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ESTADO DO PARANÁ SEED/NRE DE FRANCISCO BELTRÃO COL. EST. TANCREDO NEVES – ENS. FUND. MÉDIO E PROFISSIONAL Rua Barra Mansa, s/nº - Bairro Pinheirinho – Francisco Beltrão – Paraná CEP: 85603-260 – Fone/Fax: (46) 3527.1526 - E-Mail: [email protected] PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

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ESTADO DO PARANÁ SEED/NRE DE FRANCISCO BELTRÃOCOL. EST. TANCREDO NEVES – ENS. FUND. MÉDIO E PROFISSIONALRua Barra Mansa, s/nº - Bairro Pinheirinho – Francisco Beltrão – Paraná CEP: 85603-260 – Fone/Fax: (46) 3527.1526 - E-Mail: [email protected]

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Francisco Beltrão, novembro de 2011

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Epígrafe

“[...] Educação é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida

histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.” Dermeval Saviani

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SUMÁRIO

I- APRESENTAÇÃO 05

II- INTRODUÇÃO 06

2.1- Esquema representativo do Colégio Estadual Tancredo Neves 08

II- OBJETIVOS GERAIS 11 IV- MARCO SITUACIONAL 12

4.1- A realidade escolar em suas mútiplas esferas 12

V- MARCO CONCEITUAL 16

5.1- Base Filosófica: concepção de mundo, de humano, sociedade e educação 16

5.2- Metodologia de Ensino 21

5.3- Avaliação da Aprendizagem 26

5.4- Formação Continuada dos professores 30

VI- MARCO OPERACIONAL 32

6.1- Linhas de ação do colégio 32

6.2- Tipo de gestão 33

6.2.1- Plano de ação da direção 34

6.2.2- Plano de ação da equipe pedagógica 36

6.3- Conselho Escolar 38

6.4- Grêmio Estudantil- GETANE 39

6.5- APMF 39

6.6- Conselho de Classe 40

6.6.1 – Funcionamento do Conselho de Classe 40

6.6.2 – Encaminhamento do Conselho de Classe 40

6.7- Organização Curricular 41

6.8- Educação Integral 41

6.9- Sala de Apoio 42

6.10- Sala de Recurso 43

6.11- Atividades Complementares 43

6.11.1 – atividades de Contraturno 44

6.11.2 -Programa Mais Educação 45

6.12- CELEM 46

6.13- Curso Técnico em Meio Ambiente 47

6.14- Operacionalização Metodologia de Ensino 49

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6.15- Práticas Avaliativas- Operacionalização 51

6.15.1 – São Instrumentos de Avaliação 53

6.15.2 – Procedimentos para Recuperação 54

6.16- Progressão Parcial 55

6.17- Avaliação do Projeto Político Pedagógico 56

6.18- Plano de Ação da Escola 57

VII- CALENDÁRIO ESCOLAR 60

7.1 – Critérios de Elaboração 61

VIII- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 61

I – APRESENTAÇÃO

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O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Tancredo Neves, Ensino

Fundamental, Médio, Profissional, é um instrumento teórico-metodológico que visa

enfrentar os desafios do cotidiano da escola de forma sistematizada, consciente, científica

e participativa. É o caminho mais acertado para organizar a escola, ressignificando suas

finalidades e objetivos.

O Projeto Político Pedagógico representa o compromisso da Comunidade Escolar

com determinada trajetória no cenário educacional. Há necessidade, porém, de se ter

clareza sobre a força e os limites deste projeto. O projeto só é possível na interação entre

os sujeitos: professores, alunos, equipe pedagógica, diretoria geral da Escola , pais e

funcionários que são a comunidade escolar. Mais do que o papel, o projeto compromete

pessoas com a ideia, com uma prática libertadora, transformadora. A forma de firmar este

compromisso implica em planejamento, organização, dando lugar e sentido a uma ação

conduzida pelas diretrizes do Projeto Político Pedagógico de acordo om a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nº 9394/96.

A função, portanto, do Projeto é delinear o horizonte da caminhada pedagógica e

administrativa, estabelecendo a referência geral, expressando o desejo e o compromisso

do grupo em busca do ideal maior, que a partir deste PPP pretendemos planejar as

ações necessárias para que o processo de ensino e aprendizagem se efetive.

II – INTRODUÇÃO

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O Colégio Estadual Tancredo Neves, Ensino Fundamental e Médio, está localizado

na Região Sudoeste do Estado do Paraná, no município de Francisco Beltrão, na zona

norte da cidade, distante mais de 07 km do centro desta, no Bairro Pinheirinho, Rua Barra

Mansa, s/n.

A Região Sudoeste iniciou o processo de colonização na década de 50 pela

organização da estrutura fundiária em pequenas propriedades agrícolas. Somente a partir

da década de 70 com o processo de industrialização do país acentuando o êxodo rural,

aglomerando um número maior de pessoas ao redor das cidades buscando novas

oportunidades de trabalho, com rendas fixas, mensais, diárias, semanais, aconteceu o

processo político na busca e incentivo para a industrialização do município

proporcionando maior número de empregos para atender a demanda da região.

A região norte do município onde se localiza o bairro Pinheirinho, foi privilegiada

pela sua estrutura geográfica para desenvolver/criar um parque industrial, oportunidade

que deu origem a outros bairros, totalizando mais ou menos 20.000 habitantes.

As famílias que aqui se estabeleceram na sua maioria se constituem da classe

trabalhadora, conforme dados abaixo:

Ensino Fundamental e Médio

Variáveis Nº de respostas %

Empregado 103 63

Desempregado 4 16

Autônomo 25 14

Aposentado 7 4

Afastado por Doença 5 3

Fonte: Pesquisa com Pais e Alunos

Em função do grande crescimento populacional em 1985, um grupo de professores

de 1ª a 4ª série e comunidade da Escola Casemiro de Abreu, após pesquisa de campo,

verificou que para concluir o ensino fundamental os alunos do bairro, teriam que se

deslocarem às escolas distantes, pois os pais não teriam condições de pagar o

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transporte. Assim, em 1986 iniciou o ensino de 5ª a 8ª série criando a Escola Estadual

Tancredo Neves, pela Resolução 5431/85 de 10/12/85, reconhecida pelo Decreto 764/90

de 26/03/90. Com o crescimento da demanda estudantil, em 1989 amplia-se para o

período noturno. Em 1995 foi criado o Colégio Estadual Tancredo Neves Ensino

Fundamental e Médio, se tornando portanto imprescindível redimensionar a escola para

atender as necessidades da classe estudantil, ofertando nos anos posteriores a

modalidade: Educação de Jovens e Adultos, que teve sua oferta cessada no final do ano

de 2011, por orientação do Núcleo Regional de Educação.

No Colégio Estadual Tancredo Neves muitas reflexões foram realizadas na década

de 90, visando minimizar o índice de retenção e evasão de alunos em séries pontuais do

Ensino Fundamental e assim por diante, por isso inicio do século XXI - no ano 2000 o

Colégio teve oportunidade de repensar as suas práticas percebendo que conforme estava

organizado a estrutura curricular, não estava dando conta de responder, e/ou atender as

grandes necessidades dos alunos da região, então numa tentativa de fazer os

professores repensarem suas metodologias e acima de tudo rever os instrumentos e

concepções de avaliação, estabeleceu-se uma nova organização do tempo escolar, ou

seja, por Ciclos de dois anos para o Ensino Fundamental.

[...] as resistências à organização da escola em ciclos não estão em aceitar que cada tempo da vida tem de ser respeitado. As resistências estão em ter de tratar todos os alunos como iguais. Não classificá-los nem hierarquizá-los. (ARROYO, 2005, p.352).

Esta organização esteve presente no colégio até o ano de 2006, quando a

comunidade escolar entendeu que não estava mais atendendo ao propósito com o qual

foi implantado e que seria mais viável retornar para a organização seriada e com notas.

Sendo assim, retornamos a antiga organização curricular, com intuito de

atender melhor nossa comunidade, que conforme dados obtidos através de pesquisa, o

bairro hoje apresenta uma diversidade cultural muita grande. Sendo que cerca de 55% se

consideram brancos, 25% se consideram pardos e cerca de 7% se consideram negros, os

outros 13% se dividem entre indígenas, amarelos e mulatos. Dessa forma o Colégio tem

função social de trabalhar com estes educandos partido dessa realidade e tendo por

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objetivo o conhecimento sistematizado historicamente construído pela humanidade, ao

qual eles somente têm acesso, na sua grande maioria, na escola, sendo este um dos

motivos que faz a escola ser tão necessária e insubstituível em uma comunidade.

Através da pesquisa com os alunos constatou-se que há uma grande

preocupação com a formação pessoal e profissional, seja ela, enquanto acesso a

universidade, como também de formação técnica em nível médio. Sustentados por estes

dados, o Colégio Estadual Tancredo Neves, solicitou junto ao NRE/SEED a autorização

para funcionamento de Cursos Profissionalizantes, dos quais no ano de 2010 entrou em

funcionamento o Curso Técnico em Meio Ambiente, atendo a um anseio da Cidade Norte

do Município de Francisco Beltrão.Em 2012 o Ensino Fundamental de nove anos será implantado de forma simultânea

em toda a rede de ensino do Paraná. O processo foi normatizado por meio das

deliberações nºs 05/06, 02/07 e 03/07, do Conselho Estadual da Educação. O ensino de

nove anos representa a efetivação de um direito às crianças que não tiveram acesso

anterior às instituições educacionais. O Colégio Estadual Tancredo Neves – Ensino

Fundamental e Médio irá se adequar a essa mudança respeitando a especificidade da

infância nos aspectos: físico, psicológico, intelectual, social e cognitivo. Esse trabalho

requer ações compartilhadas entre os departamentos que mantém a instituição tanto no

aspecto físico, como no pedagógico e financeiro.

2.1 - Esquema representativo do Colégio Estadual Tancredo Neves

Ensino Fundamental

6º ano – 07 turmas 244 alunos

7º ano - 07 turmas 209 alunos

8º ano - 06 turmas 189 alunos

9º ano - 06 turmas 192 alunos

Ensino Médio

1º anos: 05 turmas 165 alunos

2º anos: 06 turmas 179 alunos

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3º anos: 05 turmas 193 alunos

Ensino Médio Profissionalizante

1ª ano: 01 turmas 32 alunos

2ª ano: 01 turmas 23 alunos

Total de turmas: 44 turmas

Total de alunos do Colégio: 1578 alunos

Estrutura Física

Salas de aula – 23

Sala de direção – 01

Sala de professores – 01

Sala da Coordenação Pedagógica – 01

Banheiro para professores – 02

Banheiro para alunos – 02

Cozinha – 01

Secretaria – 01

Pátio (coberto) – 01

Biblioteca – 01

Laboratório Informática – 01

Laboratório de Ciências Biológicas – 01

Almoxarifado – 01

Quadra (descoberta) – 01

Recursos Humanos

Diretor - 01

Direção Auxiliar - 02

Professor Pedagogo - 07

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Professores – 107

Setor Administrativo – 10

Serviços Gerais – 09

Associações:

APMF - 01

Conselho Escolar – 01

Grêmio Estudantil – 01

III – OBJETIVOS DO COLÉGIO

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Além dos objetivos gerais da educação nacional, explícitos na LDB 9394/96 o

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Tancredo Neves, considera o aluno uma

identidade única, dedicando especial atenção à formação de cada um e desenvolvendo

suas atividades educativas e pedagógicas em todos os cursos e níveis:

-Possibilitar ao educando o acesso ao conhecimento científico, acumulado historicamente

pela humanidade.

- Formar o aluno para a cidadania, consciente de seus direitos e deveres, como meio de

viver numa sociedade democrática e justa;

- Conduzir os educandos à busca de sua autonomia intelectual e da construção de sua

aprendizagem e saber;

- Desenvolver o senso crítico, sua capacidade de análise, bem como a sensibilidade aos

contínuos avanços dos meios de comunicação, da ciência e da tecnologia;

- Levar o aluno a respeitar a natureza, como única forma de sobrevivência digna do ser

humano;

- Incentivar a prática dos valores fundamentais da moral, da ética e da necessidade da

observância das normas de conduta no âmbito do Colégio e fora dele;

- Estimular o desenvolvimento da capacidade de observação e reflexão, de criação, de

discriminação de valores, de julgamento, de convívio e cooperação, de decisão e ação.

IV - MARCO SITUACIONAL

4.1 - A realidade escolar em suas múltiplas esferas

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No contexto da sociedade capitalista em que vivemos, percebe-se que inúmeros

são os problemas educacionais, neste contexto ocorre uma grande discussão sobre o

verdadeiro papel da educação escolar, sobre quais são os motivos pelos quais os alunos

devem estar na escola, o que a escola deve ensinar, enfim qual é a função social da

escola.

Sabendo que este estabelecimento de ensino segue a pedagogia histórico-crítica é

urgente que se estabeleça uma gestão realmente democrática, que prime pelas decisões

coletivas para vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma escola

pública que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania, que seja instrumento real

de transformação social, espaço em que se aprenda os conhecimentos sistematizados,

numa perspectiva democrática e crítica, contrapondo-se ao atual modelo gerador de

desigualdades e exclusão social de nossa sociedade neoliberal.

A comunidade na qual nosso colégio esta inserido, é uma comunidade humilde,

composta por trabalhadores, onde os pais são trabalhadores, e muitas vezes, os próprios

alunos tem que adequar seu horário no colégio para que possam trabalhar, em função de

ajudar na renda familiar.

Muitas vezes, as famílias estão desestruturadas e os jovens ou adolescentes têm

que arcar com responsabilidades familiares muito cedo, o que acarreta prejuízo em sua

vida escolar. Conforme pesquisa as famílias não são mais tão numerosas, na sua grande

maioria, sendo que somente 23% tem mais de três irmãos; 15% tem três irmãos; 21%

possui dois irmãos; 23% possui apenas um irmão e 18% não possui irmãos. Porém,

principalmente no período noturno o trabalho remunerado dos estudantes tem grande

importância no orçamento familiar.

A família é constituída por pessoas casadas, conforme pesquisa cerca de 53%,

uma outra porcentagem significativa cerca de 18% são separados o que acaba tornando a

vida financeira mais difícil, por muitas vezes, na ausência de um companheiro para ajudar

nas despesas. Destes alunos que não possuem os pais juntos cerca de 21% moram

somente com a mãe, cerca dos outros 21% se dividem em morar com avós e com outras

pessoas.

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A soma de todos os salários das pessoas de cada grupo familiar que trabalha, que

nos indica a renda familiar, ao que recebem juntos até R$540,00 fica em torno de 18%;

entre R$540,00 a R$1080,00 cerca de 31%, entre R$1080,00 a R$1620,00 cerca de 25%;

entre R$1620,00 a R$ 3240,00 cerca de 10% os outros 16% se dividem entre R$3.

240,00 a R$ 5. 400,00, ou seja, como podemos constatar temos alunos com dificuldades

financeiras porém, também temos alunos que possuem uma boa condição para estudar e

priorizar isso.

Embora muitas vezes, esta valorização não seja explícita na escola, os alunos

buscam através dela uma vida melhor, uma melhor condição de vida, um significado para

sua própria existência.

Porém, uma das maiores dificuldades é fazer o aluno estudar e interessar-se pelos

conteúdos que se ensina, que para ele não têm significado nem teórico nem prático,

gerando indisciplina, falta de interesse e assim por diante, atribuindo esse descaso à

prática pedagógica dos professores, a estrutura da escola, ao currículo. Temos que ter

clareza de não procuramos culpados, mas sim soluções, e deste modo que fica difícil para

alguns agentes da comunidade escolar, pois discutir ideias é mais complicado pois é

preciso relacionar teoria e prática de forma mais profunda.

Os alunos, quando perguntados o porque que estudam, 58% responderam que

acham importante para a sua vida; 34% responderam que para ter bom emprego; os

outros 7% se dividem entre os que são obrigados pelos pais e muitos de seus amigos

estudam, porque gostam de estudar.

Da mesma forma quando perguntados sobre o que aprendem na escola, 78%

acreditam que o que aprendem na escola é muito importante para sua vida, 10%

disseram que os conteúdos são mais ou menos importantes para a sua vida, os outros

12% se dividiram entre os que acreditam que os conteúdos são pouco importantes para a

sua vida, ou não responderam. Como foi dito anteriormente, os alunos e suas famílias

veem na escola um importante papel social, mas não se veem como parte integrante

dessa mesma escola, jogam as responsabilidades para professores, direção, equipe

pedagógica e funcionários.

Isto reflete quando perguntamos quanto tempo os alunos estudam fora da escola.

32% disseram que estudam meia hora por dia fora da escola; 23% responderam que

estudam uma hora por dia fora da escola; somente 13% estudam duas horas por dia e

32% admitiram que não estudam em casa. Sendo assim chegamos a conclusão de que

acham que a escola é importante, mas não dão a ela a devida importância, pois não

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estudam não fazem atividades, ou sejam, não cumprem com a parte que lhes cabe.

Porém, quando perguntados sobre quais as características de um bom professor

todos sabem elencar, e, segundo a pesquisa: 15% disseram que é muito importante o

professor relacionar-se bem com os alunos; 14% informaram que para eles o domínio do

conteúdo é importantíssimo;9% responderam que a organização com o material e

conteúdos; 8% responderam que é manter a disciplina na sala; para 5% é a pontualidade;

10% o professor falar de forma clara; 8% acreditam que o respeito aos estudantes é

fundamental; 16% que é muito importante o professor utilizar várias formas de ensinar;

10% que é ser exigente e coerente nas suas atitudes; para 5% o contato com a família do

aluno é fundamental.

Diante de todas essas qualidades que a comunidade espera de um bom professor,

ressaltamos que essa formação só será possível, com formação continuada, capacitação

profissional e só se efetivará na sala de aula, e no processo de ensino e aprendizagem

com o auxílio de alunos e pais. Pois o processo de ensino e aprendizagem não cabe

somente ao professor e seu sucesso depende dos alunos também.

Neste sentido, quando os alunos foram indagados se recebem ajuda para fazer as

tarefas e com os estudos, 35% responderam que sempre recebem ajuda; 36% que as

vezes recebem ajuda; 29% disseram que raramente recebem ajuda. O que nos faz

pensar que ainda para muitas famílias, a educação/instrução de seus filhos cabem

somente a escola e aos professores, o que é um erro muito grave e que por vezes, pode

comprometer a aprendizagem dos educandos.

Também questionamos os educandos sobre de quem eles recebem apoio quando

precisam, 30% reponderam que recebem da mãe; 36% do pai ou da mãe; 15% recebem

apoio do pai; 10% do irmão ou irmã; 14% dos amigos e amigas; 25% dos professores e

professoras. Pode-se perceber que juntamente com os pais, bem como somente com as

mães, os professores ocupam um lugar de destaque na vida destes educandos,ou seja,

na escola criam-se vínculos que fazem a diferença na vida de todos.

E quando perguntados sobre o que a escola representa para eles 47%

responderam que representa o acesso ao conhecimento, 23% que é o acesso a uma

faculdade e 30% que representa acesso ao trabalho. Ou seja, como foi falado

anteriormente veem na escola a redentora dos problemas sociais, como se dizia no

passado se você estudar terá um bom emprego, vai ganhar bem, vai ter uma vida melhor.

Enquanto sabemos que hoje em dia um diploma não é garantia de um emprego, pois a

escola é somente uma engrenagem desta máquina imensa que é a sociedade capitalista

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que vivemos, como dizia Paulo Freire, a escola sozinha não muda a sociedade, porém

sem ela a sociedade não consegue a mudança.

Sendo assim, os educandos, bem como toda a comunidade escolar tem que ter o

entendimento de que a escola tem a função social de dar a eles o acesso aos

conhecimentos sistematizados historicamente construídos, para que, de posse destes,

possam ajudar realizar as transformações que nossa sociedade tanto precisa.

A partir das ideias de Paulo Freire (1993), temos de reconhecer que somos seres

condicionados, mas não determinados. A História é sempre um tempo de possibilidades.

Enquanto humanos, representamos uma presença por inteiro - com corpo, ideias,

afirmações, negações - e não podemos escapar à responsabilidade ética desta presença.

Com este autor, compreende o ser humano como inacabado e, portanto, aberto;

como um ser de desejo; como um ser social e político que se constrói nas relações com

os outros seres humanos; como um ser singular que cria sua peculiar maneira e ser,

embora faça parte, com os outros, da mesma espécie humana; como um ser que tem

uma história, se constrói na história e constrói história; como um ser que interpreta o

mundo; como um ser que se empenha em atribuir sentido às experiências que vive; que

age no mundo; que precisa aprender para construir a sua maneira de ser; que apresenta

em sua condição humana, um tecido de elementos diferentes inseparavelmente

associados, como é o caso da racionalidade, da corporeidade e do mundo da emoção.

Para este autor, inacabamento e esperança estão presentes de forma conjunta na

condição humana:

A matriz da esperança é a mesma da educabilidade do ser humano: o inacabamento de seu ser de que se tornou consciente. Seria uma agressiva contradição se, inacabado e consciente do inacabamento, o ser humano não se inserisse num permanente processo de esperançosa busca. (FREIRE, 2000, p. 114)Somos seres de intervenção, nossa vocação ontológica é a de “ser mais”, de transgredir, de fazer rupturas, de movimentar a História. História compreendida aqui como possibilidade, isto é, o amanhã é problemático e é construído mediante a ação transformadora no hoje (FREIRE, 2000, p. 40).

Contudo, a preocupação constante do coletivo deste colégio é buscar

alternativas múltiplas com vistas a erradicação da repetência e evasão de alunos que no

entender deste colegiado é significativo o número de alunos que anualmente são de

alguma forma deixados a margem do conhecimento sistematizado bem como seu

afastamento do Colégio, conforme dados apresentados a seguir, referente ao ano de

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2011:

SÉRIE ÍNDICE APROVAÇAO

ÍNDICE DE REPROVAÇAO

ÍNDICE DE EVASÃO

ÍNDICE DE TRANS.

5ª série 75,44% 8,07% 0,35% 8,43%

6ª Série 69,81% 11,38% 3,14% 5,49%

7ª Série 64,26% 12,77% 5,11% 7,24%

8ª Série 69,23% 14,43% 7,22% 5,77%

1ª Série 52,50% 20,00% 12,50% 5,50%

2ª Série 66,01% 13,30% 10,35% 2,96%

3ª Série 80,00% 5,72% 4,77% 4,29%

1º Tec. 79,17% 4,17% 8,34% 8,34%

2º Tec. 91,67% 4,17% 0 4,17%

V – MARCO CONCEITUAL

5.1 - Base filosófica: concepção do mundo, do humano, sociedade e educação

O Colégio Estadual Tancredo Neves pretende mostrar em seu Projeto Político

Pedagógico que este pode contribuir para estabelecer novos rumos para gestão e para as

práticas pedagógicas, que levem a instituição escolar a transgredir a chamada "educação

tradicional", cujo conteudismo positivista está longe de corresponder às necessidades e

aos anseios de todos os que participam do cotidiano escolar.

Esta lógica gera expectativas em vários segmentos da sociedade, pelas quais

passam a exigir reformas no sistema de ensino, que por sua vez, impõem novos

horizontes para os sistemas de formação de professores, isto porque o trabalhador do

século XXI necessita ser formado para atender a exigência desta nova escola. Assim, se

a sociedade capitalista tenta definir e ajustar com precisão quais conhecimentos, saberes,

informações, os trabalhadores deste século devem ser portadores para se inserirem e

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transformar o mundo do trabalho. Bem como nós educadores temos que pensar quais

conteúdos são pertinentes para a classe trabalhadora, para que esta consiga as

transformações que nós tanto precisamos. E que este novo conceito atenda a este

anseio dos sujeitos que fazem e estão no chão da escola, e que de certo modo afetarão

as políticas públicas educacionais no Brasil dos próximos anos.

A LDB, em seus artigos 14 e 15, apresenta as seguintes determinações:

Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. (...)Art. 15 – Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de direito financeiro público.

Cabe aqui, nesta regulamentação o princípio da autonomia delegada, pois esta lei

decreta a gestão democrática com seus princípios vagos, no sentido de que não

estabelece diretrizes bem definidas para delinear a gestão democrática, apenas aponta o

lógico, a participação de todos os envolvidos. Nesse sentido o caráter deliberativo da

autonomia assume uma posição ainda articulada com o Estado.

Assim, de nada adianta uma Lei de Gestão Democrática do Ensino Público que

"concede autonomia" pedagógica, administrativa e financeira às escolas, se diretor,

professores, alunos e demais envolvidos no processo desconhecem o significado político

da autonomia, a qual não é dádiva, mas sim uma construção contínua, individual e

coletiva, que esta gestão deve estar presente em todos os documentos e ações da

escola.

Para pensar este conceito, Vieira (2002) indica a autonomia que não pode ser

percebida como um objetivo por excelência, pois é ela que possibilitará ao sujeito

"instituir", "criar suas próprias leis", deixando de viver sempre o "instituído" que lhe é

estranho.

Freire (2000) cita: “... O mundo não é. O mundo está sendo. (...) Não sou apenas

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objeto da História, mas seu sujeito igualmente. (...) caminho para a inserção, que implica

decisão, escolha, intervenção na realidade...”, portanto, ele retrata a razão emancipatória

que possibilita a visão da totalidade.

Dessa maneira, o projeto pedagógico na autonomia construída deve permitir aos

professores, alunos, coordenadores e diretores estabelecerem uma comunicação

dialógica, para propiciar a criação de estruturas metodológicas mais flexíveis para

reinventar sempre que for preciso. A confirmação desse contexto só poderá ser dada

numa escola autônoma, onde as relações pedagógicas serão humanizadas.

É necessário romper com as tendências fragmentadas e desarticuladas do modo

de conceber o projeto para re-significar as suas práticas, para criar a identidade de cada

escola particularmente. Tendo como ponto de partida, o planejamento.

planejar, em sentido amplo é um processo que visa a dar respostas a um problema, através do estabelecimento de fins e meios que apontem para a sua superação, para atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro, mas sem desconsiderar as condições do presente e as experiências do passado, levando-se em conta os contextos e os pressupostos filosóficos, cultural, econômico e político de quem planeja e de com quem se planeja. (PADILHA, 2001, p. 30).

Partindo desse princípio, a escola precisa da participação da comunidade como

usuária consciente deste serviço, não apenas para servir como instrumento de controle

em suas dependências físicas, trata-se de romper com os muros da escola.

E os professores devem reconhecer a importância de romper com as posições

pedagógicas cartesianas para fazerem dialeticamente a relação necessária entre as

disciplinas que compõem o currículo escolar e a realidade concreta da vivência do aluno,

daí a importância do ato reflexivo no dinamismo da prática pedagógica através da reflexão

conjunta do projeto educativo, em oposição à racionalidade técnica.

Neste contexto, os profissionais da educação são desafiados constantemente pelo

desconhecido, a renovação de suas práticas educacionais torna-se uma questão de

sobrevivência da escola. Porém, esta renovação é complexa, primeiro porque perpassa

todos os aspectos da prática pedagógica; segundo, porque exige abertura dos envolvidos

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no processo com a vontade política de mudar; e terceiro, porque os meios para

concretizar as aspirações devem estar em consonância com o contexto histórico concreto.

Por outro lado, os professores, reivindicam um tratamento dos conteúdos escolares

que corresponda à sua representação de escola (em geral inspirada pelo desenho da

escola tradicional), procurando afastarem-se dos parâmetros da escola tradicional, à

medida em que se pretende trabalhar na perspectiva de construir um espaço em que seja

possível vivenciar uma experiência escolar significativa, na qual, o aluno possa apropriar-

se de, ou re-elaborar conhecimentos que justifiquem ser chamados de fundamentais nos

diferentes níveis de ensino ofertados no Colégio.

Logo, diante do questionamento do papel social da escola e segundo dados

levantados junto aos professores, o Colégio é responsável pela promoção do

desenvolvimento do cidadão, no sentido pleno da palavra, ou seja:

[...] um indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões da sociedade, participar das decisões que interferem na vida particular e coletiva. Um cidadão com um sentimento ético, forte e consciente da cidadania não deixar passar nada, não abre mão desse poder de participação. (RODRIGUES E SOUZA 1998)”.

Então, cabe a nós, definir que cidadão se deseja formar, de acordo com a sua

visão de sociedade, ou seja, também a incumbência de definir as mudanças que julga

necessário fazer nessa sociedade, através das mãos do cidadão que irá formar.

Vivemos numa sociedade em que os homens privilegiam alguns princípios e ideias

que nos desafiam a constantemente refletir e repensar o cotidiano. Portanto, o processo

de reflexão sempre se realiza em seres humanos inseridos em estruturas sociais, políticas

e econômicas.

Para Freire (1997), o mundo enquanto uma dimensão histórico - cultural e, portanto

inacabado, encontra-se em uma relação permanente com o ser humano, igualmente

inacabado, que transformando o mundo, sofre os efeitos de sua própria transformação.

Ainda Freire (1997), refere-se ao ser humano como um ser de práxis, da ação e

da reflexão, portanto um sujeito cognoscente. Um ser inacabado e único, curioso em

relação ao mundo. Contudo, sua plenitude ocorre na própria intersubjetividade, na

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comunicação entre os sujeitos, a propósito do objeto a ser conhecido.

Saviani (1989) comenta que a educação é a problematização do mundo do

trabalho, das obras, dos produtos, das ideias, das convicções, das aspirações, dos mitos,

da arte, da ciência, enfim o mundo da cultura e da história que, resultando das relações

ser humano, mundo, desafia o próprio ser humano a constantemente rever suas ações

sobre a realidade na perspectiva de humanizá-la. É preciso desenvolver no aluno uma

posição de engajamento, compromisso e participação que o sensibilize para a sua

dimensão humana.

Contudo, a escola tem uma efetiva participação na medida em que inclui, em seus

conteúdos curriculares a dimensão humanística, técnica científica e político-social,

colabora também quando se preocupa em desenvolver no aluno seu senso crítico,

inserindo este aluno no mundo real e complexo, fazendo-o compreender que as

mudanças estruturais também necessitam da participação dele.

A preocupação não ocorre somente no trabalho do docente, ela se dá no mergulho

cego, na concepção de classificação e/ou de reprovação. Por isso, a educação

preconizada no Colégio Estadual Tancredo Neves quer ser coerente com as concepções

de homem, mundo e sociedade anteriormente analisadas. Por isso, todo esforço no

sentido da manipulação do homem para que simplesmente saiba fazer determinada

função, sem reflexão, deve ser combatido, pois saber fazer sem reflexão, sem o resgate

de valores e atitudes, sugere a existência de uma realidade sem evolução. O que significa

subtrair do homem a sua possibilidade de ser criativo, inovador, com direito de

transformar o já existente para algo bem melhor, achando soluções para eventuais

problemas e saber tomar decisões frente às diversas situações que terão que ser

enfrentadas na sociedade.

É preciso definir ações educacionais inseridas neste contexto, pois defendemos a

ideia de que a escola não é o lugar para domesticar ninguém, mas é um espaço especial

para a construção da autonomia.

A prática de cidadania deve ser entendida como forma de desenvolver valores e

atitudes vinculados aos direitos e deveres de cada cidadão no contexto onde o mesmo

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está inserido, quer seja, na sua comunidade, no seu trabalho, na vivência das suas

relações sociais e culturais.

Neste momento onde a nossa sociedade parece estar mais preocupada em dar

conta das imposições materiais e financeiras, acaba gerando disparidade entre o Estado

e a sua responsabilidade, a sociedade que não tem clareza de paradigmas sejam os

econômicos e/ou os sociais, o que acaba num modelo de sociedade do “vale tudo”.

Os alunos caracterizados no marco situacional são considerados, enquadrados e

compreendidos de acordo com a concepção empirista de Skinner (1978), o processo de

ensino e aprendizagem é tido como uma transmissão de conhecimento de quem sabe

para quem não sabe.

E na concepção histórico crítica, o aluno é visto como sujeito da história,

determinante e determinado pela sociedade. Portanto, não é uma tabula rasa na qual o

professor deposita conhecimento, para que ele reproduza depois. É um ser ativo ao qual

a escola deve subsidiar para que entenda e intervenha na sociedade em que vive.

5.2 - Metodologia de Ensino

Numa concepção mais tradicional e baseada em Skinner, a aprendizagem ocorre

de fora para dentro, o aluno capta as informações de forma passiva, considerado como

um depósito de conhecimento, já que não sabe nada, pois pouco se valoriza do que ele

traz como cultura. Ainda o professor é considerado o detentor do conhecimento e o único

que pode transmitir as informações educativas que formarão o repertório do saber do

aluno. Isto fica claro num exemplo simples, o estudante memoriza um conjunto de

instruções e então opera corretamente o instrumento para o qual são apropriadas. Em um

exemplo que ele considera muito mais complexo, o estudante adquire um repertório

histórico extenso e então lida eficientemente com uma situação concorrente, quando

algumas respostas naquele repertório instruem-no apropriadamente. (SKINNER, 1978, P.

385).

Por outro lado, percebe-se que esta forma de se ensinar e entender o aluno esta

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sendo considerado um modelo ultrapassado. Hoje urge compreender o processo de

ensino numa nova perspectiva/concepção que envolve a pesquisa e pode ser

considerado o paradigma de ensinar e aprender que se contrapõe ao modelo

anteriormente focalizado. A concepção histórico-crítica é baseada no conhecimento

dialógico, onde o processo de ensino e aprendizagem é dinâmico, e do qual fazem parte

alunos e professores, como autores do mesmo processo cada qual com sua função

específica.

Entende-se que aprender não é estar em atitude contemplativa, mas sim estar,

[...]envolvido na interpretação e produção de conhecimentos sistematizados pela humanidade. Parte da realidade para problematizar o conhecimento, envolvendo o professor e o aluno na tarefa de investigação que tem origem e/ou se destina à prática social e profissional. (CUNHA, 1991, p. 3)

Nessa concepção, o aluno deixa de ser um mero espectador e passa a ser parceiro

do trabalho docente. Por consequência, a pesquisa é considerada não só como um

princípio científico, mas também educativo, ou seja, não é vista somente como busca de

conhecimento ou simples descoberta, que termina na análise teórica, mas também como

forma natural de estabelecer o diálogo com a realidade, como preconiza Pedro Demo

(1997).

Se for atribuído ao processo de ensino e aprendizagem o significado de diálogo

crítico e criativo com a realidade, conforme sugere Demo, transforma-se em atitude do

aprender na própria elaboração e na capacidade de intervenção.

Pode-se dizer, então, que a pesquisa como uma dinâmica de ensino e

aprendizagem dever ser incluída na base da educação escolar do Colégio Estadual

Tancredo Neves, por que fundamenta o ensino e evita que este seja simples repasse ou

cópia. Entendemos que educar não é só ensinar e instruir mas, sobretudo, formar a

autonomia crítica do sujeito histórico.

Também se há uma perspectiva de trabalhar o ensino integrado, através da

pesquisa recoloca o papel do professor, definindo-o "como orientador do processo de

questionamento [re]construtivo no aluno”. (DEMO, 1997, p. 78). O ensino com pesquisa

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envolve "estudantes e professores numa criação de conhecimento comumente partilhado

com [o] intuito de que a realidade seja apreendida e não somente reproduzida". (CUNHA,

1991, p. 3)

Portanto, caberá a cada professor, respaldado pedagogicamente, saber propor

uma metodologia que efetive o processo de ensino. Pois este, exige reformulação,

renovação constante e mudança de postura didático pedagógica, requer um processo de

permanente re- construção metodológica.

Para trabalhar desse modo, o professor terá que enfrentar vários desafios, e

acreditar ser capaz de construir uma proposta pedagógica diferenciada daquela em que

fomos formados, ou seja, acompanhar a dialogicidade da sociedade.

Por esse motivo é que pensamos ser necessário rever a estrutura e a natureza dos

nossos currículos, que representam uma concepção positivista de mundo, conhecimento

e ciência, e alterar conceitual e praticamente o nosso ensinar e o nosso aprender.

Educar se caracteriza como um ato intencional sustentado pela teoria Histórico-

Crítica, a qual reconhece o conhecimento como resultado das interações do indivíduo

com e no meio, concedendo ao sujeito o papel central na produção do saber.

Segundo Saviani a teoria pedagógica histórico crítica parte do pressuposto de que

é viável, mesmo numa sociedade capitalista, “ […] uma educação que não seja,

necessariamente, reprodutora da situação vigente, e sim adequada aos interesses da

maioria, aos interesses daquele grande contingente da sociedade brasileira, explorado

pela classe dominante.” (SAVIANI, 1989, p.94).

Educar implica inserir a escola na sociedade. Discutir as interferências de uma

para outra. Decidir quais são efetivamente os conteúdos pertinentes a serem tratados

na escola e de que forma precisam ser tratados para que realmente tenham

significados aos envolvidos no processo.

Ainda é necessário abrir espaços pedagógicos para abordar de fato a nossa

cultura brasileira, rejeitando materiais didáticos que negligenciam o pluralismo e o

multiculturalismo, aqui entendido segundo Siqueira (2003) sob a ótica do

multiculturalismo crítico, o reconhecimento do outro tem um significado mais complexo

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e profundo, ainda o multiculturalismo crítico (também chamado de revolucionário, ou

emancipatório, ou contra-hegemônico), o qual tendo por base a política cultural da

diferença, que questiona o monoculturalismo, evidencia as contradições socioculturais

fazendo vir à tona as diferenças e as ausências de muitas vozes que foram caladas

pela modernidade.

Conforme Deliberação nº 04/06 do Conselho Estadual de Educação na qual estão

inseridas as Normas Complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação Étnico-Raciais e para o Ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana,

visa promover o bem de todos, rejeitando todo tipo de preconceitos de origem, raça, sexo,

cor, idade ou hierarquia, bem como toda e qualquer outra forma de discriminação, este

multiculturalismo baseia-se no respeito a cultura, às interpretações e atitudes do outro,

constituindo-se numa fonte de possibilidades de transformação. Sendo assim, evidencia-

nos um entendimento dialógico das culturas, as quais deixam de ser um conjunto de

características rígidas transmitidas de geração em geração, e passa a ser uma

elaboração coletiva que se reconstrói a partir de denominadores interculturais.

Esta é a concepção que o Colégio pretende, àquela que se rebela contra as

manifestações discriminatórias de raça, gênero, classe, cultura, independente se

trabalhamos com crianças, jovens ou adultos, pois é através da determinação de

vivenciar esta concepção, de praticá-la que de fato podemos nos tornar educadores.

Igualmente a forma como tratamos os conteúdos, como lidamos com as pessoas, como

nos comprometemos com as questões sociais é que vai concretizando o projeto

pedagógico da instituição.

Sabe-se que o homem é uma presença no mundo, que intervém, que transforma,

que fala, que sonha, que constata, compara, avalia, valoriza, decide, que rompe. E é

neste domínio da decisão, da avaliação, da ruptura e da opção que instaura a

necessidade de ser ético.

Desejamos, enquanto instituição, consolidar um ambiente educativo que

efetivamente gera aprendizagem, e isto implica cruzar fronteiras (a do gênero, da classe,

da cultura etc.), reconfigurar saberes e poderes e cartografar espaços de reflexão nas

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múltiplas arenas da vida. Com ética profissional e responsabilidade.

A partir das discussões com o coletivo dos professores, definiu-se que a postura

desse colegiado será desenvolver um trabalho no sentido de formar cidadãos

conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade, atuando na busca da

superação das desigualdades e do respeito ao ser humano.

Como o colegiado de professores, funcionários e comunidade optaram em assumir

a responsabilidade de atuar na transformação e na busca do desenvolvimento social,

esses sujeitos devem empenhar-se na elaboração de uma proposta para alcançar os

objetivos.

Essa proposta ganha força na construção de um Projeto Político Pedagógico que

ultrapassa a mera elaboração de planos, que só se prestam a cumprir exigências

burocráticas, este oportuniza busca de um rumo, de uma direção estabelecendo atitudes

reflexivas, no desenvolvimento de ações necessárias à construção de uma nova

realidade. É, antes de tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os

envolvidos no processo educativo: direção, professores, equipe pedagógica, funcionários,

alunos, seus pais, ou seja, a comunidade como um todo. Trata-se, portanto, da conquista

coletiva de um espaço para o exercício da cidadania.

Para que a escola seja realmente um espaço democrático e não se limite a

reproduzir a realidade sócio-econômica em que está inserida, cumprindo ordens e normas

a ela impostas por órgãos centrais da educação, deve-se criar um espaço para a

participação e reflexão coletiva sobre o seu papel junto à comunidade:

Assim, torna-se importante reforçar a compreensão cada vez mais ampliada de projeto educativo como instrumento de autonomia e domínio do trabalho docente pelos profissionais da educação, com vistas à alteração de uma prática conservadora vigente no sistema público de ensino. É essa concepção de Projeto Político Pedagógico como espaço conquistado que deve constituir o elemento diferencial para o aparente consenso sobre as atuais formas de orientação da prática pedagógica. (PINHEIRO, 1998).

Esta é a necessidade de conquistar a autonomia, para estabelecer uma identidade

própria da escola, na superação dos problemas da comunidade a que pertence e conhece

bem. Tendo sempre como “teto” a legislação vigente e sem se deixar perder o fato da

escola ser uma peça dentro dessa engrenagem muito complexa que é a sociedade.

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Através do ensino, o Colégio tem em vista a qualidade da formação a ser oferecida

a todos os estudantes, considerando os interesses e necessidades da comunidade

escolar e as Diretrizes Curriculares Estaduais e Nacionais.

O processo de ensino-aprendizagem deve oportunizar atividades cognitivamente

significativas que permitam ao aluno estabelecer relações entre o cotidiano e o

científico, o racional e o afetivo, o público e o privado, o individual e o coletivo.

O aprendizado dos conteúdos sistematizados implica o domínio da língua falada e

escrita, princípios da reflexão matemática, noções espaciais e temporais que

organizam a percepção do mundo, princípios da explicação científica, convívio com a

arte e as mensagens estéticas, educação para o movimento e para a cidadania,

exigindo, portanto, o reconhecimento de alguns critérios do convívio coletivo.

A dimensão do trabalho pedagógico é planejada e desenvolvida de forma

disciplinar e contextualizada, perpassando todas as áreas de ensino, e cujo conteúdo

inspiram trabalhos que priorizam atitudes e hábitos de indagação, interpretação,

pesquisa e síntese.

O ambiente de trabalho necessita de biblioteca, laboratórios, salas de aulas

amplas, além da parceria efetiva escola/família. Esta prática pedagógica considera as

mudanças culturais vividas no final deste milênio, a complexidade presente no mundo

atual, a diversidade cultural.

5.3 - Avaliação da aprendizagem

A avaliação está no âmago das contradições do sistema educativo, e este é um

terreno que precisa de ousadia para a criação de novos indicadores capazes de

revolucionar esta prática milenar.

Endende-se, ser de suma importância lançar um novo olhar sobre esta temática,

porém, com um enfoque diferente e inquietante que seja capaz de instigar a todos os que

vierem a refletir sobre o mesmo, desafiando a cada um, para a construção de um novo

modo de desenvolver o processo avaliativo.

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A prática escolar usualmente denominada de avaliação é constituída muito mais

de provas e exames do que de avaliação. Esta prática de provas/exames tem origem na

escola moderna a partir dos séculos XVI e XVII.

Assim sendo, a prática que conhecemos é herdeira deste período, onde aconteceu

a cristalização da sociedade burguesa, marcada pela exclusão e marginalização de

grande parte dos elementos da sociedade.

A prática de provas e exames exclui parte dos alunos porque se baseia no

julgamento, enquanto a avaliação diagnóstica pode incluí-los devido ao fato de proceder

dialogicamente, podendo então averiguar quais suas dificuldades e trabalhar de forma

diferenciada para que estas sejam sanadas ao longo do processo.

Enquanto as finalidades e funções das provas e exames são compatíveis com a sociedade burguesa, as da avaliação as questionam, por isso, torna-se difícil realizar a avaliação na integralidade de seu conceito, no exercício de atividades educacionais (LUCKESI, 1991, p.171).

Como vimos, cristalizou-se em nossas escolas a prática de provas e exames como

um dos recursos para classificar os educandos, selecionando-os e os tratando de maneira

diferenciada, preocupando-se com os princípios burgueses da individualidade e da

competitividade. Bem como, se tornou um instrumento de poder para os professores.

As provas estão viciadas desde o princípio, já que se estabelecem determinadas relações entre os professores e alunos que estão tingidas de hipocrisia, quando não de inimizade. A filosofia da prova é a do engano, a do caçador e da caça e, portanto, não promove a cumplicidade necessária entre professor e aluno... (ZABALA, p. 209).

A polêmica em torno do que realmente seja a avaliação no campo educacional é

bastante grande. Embora muito já se tenha discutido, o tema está longe de uma

abordagem consensual.

A avaliação é essencial à educação. Inerente e indissociável enquanto concebida como problematizadora, questionamento, reflexão sobre a ação. Educar fazer ato de sujeito, é problematizar o mundo em que vivemos para superar as contradições, comprometendo-se com esse mundo para recriá-lo constantemente (GADOTTI, 1984, p.52).

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Porém em nosso colégio pretendemos uma avaliação que encontre-se permeadas

pela concepção de processo contínuo e sistemático que faz parte do processo ensino-

aprendizagem de forma a orientar o mesmo para que os educandos possam conhecer

seus erros e seus acertos, diagnosticando as dificuldades para poder planejar novas

atividades de forma a que todos alcancem os objetivos propostos.

Portanto, os autores deixam claro a necessidade de conceber a avaliação como

uma incessante busca de compreensão das dificuldades do educando, de metodologia, e

de novas oportunidades para estes se apropriarem do conhecimento. Processo este que

implica em uma re-construção do significado do ato de avaliar, que tome a avaliação

como meio e não fim da aprendizagem. “A construção do ressignificado da avaliação

pressupõe aos educadores, um enfoque crítico da educação e do seu papel social”

(HOFFMANN, 1991, p.112).

Luckesi (1997), define a avaliação da aprendizagem como um ato amoroso, no

sentido de que a avaliação, por si, é um ato acolhedor, integrativo, inclusivo. Para

compreender isso, importa distinguir a avaliação de julgamento, sendo este um ato de

distinguir o certo do errado, incluindo o primeiro e excluindo o segundo. A avaliação tem

por base acolher uma situação, para então ajuizar sua qualidade tendo em vista dar-lhe

suporte de mudança se necessário.

Para Vasconcellos (1998), a avaliação deve ser um processo abrangente da

existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar

seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisões

sobre as atividades didáticas seguintes. De acordo com ele, a avaliação deveria

acontecer no acompanhamento da pessoa em seu processo de crescimento e ser

encarada com um instrumento facilitador de tal processo, e não como inibidor do mesmo,

marcando as pessoas de forma negativa pelo resto de suas vidas. Ela deveria possibilitar

nosso crescimento, porque aponta limites da ação e provoca a descoberta de novos

posicionamentos.

Basta falar em avaliação que o ambiente já se torna um pouco pesado, tenso.

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Poucos gostam de ser avaliados. Talvez porque os atos que permearam nossa vida em

torno da avaliação sempre serviram para punir, desautorizar ou constranger alguém.

Sendo esta a prática mais está presente em nossas escolas e em nosso cotidiano.

A avaliação sempre foi uma atividade de controle, que visava selecionar, neste

sentido o prazer de aprender desaparece, pois a aprendizagem se resume em notas e

provas. O processo, ou o ato de realizar uma avaliação vai além disto, estando inserido

em todo o processo de ensino e aprendizagem, onde o professor acompanha o processo

desenvolvido pelo educando, auxiliando-o, fundamentando-se no diálogo, revendo e

propondo novas metodologias, de forma que todos consigam alcançar os objetivos

definidos, revelando suas potencialidades.

O sentido fundamental da ação avaliativa é o movimento, a transformação... o que implica num processo de interação educador e educando, num engajamento de pessoas a que nenhum educador pode se furtar sob pena de ver completamente descaracterizada a avaliação em seu sentido dinâmico” (HOFFMANN, 1991, p.110).

Sob esta perspectiva, avaliar deixa de significar fazer um julgamento sobre a

aprendizagem do aluno, para servir como momento capaz de revelar o que o mesmo já

sabe e quais suas dificuldades, os caminhos que percorreu para alcançar o conhecimento

demonstrado, seu processo de construção de conhecimento, podendo potencializar,

revelar suas possibilidades de avanço e suas necessidades para que a supere.

A avaliação no contexto da pedagogia Histórico Crítica é diagnóstica, contínua,

processual e dialógica. Ela mesma é momento de aprendizagem para todos os envolvidos

no processo educativo, visa também à reorientação da prática pedagógica.

Isso posto, faz-se necessário no âmbito escolar compreender que a avaliação

diagnóstica é entendida como um momento de compreensão da situação da

aprendizagem em que os educandos se encontram em cada disciplina. A avaliação

contínua pressupõe que o educador reflita sobre a prática desenvolvida nas aulas

presenciais, reorientando-a sempre que se fizer necessário. A avaliação processual

possibilita, durante a aprendizagem, a retomada e/ou o aprofundamento dos conteúdos.

A avaliação dialógica tem por princípio o diálogo permanente entre educadores e

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educandos como sujeitos do processo de ensinar e aprender. Por intermédio desse

processo, cada um expõe suas dúvidas e também questionamentos. Os resultados da

avaliação são analisados coletivamente, o que permite a superação das dificuldades

apresentadas pelo educando.

A avaliação é um ato político pedagógico, que proporciona a mudança, o avanço, a

transformação, a aprendizagem, a autonomia e a iniciativa, não apenas a atribuição de

notas ou conceitos para reprovar ou aprovar o educando, sem possibilidades de

crescimento.

Segundo Freire (1987), ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os

homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo, ou seja, a educação

problematizadora e como prática da liberdade exige de seus personagens uma nova

concepção de comportamento. Ambos são educadores e educandos, aprendendo e

ensinando em conjunto, mediatizados pelo mundo.

5.4 - Formação Continuada dos Professores

Estudos recentes sobre formação de professores feitos por García (1999),

Pimenta (2002) e Vasconcelos (2000), têm apontado a importância das experiências

pessoais no processo de construção do pensamento do professor vinculadas às

influências dos cursos de formação. É através desses que os professores aprendem a

tomar decisões, a conduzir aulas, a escolher, usar e avaliar diferentes estratégias de

ensino, a considerar diferentes ritmos de aprendizagem, isso tudo por meio de suas

experiências diretas como estudantes e como professores. O ensino reflexivo implica em

que as crenças e hipóteses que os professores têm sobre ensino, a matéria, o conteúdo

curricular, os alunos, a aprendizagem sejam revisadas.

A partir de estudos realizados por Tardif, Lessard e Lahaye (1991) revelam que

a prática dos professores é determinada, também, por dimensões pessoais, políticas,

sociais, culturais e éticas. Além disso, possuem uma natureza subjetiva que configura

diferentes formas de agir e de conduzir esse processo. A construção do conhecimento

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pedagógico do docente no ensino superior se realiza em sua prática em sala de aula na

medida em que se identifica, organiza e utiliza os recursos.

Pérez Gómez (1992) destaca que as zonas indeterminadas da prática são: (a)

complexidade, é quando se nota que na aula vários acontecimentos são simultâneos; (b )

incerteza, é quando se nota que não se tem certeza de como serão os acontecimentos da

aula, isto é, mesmo planejando, não se tem absoluta certeza de que tudo o que se prevê

irá acontecer; (c) instabilidade, é quando notamos que a qualquer momento os

acontecimentos da aula poderão ser modificados; (d) singularidade, é quando se nota que

os acontecimentos não se repetem, não são iguais, no máximo são semelhantes; e (d)

conflito de valores, é relativo às situações de conflito entre os participantes da aula.

É pertinente salientar que a resolução de cada situação problemática ocorrida

durante a aula, isto é, o como o professor procede, é sempre resultante da “reflexão na

ação”. Segundo Schön (2000) a reflexão na ação se refere aos processos de pensamento

que se realizam no decorrer da ação, sempre que os professores têm necessidade de

resolver uma situação problemática, surgida a partir da ação, desenvolvendo experiências

para conseguir respostas mais adequadas.

Percebe-se que os docentes que justificam suas práticas a partir do que pensam

enquanto profissionais, parecem ter uma prática pouco distante da dimensão do ensino e

aprendizagem enquanto ensino superior.

As práticas pedagógicas dos docentes do Colégio Estaduala Tancredo Neves

também são marcadas pelas especificidades decorrentes do jeito de ser de cada um de

nós, uma vez que as características pessoais e as vivências profissionais são únicas e

intransferíveis. O conhecimento prático do professor, para Nóvoa (1995), não existe antes

de ser dito. A sua formulação depende de um esforço, de explicitação e de comunicação,

e, é por isso, que ele é reconhecido, sobretudo, através do modo como é contado aos

outros. Talvez seja este o motivo, conforme este autor, que os conhecimentos dos

professores tendem a ser desvalorizados do ponto de vista social e científico.

Neste sentido ressaltamos que a apropriação do conhecimento prático é um

processo do pensamento, do qual resulta uma descrição da realidade. Esse processo

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está indissociavelmente ligado à prática, é realizado através da linguagem, de um sistema

de símbolos, que fixa e transmite a experiência e o saber das gerações passadas. Ao

mesmo tempo, a linguagem é uma prática condensada, influenciadora do modo como se

percebe a realidade.

O processo de construção do conhecimento prático está intimamente vinculado à

prática pedagógica e resulta da disposição de refletir sobre o fazer. O “ensino reflexivo”

proposto por Schön (2000), possui uma perspectiva construtivista de conhecimento.

Esta perspectiva pode ser explicada da seguinte maneira: quando o professor reflete na

e sobre a ação, ele consegue analisar e refletir sobre seus pensamentos e atos,

construindo novas possibilidades de encaminhamento. Neste momento, o professor

utiliza o fazer, as experiências para extrair os significados que se mostram.

O programa de formação de professores é de acordo com os ofertados pela

SEED e outros cursos/palestras de acordo com o Plano de Ação do Colégio são

propostos para atender as necessidades específicas do mesmo.

VI - MARCO OPERACIONAL

6.1 – Linhas de ação da escola

Pretende-se fazer do Colégio um lugar que privilegie mais o aspecto qualitativo

preparando o aluno para a vida em sociedade ciente das responsabilidades que isso

implica.

O ensino ideal é aquele que desenvolve o saber científico e cuja pedagogia

fundamenta -se na pedagogia Histórico Crítica. Para, só assim, podermos conceber

uma pessoa como sujeito de seu próprio desenvolvimento, alguém que sabe porque

está na escola e o valor que ela tem, não como instrumento de repressão, como um

lugar onde se constrói conhecimentos.

A partir das definições do Marco Referencial, pretende-se expressar as convicções

dos membros do Colégio Estadual Tancredo Neves levando em consideração uma

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abordagem mais contextualizada que contemple todas as dimensões da escola e dos

conteúdos.

6.2 - Tipo de Gestão

Considera-se de fundamental importância que o Colégio Estadual Tancredo Neves

exerça uma gestão que venha contribuir com o fortalecimento dos mecanismos e

processos de democratização da escola, em especial do Conselho Escolar por meio da

análise dos desafios, limites e possibilidades da gestão democrática, enfatizando a

importância da criação das condições e dos mecanismos de participação para que os

diferentes atores sociais possam contribuir com os diferentes espaços de decisão e

responsabilização da unidade escolar.

Sabe-se que a gestão democrática implica na efetivação de novos processos de

organização e gestão baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos e

participativos de decisão, cuja a participação pode ser entendida como processo

complexo que envolve vários cenários e múltiplas possibilidades organizativas. Ou seja,

não existe apenas uma forma ou lógica de participação nas tomadas de decisão.

A democratização da gestão, embora difícil na prática precisa acima de tudo

garantir:

escola para todos se constitui em uma das bandeiras em prol da inclusão social e

da efetiva participação da sociedade civil;

políticas em defesa da escola pública de qualidade;

produção e socialização do saber e se encontra organizada por meio de ações

educativas que visam à formação de sujeitos sociais.

a formação de sujeitos concretos: participativos, críticos, criativos e reflexivos;

a vivência do exercício de participação e tomadas de decisões. Trata-se de

processo a ser construído coletivamente e considerando a especificidade e possibilidade

histórica de cada escola.

O processo de participação não se efetiva por decreto, portarias ou resoluções,

mas é resultante, da concepção de gestão e de participação e de condições objetivas

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para o trabalho coletivo.

A gestão democrática envolve ainda as formas de escolha de diretores (as);

criação e consolidação de órgãos colegiados na escola, bem como fortalecimento da

participação estudantil Grêmio Escolar (GETANE), Conselho Escolar, Conselho de Classe

e a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico da escola.

6.2.1 Plano de Ação da Direção

Filosofia de TrabalhoA direção do Colégio Estadual Tancredo Neves, Francisco Beltrão, entende a

educação como um processo de construção do conhecimento, do exercício da cidadania

e do desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de

conhecimentos, a formação de atitudes e valores. Para isto optamos por um processo

de ensino e aprendizagem inserido no mundo e na vida do educando.

Quanto à ação metodológica referendamos Paulo Freire (1998) que afirma

que a escola deve contribuir para criar um ambiente de aventura, que não tem medo de

risco, que se recuse a uma prática pedagógica imobilista, que seja uma escola que

pensa que atue que crie que fale que ame apaixonadamente e diga sim à vida.

Que na escola seja pensado um processo ensino aprendizagem deve

estabelecer a sala de aula, ou o espaço da escola como um tempo-espaço de estudo,

onde sejam constantes a motivação, o interesse, a afetividade, a emoção, a

produtividade e o sucesso escolar.

Haja um esforço constante em conseguir através da prática um processo

permanente de mobilização coletiva e integrada para alcançar objetivos comuns

superando os desafios e atualizado-se pedagógica profissionalmente.

Entendemos o Colégio Estadual Tancredo Neves, como uma instância com

metas e práticas pedagógicas políticas e sociais viabilizará momentos para que os três

segmentos, pais, professores e alunos possam discutir refletir e determinar ações

pertinentes à eficácia do processo educativo.

Objetivos gerais da Direção Cumprir os encargos da função de diretor e diretor auxiliar.

Criar um ambiente favorável à aprendizagem em relação a todos os segmentos da

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escola, alunos, professores e funcionários buscando recursos e condições para

tal.

Cumprir e fazer cumprir a Proposta Pedagógica, o Regimento Escolar, atos

administrativos, pareceres, deliberações e outras demandas da SEED e do

estabelecimento de ensino.

Coordenar a execução dos trabalhos da escola, nos aspectos pedagógicos,

administrativos e funcional, especialmente acompanhar o resultado escolar dos

alunos.

Zelar pelo patrimônio escolar bem como, na medida do possível, atualizar

equipamentos tecnológicos e instrumentos metodológicos.

Incentivar a participação da família na questão educacional e trabalhar

integradamente com a APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil.

Incentivar a formação continuada para todos os trabalhadores da Educação

especialmente dos professores.

Exercer uma liderança positiva na formação de equipes, em planejamentos

estratégicos e no fluxo de comunicação interna e externa no Colégio.

Desenvolver ações junto à comunidade escolar, tais como: sala de apoio

pedagógico, festivais da canção, da poesia, gincanas, teatros, jogos interseries,

provões, campeonatos, olimpíadas, e outros para diminuir os índices de repetência

e evasão.

Democratizar o uso do Laboratório de informática como instrumento pedagógico

para todas as disciplinas.

Periodicamente durante os conselhos de classe analisar os relatórios feitos pelos

alunos, por séries, turmas e turnos, considerando pontos positivos e negativos e

também sugestões frente a todas as ações desencadeadas na Escola durante o

respectivo período.

Conscientizar os educandos sobre a importância da conservação dos bens

existentes no colégio e as instalações físicas do mesmo.

Desenvolver projetos visando resgate da auto estima, interesse pelos estudos,

levando os próprios alunos a identificarem quais são os valores importantes para

suas vidas na escola, na família e na sociedade.

Promover a prática da inclusão conforme prevê a proposta Pedagógica do

Colégio.

Reorganizar quando necessário a APMF, o Grêmio Estudantil e o Conselho

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Escolar, mobilizando e dinamizando a comunidade escolar, a fim de que sejam

organizações que somam e colaboram com a direção, respeitadas suas

respectivas funções, envolvendo-os no que se refere à conscientização e

comprometimento, com atividades específicas.

Promover reuniões periódicas com pais e alunos, para que entendam suas

respectivas funções e compreendam, discutam e avaliem o processo ensino-

aprendizagem e opinem como podem contribuir para o sucesso escolar.

Fazer do colégio um local onde pais possam se encontrar para refletir e estudar as

várias questões da vida, e tenham a oportunidade de entender o processo que se

vivencia na sociedade em que vivemos.

Adquirir materiais e equipamentos didáticos sempre que necessário.

Atualizar o acervo bibliográfico da Biblioteca, com a aquisição de livros e revistas.

6.2.2 - Plano de Ação da Equipe Pedagógica

Objetivos

Coordenar toda a organização didático/pedagógica, do colégio, a fim de que o

projeto Político Pedagógico seja desenvolvido dentro do que foi planejado pela

comunidade escolar.

Assessorar os professores na elaboração e no desenvolvimento do planejamento

escolar e individual e no desenvolvimento das atividades de regência de classe,

durante a hora atividade.

Coordenar os programas de formação continuada para professores, desenvolvidos

no colégio.

Acompanhar os alunos com problemas de aprendizagem.

Estratégias de ação da Equipe Pedagógica:

O professor (a) pedagogo (a) tem o papel de preservar o bom desenvolvimento do

processo de ensino e da aprendizagem e, portanto desenvolve atividades que busca a

organização e a integração dos professores entre si, dos professores com a direção do

colégio, dos professores com seus alunos.

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Assessorar e estar presente para que o andamento do processo seja

constantemente refletido e avaliado a partir dos objetivos, princípios e valores construídos

coletivamente.

Neste sentido, nós da equipe pedagógica precisamos ter claro a filosofia que

embasa todo o P.P.P., bem como ajudar a construir processos metodológicos que busque

sanar as dificuldades e desafios que surgem no dia-a-dia da escola. Para isso é

necessário manter atualizado os dados referentes à realidade dos alunos e suas famílias,

bem como em relação aos problemas de aprendizagem e de disciplina dos alunos, as

dificuldades apresentadas pelos professores em relação ao processo de ensino.

Adiantar-se diante das dificuldades dos professores, pois o professor pedagogo

tem a função de pensar a educação, por isso deve estar presente junto aos professores,

ouví-los e contribuir para buscar soluções.

Atividades a serem desenvolvidas

Organizar e coordenar a elaboração do P.P.P , organizando a escola para que ele

seja desenvolvido como foi planejado. Neste sentido estudá-lo junto com os

professores novos da escola;

Organizar todo o processo de planejamento e de formação continuada

desenvolvidas na escola;

Assessoramento didático e pedagógico aos professores, com atividades durante

uma semana por mês, atendendo os professores por disciplina, na sua hora

atividade;

Organizar as turmas, eleger alunos representantes de turmas e professores

regentes;

Coordenar o processo de avaliação, trabalhando com os professores

embasamento teórico, critérios, instrumentos e processo, considerando o P.P.P;

Acompanhar os alunos com dificuldades de aprendizagem e organizar os reforços

e as salas apoio, juntamente com os professores responsáveis;

Manter firme a ligação escola/comunidade;

Organizar e coordenar reuniões pedagógicas;

Organizar e coordenar os conselhos de classes;

Acompanhar os alunos repetentes para que avancem na aprendizagem, bem

como os alunos que precisam de adaptação ou que estão em dependência;

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Mediar conflitos entre professores e alunos buscando junto a eles saídas para os

problemas;

Organizar e coordenar reuniões de pais, promovendo a participação efetiva da

comunidade na escola;

Participar do colegiado na gestão escolar, zelando pelas ações democráticas;

Organizar e participar de grupos de estudos da equipe pedagógica da escola.

6.3 - Conselho Escolar

Atuação do Conselho Escolar

O Conselho Escolar pode atuar no processo de implementação da gestão

democrática, como elemento aglutinador de forças e como co-responsável pela gestão de

escola desenvolvendo práticas que fortaleçam a direção da escola e o conselho como

espaços de decisão compartilhada buscando ampliar os horizontes históricos, políticos e

culturais em que se encontram as instituições educativas buscando alcançar a cada dia

mais autonomia.

Portanto, gestão do Colégio Estadual Tancredo Neves deve ser resultado de um

processo eminentemente pedagógico e coletivo que envolve, entre outros, o

conhecimento da legislação, a discussão e participação nas formas de escolha de

diretor(a) escolar, a implantação e consolidação de mecanismos de participação tais como

conselho ou colegiado escolar e grêmios estudantis. É um permanente e cotidiano desafio

para a escola e sua equipe gestora.

6.4 – Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Tancredo Neves - GETANE

Ninguém melhor do que os próprios estudantes para saber das dificuldades de

sua escola. Desde 1985 os alunos têm assegurado por lei o direito de se organizarem

para reivindicar um ensino de qualidade e promover atividades que contribuam para a

formação de sua cidadania.

A organização dos alunos é uma oportunidade do jovem arregaçar as mangas e

exercer um papel atuante na sociedade. É uma opção para quem está cansado de

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esperar soluções milagrosas para os problemas da educação.

É sua função possibilitar aos estudantes participarem da definição dos programas

escolares, fazendo campanhas pela melhoria da qualidade de ensino, exigindo espaço

para a prática de esportes e lazer, participando ativamente das diversas instâncias do

movimento estudantil, cabe ao grêmio atuar propositivamente nas questões da escola e

intermediar a relação entre os estudantes, a direção e o Conselho Escolar

democratizando assim as relações na escola.

6.5 – APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual

Tancredo Neves

Associação de Pais, Mestres e Funcionários, e similares, - pessoa jurídica de

direito privado, é um órgão de representação dos pais e profissionais de

estabelecimento, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins

lucrativos, não sendo remunerados seus Dirigentes e Conselheiros, sendo constituído

por prazo indeterminado.

6.6 - Conselho de Classe

O Conselho de Classe tem por objetivo refletir sobre o desempenho dos alunos a

partir das observações e registros, através de fichas e atas, organizados pelos

pedagogos, direção e professores, em consonância com os objetivos do Projeto Político-

Pedagógico da Escola e efetivar a expressão dos resultados das avaliações bem como

comprová-las, sempre que necessário, contactando com a família.

O Conselho de Classe tem por objetivo refletir sobre o desempenho dos alunos, ou

seja, o desenvolvimento da aprendizagem o qual deve ser objeto de rigorosa verificação e

analise pelo conselho que é soberano em suas decisões, a anaĺise deve ser feita a partir das

observações e registros, através de fichas e atas, organizados pelos pedagogos, direção e

professores, em consonância com os objetivos do Projeto Político-Pedagógico do Colégio.

A partir da analíse do desempenho dos alunos o professor como agente do processo

educativo deve avaliar e analisar a sua prática, seu desempenho e os resultados obtidos e, se

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necessário ressignificar a prática pedagógica (metodologia) para tomar decisões

significativas para o planejamento e/ou replanejamento para o trimestre seguinte.

Após cada Conselho de Classe, os pais ou responsáveis dos alunos (especialmente os

menores de idade) são convocados para que em reunião pedagógico, participar do

desenvolvimento da aprendizagem de seu(s) filho(s), assimcomo dialogar sobre as

estratégias e medidas a serem tomadas em conjunto, escola, professor, aluno e familia

visando sempre melhorar a aprendizagem do educando.

6.6.1- Funcionamento do Conselho de Classe

É presidido pela Diretora do Colégio Estadual Tancredo Neves. Em sua ausência,

por um substituto nomeado pela Diretora Geral. O Conselho de Classe se reúne no final

de cada trimestre ou tantas vezes quantas forem necessárias. Sistematicamente em

diferentes momentos de avaliação, bem como após o processo de recuperação dos

conteúdos, ainda após avaliação e verificação realizada no final de cada ano letivo a fim

de avaliar e analisar o rendimento dos alunos, o qual é expresso em nota, sendo fruto

de um processo pedagógico sério, competente e coletivo.

6.6.2 - Encaminhamento do Conselho de Classe

Pré – Conselho – realizado em sala de aula com professor pedagogo, professor

regente e alunos de acordo, procurando levantar as possíveis dificuldades da turma

como um todo, de alunos individualmente, bem como falhas no processo d ensino

aprendizagem como um todo.

Conselho de Classe- realizado nas dependências da escola, em dia pré-

determinado em calendário, coma presença o professores de cada ano, pedagogo e

direção. Utilizando-se de formulário elaborado pela equipe pedagógica e ata, onde serão

levantados os problemas do processo de ensino e aprendizagem, as dificuldades da

turma e possíveis intervenções, de professores, pedagogos, direção e próprios alunos

para que estas sejam sanadas.

Pós- conselho- de posse do formulário e ata preenchidos no conselho de classe,

o pedagogo e direção, quando necessário, para ter uma nova conversa com a turma,

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onde serão acordados as atitudes necessárias para melhorar o processo de ensino e

aprendizagem.

Da mesma forma será conversado com os professores, tendo o intuito de traçar

ações para melhorar o processo de ensino e aprendizagem.

6.7 – Organização Curricular

A organização curricular do ensino fundamental e médio, nos períodos matutino,

vespertino e noturno é no sistema seriado, garantindo o desenvolvimento de 5 (cinco)

aulas diárias, com a duração de 50 minutos cada, totalizando 25 aulas semanais, de

acordo com a matriz curricular que segue.

Salientamos que a Educação Ambiental, estudos sobre o Estado do Paraná e

Cultural Afro-brasileira Africana e Indígena, são ofertadas nas diferentes disciplinas

apresentadas, de forma contextualizada, sempre que os conteúdos propiciarem o trabalho

com esses temas propostos.

6.8- Educação Integral

A educação paranaense caminha para a implantação gradativa da educação

integral, muito debatida no Brasil. Tendo em vista que a universalização do acesso ao

Ensino Fundamental é um fato praticamente consumado, devido a própria Constituição

Federal de 1988, a LDB 9394/96 aponta em seu texto o aumento progressivo da jornada

na direção do regime de tempo integral como forma de valorizar as iniciativas

educacionais extra-escolares e a vinculação entre o trabalho escolar e a vida em

sociedade.

Foi pensando na universalização do acesso ao Ensino Fundamental e à contribuição

da escola acerca dos riscos sociais na vida contemporânea que a educação integral está

sendo organizada através das esferas de governo. Conforme Pacheco 2008, p.04:

Parece estarmos chegando ao ponto de um entendimento consensual de que a Educação Integral das crianças, adolescentes e jovens deste país é um compromisso de toda a sociedade. Não é mais possível o adiamento do execício da Doutrina da Proteção Integral, na qual se fundamenta a Constituição Federal de 1988, reiterada pelo Estatudo da Criança e do Adolescente (ECA, 1990). Para este empreendimento, todos – família, Estado e sociedade- são convocados: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,

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visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” ( Art.205,CF).

Nessa perspectiva, a escola é colocada como instituição mediadora do processo.

E, para assegurar a formação dos alunos, deve interagir com o poder público, com a

comunidade, com as entidades e associações da sociedade civil e com o sistema

produtivo local. Alguns programas, disponibilizados pela SEED, compõem o rol de

atividades complementares curriculares em contraturno a fim de atender à política de

implementação da educação integral. Incluem-se na programação a Sala de Recursos, a

Sala de Apoio à Aprendizagem, o CELEM, a Hora Treinamento, as Atividades

Complementares Curriculares em Contraturno e o Programa Mais Educação.

6.9 - Sala de Apoio

É uma modalidade de atendimento pedagógico, a ser desenvolvida no ensino

regular, destinada a educandos com dificuldades de aprendizagem dos 6º anos do Ensino

Fundamental e que não sejam portadores de deficiência ou com problemas de conduta.

Tem como finalidade facilitar a aprendizagem daqueles educandos que apresentam

uma história carregada de dificuldades, de repetência de evasão como também de

analfabetismo. Os serviços prestados nessas salas não devem ser confundidos com

reforço escolar (repetição da prática educativa da sala de aula), nem com as atividades

inerentes à orientação educacional, que estão mais voltados ao trabalho da escola como

um todo.

Na Sala de Apoio Pedagógico, deverá ter o professor que no mínimo tenha

experiência em séries iniciais do Ensino Fundamental. Seu papel será o de servir como

mediador da aprendizagem, promovendo atendimento grupal ou individual utilizando

recursos instrucionais de acordo com as necessidades de cada educando. Desenvolverá

programas que favoreçam as funções cognitivas indispensáveis ao êxito acadêmico dos

educandos com dificuldade de aprender.

6.10 – Sala de Recursos

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Esta realidade urge buscar uma metodologia adequada para solucionar as

deficiências desde alfabetização (ler, escrever calcular, etc.) que não se contempla entre

os conteúdos básicos do Ensino Fundamental de 6º a 9º anos. Por isso, entende-se que a

Sala de Recursos deve ser espaço para garantir esse aprendizado aos alunos que

apresentam tal dificuldade com uso de uma metodologia específica e adequada para cada

especificidade e também o uso de material diferenciado daquele habitualmente utilizado.

6.11 – ATIVIDADES COMPLEMENTARES

A educação paranaense caminha para a implantação gradativa da educação

integral, muito debatida no Brasil. Fundamentada nos ideais de Anísio Teixeira, em

meados do século passado, a LDB 9394/96 aponta em seu texto o aumento progressivo

da jornada na direção do regime de tempo integral como forma de valorizar as iniciativas

educacionais extra-escolares e a vinculação entre o trabalho escolar e a vida em

sociedade.

Foi pensando na universalização do acesso ao Ensino Fundamental e à contribuição

da escola acerca dos riscos sociais na vida contemporânea que a educação integral está

sendo organizada através das esferas de governo. GUARÁ (2006) destaca a importância

da educação integral:

Na perspectiva de compreensão do homem como ser multidimensional, a educação deve responder a uma multiplicidade de exigências do próprio indivíduo e do contexto em que vive. Assim, a educação integral deve ter objetivos que construam relações na direção do aperfeiçoamento humano.

Nessa perspectiva, a escola é colocada como instituição mediadora do processo.

E, para assegurar a formação dos alunos, deve interagir com o poder público, com a

comunidade, com as entidades e associações da sociedade civil e com o sistema

produtivo local. Alguns programas, disponibilizados pela SEED, compõem o rol de

atividades complementares curriculares em contraturno a fim de atender à política de

implementação da educação integral. Incluem-se na programação a Sala de Recursos, a

Sala de Apoio à Aprendizagem, o CELEM, a Hora Treinamento, as Atividades

Complementares Curriculares em Contraturno e o Programa Mais Educação.

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6.11.1- ATIVIDADES DE CONTRATURNO

Este estabelecimento de ensino, oferta Atividades Complementares Curriculares

em Contraturno, conforme Instrução Nº007/2012- SEED/SUED. Que tem como objetivo

desenvolver atividades educativas integradas ao currículo escolar, que atendam as

necessidades dos educandos promovendo a ampliação de tempo, espaços e

oportunidades de aprendizagem. Que pretendem atender os educandos com

vulnerabilidade social, às necessidades socioeducativas desses educandos, a fim de

atender aos anseios da comunidade escolar.

Desse modo, pretende viabilizar maior integração entre os alunos, a escola e a

comunidade. Promovendo a expansão do tempo escolar para os educandos de forma a

induzir a uma política pública de progressiva implantação do tempo integral.

Essas atividades pode se dividir nos seguintes marcocampos: Aprofundamento da

Aprendizagem, Experimentação e Iniciação Científica, Cultura e Arte, Esporte e Lazer,

Tecnologias da Informação, da Comunicação e Uso de Mídias, Meio Ambiente, Direitos

Humanos, promoção da Saúde, Mundo do Trabalho e Geração de Rendas.

Em nosso colégio temos duas atividades complementares de contraturno: uma do

macrocampo Cultura e Arte, que trabalha a dança, entendendo esta é fruto da

necessidade de expressão do homem, de maneira que seu aparecimento se liga tanto às

necessidades mais concretas dos homens quanto àquelas mais subjetivas. Nesse sentido

o objetivo maior do trabalho é que os indivíduos criem formas de se movimentar (na

verdade novas combinações) ou resgatem em espaço, sob outro estímulo, a formas de se

movimentar próprio e do cotidiano, dando-lhes outra dimensão através da reflexão e

validação pedagógica das pedagógica das possibilidades individuais. Neste sentido, a

improvisação propicia o descondicionamento dos movimentos.

A outra atividade faz parte do marcocampo Esporte e Lazer, de Xadrez, que

funciona no período intermediário, visando desenvolver a capacidade de raciocínio e

toma da de decisões, assim como incentivar a socialização, a ética e o respeito entre os

educando. Pois o estudo e ensino do xadrez permite, incentiva o raciocínio, a reflexão

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sobre o certo e o errado, portanto, o estudo do xadrez e suas variações, das técnicas de

abertura e meio de jogo, de finais de jogo, através da sua contextualização com o

cotidiano dos alunos.

6.11.2- PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

A escola é de fato, o lugar de aprendizagem legítimo dos saberes curriculares e

oficiais na sociedade, mas não devemos tomá-la como única instância educativa. Neste

contexto, o Programa Mais Educação constitui estratégia do governo federal para a

promoção da educação integral no Brasil. Busca superar o processo de escolarização tão

centrado na figura da escola. Deste modo, integrar diferentes saberes, espaços

educativos, pessoas da comunidade, conhecimentos, tentando construir uma educação

que, pressupõe uma relação da aprendizagem para a vida, significativa e cidadã.

O Programa Mais Educação foi instituído pela Portaria Interministerial n.º 17/2007 e

integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), como uma estratégia

do Governo Federal para induzir a ampliação da jornada escolar e a organização

curricular, na perspectiva da Educação Integral. Trata-se da construção de uma ação

intersetorial entre as políticas públicas educacionais e sociais, contribuindo, desse modo,

tanto para a diminuição das desigualdades educacionais, quanto para a valorização da

diversidade cultural brasileira. Por isso coloca em diálogo as ações empreendidas pelos

Ministérios da Educação – MEC, da Cultura – MINC, do Esporte – ME, do Meio Ambiente

– MMA, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS, da Ciência e da

Tecnologia – MCT e, também da Secretaria Nacional de Juventude e da Assessoria

Especial da Presidência da República, essa última por meio do Programa Escolas-Irmãs,

passando a contar com o apoio do Ministério da Defesa, na possibilidade de expansão

dos fundamentos de educação pública.

Atualmente o Projeto na Escola atende cem (100) alunos, de 6º a 9º anos, que

estudam no período vespertino e ficam no projeto em turno contrário, matutino. As

disciplinas contempladas são: aulas para consolidar os conteúdos de Matemática e

letramento, os quais visam incentivar a leitura, escrita, interpretação de textos, cálculos,

interpretação e resolução de problemas envolvendo as quatro operações. Ginástica

Rítmica para as meninas e recreação para os meninos; informática, qualidade de vida,

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com noções de saúde, higiene.

Essa estratégia promove a ampliação de tempos, espaços, oportunidades

educativas e o compartilhamento da tarefa de educar entre os profissionais da educação

e de outras áreas, as famílias e diferentes atores sociais, sob a coordenação da escola e

dos professores. Isso porque a Educação Integral, associada ao processo de

escolarização, pressupõe a aprendizagem conectada à vida e ao universo de interesse e

de possibilidades das crianças, adolescentes e jovens. Salientando o papel da educação,

qual seja, direito e dever de todos.

6.12 – CELEM

O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM, criado no ano de 1986 pela

Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED, integra o Departamento de

Educação Básica – DEB e tem por objetivo ofertar o ensino gratuito de idiomas, aos

alunos da Rede Estadual de Educação Básica, matriculados no Ensino Fundamental

(anos finais), no Ensino Médio, Educação Profissional e na Educação de Jovens e Adultos

(EJA), aos professores e funcionários que estejam no efetivo exercício de suas funções

na rede estadual e também à comunidade.

O CELEM, além de promover o conhecimento do idioma das etnias formadoras do

povo paranaense, contribui para o aperfeiçoamento cultural e profissional de seus alunos,

considera " a importância que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas (LEM)

tem no desenvolvimento do ser humano quanto a compreensão de valores sociais e a

aquisição de conhecimento sobre outras culturas".

Curso Básico: 2 (dois) anos de duração (320h), 4 (quatro) horas/aula semanais.

O funcionamento dos CELEM é acompanhado pelos Núcleos Regionais de

Educação – NRE, os quais atendem as orientações definidas pela Coordenação do

CELEM.

6.13 - Curso Técnico em Meio Ambiente

A grande preocupação de todas as comunidades do nosso planeta, nas últimas

décadas, tem sido o meio ambiente, seja pelas mudanças provocadas pela ação do

homem na natureza ou pela reação da natureza a essas ações. A comunidade em todo

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mundo tem se tornado mais sensível aos problemas ambientais pela consciência de que

os recursos naturais são finitos e sua utilização indevida ameaçará o futuro das novas

gerações.

Diante deste cenário torna-se necessário e urgente a formação de profissionais

qualificados voltados à solução dos problemas ambientais e na promoção do

desenvolvimento sustentável.

Com este intuito a comunidade escolar acredita que o Curso Técnico em Meio

Ambiente pode ajudar nossos educandos nessa conscientização, e principalmente a a

mudança de postura deles mesmos e sua influência na comunidade onde vive.

DADOS GERAIS DO CURSODADOS GERAIS DO CURSO

Habilitação Profissional: Técnico em Meio AmbienteHabilitação Profissional: Técnico em Meio Ambiente

Eixo Tecnológico: Ambiente, Saúde e Segurança

Forma: Integrado

Carga horária total: 3333 horas 4000 horas/aula mais 100 horas de estágio

Regime de funcionamento: de 2ª a 6ª feira, nos períodos: manhã e noite

Regime de matrícula: Anual

Número de vagas: 40 vagas por turma

Período de integralização do curso: 04 (quatro) anos

Requisitos de acesso: Conclusão do Ensino Fundamental.

Modalidade de oferta: Presencial

A região norte do município de Francisco Beltrão, assim como grande parte do

Brasil, teve nas últimas décadas, que conviver com o descaso e o abandono da questão

da preservação do meio ambiente.

Desde a década de 80 esta região vem enfrentando problemas ambientais devido

ao processo de industrialização de diversos tipos como: frigoríficos, madeireiras, fábricas

de alumínios entre outras, instalaram-se sem muito preocuparem-se com os danos

ambientais que poderiam causar à população em geral.

Felizmente, nos últimos anos, a questão ecológica vem tornando-se alvo das

discussões entre Município, Estado, Federação e a iniciativa privada, gerando vários

trabalhos de conscientização da importância da preservação do Meio Ambiente. No

entanto, essas iniciativas sempre esbarram no problema da falta de mão de obra

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qualificada para atuar e difundir melhor projetos ecológicos.

Para suprir essa necessidade, o Colégio Estadual Tancredo Neves, Ensino

Fundamental e Médio, busca implantar o Curso Técnico em Meio Ambiente, cujo objetivo

é qualificar alguns setores da população para realizar essas tarefas. O profissional

Técnico em Meio Ambiente, além de poder atuar em Secretarias do Meio Ambiente

(esferas municipais e estaduais), também têm uma trajetória bastante ampla nas

empresas em geral.

O Curso Técnico em Meio Ambiente, que está inserido na Área Profissional Meio

Ambiente, tem por objetivo formar profissionais que atendam com eficiência na resolução

dos problemas ambientais e que evidenciem esforços no sentido de promover o

desenvolvimento sustentável e aumentar a qualidade de vida da população em geral.

A organização curricular do Curso Técnico em Meio Ambiente prevê o

Reconhecimento dos Processos nos Recursos Naturais, com as disciplinas Ecologia,

Educação Ambiental, Geografia Aplicada, Química Ambiental e Saúde Ambiental.

A Avaliação das Intervenções Antrópicas será desenvolvida nas disciplinas Análise

e Controle da Poluição Ambiental, Desenvolvimento Sustentável, Metodologia de

Avaliação de Impacto Ambiental e Planejamento Urbano.

A Aplicação dos Princípios de Prevenção e Correção, contemplará as disciplinas

Direito Ambiental e Legislação, Noções de Administração e Prevenção Ambiental e

Tecnologias Limpas, enquanto serão oferecidas Competências Complementares, com as

disciplinas Estatística, Espanhol e Inglês Técnico (terminologias ambientais).

Todas elas estarão sendo trabalhadas de forma interdisciplinar, com saídas em

campo e ou atividades para conhecimento, análise e avaliação dos danos ambientais ou

prevenção destas ocorrências.

6.14 - Operacionalização da Metodologia de Ensino

Segundo Freire (1997, p. 25) , “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende

ensina ao aprender” por isso, toda a ação pedagógica deve fazer vinculação ao

conhecimento que o educando já possui e ao meio em que o mesmo esta inserido e então

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conduzi-lo ao conhecimento sistematizado possibilitando assimilação e construção de

novos saberes.

Queremos uma sociedade mais humana, justa, reflexiva, participativa, cooperadora

com o processo de transformação do meio, para tal, é necessário conhecermos a

realidade dos alunos com a qual atuamos através de diagnóstico sócio-econômico e

cultural a fim de levantar os problemas existentes nesta realidade, a partir daí organizar

as ações pedagógicas como: debates, seminários, uso do lúdico, trabalho de campo,

manifestações culturais, atividades estas que permitam ao aluno estabelecer relações

entre o cotidiano e o científico.

Este processo de ensino e aprendizagem que vislumbramos requer trabalho

coletivo do corpo docente os quais precisam ter garantido os espaços de avaliação dos

métodos propostos em busca da garantia de aprendizagem.

A forma em que o Colégio se organiza em séries, por si só, não garante

aprendizagem, é a maneira ou a postura de trabalho em sala de aula e a busca efetiva de

soluções para os problemas que se apresentam que devemos buscar.

Entende-se a partir da teoria da Pedagogia Histórico Crítica, que a função do

Colégio é receber o aluno como ele é, e partindo do conhecimento que ele traz, oferecer

as condições necessárias, para que ele participe do próprio aprendizado, através da

pesquisa, leitura, estimulação a dúvida, experimentações, elaboração de conceitos, etc.

Para que, ao deixar a escola tenha possibilidade de ser profissional consciente,

compromissado e com condições de acompanhar as mudanças sociais e atuar de acordo

com as exigências do mundo moderno, procurando a realização pessoal e atuar como

contribuidor na construção de uma sociedade mais justa.

Esta proposta é possível em qualquer organização curricular, quando a equipe

pedagógica, direção e professores, quando estes como mediador entre o saber e o aluno,

assuma a postura em sala de aula de:

preparar suas aulas com responsabilidade;

ver o aluno como ser humano, respeitando sua individualidade e sua capacidade

de aprender no seu tempo e no seu ritmo;

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diagnosticar em que estágio se encontra o aluno dentro dos conteúdos da

disciplina, e a partir disso iniciar o trabalho;

criar expectativas, situações desafiadoras aos alunos buscando metodologias

inovadoras para isso desde que estas correspondam com a necessidade da disciplina

e dos conteúdos;

planejar coletivamente independente da disciplina que o professor administra;

incluir no Regimento Escolar e nas normas regimentadoras que o aluno só será

levado à coordenação e a direção em casos extremamente graves;

a equipe deve dedicar seu tempo para ajudar e orientar os professores e

acompanhar os projetos coletivos que estão sendo desenvolvidos;

projetos por área de conhecimento;

paradas obrigatórias trimestrais para avaliar e retomar os projetos e o

planejamento;

conselho de classe trimestral, tendo como foco principal à avaliação da atuação e

da metodologia dos professores e depois da aprendizagem dos alunos;

incluir no regimento que a nota abaixo da média (boletim) deve ser justificada pelo

professor;

em sala de aula o professor deve trabalhar com diferentes técnicas, para dinamizar

o processo de aprendizagem, para isso o professor deve buscar bibliografias que o

ajude e trocar ideias com os colegas;

atividades diferenciadas para recuperação paralela;

6.15 - Práticas Avaliativas - operacionalização

Reconhecemos a dimensão histórico-cultural (sempre inacabada) do próprio

processo de aprendizagem da história da humanidade. Esta história - do mundo e do

homem - não pode mais ser analisada sob o ponto de vista linear. É preciso reconhecer

as contradições que mobilizam os homens, a história e a cultura. Portanto, não se trata

de ordenar e classificar os fragmentos de histórias, mas reconhecer os bastidores

destes cenários, apontando limites e desafios.

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Apesar deste enfrentamento com a realidade, o presente projeto quer ser um

documento que aponte um caminho como possibilidade. Não uma esperança ingênua,

nem tampouco o mobilismo de quem desistiu de acreditar na mudança, perdendo

assim seu endereço na História.

O processo de avaliação é Formativa,Processual , contínua e praticada sob forma

de atribuição de qualidade aos resultados da aprendizagem, tendo por base seus

aspectos essenciais e, como objetivo final, uma tomada de decisão que direciona o

aprendizado e, consequentemente, o desenvolvimento do aluno. Seu registro é

expresso em documento próprio - boletins, considerando a atuação do aluno frente ao

processo ensino e aprendizagem.

Ao aluno que apresentar dificuldades de aprendizagem e necessidades especiais,

serão oferecidos momentos de reorientação e recuperação conforme prevê a

legislação em vigor em Salas de Apoio e Recursos.

É desejo que o processo de aprendizagem que se desenvolve de 6º a 9º ano

possibilite a todo aluno condições de inserção crítica na realidade bem como incentivo

para continuidade dos estudos.

Para o Ensino Médio que é a etapa final da Educação Básica, o Colégio objetiva

aprofundar os conhecimentos, preparar para o mundo do trabalho, para o exercício da

cidadania, incluindo a formação ética, pensamento autônomo e crítico. Ao mesmo tempo

objetiva uma maior aproximação entre a teoria e a prática no cotidiano do currículo.

O Ensino Médio valoriza a pesquisa tanto nos laboratórios próprios como nas

atividades de campo com os alunos. Dessa forma os valores solidariedade,

pensamento autônomo, conhecimento sociocultural, interação com a ciência e

tecnologia estão contemplados neste nível de ensino.

Contribuir para a formação de seres humanos comprometidos com sua

comunidade num senso crítico, solidário e humano é objetivo do Colégio Estadual

Tancredo Neves.

Educar e avaliar são duas ações que fazem parte de um mesmo processo. A

avaliação é a reflexão transformada em ação, pois subsidia decisões a respeito da

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aprendizagem dos educandos e educadores, tendo em vista garantir a qualidade do

processo educativo. Sendo assim, procura-se garantir o que está posto no Regimento Escolar sobre a

avaliação e sua prática, considerando que a avaliação formativa, ou seja, processual,

diagnóstica, contínua e dialógica consiste numa prática de avaliação realizada

continuamente, intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, a fim de melhorá-la,

através de um processo de regulação permanente da mesma, realizada pelo aluno, pela

mediação e intervenção do (a) professor (a).

Entendendo a avaliação como um ato dinâmico, realizada em função do

desenvolvimento da capacidade do (a) educando (a) de apropriar-se de conhecimentos

científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente e como sendo resultado de

um trabalho coletivo, entre professor e aluno, que visa o direcionamento das ações dos

(as) educadores (as) e educandos (as), na avaliação devem ser utilizados métodos,

instrumentos diversificados e critérios coerentes com a concepção e finalidades

educativas deste estabelecimento de ensino. Dessa forma, é vedado submeter o (a) aluno

(a) a uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação pois, na avaliação do

aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o período letivo, num

processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar.

Com isso, o grupo de professores da escola, definiram que, para aferir a Média

Trimestral ao (a) aluno (a):

A avaliação será organizada em no mínimo 3 instrumentos de avaliação sendo

somatória, por meio de procedimentos didático metodológicos diversificados, contendo a

data, os conteúdos e o peso determinado pelo professor, completando valor 10,0 (dez).

No cálculo da média trimestral os (as) professores (as) devem utilizar no mínimo 3

instrumentos de avaliação, da seguinte fórmula:

Média TrimestralNOTA 1 – (prova, testes...) peso total = 5,0

Obs.: No mínimo 2 provas por trimestre.

NOTA 2 – (trabalhos, apresentações, seminários, debates, pesquisas, atividades extra-

classes......) peso total = 5,0

Obs.: No mínimo 2 instrumentos diversificados.

SOMATÓRIO TOTAL 10,0

Parágrafo único – A avaliação da aprendizagem atende às determinações propostas

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no Regimento Escolar e os critérios e instrumentos do Projeto Político Pedagógico.

A Recuperação Paralela acontecerá de forma processual, sempre que houver

necessidade de retomar o conteúdo e posteriormente aplicar nova avaliação para

confirmar a apropriação do mesmo pelos alunos, através de diversos instrumentos

avaliativos.

A Avaliação do Colégio Estadual Tancredo Neves de acordo com decisão coletiva

dos professores em reunião no dia 05 de fevereiro de 2011, ficou da seguinte maneira, e

entra em vigor a partir do 1º trimestre.

6.15.1-São instrumentos de avaliação:

observações diárias;

registro de atividades;

participação em projetos;

interação dialógica com o aluno;

conselho de classe;

trabalhos de pesquisa;

tarefas diárias;

provas e testes;

apresentação oral de trabalhos;

frequência (seguindo a legislação vigente);

grupos de estudos organizado nas disciplinas pelos professores tendo os alunos

como monitores em colaboração aos próprios colegas;

aulas práticas;

atividades extraclasse.

A avaliação do aluno é feita de forma global, ampla, múltipla e tem por objetivo

verificar o seu desenvolvimento. Este processo emerge do Projeto Político Pedagógico

(referencial teórico) e pretende viabilizar a conhecimento de todos os alunos para a

participação democrática na vida social a fim de exercer a cidadania.

Garantida a conceituação básica do processo de avaliação, cabe ao Colégio

especificar seus procedimentos levando em conta os diferentes processos da

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Educação Básica.

O processo de avaliação é sistemático, com registro formal. A família e a escola,

em conjunto, consultam estes registros (Instrumentos de avaliação e Boletim), a fim de

avaliar o desempenho global do aluno, tendo como referência a dinâmica pedagógica

da sala de aula.

Tanto para o Ensino Fundamental e Ensino Médio, no decorrer do ano, conforme a

lei em vigência - LDB 9394/96 - o aluno terá direito à Recuperação com a possibilidade de

mudança na expressão dos resultados. Garantidas, portanto, as devidas oportunidades

de recuperação, o aluno poderá, no decorrer do processo, atingir a exigência prevista no

currículo do Colégio.

O Registro do desempenho escolar será em período trimestral, precedido do

Conselho de Classe desdobrado em momentos com alunos e professores.

6.15.2- Procedimentos para a recuperação

Planejamento por parte da equipe pedagógica e do corpo docente;

Todos os procedimentos de recuperação comprometem-se com os registros dos

mesmos, observados os aspectos abaixo indicados:

a) retomada do conteúdo anterior;

b) atendimento a dúvidas;

c) orientações sobre avaliações na disciplina;

d) aprofundamentos;

e) exercícios adicionais de compreensão;

f) tarefas de casa com correção e revisão em sala de aula;

g) qualquer outro expediente que venha a ser criado pelo professor para esta

finalidade;

h) informação aos pais sobre a evolução do quadro de dificuldades do aluno,

com o registro do encontro devidamente assinado pela Escola e pela

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família;

i) orientações especiais sobre como estudar;

j) convocação dos pais e do aluno para orientação especial quando, apesar

de todos os esforços, as dificuldades do aluno persistirem;

k) conscientização dos alunos da mudança de paradigma no que se refere à

recuperação e da necessidade de estudar desde o início do ano letivo.

6.16- Progressão Parcial

Entende-se por Progressão Parcial quando o aluno avança na série, recuperando

no decorrer do ano, as disciplinas reprovadas no ano anterior, no sistema de

dependência.

O regime de Progressão com Dependência efetivado exclusivamente para alunos

do Ensino Médio Regular e será desenvolvido da seguinte forma:

- 50% da carga horária da disciplina na série em que foi reprovado, sendo 50% de

ensino presencial e 50% à distância sob a forma de orientação de estudos planejados,

acompanhados e avaliados por professor do componente curricular, devendo obter a nota

mínima prevista para aprovação 6,0 (seis virgula zero);

- o aluno deverá ter frequência mínima de 75% de carga horária presencial, ou

seja, dos 50% da carga horária da disciplina que deve ser presencial;

- no regime de Progressão com Dependência será retomado tudo que essencial da

disciplina na série.

Esta proposta tem como objetivos:

diminuir os índices de evasão e reprovação no Ensino Médio;

evitar que o aluno ao repetir a série, venha a ser reprovado em disciplina aprovada

no ano anterior;

elevar a auto-estima e interesse pelo estudo;

diminuir despesas - aluno evadido ou reprovado custa mais para o Sistema.

Considera-se a Progressão Parcial como Dependência inovadora porque busca a

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promoção do aluno, valorizando toda a aprendizagem adquirida durante o ano letivo, o

que consequentemente traz satisfação ao aluno, à escola e à família.

6.17- AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Entende-se pelo coletivo do Colégio, que o documento aqui apresentado é de

grande importância, já que o mesmo “norteia” o funcionamento pedagógico da escola.

Portanto, faz – se necessário que o mesmo seja periodicamente analisado pelo Conselho

Escolar, bem como por toda a comunidade escolar, estudado para possíveis alterações

em detrimento de um melhor proveito do processo tanto de ensino, quanto de

aprendizagem com vistas à formação integral do aluno.

6.18 – PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

Registro de metas após reflexões conjuntas com a Comunidade Escolar

SITUAÇÃO AÇÃO QUEM COMO QUANDOIndisciplina -Compreender

a importância da disciplina na escola.

-Professor, Equipe Pedagógica, Direção, Alunos e Pais.

- Aceitar o aluno como ele é;- Respeitar a capacidade do aluno em resolver situações propostas;- Estar alerta para receber e identificar os sentimentos que o aluno expressa;- Elaborar regras necessárias para fundamentar o seu trabalho, conscientizando os alunos de suas responsabilidades de

Diariamente

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acordo com Regulamento Interno regido pelo Regimento Escolar e legislação vigente;- comunicar a Equipe Pedagógica às faltas dos alunos (FICA);- Trabalhar com atividades diversificadas;- Encaminhamentos a outros profissionais (Equipe Multidisciplinar);- Diagnosticar porque o aluno se comporta dessa ou daquela forma – verificar qual a dificuldade de aprendizagem específica ele apresentou;- Desenvolver as atividades propostas em sala de aula e fora dela;- Tirar dúvidas sempre que tiver necessidade;- Respeitar o professor e colegas durante as aulas principalmente;- Seguir as orientações do coletivo do Colégio.- Atenção às orientações informais

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e formais feitas com e para os pais;- participar do Projeto “LIÇÕES DE VIDA”, desenvolvido pelos professores e Equipe Pedagógica;- Estar sempre em contato com o Colégio;- Orientar e acompanhar seus filhos tanto nas tarefas quanto no comportamento de seus filhos.

- Formação docente

- Professores valorizados pessoalmente, visando o bem estar na equipe de trabalho e sala de aula- Melhorar o relacionamen-to entre os professores;- Valorização profissional visando uma melhor atuação no processo Ensino e Aprendizagem;

- Direção, APMF, Equipe Pedagógica e Equipe de Docentes.

- Palestras de motivação e de relações interpessoais;- Dinâmicas de sensibilidade e entrosamento;- Reuniões pedagógicas;- Participar dos encontros, grupos de estudos e cursos ofertados pela SEED.- Biblioteca do Professor;- Comparecendo nas reuniões pedagógicas marcadas mensalmente para estudos e/ou organização específica da

- Outros horários de acordo com as necessidades e disponi-bilidade dos professores; (não interferindo nos dias letivos).- grupos de estudos aos sábados;- Cursos de capacitação Fevereiro e Julho.- continuo

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disciplina conforme cronograma interno do colégio;- Trabalhar coletivamente;- Socializar seus conhecimentos.

Avaliação - Tornar a avaliação mais significativa;

- Professor e aluno

- Criar situações desafiadoras remetendo os alunos a uma reflexão real da situação proposta;- Permitir-se realizar avaliação e não simplesmente exame;- Desenvolver diferentes atividades que oportunizem os alunos com ou não dificuldades a demonstrarem o seu aprendizado;- Atender sempre que possível às solicitações dos professores;- Corresponder com o que foi trabalhado em sala de aula;- Avaliação pedagógica individual;- Priorizar a leitura e interpretação em todas as disciplinas (leitura em voz alta, discussão em círculo sobre o tema, interpretação

- Processo contínuo.

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associada aos fatos reais e cotidianos dos alunos).

Aprendi-zagem insuficiente

- Recuperação de conteúdos de forma contínua;

- Professor e aluno

- Retomando o conteúdo não aprendido;- Utilizar metodologia adequada e diferente;- Respeitar as dificuldades dos alunos, orientando-os sobre as diferentes formas de aprender.

- Imediata-mente após diagnosticar a não aprendizagem

Professor no processo de ensino e aprendiza-gem

- Professor assumir uma postura de comprometimento real frente ao processo de aprendizagem

- Auto avaliação;- Utilizar metodologia diversificada e adequada;- Fazer uso de estratégias que permitam reflexão durante o processo de ensino .

- Processo contínuo.

VII – CALENDÁRIO ESCOLAR

7.1 – Critérios de elaboração

O Calendário Escolar é elaborado pela SEED (3 a 4 sugestões) – todo o final de

ano letivo, e enviado para as instituições de ensino e no coletivo de cada Colégio faz-se a

escolha e em seguida os diretores em conjunto com o NRE fazem a escolha de acordo

com a realidade que é vivenciada.

VIII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SAUL, Ana Maria. Avaliação Emancipatória: desafios à teoria e à prática de avaliação e reformulação de currículo. São Paulo: Cortez,2001.

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