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CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO ENG. CIVIL JOSÉ MENDES DE ARAÚJO JUNIOR DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL FACULDADE DE TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

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CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS DE

REVESTIMENTO

ENG. CIVIL JOSÉ MENDES DE ARAÚJO JUNIOR

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL

FACULDADE DE TECNOLOGIA

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DAS PROPRIEDADES

FÍSICO-MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS DE

REVESTIMENTO

ENG° JOSÉ MENDES DE ARAÚJO JUNIOR

ORIENTADOR: ELTON BAUER

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM ESTRUTURAS E

CONSTRUÇÃO CIVIL

PUBLICAÇÃO: E.DM - 009A/04

BRASÍLIA/DF: DEZEMBRO – 2004

ii

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-

MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO

ENG° JOSÉ MENDES DE ARAÚJO JUNIOR

DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA COMO PARTE DOS REQUISÍTOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL.

APROVADA POR:

_________________________________________________

Prof. ELTON BAUER, DSc (ENC-UnB) (Orientador) _________________________________________________ Prof. ANTÔNIO ALBERTO NEPOMUCENO, Dr. Ing (ENC-UnB) (Examinador Interno) _________________________________________________ Prof. OSWALDO CASCUDO MATOS, DSc (UFG) (Examinador Externo) BRASÍLIA/DF, 07 DE DEZEMBRO DE 2004

iii

FICHA CATALOGRÁFICA

ARAÚJO JR., JOSÉ MENDES DE Contribuição ao Estudo das Propriedades Físico-Mecânicas das Argamassas de

Revestimento [Distrito Federal] 2004. xxiii, 175p., 297 mm (ENC/FT/UnB, Mestre, Estruturas e Construção Civil, 2004).

Dissertação de Mestrado – Universidade de Brasília. Faculdade de Tecnologia.

Departamento de Engenharia Civil e Ambiental. 1.Argamassas 2.Sistema de revestimento 3.Propriedades físicas e mecânicas 4.Resistência I. ENC/FT/UnB II. Título (série)

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ARAÚJO JR., J.M. (2004). Contribuição ao Estudo das propriedades Físico-Mecânicas das

Argamassas de Revestimento. Dissertação de Mestrado em Estruturas e Construção Civil,

Publicação E.DM – 009A/04, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental,

Universidade de Brasília, Brasília, DF, 175p.

CESSÃO DE DIREITOS

AUTOR: José Mendes de Araújo Junior.

TÍTULO: Contribuição ao Estudo das Propriedades Físico-Mecânicas das Argamassas de

Revestimento.

GRAU: Mestre ANO: 2004

É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta dissertação

de mestrado e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e

científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte dessa dissertação

de mestrado pode ser reproduzida sem autorização por escrito do autor.

____________________________

José Mendes de Araújo Junior SQN 402 Bloco K apartamento 207. 70.834-110 Brasília – DF – Brasil.

iv

"O início da sabedoria é a admissão da própria ignorância”.

Sócrates

v

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, José e Maricelma, meus irmãos Haron e

Andréa, pela confiança depositada e pelo constante incentivo

observado durante minha formação pessoal e profissional; meus

exemplos de vida, amor e ensinamentos.

A Andréa pelo amor incondicional.

vi

AGRADECIMENTOS

Ao professor Elton Bauer, pela orientação segura e a imprescindível perspicácia no trato

com pesquisas de cunho científico.

A todos os professores, colegas e funcionários do PECC que, de alguma forma,

contribuíram para a plena realização desse trabalho.

Aos técnicos e amigos Severino e Xavier, do Laboratório de Materiais (LEM) da UnB,

pela efetiva participação durante a execução do programa experimental dessa pesquisa.

Ao GEMAT – Grupo de Estudos Avançados em Materiais, pelas valiosas discussões.

Aos colegas de curso: Carla, Sávio, Cláudio, Arlindo, Li Chong, Nielsen, Isaura, Getúlio,

Patrícia, Sérgio, Elvio, João Henrique e Dirceu pelo apoio e amizade.

Ao tio Eures por me mostrar às possibilidades do conhecimento.

A tia Dolly pelo apoio e incentivo nesta fase final da dissertação.

A Andréa pelo incentivo, compreensão, as palavras de encorajamento nas horas de

fraqueza, o apoio nesta etapa final e o amor incondicional.

Aos meus pais José Mendes e Maricelma, pelo incentivo constante durante toda a minha

formação pessoal, acadêmica e profissional. Aos meus irmãos Haron e Andréa, pela

consideração e incentivo.

A toda a minha família.

A todos, os meus sinceros votos de agradecimento.

vii

RESUMO CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DAS PROPRIEDADES FÍSICO-MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO Autor: José Mendes de Araújo Júnior Orientador: Elton Bauer Programa de Pós-graduação em Estruturas e Construção Civil Brasília, dezembro de 2004

O presente trabalho estudou o comportamento físico-mecânico das argamassas de

revestimento no estado endurecido com ênfase nas propriedades de resistência,

deformabilidade e absorção/permeabilidade à água e analisou diferentes metodologias na

sua determinação.

Para verificar essas propriedades, foram produzidas cinco argamassas, sendo uma

industrializada e quatro mistas de cimento, cal e areia. Essas últimas foram confeccionadas

com variação do consumo de cimento e na granulometria da areia utilizada. Utilizou-se

também diferentes corpos-de-prova, para determinar qual forma melhor se adequa aos

experimentos. As argamassas foram submetidas a ensaios para determinação de resistência

à tração, de resistência à compressão, de módulo de deformação, da permeabilidade e

absorção de água, da velocidade de propagação de onda ultra-sônica, do coeficiente de

Poisson, da densidade de massa, do índice de vazios e do coeficiente de capilaridade.

Observou-se que as metodologias aplicadas se mostraram de fácil execução. Destacou-se

os ensaios para determinação da velocidade de propagação de onda ultra-sônica, resistência

à tração na flexão e compressão usando corpos-de-prova prismáticos por serem simples,

fáceis e rápidos de se executar. O ultra-som apresentou relação com os ensaios de

determinação de absorção de água, da densidade de massa, do índice de vazios, da

resistência à compressão e da resistência à tração. Para o módulo de deformação a relação

não ficou clara. E não apresentou relação com o coeficiente de Poisson.

De um modo geral areias mais grossas e o maior consumo de cimento aumentam a

resistência mecânica e o módulo de deformação das argamassas. O tipo de corpo-de-prova

influencia nos resultados. E a argamassa industrializada apresentou as maiores resistências

mecânicas dentre as argamassas.

viii

ABSTRACT CONTRIBUTION TO THE STUDY OF PROPERTIES PHISICS-MECHANICS OF THE RENDERING MORTARS Author: José Mendes de Araújo Junior Supervisor: Elton Bauer Programa de Pós-graduação em Estruturas e Construção Civil Brasília, december, 2004

This work studied the physical and mechanical behavior of hardened mortars, with

emphasis in the properties of strength, static modulus of elasticity and water absorption;

and analyzed different methodologies in the determination of these properties.

To verify these properties, it had been produced five mortars, being one industrialized and

four mixed with cement, lime and sand. The latter ones had been confectioned with

different cement ratio and particle size of sand. Specimens were also different to determine

what shape is the best for the experiments. The evaluation of the mortars was based on

determination of compressive strength test, static modulus of elasticity , water absorption,

propagation of ultrasonic wave velocity, Poisson’s ratio, dry bulk density, and others ones.

It was observed that the applied methodologies have shown to be easy execution. The tests

for determination of propagation of ultra-sonic wave speed, flexural and compressive

strength, using prismatic specimens, were simple, easy and fast in execution. The ultra-

sonic test presented a relation with the determination of water absorption, dry bulk density

of hardened mortar, the compressive, tensile strength and others. The ultrasonic test

relation with static modulus of elasticity was not clear. And did not present relation with

Poisson’s ratio;

In general, bigger particle size of sand and higher cement ratio increase mechanical

strength and static modulus of elasticity of mortars. The specimens shape influences in the

results. Moreover, the industrialized mortar presented the biggest mechanical strength

amongst mortars.

ix

SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO .............................................................................................................1

1.1 - JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TEMA ...............................................1

1.2 - OBJETIVOS ...........................................................................................................2

1.3 - ESTRUTURAÇÃO DA DISSERTAÇÃO............................................................3

2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................................5

2.1 - REVESTIMENTO DE ARGAMASSA ................................................................5

2.1.1 - Constituição do revestimento ......................................................................7

2.1.1.1 - Substrato......................................................................................................7

2.1.1.2 – Revestimento de argamassa........................................................................9

2.1.2 - Materiais constituintes ...............................................................................10

2.1.2.1 - Aglomerantes.............................................................................................10

2.1.2.2 - Areia ..........................................................................................................11

2.1.2.3 – Adições e aditivos.....................................................................................12

2.2 - PROPRIEDADES DO REVESTIMENTO DE ARGAMASSA.......................14

2.2.1 - Propriedades aglomerantes .......................................................................14

2.2.2 - Propriedade adesiva ...................................................................................15

2.3 - AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS E DO

REVESTIMENTO NO ESTADO ENDURECIDO..........................................19

2.3.1 - Resistência mecânica – tração e compressão ...........................................19

2.3.2 - Módulo de deformação ..............................................................................20

2.3.2.1 - Módulo de deformação estático ................................................................21

2.3.2.2 - Módulo de deformação dinâmico..............................................................21

2.3.2.3 - Módulo de deformação à flexão................................................................21

2.3.3 - Resistência de aderência ............................................................................23

2.3.4 - Velocidade de propagação de onda ultra-sônica – relação com

propriedades físico-mecânicas..............................................................................25

2.4 - CLASSIFICAÇÃO DAS ARGAMASSAS.........................................................26

3 - PROGRAMA EXPERIMENTAL E MATERIAIS ..................................................30

3.1 - PROJETO EXPERIMENTAL............................................................................30

x

3.1.1 - Estudo das propriedades das argamassas de revestimento ....................30

3.2 - MATERIAIS UTILIZADOS...............................................................................33

3.2.1 - Aglomerantes ..............................................................................................33

3.2.2 - Areia ............................................................................................................35

3.2.3 - Argamassas empregadas na pesquisa.......................................................37

3.2.3.1 - Determinação da densidade de massa .......................................................38

3.2.3.2 - Determinação da Consistência ..................................................................39

3.2.3.3 - Teor de ar...................................................................................................42

3.2.3.4 - Determinação da retenção de água............................................................44

3.2.3.5 - Resultados da caracterização da argamassa no estado fresco ...................47

3.2.4 - Blocos de alvenaria.....................................................................................47

3.3 - METODOLOGIA DE PESQUISA.....................................................................48

3.3.1 - Produção da argamassa e condições de cura ...........................................48

3.3.2 - Produção de corpos-de-prova de argamassa ...........................................50

3.3.3 - Produção dos revestimentos em bloco de alvenaria ................................51

3.3.4 - Produção das placas isoladas de revestimento.........................................53

3.3.5 - Ensaios realizados no estado endurecido .................................................54

3.3.5.1 - Propagação de onda ultra-sônica...............................................................54

3.3.5.2 - Resistência à tração por compressão diametral .........................................56

3.3.5.3 - Resistência à tração na flexão ...................................................................57

3.3.5.4 - Resistência à compressão ..........................................................................58

3.3.5.5 - Módulo de deformação..............................................................................59

3.3.5.6 - Coeficiente de Poisson ..............................................................................65

3.3.5.7 - Taxa inicial de absorção de água livre (IRA) e Absortividade. ................66

3.3.5.8 - Absorção de água por capilaridade ...........................................................68

3.3.5.9 - Absorção de água por imersão, índice de vazios.......................................70

3.3.5.10 - Densidade de massa no estado endurecido..............................................71

3.3.5.11 - Permeabilidade pelo método do cachimbo..............................................73

3.3.5.12 - Resistência de aderência à tração ............................................................74

4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................76

4.1 - PROPRIEDADES FÍSICAS DAS ARGAMASSAS E DO REVESTIMENTO

NO ESTADO ENDURECIDO ...........................................................................76

4.1.1 - Ensaio do ultra-som....................................................................................76

xi

4.1.2 - Densidade de massa....................................................................................77

4.1.3 - Índice de vazios e absorção........................................................................79

4.1.4 - Capilaridade, IRA (modificado), ensaio do cachimbo e absortividade .81

4.2 - PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS E DOS

REVESTIMENTOS NO ESTADO ENDURECIDO .......................................84

4.2.1 - Resistência à compressão e resistência à tração ......................................84

4.2.2 - Resistência de aderência ............................................................................86

4.3 - PROPRIEDADES DE DEFORMAÇÃO DAS ARGAMASSAS E DOS

REVESTIMENTOS NO ESTADO ENDURECIDO .......................................88

4.3.1 - Módulo de deformação e coeficiente de Poisson......................................88

4.4 - RELAÇÕES ENTRE ULTRA-SOM E AS PROPRIEDADES DAS

ARGAMASSAS E DO REVESTIMENTO.......................................................90

4.4.1 - Relações entre ultra-som e as propriedades e características físicas.....90

4.4.2 - Relações entre ultra-som e a propriedades mecânicas............................94

4.4.3 - Relações entre ultra-som e a propriedades de deformação....................97

4.5 - RELAÇÕES ENTRE AS PROPRIEDADES FISÍCO-MECÂNICAS E DE

DEFORMAÇÃO DAS ARGAMASSAS E DO REVESTIMENTO ...............99

4.5.1 - Relações entre capilaridade x IRA (modificado), ensaio do cachimbo e

absorção ..................................................................................................................99

4.5.2 - Relação entre resistência à tração por compressão diametral e

resistência de aderência.......................................................................................101

4.5.3 - Relações entre módulo e resistência mecânica.......................................102

4.6 - RELAÇÕES ENTRE AS CARACTERÍSTICAS DA DOSAGEM E

PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS E DO

REVESTIMENTO ............................................................................................103

4.6.1 - Relações entre consumo de cimento e resistência mecânica.................103

4.6.2 - Relações entre relação a/c e resistência mecânica .................................104

4.6.3 - Relações entre relação módulo de finura e resistência mecânica ........105

5 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................107

5.1 - CONCLUSÕES SOBRE OS RESULTADOS E AS RELAÇÕES

ENCONTRADAS........................................................................................................107

5.2 - CONSIDERAÇÕES SOBRE A APLICAÇÃO DoS MÉTODOS..................110

5.3 - CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CORPOS-DE-PROVA UTILIZADOS ....111

xii

5.4 - SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS............................................112

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................113

APÊNDICES...................................................................................................... A - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA ARGAMASSA AR-1................121

B - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA ARGAMASSA AR-2 ................132

C - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA ARGAMASSA AR-3................143

D - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA ARGAMASSA AR-4................153

E - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA ARGAMASSA AI.....................164

F - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA ARGAMASSAS – MÓDULO

DINÂMICO................................................................................................................175

xiii

LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 - Classificação da areia quanto ao módulo de finura, NBR 7217 (ABNT, 1987)

........................................................................................................................11

Tabela 2.2 - Limites de resistência de aderência à tração, NBR 13749 (ABNT,1996).......23

Tabela 2.3 - Classificação do tipo de revestimento segunda a NBR 13530........................26

Tabela 2.4 - Classificação das argamassas (NBR 13530) ...................................................27

Tabela 2.5 - Exigências mecânicas e características no estado fresco para argamassas

(NBR 13281) ..................................................................................................27

Tabela 2.6 - Classificação MERUC ....................................................................................29

Tabela 3.1 - Caracterização física da cal hidratada CH-I ....................................................33

Tabela 3.2 - Caracterização química da cal hidratada CH-I................................................33

Tabela 3.3 - Caracterização física do cimento Portland CP II F-32 ....................................34

Tabela 3.4 - Caracterização química do cimento Portland CP II F-32................................35

Tabela 3.5 - Caracterização das areias médias empregadas nas argamassas mistas ...........36

Tabela 3.6 - Traços argamassas mistas................................................................................37

Tabela 3.7 - Resultados médios da caracterização das argamassas de revestimento, no

estado fresco.................................................................................................. .47

Tabela 3.8 - Resultados de caracterização dos blocos de concreto utilizados em laboratório

........................................................................................................................48

Tabela 4.1 - Resultados médios de ultra-som em ensaios realizados na argamassa e no

revestimento no estado endurecido ................................................................76

Tabela 4.2 - Resultados médios dos ensaios realizados na argamassa e no revestimento no

estado endurecido...........................................................................................78

Tabela 4.3 - Resultados médios dos ensaios de índice de vazios ........................................80

Tabela 4.4 - Resultados médios dos ensaios de absorção, capilaridade, IRA, ensaio do

cachimbo e absortividade ...............................................................................81

Tabela 4.5 - Resumo dos ensaios físicos realizados nas placas isoladas.............................84

Tabela 4.6 - Resultados médios ensaio mecânicos..............................................................84

Tabela 4.7 - Resultados médios do ensaio de aderência......................................................86

Tabela 4.8 - Resumo dos ensaios mecânicos realizados nas placas isoladas ......................87

Tabela 4.9 - Resultados médios dos ensaios de módulo de deformação e coeficiente de

Poisson ...........................................................................................................88

Tabela A.1 - Velocidade de propagação ultra-sônica - placa isolada................................121

xiv

Tabela A.2 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10....................................121

Tabela A.3 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 X 30.................................121

Tabela A.4 - Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma.........................................122

Tabela A.5 - Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento ...............................122

Tabela A.6 - Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada..122

Tabela A.7 - IRA e dados de absortividade.......................................................................123

Tabela A.8 - Tração na flexão e módulo corda – placa isolada.........................................124

Tabela A.9 - Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo...........................125

Tabela A.10 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10 ..............126

Tabela A.11 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30 ............127

Tabela A.12 - Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 x 10......................128

Tabela A.13 - Resistência de aderência - revestimento.....................................................128

Tabela A.14 - Tração na flexão e módulo corda – prisma ................................................129

Tabela A.15 - Resistência à compressão – prisma ............................................................130

Tabela A.16 - Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP-5 x 10...130

Tabela A.17 - Coeficiente de capilaridade ........................................................................131

Tabela B.1 - Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada ...............................132

Tabela B.2 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10....................................132

Tabela B.3 -Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30...................................132

Tabela B.4 - Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma .........................................133

Tabela B.5 - Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento ...............................133

Tabela B.6 - Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada..133

Tabela B.7 - IRA e dados de absortividade .......................................................................134

Tabela B.8 - Tração na flexão e módulo corda – placa isolada.........................................135

Tabela B.9 - Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo...........................136

Tabela B.10 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10...............137

Tabela B.11 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30.............138

Tabela B.12 - Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 x 10 ......................139

Tabela B.13 - Resistência de aderência - revestimento .....................................................139

Tabela B.14 - Tração na flexão e módulo corda – prisma.................................................140

Tabela B.15 - Resistência à compressão – prisma.............................................................141

Tabela B.16 - Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP-5 x 10 ...141

Tabela B.17 - Coeficiente de capilaridade.........................................................................142

Tabela C.1 - Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada ...............................143

xv

Tabela C.2 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10....................................143

Tabela C.3 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30..................................143

Tabela C.4 - Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma .........................................144

Tabela C.5 - Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento ...............................144

Tabela C.6 - Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada..144

Tabela C.7 - IRA e dados de absortividade .......................................................................145

Tabela C.8 - Tração na flexão e módulo corda – placa isolada.........................................146

Tabela C.9 - Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo...........................147

Tabela C.10 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10...............148

Tabela C.11 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30.............149

Tabela C.12 - Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 x 10 ......................149

Tabela C.13 - Resistência de aderência - revestimento .....................................................150

Tabela C.14 - Tração na flexão e módulo corda – prisma.................................................151

Tabela C.15 - Resistência à compressão – prisma.............................................................151

Tabela C.16 - Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP-5 x 10 ...152

Tabela C.17 - Coeficiente de capilaridade.........................................................................152

Tabela D.1 - Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada ...............................153

Tabela D.2 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10....................................153

Tabela D.3 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30..................................153

Tabela D.4 - Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma.........................................154

Tabela D.5 - Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento ...............................154

Tabela D.6 - Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada..154

Tabela D.7 - IRA e dados de absortividade.......................................................................155

Tabela D.8 - Tração na flexão e módulo corda – placa isolada.........................................156

Tabela D.9 - Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo...........................157

Tabela D.10 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10 ..............158

Tabela D.11 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30 ............159

Tabela D.12 - Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 x 10......................160

Tabela D.13 - Resistência de aderência - revestimento.....................................................160

Tabela D.14 - Tração na flexão e módulo corda – prisma ................................................161

Tabela D.15 - Resistência à compressão – prisma ............................................................162

Tabela D.16 - Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP-5 x 10...162

Tabela D.17 - Coeficiente de capilaridade ........................................................................163

Tabela E.1 - Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada ...............................164

xvi

Tabela E.2 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10 ....................................164

Tabela E.3 - Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30 ..................................164

Tabela E.4 - Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma .........................................165

Tabela E.5 - Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento................................165

Tabela E.6 - Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada ..165

Tabela E.7 - IRA e dados de absortividade .......................................................................166

Tabela E.8 - Tração na flexão e módulo corda – placa isolada .........................................167

Tabela E.9 - Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo ...........................168

Tabela E.10 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10...............169

Tabela E.11 - Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30.............170

Tabela E.12 - Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 x 10 ......................171

Tabela E.13 - Resistência de aderência - revestimento .....................................................171

Tabela E.14 - Tração na flexão e módulo corda – prisma.................................................172

Tabela E.15 - Resistência à compressão – prisma.............................................................173

Tabela E.16 - Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP-5 x 10 ...173

Tabela E.17 - Coeficiente de capilaridade.........................................................................174

Tabela F.1 - Modulo de deformação dinâmico..................................................................175

xvii

LISTA DE FIGURAS Figura 2.1 -Solicitações impostas às superfícies externas da edificação (modificada de

Bauer, 1987) .......................................................................................................7

Figura 2.2 - Representação esquemática do mecanismo de aderência entre argamassa de

cimento e cal e blocos cerâmicos (Carasek, 1996) ...........................................17

Figura 3.1 - Hierarquia entre as variáveis dependentes e a independente do programa

experimental .....................................................................................................32

Figura 3.2 - Curva granulométrica do agregado utilizado na argamassa mista em

laboratório, segundo a NBR 5734 (ABNT, 1988)............................................37

Figura 3.3 - Curva granulométrica da argamassa industrializada .......................................38

Figura 3.4 - Dispositivo mecânico para lançamento da argamassa - caixa de queda (Paes,

2004) .................................................................................................................52

Figura 3.5 - a) Transmissão direta; b)Transmissão indireta ................................................55

Figura 3.6 - a) e b) - Método para cálculo da velocidade ultra-sônica por transmissão

indireta (NBR 8802, ABNT, 1994) ..................................................................56

Figura 3.7 - Esboço do ensaio para determinação da resistência a tração por compressão

diametral pela NBR 7222 (ABNT, 1994).........................................................56

Figura 3.8 -Ensaio de resistência à tração na flexão............................................................57

Figura 3.9 -Curva tensão x Deformação. A declividade “a” corresponde ao módulo corda,

Bastos (2001) ....................................................................................................61

Figura 3.10 -Disposição das pastilhas nos corpos-de-prova 5x10cm..................................62

Figura 3.11 - Gráfico i x t1/2 para obtenção da absortividade..............................................68

Figura 3.12 -Ensaio de capilaridade (EN 1015-18, 2001)...................................................69

Figura 4.1 - Resultados médios do ultra-som......................................................................77

Figura 4.2 - Resultados médios de densidade de massa ......................................................78

Figura 4.3 - Representação esquemática do esvaziamento dos capilares da camada de

argamassa aplicada sobre bloco e o efeito de retração causado na superfície e

na interface argamassa-substrato (Bastos, 2001)..............................................79

Figura 4.4 - a)Resultados médios do ensaio de índice de vazios; b)Resultados médios do

ensaio de absorção ............................................................................................80

Figura 4.5 - a)Resultados médios do ensaio do coeficiente de capilaridade; b)Resultados

médios do IRA..................................................................................................82

xviii

Figura 4.6 - a)Resultados médios do ensaio de absortividade; b)Resultados médios de

permeabilidade pelo método do cachimbo .......................................................83

Figura 4.7 - Resultados médios do ensaio de resistência à compressão..............................85

Figura 4.8 - a)Resultados médios do ensaio de resistência à tração por compressão

diametral; b)Resultados médios de resistência à tração na flexão....................86

Figura 4.9 - Resultados médios de resistência de aderência................................................87

Figura 4.10 - Resultados médios dos ensaios para determinação dos módulos de

deformação .......................................................................................................89

Figura 4.11 - Resultados médios do coeficiente de poisson................................................90

Figura 4.12 - Relação entre ultra-som x densidade de massa..............................................91

Figura 4.13 - Relação entre ultra-som x absorção de água..................................................91

Figura 4.14 - Relação entre ultra-som x índice de vazios ...................................................92

Figura 4.15 - Relação entre ultra-som x coeficiente de capilaridade ..................................92

Figura 4.16 - Relação entre ultra-som x IRA ......................................................................93

Figura 4.17 - Relação entre ultra-som x permeabilidade pelo método do cachimbo ..........93

Figura 4.18 - Relação entre ultra-som x absortividade........................................................94

Figura 4.19 - Relação entre ultra-som x resistência à compressão (prisma) .......................95

Figura 4.20 - Relação entre ultra-som x resistência à compressão (CP-5x10)....................95

Figura 4.21 - Relação entre ultra-som x resistência à compressão (cp-15x30)...................95

Figura 4.22 - Relação entre ultra-som x resistência à tração na flexão (placa isolada).......96

Figura 4.23 - Relação entre ultra-som x resistência à tração na flexão (prisma) ................96

Figura 4.24 - Relação entre ultra-som x resistência à tração por compressão diametral ...96

Figura 4.25 - Relação entre ultra-som x resistência de aderência .......................................97

Figura 4.26 - Relação entre ultra-som x módulo secante (CP-5x10) ..................................98

Figura 4.27 - Relação entre ultra-som x módulo corda (placa isolada)...............................98

Figura 4.28 - Relação entre ultra-som x coeficiente de Poisson .........................................99

Figura 4.29 - Relação entre capilaridade x IRA ..................................................................99

Figura 4.30 - Relação entre capilaridade x permeabilidade pelo método do cachimbo....100

Figura 4.31 - Relação entre capilaridade x absorção.........................................................100

Figura 4.32 - Relação entre resistência à tração por compressão diametral x resistência de

aderência .........................................................................................................101

Figura 4.33 - Relação entre resistência à tração por compressão diametral x resistência de

aderência .........................................................................................................102

xix

Figura 4.34 - Relação entre módulo secante (CP-5x10) x resistência à compressão (CP-

5x10) ...............................................................................................................102

Figura 4.35 - a)Relação entre módulo corda (placa isolada) x resistência à tração na flexão;

b)Relação entre módulo corda (placa isolada) x resistência de aderência......103

Figura 4.36 - a)Relação entre consumo de cimento x resistência de aderência; b)Relação

entre consumo de cimento x resistência à compressão (CP-5x10); c) relação

entre consumo de cimento x resistência à tração na flexão (placa isolada)....104

Figura 4.37 - a)Relação entre relação a/c x resistência de aderência; b)relação entre relação

a/c x resistência à compressão (CP-5x10); c) relação entre relação a/c x

resistência à tração na flexão (placa isolada)..................................................105

Figura 4.38 - a)Relação entre módulo de finura x resistência de aderência; b)Relação entre

módulo de finura x resistência à a tração por compressão diametral; c)Relação

entre módulo de finura x resistência à compressão (cp-5x10); d)Relação entre

módulo de finura x resistência à tração na flexão (placa isolada) ..................106

Figura A.1 - Absortividade................................................................................................123

Figura A.2 - Gráfico método do cachimbo........................................................................125

Figura B.1 - Absortividade ................................................................................................134

Figura B.2 - Gráfico método do cachimbo........................................................................136

Figura C.1 - Absortividade ................................................................................................145

Figura C.2 - Gráfico método do cachimbo........................................................................147

Figura D.1 - Absortividade................................................................................................155

Figura D.2 - Gráfico método do cachimbo........................................................................157

Figura E.1 - Absortividade ................................................................................................166

Figura E.2 - Gráfico método do cachimbo ........................................................................168

xx

LISTA DE FOTOGRAFIAS

Fotografia 2.1 - Aspecto da mudança ocorrida nas características reológicas da argamassa

com aditivo incorporador de ar: a)Argamassa sem aditivo incorporador de

ar com aspecto de seco; b)Argamassa com aditivo incorporador de ar com

aspecto plástico.(Alves, 2002)...................................................................13

Fotografia 2.2 - Interface argamassa substrato cerâmico: a)Região de baixa extensão de

aderência; b)Região de alta extensão de aderência.(Carasek, 1996).........16

Fotografia 2.3 - Ensaio para determinação da resistência à tração na flexão......................20

Fotografia 2.4 - Ensaio para determinação do módulo de deformação na flexão ...............22

Fotografia 2.5 - Dinamômetro de tração, da marca Dynatest, utilizado nessa pesquisa .....24

Fotografia 3.1 - a)Moldagem da argamassa; b)Aplicação dos golpes; c)Medida do

espalhamento .............................................................................................39

Fotografia 3.2 - Aparelho Vane Tester, utilizado para medir tensão limite de escoamento

(τ0). ............................................................................................................40

Fotografia 3.3 - a) Equipamento utilizado no ensaio de penetração do cone; b)Posição do

cone para efetuar a leitura inicial...............................................................42

Fotografia 3.4 - Equipamentos utilizados no ensaio............................................................43

Fotografia 3.5 - Seqüência executiva do ensaio de determinação do teor de ar..................44

Fotografia 3.6 - Dispositivos necessários para determinação da retenção de água, segundo a

NBR 13277 (ABNT, 1995) .......................................................................45

Fotografia 3.7 - Equipamento utilizado no ensaio de retenção de água com o funil de

Bücnher modificado ..................................................................................45

Fotografia 3.8 - Seqüência da execução do ensaio de retenção de água .............................46

Fotografia 3.9 - Equipamento utilizado na mistura das argamassas....................................49

Fotografia 3.10 - a)Adensamento dos prisma; b)Aspecto final do corpo-de-prova moldado

...................................................................................................................51

Fotografia 3.11 - a)Aparato da caixa de queda posicionado sobre bloco; b)Vista superior da

caixa de queda, preenchida com argamassa fresca nos momentos pré–

aplicação; c)Rasamento da argamassa; d)Aspecto do revestimento após

rasamento...................................................................................................52

Fotografia 3.12 - a)Tela de poliéster sobre o bloco; b)Rasamento da argamassa; c)Vista do

corte do revestimento; d)Revestimento após o corte.................................53

Fotografia 3.13 - Placa isolada desmoldada ........................................................................54

xxi

Fotografia 3.14 - Equipamento de ultra-som (V-METER MK II) ......................................54

Fotografia 3.15 - a)Medição indireta em placa isolada; b)Medição indireta em revestimento

...................................................................................................................55

Fotografia 3.16 - Ensaio de tração na flexão .......................................................................58

Fotografia 3.17 - a)Ensaio em corpo-de-prova de 5x10; b)Ensaio em corpo-de-prova de

15x30 .........................................................................................................59

Fotografia 3.18 - a)Ensaio para determinar a resistência a.flexão e módulo em prismas;

b)Ensaio para determinar a resistência a.flexão e módulo em placas .......60

Fotografia 3.19 - Ensaio de módulo de deformação (CP-5x10)..........................................63

Fotografia 3.20 - Ensaio de módulo de deformação (CP-15x30)........................................63

Fotografia 3.21 - a)Limpeza do corpo-de-prova; b)Marcação da posição do extensômetro;

c)Camada regularizadora; d)Colagem do transdutor elétrico....................64

Fotografia 3.22 - Equipamento para aquisição de dados de extensômetros elétricos tipo

“strain gage” .............................................................................................65

Fotografia 3.23 - Ensaio de módulo de deformação e coeficiente de poisson (CP-15x30) 66

Fotografia 3.24 - Ensaio de absorção ..................................................................................66

Fotografia 3.25 - Ensaio de permeabilidade pelo método do cachimbo .............................73

Fotografia 3.26 - a)Corte e colagem das pastilhas b)Ensaio de resistência de aderência à

tração no revestimento...............................................................................74

xxii

LISTA DE SÍMBOLOS, NOMENCLATURA E ABREVIAÇÕES

ρ densidade do corpo-de-prova, ν coeficiente de Poisson; τ0 = Su tensão de escoamento ou resistência ao cisalhamento; γap densidade de massa aparente; γf densidade de massa, em g/cm3 εi deformação longitudinal específica (mm/mm σi tensão de tração na flexão igual a “i” % da tensão de ruptura, em MPa; ρs densidade de massa da amostra , em kg/m3; ρw densidade da água, em kg/m3. A placa isolada em contato com a lâmina de água, em cm2. a/af relação água/argamassa fresca; a/c relação água/cimento A2-8 Coeficiente de permeabilidade, em ml.min; ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas AG1 areia 1 AG2 areia 2 AG3 areia 3 AI argamassa industrializada AR-1 argamassa 1 AR-2 argamassa 2 AR-3 argamassa 3 AR-4 argamassa 4 b largura do corpo-de-prova Ci coeficiente de capilaridade CSTB CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DU BATIMENT CSTC CENTRE SCIENTIFIQUE ET TECHNIQUE DE LA CONSTRUCTION d altura do corpo de prova D diâmetro do corpo-de-prova; Ec módulo corda Ecs módulo de deformação secante Ed módulo de deformação dinâmico, EN EUROPEAN COMITTEE FOR STANDARDIZATION F força aplicada f resistência à tração na flexão ft.D resistência à tração por compressão diametral, i volume de água absorvida por unidade de área IRA Taxa inicial de absorção de água livre, l distância entre apoios L altura do corpo-de-prova, em mm. L2 Leitura do ensaio no 2° minuto; L3 Leitura do ensaio no 3° minuto; L4 Leitura do ensaio no 4° minuto; L5 Leitura do ensaio no 5° minuto; L6 Leitura do ensaio no 6° minuto; L7 Leitura do ensaio no 7° minuto; L8 Leitura do ensaio no 8° minuto; M massa da amostra M1 massa do corpo-de-prova com 10 minutos imersão,

xxiii

M2 massa do corpo-de-prova com 90 minutos de imersão, Mf massa do molde com argamassa, Mfc massa do funil cheio e filtro Mfi massa do funil para o tempo “i” de exposição à sucção, Mfv massa do funil vazio e filtro Mi massa da amostra saturada e imersa em água, Mm massa do molde vazio Ms massa da amostra seca ms,dry massa seca da amostra, ms,i massa imersa da amostra ms,sat massa saturada da amostra Msat massa da amostra saturada mu massa úmida MW massa total de água utilizada na argamassa Ra retenção de água, S coeficiente de absorção de água, absortividade t tempo, em minutos Tm torque máximo V velocidade da onda ultra-sônica Vs volume da amostra

1

1 - INTRODUÇÃO

1.1 - JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TEMA

As propriedades das argamassas, substratos, as técnicas de execução e as condições

ambientais do local onde se executa o edifício são os principais fatores que influenciam no

desempenho dos revestimentos de argamassa. O desconhecimento destes aspectos e da

relação entre eles pode ser apontado como um dos principais fatores determinantes do

grande número de incidências de manifestações patológicas nos revestimentos.

Nos últimos anos a indústria da construção civil tem passado por um desenvolvimento

tecnológico em busca de qualidade nos seus produtos e processos construtivos. As

empresas de construção civil estão buscando trocar o empirismo do processo construtivo

pelos conceitos de base científica, visando diminuir o elevado índice de fenômenos

patológicos e desperdícios, mas é ainda grande a quantidade de edificações que apresentam

patologias nos revestimentos de fachada.

No contexto em que se insere esta pesquisa percebe-se a deficiência de parâmetros

consagrados de controle das propriedades das argamassas, tal como existe para o concreto,

para que se obtenha um material que atenda às necessidades específicas de uma

determinada edificação. O que ocorre hoje é a utilização de argamassas de modo genérico,

sem um estudo prévio de suas características ou mesmo de sua aplicabilidade em um

determinado projeto.

Ainda podem ser exemplificadas as seguintes peculiaridades que dificultam a obtenção de

parâmetros aplicados para as argamassas de revestimento:

A forma de execução, do revestimento, onde a argamassa é aplicada manualmente e

apresenta uma variabilidade muito grande com relação à resistência de aderência, em

função da mão-de-obra. Neste sentido Gonçalves (2004) em estudo de campo

identificou que o processo executivo, particularmente a mão-de-obra, é responsável

por grande parte da alta variabilidade de resistência de aderência à tração;

As argamassas necessitam de propriedades específicas e diferenciadas no estado

fresco, como a plasticidade e consistência, para que possam ser aplicadas. Estas

propriedades também têm grande influência nas propriedades da argamassa aplicada

(revestimento);

2

O desconhecimento de quais propriedades devem ser avaliadas e que métodos devem

ser usados para se obter um perfil de comportamento ou desempenho, ou mesmo para

realizar a especificação de uma argamassa para uma determinada aplicação;

O grande número de fatores intervenientes como a natureza do substrato, o preparo da

base de aplicação, os materiais constituintes das argamassas e a sua dosagem também

interferem ns propriedades dos revestimentos.

Existem estudos que visam determinar parâmetros para avaliação do sistema de

revestimento como Bastos (2001), Santos (2003), Do Ó (2003), Souza & Bauer (2003) e

Paes (2004) que visam o estado fresco e momentos iniciais pós-aplicação. Selmo (1989),

Angelim (2000) e Alves (2002) apresentam trabalhos com relação aos procedimentos de

dosagens e materiais constituintes. Para a relação argamassa-substrato pode-se citar

Carasek (1996), Candia (1998), Scartezini (2002), Leal (2003) e Gonçalves (2004). Para o

comportamento físico-mecânico Oliveira (1999), Cortez (1999), Saraiva (1998), Almeida

Dias (2003) e Tristão (1995) apresentam estudos sobre o assunto. Tais parâmetros ainda

não foram totalmente especificados havendo a necessidade de conhecê-los e de determinar

limites que contribuam para a classificação das argamassas de revestimento.

A contribuição da presente pesquisa está em aplicar e comparar diversos métodos para

avaliação das argamassas endurecidas, como aqueles para avaliações das resistências de

aderência e à tração, permeabilidade, entre outros, além de estudar a resposta físico-

mecânica de diferentes argamassas e sistemas de revestimento.

O presente trabalho está inserido na linha de pesquisa de Sistemas Construtivos e

Desempenho de Materiais e Componentes do Programa de Pós-graduação em Estruturas e

Construção Civil da Universidade de Brasília, particularmente no tema “Sistemas de

Revestimento, de Impermeabilização e de Proteção”.

1.2 - OBJETIVOS

A presente pesquisa tem como objetivo geral buscar o estudo do comportamento físico-

mecânico das argamassas de revestimento no estado endurecido, com ênfase nas

propriedades de resistência, deformabilidade e absorção/permeabilidade à água.

Como objetivos específicos procura-se:

3

A aplicação de métodos de ensaios físico-mecânicos com base em diversas normas

como a NBR 7222 - Argamassa e concreto – Determinação da resistência à tração por

compressão diametral de corpos-de-prova cilíndricos, a NBR 8522 - Concreto –

Determinação dos módulos estáticos de elasticidade e de deformação e da curva

tensão-deformação, a ASTM C-469 – 94 - Standard Test Method for Static Modulus

of Elasticity and Poisson’s Ratio of Concrete in Compression, a EN 1015-11 -

Methods of test for mortar for masonry – Part 11: Determination of fexural and

compressive strength of hardened mortar, entre outras.

Comparação e experimental de métodos para avaliações mecânicas similares como os

ensaios para determinação da resistência à tração, tanto por compressão diametral

quanto por flexão;

Aplicação do ultra-som e verificação de sua adequabilidade na avaliação de

propriedades e parâmetros;

Aplicação das avaliações em diferentes argamassas variando-se o consumo de

aglomerantes, granulometria da areia e utilizando-se comparativamente a argamassa

industrializada.

1.3 - ESTRUTURAÇÃO DA DISSERTAÇÃO

Para atingir os objetivos propostos, esta dissertação encontra-se estruturada em cinco

capítulos, da seguinte maneira:

O primeiro capítulo tem um breve caráter introdutório, onde está inserida toda a

contextualização do trabalho em linhas gerais, bem como seus objetivos principais e

específicos;

No segundo capítulo, faz-se uma abordagem da literatura específica revisada,

fornecendo-se embasamento para as discussões dos capítulos seguintes;

O programa experimental é detalhado no terceiro capítulo, onde se apresentam às

condições fixas e as variáveis observadas, a caracterização dos materiais e dos

métodos empregadas para o levantamento de algumas propriedades dos revestimentos

estudados;

4

O quarto capítulo apresenta os resultados obtidos na execução do programa

experimental, bem como todas as discussões geradas;

No quinto e último capítulo são apresentadas às conclusões finais do trabalho, além de

sugestões para abordagem do tema em pesquisas futuras.

5

2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este capítulo visa a apresentar os principais aspectos encontrados na literatura sobre o tema

enfocado nessa dissertação. Assim, inicialmente, encontra-se uma breve apresentação do

revestimento de argamassa. Em seguida, uma discussão sobre as propriedades do

revestimento referente a suas características aglomerantes e adesivas. Aborda-se ainda as

propriedades dos revestimentos em que são destacadas a resistência mecânica, o módulo de

deformação e a resistência de aderência. E por último é apresentado à classificação das

argamassas segundo a normalização brasileira e a classificação MERUC.

2.1 - REVESTIMENTO DE ARGAMASSA

As vedações verticais compõem-se de um sistema de revestimento complexo com vários

elementos, destacando-se: o revestimento externo, substrato de alvenaria ou de estrutura de

concreto e o revestimento interno. O subsistema revestimento é parte integrante das

vedações verticais e este depende das características da camada de ancoragem, bem como

das propriedades da argamassa e também do substrato.

A NBR 13529 (ABNT, 1995) refere-se ao sistema de revestimento como um elemento

formado pelo revestimento de argamassa e acabamento decorativo, compatível com a

natureza da base, condições de exposição, acabamento final e desempenho, previstos em

projeto. O revestimento de argamassa é o cobrimento de uma superfície com uma ou mais

camadas superpostas de argamassa, apto a receber acabamento decorativo ou constituir-se

em acabamento final. Já a base ou substrato é a parede ou teto constituídos de material

inorgânico, não metálico, sobre os quais o revestimento é aplicado.

As funções dos revestimentos de argamassa descritas por autores como Selmo (1996) e

Carneiro & Cincotto (1995) são, de forma genérica, as seguintes:

proteger os elementos de vedação dos edifícios da ação direta dos agentes agressivos;

auxiliar as vedações no cumprimento de suas funções, por exemplo, o isolamento

termo-acústico e a estanqueidade à água e aos gases;

regularizar a superfície dos elementos de vedação, servindo de base regular e

adequada ao recebimento de outros revestimentos;

constituir-se no acabamento final.

6

Para que os revestimentos possam cumprir adequadamente essas funções, devem

apresentar um grupo de propriedades específicas referentes à argamassa, tanto no estado

fresco quanto no estado endurecido. Selmo (1989) destaca como propriedades no estado

fresco a massa específica, o teor de ar, as propriedades reológicas, trabalhabilidade1,

retenção de água, aderência inicial e retração na secagem, e para o estado endurecido à

aderência, a capacidade de absorver deformações, resistência mecânica, permeabilidade e

durabilidade.

Cincotto et al. (1995) destacam que as condições de desempenho de um revestimento de

argamassa são afetadas por diversos fatores; estes fatores classificam-se em extrínsecos e

intrínsecos e distribuem-se por várias fases do processo de produção, uso e manutenção.

Os extrínsecos são relacionados às solicitações sobre o sistema de revestimento, enquanto

os intrínsecos são os que se relacionam com as propriedades e aos atributos de materiais,

componentes e sistemas.

Os principais fatores intrínsecos que definem o comportamento dos revestimentos são: a

natureza, a granulometria e a proporção dos materiais constituintes, procedimentos de

preparação dos substratos de aplicação, propriedades destes substratos, qualidade de

execução e espessura final dos revestimentos (Santos, 2003). Os fatores extrínsecos podem

ser vistos na Figura 2.1.

1 Define-se trabalhabilidade como a capacidade da argamassa fluir ou espalhar-se sob a superfície do componente de alvenaria, por suas saliências, protuberâncias e fissuras, determinando assim, a intimidade do contato entre a argamassa e o substrato, além de afetar a capacidade de extensão de aderência do revestimento (Bauer & Carasek, 1998).

7

Figura 2.1 - Solicitações impostas às superfícies externas da edificação (modificada de Bauer, 1987)

2.1.1 - Constituição do revestimento

O sistema de revestimento é composto basicamente pelo substrato ou base e o revestimento

de argamassa em uma ou mais camadas. No entanto vale ressaltar que nem sempre o

revestimento é constituído apenas de argamassa, havendo a possibilidade de várias

combinações, devido ao grande número de sistemas de revestimento disponíveis no

mercado.

2.1.1.1 - Substrato

O substrato, ou base, onde revestimento é aplicado pode ser classificado conforme sua

função dentro da estrutura (estrutural e/ou vedação), pelos materiais em que se constituem,

pela sua capacidade de absorção ou sucção de água, pela porosidade, pela textura

superficial de contato, seja lisa ou rugosa, dentre outros. Essas bases podem ser formadas

pelo sistema alvenaria ou estrutura de concreto. Sendo que a primeira é constituída de

blocos ou tijolos e estes que podem ser o tijolo cerâmico, bloco de concreto, bloco sílico-

calcário ou bloco de concreto celular autoclavado.

O comportamento e as propriedades dos revestimentos sofrem influência das propriedades

características do substrato onde se pode destacar: a textura superficial, a absorção de água

capilar, a porosidade e a movimentações higroscópicas irreversíveis. Estas características

estão profundamente ligadas às resistências de aderência e ao cisalhamento entre o

revestimento e o substrato além de influenciarem no comportamento destes devido às

variações térmicas carregamentos estático e dinâmico

chuva

vento

umidade deformação diferencial

peso próprio abrasão/impacto

ruído

revestimento umidade do solo externo substrato

8

trocas de materiais, principalmente líquidos, entre eles (Whiteley et al., 1977, e Carasek,

1996).

As propriedades de uniformidade do substrato principalmente quanto à capacidade e

velocidade de sucção da base, além das movimentações de origem térmica ou higroscópica

e cíclicas, são importantes, pois estas podem causar movimentações diferenciadas

proporcionando a fissuração dos revestimentos (Selmo, 1996, Carasek, 1996 e Candia,

1998).

Como peculiaridade do sistema de revestimento pode-se ressaltar que Bastos (2001), em

seu estudo sobre a retração e as propriedades mecânicas das argamassas, verificou que a

troca de umidade entre a argamassa e o ambiente (substrato e ar) tem grande influencia nas

propriedades da argamassa. Segundo o autor, quanto maior é a perda de água, tanto por

sucção quanto por evaporação, maior é a retração sofrida pela argamassa. O autor verificou

também que, com o aumento da retração, a resistência à tração na flexão e o módulo de

deformação da argamassa aumentaram. Este efeito é devido ao adensamento mecânico da

argamassa promovido pela sucção da água, ocasionando maior área de contato e ligação

mais íntima entre as partes da mistura (Bastos, 2001).

O trabalho feito por Carasek (1997) mostrou a influência do tipo de substrato no

desempenho de revestimento de argamassa. Verificou-se que os blocos de concreto

juntamente com os blocos cerâmicos portantes apresentaram melhor resistência de

aderência, seguidos pelos blocos de concreto leve e sílico-calcário. E por fim os substratos

de blocos cerâmico de vedação e blocos de concreto celular autoclavado.

Para melhorar a resistência de aderência entre o substrato e o revestimento, muitas vezes é

necessário realizar um tratamento prévio do substrato. A essa operação denomina-se

preparo da base. Esse deve ser escolhido em função das características superficiais da base

e executado usando materiais e técnicas apropriadas para efetivamente melhorar as

condições de aderência do revestimento à base, principalmente criando uma superfície com

rugosidade apropriada e regularizando a capacidade de absorção inicial da base (Candia,

1998 e Carasek, 1997).

A NBR 7200 (ABNT,1998) recomenda que a limpeza da base deve garantir a remoção de

pó, graxa, óleo, materiais soltos ou qualquer elemento que venha a prejudicar a aderência

do revestimento. Esta norma recomenda também o uso do chapisco quando a base a ser

9

revestida apresentar baixa aderência ou não apresentar rugosidade superficial. Vale

ressaltar que o chapisco não é considerado como uma camada do revestimento e sim uma

etapa na preparação do substrato (Candia, 1998).

A função do chapisco é a de aumentar a rugosidade da base, além de regularizar a absorção

de água e a porosidade, e deverá ser preferencialmente aplicado em revestimentos

externos, onde as solicitações mecânicas são mais elevadas, assim como nas superfícies de

concreto armado e em blocos que não garantam uma boa aderência (Carasek et al., 2001).

Conforme os autores, os blocos de concreto, de uma forma geral, proporcionam uma boa

aderência, podendo-se suprimir o chapisco quando os blocos estão em ambientes internos.

Candia (1998) verificou que, na maioria dos casos com substratos de alvenaria de blocos

cerâmicos e estruturas de concreto, o preparo de base pelo uso do chapisco é essencial para

se melhorar a resistência de aderência. Já os blocos de concreto apresentam boa aderência

mesmo sem aplicação deste preparo de base.

A questão do controle da absorção de água é ainda controverso, pois Candia & Franco

(1999) afirmam em seu trabalho que os resultados de absorção inicial de substratos onde se

aplicou o chapisco foi dependente do próprio componente do substrato, ou seja,

independente do tipo de chapisco usado. Os blocos de concreto com esta preparação

apresentaram maiores valores de absorção inicial do que os blocos cerâmicos os quais

passaram pelo mesmo tratamento superficial.

Leal (2003) estudando a correlação do mecanismo de transporte de água com a resistência

de aderência à tração, entre a argamassa no estado fresco e diversos substratos porosos,

verificou que o uso inadequado de aditivos modificadores poliméricos no chapisco pode

causar prejuízo à aderência. Observou ainda que o chapisco comum se mostrou melhor que

os aditivados, tanto em substrato de bloco cerâmico quanto em bloco de concreto.

2.1.1.2 - Revestimento de argamassa

Os revestimentos à base de argamassa são compostos, basicamente, pelas camadas de

emboço e reboco ou pelos revestimentos em camada única.

O emboço, conforme a NBR 13529 (1995), “é a camada de revestimento executada para

cobrir e regularizar a superfície da base ou chapisco, propiciando uma superfície que

permita receber outra camada, de reboco ou de revestimento decorativo, ou se constitua no

10

acabamento final”. Neste último caso, se o próprio emboço se torna o acabamento final, o

revestimento é considerado de camada única.

O reboco, conforme a mesma norma, é a última camada dos revestimentos constituídos por

múltiplas camadas, servindo como acabamento dos revestimentos de argamassa. Como

esta camada confere a textura final aos revestimentos de múltiplas camadas, ela não deve

apresentar fissuras, principalmente em situações de aplicação externa. Portanto, a

argamassa constituinte desta camada deve apresentar alta capacidade de absorver

deformações.

O emboço é o corpo do revestimento, por ser a camada principal, mais espessa e

ancoradora dos materiais subseqüentes do revestimento, como reboco, pinturas, cerâmicas,

mármore, granito, placas laminadas, revestimentos têxteis, papel de parede, dentre outros

(Cortez, 1999).

2.1.2 - Materiais constituintes

A constituição básica das argamassas de revestimento é dada por aglomerantes (cimento

e/ou cal), areia e água. Pode apresentar aditivos e adições, normalmente acrescidos com a

finalidade de plastificar a massa ou melhorar outras características e propriedades

específicas. A aderência aos substratos porosos, além outras propriedades da argamassa,

podem ser afetadas pelas características físicas e químicas dos materiais, bem como por

suas proporções (Carasek, 1996).

2.1.2.1 - Aglomerantes

O cimento Portland e a cal aérea são os aglomerantes mais empregados no Brasil para

confecção de argamassas de revestimento. Enquanto o primeiro está relacionado com a

resistência de aderência, a extensão e a durabilidade da aderência são atribuídas à presença

da cal nas argamassas (Carasek, 1996).

Dentre os aglomerantes hidráulicos, os cimentos Portland são os mais empregados na

produção das argamassas de revestimentos no Brasil. Tais cimentos precisam da água para

que se processem as reações de hidratação (resultando no endurecimento), como também,

após este processo, formam produtos resistentes à água.

11

A cal é um aglomerante que desenvolve seu endurecimento através da transformação da

cal em carbonato de cálcio, por fixação do gás carbônico existente no ar (processo de

carbonatação).

De um modo geral, as argamassas que apresentam em sua constituição um elevado

consumo de cimento, tendem a aumentar as propriedades mecânicas, incluindo neste caso a

resistência de aderência; isto pode ser desfavorável para o módulo de deformação, pois

caso este aumente muito, tornará o sistema de revestimento pouco deformável,

contribuindo para o risco de fissuração (Selmo, 1989). Por outro lado, argamassas ricas em

cal apresentam alta extensão de aderência, tanto em nível macro como em nível

microscópico, além de aumentar a capacidade de deformação das argamassas e promover

do aumento da retenção de água pela argamassa (Selmo, 1989 e Carasek, 1996). Ou seja,

para se ter uma argamassa mista de boa qualidade, deve-se unir as qualidades destes dois

materiais.

2.1.2.2 - Areia

A capacidade de aderência do revestimento é dependente também dos teores e das

características da areia empregada na confecção das argamassas. De uma forma simplista,

com o aumento do teor de areia há uma redução na resistência de aderência; por outro lado

é a areia, por constituir-se no esqueleto indeformável da massa, que garante a durabilidade

da aderência pela redução da retração (Carasek, 1996).

Normalmente, a escolha de uma areia adequada para uso em argamassas é feita com base

no módulo de finura (MF), que é por definição o resultado da soma das frações retidas e

acumuladas dividido por 100, obtidas durante o ensaio de granulometria da areia utilizando

a série normal de peneiras, especificada pela NBR 7211/83. Para a classificação quanto à

finura são adotados os seguintes intervalos do módulos de finura, conforme a Tabela 2.1.

Tabela 2.1- Classificação da areia quanto ao módulo de finura (NBR 7217 - ABNT, 1987).

Classificação da areia Módulo de finura

Areia fina MF < 2,0

Areia média 2,0≤ MF ≤ 3,0

Areia grossa MF > 3,0

12

Carneiro (1999) diz que o módulo de finura da areia não é um indicador representativo,

pois não considera a distribuição granulométrica da fração fina da areia. Este autor propõe

ainda a adoção de outros parâmetros de avaliação já descritos em trabalhos publicados

sobre agregados para concreto (massa unitária e índice de vazios), complementando ainda

com conceitos oriundos da mecânica dos solos como o coeficiente de uniformidade.

Angelim (2000) estudando argamassas de traço 1:1:6 e 1:2:9 (cimento, cal e areia, em

volume), com duas areias distintas (uma classificada como fina e a outra muito fina pela

NBR 7211/83), encontrou para as duas argamassas maiores valores de resistência de

aderência com a areia de partículas maiores. Vale ressaltar que areias muito grossas não

produzem argamassas trabalháveis, pois prejudicam esta propriedade e ,conseqüentemente,

sua aplicação ao substrato, reduzindo a extensão de aderência.

Angelim (2000) estudou ainda o efeito de diversos teores de finos de diferentes naturezas

(silicosos, argilosos, e calcários) na composição das argamassas de revestimento,

substituindo parte da areia por agregado com elevado teor de finos inertes, verificado uma

redução da resistência de aderência com o aumento do teor de finos das argamassas.

2.1.2.3 - Adições e aditivos

É comum no Brasil a utilização de uma fração argilosa (genericamente chamados de

saibro) em argamassas de revestimento e assentamento. O seu proporcionamento é baseado

no empirismo e o motivo de seu uso é por ser um material não processado de baixo custo,

que tem a capacidade de plastificar as argamassas, substituindo a cal na sua composição

(Costa et al., 2001, Silva et al., 1997 e Carasek et al., 2001). Estes autores afirmam que o

uso indiscriminado do saibro, sem controle tecnológico de suas propriedades e

características, baseado em traços empíricos, tem causado um alto índice de manifestações

patológicas nas alvenarias e principalmente nos revestimentos que usam tais argamassas.

Costa et al., (2001), e Silva et al., (1997), em trabalhos onde avaliaram argamassas de

revestimento, constataram que as argamassas com adição de saibro apresentavam

resultados satisfatórios de desempenho quando comparadas com argamassas mistas de

cimento, cal e areia, sendo viável sua utilização. Costa et al., (2001) recomendam ainda,

com base na experiência local (Região Cuiabana – Mato Grosso) e nos ensaios realizados:

utilizar no máximo a faixa entre 20% e 40% de adição de saibro a fim de controlar o teor

de material pulverulento; impedir efeitos da umidade ascendente e superficial, através de

13

procedimentos eficazes de impermeabilização. Vale ressaltar que para o uso de saibros em

argamassas se faz necessário estudos que indiquem se é possível a utilização deste material

no revestimento e qual a proporção adequada uma vez que este material apresenta

características diferentes de uma localidade para outra e de lote para lote.

Os aditivos incorporadores de ar são materiais orgânicos, usualmente apresentados na

forma de solução, que, quando adicionados ao concreto, às argamassas ou às pastas de

cimento, produzem uma quantidade controlada de bolhas microscópicas de ar,

uniformemente dispersas. Este tipo de ar não deve ser confundido com o ar aprisionado, o

qual está geralmente presente no concreto e nas argamassas, na forma de cavidades

irregulares e, geralmente, são produzidas devido a um inadequado adensamento ou

compactação (Rixon & Mailvaganan, 1999). Estes aditivos são os principais empregados

em argamassas com a intenção de melhorar a plasticidade, permitindo a redução da

quantidade de água, além de, em geral, aumentar a retenção de água e reduzir a exsudação,

devido à adição de bolhas de ar. Por estes motivos os aditivos incorporadores de ar são

muitas vezes empregados como substitutivo da cal, principalmente em argamassas

industrializadas, melhorando as características destas no estado fresco. Já no estado

endurecido estes aditivos não substituem a cal uma vez que não apresentam características

aglomerantes. As Fotografias 2.1 (a) e 2.1 (b) ilustram o comportamento das argamassas

diante da utilização de aditivos incorporadores de ar.

a) b)

Fotografia 2.1 - Aspecto da mudança ocorrida nas características reológicas da argamassa com aditivo incorporador de ar: a)Argamassa sem aditivo incorporador de ar com aspecto de seco; b)Argamassa com aditivo incorporador de ar com aspecto plástico.(Alves, 2002)

Alves (2002) verificou através de ensaios em argamassas contendo incorporadores de ar

que:

À medida que se aumenta o teor de cimento, ocorre uma redução no teor de ar

incorporado, indicando que eles são inversamente proporcionais;

14

A presença das bolhas de ar provoca um ganho de consistência nas pastas de cimento.

No entanto, nas argamassas de revestimento com o aumento do teor de ar incorporado,

se verifica uma redução na consistência;

O teor de ar incorporado é diretamente proporcional ao tempo de mistura. Esta

conclusão é restrita aos intervalos de tempo utilizados na pesquisa do autor, uma vez

que a literatura coloca que haverá um tempo, acima do qual, ocorrerá uma perda de ar;

Com o aumento do teor de ar se observou uma redução na resistência de aderência à

tração dos revestimentos;

2.2 - PROPRIEDADES DO REVESTIMENTO DE ARGAMASSA

As propriedades físico-mecânicas das argamassas podem ser divididas em duas categorias,

sendo estas de natureza adesiva e de natureza aglomerante. A primeira refere-se à

capacidade da argamassa aderir-se ao substrato, ou seja, promover a resistência de

aderência. Já a propriedade aglomerante refere-se aptidão da argamassa promover uma

consolidação interna, entre o aglomerante e o agregado, onde se desenvolvem as demais

propriedades físico-mecânicas como: a resistência à compressão, a resistência à tração,

permeabilidade e a capacidade de absorver deformações. Ou seja, essas propriedades

fisico-mecânicas estão vinculadas à estrutura interna da argamassa, onde o agregado é

envolvido pelo aglomerante formando a estrutura interna da argamassa de revestimento.

Ambas as categorias são dependentes dos materiais constituintes da argamassa, além da

quantidade utilizada de cada um destes na produção da argamassa. Deve ser lembrado que

tanto as propriedades adesivas como as aglomerantes se desenvolvem em um sistema com

forte sucção de água da argamassa pelo substrato (Gonçalves, 2004).

2.2.1 - Propriedades aglomerantes

O cimento quando é hidratado desenvolve propriedades ligantes, devidos às reações

químicas entre os materiais do cimento e a água. Em outras palavras, na presença de água,

os silicatos e os aluminatos formam produtos de hidratação que possuem características de

pega e endurecimento, que com o transcorrer do tempo dão origem à pasta de cimento

endurecida (Mehta & Monteiro, 1994 e Neville, 1997).

A fonte principal de resistência entre os produtos sólidos da pasta é a existência de atração

de Van der Waals. A adesão entre duas superfícies sólidas pode ser atribuída a estas forças

15

de natureza física, sendo o grau de ação aderente dependente da extensão e natureza das

superfícies envolvidas. Os pequenos cristais de C-S-H2, de sulfoaluminatos de cálcio

hidratados e de aluminatos de cálcio hidratados hexagonais possuem área específica e

capacidade de adesão elevadas, aderindo-se fortemente entre si e às partículas de agregado.

Além dos sólidos presentes na pasta, há também os vazios capilares que representam o

espaço não preenchido pelos componentes sólidos da pasta e são dependentes da

quantidade de água misturada com o cimento no inicio da hidratação e do grau de

hidratação do cimento. Com relação à zona de transição entre pasta e agregado, pode-se

dizer que a água de amassamento forma uma película ao redor do agregado, tornado esta

região com uma alta relação água/cimento, que promoverá uma estrutura mais porosa nesta

região do que na pasta. Além desta porosidade, estão presentes na zona de transição

microfissuras que também são responsáveis pela baixa resistência desta região. A

quantidade de microfissuras é função da distribuição granulométrica e tamanho do

agregado, teor de cimento, relação água/cimento, condições de cura, entre outros (Mehta &

Monteiro, 1994).

Como a resistência de um material está baseada na parte sólida deste, os vazios são

prejudiciais à resistência; logo, a resistência da argamassa vai depender da quantidade de

vazios (porosidade) presentes nela, onde a zona de transição é a região mais fraca.

2.2.2 - Propriedade adesiva

Na grande maioria das edificações a falta de desempenho dos revestimentos argamassados

está relacionado com a perda ou falta de aderência ao substrato. Assim, a capacidade da

argamassa atingir uma completa, resistente e durável aderência com a base, é a propriedade

mais importante de uma argamassa de revestimento. (Martinelle, 1989)

Didaticamente, pode-se dizer que a aderência depende da conjunção de três propriedades

da interface argamassa-substrato: a resistência de aderência à tração, a resistência de

aderência ao cisalhamento e a extensão de aderência (que corresponde à razão entre a área

de contato efetivo e a área total possível de ser unida), sendo estas, propriedades da região

de contato entre os dois materiais (Carasek, 1996). Uma boa extensão de aderência (maior

2 Silicato de cálcio hidratado que constitui de 50% a 60% do volume de sólidos de uma pasta de cimento Portland completamente hidratado e é, conseqüentemente, a mais importante na determinação das propriedades da pasta (Mehta & Monteiro, 1994)

16

área de contato) beneficia os mecanismos de aderência, caso a mesma seja contínua e

prolongada ao longo de toda a interface argamassa-substrato. A Fotografia 2.2 (a) ilustra

uma região de baixa extensão de aderência e a Fotografia 2.2 (b) ilustra uma região com

alta extensão de aderência.

a) b)

Fotografia 2.2 - Interface argamassa substrato cerâmico: a) Região de baixa extensão de aderência; b) Região de alta extensão de aderência.(Carasek, 1996)

Conforme a citação feita por Carasek et al. (2001), referente a diversos autores, a aderência

entre a argamassa de revestimento e o substrato é um fenômeno essencialmente mecânico,

devido à penetração da pasta aglomerante e argamassa nos poros e na rugosidade do

substrato. Quando a argamassa no estado plástico entra em contato com a base absorvente,

parte da água de amassamento, que contém em dissolução ou estado coloidal componentes

do aglomerante, penetra pelos poros e cavidades do substrato, de modo que ocorre a

precipitação de produtos de hidratação do cimento no seu interior, exercendo ação de

ancoragem da argamassa à base (Carasek et al., 2001).

Além do fenômeno mecânico, podem contribuir para a aderência, porém em pequena

proporção, as forças de adesão na superfície dos materiais, dadas pelas forças de Van der

Waals e ligações polares covalentes entre as partículas na interface, e também a aderência

química possivelmente proveniente da reação pozolânica entre a cal e a superfície dos

blocos cerâmicos (Robinson, 1996 apud Scartezini, 2002).

Com relação à microestrutura da interface argamassa/substrato, Carasek (1996), com o

auxílio de um microscópio eletrônico de varredura, confirmou através de estudos que a

aderência decorre do intertravamento de cristais de etringita3 no interior dos poros do

3 Sulfoaluminato de cálcio que ocupa de 15 a 20% do volume de sólidos na pasta de cimento endurecida e, conseqüentemente, desempenham um papel menor nas relações entre estrutura propriedade da pasta (Mehta & Monteiro, 1994)

substrato substrato

argamassaargamassa

17

substrato cerâmico, conforme modelo apresentado na Figura 2.2. A descrição deste

mecanismo é corroborado internacionalmente pelos pesquisadores do Institut National de

Sciences Appliquées - INSA, de Toulouse na França, dentre eles, Farran, Grandet,

Détriché, Maso e Dupin, que defendem a idéia de que a zona de contato entre a pasta de

cimento e fatias de tijolo cerâmico polidas (estudo em um sistema simplificado) é

composta principalmente por cristais de etringita.

Figura 2.2 - Representação esquemática do mecanismo de aderência entre argamassa de

cimento e cal e blocos cerâmicos (Carasek, 1996).

Conclui-se que a aderência da argamassa ao substrato depende, em grande parte, da

transferência de água entre estes dois materiais. O substrato, através da sua absorção, é o

maior responsável pela perda de água das argamassas no estado fresco. Détriché & Maso

(1986) e Groot (1988) afirmam que as características superficiais e de porosidade do

substrato como diâmetro, estrutura, volume dos poros e propriedades do material influem

no transporte de umidade e, conseqüentemente, na alteração das propriedades da

argamassa em contato com esta base absorvente.

O teor de água original nas argamassas frescas é bem superior ao necessário para que

ocorra a completa hidratação do cimento, uma vez que este excesso é necessário para que a

argamassa seja aplicável (trabalhável). O transporte de água no interior da argamassa

começa, teoricamente, tão logo ela seja adicionada aos componentes anidros, pois uma

parcela do conteúdo inicial é perdida por evaporação, sendo que a perda mais significativa

18

irá ocorrer após a aplicação da argamassa pela sucção dos poros da base, acarretando uma

perda de plasticidade, a qual é necessária para as operações de acabamento.

A teoria dos poros ativos é um modelo, inicialmente proposto por Détriché et al.(1985) e

Dupin, Détriché & Maso (1988) apud Carasek et al. (2001), que sugere uma modelagem

simples para representar a interação argamassa/substrato. Neste modelo, o fluxo de água

entre a argamassa e o substrato é encarado como a interação entre dois sistemas de poros.

O sistema de poros existente no substrato é modelado através de um conjunto de tubos

cilíndricos paralelos independentes, abertos, perpendiculares à superfície da argamassa, de

raios constantes ao longo do tempo e inicialmente vazios. O sistema existente na

argamassa fresca, por ocasião de sua aplicação, apresenta um esqueleto formado pelos

grãos sólidos do aglomerante e do agregado, sendo os poros preenchidos por água. Esta

modelagem também prevê uma estrutura de tubos cilíndricos independentes, contudo

saturados de água e de raios variáveis com o tempo, sendo que os raios destes tubos vão

diminuindo à medida que progride a hidratação dos aglomerantes da argamassa

Esta modelagem, apesar de ser simplificada, permite propor uma teoria qualitativa sobre os

movimentos de água quando a argamassa é colocada em contato com o substrato poroso,

cujos capilares estão inicialmente vazios. Este modelo indica que, enquanto os raios

médios dos capilares das argamassas são superiores aos dos capilares do substrato, o

movimento de água se efetua no sentido da argamassa para o substrato. Juntamente com

esta sucção ocorre um aperto mecânico das partículas sólidas da argamassa pela ação da

diminuição de pressão dos capilares, que se traduz por uma sedimentação quase imediata

da camada de argamassa (efeito de ventosa4) e uma aceleração da cristalização dos

produtos hidratados consecutivos ao crescimento da concentração de íons dissolvidos.

Devido a esse mecanismo ocorre uma redução do raio médio dos capilares da argamassa,

até se tornar igual ao dos capilares do substrato. Quando o raio médio dos capilares da

argamassa torna-se inferior ao dos capilares da base, o sentido do movimento da água é

invertido (Carasek et al., 2001).

4 O efeito de ventosa é oriundo da diminuição de pressão nos capilares da argamassa. Em momentos iniciais a sucção pode causar este efeito nos capilares, onde a pressão fica inferior à atmosférica. Nos poros da argamassa que têm contato com os poros da base, esta diminuição de pressão atua incrementando a adesão inicial da argamassa à base.

19

Carasek (1996) apresenta uma discussão sobre a teoria dos poros ativos e cita o estudo de

Détriché e colaboradores, os quais avaliaram a sucção de um tipo de substrato frente a três

argamassas de mesmo traço e diferentes granulometrias da areia empregada. Os referidos

pesquisadores tiveram como principal conclusão o fato de que, com o uso de areias mais

finas, o raio médio dos capilares da argamassa diminui e, conseqüentemente, ocorre uma

redução da capacidade de sucção do substrato, enquanto que areias mais grossas produzem

uma maior quantidade de poros ativos no substrato.

2.3 - AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS E DO

REVESTIMENTO NO ESTADO ENDURECIDO

2.3.1 - Resistência mecânica – tração e compressão

A resistência mecânica das argamassas pode variar dependendo das diferentes solicitações

a que estarão submetidas. A argamassa deverá ter resistência para suportar a

movimentação da base, que poderá ocorrer por recalques ou por variação dimensional por

umedecimento e secagem ou ainda pela dilatação e contração do revestimento devido às

variações de temperatura. Estas solicitações poderão provocar fissuras ou falha na

aderência entre a argamassa e a base ou entre as camadas de argamassa, que deverão ser

combatidas pela resistência mecânica das argamassas (Tristão, 1995).

A resistência mecânica diz respeito à propriedade dos revestimentos de possuírem um

estado de consolidação interna capaz de suportar esforços mecânicos das mais diversas

origens e que se traduzem, em geral, por tensões simultâneas de tração, compressão e

cisalhamento (Selmo, 1989).

A normalização brasileira, referente à determinação das propriedades mecânicas das

argamassas de revestimento como a tração e a compressão, apresenta apenas o

procedimento de ensaio para determinação da resistência desta última propriedade,

segundo procedimentos da NBR 13279 – Argamassas para assentamento de paredes e

revestimento de paredes e tetos – Determinação da resistência à compressão – Método de

ensaio. Para a realização deste ensaio são necessários quatro corpos-de-prova cilíndricos de

5 cm de diâmetro e 10 cm de altura, que devem ser capeados e rompidos à compressão

uniaxial.

Quando se faz necessário a determinação da resistência à tração, é comum recorrer à

normalização não específica para argamassa de revestimento, como a NBR 7222 –

20

Determinação da resistência à tração por compressão diametral de corpos-de-prova

cilíndrico, ou normas internacionais como a norma européia EN 1015-11: Methods of test

for mortar for masonry – Part 11: Determination of flexural and compressive strength of

hardened mortar, onde a resistência à tração é determinada por ensaio à flexão, conforme a

Fotografia 2.3.

Fotografia 2.3 - Ensaio para determinação da resistência à tração na flexão.

Bastos (2001) propôs, para o ensaio de determinação da tração na flexão, a utilização de

corpos-de-prova em forma de placas moldados sobre base porosa (bloco cerâmico de

alvenaria) e não absorvente, com a intenção de verificar a influência do substrato nas

propriedades das argamassas. Bastos observou, neste caso, que a resistência à tração na

flexão e o módulo de deformação aumentam quanto maior for a absorção de água

promovida pelo substrato.

2.3.2 - Módulo de deformação

Pela lei de Hooke, o módulo de elasticidade é definido como a relação entre a tensão

normal e a deformação correspondente, dentro do limite elástico. A argamassa, como no

caso do concreto, não é um material tipicamente elástico para qualquer estágio de

carregamento a que é submetida. Logo, nesse caso, a lei de Hooke tem uma aplicação

aproximada. Devido à falta de proporcionalidade entre tensões e deformações, o módulo de

deformação não é constante para qualquer intervalo de carga. Assim, o seu valor varia de

21

acordo com o ponto do diagrama onde é definido e a forma como é calculado, secante ou

tangente à curva (Cincotto et al., 1995).

Mehta e Monteiro (1994) expõem, com relação ao concreto, que o motivo da não-

linearidade da relação tensão-deformação pode ser explicada através do processo de micro-

fissuração progressiva do concreto sob carga, também válida para argamassa de

revestimento. Neste caso, com a aplicação do carregamento, as micro-fissuras existentes na

zona de transição aumentam se propagando pela pasta de cimento.

2.3.2.1 - Módulo de deformação estático

Mehta & Monteiro (1994), fazendo referência ao concreto, dizem que o módulo de

deformação é dado pela declividade da curva tensão-deformação para um carregamento

uniaxial. Como a curva é não-linear para o concreto, três métodos podem ser utilizados

para fazer este cálculo: o módulo secante, o módulo tangente e o módulo corda.

A NBR 8522 (ABNT, 2003) diz que o módulo de elasticidade (ou módulo tangente inicial)

é utilizado para caracterizar a deformabilidade do concreto, e é equivalente ao módulo

secante ou cordal entre 0,5 MPa e 30% da tensão de ruptura. Já o módulo secante refere-se

à simulação de uma estrutura cuja carga permanente prevalece, e é obtido pela declividade

de uma reta traçada entre 0,5 MPa e a tensão considerada no ensaio.

Módulo corda (cordal) é semelhante ao módulo secante e é dado pela declividade de uma

reta traçada entre dois pontos da curva tensão-deformação (Mehta & Monteiro, 1994).

2.3.2.2 - Módulo de deformação dinâmico

Este módulo corresponde a uma deformação instantânea muito pequena, devido a uma

carga muito baixa, e que não induz nenhuma microfissura no concreto e não ocorre

fluência. O módulo dinâmico é dado pelo módulo tangente inicial, que é o módulo tangente

para uma reta traçada desde a origem, e é maior que o módulo de deformação estático,

podendo ser determinado através de ensaio sônicos (Mehta & Monteiro, 1994 e Neville,

1997).

2.3.2.3 - Módulo de deformação à flexão

O ensaio de flexão é de realização simples em laboratório, além de representar melhor o

revestimento de argamassa. O cálculo deste módulo pode ser feito a partir da relação entre

22

a tensão de tração na flexão e a deformação correspondente, considerando-se uma viga

simplesmente apoiada nas extremidades e carregada no meio do vão. O módulo de

deformação, em função da flecha, é dado pela Equação 2.1.

3

3

4FlEbdδ

= (2.1)

Onde:

E = módulo de deformação, em MPa;

F = carga aplicada no meio do vão, em N;

l = distância entre apoios, em mm;

b = base do corpo-de-prova, em mm;

d = espessura do corpo-de-prova, em mm;

δ = deslocamento (flecha) no meio do corpo-de-prova, em mm.

A Fotografia 2.4 ilustra o ensaio para obtenção do módulo de deformação na flexão.

Fotografia 2.4 - Ensaio para determinação do módulo de deformação na flexão.

23

2.3.3 - Resistência de aderência

A avaliação da aderência dos revestimentos é feita através de ensaios semi-destrutivos de

resistência de aderência, por tração ou por cisalhamento, de corpos de prova cortados

transversalmente nos revestimentos, obtendo-se valores de resistência à tração ou ao

cisalhamento, dependendo da direção de solicitação.

A resistência de aderência à tração representa a máxima tensão que um revestimento

suporta quando submetido a um esforço normal de tração. Essa resistência pode ser medida

por diversos tipos de aparelho. Apesar das diferenças no tipo de mensuração, o princípio de

gerar a carga de ruptura é o mesmo: consiste na imposição de um esforço de tração

perpendicular ao revestimento a ser ensaiado (Gonçalves, 2004).

Para a avaliação da resistência de aderência em um revestimento de argamassa a

Associação Brasileira de Normas Técnicas apresenta duas normas que referenciam a

resistência de aderência: a NBR 13528 (ABNT, 1995), que prescreve o método de ensaio

da resistência de aderência à tração para revestimentos de paredes e tetos; e a NBR 13749

(ABNT, 1996), que determina as especificações necessárias aos revestimentos, incluindo aí

os limites mínimos de resultado desse ensaio (Tabela 2.2). O resultado desse ensaio é dado

em MPa após o cálculo da média de algumas determinações.

Tabela 2.2- Limites de resistência de aderência à tração, NBR 13749 (ABNT,1996).

Para a realização deste ensaio se faz necessário o uso de um equipamento de tração

(Fotografia 2.5), com aplicação lenta e progressiva da carga até a ruptura do corpo-de-

prova.

Local de Aplicação do Revestimento Acabamento Utilizado Resistência de

Aderência (MPa)

Pintura ou base para reboco ≥0,20 Parede Interna

Cerâmica ou laminados ≥0,30

Pintura ou base para reboco ≥0,30 Parede Externa

Cerâmica ≥0,30

Teto ≥0,20

24

Fotografia 2.5 - Dinamômetro de tração, da marca Dynatest, utilizado nesta pesquisa.

A interação das características e propriedades intrínsecas da argamassa e substrato se

relaciona com medida da aderência entre os dois materiais. Como os substratos

convencionais (alvenarias de blocos cerâmicos e de concreto), por si só, já apresentam

elevada variabilidade quanto à sucção, é de se esperar que os ensaios visando à interface de

aderência apresentem altos coeficientes de variação. As argamassas por sua vez também

variam, principalmente no teor de água.

Gonçalves (2004) em meticulosos estudos de campo observou que a resistência de

aderência à tração apresenta uma variabilidade intrínseca da ordem de 52%. Somente o

método de ensaio utilizado para mensurar a aderência apresenta uma variação intrínseca de

19%. Fatores como: processo executivo do revestimento, materiais utilizados, as condições

climáticas, dentre outros, respondem por uma variabilidade de 33% nos resultados do

ensaio de aderência.

Segundo Scartezini (2002) é necessário uma reflexão sobre os limites propostos pela

NBR 13749 para o ensaio de resistência de aderência à tração, como critério de aceitação

dos revestimentos de argamassa. Da análise de dados obtidos de sua dissertação de

mestrado, ele verificou que os valores de aderência para blocos cerâmicos foram

insatisfatórios, uma vez que não atingiram os valores mínimos estipulados pela NBR

13749 (ABNT, 1996), enquanto que os valores obtidos com os blocos de concreto

atingiram com tranqüilidade os limites propostos pela norma. Desta forma é que um

revestimento de argamassa pode ser aprovado ou não pela normalização brasileira de

acordo com o tipo de substrato utilizado. Os demais critérios de desempenho apresentados

pela norma, como fissuração e presença de som cavo no revestimento, são atendidos com

satisfação por ambos os revestimentos, independentemente do tipo de bloco utilizado na

25

alvenaria, não sendo possível distinguir os desempenhos. Conclusões semelhantes foram

obtidos por Candia, 1998, Leal (2003) e Paes (2004).

No Brasil, o ensaio de aderência à tração é o mais utilizado para se mensurar supostamente

o desempenho do revestimento em argamassa, quando não é o único na maioria dos casos.

Isso é um problema, pois revestimentos com altos valores de resistência de aderência à

tração tendem a apresentar, geralmente, um alto módulo de elasticidade, sendo portanto

mais rígidos e com maior grau de fissuração potencial, por não conseguirem absorver as

deformações impostas pelas movimentações termo-higroscópicas e estruturais. Ou seja,

somente altas resistências de aderência à tração não representam, obrigatoriamente,

revestimentos duráveis e adequados ao uso pretendido.

As especificações normativas de aderência prescrevem níveis mínimos de resistência de

aderência, sem mencionar algo sobre níveis máximos.

2.3.4 - Velocidade de propagação de onda ultra-sônica – relação com propriedades

físico-mecânicas

Rodrigues (2003) fazendo referência ao concreto destaca que dentre os ensaios não-

destrutivos disponíveis, os métodos que envolvem a propagação de ondas sonoras, em

especial o método ultra-sônico, constituem foco de pesquisa e análise no mundo inteiro,

pela vantagem de não se limitar a uma determinação superficial das características do

concreto. Entretanto a interpretação dos resultados deve ser feita de forma criteriosa, pois

exige um conhecimento especifico dos fatores influentes sobre as leituras. Assim, as

vantagens oferecidas pelo método e as inúmeras incógnitas incidentes sobre os resultados

do ensaios revelam a necessidade científica e tecnológica de estudos sobre o método ultra-

sônico, sua importância e sua limitações.

Segundo Mehta e Monteiro (1994), geralmente as tentativas de correlacionar dados de

velocidade de propagação da onda com parâmetros de resistência do concreto não têm tido

sucesso. Portanto, o método é recomendado apenas com o propósito de controle da

qualidade e avaliação da homogeneidade do material.

A ABNT contém uma norma referente à determinação da velocidade de propagação de

onda ultra-sônica (NBR 8802 - Concreto Endurecido – Determinação da velocidade de

propagação de onda ultra-sônica), mas esta norma não apresenta parâmetros de avaliação

ou mesmo desempenho.

26

O ensaio de propagação de onda ultra-sônica está diretamente relacionado com a densidade

do material ensaiado e com a porosidade do mesmo. A velocidade de propagação é maior

em meios sólidos do que em líquidos e meios gasosos.

2.4 - CLASSIFICAÇÃO DAS ARGAMASSAS

Nakakura (2003) destaca que a norma nacional NBR 13281 (ABNT, 2001), neste

momento, apresenta somente uma classificação para fins de controle de produto, não

contemplando o desempenho deste produto quando aplicado. De modo que percebe-se a

necessidade de uma normalização que vise especificação da argamassa de revestimento

para cada uso, sendo necessários estudos que visem definir requisitos e critérios de

desempenho aos quais as formulações devem atender.

No Brasil, a normalização existente refere-se à classificação do tipo de revestimento e o

tipo de argamassa (NBR 13530 - ABNT, 1995), especificação das condições exigíveis de

recebimento dos revestimentos executados (NBR 13749 - ABNT, 1996), requisitos para as

argamassas (NBR 13281 - ABNT, 2001) além de estabelecer os procedimentos de

execução do revestimento de argamassa (NBR 7200 - ABNT, 1998).

As classificações do tipo de revestimento e do tipo de argamassa estão apresentas nas

Tabelas 2.3 e 2.4, respectivamente. A NBR 13530 (ABNT, 1995) classifica os

revestimentos de paredes e tetos executados em argamassas inorgânicas.

Tabela 2.3- Classificação do tipo de revestimento segunda a NBR 13530. Tipo Critério de classificação

Revestimento de camada única Revestimento de duas camadas Número de camadas

Revestimento com contato com o solo Revestimento externo Revestimento interno

Ambiente de exposição

Revestimento comum Revestimento de permeabilidade reduzida Revestimento hidrófugo

Comportamento à umidade

Revestimento de proteção radiológica Comportamento a radiações Revestimento termoisolante Comportamento ao calo Camurçado Chapiscado Desempenado Sarrafeado Imitação travertino Raspado

Acabamento de superfície

27

Tabela 2.4- Classificação das argamassas (NBR 13530). Tipo Critério de classificação

Argamassa aérea Argamassa hidráulica Natureza do aglomerante

Argamassa de cal Argamassa de cimento Argamassa ce cimento e cal

Tipo de aglomerante

Argamassa simples Argamassa mista Número de aglomerantes

Argamassa aditivada Argamassa de aderência melhorada Argamassa colante Argamassa redutora de permeabilidade Argamassa de proteção radiológica Argamassa hidrófuga Argamassa termoisolante

Propriedades especiais

Argamassa de chapisco Argamassa de emboço Argamassa de reboco

Função do revestimento

Argamassa dosada em central Preparada na obra Argamassa industrializada Mistura semipronta para argamassa

Forma de preparo ou fornecimento

A NBR 7200 (ABNT, 1998) fixa o procedimento de execução de revestimento de paredes

e tetos, quanto ao preparo e aplicação das argamassas, preparo da base de revestimento,

acondicionamento das argamassas e cuidados de aplicação. Já a NBR 13281 (ABNT,

2001) trata de especificar os requisitos para argamassa utilizada em assentamento e

revestimento de paredes e tetos, onde estabelece as exigências mecânicas e reológicas para

argamassas, conforme a Tabela 2.5.

Tabela 2.5- Exigências mecânicas e características no estado fresco para argamassas (NBR 13281).

Características Identificação Limites Métodos

Resistência à compressão aos 28 dias (MPa)

I II III

≥0,1 e <4,0 ≥4,0 e ≤8,0

>8,0 NBR 13279

Capacidade de retenção de água (%)

Normal Alta

≥80 e ≤90 >90 NBR 13277

Teor de ar incorporado (%) a b c

<8 ≥8 e ≤18

>18 NBR 13278

28

Quanto à especificação, a NBR 13749 (ABNT, 1996) tem o objetivo de fixar as condições

exigíveis para o recebimento de revestimento de argamassa aplicados a substratos de

alvenaria e concreto. As condições estabelecidas por esta norma são:

O aspecto do revestimento relacionados a textura e imperfeições;

A espessura admissível do revestimento onde, para: (i) parede interna: não deve ser

menor que 5 mm nem maior que 20 mm; (ii) parede externa: não deve ser inferior a 20 mm

nem superior a 30 mm; e (iii) para tetos a espessura deve ser menor ou igual a 20 mm;

Para desvio de prumo a norma estabelece que o desvio não deve exceder H/900, sendo

H a altura da parede, em metros;

O desvio de nível de tetos de argamassas não deve ultrapassar L/900, onde L é o

comprimento do maior vão do teto, em metros;

A planeza do revestimento é limitada a 3 mm em relação a uma régua de 2 m de

comprimento, relativa as ondulações, e a 2 mm em relação a uma régua de 20 cm de

comprimento, relativa as irregularidades abruptas.

Para a aderência deve-se primeiro verificar a presença de som cavo no revestimento,

caso constatado a presença, recomenda-se o ensaio para a determinação da resistência de

aderência conforme procedimentos da NBR 13528. Os limites estabelecidos para a

resistência de aderência foram apresentados na Tabela 2.2.

Nakakura (2003) informa ainda que, no âmbito internacional, o CSTB5 destaca-se na

atuação junto o mercado francês, onde todas as argamassas são estudadas para que, antes

da entrada do produto no mercado da construção, seja emitido um certificado de

homologação. Esta certificação tem um prazo pré-estabelecido, durante o qual o

desempenho do produto aplicado é acompanhado, exigência que deve ser atendida para a

manutenção da homologação. Esse acompanhamento permite detectar os problemas

surgidos que, certamente, resultam na modificação da formulação. Essa experiência

permitiu ao CSTB estabelecer a classificação MERUC (CSTB – 2669-3 ,1993), que

específica propriedades intrínsecas da argamassa associadas ao seu desempenho em uso.

5 Centre Scientifique et Technique du Batiment.

29

Os métodos de ensaios são prescritos no procedimento CSTB – 2669-4 (1993). Esta

classificação baseia-se nas cinco propriedades que se seguem:

M - Masse volumique apparente de l’enduit durci - densidade de massa aparente no estado

endurecido (kg/m3), é um indicativo da compacidade da argamassa;

E - Module d’élasticité - módulo de deformação (MPa), é um indicativo da capacidade de

absorver deformações da argamassa;

R - Résistance à la traction - resistência à tração na flexão (MPa), verifica a capacidade do

revestimento resistir a esforços de tração, sendo, talvez, mais representativo para o

revestimento do que a resistência à compressão;

U - Rétention d’eau (Humidification) - retenção de água no estado fresco (%), que

representa a capacidade que a argamassa possui de reter água de amassamento contra a

sucção da base ou evaporação;

C - Capillarité - coeficiente de capilaridade (g/dm2.min1/2), este ensaio verifica o

deslocamento de fluidos, na argamassa, pelo efeito da capilaridade, dando uma idéia da

porosidade do material.

Cada propriedade tem critérios de desempenho subdivididos em seis classes, como

indicado na Tabela 2.6.

Tabela 2.6- Classificação MERUC. Classe M (kg/m3) E (MPa) R (MPa) U (%) C (g/dm2.min1/2)

1 < 1200 < 5000 < 1,5 < 78 < 1,5 2 1000 a 1400 3500 a 7000 1,0 a 2,0 72 a 85 1,0 a 2,5 3 1200 a 1600 5000 a 10000 1,5 a 2,7 80 a 90 2 a 4 4 1400 a 1800 7500 a 14000 2,0 a 3,5 86 a 94 3 a 7 5 1600 a 200 12000 a 20000 2,7 a 4,5 91 a 97 5 a 12 6 > 1800 > 16000 >3 ,5 95 a 100 > 10

Por não se ter valores dessas propriedades para argamassas nacionais, percebe-se que há

dificuldades de sua aplicação às argamassas do mercado nacional. Por essa razão a

presente pesquisa corrobora, juntamente com o trabalho de Nakakura (1993), com

determinação de algumas propriedades referentes à classificação MERUC para as

argamassas nacionais.

30

3 - PROGRAMA EXPERIMENTAL E MATERIAIS

Este capítulo apresenta a descrição do programa experimental desenvolvido para a

obtenção dos resultados, visando os objetivos pré-estabelecidos do trabalho, bem como a

caracterização dos materiais utilizados. Também são apresentadas as particularidades de

cada etapa, abordando-se as condições fixas e as variáveis estudadas. O estudo foi

realizado no Laboratório de Ensaios de Materiais da Universidade de Brasília.

3.1 - PROJETO EXPERIMENTAL

A pesquisa abordada nesta dissertação utiliza vários métodos que visam à caracterização

das principais propriedades físico-mecânicas das argamassas de revestimento e também

avaliar o sistema de revestimento. Foram avaliadas cinco argamassas distintas para obter

suas propriedades, sendo uma argamassa industrializada e quatro argamassas mistas

produzidas no Laboratório.

O trabalho fundamenta-se na análise das relações entre as propriedades avaliadas após a

realização dos ensaios em laboratório. A seguir, descreve-se o planejamento do estudo.

3.1.1 - Estudo das propriedades das argamassas de revestimento

Foi executado um estudo experimental para avaliar as características das argamassas em

questão e também o sistema de revestimento. Buscou-se discutir a relação entre os diversos

métodos e as propriedades físico-mecânicas das argamassas de revestimento e do

revestimento propriamente dito.

Os fatores de controle analisados neste projeto foram:

• Traço da argamassa;

• Tipo e forma do corpo-de-prova.

A variável independente deste estudo foi a argamassa, sendo quatro argamassas mistas e

uma argamassa industrializada.

31

O estudo tem como variáveis dependentes:

• Propriedades no estado endurecido:

Da argamassa:

− Resistência à tração na flexão;

− Resistência à tração por compressão diametral;

− Módulo de deformação na flexão;

− Velocidade de onda ultra-sônica;

− Resistência à compressão;

− Módulo de deformação por compressão;

− Coeficiente de Poisson;

− Absorção de água;

− Densidade de massa;

− Índice de vazios;

− Capilaridade.

Do revestimento:

− Permeabilidade pelo método do cachimbo;

− Resistência de aderência à tração;

− Velocidade de onda ultra-sônica;

− Resistência à tração na flexão;

− Módulo de deformação na flexão;

− Absorção de água;

− Densidade de massa;

− Índice de vazios;

− IRA (modificado);

− Absortividade.

A Figura 3.1 apresenta a hierarquia entre as variáveis dependentes e independentes do

projeto experimental:

32

Figura 3.1 - Hierarquia entre as variáveis dependentes e a independente do programa experimental.

Argamassa Mista

AR-1

Argamassa Mista

AR-2

Argamassa Mista

AR-3

Argamassa Mista

AR-4

Argamassa

Industrializada

VARIÁVEL INDEPENDENTE

FATORES DE CONTROLE

Traços das

Argamassas

Tipo e Forma dos Corpos-de-

Prova

VARIÁVEIS DEPENDENTES

Da Argamassa

Resistência à tração na flexão Resistência à tração por compressão diametral Resistência à compressão Ultra-som Módulo de deformação na flexão Módulo de deformação por compressão Módulo de deformação dinâmico Coeficiente de Poisson Absorção de água Massa específica Densidade de massa Índice de vazios Capilaridade

Do Revestimento

Resistência à tração na flexão Resistência de aderência a tração Ultra-som Módulo de deformação na flexão Módulo de deformação dinâmico Permeabilidade (Método do Cachimbo) Absorção de água Massa específica Densidade de massa Índice de vazios IRA Absortividade

Ensaios no estado

endurecido

Argamassa de Revestimento

33

3.2 - MATERIAIS UTILIZADOS

3.2.1 - Aglomerantes

No projeto experimental realizado em laboratório, que produziu argamassa mista de

cimento e cal, foram utilizados o cimento Portland CP II F–32, marca CIPLAN, como

aglomerante hidráulico e a cal hidratada CH–I, marca ITAÚ, como aglomerante aéreo,

ambos disponíveis para fácil consumo na região de Brasília. As Tabelas 3.1 a 3.4 ilustram

os resultados da caracterização física e química desses materiais.

Tabela 3.1- Caracterização física da cal hidratada CH-I.

Característica determinada Método de ensaio Resultado

obtido

Massa específica real (g/cm3) NBR 9676/1987 2,23

Massa específica aparente (g/cm3) NBR 7251/1982 0,59

Superfície específica Blaine (cm2/g) NBR 7224/1984 6,32

Tabela 3.2- Caracterização química da cal hidratada CH-I.

Método de ensaio Característica determinada Resultado

obtido (%)

NBR 5743/1989 Perda ao fogo 24,14

NBR 8347/1991 Dióxido de silício (SiO2) 1,28

Óxido de alumínio (Al2O3) 0,00

Óxido de ferro (Fe2O3) 0,21

Óxido de cálcio total (CaO) 71,98

Óxido de magnésio (MgO) 0,54

Óxido de sódio (Na2O) 0,05

Óxido de potássio (K2O) 0,09

NBR 9203/1985

Teor de umidade 8,78

34

Tabela 3.3- Caracterização física do cimento Portland CP II F-32

Característica determinada Método de ensaio Resultado

obtido (%)

Massa específica real (g/cm³) NBR 9676/1987 3,04

Massa específica aparente (g/cm³) NBR 7251/1982 0,98

Resíduo na peneira 200

(%) NBR 11579/1991 2,90

Resíduo na peneira 325

(%) NBR 12826/1993 12,00 Finura

Área específica (cm²/g) NBR 7224/1984 4000

Início da pega (h:min) 2:00 Tempos de

pega Fim de pega (h:min) NBR 11581/1991

3:20

Expansão em autoclave (%) ASTM C 151-93 e

ASTM C 490-96 0,00

3 dias (MPa) 20,30

7 dias (MPa) 22,40 Resistência à

compressão

28 dias (MPa)

NBR 7215/1996

34,20

35

Tabela 3.4- Caracterização química do cimento Portland CP II F-32

Método de ensaio Característica determinada Resultado

obtido

NBR 5743/1989 Perda ao fogo 5,16 NBR 5744/1989 Resíduo insolúvel 1,38

NBR 5745/1989 Trióxido de enxofre (SO3) 2,81

Óxido de magnésio (MgO) 4,05

Dióxido de silício (SiO2) 25,95

Óxido de ferro (Fe2O3) 3,25

Óxido de alumínio (Al2O3) 4,68

Óxido de cálcio (CaO) 52,99

NBR 9203/1985

Óxido de cálcio livre (CaO) 1,13

Óxido de sódio (Na2O) 0,34

Óxido de potássio (K2O) 0,77 NBR 8347/1991

Álcalis

totais Equivalente alcalino em

Na2O 0,85

NBR 5745/1989 Sulfato de cálcio (CaSO4) 4,78

3.2.2 - Areia

Para a composição das argamassas mistas foram utilizadas três areias naturais,

classificadas segundo a norma NBR 7211 (ABNT, 1983) com granulometria média,

procedentes de depósitos aluvionares do Rio Corumbá, em Goiás. Esse material é

comumente utilizado na execução de revestimentos em argamassa e facilmente

encontrados na região onde foi realizada a pesquisa.

A areia com menor módulo de finura foi denominada de AG1, a com módulo de finura

intermediário de AG2 e a com maior módulo de finura de AG3. Estas foram previamente

36

peneiradas, sendo que apenas o material passante na peneira 2.4 mm foi utilizado. Vale

ressaltar que o módulo de finura é utilizado neste trabalho apenas para identificar os

agregados, não sendo um parâmetro de avaliação.

Esses materiais tiveram suas características básicas analisadas através de ensaios

rotineiros, cujos resultados estão resumidos na Tabela 3.5.

Tabela 3.5- Caracterização das areias médias empregadas nas argamassas mistas

Resultados Propriedades determinadas

Métodos de Ensaios

AG1 AG2 AG3

Módulo de Finura NBR 7217 (1987) 2,12 2,40 2,68

Material pulverulento (%)

NBR 7219 (1987) 4,00 3,40 2,60

Massa unitária (kg/dm³)

NBR 7251 (1982) 1,36 1,50 1,44

Massa específica (kg/dm³)

NBR 9776 (1987) 2,64 2,64 2,64

Índice de Vazios (%) - 48 43 45

A composição granulométrica das areias é apresentada na Figura 3.2. É válido mencionar

que estes agregados têm curvas granulométricas paralelas, ou seja, proporção entre as

frações parecidas. Diferem, todavia, quanto ao tamanho dos grãos (módulo de finura).

37

0102030405060708090

100

0,01 0,1 1 10Abertura das Peneiras (mm)

% R

etid

a Ac

umul

ada

AG1 AG2 AG3

Figura 3.2 - Curva granulométrica do agregado utilizado na argamassa mista em laboratório, segundo a NBR 5734 (ABNT, 1988).

O agregado natural tende a apresentar grãos em formatos mais esféricos e arredondados,

proporcionando uma melhor compactação dos mesmos e melhorando a trabalhabilidade

das argamassas com ele produzidas.

3.2.3 - Argamassas empregadas na pesquisa

Os traços das argamassas mistas foram concebidos a partir de um estudo de

proporcionamento realizado no Laboratório de Ensaios de Materiais da Universidade de

Brasília por Paes (2003), com base em procedimento para dosagem de argamassas mistas

de revestimento externo proposto por Selmo (1989), se aproximando do traço convencional

1:2:9 de cimento:cal:areia.

A Tabela 3.6 apresenta os traços utilizados na produção das argamassas.

Tabela 3.6- Traços argamassas mistas.

TRAÇO AREIA a/c CAL/CIMConsumo

de Cimento (kg/m3)

Traço (massa) Traço (vol.)

AR-1 AG1 2,54 1,10 127,07 1:1,10:11,90:2,54 1:1,86:8,69:2,54

AR-2 AG1 1,97 0,73 162,93 1:0,73:9,27:1,97 1:1,24:6,82:1,97

AR-3 AG2 2,14 0,87 158,29 1:0,87:9,13:2,14 1:1,47:6,10:2,14

AR-4 AG3 1,94 1,06 162,81 1:1,06:8,97:1,94 1:1,80:6,23:1,94 O motivo da utilização destes traços é verificar a influência do consumo de cimento e da

granulometria da areia nas propriedades físico-mecânicas das argamassas de revestimento.

Para isso optou-se em usar o traço AR-1 com menor consumo de cimento em relação às

38

demais argamassas, mas apresentando o mesmo módulo de finura da areia utilizada em

AR-2. E para análise da influência da granulometria da areia nas argamassas optou-se

pelos traços AR-2, AR-3 e AR-4, com areias distintas, que sofreram apenas pequenas

correções nas dosagens para apresentar uma boa trabalhabilidade.

A argamassa industrializada trata-se de uma argamassa pronta para reboco, da marca

CIPLAN, ensacada em unidades de 50 kg, produzida e comercializada no Distrito Federal

e utilizadas tanto para revestimento interno quanto externo de paredes. O consumo de

cimento estimado desta argamassa é 395 kg/m3. A Figura 3.3 indica a curva

granulométrica da argamassa industrializada utilizada. No decorrer da dissertação esta

argamassa foi denominada de AI.

010

2030

405060

7080

90100

0,01 0,1 1 10Abertura (mm)

% R

etid

a

% Retida % Acumulada

Figura 3.3 - Curva granulométrica da argamassa industrializada.

Com o objetivo de caracterizar e parametrizar as argamassas no estado fresco, realizou-se

os ensaios seguintes.

3.2.3.1 - Determinação da densidade de massa

O procedimento para a determinação da densidade de massa da argamassa no estado fresco

é prescrito na norma NBR 13278 (ABNT, 1995). A argamassa recém misturada é colocada

em um recipiente cilíndrico de 6,5 cm de diâmetro e 11,5 cm de altura, com capacidade de

aproximadamente 400 ml, em três camadas aproximadamente iguais, aplicando 20 golpes

em cada uma das camadas, com o auxílio de uma espátula de bordas retas. Por fim rasa-se

o excesso de argamassa com uma espátula e pesa-se o conjunto molde-argamassa.

O cálculo da densidade de massa é feito através da seguinte equação:

39

V

Mm)-Mf(f =γ (3.1)

Onde:

γf = densidade de massa, em g/cm3

Mf = massa do molde com argamassa, em g

Mm = massa do molde vazio, em g

V = volume do molde, em cm3

3.2.3.2 - Determinação da Consistência

a) Consistência por espalhamento

A medida de consistência nesse ensaio consiste em mensurar o espalhamento (diâmetro) de

uma amostra de argamassa, moldada sobre uma mesa de ensaio padrão (Fotografia 3.1 a),

em forma de um tronco de cone. Esse espalhamento é obtido através da introdução de

impactos sucessivos a partir de quedas padronizadas dessa mesa (Fotografia 3.1 b), sendo

dados 30 golpes em 30 segundos. O procedimento para a realização do ensaio é prescrito

pela norma NBR 7215 (ABNT, 1982).

a) b)

c)

Fotografia 3.1 - a) Moldagem da argamassa; b) Aplicação dos golpes; c) Medida do espalhamento.

40

b) Determinação da tensão limite de escoamento

Para a determinação da tensão limite de escoamento, ou resistência ao cisalhamento, o

ensaio adotado foi Vane Test ou ensaio da palheta. O equipamento utilizado é de

fabricação da Wykeham Farrance Engineering (Fotografia 3.2).

O equipamento apresenta as seguintes características:

• Diâmetro da palheta (D) = 2,4 cm;

• Altura da palheta (H) = 4,8 cm;

• Constante da mola = 0,0232 Kgf.cm/°.

Fotografia 3.2 - Aparelho Vane Tester, utilizado para medir tensão limite de escoamento

(τ0).

O procedimento adotado para a realização desse ensaio é o mesmo utilizado por Alves

(2002), Santos (2003) e Do Ó (2004). Primeiro a argamassa recém misturada é colocada

em um recipiente cilíndrico de 6,5 cm de diâmetro e 11,5 cm de altura, com capacidade de

aproximadamente de 400 ml, em três camadas aproximadamente iguais, aplicando 20

golpes em cada uma das camadas, com o auxílio de uma espátula de bordas retas, rasando-

se, no final, o excesso de argamassa com a espátula. Em seguida, insere-se a palheta na

amostra, de modo que a mesma transpasse um valor igual ao de seu diâmetro. Aplica-se,

41

manualmente, um torque na medida aproximada de 90°/min, registrando, através de escala

de leitura, o cisalhamento.

Com os dados obtidos no ensaio, multiplicam-se esses pela constante da mola, para obter o

torque máximo. Determina-se, então, a tenção limite de escoamento aplicando a Equação

3.2.

0

3

31

DH

2D Tm τπ

⎟⎠⎞

⎜⎝⎛ += (3.2)

Onde:

Tm = torque máximo, em kgf.cm;

τ0 = Su = tensão de escoamento ou resistência ao cisalhamento, em kgf/cm2;

D = diâmetro da palheta, em cm;

H = altura da palheta, em cm.

Os resultados da tensão limite de escoamento (Su) são mostrados em kPa.

c) Determinação da resistência à deformação pelo método da penetração estática de cone

Nesse ensaio, a consistência da argamassa é determinada através da resistência de

penetração de um cone metálico de massa padronizada. Utilizou-se como referência, na

realização desse ensaio, a norma BS 1377/75 – Cone Penetrometer Method.

Depois de preparada, a argamassa é colocada em um recipiente cilíndrico metálico, cujas

dimensões são: 60 mm de diâmetro e 40 mm de profundidade; a colocação se dá em

pequenas quantidades até a borda do recipiente, sem realizar adensamento, e por fim rasa-

se o topo do cilindro. Coloca-se o cone rente à superfície do cilindro, efetuando-se a leitura

inicial (Fotografia 3.3 b). Em seguida, libera-se o cone para que ocorra a penetração pela

ação da gravidade. Cessada a penetração, efetua-se a leitura final. A diferença entre a

leitura final e a inicial determina a consistência do material. O resultado do ensaio é

expresso em milímetros (mm).

42

a) b) Fotografia 3.3 - a) Equipamento utilizado no ensaio de penetração do cone; b)Posição do

cone para efetuar a leitura inicial.

O cone de penetração apresenta as seguintes características:

• diâmetro = 18,6 mm;

• altura = 35,9 mm;

• massa do conjunto haste/cone de penetração = 80 g

3.2.3.3 - Teor de ar

O método utilizado para a determinação do teor de ar das argamassas foi o pressométrico.

Tal ensaio foi baseado no procedimento da norma Mercosur NM 47:95. Foi usado neste

trabalho um aparelho da marca SOLOTEST, específico para argamassas, com capacidade

de 1 litro, conforme mostrado na Fotografia 3.4.

43

Fotografia 3.4 - Equipamento utilizado no ensaio.

Para a realização desse ensaio, é necessário o preenchimento do recipiente base (Fotografia

3.5a) com a amostra de argamassa adicionada em 3 camadas de volume aproximadamente

igual, adensando-as através da aplicação de 25 golpes verticais uniformemente distribuídos

em cada camada, com uma barra lisa de 15 mm de diâmetro e extremidades semi-esféricas.

Depois de rasar o excesso de argamassa com uma régua metálica, acopla-se a tampa sobre

o recipiente base, mantendo as torneiras laterais abertas. Com a seringa injeta-se água

através da torneira esquerda, até que todo o ar seja expelido pela torneira direita

(Fotografia 3.5b). Com uma bomba de ar, dá-se pressão até o início de “pressão inicial”,

marcado ao calibrar o equipamento (Fotografia 3.5c) e verifica-se se todas as saídas estão

completamente fechadas. Em seguida, pressiona-se a alavanca que transfere a pressão para

o recipiente base, mantendo-a pressionada por alguns segundos, até o ponteiro se

estabilizar (Fotografia 3.5d). Enfim, lê-se diretamente no manômetro a porcentagem de ar

existente no material.

44

a) b)

c) d) Fotografia 3.5 - Seqüência executiva do ensaio de determinação do teor de ar.

3.2.3.4 - Determinação da retenção de água

a) Pelo papel filtro

Esse método de ensaio é descrito pela NBR 13277 (ABNT, 1995). Seu princípio baseia-se

na quantificação da massa de água retida na argamassa, após essa ser submetida a uma

sucção realizada por discos de papel de filtro colocados sobre a argamassa fresca, sob uma

dada pressão, promovida por uma massa padrão assentada sobre os discos durante 2

minutos. A Fotografia 3.6 ilustra os equipamentos necessários para a realização desse

ensaio.

45

Fotografia 3.6 - Dispositivos necessários para determinação da retenção de água, segundo

a NBR 13277 (ABNT, 1995).

b) Pelo funil de Bücnher

O procedimento adotado para a realização desse ensaio é o mesmo utilizado por Do Ó

(2004), seguindo recomendações do procedimento CSTB 2669-4 (1993). A retenção de

água das argamassas foi determinada adotando o princípio pelo qual se submete a

argamassa a uma pressão de sucção de 50 mm de mercúrio através de uma aparelhagem

composta por um funil (funil de Bücnher modificado) e uma bomba de vácuo, conforme a

Fotografia 3.7.

Fotografia 3.7 - Equipamento utilizado no ensaio de retenção de água com o funil de

Bücnher modificado

Para a realização do ensaio de retenção de água é necessário colocar o papel-filtro sobre o

funil e umedecê-lo (Fotografia 3.8a). Em seguida, retira-se o excesso de água do papel-

46

filtro acionando a bomba de vácuo e aplicando ao conjunto uma sucção de 50 mm de

mercúrio durante aproximadamente 90 segundos. No final do processo, pesa-se o conjunto

funil/papel-filtro úmido em balança com resolução de 0,01g e registra-se sua massa (Mfv).

Preenche-se o prato do funil até um pouco acima da borda com a argamassa preparada e

promove-se seu adensamento com 37 golpes, sendo 16 desses aplicados uniformemente

junto à borda e 21 na parte central. Após o adensamento, retira-se o excesso de argamassa

mediante o uso de uma régua metálica para obter uma superfície plana. Com um pano

úmido, limpa-se a parte externa do funil e, assim, pesa-se o conjunto em uma balança de

resolução de 0,01g, registrando sua massa (Mfc);

Coloca-se, na parte superior do funil, uma tampa acrílica perfurada, com intuito de

amenizar ou evitar a perda de água por evaporação (Fotografia 3.8b). Em seguida aplica-se

na amostra uma pressão negativa (sucção) correspondente à coluna de 50 mm Hg durante

os intervalos de tempo de: 1,0; 1,5; 3,0; 5,0; 10,0 e 15,0 minutos. Para cada um desses

tempos, é necessário registrar a massa correspondente (Mfi), como pode ser visto na

Fotografia 3.8c.

a) b) c)

Fotografia 3.8 - Seqüência da execução do ensaio de retenção de água.

Com os dados obtidos do ensaio, determina-se a retenção de água da amostra de argamassa

ensaiada através da Equação 3.3.

( )( ) 100

MM a/afMM

-1Rafvfc

fifc ⋅⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡−⋅

−= (3.3)

Onde:

Ra = retenção de água, em %;

Mfv = massa do funil vazio e filtro, em g;

47

Mfc = massa do funil cheio e filtro, em g;

Mfi = massa do funil para o tempo “i” de exposição à sucção, em g;

a/af = relação água/argamassa fresca; w

w

MMM

a/af+

=

Mw = massa total de água utilizada na argamassa, em g;

M = massa de argamassa industrializada ou soma das massas dos componentes anidros em

caso de argamassa dosada, em g.

3.2.3.5 - Resultados da caracterização da argamassa no estado fresco

Os resultados médios dos ensaios de caracterização das propriedades das argamassas no

estado fresco estão apresentadas na Tabela 3.7.

Tabela 3.7- Resultados médios da caracterização das argamassas de revestimento, no estado fresco.

Resultado dos Ensaios Propriedade

determinada

Método de Ensaio AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I

Consistência - Penetração Estática do Cone (mm)

BS 1377 (1975) 27,2 22,4 29,1 34,2 25,3

Consistência - Mesa de Consistência (mm)

NBR 7215 (1982) 270 221 252 255 250

Consistência - Vane Test (Kpa)

CSTB 2669-4 Modificado 1,30 1,24 1,56 1,69 1,31

Teor de Ar (%) Mercorsur NM 47:95 6,5 5,0 6,5 8,0 23

Retenção de água - Papel Filtro (%)

NBR 13277 (1995) 92 88 89 90 96

Retenção de água - Funil de Bücnher (%) DO Ó (2004) 69 69 70 71 77

Densidade de massa (g/cm³)

NBR 13278 (1995) 2,05 1,88 1,89 1,91 1,75

3.2.4 - Blocos de alvenaria

Para o presente estudo optou-se por utilizar-se unidades individuais de blocos de concreto

para alvenaria estrutural como substratos. Os blocos utilizados estavam armazenados

adequadamente no laboratório, protegidos de intempéries, por um longo período (superior

48

a seis meses). Estes apresentam características satisfatórias de resistência à compressão,

conforme o MB 3459 (ABNT, 1991), apresentando uma superfície mais uniforme com

porosidade aparente baixa.

O único tratamento aplicado à superfície do bloco que seria revestida foi uma limpeza

superficial com escova de cerdas macias para a retirada de poeira em excesso e outros

materiais estranhos que pudessem atrapalhar o processo de aderência argamassa-substrato.

Os blocos de concreto foram mantidos à temperatura e umidade ambiente do laboratório.

Sua caracterização está relatada na Tabela 3.8.

Tabela 3.8- Resultados de caracterização dos blocos de concreto utilizados em laboratório.

Ensaios Método de ensaio

Número de determinações

Resultado médio

Coeficiente de variação (%)

Absorção de água ( %)

MB 3459 (1991) 50 7,09 6,9

Taxa inicial de sucção (IRA) ASTM C 67 50 58,33 12,3

Resistência à compressão (MPa)

MB 3459 (1991) 12 4,67 9,6

Massa (g) - 72 12664,3 2,3

Dimensões MB 3459 (1991) 12

a = 14,0 cm l = 19,0 cm c = 39,0 cm

3,1

a = altura; l = largura; c = comprimento.

3.3 - METODOLOGIA DA PESQUISA

3.3.1 - Produção da argamassa e condições de cura

A argamassa foi produzida em lotes de 10 kg de material seco utilizando-se uma

argamassadeira (Fotografia 3.9). A partir dos traços de cimento, cal hidratada e areia úmida

em volume, já especificados na Tabela 3.6, determinou-se as quantidades específicas de

cada material para a obtenção de uma argamassa com características controladas.

49

Fotografia 3.9 - Equipamento utilizado na mistura das argamassas.

Antes da etapa de mistura e lançamento da argamassa, alguns cuidados foram tomados na

preparação dos materiais. Destaca-se o umedecimento da areia com umidade a 2% para

facilitar a mistura da argamassa; e a mistura da cal em parte da água de amassamento a ser

utilizada.

Inicialmente, colocou-se a areia e o cimento no misturador para proporcionar uma

homogeneização completa dos materiais secos. Então se adicionou a suspensão de cal e

água gradativamente, colocando-se o restante da água por último. Todas as bateladas foram

executadas seguindo a mesma metodologia.

Para a argamassa industrializada foram seguidos os procedimentos recomendados pelo

fabricante, presentes na embalagem do material, que especificava que a relação

água/material seco deveria ser de 0,19. Colocou-se a argamassa seca e a água na cuba e

misturou-se por dois minutos. Todas as bateladas foram executadas seguindo a mesma

metodologia.

Após a produção das argamassas, deu-se início a moldagem dos corpos-de-prova. Os

corpos-de-prova a serem ensaiados eram armazenados dentro laboratório, expostos ao ar

ambiente, pelo prazo de 28 dias, até o prazo para realização dos ensaios.

A cura foi realizada no ambiente de laboratório, com médias de umidade relativa do ar de

71% e temperatura de 25ºC, não controladas.

50

3.3.2 - Produção de corpos-de-prova de argamassa

Nesta etapa foram produzidos corpos-de-prova de argamassa moldados em fôrmas

metálicas conforme cada metodologia de ensaio. Como o adensamento manual de corpos-

de-prova de argamassa é difícil, devido à sua elevada plasticidade da mesma, utilizou-se

uma mesa vibratória para fazê-lo nos corpos-de-prova cilíndricos. A mesa vibratória

apresenta valores de 57,5 Hz de vibração e aproximadamente 1,5 mm de amplitude. As

dimensões dos moldes e o método utilizado para moldar as amostras estão descritos a

seguir.

i. Corpos-de-prova de 5 cm de diâmetro e 10 cm de altura (CP-5x10), moldados em duas

camadas aproximadamente iguais de argamassa, e cada camada vibrada por

aproximadamente 2 segundos em mesa vibratória para realização do adensamento. O

rasamento da face exposta foi feito com uma colher de pedreiro. Estes corpos-de-prova

foram utilizados nos ensaios para determinar as seguintes propriedades: velocidade

ultra-sônica (NBR 8802 - ABNT, 1994), resistência à tração por compressão diametral

(NBR 7222 - ABNT, 1994), resistência à compressão (NBR 13279 - ABNT, 1995),

módulo de deformação secante (NBR 8522 - ABNT,2003) ensaio modificado,

coeficiente de Poisson (ASTM C 469 – 94), absorção de água por imersão e índice de

vazios (NBR 9778 - ABNT, 1987) e densidade de massa no estado endurecido

(NBR 13280 – ABNT, 1995, e EN 1015-10, 1999);

ii. Corpos-de-prova de 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura (CP-15x30) moldados em três

camadas aproximadamente iguais de argamassa, com cada camada vibrada por

aproximadamente 2 segundos em mesa vibratória para realização do adensamento. O

rasamento da face exposta foi feito com uma colher de pedreiro. Estes corpos-de-prova

foram utilizados nos ensaios para determinar as seguintes propriedades: velocidade

ultra-sônica (NBR 8802 - ABNT, 1994), resistência à compressão (NBR 13279 -

ABNT, 1995), módulo de deformação secante (NBR 8522 - ABNT,2003) ensaio

modificado e coeficiente de Poisson (ASTM C 469 – 94) ensaio modificado;

iii. Corpos-de-prova de 4 cm de largura por 4 cm de altura e 16 cm de comprimento,

denominados de prismas, moldados em duas camadas aproximadamente iguais de

argamassa, sendo que cada camada foi adensada com 25 golpes com soquete metálico

(Fotografia 3.10 a). Posteriormente realizava-se o rasamento com o auxilio de uma

régua metálica. O procedimento adotado para a moldagem está prescrito na norma

51

EN 1015-11 (1993). Estes corpos-de-prova foram utilizados nos ensaios para

determinar as seguintes propriedades: velocidade ultra-sônica (NBR 8802 - ABNT,

1994), resistência à tração na flexão (EN 1015-11, 1993), resistência à compressão (EN

1015-11, 1993), módulo de deformação a tração na flexão (procedimento adotado por

BASTOS 2001), absorção de água por imersão e índice de vazios (NBR 9778 - ABNT,

1987), densidade de massa no estado endurecido (NBR 13280 - ABNT, 1995, e EN

1015-10, 1999) e absorção de água por capilaridade (EN 1015-18, 2001);

Após a moldagem dos corpos-de-prova, estes eram cobertos por placas de vidro e mantidos

nas formas por 48 horas. Depois do desmolde os corpos-de-prova ficavam no laboratório

de ensaios até completar 28 dias.

a) b)

Fotografia 3.10 - a) Adensamento dos prisma; b) Aspecto final do corpo-de-prova moldado.

3.3.3 - Produção dos revestimentos em bloco de alvenaria

Cada batelada de argamassa cobria (em média) dois blocos. Na execução os revestimentos

foram aplicadas sobre os blocos de concreto.

Após a mistura, foram efetuados os lançamentos das argamassas sobre os blocos um por

um. Para tanto, fez-se uso de um dispositivo que lança a argamassa sobre o bloco,

eliminando a variação intrínseca ao oficial-pedreiro, que tende a ser o principal fator de

variação no desempenho. A “caixa de queda”, assim denominada, foi utilizada como um

alçapão no momento do lançamento (Figura 3.4); tendo um importante papel no processo

ao padronizar todos os eventos com a mesma energia de aplicação, dirimindo grande parte

dos fatores causadores das variações. Esse procedimento de lançamento tem origem na

caixa de queda desenvolvida e utilizada por Carasek (1996), sendo uma adaptação da

mesma, que está sendo utilizado constantemente no LEM-UnB, como citada no estudo de

52

Paes et al. (2003). A altura de queda (50 cm) da argamassa foi definida, depois de extensos

estudos realizados por Paes et al. (2003), simulando a energia de lançamento gerada por

um pedreiro.

Figura 3.4 - Dispositivo mecânico para lançamento da argamassa - caixa de queda (Paes,

2004).

Os revestimentos aplicados não recebiam qualquer tratamento, como aperto, sarrafeamento

ou acabamento. Apenas se procedia um rasamento da superfície externa do gabarito com a

ajuda de uma régua metálica, para que se garantisse a planeza dos corpos-de-prova

(Fotografia 3.11 c) e não existência de imperfeições na superfície.

a) b)

c) d)

Fotografia 3.11 - a) Aparato da caixa de queda posicionado sobre bloco; b)Vista superior da caixa de queda, preenchida com argamassa fresca nos momentos pré–aplicação; c)

Rasamento da argamassa; d) Aspecto do revestimento após rasamento.

53

3.3.4 - Produção das placas isoladas de revestimento

É sabido que há troca umidade entre a argamassa e o substrato e até mesmo transporte de

materiais da argamassa para a base, principalmente nas primeiras horas em que o

revestimento é aplicado. Por isso, é plausível dizer que as características de uma argamassa

moldada em moldes metálicos diferem das características de um revestimento aplicado

sobre um bloco. Daí a necessidade de se desenvolver um sistema que se aproxime ao

máximo de um revestimento de argamassa. Bastos (2001) propôs um sistema de formas

que possibilita moldar quatro corpos-de-prova sobre um bloco de alvenaria, de modo que

ocorra essa troca de umidade entre o sistema.

Para a realização de ensaios em argamassa aplicada sobre substrato poroso, foram

necessárias algumas alterações no processo anterior. A argamassa é lançada sobre uma tela

de poliéster apoiada sobre o bloco de concreto, sendo esta tela previamente umedecida para

não influenciar na transferência de água entre a argamassa e o substrato. Após a etapa de

regularização da argamassa, descrito no item anterior, aguardava-se 30 minutos e então se

cortava o revestimento de argamassa, com uma espátula, dividindo este em quatro partes

com dimensões aproximadas de 30 x 75 x 190 mm. As etapas deste processo estão

representadas na Fotografia 3.12.

a) b)

c) d)

Fotografia 3.12 - a) Tela de poliéster sobre o bloco; b) Rasamento da argamassa; c)Vista do corte do revestimento; d) Revestimento após o corte

54

Após um período de quinze dias, as placas isoladas eram descoladas dos blocos e eram

mantidas no laboratório (Fotografia 3.13) até completarem 28 dias, para a realização dos

ensaios necessários.

Fotografia 3.13 - Placa isolada desmoldada.

3.3.5 - Ensaios realizados no estado endurecido

3.3.5.1 - Propagação de onda ultra-sônica

Este ensaio tem por objetivo determinar a velocidade de propagação de uma onda ultra-

sônica através do corpo-de-prova, segundo a NBR 8802 (ABNT, 1994), e assim verificar

se essa medida se relaciona com propriedades físico-mecânicas em geral.

O método baseia-se no fato de que a velocidade de propagação das ondas é influenciada

pelas características da argamassa. O ensaio consiste na medição, por meio eletrônico, do

tempo de propagação de ondas ultra-sônicas através da argamassa, entre o emissor e o

receptor. O equipamento utilizado foi o V-METER MK II (Fotografia 3.14), produzido

pela James Instruments Inc.

Fotografia 3.14 - Equipamento de ultra-som (V-METER MK II).

55

Na presente pesquisa usou-se a medição direta (Figura 3.5 a) no caso de corpos-de-prova

cilíndricos e prismas, e a medição indireta para os revestimentos aplicados sobre bloco de

concreto e placas isoladas (Figura 3.5 b). Em ambos os casos foi utilizado vaselina sólida

para melhorar o contato entre os transdutores e os corpos-de-prova.

a) b)

Figura 3.5 - a) Transmissão direta; b)Transmissão indireta.

Na medida direta, o comprimento percorrido entre os transdutores dividido pelo tempo de

propagação resulta na velocidade média de propagação da onda. Já na transmissão indireta,

é necessário realizar várias medidas, mantendo-se fixo o transdutor emissor e

movimentando-se o receptor, em uma linha reta. Na placa isolada (destacada do bloco)

foram feitas duas medidas (Fotografia 3.15 a) e no revestimento (aplicado sobre o bloco)

foram feitas quatro medidas (Fotografia 3.15 b). Depois de feitas as medidas essas devem

ser locadas em um eixo cartesiano, relacionado-se as distâncias com os tempos lidos para

as mesmas, conforme a Figura 3.6. A inclinação da reta obtida é a velocidade de

propagação de onda do material ensaiado.

a) b)

Fotografia 3.15 - a) Medição indireta em placa isolada; b) Medição indireta em

revestimento.

56

R3

L3

E

L1

L2

R1 R2

L4

Tempo efetivo de propagaçãot1

L3

L5

L4

L2

L1R4

t3t2 t5t4

Ln

m

tn s

a) b)

Figura 3.6 - a) e b) - Método para cálculo da velocidade ultra-sônica por transmissão

indireta (NBR 8802, ABNT, 1994)

3.3.5.2 - Resistência à tração por compressão diametral

Este ensaio tem como objetivo caracterizar as séries e comparar o método com o ensaio de

determinação da resistência à tração na flexão.

Os procedimentos para a realização deste ensaio são prescritos pela norma NBR 7222

(ABNT, 1994) para determinação da resistência à tração por compressão diametral de

corpos-de-prova cilíndricos. A Figura 3.7 esboça o ensaio realizado.

Figura 3.7 - Esboço do ensaio para determinação da resistência à tração por compressão

diametral pela NBR 7222 (ABNT, 1994).

A prensa utilizada nos ensaios com corpos-de-prova de 5 cm x 10 cm tem aplicação de

carga manual Soiltest, e utiliza três anéis de carga, produzidas por Wykeham Ferrance,

para verificação da força aplicada. Estes anéis apresentam capacidade de carga de 200 kgf,

1000 kgf e 5000 kgf. A resistência à tração é determinada pela seguinte equação:

LD

F2ft.D ⋅⋅⋅

(3.4)

Onde:

α v = tg α

57

ft.D = resistência à tração por compressão diametral, expressa em MPa;

F = carga máxima obtida no ensaio, em kN;

D = diâmetro do corpo-de-prova, em mm;

L = altura do corpo-de-prova, em mm.

3.3.5.3 - Resistência à tração na flexão

Este ensaio tem como objetivo caracterizar as séries e comparar o método com o ensaio de

determinação da resistência à tração por compressão diametral.

O ensaio de determinação da resistência à tração na flexão é prescritos na Norma Européia

EN 1015-11(1993), que utiliza prismas de 4 cm x 4 cm x 16 cm (Figura 3.8). Para o ensaio

das placas isoladas foi adotada a mesma metodologia, modificando-se a distância entre os

apoios. O ensaio consiste em aplicar uma carga centrada sobre o corpo-de-prova bi-

apoiado, rompendo-o à flexão. Sua resistência à tração é determinada através da Equação

3.5. A Fotografia 3.16 ilustra o ensaio realizado.

l

F

d

Figura 3.8 - Ensaio de resistência à tração na flexão.

)b(dlF1,5f 2⋅⋅⋅

= (3.5)

Onde:

f – resistência à tração na flexão em MPa;

F – força aplicada em N;

58

l – distância entre apoios igual a 100 mm para ensaios em prismas e 160 mm para ensaios

em placas isoladas;

b – largura do CP em mm;

d – altura do CP em mm.

Fotografia 3.16 - Ensaio de tração na flexão.

3.3.5.4 - Resistência à compressão

O objetivo deste ensaio é evidenciar diferentes comportamentos em face da dimensão e

geometria dos corpos-de-prova.

Para este ensaio foi utilizada a prensa manual descrita anteriormente em corpos-de-prova

com 5 cm de diâmetro e 10 cm de altura (Fotografia 3.17 a). Para a realização do ensaio

em corpos de provas de 15cm x 30cm (Fotografia 3.17 b), a prensa foi alterada e utilizou-

se uma célula de carga com capacidade de 10 t, da Kratos Equipamentos.

59

a) b)

Fotografia 3.17 - a) Ensaio em corpo-de-prova de 5x10; b) Ensaio em corpo-de-prova de

15x30.

O ensaio de determinação da resistência à compressão foi realizado em corpos-de-prova

cilíndricos de 5 cm x 10 cm e 15 cm x 30 cm. O ensaio seguiu recomendações da norma

NBR 13279 (ABNT, 1995) - Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de

paredes e tetos - Determinação da resistência à compressão - e todos os corpos-de-prova

foram capeados com pasta de cimento.

O ensaio de determinação da resistência à compressão em prismas é prescritos pela Norma

Européia EN 1015-11(1993), que utiliza os semi-prismas maiores que 72 mm,

provenientes do ensaio de resistência à tração na flexão, simulando ensaio em cubo de 4

cm de lado. Devido às dimensões da placa isolada, não foi possível realizar ensaio similar

para determinação de sua resistência a compressão.

3.3.5.5 - Módulo de deformação

O objetivo destes ensaios é comparar as séries de argamassas e discutir os métodos

utilizadas observando as variações quanto à geometria dos corpos-de-prova.

a) Módulo de deformação na flexão

Como o módulo à flexão não apresentou proporcionalidade na relação tensão-deformação

ao longo de todo o carregamento, concordando com os resultados de Bastos (2001),

60

adotou-se a sugestão deste autor de se fazer uso do módulo corda para representar a

deformabilidade das argamassas.

A metodologia utilizada neste ensaio foi, assim, baseada nos procedimentos adotados por

Bastos (2001). Com a finalidade de avaliar a deformabilidade das argamassas, foi medido

o deslocamento vertical (flecha) dos corpos-de-prova no ensaio de flexão, prismas e placas

isoladas, no meio do vão entre os apoios, usando-se extensômetros mecânicos, produzidos

pela Wykeham Ferrance, com precisão de 0,002mm por divisão, conforme as Fotografias

3.18 (a) e 3.18 (b).

a) b) Fotografia 3.18 - a) Ensaio para determinar a resistência a.flexão e módulo em prismas; b)

Ensaio para determinar a resistência a.flexão e módulo em placas.

Adotando-se os pontos correspondentes a 5% e 30% da tensão de ruptura (Figura 3.9), o

Módulo Corda é dado pela equação:

( )( )530

530c εε

σσE

−−

= (3.6)

Onde:

Ec = módulo corda em MPa;

σi = tensão de tração na flexão igual a “i” % da tensão de ruptura, em MPa;

61

εi = deformação longitudinal específica de tração (mm/mm) no corpo-de-prova na posição

mais distante da linha-neutra, no meio do vão entre apoios, correspondente à tensão de

tração na flexão igual a “i” % da tensão de ruptura.

Figura 3.9 - Curva tensão x deformação. A declividade “a” corresponde ao Módulo

Corda, BASTOS (2001).

A deformação εi foi calculada nos pontos correspondentes a 5% e 30% da carga de ruptura

pela relação ε = σ/E, sendo σ = f = 1,5 Fl/bd2 e E = Fl3/4δbd3, expressões já mencionadas.

b) Módulo de deformação dinâmico (ultra-som)

Como já foi dito, o módulo dinâmico corresponde a uma deformação instantânea muito

pequena e pode ser determinado através de ensaios sônicos. Para esta determinação foram

utilizados os resultados de velocidade ultra-sônica.

Segundo a norma britânica BS 1881: Part 203 apud Bastos (2001), a relação entre o

módulo de deformação dinâmico do concreto e a velocidade dos pulsos ultra-sônicos é

dada pela equação a seguir.

( )( )( )ν1

2ν1ν1ρVE 2d −

−+= (3.7)

Onde:

Ed = módulo de deformação dinâmico, em MPa;

ν = o coeficiente de Poisson;

ρ = densidade do corpo-de-prova, em kg/m3;

V = a velocidade ultra-sônica, em km/s.

62

c) Módulo de deformação secante

Para a realização deste ensaio foram seguidas as recomendações na norma NBR 8522-

Concreto – Determinação dos módulos estáticos de elasticidade e deformação e da curva

tensão-deformação (ABNT, 2003), com as devidas modificações para ensaio em

argamassas de revestimento. A tensão inicial do ensaio foi de 10% da carga de ruptura ao

invés de 0,5 MPa recomendado pela norma para concretos.

Nos corpos-de-prova de 5x10cm foram coladas, com cola de base epóxi de secagem

rápida, pastilhas metálicas de 10x10mm de dimensões no sentido longitudinal do corpo-de-

prova, que serviam de base de medida. A distância entre o centro das pastilhas era de

50mm (Figura 3.10). Cada corpo-de-prova tinha duas bases de medida dispostas em

extremidades opostas.

Figura 3.10 - Disposição das pastilhas nos corpos-de-prova 5x10cm.

As leituras de deformações foram realizadas utilizando um extensômetro mecânico

“Tensotast Huggenberger”, com calibração de 0,001 mm por divisão, conforme a

Fotografia 3.19. Foi utilizada a prensa manual, já descrita, juntamente com os anéis de

carga de 1000kgf e 5000kgf.

63

Fotografia 3.19 - Ensaio de módulo de deformação (CP-5x10).

Para corpos-de-prova de 15x30cm foi utilizado um medidor de deformação mecânico

(gaiola) da Soiltest, modelo CT-170, que possui extensômetros mecânicos também da

Soiltest, com precisão de 0,0001 “por divisão" (Fotografia 3.20). A base de medição da

gaiola é de 135mm.

Fotografia 3.20 - Ensaio de módulo de deformação (CP-15x30).

Além do medidor mecânico, foram utilizados transdutores elétricos tipo “strain gage”

colados à superfície do corpo-de-prova nos sentidos longitudinal e transversal, com a

intenção de comparar com as leituras mecânicas e fornecer dados para o cálculo do

64

coeficiente de Poisson. O extensômetro elétrico utilizado na pesquisa foi o modelo PA-06-

480BA-120 produzido pela Excel Sensores.

Para a colagem dos transdutores elétricos tipo “strain gage” foram utilizados os

procedimentos adotados por Rodrigues (2003). Primeiro, a superfície do corpo de prova,

onde seriam colados os extensômetros elétricos, foi devidamente limpa com álcool iso-

propílico (Fotografia 3.21 a). Logo após, fez-se a marcação do lugar onde o transdutor

seria colado (Fotografia 3.21 b). Para regularizar a superfície do corpo-de-prova, aplicou-

se uma fina camada de adesivo epóxi de secagem rápida (Fotografia 3.21 c). Após a

secagem da camada de regularização colou-se o extensômetro elétrico com cola de

secagem ultra-rápida, conforme a Fotografia 3.21 d.

a) b)

c) d)

Fotografia 3.21 - a) Limpeza do corpo-de-prova; b) Marcação da posição do extensômetro; c) Camada regularizadora; d) Colagem do transdutor elétrico.

A aquisição de dados dos transdutores foi feita através de uma mala de balanceamento de

24 canais (modelo SS-24R) e de um medidor de deformação (modelo SM-60D), ambos da

marca Kyowa Electronic Instruments, com calibração de 10-6 mm/mm, conforme a

Fotografia 3.22.

65

Fotografia 3.22 - Equipamento para aquisição de dados de extensômetros elétricos tipo

“strain gage”.

O módulo de deformação secante (Ecs) é uma propriedade do material, cujo valor numérico

é a inclinação da reta secante ao diagrama tensão-deformação passando, neste caso, pelos

pontos correspondentes à tensão de 10% e 40% da tensão de ruptura do corpo-de-prova. O

Ecs foi calculado pela seguinte expressão:

1040

1040cs εε

σσE−−

= (3.8)

Onde:

Ecs = módulo de deformação secante em MPa

σi = tensão igual a “i” % da tensão de ruptura, em MPa;

εi = deformação longitudinal específica (mm/mm) no corpo-de-prova correspondente à

tensão igual a “i” % da tensão de ruptura.

3.3.5.6 - Coeficiente de Poisson

Durante os ensaios para determinação do módulo de deformação, coletou-se dados para a

determinação do coeficiente de Poisson através de transdutores elétricos tipo “strain gage”

(Fotografia 3.23). Este ensaio baseou-se nos procedimentos da norma ASTM-C 469 – 94.

O valor do coeficiente de Poisson é obtido através da relação entre a deformação específica

transversal e a deformação específica longitudinal, correspondentes a tensão igual a 40%

da tensão de ruptura.

66

Fotografia 3.23 - Ensaio de módulo de deformação e coeficiente de Poisson (CP-15x30).

3.3.5.7 - Taxa inicial de absorção de água livre (IRA) e Absortividade.

Para a realização destes ensaios foi necessário o auxilio de um dispositivo que permitiu

manter sempre constante a pequena lâmina de água (5mm) na qual a face da placa isolada

deve manter contato. A Fotografia 3.24 ilustra o ensaio.

Fotografia 3.24 - Ensaio de absorção.

Para a avaliação das características de absorção das placas isoladas utilizou-se o IRA

(Initial Rate Absorption), método de ensaio da ASTM C – 67, e um estudo piloto no qual

foi observado a absorção de água ao longo do tempo. Este ensaio é normalmente usado em

blocos de alvenaria, sendo aqui adaptado para avaliar esta característica no revestimento de

argamassa e comparar o resultado com outras propriedades relacionadas à absorção de

água.

Na determinação do IRA realizou-se a seguinte seqüência:

Secagem dos corpos-de-prova até constância de massa, aproximadamente 72 horas;

Determinação, após resfriamento, da massa seca (ms);

67

Imersão de uma das faces, durante um minuto, em lâmina de água de 5 mm de

profundidade;

Determinação da massa do bloco úmido (mu).

Cálculo do IRA através da equação:

4x19A

msmuIRA −= (3.9)

Onde:

IRA = Taxa inicial de absorção de água livre, em g/194cm2/min;

mu = massa úmida, em g;

ms = massa seca, em g;

A = Área da placa isolada em contato com a lâmina de água, em cm2.

Hall et al. (1980) propuseram um outro parâmetro para descrever o comportamento da

absorção de água livre de tijolos e outros materiais de construção, denominado por eles de

“sorptivity” e que, neste trabalha, será denominado de absortividade. Esta é calculada por

meio da Equação 3.10, proveniente de simplificações da equação modificada de Darcy

para fluxo de água em meio não saturado.

1/2tSi ⋅= (3.10)

Onde:

i = volume de água absorvida por unidade de área, em mm3/mm2;

S = coeficiente de absorção de água, absortividade, em mm.min-1/2;

t = tempo, em minutos.

Na prática, a determinação da absortividade é realizada experimentalmente a partir de

simples pesagens e construindo-se uma curva (Figura 3.11) obtida da declividade da reta

traçada a partir dos pontos de interseção do gráfico i x t1/2, onde i é a razão entre a massa

acumulada de água absorvida e a área da face de entrada do fluxo, que, para intervalos de

68

tempo curtos, em relação ao período necessário para saturação dos corpos-de-prova, é uma

reta. Deste modo, a absortividade é calculada como sendo o coeficiente angular desta reta.

Coeficiente de Absorção de água - "absortividade"

y = 1,0745x + 0,289R2 = 0,991

0,01,02,03,04,05,06,07,08,09,0

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Tempo (min¹´²)

Abs

orçã

o (m

m³/m

m²)

Figura 3.11 - Gráfico i x t1/2 para obtenção da absortividade.

Após os procedimentos para a determinação do IRA, deu-se seguimento ao ensaio, de

forma a se obter a absortividade (S) das placa isoladas simulando ensaio em um

revestimento de argamassa.

Os tempos adotados no ensaio de absorção de água livre das placas isoladas, ao longo do

tempo, foram oriundos de um pré-estudo que mostrou que nos primeiros 30 minutos as

placas isoladas absorvem uma parcela expressiva de água. Sendo assim, nos instantes

iniciais, as medidas de ganho de massa de água pelas placas foram realizadas em intervalos

de tempos menores, espaçando-se tais medidas após este tempo crítico. As medições foram

realizadas nos seguintes intervalos de tempo, em minutos: 1(IRA), 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35,

40, 45, 50, 80, 110, 170, 290, 1440 (24horas) e 2880 (saturado). Com os resultados, foi

traçado um perfil da absorção de água em função da raiz quadrada do tempo. A partir

desta, pôde-se observar o comportamento das placas isoladas e calcular suas

absortividades.

3.3.5.8 - Absorção de água por capilaridade

A metodologia utilizada foi baseada nos procedimentos prescritos na Norma Européia EN

1015-18 (2001) para determinação do coeficiente de absorção de água pela ação capilar da

argamassa endurecida. Esta norma foi adotada pois, durante os ensaios realizados com os

procedimentos da norma NBR 9779 (ABNT, 1995) - Argamassa e concreto endurecidos -

Determinação da absorção de água por capilaridade, ocorriam manchas de umidade no

69

topo do corpo-de-prova ensaiado durante a realização do ensaio e por essa razão o ensaio

deveria ser descartado.

Para o ensaio de absorção de água por capilaridade (EN 1015-18, 2001) foram utilizados 6

semiprismas rompidos à flexão, que tiveram suas faces longitudinais seladas com silicone.

Estes espécimes foram secos em estufa a (60 ±5)°C até que entre duas pesagens

consecutivas, com intervalos de 24 horas, a diferença entre as duas massas não fosse

superior a 0,2%, e isto ocorria em 48 horas. Após a secagem, a área onde ocorreu a fratura

foi imersa em uma película de água com 5 mm de espessura (Figura 3.12), por 90 minutos,

utilizando-se do dispositivo descrito no item anterior. Após 10 minutos do início do ensaio,

retirava-se o excesso de água dos corpos-de-prova e mediam-se suas massas que eram

registradas como M1. Após 90 minutos o mesmo procedimento era realizado, anotando-se

a massa como M2.

Figura 3.12 - Ensaio de capilaridade (EN 1015-18, 2001)

Caso ocorressem manchas de umidade de alguma espécie na área livre, o ensaio deveria

ser interrompido. O espécime em questão deveria ser rompido longitudinalmente para

verificar se toda a área interna estava saturada. Caso estivesse saturada, registrava-se a

massa das duas metades, caso contrário o corpo-de-prova era descartado e novo ensaio

deveria ser realizado.

Película de água

Face fissurada do prisma

5m

m

≈ 80

mm

70

O coeficiente de capilaridade é, por definição, igual à inclinação da reta que passa pelos

pontos de 10 minutos e 90 minutos. Este coeficiente é obtido pela seguinte expressão,

conforme especificação da citada norma:

( )10

M1M2Ci −= (3.11)

Onde:

Ci = Coeficiente de capilaridade, em kg/m2.

M1 = massa do corpo-de-prova com 10 minutos imersão, em g;

M2 = massa do corpo-de-prova com 90 minutos de imersão, em g.

3.3.5.9 - Absorção de água por imersão, índice de vazios

Estes ensaios são descritos pela NBR 9778 (ABNT, 1987) e foram ensaiados corpos-de-

prova cilíndricos (5x10cm) e placas isoladas, três unidades de cada um, com a intenção de

analisar as diferenças entre os dois tipos de corpo-de-prova.

Para este ensaio os espécimes seguiram os seguintes procedimentos:

Secagem dos corpos-de-prova em estufa à (105 ± 5)°C até constância de massa

(aproximadamente 72 horas);

Resfriamento das amostras ao ar seco à temperatura ambiente e determinação da

massa seca;

Realização da imersão das amostras em água a temperatura de (23 ± 2)°C por 72

horas. Nas primeiras 4 horas as amostras devem ser mantidas com 1/3 de seu

volume imerso, 2/3 nas 4 horas subseqüentes e completamente imersos nas 64

horas restantes. As amostras devem ser pesadas a cada 24 horas após o inicio da

imersão;

após a saturação os corpos-de-prova estes devem ser fervidos por 5 horas e depois

resfriados a temperatura ambiente até de (23 ± 2)°C

determinação das massas das amostras;

71

determinação das massas das amostras, através de balança hidrostática, imersas em

água a temperatura ambiente.

A absorção de água por imersão é determinada pela seguinte expressão:

x100M

MM

s

ssat − (3.12)

O índice de vazios é determinado pela seguinte expressão:

x100MMMM

isat

ssat

−− (3.13)

Onde:

Msat = massa da amostra saturada, em g;

Ms = massa da amostra seca em estufa, em g;

Mi = massa da amostra saturada e imersa em água, em g.

3.3.5.10 - Densidade de massa no estado endurecido

Para a determinação deste parâmetro, seguiram-se os procedimentos prescritos na NBR

13280 (ABNT, 1995) e na EN 1015-10 (1999) a fim de se realizar uma comparação entre

os dois métodos. Foram ensaiados corpos-de-prova cilíndricos (5x10cm) e placas isoladas,

três unidades de cada um.

Pela norma brasileira, a amostra deve seca em estufa a (105 ± 5)°C até constância de

massa. Depois de seco, esta deve esfriar a temperatura ambiente até (23 ± 2)°C. Em

seguida deve-se determinar a massa da amostra seca e suas dimensões com auxílio de um

paquímetro. A determinação da densidade de massa é obtida a partir da seguinte equação:

VM1000γap ⋅= (3.14)

Onde:

γap = densidade de massa aparente, em kg/m3;

M = massa do corpo-de-prova, em g;

72

V = volume do corpo-de-prova, em cm3.

Para a determinação da densidade de massa pelos procedimentos da norma européia, a

amostra deve ser seca em estufa a (70 ± 5)°C até que entre duas determinações de massa,

com intervalo de duas horas, a diferença entre as massas não seja superior a 0,2%. Após

esta estabilização deve-se registrar a massa seca (ms,dry) em g.

Para a determinação do volume da amostra, esta deve ser imersa em água a (20 ± 2)°C até

que entre duas determinações de massa, com intervalo de 15 minutos, a diferença entre as

massas não seja superior a 0,2%. Após esta estabilização deve-se registrar a massa saturada

(ms,sat) em g. E em seguida determinar a massa da amostra imersa em água (ms,i) em g. O

volume da amostra é obtido pela equação:

w

s,is,sats ρ

mmV

−= (3.15)

Onde:

Vs = volume da amostra, em m3;

ms,sat = massa saturada da amostra, em kg

ms,i = massa imersa da amostra, em kg

ρw = densidade da água, em kg/m3.

A densidade de massa é determinada pela seguinte equação:

s

drys,s V

mρ = (3.16)

Onde:

ρs = densidade de massa da amostra , em kg/m3;

ms,dry = massa seca da amostra, em kg

73

3.3.5.11 - Permeabilidade pelo método do cachimbo

O “método do cachimbo” é um ensaio que mede a permeabilidade, através da pressão

exercida pela coluna d’água do equipamento de ensaio, de uma superfície de alvenaria ou

de revestimento, durante um período de tempo específico (Almeida Dias, 2003).

Para a realização de tal ensaio, nesta pesquisa, adotou-se o procedimento sugerido por

Almeida Dias (2003) e Selmo (1989), adaptado do CSTC (1982), sendo realizadas leituras

intermediárias. A seguir são apresentados a aparelhagem utilizada na execução do ensaio e

seus procedimentos.

- uma pisseta plástica com capacidade de 200 ml;

- cola a base de silicone;

- cachimbo de vidro, confeccionado conforme recomendações do CSTC;

- cronômetro.

O ensaio é realizado segundo a seguinte metodologia:

- fixar o cachimbo de vidro no revestimento, através de cola a base de silicone, comprimindo-o contra o mesmo;

- com o auxílio da pisseta plástica, encher o cachimbo com água potável até a referência do nível zero e acionar o cronômetro;

- efetuar a cada minuto a leitura da diminuição do nível da água em cm³, até o nível d’água atingir a marca de 4 cm³ ou completar 15 minutos de ensaio.

A visualização do ensaio pode ser visto na Fotografia 3.25.

Fotografia 3.25 - Ensaio de permeabilidade pelo método do cachimbo

Para o cálculo do coeficiente de permeabilidade adotou-se a metodologia proposta por

Almeida Dias (2003) conforme a expressão a seguir:

74

2

LLLLLL2

LA 876543

2-82 ++++++= (3.17)

Onde:

A2-8 = Coeficiente de permeabilidade, em ml.min;

L2 = Leitura do ensaio no 2° minuto;

L3 = Leitura do ensaio no 3° minuto;

L4 = Leitura do ensaio no 4° minuto;

L5 = Leitura do ensaio no 5° minuto;

L6 = Leitura do ensaio no 6° minuto;

L7 = Leitura do ensaio no 7° minuto;

L8 = Leitura do ensaio no 8° minuto.

3.3.5.12 - Resistência de aderência à tração

Esses ensaios seguiram o mesmo procedimento daqueles executados em paredes, segundo

a NBR 13528 (ABNT, 1995). A diferença reside na quantidade de corpos de prova que

ficaram em três por cada bloco ensaiado. Este valor foi determinado devido à necessidade

de se assegurar uma área mínima para apoio do dinamômetro na superfície do

revestimento. Também se evitou o corte de corpos-de-prova muito próximos das bordas da

amostra, por se tratarem de áreas possivelmente fragilizadas pelo processo de retirada dos

gabaritos A Fotografia. 3.26 (a) ilustra os corpos-de-prova cortados e colados à pastilha e a

Fotografia3.26 (b), o ensaio propriamente dito.

a) b) Fotografia 3.26 - a) Corte e colagem das pastilhas b) Ensaio de resistência de aderência à

tração no revestimento.

75

O procedimento de corte dos corpos-de-prova foi realizado com auxílio de uma serra-copo,

devido a facilidade de operação, produzindo-se corpos-de-prova cilíndricos com diâmetro

aproximado de 50 mm.

Os ensaios foram realizados com os blocos colocados na direção horizontal, com a face do

revestimento em argamassa para cima. O ensaio só era realizado após a verificação de que

o conjunto amostra-dinamômetro estava corretamente estabilizado, para se garantir que a

preparação do ensaio não perturbasse os resultados. O carregamento foi aplicado a uma

velocidade constante de acordo com o procedimento descrito na norma NBR 13528

(ABNT, 1995).

Durante toda a pesquisa foi utilizado um dinamômetro de tração com carregamento manual

da Dynatest, com capacidade de carga 5 kN e precisão de 0,001 kN. Este equipamento tem

um gancho livre e rotulado, de fácil conexão com a pastilha a ser colada no revestimento.

Durante o ensaio, o aparelho permaneceu com o eixo de aplicação da carga na posição

perpendicular ao plano do revestimento, sendo que o ensaio não sofreu impactos ou

esforços não-desejáveis (como vibrações e movimentos bruscos).

76

4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste capítulo é apresentada uma compilação dos resultados obtidos no projeto

experimental proposto para esta dissertação, bem como as discussões e considerações

referentes aos mesmos. Os resultados dos ensaios apresentados neste capítulo são valores

médios e nos anexos estão presentes os resultados completos, referentes a cada ensaio.

4.1 - PROPRIEDADES FÍSICAS DAS ARGAMASSAS E DO REVESTIMENTO NO

ESTADO ENDURECIDO

4.1.1 - Ensaio do ultra-som

Na Tabela 4.1 são apresentados os resultados médios de ultra-som obtidos através dos

ensaios realizados nas argamassas e nos revestimentos.

Tabela 4.1- Resultados médios de ultra-som em ensaios realizados na argamassa e no revestimento no estado endurecido.

Através da Figura 4.1 observa-se que, para uma mesma argamassa, há uma variação entre

os resultados conforme o tipo e a dimensão do corpo-de-prova. Essa variação foi menor na

argamassa AI, cujos resultados foram semelhantes. Neste caso esta argamassa apresentou

também, de modo geral, as maiores velocidades de propagação de onda ultra-sônica.

Os resultados médios mais elevados, de forma geral, foram obtidos nos ensaios realizados

nos revestimentos (sobre bloco de concreto), seguidos pelos resultados dos prismas. A

velocidade de propagação de onda ultra-sônica no revestimento apresentou valores mais

elevados nas argamassas AR-1, AR-2 e AR-3 do que nas argamassas AR-4 e AI, em

relação aos demais tipos de corpo-de-prova. Este comportamento pode ser influência do

substrato sobre a velocidade de propagação na argamassa ou mesmo fissuras não

identificadas existentes no revestimento.

Resultado dos Ensaios Propriedade Determinada

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I

Ultra-som (km/s) – Prismas 1,71 1,90 2,14 2,20 2,18

Ultra-som (km/s) - Cilindros 5x10 1,47 1,75 1,70 2,02 2,20

Ultra-som (km/s) - Cilindros 15x30 1,28 1,68 1,70 1,82 2,17

Ultra-som (km/s) - Placas Isoladas 1,40 1,67 1,92 2,05 2,10

Ultra-som (km/s) – Revestimento 2,19 2,69 2,60 2,06 2,24

77

0,000,501,001,502,002,503,00

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas

Vel

ocid

ade

(km

/s)

Prismas Cilindros 5x10 Cilindros 15x30 Placa Isolada Revestimento

Figura 4.1 - Resultados médios do ultra-som.

Os prismas e as placas isoladas apresentaram comportamento semelhante à medida que se

varia a argamassa mista, sendo que os prismas apresentaram valores médios superiores aos

resultados das placas isoladas. A argamassa AR-1, que contem maior teor de cal em

relação à AR-2 e menor consumo de cimento entre as argamassas, apresentou os valores

médios mais baixos de velocidade de propagação de onda. Para as demais argamassas

mistas, que apresentam consumo de cimento parecido, à medida que se aumenta o módulo

de finura, maior é a velocidade de propagação. Para a argamassa AI, os prismas

apresentaram resultados superiores aos resultados das argamassas mistas e as placas

isoladas obtiveram resultados médios pouco inferiores que a argamassa AR-4.

Já os corpos-de-prova cilíndricos apresentam o mesmo comportamento em relação a todas

as argamassas. Este comportamento é semelhante às placas isoladas e aos prismas, com

exceção da argamassa AR-3, que apresentou valores médios inferiores à AR-2, com o

corpo-de-prova 15x30 (CP-15x30) apresentando valores superiores ao CP-5x10. Para as

demais argamassas o CP-5x10 obteve resultados médios maiores.

4.1.2 - Densidade de massa

Na Tabela 4.2 são apresentados os resultados médios de densidade de massa obtidos

através dos ensaios realizados nas argamassas e nos revestimentos.

78

Tabela 4.2- Resultados médios dos ensaios realizados na argamassa e no revestimento no estado endurecido.

A densidade de massa, para uma mesma argamassa, apresentou resultados médios

semelhantes tanto para o tipo de corpo-de-prova quanto para o método de ensaio utilizado.

Sendo que o CP-5x10, através da metodologia da norma européia, apresentou os menores

valores médios. Conforme a Figura 4.2, as argamassas AR-1 e AR-2, que possuem a

mesma granulometria de areia, apresentaram valores praticamente iguais, mesmo com o

maior consumo de cal de AR-1. A argamassa AI apresentou os menores valores médios

dentre as argamassas estudadas.

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas

Den

sida

de (g

/cm

3 )

EN - CP 5x10 NBR - CP 5x10 EN - Placa Isolada NBR - Placa Isolada

Figura 4.2 - Resultados médios de densidade de massa.

Para as argamassas AR-2, AR-3 e AR-4 nota-se que quanto maior o módulo de finura da

areia, maior a densidade de massa, muito embora sejam ínfimas as diferenças. A argamassa

AI apresentou os menores valores médios dentre as argamassas estudadas. Este

Resultado dos Ensaios Propriedade Determinada Método de Ensaio

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I

Densidade de massa da argamassa endurecida (g/cm3) - CP-5x10

EN 1015-10 1,68 1,70 1,74 1,77 1,47

Densidade de massa aparente no estado endurecido (g/cm3) - CP-5x10

NBR 13280 1,74 1,74 1,78 1,80 1,50

Densidade de massa da argamassa endurecida (g/cm3) - Placa Isolada

EN 1015-10 1,75 1,75 1,81 1,86 1,54

Densidade de massa aparente no estado endurecido (g/cm3) - Placa Isolada

NBR 13280 1,75 1,74 1,78 1,85 1,54

79

comportamento já era esperado devido à grande quantidade de ar incorporado presente

nesta argamassa.

É interessante observar que para um mesmo método, as placas isoladas apresentam,

geralmente, densidade de massa maior em relação ao CP-5x10, sendo mais evidente pela

metodologia da normalização européia. A exceção se dá nas argamassas AR-2 e AR-3

onde os resultados foram praticamente os mesmos para os dois métodos.

Bastos (2001) verificou comportamento semelhante de maior densidade de massa para as

placas, em seu estudo sobre retração da argamassa em base porosa e base não absorvente.

Segundo este autor, isto pode ser explicado através do efeito de adensamento mecânico da

argamassa promovido pela perda de água (para o substrato e para o ar), ocasionando maior

área de contato e ligação mais íntimas entre as partes sólidas da mistura. Ou seja, como os

CP-5x10 foram moldados em formas metálicas e cobertos com uma placa de vidro, eles

praticamente não tiveram troca de umidade com o ambiente até o momento do desmolde,

quando sua estrutura interna já estava quase formada e endurecida, e havia sofrido pouca

retração. Já para o caso das placas isoladas, e até mesmo do revestimento, a partir do

momento em que a argamassa entrava em contato com o bloco, esta começava a perder

água para o substrato e o ar, sofrendo uma retração mais intensa que promoveu este

aumento de densidade. A Figura 4.3 é uma representação esquemática do efeito de retração

apresentada por Bastos (2001).

Figura 4.3 - Representação esquemática do esvaziamento dos capilares da camada de

argamassa aplicada sobre bloco e o efeito de retração causado na superfície e na interface argamassa-substrato (Bastos, 2001).

4.1.3 - Índice de vazios e absorção

Na Tabela 4.3 são apresentados os resultados médios de índice de vazios, massa específica

real e massa específica da amostra seca obtidos através dos ensaios realizados nas

argamassas e nos revestimentos.

80

Tabela 4.3- Resultados médios dos ensaios de índice de vazios.

Conforme a Figura 4.4(a), nota-se que o índice de vazios para as argamassas mistas, em

ambos os corpos-de-prova, têm comportamento semelhante. Já para a argamassa

industrializada, o CP-5x10 apresentou valor médio inferior aos resultados das argamassas

mistas e, para a placa isolada, o valor do índice de vazios obtido foi o maior encontrado

dentre todas as argamassas e corpos-de-prova.

Percebe-se que a argamassa AR-1, com o maior teor de cal e baixo consumo de cimento,

apresenta o maior índice de vazios entre as argamassas mistas. E para as demais

argamassas mistas, à medida que se aumenta o módulo de finura da areia, o índice de

vazios diminui. Embora, para ambos os casos, as diferenças entre os resultados sejam

pequenas.

05

101520253035

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas

Índi

ce d

e V

azio

s(%

)

CP 5x10 Placa Isoladaa)

0

5

10

15

20

25

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas

Abs

orçã

o (%

)

CP 5x10 Placa Isoladab)

Figura 4.4 - a)Resultados médios do ensaio de índice de vazios; b)Resultados médios do ensaio de absorção.

Na Figura 4.4 (b) percebe-se que para as argamassas mistas os resultados de absorção pelas

placas isoladas apresentaram valores menores em relação aos corpos-de-prova cilíndricos

(CP-5x10). Para a argamassa industrializada ocorre o contrário. Ainda em relação à esta

argamassa, nota-se que a placa isolada apresentou resultados superiores às argamassas

mistas e o CP-5x10 resultados maiores que AR-3 e AR-4.

Resultado dos Ensaios Propriedade Determinada AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I

Índice de Vazios (%) - CP 5x10 28,07 27,19 26,10 24,62 22,21

Índice de Vazios (%) - Placa Isolada 22,44 21,55 21,29 20,61 29,92

Absorção de água (%) - CP 5x10 16,80 16,06 14,83 13,73 15,00

Absorção de água (%) - Placa Isolada 12,63 12,08 11,62 11,36 19,29

81

Comparando-se cada tipo de corpo-de-prova isoladamente, observa-se que a amostra AR-

1, em relação a AR-2, apresentou maior absorção. Isso se deve ao fato de que AR-1 possui

maior quantidade de cal. Para as argamassas AR-2, AR-3 e AR-4 percebe-se que quanto

maior o módulo de finura da areia, menor a absorção de água pelo corpo-de-prova.

Analisando as Figuras 4.4 (a) e (b) percebe-se, para as argamassas mistas, a tendência de

que quanto maior é o índice de vazios da argamassa, maior a absorção de água, o que já era

esperado.

Esta diferença de resultados entre os dois tipos de corpos-de-prova, para as argamassas

mistas, também é explicado pelo aumento da densidade da placa devido ao efeito da maior

retração sofrida por este corpo-de-prova durante os momentos iniciais.

Para a argamassa industrializada o comportamento, entre os dois tipos de corpo-de-prova,

foi o inverso ao encontrado para as argamassas mistas, em ambos os ensaios. Para se

comprovar a veracidade deste comportamento os ensaios foram repetidos e os resultados

encontrados foram os mesmos. Estes resultados diferenciados podem ser influência da

própria argamassa industrializada, que parece ser um material totalmente diferente, se

comparado com as argamassas mistas. E pode ser também influência dos métodos de

ensaios utilizados, que podem não representar bem o comportamento da argamassa em

questão.

4.1.4 - Capilaridade, IRA (modificado), ensaio do cachimbo e absortividade

Na Tabela 4.4 são apresentados os resultados médios do coeficiente de capilaridade, IRA

(modificado), ensaio do cachimbo e absortividade da amostra seca obtidos através dos

ensaios realizados nas argamassas e nos revestimentos.

Tabela 4.4- Resultados médios dos ensaios de absorção, capilaridade, IRA, ensaio do cachimbo e absortividade

Resultado dos Ensaios Propriedade Determinada

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I

Coef. de Absorção por Capilaridade – Prisma (kg/m3.min1/2) 1,69 1,64 1,64 1,55 0,56

IRA - Placa Isolada (g/194cm2/min) 22,13 19,73 16,46 12,04 51,29

Permeabilidade pelo Método do Cachimbo – Revestimento (ml.min) 19,38 14,82 9,89 10,02 23,93

Absortividade – Placa Isolada (mm.min-1/2) 1,075 0,971 0,741 0,803 0,717

82

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas

Cap

ilari

dade

(k

g/m

3 .min

1/2 )

Prisma a)

0102030405060

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas

IRA

(g/1

94cm

2 /min

)

Placa Isolada b) Figura 4.5 - a) Resultados médios do ensaio do coeficiente de capilaridade; b) Resultados

médios do IRA.

Para o ensaio de determinação do coeficiente de capilaridade realizado nos semi-prismas,

as argamassas mistas apresentaram resultados muito próximos se comparadas com a

argamassa AI, que apresentou o menor coeficiente de capilaridade. Para as argamassas

mistas, notou-se que a amostra AR-1 apresentou o maior coeficiente de capilaridade. As

argamassas AR-2 e AR-3, apesar de granulometrias diferentes, apresentaram o mesmo

coeficiente de capilaridade. A argamassa AR-4, com o maior módulo de finura, apresentou

a menor capilaridade dentre as argamassas mistas. O comportamento de AR-1 se deve,

provavelmente, ao fato desta apresentar em sua composição uma areia fina e grande

quantidade de cal. Durante os ensaios de capilaridade era comum, para as argamassas

mistas, a água chegar ao topo do corpo-de-prova, o que não ocorreu com a argamassa

industrializada.

Com relação aos resultados do IRA, realizado nas placas isoladas, verificou-se que a

argamassa AI é a amostra que apresenta o maior valor, mais que o dobro do maior

resultado entre as argamassas de cimento: cal:areia. O comportamento verificado entre as

argamassas mistas é tal que a amostra AR-1, com maior quantidade de cal em relação à

argamassa AR-2, possui maior valor de IRA. Entre as amostras AR-2, AR-3 e AR-4

percebe-se que quanto maior o módulo de finura da areia utilizada, menor o IRA.

Com relação à absortividade, Figura 4.6 (a), as argamassas mistas apresentaram resultados

de absortividade maiores que AI. A amostra AR-1 obteve a maior absotividade entre as

argamassas. A amostra AR-3, que possui granulometria intermediária de areia, apresentou

a menor absortividade entre as argamassas de cimento:cal:areia.

83

0,00,20,40,60,81,01,2

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas

Abso

rtivi

dade

(m

m.m

in-1

/2)

Placa Isoladaa)

05

1015202530

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas

Perm

eabi

lidad

e (m

l.min

)

Revestimento b) Figura 4.6 - a) Resultados médios do ensaio de absortividade; b) Resultados médios de

permeabilidade pelo método do cachimbo.

Com relação à permeabilidade pelo método do cachimbo (Figura 4.6 b), o comportamento

das argamassas mistas foi semelhante aos resultados de absortividade, onde AR-1

apresentou maior pemeabilidade e AR-3 o menor valor médio. Já a argamassa AI obteve

valor médio de permeabilidade pelo método do cachimbo, acima dos resultados obtidos

pelas argamassas mistas, obtendo desse modo a maior permeabilidade entre as argamassas,

corroborado pelo resultado do IRA.

Com base nos resultados, percebe-se que os dois ensaios (IRA e permeabilidade pelo

método do cachimbo) indicam o mesmo comportamento, mas o método do cachimbo é

mais representativo, pois as diferença entre as argamassas mistas ficou mais evidente.

Percebeu-se que na maioria dos ensaios a argamassa industrializada apresenta um

comportamento diferente das argamassas de cimento:cal:areia, denotando ser outro

material. Em relação às argamassas mistas, verifica-se a influência da quantidade de cal e

da granulometria da areia nas propriedades estudadas.

Dos resultados dos ensaios de Bortoluzzo (1999), a respeito da absorção de água por

capilaridade, observou-se que argamassas com traços mais fracos apresentam maior

absorção por capilaridade pois sua porosidade é maior. Com relação a argamassas com

aditivos incorporadores de ar, sua baixa absorção de água total se deve ao fato de que estes

aditivos fazem com que os capilares da matriz de cimento sejam interrompidos pelas

bolhas de ar incorporado, resultando em uma rede de capilaridade mais fechada.

Vale ressaltar que os ensaios de absorção de água e do índice de vazios estão mais

relacionados com a porosidade total da argamassa endurecida, enquanto que os ensaios do

IRA, da capilaridade e do método do cachimbo estão relacionados com as características

84

dos poros superficiais. A Tabela 4.5 apresenta um resumo dos ensaios físicos realizados no

estado endurecido para as placas isoladas.

Tabela 4.5- Resumo dos ensaios físicos realizados nas placas isoladas.

Consumo de cimento (kg/m3)

Granulometria da areia (Módulo de

finura) Propriedades Avaliadas AR-1

(127,07)AR-2

(162,93)AR-2 (2,12)

AR-3 (2,40)

AR-4 (2,68)

Densidade de massa (g/cm3)-EN 1015-10 1,75 1,75 1,75 1,81 1,86

Densidade de massa (g/cm3)-NBR 13280 1,75 1,74 1,74 1,78 1,85

Índice de Vazios (%) 22,44 21,55 21,55 21,29 20,61

Absorção de água (%) 12,63 12,08 12,08 11,62 11,36

Coef. de Capilaridade (kg/m2.min1/2) 1,69 1,64 1,64 1,64 1,55

IRA (g/194cm2/min) 22,13 19,73 19,73 16,46 12,04

Método do Cachimbo (ml.min) 19,38 14,82 14,82 9,89 10,02

Absortividade (mm.min-1/2) 1,075 0,971 0,971 0,741 0,803 4.2 - PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS E DOS

REVESTIMENTOS NO ESTADO ENDURECIDO

4.2.1 - Resistência à compressão e resistência à tração

Na Tabela 4.6 são apresentados os resultados médios obtidos através dos ensaios para

determinação das resistências à compressão e à tração realizados nas argamassas e nos

revestimentos.

Tabela 4.6- Resultados médios ensaio mecânicos.

Resultado dos Ensaios Propriedade Determinada AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I

Resistência à compressão (MPa) - 1/2Prismas 1,77 2,82 3,55 4,09 4,46

Resistência à compressão (MPa) - CP 5x10 1,42 2,52 2,88 3,12 4,75

Resistência à compressão (MPa) - CP 15x30 1,03 2,01 2,17 2,69 4,19

Resistência à tração na flexão (MPa) - Prismas 0,61 0,93 1,07 1,17 1,64

Resistência à tração na flexão (MPa) - Placas Isoladas 1,17 1,73 1,99 2,01 2,17

Resistência à tração por compressão diametral (MPa) - CP 5x10 0,16 0,33 0,33 0,42 0,91

85

No ensaio de determinação da resistência à compressão (Figura 4.7), os resultados dos

semi-prismas foram superiores aos demais corpos-de-prova, em relação às argamassas

mistas. Para a argamassa AI, o corpo-de-prova com maior resistência à compressão foi o

CP-5x10. Os menores resultados médios foram obtidos no CP-15x30. O corpo-de-prova e

a metodologia têm influencia nos resultados dos ensaios.

Avaliando-se o comportamento da resistência à compressão para as argamassas AR-1, AR-

2 e AI (com provável maior consumo de cimento), verifica-se a relação resistência x

consumo de cimento, onde argamassas com maior consumo de cimento apresentam maior

resistência.

Já as argamassas AR-2, AR-3 e AR-4 que possuem consumo de cimento aproximadamente

iguais, percebeu-se que quanto maior o módulo de finura da areia, maior a resistência à

compressão.

0

1

2

3

4

5

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas

Res

istê

ncia

à

Com

pres

são

(MP

a)

1/2Prismas CP 5x10 CP 15x30

Figura 4.7 - Resultados médios do ensaio de resistência à compressão.

Os resultados dos ensaios de resistência à tração por compressão diametral (Figura 4.8 (a))

apresentaram comportamento semelhante à resistência à compressão, onde a explicação,

em relação ao consumo de cimento e à granulometria da areia, satisfaz o comportamento

da resistência à tração para as argamassas em estudo. Verificou-se que quanto maior o

consumo de cimento, maior é a resistência da argamassa. E para amostras com consumo de

cimento parecidas, quanto mais grossa a areia, maior a resistência mecânica.

86

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas

Resi

stên

cia

à Tr

ação

por

C

ompr

essã

o Di

am. (

MP

a)

CP 5x10a)

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas

Resi

stên

cia

à Tr

ação

na

Flex

ão (M

Pa)

Prismas Placas Isoladasb)

Figura 4.8 - a) Resultados médios do ensaio de resistência à tração por compressão diametral; b) Resultados médios de resistência à tração na flexão.

Para os resultados de resistência à tração na flexão das placas isoladas (Figura 4.8 (b)),

observa-se que foram quase o dobro dos resultados obtidos com os prismas. Este

comportamento pode ser devido à retração sofrida pela placa isolada, que proporcionou

maior densidade de massa para as placas, além promover um incremento na resistência

mecânica do corpo-de-prova (Bastos, 2001). O comportamento em relação ao consumo de

cimento e granulometria da areia manteve-se o mesmo descrito anteriormente.

4.2.2 - Resistência de aderência

Na Tabela 4.7 são apresentados os resultados médios obtidos através dos ensaios para

determinação das resistências de aderência.

Tabela 4.7- Resultados médios do ensaio de aderência.

Os resultados de resistência de aderência do revestimento (Figura 4.9) indicam um

comportamento da resistência, em relação ao consumo de cimento e granulometria da

areia, semelhante ao apresentado no item anterior. Nota-se que mesmo com o consumo de

cimento elevado apresentado pela argamassa AI, esta não apresentou uma diferença muito

grande da resistência de aderência em relação às argamassas AR-2, AR-3 e AR-4. Com

relação à forma de ruptura, todas argamassas romperam, predominantemente na

Resultado dos Ensaios Propriedade Determinada AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I

Resistência de aderência à tração (MPa) – Revestimento 0,28 0,45 0,48 0,48 0,53

Coeficiente de variação 30,15 21,57 18,86 22,61 22,82

87

argamassa. Nota-se que os resultados de resistência de aderência, em relação às argamassas

mistas, são parecidos com os resultados de resistência à tração por compressão diametral.

A exceção se dá quando se trata da argamassa AI.

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas

Resi

stên

cia

de A

derê

ncia

à

Traç

ão (M

Pa)

Revestimento

Figura 4.9 - Resultados médios de resistência de aderência.

A Tabela 4.8 apresenta um resumo dos ensaios mecânicos realizados no estado endurecido

para as placas isoladas.

Tabela 4.8- Resumo dos ensaios mecânicos realizados nas placas isoladas.

Consumo de cimento (kg/m3)

Granulometria da areia (Módulo de

finura) Propriedades Avaliadas AR-1

(127,07) AR-2

(162,93) AR-2 (2,12)

AR-3 (2,40)

AR-4 (2,68)

Resistência à compressão (MPa) - 1/2Prismas 1,77 2,82 2,82 3,55 4,09

Resistência à compressão (MPa) - CP 5x10 1,42 2,52 2,52 2,88 3,12

Resistência à compressão (MPa) - CP 15x30 1,03 2,01 2,01 2,17 2,69

Resistência à tração na flexão (MPa) – Prismas 0,61 0,93 0,93 1,07 1,17

Resistência à tração na flexão (MPa) - Placas Isoladas 1,17 1,73 1,73 1,99 2,01

Resistência à tração por compressão diametral (MPa) - CP 5x10 0,16 0,33 0,33 0,33 0,42

Resistência de aderência à tração (MPa) 0,28 0,45 0,45 0,48 0,48

88

4.3 - PROPRIEDADES DE DEFORMAÇÃO DAS ARGAMASSAS E DOS

REVESTIMENTOS NO ESTADO ENDURECIDO

4.3.1 - Módulo de deformação e coeficiente de Poisson

Na Tabela 4.9 são apresentados os resultados médios obtidos através dos ensaios

realizados nas argamassas e nos revestimentos.

Tabela 4.9- Resultados médios dos ensaios de módulo de deformação e coeficiente de Poisson.

Os valores obtidos para o módulo dinâmico foram os maiores encontrados, não

apresentando correspondência direta com o comportamento dos módulos obtidos através

de ensaios mecânicos clássicos (Figura 4.10). É válido ressaltar que o comportamento

apresentado pelo prisma e pela placa isolada, para o módulo dinâmico, são parecidos.

Resultado dos Ensaios Propriedade Determinada

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I

Módulo Dinâmico – Prisma (GPa) 4,86 5,88 7,71 8,68 6,72

Módulo Dinâmico - Cilindros 5x10 (GPa) 3,64 4,99 4,84 7,24 7,15

Módulo Dinâmico - Cilindros 15x30 (GPa) 2,70 4,60 4,85 5,82 6,76

Módulo Dinâmico - Placas isoladas (GPa) 3,36 4,61 6,40 7,96 6,73

Módulo Secante - CP-5x10 (GPa) 2,05 4,21 3,07 4,73 5,04

Módulo Secante - CP-15x30 (GPa) 1,64 4,17 2,83 3,95 4,58

Módulo Corda na Flexão - Placas Isoladas (GPa) 2,15 2,31 3,07 3,93 3,95

Módulo Corda na Flexão – Prismas (GPa) 0,34 0,35 0,49 0,74 0,94

Coeficiente de Poisson - CP-15x30 (GPa) 0,11 0,16 0,12 0,07 0,07

89

0123456789

10

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I

Argamassas

Mód

ulo

de D

efor

maç

ão (G

Pa)

Módulo Dinâmico - Prisma Módulo Dinâmico - Cilindros 5x10Módulo Dinâmico - Cilindros 15x30 Módulo Dinâmico - Placas isoladasMódulo Secante - CP 5x10 Módulo Secante - CP 15x30Módulo Corda - Placas Isoladas Módulo Corda - Prismas

Figura 4.10 - Resultados médios dos ensaios para determinação dos módulos de

deformação.

O módulo corda na flexão, obtido através dos primas, apresentou os menores valores de

módulo. O módulo corda na flexão, obtido através das placas isoladas, apresentou

comportamento semelhante e valores médios similares com o módulo secante obtido

através dos corpos-de-prova CP-5x10 e CP-15x30. A exceção ocorreu na argamassa AR-2,

onde a diferença entre o módulo secante e o módulo corda da placa isolada foi maior.

De maneira geral observou-se que, para argamassas com o mesmo tipo de areia, o maior

valor de módulo é obtido para a argamassa com maior consumo de cimento. Para amostras

com granulometria de areia diferentes e consumo de cimento similar, observou-se que

quanto mais grossa a areia, maior é o módulo. A argamassa AI apresentou, para a maioria

dos corpos de prova, os maiores valores de módulo; esse comportamento deve estar ligado

ao consumo de cimento que é maior nesta argamassa.

Pode-se considerar o módulo obtido através das placas como sendo o mais representativo

para os revestimentos. Isso se deve ao fato de que ele é obtido através de um corpo-de-

prova que apresenta as dimensões que mais se aproximam de um revestimento, além de ter

sofrido as mesmas perdas de água que um revestimento.

A Figura 4.11 apresenta o comportamento do coeficiente de Poisson (ν) em relação às

argamassas estudadas. Para argamassas AR-2, AR-3 e AR-4 o ν diminui à medida que se

90

aumenta o módulo de finura da areia. Para as argamassas AR-1 e AR-2, o coeficiente de

Poisson é menor para a argamassa com maior quantidade de cal. A argamassa AI

apresentou valor médio igual ao da amostra AR-4, sendo este o menor coeficiente de

Poisson entre as argamassas estudadas.

0,000,020,040,060,080,100,120,140,160,18

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IArgamassas

Coef

icie

nte

de P

oiss

on

Coeficiente de Poisson - CP 15x30

Figura 4.11 - Resultados médios do coeficiente de Poisson.

4.4 - RELAÇÕES ENTRE ULTRA-SOM E AS PROPRIEDADES DAS

ARGAMASSAS E DO REVESTIMENTO

Nesta etapa serão utilizados, para análise, os resultados médios dos ensaios realizados nas

placas isoladas. Este corpo-de-prova tem geometria mais parecida com um revestimento de

argamassa em comparação aos demais corpos-de-prova, além de ter sofrido sucção pelos

blocos de concreto.

4.4.1 - Relações entre ultra-som e as propriedades e características físicas

A relação encontrada na Figura 4.12 indica que, para argamassas mistas, os parâmetros

avaliados são diretamente proporcionais. Esse comportamento está mais evidente nas

argamassas AR-2, AR-3 e AR-4, que apresentam traços semelhantes onde se varia a

granulometria da areia utilizada. A argamassa industrializada não apresentou este

comportamento, uma vez que apresentou a menor densidade de massa entre as argamassas

avaliadas e a maior velocidade de propagação de onda. Este comportamento inesperado da

argamassa industrializada pode ser devido a matriz cimentícia deste material propagar a

onda ultra-sônica com maior velocidade, compensando a porosidade desta argamassa.

Necessitando de estudo mais profundos para a verificação deste comportamentro.

91

AR-4

AR-3AR-1

AR-2

AI

1,0

1,5

2,0

2,5

1,0 1,4 1,8 2,2 2,6

Velocidade Ultra-som - Placa Isolada (km/s)

Dens

idad

e de

Mas

sa (g

/cm

3 )

Figura 4.12 - Relação entre ultra-som x densidade de massa.

Para o ensaio de absorção (Figura 4.13), o comportamento encontrado é linear para as

argamassas mistas, conforme pode-se verificar na citada figura. A argamassa AI

apresentou um comportamento diferenciado, pois obteve os maiores resultados de ultra-

som e absorção de água, estando fora do comportamento encontrado para as argamassas

mistas.

AR-4AR-3

AR-1AR-2

AI

0

5

10

15

20

25

1,0 1,4 1,8 2,2 2,6

Velocidade Ultra-som - Placa Isolada (km/s)

Abs

orçã

o(%

)

Figura 4.13 - Relação entre ultra-som x absorção de água.

A Figura 4.14 apresenta comportamento semelhante à figura anterior, nestes dois casos a

tendência encontrada indica uma relação inversa entre os parâmetros avaliados, para as

argamassas de cimento:cal e areia. Novamente AI foge à regra apresentando os maiores

resultados médios de índice de vazios e ultra-som.

92

AR-2AR-1

AR-3AR-4

AI

0

5

10

15

20

25

30

35

1,0 1,4 1,8 2,2 2,6Velocidade Ultra-som - Placa Isolada (km/s)

Índi

ce d

e Va

zios

(%)

Figura 4.14 - Relação entre ultra-som x índice de vazios.

Com relação ao coeficiente de capilaridade, a Figura 4.15 demonstra uma ralação inversa

entre as propriedades estudadas. Esta relação também é válida para a argamassa

industrializada, que apresentou o maior resultado de ultra-som e o menor coeficiente de

capilaridade.

AI

AR-2

AR-1

AR-3AR-4

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

1,0 1,4 1,8 2,2 2,6

Velocidade Ultra-som - Placa Isolada (km/s)

Coe

f. de

Cap

ilari

dade

(k

g/m

3 .min

1/2 )

Figura 4.15 - Relação entre ultra-som x coeficiente de capilaridade.

A Figura 4.16 indica uma relação inversa entre o IRA e a velocidade de propagação de

onda ultra-sônica. Esta relação é válida apenas para AR-1, AR-2, AR-3 e AR-4, devido ao

fato de que AI apresentou a maior velocidade de propagação e o maior IRA, sendo o

resultado desta última propriedade muito maior que o valor encontrado nas outras

argamassas.

93

AI

AR-4AR-3

AR-1AR-2

0

10

20

30

40

50

60

1,0 1,4 1,8 2,2 2,6

Velocidade Ultra-som - Placa Isolada (km/s)

IRA

(g/1

94cm

2 /min

)

Figura 4.16 - Relação entre ultra-som x IRA.

O ensaio de permeabilidade pelo cachimbo apresenta uma boa relação com o ensaio do

ultra-som, onde, para as argamassas de cimento:cal:areia, foi encontrada uma relação

inversa entre as propriedades estudadas (Figura 4.17). Esta relação não é valida para a

argamassa industrializada, pois esta, apesar de obter o maior resultado de velocidade de

propagação, apresentou também a maior permeabilidade pelo método do cachimbo.

AI

AR-4

AR-3

AR-1 AR-2

0

5

10

15

20

25

30

1,0 1,4 1,8 2,2 2,6Velocidade Ultra-som - Placa Isolada (km/s)

Ensa

io d

o C

achi

mbo

(ml.m

in)

Figura 4.17 - Relação entre ultra-som x permeabilidade pelo método do cachimbo.

A absortividade (Figura 4.18) foi a propriedade que apresentou a melhor relação com o

ensaio do ultra-som, levando-se em conta todas as argamassas avaliadas. Esta relação

apresentou comportamento semelhante a figura anterior.

94

AIAR-4

AR-3

AR-1AR-2

0,0

0,5

1,0

1,5

1,0 1,4 1,8 2,2 2,6

Velocidade Ultra-som - Placa Isolada (km/s)

Abs

ortiv

idad

e (m

m.m

in-1

/2)

Figura 4.18 - Relação entre ultra-som x absortividade.

Percebe-se que o ultra-som apresenta uma boa relação com as propriedades físicas das

argamassas mistas de revestimento, onde nos três últimos gráficos a relação entre ultra-

som e as propriedades físicas ficou mais evidente devido à inclinação inclinação da reta

encontrada.. A argamassa industrializada apresenta um comportamento diferenciado em

relação às demais argamassas, estando quase sempre fora da relação entre as propriedades

das argamassas mistas e o resultado do ultra-som. A exceção se dá quando se trata do

ensaio de absortividade (Figura 4.18), onde AI apresenta um comportamento semelhante às

demais argamassas. Todas as propriedades estudadas se relacionam fortemente com a

porosidade e a densidade do material utilizado. Assim, pode se dizer que o ultra-som varia

com as características de poros e densidade, conseqüentemente se relacionando com as

medições efetuadas.

4.4.2 - Relações entre ultra-som e as propriedades mecânicas

Nas Figuras 4.19 a 4.21 se percebe uma clara relação entre a resistência à compressão das

argamassas de revestimento e o ensaio do ultra-som. Nestes gráficos verifica-se uma

relação direta entre o resultado do ultra-som e a resistência à compressão.

Para a argamassa AI, nota-se que esta se comportou linearmente, junto com as argamassas

mistas, apenas no ensaio com as placas isoladas. Nos demais corpos-de-prova, AI

apresentou uma relação ultra-som x resistência à compressão semelhante à descrita

anteriormente, mas o valor do resultado de resistência à compressão foi mais elevado que

das outras argamassas.

95

AR-4

AR-3

AR-1

AR-2

AI

0

1

2

3

4

5

1,0 1,4 1,8 2,2 2,6

Velocidade Ultra-som - Prisma

Resi

stên

cia

à C

ompr

essã

o (M

Pa)

Figura 4.19 - Relação entre ultra-som x resistência à compressão (prisma).

AR-4AR-3

AR-1

AR-2

AI

0

1

2

3

4

5

1,0 1,4 1,8 2,2 2,6

Velocidade Ultra-som - (km/s)

Resi

stên

cia

à C

ompr

essã

o (M

Pa)

Figura 4.20 - Relação entre ultra-som x resistência à compressão (CP-5x10).

AR-4AR-3

AR-1

AR-2

AI

0

1

2

3

4

5

1,0 1,4 1,8 2,2 2,6

Velocidade Ultra-som - (km/s)

Resi

stên

cia

à C

ompr

essã

o (M

Pa)

Figura 4.21 - Relação entre ultra-som x resistência à compressão (CP-15x30).

A relação entre ultra-som e a resistência à tração na flexão (Figuras 4.22 e 4.23) apresenta

um comportamento linear semelhante ao verificado para a resistência à compressão. Em

ambos os casos a argamassa industrializada apresentou um comportamento fora da

linearidade obtida com as argamassas mistas, mas dentro da relação ultra-som x resistência

à tração na flexão.

96

AR-4AR-3

AR-1

AR-2

AI

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

1,0 1,4 1,8 2,2 2,6Velocidade Ultra-som - Placa isolada (km/s)

Resi

stên

cia

à Tr

ação

na

Flex

ão (M

Pa)

Figura 4.22 - Relação entre ultra-som x resistência à tração na flexão (placa isolada).

AR-4AR-3

AR-1

AR-2

AI

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

1,0 1,4 1,8 2,2 2,6Velocidade Ultra-som - (km/s)

Res

istê

ncia

à T

raçã

o na

Fl

exão

(MP

a)

Figura 4.23 - Relação entre ultra-som x resistência à tração na flexão (prisma).

Pela análise da Figura 4.24 observa-se que a relação entre a resistência à tração por

compressão diametral e velocidade do ultra-som é uma relação direta. Essa relação se

aplica também a argamassa AI, apesar desta apresentar um comportamento fora da

linearidade obtida com as argamassas mistas.

AR-2

AR-1

AR-3 AR-4

AI

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,0 1,4 1,8 2,2 2,6Velocidade Ultra-som - (km/s)

Res

istê

ncia

à T

raçã

o po

r C

omp.

Diâ

met

ral (

MPa

)

Figura 4.24 - Relação entre ultra-som x resistência à tração por compressão diametral.

97

A Figura 4.25 indica uma relação direta entre a resistência de aderência e a velocidade do

ultra-som. Nesta relação nota-se que a argamassa industrializada compartilha deste

comportamento juntamente com as argamassas mistas. Nesta avaliação utilizou-se os

resultados de velocidade de onda ultra-sônica da placa isolada, uma vez que os resultados

do ensaio de ultra-som no revestimento possam ter sofrido influência do substrato.

AR-4AR-3

AR-1

AR-2 AI

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,0 1,4 1,8 2,2 2,6Velocidade Ultra-som - Placa isolada (km/s)

Resi

stên

cia

de A

derê

ncia

(M

Pa)

Figura 4.25 - Relação entre ultra-som x resistência de aderência.

O ultra-som parece ter uma boa relação com as propriedades mecânicas das argamassas

mistas, onde a tendência dos resultados apresenta um comportamento relativamente linear.

A argamassa AI apresenta um comportamento diferenciado em relação às outras

argamassas na maioria dos casos. A exceção está nas relações entre ultra-som e resistência

à compressão (prisma), ultra-som e resistência à tração na flexão (placa isolada) e ultra-

som e resistência de aderência, onde AI compartilha do comportamento das argamassas

mistas. De maneira geral, verifica-se que com o aumento da resistência mecânica das

argamassas ocorre um acréscimo na velocidade de propagação da onda ultra-sônica através

da argamassa.

4.4.3 - Relações entre ultra-som e a propriedades de deformação

Na análise da Figura 4.26, nota-se que o módulo secante, obtido através dos corpos-de-

prova 5x10, apresenta uma relação com o ultra-som, apesar da dispersão dos resultados.

98

AR-2

AR-1AR-3

AR-4AI

0

1

2

3

4

5

6

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5

Velocidade Ultra-som - (km/s)

Mód

ulo

Seca

nte

-CP

-5x1

0 (G

Pa)

Figura 4.26 - Relação entre ultra-som x módulo secante (CP-5x10).

Com relação ao módulo corda obtido através da placa isolada (Figura 4.27), verifica-se

uma relação direta entre as características avaliadas. Ressalta-se que a dispersão dos

resultados foi menor neste caso. No entanto a linearidade parece ser maior quando é

analisado apenas as argamassas onde se variou a granulometria e manteve-se constante o

consumo de cimento.

AR-4

AR-3

AR-1 AR-2

AI

0

1

2

3

4

5

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5Velocidade Ultra-som - Placa Isolada (km/s)

Mód

ulo

Cord

a - P

laca

Is

olad

a (G

Pa)

Figura 4.27 - Relação entre ultra-som x módulo corda (placa isolada).

O coeficiente de Poisson não apresenta relação com o ultra-som, pois como percebe-se na

Figura 4.28, a dispersão dos resultados não apresenta um comportamento muito claro.

99

AR-2

AR-1 AR-3

AR-4 AI

0,00

0,04

0,08

0,12

0,16

0,20

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5Velocidade Ultra-som - (km/s)

Coe

ficie

nte

de P

oiss

on

(GP

a)

Figura 4.28 - Relação entre ultra-som x coeficiente de Poisson.

4.5 - RELAÇÕES ENTRE AS PROPRIEDADES FISÍCO-MECÂNICAS E DE

DEFORMAÇÃO DAS ARGAMASSAS E DO REVESTIMENTO

4.5.1 - Relações entre capilaridade x IRA (modificado), ensaio do cachimbo e

absorção

Em todas as relações obtidas com o ensaio de capilaridade nota-se que AI apresenta um

comportamento diferenciado em relação às argamassas mistas, estando sempre isolada das

demais argamassas.

A relação capilaridade (norma européia) e IRA (ASTM), na Figura 4.29, apresenta para as

argamassas mistas uma tendência, onde quando maior a capilaridade, maior é o valor do

IRA. Essa relação não satisfaz os dados da argamassa industrializada, que apresentou o

menor resultado médio de capilaridade contra o maior valor do IRA entre as argamassas.

AR-4

AR-3

AR-1AR-2

AI

0

10

20

30

40

50

60

0,5 0,7 0,9 1,1 1,3 1,5 1,7 1,9Capilaridade (kg/m3.min1/2)

IRA

(g/1

94cm

2 /min

)

Figura 4.29 - Relação entre capilaridade x IRA.

100

A Figura 4.30 apresenta a relação entre capilaridade e permeabilidade pelo método do

cachimbo, onde se verifica a tendência onde quanto maior a medida do ensaio capilaridade,

maior é permeabilidade do revestimento de argamassa. Mas esta relação não é clara

quando se trata da argamassa industrializada, que apresentou o menor valor de capilaridade

e o maior resultado de permeabilidade.

AR-2

AR-1

AR-3AR-4

AI

0

5

10

15

20

25

30

0,5 0,7 0,9 1,1 1,3 1,5 1,7 1,9

Capilaridade (kg/m3.min1/2)

Ens

aio

do C

achi

mbo

(ml.m

in)

Figura 4.30 - Relação entre capilaridade x permeabilidade pelo método do cachimbo.

A relação entre capilaridade e absorção (Figura 4.31) apresenta um comportamento linear,

onde se verifica um aumento na absorção de água quando se tem um incremento na

capilaridade das argamassas. A argamassa AI não compartilha deste comportamento, uma

vez que esta amostra apresentou um comportamento diferenciado em relação às demais

argamassas.

AR-2AR-1

AR-3

AR-4

AI

10

12

14

16

18

0,5 0,7 0,9 1,1 1,3 1,5 1,7 1,9

Capilaridade (kg/m3.min1/2)

Abs

orçã

o (%

)

Figura 4.31 - Relação entre capilaridade x absorção.

101

Esses resultados eram esperados, uma vez que são fenômenos similares avaliados por

ensaios semelhantes.

4.5.2 - Relação entre resistência à tração por compressão diametral e resistência de

aderência

A maioria dos corpos-de-prova do ensaio para determinação da resistência de aderência

rompeu na argamassa e os resultado médios de resistência à tração por compressão

diametral foram da mesma ordem de grandeza (Figura 4.32).

0,00,10,20,30,40,50,60,70,80,91,0

AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A I

Argamassas

Res

istê

ncia

à tr

ação

por

co

mpr

essã

o di

amet

ral

(MP

a)

0,00,10,20,30,40,50,60,70,80,91,0

Resi

stên

cia

de

ader

ênci

a (M

Pa)

Res. à tração por compressão diametral Resistência de aderência

Figura 4.32 - Relação entre resistência à tração por compressão diametral x resistência de aderência.

Pode-se buscar extrapolar uma relação entre estas duas propriedades mecânicas (Figura

4.33), onde se percebe que quanto maior a resistência à tração, maior é a resistência de

aderÊncia. A argamassa AI, apesar de fazer parte desta relação, apresenta um

comportamento diferenciado, onde a resistência à tração e maior muito maior que a

resistência de aderência. Esta extrapolação só foi possível, pois, no ensaio para

determinação da resistência de aderência, a forma de ruptura predominante foi na

argamassa de revestimento, podendo ser considerado o resultado como ensaio de tração

direta.

102

AR-2

AR-1

AR-3 AR-4AI

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0Resistência à tração por Compressão Diâmetral (MPa)

Res

istê

ncia

de

Ader

ênci

a (M

Pa)

Figura 4.33 - Relação entre resistência à tração por compressão diametral x resistência de

aderência.

4.5.3 - Relações entre módulo e resistência mecânica

Na avaliação das relações entre módulo e resistência mecânica (Figura 4.34, Figura 4.35(a)

e Figura 4.35 (b)), percebe-se que, mesmo com a dispersão dos pontos, há um

comportamento tal que, quanto maior a resistência mecânica da argamassa, maior é o

módulo, indicando que a resistência mecânica do revestimento está relacionado com o

módulo.

AR-2

AR-1

AR-3AR-4

AI

0

1

2

3

4

5

0 2 4 6Módulo Secante (GPa)

Resi

st. à

Com

pres

são

(MPa

)

Figura 4.34 - Relação entre módulo secante (CP-5x10) x resistência à compressão (CP-

5x10).

103

AR-2

AR-1

AR-3AR-4

AI

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

0 2 4 6Módulo Corda (GPa)

Res.

à tr

ação

na

flexã

o (M

Pa)

a)

AR-2

AR-1

AR-3AR-4AI

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0 2 4 6Módulo Corda (GPa)

Resi

stên

cia

de a

derê

ncia

(Mpa

)

b) Figura 4.35 - a) Relação entre módulo corda (placa isolada) x resistência à tração na

flexão; b) Relação entre módulo corda (placa isolada) x resistência de aderência.

4.6 - RELAÇÕES ENTRE AS CARACTERÍSTICAS DA DOSAGEM E

PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS ARGAMASSAS E DO

REVESTIMENTO

Neste item busca-se verificar a relação entre as características de dosagem (consumo de

cimento, relação água/cimento e módulo de finura) com as resistências mecânicas das

argamassas.

4.6.1 - Relações entre consumo de cimento e resistência mecânica

A Figura 4.36 apresenta as relações entre a resistência mecânica (resistência de aderência,

resistência à tração na flexão e resistência à compressão)e consumo de cimento, onde se

percebe que há uma relação entre estas propriedades. Nota-se também que AR-2, AR-3 e

AR-4, que possuem consumo de cimento parecidos, ficaram agrupados.

104

AR-2

AR-1

AR-3 AR-4

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

100 120 140 160 180

Consumo de Cimento (kg/cm3)

Resi

stên

cia

de a

derê

ncia

(Mpa

)

a)

AR-4AR-3

AR-1

AR-2

0

1

2

3

4

100 150 200

Consumo de Cimento (kg/cm3)

Resi

st. à

Com

pres

são

(MP

a)

b)

AR-2

AR-1

AR-3 AR-4

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

100 150 200

Consumo de Cimento (kg/cm3)

Res

.à tr

ação

na

flexã

o (M

Pa)

c) Figura 4.36 - a)Relação entre consumo de cimento x resistência de aderência; .b)Relação

entre consumo de cimento x resistência à compressão (CP-5x10); c) Relação entre consumo de cimento x resistência à tração na flexão (placa isolada).

4.6.2 - Relações entre relação a/c e resistência mecânica

A Figura 4.37 apresenta as relações entre a resistência mecânica e relação a/c, onde se

percebe que há uma tendência entre estas propriedades. Quanto menor a relação a/c, maior

é a resistência mecânica da argamassa. A argamassa industrializada, apesar do ponto

distante das demais, compartilha da relação existente entre as argamassas mistas. A relação

obtida entra a resistência de aderência e o consumo de cimento (Figura 4.37 a) só ocorreu

porque a ruptura predominante foi na argamassa (tração direta).

105

AR-2

AR-1

AR-3AR-4AI

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,0 1,0 2,0 3,0Relação A/C

Resi

stên

cia

de a

derê

ncia

(Mpa

)

a)

AR-2

AR-1

AR-3AR-4

AI

0

1

2

3

4

5

6

0,0 1,0 2,0 3,0Relação A/C

Res

ist.

à co

mpr

essã

o (M

Pa)

b)

AR-2

AR-1

AR-3

AR-4

AI

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

0,0 1,0 2,0 3,0Relação A/C

Res

. à tr

ação

na

flexã

o (M

Pa)

c) Figura 4.37 - a)Relação entre relação a/c x resistência de aderência; .b)Relação entre

relação a/c x resistência à compressão (CP-5x10); c) Relação entre relação a/c x resistência à tração na flexão (placa isolada).

4.6.3 - Relações entre módulo de finura e resistência mecânica

Na Figura 4.38 foi verificado uma tendência entre o módulo de finura e a resistência

mecânica das argamassas. Esta tendência ficou mais evidente para a resistência à

compressão e a resistência de aderência. A relação obtida entre a resistência de aderência e

o módulo de finura (Figura 4.38 a) só ocorreu porque a ruptura predominante foi na

argamassa (tração direta).

Esta tendência dos resultados, relacionada à granulometria da areia, já era esperado, pois

Tristão (1995) já havia encontrado resultados parecidos, tratando-se de argamassas com

mesmo traço.

106

Vale ressaltar que o módulo de finura é, nesta dissertação, apenas um parâmetro para

identificar a granulometria da areia, não sendo objeto de estudo.

AR-3AR-2

AR-4

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

1,5 2,0 2,5 3,0

Módulo de Finura

Resi

stên

cia

de a

derê

ncia

(Mpa

)

a)

AR-3AR-2

AR-4

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

1,5 2,0 2,5 3,0

Módulo de FinuraR

esis

t. à

traç

ão p

or

com

pres

são

diam

etra

l (M

Pa)

b)

AR-4AR-2

AR-3

0

1

2

3

4

1,5 2,0 2,5 3,0

Módulo de Finura

Res

ist.

à co

mpr

essã

o (M

Pa)

c)

AR-4AR-2

AR-3

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

1,5 2,0 2,5 3,0

Módulo de Finura

Res

.à tr

ação

na

flexã

o (M

Pa)

d) Figura 4.38 - a)Relação entre módulo de finura x resistência de aderência; b)Relação entre módulo de finura x resistência à tração por compressão diametral; c)Relação entre módulo

de finura x resistência à compressão (CP-5x10); d)Relação entre módulo de finura x resistência à tração na flexão (placa isolada).

107

5 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Este capítulo apresenta as conclusões retiradas da análise dos resultados expostos no

capítulo anterior, levando em consideração os métodos utilizados e o comportamento das

argamassas frente aos ensaios realizados.

5.1 - CONCLUSÕES SOBRE OS RESULTADOS E AS RELAÇÕES

ENCONTRADAS

Diante dos resultados expostos na análise dos dados referentes às argamassas e sistemas de

revestimento, é possível enumerar as seguintes conclusões.

Ultra-som:

Representou bem, de forma geral, as propriedades das argamassas, principalmente as

argamassas mistas, podendo ser utilizado como indicativo das propriedades das

argamassas.

Sua aplicabilidade para avaliação de revestimento sobre substratos mostrou-se

inadequado, uma vez que o comportamento da velocidade de propagação de onda

ultra-sônica pode ser influenciado pelo substrato.

Com relação aos corpos-de-prova, o prisma e a placa isolada parecem ser os melhores

para avaliação das argamassas e dos revestimentos, respectivamente, representando

bem o comportamento destes com relação às propriedades físico-mecânicas.

A respeito da relação ultra-som e propriedades físico-mecânicas pode-se concluir que:

• O ultra-som indicou a tendência de comportamento das propriedades físicas das

argamassas mistas. Estas propriedades são a densidade de massa, o índice de

vazios, a absorção de água, o coeficiente de capilaridade, o IRA, a permeabilidade

pelo método do cachimbo e absortividade. Isto se deve ao fato destas

características estarem relacionadas com a porosidade do material e o ultra-som

ser susceptível a esta propriedade. Para a densidade de massa, percebeu-se que,

quanto maior esta propriedade, maior é a velocidade de propagação da onda ultra-

sônica, apesar da diferença entre os resultado serem mínimas. Para as demais

características (absorção, índice de vazios, coeficiente de capilaridade, IRA,

absortividade e permebilidade pelo método do cachimbo) o comportamento

108

encontrado é de que quanto maior for esta propriedade menor é a velocidade de

propagação. Vale ressaltar a necessidade e se realizar mais ensaios, com maior

quantidade de corpos-de-prova e diferentes argamassas, para se obter uma relação

mais precisa entre a velocidade de propagação de onda ultra-sônica e as

propriedades físicas das argamassas.

• Com relação ao ultra-som e o comportamento mecânico das argamassas mistas, se

verificou o comportamento onde quanto maior a resistência à tração na flexão

(prisma e placa isolada), à compressão (prisma, CP-5x10 e CP-15x30), à tração

por compressão diametral e a aderência, maior é o resultado do ultra-som.

Ressaltando que para a resistência de aderência, esta comparação só foi possível

devido à forma de ruptura ser predominantemente na argamassa de revestimento

(tração direta).

• Para o módulo de deformação, a relação do ultra-som e esta propriedade não ficou

tão clara como para as propriedades anteriores, mas de um modo geral verificou-se

a tendência de que, quanto maior é o módulo de deformação, maior é a velocidade

de propagação da onda ultra-sônica, tanto para o módulo corda quanto para o

módulo secante.

• O coeficiente de Poisson não apresentou relação com o ensaio do ultra-som.

• A argamassa industrializada, de forma geral, apresentou um comportamento

singular, não compartilhando da relação velocidade de propagação de onda ultra-

sônica e propriedades físico-mecânicas das argamassas mistas. Isto se deve ao fato

da argamassa industrializada apresentar características diferenciadas em relação às

argamassas mistas. Ou seja, estes dois tipos de argamassas podem ser consideradas

como materiais diferentes, daí o comportamento diferenciado.

Para as propriedades mecânicas verificou-se que há influencia dos materiais constituintes

(consumo de cimento e granulometria da areia) na resistência mecânica (tração,

compressão e aderência) da argamassa; isto foi visível em todos os ensaios.

Para argamassas de consumo de cimento diferentes, a argamassa que apresenta menor

consumo de cimento tem o menor valor de resistência mecânica em todos os ensaios.

109

Com relação a granulometria da areia, a argamassa que tem o maior módulo de finura

da areia apresenta os maiores resultados de resistência mecânica.

A argamassa que apresentou os maiores resultados de resistência mecânica foi a

industrializada que, de modo geral, apresentou um comportamento diferenciado em

relação às demais argamassas.

Propriedades de deformação:

O comportamento do módulo de deformação também é influenciado pelos materiais

constituintes da argamassa. Verificou-se que o resultado do módulo de deformação

aumenta tanto para um maior consumo de cimento da argamassa, quanto para um

maior módulo de finura da areia.

Dentre os métodos aplicados, para a determinação do módulo de deformação, o

módulo dinâmico através do ultra-som parece ser bem representativo e indicar com

confiabilidade o comportamento da argamassa de revestimento. Além de ser um

ensaio rápido e de fácil aplicação.

Propriedades físicas:

A densidade de massa da argamassa está diretamente relacionada com o módulo de

finura da areia utilizada. Para um maior módulo de finura verificou-se uma maior

densidade de massa da argamassa. Para as argamassas com mesma a granulometria de

areia, mas consumos diferentes de cimento e cal, não houve variação representativa

dos resultados.

O índice de vazios, o coeficiente de capilaridade, o IRA, a permeabilidade pelo

método do cachimbo e a absortividadde são características dependentes da quantidade

do conteúdo de cimento na argamassa e do módulo de finura da areia. As argamassas

estudadas nesta pesquisa com maior consumo de cimento tendem a absorver menos

água. Argamassas com maior módulo de finura da areia, para um mesmo traço,

também apresentam menor absorção.

A argamassa industrializada apresenta, de modo geral, um comportamento diferente

em relação às demais argamassas considerando-se os ensaios realizados.

110

5.2 - CONSIDERAÇÕES SOBRE A APLICAÇÃO DOS MÉTODOS

Quanto aos métodos aplicados e procedimentos adotados, de um modo geral, todos eles se

mostraram exeqüíveis, não necessitando de conhecimentos profundos para a sua realização

e podendo ser facilmente executados para avaliação das propriedades das argamassas.

O ensaio para determinação da velocidade de propagação de onda ultra-sônica mostrou-se

muito fácil e rápido de se usar, havendo a necessidade de apenas tomar alguns cuidados

com relação ao contato dos transdutores e o corpo-de-prova, pois caso o contato seja

insuficiente há uma grande variabilidade entre os resultados.

Para os ensaios mecânicos é possível enumerar as seguintes conclusões:

O ensaio de tração na flexão usando prismas é simples e de fácil aplicabilidade e

resultados satisfatórios. As dificuldades encontradas durante os ensaios referem-se à

leitura da carga aplicada no anel dinamométrico, pois este não apresentava um

dispositivo para registrar a carga de ruptura depois que o corpo-de-prova era rompido,

e o empenamento de alguns prismas, o que dificultava seu ajuste no equipamento de

ensaio. A solução desses problemas seria a utilização de uma célula de carga mais

adequada, que registrasse a carga de ruptura após o ensaio e a adoção de uma cura

mais eficiente que minimize a retração do corpo-de-prova, que pode empenar a

amostra.

O ensaio de compressão nos prismas é de fácil aplicabilidade, não necessitado de

capeamento das amostras e apresentado resultados que indicam bem o comportamento

das argamassas de revestimento segundo a resistência à compressão.

Para a resistência à tração por compressão diametral, apesar de ser um ensaio fácil e

apresentar bons resultados, houve uma certa dificuldade em ajustar as amostras na

prensa. Devido ao seu formato cilíndrico, estes facilmente saiam da posição de ensaio

antes da aplicação de carga.

O ensaio de compressão com cilindros 5x10 e 15x30 também são de fácil

aplicabilidade e apresentam bons resultados, representando bem o comportamento das

argamassas.

111

As placas isoladas apresentaram comportamento semelhante aos prismas, não havendo

dificuldade na execução dos ensaios, além de ser um método que permite avaliar o

comportamento de uma determinada argamassa em relação ao tipo de substrato, como

ficou constatado nos resultados apresentados.

Os métodos para avaliação das argamassas endurecidas que se mostraram mais

simples e fáceis foram as referentes aos ensaios de tração na flexão e compressão dos

semi-prismas, indicando que necessitam de menor quantidade de corpos-de-prova e

são mais simples de serem executadas.

Para o módulo de deformação e coeficiente de Poisson observou-se que:

A utilização de extensômetros tipo “strain gage” se mostrou adequada nos ensaios

com corpos-de-prova cilíndricos, pois a leitura dos resultados é direta e elimina-se o

ajuste do medidor mecânico de deformação antes da realização dos ensaios, além de

apresentar uma sensibilidade maior às deformações.

O módulo obtido através do ensaio de flexão (placa isolada e prisma) se mostrou

viável e de fácil aplicação. A obtenção da flecha, devido à carga aplicada foi difícil,

principalmente devido à acomodação dos corpos-de-prova durante os ensaios.

Para a absorção de água, de modo geral, todos os ensaios indicaram o comportamento das

argamassas mistas, além apresentarem fácil aplicabilidade.

O ensaio de capilaridade se mostrou simples e adequado quanto à metodologia e

uniformidade dos resultados.

Para a avaliação do revestimento, o ensaio de permeabilidade pelo método do

cachimbo se mostrou como o mais ágil devido à sua facilidade de aplicação e de

apresentar resultados mais complementares a respeito do comportamento da

argamassa de revestimento.

5.3 - CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CORPOS-DE-PROVA UTILIZADOS

Os corpos-de-prova moldados sobre bloco de alvenaria apresentaram propriedades

diferentes dos moldado em formas metálicas. As placas isoladas moldadas sobre o

bloco apresentaram maior densidade de massa aparente, comparado-os com os corpos-

de-prova cilíndricos, maior resistência à tração na flexão e maior módulo de

112

deformação que os prismas. Verificando, desse modo, a influência do substrato nas

propriedades das argamassas.

Com relação à reprodutibilidade dos ensaios mecânicos e considerando os menores

coeficientes de variação, concluiu-se que:

• Para a determinação da resistência a compressão o melhor corpo-de-prova é o

cilindro 15x30 seguido pelo cilindro 5x10;

• Para a determinação da velocidade de propagação de onda ultra-sônica o melhor

corpo-de-prova é o cilindro 15x30 seguido pelo prisma;

• Para determinação da resistência a tração e o módulo de deformação o melhor

corpo-de-prova é o cilindro 5x10.

5.4 - SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Visando proporcionar continuidade às pesquisas no âmbito do tema dessa dissertação, são

sugeridas algumas abordagens para trabalhos futuros, que contribuirão para o

desenvolvimento da tecnologia e conhecimento científico a respeito dos sistemas de

revestimento em argamassa:

Realizar ensaios em argamassas mistas com diferentes traços e em argamassas

industrializadas visando obter mais parâmetros que possam avaliá-las e servir de

subsídio para especificação das mesmas.

Realizar ensaios com argamassas avaliando-se o tipo de substrato e utilizar a placa

isolada como corpo-de-prova visando obter dados sobre o comportamento físico-

mecânico das argamassas referente ao tipo de substrato utilizado.

Verificar a aplicabilidade do ultra-som com a intenção de se obter resultados diretos

de resistência mecânica e das propriedades físicas das argamassas.

Realizar estudos para estabelecer critérios de classificação das argamassas nacionais

seguindo o modelo proposto pela classificação MERUC.

113

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120

APÊNDICES

121

APÊNDICE A - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA

ARGAMASSA AR-1

Tabela A.1- Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada. Velocidade

Comp. Larg. Espes. L1-7cm L2-9,5cm L3-12cm (km/s)A1 192,92 77,05 31,52 30,00 53,70 66,00 1,34A2 195,21 81,19 31,45 31,80 55,00 68,40 1,33A4 200,49 75,47 31,21 28,20 46,80 63,90 1,40B1 196,10 76,70 30,90 31,90 49,70 61,20 1,68B3 195,94 75,11 31,28 29,80 52,20 67,20 1,32B4 195,40 82,08 31,24 28,50 51,20 66,50 1,30C1 195,00 77,13 32,37 28,20 48,40 61,60 1,48C2 197,51 81,71 31,94 28,00 52,20 62,90 1,37C4 197,90 76,13 32,89 27,90 48,30 64,40 1,36

MÉDIA 1,40DESVIO 0,12CV (%) 8,43

CP Tempo ( s)Dimensões (mm)

Tabela A.2- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10. Tempo Velocidade

Comp. Diam. ( s) (km/s)1 100,04 50,16 69,90 1,432 99,89 50,34 66,00 1,513 99,28 50,00 65,70 1,516 100,35 50,03 70,30 1,437 100,09 49,99 71,30 1,40

12 99,35 50,15 64,80 1,53MÉDIA 1,47DESVIO 0,06CV (%) 3,76

CP Dimensões (mm)

Tabela A.3- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30. Tempo Velocidade

Comp. Diam. ( s) (km/s)1 302,03 150,15 234,30 1,292 300,64 150,10 233,70 1,293 302,40 149,83 241,10 1,25

MÉDIA 1,28DESVIO 0,02CV (%) 1,52

CP Dimensões (mm)

µ

µ

µ

122

Tabela A.4- Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma. Massa (g) Densidade Tempo Velocidade

l b d Natural (kg/m³) ( s) (km/s)2 161,42 40,59 40,01 452,79 1727,24 96,70 1,673 161,03 40,45 40,03 453,94 1740,95 95,30 1,695 161,35 40,86 40,37 458,56 1722,94 93,60 1,726 161,93 40,59 40,31 456,34 1722,38 92,80 1,74

MÉDIA 1,71DESVIO 0,03CV (%) 1,98

CP Dimensões (mm)

Tabela A.5- Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento.

L1-7cm L2-14cm L3-21cm L4-28cm km/sBl-1 29,40 65,90 90,80 116,90 2,42Bl-2 35,10 72,70 95,90 176,90 1,46Bl-3 31,40 69,50 97,10 121,60 2,32Bl-4 30,60 94,10 98,30 123,10 2,12Bl-5 32,50 69,50 90,80 111,40 2,65

MÉDIA 2,19DESVIO 0,45CV (%) 20,74

CPTempo ( s)

Tabela A.6- Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada. A3 B2 C3

Comprimento 197,36 197,19 194,85 Largura 82,04 79,77 81,62 Espessura 31,11 30,89 31,47 Natural 899,00 859,80 899,30 Seco 24h 878,90 840,00 878,40 Seco 48h 878,30 839,70 878,10 Seco 72h 878,40 839,70 878,20 72h e Frio 883,00 844,20 883,00 Sat. 24h 988,60 946,30 985,40 Sat. 48h 989,20 946,70 985,90 Sat. 72h 989,70 947,50 986,90 Imerso 494,39 471,32 497,19 Fervido 1.020,10 968,10 1.018,20 Imerso Ferv. 524,62 491,87 528,54 Seco 70°C 880,50 841,70 880,40 Saturado 983,40 939,10 981,10 Imerso Sat. 486,93 462,43 491,22 Água (24,5°C) 985,20 985,20 985,20 Densid EN (kg/m³) 1.747,27 1.739,66 1.770,58 Seco 105°C 878,90 840,10 878,80 Seco e Frio 882,60 843,90 882,90

17531752

Absorão de água após imersão -NBR 9778 (1987) (%) 12,63Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%) 22,44

Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10:1999 (kg/m³)Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 ( 1995) (kg/m³)

µ

µ

123

Tabela A.7- IRA e dados absortividade. Tempo Corpo-de-Prova - Massa (g) Absorção (mm³/mm²) min min1/2 A3 B2 C3 A3 B2 C3 Média 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00

1 1 903,10 861,60 900,10 1,24 1,11 1,08 1,142 1,414 911,90 870,20 907,70 1,78 1,65 1,55 1,663 1,732 919,60 877,90 914,50 2,26 2,14 1,98 2,134 2 926,50 884,60 920,50 2,69 2,57 2,36 2,545 2,236 933,00 890,70 926,40 3,09 2,96 2,73 2,92

10 3,162 948,20 904,50 940,40 4,03 3,83 3,61 3,8215 3,873 960,80 915,60 952,00 4,81 4,54 4,34 4,5620 4,472 971,10 924,80 962,10 5,44 5,12 4,97 5,1825 5 978,20 932,00 970,00 5,88 5,58 5,47 5,6430 5,477 981,30 936,80 975,20 6,07 5,89 5,80 5,9235 5,916 982,80 939,40 978,10 6,16 6,05 5,98 6,0740 6,325 983,40 940,80 979,50 6,20 6,14 6,07 6,1445 6,708 983,70 941,40 980,30 6,22 6,18 6,12 6,1750 7,071 984,00 941,70 980,50 6,24 6,20 6,13 6,1965 8,062 984,50 942,30 980,90 6,27 6,24 6,16 6,2280 8,944 984,50 942,40 981,20 6,27 6,24 6,17 6,2395 9,747 984,70 942,70 981,40 6,28 6,26 6,19 6,24110 10,49 984,80 942,80 981,50 6,29 6,27 6,19 6,25170 13,04 985,20 943,10 982,00 6,31 6,29 6,22 6,27230 15,17 985,40 943,30 982,20 6,32 6,30 6,24 6,29290 17,03 985,80 943,40 982,50 6,35 6,31 6,26 6,30

Abs

orçã

o: M

assa

(g) t

empo

(min

)

1730 41,59 987,50 945,20 984,20 6,45 6,42 6,36 6,41 IRA (g/194cm²/min) 22,13

Coeficiente de Absorção de água - "absortividade"

y = 1,0745x + 0,289R2 = 0,991

0,01,02,03,04,05,06,07,08,09,0

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Tempo (min¹´²)

Abs

orçã

o (m

m³/m

m²)

Figura A.1 - Absortividade.

124

Tabela A.8- Tração na flexão e módulo corda – placa isolada. Deformação (mm/mm) Carga

CP- A2 CP- A4 CP- B3 CP- B4 CP- C2 CP- C4 20 0,0000149 0,0000149 0,0000443 0,0000672 0,00003068 0,000007740 0,0000521 0,0000895 0,0000961 0,0001119 0,00007670 0,000061960 0,0000893 0,0001521 0,0001552 0,0001642 0,00011044 0,000100680 0,0001414 0,0002014 0,0002144 0,0002089 0,00014572 0,0001393

100 0,0001861 0,0002685 0,0002661 0,0002388 0,00017640 120 0,0002382 0,0003430 0,0003031 0,0002761 0,00020248 0,0002012140 0,0002903 0,0003953 0,0003326 0,0003283 0,00023315 0,0002353160 0,0003350 0,0004624 0,0003622 0,0003433 0,00026076 0,0002786180 0,0003871 0,0005161 0,0003918 0,0003731 0,00029144 0,0003127200 0,0004317 0,0005742 0,0004213 0,0003955 0,00031445 0,0003483220 0,0004689 0,0006294 0,0004435 0,0004179 0,00033746 0,0003870240 0,0004987 0,0006712 0,0004731 0,0004477 0,00036047 0,0004180260 0,0005285 0,0007308 0,0005026 0,0004701 0,00038348 0,0004489280 0,0005583 0,0007756 0,0005322 0,0004925 0,00040649 0,0004768300 0,0005880 0,0008069 0,0005618 0,0005224 0,00042949 0,0005031320 0,0006178 0,0008352 0,0005913 0,0005447 0,00045250 0,0005263340 0,0006401 0,0008874 0,0006209 0,0005671 0,00047551 0,0005496360 0,0006774 0,0009247 0,0006505 0,0005895 0,00049852 0,0005728380 0,00051386 0,0006006400 0,00053687 0,0006192420 0,00055988 0,0006424

CP- A2 CP- A4 CP- B3 CP- B4 CP- C2 CP- C4

Carga 475 406 428 439 528 537h= 31,6 31,66 31,38 31,68 32,56 32,86b= 81,10 75,90 75,50 81,40 81,90 77,00

Carga (N) 394,74 339,14 356,92 365,79 437,12 444,29Tensão (Mpa) 1,17 1,07 1,15 1,07 1,21 1,28

Módulo corda (Mpa)

1722 974* 2240 2402 2394 1996

CP- A1 CP- B1 CP- C1 Módulo Corda Tensão

Carga 451 448 521 (Mpa) (MPa) h= 31,58 31,22 32,56 MÉDIA 2151 1,17b= 77,46 76,80 77,00 DESVIO 290,70 0,07

Carga (N) 375,45 373,04 431,54 CV (%) 13,52 6,28Tensão (Mpa) 1,16 1,19 1,27 * Espurio

125

Tabela A.9- Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo. Tempo (min)

CP / Cachimbo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 A2-8 CP 1.1 1,1 1,8 2,3 2,8 3,3 3,7 4 4 4 4 4 4 4 4 4 19,00CP 1.2 1,1 1,7 2,25 2,7 3,15 3,6 4 4 4 4 4 4 4 4 4 18,55CP 2.1 1,2 1,9 2,6 3,2 3,75 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 20,50CP 2.2 1,2 2,1 2,8 3,35 3,9 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 21,10CP 3.1 1,2 1,8 2,4 2,95 3,4 3,9 4 4 4 4 4 4 4 4 4 19,55CP 3.2 1,3 2,1 2,8 3,4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 21,25CP 4.1 0,9 1,4 1,8 2,2 2,6 2,95 3,3 3,65 4 4 4 4 4 4 4 15,38CP 4.2 1,2 1,75 2,25 2,7 3,2 3,6 4 4 4 4 4 4 4 4 4 18,63CP 5.1 1,3 1,9 2,5 3 3,5 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 19,95CP 5.2 1,3 2 2,5 3 3,5 3,9 4 4 4 4 4 4 4 4 4 19,90

CV (%)= 9,21 DESVIO= 1,78 Média= 19,38

Leitura do ensaio do Cachimbo 28 dias

0

1

2

3

4

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Tempo (minutos)

Qua

ntid

ade

de á

gua

abso

rvid

a (m

l)

CP 1.1 CP 1.2 CP 2.1 CP 2.2 CP 3.1 CP 3.2 CP 4.1 CP 4.2CP 5.1 CP 5.2 Média

Figura A.2 - Gráfico método do cachimbo.

126

Tabela A.10- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10.

R1 R2 R1 R2 R1 R2 R1 R2Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação

N (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm)333,12 0,0000800 0,0000200 0,0000600 0,0000200 0,0000600 0,0000600 0,0001000 0,0000400597,13 0,0001600 0,0000600 0,0001400 0,0000800 0,0001000 0,0001200 0,0002200 0,0000800867,43 0,0002800 0,0001600 0,0002400 0,0001400 0,0002000 0,0002200 0,0003400 0,0001600

1137,73 0,0004000 0,0002400 0,0003600 0,0002000 0,0003000 0,0003200 0,0004800 0,00022001408,03 0,0005600 0,0003600 0,0005200 0,0003000 0,0004000 0,0004800 0,0006400 0,00034001672,04 0,0007400 0,0004800 0,0006600 0,0004000 0,0004800 0,0006200 0,0008200 0,00050001942,34 0,0011400 0,0006600 0,0009000 0,0006000 0,0005800 0,0008400 0,0011400 0,00072002212,63 0,0020200 0,0009400 0,0012200 0,0008000 0,0006400 0,0013000 0,0016800 0,0011600

CP-01 CP-02 CP-05 CP-11Carga (N) 2212,63 3193,25 2985,81 2904,09Tensão (Mpa) 1,12 1,60 1,53 1,44Comp. (mm) 100,04 99,89 100,21 100,78Diam. (mm) 50,16 50,34 49,78 50,64Tempo (min) 20:00 19:50 20:08 18:24Modulo Def. 1995 2294 2122 1783Secante (Mpa) (Mpa) (Mpa) (Mpa)

CP-04Carga (N) Mód. Sec. TensãoTensão (Mpa) (Mpa) (Mpa)Comp. (mm) MÉDIA 2049 1,42Diam. (mm) DESVIO 215 0,19Tempo (min) CV (%) 10,51 13,0920:00

2746,94

CP-11

50,02

1,40100,26

CP-01 CP-02 CP-05

127

Tabela A.11- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30. R1 R2 Média SG1 SG2 R1 R2 Média SG1 SG2

Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação DeformaçãoN (mm/mm) (mm/mm) 0 0 (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) 0 0 (mm/mm)

1780 0,0000470 0,0000282 0,0000376 0,0000600 0,0000100 0,0000376 0,0000376 0,0000376 0,0000650 0,00000503540 0,0000941 0,0000753 0,0000847 0,0001100 0,0000150 0,0000847 0,0001035 0,0000941 0,0001400 0,00000505320 0,0001693 0,0001355 0,0001524 0,0001850 0,0000300 0,0001693 0,0001881 0,0001787 0,0002400 0,00001507080 0,0002634 0,0002295 0,0002465 0,0002800 0,0000400 0,0002540 0,0002822 0,0002681 0,0003650 0,00002508860 0,0004045 0,0003236 0,0003641 0,0003950 0,0000650 0,0003951 0,0004139 0,0004045 0,0005400 0,000035010640 0,0006021 0,0004704 0,0005362 0,0005800 0,0000850 0,0006021 0,0006021 0,0006021 0,0007700 0,000055012400 0,0008843 0,0006961 0,0007902 0,0008150 0,0001350 0,0009219 0,0010160 0,0009690 0,0011750 0,000075014180 0,0014111 0,0010819 0,0012465 0,0013450 0,0002150 0,0013170 0,0018344 0,0015757 0,0018100 0,0001350

Carga (N)Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)MóduloDeformaçãoSecanteCoeficientede Poisson

Carga (N) Mód. Sec TensãoTensão (Mpa) (MPa) (MPa)Comp. (mm) MÉDIA 1635,00 1,03Diam. (mm) DESVIO 293,66 0,03Tempo (min) CV (%) 17,96 3,38

150,10

CP-02

(MPa)1257

Relógios1688

(MPa) (MPa)

Strain Gages

17800CP-01188601,07

302,03150,15

302,40149,83

177201,00

1624

0,070,14

Strain Gages

(MPa)

300,64

Relógios1971

CP-03

1,01

128

Tabela A.12- Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 X 10. Carga Carga Tensão

Comprimento Diâmetro div N Mpa3 99,28 50,00 1535 1165,94 0,156 100,35 50,03 1713 1277,36 0,167 100,09 49,99 1681 1257,62 0,16

12 99,35 50,15 1778 1317,15 0,17MÉDIA 0,16DESVIO 0,01CV (%) 4,87

CP Dimensões (mm)

Tabela A.13- Resistência de aderência – revestimento. DESCRIÇÃO DO REVESTIMENTO DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA [%]

[mm] [N] [MPa] A B C D E Espessura (mm)

Base: Bloco de concreto 1.1 53,25 730 0,33 50 50 30Cura seca 1.2 52,50 748 0,35 100 3

1.3 53,45 302 0,13 100 302.1 52,50 42 0,02* 100 302.2 53,40 368 0,16 100 302.3 53,25 230 0,10 100 30

FORMA DE RUPTURA: 3.1 52,15 576 0,27 100 5TIPO A INTERFACE ARGAM./SUBSTRATO 3.2 50,00 618 0,31 100 <2TIPO B ARGAMASSA DE REVESTIMENTO 3.3 52,25 623 0,29 100 3TIPO C SUBSTRATO 4.1 52,50 715 0,33 100 5TIPO D INTERFACE REVESTIMENTO/COLA 4.2 49,50 633 0,33 100 <2TIPO E INTERFACE COLA PASTILHA 4.3 53,30 736 0,33 100 4

MÉDIA 0,28 5.1 51,80 727 0,34 100 6DESVIO 0,09 5.2 52,60 632 0,29 100 6CV (%) 30,15 5.3 51,70 781 0,37 100 6

CP

129

Tabela A.14- Tração na flexão e módulo corda – prisma.

CP- A2 CP- A3 CP- B1 CP- B2 Média10 0,000101569 0,000152353 0,000128294 0,000051038 0,00010831420 0,000228530 0,000304706 0,000256588 0,000127596 0,00022935530 0,000304706 0,000457059 0,000333564 0,000204153 0,00032487140 0,000380883 0,000558628 0,000384882 0,000280711 0,00040127650 0,000507844 0,000634805 0,000513176 0,000382787 0,00050965360 0,000609412 0,000736373 0,000590152 0,000561421 0,00062434070 0,000736373 0,000888726 0,000667129 0,000765574 0,00076445180 0,000812550 0,001015687 0,000769764 0,000969727 0,00089193290 0,001122842 0,001122842

100 0,001015687 0,001269609 0,001026352 0,001224919 0,001134142110 0,001066472 0,001599707 0,001077670 0,001454591 0,001299610120 0,001168040 0,001359916 0,001531149 0,001353035130 0,001244217 0,001726668 0,001436893 0,001607706 0,001503871140 0,001295001 0,001802845 0,001488210 0,001658744 0,001561200150 0,001345786 0,001879021 0,001539528 0,001735302 0,001624909160 0,001421962 0,001980590 0,001616504 0,001811859 0,001707729170 0,001472747 0,002082159 0,001693481 0,001888417 0,001784201180 0,001523531 0,002158335 0,001796116 0,001939455 0,001854359190 0,001574315 0,002234512 0,001898751 0,001990493 0,001924518200 0,001650492 0,002310688 0,002001386 0,002041531 0,002001024210 0,001701276 0,002386865 0,002078363 0,002092570 0,002064768220 0,001752061 0,002437649 0,002180998 0,002143608 0,002128579230 0,001802845 0,002513826 0,002257974 0,002194646 0,002192323240 0,001853629 0,002590002 0,002360610 0,002220165 0,002256102250 0,001904414 0,002640787 0,002463245 0,002271204 0,002319912260 0,001955198 0,002691571 0,002565880 0,002296723 0,002377343

CP- A2 CP- A3 CP- B1 CP- B2Carga 335 343 286 303

Tempo(min) 02:55 03:13 03:20 03:00h= 40 40,00 40,42 40,20b= 40,22 40,40 41,12 40,72

Carga (N) 281,46 287,98 241,36 255,30Tensão (Mpa) 0,64 0,65 0,52 0,57 Módulo

MÉDIA 338,05Módulo corda DESVIO 82,84

(Mpa) CV (%) 24,51

CP- A1 B3 B4 TensãoCarga 327 299 377 Tração

Tempo(min) 02:40 03:00 02:55 MÉDIA 0,61h= 40,36 40,00 40,40 DESVIO 0,06b= 40,28 41,22 40,58 CV (%) 9,90

Carga (N) 274,93 252,02 315,64Tensão (Mpa) 0,61 0,56 0,69

409 296 242

Carga Deformação

406

130

Tabela A.15- Resistência à compressão – prisma. Compressão CP- A2 CP- A3 CP- B2

Anel: 1000kg 1000kg 1000kg Seção (mm²) 1600 1600 1600

Carga 476 471 379 Tempo 03:53 04:16 03:30

Carga (N) 3054,96 3023,53 2445,22 Tensão (Mpa) 1,91 1,89 1,53 Tensão

CompressãoSeção (mm²) 1600 1600 MÉDIA 1,77

Carga 448 426 DESVIO 0,16Tempo 03:35 03:50 CV (%) 8,78

Carga (N) 2878,95 2740,66 Tensão (Mpa) 1,80 1,71

Tabela A.16- Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP- 5 x 10. Corpo-de-Prova - Massa (g)

8 10 15Comprimento 99,99 100,84 99,81Diametro 50,50 50,11 50,34Natural 346,35 346,92 343,40Seco 24hSeco 48hSeco 72h 334,12 335,06 332,9672h e Frio 335,39 336,32 334,25Sat. 24h 389,52 391,01 388,38Sat. 48h 389,83 391,37 388,74Sat. 72h 390,08 391,56 388,89Imerso 190,08 191,38 189,13Fervido 401,39 402,70 400,45Imerso Ferv. 205,16 206,03 204,60Seco 105°C 333,97 334,94 332,97Seco e Frio 335,64 336,55 334,58Seco 70°C 334,26 334,87 333,02Saturado 386,58 388,30 385,23Imerso Sat. 190,08 191,38 189,13Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10 (kg/m3) 1682,79Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 (kg/m³) 1682,79Absorão de água após imersão - NBR 9778 (1987) (%) 28,07Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%)_ 28,07

131

Tabela A.17- Coeficiente de capilaridade. Coeficiente de Capilaridade Coef de Amostra M1 M2 Capilaridade

A11 238,65 257,23 1,86A12 217,24 233,31 1,61b31 218,55 233,97 1,54b32 247,23 264,60 1,74b41 234,30 251,42 1,71b42 237,07 253,99 1,69

Média 1,69Desvio 0,11CV (%) 6,46

132

APÊNDICE B - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA

ARGAMASSA AR-2

Tabela B.1- Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada. Velocidade

Comp. Larg. Espes. L1-7cm L2-9,5cm L3-12cm (km/s)A1 198,77 79,71 31,30 27,80 46,60 59,00 1,58A2 192,73 80,09 30,75 28,70 48,20 59,20 1,60A3 199,23 79,73 31,30 29,10 48,30 58,00 1,67B2 195,43 81,63 32,08 26,40 44,90 56,10 1,65B3 198,46 84,19 31,62 27,90 44,00 52,60 1,96B4 197,45 79,34 31,44 26,40 45,00 54,40 1,72C1 196,52 81,35 31,32 27,50 46,10 57,90 1,62C2 197,71 81,72 32,11 27,50 44,80 58,60 1,60C3 195,27 81,42 31,71 29,30 49,10 59,50 1,60

MÉDIA 1,67DESVIO 0,12CV (%) 7,18

CP Dimensões (mm) Tempo (ms)

Tabela B.2- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10. Tempo Velocidade

Comp. Diam. (÷s) (km/s)1 99,48 50,45 57,40 1,732 99,83 50,37 55,20 1,813 100,27 49,92 56,00 1,794 100,02 50,09 59,70 1,685 100,55 50,21 57,90 1,746 99,67 49,83 58,50 1,707 99,17 50,13 53,80 1,848 100,16 50,00 59,50 1,689 99,20 50,02 56,50 1,76

10 98,96 50,17 55,40 1,7911 99,32 50,21 54,90 1,8112 100,39 50,41 61,60 1,6313 99,43 50,18

MÉDIA 1,75DESVIO 0,06CV (%) 3,68

Dimensões (mm)CP

Tabela B.3- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30. Tempo Velocidade

Comp. Diam. (÷s) (km/s)1 298,17 150,20 174,40 1,712 298,29 150,76 175,90 1,703 299,70 150,53 181,70 1,65

MÉDIA 1,68DESVIO 0,03CV (%) 1,87

Dimensões (mm)CP

µ

µ

µ

133

Tabela B.4- Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma. Tempo Velocidade

l b d (÷s) (km/s)1 161,35 40,00 39,97 86,10 1,872 160,55 40,31 40,13 85,00 1,893 161,63 39,99 39,95 82,90 1,955 160,14 40,33 40,17 84,70 1,896 160,37 40,22 40,26 85,40 1,88

MÉDIA 1,90DESVIO 0,03CV (%) 1,62

CP Dimensões (mm)

Tabela B.5- Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento. Velocidade

L1-7cm L2-14cm L3-21cm L4-28cm km/sBl-1 29,00 62,80 85,80 108,00 2,66Bl-2 28,00 62,00 83,40 105,70 2,71Bl-3 27,40 61,80 83,00 107,00 2,66Bl-4 30,00 61,30 82,50 106,70 2,77Bl-5 28,00 61,80 90,80 103,80 2,64

MÉDIA 2,69DESVIO 0,05CV (%) 1,93

CP Tempo (÷s)

Tabela B.6- Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada. Corpo-de-Prova - Massa (g)

A4 B1 C4Comprimento 192,97 195,41 195,37Largura 78,00 78,73 79,39Espessura 31,24 31,78 31,52Natural 831,60 871,50 866,00Seco 24h 810,30 852,40 844,30Seco 48hSeco 72h 810,50 852,60 844,4072h e Frio 815,10 857,30 849,10Sat. 24h 912,50 953,60 949,50Sat. 48h 913,10 954,00 950,20Sat. 72h 913,70 945,50 950,80Imerso 455,00 475,48 475,66Fervido 932,30 990,50 975,60Imerso Ferv. 473,79 511,62 500,49Seco 70°C 812,00 853,90 845,90Saturado 907,00 947,80 944,40Imerso Sat. 447,90 468,73 468,83Seco 105°C 810,10 852,00 844,10Seco e Frio 814,50 856,50 848,50

17501741

Absorão de água após imersão -NBR 9778 (1987) (%) 12,08Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%) 21,55

Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10 (kg/m³)Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 (kg/m³)

µ

µ

134

Tabela B.7- IRA e dados absortividade. Tempo Corpo-de-Prova - Massa (g) Absorção (mm³/mm²) min Min1/2 A4 B1 C4 A4 B1 C4 Média 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00

1 1 832,40 869,20 866,60 1,15 0,77 1,13 1,022 1,414 839,30 875,00 874,60 1,61 1,15 1,64 1,473 1,732 845,30 880,30 881,30 2,01 1,49 2,08 1,864 2 850,70 885,00 887,60 2,37 1,80 2,48 2,225 2,236 856,20 889,40 893,60 2,73 2,09 2,87 2,56

10 3,162 869,00 899,60 907,10 3,58 2,75 3,74 3,3615 3,873 879,60 908,00 917,80 4,29 3,30 4,43 4,0020 4,472 888,50 915,30 926,90 4,88 3,77 5,02 4,5525 5 896,10 921,80 934,70 5,38 4,19 5,52 5,0330 5,477 901,90 927,40 940,00 5,77 4,56 5,86 5,3935 5,916 905,50 932,80 942,90 6,01 4,91 6,05 5,6540 6,325 907,00 937,40 944,20 6,11 5,21 6,13 5,8145 6,708 907,60 940,90 944,80 6,15 5,43 6,17 5,9250 7,071 908,20 943,20 945,10 6,19 5,58 6,19 5,9965 8,062 908,60 946,00 945,60 6,21 5,77 6,22 6,0780 8,944 909,00 947,20 945,80 6,24 5,84 6,23 6,1195 9,747 909,10 947,80 946,00 6,25 5,88 6,25 6,13110 10,49 909,20 948,10 946,10 6,25 5,90 6,25 6,14170 13,04 909,60 949,10 946,60 6,28 5,97 6,29 6,18230 15,17 909,90 949,40 946,80 6,30 5,99 6,30 6,19290 17,03 910,20 949,90 947,10 6,32 6,02 6,32 6,22

Abs

orçã

o: M

assa

(g) t

empo

(min

)

1730 41,59 911,70 952,11 948,80 6,42 6,16 6,43 6,34 IRA (g/194cm²/min) 19,73

Coeficiente de Absorção de água - "Absortividade"

y = 0,971x + 0,1976R2 = 0,9953

0,01,02,03,04,05,06,07,08,09,0

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Tempo (min¹´²)

Abs

orçã

o (m

m³/m

m²)

Figura B.1 - Absortividade.

135

Tabela B.8- Tração na flexão e módulo corda – placa isolada.

CP- A2 CP- A3 CP- B2 CP- B3 CP- C2 CP- C340 0,0001008 0,0000739 0,0000684 0,0001649 0,0000688 0,000089880 0,0002521 0,0001477 0,0001672 0,0002324 0,0001682 0,0002096120 0,0004034 0,0002216 0,0002128 0,0002998 0,0002447 0,0003144160 0,0005114 0,0002881 0,0002584 0,0003972 0,0003135 0,0003668200 0,0005907 0,0003398 0,0002964 0,0004647 0,0003823 0,0004192240 0,0006555 0,0003841 0,0003344 0,0005397 0,0004511 0,0004791280 0,0007059 0,0004506 0,0003647 0,0005996 0,0005199 0,0005240320 0,0007520 0,0005023 0,0004103 0,0006671 0,0005811 0,0005540360 0,0007996 0,0005496 0,0004331 0,0007120 0,0006423 0,0006138400 0,0008500 0,0006057 0,0004559 0,0007570 0,0006958 0,0006588440 0,0009004 0,0006500 0,0004863 0,0008020 0,0007340 0,0007037480 0,0009508 0,0007091 0,0005167 0,0008395 0,0007952 0,0007561520 0,0005471 0,0008844 0,0008411 0,0008085560 0,0005775 0,0009294 0,0008384600 0,0006079 0,0009669

CP- A2 CP- A3 CP- B2 CP- B3 CP- C2 CP- C3Carga 610 680 831 811 705 739

h= 30,58 31,36 32,26 31,82 32,46 31,78b= 79,20 80,08 81,44 81,06 81,80 81,48

Carga (N) 502,11 557,00 673,30 658,07 576,46 602,80Tensão (Mpa) 1,62 1,69 1,90 1,92 1,60 1,75Módulo corda

(Mpa)

CP- A1 CP- B4 CP- C1 Módulo Corda TensãoCarga 598 780 662 (Mpa) (MPa)

h= 30,8 31,84 31,28 MÉDIA 2310 1,73b= 79,22 79,60 80,82 DESVIO 253,53 0,14

Carga (N) 492,65 634,36 542,94 CV (%) 10,98 7,95Tensão (Mpa) 1,57 1,88 1,64

Deformação (mm/mm)

2567 2304 1982* 2369 1891 2420

Carga (N)

136

Tabela B.9- Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 A2-8

CP 1.1 1,2 1,6 2,1 2,5 2,8 3,1 3,5 3,75 4 4 4 4 4 4 4 16,68CP 1.2 1 1,5 2 2,4 2,8 3,2 3,6 4 4 4 4 4 4 4 4 16,75CP 2.1 0,9 1,5 2 2,4 2,8 3,2 3,65 4 4 4 4 4 4 4 4 16,80CP 2.2 0,95 1,4 1,8 2,2 2,5 2,8 3,1 3,4 3,75 4 4 4 4 4 4 14,80CP 3.1 0,5 0,9 1,2 1,6 1,9 2,2 2,45 2,7 3 3,2 3,5 3,7 4 4 4 11,15CP 3.2 0,9 1,4 1,9 2,3 2,65 3 3,3 3,6 3,9 4 4 4 4 4 4 15,65CP 4.1 0,6 1 1,4 1,75 2,1 2,4 2,7 3 3,25 3,5 3,8 4 4 4 4 12,35CP 4.2 0,85 1,3 1,65 2 2,3 2,6 2,85 3,1 3,4 3,65 3,9 4 4 4 4 13,60CP 5.1 0,9 1,4 1,85 2,35 2,6 2,9 3,25 3,55 3,9 4 4 4 4 4 4 15,43CP 5.2 0,85 1,35 1,8 2,2 2,5 2,85 3,2 3,5 3,9 4 4 4 4 4 4 14,98

13,75 2,04 Média= 14,82

Tempo (min)

CV (%)= DESVIO=

CP / Cachimbo

Leitura do ensaio do Cachimbo 28 dias

0

1

2

3

4

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15Tempo (minutos)

Qua

ntid

ade

de á

gua

abso

rvid

a (m

l)

CP 1.1 CP 1.2 CP 2.1 CP 2.2 CP 3.1 CP 3.2 CP 4.1 CP 4.2CP 5.1 CP 5.2

Figura B.2 - Gráfico método do cachimbo.

137

Tabela B.10- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10.

R1 R2 R1 R2 R1 R2 R1 R2Leitura Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação

N (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm)L0,1 546,84 0,0000400 0,0000000 0,0000600 0,0000400 0,0001200 0,0000000 0,0001000 0,0000000L0,2 1024,58 0,0001400 0,0000000 0,0001200 0,0000800 0,0002000 0,0000600 0,0001600 0,0000600L0,3 1508,60 0,0002600 0,0000000 0,0001800 0,0001400 0,0002800 0,0001000 0,0002400 0,0001600L0,4 1992,62 0,0003400 0,0000000 0,0002800 0,0002000 0,0003600 0,0001600 0,0003400 0,0002400L0,5 2476,65 0,0005400 0,0000000 0,0003800 0,0002800 0,0004600 0,0002400 0,0004400 0,0003600L0,6 2954,38 0,0007000 0,0000000 0,0004800 0,0004000 0,0005400 0,0004000 0,0006200 0,0005200L0,7 3438,40 0,0008800 0,0000000 0,0006000 0,0005200 0,0006400 0,0005200 0,0008000 0,0007000L0,8 3922,43 0,0012800 0,0000000 0,0007600 0,0007000 0,0008000 0,0006800 0,0012200 0,0011400

CP-04Carga (N) 4563,60Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)Modulo Def.Secante

CP-05 CP-06 CP-10 CP-11 CP-12Carga (N) 4871,61 4934,47 5041,33 5273,92 4312,16 Mód. Sec. TensãoTensão (Mpa) 2,46 2,53 2,55 2,66 2,16 (Mpa) (Mpa)Comp. (mm) 100,55 99,67 98,96 99,32 100,39 MÉDIA 4214 2,52Diam. (mm) 50,21 49,83 50,17 50,21 50,41 DESVIO 460 0,23Tempo (min) 20:00 20:00 20:00 20:00 20:00 CV (%) 10,91 8,96* Valor Espúrio

2,32100,0250,0918:243854

20:00

(Mpa)(Mpa)

50,45

2903*

99,482,42

CP-02

CP-02

5663,65CP-01

CP-04

4833,902,84

99,83

4057

49,9220:08

CP-01

4732

CP-03

CP-03

(Mpa)(Mpa)

100,27

5374,492,75

50,3719:50

138

Tabela B.11- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30. CP-01 CP-02

R1 R2 Média R1 R2 Média SG1 SG2Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação

N (mm/mm) (mm/mm) 0 (mm/mm) (mm/mm) 0 0 (mm/mm)3410 0,0000275 0,0000367 0,0000321 0,0000275 0,0000367 0,0000321 0,0000450 0,00001006820 0,0000734 0,0000917 0,0000825 0,0000734 0,0000734 0,0000734 0,0000900 0,0000150

10240 0,0001100 0,0001467 0,0001284 0,0001467 0,0001284 0,0001375 0,0001500 0,000025013650 0,0002017 0,0002201 0,0002109 0,0002201 0,0001834 0,0002017 0,0002150 0,000035017060 0,0002659 0,0003209 0,0002934 0,0003301 0,0002384 0,0002843 0,0002900 0,000055020470 0,0003851 0,0004218 0,0004035 0,0004585 0,0003118 0,0003851 0,0003850 0,000070023880 0,0005135 0,0005502 0,0005318 0,0006235 0,0004035 0,0005135 0,0005050 0,000105027300 0,0006969 0,0007336 0,0007152 0,0008895 0,0004952 0,0006923 0,0006350 0,0001500

Carga (N)Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)MóduloDeformaçãoSecanteCoeficientede Poisson

Carga (N) Mód. Sec TensãoTensão (Mpa) (MPa) (MPa)Comp. (mm) MÉDIA 4165,67 2,01Diam. (mm) DESVIO 339,03 0,09Tempo (min) CV (%) 8,14 4,28

150,53

CP-03

2,09298,26150,76

Strain Gages

(MPa) (MPa)3824

341201,92

299,70

0,16

4502(MPa)

357202,02

298,17

4171RelógiosRelógios

150,20

CP-02CP-0137280

139

Tabela B.12- Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 X 10. Carga Carga Tensão

Comprimento Diâmetro div N Mpa7 99,17 50,13 380 2451,50 0,318 100,16 50,00 410 2640,08 0,349 99,20 50,02 398 2564,65 0,33

MÉDIA 0,33DESVIO 0,01CV (%) 3,41

Dimensões (mm)CP

Tabela B.13- Resistência de aderência – revestimento. DESCRIÇÃO DO REVESTIMENTO DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA [%]

[mm] [N] [MPa] A B C D E Espessura (mm)

Base: Bloco de concreto 1.1 52,00 620 0,29 100 30Cura seca 1.2 49,70 817 0,42 100 <2

1.3 53,00 782 0,35 100 302.1 50,00 804 0,41 100 <22.2 49,50 1057 0,55 100 <22.3 53,00 1047 0,47 90 10 29

FORMA DE RUPTURA: 3.1 49,50 905 0,47 100 <2TIPO A INTERFACE ARGAM./SUBSTRATO 3.2 51,00 1076 0,53 100 4TIPO B ARGAMASSA DE REVESTIMENTO 3.3 49,30 1039 0,54 100 <2TIPO C SUBSTRATO 4.1 48,00 920 0,51 100 <2TIPO D INTERFACE REVESTIMENTO/COLA 4.2 50,10 985 0,50 100 <2TIPO E INTERFACE COLA PASTILHA 4.3 52,90 1066 0,49 100 6

MÉDIA 0,45 5.1 53,40 473 0,21 90 10 31DESVIO 0,10 5.2 52,50 1078 0,50 100 <2CV (%) 21,57 5.3 53,50 976 0,43 100 10

CP

140

Tabela B.14- Tração na flexão e módulo corda – prisma.

CP- A1 CP- A2 CP- B1 CP- B2 Média20 0,0002035 0,0002041 0,0001277 0,0001273 0,000165640 0,0003562 0,0003061 0,0002554 0,0002444 0,000290560 0,0004580 0,0004081 0,0003832 0,0003309 0,000395080 0,0005597 0,0005611 0,0005875 0,0004327 0,0005353

100 0,0008162 0,0009707 0,0005855 0,0007908120 0,0009668 0,0010968 0,0013794 0,0008146 0,0010644140 0,0011958 0,0013773 0,0015838 0,0011200 0,0013192160 0,0013485 0,0016834 0,0018648 0,0014764 0,0015933180 0,0015011 0,0019385 0,0020947 0,0020874 0,0019054200 0,0017301 0,0021425 0,0022735 0,0025863 0,0021831220 0,0019337 0,0023466 0,0024523 0,0029019 0,0024086240 0,0021372 0,0026017 0,0026055 0,0030649 0,0026023260 0,0022899 0,0028567 0,0027844 0,0032329 0,0027910280 0,0024934 0,0030863 0,0029632 0,0033907 0,0029834300 0,0026461 0,0032138 0,0030909 0,0035129 0,0031159320 0,0027987 0,0033669 0,0032186 0,0036402 0,0032561340 0,0029514 0,0034689 0,0033719 0,0037674 0,0033899360 0,0030532 0,0035709 0,0034996 0,0038794 0,0035008380 0,0031549 0,0036729 0,0036784 0,0040118 0,0036295400 0,0032313 0,0037750 0,0037806 0,0041238 0,0037277420 0,0033432 0,0038770 0,0038828 0,0042256 0,0038321440

CP- A1 CP- A2 CP- B1 CP- B2Carga 468 443 573 494

Tempo(min)h= 40,08 40,18 40,24 40,10b= 40,08 40,12 40,25 40,20

Carga (N) 389,12 369,01 472,87 409,96Tensão (Mpa) 0,88 0,83 1,06 0,92 Módulo

MÉDIA 349,63Módulo corda DESVIO 20,19

(Mpa) CV (%) 5,77

CP- A3 A4 B3 B4Carga 582 500 373 530

Tempo(min) Tensãoh= 40,1 40,32 40,16 40,20 Traçãob= 39,88 40,00 40,32 40,18 MÉDIA 0,93

Carga (N) 480,00 414,76 312,39 438,71 DESVIO 0,13Tensão (Mpa) 1,09 0,93 0,70 0,99 CV (%) 13,56

Carga Deformação

365346 365 322

141

Tabela B.15- Resistência à compressão – prisma. CP- A1 CP- A2 A3 CP- B1 CP- B21000kg 1000kg 1000kg 1000kg 1000kg

1600 1600 1600 1600 1600704 743 731 690 624

4488,17 4733,32 4657,89 4400,16 3985,292,81 2,96 2,91 2,75 2,49

1600 1600 1600 1600 1600769 777 669 666 705

4896,76 4947,04 4268,16 4249,30 4494,453,06 3,09 2,67 2,66 2,81

MÉDIA 2,82 DESVIO 0,16 CV (%) 5,68Tensão (Mpa)

Seção (mm²)Carga

Carga (N)

Carga (N)Tensão (Mpa)

CompressãoAnel:

Seção (mm²)CargaTempo

Tempo

Tabela B.16- Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP- 5 x 10.

CP - 13 CP - 14 CP - 15 CP - 16Comprimento 99,43 99,05 99,68 99,43Diametro 50,18 50,37 50,13 50,35Natural 349,68 344,72 343,96 349,38Seco 24hSeco 48hSeco 72h 339,41 337,15 333,82 335,4672h e Frio 340,88 338,53 335,29 336,92Sat. 24h 392,66 391,23 386,89 389,26Sat. 48h 392,96 391,56 387,23 389,55Sat. 72h 393,12 391,74 387,42 389,74Imerso 193,75 192,44 189,97 190,87Fervido 402,42 402,15 397,11 400,05Imerso Ferv. 206,71 206,10 203,33 204,64Seco 105°C 339,05 336,95 333,64 335,20Seco e Frio 340,93 338,81 335,54 337,10Seco 70°C 340,54 338,34 334,94 336,56Saturado 389,78 388,53 383,88 386,42Imerso Sat. 193,75 192,44 189,97 190,87Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10 (kg/m 1702Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 (kg/m³ 1714Absorão de água após imersão - NBR 9778 (1987) (%) 16,06Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%)_ 27,19

Corpo-de-Prova - Massa (g)

142

Tabela B.17- Coeficiente de capilaridade. Coeficiente de Capilaridade BS Coef de Amostra M1 M2 Capilaridade

a41 241,23 256,77 1,55a42 219,36 236,23 1,69b31 206,94 222,96 1,60b32 246,42 263,68 1,73b41 242,01 258,49 1,65

Média 1,64Desvio 0,07CV (%) 4,13

143

APÊNDICE C - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA

ARGAMASSA AR-3

Tabela C.1- Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada. Velocidade

Comp. Larg. Espes. L1-7cm L2-9,5cm L3-12cm (km/s)A1 194,13 80,86 31,24 25,50 42,60 51,00 1,88A2 199,72 80,29 31,76 26,60 42,50 52,50 2,05A3 198,87 76,91 31,64 28,10 42,90 52,00 1,90B2 194,67 78,47 32,17 26,00 41,50 51,30 1,94B3 186,25 84,19 33,88 26,80 42,10 52,10 1,95B4 196,45 81,63 33,87 27,60 44,20 53,40 1,89C1 196,96 77,77 32,45 26,10 42,20 51,70 1,91C2 195,28 78,67 31,86 27,90 45,60 54,10 1,83C3 196,58 83,42 32,35 25,90 42,40 51,10 1,92

MÉDIA 1,92DESVIO 0,06CV (%) 3,20

CP Tempo (8s)Dimensões (mm)

Tabela C.2- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10. Tempo Velocidade

Comp. Diam. (8s) (km/s)1 100,44 50,46 56,20 1,792 99,82 50,32 52,70 1,893 100,50 49,81 54,90 1,834 100,11 50,07 58,00 1,735 100,88 50,43 56,50 1,796 100,16 50,33 51,40 1,957 100,33 50,01 54,80 1,838 100,26 50,07 54,90 1,839 100,28 50,23 59,10 1,70

10 100,81 50,07 48,70 2,0711 100,40 50,15 53,90 1,8612 100,45 50,20 54,60 1,84

MÉDIA 1,84DESVIO 0,10CV (%) 5,37

Dimensões (mm)CP

Tabela C.3- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30. Tempo Velocidade

Comp. Diam. (8s) (km/s)1 302,02 149,82 184,60 1,642 300,35 150,10 174,50 1,723 300,64 149,85 172,00 1,75

MÉDIA 1,70DESVIO 0,06CV (%) 3,43

CP Dimensões (mm)

µ

µ

µ

144

Tabela C.4- Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma. Tempo Velocidade

l b d (8s) (km/s)1 160,93 40,62 40,37 72,80 2,213 160,53 41,02 40,25 76,80 2,094 160,63 40,85 40,30 73,30 2,195 160,97 40,83 40,03 74,90 2,156 160,69 40,81 40,28 79,00 2,03

MÉDIA 2,14DESVIO 0,07CV (%) 3,42

Dimensões (mm)CP

Tabela C.5- Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento.

L1-7cm L2-14cm L3-21cm L4-28cm km/sBl-1 25,3 63,1 119,6 111,6 2,454Bl-2 28,3 59,9 82,7 107,3 2,680Bl-3 26,9 61,2 83,2 106,8 2,645Bl-4 24,6 59,1 84 109,3 2,492Bl-5 26,7 59,3 82 103,8 2,728

MÉDIA 2,60DESVIO 0,12CV (%) 4,62

CP Tempo (÷s)

Tabela C.6- Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada. Corpo-de-Prova - Massa (g)

A4 B1 C4Comprimento 194,13 196,97 194,12Largura 80,86 76,89 81,88Espessura 32,24 31,82 31,86Natural 903,50 890,50 926,70Seco 24h 879,40 869,80 902,20Seco 48h 879,70 869,80 902,30Seco 72h 879,70 869,70 902,1072h e Frio 884,30 874,10 906,90Sat. 24h 981,60 966,60 1007,40Sat. 48h 982,40 967,20 1008,10Sat. 72h 983,10 967,70 1008,90Imerso 502,59 495,30 514,66Fervido 994,80 977,10 1021,70Imerso Ferv. 514,02 504,51 527,04Seco 70°C 881,10 870,50 902,90Saturado 977,10 961,80 1002,70Imerso Sat. 496,75 489,49 508,61Seco 105°C 879,40 868,70 901,20Seco e Frio 885,90 875,10 907,80

18071784

Absorão de água após imersão -NBR 9778 (1987) (%) 11,62Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%) 21,29

Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10:1999 Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 ( 1995)

µ

µ

145

Tabela C.7- IRA e dados absortividade. Tempo Corpo-de-Prova - Massa (g) Absorção (mm³/mm²) min Min1/2 A4 B1 C4 A4 B1 C4 Média 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00

1 1 897,30 886,30 921,40 0,83 0,81 0,91 0,852 1,414 903,20 891,60 928,00 1,20 1,16 1,33 1,233 1,732 907,60 895,70 933,20 1,48 1,43 1,65 1,524 2 911,50 899,30 937,70 1,73 1,66 1,94 1,785 2,236 914,90 902,40 941,80 1,95 1,87 2,20 2,00

10 3,162 924,50 911,10 952,80 2,56 2,44 2,89 2,6315 3,873 932,30 918,10 961,60 3,06 2,91 3,44 3,1320 4,472 939,00 924,10 969,20 3,48 3,30 3,92 3,5725 5 945,20 930,00 976,50 3,88 3,69 4,38 3,9830 5,477 950,60 934,70 982,30 4,22 4,00 4,74 4,3235 5,916 955,30 939,00 987,60 4,52 4,29 5,08 4,6340 6,325 959,90 943,20 992,40 4,82 4,56 5,38 4,9245 6,708 963,90 947,00 996,60 5,07 4,81 5,64 5,1850 7,071 967,90 950,70 999,80 5,33 5,06 5,84 5,4165 8,062 974,70 958,30 1003,50 5,76 5,56 6,08 5,8080 8,944 977,00 961,70 1004,20 5,91 5,78 6,12 5,9495 9,747 977,80 963,20 1004,70 5,96 5,88 6,15 6,00110 10,49 978,30 963,70 1005,00 5,99 5,92 6,17 6,03170 13,04 979,20 967,70 1005,70 6,05 6,18 6,22 6,15230 15,17 979,60 965,10 1006,00 6,07 6,01 6,23 6,10290 17,03 979,90 965,40 1006,20 6,09 6,03 6,25 6,12

Abs

orçã

o: M

assa

(g) t

empo

(min

)

1730 41,59 981,50 966,90 1007,60 6,19 6,13 6,34 6,22 IRA (g/194cm²/min) 16,46

Coeficiente de Absorção de água - "Absortividade"

y = 0,7405x + 0,2429R2 = 0,9985

0,01,02,03,04,05,06,07,08,09,0

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Tempo (min¹´²)

Abs

orçã

o (m

m³/m

m²)

Figura C.1 - Absortividade.

146

Tabela C.8- Tração na flexão e módulo corda – placa isolada.

CP- A3 CP- A4 CP- B3 CP- B4 CP- C3 CP- C440 0,00006030 0,00005962 0,00005586 0,00007180 0,00005276 0,0000533280 0,00010553 0,00011179 0,00011971 0,00011967 0,00010553 0,00008380

120 0,00014322 0,00015651 0,00020749 0,00027923 0,00015829 0,00011427160 0,00018090 0,00020123 0,00028730 0,00037497 0,00020352 0,00015235200 0,00022613 0,00024594 0,00034316 0,00042284 0,00024874 0,00019044240 0,00026382 0,00029066 0,00039902 0,00044677 0,00029397 0,00023615280 0,00030904 0,00033538 0,00044691 0,00051858 0,00032412 0,00027424320 0,00033919 0,00037264 0,00049479 0,00057442 0,00035427 0,00031233360 0,00037688 0,00040991 0,00052671 0,00061432 0,00038442 0,00035042400 0,00039949 0,00043972 0,00056661 0,00066218 0,00041457 0,00038850440 0,00042965 0,00046953 0,00059854 0,00070207 0,00044472 0,00043421480 0,00045226 0,00049934 0,00063046 0,00074197 0,00048241 0,00047992520 0,00048241 0,00052915 0,00066238 0,00077388 0,00051256 0,00051801560 0,00050502 0,00055151 0,00069430 0,00081377 0,00054271 0,00054848600 0,00053517 0,00058132 0,00073420 0,00084568 0,00058040 0,00057895640 0,00076613 0,00088557 0,00061055 0,00060942680 0,00079805 0,00092546 0,00064824 0,00063989720 0,00096535 0,00067839 0,00067036

CP- A3 CP- A4 CP- B3 CP- B4 CP- C3 CP- C4Carga 828 804 1031 903 778 939

h= 32 31,64 33,88 33,87 32,00 32,34b= 80,00 77,38 84,19 81,63 78,56 83,62

Carga (N) 671,02 652,73 822,14 727,61 632,83 754,47Tensão (Mpa) 1,96 2,02 2,04 1,86 1,88 2,07Módulo corda

(Mpa)

CP- A2 CP- B2 CP- C2 Módulo Corda TensãoCarga 745 859 888 (Mpa) (MPa)

h= 31 32,24 32,30 MÉDIA 3073 1,99b= 77,62 78,38 77,78 DESVIO 519,18 0,08

Carga (N) 607,44 694,51 716,36 CV (%) 16,89 4,24Tensão (Mpa) 1,95 2,04 2,11

3573 26993571 3414 2847 2336

Deformação (mm/mm)Carga (N)

147

Tabela C.9- Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 A2-8

CP 1.1 0,55 0,9 1,15 1,4 1,65 1,8 2 2,2 2,35 2,55 2,7 2,85 3 3,2 3,35 9,55CP 1.2 0,55 0,9 1,15 1,4 1,65 1,9 2,1 2,3 2,5 2,7 2,9 3,1 3,3 3,5 3,6 9,80CP 2.1 0,6 0,9 1,2 1,45 1,7 1,9 2,15 2,35 2,55 2,75 2,95 3,1 3,3 3,45 3,6 10,03CP 2.2 0,6 0,9 1,2 1,45 1,7 1,9 2,1 2,3 2,5 2,7 2,9 3,1 3,25 3,45 3,6 9,95CP 3.1 0,8 1,2 1,5 1,8 2,1 2,3 2,5 2,7 2,9 3,1 3,3 3,5 3,7 3,9 4 12,15CP 3.2 0,6 0,9 1,25 1,5 1,8 2 2,25 2,5 2,7 2,9 3,1 3,3 3,5 3,7 3,9 10,50CP 4.1 0,4 0,7 0,95 1,2 1,4 1,55 1,7 1,9 2,1 2,25 2,4 2,6 2,75 2,9 3 8,10CP 4.2 0,5 0,9 1,1 1,4 1,6 1,8 2 2,2 2,35 2,5 2,7 2,9 3 3,2 3,35 9,45CP 5.1 0,6 0,85 1,1 1,3 1,5 1,75 1,9 2,1 2,3 2,5 2,6 2,8 2,95 3,1 3,2 9,03CP 5.2 0,7 1 1,3 1,5 1,75 2 2,15 2,3 2,5 2,7 2,9 3,1 3,2 3,4 3,6 10,35

CV (%)= 11,16 DESVIO= 1,10 Média= 9,89

CP / Cachimbo

Tempo (min)

Leitura do ensaio do Cachimbo 28 dias

0

1

2

3

4

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15Tempo (minutos)

Qua

ntid

ade

de á

gua

abso

rvid

a (m

l)

CP 1.1 CP 1.2 CP 2.1 CP 2.2 CP 3.1 CP 3.2 CP 4.1CP 4.2 CP 5.1 CP 5.2

Figura C.2 - Gráfico método do cachimbo.

148

Tabela C.10- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10.

R1 R2 R1 R2 R1 R2Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação

N (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) 0 (mm/mm) (mm/mm)605,93 0,00018 0,00000 0,00124 0,00030 0,0000600 0,0000000

1149,04 0,00034 0,00004 0,00140 0,00036 0,0001400 0,00002001692,15 0,00052 0,00006 0,00152 0,00048 0,0002200 0,00024002235,26 0,00074 0,00010 0,00170 0,00062 0,0004600 0,00026002778,37 0,00106 0,00014 0,00186 0,00076 0,0005200 0,00032003321,48 0,00162 0,00022 0,00204 0,00094 0,0007000 0,00044003864,59 0,00264 0,00024 0,00224 0,00128 0,0009400 0,00064004407,71 0,00604 0,00024 0,00256 0,00172 0,0014400 0,0009000

Carga (N)Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)Modulo Def.Secante

CP-03 CP-05 CP-07Carga (N) 5688,79 5500,21 5292,77 Mód. Sec. TensãoTensão (Mpa) 2,92 2,75 2,69 (Mpa) (Mpa)Comp. (mm) 100,50 100,88 100,33 MÉDIA 3074 2,88Diam. (mm) 49,81 50,43 50,01 DESVIO 564 0,34Tempo (min) CV (%) 18,34 11,75* Valor espurio

50,07

3699

CP-04

(Mpa)26042918

2,91100,11

5720,224695,60

CP-01

CP-01 CP-04

CP-02

(Mpa)(Mpa)

CP-026172,81

3,1099,8250,32

100,442,35

50,46

149

Tabela C.11- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30. CP-03

R1 R2 R1 R2 SG1 SG2Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação

N (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) 0 (mm/mm)3992 0,000045848 0,000064188 0,000091697 0,000091697 0,0001300 0,00001507984 0,000091697 0,000110036 0,000174224 0,000146715 0,0002250 0,000025011976 0,000165054 0,000183394 0,000275090 0,000238412 0,0003500 0,000045015968 0,000284260 0,000275090 0,000412635 0,000366787 0,0005250 0,000065019960 0,000430975 0,000394296 0,000568520 0,000577690 0,0007350 0,000100023952 0,000641877 0,000541011 0,000806931 0,000926137 0,0011050 0,000145027944 0,000971986 0,000742744 0,001155379 0,001503827 0,0016400 0,000250031936 0,001494657 0,001027004 0,001503827 0,001870614 0,0028400 0,0005000

Carga (N)Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)MóduloDeformaçãoSecanteCoeficientede Poisson

Carga (N) Mód. Sec TensãoTensão (Mpa) (MPa) (MPa)Comp. (mm) MÉDIA 2828 2,17Diam. (mm) DESVIO 991,16 0,21Tempo (min) CV (%) 35,04 9,57

149,85

CP-01

149,82

150,10

CP-02

300,35

2,30300,64

0,12

400002,27

302,02

Strain Gages

(MPa)

CP-01CP-03

341201,93

(MPa)(MPa)1941

40620

Relógios2646

Relógios3898

150

Tabela C.12- Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 X 10. Carga Carga Tensão

Comprimento Diâmetro div N Mpa8 100,26 50,07 385 2482,93 0,319 100,98 50,23 315 2042,91 0,26

10 100,81 50,07 450 2891,52 0,3611 100,40 50,15 450 2891,52 0,3712 100,45 50,02 422 2715,51 0,34

MÉDIA 0,33DESVIO 0,05CV (%) 13,85

CP Dimensões (mm)

Tabela C.13- Resistência de aderência – revestimento. DESCRIÇÃO DO REVESTIMENTO DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA [%]

[mm] [N] [MPa] A B C D E Espessura (mm)

Base: Bloco de concreto 1.1 54,50 911 0,39 70 30 30Cura seca 1.2 54,70 1173 0,50 90 10 30

1.3 54,00 641 0,28 100 292.1 53,00 1073 0,49 100 <22.2 52,70 1055 0,48 100 <22.3 53,50 1222 0,54 100 <2

FORMA DE RUPTURA: 3.1 52,90 1028 0,47 100 <2TIPO A INTERFACE ARGAM./SUBSTRATO 3.2 53,00 931 0,42 100 <2TIPO B ARGAMASSA DE REVESTIMENTO 3.3 50,50 735 0,37 100 <2TIPO C SUBSTRATO 4.1 54,20 1041 0,45 85 15 30TIPO D INTERFACE REVESTIMENTO/COLA 4.2 51,20 1203 0,58 100 <2TIPO E INTERFACE COLA PASTILHA 4.3 51,00 1221 0,60 100 <2

MÉDIA 0,48 5.1 52,00 1228 0,58 100 <2DESVIO 0,09 5.2 53,00 1002 0,45 100 <2CV (%) 18,86 5.3 53,20 1284 0,58 100 4

* Valor espúrio

CP

151

Tabela C.14- Tração na flexão e módulo corda – prisma.

CP- A1 CP- A3 CP- A4 CP- B1 CP- B2 Média40 0,0002566 0,0001937 0,0002446 0,0002283 0,0002549 0,000230880 0,0004567 0,0003924 0,0004332 0,0003906 0,0004691 0,0004182

120 0,0006928 0,0006115 0,0006115 0,0006849 0,0007648 0,0006502160 0,0009750 0,0008664 0,0008664 0,0009234 0,0012339 0,0009078200 0,0011212 0,0010957 0,0011922 0,0015806 0,0011364240 0,0013856 0,0014015 0,0012893 0,0015220 0,0018865 0,0013996280 0,0015806 0,0016308 0,0014779 0,0018518 0,0022180 0,0016353320 0,0017448 0,0018601 0,0016716 0,0021410 0,0025494 0,0018544360 0,0018988 0,0020793 0,0018193 0,0024251 0,0028553 0,0020556400 0,0020424 0,0022933 0,0019468 0,0026381 0,0031561 0,0022302440 0,0021759 0,0025073 0,0020894 0,0028512 0,0033907 0,0024060480 0,0022836 0,0027010 0,0022016 0,0025265 0,0035946 0,0024282520 0,0024119 0,0029303 0,0023341560 0,0025146 0,0025226600 0,0026172

CP- A1 CP- A3 CP- A4 CP- B1 CP- B2Carga 619 532 571 750 480

Tempo(min)h= 40,42 40,14 40,14 39,96 40,16b= 40,42 41,06 40,94 40,88 40,90

Carga (N) 509,20 440,30 471,29 611,29 398,75Tensão (Mpa) 1,12 0,97 1,04 1,37 0,88

Módulo corda(Mpa)

MÉDIA 492,60DESVIO 173,14

CP- A2 B3 B4 CV (%) 35,15Carga 591 519 647

Tempo(min) Tensão h= 40,2 40 40,54 Flexãob= 40,74 40,72 40,80 MÉDIA 1,07

Carga (N) 487,12 429,94 531,20 DESVIO 0,15Tensão (Mpa) 1,08 0,96 1,16 CV (%) 13,89

Módulo Corda

Deformação

379 316710 415 643

Carga

Tabela C.15- Resistência à compressão – prisma. CP- A1 CP- A3 CP- A4 CP- B1 CP- B21000kg 1000kg 1000kg 1000kg 1000kg

1600 1600 1600 1600 16001016 995 1016 944 956

6449,40 6317,39 6449,40 5996,81 6072,244,03 3,95 4,03 3,75 3,80

1600 1600 1600 1600 16001011 1002 968 946 981

6417,97 6361,39 6147,67 6009,38 6229,394,01 3,98 3,84 3,76 3,89

MÉDIA 3,55 DESVIO 1,18 CV (%) 33,30

CompressãoAnel:

Seção (mm²)CargaTempo

Tempo

Tensão (Mpa)

Tensão (Mpa)

Seção (mm²)Carga

Carga (N)

Carga (N)

152

Tabela C.16- Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP- 5 x 10.

CP - 16 CP - 17 CP - 18Comprimento 100,39 100,58 100,35Diametro 50,03 50,01 49,97Natural 347,25 348,64 351,90Seco 24hSeco 48hSeco 72h 341,03 342,57 346,3672h e Frio 342,63 344,14 347,92Sat. 24h 391,30 392,86 396,70Sat. 48h 391,54 393,18 396,99Sat. 72h 391,90 393,53 397,27Imerso 197,44 197,91 202,24Fervido 401,82 404,01 405,89Imerso Ferv. 207,39 208,49 210,97Seco 105°C 340,83 342,40 346,26Seco e Frio 342,56 344,11 347,93Seco 70°C 342,14 343,63 347,38Saturado 390,65 392,15 395,91Imerso Sat. 196,13 196,62 200,94Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10 (kg/m 1739Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 (kg/m³) 1749Absorão de água após imersão - NBR 9778 (1987) (%) 14,83Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%)_ 26,10

Corpo-de-Prova - Massa (g)

Tabela C.17- Coeficiente de capilaridade. Coeficiente de Capilaridade BS Coef de Amostra M1 M2 Capilaridade

a21 240,43 255,89 1,55a22 233,23 248,98 1,58b31 242,79 259,78 1,70b32 208,39 224,61 1,62b41 249,67 266,86 1,72b42 227,69 244,57 1,69

Média 1,64Desvio 0,07CV (%) 4,34

153

APÊNDICE D - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA

ARGAMASSA AR-4

Tabela D.1- Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada. Velocidade

Comp. Larg. Espes. L1-7cm L2-9,5cm L3-12cm (km/s)A2 195,67 82,25 30,92 24,60 40,90 49,50 1,95A3 198,81 78,06 30,70 25,30 40,80 49,10 2,04A4 198,57 82,73 31,06 24,40 39,30 48,40 2,04B2 197,33 76,77 31,86 25,80 40,20 50,10 2,03B3 195,42 76,53 30,92 26,30 40,60 49,30 2,13B4 197,74 81,28 32,75 25,20 39,50 49,20 2,06C1 197,27 77,21 31,12 26,30 40,60 51,20 1,99C3 197,33 81,58 31,23 24,90 40,00 49,20 2,02C4 194,77 81,79 31,50 28,00 41,50 50,50 2,19

MÉDIA 2,05DESVIO 0,07CV (%) 3,56

CP Tempo ( s)Dimensões (mm)

Tabela D.2- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10. Tempo Velocidade

Comp. Diam. ( s) (km/s)1 99,95 49,95 49,70 2,012 100,87 50,17 50,40 2,003 100,43 50,34 50,60 1,984 99,47 50,21 48,50 2,055 100,13 50,05 48,80 2,056 100,55 50,14 51,40 1,967 100,67 50,43 51,80 1,948 99,81 50,37 47,50 2,109 100,28 50,05 51,00 1,97

10 100,33 49,92 48,60 2,0611 99,90 50,25 49,60 2,0112 100,19 49,75 47,50 2,11

MÉDIA 2,02DESVIO 0,05CV (%) 2,71

CP Dimensões (mm)

Tabela D.3- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30. Tempo Velocidade

Comp. Diam. ( s) (km/s)1 300,87 150,15 169,00 1,782 302,13 150,09 168,50 1,793 300,28 149,74 160,10 1,88

MÉDIA 1,82DESVIO 0,05CV (%) 2,85

CP Dimensões (mm)

µ

µ

µ

154

Tabela D.4- Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma. Tempo Velocidade

l b d ( s) (km/s)1 160,39 40,85 40,41 70,40 2,283 161,01 41,18 40,19 75,00 2,155 160,57 40,06 40,27 73,20 2,197 160,52 40,73 40,36 74,10 2,178 160,44 40,58 40,59 72,60 2,21

MÉDIA 2,20DESVIO 0,05CV (%) 2,30

CP Dimensões (mm)

Tabela D.5- Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento.

L1-7cm L2-14cm L3-21cm L4-28cm km/sBl-1 23,7 57,1 84,1 108,7 2,47Bl-2 25,5 62,7 110,9 112,6 2,06Bl-3 26,4 74,1 106,8 152,9 1,69Bl-4 25,8 60,4 83,6 106,4 2,61Bl-5 27,8 77,8 109,9 171,6 1,49

MÉDIA 2,06DESVIO 0,48CV (%) 23,41

VelocidadeCP Tempo ( s)

Tabela D.6- Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada. Corpo-de-Prova - Massa (g)

A4 B1 C4Comprimento 194,81 195,10 194,45Largura 77,78 81,63 77,42Espessura 30,90 32,08 31,90Natural 877,50 961,10 901,70Seco 24h 859,20 939,10 880,90Seco 48h 859,10 938,80 880,80Seco 72h 859,00 938,90 880,8072h e Frio 863,60 943,70 885,40Sat. 24h 954,90 1042,50 980,20Sat. 48h 955,80 1043,40 981,00Sat. 72h 956,70 1044,40 981,90Imerso 449,32 544,08 511,55Fervido 969,00 1062,60 993,30Imerso Ferv. 511,50 562,37 522,66Seco 70°C 862,40 942,50 884,30Saturado 949,80 1037,70 975,60Imerso Sat. 492,83 537,80 505,61Seco 105°C 861,10 941,00 882,90Seco e Frio 967,00 947,50 889,10

18571845

Absorão de água após imersão -NBR 9778 (1987) (%) 11,36Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%) 20,61

Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10:1999 Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 (

µ

µ

155

Tabela D.7- IRA e dados absortividade. Tempo Corpo-de-Prova - Massa (g) Absorção (mm³/mm²) min min1/2 A4 B1 C4 A4 B1 C4 Média 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00

1 1 873,10 953,10 895,10 0,63 0,59 0,64 0,622 1,414 878,20 958,00 900,30 0,96 0,90 0,99 0,953 1,732 883,20 962,60 905,00 1,29 1,19 1,30 1,264 2 887,00 966,20 908,70 1,54 1,41 1,55 1,505 2,236 890,40 969,50 912,10 1,77 1,62 1,77 1,72

10 3,162 901,90 979,70 922,80 2,53 2,26 2,48 2,4215 3,873 911,00 987,90 931,40 3,13 2,78 3,06 2,9920 4,472 919,10 994,90 939,10 3,66 3,21 3,57 3,4825 5 926,50 1001,50 945,70 4,15 3,63 4,01 3,9330 5,477 933,00 1007,20 951,90 4,58 3,99 4,42 4,3335 5,916 938,70 1012,40 957,20 4,96 4,31 4,77 4,6840 6,325 943,30 1017,00 962,00 5,26 4,60 5,09 4,9845 6,708 946,40 1021,10 966,10 5,46 4,86 5,36 5,2350 7,071 948,10 1024,80 969,20 5,58 5,09 5,57 5,4165 8,062 949,90 1031,90 973,40 5,70 5,54 5,85 5,6980 8,944 950,50 1035,10 974,90 5,74 5,74 5,95 5,8195 9,747 950,80 1036,50 975,50 5,75 5,83 5,98 5,86110 10,49 951,20 1037,30 975,90 5,78 5,88 6,01 5,89170 13,04 951,60 1038,40 976,50 5,81 5,95 6,05 5,94230 15,17 951,80 1038,70 976,70 5,82 5,97 6,06 5,95290 17,03 952,10 1039,10 977,10 5,84 5,99 6,09 5,97

Abs

orçã

o: M

assa

(g) t

empo

(min

)

1730 41,59 953,70 1041,00 978,80 5,95 6,11 6,20 6,09 IRA (g/194cm²/min) 12,04

Coeficiente de Absorção de água - "Absortividade"

y = 0,8026x - 0,1251R2 = 0,9989

0,01,02,03,04,05,06,07,08,09,0

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Tempo (min¹´²)

Abs

orçã

o (m

m³/m

m²)

Figura D.1 - Absortividade.

156

Tabela D.8- Tração na flexão e módulo corda – placa isolada.

CP- A3 CP- A4 CP- B3 CP- B4 CP- C3 CP- C440 0,0000742 0,0000582 0,0000559 0,0000386 0,0000882 0,000064880 0,0001781 0,0001135 0,0001587 0,0000740 0,0001206 0,0001055

120 0,0002597 0,0001747 0,0002352 0,0001049 0,0001736 0,0001372160 0,0003383 0,0002358 0,0003234 0,0001311 0,0002618 0,0001688200 0,0004051 0,0002911 0,0003895 0,0001620 0,0003500 0,0002005240 0,0004749 0,0003348 0,0004527 0,0001928 0,0004192 0,0002307280 0,0005194 0,0003683 0,0005086 0,0002221 0,0004692 0,0002608320 0,0005639 0,0004018 0,0005512 0,0002468 0,0005251 0,0002864360 0,0006055 0,0004353 0,0005850 0,0002761 0,0005707 0,0003106400 0,0006396 0,0004658 0,0006247 0,0003054 0,0006089 0,0003347440 0,0006722 0,0004949 0,0006614 0,0003270 0,0006457 0,0003588480 0,0007079 0,0005211 0,0007055 0,0003547 0,0006795 0,0003829520 0,0007420 0,0005473 0,0007496 0,0003825 0,0007177 0,0004070560 0,0007731 0,0005750 0,0007937 0,0004041 0,0007472 0,0004296600 0,0008043 0,0006012 0,0008334 0,0004319 0,0007766 0,0004508640 0,0008325 0,0006274 0,0008672 0,0004612 0,0008060 0,0004719

CP- A3 CP- A4 CP- B3 CP- B4 CP- C3 CP- C4Carga 757 780 798 959 861 831

h= 31,5 30,90 31,20 32,74 31,22 32,00b= 78,00 82,84 77,10 81,66 81,58 82,00

Carga (N) 616,69 634,36 648,15 769,30 696,03 673,30Tensão (Mpa) 1,91 1,92 2,07 2,10 2,10 1,92Módulo corda

(Mpa)

CP- A2 CP- B2 CP- C2 Módulo Corda TensãoCarga 800 787 812 (Mpa) (MPa)

h= 31 31,64 30,84 MÉDIA 3926 2,01b= 82,52 76,04 77,24 DESVIO 646,05 0,09

Carga (N) 649,68 639,73 658,84 CV (%) 16,45 4,55Tensão (Mpa) 1,96 2,01 2,15

3581 4340 3155 4156 3442 4883

Carga (N) Deformação (mm/mm)

157

Tabela D.9- Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 A2-8

CP 1.1 0,5 0,85 1,15 1,4 1,7 1,9 2,1 2,3 2,5 2,7 2,9 3,1 3,3 3,5 3,7 9,83CP 1.2 0,6 1 1,3 1,5 1,8 2 2,3 2,5 2,7 2,9 3,1 3,3 3,5 3,7 3,9 10,65CP 2.1 0,5 0,8 1 1,25 1,5 1,7 1,9 2,05 2,25 2,4 2,6 2,75 2,9 3,1 3,25 8,78CP 2.2 0,5 0,85 1,2 1,45 1,7 2 2,2 2,4 2,65 2,85 3,1 3,3 3,5 3,7 3,9 10,18CP 3.1 0,5 0,8 1,1 1,3 1,55 1,8 2 2,2 2,4 2,55 2,7 2,9 3,1 3,3 3,45 9,25CP 3.2 0,5 0,8 1,1 1,3 1,5 1,75 2 2,2 2,4 2,55 2,75 2,95 3,1 3,3 3,45 9,15CP 4.1 0,5 0,85 1,2 1,45 1,7 1,95 2,15 2,4 2,65 2,85 3,05 3,25 3,45 3,65 3,85 10,08CP 4.2 0,5 0,85 1,2 1,5 1,75 2,05 2,25 2,5 2,75 2,95 3,15 3,35 3,6 3,8 4 10,43CP 5.1 0,6 1,1 1,45 1,75 2 2,25 2,5 2,7 2,95 3,2 3,4 3,6 3,8 4 4 11,85CP 5.2

9,25 0,93 Média= 10,02CV (%)= DESVIO=

Tempo (min)CP / Cachimbo

Leitura do ensaio do Cachimbo 28 dias

0

1

2

3

4

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15Tempo (minutos)

Qua

ntid

ade

de á

gua

abso

rvid

a (m

l)

CP 1.1 CP 1.2 CP 2.1 CP 2.2 CP 3.1 CP 3.2 CP 4.1 CP 4.2 CP 5.1

Figura D.2 - Gráfico método do cachimbo.

158

Tabela D.10- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10.

R1 R2 R1 R2 R1 R2 R1 R2Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação

N (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm)714,68 0,0000200 0,0000400 0,0000800 0,0000200 0,0001000 0,0000000 0,0000600 0,0000400

1367,17 0,0001600 0,0000600 0,0001800 0,0000600 0,0002000 0,0000400 0,0001800 0,00010002019,34 0,0002800 0,0001200 0,0002800 0,0001400 0,0003600 0,0000800 0,0003200 0,00016002671,51 0,0004000 0,0002000 0,0004200 0,0002000 0,0005200 0,0001800 0,0004800 0,00028003323,68 0,0005600 0,0003000 0,0005600 0,0003200 0,0007200 0,0003000 0,0006400 0,00040003975,86 0,0007200 0,0004400 0,0007600 0,0004600 0,0010600 0,0004200 0,0008800 0,00056004628,03 0,0010200 0,0006400 0,0011200 0,0006600 0,0016600 0,0006000 0,0012000 0,00076005280,20 0,0013800 0,0009400 0,0015000 0,0009800 0,0026800 0,0009400 0,0017600 0,0011400

Carga (N)Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)Modulo Def.Secante

CP-01 CP-04Carga (N) 6267,10 4934,47 Mód. Sec. TensãoTensão (Mpa) 3,20 2,49 (Mpa) (Mpa)Comp. (mm) 99,95 99,47 MÉDIA 4732 3,12Diam. (mm) 49,95 50,21 DESVIO 364 0,09Tempo (min) CV (%) 7,70 2,96

3,33

CP-02

100,8749,95

5153 4831 4665

CP-05CP-03 CP-06

6461,97CP-06

3,27100,5550,14

4277(Mpa)

6644,266518,54CP-02

50,05

CP-03

3,34100,43

CP-05

100,13

6135,103,12

(Mpa) (Mpa)

50,34

(Mpa)

159

Tabela D.11- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30. R1 R2 R1 R2 SG1 SG2

Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação DeformaçãoN (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) 0 (mm/mm)

3472 0,000055018 0,000045848 0,000000000 0,000091697 0,0000800 0,00000008744 0,000110036 0,000100866 0,000018339 0,000183394 0,0001650 0,0000100

13116 0,000210903 0,000155884 0,000036679 0,000275090 0,0002450 0,000020017488 0,000320939 0,000238412 0,000091697 0,000421805 0,0003400 0,000025021860 0,000485993 0,000330108 0,000137545 0,000586859 0,0004500 0,000045026232 0,000678556 0,000449314 0,000238412 0,000788592 0,0005950 0,000055030604 0,000981155 0,000596029 0,000366787 0,001054513 0,0007750 0,000085034976 0,001457978 0,000825271 0,000559350 0,001302094 0,0010150 0,0001150

Carga (N)Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)MóduloDeformaçãoSecanteCoeficientede Poisson

Carga (N) Mód. Sec TensãoTensão (Mpa) (MPa) (MPa)Comp. (mm) MÉDIA 3952,33 2,69Diam. (mm) DESVIO 872,24 0,33Tempo (min) CV (%) 22,07 12,20

Relógios

(MPa) (MPa)30404778

437202,47

Relógios

54000448002,53

300,87

CP-03CP-01

3,07

Strain Gages

300,28

(MPa)

150,15 149,74

4039

150,09

CP-02

0,07

302,13

160

Tabela D.12- Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 X 10. Carga Carga Tensão

Comprimento Diâmetro div N Mpa7 100,67 50,43 493 3161,82 0,408 99,81 50,37 537 3438,40 0,449 100,28 50,05 561 3589,27 0,46

10 100,33 49,92 496 3180,68 0,4011 99,90 50,25 542 3469,83 0,4412 100,19 49,75 495 3174,39 0,41

MÉDIA 0,42DESVIO 0,02CV (%) 5,64

CP Dimensões (mm)

Tabela D.13- Resistência de aderência – revestimento. DESCRIÇÃO DO REVESTIMENTO DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA [%]

[mm] [N] [MPa] A B C D E Espessura (mm)

Base: Bloco de concreto 1.1 55,00 1189 0,50 100 10Cura seca 1.2 54,50 1599 0,69 100 4

1.3 55,00 852 0,36 100 322.1 55,40 1208 0,50 100 302.2 54,50 960 0,41 100 32.3 54,85 799 0,34 100 32

FORMA DE RUPTURA: 3.1 52,50 658 0,30 100 <2TIPO A INTERFACE ARGAM./SUBSTRATO 3.2 51,50 1349 0,65 100 <2TIPO B ARGAMASSA DE REVESTIMENTO 3.3 55,00 1094 0,46 100 3TIPO C SUBSTRATO 4.1 54,25 1140 0,49 100 30TIPO D INTERFACE REVESTIMENTO/COLA 4.2 54,90 1096 0,46 100 30TIPO E INTERFACE COLA PASTILHA 4.3 54,90 1432 0,60 100 30

MÉDIA 0,48 5.1 55,50 1178 0,49 100 3DESVIO 0,11 5.2 55,40 1354 0,56 40 60 33CV (%) 22,61 5.3 55,10 1029 0,43 60 40 32

* Valor espúrio

CP

161

Tabela D.14- Tração na flexão e módulo corda – prisma.

CP- A1 CP- A3 CP- B1 CP- B3 CP- B4 Média40 0,0002572 0,0002038 0,0002045 0,0002254 0,0002577 0,000222780 0,0003858 0,0003975 0,0003834 0,0004097 0,0004536 0,0003941

120 0,0006173 0,0005351 0,0005623 0,0007221 0,0007371 0,0006092160 0,0009517 0,0007644 0,0007054 0,0009219 0,0010928 0,0008359200 0,0012604 0,0010090 0,0008843 0,0011268 0,0013917 0,0010701240 0,0015691 0,0012231 0,0010581 0,0013316 0,0016340 0,0012955280 0,0018108 0,0014167 0,0012267 0,0015365 0,0018041 0,0014977320 0,0020166 0,0015798 0,0013903 0,0016645 0,0019330 0,0016628360 0,0021967 0,0017072 0,0015437 0,0018182 0,0020618 0,0018164400 0,0023304 0,0018346 0,0016970 0,0019462 0,0021649 0,0019521440 0,0024848 0,0019518 0,0017992 0,0020486 0,0022680 0,0020711480 0,0026340 0,0020894 0,0019066 0,0021664 0,0023608 0,0021991520 0,0027780 0,0022016 0,0020037 0,0023047 0,0024484 0,0023220560 0,0029169 0,0020957 0,0024225 0,0025412 0,0024784600

CP- A1 CP- A3 CP- B1 CP- B3 CP- B4Carga 651 528 750 662 800

Tempo(min)h= 40,52 40,14 40,26 40,34 40,60b= 41,28 41,48 41,26 40,74 40,64

Carga (N) 534,33 437,12 611,29 542,94 649,68Tensão (Mpa) 1,15 0,95 1,33 1,19 1,41

Módulo corda(Mpa)

MÉDIA 738,38CP- A2 A4 B2 DESVIO 105,02

Carga 414 727 705 CV (%) 14,22Tempo(min)

h= 40,26 40,34 40,24 Tensão b= 41,16 41,14 40,88 Flexão

Carga (N) 345,61 593,52 576,46 MÉDIA 1,17Tensão (Mpa) 0,76 1,29 1,27 DESVIO 0,22

CV (%) 18,58

Carga

730 Módulo Corda870800

Deformação

591 701

162

Tabela D.15- Resistência à compressão – prisma. CP- A1 CP- A3 CP- B1 CP- B3 CP- B41000kg 1000kg 1000kg 1000kg 1000kg

1600 1600 1600 1600 1600948 1059 1058 1045 915

6021,95 6719,70 6713,41 6631,69 5814,513,76 4,20 4,20 4,14 3,63

1600 1600 1600 1600 16001075 993 1092 1081 1034

6820,27 6304,82 6927,13 6857,99 6562,554,26 3,94 4,33 4,29 4,10

MÉDIA 4,09 DESVIO 0,23 CV (%) 5,70

Carga

Carga (N)

Seção (mm²)

Tensão (Mpa)Carga (N)

CompressãoAnel:

Seção (mm²)CargaTempo

Tempo

Tensão (Mpa)

Tabela D.16- Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP- 5 x 10.

CP - 17 CP - 18 CP - 19 CP - 20Comprimento 100,35 100,47 100,29 100,27Diametro 50,29 50,06 50,36 50,03Natural 364,39 356,21 360,66 355,09Seco 24hSeco 48hSeco 72h 357,40 350,06 354,23 349,4972h e Frio 359,04 351,66 355,87 351,00Sat. 24h 405,22 397,47 402,89 397,54Sat. 48h 405,51 397,80 403,25 397,89Sat. 72h 404,89 398,12 403,60 398,23Imerso 207,52 202,41 205,59 202,81Fervido 414,63 407,96 413,49 407,74Imerso Ferv. 216,58 212,49 215,64 212,58Seco 105°C 257,20 349,92 354,12 349,28Seco e Frio 358,87 351,62 355,89 350,93Seco 70°C 358,49 351,14 355,37 350,53Saturado 404,52 397,15 402,47 396,77Imerso Sat. 206,31 201,46 204,49 201,35Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10 (kg/m3) 1771Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 (kg/m³) 1785Absorão de água após imersão - NBR 9778 (1987) (%) 13,73Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%) 24,62

Corpo-de-Prova - Massa (g)

163

Tabela D.17- Coeficiente de capilaridade. Coeficiente de Capilaridade BS Coef de Amostra M1 M2 Capilaridade

a2 294,60 309,88 1,53a41 230,22 246,60 1,64a42 250,84 267,25 1,64b21 235,23 249,97 1,47b22 242,23 256,97 1,47

Média 1,55Desvio 0,08CV (%) 5,40

164

APÊNDICE E - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA

ARGAMASSA AI

Tabela E.1- Velocidade de propagação ultra-sônica – placa isolada. Velocidade

Comp. Larg. Espes. L1-7cm L2-9,5cm L3-12cm (km/s)A2 198,21 80,82 30,58 26,50 42,60 52,00 1,92A3 194,70 79,62 30,63 27,80 43,30 51,30 2,06A4 195,78 79,86 30,82 24,50 41,40 50,60 1,86B1 194,81 79,96 31,01 27,20 42,50 49,40 2,15B2 198,82 81,05 31,13 27,20 41,60 49,40 2,19B3 196,73 80,91 30,82 24,60 40,20 48,50 2,03C2 196,17 79,49 30,78 27,20 41,70 48,70 2,24C3 197,93 83,05 30,74 26,80 39,40 49,00 2,24C4 197,71 78,72 30,89 26,90 39,80 49,50 2,20

MÉDIA 2,10DESVIO 0,14CV (%) 6,62

CP Tempo (( s)Dimensões (mm)

Tabela E.2- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-5 x 10. Tempo Velocidade

Comp. Diam. (( s) (km/s)1 100,21 49,71 46,30 2,162 100,10 50,33 45,30 2,213 100,01 49,98 46,60 2,154 100,29 50,34 48,00 2,095 99,82 50,10 48,50 2,066 100,29 49,87 46,00 2,187 100,03 50,01 42,40 2,368 100,51 50,41 44,00 2,289 100,24 50,03 45,80 2,19

10 100,39 50,57 46,10 2,1811 100,21 50,07 44,40 2,2612 100,50 49,62 43,30 2,32

MÉDIA 2,20DESVIO 0,09CV (%) 4,06

CP Dimensões (mm)

Tabela E.3- Velocidade de propagação ultra-sônica – CP-15 x 30. Tempo Velocidade

Comp. Diam. (( s) (km/s)1 300,87 150,87 138,30 2,182 301,10 149,88 138,60 2,173 298,37 150,26 137,10 2,18

MÉDIA 2,17DESVIO 0,00CV (%) 0,09

CP Dimensões (mm)

µ

µ

µ

165

Tabela E.4- Velocidade de propagação ultra-sônica – prisma. Tempo Velocidade

l b d (( s) (km/s)2 160,68 40,48 39,84 72,60 2,213 160,47 40,58 40,09 72,30 2,226 160,23 41,08 40,21 74,90 2,147 160,59 41,01 40,21 74,30 2,168 161,21 40,80 40,63 73,60 2,19

MÉDIA 2,18DESVIO 0,03CV (%) 1,56

CP Dimensões (mm)

Tabela E.5- Velocidade de propagação ultra-sônica – revestimento. Velocidade

L1-7cm L2-14cm L3-21cm L4-28cm km/sBl-1 23,70 57,10 84,10 108,70 2,75Bl-2 25,50 62,70 110,90 112,60 2,66Bl-3 26,40 74,10 106,80 152,90 1,69Bl-4 25,80 60,40 83,60 106,40 2,61Bl-5 27,80 77,80 109,90 171,60 1,49

MÉDIA 2,24DESVIO 0,60CV (%) 26,73

CP Tempo (( s)

Tabela E.6- Absorção de água, índice de vazios e densidade de massa – placa isolada. Corpo-de-Prova - Massa (g)

A1 B4 C1Comprimento 198,75 193,03 194,43Largura 78,78 80,65 80,68Espessura 30,76 31,10 31,01Natural 739,40 771,20 764,90Seco 24h 720,00 749,70 744,20Seco 48h 719,90 749,60 744,10Seco 72h 719,90 749,60 744,1072h e Frio 727,20 756,80 751,20Sat. 24h 857,80 891,30 879,70Sat. 48h 858,80 891,70 881,90Sat. 72h 861,40 895,00 884,20Imerso 392,41 412,05 409,17Fervido 929,70 962,20 951,20Imerso Ferv. 460,11 478,68 475,58Seco 70°C 726,00 755,40 750,20Saturado 840,60 878,50 861,70Imerso Sat. 372,26 396,46 388,20Seco 105°C 723,20 752,60 748,90Seco e Frio 728,40 757,40 754,20

15441539

Absorão de água após imersão -NBR 9778 (1987) (%) 19,3Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%) 29,9

Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10:1999 Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 ( 1995)

µ

µ

166

Tabela E.7- IRA e dados absortividade. Tempo Corpo-de-Prova - Massa (g) Absorção (mm³/mm²) min min1/2 A1 B4 C1 A1 B4 C1 Média 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00

1 1 768,60 801,20 789,40 2,64 2,85 2,44 2,642 1,414 775,30 808,30 796,90 3,07 3,31 2,91 3,103 1,732 780,30 813,10 802,50 3,39 3,62 3,27 3,434 2 784,30 817,10 806,70 3,65 3,87 3,54 3,695 2,236 787,70 820,60 810,30 3,86 4,10 3,77 3,91

10 3,162 797,70 830,10 820,40 4,50 4,71 4,41 4,5415 3,873 805,80 837,90 828,80 5,02 5,21 4,95 5,0620 4,472 812,10 844,40 835,40 5,42 5,63 5,37 5,4725 5 817,60 849,60 841,30 5,77 5,96 5,74 5,8330 5,477 822,50 854,50 846,30 6,09 6,28 6,06 6,1435 5,916 826,30 858,00 850,40 6,33 6,50 6,32 6,3840 6,325 833,20 861,50 854,10 6,77 6,73 6,56 6,6945 6,708 836,10 865,20 857,50 6,96 6,96 6,78 6,9050 7,071 842,10 867,80 860,40 7,34 7,13 6,96 7,1465 8,062 845,80 873,40 866,10 7,57 7,49 7,32 7,4680 8,944 848,40 877,40 870,00 7,74 7,75 7,57 7,6995 9,747 850,10 880,40 872,80 7,85 7,94 7,75 7,85110 10,49 852,20 882,70 873,90 7,98 8,09 7,82 7,96170 13,04 852,20 885,80 874,00 7,98 8,29 7,83 8,03230 15,17 852,20 885,80 874,00 7,98 8,29 7,83 8,03290 17,03 855,20 885,80 874,00 8,17 8,29 7,83 8,10

Abs

orçã

o: M

assa

(g) t

empo

(min

)

1730 41,59 857,80 888,60 876,60 8,34 8,47 7,99 8,27 IRA (g/194cm²/min) 51,29

Coeficiente de Absorção de água - "Absortividade"

y = 0,7166x + 2,179R2 = 0,995

0,01,02,03,04,05,06,07,08,09,0

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Tempo (min¹´²)

Abs

orçã

o (m

m³/m

m²)

Figura E.1 - Absortividade.

167

Tabela E.8- Tração na flexão e módulo corda – placa isolada.

CP- A3 CP- A4 CP- B2 CP- B3 CP- C3 CP- C440 0,0000571 0,0000509 0,0000566 0,0000511 0,0000809 0,000058680 0,0000999 0,0001019 0,0001204 0,0000803 0,0002133 0,0001026120 0,0001426 0,0001456 0,0001912 0,0001387 0,0002942 0,0001465160 0,0001854 0,0001892 0,0002337 0,0002118 0,0003824 0,0002051200 0,0002211 0,0002256 0,0002761 0,0002702 0,0004192 0,0002784240 0,0002710 0,0002766 0,0003115 0,0003286 0,0004707 0,0003443280 0,0003067 0,0003203 0,0003540 0,0003797 0,0005148 0,0003956320 0,0003424 0,0003494 0,0003824 0,0004089 0,0005442 0,0004395360 0,0003852 0,0003785 0,0004248 0,0004527 0,0005810 0,0005055400 0,0004137 0,0004076 0,0004532 0,0004819 0,0006104 0,0005567440 0,0004422 0,0004367 0,0004886 0,0005184 0,0006398 0,0006007480 0,0004707 0,0004731 0,0005169 0,0005550 0,0006692 0,0006373520 0,0005064 0,0005022 0,0005452 0,0005842 0,0007060 0,0006740560 0,0005349 0,0005386 0,0005806 0,0006134 0,0007354 0,0007179600 0,0005706 0,0005677 0,0006089 0,0006426 0,0007575 0,0007619640 0,0005920 0,0006041 0,0006718 0,0007942 0,0007985

CP- A3 CP- A4 CP- B2 CP- B3 CP- C3 CP- C4Carga 757 735 812 878 863 804

h= 30,28 30,90 30,06 31,00 31,22 31,10b= 79,00 80,16 80,94 80,80 83,76 78,22

Carga (N) 616,69 599,71 658,84 708,84 697,54 652,73Tensão (Mpa) 2,04 1,88 2,16 2,19 2,05 2,07Módulo corda

(Mpa)

CP- A2 CP- B1 CP- C2 Módulo Corda TensãoCarga 974 957 948 (Mpa) (MPa)

h= 30,84 31,30 31,14 MÉDIA 3952 2,17b= 80,36 80,00 79,70 DESVIO 169,79 0,18

Carga (N) 780,38 767,82 761,15 CV (%) 4,30 8,50Tensão (Mpa) 2,44 2,35 2,36* Valor espúrio

4167 3918 4087 3783 3807 2901*

Carga (N) Deformação (mm/mm)

168

Tabela E.9- Coeficiente de permeabilidade pelo método do cachimbo.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 A2-8

CP 1.1 3,8 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24,00CP 1.2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24,00CP 2.1 3,1 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24,00CP 2.2 3,5 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24,00CP 3.1 3,6 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24,00CP 3.2 3,6 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24,00CP 4.1 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24,00CP 4.2 3,7 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24,00CP 5.1 2,3 3,2 3,85 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 23,45CP 5.2 2,65 3,65 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 23,83

0,77 0,18 Média= 23,93

Tempo (min)

CV (%)= DESVIO=

CP / Cachimbo

Leitura do ensaio do Cachimbo 28 dias

0

1

2

3

4

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15Tempo (minutos)

Qua

ntid

ade

de á

gua

abso

rvid

a (m

l)

CP 1.1 CP 1.2 CP 2.1 CP 2.2 CP 3.1 CP 3.2 CP 4.1CP 4.2 CP 5.1 CP 5.2

Figura E.2 - Gráfico método do cachimbo.

169

Tabela E.10- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-5 x 10.

R1 R2 R1 R2 R1 R2 R1 R2Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação

N (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm)961,27 0,0000800 0,0001000 0,0001000 0,0002400 0,0000400 0,0000800 0,0000800 0,0001000

1981,49 0,0001800 0,0002600 0,0002200 0,0004400 0,0001400 0,0001600 0,0002400 0,00018003001,71 0,0002600 0,0004400 0,0003400 0,0007600 0,0002600 0,0002800 0,0003400 0,00026004021,93 0,0003200 0,0006600 0,0005200 0,0009000 0,0003400 0,0004000 0,0004800 0,00036005042,15 0,0003200 0,0008800 0,0007200 0,0011000 0,0004400 0,0005600 0,0006200 0,00048006062,37 0,0004800 0,0012000 0,0009400 0,0013000 0,0005800 0,0007200 0,0008400 0,00062007082,59 0,0006000 0,0017600 0,0013000 0,0013800 0,0007600 0,0010200 0,0010600 0,00080008102,81 0,0020400 0,0016400 0,0009600 0,0014200 0,0015200 0,0009400

Carga (N)Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)Modulo Def.Secante

CP-01 CP-02Carga (N) 10335,75 9950,76 Mód. Sec. TensãoTensão (Mpa) 5,33 5,00 (Mpa) (Mpa)Comp. (mm) 100,21 100,10 MÉDIA 5041 4,75Diam. (mm) 49,71 50,33 DESVIO 695 0,46Tempo (min) CV (%) 13,79 9,61

100,0149,98

4,84

CP-03

100,29

9180,784,70

(Mpa)

50,34

4309

50,10 49,87

4,5599,82

8095,81

CP-05

8970,79

CP-04

9495,77

5122(Mpa)

CP-03

CP-04 CP-05

CP-06

CP-06

(Mpa)2768* 5692

(Mpa)

100,294,07

170

Tabela E.11- Resistência à compressão e módulo de deformação – CP-15 x 30.

R1 R2 R1 R2 SG1 SG2Carga Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação Deformação

N (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm) (mm/mm)7350 0,000055018 0,000064188 0,000073357 0,000055018 0,0001350 0,0000100

14850 0,000146715 0,000155884 0,000165054 0,000128375 0,0002500 0,000015022350 0,000256751 0,000247581 0,000220072 0,000238412 0,0003950 0,000025029750 0,000375957 0,000357617 0,000348448 0,000330108 0,0005350 0,000040037250 0,000476823 0,000458484 0,000440144 0,000467653 0,0006900 0,000055044850 0,000605199 0,000586859 0,000577690 0,000623538 0,0008550 0,000075052550 0,000733574 0,000751913 0,000761083 0,000806931 0,0010850 0,000100060050 0,000889458 0,000971986 0,000981155 0,001017834 0,0012850 0,0001400

Carga (N)Tensão (Mpa)Comp. (mm)Diam. (mm)Tempo (min)MóduloDeformaçãoSecanteCoeficientede Poisson

Carga (N) Mód. Sec TensãoTensão (Mpa) (MPa) (MPa)Comp. (mm) MÉDIA 4577,00 4,19Diam. (mm) DESVIO 1215,47 0,15Tempo (min) CV (%) 26,56 3,56

150,87

CP-01

(MPa)

Relógios5526

Relógios4998

4,35298,37150,26

714004,05

301,10

77050

149,88

CP-02

CP-02CP-03

CP-03

749004,19

Strain Gages

(MPa)

300,87

0,07

(MPa)3207

171

Tabela E.12- Resistência à tração por compressão diametral – CP-5 X 10. Carga Carga Tensão

Comprimento Diâmetro div N Mpa7 100,03 50,01 192 6660,86 0,858 100,51 50,41 236 8200,81 1,039 100,24 50,03 189 6555,86 0,83

10 100,39 50,57 204 7080,84 0,8911 100,21 50,07 212 7360,84 0,9312 100,50 49,62 214 7430,83 0,95

MÉDIA 0,91DESVIO 0,07CV (%) 8,03

CP Dimensões (mm)

Tabela E.13- Resistência de aderência – revestimento. DESCRIÇÃO DO REVESTIMENTO DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA [%]

[mm] [N] [MPa] A B C D E Espessura (mm)

Base: Bloco de concreto 1.1 54,30 1278 0,55 100 <2Cura seca 1.2 54,90 1188 0,50 100 <2

1.3 55,20 1221 0,51 90 10 312.1 55,90 1756 0,72 10 90 342.2 53,60 1617 0,72 100 <22.3 54,15 1178 0,51 100 <2

FORMA DE RUPTURA: 2.4 55,55 1310 0,54 100 15TIPO A INTERFACE ARGAM./SUBSTRATO 3.1 54,00 1215 0,53 100 <2TIPO B ARGAMASSA DE REVESTIMENTO 3.2 53,00 1163 0,53 100 <2TIPO C SUBSTRATO 3.3 53,00 1195 0,54 100 <2TIPO D INTERFACE REVESTIMENTO/COLA 4.1 53,50 1451 0,65 100 <2TIPO E INTERFACE COLA PASTILHA 4.2 54,00 1274 0,56 100 <2

4.3 54,50 1006 0,43 100 <2MÉDIA 0,53 5.1 55,50 859 0,36 90 10 31DESVIO 0,12 5.2 55,25 548 0,23 100 31CV (%) 22,82 5.3 54,00 1282 0,56 100 <2

* Valor espúrio

CP

172

Tabela E.14- Tração na flexão e módulo corda – prisma.

CP- A2 CP- A3 CP- B2 CP- B3 CP- B4 Média40 0,0001768 0,0002697 0,0003056 0,0002962 0,0002306 0,000262180 0,0003535 0,0006717 0,0007742 0,0010468 0,0008386 0,0007116

120 0,0005606 0,0011958 0,0012225 0,0017872 0,0015985 0,0011915160 0,0007576 0,0015673 0,0014619 0,0023234 0,0023846 0,0015275200 0,0009343 0,0018217 0,0016911 0,0027319 0,0027253 0,0017948240 0,0010808 0,0020354 0,0018847 0,0030740 0,0029873 0,0020187280 0,0012121 0,0022135 0,0020986 0,0033345 0,0031970 0,0022147320 0,0013384 0,0024069 0,0022922 0,0036000 0,0033804 0,0024094360 0,0014495 0,0025799 0,0024551 0,0038553 0,0035376 0,0025850400 0,0015404 0,0027478 0,0025978 0,0039932 0,0036687 0,0027198440 0,0016414 0,0029005 0,0027506 0,0042128 0,0037735 0,0028763480 0,0017222 0,0030532 0,0028525 0,0044681 0,0038783 0,0030240520 0,0018030 0,0031804 0,0029798 0,0047234 0,0039726 0,0031716560 0,0018838 0,0033178 0,0030817 0,0049787 0,0040775 0,0033155600 0,0019545 0,0034602 0,0031734 0,0052596 0,0041770 0,0034619640 0,0020202 0,0035620 0,0032599 0,0054893 0,0042452 0,0035829680 0,0021111 0,0036892 0,0033516 0,0057191 0,0043238 0,0037178720 0,0021717 0,0038164 0,0034382 0,0058723 0,0044181 0,0038247760 0,0022475 0,0035248 0,0060102 0,0044967

CP- A2 CP- A3 CP- B2 CP- B3 CP- B4Carga 815 738 1066 949 1000

Tempo(min)h= 39,78 40,08 40,12 40,22 41,28b= 40,74 40,84 41,24 41,12 40,74

Carga (N) 661,12 602,03 847,50 761,89 799,50Tensão (Mpa) 1,50 1,34 1,86 1,67 1,68

Módulo corda(Mpa)

MÉDIA 942,13CP- CP - A1 CP - A4 CP - B1 DESVIO 211,18

Carga 973 925 1009 CV (%) 22,42Tempo(min)

h= 40,46 40 40,36 Tensãob= 40,62 41,22 41,06 Tração

Carga (N) 779,64 744,05 806,09 MÉDIA 1,64Tensão (Mpa) 1,71 1,65 1,76 DESVIO 0,16* Valor espúrio CV (%) 9,81

Deformação

375* Módulo Corda9751199 685 910

Carga

173

Tabela E.15- Resistência à compressão – prisma. CP- A2 CP- A3 CP- B2 CP- B3 CP - B41000kg 1000kg 1000kg 1000kg 1000kg

1600 1600 1600 1600 16001159 1278 905 1009 1144

7348,30 8096,33 5751,65 6405,40 7254,014,59 5,06 3,59 4,00 4,53

1600 1600 1600 1600 16001250 1092 1203 1123 1090

7920,32 6927,13 7624,88 7122,00 6914,564,95 4,33 4,77 4,45 4,32

MÉDIA 4,46 DESVIO 0,44 CV (%) 9,77

CompressãoAnel:

Seção (mm²)CargaTempo

Tempo

Carga (N)Tensão (Mpa)

Carga (N)Tensão (Mpa)

Seção (mm²)Carga

Tabela E.16- Densidade de massa, absorção de água e índices de vazios – CP- 5 x 10.

CP - 17 CP - 18 CP - 19 CP - 20Comprimento 100,56 100,15 99,83 100,26Diametro 50,20 50,13 50,21 50,02Natural 300,17 295,57 297,82 295,76Seco 24hSeco 48hSeco 72h 290,16 287,33 288,72 288,5472h e Frio 292,69 289,68 291,17 290,73Sat. 24h 330,51 327,60 332,10 329,95Sat. 48h 331,71 328,65 333,48 330,56Sat. 72h 332,76 329,59 334,31 331,31Imerso 135,47 135,19 139,43 137,79Fervido 381,48 377,06 378,35 376,84Imerso Ferv. 184,04 182,38 183,34 183,17Seco 105°C 290,12 287,25 288,73 288,45Seco e Frio 292,80 289,64 291,30 290,76Seco 70°C 291,84 289,18 290,49 290,31Saturado 329,92 327,21 329,62 327,76Imerso Sat. 132,72 132,48 134,58 134,07Densidade de massa seca da argamassa endurecida - EN 1015-10 (kg/m3) 1466Densidade de masa aparente no estado endurecido - NBR 13280 (kg/m³) 1471Absorão de água após imersão - NBR 9778 (1987) (%) 15,00Índice de vazios após saturação em água - NBR 9778 (1987) (%) 22,21

Corpo-de-Prova - Massa (g)

174

Tabela E.17- Coeficiente de capilaridade. Coeficiente de Capilaridade BS Coef de Amostra M1 M2 Capilaridade

A11 199,27 205,28 0,60A12 186,75 192,73 0,60A41 193,05 198,50 0,54A42 198,90 204,47 0,56B11 203,48 208,85 0,54B12 181,44 186,94 0,55

Média 0,56Desvio 0,03CV (%) 4,92

175

APÊNDICE F - RESULTADOS DE CARACTERIZAÇÃO DA ARGAMASSAS – MÓDULO DINÂMICO

Tabela F.1- Modulo de deformação dinâmico. Módulo Dinâmico AR-1 AR-2 AR-3 AR-4 A IUltra-som - Prismas 1,71 1,90 2,14 2,20 2,18Ultra-som - Cilindros 5x10 1,47 1,75 1,70 2,02 2,20Ultra-som - Cilindros 15x30 1,28 1,68 1,70 1,82 2,17Ultra-som - Placas Isoladas 1,40 1,67 1,92 2,05 2,10Coeficiente de Poisson - CP 15x30 0,12 0,16 0,15 0,09 0,09Densidade de masa - ap (g/cm³) - CP 5x10 1739 1743 1777 1804 1504Densidade de masa - ap (g/cm³) - CP 15x30 1715 1725 1767 1794 1461Densidade de masa - ap (g/cm³) - Prisma 1723 1742 1786 1824 1433Densidade de masa - ap (kg/m³) - Placas 1776 1765 1835 1924 1557Módulo de Deformação Dinâmico - Prisma (GPa) 4,86 5,88 7,71 8,68 6,72Módulo de Deformação Dinâmico - Cilindros 5x10 (GPa) 3,64 4,99 4,84 7,24 7,15Módulo de Deformação Dinâmico - Cilindros 15x30 (GPa) 2,70 4,60 4,85 5,82 6,76Módulo de Deformação Dinâmico -Placas isoladas (GPa) 3,36 4,61 6,40 7,96 6,73

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