Córnea anatomofisiologia
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Córnea- Anatomofisiologia
Filipe Mira Ferreira
Reunião de Serviço de Oftalmologia dos C.H.C.Director: Dr. Roque LoureiroOrientadora: Dr.ª Catarina Paiva2 de Março de 2009
Córnea- Anatomia
• Tecido altamente especializado que refracta e transmite a luz;
• Transparente e estruturalmente complexa;
• Convexa anteriormente e côncava posteriormente;
• Espessura periférica-1.2mm e central 0,5mm;
• Face anterior ligeiramente elíptica com 11.7mm horizontal/ e 10.6 mm verticalmente;
Córnea- Anatomia
• Avascular;
• Sem drenagem linfática;
• Inervação pelo nv oftálmico (ramos ciliares longos)
Plexo anular Plexo intra-epitelial
Córnea- Anatomia• face posterior é circular e mais curvada;
• existe um achatamento assimétrico na periferia;
• poder refractivo de 43D;
• índice de refracção de 1.376;
• separada da esclera pelo limbus;
• raio de curvatura ant-7.8mm e post-6.6mm;
Córnea- Anatomia
5 camadas:
Córnea- Anatomia
Epitélio:
• escamoso estratificado não queratinizado;
• elevada concentração de hemidesmossomas ( complexo de ancoragem);
• micropapilas e microvilosidades cobertas pelo filme lacrimal;
• células basais com capacidade de migração;
Córnea- Anatomia
Epitélio:
• apresenta funções únicas: refracta e transmite a luz ;
• alta densidade de terminações nervosas;
• tem espessura média de 50µm;
• elevada capacidade de regeneração(5-7 dias);
• fica + espesso no limbo e continua-se com túnica conjuntiva;
Córnea-alterações epiteliais
─ Depósitos : amiodarona, cloroquina, Dça de Fabry(córnea verticillata)
─ Distrofia da membrana basal epitelial;
• Distrofia microquística de Cogan
• Distrofia “map-dot-fingerprint”
─ Distrofia de Meesmann;
─ Distrofia de Lisch
Córnea- Anatomia
Membrana de Bowman
• interface entre m. basal epitelial e o estroma;
• função estabilizadora e manutenção da curvatura;
• composto por fibrilhas de colagénio;
• sem capacidade de regeneração;
Córnea-alterações M. Bowman
─ Distrofia Corneana de Bowman1 (CDB1)/Dist. Reis-Bückler
─ Distrofia Corneana de Bowman 2 (CDB2)/Dist. Thiel-Behnke
Córnea-alterações M. Bowman
• Queratopatia de calcificação em banda:
Córnea- Anatomia
Estroma• corresponde a 90% da espessura da córnea;
• função: - manutenção da curvatura;
- resistência mecânica à PIO;
- transmitir a luz ao olho;
• transparência da córnea implica manutenção da hidratação e do arranjamento das fibrilhas de colagénio;
• avascular regeneração lenta;
local de rejeição imunológica;
Córnea- alterações do estroma
─ Arcus Senilis
Córnea- alterações do estroma
─ Queratopatia lipídica;
─ Córnea farinata;
─ Distrofia de Latice tipo 1, 2, 3 e 3A;
─ Distrofia Granular Tipo 1 e 2;
─ Distrofia Macular;
─ Distrofia Gelatinosa;
─ Distrofia Central de François;
Córnea- Anatomia
Membrana de Descemet´s• lâmina basal do endotélio, sendo sintetizada e secretada por
este;
• PAS +;
• correlação positiva entre a idade e a espessura;
• apresenta 2 camadas;
• espessamentos localizados corpos Hassall-Henle(periferia)
Cornea guttatae(centrais)
Córnea- alterações da M. Descemet´s
Alteração da cor com a iluminação
• Doença de Wilson:
- Anéis de Kayser-Fleischer;
Córnea- Anatomia
Endotélio:• reflectido sobre a frente da irís e reveste o ângulo
iridocorneal
• densidade celular nascimento 3500-4000,adulto 1400-2500cel/mm2;
• local + importante para a manutenção da transparência;
• Efeito barreira: elevada [ ] de thigh junctions;
• Efeito “bomba”:acção de bombas iónicas(Na+ ,K+ ATPase);
Córnea- Anatomia
Endotélio:
idade, trauma, distrofia ou doença
poliformismo, polimegatismo
descompensação
Córnea- alterações endoteliais
• Queratopatia Bolhosa;
• Distrofia Endotelial de Fuchs;
• Distrofia Polimorfa Posterior;
• Distrofia Endotelial hereditária Congénita;
Córnea- Anatomia
Limbo:• zona de transição entre a córnea, esclera e conjuntiva;;
• cerca de 1-1.5mm;
• importante devido à sua relação com o ângulo câmara anterior e como referência cirúrgica;
• células basais do epitélio parecem imp para a renovação do epitélio corneano ( migração centrípeta);
Córnea- Anatomia
• cirúrgico: 1 zona azulada que cobre a córnea extendendo desde a camada de Bowman até linha de Schwalbe´s;
2 zona esbranquiçada cobrindo malha trabecular extendendo-se desde linha de Schwalbe´s até esporão escleral;
• anatómico: anteriormente- plano que conecta a M. Bowman e a M. Descemet´s e posterior/- plano no esporão escleral;
• zona de tumores primários
Córnea- Anatomia
• tecido conectivo: + células,
presença de linfáticos,
vasos e nervos não mielinizados,
paliçadas de Vogt (local onde estão as stem
cels);
Migração de células límbicas para o epitélio corneano
Córnea- Anatomia
Paliçada de Vogt
Córnea : E.A.D.
• Exame na lâmpada de fenda; (usando fluoresceína ou solução Rosa Bengala)
• Topografia corneana: - Queratoscópio (Disco Placido´s)
- Videoqueratoscopia;
• Sensibilidade corneana: - Cotonete
- Estesiómetro Automático de Dräger
• Microscopia especular (determinação da densidade de células endoteliais);
• Paquimetria (espessura da córnea);
• Microscopia confocal corneana;
• Pentacam;
Albert and Jakobiec, Principles and Practice of Ophthalmology 2nd edition, W.B. Saunders Company,2000;
American Academy of Ophthalmology, Fundamentals and Principles of Ophthalmology, 2007-2008;
Gerhard K.Lang Ophthalmology, A Pocket Textebook Atlas, 2nd edition, Thieme,2006;
Gray`s Anatomy, 37ª edition, Churchill Livingstone,1995;
Jack J. Kanski, Clinical Ophthalmology, a Systematic Approach, Elsevier Limited, 2007;
Myron Yanoff , Jay S. Duker , James J. Augsburger Ophthalmology 2nd edition, Mosby; 2003;