Cor e Cia

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Manual de Colorimetria Automotiva 1

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Manual de

Colorimetria Automotiva

Produzido por: Joselito Alves Brandão1

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Apresentação

Marrom Tintas e Você, uma Parceria de Sucesso.

Caro Participante,Nós agradecemos por ter escolhido a Marrom Tintas e Serviços como suporte no campo da

Tecnologia da Cor e Aparência. Em um Mundo onde a cor é cada vez mais, um fator decisivo na escolha de um produto, nós da Marrom Tintas e Serviços procuramos oferecer tecnologia e informações aplicáveis a todos os segmentos produtivos, sempre tendo em mente a satisfação e o aperfeiçoamento profissional de todos os que estão ligados a esta importante área que é a "Colorimetria".

Por tanto agradecemos a escolha e deixamos aqui um canal aberto para mais informações detalhadas. Qualquer dúvida entrar em contato.

Obrigado.

Joselito Alves Brandão

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Conteúdo

1-Segurança no local de trabalho 1.1-Manuseio de Produtos... 03 1.2-Equipamentos de proteção individual... 03 1.3-Itens de segurança Importantes na oficina de repintura... 03 1.4-Armazenamento de produtos químicos 1.5-Meio ambiente e descarte de tintas

2-A Importância da Colorimetria nos diversos segmentos 2.1-O que é Cor?... 03 2.2-Avaliação de luz... 04 2.3-Fontes de Luz ... 10 2.4-Cores primárias

3-Problemas e limitações existentes na avaliação visual. 3.1-Deficiências Visuais e as Cores... 21 3.2-Metamerismo 3.3-Tendência das Cores 3.4-Circulo cromático 3.5-Efeito dos Pigmentos 3.6-Banco de Cores 3.7-Fatores que Influenciam na reprodução das cores 3.8-Cuidados com os padrões 3.9-Dicas de Aplicações

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DEFINIÇÃO

Colorimetria é a ciência que estuda e quantifica como o sistema visual humano percebe a cor, na tentativa de especificá-la numericamente de modo que: • Estímulos, com as mesmas especificações sob iguais condições, vistos por um observadorcom visão normal, são semelhantes. • os números compreendidos nas especificações são funções contínuas dos parâmetrosfísicos que definem a energia espectral radiante do estímulo

2-A Importância da Colorimetria nos diversos segmentos Industriais.

O conhecimento da cor é imprescindível para quem quer tornar seus produtos competitivosno mercado e cumprir as normas internacionais de qualidade. A questão é de vital importância para países como o Brasil, que tem uma necessidade muito grande de exportar a sua produção e reduzir o elevado déficit da nossa balança comercial.Particularmente em setores industriais como o de tintas, materiais têxteis, plástico, papel,cerâmica e alimentos, por exemplo, a cor constitui um aspecto de grande importância.A colorimetria é a tecnologia utilizada em diversos setores industriais para odesenvolvimento do controle de cores dos produtos. No entanto, há uma grande carência nomercado brasileiro de mão-de-obra com conhecimento apropriado, devidamente capacitada, e treinada para atuar nesse campo.Com a sofisticação dos mercados e as exigências crescentes dos consumidores não é maispossível controlar a qualidade e a aparência dos produtos apenas visualmente, a olho nu. Nossa avaliação falha sofre a interferência das condições do ambiente e da fadiga da observação. Daí decorre a importância que adquiriram na atividade produtiva equipamentos como colorímetros, fotômetros, densitômetros e espectrofotômetros.A indústria de tintas, por exemplo, para atender às exigências do mercado e se mantercompetitiva, está sempre fazendo a divulgação de novas cores e produtos. O trabalho defabricação tem de ser eficiente para que as cores das tintas possam ser repetidas em todos oslotes produzidos. Isso só é possível com a ajuda dos instrumentos precisos de avaliação econtrole.Na maioria dos segmentos produtivos não é necessariamente a aparência que é objeto daavaliação, mas sim as características do produto que são mensurados através de sua cor. Aexportação de laranja é um exemplo. Ela tem uma cor que indica o momento ideal da colheita,outra que permite o controle na viagem e a cor final que vai ser decisiva quando chegar aoconsumidor. O processo é o mesmo para outros produtos comestíveis e também para a maioria de outras mercadorias que são vendidas num supermercado, por exemplo.Como os mercados compradores de todos os gêneros estão fazendo cada vez mais ainspeção das mercadorias no momento do recebimento, as indústrias estão se precavendo edesenvolvem um controle mais preciso durante a fabricação para evitar devolução. Paragarantir a velocidade de escala e a produção em série, a avaliação de cor só é possível cominstrumentos.

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HISTÓRIA DA TEORIA DA CORAs cores associadas a objetos podem ser mutáveis de várias formas: Pela mudança da fonte de luz (como por exemplo: de incandescente para fluorescente); Pela adição de filtros de luz (como as lentes de óculos de sol); pela alteração do acabamento de um objeto por si mesmo. Por exemplo: para se mudar a cor da pintura de um automóvel vermelho para azul, um pigmento diferente deve ser util Antes de Newton, muitos cientistas já haviam estudado a cor. (No séc. XIV, um gênioda “ciência artística” ou seria da “arte científica?”) fazia suas anotações para quepudéssemos apreciá-las e admirá-las. Leonardo Da Vinci (1452-1519) que se aventurou eminvenções e experiências absurdamente avançadas para seu tempo, não pintava somentepara retratar ou copiar a natureza, mas sim para estudá-la, aplicando sua genialidade àciência da visão, da cor e da luz.Em suas pinturas, desenvolveu a técnica do "chiaroscuro" e o "sfumato" (em italiano,claro-escuro e esfumaçado), método de trabalho com a luz e a sombra, fazendo que asformas mais iluminadas ganhassem volume e suavizando cores e contornos com sombrasesfumaçadas. Explorou também a perspectiva aérea (ou atmosférica) nas paisagens defundo que aplicava nas pinturas, imitando a natureza que faz com que a cor pareça maispálida e mais azulada em direção ao horizonte. Leonardo afirmava que os princípios da pintura primeiramente estabelecem o que éum corpo sombreado (forma e volume) e o que é luz.

2.1- O que é Cor

Cor é a palavra que descreve uma distribuição irregular da energia radiante, visível, queimpressiona os olhos, partindo de uma fonte de luz e refletindo nos objetos, quimicamente é o resultado de uma reação que ocorre com algumas moléculas, originando grupos que quando excitados eletronicamente, emitem radiação característica.Essa distribuição pode ser definida como a derivação da média de energia dos comprimentosde ondas. Essas derivações são à base das muitas cores ou nomes que descrevem as váriasmisturas ou combinações da energia visível As cores influenciam diretamente no humor das pessoas e um objeto bem iluminado se torna mais seguro. Existem diversas experiências que comprovam que as cores influenciam no comportamento das pessoas. Por exemplo, usar cores frias em ambientes que se trabalham com fornos, cores claras em cabinas de barcos dando a sensação de maior. Existe uma certa padronização de cores no meio de trabalho.O arco íris, além de ser um lindo fenômeno da natureza, nos ajuda a entender a composiçãodas cores. Ao incidir nas gotas de água da chuva pelas quais passa, os raios da luz solar,atravessando as nuvens, se decompõem em várias cores.Como será explicando neste trabalho, cor não é uma propriedade como é a forma física deum objeto que vemos. Cor é simplesmente o efeito das ondas de luz refletidas ou passadas através de vários objetos.

A cor de um objeto é determinada sob diversas circunstâncias:

1- As características da fonte de luz sob a qual o objeto é observado e a forma pela qual asondas de luz que incidem sobre o objeto são absorvidas, transmitidas ou refletidas. Algumasvezes os efeitos do ambiente, na mente do observador geram um fator determinante da cor,assim como suas condições físicas visuais que são também um fator determinante de extrema

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importância. Todavia, somente as ondas de luz que penetram nos olhos, originados do objeto, são tecnicamente responsáveis pela cor que os olhos vêem.

1- izado; um que deva refletir as ondas de luz azul, enquanto que deva absorver todas as ondas de luz das outras cores.

3- Se você vê um carro vermelho parado sob uma clara lâmpada de mercúrio, você poderápensar que este carro possa ser confundido com um carro marrom porque a clara lâmpada de mercúrio, embora seja muito potente em luz, é praticamente isenta de energia vermelha. Assim sendo, haverá pouquíssimas ondas de luz vermelha disponíveis para impressionar seus olhos. Desde que luz e cor são partes integrantes de nossa vida, a engenharia de pesquisa de novas lâmpadas está voltada não somente para o desenvolvimento para nos possibilitar melhor visão, mas principalmente desenvolver lâmpadas que simultaneamente sejam brancas e reproduzam a cor aparente dos objetos da forma que nos são familiares.Para explanar os principais fundamentos da luz e cor e como elas são manipulados paraaplicação prática nas escolas, negócios, indústrias e em casa, este trabalho foi feito na expectativa de que alguns desses mistérios e maus entendimentos, desta fascinante ciência, possam ser removidos. Alguns destes exemplos estão expostos em produtos utilizados no nosso dia-a-dia,

1- conforme as figuras abaixo.

2.2- Avaliação de Luz

Para discriminação entre pequenas diferenças de cores, é recomendado que um mínimo de100 velas seja usada para cores claras, e de 200 a 300 velas sejam usadas para cores escuras.

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2.3- Fontes de Luz

Não podemos ver uma cor ou qualquer coisa sem a luz. A cor que vemos, depende dascaracterísticas da fonte de luz que ilumina o objeto. A cor de um objeto pode parecer diferente quando trocamos a fonte de luz que a esta iluminando. Então baseado neste fato torna-se necessário descrever numericamente a fonte de luz para assim descrevermos o efeito que ela provoca sobre o objeto. A luz de qualquer fonte pode ser descrita em termos da relação da quantidade de luz emitida nos espaços dos comprimentos de onda; isso nos da uma curva que será chamada de distribuição da Forca Espectral de uma Fonte de Luz.A luz natural, a luz do sol é uma luz de cor branca. Isaac Newton, observando esta luz passar através de um prisma, registrou a dispersão de luz em diversas cores como no arco-íris. Na realidade a luz branca é formada por três cores primárias que, quando combinadas com intensidades máximas iguais formam a cor branca, estas cores são o vermelho, o verde e o azul e são chamadas de cores primárias aditivas. Todas as outras cores que aparecem na dispersão da luz branca, são combinações das três principais.O sol e as lâmpadas elétricas são considerados fontes de luz porque eles transformam energiade uma outra forma em energia radiante com comprimentos de ondas que chamamos de luz.Entretanto, essas fontes emitem energia utilizável em comprimentos de ondas maiores e menoresdo que a luz. A energia ultravioleta, valiosa por suas propriedades germicidas, fotoquímicas ecurtidoras, tem comprimento de ondas menores que as de luz.A energia infravermelha (comumente chamadas de raios quentes) é maiores que as ondas daluz e toda sua energia pode ser transformada em calor.Todos os objetos poderão emitir cor se forem aquecidos a uma temperatura suficiente; etambém essa luz pode variar se essa temperatura for alterada. A cor da luz emitida por essecorpo varia de acordo com a temperatura. Por exemplo:Uma peça de ferro aparecerá com vermelho muito forte ao primeiro aquecimento;continuando a aquecer ele passará a um vermelho alaranjado; continuando a aquecer passarápara branco e ao seu aquecimento máximo passará a uma cor branca azulado. Da mesma formaum filamento de tungstênio em uma fonte de luz incandescente varia de cor de acordo com avoltagem que lhe é aplicada.Este fenômeno, estudado por Max Planck em 1900, é a base para a

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Luz do SolContém um balanço de toda luz visível disponível

para reflexão -vermelho, laranja, verde, azul,indigoe violeta.

Luz IncandescenteContém maiores

quantidades de amarelo e vermelho da luz visível disponível para reflexão

Luz FluorescenteContém maiores quantidades de azul, amarelo e vermelho da luz visível disponível para

reflexão.

Vapor de MercúrioContém quantidades muito altas de amarelo / laranja da luz visível disponível para reflexão.

·D65 -Luz do Dia, temperatura da cor 6500K. · A -Tungsten, temperatura da cor 2856K. ·F2 -Fluorescent, Branca Fria.

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lei da radiação dos corpos negros.Esta lei em essência prediz a distribuição da radiação térmica,como função da temperatura e define o limite máximo da radiação térmica.

Fontes de Luz Artificiais:

Fontes Fluorescentes (branca quente)..... 3000 ° kFluorescentes (branca) ............................ 3500 °kFonte Fluorescente (branca fria)............. 4200° kFluorescente (luz do dia)......................... 7000° k

Fontes de Luz Naturais:

Luz do dia ao amanhecer................................. 1800 ° kLuz do céu pleno (uniformemente nublado).... 6500 ° kLuz do dia ao entardecer.................................. 5000 °kCéu extremamente azul e claro no Noroeste.. 25000°k

2.4-Cores Primárias

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CORES SECUNDÁRIASCORES PRIMÁRIAS

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CORES TERCIÁRIAS = MISTURA DE COR PRIMÁRIA + SECUNDÁRIA

+

3-Problemas e Limitações existentes na Avaliação Visual

Os cones, pigmentos predominantes na região central da retina, chamada mácula, cujocentro é a fóvea, fazem o complexo trabalho de percepção das cores no ser humano. Osbastonetes, pigmentos que predominam na região mais periférica da retina, são os responsáveis pela visão do contraste claro-escuro.Para que os cones sejam estimulados é necessário que haja luz suficiente, de modo que apessoa possa perceber as cores. Na penumbra, o estímulo aos cones diminui muito, dificultando ou até impossibilitando a visão das tonalidades. Vemos apenas vultos. A rodopsina, pigmento localizado nas células retinianas, é degradada quando recebe um estímulo luminoso, transformando-o em estímulo elétrico. Este vai para o cérebro através do nervo óptico e é decodificado como cor na região occipital. É como uma máquina fotográfica que recebe a luz - o filme tem o pigmento, mas o local da revelação é o nosso cérebro. Se recebermos um estímulo luminoso muito forte, ficamos temporariamente com a visão escura. Isto acontece porque grande quantidade de pigmentos é degradada de uma única vez, o que requer mais tempo para a recomposição do pigmento.A deficiência na percepção das cores é popularmente conhecida como Daltonismo. Namaioria das vezes, o problema é genético, sendo que a pessoa já nasce com dificuldade parcial(discromatopsia) ou total (acromatopsia) de perceber as cores. É muito mais comum no sexomasculino do que no sexo feminino, por razões de ordem cromossômica.Outras condições que podem levar a distúrbios na percepção das cores são alteraçõesdegenerativas da retina na infância, doenças maculares relacionadas à idade e doenças donervo óptico, entre outras.Nos casos em que a pessoa já nasce com o problema, muitas vezes só descobre a doença jáadulta, quando usa meias de cores diferentes em cada pé ou quando usa paletó e calça de cores desiguais, achando que são a mesma. Amigos, pais e cônjuges estranham a atitude.Nos casos adquiridos por doenças, geralmente o indivíduo se queixa mais da queda navisão. Posteriormente, a deficiência de cores é detectada no exame oftalmológico. Cores muito contrastantes, como verde e vermelho, geralmente são distinguidas. O que realmente confunde

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essas pessoas são as tonalidades de cores "próximas", como verde escuro e marrom, salmão e laranja.A deficiência em perceber as cores pode levar o indivíduo a ter dificuldade na escola.Alguns métodos de alfabetização dividem as sílabas por cor. Alguns profissionais podem terdificuldade no trabalho - fotógrafos, artistas plásticos, editores de imagem e técnicos emeletrônica, por exemplo, que manipulam circuitos coloridos.A confirmação do diagnóstico é feita através de testes específicos - o Teste de Ishihara é omais utilizado na prática clínica.

Seres humanos com olhos azuis não percebem a cor melhor que os de olhos pretos ecastanhos, porque a cor dos olhos está na íris (menina dos olhos) e não na retina.A cor dos olhos é determinada geneticamente. Os olhos azuis não possuem pigmento naíris. O azul é reflexo dos vasos sanguíneos dentro do olho, como se fossem as veias vistas nobraço de uma pessoa muito clara. A íris castanha possui pigmento, a melanina, como a pele,que bloqueia a passagem de luz. Os olhos verdes são castanhos claros, possuem pigmentos, masem quantidade menor.As ondas de luz penetram nos olhos através da córnea que transmite essas ondas de luz aoponto (da retina) onde se localiza a fóvea. Essas ondas são finamente difusas quando passamatravés das lentes que se encontram atrás da córnea.A íris atua como um diagrama que expande ou contrai a pupila, controlando a quantidade deluz que é permitida entrar no olho. Os bastonetes e os Cones são os últimos a receberem cadaparte da imagem. Eles transformam a imagem ótica recebida de energia radiante em energiaquímica que estimulam milhões de terminais nervosos.O sistema ótico inicia nesse ponto, uma série de impulsos elétricos que passam através de ummuito especial grupo de nervos que estão ligados ao nervo ótico. Os nervos óticos combinam etransmitem os impulsos selecionados para o cérebro que o interpreta, criando-se então apercepção visual.

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A VISÃO A CORES

Existem dois tipos de células receptoras localizadas naretina, os cones e os bastonetes. Estes dois tipos de célulascontêm uma estrutura sensível a luz, que permite identificarcor mediante a esta sensibilidade.Os receptores na retina do olho humano sãosensíveis somente à região específica doespectro eletromagnético, ou seja, o range decomprimento de onda que vai de 380 a 780nanômetros

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3.1 - Deficiências visuais e as cores

Visão deficiente : daltonismo

Nem todas as pessoas vêem as cores da mesma maneira.Aproximadamente 10% dos homens e menos de 1% das mulheres apresentam algum grau dedeficiência na percepção das cores, por razões de ordem cromossômica. Daltonismo é o nome quese dá a essa deficiência de característica hereditária.O tipo mais comum de daltonismo é aquele em que a pessoa não distingue o vermelho doverde. Pode ocorrer, para o daltônico, a dificuldade em distinguir essas cores , pois elas podem seapresentar cinzentas em várias tonalidades. Outros daltônicos podem confundir o azul e oamarelo. Mas há um tipo raro de daltonismo que leva as pessoas a enxergar o mundo em preto,branco e cinzento.É muito comum casos em que a pessoa já nasce com o problema e só descobre a doençaquando já é adulta. Assim, amigos e pais percebem o problema quando o daltônico usa meias decores diferentes em cada pé ou quando usa paletó e calçade cores desiguais, achando que são a mesma.Outras condições que podem levar a distúrbios na percepção das cores são alteraçõesdegenerativas da retina na infância, doenças maculares relacionadas à idade e doenças do nervoóptico, entre outras.Nos casos adquiridos por doenças, geralmente o indivíduo se queixa mais da queda na visão.Posteriormente, a deficiência de cores é detectada no exame oftalmológico. Cores muitocontrastantes, como verde e vermelho, geralmente são percebidas.O que realmente confunde essas pessoas são as tonalidades de cores "próximas", como verdeescuro e marrom, salmão e laranja.A deficiência em perceber as cores pode levar o indivíduo a ter dificuldade na vidaprofissional - fotógrafos, artistas plásticos, editores de imagem e técnicos em eletrônica, porexemplo, que manipulam circuitos coloridos.Um dos testes utilizados para verificar se existe alguma deficiência é o Teste de Ishihara, muitoutilizado na prática médica.Agora, compare o resultado: pessoas com percepção normal enxergam a letra O; pessoas comdeficiência para percepção das cores vermelho e verde vêem a letra Q; pessoas com ausência depercepção de cores não conseguem fazer a leitura das letras.

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3.2-Metamerismo

É o fenômeno, segundo o qual duas cores ou misturas são equilibradas em certosiluminantes e em outros não, sofrendo mutações de cor quando exposta a mudança dosiluminantes.Este fenômeno é mais constante no caso das cores intensas, porém, também ocorre em cores claras. Em todos os casos indesejáveis a metameria é particularmente freqüente em tonalidades metálicas, pelas características próprias de reflexão de luz que o sistema possui. Graficamente a metameria entre dois corpos de prova se mostra quando existe dois ou mais pontos de cruzamentos entre as curvas de reflexão dessas duas provas no espectro visível. Por causa disto e aconselhável efetuar-se a comparação de cor utilizando-se váriosiluminantes diferentes como, por exemplo: Luz do dia fria ou fluorescente ou de tungstênio e luz mista de mercúrio.

3.3 Tendência das Cores

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CURVAS DE REFLECTÂNCIA ESPECTRAL

A curva de refletância espectral representa a identidade de uma cor, de tal forma que padrãoe amostra, para serem considerados muito próximos, têm que ter sua curvas de refletânciaespectral muito parecidas. Por isso dizemos que a composição dos elementos corantes quecompõem o padrão, são os mesmos que compõem a amostra. As curvas de um padrão e umaamostra, que não possuem o mesmo formato, por sua vez não apresentam a mesma composiçãocolorimétrica. A interpretação correta da curva de refletância espectral, é tão importante quantointerpretar os demais valores de diferença de cor.

3.4 Circulo Cromático

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3.5-Efeitos dos Pigmentos

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Preto

Escurece frente e ângulo.

Preto Intenso

Usado para dar tonalidade preto

azulado intenso.

Grafite

Em cores de efeito é usado para

dar tonalidade preto leitoso no

ângulo.

Branco PUROUsado para clarear cores lisas e nas

cores de efeito (metálicas e e perolizadas) é utilizado para clarear somente o ângulo. Obs: clareia o ângulo e escurece a frente.

Branco MICRONIZADOUsado em cores de efeito, tonalidade

dourado na frente e clareia azulando o ângulo.

Aditivo de EFEITOUsado em cores metálicas e

perolizadas, além de clarear o ângulo e escurecer a frente, o aditivo dá aspecto maior ao pigmento de efeito.

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AzulFrente esverdeado e ângulo

avermelhado.

Azul MédioFrente e ângulo sujo

avermelhado.

Azul Médio EscuroFrente esverdeado e ângulo

avermelhado.

Azul EscuroFrente e ângulo avermelhado.

AzulFrente e ângulo esverdeado.

Rosa

Rosa limpo

Violeta AVERMELHADO

Usado para dar tonalidade violeta

azulado, trabalha mais na frente

de cores de efeito.

Violeta

Usado para dar tonalidade violeta

sujo avermelhado, trabalha mais

na angulo de cores de efeito.

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LaranjaEm cores de efeito dá tonalidade

laranja, sujo e leitoso no ângulo.

Laranja ClaroEm cores de efeito dá tonalidade

laranja, limpo e leitoso no ângulo

AmareloAmarelo avermelhado.

Amarelo TransparenteAmarelo limpo.

Amarelo OxidoUsado para dar tonalidade amarelo

avermelhado e sujo em cores lisas, para as cores de efeito dá tonalidade amarelo, sujo e leitoso no ângulo.

Amarelo Cromo Usado para dar tonalidade amarelo

esverdeado em cores lisas, para as cores de efeito dá tonalidade amarelo, limpo e leitoso no ângulo.

Verde ClaroTonalidade verde azulado.

Verde EscuroTonalidade verde amarelado.

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Marrom ClaroVermelho sujo amarelado

Marrom MédioVermelho azulado

Marrom OuroEm cores de efeito dá tonalidade

marrom, limpo e leitoso no ângulo.

LaranjaEm cores de efeito dá tonalidade

laranja, sujo e leitoso no ângulo.

Laranja ClaroEm cores de efeito dá tonalidade

laranja, limpo e leitoso no ângulo

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Vermelho ClaroVermelho amarelado

Vermelho MédioVermelho limpo leitoso

Vermelho RubiVermelho limpo azulado

Vermelho EscarlateUsado em cores lisas, vermelho

limpo amarelado

Vermelho TransparenteEm cores de efeito é usado para dar

tonalidade dourado na frente, sujo e avermelhado no ângulo

Vermelho Oxido Em cores de efeito e´usado para dar

tonalidade vermelho, sujo e leitoso no ângulo.

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3.6- banco de Cores

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Cor OK ?

Pesar fórmula

Aplicar painel

NÃO

Cor OK ?

Cadastrar formula no sistema de Fórmulas

Personalizadas

* Identificar e Arquivar o

Painel

Ajustar cor

SIM

NÃO

SIM

SIM

Identificação do Painel Nome da cor: Montadora: Ano: Cód. Universal: Fórmula:

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3.7- Fatores que influenciam na reprodução das cores

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Cor OK ?

Carro entra na Oficina / Loja

Identificar qual a cor

Existe chapa no banco de cores Inicia-se a montagem do

banco de coresSIM

SIM

NÃO

NÃO

Comparar painel pintado com o carro

Pesar formula e comparar painel novamente

Arquivar novo painel e cadastrar fórmula

Escolher painel mais próximo e ajustar cor

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Erro de pesagem com apenas 0,2 a mais de

PRETO

Erro de pesagem com apenas 0,2 a mais de

AZUL

3.8 – Cuidados com os padrõesTodos os padrões devem ser manipulados cuidadosamente e de maneira que não sejamcausadas mudanças em suas propriedades óticas. Os problemas mais comuns surgem dapresença de sujeira, umidade, graxa e óleo, afetando ambos a cor e o brilho. Dano é tambémcausado por arranhões, que podem afetar também ambos o brilho e a cor. Outras causas comunsde danos em padrões são colocadas com sujeira em suas caixas ou recipientes, caixas comumidade ou superfícies oleosas, e usá-las como fundo para ler amostras.Corantes e produtos químicos usados em papel e materiais têxteis podemconsideravelmente afetar os valores de medição de um azulejo padrão usado como fundo suportepara leitura de amostras.Padrões devem ser guardados em caixas fechadas; eles devem permanecer limpos e noescuro, desde que a luz possa alterar algum pigmento colorido. Francis Scofield tem alertadodesde há 30 anos atrás, “ Padrões devem ser mantidos cuidadosamente em caixas de veludo,como verdadeira jóia. “ O procedimento recomendado para limpeza dos padrões de cerâmica élavá-los com uma solução de detergente neutro, usando uma escova de nylon macia.Seguindo este procedimento, enxágüe com água quente e seque com uma flanela macia, paranão haver alterações de brilho, após secagem com flanela, passe uma toalha de papel livre defiapos, para retirar possíveis manchas. Com padrões para medição de brilho, a superfície deveser limpa com detergente neutro e uma escova de nylon de forma branda, depois enxagua-se opadrão com água quente a 150°C, e seque-o com a toalha de papel. O padrão nunca deve seresfregado com as mãos ou papel toalha durante a lavagem ou secagem. Padrões de tintas, plásticoe placas coloridas em geral, nunca são limpas e são descartados depois de curtos períodos de uso.

3.9 – Dicas de Aplicações

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Mangueira: Cuidado com a distancia entre

o revolver e o compressor;

Pressão: Sempre que possível utilize um

manômetro junto a revolver de pintura;

Revolver: Manter o equipamento limpo e

realizar manutenções periódicas;

Nº de demãos, Intervalo entre demão e

Secagem : Seguir o especificado na

embalagem ou boletim técnico.

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Ilusão de ótica e as cores

Em muitas situações vemos com distorções, isto é, as coisas parecem diferentes do que são.Isso se chama ilusão de ótica.

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Na figura acima, observe o ponto amarelo.Agora, responda: ele está mais próximo do vértice superior ou da base ?Aparentemente o ponto amarelo está mais próximo do vértice superior, mas isto é uma ilusãode ótica, pois na realidade, ele está no meio.Na percepção das cores isso também pode ocorrer.Veja alguns exemplos:

Onde ocorre a ilusão ? No olho ou no cérebro ?

Este Cubo é Real? O que você vê: a moça ou aVelha?

Nosso sistema visual é feito de várias partes.A primeira é o olho, que é esférico. No fundo do olho está a retina. Nela, há as células queabsorvem a luz dos objetos que vemos.Nas células de retina, a energia da luz é transformada em energia elétrica, levada ao cérebroem forma de impulso nervoso, através do nervo ótico. O cérebro interpreta o sinal como sendo aimagem do objeto que os olhos vêem. A ilusão de ótica começa pelos olhos, pois um olho vêatravés de uma direção ligeiramente diferente da direção do outro olho. Esse fato nos permite verem terceira dimensão, em profundidade.Há, também, o que se chama de olho dominante. A maioria das pessoas tem a mão direitadominante em relação à esquerda. Como saber qual olho é dominante ?Coloque o polegar a uns 20 cm dos olhos e alinhe-o com um objeto, colocando o polegar na frentedo objeto, com os olhos abertos. Feche um deles e depois o outro.Com um deles, o dedo sai da frente do objeto. Com o olho dominante, o dedo continua nafrente do objeto.

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MISTURA DE CORES

Não dá para imaginar as cores sem a existência da luz. Osurgimento da luz faz parte dos mistérios que envolvem acriação do mundo, mas é a partir da existência da luz quepercebemos as cores. Com o surgimento da luz, surgiu tambéma cor, ou melhor, a cor-luz, que é a decomposição da luz brancanas demais cores. Quando o estímulo da cor envolve a ação decorantes, que filtram e refletem essas mesmas luzes, temos ascores-pigmento, formando novas cores.Na busca por novos matizes, são combinadas quantidades de outras cores, para que osnovos tons surjam. A combinação de substâncias coloridas ou corantes tem como resultado aformação de novas tonalidades.Portanto, pode-se verificar que é possível se obter uma cor de diversas maneiras; ou por meiode feixes de luzes monocromáticas ou pela mistura de duas ou várias delas.As cores obtidas por mistura binária são mais vivas, mais brilhantes enquanto que o brilhoda cor diminui com a quantidade de luzes utilizadas (cor mais acinzentada).Este tipo de mistura é chamado de mistura aditiva: superposição de efeitos de luzes sobre oolho humano ou sobre uma superfície.As cores que não se misturam eficientemente são chamadas cores complementares (ex:vermelho e verde, amarelo e azul).No entanto, podemos obter uma mistura de cores por subtração, por meio de filtros: osefeitos de iluminação vão se subtraindo.Convenciona-se atribuir a um filtro o valor negativo da cor que ele elimina.Quando um feixe de luz branca (ou policromática qualquer) incide numa superfície quepossui vários pigmentos misturados, a luz emergente é dada pela luz filtrada por todos ospigmentos.

As cores primárias da luz, vermelho, verde e azul, são as bases para se obter as coressecundárias da luz, ou seja:- Magenta = vermelho + azul- Cyan (azul esverdeado) = verde + azul- Amarelo = vermelho + verdeAssim, chamamos as cores da luz de "ADITIVAS" . Uma cor secundária da luz misturadanas suas devidas proporções com sua cor primária oposta produzirá a luz branca. Por exemplo:uma mistura de luz amarela e azul resultará em uma luz branca. Assim sendo, dizemos que asluzes amarelas e azuis são complementares entre si. Da mesma forma dizemos que cyan +vermelho e magenta + verde, também são complementares entre si.Em pigmentos ou corantes uma cor primária é definida como aquela que absorve uma corprimária da luz e reflete ou transmite as outras duas. Assim, as cores primárias em pigmentossão magenta, cyan (azul esverdeado) e amarelo que correspondem exatamente às coressecundárias da luz. Esta natureza subtrativa dos pigmentos é facilmente demonstrada utilizandosetrês filtros pigmentados com magenta, cyan e amarelo, sob uma fonte de luz branca disposta na forma do desenho abaixo.

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Cada um dos filtros pigmentados absorve ou subtrai uma das cores da luz, assim quando doisfiltros têm uma porção superpostos uma das cores primárias da luz é transmitida. Por exemplo: ofiltro amarelo absorve o amarelo e transmite vermelho e verde; o filtro magenta absorve o verdee transmite o vermelho e azul. Juntos estes dois filtros transmitirão somente o vermelho, tendo,por conseguinte subtraído as duas outras cores da luz branca.Quando se superpõe os três filtros, toda a luz pré-absorvida, resultando em preto. As corescomplementares dos pigmentos são as mesmas da luz, amarelo e azul, cyan e vermelho, magentae verde.Muito embora os pigmentos brancos e pretos não sejam considerados cores verdadeiras, aadição delas a um pigmento colorido produzem os tingimentos, tonalidades e matizes. A adiçãode preto e branco a um pigmento produz uma matiz, enquanto que a adição de branco produzum tingimento. Quando se adiciona cinza (mistura de branco com preto) a um pigmento coloridose produz uma tonalidade.

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Teste de Ishihara

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26 NADA 1275 15 NADA

8 3 NADA 27 29 NADA

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5 15 NADA 75 5 NADA

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74 71 NADA 8 6 NADA

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