con versa com…
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Diapositivo 1
2de conversa com
Fernando Pessoa por Jos Manuel ArajoTransio automticaLigar o som.
deixou MensagensA nica compensao moral que devo literatura a glria futura de ter escrito as minhas obras presentes. 3
Fernando Antnio Nogueira PessoaNasceu a 13 de Junho de 1888
No sei, ama, onde era,Nunca o saberei...Sei que era PrimaveraE o jardim do rei...(Filha, quem o soubera!...).
Que azul to azul tinhaAli o azul do cu!Se eu no era a rainha,Porque era tudo meu?(Filha, quem o adivinha?).()
Morreu a 30 de Novembro de 1935
Abdicao
Toma-me, noite eterna, nos teus braosE chama-me teu filho... eu sou um reique voluntariamente abandoneiO meu trono de sonhos e cansaos.
Minha espada, pesada a braos lassos,Em mos viris e calmas entreguei;E meu cetro e coroa - eu os deixeiNa antecmara, feitos em pedaos;Minha cota de malha, to intil,Minhas esporas de um tinir to ftil,Deixei-as pela fria escadaria.
Despi a realeza, corpo e alma,E regressei noite antiga e calmaComo a paisagem ao morrer do dia.
Fernando Pessoa, 1913
Cumpre-me agora dizer que espcie de homem sou. No importa o meu nome, nem quaisquer outros pormenores externos que me digam respeito. acerca do meu carcter que se impe dizer algo.
Toda a constituio do meu esprito de hesitao e dvida. Para mim, nada nem pode ser positivo; todas as coisas oscilam em torno de mim, e eu com elas, incerto para mim prprio. ()() o meu carcter do gnero interior, autocntrico, mudo, no auto-suficiente mas perdido em si prprio.
7Um pas e um mundo perdidos em si prprios
8Antnio de Oliveira Salazar.Trs nomes em sequncia regularAntnio Antnio.Oliveira uma rvore.Salazar s apelido.At a est bem.O que no faz sentido o sentido que tudo isto tem.
Este senhor Salazar feito de sal e azar.Se um dia chove,A agua dissolve O sal,E sob o cuFica s azar, natural.
Oh, c'os diabos!Parece que j choveu...
Pessoa perdido em si prprio num mundo perdidoPauis()IITinam na sala ao lado da minha ateno espadas Cruzadas.Passam passos por trs da minha ateno esbatida. Vale a pena a vida?E se vale a pena, e h mais do que o pranto, alma que chora!, O que que faz a HoraHora e no Gume nem Cinza ou Pensamento ou Alm? Sabe isto algum?
Trgica ironia de ser outrosSinto-me mltiplo. Sou como um quarto com inmeros espelhos fantsticos que torcem para reflexes falsas uma nica anterior realidade que no est em nenhuma e est em todas.(F. Pessoa)Trgica fatalidade de ser outros Com uma total falta de literatura, como h hoje, que pode um homem de gnio fazer se- no converter-se, ele s, em uma literatura? Com tal falta de gente coexistvel, como h hoje, que pode um homem de sensibilidade fazer seno inventar os seus amigos, ou, quando menos, os seus companheiros de esprito?(F. Pessoa)Viagem circular em espiralMinha alma lucida e rica, E eu sou um mar de sargao
Um mar onde biam lentos Framentos de um mar de alm(Fernando Pessoa)Senta-te ao sol. Abdica E s rei de ti prprio,(Ricardo Reis)E olho para as flores a sorrir() sei que a verdade est nelas e em mim.
E assim, sem pensar, tenho a Terra e o Cu
(Alberto Caeiro)E outra vez conquistemos a distncia, Do mar ou outra mas que seja nossa(Fernando Pessoa)O que h em mim sobretudo cansao
Raiva de no ter trazido o passado roubado na algibeira!...
Merda, sou lcido!(lvaro de Campos)Minha alma lucida e rica, E eu sou um mar de sargao
Um mar onde biam lentos Fragmentos de um mar de alm (Fernando Pessoa)E olho para as flores a sorrir() sei que a verdade est nelas e em mim.
E assim, sem pensar, tenho a Terra e o Cu
(Alberto Caeiro)Senta-te ao sol. Abdica E s rei de ti prprio, (Ricardo Reis)O que h em mim sobretudo cansao
Raiva de no ter trazido o passado roubado na algibeira!...
Merda, sou lcido!(lvaro de Campos)E outra vez conquistemos a distncia, Do mar ou outra mas que seja nossa (Fernando Pessoa)Viagem circular em espiralMinha alma lucida e rica, E eu sou um mar de sargao Um mar onde biam lentos Fragmentos de um mar de alm(Fernando Pessoa)Senta-te ao sol. Abdica E s rei de ti prprio,(Ricardo Reis)E olho para as flores a sorrir() sei que a verdade est nelas e em mim.
E assim, sem pensar, tenho a Terra e o Cu
(Alberto Caeiro)E outra vez conquistemos a distn- cia, Do mar ou outra mas que seja nossa(Fernando Pessoa)O que h em mim sobretudo cansao
Raiva de no ter trazido o passado roubado na algibeira!...
Merda, sou lcido!(lvaro de Campos)
Mensagem: Andaime da Casa por fabricar o sonho em construoO Homem, navegante com Braso, BUSCA o oceano por achar, e, ao leme no Mare Nostrum, enfrenta O Mostrengo, ladeiam-no os medos na distncia imprecisa d O Encoberto objetivo, mas sabe que s triste quem vive em casa, contente com o seu lar.
1 Parte: Nascimento [da ptria (do sonho)] do HomemPAI do Homem Alma do Homem
Dualidade Alma da ptria
Messianismo (Sebastianismo: as trs perspetivas)
D. SebastioRei de Portugal
Louco, sim, louco, porque quis grandezaQual a sorte a no d.No coube em mim minha certeza;Por isso onde o areal estFicou meu ser que houve, no o que h.
Minha loucura, outros que me a tomemCom o que nela ia.Sem a loucura que o homemMais que a besta sadia, Cadver adiado que procria?
2 Parte: Vida do Homem, Infante com eterno sonho Real FILHO do sonho
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce O imprio se desfez PortugalSenhor, falta cumprir-se Ser pleno
Mas Ser descontente ser Homem
Sou um Povo que quer o mar que teu;E mais que o mostrengo, que me a alma temeE roda nas trevas do fim do mundo,Manda a vontade, que me ata ao leme,De El-Rei D. Joo Segundo!
A luta contnua3 Parte: Morte de vivncias / Morte de Imprios
Origem de vida Origem de Imprio
Sonho (imaterial) Roma, Grcia, Cristandade, Europa,/Os quatro se vo
Esprito Quinto Imprio (espiritual) Sonho
PAI (Sonho/Passado) - FILHO (Homem/Presente)
SONHO (Esprito/Pai)(Futuro do Passado Presente)
A HORA!