CONVERSA FRANCA

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Desde criança ouvi que devíamos confiar cegamente na religião e seria ela responsável da minha condução espiritual, minha salvação diante de Deus. Pensava na missão que tinha com o próprio espírito: salvá-lo e elevá-lo para o céu. Deus me pôs neste mundo para escolher viver com Ele ou ter um fim das maiores crueldades: ser condenado ao inferno. Não nasci com nenhum manual que me orientasse a escolha de meu destino, por que não poderia ter nascido no céu e lá receber o ensinamento puro de Deus? Quem orientou que nascemos para ser elevado ou condenado? Deus! Hoje tenho a absoluta certeza que os seres foram criados para serem felizes. Concentraremos a leitura nos evangelistas Mateus e João por terem vivido com Jesus, como Marcos e Lucas que viveram na época. Entendemos que o testemunho de quem presenciou e que estavam próximo do momento é muito mais válido do que os que apenas ouviram dizer. Os demais textos bíblicos não serão contemplados na leitura.

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Desde criança ouvi que devíamos confiar cegamente na religião e seria ela responsável pela minha condução espiritual, minha salvação diante de Deus. Caso se não a seguisse, iria para o inferno e padeceria eternamente. Pensava na missão que tinha com o próprio espírito: salvá-lo e elevá-lo para o céu. Ficava com os pensamentos ao longe, estou aqui neste mundo para fazer a própria salvação, vencer o mal e purificar o espírito de um mundo pecador. Imaginava o demônio querendo-me como fonte de energia para seus caldeirões para manter sua prática do mal. Assuntava-me saber que nasci e poderia ter o terrível destino: ser queimado no fogo eterno. Precisava ser salvo para gozar de um paraíso aos cuidados e tratos de Deus criador.

Deus me pos neste mundo para escolher viver com Ele ou ter um fim das maiores crueldades: ser condenado ao inferno.

Não nasci com nenhum manual que me orientasse a escolha de meu destino, por que não poderia ter nascido no céu e lá receber o ensinamento puro de Deus? Era preciso passar por testes para voltar a Ele.

Quem será que institui esta missão? Quem orientou que nascemos para ser elevado ou condenado? Deus! Penso que não. Hoje tenho a absoluta certeza que os seres foram criados para serem felizes.

O ocidente tem como predominância a cultura religiosa cristã. Com o intuito de conhecer o cristianismo, faremos a leitura dos textos do novo testamento. Concentraremos a leitura nos evangelistas Mateus e João por terem vivido com Jesus, como Marcos e Lucas que viveram na época. Entendemos que o testemunho de quem presenciou e que estavam próximo do momento é muito mais válido do que os que apenas ouviram dizer.

Os demais textos bíblicos não serão contemplados na leitura.

ISBN978-85-88886-77-3

9 788588 886773

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Prefácio

A Conversa Franca não tem o objetivo de julgar

nem subjugar pessoas, instituições, sociedades,

culturas, tradições ou formas de pensar sobre

a espiritualidade humana baseada nas suas escrituras.

Desde criança ouvi que devíamos confiar cega-

mente na religião e seria ela responsável da minha

condução espiritual, minha salvação diante de Deus.

Caso não a seguisse, iria para o inferno e padeceria

eternamente. Pensava na missão que tinha com o pró-

prio espírito: salvá-lo e elevá-lo ao céu. Ficava com os

pensamentos ao longe, “estou aqui neste mundo para

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fazer a própria salvação, vencer o mal e purificar o

espírito de um mundo pecador”. Imaginava e imagi-

nava o demônio querendo-me como fonte de energia

para seus caldeirões para manter sua prática do mal.

Assustava-me saber que nasci e poderia ter o terrível

destino: ser queimado no fogo eterno. Precisava ser

salvo para gozar de um paraíso aos cuidados e tratos

de Deus criador.

Deus me pôs neste mundo para escolher viver

com Ele ou ter um fim das maiores crueldades: ser

condenado ao inferno. Com o tempo achei estranho

Deus criar o ser humano para escolher dois fins.

Não nasci com nenhum manual que me orientasse

na escolha de meu destino, por que não poderia ter

nascido no céu e lá receber o ensinamento puro de

Deus? Era preciso passar por testes para voltar a Ele.

Quem será que institui esta missão?

Quem orientou que nascemos para ser elevado

ou condenado?

Deus! Penso que não.

Hoje tenho a absoluta certeza de que os seres

foram criados para serem felizes.

Algo chama a atenção:

Como pode milhões de pessoas serem cristãs sem

se quer ter feito uma leitura do Novo Testamento?

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A Convocação

Dos motivos

O cristianismo mudou a história da humanida-

de, hoje congrega bilhões de fiéis por volta da orla

terrestre. Para analisar a história e esclarecê-la à po-

pulação, é fundamental entrevistarmos os principais

narradores que testemunharam: as palavras, as ações,

atitudes; conviveram, comungaram de corpo presente

com Jesus Cristo. É mais que um dever que eles se

apresentem e esclareçam os anseios da humanidade.

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Convocados

Tendo por voga esclarecer sobre o cristianismo

à população, estão intimados os Senhores discípulos

de Jesus Cristo: Mateus; João; Simão, chamado de

Pedro;, Tiago, filho de Zebedeu; Bartolomeu; Filipe;

Tomé; Judas Iscariotes; Simão; Tiago, filho de Alfeu;

André; Tadeu; como os evangelistas Marcos e Lucas.

Marcos acompanhou Pedro e escreveu o evangelho.

O médico Lucas não conviveu com Jesus, mas soube

da existência de Cristo após a crucificação, juntou-se

com o apóstolo Paulo e pesquisou a história na época,

por isso, os dois também estão convocados para es-

clarecimentos que se fizerem necessários. O apóstolo

Saulo, ou Paulo, será intimado no momento oportuno

quando do seu esclarecimento sobre a visão de Cristo.

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O Nascimento de Jesus

Uma parte da história.

É do princípio que tudo passa a existir, não há

maior importância do que o início. É por isso que se

comemora o aniversário de nascimento, foi nesta data

que o ser passou a existir no mundo.

No natal é comemorado o nascimento de Je-

sus. “Na verdade, a data de 25 de dezembro não se

deve a um estrito aniversário cronológico, mas sim à

substituição, com motivos cristãos, das antigas festas

cristãs.

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O dia 25 de dezembro era tido também como o

do nascimento do misterioso deus iraniano Mitra, o

Sol da Virtude.

A razão provável da adoção de 25 de dezembro

é que os primeiros cristãos desejaram que a data coin-

cidisse com a festa pagã dos romanos dedicada ‘ao

nascimento do sol inconquistado’, que comemorava

o solstício de inverno. A festa do Natal foi instruída

oficialmente pelo bispo romano Libério no ano 354.”

Fonte: ©Encyclopaedia Britannica do

Brasil Publicações Ltda.

O ano zero fora calculado em 533 e.c. (época

contemporânea) pelo monge Dionysius Exiguus, a

pedido do Papa João 1º. Ele cometeu um erro de

quatro anos no seu cálculo, ou seja, quando Jesus

nasceu no ano zero, ele já fazia quatro anos de idade.

Fonte: LÄPPLE, Alfred. A Bíblia Hoje: Documentação

de História, Geografia, Arqueologia. Edições Paulinas.

São Paulo, 1984. Página 138

Vamos à história de vocês.

Nossa investigação sobre a história inicia-se no

nascimento de Jesus. Quem de vocês pode nos dizer

como foi a concepção de Jesus?

Mateus, pode nos dizer?

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O Batismo

O batismo é o ritual de purificação do corpo e

o renascer espiritual. É uma tradição e um

momento importante para o cristão ser puri-

ficado, salvo e entrar no reino do céu. Como ocorreu

o batismo de Jesus?

O batismo de Jesus foi realizado por João Batista,

no Jordão, como um fato histórico notável: “depois que

Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus

se abriram e viu descer sobre ele, em forma de pomba,

o Espírito de Deus. E do céu baixou uma voz: Eis meu

Filho muito amado em quem ponho minha afeição”. (Mateus 3:16-17)

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Realmente, Mateus, é um fato notável, a presença

viva do espírito e a voz de Deus. Para a igreja cristã,

nesse momento, se fez presente a santíssima trindade.

Sim, Lucas, você concorda com as palavras de

Mateus, pode nos dizer com as suas palavras.

Todo o povo ia sendo batizado, também Jesus o

foi. “E, estando ele a orar, o céu se abriu e o Espírito

Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma

pomba; e veio do céu uma voz: Tu és o meu Filho

bem-amado; em ti ponho minha afeição”.

(Lucas 3: 21- 22)

Lucas, você comentou com as mesmas palavras

de Mateus, é esse o comentário que se ouvia na épo-

ca? Como, Marcos e João, vocês têm uma versão

diferente, então não era um comentário uniforme!

Conte-nos, então, a versão de vocês.

“No momento em que Jesus saía da água, João

viu os céus abertos e descer o Espírito em forma de

pomba sobre ele. E ouviu-se dos céus uma voz: Tu és o

meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição”.

(Marcos 1: 10- 11)

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Deus

No cristianismo, Jesus é sucessor de Deus, é

ele o encarregado de levar a salvação e con-

duzir os fiéis até Deus. Como foi concedida

a carta magna de tamanha e nobre missão? Antes,

poderíamos perguntar o que é Deus?

“Deus é espírito, e os seus adoradores devem

adorá-lo em espírito e verdade.”

(João 4:24)

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João, se Deus é espírito e devemos adorá-lo, por

que as religiões pregam a adoração a Cristo? Se ele é

onipresente e onisciente, por que o cristianismo põe

Jesus como Deus? Por que Jesus não apresentou seu

pai: Deus?

Para que vocês possam responder às perguntas,

vamos segmentar nossa análise em ordem dos fatos

que nos leva à compreensão da carta magna que con-

cedeu a representação divina a Cristo.

1- Tu és o Filho de Deus!

Durante a passagem de Jesus, existia algum fato

que nos falasse que ele era filho de Deus?

“Quando os espíritos imundos o viam, prostra-

vam-se diante dele e gritavam: Tu és o Filho de Deus!”

Ele os proibia severamente que o dessem a co-

nhecer”.

(Marcos 3: 11- 12)

Mas, Marcos, será que os espíritos imundos

iriam anunciar seu concorrente ou mesmo anunciar

justamente quem iria acabar com eles?

Quem prostra diante do inimigo a não ser por

subordinação da derrota?