Como Falar Com Crianças

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Falando com Crianças Falar com crianças não é o mesmo que falar com adultos. Na maioria das vezes, você precisa aplicar algumas técnicas para que a criança não apenas ouça quando você falar com ela, mas também entenda o que você está dizendo e faça o que está sendo pedido. Conseguir esse resultado é possível se você seguir alguns passos quando falar com crianças. Confirme que a criança está ouvindo quando você falar com ela. Elas podem estar olhando para você, mas a sua mente pode estar em outro lugar. Comece a conversa se posicionando cara a cara com a criança e falando o seu nome. Diga que você precisa falar com ela e ela precisa ouvir o que você vai dizer. Seja breve ao falar com uma criança. Use palavras simples e vá direto ao assunto. Se você falar demais, a criança vai começar a se distrair, especialmente se você falar de algo que não é particularmente interessante para ela. Quando você terminar de falar, pergunte se ela entendeu; se você tiver feito um pedido, peça que ela repita qual foi o pedido feito. Crie um motivo atraente para que a criança cumpra a tarefa. Por exemplo, se você quer que ela se vista e escove os dentes, diga-lhe que assim que ela fizer isso, pode brincar fora de casa. Ou então, se você quer que ela se prepare para ir para a cama, diga que se ela fizer isso direitinho, você vai ler uma história para ela. Quando você quiser que ela pare de fazer algo, dê a ela uma opção do que fazer - como sugerir que ela vá brincar lá fora se estiver fazendo muito barulho, pois deve falar mais baixo em casa. Ao fazer um pedido dessa forma, você vai conseguir que ela faça o que você quer direcionando a sua atenção para algo que ela queira fazer. Repita se for necessário.

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Falando com Crianças

Falar com crianças não é o mesmo que falar com adultos. Na maioria das vezes, você precisa aplicar algumas técnicas para que a criança não apenas ouça quando você falar com ela, mas também entenda o que você está dizendo e faça o que está sendo pedido. Conseguir esse resultado é possível se você seguir alguns passos quando falar com crianças.

Confirme que a criança está ouvindo quando você falar com ela.

Elas podem estar olhando para você, mas a sua mente pode estar em outro lugar. Comece a conversa se posicionando cara a cara com a criança e falando o seu nome. Diga que você precisa falar com ela e ela precisa ouvir o que você vai dizer. Seja breve ao falar com uma criança.

Use palavras simples e vá direto ao assunto. Se você falar demais, a criança vai começar a se distrair, especialmente se você falar de algo que não é particularmente interessante para ela. Quando você terminar de falar, pergunte se ela entendeu; se você tiver feito um pedido, peça que ela repita qual foi o pedido feito.

Crie um motivo atraente para que a criança cumpra a tarefa.

Por exemplo, se você quer que ela se vista e escove os dentes, diga-lhe que assim que ela fizer isso, pode brincar fora de casa. Ou então, se você quer que ela se prepare para ir para a cama, diga que se ela fizer isso direitinho, você vai ler uma história para ela. Quando você quiser que ela pare de fazer algo, dê a ela uma opção do que fazer - como sugerir que ela vá brincar lá fora se estiver fazendo muito barulho, pois deve falar mais baixo em casa. Ao fazer um pedido dessa forma, você vai conseguir que ela faça o que você quer direcionando a sua atenção para algo que ela queira fazer.

Repita se for necessário.

Isso se aplica a crianças mais novas; para as mais velhas, isso é considerado uma chatice. Portanto, no caso das crianças mais velhas, uma opção é escrever um bilhete e pendurar na geladeira para que elas lembrem do que devem fazer.

Avise sempre com antecedência.

Avise sempre com antecedência ao pedir para a criança fazer algo que ela não queira fazer, como ir embora da casa de um amigo ou desligar a TV. Dar um aviso antecipado permite que a criança se prepare para a mudança e vai reduzir as brigas e reclamações.

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Responda com cautela.

Quando elas perguntarem "por quê?", nunca responda "porque eu mandei". Ao se comunicar com uma criança, dê a ela um motivo para fazer algo de determinada maneira, para que elas respondam de forma positiva.

Mandar uma criança fazer algo simplesmente porque você quer pode causar ressentimento conforme ela vai crescendo. A criança vai se sentir frustrada porque ela pensa que tudo o que você quer é estar no controle.

Se você tiver um bom motivo, conte-o para que a criança entenda o que motiva a sua ordem; no futuro, ela pode usar a própria razão para evitar fazer o que você disse a ela para não fazer.

Nunca diga para a criança algo que você não pretenda por em prática.

Suas palavras significam muito para ela, e se você não cumprir suas promessas, a criança vai começar a se aproveitar disso.

Por exemplo, não ameace tirar dela um brinquedo se ela repetir um comportamento que você não aceita se você não for tirar de verdade.

Ela vai deixar de acreditar no que você diz, o que pode levar a sérias imprudências no futuro. A criança precisa saber que quando você fala "não", está dizendo "não", de verdade. Dicas

Quando possível, ofereça opções para a criança, para que ela sinta que está no controle. Ao invés de mandá-la escovar os dentes e arrumar a cama, pergunte a ela o que ela prefere fazer primeiro.

Trabalhando com Crianças

Trabalhar com crianças pode ser uma alegria e um desafio. Crianças veem as coisas através dos olhos que os adultos muitas vezes esquecem que existem. Ao trabalhar com crianças, adultos devem assumir uma personalidade diferente daquela usada para trabalhar com outros adultos. Aprender dicas de como trabalhar com crianças levará ao sucesso, ao concluir uma tarefa com uma criança.

Diga às crianças o objetivo a ser alcançado através da tarefa.

As crianças são frequentemente muito ansiosas e cautelosas. Elas gostam de saber exatamente o que vão fazer ou o que vai acontecer.

Sempre passe a elas a confiança de iniciar o objetivo.

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Mostre uma imagem ou um exemplo de tarefa concluída quando estiver trabalhando em um projeto com uma criança.

Dê a elas instruções muito explícitas passo a passo sobre como concluir a tarefa.

Nunca espere que as crianças vão saber o que você está falando. Afinal, elas não têm a experiência de vida que você tem. Exemplifique a ação que você quer que as crianças realizem.

Cite um passo de cada vez com grandes detalhes. Verifique se a etapa é realizada e compreendida antes de passar para a próxima.

Pode esperar que as crianças cometam erros.

O melhor aprendizado agora é de cometer seus próprios erros.

Não critique as crianças para as coisas que elas fizerem errado. Em vez disso, ajude-as a aprender a fazer as coisas direito.

Use uma voz macia. Tente não gritar com crianças, pois isto só irá torná-las malucas e desrespeitarem você.

Incentive.

Incentive as crianças a fazerem perguntas e pensarem no que e por que elas estão fazendo isso.Nunca julgue ou condene uma criança por ser curiosa.

Sugira ações alternativas.

As crianças têm períodos curtos de atenção e podem se desligar muito facilmente das tarefas, o que muitas vezes leva a travessuras e problemas.

Ofereça uma atividade mais adequada para a criança, quando uma ação negativa está ocorrendo. Isso é muitas vezes mais eficaz do que a punição. Em alguns casos, as crianças simplesmente não sabem o que devem fazer e então elas criam algo.

Mantenha a diversão.

As crianças precisam de excitação para ficarem motivadas.

Use tanto entusiasmo quanto possível ao trabalhar com crianças. Se você está animado com a tarefa, ou ao menos parece animado, as crianças estarão também.

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Seja criativo e faça um jogo de aprendizagem e tarefas.

Use canções, poemas, jogos de tabuleiro, livros e outros jogos para retransmitir a mensagem e fazer o trabalho passar mais rapidamente.

Elogie e recompense as crianças por bom trabalho e comportamento.

Você deve dizer às crianças exatamente o que fazer e também quando elas fizerem as coisas direito.

Use uma palavra ou um toque positivo para incentivar a repetição do comportamento quando você vê uma ação que gostaria que fosse repetida pela criança.

Um tapinha nas costas ou um "bom trabalho" muitas vezes é suficiente para fazer com que a criança continue a ação.

Use de paciência.

Seja paciente. Crianças odeiam quando adultos não lhes dão a possibilidade de pensar.

Não tenha medo de mostrar autoridade quando necessário. Dicas

Não seja um controlador!

Tente não agir de forma imatura na frente das crianças.

Seja agradável.

Crianças odeiam pessoas que gritam com elas, só porque elas estão ensandecidas.

Crianças vão fazer barulho; esteja ciente. Avisos

Se uma criança tem um problema grave, considere levá-la a um atendimento profissional para buscar ajuda.

Fazer piadas ou comentários negativos sobre o trabalho das crianças pode levar ele ou ela a não completar a tarefa ou não tentar uma outra.

Sempre explique como corrigir a ação ao invés de criticar.

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Disciplinando uma Criança Sem Bater

A função dos pais é uma experiência desafiadora e gratificante. Como em qualquer trabalho, o trabalho dos pais exige um grande conjunto de "ferramentas" para ser eficaz. Optar por não usar força física em seu filho pode ser um pouco mais difícil porque exige um pouco mais de premeditação, planejamento, tempo e criatividade. Siga estes passos para descobrir várias técnicas que você pode usar, separadas ou combinadas, para se tornar um pai ou uma mãe mais eficaz.

Escolha por não bater.

Isto pode parecer óbvio, mas há uma grande diferença entre a escolha de usar a força física sob certas circunstâncias e declarar a si mesmo e aos outros que você nunca vai bater em seus filhos. Compartilhe com seus familiares e amigos.

A melhor maneira de promover a disciplina onde bater não é uma opção, é deixar que outros vejam o bom comportamento dos seus filhos. Informe sua família sobre os métodos alternativos de disciplina, se você que achar que alguém pode querer castigá-los usando força física.

Procure saber mais sobre o desenvolvimento infantil.

Se você sabe o que seu filho consegue entender e como ele processa as informações, você estará melhor preparado para saber quando a disciplina é necessária e quando é melhor simplesmente ignorar determinados comportamentos.

Tente variar as técnicas.

Algumas podem funcionar melhor para você e para o seu filho do que outras.

Consequências naturais. O conceito básico por trás deste método é deixar a natureza seguir seu curso, quando apropriado. Alguns exemplos: se o seu filho deixa o brinquedo do lado de fora da casa, o brinquedo pode estragar ou sumir. Se seu filho esquece o guarda-chuva na escola, ele vai se molhar na próxima vez que chover. Se o seu filho esquece de levar o lanche, ela vai ficar com fome até a hora de chegar em casa.

Consequências lógicas. Causar uma consequência lógica quando não há uma consequência natural (como no caso do irmão A quebrar o brinquedo do irmão B, sendo que o irmão B é muito mais jovem), ou quando a consequência natural pode ser muito perigosa (por exemplo, no caso de uma criança tentar correr para o meio da estrada). Diga ao seu filho quais são as consequências de um contínuo mau comportamento. Cortar certas coisas, como uma história antes de dormir para as crianças mais novas, ou uma atividade que

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tenha sido planejada para uma criança mais velha (tal como levá-la ao circo no final de semana e não o fazer como punição), muitas vezes pode ser pior do que uma palmada.

Distração. Com crianças de idade ate os seis anos, a distração pode ser uma ferramenta eficaz para redirecionar a atenção de algo que elas querem fazer (que é inadequado) para algo que é apropriado.

Por exemplo, se uma criança quer ficar pulando no sofá, sugira que ela vá saltar no trampolim (para permitir-lhe saltar adequadamente) ou fazer uma caminhada até o parque (cumprindo o desejo de ser fisicamente ativo), ou até mesmo algo completamente diferente como montar um quebra-cabeça (pode ser menos eficaz se a criança realmente quer fazer uma atividade física).

Você pode usar alternativas para qualquer coisa inapropriada/indesejável que a criança queira fazer ou ter, e quanto mais similar a sua alternativa é ao que ela está querendo, mais chances você tem de ter sucesso em mudar seu foco.

A chave é fazer com que a distração seja a mais atraente e emocionante quanto possível (e não chamar a atenção para a atividade/objeto indesejado - você está tentando fazê-la esquecer disso).

Disciplina Positiva. Uma técnica que vê o mau comportamento como uma oportunidade para o ensino de novos comportamentos. (Após o seu filho ver que o seu brinquedo está arruinado, você pode mostrar-lhe como organizar suas coisas).

Esta técnica também inclui a criação de exemplos positivos na forma como você, pai/mãe, age e eliminando a linguagem negativa. Então, em vez de (ou além de), dizer: "não faça isso", ofereça alguma direção, dizendo: "Por que você não faz isso em vez daquilo?” ou “Você poderia ter feito tal coisa”.

O sistema de recompensa. Planejado para ser um complemento dos outros métodos de disciplina, o sistema de recompensa depende de você lembrar-se de elogiar o comportamento positivo (por exemplo, agradecer ao seu filho por ajudar em alguma coisa, comentar sobre como agradável e tranqüilo seu filho foi nos últimos 30 minutos, etc).

É muito fácil não perceber quando o seu filho está sendo comportado, mas essas são, geralmente, as ocasiões quando ele ou ela não está fazendo algo errado.

O sistema de ponto. Dar pontos por bom comportamento e tirar pontos por mau comportamento. Em algumas famílias, “pontos” acumulados são trocados por recompensas.

Em outras, os privilégios são baseados no comportamento, e perder um determinado número de pontos pode causar uma perda de privilégios. Tenha cuidado para que a criança

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não comece a fazer as coisas somente para ganhar pontos ao invés de fazê-las porque é uma coisa boa.

Combine as técnicas ou crie novas técnicas que funcionem para você.

Encontre sites de apoio para ajudá-lo.

Procure informações onde pais discutem sobre este assunto, ou converse com profissionais especializados em educação infantil.

Não desista.

Se você está acostumado a bater no seu filho, pode ser que leve algum tempo para você acostumar-se com as técnicas discutidas aqui.

Analise os resultados.

Faça uma análise do comportamento mais recente do seu filho, considere o que está funcionando e o que não está funcionando, e ajuste suas técnicas. Dicas

Se você é um pai/mãe que já bateu no seu filho, você deve ter notado que o comportamento da criança piora antes de melhorar. Isso é normal, pois a criança está simplesmente testando se você vai ou não espancá-la.

Desde que você a discipline de alguma outra forma apropriada, o seu comportamento vai melhorar em uma ou duas semanas.

As crianças aprendem através de exemplos dos pais. Os pais que são agressivos muitas vezes têm crianças que são agressivas.

Os pais que lidam positivamente com conflitos geralmente tem filhos que também lidam positivamente com conflitos.

Pense em uma variedade de possíveis punições, e aumente o nível das punições quando a criança repetir o mau comportamento. E se o seu filho é rude, não lhe obedece , faz algo perigoso, recusa-se a compartilhar, etc; não tente criar uma regra diferente para cada possível situação, muitas coisas podem ser englobadas em desobediência.

Quando você sentir a necessidade de bater em seu filho, deixe a raiva passar e separe todo mundo da situação.

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Fale diretamente, não desvie seus olhos dos olhos do seu filho. Você tem que ficar firme, falar diretamente, e dizer a criança que o que ela fez é inaceitável. Não há necessidade de gritar, apenas falar com firmeza e de forma muito direta. Avisos

Tanto a mãe quanto o pai precisam estar atrás da decisão e apoiar o método disciplinar para que ele seja eficaz. Se você estiver inseguro(a), você pode testá-lo por um mês para ver como ele funciona.

Não bater não significa falta de disciplina. Você precisa ser um participante ativo na disciplina de seu filho. Isto significa não deixar seu filho sem punição pelo seu mau comportamento, planejar possíveis punições com antecedência, e aplicá-las quando for necessário.

Alguns de seus parentes imediatos (ou seja, pais, sogros, irmãos) podem não estar dispostos a respeitar a sua decisão de não bater.

Deixe eles saberem que você não está se tornando um pai/mãe permissivo, e ofereça exemplos de situações onde você teve sucesso.

Deixe as pessoas saberem que você não aprova espancamento, e peça que outros sigam o seu exemplo. Esteja preparado(a) para oferecer alguns métodos, se necessário.

Não cometa engano de supor que a única alternativa para espancamento é não fazer nada. Isso não é verdade.

Frases que influenciarão positivamente o futuro de seu filho

Os pais têm o poder de moldar o caráter de seus filhos a partir de suas palavras de incentivo.

Você já deve ter ouvido falar que uma agressão física machuca o corpo, mas que uma agressão verbal pode machucar a alma.

Uma pesquisa da PUC- RS comprovou isso ao fazer um levantamento com mais de 10 mil adultos de todo o Brasil sobre como sua personalidade foi afetada por algum tipo de negligência ou abuso emocional. A lembrança de palavras ofensivas reduziu em até 30% a autoestima e aumentou em 20% a impulsividade dos entrevistados. Das pessoas que sofreram agressão verbal, apenas 10% se consideram emocionalmente saudáveis.

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Se você tem filhos, tem um grande poder em mãos. Eles são como uma folha em branco - imprimem e guardam todas as palavras que você diz. Por isso, é tão importante ter muita paciência e amor para não prejudicar a formação emocional dos pequenos.Também sou mãe e sei que temos dias difíceis de mau humor, cansaço, irritabilidade por conta de algum problema no trabalho, com o marido ou até por causa da TPM. Na prática, nem sempre é fácil estar todos os dias de bem com a vida e agindo como uma supermãe. Contudo, isso não deve ser uma desculpa constante para não termos respeito a nossos filhos, eles merecem receber a melhor parte de nós, atenção e carinho devem ser encontrados no lar.

Mas, afinal, qual será a melhor forma de incentivá-los?

A revista Pais e Filhos de agosto de 2014 sugere algumas frases, como:

1. Eu te amo, mas você está errado

Nessas horas que precisamos repreender os filhos deixamos claro que a criança fez algo errado e não a condenamos a ser sempre má. Fica claro que ela ainda tem o amor dos pais, mas teve uma atitude incorreta.

2. Muito bem, filho

Quando eles arrumam a cama sozinhos ou nos ajudam em alguma tarefa do lar, merecem ser elogiados. Este reconhecimento fará com que a criança se orgulhe do que fez.

3. O que você quis dizer com isso?

Essa é uma ótima frase para se dizer quando a criança fala um palavrão ou faz um gesto feio. Ela pode estar reproduzindo algo que ouviu e não entende quão errado é. Assim, os pais podem explicar que são palavras que não devem ser ditas, em vez de dar risada ou retrucar com outro xingamento.

4. Eu acredito em você

Dessa forma estaremos inspirando confiança para que o filho possa se abrir mais vezes e contar a verdade. Logo, quando for adolescente, entenderá em quem pode realmente confiar.

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5. Cuide de suas coisas

Assim você estará ensinando-o a ter mais responsabilidade e a valorizar o que lhe pertence. No futuro, ele dará mais valor a outras conquistas pessoais.

6. Como foi o seu dia?

Mais importante do que a pergunta, é dar atenção à resposta. Nesse momento, deixe as repreensões um pouco de lado para que ele tenha sempre vontade de contar suas aventuras e não de ouvir um sermão.

Coisas a fazer ou dizer para ajudar seu filho a ter uma autoestima elevada

Criar filhos vai muito além de dar casa, comida e estudos. Além de demonstrar o amor que sentimos por eles claramente, há algumas coisas mais que podemos fazer para que eles sejam pessoas seguras e bem-resolvidas.

Ter um filho é mágico, desde a descoberta da gravidez até ele adulto são fases e mais fases que vêm e passam, trazem conflitos, mas muitas alegrias. Para mim o sobrenome da felicidade é filho, pois alegram o lar e nos animam quando nada mais é capaz.

Mas nem tudo são flores, eles precisam de muito de nós e não tem hora nem lugar, muito menos esperam o momento certo ou o dia em que estamos de bom humor, e, infelizmente (digo infelizmente pois somos falíveis, humanos) eles recebem num canal direto nosso exemplo. Calma, não temos que ser perfeitos, mas este "alguém" está a nos observar e seguindo nossos passos, por isso precisamos levar nossos passos aos melhores caminhos, pois estamos sendo seguidos e com certeza não queremos levar nossos filhos para caminhos ruins.

Sempre fui muito pessimista, desanimada e xingamentos eram sempre mais fáceis de sair da minha boca do que elogios. Eu era meio amarga, implicava com tudo e todos, quando minha tão sonhada filha nasceu depois de cinco abortos espontâneos eu fiquei encantada, maravilhada, mas também perdida. Com o passar dos dias ela acordava várias vezes na noite e eu comecei a acordar irritada. E numa noite uma pergunta me veio à mente como se eu sentisse Deus fazendo-a: Você vai criar a filha que tanto me pediu assim? É essa a mãe que você vai ser? Daquela noite em diante decidi que não seria mais assim e comecei a mudar, por um mês eu levantei à noite e forcei o sorriso e o bom humor. Forcei mesmo, mas depois com o tempo foi se tornando natural e hoje com meu segundo filho que nasceu no inverno e tenho que levantar no frio eu continuo levantando de bom humor. No início,

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quando contava a alguém o que eu estava fazendo me diziam que eu estava sendo falsa e cínica por forçar o bom humor, mas eu dizia: Não, eu estou me esforçando!

É o que nossos filhos mais precisam de nós: do nosso esforço, pois é fácil continuarmos acomodados em nossas falhas e dizer a eles que é errado, mas mudarmos a nós mesmos para assim ajudá-los é difícil.

Aqui vão algumas coisas que podemos fazer e dizer para ajudar nossos filhos a se sentirem bem com eles mesmos, mais seguros, confiantes e amados:Elogie todo esforço deles, mesmo que não saia tão bom o que eles fizeram, elogie o esforço, o comprometimento.

Olhe para seu filho quando ele fala com você, deixe o que está fazendo e "olhe" para ele.Não trate como bobeira algo que ele faça, pois para um adulto que já aprendeu aquilo pode ser bobeira, mas para quem está passando pela primeira vez pode ser muito importante. Dê o devido valor a cada momento dele.

Se esforce para pensar como seu filho, sim volte à idade dele e lembre-se de como você pensava, assim será mais fácil entendê-lo. Não pense erroneamente que ele tem que lhe entender, você já passou pela idade dele, ele ainda não esteve na sua.Impor limites é uma forma de demonstrar amor, não pense erroneamente que dizer sim e dar tudo a seu filho demonstra amor, preocupação, atenção. Na hora certa dizer não, isso sim é o verdadeiro amor e os filhos sentem isso em seus corações, mesmo que se zanguem é isso que esperam de bons pais.

Diga mais "eu te amo", "sou feliz por você existir", "agradeço ao Senhor pela bênção de ter um filho como você", "confio em você", deixe claro seu amor total, assim seu filho terá mais autoconfiança e bom ânimo.

A vida ensina, mas pais que amam ensinam antes, fale abertamente, use seu discernimento, seu instinto, tenha uma oração em seu coração quando for falar com seu filho. Cada idade permite um tipo de conversa, se prepare para cada fase e idade, se for preciso, leia, busque ajuda e mesmo que tenha mais filhos mostre que cada um é único e amado.

Tem muito mais formas de agir e ser para que seus filhos tenham uma autoestima elevada, essas são apenas ideias e uma reflexão para aguçar seus instintos e lhe motivar a agir, pois isso sim, a ação, fará toda a diferença.

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Vou terminar com o que sempre digo a minha filha quando ela faz arte e pergunta se eu a amo: Eu te amo, SEMPRE vou te amar, mesmo que você faça coisas erradas, posso ficar triste, brava, colocá-la de castigo para ensinar o certo, mas vou te amar eternamente.

Como demonstrar mais amor às crianças?

Sonhamos com um mundo melhor, livre das guerras e conflitos, seja de ordem econômica ou religiosa. Será que um dia vamos acordar e o mundo estará em paz?

Eu acredito que sim e a educação que damos para as crianças é parte importante desse processo e ela deve ser levada a sério por pais, professores, líderes religiosos e pelos nossos governantes, pois são as crianças que ditarão o equilíbrio do planeta, são elas quem tornarão nosso mundo melhor, elas serão o termômetro do mundo amanhã. A parte mais importante foi confiada a nós, pais, para que possamos desenvolver em nossos filhos as qualidades necessárias para que eles se tornem cidadãos mais éticos. Uma das qualidades importante é desenvolver desde cedo a autoestima.

“A boa autoestima encontra forças dentro de si para vencer qualquer tarefa, desafio, sim atingir um objetivo. A felicidade é saber usufruir muito bem o que se tem, sem ficar sofrendo pelo o que não se tem. A boa autoestima que permite viver bem, feliz e em equilíbrio”, como disse o famoso médico e escritor Içami Tiba em seu livro Quem Ama, Educa.

Então, como podemos desenvolver em nossos filhos a autoestima? Demonstrando mais amor. A linguagem das crianças é o amor, elas estão transbordando desse sentimento. Para dar uma força separamos 10 dicas de como demonstrar mais amor às crianças.

1- Oração

Ensine seu filho a orar, a conversar com Deus. Ensine-o a fazer o que você acredita ser bom. Leve-o à igreja, ensine seu filho a ter fé em Deus e nele próprio.

2- Carinho

Criança gosta é de carinho! Ao acordar, diga bom dia, dê um abraço apertado, um beijo e diga: “Eu te amo.” Faça isso com todos os membros da família, várias vezes ao dia.

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3- Escutem seus filhos

Deixe-o falar, seja paciente e dê-lhe atenção. Olhe para ele, desça até sua altura, demonstre interesse pelo que ele fala ou pergunta. Se não souber a resposta não diga apenas "não sei", mas diga que vai procurar saber. A internet é uma boa ferramenta para isso, mas muito cuidado, procure em locais confiáveis e de boa reputação, vocês até podem procurar juntos. Sempre faça isso com seu filho, ele vai adorar!

4- Brincadeiras

As crianças são cheias de imaginação e inventam mil brincadeiras, que tal participar com eles dessas brincadeiras? Mergulhe na imaginação deles. Aqui em casa, montamos uma tenda com lençóis e ficamos embaixo. Inventamos que a tenda é um navio, e outras vezes é a casa da Barbie e muitas vezes usamos a tenda para realizar nossas atividades familiares e aproveitamos para ensinar os princípios religiosos que acreditamos de uma forma mais alegre e que com certeza eles guardarão na mente e no coração.

5- Videogame

Cada vez mais presente nos lares familiares, o videogame tem ganhado seu espaço com jogos para toda faixa etária, dos mais jovens até as vovós. Vale jogar aqueles jogos com sensor de movimento como kinect, onde a atividade física é garantida e também muito divertida. As crianças adoram jogar com os pais.

6- Saiam juntos

Reserve um tempo para eles, saiam em família, façam um piquenique. Uma boa opção é ir ao circo ou ao cinema. As atividades familiares são muito divertidas, unem as famílias e geram as melhores lembranças da infância.

7- Esporte

Matricule-os em algum esporte. Os meninos podem fazer: futebol, jiu-jitsu, natação, karatê. As meninas podem fazer: balé, natação, ginástica olímpica. Quando eles estiverem praticando o esporte, acompanhe-os, incentive-os, seja seu fã número um.

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8- Diário

Criem um diário familiar, decorem um caderno juntos, colem fotos, e escrevam juntos diariamente. Use tinta para desenhar as mãozinhas deles, ou os deixe desenharem o que quiserem. Tendo uma participação mais efetiva e alegre, eles terão maior interesse em participar das atividades em família.

9- Prêmios

Quando fizerem algo bom e correto, precisam ser elogiados. Dê prêmios a eles, enalteça as coisas boas também. Compre algo que eles querem.

10- Contem histórias

As crianças adoram histórias. Compre um bom livro, vocês podem ir comprar juntos se preferirem, e criem a "hora de dormir", onde você lê as histórias para eles dormirem. Além de aumentar o vínculo entre vocês, ainda cria o hábito da hora de dormir, que é um problema para muitos pais.

Essas são algumas maneiras simples, porém desafiadoras com a rotina atual de muitas de famílias. São formas de demonstrar mais amor às crianças, aumentar mais o vínculo entre pais e filhos; como consequência teremos cidadãos mais éticos e com boa autoestima, mais felizes. E teremos a certeza de um futuro cheio de paz.