Contos Infantis
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Índice
A Bela Adormecida ...........................................3
A Bela e a Fera ..................................................8
A Pequena Sereia ...........................................11
Branca de Neve ...........................................15
Cinderela ........................................................20
Os Três Porquinhos ........................................24
Pinóquio .........................................................29
Referência Bibliográfica ..................................34
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ra uma vez, há muito tempo, um rei e uma rainha jovens, poderosos e
ricos, mas pouco felizes, porque não tinham concretizado maior sonho
deles: terem filhos.
— Se pudéssemos ter um filho! — suspirava o rei.
— E se Deus quisesse, que nascesse uma menina! —animava-se a rainha.
— E por que não gêmeos? — acrescentava o rei.
Mas os filhos não chegavam, e o casal real ficava cada vez mais triste. Não se
alegravam nem com os bailes da corte, nem com as caçadas, nem com os
gracejos dos bufões, e em todo o castelo reinava uma grande melancolia.
Mas, numa tarde de verão, a rainha foi banhar-se no riacho que passava no
fundo do parque real. E, de repente, pulou para fora da água uma rãzinha.
— Majestade, não fique triste, o seu desejo se realizará logo: Antes que passe
um ano a senhora dará à luz uma menina.
E a profecia da rã se concretizou, e meses depois a rainha deu a luz a uma
linda menina.
O rei, que estava tão feliz, deu uma grande festa de batizado para a pequena
princesa que se chamava Aurora.
Convidou uma multidão de súditos: parentes, amigos, nobres do reino e, como
convidadas de honra, as treze fadas que viviam nos confins do reino. Mas,
quando os mensageiros iam saindo com os convites, o camareiro-mor correu
até o rei, preocupadíssimo.
— Majestade, as fadas são treze, e nós só temos doze pratos de ouro. O que
faremos? A fada que tiver de comer no prato de prata, como os outros
convidados, poderá se ofender. E uma fada ofendida…
O rei refletiu longamente e decidiu:
— Não convidaremos a décima terceira fada — disse, resoluto. — Talvez nem
saiba que nasceu a nossa filha e que daremos uma festa. Assim, não teremos
complicações.
Partiram somente doze mensageiros, com convites para doze fadas, conforme
o rei resolvera.
No dia da festa, cada uma das fadas chegou perto do berço em que dormia a
princesa Aurora e ofereceu à recém-nascida um presente maravilhoso.
— Será a mais bela moça do reino — disse a primeira fada, debruçando-se
sobre o berço.
— E a de caráter mais justo — acrescentou a segunda.
— Terá riquezas a perder de vista — proclamou a terceira.
— Ninguém terá o coração mais caridoso que o seu — afirmou a quarta.
— A sua inteligência brilhará como um sol — comentou a quinta.
Onze fadas já tinham passado em frente ao berço e dado a pequena princesa
um dom; faltava somente uma (entretida em tirar uma mancha do vestido, no
qual um garçom desajeitado tinha virado uma taça de sorvete) quando chegou
E
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a décima terceira, aquela que não tinha sido convidada por falta de pratos de
ouro.
Estava com a expressão muito sombria e ameaçadora, terrivelmente ofendida
por ter sido excluída. Lançou um olhar maldoso para a princesa Aurora, que
dormia tranqüila, e disse: — Aos quinze anos a princesa vai se ferir com o fuso
de uma roca e morrerá.
E foi embora, deixando um silêncio desanimador e os pais desesperados.
Então aproximou-se a décima segunda fada, que devia ainda oferecer seu
presente.
— Não posso cancelar a maldição que agora atingiu a princesa. Tenho poderes
só para modificá-la um pouco. Por isso, Aurora não morrerá; dormirá por cem
anos, até a chegada de um príncipe que a acordará com um beijo.
Passados os primeiros momentos de espanto e temor, o rei, decidiu tomar
providências, mandou queimar todas as rocas do reino. E, daquele dia em
diante, ninguém mais fiava, nem linho, nem algodão, nem lã. Ninguém além da
torre do castelo.
Aurora crescia, e os presentes das fadas, apesar da maldição, estavam dando
resultados. Era bonita, boa, gentil e caridosa, os súditos a adoravam.
No dia em que completou quinze anos, o rei e a rainha estavam ausentes,
ocupados numa partida de caça. Talvez, quem sabe, em todo esse tempo
tivessem até esquecido a profecia da fada malvada.
A princesa Aurora, porém, estava se aborrecendo por estar sozinha e começou
a andar pelas salas do castelo. Chegando perto de um portãozinho de ferro
que dava acesso à parte de cima de uma velha torre, abriu-o, subiu a longa
escada e chegou, enfim, ao quartinho.
Ao lado da janela estava uma velhinha de cabelos brancos, fiando com o fuso
uma meada de linho. A garota olhou, maravilhada. Nunca tinha visto um fuso.
— Bom dia, vovozinha.
— Bom dia a você, linda garota.
— O que está fazendo? Que instrumento é esse?
Sem levantar os olhos do seu trabalho, a velhinha respondeu com ar
bonachão:
— Não está vendo? Estou fiando!
A princesa, fascinada, olhava o fuso que girava rapidamente entre os dedos da
velhinha.
— Parece mesmo divertido esse estranho pedaço de madeira que gira assim
rápido. Posso experimentá-lo também? Sem esperar resposta, pegou o fuso. E,
naquele instante, cumpriu-se o feitiço. Aurora furou o dedo e sentiu um grande
sono. Deu tempo apenas para deitar-se na cama que havia no aposento, e
seus olhos se fecharam.
Na mesma hora, aquele sono estranho se difundiu por todo o palácio.
Adormeceram no trono o rei e a rainha, recém-chegados da partida de caça.
Adormeceram os cavalos na estrebaria, as galinhas no galinheiro, os cães no
pátio e os pássaros no telhado.
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Adormeceu o cozinheiro que assava a carne e o servente que lavava as
louças; adormeceram os cavaleiros com as espadas na mão e as damas que
enrolavam seus cabelos.
Também o fogo que ardia nos braseiros e nas lareiras parou de queimar, parou
também o vento que assobiava na floresta. Nada e ninguém se mexia no
palácio, mergulhado em profundo silêncio.
Em volta do castelo surgiu rapidamente uma extensa mata. Tão extensa que,
após alguns anos, o castelo ficou oculto.
Nem os muros apareciam, nem a ponte levadiça, nem as torres, nem a
bandeira hasteada que pendia na torre mais alta.
Nas aldeias vizinhas, passava de pai para filho a história da princesa Aurora, a
bela adormecida que descansava, protegida pelo bosque cerrado. A princesa
Aurora, a mais bela, a mais doce das princesas, injustamente castigada por um
destino cruel.
Alguns cavalheiros, mais audaciosos, tentaram sem êxito chegar ao castelo. A
grande barreira de mato e espinheiros, cerrada e impenetrável, parecia
animada por vontade própria: os galhos avançavam para cima dos coitados
que tentavam passar: seguravam-nos, arranhavam-nos até fazê-los sangrar, e
fechavam as mínimas frestas.
Aqueles que tinham sorte conseguiam escapar, voltando em condições
lastimáveis, machucados e sangrando. Outros, mais teimosos, sacrificavam a
própria vida.
Um dia, chegou nas redondezas um jovem príncipe, bonito e corajoso. Soube
pelo bisavô a história da bela adormecida que, desde muitos anos, tantos
jovens a procuravam em vão alcançar.
— Quero tentar também — disse o príncipe aos habitantes de uma aldeia
pouco distante do castelo.
Aconselharam-no a não ir. — Ninguém nunca conseguiu!
— Outros jovens, fortes e corajosos como você, falharam…
— Alguns morreram entre os espinheiros…
— Desista!
Muitos foram, os que tentarem desanimá-lo.
No dia em que o príncipe decidiu satisfazer a sua vontade se completavam
justamente os cem anos da festa do batizado e das predições das fadas.
Chegara, finalmente, o dia em que a bela adormecida poderia despertar.
Quando o príncipe se encaminhou para o castelo viu que, no lugar das árvores
e galhos cheios de espinhos, se estendiam aos milhares, bem espessas,
enormes carreiras de flores perfumadas. E mais, aquela mata de flores
cheirosas se abriu diante dele, como para encorajá-lo a prosseguir; e voltou a
se fechar logo, após sua passagem.
O príncipe chegou em frente ao castelo. A ponte elevadiça estava abaixada e
dois guardas dormiam ao lado do portão, apoiados nas armas. No pátio havia
um grande número de cães, alguns deitados no chão, outros encostados nos
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cantos; os cavalos que ocupavam as estrebarias dormiam em pé.
Nas grandes salas do castelo reinava um silêncio tão profundo que o príncipe
ouvia sua própria respiração, um pouco ofegante, ressoando naquela quietude.
A cada passo do príncipe se levantavam nuvens de poeira.
Salões, escadarias, corredores, cozinha… Por toda parte, o mesmo
espetáculo: gente que dormia nas mais estranhas posições.
O príncipe perambulou por longo tempo no castelo. Enfim, achou o portãozinho
de ferro que levava à torre, subiu a escada e chegou ao quartinho em que
dormia A princesa Aurora.
A princesa estava tão bela, com os cabelos soltos, espalhados nos
travesseiros, o rosto rosado e risonho. O príncipe ficou deslumbrado. Logo que
se recobrou se inclinou e deu-lhe um beijo.
Imediatamente, Aurora despertou, olhou par ao príncipe e sorriu.
Todo o reino também despertara naquele instante.
Acordou também o cozinheiro que assava a carne; o servente, bocejando,
continuou lavando as louças, enquanto as damas da corte voltavam a enrolar
seus cabelos.
O fogo das lareiras e dos braseiros subiu alto pelas chaminés, e o vento fazia
murmurar as folhas das árvores. A vida voltara ao normal. Logo, o rei e a
rainha correram à procura da filha e, ao encontrá-la, chorando, agradeceram ao
príncipe por tê-la despertado do longo sono de cem anos.
O príncipe, então, pediu a mão da linda princesa em casamento que, por sua
vez, já estava apaixonada pelo seu valente salvador.
Eles, então, se casaram e viveram felizes para sempre!
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ra uma vez um jovem príncipe que vivia no seu lindo castelo. Apesar de
toda a sua riqueza ele era muito egoísta e não tinha amigos.
Numa noite chuvosa recebeu a visita de uma velhinha que lhe pediu
abrigo só por aquela noite.
Com um enorme mal humor ele se recusou a ajudar a velhinha. Porém, o que
ele não sabia é que aquela velhinha era uma bruxa disfarçada, que já ouvira
diversas histórias sobre o egoísmo daquele jovem príncipe. Indignada com a
sua atitude, ela lançou sobre ele um feitiço que o transformara numa fera
horrível. Todos os seu criados haviam se transformado em objetos. O encanto
só poderia ser desfeito se ele recebesse um beijo de amor.
Enquanto isso, numa vila distante dali, vivia um comerciante com sua filha
chamada Bela. Eles eram pobres, mas muito felizes.
Bela adorava livros, histórias, vivia a contá-las para as crianças da vila. Seu
pai, Maurício, era comerciante e viajava muito comparando e vendendo seus
produtos diversos.
Um dia voltando de uma longa viajem, Maurício foi pego de surpresa por uma
forte tempestade, passou em frente a um castelo que parecia abandonado e
resolveu pedir acolhida. Bateu à porta, mas ninguém o atendeu. Como a porta
do castelo estava aberta resolveu entrar se proteger da chuva. Acendeu a
lareira e encontrou uma garrafa de vinho sobre a mesma. Após bebê-la acabou
adormecendo. No dia seguinte uma Fera furiosa apareceu diante dele. Quis
castigá-lo por invadir o seu castelo e assim, o fez prisioneiro.
A Fera decretou ao velho comerciante que este morreria por tal invasão.
Aterrorizado, o pobre homem suplicou:
__ Deixa que me despeça da minha filha.
A Fera concedeu-lhe o pedido. De volta a sua casa, contou o ocorrido a sua
filha. Sem medo, ela decidiu voltar ao palácio com o pai.
Uma vez no palácio da Fera, Bela tomou coragem e fez uma proposta:
- Deixa meu pai ir embora. Eu ficarei no lugar dele.
A Fera concordou, e o pobre comerciante foi embora desolado.
A jovem permaneceu com a Fera no castelo, mas não era mantida na prisão,
podia ficar em um quarto ou na biblioteca, local que muito a agradava.
Bela tinha medo de morrer, mas percebia que a Fera a tratava bem a cada dia
que passava.
Com o passar do tempo o monstro e a Bela foram ficando mais amigos. Ele se
encantava com a forma que a moça via o mundo, as pessoas a natureza.
Sentia que ela o via de uma forma diferente, além da sua aparência.
A Fera enfim havia se apaixonado, de verdade. Numa noite, ao jantarem,
pediu-a em casamento. Bela não aceitou, mas ofereceu sua amizade.
Apesar da tristeza, a Fera, aceitou o desejo da Bela.
Bela , por sua vez, passava dias muito agradáveis no castelo, sentia-se bem lá,
porém com muitas saudades do seu pobre pai.
Certo dia dia, Bela pediu permissão à Fera para visitar o seu pai.
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- Voltarei logo - prometeu.
A Fera, que nada lhe podia negar, a deixou partir. Bela passou muitos dias
cuidando de seu pai, que estava doente, tinha envelhecido de tristeza
pensando que tinha perdido a filha para sempre.
Quando Bela retornou ao palácio, encontrou a Fera no chão meio morta de
saudade por sua ausência. Então Bela soube o quanto era amada.
Bela se desesperou, também sentia um algo forte pela Fera. Amizade, amor
compaixão.
- Não morras, caso-me contigo - disse-lhe chorando.
Comovida, a Bela beijou a Fera... e nesse momento o monstro transformou-se
num belo príncipe. Enfim, o encanto havia se desfeito. A Fera encontrou
alguém que o amava de verdade, além da sua aparência grotesca. Afinal, a
verdadeira beleza está no coração.
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Pequena Sereia era a filha caçula do rei Tritão, era uma sereia
diferente das outras cinco irmãs. Era muito quieta, não era difícil vê-la
distante e pensativa.
Desde os dez anos, a Pequena Sereia guardava uma estátua de um jovem
príncipe que havia encontrado num navio naufragado. Passava às vezes horas
contemplando a estátua, que aguçava ainda mais sua vontade de conhecer o
mundo da superfície. Porém esse seu desejo só poderia ser realizado quando
completasse quinze anos, nessa idade é dada a permissão para as sereias
nadarem até a superfície do mar.
Para a Pequena Sereia esse dia especial parecia nunca chegar. Ela
acompanhava a cada ano, os quinze anos de cada uma das suas irmãs,
ansiosa para que o seu dia chegasse em breve também, e escutava atento o
relato de cada uma delas sobre tudo aquilo que viram.
As irmãs contavam sobre os barulhos da cidade, as luzes, o céu, os pássaros,
sobre as pessoas, animais, eram tantas as novidades que só aumentava o
desejo da Pequena Sereia de conhecer aquele mundo.
A Pequena Sereia queria ver as cores douradas que surgiam no céu, quando o
sol de escondia no horizonte. A chuva, com as nuvens cor de chumbo.
Conhecer o arco-íris, as flores, as montanhas, as plantas.
Às vezes as cinco irmãs subiam juntas à superfície para passear, e a Pequena
sereia ficava triste em seu quarto, no castelo, sentia uma enorme angústia e
uma coisa estranha, parecia ter vontade de chorar, embora as sereias não
chorem, pois não têm lágrimas.
Até que o dia tão esperado chegou, o coração da Pequena Sereia saltitava de
felicidade. Recebeu de presente da sua avó um colar de pérolas, símbolo da
realeza.
A pequena sereia chegou à superfície na hora do pôr do sol. O céu estava
dourado com nuvens rosadas. Ela ficou maravilhada com o que via.
Ela avistou um grande navio com três mastros e nadou até ele. O céu
escureceu e no navio foram acesas centenas de lanternas coloridas. A
sereiazinha nadou contornando o navio e, pela escotilha do salão viu pessoas
alegres, dançando. Um rapaz em especial, chamou-lhe atenção.
Passadas algumas horas, o vento começou a soprar forte. A lua e as estrelas
sumiram do céu e começaram a surgir trovões e relâmpagos.
O mar estava revolto, ondas gigantescas atacavam o navio. Os marujos
assustados, retiraram as velas do navio. As pessoas gritavam assustadas. O
navio balançava muito, até que uma onda gigantesca o tombou para o lado. A
escuridão foi total.
Um raio iluminou o céu e a Pequena Sereia viu pessoas gritando e tentando se
salvar nadando.
De repente a sereiazinha viu o príncipe. Ele estava se afogando. Ela sentia que
tinha que ajudá-lo. Ela nadou entre os destroços do navio e o alcançou.
O jovem príncipe estava desmaiado. Ela segurou firmemente, mantendo a
cabeça dele para fora da água, e flutuou com ele até a tempestade passar.
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Ao raiar do sol, a sereiazinha verificou que o príncipe respirava tranqüilamente.
Ela ficou aliviada em ver que ele estava bem, ficou tão contente que o beijou.
Nadou com ele até uma praia, o dentou na areia e escondeu-se atrás das
rochas.
Ela viu que existiam algumas casinhas por perto, certamente alguém o
encontraria.
Logo uma jovem apareceu na praia e foi caminhando na direção do rapaz. O ,
que até então, estava desmaiado acordou e sorriu para a moça. A moça correu
para buscar ajuda e em pouco tempo o príncipe foi levado ao vilarejo.
A sereiazinha ficou aliviada por ter salvado o jovem, mas ficou triste pois temia
não vê-lo novamente.
A Pequena Sereia voltou para o seu castelo no fundo do mar. As irmãs a
encontraram triste e quieta. Após longa insistência das irmãs, a sereiazinha
contou-lhes toda a sua aventura.
Uma das irmãs sabia quem era o príncipe e sabia que ele morava em um
castelo à beira-mar.
As seis sereias nadaram até lá. Esconderam-se atrás de uns rochedos,
esperaram até que viram o príncipe e viram que ele estava bem.
A pequena sereia pensava muito no jovem príncipe. Ela daria sua vida para ser
humana e encontrar-se com o príncipe nem que fosse só por um dia.
Seu pai, o rei Tritão estava preocupado com a filha, nem as festas no palácio
alegravam a jovem sereia. Ela nem cantava mais nas festas, todos adoravam
ouvi-la cantar, sua voz era linda.
Numa noite, a Pequena Sereia tomou uma decisão: foi procurar a feiticeira do
mar.
A feiticeira é uma bruxa, mora no meio dos redemoinhos, cercada de plantas
cheias de espinhos e animais peçonhento e perigosos.
A sereiazinha acreditava que a única pessoa capaz de ajudá-la a transformar-
se em humana, seria a feiticeira.
A feiticeira concordou em lhe dar duas pernas, mas a sereiazinha só se tornaria
humana se o príncipe se apaixonasse e casasse com ela. Avisou que a
sereiazinha sentiria terríveis dores nas pernas par ao resto da vida e nunca
mais poderia voltas ao fundo do mar. Caso o príncipe não se apaixonasse por
ela e casasse com outra moça, depois da noite do casamento, o primeiro raio
de sol transformaria a Pequena Sereia em espuma.
A sereiazinha ficou assustada, mas aceitou correr o risco, pois queria estar
com o seu amado.
Em troca dos serviços da feiticeira, a jovem lhe daria a sua voz.
Mesmo assim, a sereiazinha aceitou a proposta, estava decidida a tentar.
A feiticeira deu-lhe um frasco contendo a poção que lhe daria as pernas .Em
seguida roubou-lhe a voz.
A sereiazinha não se despediu de ninguém, nadou em direção ao palácio do
príncipe. Foi então, que ela tomou a poção dada pela feiticeira. Imediatamente
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sentiu terríveis dores como se punhais lhe rasgassem a cauda.
A dor foi tamanha que a jovem não agüentou e desmaiou.
Quando amanheceu, a princesa acordou, na praia, ao seu lado estava o
príncipe, olhando-a curioso e preocupado.
A sereiazinha percebeu que estava sem roupa, e possuía duas pernas no lugar
de sua cauda. Cobriu-se então com seus longos cabelos.
O príncipe quis saber seu nome e o que acontecera. Porém, a jovem não
conseguia falar, não tinha mais sua voz.
O príncipe a levou para o palácio, onde foi cuidada e alimentada. A sereiazinha
passou a viver feliz naquele lugar ao lado do príncipe. Sofria terríveis dores
sempre que andava, era como se algo furasse seus pés. Mas nada era
superior a sua felicidade em estar com o seu amado.
Cada dia que passava, o príncipe gostava mais da pequena sereia, As pessoas
do palácio também se encantavam com a pequena sereia. Porém o coração do
príncipe e seus pensamentos pertenciam à jovem que o encontrara na praia,
ele achava que ela o havia salvo.
Um dia a pequena sereia descobriu que o rei planejava casar o príncipe com a
filha do rei vizinho. Eles fariam uma viagem de navio para conhecer a futura
noiva.
A pequena sereia ficou muito triste, se o príncipe se casasse com outra ela
morreria. Ficou cheia de esperança quando o jovem príncipe lhe confidenciou
que nãos e casaria com a jovem escolhida pelo seu pai, pois já amava outra
moça.
A sereiazinha acompanhou a família real na viagem.
Na hora em que conheceu a futura noiva, o príncipe ficou encantado, era a
mesma moça da praia.
A pequena sereia viu que o príncipe estava apaixonado. Naquela mesma noite
ele casou-se com a jovem princesa, a moça da praia.
Enquanto todos festejavam, a princesa sofria de tristeza. Foi então para o
convés observar o mar. Nesse momento ela viu suas irmãs, todas de cabelos
curtos.
Deram seus cabelos à feiticeira em troca de um punhal mágico. A Pequena
Sereia precisaria matar seu amado com aquele punhal, antes do amanhecer,
assim, poderia voltar a ser sereia e viver no fundo do mar.
A sereiazinha muito triste pegou o punhal, foi até o quarto do príncipe e vendo-
o dormindo tranquilo ao lado da sua esposa, saiu correndo dali.
A sereiazinha tinha um coração bom, e seu amor era verdadeiro, não poderia
jamais matar o seu amado. Sendo assim, ela se dirigiu ao convés do navio, já
estava amanhecendo. A sereiazinha, então, atirou-se no mar, no mesmo
instante o primeiro raio de sol surgiu no horizonte, e assim o feitiço se realizou,
a Pequena Sereia virou espuma branca do mar.
16
m dia, a rainha de um reino bem distante bordava perto da janela do
castelo, uma grande janela com batentes de ébano, uma madeira
escuríssima. Era inverno e nevava muito forte.
A certa altura, a rainha desviou o olhar para admirar os flocos de neve que
dançavam no ar; mas com isso se distraiu e furou o dedo com a agulha.
Na neve que tinha caído no beiral da janela pingaram três gotinhas de sangue.
O contraste foi tão lindo que a rainha murmurou:
— Pudesse eu ter uma menina branquinha como a neve, corada como sangue
e com os cabelos negros como o ébano…
Alguns meses depois, o desejo da rainha foi atendido.
Ela deu à luz uma menina de cabelos bem pretos, pele branca e face rosada. O
nome dado à princesinha foi Branca de Neve.
Mas quando nasceu a menina, a rainha morreu. Passado um ano, o rei se
casou novamente. Sua esposa era lindíssima, mas muito vaidosa, invejosa e
cruel.
Um certo feiticeiro lhe dera um espelho mágico, ao qual todos os dias ela
perguntava, com vaidade:
— Espelho, espelho meu, diga-me se há no mundo mulher mais bela do que
eu.
E o espelho respondia:
— Em todo o mundo, minha querida rainha, não existe beleza maior.
O tempo passou. Branca de Neve cresceu, a cada ano mais linda…
E um dia o espelho deu outra resposta à rainha.
— A sua enteada, Branca de Neve, é agora a mais bela.
Invejosa e ciumenta, a rainha chamou um de seus guardas e lhe ordenou que
levasse a enteada para a mata e lá a matasse. E que trouxesse o coração de
Branca de Neve, como prova de que a missão fora cumprida.
O guarda obedeceu. Mas, quando chegou à mata, não teve coragem de enfiar
a faca naquela lindíssima jovem inocente que, afinal, nunca fizera mal a
ninguém.
Deixou-a fugir. Para enganar a rainha, matou um veadinho, tirou o coração e
entregou-o a ela, que quase explodiu de alegria e satisfação.
Enquanto isso, Branca de Neve fugia, penetrando cada vez mais na mata,
ansiosa por se distanciar da madrasta e da morte.
Os animais chegavam bem perto, sem a atacar; os galhos das árvores se
abriam para que ela passasse.
Ao anoitecer, quando já não se agüentava mais em pé de tanto cansaço,
Branca de Neve viu numa clareira uma casa bem pequena e entrou para
descansar um pouquinho.
Olhou em volta e ficou admirada: havia uma mesinha posta com minúsculos
sete pratinhos, sete copinhos, sete colherezinhas e sete garfinhos. No cômodo
superior estavam alinhadas sete caminhas, com cobertas muito brancas.
Branca de Neve estava com fome e sede. Experimentou, então uma colher da
sopa de cada pratinho, tomou um gole do vinho de cada copinho e deitou-se
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em cada caminha, até encontrar a mais confortável. Nela se ajeitou e dormiu
profundamente.
Os donos da casa voltaram tarde da noite; eram sete anões que trabalhavam
numa mina de diamantes, dentro da montanha.
Logo que entraram, viram que faltava um pouco de sopa nos pratos, que os
copos não estavam cheios de vinho…Estranho.
Lá em cima, nas camas, as cobertas estavam mexidas…E na última cama —
surpresa maior! — estava adormecida uma linda donzela de cabelos pretos,
pele branca como a neve e face vermelha como o sangue.
— Como é linda! — murmuraram em coro.
— E como deve estar cansada — disse um deles —, já que dorme assim.
Decidiram não incomodar; o anão dono da caminha onde dormia a donzela
passaria a noite numa poltrona.
Na manhã seguinte, quando despertou, Branca de Neve se viu cercada pelos
sete anões barbudinhos e se assustou. Mas eles logo a acalmaram, dizendo-
lhe que era muito bem-vinda.
— Como se chama? — perguntaram.
— Branca de Neve.
— Mas como você chegou até aqui, tão longe, no coração da floresta?
Branca de Neve contou tudo. Falou da crueldade da madrasta, da sua ordem
para matá-la, da piedade do caçador que a deixara fugir, desobedecendo à
rainha, e de sua caminhada pela mata até encontrar aquela casinha.
— Fique aqui, se gostar… — propôs o anão mais velho.
— Você poderia cuidar da casa, enquanto nós estamos na mina, trabalhando.
Mas tome cuidado enquanto estiver sozinha. Cedo ou tarde, sua madrasta
descobrirá onde você está, e se ela a encontrar… Não deixe que ninguém
entre! É mais seguro.
Assim começou uma vida nova para Branca de Neve, uma vida de trabalho.
E a madrasta? Estava feliz, convencida de que beleza de mulher alguma
superava a sua.
Mas, um dia, teve por acaso a idéia de interrogar o espelho mágico:
— Espelho, espelho meu, diga-me se há no mundo mulher mais bela do que
eu.
E o espelho respondeu com voz grave:
— Na mata, na casa dos mineiros, querida rainha, está Branca de Neve, mais
bela que nunca!
A rainha entendeu que tinha sido enganada pelo guarda: Branca de Neve ainda
vivia! Resolveu agir por si mesma, para que não houvesse no mundo inteiro
mulher mais linda do que ela.
Pintou o rosto, colocou um lenço na cabeça e irreconhecível, disfarçada de
velha mercadora, procurou pela mata a casinha dos anões. Quando achou,
bateu à porta e Branca de Neve, ingenuamente, foi atender.
A malvada ofereceu-lhe suas mercadorias, e a princesa apreciou um lindo cinto
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colorido.
— Deixe-me ajudá-la a experimentar o cinto. Você ficará com uma cintura
fininha, fininha — disse a falsa vendedora, com uma risada irônica e estridente,
apertando cada vez mais o cinto.
E apertou tanto, tanto, que Branca de Neve se sentiu sufocada e desmaiou,
caindo como morta. A madrasta fugiu.
Pouco depois, chegaram os anões. Assustaram-se ao ver Branca de Neve
estirada e imóvel.
O anão mais jovem percebeu o cinto apertado demais e imediatamente o
cortou. Branca de Neve voltou a respirar e a cor, aos poucos, começou a voltar
a sua face; melhorou e pôde contar o ocorrido.
— Aquela velha vendedora ambulante era a rainha disfarçada — disseram logo
os anões.
— Você não deveria tê-la deixado entrar. Agora, seja mais prudente.
Enquanto isso, a perversa rainha, já no castelo, consultava o espelho mágico e
se surpreendeu ao ouvi-lo dizer:
— No bosque, na casa dos anões, minha querida rainha, há Branca de Neve,
mais bela que nunca.
Seu plano fracassara! Tentaria novamente.
No dia seguinte, Branca de Neve viu chegar uma camponesa de aspecto gentil,
que lhe colocou na janela uma apetitosa maçã, sem dizer nada, apenas
sorrindo um sorriso desdentado. A princesinha nem suspeitou de que se
tratava da madrasta, numa segunda tentativa.
Branca de Neve, ingênua e gulosa, mordeu a maçã. Antes de engolir a primeira
mordida, caiu imóvel.
Dessa vez, devia estar morta, pois o socorro dado pelos anões, quando
regressaram da mina, nada resolveu.
Não acharam cinto apertado, nem ferimento algum, apenas o corpo caído.
Branca de Neve parecia dormir; estava tão linda que os bons anõezinhos não
quiseram enterrá-la.
— Vamos construir um caixão de cristal para a nossa Branca de Neve, assim
poderemos admirá-la sempre.
O esquife de cristal foi construído e levado ao topo da montanha. Na tampa,
em dourado, escreveram: “Branca de Neve, filha de rei”.
Os anões guardavam o caixão dia e noite, e também os animaizinhos da mata
– veadinhos, esquilos e lebres —todos choravam por Branca de Neve.
Lá no castelo, a malvada rainha interrogava o espelho mágico:
— Espelho, espelho meu, diga-me se há no mundo mulher mais bela do que
eu.
A resposta era invariável.
— Em todo o mundo, não existe beleza maior.
Branca de Neve parecia dormir no caixão de cristal; o rosto branco como a
neve e de lábios vermelho como sangue, emoldurado pelos cabelos negros
como ébano. Continuava tão linda como enquanto vivia.
19
Um dia, um jovem príncipe que caçava por ali passou no topo da montanha.
Bastou ver o corpo de Branca de Neve para se apaixonar, apesar de a donzela
estar morta. Pediu permissão aos anões para levar consigo o caixão de cristal.
Havia tanta paixão, tanta dor e tanto desespero na voz do príncipe, que os
anões ficaram comovidos e consentiram.
— Está bem. Nós o ajudaremos a transportá-la para o vale. A donzela Branca
de Neve será sua.
Com o caixão nas costas, puseram-se a caminho.
Enquanto desciam por um caminho íngreme, um anão tropeçou numa pedra e
quase caiu. Reequilibrou-se a tempo.
O abalo do caixão, porém, fez com que o pedaço da maçã envenenada, que
Branca de Neve trazia ainda na boca, caísse. Assim a donzela se reanimou.
Abrindo os olhos e suspirando se sentou e, admirada, quis saber:
— O que aconteceu? Onde estou?
O príncipe e os anões, felizes, explicaram tudo.
O príncipe declarou-se a Branca de Neve e pediu-a em casamento. Branca de
Neve aceitou, felicíssima.
Foram para o palácio real, onde toda a corte os recebeu.
Foram distribuídos os convites para a cerimônia nupcial. Entre os convidados
estava a rainha madrasta — mas ela mal sabia que a noiva era sua enteada.
Vestiu-se a megera suntuosamente, pôs muitas jóias e, antes de sair,
interrogou o espelho mágico:
— Espelho, espelho meu, diga-me se há no mundo mulher mais bela do que
eu.
E o fiel espelho:
— No seu reino, a mais bela é você; mas a noiva Branca de Neve é a mais
bela do mundo.
Louca de raiva, a rainha saiu apressada para a cerimônia. Lá chegando, ao ver
Branca de Neve, sofreu um ataque: o coração explodiu e o corpo estourou,
tamanha era sua ira.
Mas os festejos não cessaram um só instante. E os anões, convidados de
honra, comeram, cantaram e dançaram três dias e três noites. Depois,
retornaram para sua casinha e sua mina, no coração da mata.
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ra uma vez um homem cuja primeira esposa
tinha morrido, e que tinha casado novamente com uma mulher muito
arrogante. Ela tinha duas filhas que se pareciam em tudo com ela.
O homem tinha uma filha de seu primeiro casamento. Era uma moça
meiga e bondosa, muito parecida com a mãe.
A nova esposa mandava a jovem fazer os serviços mais sujos da
casa e dormir no sótão, enquanto as “irmãs” dormiam em
quartos com chão encerado.
Quando o serviço da casa estava terminado, a pobre moça
sentava-se junto à lareira, e sua roupa ficava suja de cinzas. Por
esse motivo, as malvadas irmãs zombavam dela. Embora Cinderela
tivesse que vestir roupas velhas, era ainda cem vezes mais bonita
que as irmãs, com seus vestidos esplêndidos.
O rei mandou organizar um baile para que seu filho escolhesse uma
jovem para se casar, e mandou convites para todas as pessoas
importantes do reino. As duas irmãs ficaram contentes e só
pensavam na festa. Cinderela ajudava. Ela até lhes deu os melhores
conselhos que podia e se ofereceu para arrumá-las para o evento.
As irmãs zombavam de Cinderela, e diziam que ela nunca poderia ir
ao baile.
Finalmente o grande dia chegou. A pobre Cinderela viu a madrasta
e as irmãs saírem numa carruagem em direção ao palácio, em seguida
sentou-se perto da lareira e começou a chorar.
Apareceu diante dela uma fada, que disse ser sua fada madrinha, e
ao ver Cinderela chorando, perguntou: “Você gostaria de ir
ao baile, não é?”
“Sim”, suspirou Cinderela.
“Bem, eu posso fazer com que você vá ao baile”, disse
a fada madrinha.
Ela deu umas instruções esquisitas à moça: “Vá ao jardim e
traga-me uma abóbora.” Cinderela trouxe e a fada madrinha esvaziou a abóbora
até ficar só a casca. Tocou-a com a varinha
mágica e a abóbora se transformou numa linda carruagem dourada!
Em seguida a fada madrinha transformou seis camundongos em cavalos lindos,
tocando-os com sua varinha mágica. Escolheu também
uma rato que tivesse o bigode mais fino para ser o cocheiro mais bonito do mundo.
Então ela disse a Cinderela, “Olhe atrás do regador. Você encontrará seis lagartos ali.
Traga-os aqui.”
Cinderela nem bem acabou de trazê-los e a fada madrinha
transformou-os em lacaios. Eles subiram atrás da carruagem, com
seus uniformes de gala, e ficaram ali como se nunca tivessem feito
outra coisa na vida.
Quanto a Cinderela, bastou um toque da varinha mágica para
transformar os farrapos que usava num vestido de ouro e prata,
E
22
bordado com pedras preciosas. Finalmente, a fada madrinha lhe deu
um par de sapatinhos de cristal.
Toda arrumada, Cinderela entrou na carruagem. A fada madrinha
avisou que deveria estar de volta à meia-noite, pois o encanto
terminaria ao bater do último toque da meia-noite.
O filho do rei pensou que Cinderela fosse uma princesa
desconhecida e apressou-se a ir dar-lhe as boas vindas. Ajudou-a a
descer da carruagem e levou-a ao salão de baile. Todos pararam e
ficaram admirando aquela moça que acabara de chegar.
O príncipe estava encantado, e dançou todas as músicas com
Cinderela. Ela estava tão absorvida com ele, que se esqueceu
completamente do aviso da fada madrinha. Então, o relógio do
palácio começou a bater doze horas. A moça se lembrou do aviso da
fada e, num salto, pôs-se de pé e correu para o jardim.
O príncipe foi atrás mas não conseguiu alcançá-la. No entanto, na
pressa ela deixou cair um dos seus elegantes sapatinhos de
cristal.
Cinderela chegou em casa exausta, sem carruagem ou os lacaios e
vestindo sua roupa velha e rasgada. Nada tinha restado do seu
esplendor, a não ser o outro sapatinho de Cristal.
Mais tarde, quando as irmãs chegaram em casa, Cinderela
perguntou-lhes se tinham se divertido. As irmãs, que não tinham
percebido que a princesa desconhecida era Cinderela, contaram tudo
sobre a festa, e como o príncipe pegara o sapatinho que tinha
caído e passou o resto da noite olhando fixamente para ele,
definitivamente apaixonado pela linda desconhecida.
As irmãs tinham contado a verdade, pois alguns dias depois o
filho do rei anunciou publicamente que se casaria com a moça em
cujo pé o sapatinho servisse perfeitamente.
Embora todas as princesas, duquesas e todo resto das damas da
corte tivessem experimentado o sapatinho, ele não serviu em
nenhuma delas.
Um mensageiro chegou à casa de Cinderela trazendo o sapatinho.
Ele deveria calçá-lo em todas as moças da casa. As duas tentaram
de todas as formas calçá-lo, em vão.
Então, Cinderela sorriu e disse, “Eu gostaria de
experimentar o sapatinho para ver se me serve!”
As irmãs riram e caçoaram dela, mas o mensageiro tinha recebido
ordens para deixar todas as moças do reino experimentarem o
sapatinho. Então, fez Cinderela sentar-se e, para surpresa de
todos, o sapatinho serviu-lhe perfeitamente!
As duas irmãs ficaram espantadas, mas ainda mais espantadas
quando Cinderela tirou o outro sapatinho de cristal do bolso e
calçou no outro pé.
Nesse momento, surgiu a fada madrinha, que tocou a roupa de
Cinderela com a varinha mágica. Imediatamente os farrapos se
transformaram num vestido ainda mais bonito do que aquele que
havia usado antes.
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A madrasta e suas filhas reconheceram a linda
“princesa” do baile, e caíram de joelhos implorando
seu perdão, por todo sofrimento que lhe tinham causado.
Cinderela abraçou-as e disse-lhes que perdoava de todo o coração.
Em seguida, no seu vestido esplêndido, ela foi levada à presença
do príncipe, que aguardava ansioso sua amada.
Alguns dias mais tarde, casaram-se e viveram felizes para
sempre.
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ra uma vez, na época em que os animais falavam, três porquinhos que
viviam felizes e despreocupados na casa da mãe.
A mãe era ótima, cozinhava, passava e fazia tudo pelos filhos. Porém,
dois dos filhos não a ajudavam em nada e o terceiro sofria em ver sua mãe
trabalhando sem parar.
Certo dia, a mãe chamou os porquinhos e disse:
__Queridos filhos, vocês já estão bem crescidos. Já é hora de terem mais
responsabilidades para isso, é bom morarem sozinhos.
A mãe então preparou um lanche reforçado para seus filhos e dividiu entre os
três suas economias para que pudessem comprar material e construírem uma
casa.
Estava um bonito dia, ensolarado e brilhante. A mãe porca despediu-se dos
seus filhos:
__Cuidem-se! Sejam sempre unidos! - desejou a mãe.
Os três porquinhos, então, partiram pela floresta em busca de um bom lugar
para construírem a casa. Porém, no caminho começaram a discordar com
relação ao material que usariam para construir o novo lar.
Cada porquinho queria usar um material diferente.
O primeiro porquinho, um dos preguiçosos foi logo dizendo:
__ Não quero ter muito trabalho! Dá para construir uma boa casa com um
monte de palha e ainda sobra dinheiro para comprar outras coisas.
O porquinho mais sábio advertiu:
__ Uma casa de palha não é nada segura.
O outro porquinho preguiçoso, o irmão do meio, também deu seu palpite:
__ Prefiro uma casa de madeira, é mais resistente e muito prática. Quero ter
muito tempo para descansar e brincar.
__ Uma casa toda de madeira também não é segura - comentou o mais velho-
Como você vai se proteger do frio? E se um lobo aparecer, como vai se
proteger?
__ Eu nunca vi um lobo por essas bandas e, se fizer frio, acendo uma fogueira
para me aquecer! - respondeu o irmão do meio- E você, o que pretende fazer,
vai brincar conosco depois da construção da casa?
__Já que cada um vai fazer uma casa, eu farei uma casa de tijolos, que é
resistente. Só quando acabar é que poderei brincar. – Respondeu o mais
velho.
O porquinho mais velho, o trabalhador, pensava na segurança e no conforto do
novo lar.
Os irmãos mais novos preocupavam-se em não gastar tempo trabalhando.
__Não vamos enfrentar nenhum perigo para ter a necessidade de construir
uma casa resistente. - Disse um dos preguiçosos.
Cada porquinho escolheu um canto da floresta para construir as respectivas
casas. Contudo, as casas seriam próximas.
O Porquinho da casa de palha, comprou a palha e em poucos minutos
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construiu sua morada. Já estava descansando quando o irmão do meio, que
havia construído a casa de madeira chegou chamando-o para ir ver a sua
casa.
Ainda era manhã quando os dois porquinhos se dirigiram para a casa do
porquinho mais velho, que construía com tijolos sua morada.
__Nossa! Você ainda não acabou! Não está nem na metade! Nós agora vamos
almoçar e depois brincar. – disse irônico, o porquinho do meio.
O porquinho mais velho porém não ligou para os comentários, nem par a as
risadinhas, continuou a trabalhar, preparava o cimento e montava as paredes
de tijolos. Após três dias de trabalho intenso, a casa de tijolos estava pronta, e
era linda!
Os dias foram passando, até que um lobo percebeu que havia porquinhos
morando naquela parte da floresta. O Lobo sentiu sua barriga roncar de fome,
só pensava em comer os porquinhos.
Foi então bater na porta do porquinho mais novo, o da casa de palha. O
porquinho antes de abrir a porta olhou pela janela e avistando o lobo começou
a tremer de medo.
O Lobo bateu mais uma vez, o porquinho então, resolveu tentar intimidar o
lobo:
__ Vá embora! Só abrirei a porta para o meu pai, o grande leão!- mentiu o
porquinho cheio de medo.
__ Leão é? Não sabia que leão era pai de porquinho. Abra já essa porta. –
Disse o lobo com um grito assustador.
O porquinho continuou quieto, tremendo de medo.
__Se você não abrir por bem, abrirei à força. Eu ou soprar, vou soprar muito
forte e sua casa irá voar.
O porquinho ficou desesperado, mas continuou resistindo. Até que o lobo
soprou um a vez e nada aconteceu, soprou novamente e da palha da casinha
nada restou, a casa voou pelos ares. O porquinho desesperado correu em
direção à casinha de madeira do seu irmão.
O lobo correu atrás.
Chagando lá, o irmão do meio estava sentado na varanda da casinha.
__Corre, corre entra dentro da casa! O lobo vem vindo! – gritou desesperado,
correndo o porquinho mais novo.
Os dois porquinhos entraram bem a tempo na casa, o lobo chegou logo atrás
batendo com força na porta.
Os porquinhos tremiam de medo. O lobo então bateu na porta dizendo:
__Porquinhos, deixem eu entrar só um pouquinho! __ De forma alguma Seu
Lobo, vá embora e nos deixe em paz.- disseram os porquinhos.
__ Então eu vou soprar e soprar e farei a casinha voar. O lobo então furioso e
esfomeado, encheu o peito de ar e soprou forte a casinha de madeira que não
agüentou e caiu.
Os porquinhos aproveitaram a falta de fôlego do lobo e correram para a
casinha do irmão mais velho.
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Chegando lá pediram ajuda ao mesmo.
__Entrem, deixem esse lobo comigo!- disse confiante o porquinho mais velho.
Logo o lobo chegou e tornou a atormentá-los:
__ Porquinhos, porquinhos, deixem-me entrar, é só um pouquinho!
__Pode esperar sentado seu lobo mentiroso.- respondeu o porquinho mais
velho.
__ Já que é assim, preparem-se para correr. Essa casa em poucos minutos irá
voar! O lobo encheu seus pulmões de ar e soprou a casinha de tijolos que nada
sofreu.
Soprou novamente mais forte e nada.
Resolveu então se jogar contra a casa na tentativa de derrubá-la. Mas nada
abalava a sólida casa.
O lobo resolveu então voltar para a sua toca e descansar até o dia seguinte.
Os porquinhos assistiram a tudo pela janela do andar superior da casa. Os dois
mais novos comemoraram quando perceberam que o lobo foi embora.
__ Calma , não comemorem ainda! Esse lobo é muito esperto, ele não desistirá
antes de aprende ruma lição.- Advertiu o porquinho mais velho.
No dia seguinte bem cedo o lobo estava de volta à casa de tijolos. Disfarçado
de vendedor de frutas.
__ Quem quer comprar frutas fresquinhas?- gritava o lobo se aproximando da
casa de tijolos.
Os dois porquinhos mais novos ficaram com muita vontade de comer maçãs e
iam abrir a porta quando o irmão mais velho entrou na frente deles e disse: -__
Nunca passou ninguém vendendo nada por aqui antes, não é suspeito que na
manhã seguinte do aparecimento do lobo, surja um vendedor?
Os irmãos acreditaram que era realmente um vendedor, mas resolveram
esperar mais um pouco.
O lobo disfarçado bateu novamente na porta e perguntou:
__ Frutas fresquinhas, quem vai querer?
Os porquinhos responderam:
__ Não, obrigado.
O lobo insistiu:
Tome peguem três sem pagar nada, é um presente.
__ Muito obrigado, mas não queremos, temos muitas frutas aqui.
O lobo furioso se revelou:
__ Abram logo, poupo um de vocês!
Os porquinhos nada responderam e ficaram aliviados por não terem caído na
mentira do falso vendedor.
De repente ouviram um barulho no teto. O lobo havia encostado uma escada e
estava subindo no telhado.
Imediatamente o porquinho mais velho aumentou o fogo da lareira, na qual
cozinhavam uma sopa de legumes.
O lobo se jogou dentro da chaminé, na intenção de surpreender os porquinho
entrando pela lareira. Foi quando ele caiu bem dentro do caldeirão de sopa
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fervendo.
___AUUUUUUU!- Uivou o lobo de dor, saiu correndo em disparada em direção
à porta e nunca mais foi visto por aquelas terras.
Os três porquinhos, pois, decidiram morar juntos daquele dia em diante. Os
mais novos concordaram que precisavam trabalhar além de descansar e
brincar.
Pouco tempo depois, a mãe dos porquinhos não agüentando as saudades, foi
morar com os filhos.
Todos viveram felizes e em harmonia na linda casinha de tijolos.
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ra uma vez, um senhor chamado Gepeto. Ele era um homem bom, que
morava sozinho em uma bela casinha numa vila italiana.
Gepeto era marceneiro, fazia trabalhos incríveis com madeira,
brinquedos, móveis e muitos outros objetos. As crianças adoravam os
brinquedos de Gepeto.
Apesar de fazer a felicidade das crianças com os brinquedos de madeira,
Gepeto sentia-se muito só, e por vezes triste. Ele queria muito ter tido um filho,
e assim resolveu construir um amigo de madeira para si.
O boneco ficou muito bonito, tão perfeito que Gepeto entusiasmou-se e deu-lhe
o nome de Pinóquio.
Os dias se passaram e Gepeto falava sempre com o Pinóquio, como se este
fosse realmente um menino.
Numa noite, a Fada Azul visitou a oficina de Gepeto. Comovida com a solidão
do bondoso ancião, resolveu tornar seu sonho em realidade dando vida ao
boneco de madeira.
E tocando Pinóquio com a sua varinha mágica disse:
__Te darei o dom da vida, porém para se transformar num menino de verdade
deves fazer por merecer . Deve ser sempre bom e verdadeiro como o seu pai,
Gepeto.
A fada incumbiu um saltitante e esperto grilo na tarefa de ajudar Pinóquio a
reconhecer o certo e o errado, dessa forma poderia se desenvolver mais rápido
e alcançar seu almejado sonho: tornar-se um menino de verdade.
No dia seguinte, ao acordar, Gepeto percebeu-se que o seu desejo havia se
tornado realidade.
Gepeto, que já amava aquele boneco de madeira como seu filho, agora
descobria o prazer de acompanhar suas descobertas, observar sua inocência,
compartilhar sua vivacidade. Queria ensinar ao seu filho, tudo o que sabia e
retribuir a felicidade que o boneco lhe proporcionava.
Sendo assim, Gepeto resolveu matricular Pinóquio na escola da vila, para que
ele pudesse aprender as coisas que os meninos de verdade aprendem, além
de fazer amizades.
Pinóquio seguia a caminho da escola todo contente pensando em como
deveria ser seu primeiro dia de aula estava ansioso para aprender a ler e
escrever.
No caminho porém encontrou dois estranhos que logo foram conversando com
ele. Era uma Raposa e um Gato, que ficaram maravilhados ao ver um boneco
de madeira falante e pensaram em ganhar dinheiro às custas do mesmo.
__ Não acredito que você vai a escola! Meninos espertos preferem aprender na
escola da vida! – falou a Raposa se fazendo de esperta.
_ Vamos Pinóquio, sem desviar do nosso caminho! Gritou o pequeno e
responsável grilo.
A Raposa e o Gato começaram a contar que estavam indo assistir ao show do
teatro de marionetes. Pinóquio não conseguiu vencer sua curiosidade, para ele
tudo era novidade, queria conhecer o teatro divertido, do qual os dois estranhos
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falavam.
__ Acho até que você poderá trabalhar no teatro, viajar conhecer novas
pessoas, ganhar muito dinheiro e comprar coisas para você e para quem você
gosta. Continuou a instigar a Raposa.
O pequeno grilo continuou a falar com Pinóquio, mas este estava tão
empolgado que nem o escutava mais.
Pinóquio então, seguiu com a Raposa e o Gato, rumo à apresentação do teatro
de marionetes, deixando seu amigo grilo para trás.
A Raposa e o Gato venderam o boneco par ao dono do teatro de marionetes.
Pinóquio sem perceber o acontecido atuou na apresentação dos bonecos e fez
grande sucesso com o público.
Ao final da apresentação, Pinóquio quis ir embora, porém o dono do teatro vai
em Pinóquio a sua chance de ganhar muito dinheiro, sendo assim o trancou
numa gaiola.
Pinóquio passou a noite preso, chorando, lembrou do seu pai e teve medo de
não vê-lo novamente.
Já estava amanhecendo quando o Grilo enfim, conseguiu encontrar Pinóquio.
Mas não o conseguiu libertar da gaiola. Nesse momento, apareceu a Fada Azul
que perguntou ao boneco o que havia acontecido.
Pinóquio mentiu, contou que havia se perdido e encontrado o dono do teatro de
marionetes, que o prendeu e o obrigou aa trabalhar para ele.
Pinóquio se assustou com o que havia acontecido em seguida.Seu nariz dobrar
de tamanho. Assustado, o boneco começou a chorar.
__ Não chore, Pinóquio! disse a Fada Azul abrindo com a sua varinha mágica o
cadeado da gaiola. __ Sempre que você mentir seu nariz o denunciará e
crescerá. A mentira é algo aparente, é errado e não deve fazer parte de quem
possui um bom coração.- Continuou a Fada.
__ Não quero ter esse nariz! Eu falo a verdade! Quis saber como era um teatro
de marionetes e sai do meu caminho.Acabei me dando mal.
__ Não minta novamente, Pinóquio! Lembre-se que para ser um menino de
verdade, você deve fazer por merecer.- disse a fada , desaparecendo em
seguida.
Pinóquio estava voltando para casa com o grilo, quando viu três crianças
correndo sorridentes em uma direção oposta à sua.
Como era muito curioso, Pinóquio perguntou a um dos meninos onde ele ia.
__ Estamos indo pegar um barco para a Ilha da Diversão.Lá existe um enorme
parque com brinquedos e doces à vontade. Criança lá não estuda.Só se
diverte!
Pinóquio achou a ideia de uma ilha como aquela tentadora.Parou no meio do
caminho e olhou na direção dos meninos que corriam.
__ Não, Pinóquio! Dúvida, não! O que eles estão fazendo parece bom,
divertido, mas é errado. Fazer o que é errado traz más consequências. – disse
o esperto grilo. Os meninos, já um pouco distantes chamavam Pinóquio para ir
32
junto.
__Ah! Grilo, eu vou só conhecer a ilha,. Não ficarei lá para sempre.- disse o
inocente boneco, já correndo em direção aos meninos.
O grilo não concordou, mas seguiu Pinóquio, afinal era responsável por ele.
Pinóquio entro num barco cheio de crianças que ia para a tal ilha.
Ao chegarem na ilha, as crianças correram em direção aos brinquedos. Podia-
se brincar à vontade,comer doces o quanto quisessem.
O grilo observava, desapontado, o boneco se divertindo.
A noite chegou, e as crianças exaustas de tanto brincar, dormiram no chão,
espalhadas pelo parque. Algumas sentiam dores na barriga de tanto comer
doces.
Pinóquio estava quase dormindo, quando o grilo o acordou.
__Pinóquio, o que está acontecendo?
__O que grilo? Estou com sono.Está acontecendo que todos estão dormindo. -
disse o boneco sonolento.
_ Não estou falando disso, Pinóquio! Falo das orelhas de vocês! Estão com
orelhas... de burro! – disse o grilo preocupado.
Pinóquio despertou e assustado correu em direção a um lago, para ver seu
reflexo na água.
Várias crianças já haviam percebido o que estava acontecendo e choravam
assustadas.
Pinóquio ficou com m muito medo, pois via que outras crianças já estavam
também com rabo de burro.
O grilo chamou o boneco para saírem imediatamente da ilha. Devia ser algum
feitiço.Em troca da diversão que tiveram estavam se transformando em burros.
Pinóquio correu em direção a um pequeno barco.Com ele, iam o grilo e outras
crianças. Porém, ninguém conseguia dirigir o barco.
Pinóquio, chorando, chamou a fada Azul.
_ Fada Azul, por favor, nos ajude!
A fada apareceu, ficou feliz por Pinóquio pedir ajuda também pelas outras
crianças.
Ao perguntar ao boneco o que havia acontecido, a Fada recebeu deste outra
mentira. Pinóquio mentiu que havia seguido um menino que ia para a mesma
vila que o Gepeto morava e acabaram se perdendo.
No mesmo instante, o nariz do boneco começou a crescer.
Assustado, Pinóquio lembrou do que a fada havia dito e falou a verdade.
Seu nariz voltou ao normal, e a Fada anulou o feitiço que estava fazendo
Pinóquio e as outras crianças se transformarem em burros.
Pinóquio seguiu com o grilo em direção à sua casa na vila. Sentia muita
saudade do seu pai Gepeto. Estava começando a entender que o seu pai
queria sempre o melhor para ele, e o melhor, naquele momento, era a seu lar,
a escola e a vila.
Ao chegar em casa, Pinóquio não encontrou Gepeto. Com medo, ficou
imaginando que Gepeto poderia ter morrido de tristeza com o seu sumiço. Mas
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o grilo encontrou um bilhete de Gepeto, pendurado na porta.
No bilhete, Gepeto dizia que ia de barco procurar o seu filho amado.
Pinóquio foi em direção à praia, junto com o grilo.
Chegando lá, não viram nenhum sinal do barco do Gepeto.
Pinóquio ficou sabendo por uns pescadores que um pequeno barco havia sido
engolido por uma baleia naquela manhã.
O boneco imediatamente pensou que se tratava de Gepeto e atirou-se ao mar,
para procurar a tal baleia.
O grilo foi atrás de Pinóquio. Ambos nadaram bastante até encontrarem uma
enorme criatura.
O grilo avisou ao boneco que aquela era uma baleia. Pinóquio se colocou na
frente do animal e em poucos segundos foi engolido por ela. O grilo que o
acompanhava todo o tempo,também foi engolido.
Ao chegarem no estômago do animal, viram um pequeno barco e Gepeto,
triste, cabisbaixo, sentado com as mãos na cabeça.
Ao ver o boneco, Gepeto sorriu e correu ao seu encontro.
Pinóquio abraçou o pai e pediu desculpas por ter agido mal.
__ A única coisa que importa, meu filh,o, é que você está bem. -disse o
bondoso velhinho
Pinóquio teve a idéia de fazerem uma fogueira com pedaços de madeira do
barco, assim a baleia podia espirrar e atirá-los para fora da sua barriga.
O plano deu certo, e a baleia espirrou o barco onde estavam Gepeto, Pinóquio
e o grilo.
Ao chegarem à praia, Pinóquio e Gepeto novamente se abraçaram felizes por
ter dado tudo certo.
_ Prometo ser obediente, papai! Não mentir e cumprir meus deveres. –disse o
boneco.
Gepeto ficou orgulhoso do filho. Sabia que Pinóquio tinha aprendido valiosas
lições.
Nesse momento, a Fada Azul apareceu e sorridente disse ao boneco:
__ Você aprendeu as diferenças entre o bem e o mal. O valor do amor, da
lealdade .Tudo o que fazemos tem uma conseqüência, que pode ser boa ou
ruim dependendo de como agimos. Por tudo o que você aprendeu e pelo modo
como agiu, agora farei de você será um menino de verdade!
Assim, a Fada transformou Pinóquio em um menino de verdade. E este viveu
muito feliz com o seu pai, Gepeto, e com o amigo grilo.
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Referência Bibliográfica
Referência
Bibliográfica: www.qdivertido.com.br