Como ser usado por Deus

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COMO SER USADO POR DEUS Caio Fbio VINDE COMUNICAES H alguns sculos, h muito tempo mesmo, um certo homem se levantou na Inglaterra desejoso de ir pregar a Palavra de Deus na ndia. Naquele tempo ningum estava interessado em anunciar o Evangelho, ele, porm, cria no que est escrito em Mateus 28:18-20: "E chegando-lhe Jesus, falou-lhes, dizendo: me dado todo o poder no cu e na terra. Portanto ide, ensinai todas as na"es, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Esprito Santo. Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, at a consumao dos sculos." Ele acreditava que a respon-sabilidade da pregao da Palavra no era somente dos apstolos, mas de todos os que crem em Jesus Cristo. Os pastores e sua igreja riram de suas idias e, inclusive, o chefe do conclio, o pastor mais experiente, levantou-se dizendo: "Deus no tem pressa, se ele estivese com tanta pressa de salvar os pagos e os gentios, ele faria isto sem mim e sem voc". Para mim esta uma das mais satnicas expresses de pensamento. Principalmente no que diz respeito quilo que a Bblia ensina sobre a urgncia de se compartilhar o Evangelho com o mundo, com as pessoas, in-dividualmente. Qualquer outro tema e assunto que seja colocado frente da urgncia de Deus em salvar vidas em todas as naes, no est de acordo com a escala de valores que o Evangelho de Jesus, e que todo o Novo Testamento nos ensinam sobre o interesse de Deus com as coisas espirituais. Ns estamos quase conseguindo fazer com que a salvao que nos foi dada se torne algo trivial, tolo e sem significado. Quando ns pregamos sobre salvao, quase como se pregssemos sobre uma coisa destituda de sentido, a menor de todas as doutrinas que se poderia ensinar. Na verdade, o Novo Testamento a ensina como a maior de todas e fala da nossa salvao como "a nossa to grande salvao". O Evangelho no nos fala da salvao como se ela fosse uma coisa simples e medocre, no nos fala como se fosse a nossa primria salvao, como se fosse algo ftil que nos aconteceu um dia, a ser lembrada apenas de vez em quando. O problema que passamos a nos sentir to superiores que minimizamos seu ver-dadeiro sentido. Alis, irmos, ns no estamos salvos num certo sentido. Estamos salvos se morrermos hoje e formos para o cu. H textos no Novo Testamento que afirmam que ns estamos indo para o cu, mas, enquanto isso, Deus est desenvolvendo esta salvao em nossa vida, est embrenhando em todas as reas do nosso ser, a fim de que no s o nosso esprito esteja salvo, mas toda a nossa vida, para que sejamos re-dimidos e resgatados para a glria de Deus no cotidiano. O apstolo Paulo, mais do que ningum, estava capacitado a nos ensinar como Deus pode nos usar para compartilharmos sua Palavra, levando os homens salvao, pela f em Jesus Cristo, nosso Senhor. Na carta de Paulo aos Romanos, captulo 10, versos de 1 a 7 est escrito: "Irmos, o bom desejo do meu corao e a orao a Deus por Israel para sua salvao. Porque lhes dou testemunho de que tm zelo de Deus, mas no com entendimento. Porquanto, no conhecendo a justia de Deus, e procurando estabelecer a sua prpria justia, no se

sujeitaram justia de Deus. Porque o fim da lei Cristo para justia de todo aquele que cr. Ora, Moiss descreve a justia que pela lei, dizendo: O homem que fizer estas coisas viver por elas. Mas a justia que pela f diz assim: No digas em teu corao: Quem subir ao cu? Ou: Quem descer ao abismo?" Neste texto, Paulo nos diz que a primeira coisa necessria a algum que quer ser usado por Deus para compartilhar a vida e salvao com seus contemporneos, ter compulso no corao. E esta no uma mensagem que se adequa, que impressiona e se direciona apenas aos lderes da igreja, ou a pessoas especialmente aqui-nhoadas. um compromisso e uma palavra que se dirige a voc e a todas as pessoas que tm certeza da salvao. E se voc a tem, preste, ento, muita ateno a estas palavras, porque responsabilizam voc com Deus, com o mundo, com as Escrituras e com o senhorio de Cristo. A primeira coisa que precisa haver dentro de ns esta compulso que vemos no versculo primeiro do captulo 10, de Romanos quando Paulo diz: a minha orao a Deus para que os judeus, os meus contemporneos, os meus patrcios sejam salvos pelo Evangelho do Senhor Jesus. Podemos ver ainda em Romanos, captulo 9, nos versos de 1 a 3, a disposio do apstolo Paulo quando afirmou: "Em Cristo digo a verdade, no minto, dando-me testemunho a minha conscincia no Esprito Santo, Que tenho grande tristeza e contnua dor no meu corao. Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmos, que so meus parentes segundo a carne." Paulo dispunha-se a ser separado de Cristo, a ser antema, caso esta atitude fizesse com que os judeus fossem salvos. Ele estava deliberado a abrir mo do privilgio de conhecer Jesus, de experimentar o cu e de ter a relao que mantinha com Jesus. Ele estava determinado a assumir a maldio da separao de Jesus se isto fizesse com que a nao inteira de Israel fosse convertida. Sentimento igual a este teve Moiss quando estava no cume do monte, conforme registrado em Exdo captulo 32, verso 32 que diz: "Agora, pois, perdoa o seu pecado, seno risca-me, peo-te, do teu livro que tens escrito." Patrcio, nascido em 450 D.C. na Esccia, foi educado na f por pais muito simples num cristianismo quase primitivo, mas que seria a base de sua vida. Aos 16 anos, foi aprisionado por piratas que o venderam na Irlanda. Durante 6 anos de solido no cativeiro, valeu-se dos ensinos de seus pais e buscou ao Senhor intensamente. Convicto de seus pecados, arre-pendeu-se, foi salvo e recebeu a vida eterna. A partir da ficou totalmente consciente de que a sua respon-sabilidade como a de todo cristo pregar o Evangelho do Senhor Jesus. Depois de liberto, voltou Esccia, onde permaneceu por 10 anos at ser feito novamente prisioneiro e levado Frana por mercadores cristos que generosamente decidiram libert-lo. De volta a seu pas no teve mais paz. Todo tempo se lembrava dos pagos, pensava nos irlandeses, contemplava aquela situao de caos em que se encontrava aquele pas, sem f, sem Jesus, sem salvao, sem luz, sem a Bblia, sem coisa alguma. Ele sabia que se voltasse para l corria o risco de ser novamente preso e feito escravo, ficando sob o jugo de algozes terrveis. Mas ele esqueceu tudo quanto lhe poderia acontecer e, sob esta compulso do Esprito Santo, largou a Esccia indo para a Irlanda, onde comeou a anunciar o Evangelho em praas pblicas, reunindo multides. A Irlanda foi, assim, sacudida pela Palavra de Deus. As notcias se espalharam e

tambm jovens da Frana se colocaram a caminho da Irlanda. Estes, ento, foram discipulados por Patrcio que ensinou-lhes a Palavra de Deus, fundou escolas de teologia, publicou livros cristos, disseminou a verdade, balanou as estruturas da Irlanda implantando o Evangelho de Jesus naquela terra onde no havia sequer uma fagulha de luz e salvao. Em 521 D.C., nasceu na Irlanda, Columbano, outro homem em cujo corao Deus colocara a mesma compulso. Provavelmente ele foi pro-fundamente impactado pelos efeitos da pregao de Patrcio. Despertado pelas notcias do caos espiritual em que se encontrava a Esccia, ficou to compelido, to desafiado a evangelizar a Esccia que, juntamente com outros homens no tendo como atravessar o mar, se lanou na construo de uma jangada. Colocaram uma haste de madeira tosca, puseram nela alguma coisa parecida com uma vela e atravessaram o oceano enfrentando grandes riscos. Assim, eles se dispuseram em direo Esccia para pregar a Palavra de Jesus, levando o Evangelho quele povo. Na verdade, eles no chegaram propriamente Esccia, mas foram dar numa ilha chamada Iona que era povoada por brbaros. L anunciaram o Evangelho para toda a ilha e todos se converteram, at mesmo o homem mais importante da comunidade, uma espcie de governador. Columbano ergueu ali uma escola de teologia, fazendo muitos discpulos, e propagou a Palavra de Deus a toda aquela regio. Meus irmos, Deus nos convida a nos deixarmos compungir e incomodar. Deus quer, de alguma forma, nos perturbar. estranho dizer, mas alguns de ns estamos vivendo num estado de tanta paz que esta se transforma em morbidez, em apatia, indiferena e letargia espiritual para com aqueles que ainda no experimentaram este gozo. Por exarcebao e falta de dinmica este estado se transformou em algo negativo em nossas vidas. Deus quer nos levar compulso, ao amor, paixo, a uma perturbao que nos faa ver o mundo como perdido tal como ele se encontra, de fato, sem Jesus. A Bblia nos ensina que se quisermos ser usados por Deus para a salvao dos homens, e se quisermos um compromisso com a divulgao da Verdade, precisaremos, ento, entender quais os embaraos espirituais do povo a ser evangelizado. Ainda na carta aos Romanos, no captulo 10, Paulo nos diz isto nos versos 2 e 3: "Porque lhes dou testemunho de que tm zelo de Deus, mas no com entendimento. Porquanto, no conhecendo a justia de Deus, e procurando es-tabelecer a sua prpria justia, no se sujeitaram justia de Deus." O maior problema contra o qual Paulo se confrontou quando queria evangelizar os judeus foi o legalismo, o cerimonialismo, as boas obras, ou seja, a salvao pela lei - pela prtica da caridade - a justia prpria, o farisasmo. No Brasil, enfrentamos problema semelhante quando tentamos evan-gelizar catlicos fervorosos que no so capazes de discernir e entender que a salvao se d nica e exclusivamente pela f em Jesus Cristo e pela obra consumada no Calvrio a nosso favor. Eles entendem que so as obras que produzem esta salvao, e eles mesmos produzem diante de si os obstculos salvao, quando deixam de perceber que Jesus a oferece unicamente pela f, quele que, humilde e arrependidamente, volta-se para Jesus, dizendo: "Salva-me, Senhor!" Mas h outros problemas que nos atingem aqui no Brasil. O espiritismo impede dia a dia a propagao da f produzindo uma alternativa piedosa que se transforma numa das coisas mais perigosas no que diz respeito a tirar do corao das pessoas a possiblidade de se comprometerem com o Evangelho. Eles oferecem uma alternativa caritativa e misericordiosa, cheia de nomes e clichs e recheada de uma pseudo-teologia crist de sentimentos e

motivaes. Segundo eles, estes sen-timentos produzidos pelo esprito de Jesus que os guia.

so

gerados

e

Entretanto, tudo no passa de um engodo, de uma estratgia sutil, de um malogro do diabo para afastar as pessoas da cruz e da salvao nica pela f em Cristo, nosso Senhor. Como povo, um problema que nos atinge o hedonismo, os prazeres, o esprito carnavalesco que nos possui. O esprito de prostituio que grassa em toda a nao, que faz com que as pessoas ao ouvirem as demandas de um evangelho srio, que no gua com acar, nem chocolate espiritual, mas compromisso com um Deus santo, digam: "Eu amo demais os meus pecados". E este mesmo esprito leva o povo a afastar-se de Jesus. Na Frana, o problema a se enfrentar seria o existencialismo, as nuseas e a soberba espirituais, a decepo religiosa dentro da qual a Frana imergiu por causa do cristianismo deformado que l se estabeleceu. Na ndia, seriam as castas que atrapalhariam: a reencarnao, a transmigrao das vidas, os deuses, as supersties, a auto-flagelao, o sentido de que as pessoas so salvas por si mesmas, de acordo com os sacrifcios que a si mesmas impe. Se olharmos, por exemplo, para a Nicargua, o problema l so os terremotos, o sofrimento com a guerra, as catstrofes que os tm atingido, e que os leva a crer que no existe um Deus de amor por trs deste universo. Mas no so apenas as naes e os povos que tm que ser entendidos: os indivduos tambm precisam s-lo e foi exatamente assim que Jesus agiu. O evangelho de Joo, captulo 3, verso 3, nos diz assim: "Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que no nascer de novo, no pode ver o reino de Deus." Esta passagem marca o encontro de Jesus com um homem moralista, de mente filosfica, e Jesus o tratou sob um aspecto extremamente filosfico, intelectual e teolgico. Jesus aplicou este tipo de linguagem para que, se no o entendesse, pelo menos, se in-teressasse. Ainda no evangelho de Joo, no captulo 4, Jesus se encontra com uma mulher samaritana de vida desregrada, que tivera 5 maridos e que estava vivendo com um homem que no era seu marido. Jesus, contudo, olhou a sede do corao daquela mulher e disse-lhe: "tu precisas da gua da vida". Ele entendeu seu drama e falou-lhe numa linguagem adequada sua realidade. No captulo 5, ainda em Joo, vemos o Senhor Jesus atendendo a um homem que era paraltico havia 38 anos. Eu sempre digo que se Jesus tivesse perguntado quele homem "Tu queres nascer de novo?", teria sido um desastre em termos de evangelizao. Isso porque aquele homem responderia: "Para que nascer de novo, para viver 38 anos, de novo paraltico?!" Imaginem ainda se Jesus tivesse dito: "D-me de beber." O homem certamente diria: "Senhor, eu estou aqui sentado ao lado deste poo e querendo pular nele j faz muito tempo, porque dizem que quem pular nesta gua fica curado, mas nem isto eu consigo fazer, e o Senhor me pede um copo d'gua?" Jesus porm disse: "Meu filho, voc quer ser curado?" E ele pensou: "Esta linguagem eu entendi." Foi por esta via que Jesus entrou em seu corao com a f salvadora. Amados irmos, precisamos de compulso, mas tambm precisamos entender os empecilhos e os embaraos que existem na vida das pessoas que precisam ser alcanadas, dos indivduos que precisam ser evangelizados e que esto diante de ns. A terceira coisa que Paulo nos ensina que precisamos conhecer o que significa justificao pela f. Quem no gostaria de ser usado por Deus durante toda sua

vida para levar muita gente a Cristo? Para isso voc precisa entender o que justificao pela f. Prestem ateno nisto tambm, porque mesmo para as pessoas que se dizem salvas e que querem ser usadas para levar muitas pessoas para Cristo preciso toda ateno, pois no se pode perder nem ao menos 30 segundos daquilo que ser dito, por mais cansativo e doutrinrio que parea. Justificao pela f algo que voc precisa entender, se quer compartilhar vida e salvao com as pessoas que ainda no tm Jesus. No texto apresentado, Paulo nos ensina o que salvao pela f, advertindo quanto necessidade de que seja bem entendida. Um passo fundamental para quem quer entender o que justificao pela f compreender que Cristo o fim da lei, como vemos no verso 4, "por-quanto o fim da lei Cristo para a justia de todo aquele que nele cr". O que Paulo est dizendo que no existe mais nenhum desafio sequer, ou uma obrigao para que algum seja salvo pela obedincia s leis. A lei terminou em Cristo, e ele disse que no veio revog-la, mas, sim, para faz-la cumprir, acrescentando que nem um "i" ou um "til" seriam mudados, porque no viera mudar a lei at que tudo se cumprisse. Isto significa dizer que a lei j no voga, porque foi revogada na cruz. Todas as ordenanas foram en-cravadas em Jesus, e ele o cum-primento, o fim, o alvo da lei; ele a expresso mxima da lei, segundo o ponto de vista de Deus. Neste caminho da justificao pela f precisamos tambm entender que pela lei ningum justificado, porque ningum, exceto Cristo, conseguiu obedec-la integralmente aos olhos de Deus. Vejam o verso 5: "Ora, Moiss descreve a justia que pela lei, dizendo: O homem que fizer estas coisas viver por elas." E eu pergunto: - Quem foi que viveu pela lei at hoje? Paulo disse que no adulterava, no roubava, no se prostitua, no adorava dolos, guardava o sbado, at que chegou ao ltimo dos mandamentos do declogo. At ento ele vinha muito bem, irrepreensvel diante da lei. Mas l est escrito: "no cobiars", e quando ele chegou neste mandamento, lemos em Romanos 7, que ele caiu por terra, porque o corao dele cobiava o que era mal. Ningum salvo pela obedincia lei, porque ningum consegue obedec-la totalmente. A Bblia diz que se voc no a cumprir totalmente no ser salvo. Portanto, se voc cumprir nove dos mandamentos e falhar em um deles, voc no ter salvao e estar con-denado por todos. Precisamos ainda entender que a salvao uma obra inteiramente realizada por Deus: "Mas a justia que pela f diz assim: No digas em teu corao: Quem subir ao cu? Ou: Quem descer ao abismo?" (Rm 10:6-7) O que isto significa? Significa que no devemos perguntar em nosso corao quem subir ao cu, isto , para trazer Cristo das alturas, ou, quem descer ao abismo, isto , quem levantar Cristo dentre os mortos. O homem no tem participao em nada para salvar a si prprio, ele no teve que subir aos cus para produzir o Natal. Foi o brao de Deus que agiu valorosamente, foi a encarnao, foi a sua prpria ao. Ningum subiu aos cus para trazer Cristo Terra. Durante a ressurreio de Jesus, qual dos homens vigiou, implorou, e creu que ele ressuscitaria dentre os mortos? A Bblia diz que voc no precisou ir at o inferno para trazer Cristo de l, pois ele saiu sozinho. Diz tambm que tudo quanto diz respeito salvao Deus fez sozinho. Encarnou sozinho, viveu sozinho, morreu na cruz sozinho por voc e por mim, ressuscitou dentre os mortos sozinho e, no fim, disse: "est consumado." Portanto, entender a salvao pela f crer que, tudo quanto diz respeito a ela, Deus fez sozinho por

voc e para voc. Em quarto lugar, a salvao acon-tece mediante a f na Palavra de Deus, que nos atesta a obra realizada e consumada por Cristo a nosso favor na sua morte e ressurreio. "Mas que diz? A palavra est junto de ti, na tua boca e no teu corao; esta a palavra da f que pregamos. A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu corao creres que Deus o ressuscitou dos mortos, sers salvo." (Rm 10:8-9) A salvao acontece mediante esta f; f na obra que Jesus consumou por voc na sua morte e na sua ressurreio. Quem acreditar, quem crer nestas palavras ser salvo. Em quinto lugar, a f na obra de Cristo implica confisso deste en-tendimento espiritual, e por esse motivo que so realizados os batismos e as profisses de f. E quem crer nisto, quem assumiu esta salvao, confessa esta salvao, como vemos no texto bblico: "Visto que com o corao se cr para a justia, e com a boca se confisso para a salvao." (Rm 10:10) faz

Em sexto lugar, esta justificao que produz a salvao sempre deve vir acompanhada de certeza por parte daquele que crer. Quem est salvo, diz o texto, tem certeza da salvao, apesar de ser possvel existirem pessoas que estejam salvas sem terem se apropriado desta certeza. Eu nunca vi, no entanto, o contrrio acontecer, ou seja, algum que no esteja salvo ter certeza de salvao. Quem no est salvo nunca tem certeza; quem tem certeza pode ser que esteja salvo, e quem est salvo deve ter certeza desta salvao. Vejam o verso 11, de Romanos captulo 10: "Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer no ser con-fundido." Ento, todo aquele que cr em Jesus no ter dvidas, no ficar atordoado, no ser confundido, ao contrrio, este ter absoluta certeza de sua prpria salvao em Jesus Cristo, nosso Senhor. Se queremos compartilhar o Evangelho com as pessoas, precisamos que isto fique bem entendido. Alguns de vocs vo aos cultos sem saber a razo, ou o porqu. Pode ser porque gostam do louvor, porque consideram o ambiente agradvel, porque tm simpatia pelos irmos; ou, talvez, porque acham que a Palavra de Deus pregada com certa coerncia. Entretanto, isto no e no deve ser tudo, isto s pode ser admitido de algum que est iniciando na f, um nefito. Mas no se pode admitir que voc esteja aqui h tantos anos e ainda no tenha compreendido esses passos que caracterizam a nossa salvao e justificao pela f em nosso Senhor Jesus Cristo. E sabem por qu ou para qu? Para que no nos acontea o mesmo que aconteceu com John Wesley. Ele estava apaixonado pelas almas, queria levar aos pagos o conhecimento de Jesus, queria educar os pagos dos Estados Unidos na f em Cristo. Foi por isso que ele pegou um navio, e foi para a Amrica do Norte. Mas acabou frus-tradssimo, pois no conseguiu alcanar os seus objetivos. Triste e decepcionado, enquanto atravessava o oceano de volta Inglaterra, foi atormentado por uma dvida atroz. Aquilo o angustiou fazendo-o perguntar a si mesmo: Ser que tenho certeza de salvao? Ele, porm, no se sentia seguro para responder afirmativamente. At que, chegando Inglaterra, com o corao vazio e angustiado, ele ouviu a pregao da palavra de Cristo, creu nela e recebeu certeza de vida eterna. A partir da, ele passou a ser um cons-pirador do reino de Deus, um con-turbador do inferno, um pregador intrpido, tremendo, ungido; ousado e usado por Deus. Ele balanou as estruturas da Inglaterra, da teologia, da evangelizao, das culturas e, quem sabe, em grande

parte, lanou sobre ns os reflexos de luz e dos resultados desta sua ao at hoje, at os nossos dias. Paulo tambm nos ensina que se quisermos nos lanar e sermos usados por Deus na salvao de homens, devemos crer na realidade de que sem a invocao do nome de Jesus no h salvao. "Porquanto no h diferena entre judeu e grego; porque um mesmo o Senhor de todos, rico para com todos que o invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor ser salvo."(Rm 10:12-13) Se porm, no invocarmos o nome do Senhor no seremos salvos. Precisamos entender isto, no h salvao sem invocao do nome do Senhor Jesus. Os muulmanos dizem no Coro, que Jesus o Verbo de Deus, a Palavra e o Esprito de Deus, guiado por Deus, dos cus, e que vai voltar mais uma vez maior do que Maom. Mas eles no podem admitir Jesus como o Filho de Deus, que morreu pelos seus pecados na cruz do Calvrio e que ressuscitou dentre os mortos. Ento, nada feito: se no invocarem a Jesus como salvador, ressurreto dentre os mortos, no h salvao. Os espritas kardecistas piedosos, caridosos, de moral correta e ilibada, cheios de boas obras, de orfanatos, de hospitais, mas que no crem que a nica via e o nico modo de salvao crer na obra salvadora que Jesus nos deixou de herana, por sua morte na cruz do Calvrio, tambm no tm salvao. Sem invocao de Jesus, como Senhor e salvador, no se iludam, no h salvao. Eu tive que dizer isto a um homem muito bom que veio me pro-curar no gabinete pastoral de acon-selhameto. Ele era esprita kardecista, piedoso, moralmente limpo. Mas ele disse que no podia crer que Jesus havia morrido por seus pecados, no podia crer na graa salvadora de Deus, no podia crer que o homem pudesse ser salvo pela f em Jesus. Ele cria na reencarnao e na evoluo espiritual, no progresso espiritual pela prtica de boas obras; ele cria que o homem se auto-redime, e acreditava que o que aconteceu na cruz no passou de exemplo de altrusmo, de abnegao. Ele no considerava Jesus o modo, a via, o objeto salvador. Ento, ele perguntou: "O que vai acontecer comigo? Porque eu sou bom". Olhando para ele, eu tive que chorar e dizer que ele estava indo para o inferno. E ele disse: "Mas pastor, ainda assim eu vou para o inferno? Eu no me pros-tituo, no bebo, no mato, no roubo, eu no fao nada disto". Respondi que a Bblia afirma que se voc no crer que Jesus o seu salvador, voc ir para o inferno. Lembrem-se que Jesus disse a mesma coisa a um homem to bom quanto esse que descrevi. Seu nome era Nicodemos. E Jesus disse a Nicodemos que se ele no nascesse de novo, no se arrependesse, se no cresse que ele, Jesus, ia ser levantado e crucificado no seu lugar, ele no teria vida eterna, no teria salvao. No brinquemos com a graa de Deus, no inventemos outros modos e maneiras, no criemos teologias que justifiquem a nossa preguia, nossa mornido e lentido, nosso desmazelo e descompromisso com as vidas e com as almas do mundo, porque sem invocao do nome do Senhor Jesus no h salvao. Uma outra coisa que a Palavra de Deus quer que saibamos e entendamos que precisamos compreender o modo operante da salvao, ou seja, como a salvao ocorre: "Como pois invocaro aquele em quem no creram? E como crero naquele de quem no ouviram? E como ouviro, se no h quem pregue? E como pregaro, se no forem enviados? Como est escrito: quo formosos os ps dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas

boas!" (Rm 10:14-15) Eu gosto destes versculos porque eles acabam em cima de mim. Eu afirmo que as almas que esto perdidas so problema de Deus, mas a leio que se eles no invocarem o nome do Senhor, no sero salvos. Para que sejam salvos, no entanto, eles precisam crer; para que creiam, algum precisa pregar para eles; para que algum lhes pregue o Evangelho, algum precisa envi-los. necessrio que haja algum disponvel para que o Senhor o envie. E, ento, tudo acaba em cima de mim, acaba em cima da Igreja, acaba em cima de ns. Precisamos entender o modus operantis desta salvao, a maneira como ela se processa, e a Palavra de Deus, amados, nos ensina. Inicialmente precisamos enviar, como diz o verso 15, precisamos abrir novas frentes, como Guilherme Carey fez. A ndia estava inteiramente destituda de uma voz anunciando a Palavra de Deus, e um grupo se reuniu na Inglaterra, resolvendo a quem deveriam enviar. E foi quando ele disse li-teralmente o seguinte: "Eu me atrevo a descer ao fundo se vocs sustentarem os cabos." Isto um buraco, quer dizer, eu deso, mas vocs me enviam e seguram as cordas, os cabos; vocs me mantm, vocs oram por mim, vocs investem em mim, assim eu irei. Assim eu deso neste buraco, e levanto a luz salvadora do Senhor Jesus l dentro dele. Precisamos pregar, diz o verso 15, no apenas dar um bom exemplo. Esta histria de dar bom exemplo tima em igreja que s prega. Mas horrvel uma igreja que s d bom exemplo. Ela serve para equilibrar as coisas naquelas igrejas e naqueles indivduos que tm aquele consumismo evangelstico, que vo falando para todos os lados, mas que no do testemunho de espcie alguma, no vivem uma vida santa. Quando ns s damos bons exemplos e no pregamos a Palavra de Deus, ns podemos cair no mesmo problema em que esto os que continuam sem Deus. No primeiro caso, eles ficam sem Deus, porque o que dizemos no compatvel com o que vivemos e fazemos; no segundo caso, eles ficam sem Deus, porque apenas vm a ser despertados por um estilo de vida interessante que vivemos, mas nunca lhes dizemos o que nos propicia vivermos esta vida diferente, alteradora e salva para a glria de Jesus. Precisamos ser ouvidos, amados irmos, diz o verso 14. Como que eles iro ouvir, precisamos falar uma linguagem que o homem do sculo 21 entenda. No posso chegar em praa pblica e falar palavras difceis e rebuscadas, com voz e tom imponente de orador do Aerpago, do tempo de Pricles, 300 A. C. Isto no atinge mais as pessoas; temos que ser claros e simples para que eles possam nos compreender. Nos Estados Unidos, Jhil Camps sentiu-se impelido a anunciar a Palavra de Deus entre os ndios americanos. Teve frias na universidade e decidiu us-las para pregar o Evangelho entre os ndios, pegou alguns novos testamentos em ingls e espanhol e foi para o meio deles; passou um vero inteiro anunciando o Evangelho. Em certa ocasio, falando uma lngua estranha ao ouvido do ndio, ele tentou iniciar uma conversao e o chefe daquela aldeia, que entendia um pouco de espanhol e ingls, virou-se para ele e disse que se o seu Deus o amava tanto, se ele estava to interessado nele, porque ento no aprendera a falar a sua lngua. Precisamos ser ouvidos e pre-cisamos falar de uma maneira que os outros homens nos entendam. Temos que transmitir a f salvadora a todos os homens. Precisamos, igualmente, v-los invocarem o nome do Senhor Jesus, como eu sei que muitos de ns j o fizeram para a salvao e santificao das suas vidas e para a eterna redeno do Senhor Jesus

nos cus e na eter-nidade. E para terminar, Paulo ensina que necessitamos entender o resultado final da salvao, no que ela d, como ela se caracteriza, como ela se demonstra, como ela comprovada, como ela se evidencia, como se expressa, de-monstrando o resultado final da salvao na vida de um homem. Vejamos quais so estas evi-dncias: "Mas nem todos obedecem ao evangelho; pois Isaas diz: Senhor, quem creu na nossa pregao? De sorte que a f pelo ouvir, e o o ouvir pela palavra de Deus." (Rm 10:16-17) Outra vez para entendermos o resultado final da salvao, temos que comear o texto ao contrrio. Comea com a palavra de Cristo, e esta palavra que existe pregada, e os homens a ouvem e esta crena se manifesta atravs daquilo que o verso 16 diz, obedincia. Interessante a relao que o texto estabelece entre f e obedincia, entre doutrina e prtica, entre crena e boas obras. Quem creu na pregao obe-deceu pregao, quem no obedeceu pregao no creu nela. Pode at ter tido crena, mas no teve f. Porque a f bblica, neo-testamentria, salvadora, impe, implica, determina obedincia por parte de cada um de ns. Eu gostaria que cada um meditasse, pensasse, e decidisse se gostaria de ser usado por Deus para a salvao de homens. Vamos recapitular. A primeira coisa que precisa haver compulso, precisa haver um corao apaixonado, alm disso temos que entender os embaraos atuais do povo que vai ser evangelizado. Precisamos ainda, conhecer o que significa justificao pela f, temos que crer na realidade de que sem a invocao do nome de Jesus no h salvao, precisamos compreender o modo pelo qual a salvao opera, e em ltimo lugar, necessitamos entender o resultado final da salvao. E qual o resultado final da salvao? A obedincia. Vida salva vida comprometida com as Escrituras. Este o Evangelho que pregamos, esta a maneira como vemos o reino de Deus, o Evangelho de Cristo, a Igreja de Jesus e a salvao. Esta a maneira da Bblia e a maneira como Paulo nos ensina. Concluindo, quero apenas dizer-lhes, que falar de Cristo falar de uma experincia de amor. Muitas vezes, ouo as pessoas dizendo que no levam jeito para isto, que no sabem falar, que so inibidas, que no sabem dar incio a uma conversa sobre Jesus. De fato, no qualquer pessoa que tem desembarao para iniciar uma conversa sobre Jesus. Eu dou graas a Deus porque, quando Jesus entrou na minha vida, quando ele me converteu, ele tambm me transformou num carro velho, ou seja, onde pra, prega. Certa vez aconteceu uma coisa sem que eu notasse. Eu estava entrando no elevador da VINDE, e tambm havia um homem esperando, bem vestido e de gravata. E quando a porta abriu, ele entrou primeiro e a porta fechou-se rapidamente. E ele, que no conhecia o elevador ficou ali tentando abrir a porta, empurrando-a, e eu tentando dizer-lhe para apertar o "PO", e quando ele apertou, a porta se abriu, e eu entrei. E ele disse: "Este elevador no se toca, no se sensibliza, a gente toca nele e ele no abre." Ento eu disse: como o corao de muita gente. E aquele senhor ficou me olhando meio desconfiado, foram s 30 se-gundos, mas eu sei que aquele indivduo deve ter ficado a tarde inteira pensando naquelas palavras. E pode ter sido mais significativo do que uma hora de pregao. Falar de Jesus falar de uma experincia de amor. Quem no ama algum do sexo oposto? Tenho certeza de que cada um de ns capaz de dizer como conheceu sua "cara-metade". A salvao tambm

um en-contro, voc pode no saber falar muito bem, mas voc sabe falar de uma experincia que teve. Por isso a coisa mais simples do mundo falar de Jesus. Porque acontece com todos, mudou as suas vidas, encheu-as de paz e alegria. Outra coisa que precisamos saber que no so os altamente qualificados, treinados e experientes os que a tm de promover. Outro dia, uma senhora me disse que era completamente incapaz de evangelizar, porque a nica coisa que a acontecera at hoje tinha a sido a salvao. E eu perguntei: o que mais a senhora quer que acontea? a coisa mais primria, e para os mais primrios, que pouco ou nada sabem, que temos que compartilhar. Isto deve ser um compromisso de todos os crentes e todos ns temos que evangelizar em meio ao nosso estilo. Deus, contudo, ir chamar algumas pessoas da igreja, para um evangelismo mais intenso, no todas, porque isto no possvel, pois quem iria sustentar os "chamados" de uma s vez em um s tempo. Os que ficarem tm que dar muito de si para sustentar os moos que se lanaro na pregao da Palavra de Deus. Sabem por qu? Porque este o exemplo que os apstolos nos deixaram, e esta a melhor parte. Vejam o rumo que tomou a vida dos apstolos, embora a Bblia no nos fale a respeito: Paulo virou o mundo de cabea para baixo, acerca deles diziam "estes que tem transtornado o mundo, chegaram at ns." Marcos, segundo o historiador cristo Euzbio, foi ao Egito e fundou l a igreja de Alexandria. Tom trabalhou entre os Partos; Andr foi para a Sitia; Joo acabou na sia, estabelecendo-se em feso, sendo depois desterrado para a ilha de Patmos; Pedro evangelizou o Ponto, a Galcia, a Betnia, o Capadcio e foi a Roma; Mateus, tambm segundo Euzbio, escreveu seu evangelho pouco antes de partir para a evangelizao de outras naes; e Bartolomeu do qual pouco se fala, segundo testemunho de Panthaenos, um escritor, foi pregar na ndia. Que tal ns mesmos comearmos a evangelizar primeiro a nossa cidade, depois o nosso estado, para chegar a todo nosso pas e, quem sabe, ao mundo?! Isto tudo para demonstrarmos que ns somos cristos que honram a Palavra de Deus. "Como invocaro aquele em quem no creram, e como crero naquele de quem nada ouviram, e como ouviro se no h quem pregue, e como pregaro se no forem en-viados. E ainda est escrito: quo formosos so os ps dos que anunciam coisas boas". Isto no d vontade de pedir para que ele mostre os ps? Do ponto de vista fsico, os seus ps podem estar horrveis, porque podem estar cheios de calos dentro dos sapatos, mas a Bblia diz que voc pode ter ps espirituais lindos. Se voc calar os ps com a preparao do evangelho da paz, e for sobre os montes, mon-tanhas, bairros, pases, sobre as naes. Mas pode ser tambm na sua vizinhana, na sua escola, na sua uni-versidade, entre seus parentes, evan-gelizar coisas boas em nome de Jesus. E se voc vem orando, vem buscando ao Senhor, vem pensando de maneira muito sria, vem se deixando compungir por tudo isso. Se tem decidido que quer ser enviado, sustentado, integralmente amparado pelo corpo de Cristo para uma sria res-ponsvel e comprometida obra e tarefa da evangelizao dos homens dos pases e do mundo. Se voc se decidiu, ou est se decidindo, por seguir o caminho da evangelizao de uma maneira sria, no leviana, no brincalhona, no sem orao e sem reflexo, quem sabe, atravs do jejum; quem sabe voc no se deixe ser usado por Deus para esta tarefa evangelizadora; quem sabe voc

no deseje ser treinado e enviado por sua igreja, fazendo com que a sua igreja assuma um estilo de vida evangelizador, seja nas aes ou na presena, e que seja capaz de sustentar homens que querem ir mais alm. Pode ser no interior do estado ou do pas, assim como Guilherme Carey que desceu no buraco, sendo no entanto, sustentado por sua igreja. Se voc se dispe a descer no buraco, se voc se prope a fazer esta jornada e est pedindo ajuda espiritual, e pede que a sua igreja o ajude a ser treinado e enviado para a misso, ento, se assim, procure o seu pastor, procure os lderes da sua igreja. E vocs que so lderes dentro das igrejas, que fazem parte do diaconato, que so pastores, incentivem estas vocaes, firmem estas vidas, porque elas foram tocadas pelo Esprito de Deus. Estas vidas aceitaram o desafio de se colocarem inteiramente dis-posio do Senhor, para a obra de evangelizar, para sair, anunciar, pregar, discipular, levar a Palavra que ilumine e que acenda a chama da f na redeno, da transformao da alma e da mente. Aos lderes cabe o apoio, a orientao, o esclarecimento destas vocaes, cabe mostrar-lhes a seriedade de uma deciso deste porte, mostrar-lhes o desafio desta obra, mas mostrar-lhes tambm a graa e a magnitude de servir ao nosso Senhor Jesus Cristo. E aqueles que so experientes podem tambm ajudar e contribuir para estas vocaes. Podem orient-los no trato com as pessoas, no abrir da Palavra, a fim de que eles tenham as armas necessrias para levar a obra adiante. Principalmente, eles devem estar ungidos no Esprito, com a vocao aquecida e profundamente determinada e baseada no chamamento de Deus. Precisam estar tambm providos das armas humanas, que so igualmente indispensveis, mas que no fundo so utilizadas apenas pelo Senhor, pois o mrito nunca dever ser pessoal mas sempre deve ser reconhecido como uma graa do Esprito. Assim como Moiss pode usar aquela vara transformada e poderosamente abenoada pelo Senhor, para tangir aquele imenso rebanho e fazer sinais e prodgios maravilhosos no Egito. Muitas destas vocaes so de jovens, moos e moas, mas h um espao para eles no reino de Deus, h um trabalho especfico no meio do povo do Senhor, no meio das igrejas que compem o rebanho de Cristo. Peo sempre a Deus que no permita que eles pensem em voltar atrs, que no permita que eles esmoream, peo para que Deus mostre e confirme a eles a sua vontade dia a dia. E eu s posso pedir, ainda, que Deus permita que haja muito e muito despertamento no corpo, no corao, na f, no arrojo espiritual, na dedicao, na comunho, na vivncia com Cristo para a glria do seu santo nome. amm