CRESCIMENTO E ECONOMIA URBANA. CRESCIMENTO Evidências empíricas para o Brasil.
Transcript of CRESCIMENTO E ECONOMIA URBANA. CRESCIMENTO Evidências empíricas para o Brasil.
CRESCIMENTO E ECONOMIA URBANA
CRESCIMENTOEvidências empíricas para o Brasil
Última aula• Fatores que geram crescimento (capítulo 6):
• Taxa de acumulação de K, H (e S)• Convergência
• Dadas as condições iniciais• Clubes
Estudos sobre convergência de renda regional - Brasil
Artigo 1• AZZONI et al. Geografia e convergência da renda entre
os estados brasileiros. Brasília:IPEA, 2000. Disponível em: http://desafios.ipea.gov.br/sites/000/2/download/livro_desigualdade_probreza/capitulo11.pdf
Resultados• não há nenhum sinal de convergência absoluta no Brasil no
período analisado;• convergência condicional acontece rapidamente no Brasil, uma
vez que as variáveis de capital humano, infra-estrutura e as geográficas são controladas;
• o investimento em infra-estrutura pública possui um papel relevante, especialmente na redução das diferenças entre o Sudeste e o Nordeste;
• as variáveis geográficas são importantes para a explicação das diferenças nos níveis e no crescimento de renda dos estados brasileiros;
• Variáveis de capital humano aparecem de modo geral como significativas, especialmente a participação na força de trabalho. Entretanto, a decomposição dos diferenciais de renda indica um papel quantitativo inferior dessa variável.
Artigo 2• Roberto Tatiwa Ferreira e Mércia Santos da Cruz. Clubes
de Convergência na Desigualdade de Renda nos Municípios Brasileiros. Disponível em http://www.anpec.org.br/encontro2008/artigos/200807171159380-.pdf
Artigo 2 - resultados
Artigo 2 - resultados• Este trabalho estudou a hipótese de clubes de convergência na
desigualdade de renda dos municípios brasileiros entre 1991 a 2000;
• foram identificados seis clubes a partir do índice de Gini inicial (1991)
• a renda do trabalho e a renda proveniente das transferências governamentais apresentaram correlação negativa com a taxa de crescimento do Gini, calculada no período de 1991 a 2000, sendo a elasticidade da renda do trabalho sempre muito superior ao da renda de transferências;
• estes resultados são em favor da possibilidade de que políticas que melhorem o nível de emprego e a produtividade do trabalhador possam obter resultados mais eficazes na redução da desigualdade do que políticas redistributivas, as quaistambém foram significantes do ponto de vista estatístico
Artigo 3:• Tatiane A. Menezes e Carlos R. Azzoni. Convergência de
salários entre as Regiões Metropolitanas Brasileiras: custo de vida e aspectos de demanda e oferta de trabalho. 2006. Disponível em http://ppe.ipea.gov.br/index.php/ppe/article/viewFile/58/32
ECONOMIA URBANA
Tópicos para discussão• Teorias sobre a cidade (capítulo 7)• Mobilidade (RDH 2009)• Tendências (videos)
Modelos e temasi) estudos sobre sistemas e tamanhos de cidades, como em
Henderson (1974);
ii) estudos sobre economias de aglomeração, como em Duranton e Puga (2001) e Ciccone e Hall (1996); externalidades, como em Kanemoto (1980) e Glaeser (2000); e efeitos de vizinhança, como em Ioannides (2002);
iii) estudos sobre o crescimento de cidades, como em Glaeser et al. (1992);
iv) estudos sobre finanças públicas locais, com origem no trabalho de Tiebout (1956) e outros com ênfase nas regulações e tributações do uso do solo, como em Fischel (2001).
Teorias do uso do solo urbano: modelos de cidade monocêntrica e policêntrica
• Modelo da cidade monocêntrica (1960’s): a partir de Von Thunen, que propõe custos de transporte como variável-chave na decisão de localização ao longo do espaço.
• Na cidade monocêntrica a hipótese de Von Thünen é mantida, a existência de um único centro de negócios, onde estão todos os empregos.
• O custo de transporte passa a ser visto como custo de deslocamento da casa para o trabalho.
• Cada família somente escolhe uma localização seguindo um problema de maximização de utilidade, restrita à sua disponibilidade de pagar aluguel. Bid-rent (leilão pela terra)
Cidades monocêntricas• O solo é uma comodity e imóvel, o que implica que cada
agente pode escolher somente uma localização, não podendo escolher viver em uma mistura de duas localizações.
Cidades policêntricas
• Fujita e Ogawa (1982): as decisões de localização de firmas e famílias são endógenas, depende da localização das firmas, pois desta depende a distância do local de moradia ao local de trabalho. O salário oferecido em cada firma também está atrelado à localização das firmas.
• A decisão de localização de uma firma, não depende da localização das famílias, mas sim, da localização das outras firmas da cidade (embute no modelo uma força de aglomeração).
• as famílias apresentam um conjunto de curvas de bid-rent para moradia, enquanto as firmas apresentam as curvas de bid-rent para o uso não residencial do solo;
• Resultados a partir de testes dos parâmetros (imposição de valores).
MODELOS DE MERCADO DE HABITAÇÃO
• moradia é um bem indivisível, ou seja, não é possível escolher duas moradias para morar ao mesmo tempo;
• É um bem durável (mas que se deprecia).• Sweeney (1974): considera a dinâmica no mercado de
habitação. A habitação reúne diversas características, que podem se alterar no tempo, definindo sua qualidade.
• os preços das diferentes qualidades equalizam a oferta e demanda em cada classe de qualidade (preços hedônicos), com preços nulos quando a demanda não é maior que a oferta. Em cada momento do tempo estas condições de qualidade descrevem um equilíbrio temporário. Para o equilíbrio dinâmico, em que ao longo do tempo os preços e estoques de todas as qualidades são constantes.
Outros modelos• Taxa de vacância: um dos indicadores do mercado imobiliário que
reflete a dinâmica de valorizações e imperfeições do mercado. Acontece porque a venda é um processo de matching, existe um custo de busca e uma incerteza quanto à perfeita conjugação das preferências do consumidor e as características do imóvel.
• Imóveis como ativos financeiros: uma característica que afasta este modelo do modelo é a separação do preço da estrutura física da casa do preço do solo. Ele vai lidar somente com o preço da estrutura física, enquanto podemos salientar como os modelos de uso do solo originais somente tratavam da valorização do solo, ou da localização. Neste modelo o comprador iguala o preço ao valor presente do fluxo esperado de serviços que essa unidade gerará.
CRÍTICAS• Cidades monocêntricas: (i) serve mais para avaliar cidades
médias. São mais comuns as cidades policêntricas, quando consideradas as metrópoles; (ii) poucos são os modelos dinâmicos; (iii) inexistência de externalidades, interação entre agentes ou provisão de bens públicos locais