Como funcionam as redes humanas
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Porque em Redes?
• Vivendo numa cultura voltada para a tarefa as pessoas não notam que estão emrede. Sempre estiveram. Sempre estivemos.
• A percepção de estarmos em rede vem desde a vida animal. Um pintinho já sai“autônomo” da casca. Um mamífero precisa interagir, por uns meses para serindependente. Seres humanos nascem para interagir. Aí é que está o desafio.
• Sem estar em redes não somos humanos. A diferença humana é que temos umaconsciência relacional diferenciada através da capacidade linguística: interagimosem redes muito mais complexas do que só o que está na nossa frente.
• Viver em redes nunca foi fácil : Pré-conceitos a respeito de redes: “Isso é coisa depolíticos corruptos” ; “Tenho mais o que fazer.” “Cada um que cuide da sua vida eo resto é com a justiça.” “Trabalho para Ganhar a vida”. “Eu como patrão devo...(como pai, como patrão, como filho, como empregado, etc.).
• Uma rede que faça sentidos não é uma rede de obrigações e sim deresponsabilidades que têm origem emdesejos, visões, atitudes, posturas, vontades e iniciativas. Quando elas sãocompartilhadas ela flui. Quando não, estanca tudo.
• Como saber que estamos ou não em redes? Aprendendo como ela acontece. E oque pretendemos entrando ou saindo dela.
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Uma rede começa pequena para ser grande
• Um grupo de gente empolgada, apaixonada por um sonho , com uma visão em comum, começa a interagir. Como nas bandas de fundo de garagem, nas empresas, comunidades, que nascem pequenas, as vezes com um visionário que atrai outros.
• A interação oferece o “caldo de cultura” no qual florescem diferentes possibilidades.
• Essa Gente empolgada intensifica suas conexões para examinar as diferentes possibilidades e filtram as mais empolgantes desde diferentes perspectivas.
• As melhores tem mais credibilidade e viram projetos que animam a todos.
• Essa gente em rede é curiosa: compreende no passado, testa ensaia no presente e realiza no futuro.
• Os mais ensaios mais efetivos são implementados. Os outros não.
• Os resultados e efeitos não surpreendem a rede. Ela construiu seu caminho. E trilhou. Criou a sua realidade.
• O desafio aparece quando ela começa a crescer: Quando cresce nem sempre a visão que deu origem permanece acesa. Muitas vezes a organização humana ao crescer se cristaliza, fica mecânica e burocrática. Perde o sentido de originalidade que a motivou.
• Estar e agir em rede é o melhor dos resultados. E o maior dos poderes.
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Um peixe descobre que está na agua quando lhe tiram dela. Sente falta de ar. E descobre a água na qual está imerso e o ar
que há na água.
Você pode imaginar como é estar imerso em Gente?
Redes Humanas são Desejantes 1
• Não há como impor a sua criação. Redes Humanas não redes de proteção, de defesa e ataque. São redes desejantes: redes de querer estar em rede. São criadores de comunidades. Comunidades têm crenças e valores e nelas as pessoas gostam de estar. Precisam estar.
• As pessoas interagem para construir um futuro ao qual gostem de pertencer.
• Redes humanas não são para sobreviver. São para viver. Caso contrário, é amontoado de gente sem sentido, sem tempo e sem espaço próprio.
Redes Humanas são Desejantes
• Redes de defesa e ataque são reativas. Não são os melhores exemplos de redes humanas autodeterminadas com visão e missão; com luz própria .
Redes Humanas são Desejantes• Redes Instrumentais não querem nada além de terminar a
tarefa.
Redes Humanas não são um punhado de “Recursos Humanos”
Redes Humanas são Desejantes• Redes Desejantes são movidas à sonhos e visões que
insistem em tornarem-se projetos, que insistem em se realizar.
Redes Humanas são Desejantes• Você não pode treinar pessoas para ficarem em rede. Elas
precisam Desejar. Querer. E tomar a Iniciativa.
Em uma sociedade em redes, está todo mundo no palco:
Conecte-seA plateia está esvaziando....
Redes Interativas auto gerenciadas: Século 21 em diante. Redes de Comunicação conectadas com redes.
Porque é Difícil Construir e Sustentar Redes Humanas Efetivas?
• Somos feitos de duas tendências: a de continuar do modo como estava e a de modificar esse modo paramelhor.
• Inercia e movimento dizia Newton. Eros ( Pulsão de Vida), movimento ativo em busca da realização eTanatos: Inércia tendência ao estancamento. “Pulsão de Morte”, dizia Freud.
• Mudar é superar a inércia.• Herdamos crenças e expectativas que não se sustentam em nossa experiência objetiva e não raro
governam as nossas vidas. Exemplo: Mesmo que a realidade não mostre que está ganhando pessoas emtodo mundo continuam apostando em loterias.
• Mesmo sabendo que desse jeito não funciona, continuam a fazer mais do mesmo jeito. “Por que é assim”.
• Herdamos crenças e valores e recebemos conhecimentos que nos são passados de formainstitucionalizada sem que possamos construir os nossos próprios modos de saber o que queremos, comoquando, onde, com quem e porque.
• A construção de uma rede humana ativa e efetiva suspende a herança e propõe as partes em interação abusca ativa e participativa de uma realidade de interesse particular e também coletiva.
• No Inter jogo entre o interesse particular e o coletivo nasce o Dialogo. O dialogismo, como meio deexpressão e impressão das experiências humanas organizadas como modelos de realidade, em cada um epara cada grupo e comunidade.
• Redes humanas não se criam por falta de conhecimento intelectual e sim por falta de exame da suaprópria comunicação e a dos outros em função do que pretendem.
• Redes humanas não vão adiante quando cristalizam e perdem o sendo de propósito, virando relaçõesmeramente formais, burocráticas e mecânicas.
A Pratica da Comunicação em Redes (1)
• Comunicar-se não é só falar. É produzir universos de sentidos.• Comunicar-se não transmite ideias: Ideias são reflexões a respeito da
Comunicação Real. Ela se sabe como experiência humana direta.• A comunicação Dialógica não tem uma lógica: tem pelo menos duas ou
mais.• A comunicação, sendo dialógica, cria diversidades e encanta.• Sendo só instrumental normatiza. Sendo só burocrática, desencanta.• A prática da comunicação implica apurado senso de percepção,
capacidade de ouvir atentamente e perguntar precisamente bem como deexpressar-se através dos mais diferentes modos, para ser compreendido.
• Implica em representar de forma qualificada a sua realidade e a dosoutros.
• E de saber qual a relação entre elas e a de outros, além de vocês.• A prática Relacional apresenta a experiência como oferta a alguém que
queira saber dela. Por gosto. É como compartilhar um bom momento.
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A Pratica da Comunicação em Redes 2
• A prática Dialógica não tem começo nem fim. Mas pode ser evocada por perguntas, gestos, olhares como se fossem pontuações em um fluxo de eventos.
• A Comunicação Dialógica é fluida; tem movimento, ritmo, batimentos, melodia, clareza, brilho e contraste. Ocupa espaço e desliza no tempo.
• Ela se estrutura e se reestrutura ao longo do espaço/tempo, deixando suas marcas.
• Quando estão em redes, as pessoas sabem delas sem precisar dar explicação: a realidade está no olhar, no gesto, na forma de usar a palavra. São as marcas.
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Instrumentos da Prática Relacional
• A sua acuidade sensorial: sua capacidade para ver, ouvir e sentir. E través dela representar a realidade. Sem ela, pensar e imaginar não tem sentido.
• Seu discernimento Linguístico (Semântico): As diferentes linguagens, incluindo a verbal, são operadores de comunicação. Com discernimento linguístico você expande sua capacidade de expressar-se e de captar impressões, de analisar e refletir, de planejar e realizar.
• Sua capacidade em imaginar no espaço e tempo. Saber fluir em diferentes espaço/tempos consigo mesmo e com os outros.
• Atenção: Desejar (querer) relacionar-se não é instrumento e sim Motivo (Causa) da Comunicação.
O que entra em jogo na pratica Relacional:
• A acuidade sensorial e linguística expandidas.
• A percepção do todo e das partes em interação.
• A diferenciação de estados e representações
intrapessoais, interpessoais e coletivos.
• A percepção de ritmos e padrões variantes de
espaço/tempo de interação humana.
• A consciência do ritmo e dos movimentos
relacionais humanos no espaço/tempo.
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A Competência em Comunicação Humana como um Bem Social• A competência em Comunicação humana é um valor construído na prática relacional.
• É aprendida, exercitada e expandida em redes com esse fim.
• É uma transação social como outras e vale dinheiro. Saber comunicar-se é um Captial social muitovalioso. Mas não é o dinheiro que ela vale. É muito mais.
• Quem propõe a capacitação em redes humanas é uma pessoa ou grupo de pessoas que seacha(m) preparado(s) para tanto, tendo demostrado aos pretendentes tal preparo de forma publicae evidente. Quem aceita são outras pessoas ou grupos que almejam preparar-se e acreditam queos primeiros tem algo a oferecer. Isso tem valor social e financeiro.
• Alguém que propõe a formação da rede é pago pela iniciativa e pela experiência nisso pelos quequerem fazer parte. Estes, por sua vez, se capacitam, com o tempo, a serem multiplicadores derede.
• Ninguém é obrigado a comprar um pacote fechado (uma caixa preta) de propostas de interação.Redes humanas precisam ser claras e transparentes para serem confiáveis em relação ao que sepropõe:
• Cada um se propõe a pagar pelo que acha que está levando na relação com quem se propõe areceber pelo que acha que está oferecendo.
• Como multiplicadores de rede você (ou vocês) entram num ambiente no qual concorrem comoutras pessoas e grupos com diferentes histórias, estilos, competências pessoais. Cada umadelas demonstrando em rede com as outas o que faz e como faz de forma clara, evidente ecompartilhada.
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