CONSTRUINDO CONCEITOS: o LlJDICO NA EDUCA
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PATRICIA MICHELE FABRI DE MELO
CONSTRUINDO CONCEITOS:
o LUDICO NA EDUCA<;Ao INFANTIL
Monografia apresentada ao CUI'$O de Pedagogiada Fac:uldade de Ciencias Humanas, letras eArtes da Universidade Tuiuti do Parana, comorequisitc parcial para a obtenyflo do grau deLicenciatura Plena em Pedagogia.Orienbdor: Renata Gross
Curitiba2005
)'5?¥' Universidade Tuiuti do Parana~
FACULDADE DE ClENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
Curso de Pedagogia
TERMO DE APROVA<;:AO
NOME DO ALUNO: PATRfclA MICHELE FABRI DE MELO
TfTULO: 'Construindo Conceitos: 0 /udico na educarao infantil"
TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL
PARA A OBTEN<;:AO DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOGIA, DO CURSO DE
PEDAGOGIA DA FACULDADE DE CI~NClAS HUMANAS, LETRAS E ARTES, DA
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA.
MEMBROS DA COMI~S- AVALIADORA:
RENA TO GROSS . }\,(1J'\-ORIENTADORA
OLGA MARIA SILVA MA OS II~/lt-tr / -MEMBRO DA BANCA v.; oJ"""I
MARIA FRANCISCA VILAS BOAS LEFFERA-/-~MEMBRO DA BANCA ~
DATA: 15/06/2005.
MEDIA: J2,Q_C~ JCURITIBA - PARANA
2005
SUMARIO
INTRODUi;:AO ..........................................................................•.............................. 5
1 CONSTRUINDO CONCEITOS .......................•.........................•...•......................... 8
1.1 JOGOS E BRINCADEIRAS 9
1.2 JOGOS E BRINCADEIRAS: IMPORTANCIA 10
1.3 JOGOS E BRINCADEIRAS: TIPOS 13
1.4 EXEMPLOS DE JOGOS E BRINCADEIRAS ..
1.4.1 BINGO DOS NOMES ..
1.4.2 JOGO DAS CAIXINHAS ..
1.4.3 CAryA - NOMES .
1.4.4 CORRE - CUTIA ..
1.4.5 JOGO DOS BOTOES .
.. 14
. 14
. 15
.. 16
. 17
.. 18
1.4.6 JOGO DAS INICIAIS ..
1.4.7 CORRIDA NA TRILHA ..
1.4.8 JOGOTATIL ...
1.4. 9 CARAS E CARETAS ..
1.4.10 BOMDIA ..
1.4.11 QUEIJO .
1.4.12 MAoZINHAS FALANTES ..
1.4.13 A CASA DOS CABRITINHOS ..
. 19
. 19
. 19
.. 20
.. _ 20
. 20
.. 21
.. .. 21
2 JOGOS E BRINCADEIRAS NA VISAO DE PIAGET 23
2.1 ESTAGIO SENSORIO-MOTOR.. .. 23
2.2 ESTAGIO PRE-OPERACIONAL.. . 25
2.3 ESTAGIO DAS OPERAryOES CONCRETAS 27
2.4 ESTAGIO DAS OPERA<;:OESFORMAlS. ... 28
3 JOGOs E BRINCADEIRAs NA VlsAO DE VIGOTsKY 29
40 LUDICO NA VISAO DE PROFEssOREs 33
CONCLUsAO 36
REFERENCIAs 38
ANEXO 39
RESUMO
Este trabalho apresenta a importancia da constru,ao de conceitos atraves de umapratica significativa na Educa,ao Infanti!. Para a crian,a nesta faixa etaria, econstante 0 ato de brincar, podendo utilizar-s8 deste para promover a aprendizagemde uma maneira interessante, prazerosa e divertida.Atraves de Jogos e Brincadeiras, possibilita 0 despertar do interesse no aluno, emque este atuara de forma prazerosa sem ao menes perceber 0 que estaaprendendo. Contem neste, tipos de Jogos e exemplos que facilitam aaprendizagem.Em outros momentos, trata-se da visao de Piaget, Vygotsky e professores sobre aimportancia desta pratica ludica para 0 desenvolvimento e eiabora9aO doconhecimento na Educa9'lo Infanti!.Para os professores atraves de urn questionario realizado, percebe-se que estes ternconsciencia da importancia do ato educativo atraves do Judico, porem muitas naorealizam esta pratica diariamente.
Palavras-chave - Construc;ao do conhecimento, pratica significativa, Jogos eBrincadeiras.
INTRODU~Ao
As crianc;as ao serem inseridas no ambito escolar, norma!mente apresentam-
se inseguras par estarem em urn ambiente e com pessoas estranhas, tendo
dificuldades em se adaptar neste novo meio Par este motive e de extrema
importancia que a escata seja urn local em que a crian9CI sinta vontade em
freqOentar, tendo esta uma pra.tica que ela goste e S8 torne urn habito prazeroso
diario.
Analisando e refletindo neste habito diario tendo em vista a idade pre-escolar,
visa-s8 algo que permita a aprender de uma maneira dinamic8, pensando-se en tao
em pro pastas educativas atraves de brincadeiras e jogos. Estas atividades ludicas
facilitariam a adaptacyao 80 meio, par estarem totalmente ligadas ao brincar, pratica
con stante de crian98s desta faixa etaria. Ao mesmo tempo possibilitariam a
motivac;ao e estimulac;ao visando-se a construyao e aprimorac;ao de conceitos.
Mas, ao pensar em atividades ludicas na escola com esta dupla func;ao,
surge a pergunta: Como 0 ludico pode promover a construc;ao de conceitos e
desenvolvimento com crian<;as de Educa<;:ao Infantil?
Com embasamento nesta indagac;aa, comec;au 0 desenvalvir!lento deste
Trabalho de Conclusao de Curso (TCC), tendo como objetivo identificar a constru<;:ao
de canceitos atraves de jogos e brincadeiras; compreender a importancia do ludico
para a desenvolvimento da crian9<3 na Educac;ao Infantil e identificar e avaliar alguns
jog os e brincadeiras que auxiliam na construc;ao de conceitos.
Portanto, ao propor uma pratica con stante na escola atraves de atividades
dinamicas, faz-se necessaria refletir tambem e tornar-se ciente sobre a papel, as
finalidades e a importfmcia do ludico na Educa<;:ao Infantil, para que haja uma
atuac;.ao responsavel que permita 0 desenvolvimento integral da crianya, nesta fese
que e a base para a educando.
Desta forma, para se aprofundar e concluir este trabalho visa-se a
observac;aoe atuac;aono Colegio Martinus Port~o que se localiza na rua Arthur
Mohr, n° 144, a realizac;:ao de pesquisas de diferentes autores que estudam 0
assunto em questao e a desenvolvimento de questionarios contendo perguntas
abertas e fechadas sabre a pratica educativa de alguns profissionais na area da
educac;ao,da Educac;aoInfanti!.
1 CONSTRUINDO CONCEITOS
E importante que as escolas identifiquem desde 0 infcio do ana, as
conhecimentos que a crian98 ja adquiriu, pois esta ao entrar na escola, traz consigo
conceitos farmadas no decorrer de sua vivencia. No entanto, faz-s8 necessaria que
partindo desta constatac;ao 0 educador elabore a sua aula, possibilitando uma
construc;ao de novas conhecimentos e reconstrur;ao dos ja obtidos. Sendo assim, a
pratica educativa passa a ser elaborada e transmitida de uma maneira significativa
para 0 aluno, chamando a sua atenc;ao e estimulando-o a aprender com disposic;ao
e interesse
Tendo em vista as textos dos autores que ja fcram lidos sabre 0 tema
escolhido para a monografia "Construindo conceitos: 0 Judico na Educayao Infantil",
destaca-se Macedo (1993), par deixar claro que a construtivismo permite a
transformayao e a constru9ao de conceitos, 0 que faz com que haja mais
questionamentos e interesse por parte dos alunos, havendo assim uma
concord~mcia com 0 que 58 acredita e se visualiza como algo de extrema
importancia na pratica educativ8. 0 autor cita tambern a importancia de se respeitar
os conceitos que 0 atuno traz de suas experiencias tendo em vista a aprirnora9-3o
dos mesmos, tornando uma pratica mUlto rnais significativa para 0 atun0.
o artigo deixa explfcita a importancia de se trabalhar com 0 construtivismo,
paiS este possibilita a reftexao do atuno, fazendo com que este tenha uma formac;ao
mais critica de seus conhecimentos.
Desta forma, Macedo coloca que ao construtivismo 0 conhecimento s6 tern
sentido enquanto uma teoria da a~o (em sua perspectiva logico-matematica) e nao
enquanto uma teoria de representa9ao, esclarecendo sabre a significac;ao do que
esta sendo trabalhado em sala com as alunos, para que estes fiquem motivados e
participem de maneira ativa da aula.
Rangel (1987). afirma tambem algo que se considera importante para a
forma9ao da criant;a, afirmando que a Matematica deve priorizar a construc;.ao dos
conceitos matematicos, atraves de sua experimenta9Ao ativa, para posterior
formalizac;ao destes conceitos atraves da linguagem, 0 que em meu ponto de vista e
essencial para que 0 aluno se tome parte do processo de seu proprio conhecimento.
Esta autora apresenta em seu livre brincadeiras que as alunos podem realizar para
iniciar e agu9ar ainda mais a sua curiosidade, mostrando a importimcia da 8c;aO das
criant;as para a construyao do conhecimento.
Ao ler os textos dos dais autores citados aeima, pereebe-se que estou me
aprofundando teoricamente em pontos que ja observ~ e pratico em minha vida
profissional, deixando visivel e comprovado que a teoria estudada e de extrema
importancia e realmente fundona se for estudada e aplicada aos alunos,
possibilitando a forma<;liodo conhecimento.
Desta forma. esta pratica permite que os alunos sejam estimulados de
maneira que se preocupem em buscar mais as seus conhecimentos e aprimorando
as seus conceitos de modo dinamico e mais produtivo.
1.1 JOGOS E BRINCADEIRAS
Nesta seyao ressalta-se a vi sao de varios auto res sabre jogos, brincadeiras e
sua impartancia para a construyao de conceitos em crianc;as que estudam na
Educa<;lio Infanti!. Tendo em vista estes aspectos abordam-se os seguintes itens:
1.2 JOGOS E BRINCADEIRAS: IMPORTANCIA
Antigamente nao S8 preocupava com a prazer da crian<;a ao estudar na idade
pre-escolar; as crianr;as apenas tinham acesso ao aprendizado de maneira
tradicional ern que eram submetidas a atividades mecanicas. Atualmente em
algumas instituir;6es 0 que prevatece e 0 aprendizado de modo prazeroso,
propiciando a crianya a alegria em aprender, a vontade e a busca do conhecimento
para a construyc3o de conceitos. Assim, visa-s8 0 aprender brincando, em que as
crianC;8s de maneira ludica acabam par construir e reformutar conceitos.
Os Jogos e Brincadeiras na Educar;ao Infantil sao de extrema importancia,
pois as alunos de forma espontanea desenvolvem habilidades e constroem
conceitos.
Ao brincar as crianr;as desenvolvem habilidades, soltam a imaginayao e
realizam representacy6es. Partindo das brincadeiras na escola, a professora tern a
possibilidade de fornecer a crianc;a subsidios para aprender de forma prazerosa, em
que 0 aluno sentira vontade de freqOentar a escola e ao mesmo tempo aprendera
sem ao menos perceber.
Ao pensar em urna pratica significativa que constr6i e reconstroi
conhecimento, visa-se uma pratica em que as alunos sintam~se interessados e
tenham prazer em aprender aprimorando seus conhecimentos ja obtidos de uma
mane ira ludica.
Tendo em vista, esta mane ira interessante e prazerosa de se aprender, visa-
se a inclusao de jogos e brincadeiras constantemente na Educac;ao Infanti!.
Considerando~se que na Educa~o Infantil, as alunos estao se adaptando e criando
urn vinculo no ambiente escolar e de fundamental importancia que estes sintam
g05tO e vontade de freqilentar a e5coia, aiem de que, como cita VigOt5ky (1996)
II
neste nlvel de desenvolvimento fisico, nao ha ainda atividade teerica abstrata, e a
conscifmcia das eoisas, par conseguinte. emerge naJa, primeiramente sob forma de
a<;<3o.Ficando claro que a crian<;a nesta fase ira adquirir mais conhecimento S8
participar de jogos e brincadeiras, a que faz com que aja sabre as objetos
manipulando-os e aprendendo primeiramente com 0 concreto. Par este motivQ a
escola deve oportunizar ao atuno diversas atividades ludicas, pois a partir destas
praticas e que 0 atuno va; interagir e refletir com os dernais alunos e S8 deparar com
a que ja saba entrando em seguida em confiito com 0 seu conhecimento. Em que eQ
S8 sentir desafiado, ira buscar solU96es para os seus problemas.
Desta forma, e de fundamental importancia a utiliza9ao de jogos e
brincadeiras na escola, pais estes auxiliam a desenvolvimento infantil, a construyaQ
ou a potencializa~o de conhecimentos.
Afirma-se no Referencial Curricular Nacional para a Educa,tlo Infantil
(Brasil, 1998), que a jogo se constitui em atividade ludica distinla da pedagogic,";
tornando-se uma estrategia didatica quando as situar;6es sao planejadas e
orientadas pelo adulto visando a uma finalidade de aprendizagem, ou seja,
proporcionando a crianr;8 algum tipo de conhecimento, alguma relac;ao ou atitude.
Tendo em vista esta afirma980, percebe-se a papel importante que cabe ao
professor, pais este deve ser um mediador do conhecimento,'- apresentando
situar;oes ludicas com 0 objetivo ja pre-9stabelecido. Tendo 0 jogo, uma dupla
func;.ao, a ludica e a educativa, sendo este um divertimento e prazer como tambem 0
desenvolvimento do lado afetivo, cognitivo, fisico, social e moral.
Assim, e de suma importfmcia que 0 professor saiba selecianar as j0905 e
brincadeiras sabendo ° para quem e per que quer que seu aluno jogue ou brinque
com a que selecionou, tendo em mente sempre algo que 0 aluno possa construir
12
com aquilo que est'; sendo aplicado. Como cita Lopes: "E importante que 0
educador, ao utilizar 0 jogo, tenha definidos objetivos a alcanc;ar e saiba escolher 0
jogo adequado ao momenta educativo" (p.36, 2000).
No livre "Jogos em Grupe na Educa,ao Infanlif"de Kamii e Devries (1991), as
autoras expressam seus pensamentos de maneira que acaba fortalecendo a
importancia da pratica educativa atravas da construc;ao do conhecimento, deixando
claro 0 que observo na tnstitui9ao em que trabalho, que e a importancia dos {ogos.
Assim, deixa-se visivel que os jogos contribuem e muito para a construc;ao dQ
conhecimento, fazendo com que as crianc;as descubram a resposta de sua maneira,
criando suas pr6prias perguntas. Assim a interessante, que a professor parta destas
perguntas para trabalhar em sala, tornando a aula mais significativa e interessante; Q
que pratico e considero mais valioso para a formac;ao dos alunos. As autoras citadas
logo acima, tambem ressaltam que acreditam que as crian9Cls aprendem muito mais
atraves de jogos em grupos do que em muitas atividades em folhas, 0 que e mais
urn ponto que me deparo em minha experiencia profissional e apeio, pois ao realizar
jogos os alunos se desenvolvem, constroem seus conhecimentos e aprendem de
maneira ludica e motivadora, sendo uma aula muito mais produtiva do que quando
se trabalha uma atividade pronta e sem significado algum para os alunos.
Em suma, a pratica educativa atraves de jogo e de extrema importancia na
Educac;ao Infantil, pais esta possibilita que as alunos explorem 0 que os cerca;
melhorem sua agilidade ffsica, experimentem seus sentidos e desenvolvam suas
operac;oes menta is.
Desta forma, considera-se fundamental na Educa9iio Infantil 0 trabalho de
maneira ludica, ja que as alunos ir~oaprender com suas pr6prias ac;oes na atividade
13
realizada, cabendo ao professor medlar 0 conhecimento, fazendo reflexoes e
discuss6es sabre 0 que gerou tal assimila<;ao e tal acomodacyao.
1.3 JOGOS E BRINCADEIRAS: TIPOS
Neste subtitulo serao apresentadas algumas brincadeiras e jogos que podem
ser realizados com as criant;as, possibilitando a constru<;ao do conhecimento de
uma maneira mais significativa e prazerosa. Pois MJogos sao atividades em que nos
exercitamos brincando, distraindo-nos, de maneira alegre e prazerosa, ate mesma
sem perceber" (TEIXEIRA, 1997, p.33). E brincar, de acordo com dicionario
Michaelis significa: MbrincQ+ar, divertir-se infantilmente, entreter-se, folg8r-se, foliar,
agitar-se com movimenlos graciosos ( ... J" (1998).
Assim ao jogar e brincar as crianyas estao S8 distraindo, S8 movimentando,
au seja, agindo sabre 0 meio, pOrl3m na cita9aO a seguir ressalta a diferen<;a nesta
pratica.
A existencia de regras em todos os jogos e uma caracteristica marcante. Haregras expHcitas, como no xadrez au amaretinha, regras impHcitas como nabrincadeira de faz-de-conta, em que a menina se faz passar peta mae Quecuida da fitha. sao regras internas, ocultas. que ordenam e conduzem .iii
brincadeira (Kishimoto. p.24, 2000).
Assim, percebe-se que em todos os jogos tem regras explicltas e ja em
algumas brincadeiras, como e a caso do faz-de-conta, nao tem reg res c1aras, porem
os alunos ao brincarem, se baseiam na realidade e acabam seguindo regras
vivenciadas par eles.
Tendo em vista os jog os, suas finalidades e a maneira de jogar de acordo
com Teixeira (1997, p. 33 - 34) estes podem ser classificados em:
• Jogos Sensoriais: Sao aqueles em que auxiliam no desenvolvimento dos
sentidos.
14
• Jogos Motores: Sao os jogos que exigem que todo 0 corpo se movimente,
dependendo principalmente dos museu los.
* Jogos de raciocinio:_Estes jogos propiciam 0 desenvolvimento do raciacinio, em
que e necessaria a reflexao para que estes sejam realizados.
* Jogos recreativos:_Quando aD realizar 0 jogo, as crianc;as apenas se divertem e
S8 descontraem.
* Jogos pre~desportivos: Quando as crian<;as alam de S8 divertirem S8 preparam
para urn desporto.
o essencial e que estes variados tipos de jogos, fac;am parte do ambiente
escolar, sendo esses associ ado entre conhecimento as atividades hjdicas.
a professor ao propor urn jogo au brincadeira, deve-s8 ter em mente qua! Q
objetivo daquela atividade.
14- EXEMPLOS DE JOGOS E BRINCADEIRAS
A seguir serao expHcitas algumas brincadeiras e jogos que podem $I;!:f
adaptados conforme a idade das criancr8s, que poderao ser utilizados para auxiliar
no desenvolvimento das crian<yas de forma saudavel e prazerosa, e que constam no
acervo pessoal desta autora, e que sao rotineiramente utitizados na sua ayao
docente.
1.4.1 BINGO DOS NOMES
Material: Cartel as com 0 nome dos alunos, bot6es e alfabeto de borracha QU
madeira e um cartucho que caiba as letras.
Modelo da cartela -
15
u c A sL
Disposicao dos alunos: Os alunos poderao estar sentados em seus lug ares au em
circulo.
Encaminhamento: Nesta atividade, 0 professor devera no inicio sort ear uma letra do
cartucho, em que as alunos deverao olha-Ia e verificar S8 na cartela com a seu nome
tern esta letra, S8 tiver 0 aluno marcara com urn batao S8 nao esperara 0 sarteio das
demais letras.
Ganhara 0 aluno que com pie tar primeiro todas as letras do seu nome.
Quando as crianc;:as ja identificarem todas as letras do seu nome, 0 professor
podera trocar as cartelas entre as alunos, para perceberem como e a escrita do
nome dos amigos identificando as demais letras.
1.4.2 - JOGO DAS CAIXINHAS
Material: Caixinhas de fosforo, papel com letras escrita, papel contact colarido e
names escrito em papel.
Modelo da caixinha:
16
LEONARDO
Disposicao dos alunos: Os alunos poderao estar sentados nas mesas em grupos de
quatro, em duplas au individual mente, depende do abjetivo de cada professor
Encaminhamento: Cada atuno devera ter uma caixinha de f6sforo contendo 0 nome
escrito em cima como a modelo e dentro as tetras do nome separadas. Os alunos
deverao observar a nome da caixa e monta-Io utilizando as tetras de dentro da caixa.
Os alunos podem reeeber uma caixinha e em duplas montar 0 nome solicitado au
entao cada atuno pode mantar 0 seu nome.
Oepois de algum tempo a professora podera mudar as names par Qutras
palavras que para os alunos sao significativas, para que eles a montem.
1.4.3 - CAr;A - NOMES
Material: Folhas com 0 ca9<3-nomes conforme 0 modelo:
ANA
PEDRO
ROBERTO
CARLA
VITOR
PAULA
17
FGSAXZCARLA
ANAFGHPEDRO
SFRQWPAULAE
ROB E R T 0 B C N S
VITORBFGZAW
Disposicao dos alunos: Os alunos poderao estar dispostos em seus proprios lugares
au em duplas.
Encaminhamento: Os alunos I duplas, deveriio observar as palavras expostas e
encontra-Ias no cac;a-nomes.
1.4.4 - CORRE - CUTIA
Material: Fichas contendo 0 nome dos alunos.
Oisposicao des alunos: Em drculo com urn aluno 80 centro.
Encaminhamento: 0 professor distribui as fichas aleatoriamente para as alunos. Ao
receber a ficha com 0 nome do col ega, a crianc;a naG pode mostra-Ia a ninguem.
18
Segue-se, entao, a conhecida brincadeira carre - cutia, mas 0 lencinho esubstituido pel a ficha: urna das crian9C!s anda em torna da roda recitando ~Corre -
cutia" et ao final, joga a ficha no centro da roda. A crian~ cujo nome estiver escrito
na ficha deve levantar -se e correr atras da primeira ate pega-la QU ate que ela S8
sente no lugar vazio da roda - que e 0 lugar da segunda. Se a crianc;a for pega;
devera falar urna palavra que comeee com a letra de seu nome.
"Corre, cutia, na casa da tia.
Corre, cipo, na casa da avo.
Lencinho na mao
Caiu no chao.
Mot;:a bonita, do meu corayao,
Posso jogar"
(A roda responde) Pode.
Ninguem vai olhar?
( A roda responde) Nao." (COCCO & HAILER, 1996, p.55)
1.4. 5 - JOGO DOS BOTllES
Material: 80t6e5 de diversas cores e tamanhos.
Disposicao dos alunos: Alunos dispostos em grupos de quatro na mesa.
Encaminhamento:Cada equipe recebe um conjunto de botoes. Duas criant;:as
combinam entre si a criteria de agrupamento (cor, forma, tamanho, numero de
furinhos, etc) e agrupam as botoes de acordo com a criteria escolhido. As outras
duas crianc;as observam, tentando adivinhar qual foi 0 criteria utilizado para fazer as
agrupamentos. Depois as duplas se revezam.
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1.4.6 - JOGO DAS INICIAIS
Material: Dadas com as iniciais dos alunos.
Oisposicao dos alunos: Alunos em pe ern cfrculo.
Encaminhamento: Urn dos alunos sorteado pela professora inicia a brincadeira, em
Que devera jogar 0 dado, a letra que cair este devera pegar 0 cracha cuja 0 nome do
amigo que cornece com tal letra. 0 amigo que inicia com a letra e 0 proximo jogador.
Se 0 atuno nao acertar devera indicar urn amigo para ajuda-Io.
1.4.7 - CORRIDA NA TRILHA
Material: Tabuleiro com figuras de animais (trilhas) para 3 ou 5 participantes, dados
com simbolos convencionados para representar quantidades (1 para cada 5
participantes) e tampinhas de refrigerante para andar na trilha.
Disposicao dos alunos: No chao ou sentado nas cadeiras jogando na mesa.
Encaminhamento: Cada jogador joga 0 dado e and a a tampinha no tabuleiro quantas
vezes 0 dado indicar. T ermina 0 jogo quando um dos jogadores chega na linha final.
No tabuleiro ha cores para que as jog adores criem regras. Exemplo: quando a
tampinha passar em alguma destas cores a jogador devera imitar a animal, dizer
qual animal e, etc.
14.8 - JOGO TATIL
Material: Caixas de f6sforos e varios tipos de texturas e cola.
Confeccao: Colar em um dos lados da caixa de losloro um tipo de textura. Fazer
duas caixa iguais. Confeccionar varias caixas.
Disoosicao dos alunos: Em circulos, em duplas, au em grupos, como prefefif 9
professor.
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Desenvolvimento: A crianya devera identificar as caixas com texturas iguais Ganha
quem identificar 0 maior numero de caixinhas.
1.4.9 - CARAS E CARETAS
Material: Revistas, gravuras e envelope.
Disposicao dos alunos: Em drculo.
Desenvolvimento: 0 adulto seleciona de revistas gravuras de expressOes diversas:
de raiva, alegria, choro, riso, entre outras, e as coloca num envelope Oepois, uma
por vez, ira apresentar a sua expressao para que as demais imitem.
1.4.10-BOMDIA
Material: Venda.
Disposicao dos alunos: Alunos em roda com urn ao centro.
Desenvolvimento: Um participante fica no centro, com os olhos vendados. A roda de
crian9GIs passa a girar. Quando a do centro bater 0 pe no chao e disser "pare~, a
roda tern de parar. A crianc;a do centro apontara para uma que devera dizer "Som
Dia~, disfarr;,ando a voz. Esta ira para 0 centro, se a sua voz nao for reconhecida.
Caso a voz seja reconhecida, permanecera a crianc;,a de olhos vendados.
1.4.11-QUEIJO
Material: Giz de quadro.
Disposicao dos alunos: Uma criancya em cada canto do quadrado e uma no centro.
Desenvolvimento: As crianc;as dos cantos trocam de lugar sempre que escutar 0
sinal da professora, durante a troca, a crian98 do centro procura apoderar-se de um
canto vago, deixando uma crian<;a sem lugar e tendo de ir para 0 centro.
21
1.4.12 - MAoZINHAS FALANTES
Material: Objetos para serem escondidos.
Disposicao dos aJunos: Crianyas sentadas a vanta de pela sala e uma fora da sala.
Oesenvolvimento: Quando uma crian~ sai par alguns minutos da sala, as demais
escondem urn objeto em algum lugar. Quando a crian9<3 retarnar I as demais dizem
qual foi 0 objeto escondido e ela comec;a a procura-Io. As crianc;as ajudam da
seguinte forma: toda vez que ela S8 aproximar do objeto escondido, todas levantam
as maos e batem palmas bern alto, fa zenda urn som forte; quando ela estiver lange
do objeto procurado, au dele S8 afastar, as criany8s abaixam as maDS e batem
palmas baixinho. Se a crianc;a encontrar 0 objeto, tera a direito de escolher 0 seu
sucessor. Se naG conseguir, ira sentar-S8 e outra crianya sera sorteada. QuandQ
brincam de maozinhas falantes as crian<;as desenvolvem a discriminar;ao auditiva,
atenc;:ao e orienta~o espacial.
14.13 - A CASA DOS CABRITINHOS
Material: Corda
Disposicao dos alunos: Com ajuda do educador, as crian<;as arm a em conjunto, a
"casa dos cabritinhosH, formando urn recinto fechado em que todos possam entrar,
para se proteger do lobo (que fica fora da 'casa").
Desenvolvimento: Comeyam entao a brincar, de sair enquanto a lobo nao esta, e
esconder-se quando ele aparece, abrindo e fechando a porta da casa conforme a
situa~o. A crian~ que for pega assumira 0 papel de lobo. Durante esta brincadeira
as crian~s desenvolvem n090es de espa90, coordena<;ao psicomotora e
coopera<;iio.
22
Oesta forma, ao visualizar as exemplos citados acima, e valida ressaltar que 0
professor pode alterar a dificuldade dos Jogos e das Brincadeiras de acordo com a
idade dos alunos. Isto, cabe a criatividade de cada professor, tendo em vista as
objetivos que este pretende que seus alunos alcancem.
23
2 JOGOS E BRINCADEIRAS NA VlsAo DE PIAGET
Apos a leitura e analise de diverses textes de Piaget, pode-se observar que
este se aprofundou em aspectos sabre a desenvolvimento assim como a construyao
do conhecimento.
Piaget estudou sabre as aspectos psfquicos e desenvolvimento cognitive que
se estende desde a infancia ate a adolescencia. Para ele, 0 desenvolvimento do
indivlduo se da atraves de uma sequencia de estagi05, em que a passagem destes
sao variados de pessoa para pessea de acordo com suas estruturas interiores. 0
conhecimento resulta da interayao do sujeito com 0 ambiente, deixando expllcite que
as crianc;as inicialmente exploram 0 mundo a sua volta e aos poucos constroem
conceitos modelas elaborados par elas proprias, em que VaG atingindo gradualmente
niveis mais elevados de desenvolvimento.
Oesta forma, serao abordados os quatro est8gios de desenvolvimento, send0:
est8gio sensorio-motor; estagio pre-operacianal; estagia das operayoes concretas e
esta.gio das opera~oes formais. porem descritos de forma mais detalhada apenas as
dais primeiros par se tratar da faixa etaria escolhido para a desenvolvimento da
monografia.
A seguir sera apresentada uma sintese dos estagios do desenvolvimento
humano conforme descritos na obra Inteligencia e Afetividade da crian,a na teoria
de Piaget (p.25 - 108):
2.1 ESTAGIO SENSORIO-MOTOR: Inicia-se desde 0 nascimento da crianqa
ate aproximadamente 2 anos, caracterizando pela desenvolvimento das sensa90es
e movimentos.
24
Nesta fase, a crian~ nao imagina e nem nomeia as coisas, apenas percebe e
entende 0 que tern cantata, agindo sabre estes objetos. Assim, a crianya desenvolve
esquemas sensoria motores para interagir com os objetos limitando-se a a96es
sabre eles. Esse estagio e subdividido em seis periodos de acordo com as faixas
etarias, sendo'
1- Periodo dos Reflexos- Inicia-se desde 0 nascimento ate mais ou menes 1 mes de
idade. Nesta fase a bebe desenvolve exercicios que e executado at raves de reflexos
como e 0 caso do sugar. A crianc;a apenas pratica-o de mane ira reflexa.
11-Periodo das primeiras diferencia~oes- Este periodo S8 estende de 1 mes ate
cerca dos quatro meses, em que a crianc;a comet;a a ter habitos, repetindo 0
comportamento em relayao ao corpo sem a intenyao, como a pegar, olhar, produzif
sons, etc. A crian98 come98 a seguir a objeto com as olhos e movimenta a cabec;a
em direc;ao a sons. No final deste perfodo, a crian<;a comec;a a distinguir certes
estimulos, assim como ao mamar se colocada 0 seio, se esta for colocada frente 9.
outra coisa esta passa a rejeitar.
Ao refletir sabre este periodo, analisa-se que e de extrema importancia 0
brincar nesta fase com objetos que produzem sons e que tern suas ceres fortes, pois
atraves destes 0 bebe sera mais estimulado, a que propiciara urn maior
desenvoivimento da coordenayao entre a visao e a audiyao.
111-Periodo da reprodu~ao- A fase se estende dos quatro ate cerca dos oito meses.
A crian<;a comec;a a apresentar comportamentos de mane ira intencional tendo em
vista os resultados que estes trazem. Neste periodo a crian<;a apresenta
coordenayao entre vi sao e a tato, repetindo os movirnentos que Ihe sao interessante I
o que Piaget chama de rea~6es circulares au assimilaC;8o reprodutiva.
15
Mostra-s8 neste perioda, que a crianr;a ao ser 'estimulada com objetos como
par exemplo mobiles au autros brinquedos que para ela e extrema mente
interessantes e divertido, passam a ser mais estimuladas a desenvalver 0 tato, a
visao e a audiyao, em que a crian~ ativamente e de maneira intencional atua sabre
a abjeta.
IV- Periodo da coordenaC;ao de esquemas- Nesta fase que S8 8stende dos oito ate
os doze meses, a crianr;a pratica urn comportamento para diversos fins. Como par
exemplo, ao produzir um sam, consegue a chupeta, produz 0 mesmo som para
conseguir outras eoisas, 0 que suas a90es sao selecionadas de mane ira intencionaL
V- Periodo da experimenta.;ao- Nesta fase que vai de um ana ate
aproximadamente 1 ana e meio, a crianc;:a ja comec;a a nom ear as abjetos em sua
present;a. T arnbem, 0 individua passa a explorar de outras maneiras para conseguir
o que deseja, ou seja, camet;a a descobrir novas meios mediante a experimentayao.
VI- Periodo da representa~ao- Estende-se de um ana e meio ate mais au menos
dois anos de idade, em que a crianr;a ja demonstra a<;oes que sao totalmente
interiorizadas.
A crianc;a passa a representar mentalmente objetos e eventos, resalvendo
conseqOentemente problemas atraves desta representac;:ao. Pronuneiam 0 objeto
tanto na presenc;a como na sua ausemcia,
Refletindo sabre as estagios de desenvo[vimento, observa-se que de inici9
apresenta-se a que pode ser considerado urn jogo ou uma brincadeira, em que a
crianc;:a repete urna ayao varias vezes par prazer ou pelos seus resultados,
2.2 ESTAGIO PRE-OPERACIONAL: Estende-se das dais aas sete anas de
idade. Caracteriza-se pela capacidade de representac;aa de abjetas.Nesta fase a
26
crian~ passa a tazer representa<;6es de tudo a sua volta, em que pela ordem de
aparecimento surge:
• A imita~ao diferida- Em que a crian<;8 recorda alguma situac;:ao que vivenciou e
imita brincando. Como S8 nota no ambiente escolar, que geralmente as crian<;8s
utilizam alguns objetos para brincar de casinha, representando fielmente a$
situ8c;oes que vivenciam em casa. Esta imita<;ao e uma acomodayao dos esquemas
par parte da crian"".
* Jogo simb6lico- Esta segunda forma de representayao, se caracteriza pela
irnita<;aoe eo tarn bam uma forma de auto-expressao, ende a crian<;8 utiliza objetos e
imagina que esta brincando ou imitando outro objeto, OU seja a crian<;8 constr6i urn
simbolo para aquilo, e como Piaget (apud Wadswoth 1995, p. 52) afirma, este jogo
tern a fun,ao de satisfazer a crian,a pela aquela transforma,ao do real naquilo que
e desejado no momento.
Par vezes os jogos e brincadeiras infantis, podem ser considerados sem valor
para 0 desenvolvimento cognitivo e afetivo da crianc;a, porem Piaget ressalta de
rnaneira bem clara que a natureza livre do jogo simb61ico tem urn valor
essencialmente funclonal deixando de ser apenas uma diversao como normalment~
acaba sendo colocado.
Desta forma Piaget e Inhlder apud par Wadsworth ressaltam:
No jogo simb61ico esta assimilac;ao sistematica toma a forma de urn usa particular de;!
fun,ao semi6tica (simb6Iica) - a saber, a cria,ao de simbolos livres no sentido de
expressar tudo que, na experiencia da vida infantil, nao pode ser formulado e
assimilado por meio da linguagem apenas (WADSWORTH, 1995, p. 53)
27
* Oesenho· Nesta terceira forma de representar, a crian~ passa a S8 empenhar a
representar atraves do desenho fatas reais. 0 que vale ressaltar e que a cria!"l~
nesta fase faz seus desenhos de forma como imagina.
* Imagens Mentais· Estas sao representacyoes internas de fatas passados nao
sendo fieis como e 0 casa dos jogos simb6licos, sendo imitacyoes de percepyoes,
• Linguagem falada- Par volta dos dais anos de idade a crianc;a comec;a a utilizar
palavras como simbolos, em que urn som comecya a representar urn objeto. Aos
quatro anos de idade a crianc;a passa a ter mais dominic da linguagem falada e
entende a que Ihe e falado, tanto que esta fala e de seu usa habitual.
Piaget (apud Wadsworth. 1995, p.55) com suas experi€mcias deiendeu que ha
duas classificacyoes de faJas da criancya na fase pre operacional, sendo estas:
• Fala egocentrica - Esta fala e chamada par Piaget de conversac;6es de
mon61ogos coletivDS, pois a criam;.a dos dais a aproximadamente cinco anos
de idade na maiaria das vezes fala na presenc;a de autras pessoas, porem
sem inten<;ao alguma que elas a ouc;am. Geralmente a crianc;a pensa em voz
alta na presenc;a de outras pessoas, sem 0 objetivo de fornecer informac;~o
alguma. Esta e a fala mais frequente das crianc;as desta idade.
• Fala socializada - Aos seis ou sete anos a crianc;:a apresenta uma fala
intercomunicativa, po is com mais freqlH~ncia apresenta claramente uma troea
de ideias com as demais pessoas em sua volta.
2.3 ESTAGIO DAS OPERACOES CONCRETAS: Inicia-se aos 7 e estende-se
ate aproximadamente os 11 anos de ida de. Nesta fase, as processos mentais da
crianc;a tornam-se logico, em que alcanc;a a reversibilidade das opera¢es mentais,
Caracteriza-se pelo desenvolvimento da habilidade de aplicar -<2. p~nsamento logico a",,,S\O A i..,
problemas concretos. if· ',:c ."}\\I~;~~,S9:'~)"'on,1 s-:."c-
28
2.4 ESTAGIO DAS OPERACOES FORMAlS: Estende-se dos 11 aos quinze
Clnosde idade. Neste nivel a crian<;a ja S8 encontra preparadas a aplicar 0 racioc:n:c
logico a todas as classes de problemas.
Tendo em vista, a parte ludica na ac;aoeducativa, percebe-se que ao brincar
3. crianc;anecessita desenvalver 890e5, criando, imaginando, interagindo e operando
oom objetos. Piaget afirma que, para que haja a conhecimento se faz necessaria
~ue a crianc;a atue sabre 0 meio, pois para ele todo conhecimento e urna construc;ao
"esultante das ayaes da crianc;a,0 que fica nttido que a crianc;aao brincar acaba PQr
::onstruir conhecimento.
Na visao de Piaget, percebe-se que 0 jogo e essencial para a
iesenvolvimento infantil, pois atraves dele as crianc;as assimilam e pod~rn
ransformar a realidade. Observa-s8 que as crianc;:as ao brincarem, reproduzem a
iua realidade, tendo em vista a sua familia e 0 meio em que vive, S8 mostrando
iegura e total mente desinibida em representar.
Na realidade virtual para Piaget (apud Zacharias,1998), deixa explfcito a
nportancia da atividade ludica, afirmando que esta e 0 berc;o obrigatorio das
!tividades intelectuais da crian9a, assim sendo totalmente indispensavel para 9.
fatica educativa.
Sendo assim, e de fundamental importancia a pratica constante das crianc;as
traves de Jogos e Brincadeiras no ambito escolar, par estes jil terem uma atitude
atural atraves do brincar, a escola pode se apraveitar deste ato prazeroso para as
rian<;ase elaborar aulas atraves do ludico, para promover a aprendizagem. Assim,
5 crian9C3sterao a possibilidade de aprender brincando sem ao menes perceber ~
nportancia desse brincar para a constru~o de seu conhecimento.
29
3 JOGOS E BRINCADEIRAS NA VlsAo DE VIGOTSKY
Tendo em vista as textos lidos sabre Vigotsky, percebe-se que este deu inicio
a varias propostas te6ricas inovadoras, tendo como pontcs centralS a importimcia
das intera<;oes socials e 0 contexto s6cia cultural para 0 desenvolvimento da
aprendizagem.
Para 81e,a crian~ 58 desenvolve e constr6i a aprendizagem atraves da
intera~o social assim como cita Ferreiro et aL, uEm Vygotsky, a intera<;ao social e 0
instrumento lingOistico sao decisivQs para compreender 0 desenvolvimenta
cognitiva" (1996, p. 11)
De acordo com Vygotsky, a crianya interage desde 0 inicio com 0 adulto. em
que este acaba incorporando-a a sua cultura, transmitindo significados e a maneira
de fazer as eoisas que fcram acumuladas historicamente. A principio as adultos
servem de agentes mediadores do contato das crianya.s com 0 mundo externo, mas
de acordo com 0 crescimento das mesmas, estas acabam se apropriando do que
era partilhado, interiorizando as meios e as informac;6es, sendo esta interiorizac;ao
de suma importancia, pais como afirma Vygotsky, "E atraves desta interioriza~o dos
meios de opera~o das informa90es, meios estes historicamente determinados e
culturalmente organizados, que a natureza social das pessoas tornou-s~ igualmente
sua natureza psicologica" (apud LURIA, et al.,1988, p. 27).
Vigotsky considera de suma importimcia a cultura, a linguagem e as relac;oes
socia is como base para uma educa<.;ao que permite urn processo de constru<.;ao e
reconstruyao permanente.
De acordo com Vygotsky, pode-se determinar dois niveis de desenvolvimento,
sendo estes·
30
* Zona de Desenvolvimento Real - caracteriza-se par aquila que as crianyas sao
capazes de realizar sQzinhas .
• Zona de Desenvolvimento proximal - e a distancia entre 0 que a crian9a pode
realizar sozinha e aquila que ela 56 consegue fazer com 0 auxilio de alguem, assim
como afirma Vygotsky "Zona de desenvoivimento Proximal e a distancia entre 0 nivel
de desenvolvimento real, que S8 costuma determinar atraves da solu~o
independente de problema, e 0 nfvel de desenvolvimento potencial, determinado
atraves da soluc;,ao de problemas sob a orientac;a,o de urn adulto ou em colabora<;8o
com companheiros mais capazes' (1996, p. 112).
Sendo assim, ao refletir sobre a teoria de Vigotsky, percebe-se que este ao
ter como uma das bases a rela~o social e a linguagem e de grande valia a pratica
constante atraves do ludico, ja que at raves destes os alunos trocam ideias,
analisam, refletem, usam a imagina~o e interagem sobre as problemas buscanda
sa luciana-las e au vivencia-los. E tambem estes, podem pessibilitar a verifica<;ao d9
zona de desenvalvimenta real e a proximal des alunes.
Tendo em vista a educador, este atraves destas propostas, pacem refletir
sabre a zona de desenvolvimente proximal do atune; tendo a possibilidade de criar
situa90es para que 0 aluna alcance tais objetivos atraves da interayao com a
utiliza~a dos jages e brincadeiras, chegando assim a interiorizac;ao de tal
conhecimento. Assim como aparece no ponto de vista de Vygotsky;
o processo de iprendizagem-en:sino adiantando-se ao de:senvolvimento; aatividade educaliva como constitutivB do pr6prio desenvolvimento acentrada na intemalizayao de instrumentos culturais; a intera~o social nszonll do desenvolvimento proximal permitindo que as crian<;a! avancemrumo aos sistemas conceituais, Que na.o poderiam intemalizar por contapr6pria; a proposta de urn professor Que oriente os alunos em dire~o 030!3ber a ser ensinado (apud FERREIRO et al.,1996. p. 24).
31
Para Vygotsky, 0 brinquedo tern grande influencia no desenvolvimenta da
crianc;a senda este de extrema importancia, pOis e atraves dele que a crianc;a cria
situa~6es imaginarias.
Aa brincar a crianc;a age sabre as abjetos, par vezes, de maneira diferente ao
ve-los. Como diz Vigotsky, UNa idade pre-escolar acarre, pela primeira vez, UrT)9
divergencia entre os campos do significado e da vi sao. No brinquedo, 0 pensamenta
este separado dos objetos e a ac;ao surge das ideias e nao das coisas: urn peda~o
de madeira torna-se urn boneco e urn cabo de vassoura torna-se um cavalo· (1996;
p.128).
Quando a crian~ age de forma imagineria, ela acaba reproduzindo a
realidade, colocando regras a sua brincadeira. Este fata acarre, de acordo com a $Y9.
necessidade do momento e prazer, geratmente a crian1,f3 age de acorda com alga
que na realidade ela naa pode ser.
o brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da criany<!. Nobrinquedo, a crianc;asempre se comporta alem do comportamento habitualde sua idade, alem de seu comportamento diario; no brinquedo e como seela fosse maior do que ~ na realidade (VygotSky, p. 134. 1996)
Portanto, a criam;;a 80 brincar se satisfaz de acardo com seus desejos, pais enesse momenta que ela pode liberar a sua imagina<;aa bern como a que na
realidade percebe, acaba por representar 0 que realmente nao e capaz pelo seu
tamanho, idade, etc, entao utiliza 0 brincar para suprir as seus desejas.
De acordo com Vygotsky:
o brinquedo cria na crianca uma nova forma de desejos. Ensina-a adesejar, retacionando seus desejos a um "eu· ficticio. 010seu p.pel no jogoe suas regras. Dessa maneira, as maiores aquisic;Oesde uma crian~ saoconseguidas no brinquedo, aquisicOesque no futuro tomar-se-~o seu nivelbasicode ay:io real e moralidade (1996, p. 131)
32
Sendo assim, percebe-se que na visao vygotskiana 0 ludico e tratado como
pratica fundamental para 0 desenvolvimento de crian93s na idade pre-escolar, pOi$
nesse momenta acontece de forma espontanea um valioso momento de interayao
social.
33
4 0 LODICO NA VlsAo DE PROFESS ORES
Tendo em vista as questionarios realizados com cinco professoras atuantes
na Educac;:ao Infantil, analisa-s8 que as participantes sao formadas em Pedagogia.
sendo que dessas duas sao pas - graduadas em PSicopedagogia. Tres das
educadoras atuam em escota da Prefeitura Municipal de Curitiba e duas em escota
particular
As professoras participantes, afirmam utilizar Jogos e Brincadeiras para
propiciar a aprendizagem, considerando esta pratica impartante, parem apenas duas
dessas professoras utilizam diariamente essa pratica, uma utiliza-se do ludico duas
vezes par semana e as outras duas tn?s vezes na semana.
Do ponto de vista das professoras em geral, a ludico e importante na escola,
pois desperta a interesse nos alunos, atraves desta pratica estes aprendem,
interagem, desenvolvem capacidades 58 motivando e facilitando na constru<;.8o e na
troca de conhecimentos. Como afirma a seguinte citat;ao: ~Enquanto brinca. 0 aluno
amplia sua capacidade corporal, sua consciencia do outro. a percepc;:ao de si mesmo
como urn ser social, a pereep<;.8o do espac;:o que a cerea e de como pode explora-Io·
(SMOlE, et al.. p. 13, 2000).
Ao citarem 0 comportamento dos alunos per ante a apresentac;:ao de Jogos e
brincadeiras, as entrevistas A, B e C, afirmam que seus alunos demonstram
curiosidade, entusiasmo e interesse, a 0 acrescenta que estes fantasiam, discutem
e conversam em que no jogo simbalico ela observa a associac;ao a reatidade, j8 a
entrevistada E colocou que normalmente neste momenta as atun os ficam mais
agitados, eontudo ela estabelece regras e retoma-as.
3-1
Oesta forma, ao refletir sabre a importancia do Judico na Educayao Infantil,
observa-s8 que este e fundamental na Educa980 lnfantil, al8m das aulas to rna rem-
S8 extremamente prazerosa e interessante as alunos realmente aprendem e
desenvolvem capacidades. Percebe-se que
Ao brtncar a crianc;a adquire hi:bitos e alitude importantes para seuconvivio social e para seu crescimento intetectual e aprende a serper!iiistente, pois percebe que nao precisa desanimar ou desistir diante daprimeira dificuldadc (SMOlE, 2000, p.14).
Ao perguntar 58 as educadoras acham que as comportamentos das crianc;as
podem dificultar au faeilitar a aprendizagem, observa-s8 que as cinco descrevem
que facilitam a aprendizagem, pais as alunos sentem prazer em participar tendo
assim uma pratica significatlva para etes, em que se envolvem mais, criam
hip6teses, desenvolvem 0 raciocinio, a oralidade, trocam conhecimentos, interagem
e aprendem brincando. A entrevistada D, colocou em sua resposta que 0
comportamento do atuno permite diagnosticar 0 qUe precisamos potenciatizar na
aprendizagem; quais as dificutdades, al9m de anatisarmos a sociatizac;ao da crian92
perante 0 grupo, ou seja, independente do comportamento que a crian9B apresenta
durante a jogo ou brincadeira, e sempre uma oportunidade para mediarmos esta
construcyao do conhecimento no ambiente escolar. ~Quando as situatyoes sao
intencionalmente criadas peto adulto com vistas a estimutar "certos tipos de
aprendizagem, surge a dimensao educativa" (KISHIMOTO, 2000, p. 24).
Percebe-se atraves dos questionarios que todas as professoras real mente
acreditam em uma pratica atraves do ludico, afirmando que este tras muitos
beneficios para a aprendizagem e desenvotvimento das criam;as, porem analisa-se
que das entrevistadas apenas duas utilizam-se de jogos e brincadeiras diariamente,
36
CONCLUSAO
Conclui-se atraves deste trabalho que a pratica educativa pode ser baseada
atraves do !udico, pois esse e fundamental na etapa inidal do desenvolvimento.
Atravas do ludico a crian~ desenvolve capacidades extremamente
importantes como a imagina«;ao, a aten<;ao, 0 respeito, a socializac;ao, aprende a
resolver conflitos, etc. Assim como este possibilita uma maior facilidade em
aprencter, em que as alunos 80 praticarem nem vao ter conhecimento de tudo a que
realmente estao aprendendo, isto par esta pn3tica ser tao natural e prazerosa para
eles.
Tanto Piaget quanto Vygotsky acreditam no desenvolvimento e aprendizagem
par meio da intera<;ao com 0 ambiente e com as individuos. Atravas dos Jogos e
Brincadeiras, as alunos interagem, 8gem sabre as objetos, resolvem problemas
gerados, construindo 0 conhecimento, se desenvolvendo.
Nos questionarios realizados, professoras atuantes da Educa~o Infantil,
afirmam que 0 ludico realmente propicia uma maior facilidade de aprendizagem,
assirn como urn maior envolvimento dos alunos. Estes ao realizarem estes tipos de
atividades discutem, conversam, aprendem e exploram 0 mei.o a sua volta
construindo realmente 0 conhecimento.
Desta forma, a escola pode aproveitar de momentos ludicos tanto livres, como
situa<;6es intencionalmente criadas para determinados tipos de aprendizagens, para
promover a constru<;ao do conhecimento. Assim a escola se torna um ambiente
prazeroso de se frequentar e as aulas extrema mente motivadoras e significativas,
cabendo ao professor mediar esta construc;ao
37
Sendo assim, todos as meus objetivos foram alcan~dos, em que realmente
foi constatado que 0 Judicoe essencial para 0 desenvolvimento integral da criany?'
na Educac;ao Infanti!.
38
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39
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www.centrorefeducacionaLoro.br/ludicoeinf.htm. Acesso em: 6 abriL2005.
41
QUESTIONARIO
NOME: IDADE:
ESCOLARIDADE: _
ESCOLA EM QUE TRABALHA: _
TURMA EM QUE ATUA: _
RESPONDA:
1- VOCE UTILIZA JOGOS E BRINCADEIRAS PARA PROPICIAR A
APRENDIZAGEM? 0 SIM 0 NAo
2- COM QUE FREQUENCIA?
o DIARIAMENTE
DUMA VEZ POR SEMANA
o 2 VEZES POR SEMANA
o 3 VEZES POR SEMANA
3- VOCE CONSIDERA ESTA PRATICA ATRAVES DO UJDICO IMPORTANTE?
o SIM 0 NAG
POR QUE?
R _