CONSULTA PEDIÁTRICA Medicina – UCPEL Núcleo de Pediatria Professora Luiza Novaes.
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CONSULTA PEDIÁTRICA
Medicina – UCPELNúcleo de PediatriaProfessora Luiza Novaes
PEDIATRIA
A especialidade médica que cuida da criança e do adolescente
SUS – até 12 anos
Privado – até 20 anos
Fazer com que o ser humano ao atingir a idade adulta esteja
apto a exercer plenamente seu potencial (Murahovschi).
MISSÃO
Paidós – cçaIatréia - medicina
PEDIATRIA
PUERICULTURA – conjunto de métodos epráticas destinados a assegurar o pleno crescimento e o desenvolvimento orgânico e psíquico da criança
Puer – cçaCultura da cça
PEDIATRIA
PUERICULTURA – ajudar a criar uma criança saudável; mais do que tratar
doenças, fazer PREVENÇÃO!
Controle de fatores de risco: vacinas, prevenção de acidentes, higiene oral, sono, alimentação
O nascimento da Pediatria
metade do século XVIII – a existência como ciência; construção social infância (Philippe Ariés – História
social da criança e da família. Rio de Janeiro, Zahar, 1981);
modelo biomédico – corpo como “máquina”; nomenclatura em 1872; criança como cidadão: Declaração de Genebra, 1924;
Declaração Universal dos Direitos da Criança, ONU, 1959.
Um modelo de atendimento mais aberto, mais humano, mais criativo, capaz de lidar com a diversidade presente nas
reais situações vividas pela criança e pelo adolescente.
O que busca hoje a Pediatria?
O novo paradigma , um novo modelo de atendimento em saúde
BIOPSICOSSOCIAL
A criança como um sistema vivo, cujos componentes estão ligados e interdependentes, pertencente a um sistema maior, social e ambiental, altamente complexo.
A SAÚDE – o resultado de um equilíbrio dinâmico, expressa em uma experiência subjetiva de bem-estar.
Sistemas interdependentesSistemas interdependentes
individual
social
ambiental
É uma concepção sistêmica não só de saúde como de vida
É uma concepção sistêmica não só de saúde como de vida
Modelo ecológico do desenvolvimento humano de Urie Bronfenbrenner (1980)
O ambiente ecológico
O desenvolvimento da criança acontece no jogo entre seu potencial genético de crescimento, as características dos diversos contextos, as relações que existirem com suas respectivas influências.
Provérbio africano: é preciso uma aldeia para criar uma criança
M a c ro sistem aAtitud e s e id e o lo g ia s
Exosistem aFa m ília e xte nsa
M eso siste m a
M ic rosistem a
C ria nç aSexoId a d eSa úd eTe m p e ra m e ntoe tc .
Fa m ília
C onsultam éd ic a
Ig re ja
Área d e jo gose b rinc a d e ira s
Esc o la
C o le ga se a m ig os
Vizinha nç a
Serviç osjuríd ic os
Serviç os d e sa úde e a ssistênc ia soc ia l
M a ssm éd ia
Am igosd a fa m ília
coleta de informações indireta; qualidade do informante; sentimento de culpa materno relação conteúdo versus processo; postura, indumentária, atitude, discurso:
evitar o jargão médico; pediatra como figura de castigo; o brincar, as brincadeiras; evitar pré-julgamentos, preconceitos.
C r ia n ç a
M ã e P e d ia tr a
A RELAÇÃO TRIANGULAR
DICAS
Não fale com crianças de forma condescendente, mas como médico;
Não transmita à criança seu pensamento de que os sentimentos, preocupações ou idéias delas são infantis;
Não ria do que uma criança diz a menos que você tenha certeza que a criança quer ser engraçada;
Não tente sempre ser engraçado ou divertido – faça conhecimento, contato prévio;
Não provoque a criança que você não conhece – só se ela puder lhe provocar também;
Com lactentes pequenos, em encontros iniciais, estabeleça contato olho-olho, à meia distância, com voz sussurrada.
Condições necessárias a um bom vínculo com a criança e a família
Capacidade de identificação com os sentimentos alheios – EMPATIA (sintonia; sentir o que o outro sente, sentir no lugar do outro);
Solidariedade do ponto de vista emocional; Capacidade de dialogar com a criança, com a mãe, com
a família – estimular questões e discussões– Acima de 13 anos – é o próprio informante– 4-5 anos – é possível dirigir-se à criança
A “escuta”- apreensão, compreensão daquilo que é dito, mas também daquilo que só é percebido, observado nos silêncios, nas condutas ou nas atitudes, buscando desvendar o mundo das relações interpessoais (Ceccim).
DICAS
PALAVRAS-CHAVES HOJE NA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE: Cumplicidade; Parceria; Co-responsabilidade: criança e família como agentes ativos do processo saúde (Francesco Bellino, Fundamentos de bioética.Aspectos antropológicos, ontológicos e morais.Edusc, São Paulo, 1997)
“O novo paciente já não é tão paciente!” (Scliar)
Um processo de auto-conhecimento e auto-educação para viver melhor e com mais SAÚDE
Respeito e compreensão da linguagem, atitudes, preconceitos e valores culturais do informante;
Permissão para a exposição de sentimentos – medo, culpa – fantasias a respeito da doença/tratamento;
Habilidade para conduzir a anamnese; Disponibilidade para o atendimento; Capacidade de encaminhar a solução dos problemas; O apreço pela criança – o SORRISO O diálogo não médico; O nomear a criança.
DICAS: estar por dentro dos desenhos da TV, dos programas e leituras preferidos, dos resultados do futebol, dos últimos acontecimentos do universo infantil.
ANAMNESE PEDIÁTRICA
EXAME FÍSICO
HIGIENE DAS MÃOS SEMPRE!
ÁLCOOL GLICERINADO À DISPOSIÇÃO!
EXAME FÍSICO
PARTICULARIDADES DO EXAME FÍSICO PEDIÁTRICO
“Obra de arte mais do que ciência”
O início do exame físico – quando? A maneira – como? O local – onde? A verdade – qual? A retirada das roupas – por que? O examinador – quantos? O final – com o quê?DICA: Não esquecer a higiene das mãos!
TIPOS DE COMPORTAMENTO E REAÇÃO DA CRIANÇA AO EXAME
o passivo – nem sempre saudávelo relutante – o que sofre ameaçaso cooperador – acostumado, com conhecimentoo resignado – o assíduo no serviçoo ativo – o curioso, o dito “normal”o birrento – segundo ano de vida
DICA: Não rotule a criança, respeite seus sentimentos de angústia, medo, ansiedade frente à consulta. Utilize deste conhecimento para ajudá-la.
A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA
Hipótese ou diagnóstico?Hipótese única ou múltipla?Hipótese ausente?Exames complementares?
DICAS Em relação aos exames, não superutilizar para não subutilizar; Proibido dizer – seu filho não tem nada!
A PRESCRIÇÃO Letra legível; nunca abreviaturas, siglas; Orientações escritas e explicadas – linguagem simples; Receituário com folha de tamanho razoável; Distribuição de material impresso – educação em saúde sempre; Mínimo possível de medicamentos; Aspectos econômicos da família Conhecimento do que prescreve; Conhecimento do esperado; Via e doses de preferência; horário exequível.
DICA: Remédio não é guloseima!
BIBLIOGRAFIA
MARCONDES, E. et al. Pediatria Básica. MURAHOVSKI, J. et al. Pediatria, Diagnóstico e Tratamento. 6 ed. São Paulo: Sarvier, 2003.Nelson. Livro texto de Pediatria.TÄHKA, V. O relacionamento médico-paciente. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.