uma comissão de investigaçãoDelegado!
— Manda, aproveita e pede uma para o senhor
também!
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— Acha engraçado?
— Delegado Camargo, seu nome esta na minhafrente na lista de pessoas que recebiam dinheiro de
Geraldo Souza, se eles estiverem matando este pessoal,não me preocuparia com os demais, e sim, com os seusrastros!
— Não pode ter isto!
— 12 anos de movimentações com mais de 10 milreais mês, como Paulo falaria, trocado!
— Sabe que você não deveria ter acesso a isto! — Senhor, a pergunta, me convença que não foi o
próprio grupo que apagou um grande rastro?
— Não pode nos acusar!
— Engraçado, você quer me investigar sabendo quenão faço parte deste seu grupo, e você que faz parte se
acha intocável, ou conversamos como gente Delegado,ou vai feder!
Camargo desligou o telefone e Siqueira pediu parafalar com Gerson antes de qualquer coisa;
Gerson é colocado a sala de interrogatórios e odelegado chega a sala;
— O que precisa saber Delegado?
— Tem parte da conversa de ontem que não fazsentido!
— Qual conversa?
— A que não podemos usar como prova, massabemos que aconteceu, entre você e as duas moças!
Gerson olha para o senhor e fala;
— O que não entendeu?
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— Você mandou um recado para Paulistinha, queestavam lidando com fogo, o que significa?
— Para ele ficar calmo, que não era hora de apagar
o fogo! — Não entendi?
— Se um dia, mandar ele apagar o fogo, Delegado,pode tentar deter eles, mas estes que me irritam, terãopassado dos limites!
— Mandando ele ficar calmo, mas sabe o que ele
fez? — Acredito que tenha reforçado a segurança da
família, até daquele traíra do Paulo!
— Família antes, é o que esta dizendo?
— Sim, o que não entendeu mais?
— Uma conversa sem sentido com Patrícia!
— Isto é mais complicado ainda, terei de falar como pai dela, mas nada que tenha haver com os demais!
— Por que?
— Delegado, isto não falo com alguém filmando edigitado, para estar em Brasília antes de poder dizer, secuidem!
— Algo grave! — Não, algo que me fez ficar a sorrir a noite, algo
que me fez querer sair daqui inteiro!
O delegado não entendeu, olhou para o senhor efalou para os policiais o conduzirem a cela novamente.
O delegado chega ao auditório e alguns
investigadores estavam lá, viu quando um senhor entroupela porta e olhou para ele;
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— Em que posso ajudar? – Delegado;
— Senhor, estamos aqui para uma conversa,precisamos saber tudo que estes seres fizeram ontem,
pois tudo indica sabotagem das duas turbinas do avião. – Almirante Ramalho, da aeronáutica, estabelecido noSindacta.
— Como podem ter esta certeza?
— As comunicações com a torre de comandoafirmam que a turbina 2 explodiu, o piloto tentouequilibrar com a outra turbina, mas ela explodiu, o pilototenta manter a calma, mas a fuselagem da asa esquerdase desfaz e ele entra em queda totalmentedesequilibrada e acerta o chão com a asa em fogo, fogoque deve ter se alastrado para todo o avião assim quetoca o chão, as imagens que me passaram do local, elecaiu quase na vertical, e sobrou pouco para se recolher.
— E precisa de qual ajuda? — O que eles descobriram de tão grave!
— Acredito que foi o não conseguir que pode tergerado isto senhor, mas ainda não entendi o que estaacontecendo.
— O preso que estão investigando está nestainstalação?
— Sim, mas o problema é grave senhor, não sei seconhece, mas os militares que conversei, quando se falaem Gerson Rosa, recuam um pouco!
O almirante olha para o Delegado e pergunta:
— Estão investigando Gerson Rosa, e algo assimaconteceu?
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— Sim, e ele não se comunicou com ninguém, elenem teve acesso ao que aconteceu, não integralmente!
— Sei que se o avô dele se mexer, estaremos nos
metendo em encrenca, mas ele não vem muito a cidade,ele quase foi morto aqui e o velho não veio, não entendoisto, em Brasília, em BH ele dá proteção a Gerson, masem Curitiba parece sempre esperar que algo diferenteaconteça!
— Alguém grande no Exercito?
— Alguém que quase todos respeitam e temem!
— Mas senhor, estou meio perdido nisto, pois elesfizeram uma operação que deveria ter gerado provas ecomplicações para Gerson, mas as denuncias foramvazias, e não gerou nada, ele não os mataria, isto ocomplicaria!
— Quer dizer que a operação que todos falaram
para verificar não gerou nada? — Nada não exatamente, mas crime nenhum,
apenas teses furadas que um advogado de porta decadeia desmancha.
— E oque acha que pode ter causado então isto?
— Primeiro, temos de ver se realmente foi um
atentado, segundo, quem pressionou para que elesviessem, em uma operação de fachada, que nãodescobriu nada, que no total de pessoas envolvidas em 3estados, superou 1000.
— Acha que pode ser uma queima de arquivo?
— Não sei nada Almirante, estes que morrerameram colegas de trabalho, não gosto da ideia de tomar
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um avião pensando que estou indo para casa e morrersegundos depois.
— Ninguém gosta disto, mas as gravações induzem
a uma explosão, se foi, teremos de investigar o quegerou a explosão!
— Dependendo da manutenção o senhor sabe,pode ter sido apenas um pequeno furo em um cano dealimentação, isto gera fogo sobre a turbina, edependendo da manutenção dela, pode gerar umaexplosão, pois estamos falando de combustível altamente
explosivo! — Sei disto, mas por que da reunião então?
— Se quiser participar! – Siqueira, o delegado olhaos demais e fala – Pessoal, temos um acontecimento quevai agitar este departamento, queria pedir algumascoisas, é importante.
— O que quer pedir Delegado? — Se vier pressão de Brasília ou BH para
interrogatório do preso Gerson Rosa, em particular, estavetado este tipo de interrogatório.
— Mas por que senhor?
O delegado olhou para o rapaz novo, que
perguntou e falou; — Alguns de vocês ainda estariam na fila de reserva
da policia federal se os que aqui estavam não tivessemse deixado levar por caixinhas para deixar eles agirem nasurdina, caiu de delegado a carcereiro, processo deassassinato contra cozinheiro e carcereiro, de abuso dopoder de muitos, e coisas do gênero, eles pressionam,
estoura no nosso pé e temos de reestruturar tudo devolta!
8/13/2019 Cronicas de Gerson Travesso 3 - João Jose Gremmelmaier
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— Mas Brasília não controla nosso funcionamento?
— Primeiro, eles controlam, não mandam, tudo quevier tem de ser por escrito, tudo que vier apenas pela
boca, mesmo que do superintendente geral da policiafederal, não vale, se não tiver escrito, quem vairesponder criminalmente é quem liberou.
— Acha importante isto?
— O corregedor acaba de me falar que vai mandarum grupo de investigação sobre nós, por que o aviãocaiu, uma pergunta, alguém aqui sabotou um avião?
A maioria não entendeu a pergunta, o delegadoolhou eles calmamente;
— Não acredito nisto, mas mostra que eles estãobuscando culpados, um avião com pessoas que nemdeveriam ter vindo, cai e a culpa é nossa!
O delegado alertou todos os pontos que poderiam
vir a perguntar ou investigar, salientando para manteremas coisas organizadas, para tirarem seus dados pessoaisdos computadores, nesta hora eles levam tudo e umavirgula fora do lugar eles usam.
Em BH o Deputado Jacoboscky estava esperando o
taxi no aeroporto quando recebe uma ligação; — O que aconteceu Delegado?
— Todos os nossos que foram a Curitiba, morreramna queda do avião!
— Quem fez isto?
— Não sabemos, pode até ter sido um acidente, um
bem conveniente, mas se cuida, algo esta fora do lugar!
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O Deputado vê um carro parar a sua frente eembarca no taxi, nem sentiu de onde veio aquele gás,tentou chegar a janela, mas não conseguia respirar, olha
para o motorista que vira-se com uma mascara de gás.O delegado estava falando quando o sinal caiu, nãoouviu mais nada, pensou em sinal, tentou ligarnovamente, mas não deu sinal, algo estava acontecendo,ele não sabia o que.
O corpo do deputado, é jogado em um triturador depedras na região metropolitana, e junto a milhares de
pedras trituradas, a imensa mancha de sangue, aospoucos sendo coberta pelos demais pedregulhos quecaiam sequencialmente naquela maquina quetransformar pedras em pedregulho de construção.
Fabrícia olha em volta, estanhava, sabia que a
segurança de Gerson estava ao longe, não chegaramperto, mas pareciam proteger ele.
Estava apenas observando quando Roberto descena lanchonete a frente de helicóptero e anda até ele,todo produzido, vê Roberto chegar a ele e falar;
— Como estão as coisas aqui Paulo? – Fala Robertovendo Fabrícia desconfortável, conversava com um rapaz
jovem, falando futilidades. — O que veio fazer, lhe mandaram para me
enfrentar, pensei que viria aquele João.
— Enfrentar, esta fumando o que?
— Acha que vou acreditar que veio por bem?
— Não, vim avisar para não matar os rapazes, eles
só estão cumprindo ordens, protegendo a família!
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— A mando de quem?
— Que saiba não mudamos de lado, de Gerson, dequem mais Paulo?
Paulo olhou Roberto sem saber o que estavaacontecendo, por dentro Roberto sorria pois sabia que aBiba na sua frente não tinha noção de como as coisaseram.
— Mas Gerson tem como pagar os salários?
— Porque não teria Paulo? – Roberto estava usando
o Paulo como provocação, mas como Fabrícia estavaperdida, não reclamara, estava pelo jeito distante.
— E veio apenas me avisar?
— Logico que não, mas por que não impressionaras meninas, descendo de helicóptero? – Fala Robertoolhando em volta, para os sorrisos.
— Um desperdício! – Paulo olhando Roberto.Roberto se levantou e foi ao helicóptero, decolandono sentido de Palhoça, um imenso barracão, desceu eolhou as caixas, não mais de 100 caixas, que não abrira,mas que estavam ali, junto com outros materiais, comoimensos rolos de papel jornal.
Em Brasilia o chefe da Policia Federal sai da sedepara o almoço, e um carro desgovernado acerta ele emcheio na calçada da frente da sede, a 100 metros docarro que usaria para ir almoçar.
Um agito se forma e o Delegado Siqueira olha paraa noticia e pensa, pede para falar com o delegadoRodrigues da policia civil, que aparece o inicio da tarde.
— O que aconteceu Delegado? – Rodrigues.
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— Ele me induziu a fazer o teste para verificar, erealmente, nenhuma das amostras corresponde a umlocal de processamento de ouro legal.
— E o ouro some? — Ele imaginava isto, por isto me deu uma pasta
com 10 amostras, de 10 locais diferentes!
— Ouvi ele dizer que o que entregou era trocado,ele induziu que a soma de todo o ouro processado étrocado, ele falou em 3 bilhões em ouro, acha possível?
— Acho que é mais que isto Delegado!O delegado Siqueira olha para o Delegado
Rodrigues como se não entendesse, e pergunta;
— Por que acha que é mais?
— Delegado, nas duas carretas tinha próximo a 300milhões em ouro, mas nem tudo que tem lá avaliamos
ainda, existem documentos, cartas, diamantes, muitacoisa, mas Gerson passou aos seus, que aquilo era umaparte de sessenta, que ele usara aquilo para desviar osoutros 59, se fosse somente o ouro, mais de 17 bilhões,existem coisas que não se tem como avaliar, estavalevantando um fato, os historiadores da UniversidadeFederal do Paraná disseram que Gerson possui um selodo império de proteção de cargas, intacto, que é datadode 1785, ouvi de um senhor da Universidade que aimagem que foi passada a frente, deste selo, estagerando uma corrida por ele, um selo intacto de proteçãoque pode ser vendido por mais de 3 milhões de reais.
— Ele pelo jeito fuçou muita coisa!
— Sim, deve estranhar que não estamos
preocupados com o ouro que sumiu, mas estamosdeixando o ouro correr, está ficando cada vez mais
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divertido ver como eles escondem o ouro, mas comsinalizador, quero ver se pegamos um gato grande, enão um pequeno, eu considero Gerson Rosa alguém a
ser detido, mas sei que deixar ele na cadeia, não é amelhor forma de o pegar Delegado.
— O que acha destes seguranças dele?
— Ele fez muitos amigos no exercito, quandoseguiu, imagino que com o avô e o pai sendo doexercito, todos queriam ser amigos dele, mas parece queas brigas dele e do avô, o tiraram do exercito, que
somente agora o General Rosa esta protegendo Gerson.O delegado da federal olha para a porta, para as
paredes e pergunta;
— O que vou falar fica aqui, ainda estamosinvestigando, mas a arma que atingiu ele, mesmo que nocolete, arma do exercito, estamos fechando o cerco, mas
foi gente de dentro do exercito, que deu o tiro nele! — Aeronáutica ou exercito?
— Exercito, alguém bom em tiro do Regimento deComunicação da Cidade!
— Ele consegue inimigos onde não sei onde é e oque fazem Delegado Siqueira.
— Mas espere problemas, o delegado da federalque me ligou sedo, pressionando, foi atropelado por umbêbado que fugiu do lugar do acidente, bêbado em umcarro roubado 20 minutos antes.
— As mortes sempre veem em quantidade quandoeste senhor se meche, as vezes nem vemos os indícios,mas sempre, as mortes se apresentam.
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A tarde avança, nada de novo. Cada qual tocavasuas investigações, mas parecia que a aparente calmairia ser cortada a qualquer momento.
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O delegado olha a crônica e chama Plinio epergunta;
— Como ele faz isto? – Delegado Rodrigues.
— Ele sempre se disse precavido, saber que elepreso é uma alternativa, para crônicas assim, onde ficamais a divagação para quem sabe do que esta
acontecendo. — Acha que ele esta por trás das mortes? –
Rodrigues.
— Ele esta se pondo como o responsável Delegado,é uma afirmação, mas dai ele teria premeditado tudo,pois esta crônica não foi escrita ontem.
O delegado olha para o investigador e pergunta: — O que mais aconteceu?
— Não sei, comprei todos os jornais de Brasília, BHe Rio que tive acesso, mas a maioria nem chegou aquiainda!
— Aquele Delegado quer o pegar, pelo menos isto!
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— Ele sabe nos fazer odiar e precisar dele, mas nãosei ainda Delegado, estou falando o que parece, maspode não ser isto, sabe disto!
— Sei, mas as mortes que acontecerem vão paracima dele, sabe disto!
— Ele esta armando para uma legitima defesa, massabe que ele ainda sabe mais que a gente desta historia,confirma se temos alguma coisa a mais!
O delegado Siqueira falava com um investigadorquando olha para o rapaz das petições, que lhe entregauma ordem, ele a lê e fala;
— Tem como me entregar isto depois das 18 horas?
— Não o quer liberar hoje delegado?
— Não, acho que se ele sair hoje ele some, e não
queremos mais um sumido! — Quem mais sumiu?
— O Deputado Jacoboscky desceu ontem em BH,em teoria pegou um taxi e desapareceu, não deixou nemsinal.
— Alguém viu algo?
— Não, ele deve estar se escondendo! — Alguém mais se mexeu Delegado?
— Muita gente se mexeu hoje cedo com ainformação de que o Deputado havia sumido, algunspareceram se esconder, começaram a sumir da vista!
— Mas 22 mil pessoas não somem! – Investigador.
— Uma coisa é certa, ele preso, nos facilita,teríamos de ficar de olho nele, já que ele disse que não
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tem outra saída, ou vai a guerra ou morre, sabemos queele recebeu um tiro, ele não levou para o pessoal, masparece que os demais começaram a se preocupar.
Em BH Maria olha para Priscila e fala;
— As vezes ele me impressiona, eu não dei valor aoJoão, só por que ele afirmou ser dos seus, mas ele nãoos deixou fora do esquema!
— Do que esta falando?
— Priscila, Gerson esta aprontando, mas esta lá,sentado a cela da Policia Federal, e o que eles podemafirmar, que ele deu uma ligação, sabem que não deu,mas o Deputado Jacoboscky sumiu, era meu próximoalvo.
— Não está muito visível Maria?
— Acha que eles me encarariam? — Eles querem apoio e você detonou um deles!
— Eles estão nos matando, eles assumiram oesquema, não podem reclamar muito!
— Poder eles podem, mas o que aconteceu com oDeputado?
— Quando o meu pessoal passou na casa deleontem a tarde já estava tudo vazio! Ele deve terescapado, estão todos com medo!
— Acha que eles tem medo?
— Acho que até Gerson está com medo, mas elenão vai confessar!
— E o ouro? – Priscila.
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— Não sei, mas Gerson esta calmo, ele estadesviando algo, posso estar enganada, mas não é nemem Curitiba e nem em BH!
— Isto acho que a logica afirma, mas onde, estepaís é imenso?
— Vou falar com alguns, não sei quem, mas alguémdo esquema esta pulando fora, pois não teria comoestarem fazendo tudo o que acho que estão fazendo.
— O que acha que o pessoal de Gerson estafazendo?
— De mortos em acidente aéreo, a sumiço deDeputado, a atropelamento de Delegado, não sei, mastudo muito limpo, para não ser planejado.
O delegado de Moeda pega um voo para Curitiba, esurge na Delegacia da Policia Federal.
— O que o senhor quer com o preso? – DelegadoSiqueira.
— Amigos, quero saber se esta tudo bem com ele!
— Este senhor tem amigos estranhos!
— Não somos estranhos, apenas nos apoiando.
O delegado pede para acompanharem o Delegadoda Civil de Moeda a sala de visitas, o revistam, estavalimpo, ele senta-se a uma mesa e vê Gerson chegaralgemado, tiram as algemas e ele senta-se a mesa.
— Tudo bem Delegado?
— Preciso saber uma coisa Gerson?
Gerson olha em volta, não era um lugar paraconversas, e fala;
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— Sabe que gravam tudo nesta sala Delegado?
— Sei disto, mas o Deputado Jacoboscky sumiucom mais de 40 milhões em ouro ontem, e queria saber
se teria ideia de onde ele está? — Já olhou para o local onde o Reis está?
— Não sei onde o senhor Reis se esconde.
— Trinidad Tobago!
— Tem certeza? – Delegado.
— O Reis sim, mas que saiba, dois funcionários doHotel Caribe, de frente a baia em San Fernando é doesquema de vocês, poderia já ter verificado sem arriscaruma visita.
— E eles achando que você não sabe de nada!
— Delegado, nesta hora, nem eu e nem você sabede nada, esta é a regra, mas aqueles dois, era evidente
que iriam sumir! — O arcebispo de BH foi chamado a
esclarecimentos em Roma, sabe referente ao que eleteria de responder?
— Fiz um acordo de paz com Roma, devolvi todo odinheiro para ficar vivo, e ele mandou me prender emCachoeiras dos Macacu, obvio que iria apelar para quemo pudesse segurar Delegado, odeio ser morto porreligiosos, não esquece, levei um tiro dentro de umaigreja, por estes que o Arcebispo põem em campo.
— Sabe por que estão todos tão quietos?
— Delegado, estamos falando demais!
— Mas sabe?
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— Acredito que todos tivessem suas reservas, ounão?
— O Deputado perdeu um grande aliado em você,
por não entender sua posição! — Acredito que o Deputado e eu ainda vamos nos
entender Delegado, dois teimosos são assim!
— Vou verificar onde eles se esconderam, mas secuida!
O delegado saiu dali voltando ao aeroporto, não
dando chance de que os policiais locais o fizessem muitasperguntas, quando desembarcando em BH, um senhorchegou pelas costas e aplicou um entorpecente na alturado pescoço, o senhor sentiu as pernas ficarem moles, umrapaz chegou com uma cadeira de roda pelas costas e osentam, saindo dali rapidamente.
Gerson sempre dizia que este mundo onde se usa
boné, as pessoas se escondem facilmente das câmeraspor baixo de abas e cabeças abaixadas.
O Delegado foi jogado na mesma trituradora, juntando-se ao Deputado e aos pequenos pedaços depedras daquela pedreira na região de Contagem.
Gerson senta-se a cela e olha para fora, sabia quealgo estava acontecendo, mas exatamente o que, nãosabia, tentava imaginar o que poderiam ter feito, masainda não tinha noção das encrencas do lado de fora.
Estava pensando quando é conduzido a sala doDelegado:
— O que faço com você Gerson?
— Quer saber o que, ou o que eu faria?
— O que você faria?
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— Me deixaria aqui até segunda!
— Acha mais seguro pelo jeito!
— Delegado, isto é uma acho, mas todos quevierem a falar comigo, vão morrer, não sei o que elesacham que sei, mas posso estar errado, mas não vereimais o amigo Delegado de Moeda, pois eles estãolimpando a área, mais uma vez, limparam os Oliveira,depois os Souza, agora estão reduzindo o esquema, e emparte me sinto usado por isto, mas culpado não!
— Acha que é uma queima de arquivo?
— Acho que é uma redução de esquema, quandovocê termina de amontoar a riqueza e resolve queapenas uns poucos terão acesso ao que sobrou!
— Você esta falido ou não Gerson?
— Delegado, posso parecer para eles mortoeconomicamente, mas para eles, dinheiro em empresas
não é capital, como posso dizer que estou falido, seestou vendendo Jornal de norte a sul do país!
— Crônicas não dão tanto assim!
— Se eu vender cada uma das crônicas senhor, por80 reais, para os 85 jornais, que escrevo, me dá 6.800reais por dia, por 30 dias, mais de duzentos mil reais,
limpos, eles não tem esta entrada, sabe disto, mas esta éa parte sem participação acionaria no jornal.
— E chora para eles que esta falido?
— Senhor, tem de ver que eles tem de acreditarque não quero o dinheiro deles, pois é a vida de meufilho que eles querem, não a minha, e desculpa, se elespegarem ele, é como me matar!
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— E quando vai colaborar com o pessoal e falar oque precisamos saber para ajudar a proteger os seus!
— Os meus eu protejo, não se preocupe, mas ainda
não estou atacando, estou me negando a entrar nocampo, quero achar uma saída onde não precise sumircom 22 mil pessoas!
— Mas para proteger seu filho faria?
— Faria, pagaria pelos crimes, mas ele ficaria vivo,pode não entender Delegado, mas por meu filho, ficariaaqui, pois é para meus filhos que vivo!
O delegado olhou estranho para Gerson e falou;
— Se der mais uma palavra, consigo a revogaçãoda sua liberdade definitivamente!
— Não pedi para sair delegado, mas se nãoentendeu que para mim é mais fácil me defender aquidentro que lá fora!
— Não tem medo de ficar aqui pelo jeito!
— Não estou aqui por que vocês querem, euprovoquei, obvio, eles pressionariam, vim um dia antes,mas nada que pareça estranho para mim, não sou Deuspara prever exatamente como vai ser, tentado quaseperdi minha ex, meu filho, minha vida, então não sei
prever tão bem quanto vocês acham, vocês leem o obvioe acham que sei mais do que sei, mas isto é apenasprovocar reações!
— E acha que vai acontecer o que agora?
— Um arcebispo não volta ao Brasil, um Deputadoesquece da politica e vive bem em um paraíso fiscal, 15mil funcionários públicos entre Brasília, BH e pequenas
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cidades de Minas Gerais, vão trabalhar a partir desegunda muito mal humorados.
— Acha que o esquema está sendo desarmado!
— Saberei quando sair, se sair, não antes, nãodepois!
— Mas aquele delegado civil achava que você teriaa resposta?
— Ele acha que tenho o toque de midas, mas não,sou apenas um nome sem muito valor, mas que é
teimoso o suficiente para ficar de pé quando os demais já estão em pânico!
— Quer sair hoje?
— Não sou eu quem decide isto senhor!
— Estará na cidade na segunda?
— Provavelmente não, mas não quer dizer que não
esteja em um imóvel próprio, informado aos órgãooficiais, não vou fugir do meu julgamento senhor, queropor muita gente na cadeia, e você não imagina quantostem problemas com a policia, e que vão ser levados a júri, como testemunhas no meu julgamento,testemunhas contra mim, é obvio!
O delegado estava na duvida, o rapaz do
promotoria chega a porta e fala; — Promotoria presente, investigação em
andamento!
— Então vamos nos livrar do problema! – Odelegado olha para Gerson e fala – Minha ideia era lhemanter aqui, mas como o pessoal de Brasília montou umcarnaval para tentar nos ferrar, vou me livrar de vocêhoje mesmo.
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Gerson vê o senhor puxar a ordem de soltura dagaveta e olhar para o escrivão no corredor;
— Jonathan redige aqui a soltura, vamos nos livrar
deste, e pede para um dos rapazes trazer osdocumentos, carteira e celular dele.
O delegado olha para Gerson e fala;
— Uma coisa que estranhei é o seu ciclo de amigos,todos sabem que você esta preso, ou não existe ciclo deamigos, pois ninguém ligou no seu celular.
Gerson viu o rapaz digitar e lhe entregar uma cartade soltura, mas com todas as implicações da condicional,ele sabia que quebraria quase todas aquelas regras, masleu elas atentamente.
— Delegado, as vezes os amigos são tantos, quenão ficam ligando quando não tem o que fazer, mascuidam de nós quando podem, e estarão lá quando
precisarmos! — Espero que não pretenda ir ao BH?
— Se for fui, mas não está nos meus planos! – Mente Gerson, sabendo que teria de ir a BH.
Era passado 3 minutos das 18 horas quando Gersonolha para o prédio as costas, saindo da policia federal e
olha para o outro lado da rua, João atravessa sobre oolhar do Delegado no segundo piso;
— Não entendo o que o Paulistinha esta fazendoaqui, mas este Gerson se envolve com os mais terríveisseres!
Gerson o cumprimenta e o Delegado vê ohelicóptero descer a frente, o senhor entrar e sair no
sentido do centro.
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— Como ele mantem os gastos Delegado!
— Era o que precisava saber, e quando ele afirmouos montantes que vão diariamente a conta dele, soube
que não teria como o manter preso! — Ele tem entradas diárias?
— De 85 lugares diferentes, pequenos depósitos, 80reais, parece uma ninharia, mas todo dia, dá a ele alegalidade que muitos de nós não temos.
— Não entendi!
— Jonathan, ele tem entradas mensais próximas de2400 reais de cada jornal que ele escreve, como eleescreve para mais de 85 jornais, ele recebe mais de 200mil reais mês, mais de dois milhões e 400 mil reais ano!
— E é alguém simples!
— Sim, mas os investigadores da Civil o definem
como inocente até que ele prove o contrario, ele sabeonde estão seus fracos, e não os esconde, mas teremosde ficar de olho nele!
— Acha que ele vai para onde?
— Para onde disse que não iria, BH
O rapaz sorriu vendo o senhor se mandar ao ar, nosentido do centro.
Gerson desce na cobertura do Mabu Hotel no centroda cidade, e desce ao restaurante, mancando da perna,que mesmo com um sistema novo, ainda incomodavanão poder muitos movimentos, estava com vontade decomida de verdade, ao chegar no restaurante o sorrisode Patrícia olhando-o o fez perder-se um momento, eleestava cada dia mais dentro daquela relação e parecianão querer sair dali mais.
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— Saiu antes? – Patrícia.
Gerson a beijou e depois deste longo beijo, ele aolhou e falou;
— Saudades!Patrícia sorriu e sentaram-se.
— Pensei que ele lhe deixaria lá até segunda!
— Ele também estava nesta duvida, mas estão o pressionando e isto fez ele querer se livrar do peso, ele esperaque façamos burradas, e sabe que o faremos!
— Não toma jeito mesmo!Gerson a beijou e sentou-se, jantaram e subiram
para o quarto, Gerson a muito não dormia direito.
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Era Sete e Meia da Manha, Patrícia e Gersondesembarcavam em Belo Horizonte, Gerson foi aobanheiro, e os dois foram a frente, onde um rapaz comuma placa com o nome dos dois os esperava, entram noTaxi e sentem ele fazer a volta e começar a sair doaeroporto, Gerson reparou que estavam sendo seguidos,Gerson estranhou, sentiu um gosto estranho a boca,
sacou a arma que havia colocado a perna boa nobanheiro e atira através do banco, sentiu o corpo ficaramortecido, atira na janela, os músculos pareciam nãoobedecer, ele apertou o cinto, e viu o motorista acelerar,caindo no volante, morto.
Patrícia parecia grogue também, Gerson puxa orapaz para trás, e o carro começa a desacelerar, bate em
uma mureta lateral e começa a parar. O ar estavamelhorando, mas ele pega a mascara no rosto domotorista, coloca ela, sai pela porta, viu os outros carroschegando rápido, empurrou o rapaz para o banco do ladoe assumiu o volante.
Gerson acelera pela Dom Pedro I, depois de umtempo, entra em uma rua lateral rapidamente, para sair
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Crônicas de Gerson Travesso
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das ruas rápidas, Patrícia parecia começar a despertar,viu o rapaz ao banco central e perguntou;
— O que aconteceu?
— Gente querendo nos matar, o que mais! — Quem?
— É bem o que gostaria de saber, começo adesconfiar que olhei para o lado errado.
Gerson por ruas secundarias foi indo ao sul, comoele fazia, Patrícia não entendia, viu que os perseguidores
se perderam. — Vamos para onde?
— Tô pensando! – Gerson que pega o telefone efala – Maria?
— Fala Gerson?
— Onde você está?
— Na casa do Desembargador, por que?
— Endereço?
Gerson freia e olhando o GPS do Taxi e o programa,para pouco a frente, sai pela porta, joga o rapaz no portamala e olha para Patrícia.
— Vamos andar um pouco!
— Mas...
Gerson esticou a mão para ela, Gerson pega apequena mala, e sua mochila, entram em uma ruasecundaria e começam a caminhar.
— Não entendi.
8/13/2019 Cronicas de Gerson Travesso 3 - João Jose Gremmelmaier
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Crônicas de Gerson Travesso
300
— O carro deve ter rastreador, mas calma, tenho depensar, e andar, mesmo com esta perna, ainda me fazpensar.
Os dois caminharam 10 quadras e Gerson olha paraPatrícia e pergunta;
— Como está?
— Agora bem, mas achei que iria desacordar!
— Vamos parar um pouco naquele bar ali na frente!
Gerson entrou, pediu um café com leite, um misto e
os dois sentaram-se no fundo. — O que esta acontecendo Gerson?
— Alguém assumiu o esquema aqui, e não seiquem, mas ouro gera isto, sabe disto!
— Desconfia de quem?
— Não sei ainda, mas perguntei para João quem
havia dado fim no Delegado, ele disse que não dera aordem, estranhei.
— Ele deveria ter dado?
— Não, mas a informação que tenho, é que oDelegado morreu, e não fomos nós, mas com certeza,seriamos os próximos, poucos sabiam que viríamos para
BH hoje sedo, embora qualquer pessoa infiltrada em umdos 85 jornais teria esta informação, não saberiam dovoo, o rapaz estava lá nos esperando Patrícia.
— Acha que Maria está por trás?
— Maria nunca foi o problema, o problema é quefalei demais, mas talvez isto tenha acelerado algo quenão entendia como estava acontecendo.
— Não entendi.
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Crônicas de Gerson Travesso
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— Sabe que desconfio de todos!
— Até de mim? – Patrícia.
— Por você morreria, não pergunte isto de novo!
Patrícia sorriu;
— O que estamos fazendo?
— Estou com o celular ligado, e estamos a mais demeia hora em BH e ninguém daqui me ligou.
— Quem deveria lhe ligar!
— Deveria ter recebido 3 ligações e ninguém ligou! — E estamos esperando o que?
— Calma! – Gerson olha para o Wifi do bar e pegasua mala, puxa seu computador pessoal e olha para osenhor do bar – Tem senha a rede?
— Sim uai, 123456! – Fala o rapaz ao balcão.
Gerson sorriu e acessou o sistema; — Vamos ver o que esta errado!
— Mas o que podem fazer em um Sábado?
— O sistema continua a rastrear os nomes, e querover para quem estão ligando agora!
Gerson ficou ali um tempo e depois de meia hora
falou; — Odeio traições!
— O que aconteceu?
— Como digo, eles estão brigando por pouco, maspelo jeito o segurança de Maria esta em contato compoliciais federais em Brasília, com gente da CIA e gente
da ABIN! — Gente infiltrada?
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— Gente de um General cagão!
— Certo, e o que estão fazendo?
— Tentando levantar provas, forçar provas, desviarcargas, mas tudo que eles desviaram esta na região deBrasília!
— Como sabe?
— Todos os caminhões que comprei, foram comrastreador, e parecem ir a região metropolitana deBrasília!
— E vamos para onde? — Queria estar bem, mas parecem mesmo
querendo me matar por esta ninharia!
— Eles não acham ninharia!
— Patrícia, as vezes acho que eles não sabem o quefazer e estão atacando, mas pensa comigo, estou
tentando entender, existia o grupo de Geraldo e aorganização que ele alimentava, esta organização, com amorte de Geraldo, toma a estrutura, mas na confusãosurgiu nós, e depois Maria, e os resquícios do esquemade Geraldo.
— Quem acha que esta matando?
— Eu joguei na linha da federal a lista dos 22 milnomes da organização, quando fiz isto, eles começarama sumir, não morrer, a sumir!
— Meu pai esta entre os sumidos?
— Sim!
— Foi você?
Gerson olha para ela e fala;
— Sim, seu pai eu sei onde está!
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Crônicas de Gerson Travesso
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— Certo, não quero saber!
— Então não pergunta, pois se perguntar, vaisaber, e não quero a perder por isto!
Patrícia o abraça; — E o que as ligações indicam?
— Carvalhinho, um dos cabeças da segurança deMaria, recebeu mais de 30 ligações desde queescapamos, e deu outros 20 telefonemas, nenhum paraMaria.
— Alguém conhecido? — Priscila Dantas!
— A que se faz de pobre!
— Sim!
— O que está esperando?
— Terminar uma ligação!Gerson viu o sistema dizer que Carvalhinho haviadesligado e disca:
— O que está acontecendo Fabrícia!
Fabrícia sentada a beira da praia em Jurerê olha emvolta e fala;
— O que quer saber Gerson? — O que tem com este Carvalhinho!
— Sabe que ele me preocupou, dizendo que vocêhavia escapado dele, mas pelo jeito ele nem tem ideia deonde você está!
Gerson via o rapaz produzido pela câmera do bar, eFabrícia acha a localização de Gerson e a imagem da
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Crônicas de Gerson Travesso
304
câmera de segurança de um bar em BH, não mostravaGerson.
— A câmera não pega o fundo do bar Paulo, o que
quer? — Sabe o que quero!
— Não sei!
— Esperava traições de todos os lados, menos doseu primo!
— Sabe que sempre preferi esta vida!
— Acho que esqueceu dos que lhe ajudaramquando precisava, mas ainda acho que você é parte dafamília, o que desviou, fica, não vai conseguir gastar comestes seus aliados!
— Nem sabe o tamanho do problema!
— Nem você, mas calma, as coisas vão feder, você
quer mesmo isto primo? — Não tenho medo dos seus!
— Eles deixarão de lhe proteger, se quer mesmoeste caminho, se vira sozinho!
Gerson desliga e liga para Roberto;
— Fala Gerson! Seu primo me ligou e disse que
você estava morto! — Esvaziou?
— Sim!
— Tira todos dai, deixa ele por conta, ele se vira, jáo defendi ele mais vezes do que me lembro, deixa ele sevirar!
— Tem certeza Gerson!
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Crônicas de Gerson Travesso
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— Roberto, as pessoas tem de aprender o valor daspessoas que são aliadas!
— Se cuida!
— Outra coisa, tira todos os nossos de BH eBrasília, manda para Cananéia, reunião geral!
— Tá maluco?
— Eles já esvaziaram 20 locais nos dois lugares,não vou ficar tentando defender ninharia Roberto!
— Recolho eles, mais alguma coisa!
— Nada, devo estar em Curitiba segunda cedo, senão tiver, divide entre os nossos os recursos!
—Tá maluco, não faz burrada!
— Não vou fazer burrada, mas preciso que faça istoRoberto!
— Certo, nos vemos quando?
— Terça, todos em Cananéia.
— Se cuida!
Gerson desliga o celular e olha para fora e fala;
— Vamos!
Patrícia vê um taxi parar a porta, pagam a conta e
saem;Fabrícia olhava pela câmera e vê Gerson pegar otaxi com mala e tudo, na porta do bar, em plena praia,vê o pessoal ao longe olhando os seus celulares ecomeçarem a se retirar, Fabrícia sabia que Gerson nãoera de meias palavras.
João chega a cede do jornal com o pequeno Pedro
que pegara em casa e olha para Roseli;
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— Ele esta mandando todos os que confia e quervivos para Cananéia.
— Qual o problema?
— Fabrícia é o problema, ele acaba de pedir paraRoberto tirar toda a segurança dela!
— O que tentaram que irritou Gerson?
— Tentaram matar ele e Patrícia na chegada emBH!
— Se Fabrícia achava a vida fácil, ela vai ver que
Gerson não é só sistema! — Acha que ele precisa de ajuda?
— Ele esta querendo encarar isto, não seiexatamente o que ele vai fazer, mas pelo jeito resolveuproteger todos!
— Sim!
Em BH Gerson e Patrícia param a uma lanchonetede frente a lagoa da Pampulha e sentam-se.
— Não entendi o que estamos fazendo? – Patrícia.
— Não deveria ter a trazido, não esperava tamanhoproblema!
— Sabe que pode contar comigo Gerson, não
confia? — Medo de perder, isto afasta mais as pessoas do
que os ódios e amores.
— Não seja bobo, o que faremos?
Gerson olha para a lago, pega o celular e liga parao de Priscila;
— Bom dia Priscila.
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— O que quer Gerson?
— Me passa o celular para Maria a sua frente!
— Por que faria isto?
— Quer morrer, não passa!
Priscila alcança o celular e Maria fala;
— O que quer agora Gerson!
— Consegue me ouvir apenas, sem que esta traíraai a frente saiba do que falamos?
— Por que não ligou no meu celular. — Ele esta grampeado, me ouve! Temos um
problema, seus dois seguranças trabalham para o mesmoesquema, onde tem CIA, policia federal e ABIN, os alvossomos eu e você, ou agimos em conjunto agora, ou elesganham!
— Não acredito em você!
— Isto é um não?
Maria olha para o segurança vir a porta e olhar paraela, sair falando com alguém no comunicador, ela vai aporta e vê Carvalhinho na entrada olhar para ela, elasorri e fala;
— Eu ouço!
— Acabaram de tentar me matar, eles esvaziaramtodos os estoques de ouro e coisas de valor da GrandeBH e de Brasília, eles estão matando todos que sabem dealgo, a moça a sua frente é parte do grupo, mas como ocelular dela não era monitorado, liguei para ele, vou ligarna sequencia para Carvalhinho que esta a porta da casa,mas não acredite em nada do que ele falar, cuidado, isto
cheira a merda!
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— A merda?
— Fabrícia!
— Perfume e merda não caem bem!
— Eu passo ai ainda pela manha, mas não sei comovou entrar então mantem a calma, estou vendo umaoperação para a prender ai no fim do dia, pela policiafederal, mantem a calma, que chegamos vivos ao fim dodia!
— Sabe que a maior burrada que fiz foi não lhe
ouvir, mas não consigo confiar em você Gerson, o quepretende!
— Isto mesmo. Agora diz que vou para ai!
— Tudo bem, espero você aqui, vem quando?
— Perto do meio dia estou ai!
— Vem sozinho?
— Sabe que não, ou acha que eles vão ter algumfacilitador!
— E como está a perna?
— Uma coisa a me atrasar a mais!
Maria sorriu e olhou a porta desligando;
— Reforça a segurança, Gerson Rosa vem a nós,não queremos perder ele, ou queremos?
— Carvalhinho já esperava isto!
Maria olha para Carvalhinho atender o telefone;
— Fala Gerson!
— Só informando que não protejo aquela biba emJurerê!
— Desistiu dele?
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— Ela desistiu dela, se quer enfrentar os problemassozinhos, eu estou lavando minhas mãos!
— Maria passou a mensagem que vem para cá!
— Sim, to me recuperando, um grupo ligado aFederal tentou me matar na chegado na cidade, to nooxigênio, mas logo me recupero.
— Oxigênio?
— Sentado em um bar tomando ar puro da lago daPampulha!
Carvalhinho sorriu e falou; — Pensei que estava ferido!
— Raiva não mata, mas vão achar o rapaz morto noporta mala, e sempre acaba sobrando para mim!
— Por que?
— Tiro pelas costas, sempre me complicam com
estes! — Certo, consegue chegar aqui ou precisa que o
peguemos em algum lugar?
— Consigo, mas cuidado com esta Priscila, nãoconfio nela!
— Acho que isto todos nós temos nós temos em
comum, mas na cama ela arrasa!Gerson mordeu a língua e Patrícia sorri e ouve;
— Ao meio dia!
Gerson desliga e Patrícia que ouvira a conversa noviva voz olha em volta e fala;
— Por que falou a verdade?
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Gerson sabia que aquele bar tinha como acessarpelo sistema, Fabrícia saberia onde ele estava, Gersonpega o celular e tira o cartão e põem outro e disca,
olhando para a câmera, Fabrícia estaria olhando, e falacalmamente;
— Tudo bem vô?
— Problemas?
— A pergunta que eu faria avô!
— Muitos pedindo sua cabeça neto!
— A pergunta, minha cabeça esta valendo quantovô?
— Mais do que pode pagar neto!
— Então me esquece vô, e quando seu neto foralguém na vida, esquece, quando seu novo neto vier aomundo, esquece, vocês falam em honra, mas não sabem
o que é isto! — Tem de ver que pegou pesado neto!
— Peguei? Sua conta bancaria diz o contrario avô, aconta de Fabrícia fala o contrario, mas tudo bem, comoiria imaginar que a traição vinha da família.
— Não entende, temos de defender os nossos, vocêesta jogando tudo em um esquema que somente vocêganha!
— Quando vocês terminarem de dividir o trocado, eestiver a mais de ano morto, lembre avô, que família nãose trai, não estarei aqui para lhe defender, defender afamília!
— Você não armou nada neto, não adianta querer
me impressionar!
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— Vô, eu não armei mesmo, eu deixei os lugarespara vocês esvaziarem, para vocês enriquecerem, maisdinheiro do que já havia visto na vida, mas não esquece,
tudo isto, tem dono! — Não entendi!
— Quando eu estiver a anos morto, entenderá!
Gerson desligou, olhou para Patrícia e falou;
— Tem algum chip ou celular que possa serrastreado?
— O que esta dizendo é que até seu avô estava portrás de nossa tentativa de morte?
— Sim!
Gerson acessa o sistema de pedido de carros e comum cartão clonado pede um veiculo, que entregam afrente da lanchonete para Paulo Cordeiro, ele apresenta
a identidade falsa, Patrícia não estava entendendo muito; — Tem algo na mala que seja insubstituível?
— Tem duas pistolas não registradas e meusdocumentos!
— Na minha tem uma pistola e umasubmetralhadora!
Gerson olha para ela e fala; — Pega apenas os documentos pessoais e vamos.
— Não entendi!
Gerson olha para a atendente e fala:
— Vamos logo ali, pegar créditos, cuida da mala?
— Voltam rápido?
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Crônicas de Gerson Travesso
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— Deixamos paga a conta, não queremos que acheque estamos escapando!
— Dou uma olhada!
Fabrícia olha Gerson e Patrícia irem a frente, olha asmalas, eles voltariam, fica naquela imagem, enquantoGerson e Patrícia pegam o carro e saem no sentido dacasa do Procurador.
— O que vamos fazer?
— Patrícia, Maria sobre influencia dos demais,
matou todos a casa, não gosto mais disto, estou cheio, amenina mais nova do procurador tinha 8 anos!
— Não vai perdoar ninguém, pensei que ela estariano esquema!
— Estava, mas o que crianças tem haver com isto,ela não mudou, assim como mataria meu filho, matou afilha do senhor, não mudou.
— Acha que eles vão engolir que vamos voltar?
— Não sei, mas quero sumir, por dois dias, e nãosei ainda o que vamos fazer!
— Se você sumir, Roberto vai dividir parte!
— Patrícia, a uma semana, estamos vendendoPlatina, a uma semana estou tendo de segurar asentradas na conta, elas somem, o delegado ficava vendoos créditos entrarem e sumirem na minha conta, masuma coisa é você estar recebendo o recurso de crônicas,outra coisa é a venda de 300 quilos de platina dia.
— Vai me roubar? - Patrícia sorrindo.
— Sabe que metade disto vai começar a entrar
diariamente em minha conta e na sua, estamos a 5 diassem os recursos entrarem, mas quando na segunda, 7
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Crônicas de Gerson Travesso
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Fabrícia do outro lado do telefone, olhava pelascâmeras da casa Gerson chegando sozinho, via noaeroporto os rapazes dele saindo da cidade, ou nas
estradas, todos se afastando e ele indo de encontroaquela casa.
— Pensei que tinha entendido primo!
— Fabrícia, não somos primos, éramos amigosquando eu entrei para a família, mas você não é maisparte da minha família, pois morto, deixo de ser ex desua prima, deixo de me preocupar com este trocado.
— Mas Carvalhinho vai o matar!
— Fica vendo eu morrer, pois morrer sem ninguémver não tem graça, desacordar em um carro e nemacordar, morrer sem testemunhos, sem escândalos, nãoé meu estilo.
— E desistiu?
Gerson desliga e olha para Carvalhinho. — Tudo bem Carvalhinho.
— Quem estava ao telefone.
— Aquela bicha da Fabrícia, ela esta arrependida,achou que eu cairia sozinho.
— Vai cair?
— Carvalhinho, vim me entregar a morte, por queficar vivo, se vocês vão se dar mal, independente de euviver ou morrer, estava afim de acabar com uma guerra,mas vocês não sabem viver em paz.
— Pensei que ainda estivesse pensando!
— Carvalhinho, se olhar, meu pessoal esta saindo
da cidade, vocês venceram!
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— Gerson Rosa desistindo?
— Quando o próprio avô esta por trás de suatentativa de assassinato, que me resta!
Gerson olha os rapazes esticarem as armas para elee Maria chegar a porta;
— O que esta acontecendo aqui Carvalhinho?
Maria olha para Gerson;
— Hoje você perde a utilidade Maria!
Gerson riu, ele fora muito rápido, se conhecesseMaria a teria enrolado um pouco, evitando problemas;
— Ainda acha graça Gerson? – Carvalhinho.
Gerson apenas olha para Maria e pisca para ela,que sorri e fala;
— Um suicida, desculpa, disse estes dias que eraum covarde, mas tinha esquecido que estava falando de
Gerson Rosa! – Maria ouve o primeiro tiro na rua,Carvalhinho se volta a rua com os demais, Gerson ficouparado, Maria viu que ele ficou estático e não se mexeu.
Se ouviu os tiros, um a um, foram caindo,Carvalhinho assustado viu os seus irem ao chão muitorápido.
Carvalhinho estica a arma para Gerson e sente oombro ser acertado, Gerson somente nesta hora meche-se entrando e Maria o segue.
— Quem está lá fora? – Maria.
— Não é a sua segurança! – Gerson pegou a armaem um dos rapazes, e apenas encostou a parede, nãoestava fácil com aquela perna.
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Crônicas de Gerson Travesso
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Maria olha em volta e sente um tiro acertar seuombro, Gerson nem olhou, ficou ali, encostado, semmexer-se, a moça desencostou da parede, tentando
entrar mais e foi abalroada por mais 3 tiros, Gersonestava a parede quando um grupo de pessoasmascaradas chegam a casa, ele nem os olha, passamdireto, ouve outros tiros, como se não fosse partedaquilo, sem dar um tiro, sai dali, olha para a rua, ePatrícia encosta e ele entra;
— Não entendi!
— Patrícia, quando você não tem para quem correr,não sabe quem pode lhe matar, escolha sempre o ladoque tem a ganhar com sua vida!
— Quem são? – Patrícia.
— Quem vai lhe por o dinheiro na conta nasegunda!
Patrícia olha sem entender, Gerson estavaencostado ao banco, e falou;
— Vamos ganhar dinheiro agora ou gastar?
— Você que manda Gerson! – Patrícia.
— Vamos pegar as malas novamente!
Patrícia sorriu;
Em Curitiba, uma leva de policiais chega ao jornal,mas não encontraram ninguém além de Paulo, o redator.
O policial parecia querer alguém, mas obvio, nãoestava em missão oficial, mas aparentava uma.
— O senhor Gerson deve estar na segunda aqui! –
Fala a secretaria.
8/13/2019 Cronicas de Gerson Travesso 3 - João Jose Gremmelmaier
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Crônicas de Gerson Travesso
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— Ele não deveria ter viajado!
— Senhor, este não é o endereço fixo dele! – Paulo.
O senhor olhou para o redator, era real, muitastestemunhas, um lugar ruim de impor violência, pois erauma repartição aberta, algo vazar seria muito fácil, osenhor se retirou com uma leva de policiais.
Paulo pega a gravação e passa por e-mail para oDelegado Siqueira da Federal que o liga;
— Senhor Paulo, o que eles pediram?
— Não deixaram eu olhar de perto a ordem deprisão, mas perguntaram de Gerson, Roseli e o pequenoPedro.
— Vou verificar quem são, mas sabe onde ele está?
— Provavelmente se metendo em problemas emBH!
— Não duvido!
A policia chega a casa do Desembargador, eencontram muitas pessoas mortas, vira noticia nacional,chacina em bairro de alto padrão de BH.
O delegado da Federal de Curitiba olha as imagens
e fala para o secretario; — Pessoas mortas a mais de 3 dias, e uma chacina
que trouxe a morte de alguns a publico!
— Ele não sabe deixar barato!
— As pressões aqui vão reduzir, ele lá, mortes lá,não vão poder nos pressionar muito!
— Mas o liberou Delegado!
8/13/2019 Cronicas de Gerson Travesso 3 - João Jose Gremmelmaier
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Crônicas de Gerson Travesso
318
— Eu cumpro ordens, elas mandavam o soltar,soltei!
O secretario sorri e vê um investigador entrar pela
porta; — Identificamos parte deles, Delegado de Brasília,
com 20 rapazes de lá.
— O que faziam aqui?
— Estamos descobrindo onde eles estão!
Na estrada de entrada do sitio de Gerson em Iriri,uma leva de carros pretos, com insígnias da federalparam na porteira, um senhor vem ao portão, e quandosente o primeiro tiro, se recolhe, sentindo a tensão dabala em seu colete, ele recua e os policiais começam aentrar.
As casas pareciam vazias, e quando eles saem doscarros, um senhor olha para as casas e fala;
— Mata todos, não quero nem saber quem, nãovamos deixar testemunha que estivemos aqui!
— O porteiro parece ter se embreado no mato!
Os policiais se afastavam do primeiro carro, quandoum míssil atravessou o ar acertando o primeiro carro.
Os policiais recuaram, começou ouvir-se tiros detodos os lados, os policiais começam cair, não viamquem atirava, um segundo míssil acertou o ultimo carro,estourando com dois que ainda estavam lá dentro.
— Recuar! – Grita o Delegado sem entender, que ostiros vinham de todos os lados.
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Crônicas de Gerson Travesso
319
O delegado ia falar algo para o rapaz logo atrás evê que ele estava com um tiro a cabeça, se esconde,mas os tiros pareciam chegar mais perto.
O delegado grita erguendo a arma; — Estamos nos entregando!
Um rapaz por trás da casa, mira em sua cabeça eresmunga puxando o gatilho;
— Não iria deixar testemunhas, não vou lhe daruma segunda chance!
O delegado cai morto, outros tentam fugir pelaestrada e foram caindo.
Os rapazes foram surgindo e um ao fundo falou:
— Alguém dá sumiço nestes carros, os corpospodem virar adubo!
— Acha que alguém ficou na cidade?
— Acho que eles passaram reto, mas pode ser quealguém relate que vieram para cá, mas vamos nosdefender, põem gente nos carros e saem pela estrada,melhor dar sumiço pra depois de Registro.
Gerson entra em Moeda e para na frente da
Delegacia da Civil e pede para falar com os rapazes;O investigador olha para ele desconfiado epergunta:
— O que faz aqui Gerson?
— Quero saber quem mudou de lado! – Gersontinha uma submetralhadora a mão, e os rapazes viramque ele não estava para brincadeira.
— Dizem que você matou o Delegado!
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Crônicas de Gerson Travesso
320
— Sabem bem que não o fiz, mas preciso de ajudapara por estes falsos seguranças na vala.
— Sabe quem foi?
— Sei, e não gosto de matar antigos aliados, masse ninguém esta me ouvindo, vou ter de começar por ali.
— A policia mandou uma determinação de prisãopara você a poucos minutos.
— Senhores, ou o grupo sai do papel, ou eu acabocom ele, não estão entendendo, eu estava preso, o
Embaixador já estava morto a dois dias, quantos devocês fizeram vistas grossas a isto?
Gerson viu um sorriso, Patrícia estava ao seu lado,ele destravou a metralhadora e passou em circulo,matando os 12 ali presentes.
O escrivão se recolheu e levou o ultimo tiro, dadopor Patrícia, os dois entram no carro, deixando o gás
aberto na delegacia, estavam a poucas quadras quandoveem o fogo tomar a delegacia de Moeda.
— Para onde?
— Patrícia, o dia vai ser longo!
Ela sorriu e olhou para trás;
— Sabe que vão nos incriminar!
— Você vai de capuz daqui em diante! - Gerson.
— E você?
— Eu tenho de estar nas imagens, o que acha, quevou me esconder a vida inteira?
— Ninguém se esconde uma vida!
— Verdade, tentei e não deu certo.
8/13/2019 Cronicas de Gerson Travesso 3 - João Jose Gremmelmaier
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Crônicas de Gerson Travesso
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Os dois pegam o carro e dirigem no sentido de BHnovamente, com a identidade falsa, embarcam em umhelicóptero para Brasília as 3 da tarde.
Roseli em Ilha Grande olha para João;
— O que está acontecendo?
— Maria foi encontrada morta, assim como PriscilaDantas, em uma casa cheia de cadáveres, mas os demaispareciam mortos a mais de 2 dias!
— E onde Gerson está? — Ele nos mandou sair de lá Roseli!
— Porque?
— Ele acha que temos um infiltrado, e um apenaspode o matar, ele não quer morrer!
— Certo, mas imagina para onde ele esta indo?
— As noticias dizem que a Delegacia de Moeda emMinas esta em chamas.
— Ele saiu do controle de vez!
— Ele não vai parar antes de achar que é seguro!
— Qual o próximo alvo?
— O mais difícil, quem armou para a morte dele nainauguração do jornal.
— Quem foi?
— O avô!
Roseli olha ao longe e pergunta;
— E como estão as defesas, pois se o problema
vem dai, vem represália logo em seguida!
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— Senhora, ele esta tentando a paz, mas elesacham que terão paz apenas quando os ligados a Gersonestiverem mortos!
— Certo, como ele disse, não tem saída!
O Delegado da Federal de Curitiba, DelegadoSiqueira liga para João, o paulistinha.
— Paulistinha, o que está acontecendo?
— O que quer saber que eu possa falar sem ser
preso delegado? — Por que disto tudo?
— Gerson descobriu que quem coordenou oatentado em Curitiba foi o próprio avô!
— Mas e as matanças em BH!
— Verá que meu pessoal esta todo entre Curitiba e
litoral sul de São Paulo, não temos haver com istosenhor.
— Gerson ligou para o primo, sabe onde ele está?
— Sem nossa proteção em Jurerê!
— A briga foi feia pelo jeito!
— Senhor, existem superiores ao senhor envolvidos,gente que matou o Delegado de Moeda, gente que podeter matado o Deputado Jacoboscky e Homero Reis!
— E para onde Gerson vai?
— Ele cansou, ele disse que se não estivesse aquina segunda, para distribuir o que ele pegou entre opessoal!
— Quer dizer que tem uma ordem dele de distribuiro todo se ele não vier a Curitiba na segunda?
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— Sim senhor, e ele mandou nós ficarmos longe,então o que nos custa ver ele morrer?
— Não parece você falando Paulistinha!
— Não é como vocês me julgaram e condenaram,ser frio assim, mas desculpa Delegado, Gerson Rosa,sabe onde pisa, se quer ver os seus vivos, não coloqueno caminho dele nesta hora.
Em Brasília Gerson desce sobre um campo gramado
na região da asa norte da cidade.Um rapaz com capuz vem a eles e fala em um
português que teve de pensar para entender;
— Estamos prontos! – Traduzindo o que fora dito.
Gerson olha para Patrícia, pega um capuz com orapaz e joga para ela;
Gerson a vê colocar o capuz e fala; — Sabe recuar se preciso?
— Sei, mas odeio isto!
Gerson olha para os rapazes, entra em uma vancom uma porção de pessoas que falavam um chinês quenão lhe parecia mais que ruído aos ouvidos.
Quando param a frente de uma casa a poucasquadras de onde desceu, viu a região cercada, e olhoupara o céu, um helicóptero vinha a eles;
Aquela metralhadora mataria todos eles rápido, seum dos meninos não tivesse saído pela janela da van eapontado um míssil para a parte baixa do helicóptero,antes do rapaz poder mirar no sentido em que Gerson
estava, o helicóptero explodia ao céu;
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Os seguranças a porta se agitaram com o estouroprimeiro do míssil no helicóptero, depois com o desabarsobre uma casa mais ao norte, do helicóptero pegando
fogo;Gerson se arrasta até o muro frontal da casa,enquanto os demais, começam a trocar tiros com osseguranças e militares que davam segurança a casa,Gerson olha para o rapaz que coordenava aquilo e fala;
— 10 minutos temos de estar saindo!
O rapaz olha para os rapazes nos carros, cada umdos 12 carros saiu gente atirando, mas em cada umdeles um armou um lança míssil e atirou no sentido dacasa, que sentiu ser abalroada pelos misseis.
A casa veio a baixo e com os corpos ao chão,Gerson não parou para olhar, entrou num carro ecomeçaram a sair no sentido de Anápolis, pegando a
estraga, saindo do Distrito Federal no rumo de Goiás,enquanto as noticias na noite de sábado tomavam oJornal Nacional, com a informação que em plena Brasíliaum atentado contra um General de alto escalão deixoumais de 30 soldados mortos, além do General.
— Sua avó não estava lá? – Patrícia.
— Torço que não, mas não estou sendo bonzinho
nesta hora, Patrícia, e ainda não acabou o dia. — Qual o próximo destino?
— Sentar num bar, dispersar, eles vão nos deixarem Anápolis e sumir!
— Esta cobrindo pistas?
— Eu quero que eles afirmem que eu fiz tudo isto
hoje, sozinho, Patrícia!
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Gerson e Patrícia são deixados em um posto deGasolina na beira da estrada em Anápolis, os doisentram, era perto das seis da tarde, e o tempo seco
parecia dar uma sensação de abafado para aquele fim dedia.
Gerson senta-se e pede algo para comer, e toma oremédio.
— Como está Gerson, as vezes esqueço que vocêdeveria estar se recuperando?
— Com você aqui não tem o que estar ruim!
Gerson sente o telefone tocar, olha o numero e olhapara Patricia fazendo sinal para não falar;
— Sim!
— Esta onde filho?
— Lembrou que tem filho General Rosa?
— Me passaram um dado que não quero acreditar! — Qual, que seu pai planejou minha morte?
Gerson não saia da defesa, não falava com seu paia mais de 26 anos, e ele liga como se nada tivesseacontecido, quando teve problemas na aeronáutica, seupai o virou as costas, não iria se preocupar em darsatisfação agora.
— Ele não faria isto!
— Se não é este assunto senhor, não temos o queconversar!
— Dizem que você o matou hoje!
— Senhor, vai ver que vão afirmar que eu, detoneiuma delegacia em Moeda, em Minas, uma casa em BH,mas qual mais eu detonei agora?
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— Esta onde?
— Quase em Brasília, não cheguei lá ainda!
— Se vem para cá, dava meia volta!
— Senhor, algo mais?
A frieza de Gerson fez Patrícia entender que istonão estava ainda acertado na vida de Gerson, uma coisaé ignorar alguém uma vida, outra ter de falar com estapessoa, a ignorando.
— Só me diz que não foi você!
— Minha palavra não tem valor para o senhor, e senão tinha a 26 anos, não muda para hoje, não percotempo falado coisas para gente que não me ouve! – Gerson desligou o telefone na cara do pai.
Patrícia segura a mão e Gerson e fala;
— Calma, eles sabem que foi você?
— Eles nem sabem do todo ainda, e querem mecondenar, Patrícia, eu os deixei se matarem, eu deisegurança apenas a quem achava útil, mas quando vi afrieza que Maria matou as crianças do Procurador, vi quenão era um caminho a trilhar!
— As vezes você acha que as pessoas não são tãomás como são!
— Elas pedem para que acredite na parte boadelas, mas ficam me provando que não sou só eu quesou ruim.
— E o seu pessoal, deu sumiço em alguém?
— Apenas peças chaves!
— E como pagou aquele pessoal que lhe ajudou eque pelo jeito nem falam português?
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— Na casa que Maria havia invadido, eles tiraramouro e dólares, mais alguma coisa em diamante!
— E o que quer?
— Paz, viu a forma que o pessoal olhou para nósem Moeda, quando falei das mortes?
— Sorrisos para assassinato de crianças, vi que nãogostou!
— Pensei que alguns eram diferentes!
— Acredita muito nas pessoas!
Gerson pega o celular e liga para o Delegado emCuritiba;
— Delegado Siqueira?
— Esta onde rapaz, esta encrencado!
— Ligando dizendo que me apresento em Curitibana segunda feira, pela manha!
— Sabe que não pode viajar!
— Se provarem que viajei, mas não vou deixar decurtir os braços que estou por que estão falando merdade mim na TV!
— João me induziu que você havia viajado!
— Delegado, eu não vou falar onde estou, massegunda me apresento na delegacia, e esclareçoqualquer duvida.
Gerson desliga e olha para Patrícia, os dois pegamas malas, e atravessam a rodovia entrando em um hotelde beira de estrada.
Uma reunião se fez em Brasília e um senhor vem afrente e pergunta:
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— Quem nos atacou?
— Não sabemos senhor, mas perdemos peçaschaves!
— Querem que acredite que o neto do GeneralRosa fez todo este estrago sozinho?
— Sei que é difícil acreditar senhor, mas o pessoaldele não esta mais na região.
— E os estoques?
— Todos intocados!
— Menos mal, onde este rapaz se escondeu, sedizem que ele o fez?
— Estamos tentando descobrir, mas enquanto oDelegado de Curitiba duvidou da estadia dele em Brasília,o próprio pai dele afirmou que ele não havia chegou aquiainda, quando aconteceu!
— Ele deve estar protegendo o filho! — Aquele não protege nada senhor, não falava com
o filho a 26 anos, mas teve de saber se fora ele.
— Alguém pode me dizer se aquelas peças foramapagadas?
— Sim, 12 deputados, 8 prefeitos, 52 vereadores,
35 delegados, mas ninguém vai falar disto, vamos dar asnoticias muito lentamente.
— Descobriram onde era esta mina de ouro desterapaz?
— Não, as imagens que ele mostrou sumiram dosistema, estamos esperando ele acessar novamente parasabermos exatamente onde é!
Um rapaz entra na sala e olha para os demais;
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— Delegado, Senador, Deputados, prefeitos,ministros, pode parecer maluquice, mas as balas quemataram os seguranças comandados por Machadinho, e
ele mesmo, é armamento Chinês, não é de uso nem dasnossas forças armadas, não conheço estoque disto noBrasil! – Bruno Maldonado, corregedor da ABIN.
— Podem me confirmar onde esta Gerson Rosa?
— Não sabemos, ele parece estar mudando decelular, pois as ligações dele são curtas, pela manhativemos conversas dele com pessoas que estavam em
Belo Horizonte, o rapaz que deveria lhe fazer a recepçãono aeroporto, esta sumido desde a parte da manha!
— Morto?
— Ele afirmou para Carvalhinho que sim!
— Como ele escapou?
— Não sabemos, mas ele após isto, pediu para todo
pessoal dele sair de BH e Brasília, ele esvaziou tudoantes de começarem as mortes senhores!
— E nossos infiltrados?
— Três deles sumiram, ainda temos um!
— Aquele Primo dele, que o general idolatrava?
— Gerson parou de dar segurança para ele!
— Ele não teria como saber onde ele se esconde?
— Acredito que ele esteja em transito, pode estarem um ônibus, em um avião, enquanto falamos, eledorme e muda de região, amanha aparentando que nemestava por perto!
Um deputado olha para os demais e fala;
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— Sei que alguns estão pensando em ganhosrápidos, mas temos de manter a calma, das concessõesque ele pediu, deram apenas as que já eram explorações
antigas sem valor, mas as que podem dar dinheiroestamos deixando baixar a poeira, mas não podemosperder o foco agora!
— Sabemos deputado, estamos monitorando aqueleamigo que ele tem na ABIN, estamos monitorando maisde 2 mil telefones, ele pode parecer esperto, mas não éuma instituição!
Os demais sorriem.
O delegado da Federal de Curitiba, aparece naredação do Jornal do Comercio, nas primeiras horas damadrugada, estavam sendo impressos os primeirosJornais, ele olha a reportagem e sai, olhando para Paulo,
teriam mais uma noite de agito.
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Patrícia e Gerson descansaram, era por volta das 3da manha quando os dois descem a recepção, acertamas contas e veem João e o pessoal e mais de 30caminhões estacionados em frente, no pátio demanobras do Posto de Gasolina.
João olha para Gerson e pergunta:
— Onde?Gerson passa para ele 5 endereços e fala:
— Tem de esvaziar rápido, pela manha, sabem quevai ter gente lá olhando!
Gerson olha para Roberto que fala;
— Tudo pronto!
Sobre duas carretas desce um helicóptero,acordando os demais, Gerson com dificuldades sobe pelaescada lateral e entra com Patrícia, decolando no sentidode Curitiba.
João distribuiu os endereços e começam a sair comas carretas, foram 5 confrontos, rápidos, e por volta das5 da manha de Domingo a ultima carreta saia do
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deposito em Ceilândia, voltando ao posto, onde ficariamum tempo, esperando a poeira baixar.
Gerson estava cansado, abraçado a Patrícia quando
o celular toca novamente; — Fala delegado!
— Armando de novo, pelo jeito!
— O que fiz agora?
— Seu pai esta a minha frente afirmando que nãopode estar em Curitiba! – Delegado Siqueira.
— Delegado, este senhor, não fala comigo a 26anos, mas se quer saber mesmo, estou hospedado noMabu, pega um helicóptero e vem aqui!
— Você está no centro da cidade?
— Sim, onde eu estaria?
— Dizem que estão fazendo uma mega operação
para lhe pegar em Tiradentes! — Mais gente que estão querendo dar fim
Delegado?
— Não sei mas vou ai, não acredito em suainocência!
— E nem deveria mesmo Delegado!
O delegado sorriu e olhou para o senhor a suafrente;
— Ele afirma estar no Mabu Hotel, não duvido, ele ébem do gênero que não fica dizendo estar em um lugar eestar em outro, terei de pensar que ele estava em BHontem!
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Um Senador acorda em sua imensa casa na beirado lago em Brasília, vai a cortina, dia de céu azul, saicom seu roupão pelo corredor, pegando o jornal e se
depara com a afirmativa das mortes e liga para oDeputado Camargo.
— Como ele sabe das mortes?
— Não sei, mas estou indo aos barracões Senador,me ligaram a pouco de lá, estou prevendo trovoadas!
O Senador liga a TV de Led a parede e olha para amoça trazendo o café;
O deputado chega ao barracão e a imagem delevazio o fez ligar para varias pessoas.
Gerson em sua cama, ficou a olhar as ligações eterminar de montar o quebra cabeça, escreve as ultimaslinhas, e manda a impressora uma lista de nomes.
O delegado pede para falar com Gerson, era perto
das oito da manha, e Gerson desce com Patrícia, amboscom cara de sono, Gerson trazia a mão uma lista.
— Sabe que você esta encrencado!
— Sei disto Delegado, sei disto!
— Tem algo a declarar em sua defesa?
— Senhor, esta lista – passa uma folha para osenhor – são de pessoas que morreram, e esta lista – alcança outra – é os que ainda não morreram, mas temseus nomes e o executor ao lado, e os valores que serápago por cada execução.
O delegado olha para os nomes e fala;
— Tem gente influente aqui!
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— Eles relatam aos poucos, na lista de mortos, vique tem o de um prefeito que as noticias deram comoataque cardíaco!
O Delegado olha o nome e fala: — Mas isto não o livra!
— Senhor, não estou fugindo, estou?
— Não, confundindo, muitos afirmam que vocêainda esta em Minas, e alguns dizem que esta emBrasília.
— Olha que me convidaram a uma festa hoje anoite no Iate Clube de Brasília, mas vou ter de deixarpara outro dia a festa!
O delegado viu que Gerson não olhou para o pai, osenhor também não falou nada, o clima foi cortado poruma ligação no celular de Gerson;
— Posso atender rapidamente Delegado? — Sim!
Gerson atendeu e ouviu:
— Fala João!
— Tudo pronto!
— Cuida da segurança do Pedro, o resto se dá jeito!
— Pressão? — Um pouco!
Gerson sorri vendo o delegado olhar os nomes edepois de um tempo sair pela porta.
Naquela noite, numa festa no Iate Clube de Brasília,algo estragado levou 600 pessoas ao hospital Base de
Brasília mas Gerson estava aos Braços de Patrícia,curtindo o fim daquele domingo.
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J.J.Gremmelmaier
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Travesso 10
Fedeu!
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Patrícia acorda e vê queGerson estava ao banho,chega a ele o beija e fala;
— Quando vamosconversar? — O que quer falar? — Que não sei se estou
pronta para ser mãe!Gerson a olha como se
não entendesse o que ela iria falar;
— Quer tirar? — Não sei o que pensar Gerson! — Não me ama, é isto, não quer ficar ao meu lado? — Sempre tive medo de deformar meu corpo com
um filho!Gerson desliga o chuveiro puxando a toalha, ele
nunca passara por uma conversa daquelas, vai ao quartoe senta-se a cama, secando-se, secando a perna ecolocando a prótese na perna;
— Pensei que entenderia Gerson!Gerson não queria brigar, ele não esperava aquela
conversa, pensava ao chuveiro sobre os desafios do dia,e se depara com uma conversa que não sabia como sepor, olhou para ela e falou;
— Acha que vivera bem com isto? — É natural abortar Gerson!O tom de quem já havia feito antes, não foi
agradável a Gerson, que olha para ela e fala; — Gostaria de ter um filho com você, mas parece
que não quer o mesmo!
— Não pensamos, fizemos, tem de entender quenão estou pronta!
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Gerson começa a se vestir. — Conversamos na volta sobre isto Patrícia! — Marquei o medico para hoje! – Patrícia.
Gerson se veste e não beija Patrícia a saída, ele nãoera de posições tão exatas, mas sentiu que alguém lhetirou o chão, e não era hora de perder o chão, Patrícia vêele sair pela porta sem lhe beijar, e ir ao heliporto, e semandar sozinho no sentido da Policia Federal.
Gerson no lugar de estar pensando em o quefalaria, estava pensando no que falaria para Patrícia.
— Tá longe! – Falou o advogado.Ele repetiu três vezes e Gerson olhou para ele;
— Sim, deveria estar com a cabeça aqui e algo metira toda a concentração.
— Mulher pelo jeito? — Sim, qual acusação terei de responder aqui?
— Não deveria se ausentar da cidade sem avisoprévio, e foi a Belo Horizonte! — Eu assinei minha crônica como estando lá, é o
que mais me preocupa, mas o que mais? — Saberemos em breve!O delegado viu que era serio, pois Gerson se
apresentou com o advogado:
— Veio precavido hoje? — Terei de ir a Delegacias que ignoro onde fiicam,
então melhor não me perder! — Preciso lhe fazer algumas perguntas;Gerson viu o inicio do interrogatório, era sempre a
mesma coisas, nome, profissão, e coisas do gênero, e odelegado olhou para ele e perguntou seriamente;
— O que foi fazer em Belo Horizonte ontem?
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— O delegado Vieira Souto da Federal de Minas temo numero dela nos contatos de seu celular, se ele aqueria prender ligasse direto para ela!
— Pelo jeito vai encarar o desafio de se defendermesmo! — Odeio a ideia de pagar por crimes que não
cometi, pelos que cometi, me defendo diferente! — Quais seus negócios com Maria Souza? — Senhor, esta foi tarde, não tenho nada de
negócios com ela!
— Não vai fingir que gostava dela? — Ela tentou matar minha ex, estava por trás da
tentativa da morte de meu filho, não vou dizer queamava aquela cobra!
— E uma afirmativa de Raul Camargo, que você, elae ele fariam uma empresa de exploração?
— Ele deve ter confundido as coisas, com ele tenhonegócios, mas apenas negócios, nem o conheço tão aofundo assim! Mas porque ele veio a nossa conversasenhor, uma conversa dele não tem valor legal.
— Não gostava dela e é a primeira pessoa a ligarquando chega a BH?
— Senhor, tenho um problema a resolver em BH,ontem não foi fácil, mas os detalhes, somente diante dapolicia local.
— Não entendi! — Sofri um atentado contra minha vida assim que
cheguei lá, e sei que o escapar de lá, vai me gerar umproblema, mas para isto, fui convocado a comparecerhoje lá.
— Acusação?
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— A acusação não sei, mas sei que não escapareide um segundo processo de assassinato, nem que emlegitima defesa!
— Legitima defesa com tiros pelas costas? – Odelegado estava falando de um caso, mas Gerson olhapara ele e fala.
— Não sei por que eles são rápidos em se virar decostas!
O delegado não entendeu, mas fez algumasperguntas a mais e Gerson saiu dali;
O advogado pergunta algumas coisas, os doispegam o helicóptero e vão ao Aeroporto do Bacacherionde pegam um voo para Belo Horizonte, o advogadoavisa que estão saindo da sede em Curitiba, avisandoque chegariam direto.
Desembarcam na Pampulha e pegam umhelicóptero direto para a cede da Policia Federal local,
Gerson viu que ali seria mais difícil, pois a imprensaestava a frente, até os jornalistas do Jornal do Comercioestavam ali.
Gerson desce do helicóptero e um policial chega aele e o algema;
— Senhor Gerson, esta preso, qualquer coisa quefalar poderá ser usada contra o senhor.....
O sorriso de Gerson deve ter desapontado osdemais, o advogado olha para o Delegado e fala;
— Conseguiu a determinação de prisão quando? — Acaba de ser expedida! — Se ele soubesse que estava com ela determinada
teria ido a Brasília antes! — Não o quero deixar para eles!
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Gerson é levado a uma cela e o advogado nem foirecebido formalmente pelo Delegado, saiu a porta e unsrepórteres perguntam para o advogado;
— O que o senhor tem a falar sobre a acusação deassassinato que pesa sobre seu cliente! — Gerson não negou-se a vir, mas se vai ficar
preso, o delegado que responda pelos próprios crimes,ele veio conversar, depois não me venham dizer que elenão tentou, ele esta denunciando crimes que a policiafederal não apurou, 90% dos crimes em Minas Gerais,
mas se ele quer guerra, esta mexendo com o guerrilheiroerrado! — Mas ele matou pessoas na cidade, não pode ser
deixado livre! — Quem ele matou, que provas tem, quando e com
que arma, eles não tem nada e o delegado sabe disto,mas Gerson sabia que vinha para a guerra.
O delegado olha para a declaração do Advogado,olha para o Investigador e fala; — O que ele quer dizer com isto? — O que ele disse, que não temos as provas, ele
sabe que não temos, não conseguimos nem ligar ele aolocal, não existe nada que comprove que Gerson entrouna casa, nem um fio sequer!
— Mas me garantiram que ele é o mandante! — O mandante pode ser, mas teremos de provar
isto senhor, pois temos muita pressão pela solução, enão vejo ainda como o manter aqui muito tempo!
— Chama ele a depor!Gerson é levado a uma sala, viu que tinham outros
por trás do vidro, escrivão, sem advogado, delegado e
todas aquelas perguntas;
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— Nome completo.....Gerson foi respondendo e ouviu a primeira
acusação;
— O que tem haver com a morte do Procurador daRepublica Fabiano Brasil Limeira.Gerson riu e o senhor digitou a rizada;
— Não somos palhaços para rir da morte de umsenhor respeitado da sociedade.
Gerson olhou serio para o Delegado e pergunta: — Quer mesmo fazer isto? — Me ameaçando? — Não, mas a única ligação que tenho com este
senhor, que diz ser respeitado, mas era traficante dedrogas, diamantes, ouro e influencia, é a mesma que osenhor tinha com ele, fazer parte de um grupo depessoas que levou a cama, Maria Souza, fora isto, nãovai me encontrar em uma mesma sala que ele, poisnunca fomos do mesmo meio, então não me acuse doque sabe que não fiz.
— O senhor afirmou em depoimento na policia deCuritiba que ligou para Maria Souza quando chegou aBelo Horizonte!
— Aquele inquérito esta sobre sigilo, não o possoquebrar, se quer fazer as mesmas perguntas respondo,mas não posso quebrar o sigilo de uma investigação queinvestiga 22 delegados da policia federal.
O Delegado olha para o escrivão, por um segundopensou se deveria mesmo continuar;
O delegado saiu pela porta e olhou para os demaise fala;
— Hora de andarem, acabou o circo!
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Os demais por trás do vidro começam a se retirar, eo delegado entra novamente;
— O senhor ligou para Maria Souza, procurada pela
policia de todo o estado? Sabe o telefone de umacriminosa e não denuncia para a policia?Gerson olhou para o delegado e falou;
— Delegado Vieira Souto, se você que a tem no seucelular em contatos não a ligou e denunciou, por que eu,denunciaria!
O delegado vendo que o rapaz digitava puxou a
folha e falou; — Sai.O escrivão sai da sala, e o Delegado olha para
Gerson; — Acha engraçado isto senhor Gerson? — Delegado, não sou inimigo! Você não faz parte
dos que pediram minha morte quando cheguei aqui, masnão quer dizer que não vá me defender!
— E veio porque então? — Fui convocado e teria de comparecer, preferi
aqui, em Brasília talvez já estivesse morto. — Como pode afirmar que lhe matariam? — Mataram meu avô e me acusaram senhor!
O delegado olha para Gerson e pergunta: — O que sabe que não sei? — Que ontem sofri um atentado na cidade, assim
que cheguei aqui, considerando os poucos que sabiamque viria, e cheguei aqui antes do jornal as bancas,alguém me entregou a morte, mas para me safar, emcondicional, atirei em alguém e sai eu e Patrícia de um
taxi, onde sufocávamos. — Onde aconteceu isto?
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— Ermelinda, naquela rua que tem os Chorões! — Encontramos o rapaz no porta mala, mas o dono
do taxi ainda não encontramos!
— Se passar por pericia, vera que tinha um sistemaque distribuía um gás internamente, mas não sei quegás, não fiquei pensando, apenas reagi!
— E não vai negar este acontecimento? — Não, pois novamente alguém tentou contra
minha vida, logo após isto liguei para Maria, e pergunteio porque e ela disse que não havia sido ela!
— Acreditou nela? — Na hora não, mas quando a encontraram morta,
quase tive certeza que não foi! — E qual o motivo deste atentado contra a moça? — Ela tinha um barracão em Contagem, dizem que
tinha muita coisa lá, mas a maioria não sabia onde era! — Sabe onde? — Nem ideia, é daqueles lugares que se você sabe
onde é, morre. — E não vai dar uma pista? — Senhor, mais pista que isto, eu não tenho como
saber, mas para quem está no comando deve ser fácil,pois um barracão em Contagem, com segurança, paga
pelas contas da moça, com terreno que deve estar emnome do Geraldo Souza ainda, acho que mais fácil queisto somente me pegar quando confesso algo!
O delegado chama os policiais que conduzemGerson a cela.
Em Curitiba João esta sentado falando com Robertoquando vê Fabrícia chegar a eles;
— Posso sentar?
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Joao olhou para os rapazes ao longe, não viu muitacoisa, mas viu o transformista sentar-se a sua frente.
— Vocês me roubaram!
— Roberto, você roubou algo? – Joao sem olharpara Fabrícia que o encarava. — Não, mas ninguém acredita em nós mesmo João,
os dois pobres que todos acham que estão ricos, poisandam de helicóptero de cá para lá!
— Mas esvaziaram os meus depósitos? — Viu eu lá, para me acusar? – João fixando os
olhos no de Fabrícia. — Não, nem minhas câmeras pegaram o
movimento! — Então não posso ajudar, podemos terminar a
semana todos sem emprego, então não se preocupe comos pé rapados aqui moça! – Roberto.
— Vocês sabem onde ele escondeu os demaisrecursos!
— Os meus, você lizou, não lembra? – Roberto.Fabrícia olha para João;
— Não tenho haver com a família, não sei destascoisas, apenas de ordens especificas, cuida deste, cuidadaquele.
— Quer que acredite? — Fabrícia, eu era rapaz de Maria, acha mesmo queGerson confiaria algo a mim?
Fabrícia pensa, Gerson não confiava tanto assim,olha para Roberto e pergunta;
— Mas não é justo, um dia o céu, no outro otrabalho dos centavos?
João não falou nada, alertara isto, e Fabrícia não oouvira e não podia fazer mais nada a respeito;
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Fabrícia olha para os dois, a olharem, se levanta esai rebolando pela calçada.
— Este é burro mesmo! – Roberto.
— Ele não toma jeito, mas Gerson volta! — Não sei se ele o vai querer por perto João! — Acha que ele sabia do atentado? — Quase certeza!
Patrícia chega ao medico, que a olha e pergunta:
— Tem certeza moça? — Por que pergunta senhor? — As moças geralmente chegam menos confiantes,
mas uma vez conversado, não voltam para conversar,voltam para fazer!
Patrícia olha o local, uma clinica bem montada,lembra dos rostos na recepção, rostos de pânico, rostos
jovens, lembra da moça que saiu dali, amparada por umnamorado, branca, olhos tristes, em sua mente estava areação de Gerson, que não se despediu dela, ela lhefalou que estava gravida, para que, se depois lhe falouque não queria um filho seu.
Patrícia olha o senhor e fala; — Tenho de pensar melhor, amanha eu ligo e
marco a data senhor! — Sabe que perderá o sinal do anestesista de hoje! — As vezes perder é ganhar!Patrícia olha para a enfermeira, parecia algo normal
a eles, mesmo sendo algo ilegal, em uma ruamovimentada, em plena Marechal Floriano, uma clinicabem montada, olha os rostos jovens a porta, uma não
parecia ter 15 anos, veio com a mãe, muitas duvidas, elasai dali, não sabia o que pensar, mas em si, assim como
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tinha medo de ter um filho, começava a querer teraquele, que nem tinha nome, sexo ou idade.
Patrícia olha a avenida e faz algo que a algum
tempo tinha de ter feito, foi ao ginecologista, fazer aprimeira consulta pré natal.Gerson estava a duas horas na detenção quando o
delegado o chama para uma conversa informal, Gersonolhou o advogado presente que falou;
— Pronto para a Guerra? — Nasci pronto! – Gerson.
Gerson olha para o Delegado que fala; — Seu advogado derrubou três liminares, pelo jeito
cerca-se de bons advogados. — Três, vocês estão se dedicando, melhor assim! — Terá de comparecer ate o fim da semana aqui
novamente para esclarecer dados sobre aquela morte! — Levante os fatos Delegado, não quero perder
viagem novamente! — E temos de lhe fazer o interrogatório ainda! — Perdeu uma grande chance, mas volto delegado!O Advogado conduziu Gerson a porta e um
investigador olha para o delegado; — Por que o liberou?
— Ele não mentiu, os dados que ele forneceu extraoficialmente são reais, e a ordem de prisão era fácil dederrubar, mas o advogado derrubou as duas de Brasíliaantes de apresentar a ordem de soltura aqui, este é dosbons!
— Acha que ele é inocente? — Se fosse, sabe bem que estaria morto a muito
tempo, vi gente desta delegacia ir a Curitiba e sumir,
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ninguém nem transcreveu os sumiços, mas sabemos queacontece Investigador.
— Acha que eles o matou?
— Acho que quem poderia me responder isto,morreu domingo na cidade! — Serio que conhecia Maria Souza? — E quem não conhecia, mas quem mexia com
aquele Paulistinha, quando ele deixou a segurança dela,pela dele, ela deveria saber que estava com os diascontados!
— Paulistinha dá segurança a ele? — Sim, Paulistinha dá segurança a ele, Paulistinha,
Roberto, e uma leva de rapazes que trabalhavam paraMaria, mas parecem o conhecer bem!
— Ouvi que ele tem inimigos mortais no Exercito! — Estes que ele vai enfrentar agora, se ele sair
inteiro de Brasília hoje ou amanha, muitos vão começar arespeitar ele, mesmo não querendo, pois ele terádesviado 3 delegacias da Federal e saído livre, sei quetem uma quarta petição ainda não julgada, eles fizeramlá como nós aqui, seguramos as petições para não lhedar chance de defesa, mas ele esta bem conduzido, enem precisou dos rapazes da defesa!
— Acha que eles fariam burrada? — Paulistinha sempre faz burrada, mas como ele
não deixa rastros, são burradas muito mortais para nós!O investigador olhou pela janela o helicóptero
descer ao fundo e Gerson e o Advogado subirem.Desta vez, o advogado não ligou para o delegado,
simplesmente foi a Brasília.
Em Ariri Roseli e o filho Pedro chegam na casa, osenhor Ricardo os recebe no novo cais, Roseli olha o
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lugar, outro, os rapazes plantando a grama nas partesentre as obras, os rapazes calçando a região deestacionamento dos carros, com paralelepípedos, o
grande tanque ao norte, a primeira casa nova ao fundo,e os rapazes colocando a fiação dos postes de luz, queiam até o cais, dava a impressão de ser outro lugar;
— Esta ficando lindo! — O senhor Gerson sabe agitar as coisas! — Ele pelo jeito esta acelerando? — Ele mandou terraplanar toda uma região ao
fundo, que era a entrada do sitio, mas que era irregulardemais, e parece que ali vai ser a casa dele!Roseli olha o lugar, imenso, agora com calçadas de
paralelepípedo, com a estrada bem retinha e alisada,com laterais onde estavam fazendo calçada, dos doislados do caminho, e se via bem ao fundo o caminhão jogando piche sobre um cascalho bem plano e os
caminhões e maquinas esticando uma pequena camadade asfalto, Gerson estava investindo ali pesado mesmo. — Como foi ontem Ricardo? — Roberto nos tirou todos cedo, estávamos todos a
ilha em frente quando eles entraram, eles não nosdeixaram correr perigo!
— E pelo jeito ele não tem medo de os dar acesso
rápido? — Roberto disse que o que vale para eles, vale para
nós, mas que Gerson estava terminando de firmar osacordos.
— Ele deve estar chegando em Brasília, passamosna casa que ele construiu em Ilha Grande, mas lá eleainda esta gerando uma baia, um saco, e parece fazer
como aqui, preparando para por as casas!
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— Ele pelo jeito falava serio em melhorar nossasvidas!
— Ele é teimoso, mas quando esta tudo certo,
sempre se complica, sabe daquela menina, Patrícia? — Não, ela deveria vir? — Não sei, João me mandou para cá, parece ser
mais seguro, mas como estão os convidados? — Começando a trabalhar, eles também parecem
querer fixar raiz, pelo jeito o senhor Gerson resolveu osproteger também!
— Eles pelos demais, já estariam mortos, Gersongosta deste tipo de aliado, aqueles que lhe devem tudo!
Ricardo olha dois rapazes que levam as coisas deRoseli e Pedro a uma das cabanas.
— Vamos ficar muito tempo aqui mãe? — Não sei, seu pai resolveu que sábado vai fazer
uma reunião aqui, não entendi ainda. — Não tem ninguém da minha idade! — Calma, semana que vem as coisas recomeçam as
correrias normais! — Aulas, bah!Gerson desce na sede da Polícia em Brasília, a
surpresa daquele helicóptero descendo, e vendo Gerson
sair dele com o advogado, provocou uma correria,Gerson entrega a intimação e o Delegado vem de dentroe fala;
— Pensei que teria de ir buscar!Gerson não respondeu, não achou uma resposta a
altura. — Qual a acusação que os fazem intimar meu
cliente?O delegado olha o Advogado e fala;
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— Assassinato, roubo, desvio de recursos,enriquecimento ilícito, trafico de influencia, apropriaçãoindébita, porte de arma em publico em condicional!
— E o que tem de verdade, já que isto eu nãopreciso de um advogado do gabarito do Cordeiro parame defender! – Gerson falou e Cordeiro riu baixo, esteera Gerson, não estava ali para esconder, ele não sabia otodo, mas Gerson passara os problemas, não assoluções;
— Temos a imagem de você e uma moça, entrando
na casa de seu avô, antes dela explodir! — Antes, vai dizer que sou um fantasma? — Não admitimos gracinhas aqui senhor Gerson!Gerson olhou para o senhor serio e falou;
— Então vamos a intimação, tenho de voltar aCuritiba hoje ainda, não vim brincar de bandido e policia!
— Acha que sairá livre daqui? — Se tiver uma prova, apresente, se não tem,
apenas indícios, não se prende um proprietário deJornais, empresário e pai de família, apenas com temosuma imagem! – Gerson.
Cordeiro olhava Gerson, sabia que ele estavaprovocando, ele queria saber o que tinham, mas aordem de prisão, chega a mão do Delegado, que olha
para Gerson; — Vamos a sala de interrogatório! — Vamos!O Celular do Advogado tocou e Gerson olhou ele e
foi a frente, o advogado demorou, ele não sabia se aliera seguro.
Começa a mesma ladainha pela terceira vez, Gersonsabia que tinham câmeras que o pegaram, se ainda
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tivesse contando com Fabrícia, não estaria inseguro, nãoteve tempo hábil para limpar tudo, não tinha asinformações que podiam lhe ajudar;
Depois das perguntas básicas o delgado perguntou; — Senhor, temos uma entrada de mais de 10
milhões de reais em sua conta bancaria no dia de ontem,teria como explicar isto?
— Para a receita federal e banco central, que são osresponsáveis por isto, responderei a bom tempo!
— Não estamos falando de dinheiro licito!
— Então não esta falando de minha conta correntesenhor!
O delegado mostra ao advogado a ordem derecursos e o mesmo fala;
— Isto ele tem de entrada fixa a partir destasemana, por mais de 50 anos, senhor, semanalmente,dentro da lei!
O delegado não entendeu, era um montanteimenso, todos os seus comparsas falaram que Gersonnão servia para o grupo pois não teria entradasconstantes, e o advogado afirma que ele terá aquilo deentrada semanal por mais de 50 anos.
— Senhor Delegado, ele já justificou esta entrada junto ao banco central, é dado sigiloso, mas o banco
central não considera nem um centavo ilegal, já que osimpostos foram pagos e não entraram na conta dele.
— Impostos? — Perto de 4,5 milhões semanais! — Senhor Gerson Rosa, temos uma imagem do
senhor a frente de uma praça com um grupo de mais de12 veículos com pessoas encapuzadas, na Asa Norte!
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— Duvido que seja eu que tem em suas câmeras, jáque não estava na cidade, mas gostaria de ver estasimagens, com calma e mostrar cada detalhe que podem
dizer que não sou eu! — Uma imagem com o senhor e esta sua prótese,algo bem especifico, senhor Gerson.
O delegado estava pressionando e olhando para asreações de Gerson, que juntou as mãos e ficou olhando osenhor;
— Temos uma ligação comprometedora do senhor
para seu avô! — Bom, vou pedir para colocarem ela na integra no
processo senhor!O advogado olha para Gerson e fala;
— Algo que o possa comprometer? — Fora meu avô dizendo que tinham pago por
minha cabeça e que eu não tinha dinheiro para cobrir a
oferta, e você e o delegado sabem quanto tenho naconta, nada que possa fazer diferença!
O delegado ouvira a conversa, o rapaz sabia bemdo que tinham falado, e fala;
— Temos sua ligação com seu pai também! — Sinal que os dois estavam de conluio para minha
prisão e morte, mas tudo bem, isto não prova que eu omatei, indica o contrario!
— Mas poderia ter mandado seus rapazes fazer oserviço!
— Meus seguranças não fazem este tipo de serviço,não são assassinos, são seguranças para manter a vida,e não prover a morte senhor!
— Soube que Paulistinha é seu segurança, isto nãocondiz com a fama dele.
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— Se fala do ex policial federal Joao Carvalho eSilva, alguém a quem o senhor deve a própria vida,desculpa, ele não é um assassino senhor, era um
excepcional policial quando vocês viraram as costas paraele para se livrarem! — Não devo a vida a um marginal! — Vou comunicar ele disto da próxima vez que o
ver, ele não vai ficar feliz, mas ele sabe que não podecontar com os antigos amigos, pois estes mostraram quenão eram policiais de verdade e sim, um bando de
covardes diante da verdade! — Esta me ofendendo! — Defendendo um amigo, não ofendendo, se cada
um desta delegacia tivesse metade da hombridade deJoao, quer dizer, um terço, respeitaria alguém!
O delegado olha para o assistente e fala: — Senhor Gerson, temos uma ordem de prisão
contra o senhor, pela ofensiva que gerou a morte de seuavô, pode achar que não tem de respeitar ninguém aqui,mas aprendera que somos a favor da lei, e pessoas comoo senhor, tem de ser detidas!
O advogado olha para a porta e um rapaz alcançapara ele um papel e fala:
— Desculpa senhor Delegado, mas esta ordem de
prisão acabou de ser revogada por falta de provas e porum motivo claro, a inexistência de vestígios na casa queo senhor afirmou ter ele entrando, da estada dele lá!
O advogado alcança a ordem judicial de habeasCorpus e o Delegado olha para Gerson;
— Esta proibido de sair do país! — Não pretendo deixar o país senhor!
Gerson saiu dali e o advogado olhou para Gerson;
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— O Delegado estava bufando! — Se ele não respeita nem quem lhe salvou a vida,
não precisa me respeitar, ele não me deve nada!
O Delegado vai a sua sala e olha para oInvestigador e pergunta: — Como ele fez isto? — Todos sabem que a determinação era frágil, o
advogado antes de vir já havia derrubado a prisão pornão comparecimento, ele não veio pois não teve comovir, estava preso, ele derrubou a afirmação que ele dera
um tiro, ele derrubara até a determinação de busca eapreensão na casa de dele e nos Jornais, afirmandoperseguição, e realmente era senhor.
— Paulistinha não esta por aqui mesmo? — Ele está em Curitiba senhor! — Ele me ouviria? — Sabe que não, o senhor limpou suas costas
jogando sobre ele a responsabilidade, e o rapaz sabiadisto!
— Numa coisa ele tem razão, João era impecávelnos casos, por ele no outro lado foi um erro crucial dogrupo.
— Não teríamos como o trazer novamente? — Não entendi, o pessoal nos induziu que ele
estava pobre, que não tinha recursos, mas quando nasegunda entrou aquela entrada, pedi esclarecimentospara o Banco Central, entrada de fora, ainda não sei deonde, mas se ele tiver uma entrada destas toda asemana, em poucos anos ele estará no topo do topo, eno lugar de o atrairmos, continuamos tentando o afastar,quem que esta na estratégia disto?
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— O Delegado de Moeda estava a favor de o trazere sabe bem que pediram a cabeça dele!
O delegado olha para a sala ao lado e fala;
— Melhor mudarmos de assunto, aqui não é lugarpara conversas assim!O investigador viu o escrivão trazer o depoimento e
ele assinou.
Gerson volta a Curitiba, não sabia como olhar paraPatrícia, ele foi ao hotel e no lugar de subir foi ao bar e
pediu uma cerveja, quebrando a condicional novamente,Patrícia quando soube, desce e o vê bebendo, elasentou-se ao seu lado e viu que ele estava sealcoolizando;
— Não subiu, o que aconteceu?Gerson olha para a barriga dela instintivamente;
— Desculpa, não tinha entendido o quanto você épela família, desculpa!
Gerson não falou nada e ela falou lhe olhando aosolhos e segurando suas mãos;
— Me ajudaria a educar ele, ou ela?Gerson olha nos olhos dela, um brilho, ele achou
que ela havia tirado, ele não sabia o que fazer, eleestava perdido ate aquele segundo;
— Sim! – O sim saiu meio sem sentido, olhandoaqueles olhos que o faziam se perder em pensamentos edesejos.
— Me perdoa por pensar em tirar um filho seu!Gerson aperta as mãos dela e fala;
— As vezes não sei o que falar, você é especial
Patrícia, mas hoje cedo me deixou sem saber o que falar,eu lhe amo, amo tudo que vem de você, mas quando
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disse que ia tirar, algo pareceu morrer aqui! – Gersonbateu no peito – Nunca pensei em você falando aquilo,me senti perdido!
— Senti isto, você me perdoa.Gerson bate a perna quando tenta se mexer para olado dela e derruba o copo com cerveja e tudo;
Muitos olharam para ele, que meio sem graça olhapara ela, a beija e fala;
— Patrícia, tem de entender, amor não se fazapenas por um corpo ou por um tempo, é algo interno,
não sei como explicar o que sinto, mas sei que te amo,não por que tem um corpo perfeito, mas por que meprovoca, me contradiz, mas não gosto da ideia de tirarum filho, de deixar aos fracos a missão de povoar estemundo!
Gerson a beija, os dois sobem e terminam aconversa entre beijos e muitas duvidas.
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Gerson olha paraPatrícia a cama, ainda nãoconseguia dormir direito com
aquela perna, estava seajeitando mais uma vez,quando ela lhe olhou;
— Acha que me escapaassim, fácil?
— Escapar? – Gerson. — Sonhei que você descobria um novo amor, e que
teria de batalhar por você, acha que foge de mim assim?Gerson passa a mão no rosto da moça e fala; — Sei que não presto, mas não falo assim, tão fácil,
que amo alguém Patrícia! — Mas você mudou minha vida, vê se não pula para
fora como pulou para dentro! — Então vamos agitar esta vida! – Gerson se
levantando, e olhando para fora, estava de cuecaapenas, com o corpo todo em recuperação, foi a umbanho, a mesma ladainha de passar as pomadas, detomar os remédios, de secar a perna bem antes de por aprótese, já era difícil tomar banho sem apoiar naquelaperna, ainda ter de secar, ter de se vestir de acordo como que a prótese deixava.
— Vamos fazer o que agora? — Pressionar, tomar e olhar! — Onde? — Estamos na quarta, sexta quero estar em Iriri,
então vamos primeiro a Brasília, de lá, norte de Minas, ede lá, conversar com Camargo!
— Eles querendo lhe matar e você a fim decontinuar a cutucar!
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— Patrícia, todas as concessões que pedi comurgência, eles não concederam, as que disse, tanto fazse sair, eles liberaram, não esquece, aquele recurso em
nossas contas é o tanto faz, não o que eles tiraram denós!Gerson põem a camisa polo, olha-se no espelho,
põem o boné, olha para as marcas sumindo, e olha paraPatrícia.
— Recapitulando, sabe das regras? — Sim, provocar, não ficar para a briga, e evitar dar
as costas para eles! — Sim, apenas isto! – Ri Gerson. — Vamos usar colete? — Talvez, vou descendo, quero falar com João,
assim que tiver pronta me encontra no café. — Já te alcanço maluco! — Um maluco que te ama, não esquece disto!Gerson desceu e se depara com João ao corredor;
— Problemas? — Dois delegados, lá em baixo, discutindo! — Quais? — Vieira Souto e Siqueira! — Motivo?
— Parece que o Vieira Souto quer conversar, oSiqueira esta preocupado, não quer que sobre para ele.
Gerson desce, antes de chegar ao Restaurante etomar seu café olha os dois a entrada do hotel e chega aeles;
— Em que posso ajudar?Os dois olham para ele e Vieira Souto fala;
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— Preciso saber qual a sua visão do que acheinaquele galpão, parece só velharia!
Um policial ao fundo levanta-se e com uma arma
antiga, modelo de 1700 e alcança para o Delegado;Gerson sorriu e falou; — Isto, Maria roubou isto de uma fazenda de
Patrícia Reis, ela gostaria de reaver isto! — Mas por que ela guardaria isto lá? — Só tinha isto lá? – Gerson. — Se tinha mais coisas, foi tirado de lá! — Tirado? — Os seguranças afirmam que um grupo que ia lá
sempre foram na manha de segunda e esvaziaram umaboa parte do galpão deixando isto lá!
Gerson olha ao fundo do Delegado uma caixa comas caixas de munição e fala;
— Se não quer as armas, eu cuido delas!O Delegado de Curitiba olha para a caixa e fala parao outro seriamente;
— Pelo jeito deixaram algo importante para trás. — Senhores, vamos tomar um café, depois quero
mostrar uma coisa, mas o que vou mostrar, três pessoassabiam, eu, Maria e Patrícia, todo o resto ignora isto,
então tomamos café e se vazar, saberei quem vazou ainformação!Os quatro foram ao café do hotel, Patricia se juntou
a eles e Gerson fez sinal que iriam dar uma saída, Joãopegou o carro e o Delegado e o rapaz os seguiram,estacionaram em um estacionamento na XV deNovembro e sobem no apartamento isolado para
analises.
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O delegado olha o local e Gerson aciona o controlee a sala fecha as cortinas, Vieira Souto olha para Gersone pergunta;
— Que lugar é este? — Isto é um laboratório para analise de coisas
antigas, como o que o senhor tem a mão, mas viemosaqui apenas para não ficar registrado por ai o que vamosfalar.
— Qual a importância destas armas?Gerson olha para o delegado e fala;
— Eles tinham de se armar, mas o principal, tinhamde repassar isto a frente, sem parecer que estavamdesviando, então na vila que hoje se chama Tiradentes,eles criaram um molde de arma, e começaram a fabricarelas;
— Não entendi?- Siqueira;Gerson pega a arma e pega uma faca e passa na
lateral longa do cano e os três viram o que Patrícia eGerson já sabia, as armas tinham sido cunhadas a ouro.
— Ouro puro? – Siqueira. — Sim, mas esta é a parte que eles até poderiam
desconfiar.Gerson pega uma das caixas de munição se
desintegrando na caixa maior e pega um cartucho epassa a faca no fundo do mesmo e solta sobre a mesa.
— Com isto eles financiariam o levante, mas omapa de Joaquim ficou com o escrevo, que viu os demaistraírem a causa, ele não sabia ler, guardou o mapa e osegredo, passado geração a geração até os dias de hoje.
O delegado Vieira Souto olha os diamantes e fala;
— Todas aquelas caixas são assim?
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— Senhor, não mechemos nelas ainda, tínhamospego uma amostra e escondido, mas isto foi roubado dasterras de Patrícia aqui presente, agora sabemos por
quem! — Imagina quem esvaziou? — Não tenho provas senhor, eles são tão bem
organizados que mataram o Delegado de Moeda, umamigo, e tentaram me matar, eu e patrícia quando fomosa BH!
— Sabe que até hoje, quando falavam que o
problema era ouro, achava mentira, que estavammalucos em achar que havia ouro ainda em Minas! — Este foi tirado entre os anos de 1700 a 1780! — E como achou isto? — Como disse no passado, entrei na estória por
acaso, estava subindo uma trilha estranha, e alguémpediu minha morte, por acidente, me deparei com um
senhor forte, negro, morto antes de mim, este senhor,carregava o sobrenome Oliveira ainda, e com ele estavauma chave, que conduziu a uma caçada, por tuneis,quedas de agua, igrejas, um caminho muito longo, quenos revelou a existência em Bichinhos, Minas, nas terrasde Priscila esta reserva, na época o senhor Geraldo quisdizer que o ouro que acharam lá também era dele, mas
as terras eram dos Reis, a mais de 200 anos. — E o ouro que lá estava? — Meu pai vendeu para a Caixa Econômica o
transformando em recursos! – Patrícia. — Este foi o motivo da guerra, das mortes? – Vieira
Souto. — Na verdade a ignorância da existência deste
segundo mapa gerou uma nova guerra, agora por
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informação, pois o senhor Geraldo estava matando partedos Souza e todos os herdeiros dos Oliveira, eu subiaquela trilha, para tentar entender, pois meu filho é um
dos descendentes que estava na lista dos futuros mortosde Geraldo Souza. — E porque nunca os processou? – Siqueira. — Complicado, um processo requer provas, e nem
sempre levantar provas é fácil em casos assim, sabemque não sou de deixar de fuçar, sou daqueles que nuncaacreditaram na historia como nos livros de historia, pois
até os militares, Tiradentes era um traidor, daiprecisando de um Herói Nacionalista, Morto e que nãotivesse nada escrito, para alguém seguir, criam o mártirBrasileiro, Joaquim.
— E como descobriu que as armas eram de ouro? — Desconfiei pelas inscrições, não dizia no local que
foram achados armas, e sim, ouro e diamante!
— E montou este local para que? — Precisava analisar uns documentos, mas o que
havia dividido com a Federal, eles tentaram me roubar! — E descobriu algo aqui que valesse o
investimento? — Nada que valesse muito, mas posso garantir, os
Florins que achei baseado em algo que analisei aqui, já
pagaram o investimento! — Florins, o que é isto? – Vieira Souto. — Moedas da época imperial, feitas de ouro!O assunto estava chato para Gerson, ele estava
muito além deste ponto, e falar disto não facilitava emnada.
Gerson começa a desconversar e pergunta paraSiqueira:
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— O que precisa falar que estava a discutir com oDelegado Souto?
— Você não foi de todo sincero no depoimento
ontem! — Tem de ver que diante da policia civil de Belo
Horizonte vou responder por mais uma assassinato, istonão facilita minha condicional senhor.
— Certo, mas o delegado estava lhe defendendo,você esta em condicional e anda armado por ai!
— Desculpa Delegado, mas se continuo andando, é
porque estava armado, por ter carregado uma arma emminha bagagem de mão, senão estaria morto! — Terei de pedir a revogação de sua condicional
novamente senhor Gerson Rosa! — Faz seu serviço, pois vou tentar me manter vivo
até o fim do seu processo!Siqueira viu que Gerson não estava preocupado;
— Não parece preocupado! — Esquece que conheço as dependências de sua
Delegacia, não posso reclamar dela não, passei em umhotel em – Gerson para a frase no meio, olha paraPatrícia que ri – onde estávamos mesmo que tinhaaquela cama que rangia!
— Nem me lembre daquele hotel, metade dele nãoestá mais lá, não me lembre daquele dia.
— Mas esta avisado! — Sem problemas Delegado – Gerson olha o outro
delegado e pergunta – algo mais senhor? — Vou precisar de algumas dicas, pelo jeito tem
muita historia que meu antecessor não me passou.
— Seu antecessor, não conheci pessoalmente, massenhor, qualquer coisa, é só me chamar para conversar,
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vai descobrir que quando o escrivão não está a sala, soumais suicida que muitos malucos que conhece.
Gerson e Patrícia saíram dali e pegam um voo para
Brasília, onde vão a ABIN, era próximo das 11 e trintaquando os dois chegam a entrada da Agencia Brasileirade Inteligência.
Pararam o carro locado na parte de visitantes, e umrapaz os conduziu ao setor principal, onde Ramalho olhao amigo.
— Veio me complicar mais?
— Lhe gerei muito problema Ramalho?Ramalho olhou em volta, alguns olhando e
respondeu: — Vamos a minha sala, preciso mesmo conversar!Patrícia viu que Gerson poderia ser qualquer um
para a maioria, mas ela lembra a primeira vez que entrouali, um lugar que seu pai nunca teve acesso, entram na
sala, o senhor sentou-se, fez sinal para os dois sentarem-se, olhou para a secretaria e falou;
— Consegue um café! A moça sorriu a porta e Ramalho olhou serio para
Gerson; — Sabe que estão me pressionando para abrir suas
contas! — Abre, todo o recurso, foi declarado e aprovado
pelo banco central, mas abre como sigiloso, nãoprecisam saber de onde vem a extração!
— Eles estão intrigados, mas pelo jeito os doisfizeram uma tacada de mestre, pois são as duas contasque estão sobre alerta para abrirmos!
Patrícia olha para Ramalho e fala;
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— Tudo que vale para a dele, vale para a minhaentrada Ramalho, desta vez fizemos tudo legalmente,fizemos isto por que as contas vão chamar atenção!
— Porque? — Nosso contrato de fornecimento é semanal,
entregamos e recebemos, não tem como manter isto nailegalidade, gera semanalmente mais de 4 milhões emimpostos, pedi para o banco central analisar se estavamcertos os recursos, pois não quero multa encima demontantes como este. – Gerson.
— Quer dizer que já declarou ao banco central queterá entradas deste montante semanalmente? — Sim, transferência direta, ainda nem
comercializei a segunda leva, pois não tenho concessãopara extração ainda.
— Sabe que me pressionaram por todos os lados! — Sei, vi os montantes em sua conta e nas dos
demais funcionários!Ramalho sorriu e falou;
— Somente você para vigiar as contas do pessoalda ABIN e eles nem verem!
— Vim aqui por um motivo serio amigo! — Problemas? — Sim, Paulo estava de conluio com meu avô pela
minha morte, e não sei quem os pressionou a mudaremde lado, preciso saber dos motivos, tem de ser dinheiro!
— Paulo lhe traiu, isto não esperava! — Ele abriu os detalhes, ainda bem que confio
desconfiando, colete reforçado não é para todos os dias,hoje me mataria facilmente!
— Certo, esqueço que você sonha com mortos!
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— Verdade, mas amigo, se puder fazer sem muitoalarde a verificação do por que, pois meu avô disse queeu não teria recursos para cobrir a oferta pela minha
cabeça, e sei que eles acreditavam que eu tinha mais doque tenho! — ―Eles‖, de quem está falando? — Se tivesse nomes não estava aqui, parece algo
tão diluído e espaçado que não tem como existir! — E tem filiações em Brasília?Gerson abre a carteira e passa para o amigo uma
lista, onde tinha alguns nomes;Ramalho olha e fala;
— Se tiver este pessoal envolvido, você tem de secuidar amigo!
— Quero saber com quem falo para parar isto, elesestão atirando na pessoa errada, eu me vendo para ficarvivo!
— Esqueço que você é maluco suficiente parasentar a uma mesa com alguém assim!
— Quero o direito de viver, e sabe bem que nãopretendo morrer cedo!
Ramalho viu a moça trazer o café, serviu os dois eperguntou:
— Vão ficar para o almoço?Patrícia olha para Gerson que fala:
— Marquei com Pires daqui a pouco no Iate Clube! — Veio agitar? — Vim cobrar, eu paguei para ele e 6 concessões
ele não me conseguiu, liberou para outros! — Ele odeia ser pressionado!
— Não vim pressionar, vim cobrar! – Sorri Gerson.
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Patrícia viu que novamente estavam em Brasíliafazendo negócios, não apenas uma viagem qualquer.
— Então está de passagem?
— Passagem rápida, antes que a Policia Federalsaiba onde estou!Ramalho sorriu e falou;
— Vou verificar para você, lhe passo como? — Manda um e-mail para o meu servidor! — Certo, terminou de fechar ele? — Tive de terminar, quando Paulo se mostrou parte
do sistema deles, fechei tudo! — Sabe que ele é bom nisto! — 128 bits é difícil de decifrar, se ele conseguir
merece o pouco que conseguir enxergar. — Randômica? — Logico!
— Um desafio para ele sempre foi bem visto! — Ramalho, ele não precisava daquele trocado pelo
qual ele me entregou, mas tudo bem, sempre digo paranão confiar nas pessoas por que elas parecem da família.
— Certo, mas vou mandar naquele que me passou,é seguro?
— Quando tiver um melhor falo!
— Vai investir em informação? — Comprei um terrenos em Brasília para isto amigo,
os servidores ainda estão sendo montados na China,devem chegar em 2 meses, mas dai estarei em algo porfibra óptica, não vai ser na lentidão que tenho acessohoje!
— Eles nem conhecem este seu lado Gerson!
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— Quem está pondo isto para fora é uma traição,nunca pensei precisar amigo!
Gerson agradece o café e sai pela porta, alguns
olhos foram a ele, cumprimentou com a cabeça, deu amão para Patrícia e saíram dali, ele ainda se batia comaquela prótese, mas teria de andar ainda um bom tempocom aquela prótese.
Pegam o carro e vão ao Iate Clube na beira do lago,identificação na entrada, iriam almoçar ali, o senhorindicou o caminho e sentaram-se a uma mesa.
— O que vamos fazer aqui? – Patrícia. — Se puder não interagir muito, por mais que fique
com vontade de perguntar sobre o que estarei falando,vou estar jogando, e se você parecer não saber, vaiparecer mentira.
— Você veio ganhar dinheiro pelo jeito! — Pode se ver assim!
Gerson pediu algo para comer, aquela fortuna paracomer tão pouco, clássico de Brasília, muito caro, meiaporção.
Gerson olha para Patrícia, estavam mastigando efala;
— Mantem a calma!Patrícia viu os seguranças chegarem a mesa e um
falar bem arrogante: — Poderiam se levantar e por as mãos sobre a
mesa!Gerson se ergueu, apoiou a prótese, e abriu as
pernas, Patrícia sorriu, embora estivessem fazendo algo avista de todos, era uma demonstração de medo, e ela fezo mesmo, os revistaram, ela sempre tinha a pistola aperna, ela raramente usava aquela pistola, mas o
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segurança tirou, recolheu, assim que chegaram saíramsem falar um pode sentar ou desculpa;
Gerson sentou-se e viu o senhor Pires vir a mesa.
Gerson não olhou, estava olhando para Patrícia, eele estando ao lado da mesa fala; — Como pode ficar cada dia mais linda, eu fico cada
dia mais feio! — Você não tem como ficar como estava a 7 dias! –
Patrícia provocando. — Posso sentar-me? – Senhor Pires, secretario
especial do Ministério das Minas e Energias.Gerson olhou o senhor e falou:
— Se marcamos aqui, por que não poderia? — Estão falando horrores de você!Gerson olha para o senhor, não fora ali discutir isto;
— Vai me devolver o que paguei senhor Pires?
O senhor olha em volta, não gostava de falar sobreisto, mas ele falhara e Gerson sabia por que, era obvio; — Tem de ver que o pai de Patrícia teve
preferencia! — Ele tem preferencia, tudo bem, mas e meu
dinheiro? — Acha que pode me ameaçar Gerson Rosa?
Gerson olha para o senhor e fala; — Vou lhe dar a chance de se redimir, se não o
fizer, pode por todos estes ai no mesmo buraco que vocêPires, a pergunta, quer se redimir, ou terei de fazer comvocê o que fiz com alguns na cidade?
O senhor estava olhando para Gerson, parecia semsaber o que falar;
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— Mas tem de ver que o senhor Reis não mepagou, como posso fazer algo sem ter garantias!
— Este problema não me diz respeito, passou para
ele sem receber, de mim, cobrou adiantado, então senão tive tratamento especial, e mesmo assim, vocêtransferiu para ele 4 concessões, podemos fazer de duasformas, mas você que escolhe Secretario.
— Duas? — Exploro e Brasília não vê o dinheiro, ou consegue
transferir as 4 concessões que conseguiu para o senhor
Reis para sua filha, já está pago mesmo, mas mesmoassim, teria de me reembolsar 16 outras que não fezquestão de aprovar, passou para aqueles idiotas destegrupo que nem sabe o que procuramos nas terras!
— Ouvi alguns me xingando depois de teremcoberto as suas concessões, você estava jogando e quero dinheiro mesmo assim?
— Paguei, você me cobrou, se gastou meu dinheiroe não me forneceu, vai me devolver ou me compensar! — Como posso compensar?Gerson passa um papel com 12 locais e números de
concessões pedidas que ele pedira na ultima semana,enquanto os demais pensavam em outras coisas.
O senhor olha para Patrícia e fala;
— Se seu pai perguntar das concessões, o que vocêvai falar!
Patrícia olha para Gerson que fala; — Que nos repassou o que pagamos, ele não
pagou! — Mas se ele reclamar!
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— Quando ele voltar, já teremos tirado de lá o quequeremos! – Gerson dando a sensação de que tinha algomuito importante naquelas 4 concessões.
O senhor Pires olha serio para Gerson; — Se conseguir estas aprovações estaremos quites? — Sim, mas se vazar de novo, não virei conversar
Pires!Pires sai dali, os seguranças estava olhando
atravessado, Gerson olha para um e fala; — Problemas senhor?
O segurança olha serio, Gerson poderia parecerinofensivo, mas em nada era, Patrícia viu que ele estavaquerendo provocar, mas o segurança saiu atrás de Pirese Gerson falou;
— Vamos!Patrícia sorriu e falou;
— O que tem naquele terreno que deram concessãopara meu pai?
— Nada! – Sorri Gerson.Gerson pede a conta e saem, pagaram em dinheiro,
pegam o carro e vão no sentido do aeroporto.Quando a informação de que Gerson esteve a
cidade chega a Delegacia da Federal o delegado
pergunta; — O que ele veio fazer? — Pelo que os rapazes falaram, foi a ABIN, não sei
se foi convocado, e teve uma reunião tensa com osecretario das Minas e Energias, o senhor Pires!
— Digo que este senhor é rápido, entra e sai dacidade, fala apenas com quem quer, por isto fico na
duvida se ele veio mesmo no Domingo à cidade. — O Senador pediu uma reunião urgente!
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— Onde? — Na casa dele! — Quem vai?
— Ele convocou 50 pessoas entre eles o senhor eeu!
— Lá vem bomba! —Ele não me adiantou sobre o que era Delegado!Enquanto isto, Gerson e Patrícia decolavam com
destino ao Rio de Janeiro. Gerson chega em Guapimirime liga para Cardoso, olhando o atendente do Hotel.
— Qual o melhor quarto? — Suíte presidencial! — Vamos ficar apenas dois dias! – Fala Gerson
passando o cartão para o rapaz, que olha para Gerson,que não perguntou quanto, mas o senhor cobrou e olhoupara o rapaz a porta;
— Presidencial!Outros olham para os dois, enquanto Gerson esperaCardoso atender;
— Sim, quem? — Este é meu novo numero Raul, anota e apaga da
memoria do telefone! – Gerson. — Gerson, quando vamos conversar!
Gerson passou para ele onde estavam e marcaramali, em duas horas, ele olha para Patrícia e fala.
— Temos duas horas, para conhecer a cidade! — Ou para se complicar! — Se ficarmos no quarto, sabe que vão pensar! — Qualquer outro pensaria outra coisa!
— Temos tempo para isto, mas vamos os fazer
pensar!
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Os dois sobem, tomam um banho rápido e descem,atravessam a rua e sentam-se a praça e Gerson fala;
— Um dia vou ter de escolher onde vamos morar!
— Pelo que vi, vamos ter 5 ou 6 casas! — Isto no Brasil, pois sei que minha mulher tem
casa em Miami e Paris! — Esta sua mulher é internacional, fazer o que? — Se me apresentar, pois sou alguém que fora do
Brasil, só conhece a Cidade do Porto! — Me apresenta Porto que lhe apresento Paris!Gerson sorriu e olharam em volta, viram um pessoal
se divertindo na lanchonete da esquina, era cedo ainda. — Depois vamos beber só por que é proibido? –
Gerson. — Você não tem jeito mesmo! — Na verdade vou na sem álcool hoje!
— Por que? — Amanha vamos fazer politica! — Odeio estes políticos, eles só querem extorquir a
gente! — Politica em país democrático é assim, nojenta, as
pessoas não sabem o que querem e os que sabem, seaproveitam.
Gerson viu o senhor Camargo estacionar o carro,veio sozinho, olhou em volta, um carro de segurança aofundo, bem discreto, Gerson gostava deste estilo, dá amão a Patrícia e arrasta a perna novamente para o hotel,o senhor estava perguntando deles quando o rapaz daportaria aponta os dois.
— Esta bem melhor, soube que perdemos uma
sócia!
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— Tem de parar de falar que ela era nossa sóciaCamargo, mas vamos ao bar, precisamos trocar umasideias.
— Veio começar, mas não entendi, não iriamos nooutro sentido?Os três sentam-se e Gerson pede uma cerveja sem
álcool e olha para Camargo e fala; — Por enquanto não estou olhando as imagens de
satélite, mas a pergunta fica entre nós, ainda tem aquelaconcessão nas nascentes do Rio Soberbo?
— Sim! — Mandei isolar a área, estamos agindo como
grupo de contenção de encosta, e estamos separandouma área inteira entre o Soberbo e o Santo Aleixo!
— Ai que esta o deslizamento, esperto, todosolhando para o outro lado, esta aqui, você é terrívelGerson, dá um nó até nos sócios!
— Camargo, vamos agir como um grupo estadual,que vai cercar a área perigosa de deslizamentos, comreassentamento de pessoas na região, tanto na partealta como na baixa, como os assentamentos vão sairrápido, eles vão acreditar que somos do governo, até ogoverno vai acreditar, eles são desorganizados mesmo,então vamos por 8 laboratórios portáteis, que vão chegar
no inicio da semana que vem, em 4 pontos, e vamoscomeçar a processar pedras, preciso de 8 pessoas detotal confiança e que não conheçam ninguém dos demaisesquemas, para tocar os três laboratórios!
— Mas precisa de quantos por laboratório! — Um! — E quanto processa cada laboratório por dia?
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— Não pretendo processar muito, sabe que porenquanto eles estão olhando!
— E o q ue vai fazer?
— Amanha você e eu, vamos ceder maquinas,caminhões, cestas básicas, barracas, barracões dedeposito para auxiliar as 6 prefeituras a nossa volta,vamos fazer politica!
— E esquematizou tudo? — Sim, estava esperando você chegar, daqui a
pouco o prefeito de Guapimirim deve chegar para
conversar! — E vamos gastar muito? — Estes gastos deixa por minha conta, mas preciso
de alguém na região assumindo isto, já que não queroser um politico na região e nem preciso que eles medevam favor!
— Certo, influencia é sempre positivo! — Outra coisa, vamos tirar pouco de lá, não mais
de 250 quilos por dia, por cada laboratório, estaremos nolimite de um funcionário, mas teremos de ter sistemaspara guardar, e para transportar, sistemas onde aspessoas não saibam o que estão transportando!
— E diz que vai tirar pouco! – Camargo. — Desisti de fazer aos poucos, mas vamos
esquematizar para que isto funcione, vou construir aquina cidade, um grande barracão com cofre, vamosfornecer para a caixa econômica pelo menos 250 quilospor dia, quero chegar ao fim do ano, tendo todos asminhas e as suas entradas justificadas legalmente.
— Esta falando serio? — Camargo, acha que distrai as pessoas por que,
sei que pode parecer pouco, mas a caixa vai pagar
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mensalmente este ouro, como vamos trabalhar perto de20 dias por mês no processar do ouro, não esquece, estaé a parte bruta, espero que pague sua parte de imposto,
já que os seus 30% da empresa vão dar mais de 22milhões mês! — Da parte legal! — Um oitavo! – Fala Patrícia, entendera o plano,
não era ganhar pouco, era uma fortuna, Gerson nãoestava querendo tirar dali em 40 anos, ele queria tirarem poucos anos.
Camargo sorriu e falou; — E isto fica entre nós apenas! — Sim, sabe que por menos que isto já tiremos
muitas mortes! — Agora entendi por que deixar aqueles dois vivos,
você é muito mais rápido, eles são os donos das terrasnas nascentes do Rio Santo Aleixo!
— Sim, terras devolutas mas com donos!Camargo olha para a porta o prefeito chegando e
fala; — Lhe apresento o prefeito!Camargo faz sinal para o prefeito chegar e este
desconfiado com dois assessores, e um segurança aporta chega a mesa;
— Senhor Camargo, me disseram que uma leva deempresario0s iria nos apoiar nesta hora, mas somente osenhor por aqui.
— Prefeito, este é Gerson Rosa, proprietário demetade das minhas empresas, de Jornais do Norte ao suldo País, ele queria falar com o senhor!
— O encrenqueiro? – Prefeito Silveira.
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— Sim o encrenqueiro, podemos conversar Prefeito! – Gerson esticando a mão para o cumprimentar.
O prefeito aperta a mão de Gerson, ele aperta como
reação, gostava de pessoas que se dispunham a apertaruma mão, não apenas toques de mãos. — O que o senhor que a policia mandou tomar
cuidado, quer conversar? — Quem lhe alertou Prefeito? — A policia Civil local! — Prefeito, estamos começando a trazer para a
região, caminhões, maquinas, dragas, e estamosquerendo ajudar, como vamos investir na região,estamos oferecendo a ajuda que podemos, pessoal,maquinas, instalações para os desabrigados, reservas deagua e comida, mas não sabemos como oferecer isto,sem falar com quem coordena tudo!
— Toda ajuda é bem vinda, mas estranho alguém
de fora vir ajudar! — Meus jornais estão a 5 dias colhendo doações,
roupas, comida, e coisas do gênero, temos algumaestrutura, podemos ajudar, mas tem de saber se quer, oque vim lhe oferecer, vou oferecer a todos os prefeitosvizinhos!
— E começou por aqui, deve entender a
desconfiança! — Senhor, não estou pedindo nada, mas se não
quer, subimos a serra, gente precisando tem aos montes!Gerson não sabia ser cordial, se as pessoas
começam com frescuras, que na maioria das vezes é onão saber como aceitar, acham que nunca aconteceria, enão sabem o que fazer se alguém oferece algo assim.
O prefeito olha para o assessor que fala;
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— Estamos precisando prefeito, temos varias áreasrurais que nem conseguimos chegar ainda!
— Vamos aceitar, mas quem vai coordenar isto? –
Prefeito. — Senhor, vou mandar as maquinas, o pessoal se
reportar a prefeitura, na verdade quanto mais rápidoreagimos nas tragédias, mais as pessoas sentem-se emcondição de recomeçar, a rapidez nesta hora, faz aspessoas sentirem-se parte de algo maior!
Gerson confirmou onde e como ajudaria e o prefeito
relaxou, talvez estivesse preparado para recusar, masnão sabia nem por que temiam tanto aquele senhor, quenão pareceu perigoso.
Gerson confirma com Camargo toda a estrutura queele armara, e que precisava dele oferecendo ajuda emTeresópolis, Cachoeiras dos Macacu, Guapimirim,Petrópolis, Magé e Miguel Pereira. Camargo viu que
Gerson não estava falando em pequena ajuda, nãoentendeu muito, mas como os recursos não eram emdinheiro, eram estruturas com maquinas, locais,estrutura, e provisões, sabia como oferecer.
Gerson olha para Patrícia após o senhor Camargosair e fala;
— E agora, vamos fazer oque?
Os dois saem pela porta e sentam-se a beira dacalçada, em uma lanchonete na outra ponta da praça, deonde viam a igreja e o hotel, com as pessoas seencontrando no fim do dia naquela praça, a prefeitura,passava por todos os lados com caminhões, com genteque vinha da parte alta da serra, se via a casa paroquialtomada de pessoas que já não tinham nada, Gerson
toma uma cerveja, pensando em o que poderia fazerpara ajudar, não queria apenas abrir a carteira, sabia que
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geralmente este tipo de ação não beneficia os querealmente estão precisando.
Enquanto isto, ao lado do Lago Paranoá, em
Brasília, alguns convidados chegavam a casa do senadorPrates, que cumprimentava as peças chaves que aliestavam.
Ramalho na ABIN verificava as ligações e osdestinos e passa uma mensagem para Gerson, que nãoestava tão distraído que nem sentira a mensagem aobolso.
Na casa do Senador o mesmo reúne as pessoas nopequeno cinema para 200 pessoas que ele tem em casa,olha para os amigos e fala;
— Amigos, estamos aqui por que me induziramalgo, e não sei até agora o que pensar disto!
Um senhor que parecia ter bem uns 70 anos fala; — O que nos passou desapercebido Senador?
— Ramalho da ABIN me passou uma mensagem etenho de considerar ela!
— O que ele passou, nada veio da ABIN quepudesse nos ajudar referente ao nosso desafeto! – Deputado Ribas, dos Rio de Janeiro.
— Ele me passou que Gerson Rosa, afirmoupessoalmente que gostaria de saber quem são os
integrantes deste grupo, pois estão o tomando comoalguém errado, que ele não se preocupa em pagar pelodireito de viver!
Os demais se olham e o deputado Ribas fala; — Mas ele não tem com o que ajudar Senador! — Induzido por alguns, pensando nisto telefonei
para Ramalho e perguntei por que deveria achar que eledeveria ser ouvido, o que ele me falou é uma mostra que
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alguns de vocês não estão me passando os dados reais,Deputado, pois todos dizem para mim que ele matou oDelegado de Moeda, Ramalho me disse que ele tem
provas que fomos nós, mandei verificar, e seu motoristaé o morto que tentou matar Gerson e aquela moça queestava com ele, exatamente como me narraram ter sidoa morte do Delegado, que você me afirmou ter sido ele!
O Deputado olha indignado; — Não pode me acusar assim, sabe bem que a
tentativa de morte dele era acordada entre nós!
— Nós quem Deputado, falamos em observar. Elese mostrou muito eficiente em descobrir onde estavamas reservas parciais de Geraldo Souza, ele que nos abril ofato que o que Geraldo nos falava, era apenas uma gotadiante da piscina de riqueza, ele que nos estabeleceu ocaminho da lavagem de dinheiro de Geraldo pela igrejaque se fazia de aliada nossa.
— Mas ele nos zerou! — Acredito que alguém aqui pode estar novamentequerendo passar outros para trás, Deputado, não estalidando com crianças, mas depois de perguntar para osenhor da ABIN sobre o porque, perguntei se ele teriacondições financeiras, as condições financeiras dele, eleainda esta erguendo, o senhor Ramalho disse que ele
pressionou o Secretario Pires que passou para ele as 4concessões que estavam em nome de Homero Reis emais 12 novas, quando perguntei para ele se Gersondesistiu das antigas, ele disse que não adianta pediremdireito de extração, lhe passarem a perna, se não sabemo que ele procura em cada lugar.
— Não entendi! – O senhor mais velho, que era Juiz
do Supremo.
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— Desde que ele saiu da cidade estou dandoligações, ele firmou alguns acordos, ele enquantoestamos aqui, esta torrando 10 milhões de reais em
infraestrutura na serra Fluminense, apoiando todos 6municípios através do Camargo, liguei para o Camargopara saber por que ele estava ajudando, ele me abriuque Gerson Rosa tem a maioria da empresa que foi doPai de Raul, e fiquei pensando, por que ele comprariauma massa falida, e me veio a certeza, ele sabe ondetem a riqueza, ele em si, sabe que os Camargo tem maisde 200 concessões pelas varias serras Fluminenses deexploração, quando não sedemos aqui, ele se mostrouum empresário, pois ele mudou o foco!
O demais não estavam entendendo e o Senador foimais enfático;
— Ele vai ter entradas semanais na conta dele, de10 milhões de reais, outros 10 milhões na conta dePatrícia Reis, dinheiro que não consegui ainda quealguém do Banco Central me dissesse de onde vem, masvem limpo e legalizado, enquanto olhávamos para elecomo um ladrão, ele estava fazendo dinheiro, e pior,fazendo influencia, ele segundo o Ramalho, terá até ofim do ano, uma leva de 100 jornais no país, ele falouque ele esta negociando as 4 primeiras retransmissorasde radio no Paraná, ele não só vai fazer dinheiro, ele vai
criar um grupo de influencia, ele assumiu o que oDelegado de Moeda passou para ele, a ideia, muitos aquiesqueceram as ideias, mas o senhor parece ter abraçado,e esta limpando nossas contas para que pensemos nele,agora temos de decidir, ele pode ser uma aliado, ou uminimigo, o que acha Delegado! – A pergunta direta aodelegado da Federal, feita pelo Senador, o pegou
desprevenido, ele olha o senhor e fala;
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— Não tenho opinião sobre este senhor Senador,mas é daqueles seres, que me fazem suar, ele sabeconseguir aliados onde não imaginamos possível, vai a
eles com tamanha simplicidade, que parece que ele jáprevia, mas ele improvisa muito senhor, ele em horasderrubou 8 ordens de prisão, conheço Empresário queficou 20 dias por ordens semelhantes, e gente que aindaesta presa por ordens assim, ele não é inocente, isto meagrada nele, ele não se diz inocente, mas ele usa meiosque a lei pode não concordar, como sair armado emcondicional, mas é graças a isto que sabemos que omotorista do Deputado Ribas estava a dar uma caronano aeroporto para ele e a namorada, sabemos por queele morreu, tiro pelas costas, este senhor não sepreocupa com detalhes assim.
— E como estão as acusações sobre ele? – Juiz. — As técnicas e IMLs de 3 estados, e do distrito
federal não conseguiram ligar ele as mortes, nãoconseguem nem prova referente ao que ele confessou!
— Qual o montante que ele tem, pois todos falamem milhões, mas ele não parece rico! – Deputado.
— Senhores, as investigações apontam para elecomo quem matou o próprio Avô, não gosto do que ainvestigação levantou, e não vou relatar, mas o
Deputado Ribas pressionou o avô acessando commilhões, entrou apenas trocados nas contas do Avô e doPai do senhor em questão, vindas de uma conta dasIlhas Canarias, mas tudo por trocado e pelo que existiriaem 4 barracões aqui na capital, e mais 8 deles, que umprimo de Gerson saberia onde eram, que o primo deleesvaziou e mudou de lugar, acenara com a quantia.
— Que quantia? – Senador. — 6 bilhões em ouro!
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— E onde esta este ouro? – Deputado. — Por isto digo que o senhor não é inocente,
enquanto o senhor saia de algum jeito fugido, de BH
para Brasília, não sei o que aconteceu, mas fica obvio,ele confiava no avô, este que o protegia quando eleentrava em encrencas grossas, acho que ele vinha paracá quando algo aconteceu, mas senhores, não temosprovas, mas tudo indica que ele ao mesmo tempo,esvaziou com a sua estrutura, nossos 4 barracões e oslocais onde o primo dele havia escondido o que havia
roubado, e ao mesmo tempo, dispôs de um grupo quenão era o dele, usou outro grupo que ignoramos existir,para atacar o próprio avô.
— Então acredita que ele esteja com nossos 12 bimais estes 6? – Senador.
— Se ele falou para Ramalho que não tem nadacontra pagar por sua vida, pode estar nos dizendo, posso
devolver, mas me deixem viver! – Delegado. — Acha que ele realmente vai dispor de todos estes jornais ou isto é apenas falácia? – Juiz.
— Senhores, sei por fonte oficial, que ele comprou82 Jornais, alguns detentores de mais do que umencarte, mas se ele já tem 82, apostaria que ele jáchegou quase ao que ele quer, vai forçar falências, em
Curitiba, ele dispõem de 4 jornais, ele vai ditar o que opovo quer, ou vai influenciar na forma de pensar, e nãoesta pegando leve, parece ter mudado de foco, osadvogados dele, são pagos pelos jornais, mostrando queainda são dele, mesmo ele tendo repassado a sua exesposa.
— E aquela guerra dos Souza, como está? –
Deputado.
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— Com a morte de Maria, ela se extinguiu, ninguémmais sabe por que e quem matar, mas estes acho que jáforam tarde senhor Senador, nos custavam muito, por
isto não estou gostando deste matar dos nossos, e seacontecer de novo, Deputado, pode contar, estará nacova ao lado do próximo! – Fala o Juiz encarando oDeputado.
— Me ameaçando? — Saberei se foi você, todos aqui saberão, você não
tem onde se esconder Deputado, então não se faça de
coitadinho.Os demais viram que o grupo estava rachando, maso Senador não gostara do que acontecera com aliadoscomo o Delegado e pergunta;
— Porque mandou matar o Delegado, Deputado? — Ele era a favor deste Gerson, vocês parecem
querer por ele para dentro!
O Delegado olha para o senador e este pega otelefone e disca, espera um pouco e fala;
— Senhor Ramalho por gentileza?O senador esperou um pouco e quando o senhor
veio a linha ele perguntou; — Senhor Ramalho, como ABIN poderia me dizer
uma única coisa? — Se for de minha alçada? — O que o Deputado Ribas tem haver com esta
historia que me contou? — Não faz muito meu setor, mas ele conseguiu as 6
concessões que Gerson havia pedido para o senhor Pires,ele gastou mais do que tinha, mas parece que ainda nãosabe o que procurar nas terras que tem concessão.
— E as terras, de quem eram?
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— Não sei bem, era algo em Tiradentes e algo emMoeda, mas não tenho os dados precisos.
— Saberia me dizer se parte das terras estariam em
nome de Patrícia Reis? — Ela comprou uma encosta inteira que ele terá de
desapropriar ou pagar pelas terras, para explorar! — Obrigado, conseguiu fazer o que pedi? — Ainda não tenho resposta senhor! — Nos falamos! – O senador olha para o Juiz e fala; — Nosso Deputado esta querendo o ouro para ele
Juiz, ele matou alguns, mas se tens terras emconcessões que ele conseguiu, melhor cuidar, como asterras em Moeda!
— Esta me acusando? — Deputado, sabemos que foi o senhor, agora
sabemos o por que, as concessões, mataria e não ficariacom um centavo, pois como o me falaram, o senhorRosa, sabe o que esta procurando, você, apenasmatando, foi assim que um segredo se perdeu quase 300anos, estamos quase fazendo isto de novo!
Um senhor aos fundos, que estava quieto fala: — Senador, e se o problema for mais serio? — Mais serio?
— Um dia ouvi uma transcrição do que falavamPaulistinha e Roberto, dois antigos policiais federais, queforam traídos por não fazerem parte deste grupo, os jogamos para fora, para justificar mortes que nósfizemos no passado, estes dois, em uma conversainformal, falavam que a diferença de Gerson para nós, éque nós falamos de bilhões, mas nunca vimos milhõesem nossas contas, falavam do senhor Reis na época,outro que pelo jeito agora sabemos onde está, morto em
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alguma vala. Mas eles tem razão, uma coisa é oDeputado falar em Bilhões, mas nunca vai ver em suaconta o que por poucos dias ficaram nas contas do
senhor Reis, ou o que tem hoje na conta da filha dele. — Por que acha isto um perigo? — Pelo que falavam, o patrão deles, Gerson Rosa,
não deixaria tudo em um único lugar, falavam em 800pontos, só que me veio uma pergunta, uma muitoassustadora!
— Assustadora? – Deputado.
— Senador, - o senhor não olhou para o Deputado – se um deputado é capaz de matar por 6 bilhões, queera o que continha os 8 barracões, pelo que falaram, nãotenho ideia de quanto seja isto, o que eles fariam, se istofosse 10% do total?
Todos se olham e o senador pergunta: — Acha que seria mais ou menos isto que o senhor
tem? — O que acho não falaria onde existem pessoas
que matam pessoas que deveriam estar aqui, estou aquipor que mataram o Delegado, não estaria, mas penseSenador, quando ele entregou a carga para a polícia civildo Paraná, varias pessoas tem transcrito que muitosfalaram, que ele jogou a isca para que Maria se mexesse,
que nós e alguns se mexessem, eu não sabia daexistência daquele ouro, mas muitos falaram, que ele seapoderou naquele dia, de 59 vezes aquilo, isto daria maisde 17 bilhões em uma cartada, mas como disse antes,ninguém aqui, havia visto 300 milhões em ouro, antesdele expor isto diante da polícia Civil do estado dele.
— Eu havia visto, mas como disse para o Deputado,
ele estava nos revelando onde e quanto eram osestoques dos Souza, mas realmente, antes do senhor
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Rosa entrar nisto, todos achávamos que o senhor Souzaestava nos passando quase tudo, que o extorquíamos osuficiente, mas ele tinha as reservas legais, as ilegais, e
as financeiras, todas bem longe dos nossos olhos. – Senador. — O que vamos fazer? – Um senhor ao fundo; — Paulinho, precisamos de uma limpeza!Paulinho, agente da Federal, assessor do Delegado,
dá um clique no celular, na rua, os seguranças doDeputado foram sendo desarmados, um pessoal passou
na casa do senhor, passaram até na casa da amante, eos demais veem ele ser retirado dali por 2 rapazes e osenador falar;
— Isto é algo desagradável, mas toda vez quealguém nos trair, será tratado assim.
As conversas foram referente alianças, edesvirtuaram um pouco.
Gerson estava tomando mais uma cerveja quandoum senhor chega a mesa e fala;
— João pediu que o ligasse!Gerson pega o celular, Patrícia que bebia junto olha
para o senhor olhar as ligações e antes de retornar aJoão disca para Ramalho, que lhe passara a mensagem;
―O Senador Prates quer lhe falar!‖ — Como está Ramalho? — Andou bebendo pelo jeito! — Sim, o que é este senador? — Não queria falar com o cabeça deles? — Quando? — Me diga quando Gerson, você não se manda,
sabe disto!
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— Amanha, mas não sei onde, pode ser meio dia,marca e me passa o endereço!
— Sabe do risco?
— Sei, algo mais aconteceu? — As câmeras mostram os seguranças da casa do
senador tirando um Deputado, e o levando, não sei aindapara onde?
— Deputado Ribas, de Minas? — Sim! — Se fosse meu amigo, teria sonhado com ele
Ramalho! — Certo, marco, mas atende o telefone! — Desculpa, estou muito bem acompanhado para
me preocupar com o celular! – Fala Gerson abraçandoPatrícia.
Gerson desligou e olhou para o Relógio, passado dauma da manha, ele estava bêbado, um caco.
— Fala João? — Não estou gostando do que me falaram? — O que falaram? — Que Fabrícia esta indo amanha para Brasília,
falar com o Senador Prates, me falaram que o grupo deMoeda se mexeu para lá, e que Ramalho iria lhe chamar
a ir a casa do senador. — Faz uma coisa João, mobiliza tudo, mas nãoesquece, defesa antes de ataque, protege a família,protege cada redação, depois disto, o que sobrar, mandapara Brasília, estarei na casa no senador, nem sei onde,ao meio dia!
— Você é maluco!
— João, esteja lá, não vou ser desarmado na porta,entendeu?
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João sorri e fala; — Espero que seja um acordo! — Também espero, mas calma!
Gerson desliga e olha para Patrícia, era madrugada,pega o telefone do Delegado Vieira Souto e fica ligandoaté alguém atender.
— Isto não é hora Gerson! — Me ouve, seu telefone esta grampeado, apenas
ouve! — Fala! — Vou a Brasília amanha, se me matarem, foi um
grupo, aquele que tens os nomes, se eu morrer, foi oSenador, mas não se mate por alguém que não prestacomo eu, esquece e toca sua vida, todos que semeterem, vão morrer!
— Se preocupando comigo! — Não, mas preciso avisar alguém, amanha Brasília
vai estar fervendo, melhor ficar longe, e saberá, se eusair vivo, sinal que não serei mais de confiança!
— Não entendi! — Delegado, poderia ter protegido Maria, mas
odeio pessoas que mandam matar crianças como sefossem bicho de abate!
— Sabia que ela morreria? — Soube que ela matou todos nas duas casas,quando soube isto, lavei minhas mãos!
— E quem vai a Brasília amanha? — Todos os que conseguir voo para estarem lá
Delegado!Gerson desliga e olha para Patrícia;
— Vou precisar dormir um pouco!
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— Você é maluco, prepara uma guerra e vai dormir! — Sim, pode nem ser uma guerra, mas não gosto
de ir desarmado a algo assim!
Os dois se levantam, Gerson soube quando o rapazchegou a mesa, que algo estava acontecendo, Robertodeslocou parte da segurança para ficar de olho,discretos, mas quando atravessaram a rua, 20 rapazes osobservavam e cuidavam de cada detalhe daquele lugar.
Gerson liga para Paulo, o redator e amigo, quedispara a nova crônica, para todos os jornais.
Os dois sobem e se deitam a imensa camapresidencial;
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Crônicas de Gerson Travesso
400
Era 5 da manhã quandoJoão chega ao hotel e pedepara o rapaz acordar o senhor
do Quarto Presidencial, elediria não normalmente, mascom João, e mais 12 rapazesentrando pela porta naquelamadrugada quieta, vendo oscarros pararem a porta, maisgente, ele apenas interfonou;
Gerson ao quarto olha para o interfone, olha paraPatrícia que abre os olhos lhe fitando e fala; — Vamos, ninguém consegue dormir mesmo!Gerson olha para ela, sorri e fala;
— Vamos! – Atende o interfone e fala; — Estamos descendo em 10 minutos! – O rapaz
nem conseguiu falar algo e já estava com o interfone
dando sinal que estava desligado, olha para João e fala; — Ele disse que esta descendo em 10 minutos!João sorriu e falou olhando Roberto entrar pela
porta, o rapaz estava tenso ao balcão. — 10 minutos!Roberto apenas pega o celular e fala:
— Saindo em 10 minutos!O atendente viu dois helicópteros descerem na
praça em frente alguns subirem, Roberto olhou para Joãoe falou;
— Nos encontramos em Brasília! — Sabe que serei dos últimos! — Isto entendo, mas odeio aqueles chineses!
— Sinalizou o pessoal? — Sim, não quero morrer com tiro amigo!
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Roberto atravessa a rua, onde dois helicópterossubiam e olha um aproximar-se, descer, ele mais 10rapazes subiram rápido e o helicóptero saiu, as casas
começavam a acordar em volta, o barulho a rua dasespaçonaves estavam os acordando.Gerson surge no saguão e olha para João;
— Como vai ser? — Estão chegando lá ainda, mas ainda não nos
posicionamos, estamos esperando ele marcar! – João. — Roberto já chegou lá?
— Não, saiu a pouco daqui, estamos dandosegurança para o senhor Camargo, sabemos que algunsnão gostaram a posição dele de ontem.
— Bom, e como estão as coisas? — Começando a tomar forma, mas muitos estão
com mais medo de você que da Dilma! — Medo do Genuíno tudo bem, da Dilma, falácia!João sorriu e abrem caminho, Gerson olha para o
atendente, apenas se despediu e saiu pela porta,entrando em outro helicóptero, que saiu no sentido deGoiânia, não de Brasília. Helicóptero para o Rio deJaneiro e jatinho para Goiânia.
Em Brasília Ramalho recebe o recado, estavasonolento mais não conseguira dormir.
―Saindo sentido Brasília, me confirma onde!‖ Ramalho olha a esposa e fala;
— Não sai de casa hoje! — Mas tenho minhas obrigações amor! — Inventa, não sai, por favor! — O que vai acontecer?
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Crônicas de Gerson Travesso
402
— Talvez nada, mas fui pressionado ontem, e nãotinha como não ceder.
— Por que?
— Quem me pressionou, fez parecer um ataquecardíaco do Deputado Ribas, está vai ser a noticia nosrádios e Tvs locais, mas ele ontem a noite estavasaudável e muito bem!
— Se cuida! — Vou sair apenas agora sedo, quero estar de volta
por volta das 10 da manha e não sair mais!
— Acredita que alguém tem coragem de invadir acidade?
— Tenho de verificar, se eles não vierem, lhesinalizo para ir a câmara!
— Certo, mas quem viria? — Gerson Rosa, ele foi convocado, mas ele não é
de pegar leve. — Me seguro, ele vem ver o que aconteceu com o
avô dele? — Não, ele vem enfrentar quem o quer matar, e
tem do outro lado, o apoio do Exercito a um Senador,dado pelo próprio pai.
A senhora olha para o marido virar o café e sairpela porta;
Na base do Exercito, o General Rosa olha para umcabo e pergunta;
— Me diz que ele não vem! — O senador o convocou, sabe que ele vira
General! — Põem proteção ao Senador!
— É seu filho senhor!
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403
— Ele nunca se espelhou em mim, ele não sabe osvalores do exercito, ao Senador eu devo respeito, a esteGerson, nada!
O Cabo saiu pela porta, o senhor olha uma fotosobre a mesa, para a imagem da esposa morta a 45anos, algo que ainda era difícil ele esquecer, mas logoapós olhou para fora e viu os demais saindo, lembrou dofilho, a muito os caminhos ficaram distantes, não sabiaainda qual a posição, tinha quase certeza que seu paiescolhera o lado do enfrentamento, sabia que poderia
nem existir um confronto.O senador acorda sedo e vê a mensagem deRamalho pedindo para ligar para ele;
— Fala Ramalho, o que conseguiu? — Ele pediu para o senhor escolher o local, meio
dia, ele estará onde o senhor escolher! — Marca em minha casa!
Ramalho quase riu, sabia que Gerson previra isto,viu alguns virem a ele e para encerrar rápido falou;
— Aviso ele, tenho de desligar!Ramalho viu um senhor chegar perto e perguntar;
— O que está acontecendo Ramalho? — Manda um alerta a assessoria da presidência,
tem alguma agito que não consegui monitorar. — Todos estão agitados, sabe de algo? — Vi 3 escalões das forças armadas se mexerem, vi
os seguranças de um Senador a toda, temos a noticia doenfarte do Deputado, gente estranha chegando a cidadeaos montes, e esta reportagem – Fala Ramalho batendono Jornal do Comercio – que diz que o Deputado surgiriamorto hoje, acertou até o motivo da morte!
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Crônicas de Gerson Travesso
404
O rapaz passa os olhos rapidamente na crônica efala;
— E ele esteve falando com o senhor ontem!
— Sim, mas reúne o pessoal, e põem na rua, queroinformação quente, não com dois dias de atraso! — Mas olharemos o que? — Movimento das forças armadas, manobras
estranhas, o Senador Prates reforçou sua segurança,temos o atentado a um membro do exercito, que nãonos foi aberta as informações, então temos de saber, o
que está acontecendo! — Acha que é um golpe? — Acho que é alguém pressionando, não podemos
deixar esta pressão chegar ao congresso ou a presidenta,estamos aqui para garantir tanto ela no cargo, como ademocracia!
Ramalho vê outro a porta que fala; — Temos uma leva de mais de 100 jatinhos que
decolaram de varias partes, mas na maioria de Curitiba eregião chegando a Brasília, devem somar mais de milpessoas em poucas horas!
— Me informa quem são e o que pretendem, alertaa policia federal para ficar de olho.
Um outro rapaz chega a porta e fala; — Identificamos um grupo em Paracatu em Minas
Gerais, que se comunica em Chinês, passamos aoconsulado e eles estão transcrevendo, mas parecemtambém estar vindo a Brasília.
Ramalho pensou, não poderia falar, ―Este Gersonpega pesado demais!‖, olhou o rapaz e falou.
— Manda ficarem de olho, algo esta acontecendo enão sei ainda o que!
8/13/2019 Cronicas de Gerson Travesso 3 - João Jose Gremmelmaier
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Crônicas de Gerson Travesso
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— Dizem que ligou para o Senador Prates! - Orapaz a porta.
— Sim, queria uma posição, ele me afirmou que
marcou com Gerson Rosa, ao meio dia em sua casa! — Mais isto para verificar! – O rapaz. — Sim, e não esqueçam, temos prioridades, e não
podemos falhar em dias assim. — Vai fazer o que Ramalho? — Vou a campo, o que acham, ficar aqui só vai me
dar mais úlceras do que já tenho. — Reduz o café amigo! – Fala um dos rapazes
saindo pela porta, Ramalho sorriu, mas estava tenso.Na casa do Senador um dos seguranças chega a ele
e fala; — Reforçamos a segurança! — Acha necessário Carlinhos!
— Senhor, ninguém havia me falado que estesenhor que falavam que era perigoso era Gerson Rosa! — O conhece? — Ele e este que vem falar ainda pela manha com o
senhor! — Conhece Paulo Oliveira? — Ele odeia ser chamado assim senhor, e não
acredito que ele se apresente como Paulo! — Como ele se apresentará? — Provavelmente como Fabrícia, ele é um
transformista! — E quem dá informação a estes Gerson Rosa, ele
sabia antes de nós que mandaríamos o Deputado para oburaco!
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Crônicas de Gerson Travesso
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— Gerson é daquelas pessoas que não ficaram noexercito por pensar demais senhor, não cumpria ordenssem as indagar, uma pessoa que conseguia nos safar por
saber como os demais pensavam, ele era rápido emadivinhar as táticas que os demais usavam, lembro deuma operação em Manaus, saímos perdendo 10 pessoasem uma prova de estratégia e resistência, chegamos nofim apenas com as 10 perdas, e com um dia e meio deantecedência.
— E por que ele não seguiu carreira, dizem que pai
e avô são do exercito! — O avô era, morreu a poucos dias, mas ele semeteu com uma moça filha de general, o vô fez vistasgrossas, dizem que a saída dele da aeronáutica, é algolenda ainda, não sei o que acreditar e o que é verdade.
— Violento? — Ninguém morreu, ele não queria matar os
militares, na época ele era da turma, hoje não sei, masele e Paulo saíram, um general e 75 dos seuscomandados acabaram no fim da operação no hospital.
— E como ele se livrou? — Ele se escondeu em um sobrenome, quando se
falava em Gerson Travesso, ninguém temia, não sabia-sequem era, mas quando veio aos grupos de segurança
que era Gerson Rosa, filho do General Rosa, todosficaram apreensivos, vi gente que ligou para ele e disseque não se meteria nisto!
— E me metem com alguém assim, sem me alertar! — Gerson é pela conversa, mas ele usa os seus
próprios meios senhor, ele não é muito de ceder, masdizem que aprendeu muito a fazer isto!
Os dois estavam conversando quando o segurançavem a porta e fala;
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— Uma moça, Fabrícia, diz que marcou com osenhor, está na porta!
O senador olha para Carlinhos e pergunta;
— Risco? — Ele vai entrar desarmado senhor, estamos de
olho!O senador vê o chefe da segurança sair e uma
moça entrar, a mediu de cima a baixo, sorriu,dificilmente diria que aquele ser era um homem.
— Deve ser Paulo! — Pode me chamar de Fabrícia, senador! — Soube que queria me falar, o que tem a oferecer
ao grupo moça? – O senador falou o moça sem sentir. — Estrutura, sistema, tiros, depende do que é mais
vulnerável, embora minha especialidade seja os tiros,dizem que somente uma pessoa neste país me bate emprogramação!
— E por que deveria lhe contratar, lhe dar espaço! — Todos sabem, sou daqueles poucos que
conhecem a fundo Gerson Rosa! — Dizem que eram um, o que aconteceu? — Dever coisas a Generais, é isto, eles nos cobram
e não temos como recusar, Gerson não tinha como
aceitar, pois se para mim a ordem era o matar, paraGerson, era morrer quieto! — E quem deu esta ordem? — Veio do próprio avô do senhor, alguém do seu
grupo acenou para ele com pressão e milhões! — Mas se Gerson tinha tanto, por que se
venderiam?
— Gerson tem planos, tanto o General como eu,não somos de planos, somos de gastos!
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— Acha que ele lhe mataria? — Acho que ele não vem para matar, Gerson é
maluco, mas não tanto a ponto de achar que uma
operação em Brasília não lhe pesaria a vida inteira! — Então você é um dos que Geraldo Souza achava
ter matado? — Sim, mas eu e 20 primos, estamos vivos, Gerson
não nos entregou, então ele ainda não esta de mal coma família inteira, somente com o primo que tentou oroubar, mas havia esquecido, ele não tem como forte o
atirar, e sim, o planejar no que atirar, ele pode parecersuicida Senador, mas ele sabe bem o que ele quer eonde chegar, mas as vezes nem eu acompanho osraciocínios dele!
— Acha que ele vem a cidade? — Senador, lembra das 49 pessoas que estavam
em sua casa ontem?
— Sabe delas? — Não sabia, mas quando ele mandou ordem na
madrugada, para invadir as 49 casas e os manter calmos,e detidos até o fim da conversa, soube que elas existiam!
— Ele não pode fazer isto! — Senhor, como falei, ele não veio atirar, senão
todos estariam mortos, mas ele teria este peso as costas,
pois um braço da Presidenta estaria morto, e ele nãoquer uma guerra, quer um acordo.
— E como você pode saber disto? — Eu e ele desenvolvemos o sistema que ele usa
para controlar câmeras e microfones, sistemas einformações, mas ele parece estar recriando um sistema,ainda não esta pronto, mas em meses estará.
— Sistema?
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— Ele pode controlar por sistema, as câmeras desegurança das ruas de Brasília, quando as imagens quedizem que eram dele surgem na aproximação
desfocadas, e induzindo alguém cabeludo, isto é osistema trabalhando para desviar as provas! — Tem como nos proteger disto moça?Fabrícia sentou-se cruzando as pernas e olha para o
Senador. — Teremos de investir nisto senhor, estamos
frágeis, mas como não sei se o senhor vai o aproximar
ou afastar, ainda não sei onde estou colocando minhasunhas. — Não sei, vou conversar com ele, o que acha! — Com Gerson, o melhor caminho! — Acha que ele nos devolveria o ouro? — Somente o pouco que não foi roubado dele, sabe
disto, acha que ele vai lhes dar algo de graça! — Por que disto? — Senhor, antes de o trair, ele me disse que o
Delegado de Moeda, poderia ser um louco com suasideias, mas estava dando a ele, terras e estruturas, quegerariam mais de 40 bilhões em 10 anos.
— O que quer dizer com isto? — Ele tentou alguns acordos, mas odeia gente que
mata crianças, que manda matar a filha, cada um destesesquemas, deveria acumular em 10 anos, o mesmovalor, mas como eles resolveram o trair, eu mesmoduvidando fiz isto, ficamos de fora dos planos dele.
— Esta dizendo que ele tem pelo menos 3 lugarespara exploração de mais de 40 bilhões!
— Acho que ele deveria ter mais de 10 pontosassim, mas como ele diz, ―Não Gasto tanto assim!‖, mas
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acredito que ele vai abrir caminhos, ele está começando,e vocês, eu, o avô, pensando nos trocados, ele nosvalores maiores.
— Por que valores maiores. — Olha esta entrada que ainda não sei de onde
vem, mas que gera para ele e para a namorada, 10milhões para cada, mas o governo fica com outros 10,então eles tem uma extração que estão tirandocalmamente 30 milhões em alguma coisa, por semana,isto daria sem os impostos, mais de um bilhão e meio de
reais por ano, dizem que ele firmou um acordo defornecimento por 50 anos, isto quer dizer, algo que valemais de 78 bilhões Senador.
— Vocês falam como se ele tivesse achado umeldorado!
— Não, dizem que ele mostrou uma imagem paraHomero que o fez mandar matar a filha que era a dona
dos terrenos! — E o que aconteceu? — A segurança de Gerson tiraram a moça quase
morta do apartamento, morreria de parada cardíaca, senão tivessem invadido o apartamento e a resgatado.
— Ninguém me narrou isto! — Senhor, eu fico pensando o que seria esta
imagem, capaz de um pai mandar matar uma filha! — Pelo jeito ele não lhe abriu isto Fabrícia! — O que não sei? — Que geneticamente, Patrícia Reis é uma Oliveira,
neta direta da herdeira dos problemas! — Gerson realmente atrai dinheiro!
O senador sorriu, a conversa estava maisdescontraída do que pensara que seria.
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A assessoria da Presidenta recebe o aviso, e osecretario de comunicação liga para Ramalho.
— Qual o perigo Ramalho?
— Estamos alertando, ainda não temos as posições,mas se a presidenta tiver uma manifestação publica,evita, é apenas precaução secretario.
— Mas a presidenta vai perguntar o que estaacontecendo?
— Diz que a policia federal acabou de prender umgrupo de Chineses bem armados, em Paracatu! Isto é
menos de uma hora de Brasília. — Isto é serio? — Secretario, temos uma briga politica acontecendo
nos bastidores de Brasília, não quer expor a presidentanisto!
— Brica politica? — Secretario, já ouviu as noticias? — Sim, mas ainda não entendi o problema total? — Se alguém que a policia afirma que morreu do
coração por volta das 6 da manha, na cama com aamante, tem a morte anunciada desta forma, em um jornal que foi impresso a uma da manha, em todo oBrasil, em 80 cidades, temos de ver que algo estaacontecendo!
— E quem foi o mandante Ramalho! — Isto é segredo da ABIN! — A presidenta vai querer saber Ramalho! — Só se estivermos falando de outra presidenta!Fabrícia sorria sentada e conversando
descontraidamente quando o Senador olha para a porta
e fala assustado recuando a cadeira; — Quem é você?
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— Calma Senador, apenas desarmando os ânimos!Fabrícia olha para a porta e fala;
— Pelo jeito ele está perdendo o medo!
— Conhece ele? – Senador. — Joao Carvalho e Silva, o policial Federal que seu
grupo ferrou para livrar o atual Delegado e aqueleInvestigador que fazem parte do grupo Senador!
— Tens preço? — Não viemos por mal senador, mas Gerson disse
que não entraria desarmado em uma casa onde todosestariam armados, então desarmamos todos!
— Mas esta tomando minha casa! — Não discuto ordens, não sou Gerson Rosa,
deveria, não teria passado tantos problemas senhor, masGerson esta desembarcando no Aeroporto e todossabemos, que de lá aqui, de helicóptero, é menos de 5minutos!
— Não respondeu se tem preço? – Senador. — Senhor, quem se vende, está sempre mudando
de lado, e no fim, perdido entre lados, morre por quealguém achou que ele não era mais útil, e ninguém sabiase o defendia ou não.
— Mas minha família?
— Na sala, todos bem! — Não gosto disto! — Senhor, pode se fazer de inocente, mas sabemos
que fez vistas grossas para as mortes em Minas, nãotinha entendido ainda, mas você tem parte nas mortesde Homero Reis e do Delegado de Moeda, nunca lembroo nome dele.
Um agito se fez na porta e João olha para a porta; — A federal esta cercando a casa!
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— Espero que eles sejam suficientementeresponsáveis como eu fui enquanto estava nela!
João olha para o rapaz a porta e fala;
— Cerca eles!Do lado de fora, os policiais da Federal cercavam a
casa, mais de 10 carros e o delegado vem a frente e falapor um autofalante;
— João, não faz besteira!João olha para o Senador e fala;
— Viu o que é ser conhecido, nem a uma hora emBrasília e o Delegado da Federal já sabe que estou aqui!
— Fez de proposito! – Fabrícia.João chega perto, Fabrícia se fazia de gostosa a
cadeira, João apenas pega a arma, e dá na nuca dela,que cai sobre a mesa.
— Desculpa Senador, mas este é maluco suficientepara começar esta guerra!
— O que acha que esta fazendo? — Gerson esta chegando, ele lhe explica!João amarra Paulo a cadeira, e olha para a porta;
— Ele vai demorar? — Já decolou.Joao olha para o rapaz e fala;
— Vigia o Senador, vou garantir que aqueleDelegado covarde e Paulinho não façam besteira!
— Ele disse que todos os que estiveram aquiestavam detidos!
— Vai descobrir que Fabrícia tem um grandedefeito, vive em uma mentira! – João saindo pela porta,ele atravessa a sala vendo todos sentados, os seguranças
ao canto, os seus rapazes apenas acalmando as coisas.
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João sai pela porta da frente e olha para oDelegado e fala;
— O que faz aqui covarde?
— Não faz besteira João, não é um assassino! — Sei disto, mas Paulinho ai do seu lado é, e se ele
puxar a arma, vai ter de achar outro Investigadorcorrupto, para por no lugar dele Delegado, pois covardescom este ai, que matam crianças, e o senhor assina embaixo, não vão entrar aqui hoje!
— Não viemos matar ninguém!
— Foi o que ouvi deste lado ai, e este covarde aoseu lado matou, e para não se complicar, me acusou,todos sabiam que não fui eu, mas quer saber, quero verse ele é homem para olhar para um homem armado eatirar, pois com criança e velho, ele é bom! – João olhapara Paulinho e fala – Toca nesta arma, tô maluco paralhe mandar ao outro mundo!
João faz sinal para um rapaz ao fundo e o Delegadoolhou para a rua atrás dele, sendo tomada, não teriampor onde sair, os policiais se veem cercados, e veem ohelicóptero chegar e descer na parte do gramado aofundo da casa, junto ao Paranoá.
O delegado olha para Paulinho e pergunta; — O que faremos?
— Não sei delegado, deveríamos ter reforço quenão apareceu ainda!
— Vai ser uma guerra! — Acredito nisto Delegado!Gerson e Patrícia descem do Helicóptero, ambos
com colete duplo e com armas as costas, o senhor olhapara João e fala;
— Prepara a evacuação.
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— Preparada, não aconselhava o helicóptero! — Sei disto, sabe se meu pai se mexeu! — Não parece ter chego a ele nada muito grave
ainda! — O que chegou? — Que iriamos tomar duas outras casas, não esta!Gerson entra e olha para Roberto e fala;
— Sai com os da família pelo Paranoá, estespoliciais são malucos, podem entrar atirando e matar umdeles!
— Não quero sair! – Fala um menino gritado.Gerson olha para ele e fala;
— Aconselha saírem, quem não quiser, os demaisdepois rezam por sua alma!
Gerson entra na sala onde estava o Senador e olhapara Fabrícia desacordada e fala para João;
— Tira daqui, que temos uma conversa particular!O senador olhou para Gerson; — Porque disto? — Vamos conversar Senador! — Mas está tomando minha casa! — Quer conversar ou morrer? — Conversar, mas por que me mataria? — Não o mataria, mas temos de conversar!Patrícia senta-se e fala:
— Senhor, temos de conversar, e serio! — Pensei que fossem menos impositivos! — Senhor, estamos aqui por que estou com parte
do seu dinheiro, sabe disto!
— Uma fortuna!
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— Não, uma ninharia, mas quando esvaziei osbarracões a poucos dias, me deparei com muitas caixasvazias, e me veio uma certeza, estavam se enganando!
— Caixas vazias? — Lembra das caixas que tiraram de Contagem? — Sim! — 30% delas tem pedras dentro, pedregulho de
construção, não vale quase nada. — Tem certeza disto? — Vim conversar senhor, pois estou vendo
acontecer no seu grupo, o que aconteceu no de Geraldo,todos achando que poderiam ganhar muito, começam ase matar, mas por algo que não sabem nem comogastar!
— E sabe onde estão escondendo? — Quando se tem muita gente sabendo onde está
as coisas acontecem, chacinas não declaradas! — Não respondeu! — Senhor, cada grupo antigo de Geraldo, formou
uma base em alguma Delegacia de Minas, entre elas umabem próxima daqui em Paracatu, cada grupo destes, estadisposto a matar todos para ficar com o ouro que achamser parte do direito deles, sabe bem como pensam,parece pensar igual.
— Quantos grupos? — 84 Grupos armados, de policiais ou Civis, ou
Militares, ou parte do exercito, mas dentro dos seusseguranças, existem 8 deles que são de um grupo deelite do exercito, que eram comandados pelo meu avô,eles matariam todos da sua família, assim quesoubessem onde o ouro estava.
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— Mas porque fariam isto, se eles já sabiam, e nãofizeram até agora?
— Senhor, vou contar o que sei, se acreditar, não
me interessa, mas cuida dos seus, vou cuidar dos meus,eu vou implodir este seu grupo, não por que precisefazer isto, mas por que todos estão pensandoindividualmente, e isto quer dizer, mais de 2 mil pessoasagindo apenas por suas ideias, e dentro disto, podendopedir minha morte, e não quero morrer!
— Sabe que não vou deixar você desarticular o
grupo! — Senhor, eu vou desarticular eles, se rearticulareles, o senhor estará pondo uma bala na cabeça de todaa sua família, mas não poderá dizer depois que morreupor ignorância.
— Mas sabe onde está o ouro? — Sim, e não pretendo ficar com a parte que não
me pertencia, mas somente verá este Ouro e dinheiro, osque souberem segurar os seus impulsos assassinos, eisto eu mesmo distribuirei em um ano!
— Por que um ano? — O tempo que preciso! — E está Fabrícia? — A prima dela queria falar com ela, ela que vai
decidir o que vai acontecer com este transformista quepôs todo o resto da família risco por ninharia.
— O que faz aqui? Pelo que entendi não precisavavir!
— Senhor, não o tenho como inimigo, mas tem devoltar ao caminho, estes que lhe cercam, são apenas umtiro na cabeça, aquele Paulinho que confia, se sair hoje
pela frente, ele lhe mata!
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— Mas ele sempre deu segurança ao grupo! — Ele articulou com o Deputado a minha morte, e
matou o Deputado da mesma forma.
— Mas o que ele ganha com isto? — Quem acha que está desviando o ouro dos
depósitos Delegado? — E como vai fazer para se livrar? — Se livrar do que? – Fala Gerson fazendo um
movimento para que ele começasse a sair pela porta dofundo, João liga para alguém, e se vê três imensos
helicópteros começarem a se aproximar da casa.O Senador vê Gerson o conduzir a uma voadora,
não se via elas da rua, entram nela e saem no sentido doIate Clube.
Os helicópteros giram em volta da casa, se viagrandes metralhadoras nas portas abertas, eram daaeronáutica, os Policiais Federais acharam que teriam
apoio, mas depois de 10 minutos de sobrevoo, muitobarulho, os Helicópteros se afastam, sem nenhumdescer, o Delegado olha para trás e vê que os demaisque os cercavam tinham se retirado, e começam a entrarna casa, casa vazia.
Gerson senta-se ao Iate Clube e olha para oSenador;
— Volto semana que vem para acertarmos detalhesde defesa senhor! – Gerson passa um papel para osenhor e fala – Cuida com estes nomes, estes parecembonzinhos, mas são mortais aos seus!
O senador olha o papel e vê Gerson entrar em umcarro e sumir pela rua.
O assessor chega a ele e pergunta: — O que fazemos Senador!
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— Tenho de pensar, como está o pessoal? — Ele tirou todos de lá para não arriscar! — Não entendi ainda tudo, mas vou precisar falar
com alguns, e não sei ainda o que fazer!O Senador liga para Ramalho e pergunta:
— Podemos falar Ramalho! — Senhor, só me diz onde e quando? — Oque aconteceu? – Senador. — Senhor, lembre com o que trabalho, onde e
quando?O senador pensou na frase e falou;
— Estou no Iate Clube, poderia ser ainda hoje? — As 16 estarei ai!O Senador olhou em volta e pensou, desligou sem
falar mais nada e chamou o assessor e falou; — Manda a Marta e as crianças para casa, e os dá
proteção lá, quando chegar lá falamos, amanha vou estarlá! — O que esta acontecendo Senador! — Se o que entendi for verdade, pensando em se
dar, pus os meus em risco, então esta na hora de poristo em pratos limpos.
Era por volta das duas da tarde, num barracão já na
saída da cidade Gerson entra e olha para Fabrícia, olhapara Roberto e fala;.
— Pegou o que preciso?Roberto apontou uma sacola ao canto e começou
sair, e ouve Gerson falar; — Se prepara, não acabou ainda!Gerson chega a cadeira a frente de Paulo e fala;
— O que aconteceu primo?
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Paulo, Fabrícia sem estar produzido, olha paraGerson e fala;
— Vai me matar?
— Parece que se esqueceu de onde nosconhecemos Paulo, acho que esqueceu de tudo que faleina vida!
— Família, antes de tudo, você queria ter uma poisa sua não prestava para nada, olha onde paramos, numafamília podre.
— Os Oliveiras estão bem, e você Paulo, como
está? — Você me esqueceu, Gerson, acha que não? — Sabe que não, mas sabe que não lhe conheci
como anda por ai, conheci o Paulo, o ser que saídos doexercito tentaram vestibular, os dois malucos que faziamprogramação de proteção, não para enriquecer, maspara saber quando nos atacariam, não para ficar rico,
mas para poder viver. — Mas você mudou quando conheceu esta que esta
a porta!Gerson olha Patrícia ao longe e fala;
— Sabe que meu fraco sempre foram as mulherescom personalidade, assim como os rapazes que sabiam oque queriam, mas não gosto de mulheres sem pelo, não
gosto de homens da mesma forma, para mim, ser bi égostar de homem, e não de um transformado emmulher.
— Não reclamava antes Gerson. — Diversão é uma coisa Paulo, mas esta na hora de
dar rumo a minha vida! — Tenho saudade Gerson!
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— Sabe que não sou santo Paulo, mas prefiro oPaulo a Fabrícia, e se não entendeu isto até hoje, nãoentende nada da forma que penso!
— O que ela acha disto? — Não sei ainda, sua prima não resistiu, talvez ela
também não aguente, mas tem de entender, vou ao fimdesta historia, se estiver do outro lado, sabe bem ondevai parar Paulo!
— Me mataria? — Morte é a melhor forma de sair desta encrenca!
— E o que vai fazer? — Paulo, esta livre, não se mete em encrenca,
amanha vou estar em Ariri, se quiser parecer paraconversar, conversamos, mas ainda não acabou estaguerra!
— Pensei que teria dado fim em todos antes deconversar, esta ficando mole!
— Talvez esteja na hora de por os pingos nos is,mas não quer dizer que vai ser fácil!
— Mas como fico? — Na sacola tem uma roupa, sua carteira, um
dinheiro, você que decide o que vai fazer Paulo! — Só vai me chamar assim agora?
— Deixei de lhe chamar assim por que vocêinventou uma historia que não gostava, antes achavaque estava fazendo bem a você, mas vi que esta seperdendo Paulo!
— Não me odeia? — Não lhe roubei, aquele ouro é a sua parte, mas
como o pessoal iria cair encima de ti, resolvi tirar ele,
mas depois falamos disto! — Não acredito nisto!
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— Deputado, temos um problema, e quero saber,vai me dar o serviço com pouca ou muita dor!
— Não colaboro com bandidos!
— Senhor, você e o falecido Deputado Ribas meroubaram, quero saber se vai me dizer por bem, ou pormal onde está o meu ouro, que estava no galpão deMaria Souza!
— Não era seu, deve ser o marginal do GersonRosa, que todos falam!
— Não, estou na pele de um cordeiro, não viu
Gerson ainda entrar pela porta, se ele entrar, esquecetodos que conhece, onde esta senhor! — Não pode torturar um Deputado! — Desculpa senhor, mas é igual a qualquer um dos
que mandou matar, mas primeiro quero nomes, depois olocal exato!
— Não vou falar!
Gerson pega uma arma as costas, o senhor viu elepor um silenciador na arma, e por no joelho do senhor eperguntar bem lentamente;
— Tem certeza senhor, primeira chance, quero onome de cada um do grupo que você e 6 pessoascriaram, chamados de ―A Limpeza‖, nome por nome!
— Não posso dizer, morrerei se falar!Gerson puxa o gatilho e uma bala rasga a pele se
alojando na rotula do joelho, o senhor gritou de dor, mastodo movimento que ele tentou, foi seguido de uma dorintensa, ele pareceu chorar de dor e Gerson falouencostando a arma no outro Joelho e perguntou;
— Segunda chance Deputado, os nomes de quemtem as ordens de matar todos, nome por nome!
— Não pode fazer isto?
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— Quer mesmo isto senhor, já vi soldado resistircom balas alojadas em três rotulas, não experimentei,mas dizem ser terrível a dor!
O senhor lacrimejava de dor e viu Gerson levantar-se e pegar uma faca, desamarra as mão do senhor epõem um papel a sua frente e fala;
— Nomes, cada um deles, se deixar alguém de fora,não esquece, eles lhe matam!
— Você não pode me obrigar fazer isto? — Senhor, ainda nem entrei no detalhe que sei que
vai ser mais difícil, você me dizer onde está o ouro!O senhor estava com muita dor, escreveu os
nomes, Gerson passou para João a porta e olhou para osseguranças começarem a sair.
— Obrigado senhor, agora só um detalhe, se falaralgo, posso ser mais cruel que isto, lembre, não toqueiem sua família, não lhe matei, então melhor manter a
boca fechada.Gerson sai pela porta deixando um celular sobre a
cadeira a frente do senhor, ele estava saindo quando osenhor ligou para uma ambulância.
Gerson sai dali na direção do Comando do exercito,e sabia que ai estava o problema, mas liga para oDelegado da Federal de Brasília e fala;
— Delegado, como estão as coisas? — Onde esta se escondendo, temos uma ordem de
prisão para você! — Senhor, se me ouvir, falo, senão, boa sorte! — O Senador me ligou e mandou me cuidar, o que
aconteceu, ele deveria estar pedindo sua cabeça!
— Não fiz nada contra ele para ele pedir minhacabeça, mas cuidado, seu nome esta numa lista de
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mortes uteis deste mês, e não esquece, sempre parecemmortes acidentais!
— Esta falando serio?
— Delegado, olha em volta, deve ter três pessoasapenas com os olhos em você, estes 3 são meus alvos, evocê, alvo dos três, e se eles souberem que você sabe,lhe matam antes!
O Delegado olha em volta, a maioria estavadistraída em seus afazeres, mas Paulinho, Carlos Souto, eMarquinhos olhavam para ele, como se preparados para
algo. — O que quer falar Gerson? — Mantem a calma, ainda não sei onde estão os
demais! — Esta blefando de novo Gerson! — Sempre, acha que estou aqui para lhe facilitar
Senhor! Melhor ajudar o Deputado Flavinho, ele
conseguiu dar um tiro na própria perna!Gerson desliga e os 3 rapazes chegam perto e
pergunta: — O que aconteceu Delegado? – Paulinho. — Gerson está na casa do Deputado Flavinho! — Vamos para lá! – Fala Carlos quase saindo.
— Não, vocês três ficam aqui, quero trocar umaideia! — Mas precisamos ajudar o Deputado!O delegado olha para os demais e fala;
— Calma, acho que o deputado já está mortomesmo! – O delegado manda Carlos fechar a porta – Elefalou demais, e está morto, mas sabem bem o que
significa isto rapazes? — Pensei que não sabia de nós Delegado!
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— Se querem me matar, esperem nós acabarmoscom este desgraçado!
— Do que está falando? – Paulinho.
Carlos olha para Paulinho e fala: — O Deputado havia colocado o nome do Delegado
nos nomes a serem mortos esta semana, mas se elemorreu, temos de ver que ele não esperava Gerson pelocaminho!
Paulinho olha para o Delegado e pergunta: — Sabia disto? — Não interessa como, mas vamos parar este
senhor, ele deve ter um plano, o qual é que quero saber! — E o como vamos descobrir?O Delegado pega o telefone e disca para João e
fala: — João, podemos falar!
João ao lado de Gerson olha quem ligava e fala; — O que precisa Delegado?Gerson parou ao lado;
— Temos de parar este senhor, tem de entenderJoão, ele vai derrubar toda uma estrutura de 40 anos,para que, dividir entre ele e meia dúzia?
— Qual a proposta Delegado, pois não vou ajudar
para levar um tiro depois! — Preciso saber o que ele vai fazer? — Isto eu nem tenho haver, mas ele vai atacar o
primeiro regimento terrestre de Brasília! — Ele é maluco? — Sim, ele é maluco! — E está fazendo o que agora?
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— Esvaziando o barracão do Deputado Flavinho, oque mais, não estamos aqui para ficar com os trocados,e se aquele maluco quer atacar uma base do exercito,
que o faça. — E onde você esta exatamente? — Isto não posso falar, não quero morrer com tanto
ouro nas mãos, eu quero é o gastar Delegado. — Mas tem certeza que ele vai atacar lá! — Deve estar chegando lá agora!O delegado desliga e um Investigador vem a porta
e fala; — O delegado Flavinho parece que levou um tiro e
esta indo para o Hospital Base.O Delegado olha para Carlos e fala;
— Cuida disto? — Sim, e vocês?
O delegado liga para o quartel, deu o alerta e nãofoi levado a serio e fala; — Não nos ouviram, quem acreditaria numa
maluquice destas, mas por que ele iria querer fazer isto? – Delegado.
— A base da ―A Limpeza‖ fica lá, com mais de 4lideres comandando mais de 200 soldados que fariam as
ordens sem contestar.O delegado entendeu, Gerson não estava brincandode acabar com a estrutura, ele estava limpando aestrutura.
Paulinho saiu, Carlos já havia ido, o Delegadoestava pensando quando olha os papeis, Marquinhosolha o local começar a esvaziar e olha para o Delegado,
aponta a arma, esperando o Delegado olhar para ele.
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General Rosa vê o filho vindo no sentido de suasala, não entendia o que ele fazia ali, viu alguns ao longeo apontando, e soube que algo estava errado.
Gerson olha para o cadete abrir a porta e ele entra; — Como está Gerson? – General. — Vim conversar, mas não sei se sabe fazer isto
General? — Ainda brigados? — Seu pai tentou me matar! — Seu avô tentou mesmo? — Senhor, esta lista foi me fornecida pelo Deputado
Flavinho, nela se afirma que a sua base era usada pelaorganização que me quer morto, para limpar as sujeirasdo grupo, os nomes estão ai, a escolha é sua, do quefazer!
O senhor olha os nomes e fala; — Tem provas desta acusação, tem gente com mais
de 20 anos de exercito nesta lista! — Se o senhor não fizer nada, avisa eles, estarão
todos mortos se tentarem me matar! — Se falar isto novamente terei de o prender filho! — Preso aqui, seria como estar morto, sinal que o
senhor é a favor disto, de que me vale a vida, se quem
me gerou não valoriza a família, não a primeira, apenas asegunda, realmente Paulo tem razão, eu queria algo masnão sei construir uma família, apenas guerra.
— Não o quero morto, mas entende que tenhooutra família, e por sinal, tem o nome de um irmão quenunca conheceu nesta sua lista!
— Por isto estou morto, acha que gostei de ver este
nome na lista, gente que esta acima da maioria,querendo matar outros por mais!
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— Mas sabe que não posso deixar o matar! — Entendo, para mim ensinou o valor da vida, me
entregando a morte, para ele, apenas o ouro e a vida!
— Não o entreguei a morte, não fala besteira! — Verdade, apenas virou as costas e ignorou meu
estado por 24 horas, mas pode ter certeza, não lhe queromal, mas ainda não sei o que vim fazer aqui!
— Veio conversar, mas não posso concordar com oque falou!
— Então como ficamos senhor?
Gerson estava tenso, sabia que algo não estavacerto, mas não queria matar o senhor a sua frente, enem um meio irmão, mas no lugar de pararem, era maisfácil dar fim nele.
O senhor olha para a porta e se ouve uma grandeexplosão na entrada de acesso, o senhor olha pela janelae se vê um imenso caminhão tanque pegando fogo na
entrada, e os soldados correndo para lá. — Sabe o que acontece se nos atacar? – O Senhor.Gerson não falou nada, apenas deu três passos
arrastando a perna, no sentido da porta, ficando por trásda mesma, um rapaz entrou armado, e Gerson fechou aporta rapidamente sobre ele e viu a pistola disparar ecair, o rapaz meio tonto viu Gerson andar com aquela
perna e pegar a arma e apontar para o rapaz e falar; — Os dois, sentados? — Não pode fazer isto filho! — Mano, melhor não ouvir ele, sabe bem que me
mataria, não quero morrer e nem matar vocês, então,sentados!
O rapaz olha Gerson e fala: — Não sabe com o que esta lidando!
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— Nem vocês, me matar por trocado, mas tudobem, querem sentar baleados ou inteiros?
Os dois sentam-se, Gerson não tinha com o que os
amarrar, mas tinha os dois na mira, e fala; — Agora é manter a calma.Na entrada da base, um senhor parece em meio ao
fogo, não do fogo, e com uma arma de choque, derrubaos 3 primeiros e os demais foram entrando, umcaminhão maior empurrou o anterior e um estouro maiorse ouviu.
Em 15 minutos os rapazes estavam todos sentadosao chão, Gerson separou os lideres e os colocou em umavan, onde ninguém falava português, amarrados, e estavan sai a toda, João chega encapuzado na sala e olhapara Gerson.
— Pensei que teria de o tirar da prisão! — Como o pessoal está?
— Revoltados! — Calma, vamos sair, mas amarra estes ai antes!João olha para os dois, um rapaz entrou e os
amarrou, e saíram dali calmamente. A bagunça estava a toda naquela base, gente
amarrada a toda volta, Gerson saiu e um senhor entrou eolhou em volta e chega a sala do General Rosa, odesamarra e fala;
— Estarão todos em reciclagem, não podemosacreditar, um senhor nos diz que tomaria a base comodemonstração de falta de preparo, duvidei e olha o quetemos aqui? – General Klemer.
O General Rosa olha para o General e fala;
— Os facilitou isto para nos desmoralizar?
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— Seu filho se mostrou um excepcionalestrategista, ele nos mostrou quais os 10 pontos falhosda segurança de Brasília, e teremos de fazer algo a
respeito! — E quantas baixas? — Ele não matou ninguém senhor, sabe disto,
armas de choque, armas de borracha, mas com certeza,alguns não estão felizes com isto, entendo sua raivasenhor!
Pai e filho se olham;
— Este é o filho que não consegue encarar pai? — Ele sabe se posicionar, ele é mais forte que eu,
mas não consigo olhar para ele, me lembra a mãe dele,que morreu no nascimento dele!
— Como ele fez isto, tomou uma base do exercitocomo se não fosse uma base do exercito!
— Ele ainda nos avisou que faria, ele é mais maluco
que pensei, mas ele me paga esta desonra! — Acho que terminamos de o afastar pai, nunca
entendi por que o avô topou deixar o nome dele na lista? — Seu avô acreditava que ele não prestava para o
exercito e que era um exemplo ruim, mas ele esqueceude considerar que ele não temia o avô!
— Acha que foi ele? — Não sei, mas viu que se ele tivesse ido conversar
e o meu pai o prendeu, os rapazes dele tinham comomissão o tirar daqui, todos encapuzados, com colete aprova de bala, e pistolas rápidas, que nem dispararam.
Os dois saem e veem os demais sendodesamarrados, alguns ainda meio tontos, e o caminhãoestourado a frente da base do exercito. Tudo isto foiconsiderado como um treinamento da base.
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Gerson dá a mão para Patrícia que esperara aoperação na base a 10 quadras de lá, e os dois vão aoaeroporto e embarcam em um monomotor no sentido do
norte de Minas.O senador olha para Ramalho chegando e faz sinalpara os seus seguranças abrirem o caminho;
Ramalho sabia que alguns ali eram perigosos, eolha para o Senador;
— O que precisa Senador? — Virou alvo?
— Todos, ABIN foi acionada pela presidentareferente ao que esta acontecendo, todos viramos alvo,mais fácil nos acusarem que ao senhor, senhor Senador.
— O que este Gerson esta aprontando? — Neste momento ele já prendeu mais de 180
lideres, mas sabe que eles se infiltraram em todas asseguranças, para ficarem bem informados.
— Aquela lista que ele me passou é real? — Não sei senhor, mas ele com certeza, se não
morrer, vai ter um sistema de informação melhor que oda ABIN.
— Acha que aquela transformista seria útil? — Paulo é um excepcional programador, mas acho
que Gerson não o deixará solto por ai! — E sabe onde ele escondeu o ouro? — Não senhor, o problema é que se você manda
para um endereço, ouvimos a ligação, mas como possosaber onde fica algo na rua XV de Novembro 450, se nãosei em que cidade é!
— Tem os endereços das gravações, mas ignora em
que cidades ficam, seria isto? — Sim, seria isto!
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chuva forte, se via muitas pedras negras, que osescravos vendo que eram pedras de ouro, se apoderaramde algumas e desceram o rio com um barco improvisado,
obvio que os capitães do mato obedecendo ordensmataram os negros. — E achou a encosta? — Patrícia isto é uma procura longa e demorada,
mas as terras que ficam entre os dois rios são ricas paracultivo, então com irrigação podem gerar boasplantações de uva, de manga, e coisas assim.
— Certo, fará aqui o que fez em Ariri! — Sim, se eu ajudar 100 municípios a serem
melhor, estarei fazendo minha parte! — E o que conseguiu aqui? — Muito esparso, não achei nada concentrado, mas
vamos ver o grande problema! — Problema?
Gerson parou em uma casa e um senhor veio a ele: — Deve ser o novo dono! — Senhor Pinheiros? — Sim! — Gerson Rosa e Patrícia Reis, os donos! — Vejo que mandou maquinário pesado, pensei em
abrir pequenas valas, mas estão ligando os dois rios comvalas imensas, e comportas, qual a ideia? — Senhor, começando a investir, vamos fazer um
imenso cais no São Francisco, e vamos criar nossaplantação de uva, e nossa fabrica de vinho e suco deuva, mas isso é para dentro de 3 anos, por enquantovamos arrumando e preparando a terra!
— Por que dragas tão grandes!
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— Me disseram achar ontem algo aqui, e vim olharsenhor, mas isto é segredo, como administrador da terraespero que saiba que não queremos intrusos e gente
vendo demais! — O que acharam ontem?Patrícia anta ao lado de Gerson se arrastando com
aquela perna e param em uma grande vala, se via o SãoFrancisco a uns 100 metros dali, com suas aguasbarrentas, de quem havia arrastado muita terra deixandosuas aguas bem densas e com uma cor forte de terra.
O Senhor olha aquela parede de pedra e pergunta: — O que seria isto? — Senhor, pelo que tenho nos meus registros,
nesta altura do rio, em 1750 construiu-se um cais, quefoi abandonado em 1795 depois de fortes chuvas quealteraram o leito natural do rio, mas o que temos aqui, éos restos deste cais.
— Qual a importância disto? — Fora que tudo que temos entre este local e o rio
é área de despejo de resíduos do rio, terras férteis! — E o que mais?Gerson via as maquinas abrirem no sentido do rio,
olhando ao fundo, dava a impressão de estarem a baixodo nível atual do rio, a construção deve ter sido feita em
uma época de pouco fluxo do rio.Gerson estava olhando quando um senhor parou
uma maquina e falou ao longe; — Mais uma curva! — Curva? – Pinheiro. — A curva que vai dar no sentido do rio!
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Gerson olha para a curva e sorri, Patrícia viu que orio ia no sentido do Rio Japoré, deveriam se unir muitoantes do que nos dias de hoje.
— Senhores, vamos parar um pouco, tenho de verse vale a pena ficar abrindo este buraco! – Gerson.O senhor Pinheiro viu um senhor chegar a ele e
perguntar; — É o proprietário? — Sim! — Acha que vale um cais naquela curva, é uma
área de alagamento! — A ideia era achar o antigo cais, mas estou vendo
que ele não nos vai ser útil, não se não for comocuriosidade, mas podemos planejar um mantendo a áreade alagamento, quero ver se teremos algumasplantações que gostam de aguas sazonais naquelamargem!
— Teremos de pensar numa base profunda senhor! — Pense numa que funcione, prefiro pagar caro no
começo e não ter de reformar a cada 5 anos! — Verificamos, mas os vizinhos estão estranhando
o montante de investimento! — Sei disto, mas em 10 anos seremos referencia, e
eles não lembraram das maquinas, vão chamar de sorte!Patrícia sorriu, Gerson não media palavras, mas ao
fundo, viu a areia sendo tirada da margem, com terra ecascalhos, e olhou para Gerson.
Ele apenas fez que sim com a cabeça e ela seaproxima, uma esteira separava as pedras pelo peso etamanho, da areia que ficava em uma imensa pilha afrente, ela chega as pedras, passa rapidamente a mão eolha em volta, andou alguns metros a mais e olhou para
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uma em si e pegou sua faca e passou na pedra e olhoupara Gerson.
Gerson olha para o senhor Pinheiro e pergunta;
— O que tinham aqui? — Plantação de Pasto, criação de gado magro! — Vamos para as plantas, mas teremos frutas e
flores de estação, obvio, isto requer criação de abelha, aiteremos a fabrica que vai processar vinho e mel, eteremos a coletora, que fará a seleção das flores.
— Acha que isto dá dinheiro? — Vamos ver, se não der, mudamos!Gerson caminhou calmamente até Patrícia que
olhava a montanha de pedregulhos e pergunta: — E como separamos? — Trituramos e separamos no forno! — Que pureza dá isto?
— Padrão internacional, mas se reparar, eles estãocom uma montanha de riqueza e não veem isto comriqueza, e ficam nos perguntando, se o resto darádinheiro!
— E com certeza fará o resto dar dinheiro! — Com certeza! As maquinas foram parando, já anoitecia, e os dois
olham para a casa ao fundo, e foram para lá.Os rapazes olham para Patrícia, faltavam mulheres
ali, ela sorri e olha para Gerson. — Quantos lugares de procura mantem? — Patrícia, pensa, quero ter mais de 100 pontos de
extração legalizado, com certeza teremos o mesmo emlugares sem legalização!
— E pagou ninharia pelas terras?
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— Mais do que pensei que pagaria, mas é quequeria o corredor entre os dois rios, não apenas umpedacinho!
— Certo, e quando vamos transformar isto em – Patrícia olha em volta e fala – Riqueza.Gerson pega a mochila no carro e chega ao diretor
e pergunta: — Mas como estão as coisas, estão conseguindo se
entender? — Nunca trabalhei com um engenheiro, eles são
estranhos, mas dizem que vão levantar 3 casas novas, ocais, a fabrica e 6 barracões, não entendi, mas osvizinhos estão achando uma maluquice isto!
— Os vizinhos vão querer ajuda quando veremcomo vamos produzir aqui!
— E vai ficar muito tempo? — Não, vim apenas ver se estava funcionando, mas
ainda não posso parar aqui, mês que vem venho commais calma!
— Por que tanta coisa? – O senhor meio assustado. — Estou acelerando, mas é que não pensei muito,
apenas mandei o pessoal para cá, devem estar tãoperdidos quanto o senhor, mas calma, já fica calmo!
Gerson confirma um quarto e entra com Patrícia,que começava a sentir-se incomodada em estar ali.
— Calma, já esteve em lugares piores! — Sei disto, mas quero trocar uma ideia! — Qual? — Viu a montanha de pedras? — Sim, como faz isto?
— Livros de historia, assim comecei, lendas,historias mal contadas, mas quando se tem um local
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abandonado que diziam os documentos ser umamontanha de ouro, mas sabemos que não existemontanha aqui.
— Falava em montanha de ouro? — Só que a toda volta deveriam existir Escravos,
em meio ao barro, em meio a serpentes, doenças e tudode negativo, que catavam as pedras e acumulavam,desconfio que uma grande enxurrada, lavou – Gersonapontou onde estava o cais, e pois o traço para ondeestava a grande quantidade de pedras – para cá tudo
que tinha aqui! — A maioria está nesta linha? — Sim, mas não esquece, a viagem para a cidade
mais perto demorava 4 dias na época! — Mais de mês para o Rio de Janeiro! — Sim, algo que poderia mudar tudo, com uma
enxurrada mudando a margem e o leito do rio, ficando
aqui os restos. — E alguém documentou isto, como descobriu. — As historias são contadas, mas as vezes, narram
o sumiço de uma leva de escravos e servos que estavamextraindo, pensamos de cara, roubaram e sumiram, masnão foi o que aconteceu, e o que me induziu que nãodeveria ter sido isto, era a afirmativa de que era uma
montanha de pedras negras na beira do cais.Patrícia olha pela janela e fala;
— E vai deixar ali? — Por enquanto sim! — Você é maluco! — Ficou ali 300 anos, por que não um pouco mais!
— E se alguém desconfiar? — Vão tirar a pilha dali!
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Os dois se beijam e deitam a cama.Em Brasília, o Senador olha para alguns aliados
chegarem e olha para o Delegado a Federal e estranha;
— Pensei que estava morto? — Alguém não deixou me matarem, mas parece
que alguns não levaram a mesma sorte!Paulinho estava entrando na sala, e olha o
delegado; — Não entendi por que matou Marquinhos!O delegado não respondeu, o Investigador chega
com outros 4 e fala; — Vamos discutir onde esta nosso dinheiro, pois
precisamos desaparecer! — Não temos dinheiro Paulinho! – Senador. — Mas vão conseguir, acham que é um pedido,
Senador!
— Não entendi o que pretendiam? — Ainda pretendemos, mas temos de nos esconder,mas voltamos, mas este senhor, resolveu nos complicar,mas vamos atrás dele e vamos recomeçar, ele pelo jeitotem mais do que vocês, mas não é do tipo que se deixaenganar, como vocês se achando os que mandavam.
— Mas por que, isto que não entendo? – Senador.
— Dinheiro, por que mais.Paulinho estica a arma para o Delegado e fala: — Não é pessoal, mas não podemos deixar a policia
nos seguir!O Delegado olhava nos olhos do rapaz quando
ouviu o estampido do tiro, e viu a arma voar longe.Os rapazes assustados olham em volta e veem
varias armas apontadas para eles;
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Paulinho tentou puxar uma e a segunda balaestourou sua cabeça. Os demais assustados largam asarmas, mas no fundo Paulinho estava com a razão,
tentar, pois o fim dos demais era o mesmo.João olha para o Senador e fala; — Agora sim esta limpo senhor! — Não quer mesmo trabalhar em minha segurança? — Não tenho como dizer sim ainda senhor, não
acabou a guerra, mas se tiver de pé o convite em algunsdias, pode ser que aceite! – Joao olhando para o
Delegado. — Sei que lhe devo desculpas!João não respondeu, fez sinal para os seus que
retiraram os demais saindo dali. A noite caia, em Brasília, em um dia tenso para
muitos.Roseli liga para Joao e pergunta:
— Como foram as coisas, ninguém esta falandonada!
— A ABIN grampeou todos, e não estamos falandonada Roseli, mas Gerson esta em Manga!
— Manga? — Norte de Minas!
— O que foi fazer lá? — Olhar uma pilha de cascalho, ele é malucomesmo!
— Sei, o que ele vai fazer em Manga? — Uma fazenda de produção de uva, uma fabrica
de vinho barato, e algumas coisas a mais! — Investindo pesado?
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— Você facilitaria se invadissem as terras doCoronel rapaz, se facilitaria, não vale o que ele lhe paga!
— Acha que pode me ofender?
Gerson olha o rapaz serio e fala; — Quero falar com este coronel Cardoso, se puder
não me matar antes de o pagar, pois duvido que eleficasse feliz de saber que poderia ter recebido e você mematou antes, e garanto, as paredes tem ouvidos aqui!
O rapaz apontou a arma para Gerson que o encara,um senhor entra pela porta, bem mais velho e fala;
— Jonathan abaixa a arma, este é o senhor que oCoronel quer falar!
— Podemos nos divertir Ribeiro! — Não mais, para fora, já vi que não prestam para
nada mesmo!O rapaz não gostou e saiu, outros dois saíram
juntos enquanto a senhora ajudava a filha a se recomporno canto, o senhor olha para Gerson e fala;
— Sabe que estas terras eram por direito docoronel, você comprou de pessoas que não tinham odireito sobre ela!
— Posso falar com este senhor, mas já não gosteidele!
— Acha que sai vivo se não quisermos?Gerson olha para o senhor e fala.
— Me mata, quero ver do outro lado, todos vocêsentrando na hora seguinte a minha morte, até este seupatrão covarde que bate em empregados e mandaestuprar os familiares.
— Não o conhece!
Gerson apontou para Pinheiro e fala; — Não, mas o cartão de visita dele foi este!
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— Vai por bem ou por mal?Gerson ouve uma rajada de balas e olha para o
senhor;
— Por bem, e você?O senhor não sabia o que acontecia do lado de fora,
ouviu alguns tiros e olhou para um senhor entrar pelaporta e apontou sua arma para ele;
— Quem é você?Gerson saca a arma e aponta para o senhor e viu
Patrícia de armas a mão apontar para o senhor também; — Melhor acalmar senhor Ribeiro! – Gerson. — Acha que podem com o Coronel? — Não o desafiei, comprei terras que ele queria
tomar a força, mas como não conseguiu, deixouvenderem para tentar novamente, mas vamos lá, esteCardoso, deve ser Richard Cardoso, de Matias Cardoso? – Pergunta Gerson.
— Sim Gerson, mas sabe que ele é bem armado! — Vamos lá! - Fala Gerson olhando para o senhor,
e para Roberto a porta. — Vai abaixar a arma ou quer morrer mesmo? –
Gerson.O senhor abaixou a arma, Roberto a pegou e falou;
— Em 10 minutos, estaremos prontos!Gerson olha para o administrador e pergunta; — Tinham vindo antes? — Sim, mas como o senhor era o dono, não demos
bola, os engenheiros e a estrutura pareceu os afastar porsi.
— E os seus, como estão?
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A esposa do senhor Pinheiro chega a ele e olha seuolho inchado e fala;
— Amanha estará novinho em folha!
— Cuida dele, vamos resolver isto, e vou deixar umpessoal na segurança aqui, pessoal meu, não da região! – Fala Gerson olhando para o senhor que pareciaperdido, pois até a moça estava armada.
— Quem acha ser? — Alguém que sozinho invadiu uma base do
exercito ontem, acho que seu coronelzinho tem de se
inteira que o lado de cá do rio, eu vou dar segurança. — Se ele não concordar? — Morre, o que podemos fazer!O olhar da moça para Gerson, a esposa do
proprietário lhe disse que não era algo que seria aceito. — Mas não acredito que ele não converse!Roberto entra pela porta e fala;
— Saindo!Se ouviu os helicópteros começarem a descer, se
eles vieram de picapes, atravessando o rio, eles iriam viaaérea.
O pessoal começou a se armar, e o capataz doCardozo perguntou;
— O que é você? Não respondeu. — Alguém que acha que estas terras valem maisque o Coronel Cardoso.
O senhor olha as metralhadoras nas laterais doshelicópteros, as armas novas nas mãos dos seguranças,armas não padrão de segurança, ele nem sabia quantostinham ali, mas quando sai pela porta viu que o negocio
não seria fácil, tinham 2 mortos de seus seguranças.
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Sobrevoaram a região e atravessam o Rio SãoFrancisco, voando abaixo eles veem a cidade a frente,sobrevoam passando por ela, deixando claro que algo
estava acontecendo, e quando os helicópteros começama se aproximar da casa do senhor, ele sai a sacada,alguns ao longe começam a apontar para o céu, Gersonfaz sinal para Roberto que fala no comunicador;
— Somente nós vamos descer, se formosemboscados, matem todos!
Os helicópteros começam a se manter ao ar, as
armas pesadas apontadas para baixo, dizia que não eramamigos, Gerson desce com Patrícia ao seu lado e olha emvolta;
Um segurança foi o barrar e Gerson apenas olhapara o senhor a sacada da casa;
— Da forma racional ou mortal? — Quem é você?
— O dono das terras que mandou invadir hoje, comaquele papo que são minhas, conversa de coronel!
— Mas elas são minhas! — Então por que não estão em seu nome, por que
esperou alguém comprar para tomar, por que? — Tinha um acordo de uso com o senhor que
cuidava lá, mas ele repassou para outro, e soube da
venda apenas agora! — Quer dizer que a documentação é falsa? — Sim, eles falsificaram a posse! — E no lugar de conversar, manda seus capangas
baterem, espancarem, estuprarem, é isto? — Quem fez isto não é meu rapaz senhor!
— Verdade, era, está morto! – Gerson. — Quem você matou?
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— Eu ninguém, e eu comprei aquelas terras, quercomprar de mim, pagando o preço, vendo!
— Não vou pagar por minhas terras!
— Então saiba, se ver seus capangas por lá, nãovoltarão para casa, então avisa as esposas e filhos, quequando o senhor estiver mandando para lá, você os estaquerendo mal e mortos!
— Acha que pode me ameaçar? — Estou alertado, e todos estes que me apontam as
armas, não resistem a uma passagem de metralhadora
de um dos helicópteros, então senhor, estou construindoali, ajeitando ali, se tivesse problemas jurídicos, nãoestaria, mas apenas falácia de que era dono, que passoua outro, imagino como deve ser fácil fazer com capangasas costas!
— Esta nos tornando inimigos! — Outra coisas, se os ver cobrando segurança das
fazendas do lado de lá, vou dar fim nestes também, estana hora de trabalhar, chega de vagabundagem nestasterras!
— Me quer como inimigo pelo jeito? — Não vim antes de você ir lá, se não fosse, se
meu administrador não tivesse apanhado daquele quechamavam de Jonathan, que agora esta morto, se não
tivessem abusando da filha do senhor. Diria que estavamlá pelas terras, mas não, se acham deus!
— Você matou meu neto? — Não, você o matou, o criou para ser animal, e
sabe, animais nós fazemos duas coisas, matamos paracorte, ou castramos para trabalho forçado.
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Os rapazes estavam com as armas aindaapontadas, o senhor parou na frase, Gerson sabia quecomeçara uma guerra que poderia durar anos, ou horas.
Roberto ainda no helicóptero manda um ficar sobrea estrada, com a metralhadora apontada.E outros 3 helicópteros começam a descer em volta,
e os seguranças a tomar posição, Roberto sabia quandoo senhor falou neto, que não teriam como sair dalirápido.
— Mata meu neto e acha que deixarei barato?
— Quer quantos mortos para parar senhor? Estouem uma guerra de 40 anos, mais 40 não vai mudar muitacoisa, mortes sem função!
Os rapazes de Gerson terminaram o cerco, naestrada umas caminhonetes vinham a toda, mas dianteda rajada de metralhadora do helicóptero no primeiro,que viu seu motor estourar, e parar, com os demais o
acertando naquela estrada estreita que dava a fazenda,tiveram de parar. A informação de que mais gente vinha pela estrada,
fez um dos helicópteros sair da região da fazenda indoapoiar o que estava sobre a estrada.
— Vai matar a todos? – O senhor. — Quem não baixar a arma em 30 segundos, sim!
Os rapazes estavam armados, e Gerson ali, decolete, mas com todos os riscos.
— E não se preocupa em morrer? — O senhor se preocupa? Também não tem como
sair vivo!Gerson viu uma menina sair a porta, olhou para ele
com ódio.Gerson olhou o relógio e falou:
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— Joelho direito!O senhor ouviu vários tiros, muitos para cima, dos
seus, que foram atingidos em seus joelhos e o pessoal
avançou desarmando os rapazes. — Roberto, esvazia a casa, vou conversar com este
ai! — Para onde? — Não sei ainda, não esperava isto! — Certo, ajeitamos na casa de Pinheiros! — Melhor ser mais longe, longe dos olhos!O senhor apontou uma arma para Gerson que
esticou os braços e fez sinal para o senhor Richard atirar,e este viu um rapaz o desarmar, sem entender a rapidezdestes, viu tirarem as mulheres e crianças da casa, osforçando a entrar em um helicóptero, e saírem comdestino indefinido até para Gerson, quem determinou foiRoberto.
Na estrada um dos rapazes em uma dascaminhonetes abre fogo contra o helicóptero que recua ecomeça a atirar os perfurando, os carros parados naestrada eram alvos fáceis, o segundo sobe e passa nolado oposto, metralhando a fila de carros, alguns pegamfogo, não pararam de atirar enquanto ouve tiros do outrolado.
O helicóptero volta a parar sobre a estrada, masagora antes dele uma pilha de carros que pegavam fogo,e corpos caídos para todo lado.
O segundo helicóptero volta a fazenda deixando osrapazes, e sai novamente com um cabo de açopendurado, os rapazes a terra, do segundo helicópteroapagam o primeiro fogo, e jogam os corpos no carro e
da frente, prendem o cabo do helicóptero, na
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caminhonete e este sai dali, voando no sentido do rio,onde ele solta a caminhonete que afunda ao rio.
Eles foram limpando a estrada, enquanto Gerson
senta-se a sala do senhor, que Roberto amarrou acadeira e acessou o sistema; — Como paramos esta guerra senhor! — Não vai se safar? — Como? – Gerson friamente. — Não vou passar para você nada, nem aquelas
terras, o que acha que vai acontecer, os meus filhos
virão, saberão que você matou Jonathan e não terásossego!
— Quem gosta de sossego!Gerson dispara a arma, na rotula do joelho do
senhor, se viu a dor, a raiva, e fala; — Você vai assinar as transferências hoje, ou
dentro de 10 anos, você escolhe quando a dor vai parar!O senhor cospe na cara de Gerson que olha para
ele, engatilha a arma e dá um tiro no mesmo lugar,forçando a bala mais ao fundo, agora duas enfiadas no joelho, sentiu o retrair automático da perna, o senhortentou a esticar, a dor foi insuportável e as lagrimas emseus olhos mostrava raiva, mas Gerson estava tentandoum acordo, mas sempre diziam que assim como ele
atraia dinheiro, atraia mortes. — Mata meu neto e quer que assine a transferência
de terras para você? — Não, quero que assine em branco, você estará
transferindo para quem sobrar da família, provavelmenteaquela menina que me encarou na porta, mas isto, nãocera agora!
—Duvido!
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— Tô maluco para testar até onde vai a valentia, eas dores de alguém, sabe que o exercito fala emresistirmos a dor, mas fala também de limites das dores
dos adversários. — Por que disto meu Deus! – Fala o senhor olhandopara cima.
— Sabe o por que, eu estava quieto lá, se tivessemandado eles depois, talvez seu neto estivesse vivo, mascom certeza, não teriam a mesma recepção aos demais.
— Ele sempre disse que a filha do Pinheiro era dele,
não pode me culpar por isto! — Desculpa, seria como eu dizer que sua neta é
minha, é um absurdo, ela tem direito a escolha, eestupro, não é ser de alguém, é coisa de impotente,querendo dizer que pode!
— Mas o que quer mais? — Apenas uma assinatura, que vou verificar se é
sua, antes de lhe dispensar senhor Cardozo. — Está me roubando! — Sim!Roberto olha para Gerson e pergunta:
— E os seguranças! — Não sei, por que alguém assim tem tanto
segurança? — Vou descobrir! — Se forem como os que invadiram em Manga,
mata todos! — Os seguranças não gostam disto! — Diz para eles, que é assim que vejo
estupradores, mortos, todos!
Roberto sai pela porta e o senhor olha para ele;
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— Dá ordens que eles não querem cumprir? — Sempre, ou acha que deixo eles fazerem o que
querem, eles são seguranças, embora saiba que estão ali
para o confronto, as vezes sei que peço demais.O senhor começou a ouvir os tiros, depois de umtempo ouviu os choros, mas obvio, uma fazenda destastinha as casas dos funcionários, e ali as mulheres ecrianças.
Nunca era fácil esta parte, Gerson sabia que estavanovamente criando Guerra.
O senhor assina, Gerson olha para o senhor e olhapara Roberto e fala; — Passa para o advogado em Manga, em 3 dias
sabemos o que fazemos! — O vai deixar vivo? — Não sei ainda, mas assumimos aqui, muita gente
vai perguntar o que aconteceu, mantem ele longe, mas
não no mesmo lugar das mulheres e crianças. — Vou ter de segurar os rapazes! — Sei disto, não gosto disto, mas quando atiraram
na cabeça do rapaz em Manga, não me deram outrasaída!
— Desculpa, mas ele mataria um dos nossos! — Não o estou culpando, mas cuida, mais encrenca,
o senhor deve ter muitas terras aqui? — Mais da metade da cidade é dele, da cidade do
lado, e das outras 5 vizinhas! — Transfere para você Roberto! — Por que? — Não podemos parecer apenas um, e se eu
morrer você já vai estar bem na vida! — E as filhas?
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— Elas terão uma fatia, apenas não sei ainda quemtem o que? Odeio entrar em uma guerra sem ter osdados.
— O senhor dos dados sempre exagerando naforça! — Sim, mas limpa a região, ainda devem vir mais
seguranças, mas os próximos devem ser da policia local. — Nada fácil, por que não deixaram-lhe quieto
Gerson! — Sabe que não teria como ceder, eles estavam
prestes a estuprar a filha do Pinheiros, e sabe que fariamisto com todos, sempre digo que quando se depara comanimais, e não quero ver nossa segurança como animais,estes nos forçam a agir.
Gerson vê o helicóptero sair com o senhor, que foramedicado, no fundo, uma grande escavadeira abria umburaco e colocavam os corpos todos ali.
Gerson olha para uma moça e pergunta; — Quem foi o morto da sua família? — Meu irmão, por que o mataram? — A regra é o silencio, sabem disto? — Sim! – Fala a moça olhando para baixo, uma
lagrima corria em seu rosto, jovem mas desgastada pelotempo, Gerson olha as casas, todas taperas, enquanto acasa do Coronel era imensa.
Patrícia chega ao seu lado, Gerson sabia que elaestava ali, acompanhando tudo, mas não gostava desteseu lado, era algo que lutara por anos para não trazer atona, e estava ali, ao lado dela que lhe dá a mão e fala;
— Violento como não me havia falado ser!
— Violência desmedida, como não temos como julgar um por um, sem causar mais danos, as vezes
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violência excessiva para evitar problemas maiores do queos que já estamos enfrentando.
Roberto estava a sua frente e fala;
— Dois carros da policia querendo chegar ao local! — Manda deixarem passar!Na estrada o helicóptero recebe as ordens e decola,
deixando os dois carros passarem, e voltam a estrada, ospoliciais tensos diante de metralhadores 12 milímetros euma evidente mudança das coisas.
Os carros param a frente da casa e um senhor, com
seu uniforme de policial militar sai de uma viatura, e umsenhor, com seu terno barato de delgado sai da outra.
Gerson olhava eles da sacada da casa, de pé. — Podemos falar com o senhor Cardozo? — Hoje não, algum problema Delegado? – Gerson. — Me disseram que ouve um confronto aqui hoje?
— Esta vendo vestígios de confronto Delegado? — Se não ouve, onde estão os rapazes de Cardozo? — Delegado, não é oficial ainda, mas Cardozo nos
chamou para dar segurança para ele e os seus, elemandou as mulheres e crianças para BH, mas o pequenoJonathan foi morto esta madrugada em Juvenília.
— Mataram o neto dele? – O policial militar.
— Sim, ele não nos explicou o por que, mas saiucom 12 helicópteros no sentido de lá! — Você vem de onde? — Eu que estou administrando as terras dele em
Manga! – Fala Gerson olhando o senhor. — Então ele resolveu isto lá?
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— Sim, mas ainda estamos mantendo asinformações contidas a poucos, não queremos que aoutra parte fuja!
— Sabe quem foi? — Nem ideia!Os policiais saem e Roberto sai da casa e fala;
— Eles não vão engolir isto muito tempo? — Sei disto, mas o senhor Cardozo não ia muito à
cidade mesmo!Gerson olha para Patrícia e fala;
— Vamos, deveríamos ter saído de Manga as 10!Gerson olha para Roberto e pergunta:
— Acha que consegue sozinho, ou mando reforços? — Reforços, sabe que o negocio pode feder! — Não mantem ninguém na casa, sabe como fazer! — Sei, mas saber não é esperar fazer um vez,
muito menos 4 ou 5 na vida!Gerson sorriu, Roberto reclamando era algo raro, omesmo vendo Gerson sorrir perguntou;
— E onde vai ser a próxima encrenca? — Se duvidar terei 100 encrencas, quando comprei
Ariri, tivemos problemas, agora aqui, e fora os que nemvi!
— Se forem apenas 100 encrencas não voureclamar, tô prevendo mais que isto! – Roberto.
Gerson vê o helicóptero que pedira, não o dopessoal, e sim um taxi aéreo, voaram até Montes Claros,e de lá pegaram um voo para Curitiba, onde pegam umhelicóptero para Guaratuba.
— Gosta deste lugar pelo jeito! — Não é bonito, mas me traz boas recordações!
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— Mas o que pretende fazer aqui? — Devo ser terrível, pois sentando-me longe do
problema, num fim de tarde, a beira mar, pedindo uma
cerveja, e me perguntam o que pretendo fazer! — Sei que não veio a passeio, o passeio deve ser
em Ariri, embora lá está mais para descanso. — Apenas confirmar uns dados com meu gerente! — Certo, não é prioridade, mas por que aqui? — Ele está de férias aqui, só por isto!Patrícia não entendeu, talvez nem Gerson
entendera, mas no fim da tarde viu o senhor com aesposa e duas meninas entrarem pela porta, obvio quevendo Gerson ali, Lucas, o gerente da conta que Gersontinha no Banco do Brasil, chega a ele.
— Gerson Rosa perdido por aqui? — Tudo bem Lucas, de férias por aqui? — Aproveitando o fim das férias, semana que vem
as crianças voltam as aulas! — Verdade, suas filhas tem a idade de meu filho,
mas ele já esta entediado! — Filhos, mas soube que andou encrencado? — As pessoas falam demais, e eu alimento para
vender jornais!
— E dai, pensou na minha proposta Gerson? — Tem de me convencer das vantagens Lucas! — Tem de ver que me daria trabalho, mas pense
centralizar todas as contas dos funcionários em apenasum banco, tiramos deles as tarifas de conta, pois terãoconta salario, a facilidade de transferências e de controlesobre tudo isto!
Obvio que o assunto não pareceu agradar asenhora ao lado, e Gerson sabia disto, Patrícia olha as
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meninas, uns 14 anos, olha para a senhora ao lado doGerente, mais de 40, olhou a própria barriga, sorriu, umdia poderia pensar em cuidar das filhas, ajudar a se
vestir, a pensar no que queriam ser. As conversas focadas dos dois fez Patrícia olharpara a senhora e fala;
— Estão a muito de férias aqui? — Sim, as meninas queriam ficar mais, mas aulas
na quinta feira, tem muita coisa a arrumar! — Elas reclamam hoje de ir, e sentirão falta quando
forem adultas de não terem curtido melhor a escola. — A escola é chata! – Uma das meninas. — Como é seu nome? — Carolina! – A mais nova do lado falou também –
Camila! — Chato, vocês vivem em uma cidade grande,
acabamos de vir de Manga no norte de Minas Gerais,imagine conhecer todas as pessoas de uma cidade, porque a cidade só tem 5 mil habitantes.
— Seria mais chato! — Pior, ter apenas uma escola, não ter outra
professora, se aquela não é boa, vai com ela mesmo! — E o que faziam lá?
— Gerson comprou terras lá para plantar uva, elequer produzir um vinho de qualidade, em terras quedizem nada boas para vinhos de qualidade.
— E por que ele tentaria se sabe que não vaiconseguir!- A senhora a frente.
— Por que ele acha que gosto não se discute,existem coisas que alguns gostam e outros não!
— E vão daqui para onde? – A senhora. — Ariri, sul de São Paulo, litoral mas sem praia!
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— Que graça tem litoral sem praia? — Digamos, corrida de jet-ski entre Ariri e
Cananéia, banho de rio, de cachoeira, pescaria de grande
porte, aventura sobre as arvores, montar em um búfalo,mas na verdade, pensamos muito e acabamos ficando napiscina natural que deve estar pronta desde ontem!
— Piscina Natural? — Agua translucida gelada, que desce e forma uma
piscina natural, e que Gerson andou mexendo para ficarmais atrativa.
— Mãe, podemos conhecer este lugar? – Camila. — As férias estão acabando! Talvez o ano que vem! A cara de desiludida das duas foi de cortar o
coração, estava chegando as 6 da tarde, embora nãotivessem feito quase nada, Patrícia começava a relaxar, atensão em Matias Cardoso a fez ficar tensa.
Patrícia olha para Gerson que pergunta a Lucas, o
gerente: — Vão fazer o que agora Lucas? — Estamos indo jantar por que? — Aceitaria um convite para jantar, em meu sitio,
dai conversamos sobre isto e as meninas, minhacompanheira e sua esposa não ficam entediadas!
— Mas como iriamos, parece longe? — 20 minutos de helicóptero, rapidinho! — Nos traz de volta? — Obvio Lucas, mas talvez amanha, temos duas
casas para visitantes! — Teríamos de pegar pelo menos algumas roupas!
– A senhora.
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— Se Lucas topar, não vejo problemas, Patríciaajuda a senhora a organizar as coisas enquanto trocamosuma ideia a mais.
Patrícia olha para Gerson que fala; — Não vou fugir, mas sabe que esta perna começa
a doer!Patrícia olha a perna de Gerson, ele não via a hora
de se livrar dela. — Mas quanto tempo? — Meia hora no máximo, não quero voar a noite! –
Gerson. As meninas se agitaram e Patrícia foi com a senhora
e as crianças pegar algumas roupas, estavam em umacasa locada, e a bagunça das duas meninas era terrível.
Arrumam as coisas e a senhora pergunta: — Mas tem mesmo onde ficar? — Duas casas de hospedes vazias senhora! — As meninas tem alergia a pó, acha que estão a
muito tempo fechadas? — Não, tem caseiro e ele as abre e limpa toda
semana senhora. — Caseiro? – A menina. — Não é uma casa, é uma fazenda, tem as partes
divertidas, mas tem as plantações, as criações de frango,Galinha, porcos e búfalo. — Por isto meu marido esta tão fora de si, quantos
funcionários o senhor tem? — Digamos que ele não conta funcionários senhora,
isto é com departamentos pessoais, mas ele deveterminar o mês com 100 jornais pelo Brasil!
— Muita gente, e este local, quem está lá, nãovamos ter problemas de chegar lá sem avisar?
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— Primeiro é dele, acho que a antiga esposa e ofilho estão lá. Mas Gerson disse que o menino estavaquerendo voltar hoje a Curitiba, não sei se ainda está lá.
— Mas não vamos atrapalhar? — Ele não liga para isto, ele esta precisando relaxar
e aquele lugar é um lugar bom para descansar.Gerson liga para Ricardo e pergunta;
— Como estão as coisas Ricardo? — Agora tenho até celular, mas o que precisa
senhor Gerson? — Reforça a comida, vou chegar para a janta, com
mais cinco pessoas! — Certo, Roberto me ligou perguntando se estava
tudo calmo. — Problemas? — Não!
— Os dois convidados estão fazendo o que? — Estavam falando em se instalar por perto, tinhamterras baratas e boas para viver bem próximas!
— Estes estão precisando de descanso e calma. — Vou pedir para tirarem alguns caranguejos, sei
que o senhor é bem mais para este tipo de comida!Gerson sorriu;
O gerente olha para Gerson e pergunta; — Não quero atrapalhar Gerson! — Lucas, deixa as crianças se divertirem, nossa vida
é assim hoje, e a deles, assim que chegarem amaioridade vira trabalho e trabalho, mais por elas, nãopor nós!
Gerson olha o rapaz, vê o helicóptero parar sobre a
areia dura ao fundo, e Patrícia olha para Gerson se
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levantando com o senhor e pagando a conta, enquantoeles encostavam o carro em um estacionamento a beirada praia.
O piloto vê um salva vidas chegar a ele e perguntaralgo, mas logo se afastou, Gerson se aproximou ecumprimentou o senhor, apresentou Lucas e as meninasforam chegando ao longe, obvio, ficou evidente quenunca tinham voado de helicóptero, não deu 10 minutosestavam sobrevoando a praia, fim de dia, vendo aencosta, as curvas poucas da praia estavam no começo,
depois começou a grande reta e logo a frente sobrevoama Ilha do Mel, Ilha das Peças e seguem sobre a vertentede agua entre o continente e a ilha de Superagui, asmeninas estavam vendo o fim da tarde de uma formadiferente, obvio, descem na parte do fundo, e o senhorolhou em volta, Roseli e Pedro estavam em Cananéia,foram lá comprar algumas coisas, Roseli não aguentavamais a reclamação de Pedro, ela ali com internetcontrolava bem o andamento do Jornal, e dos cronistas,então o problema era o tedio do filho, mas sabia quemesmo que estivesse em casa, seria isto.
Ricardo cumprimentou todos, foram a uma áreacoberta ao centro das casas, onde havia agora um fogãoa lenha e varias mesas, o local era rustico, ao chão, umacalçada e sobre a cabeça, as vigas expostas e cobertas
com folhas de palmeira. — Comem do que? – Gerson. — Não são frescas! — Temos o clássico arroz com feijão, carne de
panela, dai temos camarão ao molho, ostras e mariscos,e caranguejo!
— E quantos vão comer? – Lucas.
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— Referente a isto que quero falar, quando monteiisto, me deparei com ausência de agencias em algunslugares, Banco do Brasil parece uma ideia boa, mas aqui,
tenho pelo menos 50 funcionários, e pretendo ter pelomenos 50 lugares como este, e obvio, isto vai geraroutros empregos, estou começando!
A conversa dos dois começa, as meninas seserviram com as recomendações da mãe, Patrícia viu queGerson estava num daqueles dias chatos, daqueles quenormalmente não teria adrenalina, eles atrasaram,
provavelmente ele queria algo mais para o dia, mascomo prometera, estava ali sexta a noite.Patrícia viu a piscina natural ao fundo, os postes
colocados a volta, o rio entrando por um canto e saindono sentido do mar, ele mudara aquele local muito, a ruaagora estava asfaltada, as casas ao fundo estavampintadas, outras 4 já estavam prontas, ao fundo umbarracão, que não sabia o que tinha, mas descobrira nodia seguinte ser uma criação de frangos.
Caminha no sentido do cais, vendo ele iluminado, acalçada chegava a ele e viravam tabuas grossas queuniam as duas laterais do mesmo feitas de pedra.
Viu uma lancha chegando ao longe e viu Roselidesembarcar, Pedro vendo que Patrícia estava lá, sorri e
corre no sentido da cobertura, entra olhando seu pai,começa a frase; — Pai, temos de co... – Os olhos deles acham
Carolina, olha em volta, perde as palavras.Gerson olha o filho e fala;
— Calma, já falamos, estou apenas acertando osdados com o gerente, já falamos!
— Isto está um saco! — Sei disto!
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Carolina não olhou para Gerson, mas quando elechegou perto, a senhora falou;
— Pedro, você por aqui?
— Tudo bem senhora Guta? — Tudo, seus país também estão aqui?Ficou obvio que a senhora nem imaginava quem
era o pai de Pedro, ela viu Roseli chegar as duas secumprimentam e Carolina fala agressiva;
— O que a Rosinha esta fazendo aqui?Roseli não gostou da frase, mas a menina não
pareceu preocupada. — Não vai responder Rosinha?Pedro acha os olhos de Camila e fala;
—Tudo bem Camila? — Tudo, por aqui? — Sim!
Pedro sai sem falar nada, Carolina conseguiu emuma ação tirar toda a ação de Pedro, ele olhava para ela,mas não esperava que ela um dia falasse com ele, masnão isto, seu coração parecia saltar na boca, Gersonparecia distraído, mas quando o filho se afastou apenaspediu licença para Lucas e caminhou no sentido que ofilho estava andando.
Pedro senta-se e Gerson senta-se ao lado dele; — O que aconteceu filho? — Não poderia ter feito isto pai?Gerson olha para o filho e fala;
— Não sei o problema, o que fiz? — Pai, aquela menina ali que queria que tivesse
vindo e não veio, e agora ela está ali, e não sei o que
falar, e ela me chama de Rosinha!
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— Voltou Rosinha, foi chorar para o pai?Gerson riu e Pedro olha para ele e fala;
— Disse que ela era criança, não me acreditou filho!
Patrícia sorri e olha para Gerson; — Tem de comer, ainda não esta bem! — Com certeza, mas com a comida da esposa do
Ricardo, vou é engordar!Pedro se serviu e viu Camila sentar-se a sua frente
e falar; — Não liga para ela, quer impressionar! — Não se atira no pé para se impressionar, meu pai
sempre fala isto, não entendia antes! — Tudo isto é do seu pai? — A parte da praia ainda não esta pronta! — Tem praia também? — Esta chato, sozinho isto não tem graça!
— E por que veio? — Acho que meu pai queria falar algo, mas nunca
ouço mesmo, mas ele sabe se por, eu não! – Pedro olhapara o prato, sabia que Carolina estava olhando, e seolhasse, ela novamente iria fazer uma brincadeira semgraça, e não estava com vontade de jogar o prato emninguém.
— Ele parece ocupado! — Mas sei que falam mal dele, tenho medo de me
confundirem com o que falam dele! — O que seria tão terrível assim? — Ele esta com um processo de assassinato nas
costas, mas como ele sempre se definiu como bissexualos demais tiram sarro com meu Rosa do sobrenome!
— Por isto ela lhe chamou de Rosinha?
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— Sim, por isto!Camila olhou para Pedro e falou;
— É só não ligar, se estamos aqui no lugar de
presas na casa vendo a novela, é por que seu paiprecisava conversar com o meu! — O que estão tratando? — Nem entendi, algo sobre abrir conta, não sei
para que se precisa de uma conta.Pedro sorriu e falou;
— Obrigado por falar comigo! — Parece triste! — As pessoas normalmente tem pais normais, o
meu saiu da impressão de ser um desleixado, para umodiado ou amado!
— Ele foi falar com você, tem de ver que pais nãosão para quando queremos, mas quando precisamos!
— Tenho medo dele querer ir aos locais que queroir para impressionar! — Fala sempre tanto dele, e nada de você? — Não sei o que falar de mim! — O que gosta de comer? — Caranguejada é das coisas que gosto, e muitos
acham nojento!
— O que mais, toma refrigerante, ou o que? — Não sei, tomo o que tiver a mesa, esta parte rica
da minha vida começou a poucos meses! — Me apresenta o lugar depois da janta? — Já comeu? — Não gosto de comer com as pessoas olhando!
— Por que?
— O aparelho atrapalha e o camarão tem casca!
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Pedro olha a menina e pega um pouco de camarão,descascar e serve para ela, usando o garfo, ela viu apratica que ele tinha com o garfo e a faca;
— Quer um pouco de arroz para acompanhar? — Aceito!Pedro se levantou e pegou um pouco de Arroz,
voltou a mesa e Carolina estava lá e olhou para ele; — O que o Rosinha esta fazendo, servindo agora?Pedro olha o pai ao longe, olha para ela e fala;
— Fiz algo que a chateou, para me atacar assim? — Dizem que falou que gosta de mim rosinha! — Achar bonita não é gostar, mas de que adianta a
casca ser bonita e não ter conteúdo! — Quer apanhar? — Não lhe chamei a nossa mesa, se nos der
licença, estamos comendo!
Camila sorri, ele definiu com mesa dos dois, a irmãolhou Camila e falou; — E vai ficar ai? — Apenas conhecendo Pedro, que você não me
falou que era da sua sala! — Pensei que perguntava do outro Pedro!Pedro ficou sem jeito, serviu o arroz e viu a menina
ficar rosada e falou; — Fica linda com vergonha! A menina ficou mais vermelha e a outra saiu,
voltando para a mesa da mãe. — Tem de ver que não era para ela falar assim! — Ela pelo jeito nem sabia meu nome, cômico!
— Cômico?
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— Você fala para um colega, que acha alguémbonita, e esta pessoa passa a tirar sarro de você, comovocê não fala com muitos, não entende, sou meio
devagar com algumas coisas, ela estava tirando sarro epensei que era outra coisa, mas ela nem sabia meunome!
— E superou? — Camila, sempre tive medo de falar, sempre
achei-me meio sem jeito, gosto das apresentações porque me forçam a falar em publico, mas tremo por
dentro! — Você é bonitinho, mas nem me olha!Pedro lembrou da frase do pai e falou;
— As vezes procuramos ouro, e achamos algo maisbrilhoso, mais duradouro, mais valioso, como umdiamante!
A menina sorriu e perguntou;
— Quem escreveu isto? — Meu pai falou agora a pouco para mim!Camila sorri e fala;
— Respeito aos pais é bonito Pedro!Pedro não estava tentando impressionar, mas pôs
os pratos na parte onde estavam os sujos, e pegou umoutro, pôs um caranguejo sobre ele, pegou um molho efoi a mesa.
— Você come isto? — Já experimentou ou acha nojento! — Nojento! — Adoro! – Pedro tirou uma das garras, quebrou
com um martelinho e pôs num prato a parte e alcançou
para ela; — Está é a parte que tem mais carne!
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Camila pegou aquilo olhando e experimentou umpedaço, talvez a cara de nojo não a deixou falar maisnada, se era bom ou não.
Gerson olha o filho ao longe e fala para Lucas; — Tem de ensinar sua filha a respeitar os demais,
não esquece, estamos entrando num mundo onde oshomossexuais vão ter mais direitos que nós!
— Vi que não gostou, mas não entendi! — Eles estudam no mesmo colégio, mas não sabia
que se conheciam ao ponto da sua filha saber o
sobrenome da família, crianças sempre são cruéis comcoisas assim! — E seu filho, como está? — Ensinando sua filha mais nova comer caranguejo!Lucas olhou para trás e sorriu, não era algo normal
de sua filha comer. — Obrigado por me ensinar a comer isto! – Camila; — Meu pai sempre diz que temos de experimentar
para dizer que não gostamos, acho que ele sempreexperimentou de tudo, isso o diferencia de muitos.
Os dois deixaram as coisas ao lado, e foram lavaras mãos, a menina sorriu, e falou;
— Ela não sabe o que esta deixando!
— Ela quem? – Pedro.Camila sorriu, e o menino foi mostrar a parte dapiscina natural a menina viu que a agua era gelada, maso dia estava quente, mas já não tão quente para umaagua daquelas.
— Gelada. — Gelada e pura, mas por que vieram?
— Seu pai convidou e meu pai não tinha comorecusar!
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— E o que acha de um lugar destes? — Não gosta? – Camila. — Com a mãe é chato!
— Tua mãe e tua madrasta se dão bem? — Meu pai esta a pouco tempo com Patrícia, ele por
muito tempo esteve sozinho, dai ele começou tentaralgo, mas ainda esta tentando!
— E o que tem a mais nesta fazenda? — Bichos, ao natural ou não, a fazenda sobe as
montanhas e encosta na restinga, nem conheço tudoainda.
Os dois sentam-se e Camila olha para a piscinailuminada e pergunta;
— Me acha bonita! — Você é bonita! — Pensei que iria pensar para falar!
— Verdade, teria de pensar em algo romântico, masnão seria eu, mas me responda, por que nuncaconversamos antes?
— Você não olhava para mim! – Camila. — Isto não seria um motivo! — Digamos que não havíamos tido chance!Pedro sorriu e olhou ao fundo o pessoal
conversando e comendo e falou; — Sabe que torci para vocês irem naquela
excursão, mas talvez não tivesse tido chance dedescobrir você!
— Talvez, os seus amigos são chatos, como osaguenta!
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— Amigos não são para serem legais, amigos deverdade ainda nem sei se tenho, mas somosaborrescentes, e aborrescentes não são legais.
— Não, por que? — Somos inseguros, dizem que temos de ser
adultos, os meninos tentam falar de coisas que nãoentendem, mas falam como se entendessem!
— Você parece legal, mesmo ao lado dos seusamigos chatos!
— Vou pensar nisto!
Camila sorriu, olhava o pai conversando com o dePedro e pergunta;
— Meu pai parece bem entretido na conversa! — Meu pai tem precisado mais do que nunca trocar
ideias! — E sua mãe, parece que conhece a minha! — Isto é mais as reuniões de pais que fazem nossas
mães se conhecerem. — Andou aprontando? — Ainda não, mas as vezes se ficar meio estranho,
não se assuste, apenas chama minha mãe! — Você tem um problema serio? — Não, é que quando fomos a Brasília no começo
das férias alguém tentou matar meu Pai, eu e minhamãe, e me aplicou acido na veia, isto esta dentro demim, o corpo vai eliminar aos poucos, mas as vezes daumas reações estranhas!
— Por que matar alguém como você? — Meu pai dizia que eu era o alvo, agora não sou
mais, ele relaxou um pouco depois disto!
— Não entendi!
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— Ele está de olho nas montanhas atrás, e a ilha éuma reserva ambiental do estado do Paraná, estamos noestado de São Paulo, logo ali, Paraná!
— E ... – Camila sorriu e olhou para Pedro, pensouem o que iria falar – vai querer ficar comigo? — Ficar, não gosto desta palavra! — O que gosta então? — Sou careta, se for para estar, quero estar, não
apenas ficar e no dia seguinte virar as costas!Camila sorriu e falou;
— Então vai me pedir em namoro, que careta!Pedro sorriu e falou:
— Então, quer namorar um careta? – PerguntaPedro sem pensar muito, estava gostando de falar, desentir-se ali, ao lado dela.
Camila olhou para trás e falou;
— Só se for nosso segredo! — Por que segredo? — Minha irmã me mata! A lua começou a surgir por trás da ilha ao fundo, os
dois sentam-se e Pedro olha para Camila e fala; — Vai ser difícil este segredo!Pedro aproxima os lábios de Camila e lhe beija, foi
um pouco mais que um selinho, mas os dois ficaram seolhando depois.
— Vai mesmo! – Camila.Os dois sorriram e começaram a voltar de mãos
dadas para a cobertura, onde a esposa de Ricardocolocava canjica de milho mas feita com milho plantadoali, de uma forma que Pedro estranhou a primeira vez,
pois era um milho deixado em mergulho na agua, por um
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longo tempo, depois era cozido parte para a sobremesa,mas viu a senhora passando em um tacho quente apasta daquele milho socado, e fazer farinha de milho,
nunca tinha gostado daquilo, mas gostaria de mostrarpara Camila aquilo.Os dois serviram-se e cada um sentou-se de um
lado da mesa, comendo sobremesa, e Carolina sentou-seao lado de Pedro e perguntou;
— O Rosinha esta tentando não se mostrar umafeminadinho?
— Melhor eu me recolher Camila, sua irmãrealmente não gosta de mim! — Nos falamos amanha! – Pedro sorri e vai a casa
dos fundos e Carolina olha para a irmã. — O que esta fazendo irmã, ele é todo
afeminadinho! — Para mim pareceu educado, não afeminado, mas
o que esta acontecendo irmã, não parece você! — Ele me irrita! — Você tá ofendendo o filho do dono da casa! — Aquele ali todos os amigos dizem que é um bicha
enrustido.Camila olha para a irmã e fala;
— Vou descansar, você não sabe o que estafalando!
— Todos os amigos dele falam isto! — Parece a mãe falando, mas não estou
interessado no pai, se quer, para mim é um velho! — Credo, ele é bicha!Camila sorriu, entendeu que a menina nem estava
preocupava com o que pensava, mas com o que osamigos e amigas falariam.
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Guta vendo Camila chegar a casa pergunta: — Não quero você envolvida com este ai! — Por que mãe?
— Ele não tem deus no coração! — Ele não vai me dar bola com Carolina o
discriminando, mas vejo que a senhora a mandou lá! — Não gosto desta família! — Vou dormir mãe, tem cama nesta casa, to
pregada, nesta hora já teria dormido!Camila entra na casa e a mãe fala;
— Fica no quarto a direita, coloquei suas coisas ali.Camila sentiu o ar condicionado, era uma casa
comum do lado de fora, casa de madeira, mas sentiu oclima ficar mais agradável a um sonho, e quando entrano quarto, fecha a porta e vê que tinha um banheiro noquarto, sorri, foi ao banho lembrando o pequeno beijo,caiu na cama sorrindo.
Carolina chega a porta e fala; — Ela tá interessada nele, mas o menino nem deve
saber o que ela quer, é uma moça! — Tem de falar baixo isto filha, estamos na casa
deles! — Mas ele é!
Carolina olhou o quarto, pôs defeito em tudo,mesmo sendo melhor do que seu quarto em sua casa.Gerson vendo que as crianças se recolheram chega
ao lado de Roseli e pergunta; — Como ele está? — Mais calmo agora, mas o que aconteceu? — A menina que ele gostava, o chamou de rosinha,
de afeminado!
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— Isto que foi falar com ele? — Ele é especial Roseli, mas são pessoas assim que
transformam a vida na adolescência mais difícil do que
precisa ser. — E acha que eles ficam quanto tempo? — Por mim colocava eles para correr, mas não serei
eu que definirei, convidei a vir, imaginei que poderia serpior do que foi, o senhor é do bem, mas aquela mulherdele, não consigo engolir.
— Pobre que chegou a algum lugar!
— Sim, pobre que acha que pode julgar e condenaros demais pois agora ela é esposa de um Gerente doBanco do Brasil!
Roseli sorriu e falou; — E as coisas? — Agora já é seguro, mas não quer dizer que minha
guerra tenha acabado! — Se meteu em encrenca? — Sim! — Mas quando vai parar? — Amanha quero ter uma conversa seria com seu
primo, espero o trazer a lucides novamente! — Temi por ele!
— Eu devo a vida a ele, mas ele não entendeu istoainda!Patrícia chega pelas costas e abraça Gerson;
— Aquela Guta é uma falsa cristã, aqueles queadoram falar de Deus, mas que discrimina todos!
— O que ela faz? — Estava sentada, a esposa de Ricardo e passou as
costas, todos estavam tirando os seus pratos, já que
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todos estavam servindo-se, estava ela e a filha, virou-separa ela e falou. ―Tira esta louça de uma vez!‖
— Sinal que tenho de observar melhor este
Gerente! — Seu filho deu a volta por cima, menos mal! — Quer ver eles quererem a relação dos dois? –
Gerson olhando Patrícia. — Como? – Gerson. — Diz que somos contra! — Mas é o que eles querem? — Eles querem o que não queremos, a vontade da
filha vira prioridade quando dizermos não ser a favor! — Acho que não vai ser assim! — Sei que não será assim Roseli, por que não serei
contra, mas obvio, isto não vai facilitar em nada paranosso filho!
Os demais foram deitando e Patrícia e Gerson vão auma das casas, dormir.
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Gerson acorda com ocelular e olha para Patrícia;
— La vem confusão!
— O que aconteceu? — O Senador esta
desembarcando em Santos, evem de helicóptero para cá!
— Pelo jeito esta ficandofamoso!
— Odiado, quer dizer!
Patrícia vê Gerson sentar-se e olha para ela, sorri efala;
— Te amo! — Vi que forçou seu filho diante da menina, sabe
que arriscou? — Sei, mas eu queria que meu pai tivesse me
permitido uma namorada, no lugar de me jogar na mãode uma puta aos 14 anos!
— Pelo jeito foi horrível! — Foi, acho que hoje somos mais livres, mas me
preocupava com a forma que ele estava se comportando! — Pelo jeito esperava que não desse certo! — Sim, mas como você disse, ele deu a volta por
cima! — Ele é uma criança ainda! — Ele sabe disto, isto que diferencia de alguns que
falam merda por ai! — O que faremos hoje? — Tenho de descansar! — Sei disto, mas os demais não parecem acreditar
nisto!
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Gerson a olhou e sorriu, foi ao banho.Camila acorda com um sorriso, e ouve a irmã bater
a porta, abriu e falou;
— Acha que vou dar mole para você? — Mole, do que está falando? — Desta cara com sorriso!Camila olha a porta e vê a mãe que fala:
— Conversei com o seu pai, e ele não quer onamoro de você e o menino dos Rosa!
— Legal, nem fui pedida em namoro e já toda afamília é contra!
— Tem de entender, queremos sua felicidade! — Não somos felizes, por que estaria preocupado
com isto? — Falamos serio, seu pai vem falar com você,
devemos sair a qualquer hora!
Camila sorriu e falou; — Então vamos! A senhora olhou o quarto, todo arrumado, as coisas
de Camila guardadas e estranhou;Pedro acordou e viu a sua mãe a porta:
— Problemas? — Os pais da menina vão logo cedo embora! — Não se mete mãe! — Não estou me metendo, mas eles disseram para
o seu pai que eram contra o namoro, que vocês sãomuito novos!
— E o pai me defendeu? — Ele sorriu, pois ele sabe filho, que proibição de
pais, é pior que dizer que são a favor! — Mas ele não me defendeu!
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— Ele vai fazer o que falou, não vai se meter! — Não entendo vocês dois! — Se ele disser que é a favor, eles não vão aceitar
de jeito nenhum, você sabe disto! — E como saberia que ele pensa assim! — Por que meu menino esta querendo viirar
homem, e temos de conversar sobre estas coisas! — O pai nunca fala sobre isto serio! — Mas pode contar, ele lhe preparou mais que
muitos que você conhece! — E eles vão quando? — Assim que o helicóptero chegar, neblina na serra,
senão já teriam ido!Pedro se olha no espelho, vai ao banho e olha para
a mãe antes de entrar; — O que faço?
— Mantem a calma! — Calma não resolve nestas horas, é o que o paifalava!
— Ele é maluco, sabe disto! — Um maluco que tem todas as mulheres que quer! — Todas não! — Certo, as que o conquistam.
Roseli sorriu e viu o filho ir ao banho.Gerson foi tomar um café e Lucas chega a ele e
pergunta: — Desculpa a pressa! — Eu que abusei de sua paciência Lucas, mas o
Helicóptero só não chegou ainda por que tem muitaneblina na serra.
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— Espero que não leve para o pessoal o que faleireferente a minha filha!
— Lucas, os dois são crianças, o que me falou vou
falar para ele, mas não acredito que os dois estavamnamorando, estavam apenas conversando, já que vi quesua outra filha o descriminou.
— Não foi assim! — Foi, mas não levo para o pessoal, vou pensar no
que preciso e passo lá para conversar, mas dai com osdados para por a lista de pessoas lá.
— Espero você!Gerson serve uma caneca e olha para Ricardo ao
fundo e caminha até ele. — Como estão as coisas? — Joao me acordou, mas parece que ele e Roberto
estão vindo ai, o Camargo parece querer aparecer, doisdeputados do estado veem por terra e vão chegar um
pouco depois do Senador. — Mantem a calma, estamos recomeçando, mas
como estão as ordens ambientais? — Perfeitas, nem viram a parte pesada! — Quando chamou o helicóptero para o Gerente! — Não chamei ainda, por favor não é só para os
superiores!Gerson olha para o senhor e fala;
— Chama de uma vez, não consigo mais olhar estesdai!
— Seu filho vai ficar bravo! — Sei disto, mas calma!Gerson olha para Roseli que chegava perto;
— Já vão!
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— Sim, vão tarde! — Pedro vai odiar! — Diz que vamos assim que o Senador sair, passear
em Desterro! — Vai compensar! — Vou falar com um amigo do banco de lá!Roseli sorriu e falou;
— Ele lhe explica tudo e faz por outro! — Sabe que a discriminação é para mim, não para
meu filho, e se não me querem por perto, não terão omeu dinheiro!
Roseli chega ao lado de Pedro e fala; — Mantem a calma, eles vão logo, mas vamos
passear em Florianópolis depois!Pedro olha para o pai que o olhava, sorri e entram
na área coberta, Pedro serviu-se em uma caneca e sorriu
para Camila. — Tudo bem? – Pedro. — Vai me ficar devendo o passeio! — Ia pedir desculpas, mas meu pai não iria deixar
eu aqui hoje, ele disse ontem que iriamos a Florianópolishoje, ele tem uma casa lá!
— Maior que isto? – Camila.
— A casa é imensa, mas de frente para o mar, e delá chegamos rapidamente de lancha a Jurerê.
Pedro estava tomando o café em uma caneca demetal, mas falando em ir a Florianópolis.
— Vocês tem casa em Florianópolis! – Carolina. — Sim, uma em Florianópolis e outra em
Governador Celso Ramos, de frente a ilha, geralmente é
para esta que vamos!
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Lucas olhou para o menino, que olhou sua filha comcarinho e falou;
— Mas nos vemos quando começar as aulas!
— Sim, vê se fala comigo! — Acho que sua irmã vai me bater por isto, mas
vou tentar conversar, obrigado por ontem, foi bem legal!Camila viu que Pedro estava evitando olhar para os
demais e falou; — Mas não esquece, foi um sim! — Não vou esquecer, mas como você disse ontem,
um segredo que eles não podem saber!Camila sorriu e olhou para a caneca;
— Toma sempre em caneca? — Sim, cabe mais!Se viu um agito vindo do norte e se viu um
helicóptero chegando;
— Nosso helicóptero? – Camila triste. — Não, este veio de Santos, é do Senador Prates,ele veio falar com meu pai!
— Ele conhece um senador? – Camila. — Ele estava na posse da Dilma!Pedro senta-se e Camila senta-se a sua frente e fala
olhando em volta;
— Vai ser difícil!Pedro sorri, Gerson chega ao helicóptero e
cumprimenta o Senador que não conhecia a região, sevia a região preservada, olha para Gerson e pergunta;
— Aqui que se esconde? — Aqui que vivo, um café senhor!
— Pelo jeito tem muita gente!
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— Somente o meu gerente e suas filhas o resto éfuncionário ou familiares!
Caminham a cobertura, Gerson apresentou o filho e
obvio, a menina ao lado, e os demais chegam perto, mascomo Gerson sentou-se ali, ao lado do filho, o senhorserviu-se e sentou-se.
— Preciso saber o que aconteceu Gerson! — Senador, eles lhe roubariam e você não poderia
reclamar, você é um homem publico, reclamar o ouro iriadar uma conotação ao senhor que não lhe caberia.
— Ouvi horrores do senhor em Minas e está aqui! — Dizem que é só eu passar perto, e já me
complico! — Mas e aquele grupo, não podem nos ameaçar? — Não, aqueles não nos preocuparão mais senhor! — Alguns Deputados locais querem lhe prestar
solidariedade! — Senador, vamos com calma, mas agora podemos
conversar sobre ideias a implantar! — Acha que devemos impor mudanças drásticas na
educação mesmo! — Aumentar os anos, sem aumentar a grade, sem
forçar uma melhora, não é ganho nenhum senhor.
— E quais as premissas desta mudança? — Começar com um plano de melhora eaperfeiçoamento de todo professor, masaperfeiçoamento real, não apenas estes cursos onlineque ninguém ganha conhecimento nenhum, queriapropor para a grade da quarta ao fim do segundo grau,Inglês e Espanhol.
— Os professores de português vão reclamar!
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— O MEC esta parado demais, tem de os por parafiscalizar, o que eles chamam de formação em LetrasPortuguês em algumas faculdades, é o que acho que
deveria ser obrigatório ao termino do segundo grau! — Eles tem medo da repetência! — Eu tenho medo de um país que não investe em
seu futuro Senador. Alguns carros apontaram na entrada, os seguranças
ao fundo fizeram a verificação e estes param a frente dacasa, e o Senador perguntou;
— Acha que consegue apoiar isto! — Isto é institucional, não é um querendo que se
faz, mas os professores tem de querer, tem de terdidática.
— Um plano detalhado nos facilita por em ação!Mas o que acha destes que falam em educação sexualnas escolas.
— Senador, o problema que isto vem dos quequerem a liberação de tudo, eu acho que tem de se falaro que se vai ensinar antes de se perguntar se sou a favorou contra!
— Pensei que era mais liberal! — Ensinar educação sexual em salas que não
sabem o português básico e que os meninos sem
educação vão usar isto para tirar sarro uns dos outros,ou das meninas, não é educação sexual, acredito queninguém precisa saber com se faz, pois é natural, deve-se falar dos perigos, como gravides, doençassexualmente transmissíveis, mas esta ideia de kit, decoisas assim, de dizer que o homossexualismo é natural,acho que é induzir as crianças por um caminho que não
é função da escola tomar.
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— Os ativistas dizem que são descriminados pelaforma da educação que põem isto como não natural.
— Senador, eu sou extremista, se eles acham
natural, colocamos todos eles numa ilha por 100 anos,com todos os direitos, com todas as vantagens e ideiasliberais deles.
— Põem extremista nisto! – O senador rindo.Os demais foram chegando a mesa, Gerson
apresentava o filho e os demais foram sentando-senaquela cobertura, um senhor que era evangélico olha
para Gerson. — Ainda não entendo sua posição! — Liberdade sexual, religiosa, de culto, e de
educação, mas com parâmetros de liberdade, não achoque eles poderem me processar e eu não poder medefender, seja liberdade!
— Nos atacou por muitos anos senhor Gerson!
— Crônicas que poucos leram! — Conheço algumas editoras que querem as lançar!Gerson sorriu, mas não estava ali para discutir isto
olhou para o senador e falou; — Para mim começa pela educação, e não acho que
devemos ter influencia de nenhuma igreja na educação,eles eram contra o que se prega a escola, agora sãodireitos adquiridos, mas não por que eles mudaram,então a educação tem de ser melhorada, sem influenciasexual ou religiosa, acho que os colégios tecnológicosdeveriam se ampliar, a ciência tem de sair da teoria, paraa pratica nos colégios do país, as bibliotecas tem de serobrigatórias nas escolas, todas elas, e os governos quenão as implantarem, perderem recursos da educação,
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todos falam que querem a educação do povo, mas seelegem e fecham os olhos aos problemas!
— Sabe dos problemas de implantação?
— Sei, mas não se faz isto do dia para a noite etoda a verba não exata, acaba não sendo usada naeducação, ou usa-se para fazer cartilhas dediscriminação!
— E vai incentivar isto a partir de onde? — Começo por minhas bases, as cidades que pus os
jornais vou pressionar pela linha editorial, nas mais de
300 cidades pequenas que tenho negócios, voupressionar os prefeitos e vereadores a melhorar, dandoapoio.
— Vai virar candidato assim! – O senador sorrindo. — Não, quero os fazer trabalhar como eu trabalho,
sei que fazer lei é chato, mas foi ao que vocês sepropuseram.
Lucas ouvia a conversa, viu quando Ricardo chegoua ele e falou;
— Seu helicóptero estará aqui em 5 minutos!Ele se afasta dos demais e sua esposa pergunta:
— O que estão conversando lá? — Que vão fazer uma coligação pela melhora da
educação, e os senadores e deputados o estão ouvindo! — Ele quer o que, ensinar que homossexualismo é
certo? — Ele nunca falou isto Guta, por que da
agressividade? — Não gosto destes! — O helicóptero esta chegando, pega as coisas e as
meninas que ele deve estar chegando.
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— Ouviu o menino falando, o pai dele tem casa emFlorianópolis.
— Pelo que falaram, ele tem casa em mais de 300
cidades no país! — Mas não tem estilo, tomam café em caneca!Carolina foi pegar suas coisas, a senhora achou que
teria de tirar a filha do lado do menino, mas ela vinhasozinha, sorrindo, passou por ela distraída, pegou suascoisas e olhou para a mãe.
— Sei que queria ficar filha, mas temos de voltar!
— Quem falou que quero ficar foi Carolina, começoa desconfiar que ela esta de olho no menino!
Carolina olhou com raiva e fala; — Credo! — Verdade, seu estilo é mais a Rita, não o Pedro!Guta olha para Camila assustada e perguntou;
— O que quis dizer com isto? — Ouviu mãe, ela não gosta do menino, por quetem de disputar as meninas com ele!
Carolina chega ao lado de Camila e a soca, ela sorricom dor caindo, o que fez a senhora ter de segurar afilha mais velha.
Lucas chega e grita com as duas, que saem no
sentido do helicóptero que decola no sentido deGuaratuba. A conversa estava chata, Pedro fica olhando a
menina decolar, lhe manda um beijo que ela retribui,deixando os pais mais preocupados.
Patrícia chega ao seu lado e pergunta; — E dai, vamos nos complicar?
— Como?
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— Seu pai tem uma reunião chata, vai demorar,deve vir mais e mais gente, que tal passearmos emGuaratuba!
— O que minha mãe acha disto! — Que você parece mais feliz hoje! — Ela vai junto? — Sim, mas seu pai ainda pretende passear em
Desterro! — Imagino, por que será?Patrícia sorri e tira algumas fotos do menino
naquele paraíso, e decolam no sentido de Guaratuba,onde as meninas estava, a praia, olhando ao longe,quando viram o helicóptero descer e viram Pedro saircom Patrícia e Roseli, não olharam para a praia, nãoolharam para muita coisa, vão no sentido do restaurantea frente e sentam-se.
Guta atravessa a rua e olha para as moças sentadas
ao fundo, estavam de costas a porta; — O que vieram fazer aqui? – Guta.Roseli olha para o garçom e fala;
— Comer, o que mais! — Não vou admitir vocês se colocando no caminho
de minha filha!
— Não entendi! – Roseli. — Não tinham outro lugar para ir? — Saímos de lá por que estava muito chato, mas
calma, já decolamos para Desterro! – Roseli.Carolina chega ao lado de Camila que se divertia na
areia suja de um sábado em Guaratuba. — Porque falou aquilo!
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— Você estava muito chata, tá aprendendodireitinho com a mãe!
— A mãe acaba de ir ao restaurante que eles
entraram! — Caiu na provocação e eu que sou previsível! — Acha que eles vieram provocar? — Não, mas ela está la fazendo o que, dizendo que
eles não podem comer ali? — Provavelmente, papel de boba! — Pior, se a moça levar para o pessoal, o pai vai ter
perdido toda a conversa de ontem! — O que estavam falando naquela mesa? — Assuntos de educação, mas o senhor quer
complicar a escola, não simplificar! — Acostuma com o sogrinho gay!Camila olha para um menino a areia e fala;
— Vou conversar com alguém!Carolina vê a irmã ir a um menino e puxar assunto,ela não tinha esta cara de pau, mas Camila tinha, e nãoparecia preocupada em chocar.
Quando Guta volta, iria reclamar de Camila e vê elafalando com um outro menino e pergunta;
— Pensei que ela estava pensando no menino!
— Ela ainda não sabe o que quer mãe, mas queriavoltar, e provavelmente ela se encheu do que estávamosfazendo e resolveu provocar, você, eu e o pai forçamos avolta.
— Não duvido, ela passou protetor solar? — Sim, ela passou mãe!Gerson continuava sua conversa, demorada,
escreveram algumas coisas enquanto Pedro vai a casa de
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Celso Ramos, e no fim daquele dia, começou a postarfotos que tirou em suas férias no Facebook, com o titulo
―Férias‖.
Camila chega em casa e a mãe falou que estavamacabando as férias, mas que não queria ver as filhasbrigando.
Gerson chega a Celso Ramos por volta das 4 datarde e vê o filho pensativo ao computador;
— O que está pensando? — Não pedi o numero dela, e ela não deve ter
internet na praia! — Acha que vale a briga filho! — Acho que vale, mas não gosto de publicar fotos
da nossa vida pai! — Sei disto, e nem recomendo, só não narra, põem
como mais um lugar! — Olhando as fotos, até eu tinha esquecido de
parte disto! — Vamos caminhar na praia hoje? — O tio não está lá, ele conhece todos! — Vamos? – Gerson perguntando serio. — Vamos!Os dois pegam a lancha e atravessam para Jurerê e
o menino estranha, pois Paulo estava lá, como Paulo,não como Fabrícia, ele olha para Gerson entrando no bare fazendo um sinal para o garçom.
— Veio, pensei que não viria! — Olhou a casa? — Sim, você é maluco mesmo! — Temos de conversar serio Paulo!
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Paulo viu o garçom trazer uma cerveja e olhou parao mesmo;
— Traz uma agua!
— Tá doente Paulo? – O garçom.Ele não respondeu e viu que Gerson serviu um copo
e perguntou para o garçom. — O suco do menino!O senhor olhou a criança e não sabia o que estava
acontecendo, mas Paulo como Paulo, era algo quepoucos reconheciam ali.
— O que quer falar sério. — Vai parar de fazer burrada ou não? — Nem toquei naquilo que está na casa Gerson,
não tenho nem para a cerveja, você não pega leve! — Eu, morto você iria ver o que é pegar pesado,
mas não entendeu o valor que mais valorizo.
— A família, mas estava pondo na mão dos demais! — Não fala besteira Tio, ninguém nem tocounaquilo, ele estava deixando você esbanjar, enquanto elenem deixava a mãe tocar, e está reclamando!
— Mas ele gastou com outras coisas sobrinho! — E mataria meu pai por isto? A pergunta foi pesada, pois era um menino de 14
perguntando aquilo olhando para ele, de que adiantatentar conquistar um sobrinho, se não soube manter. — Não queria a morte dele, mas não vai entender! — Você entende tio? O que fez? — Mais do que gostaria! — Acho que não entendeu tio! — O que acha que não entendi?
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Crônicas de Gerson Travesso — Não se obriga alguém matar o avô para
sobreviver, não se obriga alguém brigar de vez com aparte da família distante, por trocado!
— Acha que ele vai distribuir? — Você esta perdendo a parte divertida, e se
fazendo de pouco, como se um dia sequer alguémprecisou lhe pagar algo, garanto que poucos o senhor alinão chamaria a policia se não pagasse, mas sei que elenão se atreveria para o senhor, respeito assim, seconquista, mas não se pode perder ele assim tio, por
ganancia! — Tem noção do quanto ele escondeu sobrinho? — Minha imaginação não é tão fértil, mas ele está
aqui para conversar, não para outra coisa, mas tem desaber o peso do que fez, pois não adianta proteger numa