Combate a alienação imposta
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Universidade Federal de GoiásCurso de Verão
Estado, Políticas Sociais e Educação
O Professor e o Combate à Alienação ImpostaEzequiel Theodoro da Silva
EFormação de Professores
Ilma Passos
A Coisificação do Professor
“Quem não estiver contente ,
que mude de emprego!”
“Substituiremos todos os
insatisfeitos!”
“Ensino não exige
trabalho, não é trabalho.”
“Burguesia e
proletariado são
entidades imutáveis!”
“As oportunidades sociais não podem
ser compartilhadas!”
Beatriz
Ensino é bico!
Papel Social do PROFESSOR Nada e Coisa Nenhuma
ProfessorProfessor Entidade vazia de significados, que não gera benefícios sociais visíveis.
Leis Leis Conforme convém a BURGUESIA.
Situação dos Situação dos Professores... Professores...
Como mudar essa
situação???
Ideologia
Influência da mídia a todo momento, de modo coercitivo , fincando nas mentes a maneira de “viver”, conforme convém aos dominantes.
Lavagem cerebral
Não existe mais espaço para um trabalho transformador e criativo...
Avalanche opressiva Retrocesso Intelectual
E o produto das escolas nacionais é...
“Foi enterrado ontem às 4 horas da tarde, em Osasco, o professor Alcir de Oliveira Porciúncula. Trabalhara na véspera, dando aulas de recuperação, até 10 da noite (...) Matou-o o trabalho, o estafante e inglório trabalho de lecionar. Pois o prof. Alcir era só isso: professor. Família grande – 6 filhos– tinha que tirar do magistério o sustento para ela” (Folha de São Paulo, 26/07/1978)
Frenético ritmo de vida do professor...A insatisfação se instala
e impede o trabalho conscientizador
(marionete nas mãos do poder)
O salário mínimo não cobre as necessidades
básicas de uma família
Imagem do MagistérioNa ótica burguesa, é um abismo de SACRIFÍCIO
entre intransponíveis colinas de indiferença e do riso sarcástico.
Domestificação para servir empresas
Não há questionamento, a ideia é sempre SERVIR, no entanto a educação se torna MERCADORIA do sistema.
Estratégias e Manobras que visam a COISIFICAÇÃO
O Professor Coisificado...
Professores,não se deixem
enganar por este
sistema...
Não permita que a alienação tome conta dos conhecimentos
adquiridos durante sua formação...
Não termine mal sua
história, faça-a
acontecer!!!
A classe dominante tratou de congelar o
trabalho conscientizador do professor.
Isso ocorre através dos mecanismos de repressão da burguesia estatal.
E o resultado é a completa COISIFICAÇÃO DO PROFESSOR.
A Descoisificação do Professor: Saídas
Viáveis
Katiane
Uma das principais consequências prejudiciais
causadas pela “intervenção” da classe dominante (hegemônica), ao trabalho conscientizador do professor foi: a ausência da realidade social concreta nos encontros de sala de aula.
Os professores brasileiros ainda se encontram dispersos para organizarem lutas reivindicatórias, mesmo fazendo parte de uma categoria de oprimidos.
A superação dessa categoria oprimida somente ganhará solidificação quando “criarem e difundirem uma nova ética”.
Mecanismos Repressivos X Magistério =
Coisificação do Professor
O professor possui uma posição especial, por ser o responsável pela educação formal dos indivíduos (formador de opinião). Ele pode ser um “disseminador de uma nova concepção de mundo”
A greve é um mecanismo de união da classe dos professores(e de outras), no qual leva a adesão dos indivíduos que foram “usados pelo sistema”.
1. Recuperação da dignidade a partir das
visões pejorativas que permeiam o magistério, exemplo:
“ “ O status do professor já era”O status do professor já era”
2. A restauração da autoridade moral do professor diante a sociedade começa com o processo de atualização do conhecimento;
Exposição e Discussão de Algumas “Saídas Viáveis” para a Descoisificação
dos Professores:
3. Busca a nova filosofia, política e economia da educação;
4. A atualização e aquisição de saberes não são colocados em hierarquia, mas com um dever de inclusão. Afinal, indivíduos que nada sabem e/ou decidem transformam-se em “inocentes úteis”;
5. Portanto, “quem não decide por falta de conhecimentos, não dirige os rumos de sua vida e não alcança a dignidade”.
Necessitamos de uma nova postura
pedagógica.
A nova imagem do magistério e da educação deve partir das bases, tomando-se o cuidado de não reproduzir em sala as mesmas injustiças e banalidades encontradas na nossa sociedade.
Busca de uma nova pedagogia
Alinne
“ Os educadores precisam convencer-se de que não são puros ensinantes - isso não existe - puros especialistas em docência. Nós somos militantes políticos porque somos professores e professoras. Nossa tarefa não se esgota no ensino de matemática ,da geografia ,etc. Implicando a seriedade e a competência com que ensinemos esses conteúdos, nossa tarefa exige o nosso compromisso e engajamento em favor da superação das injustiças sociais. É necessário desmascarar a ideologia de um certo discurso neoliberal, chamando às vezes de modernizante que, falando do tempo histórico atual, tenta convencer-nos de que a vida é assim mesmo.”
( Freire Paulo, Professora SIM, tia Não -cartas para ousar ensinar p.79,80)
Engolir a seco ou contestar?
Então o que fazer? “Aceitar tudo sem contestar?”
“Reproduzir ou transformar?”
“Educar ou domesticar?”
“Formar cidadãos críticos e reflexivos ou alienados?”
Para que haja uma revolução no âmbito educacional exige e exigirá esforço participação e cooperação de todos os professores. Esforço significa não acomodação; participação significa atualização; cooperação significa partilha na disseminação e inseminação de uma nova intuição da vida.
Revendo a Especificidade da Função da Escola
As escolas com novas finalidades que mascaram, bloqueiam ou impedem o cumprimento de sua finalidade específica primeira, ou seja, de ensinar.
A escola passa a assumir outras responsabilidades:
Alimentação (Restaurante); Comércio paralelo;
Festas da comunidades; etc. Assim o professor vai assumindo tarefas que não
lhe cabe: secretário, ajudante, merendeiro, tesoureiro, organizador de quermesse, entre outros.
“...é necessário que o educador se converta, tomando consciência da própria prática. Só de boas intenções não se modifica o mundo. É preciso agir sobre o mundo. Torna-se, assim, desejável que a teoria e prática formem uma unidade na ação de transformação.”(LUCKESI)
GislaineA Metodologia de Ensino como uma
das dimensões da Prática Pedagógica
A metodologia está amarrada a três fatos históricos sociais:
1º - As lutas do povo para conquista da democracia
2º - Reflexões acerca da crise ou ameaça de falência do sistema educacional
3º - Questionamentos sobre a necessidade de conscientização e educação dos educadores
Estes fatos e discussões mostram que o trabalho pedagógico não é neutro, é um ato Político relacionado a projetos sociais mais amplos.
Reconhecimento do professor como um trabalhador, deixando para trás a visão de que “ensinar é um sacerdócio”.
- Ensinar é um
sacerdócio!
Críticas às metodologias
Tecnicismo:Acreditava-se que os problemas relacionados à educação seriam solucionados se o educador trabalhasse com técnicas “eficazes e eficientes”.
Psicologismo:Enfatizava somente os círculos motivacionais, dando uma exagerada atenção aos esquemas behavioristas
O mundo da escola se apresentava distante do mundo dos alunos, e os conteúdos pouco ou nada contribuíam para a formação do aluno.
O processo de formação dos professores também apresentava falhas no que diz respeito à relação entre teoria e prática, sendo que a teoria (os conteúdos) tinham que ser forçadamente encaixados nas metodologias (práticas).
Para Saviani, os educadores davam mais atenção aos métodos de ensino, deixando o conteúdo em segundo plano.
Questionamentos sobre os processos e sobre os conteúdos utilizados na transmissão do conhecimento pela escola.
O mundo da escola se apresentava distante do mundo dos alunos, e os conteúdos pouco ou nada contribuíam para a formação do aluno.
Críticas a vertente técnica:
Miriã
O processo de formação dos professores também apresentava falhas no que diz respeito à relação entre teoria e prática, sendo que a teoria (os conteúdos) tinham que ser forçadamente encaixados nas metodologias (práticas).
Professores foram jogados no mercado de trabalho sendo levado a improvisar métodos de ensaio e erro em cobaias inocentes.
Para Saviani, o interesse dos educadores por métodos de ensino, fez com que o conteúdo ficasse em segundo plano.
Saviani e Namo apontavam a necessidade de se equilibrar a balança do trabalho pedagógico.
“O ensino brasileiro estava se transformando em um processo cartorial, levando os nossos alunos a aprenderem nada ou coisa alguma durante a trajetória escolar (p.90)”
Conseqüência da recuperação do teor político do ato pedagógico: “Politicismo”.
O ato de ensinar foi tido como sinônimo de “fazer política”, transformando as aulas em uma verdadeira catequese ideológica e/ou por sessões de doutrinação partidária.
“Tenho sempre afirmado que de nada adianta armar os nossos professores com boas filosofias de educação, com bons posicionamentos políticos e com bons conhecimentos em sua área de conteúdo, se eles não forem devidamente instrumentalizados para o enfrentamento crítico da cotidianidade das escolas, se eles não souberem transformar teoria em prática (p.91)”.
Fenômeno do Politicismo:
O ato de ensinar foi tido como sinônimo de “fazer política”, transformando as aulas em uma verdadeira catequese ideológica e/ou por sessões de doutrinação partidária.
Todo educador tem uma opção política, e isso determina se suas práticas pedagógicas tendem a educar para adaptação ao meio ou educar para a transformação e libertação.
A opção política do professor reflete na seleção de conteúdos que concordem com sua opção, assim como reflete também nas decisões metodológicas e formas de avaliar.
Ideologia essa que força os professores e
alunos a fazerem tudo programado e com o mínimo de tempo, tornando a educação uma mercadoria, priorizando-se quantidade em detrimento à qualidade.
Ideologia da pressa:
Thayane
O trabalho pedagógico tem como componente básico a opção política. Isso exige do professor um posicionamento frente a: realidade social, função da escola. A partir deste posicionamento e/ou opção política existem duas questões a serem pensadas:
Por que ensinar? Para que ensinar?
Diante dessas contradições temos duas opções:
Educar para adaptação ao meioEducar para a transformação e libertação
A opção política do professor/educador vai definir o tipo de trabalho pedagógico que ele fará:
Seleção de conteúdos (o que ensinar)Metodologia (como ensinar)
Muitas vezes o educador fica apenas no discurso, caindo na incoerência entre a teoria e a prática, além de a incoerência entre o seu pensamento e a sua ação (prática concreta).
É necessário que os professores recuperem a sua imaginação criadora, e comece a pensar a didática não como uma fórmula mágica, mas como um campo dinâmico e flexível.
A ideologia da pressa está inserida em toda a sociedade, na educação mede-se a produtividade do aluno pela quantidade e não pela qualidade (quantidade de livros lidos, quantidades de linhas escritas na redação e etc.)
Esta ideologia faz com que os professores a todo custo cumpram o programa de ensino dos conteúdos, perdendo a relação de diálogo entre professor aluno.
O autor acredita que a resposta a estes dois questionamentos:
Podem levar o professor/educador a ter um posicionamento menos ingênuo frente a realidade socioeducacional.
“O que eu preciso saber para ensinar?”
“Por que e para que ensinar?”
Questionando a Formação do Professor
Perda da identidade social que a transforma em:
Uma instância administrativa;
Burocratizada;
Operacional.
Samanta
À transmissão rápida de conhecimentos;
Habilitação relâmpago por meio de treinamento, do adestramento, dosando e quantificando resumidamente o conhecimento até chegar à...
...informação técnico-instrumental de um quer fazer acrítico e alienado.
A partir da década de 90 a formação do professor se
resumiu:
Freire (1975)Papel do professor no âmbito da “educação bancária” como instrumento de reprodução
social.
No século XXI a preocupação aumenta, devido a grande gama de papéis possíveis a serem assumidos pelos docentes.
Bernstein (1977)Os professores são tradutores do saber
científico produzido por outros. Mero transmissor de conhecimentos acumulados
pela humanidade
TardifProfessor como tecnólogo do ensino. Sua
ação centra-se no “plano dos meios e estratégias de ensino. Procura o desempenho e a eficácia para atingir os objetivos escolares. Há ênfase na repetição, na mecanização e na descontextualização.
Lyotard (2002)Posição mais radical. Prevê a substituição
dos docentes pelos atraentes recursos tecnológicos.
Questionando a Formação do Professor
O professor formado numa das quatro situações apresentadas é passível de extinção.
Isso reforça a extinção da profissão docente, além de colocar em xeque o seu papel social.
Pensando sobre as políticas de formação de
professores da educação básica no contexto do nosso país...
Vamos esboçar duas perspectivas de análise de formação do professor:
Perspectivas e análise da formação do professor
Projeto de sociedade globalizada e
neoliberal...representa uma opção político-teórica;
Projeto político educacional maior, de abrangência internacional, com orientações do Banco Mundial;
Está vinculada, explicitamente, à educação e produtividade, numa visão puramente economista.
1ª Perspectiva: Caráter técnico-profissional:
Construção e domínio sólidos dos saberes
da docência, quais sejam:
Saberes disciplinares e curriculares, saber da formação pedagógica, saber da experiência profissional e dos saberes da cultura e do mundo vivido na prática social (de forma interdisciplinar e contextualizada).
2ª Perspectiva: O professor como agente
social
Unicidade entre teoria e prática; A formação tem como fundamento básico o
trabalho como princípio educativo e a pesquisa como meio de produção de conhecimentos e intervenção na prática social e especificamente na prática pedagógica.
“Reconhecer o caráter profissional específico do professor e a existência de um espaço onde este possa ser exercido.
... Os professores podem ser verdadeiros agente sociais, capazes de planejar e gerir o ensino-aprendizagem, além de intervir nos complexos sistemas que constituem a estrutura social e profissional”.
A autonomia é entendida como processo coletivo e solidário de busca e construção permanentes...
E essa contínua busca é fortalecida pela análise e interpretação da própria prática pedagógica.
A explicitação da dimensão sociopolítica da educação e da escola...
...A formação visa oferecer aos futuros profissionais condições de autonomia e desenvolvimento de uma consciência crítica.
A formação profissional orientada por esses princípios tem por base a ideia de que a preparação para o magistério é uma tarefa complexa e inerentemente política...
Nesse sentido, uma política de valorização profissional deve articular formação, condições adequadas para o exercício da profissão salários dignos, justos e unificados e organização do magistério como categoria profissional.
Apresentação:Alinne, Beatriz, Gislaine, Kathianne, Miriã,
Samanta e Thayane