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1 Acadêmico (a) de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense, Campus Toledo. E-mail: Matheus- [email protected] 2 Prof.(a) Orientador(a), Msc., do curso de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense, Campus Toledo. E-mail: [email protected] 1 GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL UNIVERSIDADE PARANAENSE, CAMPUS DE TOLEDO/PR TRABALHO FINAL DE CURSO - TFC COMPARAÇÃO DA PERDA DE RESISTÊNCIA EM FUNÇÃO DO EXCESSO DE UMIDADE EM BLOCOS DE CONCRETO COM FUNÇÃO ESTRUTURAL Matheus Henrique Korb 1 Cristiano Goulart 2 RESUMO Este trabalho demostra, a influência da água e sua consequência na perda de resistência mecânica em blocos de alvenaria estrutural, a fim de apontar a consequência patológica causada pela umidade antes, durante e após o processo construtivo, que tem como objetivo efetuar uma comparação entre estados de utilização de blocos do mesmo grupo estrutural (14x19x39), através de análise laboratorial, submetendo-os as amostras à três situações diferentes. As técnicas utilizadas na execução de alvenaria estrutural vêm sendo aprimoradas, com objetivo de evitar patologias consequentes de procedimentos inadequados. Desta forma, visa-se identificar os principais motivos da existência de patologias consequentes da umidade e buscar uma melhor solução. Para esse estudo foi realizado testes para determinação da resistência, a compressão do bloco. Com os resultados obtidos, podemos observar uma alteração de resistência conforme a umidade no bloco, com os testes feitos em laboratório e analisando estatisticamente pelo teste t de Student, observamos que houve uma perda de resistência em porcentagem de 37,28% quando o bloco foi submetido a saturação e um ganho de resistência de 22,11% quando removido a umidade do bloco, por meio de secagem por estufa. Palavras-chave: Alvenaria estrutural. Patologia. Absorção. ABSTRACT This work deals with the influence of water and its consequence on the loss of mechanical resistance in blocks of structural masonry, in order to point out the pathological consequence caused by moisture before, during and after the construction process. The objective of this study is to compare the states of use of blocks of the same structural group (14x19x39), through laboratory analysis, subjecting the samples to three different situations. The techniques used in the execution of structural masonry have been improved, aiming to avoid pathologies resulting from inadequate procedures. Thus, to identify the main reasons for the existence of pathologies consequent due to humidity and look a better solution. For this study, tests were carried out to determine the compressive strength of the block. With the obtained results we can observe a change of resistance according to the humidity in the block, with the tests made in the laboratory and analyzing statistically by Student's t test, we observed that there was a loss of resistance in percentage of 37,28% when the block was submitted saturation and a resistance gain of 22.11% when the moisture was removed from the block by means of oven drying.

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1 Acadêmico (a) de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense, Campus Toledo. E-mail: Matheus-

[email protected] 2

Prof.(a) Orientador(a), Msc., do curso de Engenharia Civil, da Universidade Paranaense, Campus Toledo. E-mail: [email protected]

1

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

UNIVERSIDADE PARANAENSE, CAMPUS DE TOLEDO/PR

TRABALHO FINAL DE CURSO - TFC

COMPARAÇÃO DA PERDA DE RESISTÊNCIA EM FUNÇÃO DO EXCESSO DE

UMIDADE EM BLOCOS DE CONCRETO COM FUNÇÃO ESTRUTURAL

Matheus Henrique Korb1

Cristiano Goulart2

RESUMO

Este trabalho demostra, a influência da água e sua consequência na perda de resistência

mecânica em blocos de alvenaria estrutural, a fim de apontar a consequência patológica

causada pela umidade antes, durante e após o processo construtivo, que tem como objetivo

efetuar uma comparação entre estados de utilização de blocos do mesmo grupo estrutural

(14x19x39), através de análise laboratorial, submetendo-os as amostras à três situações

diferentes. As técnicas utilizadas na execução de alvenaria estrutural vêm sendo aprimoradas,

com objetivo de evitar patologias consequentes de procedimentos inadequados. Desta forma,

visa-se identificar os principais motivos da existência de patologias consequentes da umidade

e buscar uma melhor solução. Para esse estudo foi realizado testes para determinação da

resistência, a compressão do bloco. Com os resultados obtidos, podemos observar uma

alteração de resistência conforme a umidade no bloco, com os testes feitos em laboratório e

analisando estatisticamente pelo teste t de Student, observamos que houve uma perda de

resistência em porcentagem de 37,28% quando o bloco foi submetido a saturação e um ganho

de resistência de 22,11% quando removido a umidade do bloco, por meio de secagem por

estufa.

Palavras-chave: Alvenaria estrutural. Patologia. Absorção.

ABSTRACT

This work deals with the influence of water and its consequence on the loss of mechanical

resistance in blocks of structural masonry, in order to point out the pathological consequence

caused by moisture before, during and after the construction process. The objective of this

study is to compare the states of use of blocks of the same structural group (14x19x39),

through laboratory analysis, subjecting the samples to three different situations. The

techniques used in the execution of structural masonry have been improved, aiming to avoid

pathologies resulting from inadequate procedures. Thus, to identify the main reasons for the

existence of pathologies consequent due to humidity and look a better solution. For this study,

tests were carried out to determine the compressive strength of the block. With the obtained

results we can observe a change of resistance according to the humidity in the block, with the

tests made in the laboratory and analyzing statistically by Student's t test, we observed that

there was a loss of resistance in percentage of 37,28% when the block was submitted

saturation and a resistance gain of 22.11% when the moisture was removed from the block by

means of oven drying.

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Key words: Structural Masonry. Pathology. Absorption.

1 INTRODUÇÃO

Segundo Kalil e Leggerini (2008), alvenaria estrutural é um sistema de construção

composto por unidades cerâmicas, concreto, silício, calcário e concreto celular, onde no

projeto a ser executado é dispensada a utilização de pilares e vigas, pois sua sustentação é

feita pelos próprios blocos, que além de ter a função de vedação, possuem função estrutural.

Para união dos blocos e sua garantia de distribuição das cargas até a fundação é utilizado uma

argamassa de assentamento. O sistema também conta com a utilização de graute, uma espécie

de concreto que possui sua consistência mais fluida e serve para preenchimento de vazios,

onde são instaladas as armaduras e outros elementos estruturais.

Conforme Mohamad (2015), as principais construções que marcam a humanidade

pelos aspectos estruturais e arquitetônicos, eram compostas por unidades de blocos de pedra

ou cerâmicos, intertravados com ou sem um material ligante, como pode ser visto nas

pirâmides do Egito, no coliseu Romano e na Catedral de Notre Dame.

Figura 1 – Estruturas em Blocos estruturais

Fonte: enjoyholiday.com Fonte:nit.pt Fonte: arcaffo.com.br

Outro nome dado à alvenaria que é empregada na construção por resistir suas cargas,

além do seu próprio peso, fala-se que é autoportante, mais conhecido como alvenaria

estrutural, conforme estabelecido pela Associação Brasileiras de Normas Técnicas NBR

15.961-1: 2011.

Considera-se que, os blocos utilizados na alvenaria autoportante são vazados,

permitindo a passagem de tubulações elétricas, hidráulicas e de gás, evitando rasgos nas

paredes, obtendo-se assim um sistema que proporciona uma redução no desperdício e logo

uma economia, em relação ao sistema convencional de aproximadamente 30% segundo dados

da Revista Techné, (1998).

Porém, diversas manifestações patológicas em estruturas são fenômenos tão antigos

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quanto às próprias obras. Fontes explicam, que as principais patologias acontecem na

alvenaria estrutural como trincas, fissuras ou rachaduras, conforme sua espessura. Souza e

Ripper (1998), conceituam patologias das estruturas como um novo campo da engenharia das

construções, que se ocupa do estudo das origens, formas e manifestações, consequências e

mecanismos de ocorrências das falhas, bem como sistema de degradação das estruturas.

De acordo com Cánovas (1988), a patologia da construção está intimamente ligada à

qualidade, embora a tecnologia tenha progredido cada vez mais, os casos de patologia não

diminuíram na mesma proporção. Estas comumente, são associadas à mão de obra sem

qualificação, blocos de má qualidade (baixa resistência à compressão, altos índices de

absorção e altas variações dimensionais), falhas no projeto e também, de execução.

Desta forma, a proposta deste artigo científico é compreender o comportamento do

bloco estrutural de concreto quando submetido a diferentes estados de uso, sendo eles,

totalmente seco, em estufa, umidade e temperatura ambiente e totalmente saturado, seguindo

critérios de ensaios apresentados pela ABNT NBR 12.118:2013 – Blocos de concreto simples

para alvenaria – Métodos de ensaio, apresentando testes estatístico para analisar a resistência

em função da umidade, possibilitando assim obter a possível perda ou ganho de resistência

das unidades e consequentemente observar algumas das patologias geradas pela má

impermeabilização de alvenaria.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com Sampaio (2010), a alvenaria estrutural é um processo construtivo, no

qual os elementos que desempenham a função estrutural é a própria alvenaria, dispensando o

uso de pilares e vigas, o que acarreta na redução de custos. Segundo Camacho (2006), o

processo construtivo, compreendido por alvenaria estrutural trata de uma configuração

estrutural no edifício, onde os elementos que desempenham a função estrutural são a própria

alvenaria, sendo os mesmos projetados, dimensionados e executados de forma racional.

2.1 TIPOS DE ALVENARIA ESTRUTURAL.

De acordo a ABNT NBR 8.798:1985 a alvenaria estrutural é classificada por:

Alvenaria não armada – Tipo de alvenaria que não recebe o graute, mas os esforços

(barras, fios e telas) são utilizadas apenas em vergas de portas, vergas e contra vergas

de janelas.

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Alvenaria armada ou parcialmente armada – Tipo de alvenaria que recebe reforços em

algumas regiões, devido a exigências estruturais. São utilizadas, armaduras passivas de

fios, barras e telas de aço dentro dos vazios dos blocos e posteriormente grauteados,

além do preenchimento de todas as juntas verticais.

Alvenaria protendida – Tipo de alvenaria reforçada por uma armadura ativa (pré-

tensionada) que submete a alvenaria, a esforços de compressão. Esse modelo de

construção é pouco utilizado, pois os materiais e mão de obras disponíveis para a

protensão, tem um custo muito alto.

2.2 ESPECIFICAÇÕES NORMATIVAS DE CLASSIFICAÇÃO DAS UNIDADES.

2.2.1 Unidades de Concreto.

De acordo com a ABNT NBR 6.136: 2014, os blocos de concreto são unidades

estruturais vazadas, vibro compactadas e produzidas por indústrias de pré-fabricação de

concreto. Por definição, o termo bloco vazado é empregado quando a unidade possui área

líquida igual ou inferior a 75% da área bruta, mostrado nas Figuras 2 e 3. Os blocos de

concreto são classificados pela ABNT, que fixa os requisitos para a classificação dos blocos

vazados de concreto simples, destinado à alvenaria com ou sem função estrutural.

Figura 2 - Bloco Maciço Figura 3 - Bloco vazado

S = A*B S1+S2 < 25% de S S1+S2 > 25% de S

Fonte: ABNT NBR 6.136: 2014.

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas os blocos são classificados

como:

Classe A – bloco com função estrutural, para uso em alvenaria acima ou abaixo

do nível do solo.

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Classe B – bloco com função estrutural, para uso em elementos de alvenaria

acima do nível do solo.

Classe C – blocos com e sem função estrutural, para uso em elementos acima

do nível do solo.

Do mesmo modo a ABNT NBR 6.136:2014 estabelece requisitos de:

Aspecto: os blocos devem sempre apresentar aspecto homogêneo, serem compactos,

terem arestas vivas e serem livres de trincas.

Dimensões: as unidades devem atender às dimensões estabelecidas pela ABNT NBR

6136:2016, pequenos desvios dimensionais poderão ser aceitos, desde que estejam dentro do

limite estabelecido, conforme tabela 3.

Tabela 1 - Tolerância máxima de fabricação

Fonte: ABNT NBR 6.136:2016.

Absorção de água: a absorção de água está indiretamente relacionada com sua

densidade. Quanto mais denso for o bloco, menor será a taxa de absorção. A densidade e a

absorção de água afetam a construção, o isolamento térmico e acústico, a porosidade, a

pintura, a aparência e a qualidade da argamassa requerida. Por esse motivo, a absorção

medida, independente da classe do bloco deve ser menor ou igual a 10% para agregado

normal e menor ou igual a 13% para agregados leves, seguindo critérios estabelecidos pela

ABNT NBR 6136:2016.

Retração na secagem: a evaporação gera forças capilares equivalentes a uma

compressão isotrópica da massa, produzindo redução de volume. Para blocos de concreto com

índice de retração inferiores a 0,065% (ABNT NBR 6136:2016), as solicitações devidas à

retração por secagem poderão ser desprezadas.

Resistência à compressão: é a principal característica da unidade para uso em

alvenaria estrutural. A resistência deve atingir os requisitos mínimos da norma específica,

bem como as exigências do projeto estrutural, conforme especificado na Tabela anexa no

apêndice A.

Dimensão Tolerância (mm)

Largura (L) ±2

Altura (H) ±3

Comprimento (C) ±3

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3 METODOLOGIA

Pádua (2004), define pesquisa como toda atividade direcionada para a solução de

problemas, que permite elaborar um conhecimento, ou conjunto de conhecimentos que auxilie

na compreensão da realidade. Já para Eva Maria (2011), esclarece como conjunto das

atividades sistemáticas e racionais, que com maior segurança permite alcançar o objetivo.

A análise foi realizada na Universidade Paranaense, situada na cidade de Toledo/PR,

utilizando blocos de concreto, com funções estruturais com dimensões 14 x 19 x 39

respectivamente, definido uma quantidade de 64 amostras de blocos (Tabela 2), conforme

critérios de amostragem prescritos pela ABNT NBR 6.136:2016.

Tabela 2 – Amostras para análise

Blocos 1° Amostragem 2° Amostragem

Prova Contraprova

Concreto 32 32

Fonte: ABNT NBR 6.136:2016.

Os blocos a serem ensaiados, foram coletados conforme ABNT NBR 6.136:2014 de 5

001 a 10 000: 32 provas e 32 contraprovas, onde o ensaio para determinar a resistência a

compressão utilizam-se 8 unidades e para caracterização geométrica 8 unidades, especificados

na Tabela 3 a seguir:

Tabela 3 – Testes a serem realizados

Caracterização

Geométrica

Resistência a

compressão

totalmente

saturado

Resistência a

compressão estado

ambiente

Resistência a

compressão seco

em estufa

Prova Contraprova Prova Contraprova Prova Contraprova Prova Contraprova

8 8 8 8 8 8 8 8

Fonte: O autor, 2018

Para análise dos dados a serem obtidos, será usado medidas por meio de procedimento

estatístico, mais específico a teste t de Student que foi um método introduzido por Fisher, em

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1920, e corresponde a uma das técnicas mais valiosas de se realizar, a análise de um

experimento. Conforme Nunes (2014), a análise de variância tem como objetivo verificar as

causas dessa variabilidade, é uma característica que permite distinguir diferentes dados para

testar a igualdade de três ou mais medidas, baseado na análise de variância amostrais

O conjunto de dados que serão gerados, conterá resultados de uma mesma grandeza,

realizadas por testes em várias amostras. Os resultados obtidos poderão ser usados para

avaliação de desempenho da estrutura. A interpretação desses dados, proporciona uma

ferramenta de controle de qualidade e execução, tanto para fabricantes como para

construtores.

3.1 BLOCO ESTRUTURAL DE CONCRETO

3.1.1 Determinação da característica geométrica

Para análise de caracterização geométrica é necessário seguir solicitações da ABNT

NBR 12.118:2013, cada análise de amostra que foi retirada do lote deverá ser realizada no

mínimo, à determinação de três dimensões em pontos opostos da amostragem, todas as

leituras devem ser expressas em milímetros.

Deverá ser realizada duas determinações, em cada parede longitudinal e uma

determinação em cada parede transversal. Para determinação dos furos deve ser analisado o

centro aproximado de cada bloco e medido nas direções transversais e longitudinais da

amostra.

3.1.2 Resistência à compressão

Com todos os corpos de provas regularizados conforme item 6.2.2 da ABNT 12.118:

2013, as amostras devem receber cargas de ensaios da prensa, de modo que, o seu centro de

gravidade coincida com o eixo dos pratos da prensa. A carga a ser aplicada deve ser

aumentada progressivamente para não haver choques impactantes, essa carga deve ser de

(0,15 ± 0,03) MPa/s para blocos com resistência superior a 8 MPa e (0,05 ± 0,01) MPa/s para

blocos com resistência característica inferior a 8 MPa.

3.1.3 Teste resistência compressão totalmente saturado

Ao imergi-los em temperatura de água de (23 ± 5) °C mantendo imersos por 24 h, para

obter a massa saturada é submetido a drenagem do bloco por 60 s em uma tela de malha com

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aproximadamente 9,5 mm, as amostras devem receber cargas de ensaios da prensa de modo

que o seu centro de gravidade coincida com o eixo dos pratos da prensa. A carga a ser

aplicada deve ser aumentada progressivamente para não haver choques impactantes, a carga a

ser aplicada pela prensa deve ser de (0,05 ± 0,01) MPa/s para blocos com resistência inferior a

8 MPa.

3.1.4 Teste resistência compressão Estado ambiente

Com todos os corpos de provas regularizados conforme item 6.2.2 da ABNT 12.118:

2013, as amostras devem receber cargas de ensaios da prensa, de modo que, o seu centro de

gravidade coincida com o eixo dos pratos da prensa. A carga a ser aplicada deve ser

aumentada progressivamente para não haver choques impactantes, essa carga deve ser de

(0,15 ± 0,03) MPa/s para blocos com resistência superior a 8 MPa e (0,05 ± 0,01) MPa/s para

blocos com resistência característica inferior a 8 MPa.

3.1.5 Teste resistência compressão seco em estufa

Deve ser levado as amostras para estufa com temperaturas de até (105 ± 5) °C e

mantê-los por um período de 24 h. Após esse período é removido o bloco da estufa e

determinada a massa seca e colocado novamente na estufa, por um período de 2 h, essa

operação é feita até obter-se uma alteração de massa não superior a 0,5% em relação a coleta

anterior, as amostras devem receber cargas de ensaios da prensa de modo que o seu centro de

gravidade coincida com o eixo dos pratos da prensa. A carga a ser aplicada deve ser

aumentada progressivamente para não haver choques impactantes, a carga a ser aplicada pela

prensa deve ser de (0,05 ± 0,01) MPa/s para blocos com resistência inferior a 8 MPa.

4 RESULTADOS

4.1 Determinação da característica geométrica

Para cada análise de amostra que foi retirada do lote, foram realizados a determinação

de três dimensões em pontos opostos da amostragem, todos as leituras expressas em

milímetros.

Tabela 4 – Dimensão do Bloco

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Largura (mm) Comprimento (mm) Altura (mm) Área (mm²)

Amostra 1 140 388 189 54320

Amostra 2 139 390 190 54210

Amostra 3 138 390 193 53820

Amostra 4 139 388 193 53932

Amostra 5 140 386 193 54040

Amostra 6 140 380 190 53200

Amostra 7 139 389 189 54071

Amostra 8 140 389 193 54460

Média (mm) 139,38 387,50 191,25 54150,0

Média (cm) 13,94 38,75 19,12 541,50

Fonte: O autor, 2018.

Tabela 5 – Dimensão dos Furos

Largura (mm) Comprimento

(mm)

Área (mm²)

Amostra 1 88 157 13816

Amostra 2 89 153 13617

Amostra 3 86 160 13760

Amostra 4 80 150 1200

Amostra 5 89 157 13973

Amostra 6 81 149 12069

Amostra 7 88 159 13992

Amostra 8 88 159 13992

Média (mm) 86,125 155,55 13402,4

Média (cm) 8,61 15,55 134,024

Fonte: O autor, 2018

Foram realizadas duas determinações em cada parede longitudinal e uma determinação

em cada parede transversal. Para determinação dos furos deve ser analisado o centro

aproximado de cada bloco e medido nas direções transversais e longitudinais da amostra.

4.2 Resistência à compressão

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Seguindo solicitações do item 3.1.3, deste artigo, os blocos foram submetidos a testes

na prensa hidráulica, recebendo carga progressiva de (0,15 ± 0,03) Mpa/s, com o centro de

gravidade da prensa coincidindo com o eixo do bloco.

Figura 4 – Bloco submetido a teste na prensa hidráulica

Fonte: O autor, 2018.

Após a determinação da caracterização geométrica e com resultados expressos em

milímetros, conforme ABNT 12.118:2013 e obtido os valores em KN para ruptura dos blocos,

foi adotado um valor médio para obtenção da área, tanto para área bruta quanto para área

líquida. Esses valores foram obtidos pela subtração da área bruta por área dos furos.

Eq. 1

A liq. = 0,05415 − 2 ∗ 0,01340 = 0,02735 𝑚²

Onde:

0,05415: área bruta do bloco;

2: número de furos; e

0,01340: área do furo.

Com a determinação da área a ser utilizada, foi determinado a tensão, de cada amostra:

Eq. 2

𝐹𝑜𝑟ç𝑎 (𝐾𝑁)

Á𝑟𝑒𝑎 (𝑚2)/1000 = 𝑀𝑃𝑎

Os dados das tabelas a seguir mostram as resistências, características obtida pela

fórmula acima, junto com resultados alcançados pela prensa hidráulica.

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4.3 Teste resistência compressão totalmente saturado

Tabela 6 – Resistência amostras totalmente saturado

Força a

compressão

totalmente

saturado (KN)

Prova

Força a

compressão

totalmente

saturado (KN)

Contraprova

Resistência a

compressão

totalmente

saturado (Mpa)

Prova

Resistência a

compressão

totalmente

saturado (Mpa)

Contraprova

1 130,80 194,50 4,81 7,15

2 167,05 125,75 6,15 4,63

3 144,45 165,80 5,31 6,10

4 219,10 162,70 8,06 5,99

5 142,45 133,15 5,24 4,90

6 145,70 186,25 5,36 6,85

7 175,40 141,60 6,45 5,21

8 159,20 166,40 5,86 6,12

Média 160,52 159,50 5,91 5,87

Fonte: O autor, 2018.

4.4 Teste resistência compressão temperatura ambiente

Tabela 7 – Resistência amostras estado ambiente

Força a

compressão

temperatura

ambiente (KN)

Prova

Força a

compressão

temperatura

ambiente (KN)

Contraprova

Resistência a

compressão

temperatura

ambiente (Mpa)

Prova

Resistência a

compressão

temperatura

ambiente (Mpa)

Contraprova

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1 232,70 207,25 8,56 7,62

2 196,15 189,45 7,22 6,97

3 206,20 256,80 7,59 9,45

4 217,80 261,85 8,01 9,63

5 216,15 256,30 7,40 9,43

6 188,15 252,62 6,92 9,29

7 277,90 277,90 10,22 9,07

8 229,40 212,95 8,44 7,83

Média 220,56 235,49 8,04 8,66

Fonte: O autor, 2018.

4.5 Teste resistência compressão seco em estufa

Tabela 8 – Resistência amostras seco em estufa

Força a

compressão seco

em estufa (KN)

Prova

Força a

compressão seco

em estufa (KN)

Contraprova

Resistência a

compressão seco

em estufa (Mpa)

Prova

Resistência a

compressão seco

em estufa (Mpa)

Contraprova

1 293,35 304,10 10,79 11,19

2 289,45 283,80 10,65 10,44

3 303,80 297,32 11,18 10,94

4 265,00 261,30 9,75 9,61

5 290,75 266,20 10,70 9,79

6 381,80 301,87 14,05 11,11

7 276,50 275,30 10,17 10,13

8 291,25 288,92 10,71 10,63

Média 298,99 284,85 11,00 10,48

Fonte: O autor, 2018.

A partir dos estudos e ensaios proposto e executados em laboratório foi conquistado os

resultados expressos nos gráficos a seguir:

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13

Gráfico 1 – Força obtida em prensa hidráulica

Fonte: O autor, 2018

Gráfico 2 – Resistência Característica Mpa

Fonte: O autor, 2018

4.6 Análise estatística

160,52

220,56

298,99

159,50

235,49

284,85

0

50

100

150

200

250

300

350

Resistêcia a compressãototalmente saturado (KN)

Resistência a compressãoestado ambiente (KN)

Resistência a compressãoseco em estufa (KN)

Força obtida em prensa hidráulica

Média prova Média Contraprova

5,91

8,04

11,00

5,87

8,66

10,48

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

Resistência a compressãototalmente saturado

(MPA)

Resistência a compressãoestado ambiente (MPA)

Resistência a compressãoseco em estufa (MPA)

Resistência Característica

Média prova Média Contraprova

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14

Analisando os gráficos e tabelas, verifica-se que há uma variação na resistência

comparada a “Resistência a compressão em estado ambiente” tanto para ganho de resistência

quanto para perda de resistência.

Por meio de análise estatística, “Test-t Student”, pode-se afirmar estatisticamente (p <

0,05), que há uma diferença entre as médias das variáveis.

Tabela 9 - Teste-t: duas amostras em par para médias – Prova

Variável 1 Variável 2

Média 5,905115329 8,044375

Variância 1,041119387 1,104124554

Observações 8 8

Correlação de Pearson 0,219738033

Hipótese da diferença de média 0

gl 7

Stat t

-

4,676528201

P(T<=t) uni-caudal 0,001135023

t crítico uni-caudal 1,894578605

P(T<=t) bi-caudal 0,002270046

t crítico bi-caudal 2,364624252

Fonte: O autor, 2018.

Tabela 10 - Teste-t: duas amostras em par para médias – Contraprova

Variável 1 Variável 2

Média 5,86763786 8,6630431

Variância 0,80840871 1,0490787

Observações 8 8

Correlação de Pearson 0,0721525

Hipótese da diferença de média 0

gl 7

Stat t -6,0206894

P(T<=t) uni-caudal 0,0002656

t crítico uni-caudal 1,89457861

P(T<=t) bi-caudal 0,0005312

t crítico bi-caudal 2,36462425

Fonte: O autor, 2018.

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15

Analisando as amostras totalmente saturada (Variável 1) e temperatura ambiente

(variável 2) o qual foi-se utilizado como referência para comparação entre as amostragens,

conclui-se essa análise, afirmando que é rejeitado a hipótese nula nesse caso.

Tabela 11 - Teste-t: duas amostras em par para médias – Prova

Variável 2 Variável 3

Média 8,044375 10,99929

Variância 1,104124554 1,699682

Observações 8 8

Correlação de Pearson -0,521166785

Hipótese da diferença de média 0

Gl 7

Stat t -4,06285669

P(T<=t) uni-caudal 0,002396132

t crítico uni-caudal 1,894578605

P(T<=t) bi-caudal 0,004792264

t crítico bi-caudal 2,364624252 Fonte: O autor, 2018.

Tabela 12 - Teste-t: duas amostras em par para médias –

Contraprova

Variável 2 Variável 3

Média 8,663043078 10,47934

Variância 1,049078748 0,353812

Observações 8 8

Correlação de Pearson -0,363804485

Hipótese da diferença de média 0

gl 7

Stat t -3,780887554

P(T<=t) uni-caudal 0,003442146

t crítico uni-caudal 1,894578605

P(T<=t) bi-caudal 0,006884293

t crítico bi-caudal 2,364624252 Fonte: O autor, 2018.

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16

Analisando a hipótese entre, a amostra temperatura ambiente (variável 2) e amostra

totalmente seco em estufa (variável 3) em relação a (p < 0,05) é possível afirmar que não há

relação entre as variáveis citadas, ou seja, existe diferença significativa entre as amostras.

Tabela 13 - Teste-t: duas amostras em par para médias - Prova

Variável 1 Variável 3

Média 5,905115329 10,99928701

Variância 1,041119387 1,699681542

Observações 8 8

Correlação de Pearson -0,489138185

Hipótese da diferença de média 0

Gl 7

Stat t -7,166581885

P(T<=t) uni-caudal 9,13479E-05

t crítico uni-caudal 1,894578605

P(T<=t) bi-caudal 0,000182696

t crítico bi-caudal 2,364624252 Fonte: O autor, 2018.

Tabela 14 - Teste-t: duas amostras em par para médias -

Contraprova

Variável 1 Variável 3

Média 5,867637862 10,47933584

Variância 0,808408706 0,353811605

Observações 8 8

Correlação de Pearson 0,671761149

Hipótese da diferença de média 0

gl 7

Stat t -19,58245306

P(T<=t) uni-caudal 1,13039E-07

t crítico uni-caudal 1,894578605

P(T<=t) bi-caudal 0,000000226079

t crítico bi-caudal 2,364624252 Fonte: O autor, 2018.

Analisando as duas amostras restantes, variável 1 e variável ,3 as quais sofreram

alterações no seu estado de uso, permite-se observar uma maior diferença entre as médias, ou

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17

seja, quanto mais distante o valor de P(T<=t) bi-caudal de 0,05 maior será a diferença entre as

médias das amostras.

5 CONCLUSÃO

Por meio de testes numéricos estatísticos, nota-se que, a umidade influencia

significativamente na resistência da amostra. Com os resultados apresentados, é possível

concluir que, embora o sistema construtivo em alvenaria estrutural apresenta várias vantagens,

ainda é necessário o aprimoramento dos métodos e técnicas para melhoria dos procedimentos

de execução. O controle de estocagem de materiais seguindo as normas que ditam os

parâmetros de construção de alvenaria estrutural, são de primordial importância para que as

patologias sejam evitadas e que a qualidade da construção seja mantida.

Os elementos de concreto estudados, apresentaram comportamentos distintos, quando

submetidos a distintas condições de ensaio, os blocos submetidos a saturação durante um

período de 24 horas perderam cerca de 37,28% de sua resistência característica com relação à

dos blocos testados a estado e temperatura ambiente, os quais são os mais comuns em obras.

Já para blocos, onde foram removidos a umidade durante um período de 24 horas, houve um

ganho de resistência com relação a outras amostras de 22,11%.

O desenvolvimento de uma melhor maneira de estocagem que propicie resultados em

termos de qualidade e segurança, resume o objetivo deste artigo. A partir dos resultados

obtidos em laboratório e analisados de maneira estatística, conclui-se que,os blocos de

CLASSE A - bloco com função estrutural, para uso em alvenaria acima ou abaixo do nível do

solo, com resistência que varia de 8,0 MPa a 22 MPa, sofrem influência de maneira

significativa de acordo a sua estocagem, tanto para ganho de resistência não havendo contato

com umidade, quanto para perca de resistência havendo contato com água.

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concreto simples para alvenaria estrutural: Referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2016.

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apresentação. Rio de Janeiro, 2013.

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18

______. ABNT NBR 15.961-1: Alvenaria estrutural – Blocos de concreto Parte 1: projeto:

apresentação. Rio de Janeiro, 2011.

______. ABNT NBR 15.961-2: Alvenaria estrutural – Blocos de concreto Parte 2: execução e controle

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CAMACHO, J.S. Projeto de edifícios de alvenaria estrutural, Ilha Solteira, 2006

CÁNOVAS, M. F.; Patologia e Terapia do concreto armado. São Paulo: Pini, 1998.

KALIL, Sílvia Baptista; LEGGERINI, Maria Regina. Estruturas Mistas – Concreto Armado X

Alvenaria Estrutural. Curso de Graduação. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Porto Alegre, 2008.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico:

procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório publicações e trabalhos

científicos. 7. ed. 6. reimpr. São Paulo: Atlas, 2011.

MOHAMAD, G. Construções em alvenaria estrutural. São Paulo: Blucher, 2015.

NUNES, B. B. Diagnóstico em análise de experimentos, relatório de estágio supervisionado II –

Universidade de Brasília – Instituto de Ciências Exatas Departamento de estatística. Brasília, 2014.

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<http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/165/alvenaria-estrutural-286779-1.aspx>. Acesso em: 10

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Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2010.

SOUZA, V. C. M.; RIPPER, T.; Patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto, São

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19

ANEXOS/APÊNDICES

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20

ANEXO A- Requisitos para resistência característica à compressão, absorção e retração

Classificação

Classe

Resistência

característica

à compressão

axiala MPA

Absorção %

Retraçãod

%

Agregado Normalb Agregado leve

c

Individual Médio Individual Médio

Com função

estrutural

A Fbk ≥ 8,0 ≤ 8,0 ≤6,0

≤ 16,0

≤ 13,0

≤ 0,065 B 4,0 ≤ Fbk < 8,0 ≤ 10,0 ≤ 8,0

Com ou sem

função

estrutural

C Fbk ≥ 3,0

a Resistência característica a compressão obtida aos 28 dias.

b Blocos fabricados com agregados normais.

c Blocos fabricados com agregados leves.

d Ensaios Facultativos.

Fonte: ABNT NBR 6.136:2014