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HISTÓRIA DO BRASIL PROF.ª: ROSA DOURADO ALUNA: ANA LÚCIA SOUZA SILVA GOVERNO COLLOR

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HISTÓRIA DO BRASILPROF.ª: ROSA DOURADOALUNA: ANA LÚCIA SOUZA SILVA

GOVERNO COLLOR

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FERNANDO AFONSO COLLOR DE MELLO Nascido no Rio de

Janeiro a 12 de agosto de 1949, Fernando Afonso Collor de Mello é formado em Ciências Econômicas pela Universidade de Brasília, além de jornalista profissional. Faz parte de uma família política importante no Nordeste.

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BIOGRAFIA Filho de Arnon Afonso de Farias Melo e Leda

Collor, nasceu no Rio de Janeiro, mas viveu a infância e juventude entre as cidades de Maceió, Rio de Janeiro e Brasília

Collor concluiu seus estudos secundários na capital federal, onde estudou e graduou-se em Ciências Econômicas pela UPIS (União Pioneira de Integração Social). Antes de voltar ao Nordeste foi estagiário no Jornal do Brasil e corretor de valores.

Retornou a Maceió em 1972 para dirigir o jornal Gazeta de Alagoas e no ano seguinte tornou-se superintendente das Organizações Arnon de Mello, de propriedade da família.

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BIOGRAFIA O avô materno, Lindolfo Collor, foi eleito

deputado federal pelo Rio Grande do Sul nos anos de 1923 e 1927 e foi nomeado por Getúlio Vargas como o primeiro titular do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. O pai foi eleito deputado federal em 1950, governou Alagoas entre 1951 e 1956 e foi eleito senador em 1962, 1970 e 1978, falecendo no exercício do mandato.

Casou-se 3 vezes, a última em 2006, e tem 5 filhos.

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“O CAÇADOR DE MARAJÁS”

Fernando Collor iniciou a carreira política na ARENA e foi nomeado prefeito de Maceió em 1979 pelo então governador Guilherme Palmeira, cargo ao qual renunciou em 1982, ano em que foi eleito deputado federal pelo PDS.

Nessa qualidade votou a favor das Diretas Já em 25 de abril de 1984 e com a derrota dessa proposição votou em Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 15 de janeiro de 1985.

Filiou-se depois ao PMDB e foi eleito governador de Alagoas em 1986, na esteira do sucesso do Plano Cruzado, quando os candidatos apoiados pelo então presidente José Sarney venceram em 22 dos 23 estados do Brasil, derrotando o candidato do PFL, o senador Guilherme Palmeira, o homem que anos antes abrira as portas da carreira política.

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“O CAÇADOR DE MARAJÁS” Durante a gestão empreendeu estrategicamente um

combate a alguns funcionários públicos que recebiam salários altos e desproporcionais. Com vistas a angariar apoios na campanha presidencial que estava por vir, a imprensa o tornou conhecido nacionalmente como "Caçador de Marajás". Orientado por profissionais de marketing, anunciou com estardalhaço a cobrança de 140 milhões de dólares dos usineiros do estado para com o Banco do Estado de Alagoas, havendo diversas repercussões positivas na imprensa. Entre uma disputa e outra teve o mandato ameaçado ora por uma ameaça de intervenção federal no estado (fruto da recusa em pagar os altos salários aos "marajás" após a vitória destes em julgamento do Supremo Tribunal Federal) ora por um pedido de impeachment devido ao programa de enxugamento da máquina administrativa alagoana, feito à base de demissões de funcionários públicos e extinção de cargos, órgãos e empresas públicas.

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AS ELEIÇÕES DE 1989 Em 1989, após vinte e nove anos, o

Brasil escolheria o novo presidente da República através do voto direto. 

Os setores de direita não conseguiram emplacar um candidato capaz de garantir uma vitória tranquila. Já os partidos de esquerda viriam a lançar duas influentes figuras políticas que poderiam polarizar a disputa daquela eleição. De um lado, Luís Inácio Lula da Silva (que disputaria o 2º turno com Collor), representando o Partido dos Trabalhadores e com base política assentada entre os trabalhadores e as principais lideranças sindicais do país. De outro, Leonel Brizola, filiado ao Partido Democrático Trabalhista.

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AS ELEIÇÕES DE 1989 Buscando reverter o quadro desfavorável, a direita tentou

emplacar a candidatura do empresário das telecomunicações Sílvio Santos, logo impugnada pelo Superior Tribunal Eleitoral. Temendo uma vitória dos setores de esquerda e sem nenhum concorrente de peso, os partidos de direita passaram a apoiar um jovem político alagoano chamado Fernando Collor de Melo. Com boa aparência, um discurso carismático e o apoio financeiro do empresariado brasileiro, Collor se transformou na grande aposta da direita.

Atraindo apoio de diferentes setores da sociedade, Collor prometia modernizar a economia promovendo políticas de cunho neoliberal e a abertura da participação estrangeira na economia nacional. Ao mesmo tempo, fazia discursos de orientação religiosa, se autoproclamava um “caçador de marajás” e alertava sobre os perigos de um possível governo de esquerda.

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AS ELEIÇÕES DE 1989 No primeiro turno, a apuração

das urnas deixou a decisão para um segundo pleito a ser disputado ente Collor e Lula. Mesmo tendo um significativo número de militantes durante seus comícios, a inabilidade do candidato do PT diante as câmeras acabou enfraquecendo sua campanha. De outro lado, Collor utilizou com eficácia o vantajoso espaço nas mídias a ele cedido. Com a apuração final, tais diferenças de proposta e, principalmente, comportamento garantiram a vitória de Fernando Collor de Melo.

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FICHA PRESIDENCIÁVEL DE COLLOR.

32.º presidente do Brasil Mandato: 15 de março

de 1990 até 29 de dezembro de 1992.

Vice: Itamar Franco Idade ao assumir: 40

anos Eleições: Direta em 2

turnos Votos recebidos: 1º

turno: 20.611.030 (vinte milhões seiscentos e onze mil e trinta); 2º turno: 35.089.998 (trinta e cinco milhões oitenta e nove mil novecentos e noventa e oito).Foto oficial de

Collor como Presidente.

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GOVERNO COLLORPrometendo atender os anseios de um povo recém saído do Regime Militar (1964 – 1985), Fernando Collor de Mello tomou posse da cadeira de Presidente da República em 1990. Sendo um político de articulação restrita, Collor montou um ministério recheado de figuras desconhecidas ou sem nenhum respaldo para encabeçar os desafios a serem resolvidos pelo novo governo.

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PLANO COLLOR Logo depois de sua posse, Collor criou um plano de

recuperação da economia arquitetado pela ministra Zélia Cardoso de Mello. O Plano Collor previa uma série de medidas que injetariam recursos na economia com a alta de impostos, a abertura dos mercados nacionais e a criação de uma nova moeda (Cruzeiro). Entre outras medidas, o Plano Collor também exigiu o confisco das poupanças, com valores superiores a 50 mil cruzeiros, durante um prazo de dezoito meses.

A recepção negativa do Plano Collor pelos setores médios e pequenos investidores seria apenas o prenúncio de uma série de polêmicas que afundariam o governo. Além de não alcançar as metas previstas no plano econômico, Collor ainda se envolveria em um enorme escândalo de corrupção.

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O “ESQUEMA PC”As práticas corruptas do governo Collor foram denunciadas pelo irmão do presidente, Pedro Collor, e publicadas nos mesmos órgãos da imprensa que tinham dado apoio à sua candidatura.

No Congresso Nacional, os deputados e senadores instalaram uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) responsável por averiguar as denúncias de corrupção feitas contra o presidente. No fim dos trabalhos da CPI, ficou provado que Fernando Collor, com o apoio de seu tesoureiro de campanha, Paulo César Farias, montou uma grande rede de corrupção que realizava o desvio de verbas públicas e o tráfico de influência política. Tal plano de corrupção ficou conhecido como “Esquema PC”.

Paulo César Farias

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QUEDA DE COLLOR Em uma última tentativa de escapar das denúncias, Collor

teria reunido um conjunto de documentos que provariam a origem lícita de seus recursos financeiros. O secretário Cláudio Vieira alegou que as verbas vinculadas ao presidente foram obtidas por meio de um empréstimo contraído junto a doleiros uruguaios. Dias depois, a história foi desmentida pela secretária Sandra de Oliveira e o novo escândalo ficou conhecido como “Operação Uruguai”. Com fama de corrupto e mentiroso, Collor entrou em uma irreversível situação política.

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OS “CARAS PINTADAS” Dada a gravidade dos

acontecimentos, em um último gesto, Collor reivindicou que a população brasileira saísse às ruas com o rosto pintado de verde e amarelo, em sinal de apoio ao seu governo. Em resposta, vários cidadãos, principalmente estudantes, passaram a sair nas ruas com os rostos pintados. Além do verde amarelo, utilizaram o preto em sinal de repúdio ao governo. Tal movimento ficou conhecido como “Caras Pintadas”.

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IMPEACHMENT O Congresso Nacional e a Câmara de Deputados

aprovou o pedido de impeachment devido a enxurrada de escândalos e corrupção, os “caras pintadas” saíram às ruas pedindo a destituição de Collor. Através do impeachment, Collor foi deposto e substituído pelo vice-presidente eleito, Itamar Franco. Em 22 de dezembro de 1992, em sessão no Senado, suspendeu-se o mandato presidencial e os direitos políticos de Fernando Collor de Mello foram cassados por oito anos.

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APÓS O IMPEACHMENTFoi julgado e considerado

inocente do crime de corrupção passiva. Partiu para uma viagem turística que incluía Aspen e Disney World, dizendo-se vítima de um complô e anunciando pretender retomar a carreira política. Paulo César Farias, o primeiro acusado de todo esquema, foi morto em 1997.

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COLLOR, ATUALMENTE Em 2006, voltou ao

cenário político nacional ao ser eleito senador por Alagoas.

Fernando Collor deixou de ser, recentemente, presidente da Organização Arnon de Mello, de rádio, jornal e TV.

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