COLÉGIO ESTADUAL ROCHA POMBO ENSINO … · prática docente em elaboração e implementação de...

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COLÉGIO ESTADUAL ROCHA POMBO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO PPC PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 2014

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COLÉGIO ESTADUAL ROCHA POMBO – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE FRANCISCO BELTRÃO

PPC

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

2014

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO GERAL ................................................................................. 4

1. AUDIOVISUAL NA ARTE................................................................................ 7

2. ARQUEOLOGIA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO ............................................ 22

3. ARTE ............................................................................................................ 37

4. ATIVIDADES EXPERIMENTAIS ................................................................... 51

5. BIOLOGIA .................................................................................................... 64

6. CIÊNCIAS .................................................................................................... 81

7. EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................................................... 91

8. ENSINO RELIGIOSO .................................................................................. 110

9. ESPAÇO CULTURAL PARANAENSE ............. Erro! Indicador não definido.

10. FILOSOFIA ............................................................................................... 138

11. FÍSICA ...................................................................................................... 147

12. GEOGRAFIA ............................................................................................ 159

13. HISTÓRIA ................................................................................................ 175

14. LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA .......................................................... 195

15. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) - INGLÊS ............................ 205

16. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) - ESPANHOL ...................... 222

17. LÍNGUA PORTUGUESA .......................................................................... 241

18. MÍDIAS E SUAS LINGUAGENS .............................................................. 266

19. MATEMÁTICA .......................................................................................... 281

20. QUÍMICA .................................................................................................. 297

21. SOCIOLOGIA ........................................................................................... 307

22. ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM CONTRATURNO

....................................................................................................................... 317

22.1 APROFUNDAMENTO DA APRENDIZAGEM ......................................... 319

23. CELEM – CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA /ESPANHOL

....................................................................................................................... 325

24. COMPONENTES CURRICULARES – ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS

FINAIS/EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL ................................................ 342

24.1 ATIVIDADE – ATLETISMO ..................................................................... 344

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24.2 ATIVIDADE – DANÇA ............................................................................ 348

24.3 ATIVIDADE – FUTSAL FEMININO E MASCULINO ............................... 351

24.4 ATIVIDADE - HANDEBOL ...................................................................... 354

24.5 ATIVIDADE – JOGOS E BRINCADEIRAS ............................................. 358

24.6 ATIVIDADE – TÊNIS DE MESA ............................................................. 362

24.7 ATIVIDADE – XADREZ .......................................................................... 366

25. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL - TIPO I ................................ 370

26. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL - TIPO II / ÁREA VISUAL ..... 374

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APRESENTAÇÃO GERAL

A Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual Rocha Pombo –

Ensino Fundamental, Médio e Normal retrata o resultado da construção coletiva

dos professores e equipe pedagógica que, embasados em documentos oficiais

definiram o currículo de suas disciplinas, ou seja, são apresentados através

dos Conteúdos Estruturantes os objetos de estudo das referidas áreas do

conhecimento.

Com o objetivo de atender aos alunos do Ensino Fundamental e Ensino

Médio apresentam-se os Fundamentos Teórico-metodológicos, os Conteúdos

Estruturantes, o Encaminhamento Metodológico, a Avaliação e as Referências

Bibliográficas de cada disciplina que compõe a Base Nacional Comum e a

Parte Diversificada.

Serão contemplados em todas as disciplinas, como objeto de trabalho e

conhecimento, conteúdos relacionados aos desafios contemporâneos, que são

temáticas que permeiam as práticas pedagógicas, não de forma fragmentada

mais incorporada nos conteúdos trabalhados em sala de aula de acordo com

cada disciplina: Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,

Prevenção ao Uso indevido de Drogas, Educação Ambiental, História e Cultura

Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Gênero e Diversidade Sexual, Educação

do Campo, Estatuto do Idoso – Lei Nº 10,741, de 1º de Outubro.

A Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual Rocha Pombo –

EFMN expressa o comprometimento dos educadores que transformam sua

prática docente em elaboração e implementação de um processo histórico com

foco no conhecimento e no entendimento da realidade para a construção de

um mundo melhor onde homem e natureza convivam em harmonia, onde o

trabalho, a tecnologia, a ciência e a cultura sejam instrumentos de apropriação

coletiva, e está organizada de acordo com a Matriz Curricular do Ensino

Fundamental e Ensino Médio.

Fruto de pesquisa coletiva e análises propostas pela SEED e NRE de

Francisco Beltrão, o Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN terá neste

documento o caminho para desenvolver o trabalho didático-pedagógico de

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qualidade almejado para a escola pública.

A organização do trabalho será dividida em três trimestres, com média

6,0 (seis vírgula zero), atingindo 18,0 (dezoito vírgula zero) anualmente, para

que o aluno obtenha progressão para a série seguinte, mostrando que adquiriu

conhecimento e aprendeu os conteúdos propostos.

Com a implantação da Educação em Tempo Integral em 2013 para o

Ensino Fundamental – Séries Finais fez-se necessário reelaborar a proposta

curricular coerente com as especificidades dos alunos que se encontram nas

séries finais os quais atendemos e levando em consideração as orientações da

Secretaria de Estado da Educação obedecendo o seguinte:

A organização da Matriz Curricular obedece a orientação da SEED do

Estado do Paraná e está planejada da seguinte forma: Base Nacional Comum,

Parte Diversificada e Componentes Curriculares.

O Colégio Estadual Rocha Pombo oferece aos alunos com

necessidades educativas especiais a Sala de Recursos Multifuncional Tipo I e a

Sala de Recursos Multifuncional Tipo II/ CAEDV, ambas assistidas por

profissionais habilitados para trabalhar de forma paralela as dificuldades de

acordo com os laudos individuais buscando dar apoio aos professores do

Ensino Regular e fornecer a integralidade da educação buscada pelos alunos

matriculados nesse colégio, sem fugir da responsabilidade da formação e

valorização do ser humano.

Trata-se de um serviço de apoio especializado, que complementa o

atendimento educacional realizado em classe comum da Educação Básica e

atende alunos com Deficiência Intelectual, Física neuromotora, Transtornos

Globais do Desenvolvimento (autismo, síndromes de Asperger e de Rett,

psicose, entre outros transtornos invasivos) ou Transtornos Funcionais

Específicos, que envolve distúrbios de aprendizagem (dislexia, discalculia,

disgrafia, disortografia) e Transtornos do Déficit de Atenção e Hiperatividade.

Esse atendimento é realizado paralelamente as aulas ministradas pelos

professores na turma regular de ensino, porém em espaço separado com

recursos didáticos diferentes daqueles presentes na sala de aula regular.

A Sala de Recurosos Multifuncional Tipo I/CAEDV, atende também, no

período vespertino, alunos de todo o município, sendo trabalhado com cegos

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ou alunos com baixa visão os seguintes itens: Orientação e Mobilidade,

Sorobã, Estimulação Visual, Desenvolvimento Tátil, Braille, Educação Precoce

e Atividade de vida diária.

O Colégio tem como princípio o atendimento escolar às diferenças e à

diversidade, na perspectiva da inclusão e da igualdade de oportunidade,

procurando adequar o espaço físico, os recursos humanos, e fazendo

Adaptação Curricular para que a educação inclusiva se efetive a luz da

Constituição Federal de 1988 e da LDB 9394/96, em especial no Capítulo V.

A Educação Básica é direito universal de todo cidadão. Com base nesse

princípio articulam-se os conteúdos com a prática através de metodologias

diversas, para tanto, discussões interdisciplinares, revisão das metodologias,

análise dos resultados de aprendizagem e autoavaliações serão frequentes.

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1. AUDIOVISUAL NA ARTE

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Para maior entendimento do que se pretende com esta disciplina

faremos uma breve conceituação sobre o ensino da Arte e o que é audiovisual.

A sociedade contemporânea caracteriza-se por novas tecnologias

associadas a diferentes linguagens: visual, musical, cênica, cibernética, as

quais enfatizam a imagem, o som e o movimento, estabelecendo um diálogo,

por meio de um vocabulário gramatical, visual, musical, com símbolos próprios

que expressam uma intenção e uma representação de mundo. Se educar é

transformar o sujeito crítico, criativo a partir dessa leitura de mundo, como

estabelecer esse diálogo aluno X mundo, sem instrumentalizá-lo pela Arte?

Arte é conhecimento. Ela constitui uma necessidade do ser humano. Ela

é alfabetizada, revelando os símbolos presentes nas imagens, nos sons e nos

movimentos característicos desta era. Precisamos desmistificar a arte como um

fazer dissociado de um saber ou ainda um saber para poucos ―dotados‖. A arte

tem de ser entendida e percebida em sua globalidade. Deve trabalhar com a

essência do ser humano, em que o sensível, o perceptível e o reflexivo atuam e

interagem com as mesmas propriedades, por meio da Arte. A arte permite a

expressividade de sentimentos, ideias e informações, interferindo no processo

de aprendizagem de todas as disciplinas.

Um marco importante para a Arte brasileira e os movimentos

nacionalistas foi a semana de Arte Moderna em 1922.

Nesse contexto, o ensino da Arte teve o enfoque na expressividade,

espontaneidade e criatividade, pensado inicialmente para as crianças, essa

concepção foi gradativamente incorporada para o ensino de outras faixas

etárias. Essa valorização da arte encontrou espaço, na genialidade individual,

inspiração e sensibilidade, desfocando o conhecimento em arte e procurando

romper com a transposição mecanicista de padrões estéticos da escola

tradicional.

O ensino da Arte passou a pertencer à área de Comunicação e

Expressão, da mesma forma que a produção artística ficou sujeita aos atos a

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que instituíram a censura militar. Enquanto o ensino de artes plásticas foi

direcionado para as artes manuais e técnicas a música passou a ser utilizada

para a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.

A partir de 1980, o país inicia um amplo processo de mobilização social

pela redemocratização e para a nova constituinte de 1988. Com o objetivo de

sustentar esse processo, os movimentos sociais e diversos grupos se

organizaram em todo o país e realizaram encontros, passeatas e eventos que

promoviam a discussão, a troca de experiência e a elaboração de estratégias

de mobilização.

Surgem nessa fase, movimentos para valorização da Educação partindo

das influências da Pedagogia histórica-crítica; como proposta de oferecer aos

educando acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social e

transformadora.

A LDB 9394/96 mantém a obrigatoriedade do Ensino de Arte nas escolas

de Educação Básica. Nesse período também houve mudanças nos cursos de

graduação em Educação Artística que passaram a ter licenciatura plena em

uma habilitação específica.

Os PCNs passaram a considerar a Música, as Artes Visuais, o Teatro e a

Dança como linguagens artísticas autônomas do Ensino Fundamental e, no

Ensino Médio a Arte passa a compor área de linguagens, códigos e suas

tecnologias.

As diferentes formas de pensar o ensino da Arte são consequências do

momento histórico no qual se desenvolvem, com suas relações sócias

culturais, econômicas e políticas. Da mesma forma o conceito de Arte implícita

ao ensino é também influenciado por essas relações, sendo que seja

problematizada para a organização de uma proposta de diretrizes curriculares.

Nas diversas teorias sobre a arte são estabelecidas algumas referências

sobre a sua função, o que resulta também em diferentes posições: como a Arte

pode servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica e

transformar-se em mercadoria ou meramente proporcionar prazer.

Na educação, o ensino da Arte amplia o repertório cultural do aluno a

partir dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aproximando-o

do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.

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O objetivo geral da disciplina é ampliar o repertório cultural do aluno a

partir dos conhecimentos estéticos e contextualizados, aproximando-o do

universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.

Para tanto, é necessário no processo de ensino e de aprendizagem, o

desenvolvimento de uma práxis no Ensino de Arte, entendida nesta proposta

como articulação entre aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa

disciplina. Nesta proposta, pretende-se que os alunos possam criar formas

singulares de pensamento, apreender e expandir suas potencialidades

criativas.

Os conhecimentos sistematizados de artes foram organizados de forma

que contemplem as quatro áreas da disciplina, as quais foram denominadas de

maior amplitude que embasam e fundamentam os conteúdos estruturantes:

● Elementos formais;

● Composição;

● Movimentos e períodos;

Educar através da arte proporciona o desenvolvimento do pensamento

artístico no desenvolvimento das sensibilidades, proporção e imaginação tanto

ao realizar formas artísticas, quanto ao apreciar e conhecer os trabalhos de

seus colegas, observando as diferenças de culturas.

O aluno que conhece Arte estabelece relações mais amplas, que

exercita a imaginação para um texto, uma interpretação, uma leitura com maior

facilidade de argumentação. O importante no ensino de Arte é o processo

criador do aluno e não o produto que realiza e que este deve aprender a fazer

fazendo. Porém, deve–se interferir para ajudar na relação do processo.

O ensino da Arte foi aos poucos se voltando para o desenvolvimento

natural do aluno, respeitando suas necessidades e apreciações, valorizando

suas formas de expressão e de compreensão do mundo. O que era enfatizado

na repetição de modelos e no professor, agora é deslocado para o processo de

desenvolvimento do aluno e suas criações.

As aulas tornam-se mais expansivas, buscando a espontaneidade e

valorizando o crescimento ativo e progressivo do aluno. As invenções, a

autonomia e as descobertas são a base para o ensino de arte.

Torna-se especificidade que compete à disciplina de arte:

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Conhecer as grandes diversidades da linguagem artísticas, abrangendo

em seu vasto caminho, uma leitura clara; as artes visuais e cênicas, a

expressão plástica, a música e a dança, sendo capaz de apreciar e

preservar este universo estético;

Vivenciar as diferenças formas da manifestação artística, ultrapassando

os limites pessoais, nas várias linguagens para compreender a evolução

dos seres humanos nas deferentes culturas, fazendo com que ele

aprenda a ler e sentir a arte, a compreendê-la no seu sentido histórico,

refletindo com espírito crítico;

Ampliar o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos

estéticos, artístico e contextualizado, aproximando-o do universo cultural

da humanidade nas suas diversas apresentações;

Enfatizar a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem;

Proporcionar um pensamento referente à dança como sujeito e

transformador.

A disciplina Audiovisual na Arte propõe uma complementação e também

uma diversificação do ensino regular de Arte, disciplina da Base Nacional

Comum, considerando a necessidade de apresentar aos alunos conhecimentos

diversificados aos já contemplados em sala de aula.

A escolha desta atividade tem por intuito envolver a área de artes

visuais, teatro, danças e música (principalmente), pelo fato da Arte, trabalhar

com estas dimensões do conhecimento artístico proporcionando ao educando

um panorama mais geral dos conteúdos, e apresentar aos discentes, formas

diferentes de expressão e exposição dos conhecimentos de Arte. Através da

comunicação audiovisual (vídeo arte, videoclipe, documentário, curta

metragem, entre outros).

Segundo o Dicionário Houaiss, audiovisual é "qualquer comunicação,

mensagem, recurso, material etc. que se destina a ou visa estimular os

sentidos da audição e da visão simultaneamente".

No Brasil, até os anos 1980, a palavra audiovisual designava um tipo

específico de apresentação pública, hoje mais conhecida como diaporama, e

que combinava a projeção de uma sequência de diapositivos (slides) com o

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som (constituído de narração, música, ruídos, etc.) gravado em fita magnética e

exibido em sincronia.

A partir dos anos 1970, o mercado publicitário passou a chamar de

audiovisual um subgênero de vídeos de propaganda que não se destinavam à

exibição em televisão nem tinham como objetivo vender um determinado

produto, mas sim estabelecer uma imagem favorável para uma marca,

empresa ou instituição — o que mais tarde veio a se chamar de vídeo

institucional.

Pretende-se no final do estudo teórico e prático que os alunos tenham

conhecimento sobre o que é um produto audiovisual (vídeo arte, videoclipe,

documentário, curta metragem, entre outros) por meio de um trabalho criador

com os recursos da linguagem audiovisual.

A Arte é uma disciplina que abrange vários campos do conhecimento

como a música, a dança, as artes visuais e o teatro. Segundo a LDB 9394/96,

no artigo 26, parágrafo 2º ―O ensino da arte, especialmente em suas

expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos

diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento

cultural dos alunos‖. Em 2008, a Lei 11.769 altera a LDB acrescido do

parágrafo 6º explicitando que ―A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas

não exclusivo, do componente curricular de que trata o § 2o deste artigo‖.

Neste sentido, propor uma disciplina específica no campo Audiovisual,

envolvendo a área de artes visuais, teatro, dança e música (principalmente)

justifica-se, pelo fato da Arte, na Base Nacional Comum, trabalhar com estas

várias dimensões do conhecimento artístico proporcionando ao educando um

panorama mais geral dos conteúdos.

O Audiovisual, muitas vezes utilizado apenas como recurso didático,

compondo a Parte Diversificada será a oportunidade de um trabalho mais

específico e consistente com imagens e sons relacionados as produções

audiovisuais, como cinema, televisão, vídeo, entre outros. Porém, mesmo com

esta especificidade, o audiovisual é e possibilita a integração de vários campos

do conhecimento em arte. Por exemplo, pode-se fazer um videoarte com a

dança ou com os elementos do teatro, das arte visuais, da música. Justifica-se

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também devido ao fato do estudante não ter muitas vezes a percepção sobre

os reais objetivos da mídia e da arte inserida na Indústria Cultural.

Segundo PARANÁ, (2008) a indústria cultural, também conhecida como

cultura de massa, é responsável pela produção e difusão em larga escala de

formas artísticas pela grande mídia. É através dela que a arte é transformada

em mercadoria para o consumo de um grande número de pessoas. Para a

indústria cultural é de pouca importância a qualidade dos produtos, pois é a

quantidade cada vez maior de público que se propõe a atingir, tendo por

objetivo principal a obtenção do lucro das vendas dessa mercadoria.

A disciplina ―Audiovisual‖, tanto na teoria como na prática desenvolverá

no estudante o pensamento crítico, a percepção, sua capacidade de criação e

produção artística, bem como trará subsídios para que ele faça uma leitura

crítica das mídias as quais tem acesso.

CONTEÚDOS

Para melhor entendimento do trabalho a ser realizado dividir-se-á os

conteúdos em conteúdos de Arte e Conteúdo de Audiovisual na Arte.

CONTEÚDOS DE ARTE

6º ANO

MÚSICA:

Elementos formais e sonoros: altura, intensidade, duração, timbre e

densidade.

Composição: ritmo e melodia.

Movimentos e períodos: Musica erudita, Instrumentos da orquestra.

ARTES VISUAIS:

Elementos formais: ponto, linha, textura, cor, superfície, volume, luz e

forma.

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Composição técnica de desenho.

Composição bidimensional e tridimensional.

Movimentos e períodos: Arte popular.

TEATRO:

Elementos formais: Personagem: expressões vocais, corporais, gestuais

e faciais, ação e espaço.

Composição de jogos, mímicas, improvisação, sobras, manipulação,

máscaras.

Composição de texto, enredo, roteiro, palco, cenário, personagem, ação

dramática.

Movimentos e períodos: teatro popular.

DANÇA:

Elementos formais: movimentos corporais tempo e espaço.

Composição: eixo, ponto de apoio, movimentos, formação,

deslocamento, aceleração desaceleração, direções, improvisações,

coreografia ,sonoplastia.

Movimentos e períodos da dança popular, folclórica.

7º ANO

MÚSICA:

Elementos formais: altura, timbre, duração, intensidade, densidade.

Composição: ritmo e melodia.

Movimentos e períodos: música popular e étnica.

ARTES VISUAIS:

Elementos formais: linhas, formas, textura, superfície, volume, cor, luz.

Composições bidimensionais e tridimensionais, técnicas de pintura,

escultura, modelagem e gravura.

Movimentos e períodos: arte brasileira e arte popular.

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TEATRO:

Elementos formais: ação e espaço, personagens: expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais, ação e espaço.

Composição: texto, maquiagem, sonoplastia, roteiro,improvisações,

cenografia, figurino; gêneros rua e arena, jogos teatrais, sobras,

bonecos, genros; performance, mímica, pantomima.

Movimentos e períodos: teatro popular, indústria cultural.

DANÇA:

Elementos formais: movimento corporal: tempo e espaço.

Composição: formação, deslocamento, ponto de apoio, salto e queda,

rotação, deslocamento, coreografia, salto e queda, sonoplastia,.

Movimentos e períodos: dança moderna, hip hop.

8º ANO

MÚSICA:

Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade, densidade.

Composição: ritmo, melodia, gênero: popular e étnico.

Movimentos e períodos: música contemporânea.

ARTES VISUAIS:

Elementos formais: linha, forma, textura, superfície, volume, cor e luz.

Composição: Bidimensional, tridimensional. Técnica cinema.

Movimentos e períodos: Indústria cultural e arte contemporânea.

TEATRO:

Elementos formais: personagens: expressões corporais, vocais, gestuais

e faciais. Ação e espaço.

Composição: representação dos cinemas e das mídias, texto,

maquiagem, sonoplastia, roteiro. Técnicas: jogos teatrais, mímicas,

improvisações.

Movimentos e períodos: indústria cultural e cinema novo.

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DANÇA:

Elementos formais: movimento corporal, tempo, espaço.

Composição: giro, rolamento, saltos, direção, improvisação, coreografia,

sonoplastia. Gênero indústria cultural e espetáculo.

Movimentos e períodos: dança moderna.

9º ANO

MÚSICA:

Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade, densidade.

Composição: Gêneros: MPB, modinha, samba e marcha, chanchada.

Movimentos e períodos: música popular brasileira, música

contemporânea.

ARTES VISUAIS:

Elementos formais: linha, forma, textura, superfície, volume, cor, luz.

Composição: Bidimensional, figura e fundo, ritmos visuais. Técnicas:

cartum, pintura, grafite.

Movimentos e períodos: Vanguardas, muralismo, hip hop.

TEATRO:

Elementos formais: personagem: expressões corporais, vocais, gestuais

e faciais, ação e espaço.

Composição: jogos teatrais, Cenografia, figurino, direção, ensaio,

dramaturgia, sonoplastia, iluminação, figurino.

Movimentos e períodos: teatro pobre, vanguardas.

DANÇA:

Elementos formais: movimento corporal, tempo, espaço.

Composição: técnicas de improvisação e coreografias. Gêneros:

performance e moderna.

Movimentos e períodos: vanguardas e dança moderna e

contemporânea.

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CONTEÚDOS DE AUDIOVISUAL NA ARTE

Os alunos deverão ao final do estudo ter noção de: Conceito de

audiovisual; Elementos básicos da linguagem audiovisual e cinematográfica;

Mídias: cinema, televisão, vídeo, internet, entre outros; Gêneros Audiovisuais;

Gêneros cinematográficos; Relação entre sons e imagens na construção da

linguagem audiovisual; Audiovisual e Indústria Cultural; Estudo teórico e prático

que tem por objetivo um produto audiovisual (vídeo arte, videoclipe,

documentário, curta metragem, entre outros) por meio de um trabalho criador

com os recursos da linguagem audiovisual, para isso, os conteúdos de Arte

deverão ser trabalhados concomitante aos conteúdos de Audiovisual abaixo:

6º e 7º ANOS

Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos

Tempo,

Espaço, Luz,

Roteiro,

Personagem.

Técnica do

audiovisual

Elementos da

linguagem

audiovisual;

Gênero do

audiovisual:

cinema.

Ritmo visual

Sonoplastia e

Trilha Sonora

Gênero:

Fotografia

Teatro de sombras;

Teatro de bonecos;

Direção,

Produção,

Roteiro,

Enquadramento,

Som e trilha

sonora,

Ângulos, Planos,

Cenografia,

Campo e fora de

campo;

Olhar da Câmera;

Olhar da Cena;

Indústria Cultural;

Arte

Contemporânea;

Vanguardas

Artísticas;

História do desenho

animado;

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Comédia;

Suspense;

Drama;

Animação;

Técnica: Efeitos

especiais,

Fotografia,

Dublagem,

Plano de

sequência,

edição, definição

de curta, média e

longa-metragem;

Gênero: história do

desenho animado,

Cinema Mudo,

Suspense,

Comédia, Drama,

Animação gráfica,

Movimentações da

Câmera

8º e 9º ANOS

Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos

Tempo, Espaço,

Luz, Roteiro,

Personagem

Enquadramento

Interpretação

Ângulos

Decupagem

Técnica: Efeitos

especiais,

Fotografia

Teatro de

sombras;

Direção,

Produção,

Roteiro,

Enquadramento,

Som e trilha

sonora,

Indústria Cultural

Arte

contemporânea.

História do

Desenho animado.

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Fotografia;

Plano de

sequência,

Movimentação;

da câmera

Iluminação: luz

difusa e

contrastada

Cenografia

Direção e

produção

Som e trilha

sonora

Ângulos, Planos,

Cenografia,

Campo e fora de

campo;

Olhar da Câmera;

Olhar da Cena;

Técnica: Efeitos

especiais,

Fotografia,

Plano de

sequência,

Edição, definição

de curta, média e

longa-metragem;

Gênero: historia

do desenho

animado, Cinema

Mudo, Suspense,

Comédia, Drama,

Animação

gráfica;

Movimentações

da Câmera

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Conforme a DCE, é necessário pensar em várias questões enquanto se

prepara uma aula, como para quem será ministrada, por que e o que será

trabalhado, motivando o aluno a buscar a escola como espaço para

apropriação de conhecimento.

Para atender de forma específica toda a demanda que corresponde à

disciplina, deve-se pensar em três momentos da organização pedagógica: o

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teorizar, ou seja, fundamentar e possibilitar o aluno para que perceba e

aproprie-se da obra artística, bem como desenvolva um trabalho artístico para

formar conceitos artísticos; o sentir e perceber, que são as formas de

apreciação, fruição, leitura e acesso a obra de arte; o trabalho artístico, que

permite a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra

de arte.

Uma escola democrática deve apresentar-se ao aluno como um espaço

no qual se reflete e se discute a realidade e a cultura.

Esses encaminhamentos metodológicos para o ensino de Audiovisual na

Arte serão através de pesquisas bibliográficas, vídeos documentários, análise

de filmes e músicas, danças, desenhos, pinturas, cinema, recortes e teatro.

Esta proposta visa à educação dos sentidos, concebendo a arte como

conhecimento, trabalho e expressão, possibilitando o desenvolver dos aspectos

cognitivos, perceptivo, criativo e expressivo nas linguagens visuais, cênicas e

audiovisuais por meio da fruição, apreciação e principalmente, do fazer

artístico.

AVALIAÇÃO

Avaliar em Audiovisual na Arte significa conhecer os conteúdos para que

estudantes os assimilem a cada momento e reconheçam os limites e

flexibilidades necessárias para distintos níveis de aprendizagem em um mesmo

grupo de alunos, para isso deve-se fazer com que o aluno pratique somente o

que é adequado ao seu nível.

A avaliação será centrada no conhecimento. Levar-se-á em conta as

relações estabelecidas pelo aluno entre conhecimento em Arte e a sua

realidade evidenciada durante o processo nas suas produções individuais. A

avaliação será diagnóstica, formativa e somativa, sendo referencial e

permeadora de toda intervenção pedagógica.

Os instrumentos de avaliação individual e coletiva, a serem utilizadas

são: pesquisas, trabalhos artísticos, produções cinematográficas, provas

teóricas e práticas, auto-avaliação.

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Serão proporcionadas ao educando com necessidades educativas

especiais, avaliações adaptadas conforme sua necessidade, respeitando

sempre as adaptações curriculares.

Avaliar na disciplina de Audiovisual na Arte implica em reconhecer as

relações estabelecidas pelo aluno entre conhecimento em Arte e a sua

realidade evidenciada durante o processo nas suas produções.

A todos os alunos será ofertada a recuperação de conteúdos através de

metodologias diferentes no decorrer de cada trimestre, analisando as

produções e os avanços realizados, de acordo com as necessidades de cada

aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Leis e Decretos. Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Brasília, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.

Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Editora Objectiva, Rio de Janeiro, 2001, p. 343.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Arte. 2008.

REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS:

Cineleitura: http://www.cinema.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1105 . Acesso em 20/02/13

21

http://www.cinema.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1071. Acesso em 23/02/13 http://www.cinema.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1106 . Acesso em 23/02/13 http://educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/genre.php?genreid=163 Cinema Paranaense . Acesso em 23/02/13 http://www.cinema.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1058 . Acesso em 23/02/13 http://www.curtanaescola.com.br/. Acesso em 23/02/13 http://www.portacurtas.com.br/index.asp. Acesso em 23/02/13

22

2. ARQUEOLOGIA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Nos últimos anos a sociedade contemporânea vem sofrendo grandes

transformações sociais que têm provocado intensas reflexões a respeito da

diversidade sócio-cultural existente entre os povos. É nesse contexto, que as

Ciências Humanas passam a levantar inúmeras discussões a respeito do seu

papel na sociedade. Questões como a preocupação em gerar conhecimento

entre os diferentes grupos sociais, cada um em suas especificidades passam a

ser debatidas entre esses estudiosos.

Ao longo do século XX a historiografia transformou-se significativamente,

em compasso com as transformações do próprio meio social e do campo de

profissionalização das Ciências Humanas. No século XIX, com o surgimento da

História como disciplina, seus idealizadores tentaram aproximar a metodologia

histórica ao das ciências naturais a fim de conferir à História o status e a

credibilidade científica. Tal rigor metodológico visava "senão descobrir a

verdade completa ao menos determinar exatamente sobre cada ponto, o certo,

o verossímil, o duvidoso e o falso" (FUNARI e SILVA, 2008, p. 39).

Não muito diferente disso, o conceito de Cultura Material, nasce na

segunda metade do século XIX, associado aos estudos da Pré-História e

sempre ligado ao uso de artefatos nas investigações de aspectos culturais de

dada sociedade. Os artefatos, tomados como documentos palpáveis, eram

carregados de objetividade, utilizados para os estudos dos diferentes modos de

vida da sociedade e, "por serem objetivos, os artefatos forneceriam dados

corretos e inquestionáveis sobre as culturas analisadas". (FUNARI, 2001, p.

57). Nesse contexto, surge a Arqueologia, palavra de origem grega onde

Archaios significa passado/antigo e Logos significa ciência/estudo. Somando-

se essas duas palavras, podemos definir a Arqueologia como ciência que

estuda o passado, que estuda a cultura material de sociedades que têm

escritas ou não. É um ramo da ciência que possibilita ao pesquisador estudar,

conhecer e reconstituir o modo de vidas das sociedades coloniais e pré-

23

coloniais, utilizando-se para isso objetos como cerâmicas, ossos, restos de

alimentos, utensílios domésticos, pinturas rupestres entre outros.

Surgida no século XIX, na Europa, a Arqueologia esteve preocupada

com os vestígios materiais das sociedades que estavam nos fundamentos dos

modernos estados nacionais, em particular, a Grécia Antiga e o mundo romano,

seguidos pelas civilizações médio-orientais (Egito, Mesopotâmia). A

arqueologia, na Europa, era e contínua sendo de caráter histórico, ligado à

História, como estudo das raízes dos próprios europeus.

Por muito tempo a Arqueologia foi vista como uma disciplina auxiliar da

História e da Antropologia. Até 1960 o pensamento dominante considerava que

"a Arqueologia tinha como propósito a simples coleção, descrição e

classificação de objetos antigos" (FUNARI, 2003, p. 15). A partir de 1960, surge

nos Estados Unidos um movimento que apresenta uma Nova Arqueologia, que

entendem a Arqueologia como o "estudo da cultura material que busca

compreender as relações sociais e as transformações na sociedade" (FUNARI,

2003, p. 15).

No Brasil, a arqueologia histórica foi importada dos Estados Unidos,

ainda durante a ditadura militar, e seguiu os caminhos trilhados na origem, com

sua preocupação com os vestígios dos grandes monumentos dos

colonizadores, como, em nosso caso, as fortificações.

A arqueologia histórica brasileira tem crescido muito, em especial

naquilo que pode oferecer de mais original, no estudo tanto das

particularidades da cultura material brasileira, como ao agenciar pontos de vista

também próprios. Ao estarmos na encruzilhada de influências, podemos,

muitas vezes, propor interpretações originais e inovadoras.

Hoje compreendemos que o papel do arqueólogo vai muito além do ato

de escavar objetos, está em perceber que os artefatos atuam como

"indicadores de relações sociais" e também como "mediadores das atividades

humanas" (FUNARI, 2003, p. 15). Desse modo, o arqueólogo passa a fazer

uma leitura das relações sociais na medida em que procura compreender a

partir da cultura material, como essas relações eram estabelecidas (HODDER,

1988).

24

Diante do exposto, a Arqueologia pode ser considerada como a

disciplina que tem como objeto de estudo os artefatos produzidos e utilizados

pelo homem no passado, como foi proposto por Dunnell (2005). Esses

artefatos são considerados como fonte de informação do comportamento de

grupos que os utilizaram, através da recuperação desses dados, descreve e

entende os comportamentos humanos no passado, já que cada atributo

observado nos artefatos equivale a uma expressão fóssil de uma ação ou

conjunto de ações, que acaba por expor uma determinada forma de

comportamento, o que leva a considerar um sistema cultural, onde há a

transferência da informação de condutas, crenças, valores e modos de fazer.

Desse modo, precisam ser preservados e reconhecidos como fontes histórica,

etnográfica (em relação à etnia), cultural, artística ou paisagística para a

sociedade ou para parte dela, sendo tombados pela União, pelos Estados ou

Distrito Federal tornando-se Patrimônio Histórico.

São inúmeras as possibilidades de interpretar a vida humana a partir da

cultura material, tanto a História como a Arqueologia, devem atuar em parceria

no processo de investigação dos "rastros" deixados pelo homem no passado.

O debate em torno dessas transformações epistemológicas é pertinente, assim

como a participação da comunidade na construção do conhecimento.

Diante do exposto, fez-se importante a escolha da disciplina Arqueologia

e Patrimônio Histórico, a qual expressa à necessidade e o anseio do resgate da

história e cultura local e pretende-se desenvolver referenciais historiográficos

com o objetivo de compreender e discutir como as fontes e os lugares de

memória ligados à Arqueologia e ao Patrimônio Histórico possibilitam a

construção de narrativas históricas pelos educando do Ensino Fundamental.

Objetiva-se, também, investigar como a disciplina mobiliza as ideias históricas

desses sujeitos considerando as relações culturais, as relações de trabalho e

poder.

Deseja-se no final do trabalho desta disciplina que os alunos:

Desenvolvam análises nas relações de temporalidade, mudanças,

permanências, simultaneidades e recorrências das civilizações;

Localizam-se no tempo histórico, bem como interpretem e formulem ideias

a cerca dos fatos e de sua identidade histórica.

25

Compreendam os processos históricos da disciplina diversificada

Arqueologia e Patrimônio Histórico partindo da história local/Município,

história do Paraná articulados com a história do Brasil;

Obtenham conhecimento cartográfico, localização e formação do Estado do

Paraná e do Município de Capanema;

Desenvolvam análises e compreendam o processo de colonização e

povoamento do Paraná e de Capanema;

Desenvolvam reflexões sobre os processos históricos como: Missões

Jesuíticas, ciclo da Mineração, do Tropeirismo, da Erva Mate, da Madeira,

do Café, Questão de Palmas, Revolta de 57, Revolução Federalista,

Guerra do Paraguai, Guerra do Contestado e a história do Caminho do

Colono no processo de organização político/administrativa do Estado do

Paraná bem como do Município de Capanema;

Conheçam a realidade atual identificando os principais problemas e

apresentem propostas de solução, considerando seus próprios limites e

possibilidades.

Valorizem o patrimônio sociocultural e respeitem as diferenças entre as

pessoas, os grupos e os povos, considerando-os um elemento importante

da vida democrática.

Desenvolvam a competência leitora, aprendendo a observar, interpretar e

emitir opiniões sobre diferentes tipos de textos, contínuos ou descontínuos.

Construam os seus posicionamentos políticos, estéticos, cognitivos e éticos

perante os desafios que enfrentam em sua vida prática.

CONTEÚDOS

Para que haja coerência entre a concepção teórica, o tratamento e a

organização dos conteúdos neste documento foram apresentados os

conteúdos estruturantes conforme DCE 2008, entendidos como Relações de

Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais.

Além desses apontamentos, é necessário relembrar os aspectos que

justificam a apresentação de conteúdos, bem como a organização destes para

26

a disciplina de História no Ensino Fundamental. Para isso é necessário:

Estabelecer referenciais comuns que orientem o currículo de História em

toda a rede pública estadual, superando o esvaziamento dos conteúdos

nos currículos de história, como é o caso da História do Paraná.

Manter a cronologia como referencial para o estudo do passado neste

nível de ensino.

Atender as novas demandas para o ensino de História, como a Lei

13.381/01 que torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da

rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do

Paraná, e, a Lei 10.639/03 que estabelece as diretrizes e base da

educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a

obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira, seguida

das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações

Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana (2004).

Viabilizar a necessidade de aproximação e compreensão da História dos

povos latino-americanos, como forma de compreensão da história do

Paraná e do município de Capanema.

Sistematizar os conteúdos para atender a grade complementar à

implantação da Educação em Tempo Integral, de acordo com o Decreto

nº 7.083 de 27/01/2010.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais

6º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

- A experiência humana no tempo

- História do Município de Capanema:

A constituição histórica do município.

27

Relações entre e Campo e a Cidade.

Diversidade cultural.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º TRIMESTRE

ARQUEOLOGIA E PATRIMÔNIO PÚBLICO

Os significados históricos das relações de trabalho, poder e cultura

analisados através da arqueologia e do patrimônio histórico

O patrimônio como cultura histórica

Arqueologia

Vestígios arqueológicos como evidências para interpretar a vida das

comunidades humanas no Paraná: uma leitura sobre costumes e o

cotidiano a partir de artefatos arqueológicos

MUNICÍPIO:

Localização do município situando-o no tempo

População do município, origem e evolução

Cartografia

Prefeitos

Revolta de 57

Questão de Palmas e a conquista da Fronteira com a Argentina

2º TRIMESTRE

Emancipação política do município

Locais de memória (museu, praças, monumentos, rio)

Cultura (astecas, incas, maias), índios brasileiros

Caminho do Colono

Construção do Espaço da Memória na escola (museu)

Artefatos arqueológicos, vestígios arqueológicos como fatores de

análise e interpretação das comunidades paranaenses – costumes

28

3º TRIMESTRE

Agricultura e pecuária

Fontes históricas: oral, escrita, objetos antigos

Grupos étnicos

Extrativismo

Cultura Afro-Brasileira e Africana

Ética e cidadania

7º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

- As culturas locais e a cultura comum

- As relações de propriedade

- Conflitos, resistência e produção cultural campo e cidade

- Histórias das relações da humanidade com o mundo do trabalho

- História do Paraná:

A constituição histórica do Paraná

Relações entre o meio urbano e o meio rural.

Diversidade cultural

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º TRIMESTRE

Sítios arqueológicos indígenas do Paraná e Brasil: sambaquis, sítios

ceramistas e pinturas rupestres

Primeiros povoadores - indígenas

A cultura dos sambaquis, Humaitá, Itararé-Taquara

A representação do engenho no contexto da economia colonial e o

surgimento das vilas em seu entorno

Formação das missões jesuíticas com base nos sítios

arqueológicos: apropriação de território indígena e catequização

Entradas e Bandeiras no Paraná

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2º TRIMESTRE

Arqueologia medieval

Cartografia

Primeiras atividades econômicas desenvolvidas

Colonização Espanhola - Encomendas e Reduções

Colonização Portuguesa - Ocupação do litoral e Primeiro Planalto

As primeiras cidades - Paranaguá, Antonina, Morretes e Curitiba

3º TRIMESTRE

Ciclo da Mineração

Ciclo do Tropeirismo

Ciclo da Erva Mate

Ciclo da Madeira

Ciclo do Café

Escarvizados

Formação das missões

História dos Sete Povos das Missões no Rio Grande Do Sul

Construção do espaço territorial

Criação da Província do Paraná

O Paraná na campanha republicana

Revolução Farroupilha

República de Piratini e República de Juliana

8º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

- História das relações da humanidade com o mundo do trabalho

- O mundo do trabalho e as contradições da modernidade

- Os trabalhadores e as conquistas de direitos civis e sociais

- As relações História do Paraná:

- A constituição histórica do Paraná

- Relações entre o meio urbano e o meio rural.

- Diversidade cultural.

30

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º TRIMESTRE

Arqueologia e patrimônio ligados à sociedade escravista na Paraná

e no Brasil

Lugares de memórias ligados à imigração no Paraná

Memória dos movimentos sociais no Paraná

O trabalho nas diferentes regiões

Quilombos e quilombolas

Sítios arqueológicos

2º TRIMESTRE

Memória dos movimentos sociais no Paraná

A Revolução Federalista

Guerra do Paraguai

Guerra do Contestado

Cultura Afro-Brasileira e Africana

Ética e cidadania

3º TRIMESTRE

Capital

Economia atual

Movimentos populacionais

População rural

História da Agricultura e a evolução econômica no Paraná.

Questão da terra - lutas sociais

31

9º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

- Sujeitos, guerras e revoluções

- História do Paraná:

- A constituição histórica do Paraná

- Relações entre o meio urbano e o meio rural.

- Diversidade cultural.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º TRIMESTRE

Os túneis em Curitiba e sua relação com a Segunda Guerra Mundial

Estrada da Graciosa

Estrada de ferro na Serra do Mar

Caminho do Peabiru

Caminho da Mata

Arqueologia

Grupos étnicos

Cultura

2º TRIMESTRE

Ciclos da Economia Paranaense e economia atual

População urbana

Produção urbana

Produção rural

Êxodo rural

O Paraná hoje

Governo

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3º TRIMESTRE

Historicidade dos Rios / Toponímia

Símbolos

Diversidade

Cultura Afro-Brasileira e Africana

Cultura Afro-Brasileira e a Lei 10.639/2003

Construção de Museu

METODOLOGIA

A Educação Integral deve ocupar-se do desenvolvimento do indivíduo ao

longo da vida, preparando-o para o exercício da cidadania e da democracia.

Desta forma, o trabalho pedagógico que vincula atividades educativas diversas,

contribui para a formação mais completa e integrada, não fragmentada. A

disciplina Arqueologia e Patrimônio Público tem como finalidade aprimorar,

ampliar, fortalecer e enriquecer os saberes, contemplados na Proposta

Pedagógica Curricular da disciplina de História partindo da história local, do

Paraná e do Brasil considerando a ação dos sujeitos em contextos relativos às

histórias local, da América Latina com o resto do mundo.

Buscar-se-á, com os conteúdos básicos desenvolver as análises das

relações de temporalidade (mudanças, permanências, simultaneidades e

recorrências) e das periodizações e verificar o sentido que elas têm para os

jovens estudantes. O confronto entre interpretações historiográficas e fontes

históricas permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e

expressá-las por meio de narrativas.

As aulas para essa disciplina estão sendo articuladas com base no

desenvolvimento do pensamento histórico; a forma como o conhecimento

histórico é construído, priorizando a consulta às fontes históricas, levando os

educandos a fazerem inferências e suposições sobre as fontes, utilizando

33

primeiramente a imaginação histórica, momento em que o educando ―visita‖ as

relações entre o objeto e seus conhecimentos prévios, localizando-o em suas

relações, trazendo uma infinidade de conhecimentos. O ser humano é o

principal componente da História, junto sempre da questão tempo. A constante

relação entre passado e presente deve ser considerada primordial.

Constituir a identidade social requer que o educando vivencie, entre em

contato, com noções de continuidade e permanência, por meio do estudo das

fontes históricas, tornando-o um observador atento às realidades que o

cercam.

Para que o educando compreenda a História como ―conhecimento útil‖

precisamos levá-lo a perceber que acontecimentos e organizações sociais nos

dias de hoje, assim se apresentam por fatos ocorridos em momentos do

passado distante ou mesmo recente.

O saber histórico reelabora o saber histórico científico e empírico por

meio das articulações destes, com as representações sociais de educandos e

professores, adquiridas em outros âmbitos. O conhecimento deve favorecer

sua construção e a busca de novas formas de aplicá-lo. Organiza-se os

assuntos, de forma ampla e abrangente, a problematização e o encadeamento

lógico dos conteúdos e a historicidade na análise dos temas.

Essa mudança supõe uma visão de história que não exige o

conhecimento de toda a história da humanidade em todos os tempos, mas a

capacidade de reflexão sobre qualquer momento da história.

A História trabalha com a temporalidade ou a relação do ser humano

com o tempo, os sujeitos e os fatos históricos, é necessário levar os alunos a

ordenar seu tempo e perceber seu próprio ritmo, bem como a simultaneidade

em acontecimentos nas sociedades estudadas.

Pretende-se tratar as relações do educando e das pessoas de seu

convívio com os espaços em que transitam e com outras pessoas que os

frequentam. Abordar a sociedade em sua formação, independente de grupos

sociais, e levar o aluno a construir o conceito de sociedade a partir da

observação da diversidade, na procura de aspectos comuns que as organizam.

Exploraremos a história do município, do estado e do país, bem como

em suas relações, levando o educando a compreender que está inserido em

34

espaços maiores que são interdependentes, sendo os conteúdos definidos no

início do Curso Fundamental e aprofundados a cada novo ano/série.

Os seres humanos facilitaram sua vida, modificando as formas de

conviver, pensar, agir e de posicionamento em sociedade, mobilizando os

diversos grupos sociais ao longo do tempo.

AVALIAÇÃO

Considerando que aprender significa mudar, para avaliar um educando

―é necessário identificar o quanto ele mudou‖, observando as inferências,

comparações e o crescimento do conhecimento histórico, a transformação da

imaginação em um conhecimento concreto. Um grande desafio para o

processo de avaliação em História é ir além da memorização dos conteúdos,

ou seja, deseja-se que, ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos

tenham condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente

as relações de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico

em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria História. (PARANÁ, p.

83, 2008)

Na medida em que crescem e aumentam os saberes, os alunos são

inseridos em um novo grupo de conhecimentos, que o levarão à compreensão

de como as pessoas do passado pensavam e porque se comportavam de

forma tão diferente da nossa, compreendendo os aspectos sociais, econômicos

e políticos das diferentes sociedades.

A avaliação será feita a partir de trabalhos individuais e/ou em grupos,

onde o professor verá a participação de todas as formas, considerando

questionamentos feitos pelos discentes ao tema colocado, a elaboração do

relato e a apresentação das conclusões a seus colegas.

É importante que as atividades diversificadas contemplem o uso do

laboratório de informática, visita ao museu, exploração de campo, investigação,

entrevistas, para explorar vários aspectos cognitivos, inclusive o da elaboração

de questionamentos entre os grupos formados pelos educandos.

A prática da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento

35

escolar será diagnóstica, formativa e somativa. O registro de notas será

expresso em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero), e

deverá ser um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em

que se encontra o aluno.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor, quanto os alunos

poderão rever as práticas desenvolvida até então para identificar lacunas no

processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem à superação das dificuldades. Para aprovação o

aluno deverá ter média mínima de 6,0 (seis vírgula zero) e frequência mínima

de 75% (setenta e cinco por cento).

A recuperação paralela de conteúdos envolverá todos os alunos,

retomando os conteúdos com atividades, de forma diferenciada, reconstruindo

o conhecimento e entendendo que cada aluno tem uma forma de assimilação.

Durante o processo de recuperação de conteúdos, sempre que se fizer

necessário, novas estratégias serão colocadas em vigor, revisando as

atividades já trabalhadas, reforçando as explicações por meio de novos

estudos e atividades complementares, destacando a chamada avaliação

diagnóstica, formativa e somativa, conforme o Projeto Político Pedagógico e o

Regimento Escolar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BRASIL. Lei nº 10.690/03, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática ―História e Cultura Afro-brasileira‖.

BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de Historia e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília: MEC 2004.

CADERNOS TEMÁTICOS. Educação Fiscal do Paraná – Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental. SEED- PR. 2006

CADERNOS TEMÁTICOS. Educação para o campo – Diretrizes

36

curriculares do Ensino Fundamental. SEED-PR. 2006 .

CANTO, Antônio. O que é Arqueologia. Disponível em <http://www.brasilescola.com/geografia/o-que-e-arqueologia.htm> Acesso em 17 de Ago. de 2013.

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012.

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.

FUNARI, Pedro Paulo; SILVA, Glaydson José da. Teoria da História. São Paulo: Brasiliense, 2008.

FUNARI, Pedro P. Arqueologia. São Paulo: Contexto, 2003.

HODDER, Ian. Interpretación en Arqueología. Corrientes actuales. Crítica: Barcelona, 1988.

LEI 11.645/08. História e cultura Indígena.

NAVARRO, Alexandre Guida; SILVA, Déborah Gonsalves. Arqueologia: História e Arqueologia: alguns debates. Disponível em <http://www.historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=arqueologia&id=55> Acesso em 14 de Ago. de 2013.

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PARANÁ, Secretaria do Estado de Educação, Currículo Básico para escola publica do estado do Paraná. Curitiba: SEED. 1990.

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ROLLEMBERG, Graziella. História do Paraná. São Paulo: Ática, 2008.

ROSA, Sueli Pereira da Silva. Fundamentos teóricos e metodológicos da inclusão. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2003.

WACHOWICZ, Ruy. História do Paraná. 10 ed. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2002.

37

3. ARTE

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A sociedade contemporânea caracteriza-se por novas tecnologias

associadas a diferentes linguagens: visual, musical, cênica, cibernética, as

quais enfatizam a imagem, o som e o movimento, estabelecendo um diálogo,

por meio de um vocabulário gramatical, visual, musical, com símbolos próprios

que expressam uma intenção e uma representação de mundo. Se educar é

transformar o sujeito crítico, criativo a partir dessa leitura de mundo, como

estabelecer esse diálogo aluno X mundo, sem instrumentalizá-lo pela Arte?

Arte é conhecimento. Ela constitui uma necessidade do ser humano. Ela

é alfabetizada, revelando os símbolos presentes nas imagens, nos sons e nos

movimentos característicos desta era. Precisamos desmistificar a arte como um

fazer dissociado de um saber ou ainda um saber para poucos ―dotados‖. A arte

tem de ser entendida e percebida em sua globalidade. Deve trabalhar com a

essência do ser humano, em que o sensível, o perceptível e o reflexivo atuam e

interagem com as mesmas propriedades, por meio da Arte. A arte permite a

expressividade de sentimentos, ideias e informações, interferindo no processo

de aprendizagem de todas as disciplinas.

Um marco importante para a Arte brasileira e os movimentos

nacionalistas foi a Semana de Arte Moderna em 1922.

Nesse contexto, o ensino da Arte teve o enfoque na expressividade,

espontaneidade e criatividade, pensado inicialmente para as crianças, essa

concepção foi gradativamente incorporada para o ensino de outras faixas

etárias. Essa valorização da Arte encontrou espaço, na genialidade individual,

inspiração e sensibilidade, desfocando o conhecimento em arte e procurando

romper com a transposição mecanicista de padrões estéticos da escola

tradicional.

O ensino da Arte passou a pertencer à área de Comunicação e

Expressão, da mesma forma que a produção artística ficou sujeita aos atos a

que instituíram a censura militar. Enquanto o ensino de artes plásticas foi

direcionado para as artes manuais e técnicas a música passou a ser utilizada

38

para a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.

A partir de 1980, o país inicia um amplo processo de mobilização social

pela redemocratização e para a nova constituinte de 1988. Com o objetivo de

sustentar esse processo, os movimentos sociais e diversos grupos se

organizaram em todo o país e realizaram encontros, passeatas e eventos que

promoviam a discussão, a troca de experiência e a elaboração de estratégias

de mobilização.

Surgem nessa fase, movimentos para valorização da Educação partindo

das influências da Pedagogia Histórico-crítica; como proposta de oferecer aos

educandos acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social e

transformadora.

A LDB 9394/96 mantém a obrigatoriedade do Ensino de Arte nas escolas

de Educação Básica. Nesse período também houve mudanças nos cursos de

graduação em Educação Artística que passaram a ter licenciatura plena em

uma habilitação específica.

Os PCNs passaram a considerar a Música, as Artes Visuais, o Teatro e a

Dança como linguagens artísticas autônomas do Ensino Fundamental e, no

Ensino Médio a Arte passa a compor área de linguagens, códigos e suas

tecnologias.

As diferentes formas de pensar o ensino da Arte são consequência do

momento histórico no qual se desenvolvem, com suas relações sociais

culturais, econômicas e políticas. Da mesma forma o conceito de Arte implícita

ao ensino é também influenciado por essas relações, sendo problematizada

para a organização de uma proposta de diretrizes curriculares.

Nas diversas teorias sobre a arte são estabelecidas algumas referências

sobre a sua função, o que resulta também em diferentes posições: como a Arte

pode servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica e

transformar-se em mercadoria ou meramente proporcionar prazer.

Na educação, o ensino da Arte amplia o repertório cultural do aluno a

partir dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aproximando-o

do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.

O objetivo geral da disciplina de arte é ampliar o repertório cultural do

aluno a partir dos conhecimentos estéticos e contextualizados, aproximando-o

39

do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações.

Para tanto, é necessário no processo de ensino e de aprendizagem, o

desenvolvimento de uma práxis no Ensino de Arte, entendida nesta proposta

como articulação entre aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa

disciplina. Nesta proposta, pretende-se que os alunos possam criar formas

singulares de pensamento, apreender e expandir suas potencialidades

criativas.

Os conhecimentos sistematizados de artes foram organizados de forma

que contemplem as quatro áreas da disciplina, as quais foram denominadas de

maior amplitude que embasam e fundamentam os conteúdos estruturantes:

● Elementos formais;

● Composição;

● Movimentos e períodos.

Educar através da arte proporciona o desenvolvimento do pensamento

artístico no desenvolvimento das sensibilidades, proporção e imaginação tanto

ao realizar formas artísticas, quanto ao apreciar e conhecer os trabalhos de

seus colegas, observando as diferenças de culturas.

O aluno que conhece Arte estabelece relações mais amplas, que

exercita a imaginação para um texto, uma interpretação, uma leitura com maior

facilidade de argumentação. O importante no ensino de Arte é o processo

criador do aluno e não o produto que realiza e que este deve aprender a fazer

fazendo. Porém, deve–se interferir para ajudar na relação do processo.

O ensino da Arte foi aos poucos se voltando para o desenvolvimento

natural do aluno, respeitando suas necessidades e apreciações, valorizando

suas formas de expressão e de compreensão do mundo. O que era enfatizado

na repetição de modelos e no professor, agora é deslocado para o processo de

desenvolvimento do aluno e suas criações.

As aulas tornam-se mais expansivas, buscando a espontaneidade e

valorizando o crescimento ativo e progressivo do aluno. As invenções, a

autonomia e as descobertas são a base para o ensino de arte.

Torna-se especificidade que compete a disciplina de arte:

Conhecer as grandes diversidades da linguagem artísticas, abrangendo

em seu vasto caminho, uma leitura clara, as artes visuais e cênicas, a

40

expressão plástica, a música e a dança, sendo capaz de apreciar e preservar

este universo estético;

Vivenciar as diferenças formas da manifestação artística, ultrapassando

os limites pessoais, nas várias linguagens para compreender a evolução dos

seres humanos nas diferentes culturas, fazendo com que ele aprenda a ler e

sentir a arte, a compreendê-la no seu sentido histórico, refletindo com espírito

crítico;

Ampliar o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos

estéticos, artístico e contextualizado, aproximando-o do universo cultural da

humanidade nas suas diversas apresentações;

Enfatizar a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem

no Ensino Fundamental;

Aprofundar os conteúdos, com ênfase maior na associação da Arte

como forma de conhecimento, ideologia e trabalho criador no Ensino Médio.

CONTEÚDOS

ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS

6º ANO

ARTES VISUAIS:

-Elementos formais: ponto, linha, textura, cor, superfície, volume, luz e

forma.

-Composição técnica de desenho de observação, natureza morta,

paisagem e perspectiva, pintura escultura, arquitetura.

Composição bidimensional e tridimensional.

Figurativa.

Geométrica, simetria...

Gêneros: cenas da mitologia...

-Movimentos e períodos: arte na pré-história, arte africana e arte

indígena, arte Greco romana.

41

MÚSICA:

-Elementos formais e sonoros: altura, intensidade, duração, timbre e

densidade.

-Composição: ritmo e melodia.

Escalas diatônicas e pentatônica, cromática, improvisação.

-Movimentos e períodos: Greco Romana, Ocidental, Oriental, africana.

TEATRO:

Elementos formais: Personagem: expressões vocais, corporais, gestuais

e faciais, ação e espaço.

Composição de texto, público, roteiro, espaço cênico, adereços.

Técnica: jogos teatrais, improvisação, manipulação máscaras.

Gênero: tragédia, comédia e circo.

Movimentos e períodos: Teatro medieval, Greco-romana, Teatro oriental,

Renascimento.

DANÇA:

Elementos formais: movimentos corporais tempo e espaço.

Composição: eixo, ponto de apoio. Movimentos articulares, Formação,

Deslocamento. Técnica: Improvisação. Gênero circular.

Movimentos e períodos da dança clássica.

7º ANO

ARTES VISUAIS:

Elementos formais: linhas, formas, textura, superfície, volume, cor, luz.

Composições: semelhanças, contrastes, ritmos visuais, estilização,

deformação, Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista.

Movimentos e períodos: arte no sec. XX, Arte contemporânea, Indústria

cultural.

42

MÚSICA:

Elementos formais: altura, timbre, duração, intensidade, densidade.

Composição: ritmo, melodia, escalas, gêneros: folclórico, indígena,

popular e étnico.

Técnica: vocal, instrumental e mista, improvisação.

Movimentos e períodos: Indústria Cultural, Eletrônica, Minimalista, Rap,

Rock, Tecno.

TEATRO:

Elementos formais: ação e espaço, personagens: expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais.

Composição: Representação. Leitura dramática, cenografia. Técnicas:

jogos teatrais, mímicas, improvisação, formas animadas...

Gêneros: Rua e arena, caracterização.

Movimentos e períodos: Comédia dell’arte, Teatro popular, Brasileiro,

Paranaense, Africano.

DANÇA:

Elementos formais: movimento corporal: tempo e espaço.

Composição: formação, deslocamento, ponto de apoio, salto e queda,

rotação, coreografia, peso, fluxo, níveis, direção.

Gêneros: dança folclórica, popular e étnica.

Movimentos e períodos: dança popular, Brasileira, Paranaense, Africana,

Indígena.

8º ANO

ARTES VISUAIS:

Elementos formais: linha, forma, textura, superfície, volume, cor e luz.

Composição: semelhanças, contrastes, ritmos visuais, estilização,

deformação. Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...

Movimentos e períodos: Indústria Cultural, Arte no séc. XX, Arte

Contemporânea.

43

MÚSICA:

Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade, densidade.

Composição: ritmo, melodia, harmonia, tonal, modal. Técnicas: vocal,

instrumental e mista.

Movimentos e períodos: Indústria Cultural, Eletrônica, Minimalista, Rap,

Rock, Tecno.

TEATRO:

Elementos formais: personagens: expressões corporais, vocais, gestuais

e faciais. Ação e espaço.

Composição: Técnicas: Representação no cinema e mídias. Texto

dramático, maquiagem, sonoplastia, roteiro. Técnicas: jogos teatrais,

sombras, adaptação cênica...

Movimentos e períodos: Indústria Cultural, Realismo, Expressionismo,

Cinema Novo.

DANÇA:

Elementos formais: movimento corporal, tempo, espaço.

Composição: Giro, rolamento, saltos. Aceleração e desaceleração.

Direções, improvisação, coreografia, sonoplastia. Gênero: indústria,

cultural e espetáculo.

Movimentos e períodos: Hip Hop, Musicais, Expressionismo, Indústria

cultural, Dança Moderna.

9º ANO

ARTES VISUAIS:

Elementos formais: linha, forma, textura, superfície, volume, cor e luz.

Composição: Bidimensional, tridimensional, figura e fundo, ritmo visual,

técnica: pintura, grafite, performance, Gêneros: paisagem.

Movimentos e períodos: Realismo, Vanguardas, Muralismo e arte Latino

americana, Hip Hop.

44

MÚSICA:

Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade, densidade.

Composição: ritmo, melodia, harmonia. Técnicas: vocal, instrumental e

mista. Gênero: popular, folclórico e étnico.

Movimentos e períodos: música Engajada, MPB, Música

Contemporânea.

TEATRO:

Elementos formais: personagens: expressões corporais, vocais, gestuais

e faciais. Ação e espaço.

Composição: Técnicas: Monólogos, jogos teatrais, direção, ensaio,

teatro... Dramaturgia, cenografia, sonoplastia, iluminação, figurino.

Movimentos e períodos: teatro pobre, teatro engajado, teatro do

absurdo, vanguardas, teatro do oprimido.

DANÇA:

Elementos formais: movimento corporal, tempo, espaço.

Composição: Kinesfera, ponto de apoio, peso, fluxo, quedas, saltos,

giros, rolamento, extensão. Coreografia, deslocamento. Gênero:

Performance e moderna.

Movimentos e períodos: vanguardas, dança moderna e dança

contemporânea.

ENSINO MÉDIO

1ª e 2ª SÉRIE

ARTES VISUAIS:

Elementos Formais: Ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor,

luz.

Composição: Bidimensional, tridimensional, figurativo, abstrato,

perspectiva, semelhanças, contrastes, ritmo visual, técnicas (pintura,

desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e

45

escultura), gêneros (paisagem, natureza morta, designer, história em

quadrinhos).

Movimentos e Períodos: Arte Ocidental, Arte Oriental, Arte Africana, Arte

Brasileira, Arte Paranaense, Arte Popular, Arte de Vanguarda, Indústria

Cultural, Arte Engajada, Arte Contemporânea, arte Digital, Arte Latino-

Americana.

TEATRO:

Elementos Formais: Personagem, expressões corporais, vocais,

gestuais e faciais, ação, espaço.

Composição: Técnicas (jogos teatrais, teatro direto, indireto, mímica,

ensaio, roteiro, encenação, leitura dramática), gêneros (tragédia,

comédia, drama e épico, dramaturgia, mímicas), caracterização,

cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação, direção, produção.

Movimentos e Períodos: Teatro Greco-Romano, Teatro Medieval, Teatro

Brasileiro, Teatro Paranaense, Teatro Popular, Indústria Cultural, Teatro

Engajado, Teatro Oprimido, Teatro Pobre, Teatro de Vanguarda, Teatro

Renascentista, Teatro Latino Americano, Teatro Realista, Teatro

Simbolista.

DANÇA:

Elementos Formais: Movimento corporal, tempo espaço.

Composição: Eixo, dinâmica, aceleração, ponto de apoio, salto e queda,

rotação, níveis, formação, deslocamento, improvisação, coreografia,

gêneros (espetáculo, industrial, cultural, étnico, folclórica, circular,

populares, salão, moderna, contemporânea).

Movimentos e Períodos: Pré história, greco-roma, medieval,

renascimento, dança clássica, popular, brasileira, paranaense, africana,

indígena, hip hop, expressionismo, indústria cultural, dança moderna,

vanguardas, danças contemporâneas.

MÚSICA:

Elementos Formais: Altura, Duração, timbre, intensidade, densidade.

46

Composição: Ritmo, Melodia, Harmonia, modal, tonal e fusão de ambos,

gêneros (erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop), técnicas

(vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista, improvisação).

Movimentos e Períodos: Música popular brasileira, paranaense, popular,

indústria cultural, engajada, vanguarda, ocidental, oriental, africana,

latino-americano.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Na perspectiva educacional, dentro dos parâmetros que regem a

educação, a metodologia para a didática de ensino é essencial para uma

compreensão dos conteúdos abordados dentro da disciplina. Contemplando de

forma clara os conteúdos estruturantes, alcançando uma metodologia que

envolve em todos os momentos em sua prática pedagógica o conhecimento, as

práticas e a fruição artística.

Conforme a DCE, é necessário pensar enquanto prepara-se uma aula,

em várias questões que envolvem para quem serão ministradas, como, por que

e o que será trabalhado, motivando o aluno a buscar a escola como espaço

para apropriação do conhecimento.

Para atender de forma específica toda a demanda que corresponde à

disciplina, deve-se pensar em três momentos da organização pedagógica: o

teorizar, ou seja, fundamentar e possibilitar ao aluno que perceba e aproprie-

se da obra artística, bem como desenvolva um trabalho artístico para formar

conceitos artísticos; o sentir e perceber, que são as formas de apreciação,

fruição, leitura e acesso a obra de arte; o trabalho artístico, que permite a

prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte.

Uma escola emancipadora e democrática deve apresentar-se ao aluno

como um espaço no qual se reflete e se discute a realidade e a cultura.

Esses encaminhamentos metodológicos para o ensino de Arte serão

através de aulas expositivas e dialogadas, pesquisas bibliográficas e coletivas,

análise de filmes e músicas, danças, desenhos, pinturas, recortes e teatro.

47

Proporcionará reflexão sobre o homem e a natureza, as relações

políticas e sociais e a época que a mesma está inserida.

Através da dança, realizaremos textos literários, após estudos da história

dos clássicos, dos dramas e da vida cotidiana.

Na linguagem de música, o professor conduzirá os alunos a ouvir

criticamente e interpretar as comunicações da nossa realidade.

AVALIAÇÃO

A avaliação será centrada no conhecimento. Levar-se-á em conta as

relações estabelecidas pelo aluno entre conhecimento em Arte e a sua

realidade evidenciada durante o processo nas suas produções.

A avaliação na disciplina de Arte é diagnóstica, formativa e somativa,

sendo referencial e permeadora de toda intervenção pedagógica.

A avaliação deverá incluir formas de avaliação da aprendizagem, do

ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a autoavaliação dos alunos.

A avaliação será centrada no conhecimento e levará em conta as

relações estabelecidas pelo aluno entre conhecimento em Arte e a sua

realidade evidenciada durante o processo nas suas produções. Os

instrumentos de avaliação individual e coletiva, a serem utilizadas são:

pesquisas, trabalhos artísticos, provas teóricas e práticas, auto-avaliação.

O educando portador de necessidades educativas especiais será

avaliado pelos conteúdos que será capaz de desenvolver e não por seus

limites.

Quando os alunos não atingirem os objetivos propostos será ofertada a

recuperação paralela de conteúdos através de outras metodologias, e se

necessário, novas avaliações serão ofertadas prevalecendo o conceito da nota

maior.

De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é

―contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos

48

aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do

período sobre os de eventuais provas finais‖. Na Deliberação 07/99 do

Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8o), a avaliação almeja ―o

desenvolvimento formativo e cultural do aluno‖ e deve ―levar em consideração

a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas

atividades realizadas‖. (DCE, p. 81)

De fato, a avaliação requer parâmetros para o redimensionamento das

práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a

produção do aluno. Ou seja, a avaliação permite que se saia do lugar comum,

dos gostos pessoais, de modo que se desvincula de uma prática pedagógica

pragmatista, caracterizada pela produção de resultados ou a valorização

somente do espontaneísmo. Ao centrar-se no conhecimento, a avaliação gera

critérios que transcendem os limites do gosto e das afinidades pessoais,

direcionando de maneira sistematizada o trabalho pedagógico. Assim, a

avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição da

apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente

significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros

comparativos entre os alunos, discute dificuldades e progressos de cada um a

partir da própria produção, de modo que leva em conta a sistematização dos

conhecimentos para a compreensão mais efetiva da realidade. (DCE, p. 81)

O método de avaliação proposto inclui observação e registro do

processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na

apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o

aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os

colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno

também deve elaborar seus registros de forma sistematizada. As propostas

podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar,

refletir e discutir sua produção e a dos colegas. (DCE, p. 81)

É importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivência e

um capital cultural próprio, constituído em outros espaços sociais além da

escola, como a família, grupos, associações, religião e outros. Além disso, têm

um percurso escolar diferenciado de conhecimentos artísticos relativos à

Música, às Artes Visuais, ao Teatro e à Dança. (DCE, p. 81)

49

O professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os

alunos já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um

instrumento musical, dançar, desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as

tendências e habilidades dos alunos para uma ou mais áreas da arte também

devem ser detectadas e reconhecidas pelo professor. Esse diagnóstico é a

base para planejar futuras aulas, pois, ainda que estejam definidos os

conteúdos a serem trabalhados, a forma e a profundidade de sua abordagem

dependem do conhecimento que os alunos trazem consigo. (DCE, p. 82)

Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado

entre os colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o

professor propor abordagens diferenciadas.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são

necessários vários instrumentos de verificação tais como:

• trabalhos artísticos individuais e em grupo;

• pesquisas bibliográfica e de campo;

• debates em forma de seminários e simpósios;

• provas teóricas e práticas;

• registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e

outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico

necessário para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem

durante o ano letivo, visando às seguintes expectativas de aprendizagem:

• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a

arte e sua relação com a sociedade contemporânea;

• A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em

sua realidade singular e social;

• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte

nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e

consumo.

50

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Leis e Decretos. Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Brasília, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. Cadernos Temáticos (Educação Fiscal, Educação do Campo, História e Cultura Afro Brasileira.) LAPONTE, L. G. O Ensino da Arte na nova LBD: Resgate histórico e perspectivas. São Paulo: Perspectiva, 1996. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1992. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Arte. Versão preliminar Curitiba, 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Arte. 2008. PROENÇA, Graça. História da Arte, São Paulo, 2002.

51

4. ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A base da Ciência remonta da pré-história, onde os fenômenos naturais

despertavam a curiosidade humana, e, assim, durante todo o desenvolvimento

da humanidade, as pessoas buscaram explicar esses fenômenos a partir da

observação e tentaram encontrar melhores soluções para seus problemas,

como abrigo, alimento e segurança.

A Ciência é fruto do conhecimento e da criatividade humanas ao logo de

sua história, portanto não concebe-se o Ensino da Ciência de forma dissociada

do conteúdo histórico e social e também do ato de experimentá-la e vivenciá-la.

O conhecimento científico, quando trabalhado de forma significativa para

o aluno, ou seja, quando este consegue relacionar os conteúdos com seus

conhecimentos prévios e interage com sua realidade, pode colaborar no

processo de conhecimento pessoal, bem como no desenvolvimento da auto-

estima, no entendimento da saúde pessoal e coletiva, na compreensão da

sexualidade sem preconceitos, na valorização da diversidade biológica para a

preservação do planeta, no posicionamento diante de questões polêmicas e na

compreensão dos recursos tecnológicos. Dessa forma, ensinar ciências, pode

e deve contribuir na formação dos valores necessários à construção da

cidadania.

A disciplina Atividades Experimentais propõe uma complementação e

também uma diversificação do ensino regular de Ciências, disciplina da Base

Nacional Comum, considerando a necessidade de inseri-la em um cenário

heterogêneo, onde a tecnologia e o mundo digitalizado se sobrepõem ao

conhecimento científico, a observação e a experimentação.

Para tanto, a nova disciplina busca metodologias que visem inquietar os

alunos, desafiá-los a refletir, buscar soluções e tirar conclusões e, a partir

disso, chegar aos conhecimentos científicos. Trata-se de um olhar diferenciado

aos conteúdos inerentes à disciplina de Ciências, buscando fazer do aluno um

sujeito capaz de encontrar soluções para os diferentes momentos de sua vida,

52

emitir opiniões, construir instrumentos e relacionar o que aprendeu com a sua

realidade. ―O conhecimento científico e o conhecimento cotidiano são

históricos e sofrem interações mútuas‖ (PARANÁ, DCEs Ciências, 2008, p. 59).

A proposta para a disciplina consiste numa abordagem prática dos

conteúdos propostos em Ciências, em espaços alternativos, como o laboratório

e o pátio da escola, dando-lhes um novo significado, de modo que a

aprendizagem seja otimizada. Porém, não se trata de um ―reforço teórico‖, mas

sim de abordagens diferentes, complementares e com metodologias

diferenciadas que objetivem despertar o interesse dos alunos para o

conhecimento científico, pois, segundo a produção teórica no campo

educacional, a aprendizagem depende de um envolvimento ativo do aluno.

Além da abordagem prática, também dará maior ênfase aos assuntos

relacionados aos problemas e fatos da atualidade, como por exemplo, as

questões ambientais, a sexualidade, o uso de drogas, a diversidade de gêneros

e étnico raciais, ao uso das tecnologias e todas as implicações éticas nas quais

esses assuntos refletem na atividade humana.

Dessa forma, cabe à disciplina Atividades Experimentais o importante

papel de superar o simples repassar do conhecimento científico, superando

estratégias de ensino que não apresentem a valorização da prática sobre a

teoria, que não se preocupem com a busca de soluções para os problemas

cotidianos relacionados com a realidade dos alunos.

Enfim, a disciplina deve contribuir com o ensino regular de Ciências,

correlacioná-lo com a realidade, reestruturá-lo, tornando-o ainda mais

imprescindível à melhoria da qualidade vida da população humana.

―Pensar em cidadão apto e crítico para o século XXI, nesta sociedade globalizada, requer repensar a escola, tanto no sentido físico, como no humano e suas relações. É preciso pensar no todo, respeitando suas diferenças, tendo-se em mente novas dimensões dos saberes, diante da diversidade cultural.‖ (CARVALHO, [ et al.], 2006.)

53

CONTEÚDOS

6º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS E

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

ASTRONOMIA

UNIVERSO

Universo e Sistema Solar – modelo

heliocêntrico do sistema solar –

MOVIMENTOS TERRESTRES

Movimento de rotação e translação da

Terra – construção de modelos.

Modelo e funcionamento do Relógio do

Sol.

ENERGIA

FORMAS DE ENERGIA

Espectro magnético e o arco-íris –

modelo

TRANSMISSÃO DE ENERGIA

Absorção e manutenção de calor – efeito

estufa – construção de uma mini-estufa.

BIODIVERSIDADE

ECOSSISTEMA

Diversidade de ambientes no planeta –

recorte e colagem de diferentes habitats

urbanos e naturais.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO

Ciclo de Vida:

. germinação e crescimento – feijão.

. observação de diferentes tipos de

sementes.

. tipos de reprodução – esquema do ciclo

de vida da galinha e do sapo – desenho,

colagem e observação.

. semelhanças entre familiares –

introdução a hereditariedade – comparação de

fotos dos avós, pais e filhos.

54

. desenvolvimento da drosófila (mosca

da fruta) – experimento.

. desenvolvimento humano – introdução à

sexualidade – jogos e atividades lúdicas.

Cadeia e Teia Alimentar

. montagem de teias alimentares -

desenho ou colagem

. equilíbrio e desequilíbrio ambiental -

observação de noticias – reportagens.

. seres decompositores – experimento e

observação.

MATÉRIA

CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA

Lixo: reciclagem de diversos materiais –

coleta seletiva - reciclagem de papel.

Saneamento básico: tratamento da água

e esgoto – visita de campo.

Cobertura Vegetal e Erosão –

experimento.

Tipos de solos – observação e

experimento.

Fertilidade do Solo – mini-horta –

hidroponia.

Água:

. modelo e estados físicos da molécula –

construção de modelo e experimentos.

Noções de Densidade através de

experimentos quanto as propriedades de

diversos materiais – peso e massa.

Pressão no Líquidos – experimento.

Ar:

. composição do ar atmosférico

. pressão atmosférica - experimentos

55

. problemas de saúde relacionados às

grandes altitudes – pesquisa.

7º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS E

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

ASTRONOMIA

MOVIMENTOS TERRESTRES

MOVIMENTOS CELESTES

. influência da translação e da rotação no ciclo

de vida dos seres vivos – estações do ano – dias e

noites.

. eclipses – modelos.

ENERGIA

FORMAS DE ENERGIA

Luz – corpos opacos, transparentes e

translúcidos – experimento

Absorção e reflexão da Luz – energia térmica,

cromatografia.

TRANSMISSÃO DE ENERGIA

Fotossíntese – reação química e importância

para os seres vivos – experimento

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

CÉLULA

Organização celular – membrana, citoplasma e

núcleo – trabalho com modelos e aula de microscopia.

Parasitas do Corpo Humano – observação de

espécies conservadas e ao microscópio.

Ciclo de Vida dos parasitas – esquemas e

construção de tabelas

MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES

VIVOS

Micróbios:

56

. bactérias – observação ao microscópio, cultura

e análise de bulas de antibióticos, fermentação.

. fungos – cultura e observação de espécies in

vivo.

. protozoários – cultura e observação

Algas microscópicas – observação ao

microscópio óptico.

Plantas:

. Movimento da Água nos Vegetais – vasos

condutores e estômatos – experimento e observação

. ciclo reprodutivo das briófitas e pteridófitas –

esquema e observação.

. sementes – germinação e desenvolvimento de

diversos tipos de sementes e sua disseminação.

. flores – dissecação e análise dos órgãos

reprodutivos de diversos tipos de flores.

Reprodução Humana:

. crescimento e desenvolvimento

. características do sexo masculino e feminino -

esquema.

. ciclo menstrual e gravidez

. doenças sexualmente transmissíveis –

construção de gráficos – prevenção.

. métodos anticoncepcionais.

Saúde e Alimentação:

. valor nutricional dos alimentos.

. hábitos alimentares saudáveis.

. distúrbios alimentares.

. desnutrição – fome no mundo.

. conservação dos alimentos.

57

BIODIVERSIDADE

SISTEMÁTICA

Classificação biológica dos seres vivos –

exemplos práticos de classificação.

Classificação das plantas – observação de

espécies in vivo.

MATÉRIA

CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA

Átomos e Moléculas – construção de modelos

Energia – experimentos com fenômenos ligados

ao calor - transmissão e troca.

Mudanças de Estados Físicos da Água e outros

materiais.

Calor e corpo humano – manutenção e suor.

Estação metereológica – construção de

instrumentos e visita de campo a uma estação.

8º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS E

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

ASTRONOMIA

ORIGEM DO UNIVERSO

Teorias sobre a origem da vida e do Universo –

mitos – análise de textos.

Fósseis – visualização de fósseis – condições

de fossilização - modelo.

BIODIVERSIDADE

EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS

Teoria da Geração espontânea – experimento

de Redi.

Ecossistema Terrestre e Marinho

ECOSSISTEMA

Ambiente Urbano e Natural – pesquisa e

colagem

Tratamento de Água e Esgoto – visita de campo

58

ENERGIA

FORMAS DE NERGIA

Energia nos Ecossistemas – fotossíntese e

respiração celular – reações

Ciclo dos Materiais

Formas de Energia

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

CÉLULA

Célula – morfologia e fisiologia – trabalho com

modelos

Órgão, tecidos e sistema.

MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES

VIVOS

Digestão Humana: esquema do sistema

digestório humano e experimentos relacionados.

Respiração Humana: esquema do sistema

respiratório humano – modelos.

Fumo

Excreção Humana – esquema do sistema

urinário humano.

Sistema cardiovascular – esquema do coração e

vasos sanguíneos – pressão arterial

Sistema Imunológico Humano – tipos de células

brancas – defesas naturais – vacinas e antibióticos.

MATÉRIA

CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA

Átomo – modelos atômicos

Molécula – construção de modelos

Substâncias e misturas – experimentos

Funções Químicas - identificação de

substâncias ácidas, básicas, óxidos e sais.

Aditivos químicos – análise de rótulos – gráficos.

59

9º Ano

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS E

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

ASTRONOMIA

GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

Lei da Gravitação Universal

Força e Peso – experimentos

Leis de Newton e Kleper – construção de

materiais.

Órbitas dos planetas

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES

VIVOS

Sistema Muscular Humano – esquema dos

sistema muscular

Músculos e movimentos – construção de

modelos

Deformações da coluna vertebral

Postura e cuidados com a coluna vertebral

Núcleo e informações genéticas – construção de

materiais – célula – cromossomos – gene e DNA.

Sistema Nervoso e Hormonal – esquema do

sistema nervoso central e periférico – tipos de

glândulas.

Drogas – ação no sistema nervoso – tipos –

análise de textos e reportagens – trechos de filmes.

Sexualidade Humana – debates – filmes

Olho Humano – construção de modelo

Espectro Magnético - experimento

BIODIVERSIDADE

INTERAÇÕES ECOLÓGICAS

. relações ecológicas interespecíficas e

intraespecíficas

. ciclos biogeoquímicos

. a ação do homem nos ciclos biogeoquímicos –

desequilíbrio ambiental

60

ENERGIA

FORMAS DE ENERGIA

Luz – propagação, refração e reflexão – refração

e reflexão da luz - câmara escura, máquina fotográfica

e funcionamento do olho humano.

Energia mecânica – propagação do som –

construção de instrumentos.

CONSERVAÇÃO DE ENERGIA

Eletricidade – circuitos elétricos – construção de

instrumentos. Corrente elétrica – análise de voltagem e

potência de aparelhos elétricos.

MATÉRIA

PROPRIEDADES DA MATÉRIA

Átomo e Moléculas – construção de modelos –

ligações químicas – estrutura química no estado sólido,

líquido e gasoso.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Cabe à disciplina Atividades Experimentais possibilitar o conhecimento

científico em interação contínua com a disciplina de Ciências, porém

estimulando a ação do aluno no sentido de construir instrumentos e modelos

que visem a melhor compreensão dos conteúdos, a reflexão e análise de

experimentos, a leitura e a comparação de diferentes textos, as atividades

lúdicas e os jogos, a construção de materiais didáticos, pesquisas, as

exposições, enfim, atividades pelas quais possam construir o conhecimento.

Segundo Carvalho, 2004 apud Guimarães, 2009, ―pode-se dizer que a

aprendizagem de procedimentos e atitudes se torna, dentro do processo de

aprendizagem, tão importante quanto a aprendizagem de conceitos e/ou

conteúdos.‖

Nesse sentido a disciplina também deve atuar de forma comprometida e

crítica em relação aos temas atuais e de interesse dos alunos, como a saúde, a

61

sexualidade, a diversidade sexual e étnica racial e o meio ambiente em relação

ao trabalho, ao consumo e a importância de sua preservação.

Outra possibilidade de trabalhar com a disciplina é a exploração do

espaço local (estudo do meio), seja no pátio da escola, em praças e parques,

bem como em outros lugares que tornem a aprendizagem mais prazerosa e

significativa e, ainda, proporcionam a oportunidade de elencar assuntos e

ações ligadas à ética e a cidadania, na medida em que o aluno está mais

exposto à sociedade na qual está inserido.

A mídia impressa e digital também são possibilidades para a disciplina,

em ações que envolvam o aluno na análise de informações, notícias e imagens

e também no uso do computador para a construção e atuação em jogos,

pesquisas e outras atividades de cunho pedagógico.

À proposta da disciplina também cabem a análise de rótulos e

embalagens, propagandas, trechos de filmes e música, também com

exposições de matérias construídos, com mapas conceituais entre outras

atividades, que, visem sempre a participação/ação efetiva do aluno.

Diante das propostas da disciplina Atividades Experimentais destacamos

sua importância no desafiador processo de dar sentido ao conhecimento

científico, no comprometimento com as questões históricas, culturais e sociais,

no comportamento e nas atitudes diante dos avanços tecnológicos e no

compromisso com a ética e a cidadania.

AVALIAÇÃO

A proposta de avaliação para a disciplina Atividades Experimentais

requer do professor a atenção contínua no que diz respeito a participação do

aluno, tanto individualmente quanto no coletivo, pois a maioria das atividades

serão desenvolvidas em grupo. Cabe então ao professor fazer o papel de

mediador e esclarecer o que espera de cada aluno e do grupo, para então

proceder a avaliação.

Quando da solicitação de trabalhos em grupos, um ponto importante a

62

ser avaliado é o cooperativismo dos envolvidos, pois esta ação é essencial

para que o resultado esperado seja alcançado. Vale lembrar que durante a

realização de um trabalho em grupo o produto final é coletivo, mas todos têm

responsabilidades e atividades que são de caráter individual e contribuem no

resultado final.

Nas atividades experimentais, devem prevalecer os mesmos pontos

avaliativos do trabalho em grupo, porém ressaltando a responsabilidade com a

segurança individual e coletiva e com a disciplina em sala, ou em outro local

onde a atividade seja realizada e ainda com a execução da proposta que foi

previamente estabelecida pelo professor.

Em todas as atividades, mesmo naquelas em que o aluno constrói algum

instrumento ou modelo, ou quando realiza algum experimento, análise de texto

ou um trecho de filme, é imprescindível o registro do procedimento realizado e

das conclusões sobre a atividade. Pode-se solicitar um relatório com livre ou

com questões dirigidas, com o objetivo de se fazer uma análise da

aprendizagem e também destacar o compromisso do aluno com aquela

atividade realizada, ou seja, valorizar sua importância. ―Ao escrever, cada aluno

constrói e amplia idéias, reelabora seus conhecimentos, organiza e sistematiza

o que foi aprendido.‖ (GUIMARÃES, 2009 , p. 56)

Nos trabalhos de campo, como em visitas a parques, praças, entre

outros, é necessária a orientação clara do professor aos alunos daquilo que se

vai observar e também do registro dessa observação, para que no final, haja

uma conclusão e posteriormente a avaliação.

Podem ser formas de avaliação nos trabalhos de campo os registros das

observações, desenhos, classificações, questões dirigidas, produção de texto,

construção de tabelas e gráficos, entre outros.

E, por último, cabe lembrar que existem inúmeras formas de avaliar,

desde a tradicional, como provas e testes até algumas de caráter lúdico, todas,

se bem estruturas, contribuem para conhecer o processo de aprendizagem,

bem como seus pontos críticos, cuja aprendizagem deva ser retomada através

de novas metodologias, conteúdos e nota mensurada a ele.

Os alunos serão avaliados de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula

zero), sendo que para a aprovação o aluno deverá ter média mínima de 6,0

63

(seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento). A

todos os alunos será ofertada a recuperação de conteúdos e notas através de

atividades desenvolvidas no decorrer de cada trimestre, analisando as

produções, os avanços realizados, de acordo com as necessidades de cada

aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVARENGA, Jenner Procópio [et.al.]. Ciência Integradas 9º Ano. Curitiba: Ed. Positivo, 2008.

BARROS, C.; Paulino, W.P. Ciências: os seres vivos. São Paulo: Ática, 2002.

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2011.

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Ensino de Ciências – Unindo a Pesquisa e a Prática – São Paulo: Thomson, 2006.

GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências – Matéria e Energia – São Paulo: Ática , 2006.

GUIMARÃES, Luciana Ribeiro. Atividade para aulas de Ciências – l Ed- São Paulo: Nova Espiral, 2009.

JUNIOR, José Trivellato [et.al.]. Ciências, Natureza & Cotidiano: criatividade, pesquisa, conhecimento, 8ºe 9º Ano – Ed. Renovada . São Paulo: FTD, 2009.

KRASILCHIK, Myriam/Marandino. Ensino de Ciências e Cidadania – 2ed – São Paulo: Moderna, 2007.

PARANÁ/SEED – Diretrizes Curriculares para a Educação Básica - Ciências, Curitiba: SEED, 2008.

PROJETO ARIBÁ: Ciências/obra coletiva – Ed. Moderna – 1ed – São Paulo: Moderna, 2006.

SANTANA, Olga Aguilar. Ciências Naturais, 6º, 7, º8º E 9ºAno – 3.ed. – São Paulo: Saraiva, 2009.

64

5. BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia busca propiciar, a todos os alunos condições

para refletir sobre seus conhecimentos e seu papel no mundo em que vivem,

compreendendo a sua complexidade e atuando na sua transformação.

Na trajetória histórica desta Ciência, a Biologia sempre esteve sujeita à

interferências, determinações, tendências e transformações no processo de

construção de conceitos sobre o fenômeno VIDA, influenciado pelo o

pensamento historicamente construído a cada época.

A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser

compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento

humano, sofrendo influência das exigências social, política, econômica, cultural

e étnico-racial dos diferentes momentos históricos.

No processo de construção do conhecimento biológico, foram

identificados períodos de crise que levam o sistema a refletir e discutir sobre os

fundamentos teórico-metodológicos que garantam uma abordagem pedagógica

crítica para o ensino de Biologia.

Entende-se assim, que a Biologia contribui para a formação de sujeitos

críticos, reflexivos e atuantes por meio de conteúdos presente no currículo de

Biologia do Ensino Médio, que tem como base estrutural quatro modelos

interpretativos do fenômeno VIDA que, deram origem aos conteúdos

estruturantes assim definidos: 1- Organização dos Seres Vivos; 2 –

Mecanismos Biológicos; 3 – Biodiversidade; 4 – Manipulação Genética.

No ensino, o que se tem que discutir é o papel da rigorosidade metódica

para o avanço da Ciência e as implicações deste avanço, perspectivando as

consequências para a saúde do homem e para os impactos ambientais.

A Biologia deve se fazer imprescindível no processo de construção de

uma cultura científica não exclusiva, onde homem, ciência e tecnologia

caminhem juntos, numa sociedade mais justa e respeitosa com todas as

formas de vida. Deve-se, portanto, orientar os jovens para que consigam

analisar o mundo, resolver problemas e contribuir para a melhoria da qualidade

de vida das pessoas e de sua comunidade.

65

Como proposta metodológica para o ensino de Biologia propõe-se a

utilização do método da prática social que parte da Pedagogia Histórico-crítica

decorrente das relações dialéticas entre conteúdo de ensino e concepção de

mundo, confrontando os saberes do aluno com o saber elaborado.

―A escola, através do seu currículo, representa socialmente a dimensão científica do conhecimento, ou seja, os conceitos científicos. Eles expressam o conjunto de conhecimentos socialmente produzidos e historicamente acumulados, dotados de universalidade e objetividade que permitem sua transmissão e reapropriação; e foram também estruturados com métodos, teorias e linguagem próprias, que visam compreender e, possivelmente, orientar a natureza e as atividades humanas.‖ (GASPARIN, 2002)

ASPECTOS HISTÓRICOS

A curiosidade sobre os fenômenos biológicos remontam a pré-história,

quando o homem precisava observar e registrar esses fenômenos para garantir

sua sobrevivência.

De acordo com as Diretrizes Curriculares de Biologia – SEED PR, ao

longo da história da humanidade muitos pesquisadores, como Hipócrates de

Cós, Aristóteles e Platão se empenharam em explicar como a natureza

funcionava. Com o advento do Cristianismo a natureza passou a ser analisada

conforme a teologia Cristã. Em todos esses momentos da história verificou-se o

domínio do homem sobre a natureza.

No período renascentista começou a surgir o pensamento

antiaristotélico, onde Nicolau Copérnico, Giordano Bruno, Francis Bacon,

Galileu, Descartes e outros propagaram a ideia de que tudo poderia ser

compreendido pela matemática, pela elaboração de hipótese e pela

comprovação (método experimental).

A partir de então, a ciência moderna passou por significativos avanços e

o pensamento científico tomou novo rumo.

Durante o século XVIII e início do século XIX, o naturalista Lineu, Buffon,

Lamarck e Darwin, procuraram compreender melhor a natureza, classificando-a

e descrevendo-a. (PARANÁ, 2008, p.15)

Porém, o avanço marcante para a biologia ocorreu no início do século

66

XIV, com as descrições feitas por Mathias Schleiden e Theodor Schwann de

que todas as coisas vivas eram compostas por células. Em seguida, Gregor

Mendel apresentou conceitos sobre a transmissão dos caracteres hereditários.

Com o avanço da tecnologia a biologia e as demais ciências

desenvolveram-se rapidamente, destacando-se os estudos sobre o DNA e da

Genética.

Atualmente, em virtude do desenvolvimento tecnológico, as discussões

na área da bioética ganham destaque, uma vez que os limites da produção

humana são extrapolados, gerando conflitos de ideias e princípios morais e

éticos, abrindo espaço para novas discussões entre ciência, tecnologia e

sociedade.

Como disciplina escolar a biologia somente ganhou destaque na década

de l930, quando os fatores sociais e econômicos relacionaram-se à aplicação

dos conhecimentos biológicos.

OBJETIVOS GERAIS

O principal objetivo do estudo da Biologia é a compreensão do

fenômeno da vida em toda sua diversidade de manifestações e todas as

transformações que ocorram no tempo e no espaço. É o domínio do

conhecimento científico que garante o entendimento dos fenômenos

pertinentes ao nosso cotidiano e também os limites e possibilidades da ciência.

Também é de vital importância que o estudo da Biologia possibilite a

compreensão do mundo, suas teorias e transformações em cada momento

histórico e social.

A Biologia deve ajudar na compreensão da biotecnologia, dos avanços

científicos e suas implicações éticas e morais que podem, então, transformar

vidas. Seu estudo deve proporcionar o mínimo de conhecimento para que,

cidadãos, possam opinar e criticar a utilização dessas técnicas na sociedade.

Finalmente, a Biologia deve proporcionar condições de reflexão sobre o

papel do homem na natureza, sua atuação na realidade, sua ação responsável

consigo, com o outro e com o ambiente.

67

CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Organização dos Seres Vivos

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos

Sistemas Biológicos

Classificação dos Seres Vivos

Teorias evolutivas

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Introdução ao Estudo da Biologia - histórico

2. Características Gerais dos Seres Vivos - metabolismo

3. Origem da vida

4. Célula procariótica e eucariótica (animal e vegetal)

5. Histologia Animal – anatomia, morfologia e fisiologia dos diferentes tecidos

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Mecanismos Biológicos

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos

Sistemas Biológicos

Mecanismos de desenvolvimento embrionário

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Fotossíntese (cloroplastos)

2. Respiração Celular (mitocôndria)

3. Transporte de Substâncias na Célula (membranas)

4. Produção de proteínas e lipídios (ribossomo, complexo golgiense, retículo

68

endoplasmático)

5. Divisão Celular

6. Reprodução

Assexuada e sexuada

Humana (aparelho reprodutor feminino e masculino e hormônios)

Gametogênese

Fecundação

7. Embriologia Básica

8. Sexualidade

Ciclo menstrual e gravidez

Métodos anticoncepcionais e aborto

Controle de natalidade

Doenças sexualmente transmissíveis – DSTs

Drogas

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Biodiversidade

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a

interdependência com o ambiente

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Equilíbrio Biológico

produtores

consumidores

decompositores

teia e cadeia alimentar (matéria e energia)

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Manipulação Genética

CONTEÚDO BÁSICO:

69

Organismos geneticamente modificados

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Programa de Saúde

Saúde

Higiene

Imunidade ativa e passiva

2. Célula Tronco

3. Clonagem

4. Câncer

5. Biotecnologia

2ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Organização dos Seres Vivos

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Classificação dos seres vivos: critérios taxionômicos e filogenéticos

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Classificação dos Seres Vivos

Categorias taxionômicas e nomenclatura

Reinos (introdução)

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Mecanismos Biológicos

CONTEÚDO BÁSICO:

Sistemas Biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia

70

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Vírus

Características gerais

Viroses

2. Reino Monera

Características gerais

Bacterioses

3. Reino Protista

Características gerais

Protozooses

4. Reino Fungi

Características gerais

Doenças causadas por fungos

5. Reino Plantae

Características gerais

Algas vegetais

Briófitas

Pteridófitas

Gimnospermas

Angiospermas

Mecanismos biológicos:

o organologia ( raiz, caule, folha, flor fruto e semente)

Histologia vegetal

o tecidos meristemáticos

o tecidos permanente

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Biodiversidade

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a

interdependência com o ambiente

71

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Ciência e Saúde

Doenças Parasitárias Humanas (sintomas, transmissão e profilaxia)

2. Plantas e propriedades terapêuticas

3.Conservação da Fauna e Flora

desequilíbrio ambiental urbano e rural

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Manipulação Genética

CONTEÚDO BÁSICO:

Organismos geneticamente modificados

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Teorias Científicas e Biológicas

3ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Organização dos Seres Vivos

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos

Sistemas Biológicos

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Fundamentos para o Estudo da Genética

Histórico

Hereditariedade (análise do DNA)

Divisão celular

Células somáticas e sexuais

Cromossomos (autossomos e heterossomos)

72

Cariótipo e genoma

2. Primeira Lei de Mendel

Monoibridismo com dominância

Monoibridismo sem dominância

Co-dominância

Genes letais

Expressividade e penetrância

3. Segunda Lei de Mendel

Experimentos de Mendel

Polialelia

Sistema ABO e grupos sangüíneos

Interação gênica

Herança quantitativa ou poligênica

Pleiotropia

Herança genética e sexo

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Mecanismos Biológicos

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos

Sistemas Biológicos

Teorias evolutivas

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Origem da Vida e Evolução

Experimentos de Redi e Pasteur

Panspermia cósmica, hipótese autotrófica e heterotrófica

Evidências da evolução

Teorias sobre a evolução

o Lamarckismo

o Darwinismo

73

o Neodarwinismo ou mutacionismo

o Evolução da espécie humana

2. Fisiologia Animal

Sistemas

digestório

respiratório

circulatório

excretor

muscular

ósseo

nervoso

endócrino

Órgãos do sentido

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Biodiversidade

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a

interdependência com o ambiente

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Ecologia

Componentes de um ecossistema

Habitat e nicho ecológico

Fluxo de energia e matéria

Ciclos biogeoquímicos

Relações ecológicas

Dinâmica populacional

Biomas terrestres e aquáticos

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Manipulação Genética

74

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Organismos geneticamente modificados

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Engenharia genética, biotecnologia e bioética

2. Transgênicos e clonagem

3. Radioatividade

4. Doenças hereditárias, congênitas e adquiridas

5. Fatores de desequilíbrio ecológico

agrotóxicos, reflorestamento, agricultura impactante, extração de areia,

lixo, mananciais, queimadas, áreas de preservação ambiental

6. Ciência e Saúde

aditivos químicos

radicais livres

câncer, depressão, hipertensão, diabete

distúrbios alimentares

hormônios e alimentos

anabolizantes

7. Pesquisas Científicas e Biológicas

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Para o ensino de Biologia, compreender o fenômeno da vida significa

pensar em uma ciência em transformação, onde conceitos e teorias são

elaboradas em cada momento histórico e social. Não havendo dúvidas,

também, de que as aplicações práticas do conteúdo proporcionam um melhor

aprendizado dos conceitos. Entretanto, é preciso permitir a participação do

aluno e não apenas tê-lo como observador passivo.

O ponto de partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou a

percepção de sua relação com as ideias discutidas em aula é levar os alunos à

reflexão sobre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo permitindo que o

professor perceba as dúvidas de seus alunos.

75

A maior dificuldade encontrada pelo professor é o ―como ensinar‖, ou

seja, qual a metodologia mais adequada que deve ser utilizada pelo educador

para que haja uma real apropriação do conhecimento vivenciado com os

conteúdos estruturantes, possibilitando maior aproximação entre escola e

comunidade.

Por isso, é importante considerar o conhecimento alternativo dos alunos

na introdução do conhecimento científico, não deixando de lado a aula

dialogada, a escrita, onde o aluno possa interpretar e criar; além da utilização

de vídeos, textos, computador, transparências e jogos que podem contribuir

para uma leitura mais crítica dos conteúdos propostos.

As atividades práticas e as demonstrações devem ser utilizadas, porém

sempre como uma interpretação da realidade, sendo as teorias e hipótese

consideradas provisórias, visto as transformações que ocorrem ao logo do

tempo.

Outra possibilidade para integrar conhecimentos, é o estudo do meio

ambiente, em praças, parques, bosques, rios, hortas, mercados, onde a

relação homem-natureza possa ser melhor analisada e compreendida.

Propõem-se, então, trabalhar os seguintes aspectos:

Organização dos Seres Vivos

Para o entendimento desse conteúdo estruturante propõe-se uma

apresentação descritiva dos seres vivos. Além disso, faz-se necessário uma

comparação das estruturas anatômicas e comportamentais dos seres com

discussão entre critérios utilizados por Liné até a atualidade.

Mecanismos Biológicos

Este conteúdo fundamenta-se na explicação dos fenômenos biológicos

sob as idéias do método científico. Para melhor compreensão do assunto

torna-se necessário um aprofundamento do conhecimento objetivo para que

se compreenda os seres vivos de modo integrado com os demais

componentes do meio.

Biodiversidade

A metodologia do ensino deste conteúdo estruturante caracteriza a

diversidade da vida como um conjunto de processos organizados e

fundamentados no paradigma evolutivo. Portanto, deve-se considerar e

76

refletir sobre as contribuições de Lamarck e Darwin para superar as idéias

ficcista. Pretende-se a superação das concepções alternativas dos alunos,

com a aproximação das concepções científicas, genética, evolução e

ecologia, como forma de explicar a diversidade dos seres vivos.

Manipulação Genética

Pretende-se neste conteúdo, propiciar uma análise sobre as implicações

dos avanços biológicos para o desenvolvimento da sociedade, principalmente

no que diz respeito a manipulação genética.

A problematização dos assuntos relacionados, partindo de uma

provocação e mobilização dos alunos na busca pelo conhecimento e na

resolução de problemas é uma possibilidade metodológica a ser adotada, pois

possibilita a participação mais crítica na sua atuação social.

Os conteúdos estruturantes não são independentes da forma pelo qual

são apresentados, então devemos utilizar critérios pedagógicos na seleção da

metodologia a ser utilizada para que eles sejam trabalhados e compreendidos

de forma integrada no decorrer do Ensino Médio.

―Trabalhar participativamente significa estar num grupo no processo de

construção de suas ideias e de sua prática, de tal modo, que todos estejam

caminhando no mesmo rumo, com cada pessoa e cada conjunto menor de

pessoas realizando suas tarefas próprias. Isto quer dizer que cada um traz

suas idéias, sua paixão, seus anseios e suas dificuldades e todos juntos vão

organizando este tesouro e decidindo sobre ele a cada momento‖ (GANDIN,

1994).

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem deve constituir-se em instrumentos da qual

se possa ter condições de saber se houve e, em que medida aconteceu, a

apropriação do conhecimento e para isso é necessário observar:

Como interagiu durante a verificação do conhecimento prévio e da

exposição do conteúdo científico?

Que tentativas o aluno fez para realizar a atividade proposta?

77

Que dúvidas manifestou?

Revelou progresso em relação ao ponto que estava?

A partir dessa observação permite ao educador reconhecer se há

necessidade de adequar os métodos para a transmissão e assimilação de

conhecimentos, pois ela deve ser vista como: diagnóstica, formativa e

somativa, na qual o professor se auto-avalia, também avalia a aprendizagem

do aluno.

Enfim, é preciso acompanhar o desenvolvimento e observar a evolução

do educando, refletindo sempre sobre as formas pedagógicas.

A avaliação é um elemento do processo de ensino e aprendizagem, que

deve ser considerado em direta associação com as atividades, relacionadas

aos objetivos a serem abordados durante o trimestre. Ela informa ao professor

o que foi aprendido pelo estudante, seus avanços, suas dificuldades e

possibilidades; encaminha o professor para a reflexão sobre a eficácia de sua

prática educativa e, desse modo, orienta o ajuste de sua intervenção

pedagógica para que o mesmo aprenda. Possibilita também à equipe escolar

definir prioridades em suas ações educativas.

Longe de ser apenas um momento final do processo de ensino, a

avaliação se inicia quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos

prévios e continua a se evidenciar durante toda a situação escolar, assim o que

constitui a avaliação no final de um período de trabalho é o resultado tanto de

um acompanhamento contínuo e sistemático pelo professor como de

momentos específicos de ―formalização‖, ou seja, a demonstração de que as

metas de formação de cada etapa foram alcançadas.

Coerentemente com a concepção de conteúdos e com os objetivos

propostos, a avaliação deve considerar o desenvolvimento da capacidade dos

estudantes com relação à aprendizagem não só de conceitos, mas também de

procedimentos e de atitudes. Dessa forma, é fundamental que se utilizem

diversos instrumentos e situações para poder avaliar diferentes aprendizagens.

Para que a avaliação seja feita em clima afetivo e cognitivo propício para o

processo de ensino e aprendizagem, os critérios de avaliação necessitam estar

explícitos e claros tanto para o professor como para os estudantes.

No decorrer do ano letivo serão realizadas autoavaliações, por parte dos

78

alunos e professores, que orientarão a continuidade da prática pedagógica ou

redimensionamento, tomando medidas coerentes aos objetivos propostos na

disciplina, estabelecendo parâmetros para uma avaliação mais competente,

tornando possível um maior desenvolvimento do indivíduo que esta nos

avaliando, neste caso, o aluno. Desse modo, a avaliação deve ser um

processo contínuo e sistemático, constante e planejado, fornecendo retorno ao

professor e permitindo a recuperação do aluno na apropriação dos

conhecimentos. Se o aluno não atingiu os objetivos propostos será ofertada a

recuperação de conteúdos, dando-o uma nova oportunidade para demonstrar o

seu aprendizado.

Em Biologia, são muitas as formas de avaliação possíveis: individual e

coletiva, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação comportam, por um lado,

a observação sistemática durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos

estudantes, as respostas dadas, os registros de debates, de entrevistas, de

pesquisas, de filmes, de experimentos, os desenhos de observação etc., por

outro lado, as atividades específicas de avaliação, como comunicações de

pesquisa, participação em debates, relatórios de leitura, de experimentos e

testes dissertativos ou de múltipla escolha.

Os testes dissertativos e de múltipla escolha, servem para verificar a

capacidade de entendimento do conteúdo científico pelo aluno, além da leitura,

interpretação e respostas coerentes.

Os trabalhos de pesquisa bibliográfica, individual ou em equipe, com

apresentação oral ou não, serão organizados conforme o andamento do

conteúdo no momento da escolha do tema, sendo relevante a presença de

introdução, desenvolvimento, conclusão, bibliografia, coerência com o tema e,

no caso, de ser em equipe, a socialização da mesma. A resolução de questões,

quando solicitada, será extra-classe, sendo posteriormente avaliadas e

explicadas em caso de dúvidas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMABIS, José Mariano. 1947- Biologia / José Mariano Amabis, Gilberto Rodrigues Martho. – 2.ed. – São Paulo: Moderna, 2004.

79

AQUINO, Julio Groppa. Diferenças e preconceitos na escola: alternativas teóricas e prática / Julio Groppa Aquino – São Paulo: summus editorial, 1998. ARDLEY, Neil. Dicionário escolar de ciência. São Paulo, Civilização, 1994. ART, Henry W. Et alii. Dicionário de ecologia e ciências ambientais. Rio Claro/Unesp, São Paulo/Melhoramentos, 1998. BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental, 1997. BRASIL, Lei 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. MEC, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. CÉSAR E SEZAR, Biologia. São Paulo: Saraiva, 2007. GANDIN, Danilo. Planejamento como Prática Educativa. 3 ed. São Paulo: 1994. GASPAR, Alberto. Experiências de ciências. São Paulo, Ática, 1999. GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas, 2002. GOWDAK, Demétrio. Coleção de Ciências, novo pensar / Demétrio Gowdak, Eduardo martins. São Paulo: FTD, 2002. GUYTON, Arthur. Fisiologia Humana: volume único / Arthur C. Guyton. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. HAZEN, Robert M. Saber Ciência: volume único / 2.ed. Robert M Hazen. – São Paulo: Editora da Cultura, 2005. JUNQUEIRA e CARNEIRO. Biologia Celular e Molecular: volume único / José Carneiro e LC Junqueira. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. LUZ, Maria de la & Santos, Magaly Terezinha dos. Coleção vivendo ciências. Nova edição. São Paulo: FTD, 2002. LAURENCE, J. Biologia: ensino médio, volume único / J. Laurence – 1.ed. – São Paulo: Nova Geração, 2005. MACHADO, Sídio. Biologia para o Ensino Médio: volume único / Sídio

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81

6. CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

No Ensino Fundamental ensinar ou aprender Ciências é algo complexo,

mas dinâmico e desafiador, pois envolve um conjunto de áreas afins, que se

somam para explicar os fenômenos naturais: físicos, químicos e biológicos.

O ensino de Ciências desempenha um papel importante na

aprendizagem da criança, permitindo o conhecimento do mundo por meio de

observações, problematizações, experimentações e descobertas que possam

auxiliá-las posteriormente na resolução de situações problemas. São essas

situações que permitem ao aluno, construir o conhecimento científico e exercer

sua cidadania.

De acordo com Kneller (1980) e Fourez (1995), apud PARANÁ, 2008,

modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a

respeito de fenômenos resultantes das relações entre os elementos

fundamentais que compõem a natureza. Muitas vezes, esses modelos são

utilizados como paradigmas, leis e teorias.

Nesse sentido, refletir sobre a ciência implica em considerar como uma

construção coletiva produzidas por um grupo de pesquisadores e instituições

num determinado contexto histórico, num cenário sócio- econômico,

tecnológico, cultural, religioso ético e político.

O ensino de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento

científico que resulta da investigação da natureza, desenvolvendo um

importante papel na busca dos porquês, permitindo ao aluno descobrir as

respostas por meio de observações, experimentações, utilizando-se de todos

os sentidos.

Precisamos através do ensino de Ciências, fazer com que o aluno possa

experimentar, ver, tocar, cheirar, provar. Para tanto, é preciso criar outros

espaços de aprendizagem, incluindo aí o seu entorno, onde poderá

complementar o aprendizado em sala de aula. Através da explicação da

realidade, a Ciência pressupõe um método que não é único, nem permanece

inalterado, pois reflete o momento histórico em que o conhecimento foi

82

produzido, as necessidades materiais da humanidade, a movimentação social

para entendê-las, o grau de desenvolvimento da tecnologia, as ideias e os

saberes previamente elaborados.

Desde a pré-história, o homem vem usando os recursos naturais de

maneira que sua vida seja favorecida e a cada período da história, esse uso

vem sendo aprimorado.

Assim, o avanço tecnológico contribuiu para suprir as necessidades

humanas, impondo-se e transformando o comportamento individual e social.

Com isso, prever os efeitos das tecnologias é tão ou mais importante que

conhecer de antemão suas capacidades, pois os resultados das

transformações que o mundo está sujeito podem ser imprevisíveis, podendo ter

benefícios, custos e riscos inesperados.

Portanto, faz-se necessário orientar os alunos, para que, possam como

cidadãos, tomarem decisões sobre o uso de tecnologias, incentivando-os a

uma postura questionadora face às mesmas. Para isso, os alunos devem

dispor de informações e orientações para analisarem essas inovações sobre

um ponto de vista político, sócio-ambiental e ético.

Dessa maneira, através do ensino de Ciências, o aluno poderá entender

melhor o mundo em que vive refletir sobre a natureza e a sociedade. Além de

que, poderá desenvolver uma consciência preservacionista, que considere a

complexidade das relações entre os seres vivos e o ecossistema,

compreendendo perfeitamente os processos de transformações, ocorridos ao

longo da história, para que o aluno através destes saberes fundamentai seja

capaz de organizar teoricamente os campos de estudos da disciplina de

Ciências no Ensino Fundamental: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos,

Energia e Biodiversidade.

Ao longo da história, a Ciência vem sofrendo alterações de acordo com

o momento histórico, político e social. Trazendo junto com esses momentos as

inovações e descobertas, fazendo com que a forma em que vemos a Ciência

mude de acordo com a necessidade que temos no determinado tempo

histórico.

Como princípio destas grandes descobertas, tem o fogo como um marco

histórico, não só da Ciência, mas da humanidade, passando a apresentar a

83

necessidade de cozer os alimentos. Após, aproximadamente dez mil anos atrás

o homem passa de coletor e caçador para agricultor, passando a cultivar a terra

e criar animais.

A partir do século XI e XIII, as Cruzadas fazem seu papel histórico na

disseminação da cultura e da ciência entre o oriente e o ocidente. Em meados

do século XI e XVI ocorre a renascença das grandes navegações e o

aparecimento de grandes pensadores e pesquisadores. As navegações

promovem o conhecimento da Biologia dentro da botânica e da zoologia. E nas

áreas de Química a descoberta da pólvora, dentro da Física o magnetismo,

mecânica e óptica. Entre os grandes pensadores estão Leonardo da Vinci,

conhecedor das áreas de anatomia, hidráulica, óptica, botânica, geologia,

arquitetura, matemática engenharia e filosofia. Nicolau Copérnico (1473 -

1543), defendendo o Heliocentrismo, assim como Galileu Galilei (1564 - 1662).

O francês Bacon (1561 - 1626) criou a ciência experimental através do método

científico. Isaac Newton (1642 -1727) determinou as Leis do: Movimento e a

natureza como algo regular e previsível. Sendo que as obras filosóficas e

históricas passam a ser influenciadas pela ciência de Galileu e Newton.

(PARANÁ, 2008, p. 44).

No século XVIII o químico francês Antoine Laurent Lavoisier (1743 -

1793) faz a transmissão definitiva da alquimia para a química, publicando

"Tratado Elementar de Química". (PARANÁ, 2008, p. 46)

Como sempre, as mudanças sociais têm influência no pensamento e na

ação da ciência, na Revolução Industrial não seria diferente, instalou-se nesta

época a controvérsia, aperfeiçoa-se as técnicas de desenvolvimento e

tecnologias para a indústria.

A consolidação da ciência acontece no século XIX evidenciando as

relações entre homem-homem e homem-natureza, sendo que o homem

começa a entender que pode interagir e interferir nas condições de vida e

natureza. Nessa fase de descoberta temos alguns grandes avanços na área

biológica através de Charles Darwin com seu livro "A Origem das Espécies"

(1859) mudou o pensamento a favor da evolução através da seleção natural. O

monge e botânico Gregor Johann Mendel (1822-1884) descobre os princípios

da hereditariedade, constituintes dos conhecimentos da genética. (PARANÁ,

84

2008, p.46).

Finalmente, chega o século XX e a ciência passa a contribuir com a

humanidade lançando mão de grandes vôos, bem, talvez nem tanto grande

assim, mas foi o primeiro vôo de um avião (1906), passando pelos avanços da

química, física e biologia, até o lançamento de satélites e o homem que

caminha pela Lua. Apesar desses avanços o homem também usa a tecnologia

e o conhecimento para a destruição, promovendo guerras atômicas e

biológicas que trazem juntos com as inovações tristezas e dor. (PARANÁ,

2008)

Ao longo dessas descobertas, quando surgiu a necessidade de ensinar

as crianças sobre estas descobertas para formar novos pensadores e

pesquisadores é que a ciência tornou-se área de conhecimento e entrou para

os currículos escolares. No início tinha-se como grande ênfase à utilização de

termos difíceis, com sentido complexo e com radicais gregos e latinos, fazendo

com que a magia da descoberta e do interesse do saber fosse substituído por

antipatia pela disciplina. Esse ensino tradicional nem sempre correspondia ao

que o aluno vinha buscar na escola, ou seja, não supria a necessidade do

conhecimento construído, recebia tudo pronto, como se não existisse outra

verdade, aquele era o saber absoluto.

Como tentativa de mudar este pensamento, as mudanças na disciplina

de Ciências fez com que se pensasse em uma nova forma de ensinar a

ciência. Passando, portanto a ver também a individualidade do aluno e tudo

que o cerca.

Nesta nova forma de ver a ciência temos consciência, principalmente,

que ela não é um produto pronto, mas que está em constante mudança. Novas

descobertas estão sendo introduzidas à visão de mundo, à crítica a estes

novos conhecimentos. Acreditamos que um dos grandes motivos desta

mudança, seja a necessidade de inserir o conhecimento científico no cotidiano

de nossos alunos, suas experiências, e principalmente descobrir nesse aluno

seu lado crítico diante da sociedade, da política e da economia que estão

inseridos.

85

CONTEÚDOS

6º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

Astronomia Universo

Sistema solar

Movimentos celestes

Movimentos terrestres

Astros

Matéria Constituição da matéria

Sistemas Biológicos Níveis de Organização celular

Energia Formas de energia

Conversão de energia

Transmissão de energia

Biodiversidade Organização dos seres vivos

Ecossistema

Evolução dos seres vivos

7º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

Astronomia

Astros

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

Matéria

Constituição da matéria

Sistemas Biológicos Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

86

Energia Formas de energia

Transmissão de energia

Biodiversidade Origem da vida

Organização dos seres vivos

Sistemática

8º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

Astronomia Origem e evolução do universo

Matéria Constituição da matéria

Sistemas biológicos Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Energia Formas de energia

Biodiversidade Evolução dos seres vivos

9º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Astronomia Astros

Gravitação universal

Matéria Propriedades da matéria

Sistemas biológicos Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética

Energia Formas de energia

Conservação de energia

Biodiversidade Interações Ecológicas

87

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Para o ensino de Ciências, compreender os fenômenos biológicos,

físicos e químicos, significa pensar em uma ciência em transformação, onde

conceitos e teorias são elaborados em cada momento histórico e social. Não

havendo dúvidas, também, de que as aplicações práticas do conteúdo

proporcionam um melhor aprendizado dos conceitos científicos. Entretanto, é

preciso permitir a participação do aluno e não apenas tê-lo como observador

passivo.

O ponto de partida para desenvolver a compreensão de conceitos

científicos ou a percepção de sua relação com as idéias discutidas em aula é

levar os alunos à reflexão sobre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo

permitindo que o professor perceba as dúvidas de seus alunos.

A maior dificuldade encontrada pelo professor é o ―como ensinar‖, ou

seja, qual a metodologia mais adequada que deve ser utilizada pelo educador

para que haja uma real apropriação do conhecimento vivenciado com os

conteúdos estruturantes e consequentemente com o conhecimento científico.

Por isso, é importante considerar as idéias primitivas dos alunos na

introdução do conhecimento científico, não deixando de lado a aula dialogada,

a escrita, onde o aluno possa interpretar e criar, além da utilização de vídeos,

textos, computador, transparências e jogos que podem contribuir para uma

leitura mais crítica dos conteúdos propostos.

As atividades práticas e as demonstrações devem ser utilizadas, porém

sempre como uma interpretação da realidade, sendo que as teorias e hipótese

devem ser consideradas provisórias, visto às transformações que ocorrem ao

logo do tempo.

Outra possibilidade para integrar conhecimentos, é o estudo do meio

ambiente, em praças, parques, bosques, rios, hortas, mercados, onde a

relação homem-natureza possa ser melhor analisada e compreendida.

Usar a problematização, a hipótese, o diálogo para construir o

conhecimento e a descoberta, valorizar esta descoberta como um

conhecimento construído pelo aluno e seu coletivo, ou seja, ambiente escolar,

88

família e comunidade em que vive. Permeando todo o currículo abordar-se-á os

desafios contemporâneos da educação: Prevenção ao Uso indevido de drogas,

Educação Fiscal, Educação Ambiental,

A proposição dos conteúdos estruturantes na disciplina de Ciências

sugere inicialmente, a possibilidade de selecionar conteúdos específicos. Outra

possibilidade, igualmente importante, é relacionar os diversos conhecimentos

específicos entre si e com outras áreas de conhecimento, proporcionando

reflexão constante sobre as mudanças conceituais em decorrência de questões

emergentes.

A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no

entendimento de que o estudante aprende conteúdos científicos escolares

quando lhes atribui significados como elemento central do processo ensino-

aprendizagem.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem deve constituir-se em instrumentos da qual

se possa ter condições de saber se houve e, em que medida aconteceu, a

apropriação do conhecimento e para isso é necessário observar:

Como interagiu durante a verificação do conhecimento prévio e da

exposição do conteúdo científico?

Que tentativas o aluno fez para realizar a atividade proposta?

Que dúvidas manifestou?

Revelou progresso em relação ao ponto que estava?

A partir dessa observação permite ao educador reconhecer se há

necessidade de adequar os métodos para a transmissão e assimilação de

conhecimentos; pois ela deve ser vista como: diagnóstica, formativa e

somativa, na qual o professor se auto-avalia, também avalia a aprendizagem

do aluno.

É preciso que os professores se envolvam numa análise crítica que

considere a avaliação em Ciências, um instrumento de aprendizagem que

forneça um feedback adequado para promover o avanço dos alunos.

89

Enfim, é preciso acompanhar o desenvolvimento e observar a evolução

do educando, refletindo sempre sobre as formas pedagógicas.

A avaliação é um elemento do processo de ensino e aprendizagem que

deve ser considerada em direta associação com as atividades, relacionadas

aos objetivos a serem abordados durante o bimestre. Ela informa ao professor

o que foi aprendido pelo estudante seus avanços, suas dificuldades e

possibilidades; encaminha o professor para a reflexão sobre a eficácia de sua

prática educativa e, desse modo, orienta o ajuste de sua intervenção

pedagógica para que o mesmo aprenda. Possibilita também à equipe escolar

definir prioridades em suas ações educativas.

Longe de ser apenas um momento final do processo de ensino, a

avaliação se inicia quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos

prévios e continua a se evidenciar durante toda a situação escolar, assim o que

constitui a avaliação no final de um período de trabalho é o resultado tanto de

um acompanhamento contínuo e sistemático pelo professor como de

momentos específicos de ―formalização‖, ou seja, a demonstração de que as

metas de formação de cada etapa foram alcançadas.

Coerentemente com a concepção de conteúdos e com os objetivos

propostos, a avaliação deve considerar o desenvolvimento da capacidade dos

estudantes com relação à aprendizagem.

Avaliar implica um processo, cuja finalidade é obter informações

necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica, para nela

interferir e reformular os processos de ensino e aprendizagem. Pressupõem-se

uma tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento da sua

aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.

A avaliação deve ser um processo contínuo e sistemático, constante e

planejado, fornecendo retorno ao professor e permitindo a recuperação do

aluno na apropriação dos conhecimentos. Se o aluno não atingiu os objetivos

propostos, será realizada a recuperação de conteúdos, dando-o uma nova

oportunidade para demonstrar o seu aprendizado.

Em Ciências, são muitas as formas de avaliação possíveis: individual e

coletiva, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação comportam, por um lado,

a observação sistemática durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos

90

estudantes, as respostas dadas, os registros de debates, de entrevistas, de

pesquisas, de filmes, de experimentos, os desenhos de observação e por outro

lado, as atividades específicas de avaliação, como comunicações de pesquisa,

participação em debates, relatórios de leitura, de experimentos e testes

dissertativos ou de múltipla escolha.

Os testes dissertativos e de múltipla escolha serve para verificar a

capacidade de entendimento do conteúdo científico pelo aluno, além da leitura,

interpretação e respostas coerentes. Os trabalhos de pesquisa bibliográfica,

individual ou em equipe, com apresentação oral ou não, serão organizados

conforme o andamento do conteúdo no momento da escolha do tema; sendo

relevante a presença de introdução, desenvolvimento, conclusão, bibliografia,

coerência com o tema e, no caso, de ser em equipe, a socialização da mesma.

A resolução de questões, quando solicitado, será extra-classe sendo

posteriormente avaliadas e explicadas em caso de dúvidas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ART, Henry W. et ali. Dicionário de Ecologia e Ciências Ambientais. Rio Claro/ Unesp, São Paulo: Melhoramentos,1998. BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: lei n.9394/96. Brasília: MEC, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2011. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica: Ciências. Curitiba, SEED, 2008.

91

7. EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de Educação Física, visa oportunizar aos alunos

participantes, melhorar a socialização criando atividade física de lazer, esporte,

cultura e conhecimento, resgatando o aluno para busca da sua própria

identidade dentro dos conteúdos trabalhados nesta disciplina.

A Educação Física passou por várias etapas e reformas visando no início

um regime militar. O importante era a formação do homem que serviria ao

projeto do Brasil.

A disciplina estava, então, ligada a aptidão física, considerada

importante para o desenvolvimento da capacidade produtiva da classe

trabalhadora e ao desporto, pela intenção de tornar o país uma potência

olímpica.

Mais tarde a Educação Física teve como tarefa construir corpos

saudáveis e dóceis que permitissem uma melhor adaptação dos sujeitos ao

processo produtivo, tendo como referência o conhecimento científico.

Em meados dos anos 80, já pode falar não só de uma comunidade

científica na Educação Física, mas também da delimitação de tendências ou

correntes, suscitando os primeiros debates voltados a uma criticidade.

OBJETIVOS

Possibilitar aos alunos a vivência sistematizada de conhecimentos,

habilidade da cultura corporal, enfocado numa postura crítica, no sentido

de promover a prática intencional e permanente, que considere o lúdico

e o processo sócio comunicativo, na perspectiva do lazer da formação

cultural e da manutenção da qualidade de vida.

Compreender a cultura corporal do movimento e expressividades como

instrumento de aprendizagem, interação e de expressão de afetos,

sentimentos e emoções nas manifestações de lutas, jogos, danças e

92

esportes. Reconhecendo e respeitando características físicas e morais

de si próprios e dos outros sem discriminar por características pessoais,

físicas, sexuais, econômicas e étnicas-raciais, dentro do contexto social

e escolar.

Ofertar atividades que promovam oportunidades para divertimento,

desafios, auto-expressão e interação social.

Promover, a partir de jogos de movimentos e exercitações, a educação

integral e também o desenvolvimento cognitivo e motor dos alunos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esportes

Jogos e brincadeiras

Dança

Ginástica

Lutas

CONTEÚDOS

6º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ESPORTE

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Coletivos e

individuais

Voleibol,

basquetebol,

handebol, futsal,

tênis de mesa,

futebol suíço,

atletismo.

Pesquisar e

discutir questões

históricas dos

esportes como:

sua origem,

evolução, contexto

atual. Propor a

vivência de

atividades pré

Espera-se que o

aluno possa

conhecer as

diferenças de

cada esporte, sua

relação com jogos

populares, seus

fundamentos,

noções básicas

93

desportivas no

intuito de

possibilitar o

aprendizado dos

fundamentos

básicos dos

esportes.

das regras.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: JOGOS E BRINCADEIRAS

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Jogos e

brincadeiras

populares,

brincadeiras e

cantigas de roda,

jogos de tabuleiro

e jogos.

Cooperativos

Xadrez,

damas, trilha, uno,

bets, frescobol,

resta um, gato e o

rato,

caranguejobol,

atirei o pau no

gato, ciranda

cirandinha,

escravos de jó,

adoletá, capelinha

de melão, dança

da cadeira,

volençol, tato

contato, imitação,

mímica e

improvisação.

Possibilitar a

vivência e

confecção de

brinquedos, jogos

e brincadeiras

com e sem

materiais

alternativos.

Fazendo e

descobrindo

brincadeiras e

brinquedos.

Reconhecer e

vivenciar o lúdico

a partir da

construção de

brinquedos com

materiais

alternativos bem

como se apropriar

efetivamente das

diferentes formas

de jogar.

94

CONTEÚDO ESTRURANTE: DANÇA

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Danças folclóricas,

danças de rua, e

danças criativas.

Danças regionais

e cultura local,

Quadrilha, dança

de fitas, entre

outras.

Contextualizar a

dança e vivenciar

movimentos que

envolvam a

expressão

corporal e o ritmo.

Conhecimento

sobre a origem e

alguns

significados das

diferentes danças

e vivenciar o

lúdico a partir de

músicas.

CONTEÚDO ESTRURANTE: GINÁSTICA

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Ginástica rítmica,

circense e geral

Solo, corda, bola,

fita,

alongamentos,

malabares.

Aprender e

vivenciar os

movimentos

básicos da

ginástica,

pesquisar a

cultura do circo e

estimular a

ampliação da

consciência

corporal.

Aprender sobre as

posturas e

elementos

ginásticos.

Conhecer os

aspectos

históricos da

ginástica.

95

CONTEÚDO ESTRURANTE: LUTAS

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Lutas de

aproximação e

Capoeira

Capoeira angola e

regional

Pesquisar origem

e histórico das

lutas.

Apresentação e

experimentação

da música e sua

relação com a

luta.

Conhecer e

entender as lutas

e suas práticas

corporais assim

como alguns de

seus movimentos

característicos.

7º ANO

CONTEÚDO ESTRURANTE: ESPORTE

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Coletivos e

individuais

Voleibol,

basquetebol,

handebol, futsal,

tênis de mesa,

futebol suíço,

atletismo.

Pesquisar e

discutir questões

históricas dos

esportes como:

sua origem,

evolução, contexto

atual. Propor a

vivência de

atividades pré

desportivas no

intuito de

possibilitar o

aprendizado dos

fundamentos

Espera-se que o

aluno possa

conhecer as

diferenças de

cada esporte, sua

relação com jogos

populares, seus

fundamentos,

noções básicas

das regras.

96

básicos dos

esportes.

CONTEÚDO ESTRURANTE: JOGOS E BRINCADEIRAS

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Jogos e

brincadeiras

populares,

brincadeiras e

cantigas de roda,

jogos de tabuleiro

e jogos

cooperativos

Xadrez,

damas, trilha,

resta um, gato e

rato, caranguejo,

atirei o pau no

gato, ciranda

cirandinha,

escravos de jó,

adoleta, capelinha

de melão, dança

da cadeira,

voleilençol, tato

contato, imitação,

mímica,

improvisação.

Possibilitar a

vivência e

confecção de

brinquedos, jogos

e brincadeiras

com e sem

materiais

alternativos.

Reconhecer e

vivenciar o lúdico

a partir da

construção de

brinquedos com

materiais

alternativos bem

como se apropriar

efetivamente das

diferentes formas

de jogar.

CONTEÚDO ESTRURANTE: DANÇA

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Danças folclóricas,

danças circulares

danças de rua, e

danças criativas.

Quadrilha, dança

de fitas, funk.

Contextualizar a

dança e vivenciar

movimentos que

envolvam a

expressão

corporal e o ritmo.

Conhecimento

sobre a origem e

alguns

significados das

diferentes danças

e vivenciar o

97

lúdico a partir de

músicas.

CONTEÚDO ESTRURANTE: GINÁSTICA

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Ginástica rítmica,

circense e geral

Solo, corda, bola,

fita,

alongamentos,

malabares.

Aprender e

vivenciar os

movimentos

básicos da

ginástica,

pesquisar a

cultura do circo e

estimular a

ampliação da

consciência

corporal.

Aprender sobre

as posturas e

elementos

ginásticos.

Conhecer os

aspectos

históricos da

ginástica, lutas e

das práticas

corporais assim

como alguns de

seus movimentos

característicos.

CONTEÚDO ESTRURANTE: LUTAS

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Lutas de

aproximação e

Capoeira

Capoeira angola

e regional

Pesquisar origem

e histórico das

lutas.

Apresentação e

experimentação

da música e sua

Conhecer os

aspectos

históricos das

lutas e suas

práticas

corporais, assim

98

relação com a

luta.

como alguns de

seus movimentos

característicos.

8º ANO

CONTEÚDO ESTRURANTE: ESPORTE

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Coletivos,

individuais e

radicais

Voleibol,

basquetebol,

handebol, futsal,

tênis de mesa,

futebol suíço,

atletismo, skate,

surf.

Pesquisar e

discutir questões

históricas dos

esportes como:

sua origem,

evolução,

contexto atual.

Propor a vivência

de atividades pré

desportivas no

intuito de

possibilitar o

aprendizado dos

fundamentos

básicos dos

esportes.

Espera-se que o

aluno possa

conhecer as

diferenças de

cada esporte, sua

relação com

jogos populares,

seus

fundamentos,

noções básicas

das regras.

CONTEÚDO ESTRURANTE: JOGOS E BRINCADEIRAS

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

AVALIAÇÃO

99

METODOLÓGICA

Jogos e

brincadeiras

populares, jogos

de tabuleiro e

jogos

cooperativos,

jogos dramáticos

Xadrez, damas,

trilha, resta um,

imitação, mímica,

improvisação,

amarelinha, mãe

pega, stop, bets,

peteca, corrida do

saco, elástico,

queimada, polícia

e ladrão.

Recorte histórico

delimitando

tempos e espaços,

nos jogos,

brincadeiras,

brinquedos,

tempos e espaços.

Reconhecer e

vivenciar o lúdico

a partir da

construção de

brinquedos com

materiais

alternativos bem

como apropriar-se

efetivamente das

diferentes formas

de jogar.

CONTEÚDO ESTRURANTE: DANÇA

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Danças circulares

e danças criativas.

Folclóricas,

sagradas,

contemporâneas,

atividades de

expressão

corporal.

Contextualizar a

dança e vivenciar

movimentos que

envolvam a

expressão

corporal e o ritmo.

Conhecimento

sobre a origem e

alguns

significados das

diferentes danças

e vivenciar o

lúdico a partir de

músicas.

CONTEÚDO ESTRURANTE: GINÁSTICA

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

100

Ginástica rítmica,

circense e geral

Solo, corda, bola,

fita,

alongamentos,

malabares, vela,

rolamentos,

paradas, estrela,

rodante e ponte.

Aprender e

vivenciar os

movimentos

básicos da

ginástica,

pesquisar a

cultura do circo e

estimular a

ampliação da

consciência

corporal.

Conhecer os

aspectos

históricos da

ginástica, lutas e

das práticas

corporais assim

como alguns de

seus movimentos

característicos

CONTEÚDO ESTRURANTE: LUTAS

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Lutas de

aproximação e

Capoeira

Capoeira angola

e regional

Pesquisar origem

e histórico das

lutas.

Apresentação e

experimentação

da música e sua

relação com a

luta.

Conhecer os

aspectos

históricos das

lutas e suas

práticas

corporais, assim

como alguns de

seus movimentos

característicos.

9º ANO

CONTEÚDO ESTRURANTE: ESPORTES

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

101

Coletivos,

individuais e

radicais

Voleibol,

basquetebol,

handebol, futsal,

tênis de mesa,

futebol suíço,

atletismo, skate,

surf.

Pesquisar e

discutir questões

históricas dos

esportes como:

sua origem,

evolução, contexto

atual. Propor a

vivência de

atividades pré

desportivas no

intuito de

possibilitar o

aprendizado dos

fundamentos

básicos dos

esportes.

Espera-se que o

aluno possa

conhecer as

diferenças de

cada esporte, sua

relação com

jogos populares,

seus

fundamentos,

noções básicas

das regras.

CONTEÚDO ESTRURANTE: JOGOS E BRINCADEIRAS

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

jogos de tabuleiro

e jogos

cooperativos,

jogos dramáticos

Xadrez, damas,

trilha, resta um,

volençol, tato

contato, cadeira

livre, salve-se com

um abraço,

imitação, mímica,

improvisação.

Recorte histórico

delimitando

tempos e espaços,

nos jogos,

brincadeiras,

brinquedos,

tempos e espaços.

Reconhecer e

vivenciar o lúdico

a partir da

construção de

brinquedos com

materiais

alternativos bem

como apropriar-se

efetivamente das

diferentes formas

de jogar.

102

CONTEÚDO ESTRURANTE: DANÇAS

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Danças circulares

e danças criativas.

Folclóricas,

sagradas,

contemporâneas,

atividades de

expressão

corporal.

Aprender e

vivenciar os

movimentos

básicos da

ginástica,

pesquisar a

cultura do circo e

estimular a

ampliação da

consciência

corporal.

Conhecimento

sobre a origem e

alguns

significados das

diferentes danças

e vivenciar o

lúdico a partir de

músicas.

CONTEÚDO ESTRURANTE: GINÁSTICA

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Ginástica rítmica e

geral

Solo, corda, bola,

fita,

alongamentos,

vela, rolamentos,

paradas, estrela,

rodante e ponte.

Aprender sobre as

posturas e

elementos

ginásticos.

Conhecer os

aspectos

históricos da

ginástica, lutas e

das práticas

corporais assim

como alguns de

seus movimentos

característicos.

103

CONTEÚDO ESTRURANTE: LUTAS

CONTEÚDOS

BÁSICO

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Lutas que mantém

a distância e a

capoeira.

Karatê, Capoeira

angola e regional

Pesquisar origem

e histórico das

lutas.

Conhecer os

aspectos

históricos da

ginástica, lutas e

das práticas

corporais assim

como alguns de

seus movimentos

característicos.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esportes

Jogos e brincadeiras

Dança

Ginástica

Lutas.

CONTEÚDOS

1ª, 2ª E 3ª SÉRIES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Coletivos,

individuais e

radicais

Voleibol,

basquetebol,

handebol, futsal,

tênis de mesa,

Analisar a possível relação

entre esporte de

rendimento X qualidade de

vida. Analisar e estudar os

Organizar e

vivenciar

atividades

esportivas,

104

futebol, futebol

suíço, atletismo,

natação, rappel,

rafting, bungee

jumping, skate,

surf.

diferentes esportes, no

contexto social e

econômico, adaptando

regras, sistema tático,

organização de

campeonatos e torneios.

com

diferentes

esportes.

Compreender

a função

social do

esporte.

Jogos de

tabuleiro e

jogos

cooperativos,

jogos

dramáticos

Xadrez, damas,

trilha, resta um,

voleilençol, tato

contato, cadeira

livre, salve-se

com um abraço,

imitação, mímica,

improvisação.

Analisar os jogos e

brincadeiras e suas

possibilidades de fluição

nos espaços e tempos de

lazer.

Compreender

a influencia

da mídia, da

ciência e da

indústria

cultural no

esporte.

Organi

zar atividades

e dinâmicas

de grupos que

possibilitem

aproximação

e considerem

individualidad

es.

Danças

folclóricas, de

salão e danças

de rua.

Quadrilha, dança

da fita, fandango,

frevo, samba de

roda, batuque,

baião, ciranda,

valsa, merengue,

forró, vanerão,

xote, bolero,

tango, funk,

break.

Compreender a dança

como mais uma

possibilidade de expressão

corporal, dramatização e

diversidade cultural.

Conhecer os

diferentes

passos,

posturas,

conduções,

formas de

deslocamento

, entre outros.

105

Ginástica

artística

olímpica,

ginástica de

condicionamen

to físico e

geral.

Solo, salto sobre

o cavalo, barra

fixa, argolas,

paralelas

assimétricas,

alongamentos,

ginástica

aeróbica,

localizada, step,

pilates, pular

corda,

abdominais, vela,

rolamentos,

paradas, estrela,

rodante e ponte.

Analisar a função social da

ginástica e estudar a

relação da ginástica X

sedentarismo e qualidade

de vida.

Discutir sobre

a influência

da mídia da

ciência e da

indústria

cultural na

ginástica.

Compreender

a função

social da

ginástica e

aprofundar a

relação entre

a ginástica e

trabalho.

Lutas com

aproximação,

lutas que

mantêm a

distância e

capoeira.

Judô, Karatê,

taekwondo,

Capoeira angola

e regional

Pesquisar, estudar e

vivenciar as artes marciais

técnicas, táticas,

estratégias, apropriação da

luta pela cultura corporal

entre outros.

Apropriar-se

dos

conhecimento

s a cerca das

lutas como:

diferenciação

de jogo,

dança e luta,

técnica, tática,

estratégias.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Compreender as práticas corporais na escola podendo representar uma

reorientação nas formas de conceber o papel da educação física na formação

106

do aluno. As aulas de Educação Física tornam-se um conjunto de objetos de

investigação que não se esgotam nem nos conteúdos, nem nas metodologias.

O professor em sua prática pedagógica pode problematizar a sua

atuação profissional, delimitar questões sobre as quais se devem pensar com

mais rigor. Isso é muito importante porque não se pode intervir numa realidade

sem a conhecer.

Esta abordagem metodológica encontra sua referência na Pedagogia

Histórica-Crítica, levar do senso comum ao conhecimento científico ou

conhecimento elaborado estando centrada no princípio da igualdade entre os

seres humanos, em termos reais e não formais. Esta metodologia entende a

educação como possibilidade de se alcançar transformações sociais, pois

educação e sociedade se relacionam dialeticamente.

Sendo assim os conteúdos não precisam ser organizados numa

sequência baseada em pré-requisitos, mas sim, abordados segundo o princípio

da complexidade crescente.

A partir destes pressupostos vamos desenvolver o respeito, limites e

conscientização e valorização de si próprio e do seu semelhante, a

hereditariedade de todas as etnias e sua antecedência. Por meio de capoeira,

maculelê, danças típicas e regionais de cada etnia, alimentação, medicina

alternativa, religiosidade, construção de instrumentos de percussão,

trabalhando com vídeos, palestras e entrevistas.

Com relação à inclusão faremos um enfoque quanto a todos os tipos de

inclusão física e social que nos defrontamos no dia-a-dia, visando o respeito e

reconhecimento de todos como seres humanos, com seus ―dons‖ e

particularidades, participantes de um meio social, onde devem ser aceitos,

trabalhados e resgatados para um mundo melhor por meio de vídeos

educativos, palestras e pesquisa de campo.

A reestruturação da metodologia tornou a Educação Física mais

dinâmica e voltada para atividades expressivas e recreativas onde todos com

suas limitações, raça, cor, sexo, podem praticar atividades físicas variáveis

buscando sua identidade corporal baseado em concepções teóricas e práticas

da corporeidade fundamentada nas dimensões culturais, sociais, políticas e

objetivadas no desenvolvimento, ensino e aprendizagem.

107

O esporte enquanto conteúdo escolar deve ser tratado de forma mais

ampla nas aulas de Educação Física, reconhecendo sua condição técnica,

tática, e também no sentido de competição esportiva e deve ser trabalhado

para a coletividade e interação social. Reestruturar rituais, regras, valores,

tempos, espaços, que compõem o trabalho pedagógico que abrangem a

educação do corpo na escola, ministrando aulas teóricas e práticas com todos

os esportes conhecidos, para que os alunos descubram novos esportes e sua

aplicabilidade.

Promover a participação do educando em gincanas recreativas, ,

intercâmbios colegiais, caminhadas ecológicas, lazer e qualidade de vida, além

da participação nos JEP’S (Jogos Escolares do Paraná) .

Os temas dos desafios contemporâneos educacionais poderão ser

abordados através de vídeos, palestras ou pesquisas.

Também através de vídeos/dvd/professores especializados, poderão

passar experiências vividas nas mais variadas lutas como: karatê, judô,

capoeira, etc., pois é um meio de socialização e desenvolvimento psicomotor. A

partir da sondagem feita por professores e alunos sentar em mesa redonda e

viabilizar quais atividades que possam vir a ser desenvolvidas nas aulas. Visitar

locais e academias para o aluno vivenciar as atividades e viabilidade no seu

contexto escolar.

A partir do conhecimento da ginástica, o professor poderá organizar a

aula de forma que os alunos possam movimentar-se descobrindo e

reconhecendo as possibilidades e limites do próprio corpo permitindo a

interação, o conhecimento, e a partilha de experiências que viabilizem a

reflexão, a inserção critica do mundo, o que implica reconhecer suas inúmeras

possibilidades de significação representação. Oportunizar por meio de vídeos e

visitas a academias e circos, os diferentes tipos de ginástica e como será

desenvolvido no dia-a-dia da escola trazendo iniciação da ginástica simples na

grama, nos colchões, na areia fazendo rolamento equilíbrio, apoios, malabares.

Todo jogo comporta regras e autonomia em sua determinação. Torna-se

importante que os alunos auxiliam na construção das regras, podendo estas

serem questionadas e reelaboradas conforme as necessidades e desafios. O

conteúdo específico da Educação Física deve ser abordado por meio de

108

expressões e manifestações características desses elementos a partir do

levantamento de dados apresentações e exposições.

Para possibilitar o entendimento dos valores culturais, sociais e

pessoais o conteúdo da dança não poderá reproduzir estruturas

predominantes, mas sim, ressignificar os valores, os sentidos, os códigos ―a

dança enquanto linguagem social que permite a transmissão de sentimentos e

emoções da afetividade vivida nas esferas da religiosidade, do trabalho, dos

costumes, (SOARES, 2000). Inicialmente os alunos devem reconhecer os

ritmos naturais passando para os mais elaborados individualmente ou em

grupo, produzindo pequenas coreografias, dramatização musical e pequenas

mímicas e teatro. Desenvolver também a promoção da vida, auxiliando na

aquisição de documentos pessoais, acesso ao serviço público que beneficiam

a convivência social.

AVALIAÇÃO

As avaliações serão através da participação, da prática e em provas

teóricas. Quando os alunos estão impossibilitados de participar das aulas

práticas, farão por meio de pesquisas de temas propostos expondo aos demais

e entregues por escrito.

De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a

avaliação deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico do Colégio

sendo diagnóstica, identificando, dessa forma, os progressos do aluno durante

o ano letivo, levando em consideração o que preconiza a LDB 9394/96 pela

chamada avaliação formativa.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos

poderão revisar o conteúdo desenvolvido para identificar lacunas no processo

de ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem à superação das dificuldades constatadas.

Será um processo contínuo, permanente e cumulativo das diversas

manifestações corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte,

dos jogos, da dança e das lutas, possibilitando assim que os alunos reflitam e

109

se posicionem criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com

o mundo.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor, quanto os alunos

poderão rever as práticas desenvolvida até então para identificar lacunas no

processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem à superação das dificuldades. Para aprovação o

aluno deverá ter média mínima de 6,0 (seis vírgula zero) e frequência mínima

de 75% (setenta e cinco por cento).

A forma de avaliação adotada para a disciplina de Educação Física é

somativa, onde inclui-se a avaliação prática e teórica, sendo previsto a

recuperação de conteúdos através de novas metodologias.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n.9394/96. Brasília: MEC, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica: Educação Física. Curitiba, SEED, 2008. SOARES, Carmen Lúcia. Educação física escolar: Conhecimento de especificidade. In: Revista Paulista de Educação Física, 2000.

110

8. ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso é uma questão diretamente ligada à vida do

educando e que refletirá em seu comportamento diário, dentro e fora do

ambiente escolar, orientando seus valores humanos, éticos e morais.

Através desta disciplina serão estudadas as diversas religiões mundiais,

quanto à organização, textos, símbolos, rituais, etc. A expectativa é que seja

construído o respeito à diversidade religiosa e à pluralidade cultural em sua

visão de mundo do educando.

As aulas de Ensino Religioso buscam favorecer a oportunidade de

identificação, entendimento, conhecimento e aprendizagem em relação às

diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, fixando e

ampliando à sua própria cultura e promovendo medidas que rejeitem qualquer

forma de preconceito e discriminação, reconhecendo que todos são portadores

de singularidades. Visam também proporcionar o conhecimento dos elementos

básicos que compõem o fenômeno religioso, a partir das experiências

religiosas percebidas no contexto do educando, subsidiando-o na formulação

do questionamento existencial com profundidade, bem como na busca de

respostas aos mesmos.

Na perspectiva de trabalhar o Ensino Religioso superando a tradicional

aula de religião e consolidar a proposta de uma disciplina que possibilita a

identificação, o conhecimento, e o entendimento da diversidade cultural e

religiosa do ser humano, temos como objeto de estudo o sagrado. Em seu

processo histórico, o Ensino Religioso passou por diversos períodos que

muitas vezes não se levava em conta a diversidade religiosa existente no

Brasil, mas a partir da separação Estado e Igreja, no período da República,

surgiram movimentos para um Ensino Religioso aconfessional, principal

característica da disciplina hoje.

111

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A concepção do sagrado é fundamental para o desenvolvimento e o

encaminhamento da disciplina de Ensino Religioso. E essa concepção do

sagrado está estruturada em três campos de estudos, sendo eles os conteúdos

estruturantes:

A Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Texto Sagrado

Esses três campos de estudo do Sagrado devem ser compreendidos

em um mesmo núcleo formador do saber, pois estão interligados em seus

conhecimentos estruturantes, nos conceitos que os definem e na prática que

os organizam.

A estruturação desses conteúdos ainda não tem uma tradição curricular

vinculada à prática diária do aluno e desviam os conteúdos tradicionais da

anterior formulação estrutural da disciplina

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

6º ANO:

1º TRIMESTRE

CONTEÚDO BÁSICO: Organizações Religiosas

Introdução ao estudo de Ensino Religioso e Organizações Religiosas;

O Budismo;

O Judaísmo;

Islamismo;

O Hinduísmo;

O Cristianismo;

Cristianismo Católico;

Cristianismo Evangélico;

112

Espiritismo;

Religiões Afro descendentes.

CONTEÚDO BÁSICO: Lugares Sagrados

O que é um lugar sagrado;

Lugares Sagrados para os budistas;

Lugares Sagrados para os Judeus;

Lugares Sagrados para os muçulmanos;

Lugares Sagrados para os hindus;

Lugares Sagrados para os cristãos;

Lugares Sagrados para os seguidores das religiões Afro-descendentes;

Lugares na natureza;

Lugares Sagrados para os espíritas;

Nossos lugares sagrados (regionais).

2º TRIMESTRE

CONTEÚDO BÁSICO: Textos Orais e Escritos

Introdução a textos sagrados e religiosos;

Textos sagrados para os budistas;

Textos sagrados para os judeus;

Textos sagrados para os muçulmanos;

Textos sagrados para os hinduístas;

Textos sagrados para os cristãos católicos;

Textos sagrados para os cristãos evangélicos;

Textos sagrados para os espíritas;

Tradições orais africanas;

Literatura oral e escrita narrativa, mensagem.

113

3º TRIMESTRE

CONTEÚDO BÁSICO: Símbolos Religiosos

Os significados dos símbolos religiosos, dos gestos, sons, formas, cores

e textos;

Símbolos budistas;

Símbolos judeus;

Símbolos muçulmanos;

Símbolos hindus;

Símbolos católicos;

Símbolos evangélicos;

Símbolos espíritas;

Símbolos afros descendentes;

Símbolos para as religiões indígenas.

7º ANO

1º TRIMESTRE

CONTEÚDO BÁSICO: Festas Religiosas

Introdução a festas religiosas e a música e a dança como elementos

básicos das comemorações;

A Festa das Flores ou Hanamatsuri (budista);

O Ramadã e a Festa do Eid (islamismo);

O Pessach – a páscoa judaica;

A páscoa cristã;

Festa religiosa na tradição afro – lemanjá;

A festa do kikikoi;

Festas Hinduístas – Diwali e Holi;

Apresentação em grupos das festas vistas no bimestre.

2º TRIMESTRE

CONTEÚDO BÁSICO: Temporalidade Sagrada

Definição de Temporalidade Sagrada;

Tempo Sagrado: Finados;

114

O dia das crianças;

Dia Internacional da Oração pela Paz

Pentecostes;

O Ano Novo ou réveillon;

O Apocalipse;

Kumbh Mela;

Losar – Passagem de ano Tibetano;

Os calendários e seus tempos sagrados;

CONTEÚDO BÁSICO: Ritos

O que é um ritual?

Ritos Judaicos – Circuncisão e Bar Mitsvah;

O Batismo, o Terço, a expiação dos pecados e o casamento;

Ritos budistas – Meditação e Velório;

Rituais indígenas;

Rituais hinduístas;

Rituais de Religião Tradicional Africana;

O Rito da iniciação (Filme Happy Feet).

3º TRIMESTRE

CONTEÚDO BÁSICO: Vida e Morte

Origem da Vida? Origem do quê?

Vida após a Morte. A Vida é o fim ou é o começo de uma nova vida?

Mito afro – brasileiro e indígenas que narram a morte;

A morte para os Egípcios;

A morte na tribo Baulé – Costa do Marfim;

Famadihana;

Festa dos Mortos – Tradição mexicana;

A morte para os budistas;

A morte na Doutrina Espírita;

A morte no Hinduísmo.

115

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Será iniciado o trabalho a partir da valorização do universo cultural dos

alunos, atribuindo uma pluralidade social e garantindo a liberdade religiosa. A

linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino religioso será pedagógica

respeitando as diversidades religiosas.

Tendo como ponto de partida o sagrado, devemos assegurar a

especificidades dos conteúdos, garantindo sua aproximação com as demais

áreas de conhecimento.

Será respeitada a liberdade de consciência e as opções religiosas,

tendo em vista a razão e a valorização do universo do sagrado e a diversidade

sociocultural. Será visada a compreensão da realidade através dos vários

dogmas.

Serão utilizados filmes, vídeos, imagens, sons (TV pendrive), jogos

educativos, teatros, leituras do caderno pedagógico de Ensino Religioso e

pesquisas no laboratório de informática.

AVALIAÇÃO

A avaliação será contínua, baseada na participação do educando

cumprindo as atividades propostas, sendo elas apresentadas em forma de

trabalho escrito e em seminários expositivos. Serão também avaliados os

trabalhos em grupos e a elaboração de cartazes e mensagens realizados

dentro e fora da sala de aula. Tais instrumentos serão aplicados com o objetivo

de observar se os objetivos propostos pelo professor foram alcançados, pois

esta disciplina não tem caráter de aferição de notas ou conceitos.

Através da avaliação o professor poderá analisar sua prática pedagógica

através dos conhecimentos adquiridos pelos alunos e assim buscando atingir

os interesses do educando, mas nunca deixando de privilegiar os conteúdos

propostos, elaborados e apresentados na Diretriz Curricular da Rede Publica

de Educação Básica do Estado do Paraná, que norteiam o planejamento diário

116

da disciplina de Ensino Religioso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2011. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. HOFFMANN, Martinho Lutero. O Fenômeno Religioso. Texto usado nas aulas de cultura religiosa da universidade Luterana do Brasil, 2002. KUCHENBECKER, Valter. O Homem e o Sagrado 5. ed. Canoas; Editora Ulbra, 2000. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Ensino Fundamental. 2008. SMITH, HUSTN. As Religiões do Mundo.São Paulo; Cultrix,1991. STEYR, Walter O. Da Igreja até a Reforma. In: KUCHENBECKER, Valter. O Homem e o sagrado. Canoas: Editora da Ulbra, 2000, (p.15).

ZICMAN, Renée; MOREIRA, Alberto. Misticismo e novas religiões. Petrópolis; VOZES 1994.

117

9. ESPAÇO CULTURAL PARANAENSE

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Disciplina Espaço Cultural Paranaense procura integrar os elementos

da paisagem física ou natural à presença das sociedades humanas,

proporcionando desta forma uma melhor compreensão do mundo em que

vivemos. Compreensão necessária para que nos tornemos cidadãos plenos,

reflitamos sobre o mundo que nos cerca e tenhamos uma visão crítica do

mundo e de suas incessantes modificações.

Segundo orientação da DCE de Geografia (2008), o Paraná será

estudado tendo como foco o espaço geográfico e as relações entre sociedade

e natureza, tendo em vista as relações entre o global e o local e vice- versa,

para que o aluno possa compreender nosso estado a partir de uma perspectiva

regional, mas também do espaço que o Paraná ocupa no mundo. Além disso,

serão valorizados aspectos específicos da nossa região sudoeste, e das

demais regiões do estado do Paraná.

Conforme DCE de Sociologia os conteúdos selecionados deverão ser

trabalhados mediante a abordagem dos conteúdos estruturantes como:

aspectos sociológicos como cultura e indústria cultural, poder, política e

ideologia, direitos, cidadania e movimentos sociais.

Para que possamos compreender a importância da disciplina vamos

analisar os fatores históricos que contribuíram para o desenvolvimento do que

discutimos. Salientamos que esta disciplina tem um enfoque geográfico, mas

também sociológico do espaço paranaense.

Na primeira metade do século XX, a Geografia Humana focalizava a descrição e a explicação da diversidade regional da terra. Como as culturas nunca aparecem semelhantes em lugares diversos, cultura serviu como um fator importante da explicação da diversidade da superfície terrestre. O estudo estava todavia fundado sobre um princípio frágil: o pesquisador buscou explicar as características de um lugar ou de uma região através da análise dos seus aspectos econômicos, sociais e políticos. Caso não fosse possível fazê-lo, o pesquisador recorria aos dados culturais: o fator cultural sempre apareceu como um fator residual. (CLAVAL, 2002, p. 23)

118

A cultura consegue explicar os múltiplos fatores de diferenciação do

espaço geográfico, e da modificação realizada pelo homem. Além das relações

diferenciadas existentes nas sociedades, expressas como fatores importantes

juntamente com a economia.

A geografia cultural é um ramo da ciência geográfica que nos auxilia na

compreensão das teorias e instrumentos que utilizaremos nessa disciplina. A

geografia foi sistematizada enquanto ciência no século XIX, mas através da

descrição das paisagens e a necessidade do homem de viver em áreas das

quais necessitava conhecer, aparece como a primeira ciência que foi posta em

prática para o conhecimento do espaço geográfico. Já geografia cultural surgiu,

a partir do século XX como um ramo da geografia que permitia uma

compreensão das relações humanas expressas no espaço geográfico.

A geografia cultural tem suas origens na Europa do final do século XIX e início do século XX juntamente com a sistematização da geografia como ciência acadêmica no debate sobre sua identidade, ou seja, sobre o que era inerente a ela como ciência. A esse período de suas origens relaciona-se também, o debate entre o positivismo e o historicismo que influenciou de forma significativa em sua sistematização. (OLIVEIRA, 2003, p. 02)

Os grandes pensadores da geografia também contribuíram para o

desenvolvimento do pensamento geográfico na área cultural, como Frederich

Ratzel e Vidal de La Blache, como citado por Oliveira:

Apesar das diferenças conceituais e teóricas entre Ratzel e La Blache, a colaboração dos dois para a geografia cultural reside no fato de ambos conceberem a cultura como um meio entre o homem e o meio natural. A concepção de cultura, contudo, se limitava aos utensílios, técnicas e formas de habitar que permitiam aos grupo modelar as paisagens. (OLIVEIRA, 2003, p. 02)

A Geografia se desenvolveu enquanto ciência e foram desenvolvidas

linhas de pensamento que refletiam a maneira de pensar o objeto da ciência

que é o espaço geográfico. Cada Geógrafo defendia sua ideologia baseado em

aspectos diferenciados, como o positivismo e a perspectiva crítica que tem

fundamento na metodologia materialista-histórico-dialética.

A escola francesa de geografia, a mais importante matriz da geografia brasileira, priorizava os estudos regionais e a cultura se constituía em mais um elemento da complexa combinação de

119

elementos que forneciam a identidade regional. A geografia saueriana, a despeito dos esforços do geógrafo brasileiro Hilgard Sternberg […]. Durante a década de 1970 e 1980 a geografia brasileira dividia-se em três linhas, de acordo com a tradição francesa, segundo a visão teorético- quantitativa e de acordo, após 1980, com a perspectiva crítica, calcada no materialismo histórico e dialético. (CORRÊA, 2003, p. 97)

Para nos posicionarmos inteligentemente frente a este mundo, temos de

conhecê-lo bem. E a importância da disciplina está no fato de podermos

conhecer bem nosso estado e nossa região, pois este conhecimento apesar de

estar impregnado nas aulas de geografia, tem um espaço para ser detalhado e

esmiuçado através desta disciplina. É importante conhecermos os aspectos do

espaço geográfico em que vivemos para vivermos nele de forma consciente e

crítica, e tais conhecimentos são adquiridos através do estudo de seus

fundamentos e da dinâmica de formação, desvendando desta forma os seus

mecanismos de constituição.

Conhecer as características gerais do Estado, bem como o espaço físico

e os recursos naturais; as relações entre sociedade e natureza, considerando o

local, o regional, o estado, o Brasil e o mundo; a cultura e o espaço: relações

éticas, de poder, políticas, sociais e econômicas é de fundamental relevância

para entender sobre a organização territorial do Paraná, bem como sobre a

forma como ocorreu a apropriação desse espaço físico e social é relevante

para formarmos cidadãos.

O econômico, o político e o social nunca existiram como categorias imutáveis e independentes do espaço onde se encontram. Elas dependem da cultura do seio da qual funcionam. São exemplos desta constatação o desenvolvimento de estudos sobre: a dimensão cultural do consumo, no campo da geografia econômica e da economia; a governabilidade nas ciências políticas. (CLAVAL, 2002, p. 20)

Também, torna-se fundamental identificar e caracterizar os espaços

produtivos e as desigualdades socioeconômicas, assim como, conhecer a

inserção do Paraná no contexto de globalização dos mercados, além de

discutir e conhecer a diversidade cultural paranaense.

Para melhor compreensão e objetividade os conteúdos selecionados do

Espaço e da Cultura Paranaense deverão ser trabalhados de forma

contextualizada considerando a realidade do aluno, por isso o conhecimento do

120

município e da inserção econômica e social são imprescindíveis. Para tanto,

propõem-se que os alunos pesquisem e vivenciem as diferenças culturais do

povo paranaense na sua culinária, nas variações linguísticas, tradições e

crenças, através da composição da migração que formou nosso estado.

Salientamos a importância da cultura para o conhecimento do espaço

geográfico e outros conceitos que o permeiam como região, lugar, paisagem e

território, pois todos são indissociáveis, bem como a relação existente

economia, política e cultura.

Tendo em vista que a geografia cultural se constitui na relação entre espaço e cultura, busca-se a partir desse campo teórico compreender as problemáticas geográficas por meio dos aspectos da cultura material e não material. Tal finalidade tem em vista que a análise de algumas questões apenas sobre o ponto de vista político ou econômico não dão conta de compreendê-las, o que vem cada vez mais evidenciar o papel da cultura e sua importância. (OLIVEIRA, 2003, p. 06)

De acordo com a Diretriz Curricular de Geografia, os interesses que

definiram, em todas correntes do pensamento geográfico, a evolução da

Geografia como ciência e disciplina escolar, possuem uma relação estreita com

os conteúdos estruturantes como aspectos econômicos, políticos, culturais e

demográficos e socioambientais.

Sendo o espaço geográfico um produto da sociedade o principal objeto

de estudo proposto pela Diretriz Curricular Estadual as metodologias de ensino

devem considerar as relações políticas, culturais e sociais, além de considerar

as diferentes abordagens dos conceitos geográficos e seus diferentes vínculos

políticos e ideológicos.

Os recortes culturais, sociais e históricos que permeiam a dinâmica de

uma sociedade e consequentemente modificam seu espaço devem ser

apresentados pelo professor através de situações-problemas, que devem estar

relacionados com o conteúdo a ser desenvolvido. Problematizar requer um

conhecimento crítico do espaço e das relações sociais.

É importante ressaltar que em virtude das constantes mudanças no perfil

do aluno e das situações no cotidiano escolar, a diversificação das aulas aliada

121

a um bom planejamento do professor e a utilização de recursos didáticos,

transformam-se em importante ferramenta para o processo de ensino

aprendizagem e o despertar do interesse dos alunos. Por isso, as metodologias

diferenciadas são importantes no processo pedagógico.

Assim buscar novas formas para uma melhor compreensão do espaço e

das relações do homem na sociedade através das manifestações culturais,

permite maior facilidade de comunicação e aprendizagem. Estas manifestações

se mostram em diferentes ritmos e formas como afirma CLAVAL (2007, p. 63):

―A cultura é a soma dos comportamentos, dos saberes, das técnicas, dos conhecimentos e dos valores acumulados pelos indivíduos durante suas vidas e, em uma outra escala, pelo conjunto dos grupos de que fazem parte. A cultura é transmitida de uma geração a outra.‖

As manifestações culturais também são reflexos das novas formas de

apropriação do espaço pelo homem, sempre em busca de novas oportunidades

e condições dignas de vida. Os diferentes recortes espaciais que resultam

deste processo, tornam-se mais evidentes no espaço das cidades, criando

assim dois tipos de cultura, conforme SANTOS (1998, p. 66):

―A cultura de massas... responde afirmativamente à vontade de uniformização e indiferenciação que é, frequentemente, exterior ao corpo social. A cultura popular tem suas raízes na terra em que se vive, simboliza o homem e seu entorno, a vontade de enfrentar o futuro sem romper a continuidade...mesmo desenraizada busca a reconstrução desta nova cultura popular que é ao mesmo tempo filosofia e por isso, um caminho para a libertação‖.

Todos nós adquirimos nossas características humanas em um contexto

sociocultural. Nesse aspecto Haesbaert (1999, p. 171) apud OLIVEIRA cita que

―Os grupos sociais podem muito bem forjar territórios em que a dimensão

simbólica (como aquela promovida pelas identidades) se sobrepõe à dimensão

mais concreta (como a do domínio público que faz uso de fronteiras para se

fortalecer)‖.

O homem é um ser cultural, mas a cultura não é tudo no ser humano. A

cultura, essa capacidade (re)criadora, permite ao Homem (re)produzir o mundo

dinamizando a existência dos existentes. O fato de estar sempre criando ou

(re)criando sua obra ou suas manifestações faz da cultura uma das marcas

mais tipicamente humanas, pois é principalmente pela sua capacidade de

122

recriar o mundo e as manifestações culturais que o homem se diferencia dos

demais existentes.

Portanto, a cultura em seu aspecto mais completo, ou seja, não “somente a

produção de objetos materiais, mas um sistema cultural (valores morais,

éticos, hábitos e significados …), um sistema simbólico (mitos e ritos […]) e

um sistema imaginário” (ZANATTA, 2008, p. 254), torna-se um meio pelo

qual o indivíduo, ou grupo, torna inteligível o espaço e a forma de viver e

atuar nele. (OLIVEIRA, 2003, p. 02)

O Homem se caracteriza a partir de diferentes e diversas dimensões,

mas não se limita a eles. Uma dessas dimensões, talvez uma das mais amplas

e complexas para o entendimento seja a cultura. O Homem não se limita ao

mundo natural; ele o transcende e o transforma. Transcende porque tem

expectativas que não se limitam ao mundo como ele se apresenta e nem à sua

materialidade. Transforma porque o recria constantemente, imprimindo sua

marca: a marca da cultura. Em razão disso é que dizemos que o Homem se

humaniza produzindo seu mundo, gerando sua marca cultural ou as diferentes

manifestações culturais.

O aperfeiçoamento do nosso educando como pessoa humana, deve

priorizar a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do

pensamento crítico.

O ensino necessita ampliar as possibilidades de um conhecimento

estruturado e equilibrado pela escola, que conduza o aluno para sua autonomia

necessária para garantir sua cidadania de forma equilibrada e sustentável.

Todos os elementos: naturais, culturais e técnicos, bem como as

relações socioculturais e político-econômicos podem ser considerados

norteadores para as diretrizes curriculares do ensino nesta disciplina,

considerando toda a dinâmica estabelecida entre os seus fatores de ligação e

interlocução, para que o aluno sinta-se envolvido e integrado a realidade da

sociedade que o cerca, sabendo avaliar, localizar no tempo e espaço a

cronologia histórica dos acontecimentos geográficos, interagindo, construindo

parâmetros que levam a uma evolução no aspecto construtivista geográfico.

A partir do exposto sobre a teoria de ensino pode-se acrescentar que a

relevância dessa disciplina esta no fato de que todos os acontecimentos do

123

mundo têm dimensões parciais onde o espaço e a materialização dos tempos e

da vida social estão refletidos no espaço geográfico.

Muitas foram às denominações propostas para o objeto, hoje entendidas

como o Espaço Geográfico e sua composição conceitual básica – lugar,

paisagem, região, território, natureza, sociedade, entre outros.

Porém a expressão Espaço Geográfico, bem como sua composição

conceitual, não se auto explicam. Exigem esclarecimento, pois, depende das

correntes de pensamento que assumem posições filosóficas e políticas

distintas.

Considerando que conforme as Diretrizes Curriculares pretende-se a

formação de um aluno consciente das relações socioespaciais de seu tempo,

assume-se o quadro conceitual das teorias críticas, ou seja, desconsidera as

linhas de pensamento que negam, em suas construções conceituais, os

conflitos e as contradições sociais, econômicas, culturais e políticas que

constituem o espaço geográfico, consideradas acríticas.

O entendimento e o conhecimento do espaço e da cultura em que o

aluno vive de forma contextualizada torna os conteúdos significativos e

atrativos, desta forma, a disciplina Espaço e Cultura Paranaense vem avultar

através da pesquisa o resgate das diferentes culturas do povo paranaense na

sua culinária, variações linguísticas, tradições e crenças e a relação destes

com o meio ambiente.

Partir do conhecimento da cultura local, da compreensão do seu povo,

para assim entender a cultura de outras pessoas, oportuniza a inter-relação

entre as culturas permitindo a ampliação do cabedal intelectual dos educandos.

Entre os conhecimentos pertinentes para esta disciplina os professores

deste colégio relacionaram: os aspectos físicos do estado como relevo,

hidrografia, clima, solo e vegetação, configuração territorial, agricultura, a

formação das cidades e a urbanização, impactos ambientais, a diversidade

cultural, sendo que em todos os conteúdos trabalhados estarão relacionados

aspectos das regiões do nosso estado e à questões globais.

124

Como citado na DCE de Sociologia (2008, p. 93) ―Em vez de receber

respostas prontas […] deve ensinar o aluno a fazer perguntas e a buscar

respostas n seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na

própria escola, na família, nos programas de televisão, nos noticiários, nos

livros de História etc...‖. Sendo o contextualizar os conteúdos uma importante

ação pedagógica para que o conhecimento seja apropriado pelos alunos. Ao

invés de apresentar o conteúdo de forma distante, o que está sendo ensinado

começa a fazer parte da vida do aluno, com sentido de compreender tanto as

relações sociais, como a formação e a transformação do espaço geográfico.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Pretende-se com esta disciplina, para Educação em Tempo Integral,

contribuir na discussão sobre a organização territorial do Paraná, bem como

sobre a forma como ocorreu à apropriação desse espaço físico e social.

Torna-se importante identificar e caracterizar os espaços produtivos e as

desigualdades socioeconômicas, assim como, conhecer a inserção do Paraná

no contexto de globalização dos mercados, além de discutir e conhecer a

diversidade cultural paranaense.

CONTEÚDOS

6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico,

Dimensão política do espaço geográfico,

125

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico,

Dimensão socioambiental do espaço Geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Feições geomorfológicas do Paraná;

Hidrografia paranaense;

Clima, solo e vegetação do Paraná;

Configuração territorial do Paraná;

Paisagem paranaense e suas transformações ao longo do tempo.

7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico,

Dimensão política do espaço geográfico,

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico,

Dimensão socioambiental do espaço Geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

126

O espaço rural e a modernização da agricultura;

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A agropecuária no Paraná ao longo do tempo;

Os tipos de agriculturas desenvolvidas no Paraná (orgânica,

convencional, transgênica, tradicional, entre outras e seus impactos

econômicos, sociais, políticos e ambientais);

A urbanização paranaense ao longo do tempo;

Os impactos sociais, econômicos, políticos e ambientais da urbanização

recente no/do local.

8° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico,

Dimensão política do espaço geográfico,

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico,

Dimensão socioambiental do espaço Geográfico.

Cultura e Indústria Cultural

CONTEÚDOS BÁSICOS

127

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição

na análise das diferentes sociedades;

Diversidade Cultural.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Os diferentes povos (indígenas, africanos, europeus, asiáticos, árabes e

migrantes de outros estados brasileiros, inclusive os paranaenses) suas

culturas e tradições que formam o povo paranaense (nos aspectos

religiosos, artísticos, alimentares, entre outros);

Identidades Culturais.

9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico;

Dimensão política do espaço geográfico;

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;

Dimensão socioambiental do espaço Geográfico;

Poder, Política e Ideologia.

CONTEÚDOS BÁSICOS

O espaço em rede, produção, transporte e comunicações na atual

configuração territorial;

128

Relações de poder - Conceito de dominação.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

As redes de produção, transporte e comunicação que interligam o

território paranaense em suas diferentes escalas de atuação;

Os impactos econômicos e políticos das redes no Paraná;

Os parceiros econômicos do Paraná (exportação e importação);

Poder e Riqueza;

Mecanismos de dominação;

Questão da Terra.

METODOLOGIA

Esta disciplina, proposta para a Educação em Tempo Integral está

embasada em conteúdos de Geografia e Sociologia, os conteúdos

selecionados para o estudo do Espaço e da Cultura Paranaense devem ser

trabalhados de forma contextualizada, tornando-os significativos e atrativos aos

alunos. Para tanto, propõem-se que os alunos pesquisem e vivenciem as

diferenças culturais do povo paranaense na sua culinária, nas variações

linguísticas, tradições e crenas. O trabalho pedagógico deverá ser realizado de

maneira que instigue e desafie o aluno a aprender o ponto de partida, a

realidade concreta, vivida e experimentada por todos nós.

Os conteúdos básicos serão trabalhados de forma crítica e dinâmica,

interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos

129

fundamentos teóricos propostos utilizando a cartografia como linguagem

essencial, possibilitando transitar entre as diferentes escalas espaciais, ou seja,

do local ao regional e vice-versa.

Partindo do estudo da escala local, onde os alunos vivem colabora-se

para a compreensão de outras escalas e posteriormente sobre as interrelações

entre elas, para tanto deve-se observar os conteúdos previstos.

Propõem-se trabalhar com diferentes metodologias e recursos, como:

aulas de campo, produção de vídeos e ensaios fotográficos, produção e

circulação de informativo escolar, produção de maquetes, pesquisas,

entrevistas e divulgação dos resultados, que permitam a construção do

conhecimento pelos próprios educandos.

O professor deve promover a compreensão, comparação e análise para

facilitar a interpretação e compreensão da realidade e valorização do meio em

que vive. Para desenvolver melhor o aprendizado serão utilizados mapas, livros

didáticos, revistas, jornais, transparências, murais e cartazes interpretativos,

plantas, maquetes e símbolos cartográficos ampliados.

Além da sala de aula, os alunos poderão ter aulas de campo sobre:

conscientização da conservação dos rios e córregos e visita a centros

meteorológicos para um aprofundamento em relação às mudanças climáticas,

pesquisa e estudo de campo, uso de laboratório de informática.

Essas práticas pedagógicas devem apresentar aos alunos os diferentes

aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes momentos da escolaridade,

de modo que os alunos possam construir compreensões novas e mais

complexas a seu respeito. Dessa forma desenvolverá a capacidade de

identificar e refletir sobre aspectos da realidade. As práticas envolvem

procedimentos de problematização, observação, registros, descrição,

documentação, representação e pesquisa dos fenômenos sociais, culturais ou

naturais que compõem a paisagem e o espaço Geográfico Paranaense.

O professor deve estar atento a Lei nº. 10.639/03 que altera a Lei nº.

9.394/1996, a qual torna obrigatório abordar temas sobre a Cultura Afro-

130

brasileira e Africana. Essa temática poderá ser trabalhada nos diferentes anos,

através de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos, entre outros. Abordando

conhecimentos sobre: miscigenação dos povos, a distribuição espacial da

população Afro-descendente no Paraná e no Brasil, Além de trabalhar os

conteúdos básicos em sala de aula, o professor quando necessário pode

promover aulas de campo, educação fiscal, especial e diversidades culturais e

raciais que objetiva prepará-lo para a vida, dotando de conhecimentos saberes

e habilidades.

Os conteúdos trabalhados devem contribuir para uma leitura crítica das

contradições e conflitos de toda ordem implícita e explícita no Espaço

Geográfico, pois os alunos precisarão compreender o porquê das localizações,

das relações políticas, sociais, culturais e econômicas.

Proporcionar um estudo que busque junto ao aluno uma postura crítica

diante da realidade, comprometida com o homem, sociedade e natureza, numa

versão mais real e humana.

Pode-se articular e selecionar outros conteúdos básicos que envolverão

também aspectos socioambientais e culturais de diversos espaços do Brasil.

A todo o momento, as categorias de análise do espaço geográfico

relações de poder, espaço/temporais e sociedade/natureza deverão estar

presentes.

As questões geográficas relacionadas ao atual período histórico do

Paraná poderão ser enfocadas para que os conceitos básicos de lugar,

território, paisagem, região sociedade, natureza e rede, sejam tratadas de

maneira mais complexa e crítica. Os problemas urbanos e rurais, as questões

fundiárias, os poderes paralelos, a produção e o consumo dos espaços da

cidade e do campo do Paraná, permitem retomar discussões políticas,

econômicas, socioambientais e culturais/demográficas.

Caberá ao professor fazer as adaptações curriculares de acordo com as

necessidades dos educandos, bem como adequar os conteúdos, enriquecê-los

de acordo com sua realidade.

131

Recursos a serem utilizados para o desenvolvimento das atividade

pedagógicas: livros; revistas; textos complementares; máquinas fotográficas

digitais e ou filmadora; gravadores; Laboratório de Informática; impressoras; TV

e Pendrive, Vídeos.

RECURSOS: Filmes, documentários e vídeos:

A Guerra dos pelados. Direção: Sylvio Back, 1970. Duração: 98 minutos.

Documentário Geada Negra. Direção: Adriano Justino, 2010.

O preço da paz. Direção: Paulo Morelli, 2003. Duração: 103 minutos.

A Saga da terra vermelha brotou o sangue. Direção: Manaoos Aristides,

2002.

GAIJIN Ama-me como sou. Direção: Tizuka Yamazaki, 2002. Duração:

130 minutos.

Onde você estava: A revolta dos posseiros. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=W-___SpM1ac Acesso em:

11/09/2012.

Revolta dos posseiros/Colonos de 1957 no Sudoeste do PR (1).

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=TIVuyHqtyrs Acesso

em: 13/09/2012.

Revolta dos posseiros/Colonos de 1957 no Sudoeste do PR (2).

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=dVHojkdLiWc Acesso

em: 13/09/2012.

Revolta dos posseiros/Colonos de 1957 no Sudoeste do PR (6).

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=w7ETmqPvoqc Acesso

em: 13/09/2012

132

Meu Paraná Ilha do Mel. Parte 01. Disponível em:

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?

id=23093. Acesso em: 10/09/2012.

Meu Paraná Ilha do Mel. Parte 02. Disponível em:

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?

id=23092. Acesso em: 10/09/2012.

Meu Paraná: Guerra do Contestado Parte 01. Disponível em:

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?

id=23090 Acesso em: 10/09/2012.

Meu Paraná: Guerra do Contestado Parte 01. Disponível em:

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?

id=23091 Acesso em: 10/09/2012.

Quilombolas de João Surá – 200 anos – Parte I. Disponível

em:http://www.youtube.com/watch?v=1gcX-khUkPU Acesso em: 14 set

2012.

Quilombolas de João Surá – 200 – Parte II. Disponível

em:http://www.youtube.com/watch?v=Yv1qqpabiuU. Acesso em:

14/09/2012.

Quilombolas de João Surá – 200 – Parte III. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=pwU6thN9VxQ. Acesso em

em:14/09/2012.

Ofícios - Clarinda, a farinheira. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=mtJnYKY5egU Acesso em:

14/09/2012.

Por Dentro da Escola – Tradição de São Gonçalo e Santo Antônio.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=lhg2AYHoQUk. Acesso

em: 14/09/2012.

Identidades Culturais

133

As várias faces do Paraná - parte I

As várias faces do Paraná - parte II

AVALIAÇÃO

A avaliação não pode ser pensada e realizada sem uma vinculação

intrínseca com o modo como concebemos o conteúdo e como definimos os

objetivos e a metodologia. A avaliação mais condizente com os fundamentos

gerais é aquela que se dá contínua e cumulativamente, pressupondo uma clara

articulação entre objetivos, práticas metodológicas e instrumentos.

Ela deve ter uma clara função diagnóstica, formativa e somativa com

atividades de avaliação vistas como uma oportunidade de reflexão sobre o

próprio processo de ensino e seus resultados. Provas trimestrais podem ser

cumpridas sem prejuízo da filosofia da avaliação que acabamos de delinear. As

mesmas podem se centrar na leitura de textos e resolução de questões de

compreensão ou por atividades de escrita (resumo, parágrafos, textos,

exercícios de reconhecimento, pequenas dissertações, análise). Poderão ser

utilizados, ainda como instrumentos de avaliação leitura, interpretação e

produção de textos geográficos; leitura e interpretação de fotos; imagens e

diferentes tipos de mapas; pesquisas bibliográficas, aulas de campo,

interpretação de diferentes tabelas e gráficos, de forma individual e ou

coletivas.

A prática da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento

escolar será contínua e diagnóstica. Deverá ser assumida como um

instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra

o aluno.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos

134

poderão rever as práticas desenvolvidas até então para identificar lacunas no

processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem à superação das dificuldades.

A avaliação poderá ser realizada a partir do diálogo entre alunos e

professores, de forma individual ou coletiva. Assim o aprendizado e avaliação

poderão ser compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de

modo continuo, processual e diversificado.

O professor deverá, então, observar se os alunos formaram os conceitos

geográficos e assimilaram a relação de poder, de espaço, tempo e de

sociedade/natureza para compreender o espaço nas diferentes escalas

geográficas.

A recuperação de conteúdos será proporcionada no decorrer do período

letivo. Destinando-se aos alunos com aproveitamento insuficiente, atendendo à

resolução nº 023/2000: ‖A recuperação será oferecida de forma paralela

sempre que for diagnosticada insuficiência durante o processo regular de

apropriação, de conhecimento e de competências pelo aluno― (Conselho

Estadual de Educação, 2000).

A recuperação paralela de conteúdos envolverá todos os alunos,

retomando os conteúdos com atividades, de forma diferenciada, reconstruindo

o conhecimento e entendendo que cada aluno tem uma forma de assimilação.

Durante o processo de recuperação de conteúdos, sempre que se fizer

necessário, novas estratégias serão colocadas em vigor, revisando as

atividades já trabalhadas, reforçando as explicações por meio de novos

estudos e atividades complementares, destacando a chamada avaliação

diagnóstica, formativa e somativa.

Os alunos serão avaliados de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula

zero), sendo que para a aprovação o aluno deverá ter média mínima de 6,0

(seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento). A

todos os alunos será ofertada a recuperação de conteúdos e notas, se

necessário, através de atividades desenvolvidas no decorrer de cada trimestre,

135

analisando as produções, os avanços realizados, de acordo com as

necessidades de cada aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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136

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138

10. FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de Filosofia no Ensino Médio tem a pretensão de fornecer ao

aluno um método de reflexão frente à realidade, capaz de superar a visão

simplista de mundo, fundamentada no senso comum, levando-o a ter uma

visão mais crítica que poderá conduzi-lo a uma ação transformadora.

A LDB reconhece a importância da filosofia na formação do indivíduo,

sendo uma disciplina que passou por várias fases, tanto que ao ler a sua

história podemos perceber duas tendências na luta pelo seu reconhecimento

diante das seguintes insistentes perguntas: Para que filosofia? Qual filosofia

ensinar? Com a proclamação da República passou a fazer parte dos currículos

escolares, tornando-se obrigatória. Em seguida com as Leis 4.024/61 e

5.692/71 deixou de ser obrigatória, pois o pensamento crítico deveria ser

reprimido, principalmente a partir de 1964.

Em 1995, com a mudança de governo a Proposta Curricular de filosofia

deixou de ser aplicada em todas as escolas do Estado do Paraná. Somente a

partir da Lei 9394/96, a Filosofia começa a ser discutida e percebida como uma

disciplina fundamental para exercer plenamente a cidadania, uma vez que o

educando necessita compreender o universo cultural em que está inserido. A

filosofia surge no amplo diálogo da praça pública grega, onde cada cidadão

podia se pronunciar desenvolvendo assim o espírito crítico com o diálogo e o

debate, daquilo que era melhor para cada um e para sua cidade. Nesse ponto

ressalta-se o papel da filosofia na sua natureza reflexiva, aflorando a

capacidade de o homem pensar e avaliar a sua condição e suas relações com

os outros e com o mundo em sua totalidade.

No Estado do Paraná, foi aprovada a Lei 15.228, em julho de 2006

tornando a Filosofia e a Sociologia obrigatórias na Matriz Curricular do Ensino

Médio.

A Filosofia, que tem sua origem na Grécia antiga, traz consigo o

problema de seu ensino a partir do embate entre o pensamento de Platão e as

teorias dos sofistas. Naquele momento tratava-se de compreender a relação

139

entre o conhecimento e o papel da retórica no ensino. Por um lado Platão

admitia que, sem uma noção básica das técnicas de persuasão, a prática do

ensino da Filosofia teria o efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado, também

pensava que se o ensino da filosofia se limitasse à transmissão das técnicas de

sedução do ouvinte, por meio de discursos, o perigo seria outro: a Filosofia

favoreceria posturas polêmicas, como o relativismo moral e o uso pernicioso do

conhecimento. A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o

ensino de Filosofia é garantir que os métodos de ensino não lhe deturpem o

conteúdo.

A história da filosofia e as ideias dos filósofos que nos precederam

constituem, assim, uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar

constantemente as discussões realizadas pelo professor e pelos estudantes

em sala de aula. Os problemas, as ideias, os conceitos e os conteúdos serão

desenvolvidos, de tal forma que os diversos períodos da história da filosofia e

as diversas maneiras através das quais eles discutem as questões filosóficas

sejam levados em consideração.

É uma disciplina que possui uma amplitude de conhecimentos, capaz de

oferecer aos educandos a compreensão da complexidade do mundo

contemporâneo, viabilizando também interfaces com outras disciplinas, pois

requer do estudante uma visão do todo, compromisso consigo mesmo, com o

outro e com o mundo, visando o bem comum de toda a sociedade.

Neste sentido a Filosofia é algo dinâmico e não estático, pois ela não

tem a função apenas de revelar o mundo que aí está, mas de apontar uma

direção lógica e crítica para a ação. E, por ter um compromisso com a verdade,

ela não poderá ser neutra ou parcial diante dos problemas que afligem a

sociedade.

Sabemos que é dever da escola, resgatar os costumes, valores,

tradições, construir conhecimentos científicos, tecnológicos que lhes

proporcionem autonomia nas decisões, preparando assim o educando para

uma ação política efetiva, exigindo seus direitos e cumprindo com seus

deveres.

140

OBJETIVOS

Questionar e questionar-se sobre a realidade deste mundo do qual

fazemos parte.

Despertar para uma tomada de posição crítica frente aos problemas

cotidianos.

Formar o hábito do pensamento crítico com atitudes positivas tendo

por base a essência das coisas.

Superar a concepção de Filosofia como mera apreensão da

realidade e favorecer a ação consciente, fundamentada na razão,

que assegure um futuro melhor para si e para a humanidade.

Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos

discursivos nas Ciências Naturais e Humanas, nas Artes e em outras

produções culturais.

Compreender os elementos cognitivos, efetivos, sociais e culturais

que constituem a identidade própria e a dos outros.

Compreender e assimilar as diversas visões de mundo, bem como se

perceber integrante e participante deste mesmo mundo.

Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais,

políticas e econômicas, associando-as às práticas dos diferentes

grupos e atores sociais, aos princípios que regulam a convivência em

sociedade, aos direitos e deveres da cidadania, á justiça e á

distribuição dos benefícios econômicos.

Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros,

especificamente aqueles que dizem respeito ás articulações entre a

Filosofia e as Ciências Naturais.

Produzir novos discursos sobre as diferentes realidades sociais, a

partir das observações e reflexões realizadas.

Lidar de maneira construtiva com as diferenças, de forma a atuar em

equipe, construir, realizar e avaliar projetos de ação escolar.

Elaborar, organizar e transcrever ou expor oralmente, o que foi

apropriado, de maneira satisfatória.

Debater, tomando uma posição, procurando defendê-la através de

141

afirmações, mudando de posição diante de argumentos mais

consistentes.

Observar nas práticas sociais o respeito/desrespeito à vida, às

instituições ou ao patrimônio, bem como o conhecimento ou não dos

direitos e deveres no exercício da cidadania.

CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Mito e Filosofia

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Saber mítico;

Saber filosófico;

Relação Mito e Filosofia;

Atualidade do mito;

O que é Filosofia?

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Teoria do Conhecimento

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Possibilidade do conhecimento;

As formas de conhecimento;

O problema da verdade;

A questão do método;

Conhecimento e lógica.

2ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ÉTICA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Ética e moral;

Pluralidade ética;

142

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Filosofia Política

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania formal e/ou participativa.

3ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Filosofia da Ciência

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Concepções de ciência;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência;

Ciência e ideologia;

Ciência e ética.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Estética

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, etc.;

Estética e sociedade.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Para que os alunos obtenham conhecimentos filosóficos, o professor em

sua prática pedagógica deverá delimitar questões que possibilitam desenvolver

143

nos educandos um pensamento autônomo, analítico e crítico. Isso é muito

importante porque não se pode intervir numa realidade sem conhecê-la.

Tais objetivos serão trabalhados, exercitados e assimilados através dos

seguintes procedimentos: aulas expositivas, (dialogadas), leituras, pesquisas

bibliográficas, participação em debates, palestras ou seminários, análise de

textos, documentos históricos, músicas, artigos de jornais e revistas, cd-rom,

filmes, visitas à instituições, entrevistas e exposições orais dos próprios

educandos.

Em cada conteúdo específico, serão seguidos os seguintes passos:

Mobilização: É o momento onde serão apresentados aos alunos os

objetivos e os tópicos da unidade que se pretende estudar, e em seguida

há o diálogo sobre os mesmos. Então os alunos mostram sua vivência

do conteúdo, isto é, o que já sabem sobre o assunto a ser trabalhado e

perguntam tudo o que gostariam de saber sobre o assunto.

Problematização: É quando os educandos identificam os principais

problemas postos pela prática e pelo conteúdo curricular, seguindo-se

uma discussão sobre eles, a partir daquilo que já conhecem esclarece-

se que o conhecimento (conteúdo) vai ser construído (trabalhado) nas

dimensões conceitual, científica, social, histórica, econômica, política,

estética, religiosa, ideológica, transformadas em questões

problematizadoras.

Investigação: É a apresentação sistemático-dialógica do conteúdo

científico, contrastando-o com o cotidiano e respondendo às perguntas

das diversas dimensões propostas. É o exercício didático da relação

sujeito-objeto pela ação do aluno e mediação do professor. É o momento

da efetiva construção do novo conhecimento.

Estabelecer o contexto dos conhecimentos filosóficos, tanto em sua

origem específica quanto em outros planos, o pessoal – biográfico, o

entorno sócio político, histórico e cultural, e o horizonte das sociedades

cientifico- tecnológicas.

Criação de Conceitos: Representa a síntese do aluno, sua nova postura

mental; a demonstração do novo grau de conhecimento que chegou,

expresso pela avaliação espontânea ou formal. Não deixando de lado a

144

manifestação da nova atitude prática do educando em relação ao

conteúdo aprendido, bem como do compromisso em pôr em execução o

novo conhecimento. É a fase das intenções e propostas de ações dos

alunos.

O professor de filosofia deve fazer com que o educando entenda a sua

realidade e torne um cidadão crítico, por isso a importância de trabalhar os

temas dos Desafios Educacionais Contemporâneos como a Educação Fiscal,

através da análise de textos, estudos de documentários, reconhecendo-se

também como um sujeito histórico e capaz de transformar a sua realidade.

Como também conhecendo e respeitando a lei 10.639/06 da História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana, desenvolvendo com eles pesquisas das diferentes

culturas e suas contribuições, e o Enfrentamento da Violência na Escola

através de debates e casos reais.

Quanto à inclusão, as aulas têm que ser dinâmicas, possibilitando

atividades diversificadas, fazendo com que cada aluno receba condições

necessárias para que ocorra o aprendizado.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e processual,

isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no

processo de ensino-aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância

individual, no ensino de Filosofia, a avaliação não se resume a perceber o

quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da filosofia, ou

nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou

daquele tema.

A filosofia como prática, como discussão com o outro e como construção

de conceitos encontra seu sentido na experiência do pensamento filosófico.

Entendemos por experiência esse acontecimento inusitado que o educador

pode propiciar e preparar, porém não determinar e, menos ainda, avaliar ou

medir.

Ao avaliar o professor tem profundo respeito pelas posições do

145

estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a

capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições.

O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a

capacidade de construir e tomar posições e de detectar os princípios

subjacentes aos temas e discursos.

Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino

Médio de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:

Qual discurso tinha antes? (O educando já havia parado para pensar

sobre esse assunto? Qual é sua opinião? Essa opinião está baseada

em que?);

Qual conceito trabalhou? (O aluno seguiu qual linha de pensamento

para alcançar um novo conhecimento?)

Qual discurso tem após? (Diante do exposto, estudado, dialogado,

discutido, o aluno chega a qual conclusão sobre o assunto? Qual é sua

nova postura mental? Qual o novo grau de conhecimento a que

chegou?)

Qual conceito trabalhou? (Foi trabalhado um conceito específico ou

vários? Houve realmente uma aprendizagem? Um acréscimo do

conhecimento científico ao senso comum?)

A avaliação deverá ser contínua, permanente e diagnóstica centrada na

aprendizagem significativa que permita ao aluno uma leitura de mundo,

estando vinculada ao Projeto Político-Pedagógico do colégio:

Trabalhos individuais e em grupos.

Pesquisas a serem apresentadas e entregues.

Participação nas atividades.

Avaliações escritas.

Sempre que necessário será ofertada a recuperação de conteúdos,

através de novas metodologias: em grupo, onde os alunos que entenderam o

conteúdo e não estão com dificuldade no assunto podem auxiliar os outros em

forma de monitoramento; correção e comentário das avaliações no quadro

juntamente com toda a turma, leitura de textos complementares oportunizando

assim a melhoria da aprendizagem.

146

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARANHA, Maria L. de A. & MARTINS, Maria H. P. Filosofando- Introdução à Filosofia. São Paulo, Editora Moderna, 1986.

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia. 2ª ed. São Paulo, Editora Ãtica, 1995. ______. Filosofia. São Paulo, Ed. Ática, 2000. Série Novo Ensino Médio. MORGAN, Nestor L. Filosofia para o Século XXI. 2ª ed. Francisco Beltrão, Gráfica e Editora Berzon Ltda. 2001. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Livro Didático Público. Curitiba: SEED-PR, 2006. PARANÁ. DCE de Filosofia. Curitiba, SEED, 2008. SEVERINO, Antonio J. Filosofia. São Paulo, Cortez Editora, 1993. TELES, Antonio X. Introdução ao Estudo da Filosofia. 29ª ed. São Paulo. Ática, 1991.

147

11. FÍSICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de Física tem como objeto de estudo o Universo em toda

sua complexidade, sua evolução, suas transformações e interações que nele

ocorrem, além da aplicação de conhecimentos científicos como modelo de

elaborações humanas. Desde tempos remotos, provavelmente no período

paleolítico, a humanidade observa a natureza, na tentativa de resolver

problemas de ordem prática e de garantir subsistência. Porém, bem mais tarde

é que surgiram as primeiras sistematizações, com o interesse dos gregos em

explicar as variações cíclicas observadas nos céus.

Esses registros deram origem à astronomia, talvez a mais antiga das

ciências e, com ela, o início do estudo dos movimentos.

Entretanto, apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos,

como os árabes e os chineses, entre outros, as pesquisas sobre a História da

Física demonstram que, até o período do Renascimento, a maior parte da

ciência conhecida pode ser resumida à Geometria Euclidiana, à Astronomia

Geocêntrica de Ptolomeu (150 d. C.) e à Física de Aristóteles (384-322 a.C.).

As explicações a respeito do Universo mudam, em cada época, de

acordo com o que se conhece sobre ele. Aristóteles, no século IV a.C.,

apresentou argumentos bastante convincentes para mostrar a forma

arredondada da Terra e desenvolveu uma Física para tentar compreender a

nova visão de mundo terrestre. Essa idéia trazia alguns questionamentos,

dentre eles: como pessoas e objetos moventes não caíam da Terra? Um

percurso pode iniciar e terminar no mesmo lugar? Como a Terra não cai, já que

não há nada que a segure, como se supunha haver, quando se imaginava que

ela fosse plana?

Diante disso, compreendemos que a Física deve contribuir para a

formação de sujeitos capazes de perceber um corpo de conhecimentos

estruturado, com leis e princípios que dêem conta da compreensão do

universo, sua evolução , transformações e interações que nele se apresentam.

O conhecimento acumulado ao longo da história constitui um bem valioso na

148

educação e entendemos que esse deve ser contínuo na construção do

conhecimento. O tratamento dos diferentes campos do conhecimento envolve

uma releitura dessa área para que a definição dos temas privilegie os objetos

de estudo, explicitando, desde o início uma cidadania consciente, atuante e

solidária no que e refere ao educando.

Os objetivos são concebidos para que o aluno desenvolva aptidão que

lhe permita compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão,

utilizando conhecimentos da natureza científica e tecnológica.

Através do ensino da Física, como disciplina escolar, espera-se que

os sujeitos envolvidos neste processo, compreendam a ciência como uma

visão abstrata da realidade, que no caso da Física se apresenta sob a forma de

definições, conceitos, princípios, leis e teorias, os quais são submetidos a

rigorosos processos de validação, portanto, o ensino de Física deverá e ser

organizado de forma que, ao final do Ensino Médio, o aluno seja capaz de:

Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em

sociedade, como agente transformador de um mundo ao qual vive e em

relação aos demais seres vivos componentes do ambiente;

Compreender o estudo da Física como um processo de produção de

conhecimentos e uma atitude humana, histórica associada a aspectos

de ordem social, econômica, política e cultural;

Identificar relações entre conhecimento científico, produção tecnológica

e condições de vida no mundo atual e em sua evolução histórica,

compreendendo a tecnologia como um meio de suprir necessidades

humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas

científico-tecnológicas;

Formular questões, diagnosticar problemas reais e propor soluções para

eles a partir de elementos científicos, colocando em prática conceitos,

procedimentos e atitudes desenvolvidas no aprendizado escolar;

Saber utilizar conceitos científicos básicos associados a energia,

matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para

a coleta de dados, realizar comparações entre explicações, organização,

comunicação e discussão de fatos e informações;

149

Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa

para construção coletiva do conhecimento.

CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

Conteúdo

estruturante

Conteúdo

Básico

Conteúdo Específico Objetivos

1º trimestre

*Movimento * Momentum

- Física e suas

relações com outras

ciências;

-Medidas e Sistemas

de Unidades;

- Referenciais;

-Composição dos

movimentos;

-Movimento circular

uniforme;

- MRU e MRUV.

*Desenvolver capacidade

de investigação; observar,

*classificar, organizar,

sistematizar, estimar

grandezas;

* Compreender conceitos

e medidas; criar hipóteses

e modelos ;

*Reconhecer, utilizar,

interpretar e propor

modelos explicativos ou

representativos para

fenômenos ou sistemas

naturais e tecnológicos.

2º trimestre

-Movimento * Momentum

* Hidrostática

*Gravitação

Universal

- Leis de Newton;

- Mecânica dos

fluidos.

-Origem e Evolução

do Universo: Modelos

Planetários;

* Compreender as leis que

regem os movimentos

percebendo suas

aplicações no cotidiano;

*Relacionar força e

movimento,

estabelecendo condições

150

- Leis de Kepler;

-Teoria gravitacional e

centro de gravidade.

de equilíbrio estático e

dinâmico de um corpo;

* Verificar aplicações das

forças de atrito entre

corpos e superfícies.

*Compreender pressão,

prensa hidráulica e

teoremas.

* Compreender a

construção do

conhecimento físico como

um processo histórico em

estreita relação com

condições sociais,

políticas e econômicas;

* Reconhecer e avaliar o

caráter ético do

conhecimento científico e

tecnológico (uso da

tecnologia – satélites

artificiais); * Reconhecer

o papel da Física na

sistema produtivo,

compreendendo a

evolução tecnológica.

3º trimestre

Movimento

*Inércia e

Momentum

-Impulso e quantidade

de movimento;

- Conservação da

*Compreender fenômenos

ligados ao seu cotidiano;

compreender a Física

151

quantidade de

movimento;

-Choques mecânicos.

-Energia mecânica

como parte integrante do

sistema produtivo;

compreender a evolução

dos meios tecnológicos;

* Dimensionar a crescente

capacidade do ser

humano na aplicação

desses conhecimentos no

uso de suas tecnologias.

- Compreender as

transformações de energia

mecânica relacionadas ao

trabalho realizado e seu

rendimento.

2ª SÉRIE

Conteúdo

estruturante

Conteúdo

Básico

Conteúdo

Específico

Objetivos

1º trimestre

Termodinâmica

e Movimento

* Lei zero da

termodinâmica;

* Modelos de

- Termologia;

- Equilíbrio

Térmico;

- Termômetros;

- Escalas

termométricas;

- Transformações

de escalas;

- Lei geral dos

gases ideais;

- Teoria cinética

dos gases.

* Desenvolver

competências que

permitam a compreensão

de processos e

propriedades térmicas de

diferentes materiais;

compreender as variações

climáticas e ambientais;

compreender aparelhos

tecnológicos que envolvam

controle de calor.

152

vapor:

* Compreender as

diferentes modelos de

transformações de calor e

suas aplicações, saber

utilizar o calor e suas

transformações para seu

benefício no cotidiano

2º trimestre

Termodinâmica

* Primeira e

Segunda Lei da

Termodinâmica

* Vapor e

movimento

- Calor específico;

- Calor latente.

- Transferência de

calor e mudança

de fase;

- Dilatação

térmica e

propagação de

calor.

- Máquinas

térmicas;

-Transformações

termodinâmicas;

-

Transformação

cíclica;

- Processos

reversíveis e

irreversíveis

* Entender os processos de

trocas de calor;

compreender conceitos;

processos reversíveis e

irreversíveis; identificar a

transferência de calor como

troca de energia.

* Compreender as

diferentes dilatações

sofridas por corpos sólidos,

líquidos e gasosos;

* Entender os processos

em que ocorrem os

conceitos de calor para

compreensão do universo

em que vive suas leis e

limitações da natureza nos

processos reversíveis e

irreversíveis e suas

aplicações no

153

- Entropia.

desenvolvimento e

favorecimento na revolução

industrial.

3º trimestre

Termodinâmica

Eletromagnetis

mo

* Vapor e

Movimento;

*Óptica

geométrica.

- Pressão e

volume;

- Conceitos,

princípios e

aplicações da luz.

* Aplicar as leis em fluidos

diferenciando densidade

das substâncias e corpos

relacionando profundidades

e pressões.

* Pesquisar, compreender e

aplicar conhecimentos

sobre o comportamento da

luz ;

3ª SÉRIE

Conteúdo

estruturante

Conteúdo

Básico

Conteúdo

Específico

Objetivos

1º trimestre

Eletromagnetismo *Dualidade

onda

partícula;

*Natureza da

luz e suas

propriedades

.

Efeito

Fotoelétrico;

-Teoria

Ondulatória e

teoria corpuscular.

-Reflexão,

refração,

dispersão e

difração da luz

*Aplicar os conhecimentos

ligados as inovações

tecnológicas a partir dos

trabalhos de Maxwell

relacionando os avanços

da Física ás perspectivas

atuais.

2º trimestre

Eletromagnetismo: *Carga

elétrica e

- Eletrização dos

corpos, corrente

* Reconhecer a natureza

da eletricidade estática e

154

circuito

elétrico

elétrica e seus

efeitos,

condutores e

isolantes;

- Geradores,

receptores e

resistores.

dinâmica identificando

condutores e isolantes;

*Identificar e compreender

aparelhos resistivos, suas

potências e consumos de

energia em equipamentos

elétricos do cotidiano.

* Identificar e diferenciar

aparelhos geradores e

receptores de acordo com

suas funções no circuito

elétrico.

3º trimestre

Eletromagnetismo *Corrente

elétrica e

circuito

elétrico;

*Magnetismo

e seus

fenômenos

*Equações

de Maxwell:

Lei de Gauss

para

eletrostática/

Lei de

-Geração,

transformação e

conservação de

energia;

-Potência e

rendimento de

aparelhos

eletrônicos e

consumo

residencial;

-Campos

eletromagnéticos:

imãs,

magnetismo;

-fenômenos

magnéticos,

* Adquirir conhecimento e

competência necessária

para análise de problemas

relacionados aos recursos

e fontes de energia no

mundo contemporâneo,

desde o consumo

doméstico ao quadro de

produção e utilização em

âmbito nacional, avaliando

seus impactos ambientais.

*Compreender fenômenos

elétricos e magnéticos em

equipamentos de uso

diário, geradores e

motores de uso industrial

desenvolvendo condições

155

Coulomb, Lei

de Ampère,

Lei de Gauss

magnética,

Lei de

Faraday)

indução

eletromagnética,

força magnética e

ondas

eletromagnéticas

de utilização;

Compreender processos

de transmissão de

informações

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O aprendizado das ciências em geral aguça nossa racionalidade e nos

coloca em sintonia com o universo que nos cerca. Também não ha dúvida de

que as aplicações práticas realçam a importância de cada um dos conceitos e

de que o aprendizado da Física amplia nosso poder de abstração cristalizando

nossa visão nas relações de causa e efeito tornando-os cidadãos mais

conscientes.

Uma das grandes dificuldades na transferência do conhecimento é o

―como ensinar‖, ou seja, qual a metodologia mais adequada a ser utilizada pelo

educador para que haja uma real apropriação dos conhecimentos no ensino da

Física, suas leis e princípios gerais no desenvolvimento do educando, levando-

se sempre em consideração elementos próximos, práticos e vivenciais do

mesmo, utilizando métodos inovadores que interajam com a escola e a

comunidade.

Torna-se, portanto, indispensável trabalhar com modelos construídos a

partir da necessidade explicativa dos fatos e fenômenos. A aptidão no uso

instrumental da Física, não significa limitar a atenção aos objetos de estudos

usuais a mesma, mas também analisar e discutir os conhecimentos que estes

focalizam.

Nos temas abordados se faz necessário uma verificação que promova um

melhor desenvolvimento, utilizando-se no sentido prático e vivencial abonando

modelagens mais abstratas e deixando de enfatizar em demasia a

matematização como se pratica usualmente.

156

Para que o educando adquira um aprendizado amplo, este deverá ser um

leitor crítico e atento às notícias científicas divulgadas de diferentes formas,

como: sites de internet, programas televisivos, notícias de revistas e jornais,

vídeos entre outros.

Equipamentos experimentais, instrumentos e recursos tecnológicos devem

ser constantes na aprendizagem do educando, bem como a realização e

excursões onde associa-se teoria a prática vivencial.

Se faz necessário, portanto, a utilização de uma metodologia que estimule

no educando um espírito de investigação, partindo de situações práticas, em

busca de uma visão cosmológica atualizada.

No estudo dos Movimentos a aluno deverá reconhecer conceitos básicos,

identificar e converter unidades de medida, espaço e tempo, definir e

diferenciar os vários tipos de movimentos, caracterizar grandezas.

O estudo da Termodinâmica dará ao aluno a capacidade de identificar,

conceituar, reconhecer, relacionar e explicar como ocorrem o equilíbrio térmico,

as trocas de calor,a dilatação dos corpos nas diferentes fontes de calor. Já no

estudo do Eletromagnetismo, o aluno poderá observar, reconhecer,

compreender e explicar o funcionamento de aparelhos em que a eletricidade

gera magnetismo e vice-versa, compreender a geração, transformação e

conservação de energia bem como a aquisição de aparelhos sempre

observando sua potência.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um elemento do processo de ensino e aprendizagem que

deve ser considerada em direta associação com os demais. A avaliação

informa ao professor o que foi aprendido pelo educando; informa ao educando

quais são seus avanços, suas dificuldades e possibilidades; encaminha o

professor para a reflexão sobre a eficácia de sua prática educativa e, desse

modo, orienta o ajuste de sua intervenção pedagógica para que o educando

adquira o conhecimento.

157

A avaliação deve ser essencialmente formativa, contínua e processual,

vista como um instrumento dinâmico de acompanhamento pedagógico do

educando e do trabalho do educador. Diante disso não podemos avaliar o

educando por uma simples prova escrita, limitando seus meios e estratégias de

demonstrar o conhecimento. Nesta proposta em que o educando é

frequentemente solicitado a participar e criar, uma avaliação não será suficiente

para sintetizar tudo que ele viveu, pensou e aprendeu. Logo, será necessário

envolver o mais amplamente possível, todo o trabalho realizado.

Para tanto a avaliação irá considerar o desenvolvimento das

capacidades dos alunos com relação a aprendizagem de conceitos,

procedimentos e atitudes, utilizando diversos instrumentos e situações para

que se possa avaliar as diferentes aprendizagens, lembrando sempre que a

recuperação de conteúdos paralela e contínua, direito do aluno,será aplicada

sempre que necessário.

Critérios e instrumentos de avaliação:

A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de

ensino e aprendizagem planejada;

A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;

A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;

A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos,

as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro

evento que envolva os conhecimentos da Física.

Compreensão e análise na participação e relatórios em aulas

laboratoriais;

Observação do desempenho em resoluções de atividades individuais ou

em grupo;

Registro de avaliações dissertativas ou de múltipla escolha;

Determinação da média de cada educando pela somatória de todos os

trabalhos realizados.

Recuperação de conteúdos já abordados para melhor aquisição de

conhecimentos.

158

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do para a Educação Básica. Biologia. Curitiba, 2008.

159

12. GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Desde a antiguidade a Geografia era praticada como a simples arte de

descrever as paisagens observadas pelo homem. Embora os fatos observados

apresentassem uma riqueza impressionante de detalhes, não chegavam a

conclusão nenhuma.

O próprio homem, porém sentia, como ainda hoje, a necessidade de

provar, explicar, localizar, representar os fenômenos naturais que o cercam.

Assim, numa preocupação constante de entender o que acontecia, ele chegou

a conclusões tão importantes que transformou a Geografia numa ciência. Essa

transformação tornou-se mais visível a partir do século XIX.

Na antiguidade clássica, avançam a elaboração dos saberes

geográficos, ampliando os conhecimentos sobre as relações sociedade-

natureza, extensão e características físicas e humanas dos territórios imperiais.

Na idade média alguns conhecimentos geográficos foram abandonados,

pois feriam a visão do mundo imposta pelo poder político.

As questões cartográficas voltaram a ser discutidas quando os

mercadores precisavam representar o espaço para registrar as rotas marítimas,

a localização e distância dos continentes.

Os saberes geográficos passaram a fazer parte das discussões

filosóficas, econômicas e políticas referentes ao espaço e a sociedade.

As ideias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no

século XIX de forma indireta nas escolas.

A institucionalização da geografia no Brasil consolidou-se a partir da

década de 1930. As pesquisas buscaram compreender e descrever o ambiente

físico nacional com o objetivo de servir aos interesses políticos do Estado.

Na segunda metade do século XX as transformações intensificaram e

originaram novas análises do espaço geográfico, reformulando o campo

temático da geografia.

A lei 5692/71 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)

regulamentou as disciplinas relacionadas às ciências humanas e institui a área

160

de estudos sociais, não garantia a interrelação entre os conteúdos de

Geografia e História tornando-a ilustrativa e superficial. Nos anos 80, ocorreram

movimentos visando o desmembramento da disciplina de Estudos Sociais e o

retorno da Geografia e da História, que só ocorreu após a resolução nº. 06 de

1986 do conselho Federal da Educação (Diretrizes Curriculares da Educação

Básica da Secretaria de Educação do Estado do Paraná – 2008).

A geografia chamada crítica do pensamento geográfico, deu novas

interpretações aos conceitos geográficos e o objeto de estudo da Geografia,

trazendo as questões para a compreensão do espaço geográfico.

A compreensão e a incorporação da Geografia crítica foram gradativas e

vinculadas aos programas de formação continuada, sofrendo avanços e

retrocessos em funções do contexto histórico e das condições políticas.

Encontros e conferências mundiais priorizaram a educação criando o

novo perfil do trabalhador para o capitalismo.

Foi neste contesto que ocorrem à produção e a aprovação da nova LDB

9394/96 e os PCNs.

No Paraná, a partir de 2003, a política educacional assumiu como uma

de suas prioridades, ações que visavam à retomada dos estudos das

disciplinas de formação do professor estimulando seu papel de pensador e

pesquisador.

As especificidades regionais aos assuntos relacionados à geografia do

Paraná devem ser contempladas com conteúdos curriculares da disciplina.

Com o objetivo de estimular as reflexões a respeito da Geografia e do seu

ensino, problematizando a abrangência dos conteúdos desse campo do

conhecimento, para a compreensão do espaço geográfico no atual período

histórico. Essa reflexão deverá ser ancorada num suporte-teórico crítico, que

vincula o objetivo da geografia, seus conceitos referenciais, conteúdos de

ensino e abordagem metodológica aos determinantes sociais, econômicos,

políticos e culturais ao atual contexto histórico.

A Geografia procura integrar os elementos da paisagem física ou natural

à presença das sociedades humanas. Desse modo, pretende proporcionar uma

melhor compreensão do mundo em que vivemos. Necessária para que nos

tornemos cidadãos plenos, reflitamos sobre o mundo que nos cerca e

161

tenhamos uma visão crítica do mundo e de suas incessantes modificações.

Para nos posicionarmos inteligentemente frente a este mundo, temos de

conhecê-lo bem. Para nele vivermos de forma consciente e crítica, devemos

estudar os seus fundamentos, a sua dinâmica, desvendar os seus mecanismos

e é a Geografia um instrumento indispensável para empreendermos essa

reflexão.

O aperfeiçoamento do nosso educando como pessoa humana, deve

priorizar a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do

pensamento crítico.

O ensino da geografia necessita ampliar as possibilidades de um

conhecimento estruturado e equilibrado pela escola, que conduza o aluno para

sua autonomia necessária para garantir sua cidadania de forma equilibrada e

sustentável.

Todos os elementos: naturais, culturais e técnicos, bem como as

relações sócio-culturais e político-econômicos podem ser considerados

norteadores para as diretrizes curriculares do ensino da geografia,

considerando toda a dinâmica estabelecida entre os seus fatores de ligação e

interlocução, para que o aluno sinta-se envolvido e integrado a realidade da

sociedade que o cerca, sabendo avaliar, localizar no tempo e espaço a

cronologia histórica dos acontecimentos geográficos, interagindo, construindo

parâmetros que levam a uma evolução no aspecto construtivista geográfico.

A partir do exposto sobre a teoria de ensino de Geografia pode-se

acrescentar que a relevância dessa disciplina esta no fato de que todos os

acontecimentos do mundo têm dimensões parciais onde o espaço e a

materialização dos tempos e da vida social estão refletidos no espaço

geográfico.

Muitas foram às denominações propostas para o objeto, hoje entendidas

como o Espaço Geográfico e sua composição conceitual básica – lugar,

paisagem, região, território, natureza, sociedade, entre outros.

Porém a expressão Espaço Geográfico, bem como sua composição

conceitual, não se auto-explicam. Exigem esclarecimento, pois, depende das

correntes de pensamento que assumem posições filosóficas e políticas

distintas.

162

Considerando que conforme as Diretrizes Curriculares pretende-se a

formação de um aluno consciente das relações sócio-espaciais de seu tempo,

assume-se o quadro conceitual das teorias críticas da Geografia, ou seja,

desconsidera as linhas de pensamento que negam, em suas construções

conceituais, os conflitos e as contradições sociais, econômicas, culturais e

políticas que constituem o espaço geográfico, consideradas acríticas.

A introdução do ensino, nas escolas, do programa de conscientização

tributárias é fundamental para despertar nos jovens a pratica da cidadania, o

respeito ao bem comum e a certeza de que o bem estar social somente se

consegue com a conscientização de todos. O programa busca o

comprometimento com a construção da cidadania, da solidariedade, da ética,

da transparência, da responsabilidade fiscal e social, expressos na educação,

na cidadania, na ética, na política.

As instituições gestoras e suas respectivas competências constam da

Portaria Interministerial da Fazenda e Educação nº. 413 de 31 de dezembro de

2002 - Diretrizes Curriculares da Educação Básica da Secretaria de Educação

do Estado do Paraná – 2008 reformulando o grupo de Trabalho Educação

Fiscal nos três níveis de governo definido a competência dos órgãos envolvidos

no programa.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

Compreender o mundo em que vivemos numa dimensão Global, sendo

que o campo de estudo desta ciência diz respeito ao espaço da sociedade

humana, sobre a qual o homem vive e ao mesmo tempo, produz modificações.

Conforme as sociedades foram se modificando, criando novas e mais

complexas formas de sobrevivência, novos espaços foram sendo construídos.

Tudo nesse espaço depende do homem e da natureza e se transforma

rapidamente.

Devemos refletir o nosso mundo, compreendendo-o do âmbito local até

os âmbitos nacional e planetário, pois a Geografia é um instrumento

indispensável para compreendermos nossa atuação no mundo.

163

CONTEÚDOS

Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e reúnem em seus

conteúdos específicos os grandes conceitos geográficos (sociedade, território,

região, paisagem, lugar) entre outros que somente interrelacionados tornam-se

significativos e contribuem para, a compreensão do espaço geográfico.

A partir dos conteúdos estruturantes, derivam os conteúdos básicos, os

quais devem ser abordados a partir das relações entre poder, espaço-tempo e

sociedade-natureza, pois essas relações estão perpassando os mesmos,

garantindo assim a totalidade na abordagem.

Espera-se que o aluno, ao iniciar seus estudos no 6º ano do ensino

fundamental, amplie as suas noções espaciais, o professor deverá abordar os

conhecimentos necessários para o entendimento das interrelações entre as

paisagens naturais e artificiais. O professor aprofundará os conceitos de lugar e

paisagem, e em caráter introdutório, os conceitos de região e território. Além

disso, o espaço geográfico deve ser compreendido como resultado da

integração entre a dinâmica físico/natural e dinâmica humano/social, junto

disso os diferentes níveis de escalas de analise pode transitar entre o local,

regional, nacional e global ou vice-versa. Assim como, promover uma

abordagem da linguagem cartográfica, usando-a para mostrar como os

fenômenos se distribui e se relacionam nesse espaço.

Ao aperfeiçoar tais conhecimentos, o aluno pode com mais propriedade,

já no 7º ano, analisar os fenômenos citados na escala nacional (Brasil),

relacionando-os quando possível com a realidade mundial. Neste momento, as

reflexões podem ser promovidas pelo professor em torno da aplicação dos

conceitos construídos desde as series iniciais e, descobrindo as

especificidades natural-sociais, as relações de poder político e econômico no

processo de globalização, das regiões e do território.

Quando as especificidades do território nacional estiverem

compreendidas, no 8º e 9º ano, o aluno ampliará e aprofundará suas análises

espaciais com relação aos continentes: América, Europa, África, Ásia, Oceania

e Regiões Polares. Novamente as reflexões sobre as especificidades natural-

sociais, as relações de poder político e econômico. Nada impede que o

164

professor faça relação entre os continentes (países), podendo retornar ao

espaço local sempre que puder, permitindo maior compreensão sobre o espaço

no processo de globalização.

Espera-se que o aluno do Ensino Médio compreenda as rápidas

transformações, ocorridas neste início de século, por um lado, para o aumento

da produção e fluxo de mercadorias, pessoas, informações e serviços, de

outro, alargar as diferenças política e social nas escalas locais e globais. Os

impactos ambientais que foram causados historicamente pela humanidade e

intensificados pela atual sociedade consumista têm colocado em risco em

diferentes pontos das superfícies terrestre.

Não basta citar ou descrever impactos ambientais é preciso

contextualizá-los e problematizá-los. Deve se trabalhar a todo momento os

conceitos geográficos, dentro da escala local e global, utilizando a cartografia

como linguagem.

A atual realidade aponta para um mundo dinâmico, heterogêneo,

complexo e desigual, resultados direto da mobilidade e do avanço técnico-

científico informacional que elevou a velocidade dos deslocamentos de

indivíduos, instituições, capitais e informações. Não basta descrever as

particularidades, é preciso estudar como as sociedades se formaram

questionar os motivos que levam os homens a migrar, dentro e fora dos

territórios, analisarem as informações que imprimem novas marcas nos

territórios e produzem novas territorialidades.

Como o intuito de criar uma rede de transformação e circulação de

mercadorias, pessoas, informações e capitais o homem apropriou-se do meio

natural e provocou uma intensa mudança na produção do espaço. Considera-

se que os alunos são agentes da construção do espaço, portanto é também

papel da Geografia subsidiá-los para interferir conscientemente na realidade.

Quando o professor, abordar um conteúdo básico, o petróleo, por

exemplo, deverá trabalhar o valor político e econômico desse recurso natural e

sua influência nas relações socioambientais e culturais demográficas,

presentes no mundo. O aluno aprofundará suas análises sobre as relações de

poder existentes entre os Estados Internacionais, as Multinacionais, as

diversidades culturais e raciais, Educação do Campo, Fiscal e Educação

165

Especial, que objetiva prepará-lo para vida, dotando-o de conhecimento,

saberes e habilidades, tornando-o capaz de compreender o mundo e intervir

conscientemente no seu espaço, edificando uma sociedade livre, justa e

solidária.

Os conteúdos devem ser espacializados e tratado em diferentes escalas

geográficas, com uso de linguagem cartográfica, escala e orientação. A

compreensão do objeto da geografia – espaço geográfico é a finalidade do

ensino dessa disciplina.

Os conceitos fundamentais da geografia – paisagem, lugar, região,

território, natureza e sociedade, deverão ser apresentadas de forma crítica.

A realidade local e paranaense deverá ser considerada sempre que

possível.

A cultura afro-brasileira, indígena, e a sociodiversidade, bem como a

educação ambiental, deverão ser consideradas no desenvolvimento dos

conteúdos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.

Dimensão Política do Espaço Geográfico.

Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.

Dimensão socioambiental do Espaço Geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

6º ANO

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do

166

espaço geográfico.

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

A transformação demográfica, a distribuição espacial, e os indicadores

estatísticos da população.

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

7º ANO

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território

brasileiro.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

Movimentos migratórios e suas motivações.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do

espaço geográfico.

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

8º ANO

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território do

continente Americano.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do

Estado.

167

O comércio e suas implicações socioespaciais.

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do

espaço geográfico.

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

Movimentos migratórios e suas motivações

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

9º ANO

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do

Estado.

A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no

espaço da produção.

O comércio e suas implicações socioespaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território

mundial.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

Movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do

espaço geográfico.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

O espaço em rede: produção transporte e comunicações na atual

configuração territorial.

168

1ª SÉRIE

A formação e transformação das paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do

espaço geográfico.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual

configuração territorial.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização recente.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

2ª SÉRIE

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias

de exploração e produção.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização

do espaço geográfico.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual

configuração territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das

informações.

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos

territórios.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização recente.

A formação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

169

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

3ª SÉRIE

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos

naturais.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual

configuração territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das

informações.

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos

territórios.

A formação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

O comércio e as implicações socioespaciais.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

As implicações socioespaciais do processo de mundialização.

METODOLOGIA

O ensino de Geografia deve ser trabalhado de maneira que instigue e

desafie o aluno a aprender o ponto de partida, a realidade concreta, vivida e

experimentada por todos nós (alunos e professores).

Os conteúdos básicos serão trabalhados de forma crítica e dinâmica,

interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos

fundamentos teóricos propostos utilizando a cartografia como linguagem

essencial, possibilitando transitar entre as diferentes escalas espaciais, ou seja,

do local ao global e vice-versa.

O professor deve promover a compreensão, comparação e análise para

170

facilitar a interpretação e compreensão da realidade e valorização do meio em

que vive. Para desenvolver melhor o aprendizado serão utilizados mapas, livros

didáticos, revistas, jornais, transparências, murais e cartazes interpretativos,

plantas e símbolos cartográficos ampliados. Além da sala de aula, os alunos

poderão ter aulas de campo referentes a reposição de mata ciliar, conservação

dos rios, visita a centros meteorológicos para um aprofundamento em relação

às mudanças climáticas.

As práticas pedagógicas devem apresentar aos alunos os diferentes

aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes momentos da escolaridade,

de modo que os alunos possam construir compreensões novas e mais

complexas a seu respeito. Dessa forma desenvolverá a capacidade de

identificar e refletir sobre aspectos da realidade. Essas práticas envolvem

procedimentos de problematização, observação, registros, descrição,

documentação, representação e pesquisa dos fenômenos sociais, culturais ou

naturais que compõem a paisagem e o espaço Geográfico.

O professor de geografia deve estar atento a Lei nº. 10.639/03 que altera

a Lei nº. 9.394/1996, a qual torna obrigatório abordar temas sobre a cultura

Afro-brasileira e Africana. Essa temática deverá ser trabalhada nas diferentes

séries, através de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos, entre outros.

Abordando conhecimentos sobre: a população brasileira, miscigenação dos

povos, a distribuição espacial da população Afro-descendente no Brasil e no

mundo, a distribuição do negro na construção da nação brasileira, o movimento

do povo africano no tempo e no espaço, trabalho e renda, a colonização da

África pelos europeus, estudo de como o continente africano se configurou

espacialmente, práticas de segregação racial, entre outros.

Além de trabalhar os conteúdos básicos de geografia em sala de aula, o

professor quando necessário pode, como citado anteriormente, trabalhar a

educação fiscal, as diversidades culturais e raciais que objetiva preparar os

alunos para a vida, dotando-os de conhecimentos, saberes e habilidades.

A geografia deve contribuir para uma leitura crítica das contradições e

conflitos de toda ordem implícita e explícita no Espaço Geográfico.

O Ensino da Geografia alfabetizará ininterruptamente, o aluno para a

leitura do Espaço Geográfico, pois precisarão compreender o porquê das

171

localizações, as relações políticas, sociais, culturais e econômicas, que

investigue e desafie o aluno a conhecer, compeender e interpretar.

A geografia deverá proporcionar um estudo que busque junto ao aluno

uma postura crítica diante da realidade, comprometida com o homem,

sociedade e natureza, numa versão mais real e humana.

Pretende-se que o aluno compreenda os conceitos geográficos e o

objeto de estudo da geografia em suas amplas e complexas relações.

Pode-se articular e selecionar outros conteúdos básicos que envolverão

também aspectos sócio-ambientais e culturais de diversos espaços, incluindo o

Brasil e o Paraná.

A todo o momento, as categorias de análise do espaço geográfico

relações de poder, espaço/temporais e sociedade-natureza deverão estar

presentes.

As questões geográficas relacionadas ao atual período histórico poderão

ser enfocadas para que os conceitos básicos da geografia, lugar, território,

paisagem, região sociedade, natureza e rede, sejam tratadas de maneira mais

complexa e crítica. Os problemas urbanos e rurais, as questões fundiárias, os

poderes paralelos, a produção e o consumo dos espaços da cidade e do

campo, em todas as escalas geográficas, permitem retomar discussões

políticas, econômicas, sócio-ambientais e culturais/ demográficas.

Caberá ao professor adequar os conteúdos geográficos e enriquecê-los

de acordo com sua realidade. Os recursos que serão utilizados serão: Tabelas;

Gráficos; Esquemas; Mapas; filmadora; Fotos; Charges; Livro didático público;

Textos complementares; Revistas; Laboratório de informática, TV e Pendrive,

Vídeos; Aulas de campo.

AVALIAÇÃO

A prática da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento

escolar será continua e diagnóstica. Deverá ser assumida como um

instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra

o aluno.

172

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos

poderão rever as práticas desenvolvidas até então para identificar lacunas no

processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem à superação das dificuldades.

A avaliação poderá ser realizada a partir do diálogo entre alunos e

professores, de forma individual ou coletiva. Assim o aprendizado e avaliação

poderão ser compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de

modo contínuo, processual e diversificado.

Retomar avaliação com os alunos permite situá-los como parte de um

coletivo, onde a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida. No

entanto, cabe ao professor planejar situações diferenciadas de avaliação.

Avaliações poderão contemplar diferentes práticas pedagógicas tais

como: leitura, interpretação e produção de textos geográficos; leitura e

interpretação de fotos; imagens e diferentes tipos de mapas; pesquisas

bibliográficas, aulas de campo, interpretação de diferentes tabelas e gráficos e

provas escritas.

A avaliação será diagnóstica, continuada, contemplando diferentes

práticas pedagógicas e a recuperação de conteúdo será paralela (metodologia

diferenciada para intervir na não aprendizagem do aluno). O professor deverá,

então, observar se os alunos formaram os conceitos geográficos e assimilaram

a relação de poder, de espaço, tempo e de sociedade-natureza para

compreender o espaço nas diferentes escalas geográficas), contínua e

gradativa conforme as necessidades dos alunos.

O plano de avaliação será de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula

zero), sendo que ao aluno não poderá ser ofertado um único instrumento de

avaliação. O aluno para ser aprovado deverá ter 75% (setenta e cinco por

cento) de frequência e média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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173

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VESENTINI, J. William – Sociedade e Espaço – Geografia Geral e do Brasil, Editora Ática – 2007. VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: contexto, 1990.

175

13. HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

No Brasil, a História passou a existir como disciplina escolar com a

criação do Colégio Pedro II, em 1837. No mesmo ano foi criado o Instituto

Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB) sendo definidos os programas escolares,

os manuais didáticos e as orientações dos conteúdos a serem ensinados.

Essas orientações foram elaboradas sob influência da história metódica

e do positivismo, caracterizada por uma racionalidade histórica marcada pela

linearidade dos fatos, uso restrito de documentos oficiais e pela valorização

política dos heróis.

Essa narrativa histórica justifica o modelo de nação brasileira, vista como

extensão da História da Europa Ocidental. Nesse modelo conservador de

sociedade, o currículo oficial de História tinha como objetivo legitimar os

valores aristocráticos que excluía a possibilidade das pessoas comuns serem

entendidas como sujeitos históricos.

Posteriormente, segunda metade da década de 80 e início nos anos 90,

o crescimento dos debates em torno das reformas educacionais repercutiu nas

novas propostas de ensino de História, produção diferenciada de materiais e

elaboração curricular.

Nessa mesma década, a opção teórica do Currículo Básico do Paraná,

coerente com o contexto de redemocratização do Brasil, valorizava as ações

dos sujeitos e tinha como pressuposto a historiografia social, pautada no

materialismo histórico dialético, contrária ao ensino de uma racionalidade

histórica linear, pautada na memorização, exercícios de fixação e no

direcionamento dos livros didáticos.

Na instância federal o Ministério da Educação divulgou os Parâmetros

Curriculares nacionais. Estes Parâmetros minimizaram a análise do objeto de

estudos da disciplina e do pensamento crítico. A proposta vinculava-se às

preocupações do mercado de trabalho.

No ano 2003, iniciou-se uma discussão coletiva com o objetivo de

elaborar novas Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino de História,

176

numa perspectiva de inclusão social que considera a diversidade cultural e a

memória paranaense.

A análise histórica da disciplina e as novas demandas sociais para o

ensino de História são indicativos que possibilitam reflexões dos contextos

históricos em que os saberes foram produzidos e repercutiram na organização

do currículo da disciplina.

Segundo as Diretrizes 2008, a matriz curricular contrapõe-se, e as

verdades prontas e definitivas não têm lugar, nem tampouco, uma

racionalidade linear e temática, porque o trabalho pedagógico na disciplina

deve dialogar com várias vertentes e recusar um ensino marcado pelo

dogmatismo e pela ortodoxia.

O ensino de História tem como finalidade a formação de um pensamento

histórico a partir da produção do conhecimento, sendo este conhecimento

provisório, configurado pela consciência histórica dos sujeitos, suas formas de

agir, pensar sentir, representar e de se relacionar social, cultural e

politicamente.

Enquanto Ciência, esta disciplina tem como objeto de estudo, os

processos históricos relativos às ações e relações humanas estabelecidas

entre si e com a natureza nos diferentes tempos e em diferentes espaços.

O conhecimento histórico busca compreender e interpretar os sentidos

que os sujeitos atribuem às suas ações. Possui formas diferentes de explicar

seu objeto de investigação, a partir das experiências dos sujeitos e do contexto

em que vivem, contribuindo para a formação de um pensamento histórico

pautado em uma nova racionalidade histórica.

O ensino de História deve levar os alunos a identificarem os processos

históricos reconhecendo criticamente as relações de poder neles existentes,

bem como interferirem no mundo histórico em que vivem, de modo a se

fazerem sujeitos da própria história. (DCE, 2008)

OBJETIVOS

Os objetivos atendem tanto a necessidade de desenvolver competências

177

intelectuais quanto à tarefa de formar cidadãos para uma vida solidária e

democrática, compreendendo as características da sociedade atual,

identificando as relações sociais, econômicas, os regimes políticos, as

questões ambientais, comparando-as com as características de outros tempos

e lugares.

Desejando no final do trabalho da disciplina história que os alunos

tenham condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente

as relações de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo em que

vivem tornando sujeito da própria história.

Através de questionamentos, conhecer a realidade atual identificando os

principais problemas e apresentando propostas de solução, considerando seus

próprios limites e possibilidades.

Valorizar o patrimônio sócio cultural e respeitar as diferenças entre as

pessoas, os grupos e os povos, considerando-os um elemento importante da

vida democrática.

Desenvolver a competência leitora, aprendendo a observar, interpretar e

emitir opiniões sobre diferentes tipos de textos, contínuos ou descontínuos.

CONTEÚDOS

Para que haja coerência entre a concepção teórica, o tratamento e a

organização dos conteúdos neste documento foram apresentados os

conteúdos estruturantes conforme DCE 2008, entendidos como Relações de

Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais.

Além desses apontamentos, é necessário relembrar os aspectos que

justificam a apresentação de conteúdos, bem como a organização destes para

a disciplina de História no Ensino Fundamental, é necessário:

Estabelecer referenciais comuns que orientem o currículo de história em

toda a rede pública estadual, superando o esvaziamento dos conteúdos

nos currículos de história, como é o caso da História do Paraná.

Manter a cronologia como referencial para o estudo do passado e suas

relações com o presente neste nível de ensino.

178

Atender as novas demandas para o ensino de História, como a Lei

13.381/01 que torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da

rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do

Paraná, e, a Lei 10.639/03 que estabelece as diretrizes e base da

educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a

obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira, seguida

das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações

Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana (2004).

Viabilizar a necessidade de aproximação e compreensão da História dos

povos latino-americanos, como forma de compreensão da história do

Brasil.

Romper com uma visão de História essencialmente e eurocêntrica,

herdeira do chamado quadripartismo histórico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

Das origens do homem ao século XVI – Diferentes trajetórias, diferentes

culturas.

A experiência Humana no tempo.

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo

As culturas locais e a cultura comum

179

1º TRIMESTRE

Conteúdos Específicos

Introdução aos estudos históricos

Trabalho do historiador

O tempo e a História

As hipóteses sobre as origens do ser humano

Criacionismo

Evolucionismo

A evolução do ser humano

A vida humana no Paleolítico

O neolítico e a revolução agrícola

A idade dos metais

O surgimento das cidades

O povoamento da América

O ser humano chega a América

Como viviam os primeiros americanos

O ser humano chega ao Brasil

Como viviam os primeiros habitantes do Brasil/Paraná

A arte da cerâmica e as moradias

Civilizações fluviais: Mesopotâmia e Egito

Mesopotâmia: o berço da civilização- Uma história de grandes impérios

O Egito e o rio Nilo

Governo e população do Egito

A religião e a escrita do Egito

2º TRIMESTRE

Civilizações fluviais ou hidrográficas: China e Índia

China: sua formação, as primeiras dinastias

Agricultura chinesa, outras atividades econômicas

Camponeses e nobres na China

Antiga civilização indiana

Fenícios e Hebreus

Fenícios: um povo de Navegantes

180

Os Hebreus e a terra prometida

A vida em Israel

A Civilização Grega

A formação da civilização grega

A vida política na Grécia

Filosofia e a ciência grega

Religião e arte na Grécia

3º TRIMESTRE

Civilização Romana

A formação de Roma

República romana

Império romano

Sociedade e cultura

A crise do Império Romano

A ruralização da Europa

Divisão do Império Romano

Educação Fiscal – Função Socioeconômica do tributo

A ocupação portuguesa e espanhola no espaço paranaense

7ª ANO

Das contestações a ordem colonial ao processo de Independência do

Brasil – século XVII ao XIX

Relações de propriedade.

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

Relações entre e Campo e a Cidade.

Conflito e resistências e produção cultural campo/cidade.

181

1º TRIMESTRE

Conteúdos específicos

A formação da Europa feudal

Sai os romanos, entram os germânicos

O Império Franco e a Idade Média

O Império Carolíngeo e a Igreja Católica

A formação do feudalismo

Sociedade, economia, cultura e ciência feudal

Os Árabes e a Arábia

Islamismo e a sociedade muçulmana

A África dos grandes reinos

Sociedades tribais

China o Império da prosperidade

Mudanças na Europa

Crescimento do comércio e das cidades – saúde pública

A peste negra e as revoltas camponesas

A formação das monarquias nacionais

O saber e as artes

Mudanças na arte e na região

O renascimento – o humanismo

Reforma protestante e contrarreforma

2º TRIMESTRE

O encontro entre dois mundos

Europa: comércio, riqueza e poder

Europa: nobre e mercantil

Expansão marítima portuguesa e espanhola

América terra de grandes civilizações

A exploração dos Impérios Coloniais

A colonização espanhola na América

As atividades econômicas da colônia

A colonização portuguesa na América

Administração da América portuguesa

182

O nordeste colonial

A economia açucareira

Nem só de açúcar vivia a colônia

Escravidão: captura, resistência e luta

3º TRIMESTRE

A expansão colonial

A união Ibérica e a invasão Holandesa

A conquista do sertão

As missões jesuíticas

Crise e rebeliões na colônia

Educação fiscal – administração pública

Organização política do Paraná – a 5ª comarca de São Paulo – Símbolos

Gente paranaense – cor da pele e discriminação – os negros e os imigrantes

8ª ANO

Pensando a Nacionalidade: Do século XIX ao XX – A constituição do

ideário de nação no Brasil

História das Relações da Humanidade com o Trabalho

O Trabalho e a vida em sociedade

O trabalho as contradições da Modernidade

Os Trabalhadores e as conquistas do direito

1º TRIMESTRE

Conteúdos Específicos

A Inglaterra absolutista e as treze colônias

Absolutismo inglês

As revoluções inglesas

A colonização da América do norte

A época do ouro no Brasil

A descoberta e a exploração do ouro

183

Portugal e o ouro brasileiro

O crescimento do mercado interno e a vida urbana

A revolução industrial

A revolução industrial começou na Inglaterra

As cidades industriais e a vida operária

As lutas operárias e os sindicatos

Revoluções na América e na Europa

A independência dos EUA

A França antes da revolução

A Revolução Francesa

A era de Napoleão e a independência da América espanhola

Napoleão Bonaparte no poder

Os americanos lutam por liberdade

2º TRIMESTRE

A independência do Brasil e o primeiro reinado

A crise do antigo sistema colonial

O Brasil se torna sedo do governo português

Independência do Brasil

Primeiro reinado

Revoluções agitam a Europa

A Europa das revoluções

A unificação da Itália e da Alemanha

EUA: a Guerra de Secessão

Novas formas de ver o mundo

3º TRIMESTRE

Brasil: da regência ao segundo reinado

O período regencial (1831-1940)

O segundo reinado

A expansão cafeeira no Brasil

Abolição do tráfico negreiro

Os imigrantes no Brasil

Educação fiscal – acompanhamento pela sociedade da aplicação dos

184

recursos públicos – conscientização sobre a nota fiscal

Paranismo: movimento regionalista

9ª ANO

Repensando a nacionalidade brasileira: do século XX ao XXI –

Elementos constitutivos do período contemporâneo.

A constituição das Instituições sociais

A formação do Estado

Sujeitos, Guerras e revoluções

1º TRIMESTRE

Conteúdos Específicos

A era do imperialismo

Segunda Revolução Industrial

As novas tecnologias

O surgimento da sociedade de massas – da cultura erudita a cultura de

massas

A república chega ao Brasil

A questão escravista no Brasil Imperial

A Proclamação da República no Brasil

A Guerra de Canudos

A industrialização e o crescimento das cidades

O movimento operário na primeira república

Reformas e revoltas na capital

2º TRIMESTRE

A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa

A Guerra e seus resultados

A Revolução Socialista na Rússia

A arte e a cultura na Europa nos anos 1920

A crise do Capitalismo e a Segunda Guerra Mundial

Os anos 1920, a crise de 1929 e o New Deal

185

Os regimes autoritários tomam conta da Europa

O Nazismo alemão – experiência dolorosa

A Segunda Guerra Mundial – antecedentes, eclosão da Guerra, o avanço

dos aliados

3º TRIMESTRE

A Era Vargas

A Revolução de 1930 e o governo provisório

O governo constitucional de Getúlio Vargas

Estado Novo

Educação e propaganda na Era Vargas – a Era do rádio

O mundo Bipolar

A Guerra Fria

Indústria cultural e esportes

O Estado de bem estar social

A descolonização da África

A revolução na Ásia

Questão Judaico-palestina

Revolução e ditadura na América Latina

Democracia e ditadura no Brasil

O Brasil depois de 1945

O governo de João Goulart e o golpe de 1964

O fim das liberdades democráticas – repressão e abertura

Redemocratização e o governo Sarney

A Nova Ordem Mundial

O fim da União Soviética

O fim do socialismo no oeste europeu

A Nova Ordem Mundial

A globalização e seus efeitos

O ambiente pede socorro

O Brasil na Nova Ordem Mundial

Educação fiscal – recursos públicos- bem estar social

A economia paranaense na atualidade – indústrias no Paraná

186

Cultura no Paraná

Folclore e talentos paranaenses

Cultura Afro-brasileira e Africana – auto estima – convívio pacífico dos

diversos grupos étnicos

20 de novembro – Consciência Negra – Frente Negra Brasileira (1930). –

repensando 13 de maio

1ª SÉRIE

Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho livre.

1º TRIMESTRE

Conteúdos Específicos

Refletindo sobre história.

Tempo e história

Pré-história.

Origem humana.

As primeiras sociedades.

Primeiros povos da América.

Antiguidade Oriental.

Povos da mesopotâmia.

2º TRIMESTRE

Povos Egípcios.

Hebreus, fenícios e persas.

Idade Media oriental.

Império Bizantino.

O segundo mundo Islâmico.

Antiguidade Clássica.

3º TRIMESTRE

Os Gregos.

0s Romanos.

Idade Média Ocidental.

187

Reinos Germânicos e império carolíngio.

O Feudalismo.

Igreja e cultura medieval.

Os séculos finais da idade média.

2ª SÉRIE

Urbanização e Industrialização; Estado e as relações de poder; Os

sujeitos as revoltas e as guerras

1º TRIMESTRE

Conteúdos Específicos

O questionamento do poder da Igreja e o renascimento.

A representação da salvação e do sacrifício entre a população européia

do século XVI.

O contexto da divulgação das idéias de Lutero: a reforma protestante e

contra-reforma católica.

As ciências (astronomia, alquimia, química, matemática).

A igreja católica e a religiosidade na América portuguesa.

A expansão européia e conquista da América.

Estado moderno.

Navegação marítima.

O impacto da conquista.

Os Europeus e os povos indígenas.

2º TRIMESTRE

Mercantilismo e Sistema colonial.

Tipos e práticas mercantilistas.

Características do sistema colonial.

Brasil Colônia.

Início da colonização.

Administração portuguesa e igreja católica.

Economia açucareira.

188

Condições da escravidão africana, domínio espanhol e holandês.

Expansão territorial e seus conflitos.

Mineração.

3º TRIMESTRE

O mundo em transformação (séculos XVII e XVIII).

Antigo regime e revolução inglesa.

Iluminismo e Despotismo esclarecidos.

Revolução industrial.

Estados Unidos: da colonização a independência.

Revolução francesa.

O mundo no século XIX.

Era napoleônica e congresso de Viena.

Independência das colônias da América espanhola e do Haiti

Revoluções liberais nacionalismo e unificações.

Expansão do imperialismo.

América no século XIX.

3ª SÉRIE

Movimentos Sociais; Políticos e culturais e as guerras e revoluções;

Cultura e Religiosidade.

1º TRIMESTRE

Conteúdos Específicos

O Brasil no século XIX.

Independência política do Brasil.

Primeiro reinado 1822 a 1831.

Período Regencial, 1831 a 1840.

Segundo Reinado, 1840 a 1889.

Crise do império a instituição da república.

O mundo na primeira metade do Século XX.

A primeira Guerra Mundial.

189

A Revolução Russa.

2º TRIMESTRE

A Segunda Guerra Mundial.

O Brasil na primeira metade do Século XX.

Sociedade e economia na primeira república.

Revoltas na primeira República.

Era Vargas.

O Mundo contemporâneo.

Pós-guerra

Descolonização e os conflitos regionais.

O Socialismo: das revoluções a crise.

Países ricos, pobres e a globalização.

3º TRIMESTRE

O Brasil contemporâneo.

O período democrático.

Os Governos militares.

A volta do processo democrático.

Historia do Paraná.

Colonização.

Cultura e economia.

Política e sociedade.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Conforme propõe as Diretrizes, o trabalho pedagógico com os conteúdos

estruturantes, básicos e específicos tem como finalidade a formação do

pensamento históricos dos estudantes, isto se dá quando professor e aluno

utilizam nas pesquisas os métodos investigação histórica articulando pelas

narrativas históricas desse sujeito. Os alunos perceberão que a história esta

narrada em diferentes fontes.

190

Espera-se que ao concluir a educação básica, o aluno entenda que não

exista uma verdade histórica única, e sim que estas verdades são construídas

de acordo com diferentes problematizações, fundamentadas numa

contextualização social, política e cultural em cada momento histórico.

Utilizaremos o trabalho com vestígios e fontes históricas diversas, da

problematização do conteúdo, até a formação de narrativas históricas

produzidas pelo sujeito.

Ao trabalhar com vestígios na aula de história, é indispensável ir além

dos documentos escritos, trabalhando com os iconográficos, os registros orais

os testemunhos de história local, além de documentos contemporâneos.

É preciso compreender os limites do livro didático, as diferentes

interpretações de um mesmo acontecimento histórico; a necessidade de

ampliar o universo de consultas quando se pretende entender melhor

diferentes contextos históricos, a importância do trabalho do historiador e da

produção de conhecimento histórico para compreensão do passado, através de

pesquisa, em revistas especializadas, livros e meios eletrônicos.

Deve-se contribuir para que os alunos valorizem e contribuam para

preservação de documentos, dos lugares de memória como museus,

bibliotecas, acervos privados e públicos de fotografias, de documentos escritos

e audiovisuais entre outros, uso adequado dos locais de memória, pelo

manuseio cuidadoso de documentos etc., com palestras e aulas expositivas.

Para que os alunos possam ampliar o conhecimento apresentado pelos

livros didáticos, o uso da biblioteca é fundamental, é necessário que sejam

orientados a conhecer o acervo especifico, as obras que poderão ser

consultados ao longo de cada ano, bem como os procedimentos para se

apropriar dos conhecimentos que estão nos livros tanto didáticos quanto os

para-didáticos, valorizando o uso dos conhecimentos trazidos pelo aluno.

O mesmo ocorre com o princípio da inclusão, cujo processo educacional

busca atender as crianças portadoras de deficiência na escola do ensino

regular. É fundamental, porém, o suporte dos serviços da Área de Educação

Especial por meios de seus profissionais neste procedimento.

A educação ambiental, uso indevido de drogas e sexualidade serão

trabalhados em forma de pesquisas, palestras com profissionais

191

especializados, questionamentos e atividades.

No Ensino Fundamental, os Conteúdos Estruturantes – Relações de

Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais –, tomados em conjunto,

articulam os conteúdos básicos e específicos a partir das histórias locais e do

Brasil e suas relações ou analogias com a História Geral, e permitem acesso

ao conhecimento de múltiplas ações humanas no tempo e no espaço. Por meio

do processo pedagógico, busca-se construir uma consciência histórica que

possibilite compreender a realidade contemporânea e as implicações do

passado em sua constituição. (DCE, 2008, p. 74)

Já para o Ensino Médio, a Diretriz de História, propõe o estudo da

história temática. Os conteúdos básicos/temas históricos selecionados para o

ensino devem articular-se aos Conteúdos Estruturantes propostos nestas

Diretrizes. Tomá-los como ponto de partida é uma forma de responder às

críticas a respeito da impossibilidade de ensinar ―toda a história da

humanidade‖. A organização do trabalho pedagógico por meio de temas

históricos possibilita ao professor ampliar a percepção dos estudantes sobre

um determinado contexto histórico, sua ação e relações de distinção entre

passado e presente. (DCE, 2008, p. 76)

AVALIAÇÃO

A prática da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento

escolar será contínua, comutativa, processual e diagnóstica. O registro de

notas será expresso em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez

vírgula zero). Deverá ser assumido como um instrumento de compreensão do

estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor, quanto os alunos

poderão rever as praticas desenvolvida até então para identificar lacunas no

processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem à superação das dificuldades.

Retomar avaliação com o aluno permite situá-los como parte de um

192

coletivo, onde a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida. No

entanto, cabe ao professor planejar situações diferenciadas de avaliação.

Os instrumentos poderão contemplar diferentes recursos tais como:

leitura, interpretação e produção de narrativas históricas; leitura e interpretação

de fotos; imagens e diferentes tipos de mapas; pesquisas bibliográficas, aulas

de campo, interpretação de diferentes tabelas e gráficos e prova escrita.

Trabalhando com vestígios ir além dos documentos escritos trabalhando

com iconográficos, registros orais, testemunhas de história local, além de

documentos contemporâneos como: Fotografias, cinema quadrinhos, literatura

e informática. Superando meras ilustrações, e identificando documentos,

determinar sua origem, natureza, autor ou autores dotação e pontas

importantes do mesmo.

Na sala de aula o professor terá que rever o conteúdo trabalhado para

toda a classe, dando atenção especial ao aluno que não adquiriu aprendizado

proposto nas aulas anteriores. Professor aplicará novas avaliações, utilizando

nova metodologia buscando como objetivo a aprendizagem de todos.

É necessário ter compreensão que avaliar é sempre um ato de valor.

Diante disto, professor e alunos precisam entender que a avaliação deve seguir

alguns pressupostos, tais como, finalidades, objetivos, critérios e instrumentos.

Sendo a avaliação diagnóstica, formativa e somativa.

A recuperação de conteúdo será paralela para que o professor possa

rever a sua pratica pedagógica, mudando a metodologia sempre que

necessário para que o aluno adquira o conhecimento formal, de várias opções

de intervir em caso de falhas na aprendizagem.

Na sala de aula o professor terá que rever o conteúdo trabalhado para

toda a classe, dando atenção especial ao aluno que não adquiriu o

aprendizado proposto nas aulas anteriores. Professor aplicará novas

avaliações, utilizando nova metodologia buscando como principal objetivo o

aprendizado de todos.

Sendo que a recuperação da nota, quando necessária, será em forma

de prova escrita, trabalhos em grupos ou individuais, também em forma de

pesquisa. Prevalecendo a nota maior entre a recuperação e as avaliações

anteriores.

193

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AQUINO, Rubim Sanots Leão de et all. Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record. [s.d.] ARRUDA, José Jobson de A. História Moderna e Contemporânea. 16 ed. São Paulo. Àtica, 1983. BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental: Historia. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRASIL. Decreto nº 4887, de 20 de novembro de 2003. Ementa: Regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos Quilombos de que trata o artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. BRASIL, Lei 9334 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. DOU, 23 de dezembro de 1996. BRASIL. Lei nº 10.690/03, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática ―Historia e Cultura Afro-brasileira‖. BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de Historia e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília: MEC 2004. CADERNOS TEMÁTICOS. Educação para o campo – Diretrizes curriculares do Ensino Fundamental. SEED-PR. 2006 CADERNOS TEMÁTICOS. Educação Fiscal do Paraná – Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental. SEED- PR. 2006 CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala. 47ed.. [s.I.]: Editora Global, 2003. História Viva: Temas Brasileiros. Presença negra. São Paulo: Duetto, n. 3, 2006. HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. 26 ed.. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

194

LEI nº 9394/96, DOU 23 de dezembro de 1996. Estabelece Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI 11.645/08. História e cultura Indígena. PARANÁ, Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental e médio da rede publica estadual de ensino, conteúdos da disciplina História do Paraná. Diário Oficial do Paraná. Nº 6.134 de 18 de dezembro de 2001. PARANÁ, Secretaria do Estado de Educação, Currículo Básico para escola publica do estado do Paraná. Curitiba: SEED. 1990. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: História. Curitiba: SEED, 2008. ROSA, Sueli Pereira da Silva. Fundamentos teóricos e metodológicos da inclusão. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2003. WACHOWICZ, Ruy. História do Paraná. 10 ed. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2002.

195

14. LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Vivemos um momento de grandes transformações no qual o processo

educacional também se reformula. Esse novo tempo significa fundamentar as

práticas pedagógicas em metodologias capazes de transpor para dentro das

disciplinas a realidade dos alunos.

Nesse novo modelo de ensino, o aluno é fundamental e relevante no

processo educacional, pois o ensino e a aprendizagem ocorrem de forma

interativa e faz com que o mesmo elabore o conhecimento científico

construindo e reconstruindo significados. Assim cada disciplina do

currículo escolar passa a ser reconhecida como fator importante na formação

do indivíduo na qual o cidadão passa a reconhecer e associar de que forma o

currículo escolar está organizado e como este faz parte da sua condição

humana possibilitando assim uma formação de qualidade.

A História da Matemática nos tem revelado que os povos da antiguidade

desenvolveram conhecimentos matemáticos que vieram a compor a

Matemática que hoje conhecemos. A forma sem significados que a matemática

foi repassada ao longo da história, fez com que a sociedade a caracterizasse

como uma disciplina difícil de ser compreendida, na qual apenas os mais

especialistas poderiam praticá-la, pois os métodos utilizados no currículo

escolar eram fórmulas prontas que não estavam associadas ao cotidiano das

pessoas.

Por ser a matemática imprescindível e considerada uma das disciplinas

nas quais os alunos mais apresentam dificuldades, se faz necessário aprimorar

cada vez mais o processo de ensino e aprendizagem. A partir desta concepção

sentimos a necessidade de melhorar esses conhecimentos a serem oferecidos

buscando aplicar práticas pedagógicas que irão ser desenvolvidas através da

disciplina Laboratório de Matemática.

Os objetivos básicos são os mesmos da disciplina de Matemática que

fundamentam-se na Educação Matemática visando desenvolvê-la enquanto

campo de investigação e de produção de conhecimento – natureza científica –

196

e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da Matemática –

natureza pragmática. O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em

construção, porém, está centrado na prática pedagógica e engloba as relações

entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático (FIORENTINI &

LORENZATO, apud PARANÁ-DCE, 2008, p. 47), e envolve o estudo de

processos que investigam como o estudante compreende e se apropria da

própria Matemática.

Para Miguel e Miorim (2004, p. 70): ―a finalidade da Educação

Matemática é fazer com que o estudante compreenda e se aproprie da própria

Matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos,

procedimentos, algoritmos, etc.‖ Outra finalidade apontada pelos autores ―é

fazer com que o estudante construa por intermédio do conhecimento

matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação

integral do ser humano e, particularmente, do cidadão, isto é, do homem

público‖ (ibidem, 2004, p. 71).

―Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que

está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do

modo como o compreende e como dele lhe é possível participar‖. (PARANÁ-

DCE, 2008, p.14)

Sendo assim, o Colégio se propõe a trabalhar os conhecimentos

científicos da Matemática para formar estudantes mais críticos, cidadãos

capazes de estabelecer relações, discutir e criar, tendo como objetivo maior

formar alunos livres, conhecedores e atuantes na sociedade em que vivem,

podendo assim contribuir para a construção e a cidadania de nosso país, pois

todo o indivíduo tem direito a uma educação que lhe dê subsídio para um futuro

melhor, igualitário, mais justo.

O ensino da Matemática tratará a construção do conhecimento

matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos foram

apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na

formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio

das idéias e das tecnologias (PARANÁ-DCE, 2008, p.48).

A Matemática pode ser encarada sob dois aspectos diferentes: como

algo pronto, exposta nos livros ou acompanhá-la no seu desenvolvimento

197

sempre progressivo, sendo elaborada pela construção histórica do objeto

matemático composto pelas formas espaciais e as quantidades, descobrindo

dúvidas, contradições que só um longo trabalho de reflexão consegue eliminar,

para que logo surjam outras hesitações, dúvidas e contradições possibilitando

o estudante ser um conhecedor desse objeto construído historicamente

(PARANÁ-DCE, 2008, p.48).

Optar pelo ensino da Matemática, no contexto da Educação Matemática

envolve falar na busca de transformações que intencionam minimizar

problemas de ordem social.

Contudo desenvolver a natureza científica e a melhoria da qualidade do

ensino e da aprendizagem da matemática fará com que os estudantes

compreendam e se apropriem da disciplina de forma crítica, construindo

valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação integral do ser

humano e particularmente do cidadão e do homem público, sendo capaz de

analisar e criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.

A Educação Matemática requer um professor que saiba estabelecer uma

postura teórico-metodológica, que seja questionador frente às concepções

pedagógicas historicamente difundidas. O ritmo acelerado das transformações

em que se encontra o mundo vem fazendo com que a matemática, por meio de

uma harmonia dos aspectos práticos e formalistas, permita um estudo de

cunho analítico e quantitativo. Dessa forma, ela estabelece relações entre o ser

humano e sua realidade, promovendo uma ação interativa e transformadora da

sociedade na qual vive.

O ensino da Matemática deve propiciar o desenvolvimento de

capacidades, como a percepção, a visualização, o reconhecimento, a

identificação, as definições, a argumentação, o espírito crítico, buscando

sempre estabelecer conexões entre as demais disciplinas e transformando

essas capacidades em aprendizado.

Essa disciplina curricular (Laboratório de Matemática) será aplicada de

forma paralela a disciplina de matemática servindo de apoio. A prática

pedagógica será na forma de oficinas pedagógicas nas quais o aluno fará parte

do processo visualizando e vivenciando as situações que envolvam os

conceitos da matemática. Sua função é reconstruir significados matemáticos,

198

facilitando assim o conhecimento científico do aluno que são pertinentes a esta

área do conhecimento. Com tudo serão inseridas atividades lúdicas (jogos,

experiências científicas, brincadeiras, vídeos, dentre outros), levando em

consideração o material a ser utilizado e o espaço onde será desenvolvida a

atividade, respeitando a etapa do desenvolvimento dos educandos e intervindo

para melhorar e estimular os mesmos.

A disciplina de Laboratório de Matemática requer a adoção de estratégias

especiais na maneira de ensinar, consistindo metodologias nas quais os alunos

sejam constantemente convidados a pensar com criatividade. Esse olhar

cuidadoso sobre as dificuldades e quais conhecimentos de Matemática os

alunos trazem ao concluírem as séries iniciais, com o foco de aprendizagem

nos permite com intencionalidade, retomar alguns conceitos que possibilitam

ao aluno avançar no nível de aprendizagem.

Acreditamos que nessa disciplina, com as metodologias diferenciadas

que serão adotadas, o ensino possa contribuir de forma significativa para a

superação das dificuldades de aprendizagem e que o aluno possa aprender as

habilidades necessárias para o domínio da leitura, escrita e cálculos, ou seja,

dos conhecimentos matemáticos. Para isso se faz necessário uma prática

pedagógica que reflita e inclua a proposta pedagógica, o planejamento e as

diferentes estratégias de ensino aprendizagem visando que todos os alunos

aprendam. Para a superação dos problemas de defasagem de conhecimento é

fundamental estabelecer um planejamento prévio incluindo atividades

individuas e diversificadas levando em consideração o conhecimento e a

história familiar do aluno.

São objetivos do Laboratório de Matemática:

Proporcionar os conhecimentos necessários que possibilitem a

integração do educando na sociedade em que vive.

Estimular a curiosidade, o interesse e a criatividade do aluno, para que

ele explore novas ideias e descubra novos caminhos na aplicação dos

conceitos matemáticos adquiridos e na resolução de problemas.

Desenvolver o nível cultural do aluno, contribuindo para um melhor e

mais rápido aprendizado nas mais diversas disciplinas.

199

Proporcionar ao aluno atividades lúdicas e desafiadoras, incentivando o

gosto pela matemática e o desenvolvimento do raciocínio.

Observar sistematicamente a presença da matemática no dia-a-dia

(quantidade, números, formas geométricas, simetrias, grandezas e

medidas, tabelas e gráficos, previsões).

Promover a interação entre colegas incentivando a cooperação e

formando, assim, um ambiente propício à aprendizagem.

Criar situações em que os alunos possam reconhecer e registrar

questões de relevância social que produzem conhecimento matemático.

Inserir formas diferenciadas de ensinar e aprender, valorizando o

processo de produção de conhecimento.

Vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, para

que os alunos compreendam a importância histórica de tais descobertas.

Conscientizar o educando sobre a valorização dos produtos e serviços

que consumimos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Números e álgebra

Grandezas e Medidas

Geometrias

Funções

Tratamento da Informação

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

1º TRIMESTRE

Sistemas de Numeração;

Números Naturais;

Múltiplos e Divisores;

Potenciação e Radiciação;

Números Fracionários;

200

Números Decimais.

2º TRIMESTRE

Medidas de Comprimento;

Medidas de Massa;

Medidas de Área;

Medidas de Volume;

Medidas de Tempo;

Medidas de Ângulos;

Sistema Monetário.

3º TRIMESTRE

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Dados, tabelas e gráficos;

Porcentagem.

9º ANO

1º TRIMESTRE

Números Reais;

Propriedades dos Radicais;

Equações do 1º grau e 2º grau;

Teorema de Pitágoras;

Equações Irracionais;

Equações Biquadradas;

Regra de Três Composta.

2º TRIMESTRE

Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

Trigonometria no Triângulo Retângulo;

Noção Intuitiva de Função Afim;

201

Noção Intuitiva de Função Quadrática;

Geometria Plana;

Geometria Espacial.

3º TRIMESTRE

Geometria Analítica;

Geometrias Não-Euclidianas;

Noções de Análise Combinatória;

Noções de Probabilidade;

Estatística;

Juros Compostos.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A Matemática sempre foi vista como uma das disciplinas mais difíceis de

serem compreendidas e devido a isso, se faz necessário a utilização de

diferentes estratégias de ensino, de diferentes recursos pedagógicos para uma

melhor aprendizagem. Os Conteúdos Básicos deverão ser abordados de forma

articulada, de maneira que possibilitem uma intercomunicação e

complementação dos conceitos, numa perspectiva de valorizar os

conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquiridos em séries anteriores ou

de forma intuitiva. É importante a utilização de recursos didático-pedagógicos

como instrumentos de aprendizagem.

O dinamismo do Laboratório de Matemática é fundamentado no

desenvolvimento da proposta pedagógica que integre o material concreto e o

informatizado estabelecendo vínculo com o contexto do aluno e com a

metodologia: Construção de Jogos (confeccionados pelos alunos, priorizando o

material reciclável); História dos Números; Construção de figuras Geométricas;

Vivenciando as Seis Operações; Medidas de Tempo e Comprimento; Sistema

Monetário; Experiências com Temperaturas, Tabela de Jogos; Pesquisas de

campo (com parcerias do comércio e micro-indústrias); Medidas de área e

comprimento (se darão no espaço externo e interno da instituição escolar);

202

materiais midiáticos; softwares; instrumentos de medida; pesquisas históricas

sobre determinados conhecimentos matemáticos; pesquisas sobre as

aplicações matemáticas na sociedade e nos diversos ramos profissionais.

O material didático-pedagógico deve ser confeccionado de modo que

estimule o pensar e incentive o desempenho adequado e contemple as

necessidades dos alunos, diferenciando-as das atividades do ensino regular.

Portanto, com o material concreto manipulado de diferentes formas será

possível a formação do conceito da experimentação, onde o aluno é estimulado

por essas operações concretas atingindo o nível da abstração. Nesse

processo, a aprendizagem acontece, o aluno desenvolve a criatividade, assim

como favorece o trabalho interdisciplinar.

Para tal, na Disciplina Laboratório de Matemática serão usadas as

seguintes tendências metodológicas, sugeridas na DCE de Matemática, que

compõem o campo de estudo da Educação Matemática, as quais têm grau de

importância similar entre si e complementam-se uma às outras:

Resolução de Problemas: trata-se de uma a metodologia onde o

estudante tem a oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos

adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão proposta

(DANTE, 2003). Irá identificar estratégias e soluções no problema, ou

atividade proposta.

Etnomatemática: Metodologia proposta por D’Ambrósio, que propõe que

os programas educacionais enfatizem as matemáticas produzidas pelas

diferentes culturas, reconhecendo e registrando questões de relevância

social e que produzem conhecimentos matemáticos, valorizando assim

as raízes e a história cultural dos estudantes. Isso fará com que o aluno

seja capaz de associar situações novas com situações anteriores.

―Graças a um elaborado sistema de comunicação, as maneiras e modos

de lidar com situações vão sendo compartilhadas, transmitidas e

difundidas‖ (D’AMBRÓSIO, 2001, p. 32).

Modelagem Matemática: ― ...consiste na arte de transformar problemas

reais com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas

soluções na linguagem do mundo real‖ (BASSANEZI, 2006, p.16)

203

Mídias Tecnológicas: Os recursos tecnológicos têm favorecido as

experimentações matemáticas e potencializado formas de resolução de

problemas. O trabalho com as mídias tecnológicas insere diversas

formas de ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de

conhecimentos e ao serem abordados numa prática docente enriquecem

os processos pelos quais acontece a aprendizagem, pois as ferramentas

tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de ações

em Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os

recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina,

que é a experimentação. De posse dos recursos tecnológicos, os

estudantes argumentam e conjecturam sobre as atividades com as quais

se envolvem na experimentação (BORBA & PENTEADO, 2001).

História da Matemática: segundo as DCEs – Matemática, a História deve

―promover uma aprendizagem significativa, pois propicia ao estudante

entender que o conhecimento matemático é construído historicamente a

partir de situações concretas e necessidades reais‖. (MIGUEL e

MIORIM, apud PARANÁ, 2008, p. 66).

Investigações Matemáticas: As tarefas investigativas promovem a

problematização de conceitos matemáticos, levando professores e

alunos a serem produtores do conhecimento. A investigação matemática

dá a oportunidade de trabalhar em matemática de modo criativo,

procurando saber quais as razões por que acontecem as coisas, ―as

investigações matemáticas envolvem, naturalmente, conceitos,

procedimentos e representações matemáticas, mas o que mais

fortemente as caracteriza é este estilo de conjectura-teste-

demonstração‖ (PONTE; BROCARDO, OLIVEIRA, 2006, p. 10), com

isso são levados a uma autonomia intelectual, pois terão que explorar,

formular, pesquisar e testar hipóteses por meio de pesquisas,logo terão

que ir em busca do desconhecido pelo conhecido.

Através da ação pedagógica ocorrerá o enfrentamento dos problemas

relacionados à aprendizagem de Matemática, principalmente no que se refere

aos conteúdos, nas operações básicas elementares e formas espaciais.

204

AVALIAÇÃO

A avaliação do processo de ensino aprendizagem dar-se-á pela

apropriação do conteúdo da disciplina, no desenvolvimento das atividades, na

participação dos alunos. Para que isto ocorra o professor deve aconselhar,

coordenar, dirigir, encorajar, animar, estimular, partilhar, aceitar, respeitar e

compreender o aluno e principalmente explorar os conhecimentos matemáticos

no processo de ensino e aprendizagem. Nessa perspectiva o professor pode

repensar sua metodologia e planejar suas aulas de acordo como as

necessidades de seus alunos (adaptando e adequando os materiais a serem

utilizados para o desenvolvimento específico dos conteúdos).

A avaliação passa a ser um instrumento para a melhoria da qualidade de

ensino, indicando os avanços e as dificuldades dos alunos na aprendizagem.

Os alunos serão avaliados de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero),

sendo que para a aprovação o aluno deverá ter média mínima de 6,0 (seis

vírgula zero) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento). A todos

os alunos será ofertada a recuperação de conteúdos através de novas

metodologias e atividades desenvolvidas no decorrer de cada trimestre,

analisando as produções, os avanços realizados, de acordo com as

necessidades de cada aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 10 de ago. 2011. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012.

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Matemática. Curitiba, 2008.

205

15. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) - INGLÊS

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Trata-se de escola pública que atende à educação básica, aberta a

todos, proporciona a educação inclusiva, adaptando sua estrutura física e

fazendo adaptação curricular, quando necessário, procurando adaptá-lo ao

sistema, para que esse aluno tenha as mesmas condições de construir saberes

e desenvolver suas funções e as mesmas possibilidades de realização das

atividades. Para trabalhar a L.E.M. com o aluno incluso é necessário ter

atividades atrativas e adaptadas ao seu entendimento, caso contrário o aluno

não se sentirá motivado para aprender. LEM será trabalhada de maneira a

proporcionar a inclusão social.

O colégio, preocupado com a questão: gênero e diversidade têm em seu

currículo os temas relacionados aos desafios educacionais contemporâneos,

que contemplam os temas: sexualidade, preconceito, cidadania, globalização,

novas tecnologias, educação ambiental e educação fiscal, bem como, inserção

de temas da cultura indígena. Com inclusão das quais, procura-se levar o aluno

a conhecer e valorizar a história cultural desses povos, não apenas com

intenção de elevar sua autoestima e compreensão de sua etnia, mas na

perspectiva da afirmação de uma sociedade multicultural e pluridiversa.

O ensino da língua Inglesa é importante como segunda língua por ser

uma das mais faladas no mundo globalizado e, considerada língua-franca,

possibilitando aos alunos uma consciência crítica e transformadora da

realidade, subsidiada pelos elementos integrados e pelas práticas que

compõem a aprendizagem, considerando o processo dinâmico e histórico das

diferentes abordagens de acordo com as teorias cognitivas de aprendizagem,

privilegiado a sociointeratividade e o construtivismo, pois é mediado pela

linguagem, que o homem se transforma de ser biológico em sócio histórico e

transforma o meio em que vive.

A L.E.M. deverá propiciar a construção de sentidos que se dá na prática

discursiva, ou seja, deverá fazer com que o falante tenha domínio dos valores

sociocultural da comunidade levando em conta uma prática social na oralidade

206

das funções da língua. A abordagem comunicativa é uma forma de interação

social que se desenvolve em contextos que impõem certas condições ao uso

da língua e ao mesmo tempo, criam condições que permitem interpretar

corretamente os enunciados. A abordagem discursiva deve ser voltada para o

uso efetivo da língua e não apenas a língua pela língua.

Do aluno, é esperado que desempenhe o papel de sujeito de sua

aprendizagem (DCE, 2008, p.47), sendo necessário a leitura, oralidade, escrita

e análise linguística.

A aprendizagem não é centrada na decoração de regras, mas sim em

expressões adequadas a cada situação comunicativa em seu contexto de uso.

A leitura estabelece diferentes relações entre o sujeito e o texto, de acordo com

a introdução que ambos têm. Nesta proposta a perspectiva da leitura crítica

tem por intuito alargar possibilidades de entendimento entre o leitor e o mundo

em que este vive. O desenvolvimento da consciência do papel das línguas na

sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de

construção das identidades sociais é que irá proporcionar ao aluno o exercício

da cidadania e o entendimento das transformações ocorridas na sociedade.

Verificar o sistema linguístico como um instrumento de interação

humana, produzindo significados e considerando, além da gramática, o

contexto sociolinguístico dos falantes e formando um sujeito crítico capaz de

interagir criticamente com o mundo a sua volta. O trabalhar com a língua

enquanto discurso e prática social possibilita o entendimento de mundo e

construir significados, contribuindo para que o aluno perceba as diferenças

entre os usos, as convenções e os valores de seu grupo social e os da

comunidade que usa a língua.

É preciso garantir ao aluno o estímulo necessário para que entre no

universo da língua estrangeira, para que não apenas assimilem o saber como

resultado, mas aprendam o processo de sua produção, proporcionando-lhes a

possibilidades de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas

diversas práticas sócias. Também deve-se expor aos alunos textos

pertencentes a diferentes discursos ajudando-os a construir sentidos e

entender subjetividades leva-os a percepção dos pontos positivos e negativos

do excesso de estrangeirismos na língua mãe. Sendo assim é primordial

207

trabalhar a LEM de maneira a proporcionar a criticidade e a inclusão social.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística serão adotados como conteúdos básicos os diversos gêneros

textuais conforme suas aptidões sociais de circulação e aprimoração a cada

série. Cabe ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de

acordo com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as

características da escola e com o nível de complexidade exigido em cada uma

das séries.

LEITURA:

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presente no texto;

Léxico;

Coesão e Coerência;

Marcadores do discurso;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particulares da língua, pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito;

Variedade linguística;

Acentuação gráfica;

Ortografia.

208

ESCRITA:

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

Vozes sociais presentes no texto;

Vozes verbais;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica;

ORALIDADE:

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

209

METODOLOGIA:

LEITURA:

É importante que o professor:

Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções,

intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,

temporalidade, vozes sociais e ideológica;

Proporcione análises para estabelecer a referência textual;

Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas;

Contextualize a produção: suporte / fonte, interlocutores, finalidade,

época;

Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e

outros;

Relacione o tema com o contexto atual;

Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

Instigue o entendimento / reflexão das diferenças decorridas do uso de

palavras e / ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como de expressões que denotam ironia e humor;

Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de

diferentes gêneros;

ESCRITA:

É importante que o professor:

Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor,

intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,

situacionalidade, temporalidade e ideologia;

Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer

a referência textual;

Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;

210

Acompanhe a produção do texto;

Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos

das ideias, dos elementos que compõem o gênero.

AVALIAÇÃO:

LEITURA:

Espera-se do aluno:

Realização de leitura compreensiva do texto;

Localização de informações explícitas implícitas no texto;

Posicionamento argumentativo;

Ampliação do horizonte de expectativas;

Ampliação do léxico;

Percepção do ambiente no qual circula o gênero;

Identificação da idéia principal do texto;

Análise das intenções do autor;

Identificação do tema;

Dedução dos sentidos de palavras e / ou expressões a partir do

contexto;

Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e / ou

expressões no sentido conotativo e denotativo;

Reconhecimento de palavras e / ou expressões que estabelecem a

referência textual;

ESCRITA:

Espera-se do aluno:

Expressão de idéias com clareza;

Elaboração de textos atendendo: às situações de produção propostas

(gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática;

Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;

Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,

211

intertextualidade, etc...;

Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e

função do artigo, pronome, substantivo, etc...;

Emprego de palavras e / ou expressões no sentido conotativo e

denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em

conformidade com o gênero proposto.

ORALIDADE:

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

GÊNEROS TEXTUAIS:

O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna fundamenta-se na

diversidade de gêneros textuais para compreender o uso da Língua que

beneficia a construção da interpretação e significados da realidade do aluno,

considerando sempre o contexto e o momento em que eles foram produzidos.

6º ANO

Diálogos;

Charges;

Bilhetes;

Músicas;

Cartão;

Convites;

212

Histórias em quadrinhos;

Filmes;

Jogos;

E-mail.

7º ANO

Anúncios;

Reportagens;

Entrevistas;

Charges;

Bilhetes;

Cartas;

Receitas;

Histórias em quadrinhos;

Músicas;

Filmes;

Jogos;

E-mail;

Folders;

Chats;

Slogan.

8º ANO

Anúncios;

Reportagens;

Entrevistas;

Charges;

Bilhetes;

Cartas;

Receitas;

Histórias em quadrinhos;

Músicas;

213

Filmes;

Jogos;

E-mail;

Folders;

Chats;

Slogan.

9º ANO

Anúncios;

Reportagens;

Entrevistas;

Charges;

Bilhetes;

Cartas;

Receitas;

Histórias em quadrinhos;

Músicas;

Filmes;

Jogos;

E-mail;

Folders;

Chats;

Slogan;

Paródia;

Fórum;

Haicai;

Convites;

Biografias.

1ª SÉRIE

Adivinhas;

Carta Pessoal;

214

Diálogos;

Charges;

Bilhetes;

Músicas;

Cartão ;

Convites;

Histórias em quadrinhos;

Filmes;

Jogos;

E-mail;

Letras de Músicas;

Receitas;

Textos Dramáticos;

Piadas;

Diário;

Fotos;

Poemas;

Resumo;

Resenha;

Texto Argumentativo;

Notícia;

Tiras;

Sinopses de filmes;

Horóscopo;

Entrevista;

Relato;

Anúncio;

Caricatura;

Cartazes;

Carta de emprego;

Folders;

Chats;

215

Slogan;

Paródia;

Fórum;

Haicai;

Convites;

Biografias.

2ª SÉRIE

Adivinhas;

Carta Pessoal;

Diálogos;

Charges;

Bilhetes;

Músicas;

Cartão;

Convites;

Histórias em quadrinhos;

Filmes;

Jogos;

E-mail;

Letras de Músicas;

Receitas;

Textos Dramáticos;

Piadas;

Diário;

Fotos;

Poemas;

Resumo;

Resenha;

Texto Argumentativo;

Notícia;

Tiras;

216

Sinopses de filmes;

Horóscopo;

Entrevista;

Relato;

Anúncio;

Caricatura;

Cartazes;

Carta de emprego;

Folders;

Chats;

Slogan;

Paródia;

Fórum;

Haicai;

Convites;

Biografias.

3ª SÉRIE

Adivinhas;

Carta Pessoal;

Diálogos;

Charges;

Bilhetes;

Músicas;

Cartão;

Convites;

Histórias em quadrinhos;

Filmes;

Jogos;

E-mail;

Letras de Músicas;

Receitas;

217

Textos Dramáticos;

Piadas;

Diário;

Fotos;

Poemas;

Resumo;

Resenha;

Texto Argumentativo;

Notícia;

Tiras;

Sinopses de filmes;

Horóscopo;

Entrevista;

Relato;

Anúncio;

Caricatura;

Cartazes;

Carta de emprego;

Folders;

Chats;

Slogan;

Paródia;

Fórum;

Haicai;

Convites;

Biografias.

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO:

Cotidiana; literária; Científica; Escolar; Imprensa; Publicitária; Política;

Produção e consumo; Midiática.

218

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

As diretrizes propõem redimensionar o ensino de Língua Estrangeira

Moderna nas escolas da Rede Pública Estadual do Paraná. Na Língua Inglesa

parte do entendimento do papel das Línguas na sociedade como o instrumento

de acesso a informação com possibilidades de conhecer, expressar e

transformar modos de entender o mundo e adquirir a aprendizagem. A partir do

Conteúdo Estruturante Discurso como prática social será trabalhada o uso da

língua na leitura oralidade e escrita. Para tal, parte-se de textos sobre temas

contemporâneos para o aluno e para a sociedade, tais como: cidadania, saúde,

ecologia, tecnologia, ciência, justiça social, valores e conflitos, propõem-se

atividades que visam ao desenvolvimento não apenas com atividades

linguísticas, mais principalmente na competência que tornem esse aluno apto

ao uso da linguagem e compreender melhor o mundo em que vive e participe

dele criticamente.

Criar estratégias para que os alunos percebam a heterogeneidade da

língua e reconheçam que os textos são representações da realidade e

assumindo uma posição mais crítica e relação a tais textos. Apresentar texto

com cognatos e termos transparentes, trabalhando texto em seu contexto

social de produção e dele selecionar itens gramaticais que indiquem a

estruturação da língua, comparando as unidades temáticas, linguísticas e

composicionais de um texto com outros textos construindo a sua estrutura a

partir das reflexões em sala de alua, textos de países que falam o mesmo

idioma estudado na escola, textos publicados nacional e internacionalmente.

As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos

os alunos dispõem de um vocabulário suficiente para que o diálogo se realize

em Língua Estrangeira. Servirá como subsidio para a produção textual.

Contribuirá com uma leitura crítica dos textos escolhidos, onde o aluno possa

perceber os diferentes discursos, e construir significados pela mesma.

A interdisciplinaridade será feita através de textos que contemplem

temas abordados em outras disciplinas. No Programa Nacional de Educação

Fiscal temos que conscientizar o aluno a desenvolver uma prática

transformadora, apesar da força exercida pelo mundo globalizado, mantendo

219

uma relação harmoniosa entre Estado e Sociedade, aprendendo como

funciona a administração pública cobrando a garantia dos impostos. A cultura

Afro e Indígena será contemplada dentro da LEM com textos de vários

gêneros.

Utilizar o material didático disponível na prática pedagógica, livros

didáticos, dicionários, transparências, slides, DVDs, fitas de áudio, CD-room´s,

Internet, TV multimídia e a sala informatizada etc. , de acordo com as propostas

destas diretrizes. Adota-se uma alternativa teórica de concepção de linguagem

que contemple esse objetivo. É preciso entender a estrutura formal da

linguagem como um conjunto de normas que se estabelecem um entendimento

geral. Deve-se ultrapassar as questões técnicas e instrumentais para que o

aluno reflita e transforme a realidade que se apresenta. Uma nova forma de ver

e entender o mundo e a de construir significados, ou seja, entender a relação

linguística entre os falantes. Apresentar aos alunos textos pertencentes a vários

gêneros publicitários, jornalísticos, literários, informativos, etc.

Propor, no decorrer do desenvolvimento dos conteúdos, provas orais e

escritas, trabalhos de pesquisa, exercícios de fixação dos conteúdos, debates e

apresentações de trabalhos, bem como estimular os alunos na oralidade e

interação com os colegas.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e

contribuir para a construção dos saberes. Além de ser útil para a aprendizagem

dos alunos, servirá para que o professor repense a sua metodologia e planeje

as suas aulas de acordo com as necessidades dos alunos, pois é através dela

que é possível perceber quais são os conhecimentos e as práticas que ainda

não foram suficientemente trabalhadas.

Ressalta-se aqui a importância de observar a participação dos alunos na

interação aluno-professor, aluno-aluno, aluno-material didático em cada aula,

pois a partir daí os alunos poderão ser avaliados continuamente de acordo com

os objetivos do conteúdo trabalhados e desempenho dos alunos no decorrer do

220

curso.

De acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola a avaliação

permanecerá contínua, reflexiva e emancipadora, permeando todo processo

pedagógico. O Colégio Estadual Rocha Pombo - EFMN adota o sistema de

avaliação trimestral. Os procedimentos utilizados para o processo de

aprovação e reprovação e a recuperação de estudos de acordo com o que

exige a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9394/96 são os

seguintes:

A média de aprovação é igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero);

A média do trimestre deverá incorporar todas as avaliações realizadas

durante esse período e será expressa de 0 (zero) a 10 (dez vírgula

zero);

A aprovação do aluno além da média obedecerá ao critério da

frequência (75%);

As avaliações à que o aluno tem direito serão variadas e utilizar-se-ão

vários instrumentos;

Durante cada trimestre serão realizadas avaliações escritas, orais,

trabalhos de pesquisa, totalizando 10,0 (dez vírgula zero). A recuperação

paralela de conteúdos será ofertada a todos os alunos, sempre que necessário.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA FILHO, J.P.C. Dimensões Comunicativas no Ensino de Línguas. BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988 -------------------. Estética da Criação Verbal. Cidade, 1992. BRASIL. Lei n° 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012.

221

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. JORDÃO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba, Mineo 2004. PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ. Cadernos temáticos. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Curitiba, 2005.

222

16. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) - ESPANHOL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Ao longo da história o ensino de Línguas Estrangeiras Modernas e a

estrutura do currículo escolar sofreram constantes mudanças devido à

organização social, política econômica. As propostas curriculares e as

metodologias de ensino são instigadas a atender as expectativas e demandas

sociais contemporâneas e propiciar às novas gerações a aprendizagem dos

conhecimentos historicamente construídos.

Após passar por várias etapas, onde as línguas Inglesas e Francesas

tinham mais prestígio no Brasil, finalmente a Língua Espanhola passou a ser

reconhecida como Língua Estrangeira Moderna, e a responsabilidade pelos

rumos educacionais passaram a ser centralizada no Ministério de Educação e

Cultura, o qual indicava aos estabelecimentos de ensino o idioma a ser

ministrado nas escolas, a metodologia e o programa curricular para cada série.

Comprometimento com os ideais nacionalistas, o MEC preconizava que a

disciplina de Língua Estrangeira deveria contribuir tanto para a formação do

aprendizado quanto para o acesso ao conhecimento e as reflexões sobre as

civilizações estrangeiras e as tradições de outros povos. Isso explica por que o

espanhol passou a ser permitido oficialmente para compor o currículo do curso

secundário, uma vez que a presença dos imigrantes da Espanha era restrita no

Brasil.

A língua espanhola, portanto, foi valorizada como língua estrangeira

porque representava para o governo um modelo de patriotismo e respeito

daquele povo as suas tradições e a história nacional. Tal modelo deveria ser

seguido pelos estudantes. Assim, o ensino de espanhol passou a ser

incentivado no lugar dos idiomas alemão, japonês e italiano, que, em função da

Segunda Guerra Mundial, foram desprestigiados no Brasil. Iniciou-se, então,

uma fase de ensino de Língua Estrangeira mais sofisticada quanto aos

recursos didáticos. De fato alguns recursos como projeção de slides, cartões

ilustrativos, filmes fixos e laboratórios audiolinguais conferiam um avanço

inestimável a aquisição de línguas.

223

Portanto, as preocupações das escolas públicas do Paraná são com as

necessidades das comunidades destinando aos alunos os conhecimentos

dessa Língua Espanhola, para que os mesmos possam se sentir seguros

diante de situações que ocorrem e fazem parte de sua vida uma vez que

encontram-se vivendo em uma região que faz fronteira com a Província de

Missiones na Argentina, distanciando-lhes, cerca de 30 quilômetros apenas, e

220 quilômetros do Paraguai, desses povos Latino-americanos.

Assim sendo, faz-se necessário o ensino do espanhol, mesmo que seja

na parte diversificada, para oportunizar a todos os alunos o espanhol.

Conhecendo a realidade e as dificuldades de nossos alunos que residem

em comunidades distantes dos colégios, necessitando de meios de transportes

para estudar, eles farão as refeições no colégio e ficarão o dia todo estudando,

tudo para que contribuam com os mesmos em suas aprendizagens; formação

como cidadão livre, autônomo, crítico e solidário. Onde possa utilizar o diálogo

como forma de mediar conflitos e decisões coletivas.

Uma das formas para manter a oferta de línguas estrangeiras nas

escolas públicas após o parecer nº 581/76, bem como a tentativa de superar a

hegemonia de um único idioma ensinado nas escolas, foi a criação do Centro

de Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do Paraná, em 1982, o qual

passou a oferecer aulas de inglês, espanhol, francês e alemão, aos alunos no

contraturno.

A Língua Estrangeira Moderna (ESPANHOL) será trabalhada de maneira

a propiciar a inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel das

línguas na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo

de construção das identidades transformadoras. Desta forma, com o propósito

de um aluno ampliar suas experiências culturais ao comparar e contrastar a

sua cultura com a cultura de outro país, no intuito de formar um sujeito crítico,

capaz de interagir criticamente com o mundo atual.

Portanto, o docente de língua estrangeira em seus discursos didáticos

deve trabalhar as atividades de reflexão gramatical, verbal em sala de aula e

autonomia relativa do sujeito como estratégias de interação aluno pesquisador

nos momentos de conflito com pesquisa interventiva; como aprendizagem

colaborativa no processo de intervenção leitura-escrita dos aprendizes, nos

224

estudos da transposição da sala de aula para o ambiente virtual, no Laboratório

de Informática. Proporcionando ao aluno o conhecimento científico, que

venham a suprir os conhecimentos dos estudos nos campos dos desafios

sócio-econômicos das demandas sociais da atualidade.

A preocupação atual é não somente o conhecimento cognitivo, mas

também a formação do cidadão propiciando novos rumos para a compreensão

das diversidades linguísticas e culturais para construir novos sentidos no

mundo. As três práticas mencionadas como: leitura, oralidade e escrita se

estruturam em discurso como prática social, instrumento necessário para a

comunicação.

Ao conhecer outras culturas, o educando constrói uma análise

comparativa entre o seu meio de vida versos ao novo mundo, ampliando a sua

esfera social, podendo conhecer melhor sua forma de ser, pensar, agir e sentir

outra cultura, enriquecendo sua formação.

A prática da Língua Estrangeira Moderna permite o acesso,

comunicação e participação com o ―diferente‖, contribuindo significantemente

ao educando, a sua constituição social fornecendo ao indivíduo, capacidade de

ser compreendido e de compreender as relações sociais, aumentando seu

poder cognitivo para interagir com maior propriedade e segurança no mundo

atual.

Sendo uma escola pública devemos oferecer e encaixar a educação

inclusa, aberta a todos, procurando adaptar o educando ao sistema, para que o

este tenha as mesmas condições de construir esse saber e desenvolver suas

funções, as mesmas possibilidades de realização humana e social.

O ensino da Língua Espanhola é importante como uma língua

complementar por ser uma das mais faladas na região em que vivemos, pois

faz divisa com países do MERCOSUL, como Argentina e Paraguai,

possibilitando ao educando uma consciência crítica e transformadora da

realidade, subsidiada pelos elementos integradores e pelas práticas que

compõem a aprendizagem, além de contribuir para o aperfeiçoamento na

realização de seu trabalho.

O ensino da Língua Estrangeira Moderna – Espanhol tem por objetivos

principais:

225

constituir um espaço para que o aluno conheça, reconheça e

compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se

relaciona discursivamente e perceba possibilidades de construção de

significados em relação ao mundo em que vive. (DCE, p. 53)

Priorizar a comunicação, assimilando um conjunto de manifestações de

um povo, seus hábitos e seus costumes relacionando entre a

comunicação e a cultura a necessidade de entender a comunicação

entre nativos e não nativos.

Oportunizar ao aluno a aprendizagem de conteúdos que ampliam as

possibilidades de ver o mundo, suas diferenças, e de poder, interagir

com ele sendo que cada vez mais ele se torna multicultural.

Enfatizar que o conhecimento de uma LE resulta em uma maior

capacidade de ação no mundo sendo que está enfrentando uma série

de mudanças nos níveis históricos, sociais, econômicos, tecnológicos e

culturais.

Atualmente, a Língua Estrangeira, além de atingir os objetivos práticos

de reflexão linguística, deve:

Permitir aos alunos informações gerais sobre o cotidiano em que

contribua para sua formação social enquanto cidadão. O educador deve

assumir o compromisso com o desenvolvimento de uma educação

comprometida e significativa, usando leituras apropriadas que envolvam

e despertem os interesses dos sujeitos em aprender. Falar sobre o

ensino de Língua Estrangeira no Brasil remete diretamente a criação do

sistema escolar brasileiro.

Conhecer e assimilar culturas estrangeiras não significa subserviência a

elas. O que não se pode permitir a invasão desmedida do vocabulário

estrangeiro ou a modificação ou aniquilação de aspectos da cultura

nacional, mas um povo não pode isolar-se em suas fronteiras

geográficas e ficar alheio ao mundo que o rodeia. Aqui, justifica-se o

ensino da Língua Espanhola no âmbito escolar, através da

aprendizagem de outras línguas, o indivíduo torna-se capaz de

compreender melhor a própria cultura, contrastando-a com a cultura dos

outros, o que aumenta a consciência crítica e linguística,

226

proporcionando-o maior compreensão de como a língua funciona em

seus aspectos estruturais e na percepção das diferenças morfológicas

fonéticas e sintáticas entre a língua mãe e a língua estrangeira.

Levar o educando a vivenciar uma experiência de comunicação humana

pelo uso da Língua Estrangeira, as novas maneiras de expressar-se e

de ver o mundo, refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e

interagir a bens culturais, sociais e econômicos.

Conhecer e valorizar outras culturas, construindo uma relação de troca

de conhecimento entre linguagens para interagir com a soma de todas

as culturas na construção da forma igualitária socialmente.

Proporcionar por meio de estudo de Língua Estrangeira Moderna

reflexão sobre a língua Materna, diferenças culturais, valores de

cidadania e identidade.

Desenvolver a consciência do papel das línguas na sociedade e o

reconhecimento da diversidade cultural, variando de acordo com o

usuário, e o contexto em que são usadas e a finalidade da interação.

Construir entidades transformadoras trabalhando a inclusão através da

percepção para atingir as perspectivas de ver o mundo com seus

valores sociais e culturais em constantes transformações nas formas

heterogêneas, complexa e plural( BORTONI-RICARDO,2004).

Oportunizar o aluno a vivenciar uma experiência de comunicação pelo

uso da Língua Estrangeira e suas dimensões culturais, bem como refletir

sobre os costumes ou formas de agir e interagir com o entendimento

vinculado à história do mundo social.

Compreender que os significados são sociais e historicamente

construídos, portanto os alunos devem ouvir, ler, falar e

escrever,considerando que essas práticas não se separam em situações

concretas de comunicação.

Porém, deve-se trabalhar a visão de leitura tradicional abordando uma

leitura crítica. Ensinando não apenas uma língua, discursos que a compõe

dentro de uma sociedade, mas Trabalhar o ensino da língua de modo que o

aluno seja capaz de:

Usar a língua e situações de comunicação oral e escrita.

227

Vivenciar na aula de língua estrangeira possibilidade de estabelecer

relações entre ações individuais e coletivas.

Compreender que os significados são sociais e historicamente

construídos.

Ter consciência da importância do uso de uma língua estrangeira na

sociedade.

Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural dos

povos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Discurso como Prática Social

CONTEÚDO BÁSICO

6º ANO

Alfabeto > pronúncia

Leitura e escrita

Interpretação

Tradução

Diálogo

Produção de desenho

Frutas

Verduras

Corpo humano

Vestimentas

Eletrodomésticos

Profissões

Objetos da sala de aula

Dias da semana

Meses do ano

Estações do ano

Numerais

228

Objetos de mesa

Parte da uma casa

Animais

Cores

Horas

Contos, escritas e apresentação.

Textos diversificados

Adivinhações

Ditos populares

Gibis, clássicos infantis etc.

Piadas

Vocabulário variado

Pesquisa na web

Membros de família

Tonicidade

Ortografia

Pontuação

Cantigas de roda

7º ANO

Alfabeto -> pronúncia

Leitura e escrita

Interpretação

Tradução

Diálogo

Produção de desenho

Frutas

Verduras

Corpo humano

Vestimentas

Eletrodomésticos

Profissões

229

Objetos da sala de aula

Dias da semana

Meses do ano

Estações do ano

Pronomes pessoais

Artigos definidos, indefinidos (neutro)

Verbo ser e estar

Numerais

Objetos da mesa

Parte de uma casa

Bandeiras de países que falam espanhol

Uso do B e V

Animas

Aumentativo e diminutivo

Adjetivo

Cores

Significado das cores

Horas

Conto, escrita e apresentação.

Textos diversificados

Musicas

Paródia

Contatos, bilhete, carta, e-mail.

Adivinhações

Trava-língua

Ditos populares

Gibis, clássicos infantis etc.

Vídeo e filme

Piadas

Vocabulário variado

Pesquisa na web

Poesia

230

Membros da família

Ortografia

Pontuação

Cantigas de roda

8º ANO

Alfabeto, Pronúncia

Leitura escrita

Interpretação e tradução

Historia da língua espanhola

Vocabulário diversificado e revisão

Dias da semana, meses, estações.

Parte de uma casa com desenhos

Animais

Profissões

Corpo humano

Comida, receitas

Países que falam espanhol

Regras de acentuação

Horas

Verbos regulares

Regras de plural

Adjetivos físico e psicológico

Regras gramaticais

Classes de palavras

Textos variados

Dramatização, teatro de historias, conto etc.

Musica

Paródia

Piada

Programa anuncio

Bilhete, Carta, e-mail.

231

Poesia

Diminutivo e Aumentativo

Charge

Anedota

Pesquisa

Cartazes

Resumo

Horóscopo

Tiras

Notícias

Fotografia

Avisos, recados, anúncio

Seminário, mesa redonda.

9º ANO

Revisões de alfabeto

História Dom Picote da Mancha

Vestimentas com texto

Atividades com membros da família

Comida, receita

Bebidas

Países membros do Mercosul

Regras de acentuação

Palavras heterosemánticas

Palavras heterogenéricas

Formação de frases

Formação de texto

Verbos regulares

Jornal

Regras gramaticais

Classes de palavras (10 classes gramaticais)

Cultura espanhola

232

Textos variados

Charge, Slogan, cartuns, anedota, caricatura.

Escrita de historias em quadrinhos

Vídeo, filme para analise

Maquete

Música, paródia

Propaganda, anúncio

Seminário, mesa redonda

Horóscopo

Resumo

Muy e mucho

Simulado

Biografia

Curriculum

Fotografia

Tiras

Pontuação

Recursos gráficos

Linguagem verbal e não verbal

Ortografia

Concordância nominal e verbal

LEITURA

Colaborativa: inferências, conhecimento prévio, leitura de mundo,

contextualização.

Intertextualidade.

Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma

para a análise do texto à compreensão de maneira global e não

fragmentada.

Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a

diferentes objetivos: ler para adquirir conhecimento, fruição, obter

233

informação, produzir outros textos, revisar, etc.

As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em

registro informal.

Construção de sentido do texto:

o Identificação do tema ou ideia central;

o Finalidade;

o Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes

presentes no texto;

o Identificação do argumento principal e dos argumentos

secundários.

Contato com gêneros das diversas esferas sociais, observando:

o o conteúdo vinculado;

o possíveis interlocutores;

o assunto;

o fonte;

o papéis sociais representados;

o intencionalidade;

o valor estético.

Em relação com o trabalho de leitura:

Ampliação do repertório de leitura do aluno ( textos que atendam e

ampliem seu horizonte de expectativas);

Diálogo da Literatura com outras artes e outras áreas do

conhecimento (cinema, música, obras de Arte, Psicologia,

Filosofia, Sociologia, etc.);

O contexto de produção da obra literária bem como o contexto de

sua leitura.

ORALIDADE

Aspectos contextuais do texto oral:

Coerência global;

Unidade temática de cada gênero oral.

Os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da

234

conversação;

Elementos composicionais, formais e estruturais de diversos

gêneros discursivos orais usados em diferentes esferas sociais;

As variedades linguísticas e a adequação da linguagem no

contexto de uso: diferentes registros, grau de formalidade em

relação ao gênero discursivo;

Intencionalidade dos textos;

Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a

fala formal e informal;

* Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade:

o Participação e cooperação;

o Turnos de falas.

* Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;

* Observância de relação entre os participantes (conhecidos e

desconhecidos, nível social, formação etc.);

Especificidades:

o Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos;

o Ampla variedade X modalidade única;

o Elementos extralinguísticos (gestos, entonação, pausas, sinais

gráficos;

o Frases mais curtas X frases mais longas;

o Redundância X concisão;

As particularidades de pronúncia de certas palavras.

ESCRITA

A produção e a re-facção escrita como processo suscitado por

uma real necessidade de

Prática social:

o Unidade temática;

o Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;

o Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão;

o Coerência com o tipo de situação em que gênero se situa (

235

situação pública, privada, cotidiana, solene etc.);

o Relevância do interlocutor na produção de texto;

o Utilização dos recursos coesivos (fatores de coesão: referencial e

sequencial), aspectos coerentes situacionais, contextuais,

intertextuais.

* Adequação do gênero proposto às estruturas mais ou menos estáveis

(elementos composicionais, formais e estruturais).

Trabalho com tópicos gramaticais a partir da re-facção de textos e

análise dos efeitos de sentido dos recursos linguístico-literários.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Leitura/ Oralidade/ Escrita

Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor(es);

Os elementos linguísticos do texto como pistas, marcas, indícios

de enunciação:

o A função das conjunções na conexão de sentido do contexto;

Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido

provocados no texto;

O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do

falante em relação ao que diz ( ou o uso das expressões

modalizadoras ;

Os discursos direto, indireto, indireto livre na manifestação das

vozes que falam do texto;

Importância dos elementos de coesão e coerência na construção

do texto;

Expressividade dos substantivos e a sua função referencial no

texto;

A função do adjetivo, advérbio e outras categorias como

elementos adjacentes aos núcleos.

Nominais e predicativos;

A função do advérbio: modificador de circunstancia;

236

O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função

da intencionalidade do conteúdo textual;

Relações semânticas que as preposições e os numerais

estabelecem no contexto;

A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos

efeitos de sentido, de entonação e ritmo, intenção, significação

e objetivos do texto;

Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão,

parênteses, etc.;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização,

retomadas e sequenciação do texto;

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função

dos propósitos do texto, estilo composicional e natureza do

gênero discursivo;

A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico;

determinado/indeterminado; ativo/passivo) a relação com a

intenção do texto;

A elipse na sequência do texto;

O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão

sujeito da frase

Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus

termos adjuntos

Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor,

ironia, ambiguidade, exagero, expressividade, etc.);

As marcas linguísticas dos tipos de textos e da composição dos

diferentes gêneros;

As particularidades linguísticas do texto literário;

As variações linguísticas;

Neologismo e os mecanismos de ressignificação de palavras já

existentes.

237

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Diferentes metodologias refletem diferentes perspectivas sobre como as

pessoas aprendem uma língua estrangeira e como os professores podem

encaminhar o que ensinam, de modo que os alunos contextualizem e

internalizem o que lhes são ensinados de maneira satisfatória.

Pode-se ter uma atividade ou exercícios com aspectos tradicionais (lista

de verbos ou exercícios de gramática) e em cima dele realizar uma atividade

extremamente comunicativa, assim como se pode ter um exercício tido como

comunicativo e, dependendo da prática empregada no desenvolvimento, pode

ser realizado de maneira tradicional.

Em cada turma surgem experiências e expectativas diferentes e o

professor deve usar de criatividade para ensinar de modo que a aprendizagem

atinja cada aluno, na sua individualidade cognitiva. Cada aluno detém uma

maneira particular de envolvimento com a situação de aprendizagem; cada

professor, também é único e traz consigo seu modo particular de trabalho, sua

competência implícita e o anseio da inovação de ações e de aprimoramento

profissional para a efetivação da prática pedagógica competente. Nessa

perspectiva, o professor assume o papel de mediador, antecipa necessidades e

apresenta a língua estrangeira não apenas como um fenômeno social, mas

como uma necessidade pessoal para o aluno, valorizando os conhecimentos

prévios de cada aluno, ajudando os a desenvolvê-las. Nessa concepção, o

professor de LEM, precisa ser capaz de modificar, de modo efetivo a sua

prática, buscando individual e coletivamente a reflexão, a pesquisa e a

investigação sobre os pressupostos teóricos e práticos das abordagens

pedagógicas que utiliza.

No ensino de Língua Estrangeira, a língua, o objeto de estudo dessa

disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade.

Portanto é essencial ensinar e aprender os diferentes tipos de gêneros textuais,

pois; o uso da língua nos diferentes propósitos comunicativos, configuram um

instrumento de interação entre as questões de interação da língua com o aluno.

Nesse sentido, o estudo dos diferentes tipos de gêneros textuais

apresentam uma construção discursiva indispensável no contexto da

238

enunciação. Portanto pode-se trabalhar nas mais variadas formas, que propicie

questionamentos, inferências, reflexão, contextualização e prática de leituras.

O texto trabalhado de diferentes fontes, gêneros, tipos e temas

estimulam uma leitura rica em contextos, linguagem e reflexões linguísticas.

Além do entendimento do texto, são propostas atividades de posicionamento

crítico sobre os conteúdos apresentados separando sua linearidade é uma

prática comum nas escolas. Por isso, é uma das principais preocupações,

alterar esta realidade.

Pretende-se formar um leitor ativo, ou seja, capaz de produzir sentidos

na leitura dos textos, tais como: inferir, servindo-se dos conhecimentos prévios;

levantar hipóteses a respeito da organização textual; perceber a

intencionalidade, etc.

Não se trata, portanto, de testar conhecimentos lingüísticos - discursivos

de ou Texto – gramaticais, de gêneros textuais, entre outros –, mas sim,

verificar a construção dos significados na interação com textos e nas

produções textuais dos alunos, tendo em vista que vários significados são

possíveis e válidos, desde que apropriadamente justificados.

Portanto, vale assinalar que ao trabalharmos os tipos textuais serão

desenvolvidas a oralidade, leitura e escrita. Na oralidade o aluno vai se

familiarizando para que haja uma interação social e cotidiana já no inicio da

comunicação. O diálogo constitui a base dos textos para desenvolver a

compreensão e produção oral, como conversas corriqueiras com familiares,

colegas e amigos, como também de interação de caráter transacional a

exemplos dos que ocorrem nas lojas, guichês, lanchonetes etc. Exploramos

também outros gêneros como anúncios comerciais e programas de rádio e

televisão, entrevistas, apresentações de palestras e mensagens telefônicas,

entre outros que desenvolvam a compreensão da leitura, oralidade e escrita.

Também será utilizado lúdico é uma forma de interação do aluno com o

mundo, podemos utilizar-se instrumentos que promovam a imaginação, a

exploração, a curiosidade e o interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos,

exemplificações realizados habitualmente por nós, professoras. O lúdico

permite uma maior será interação, maior será o nível de concepção e

reestruturações cognitivo realizado pelo estudante. Através do lúdico e

239

Independente da serie e da faixa etária do aluno serão adequados

instrumentos de apoio a aprendizado através, jogos: quebra-cabeça, sopa de

letras, cruzadinha, e montagem de joguinhos relacionados ao conteúdo

estudado, como jogo da memória, baralho, jogo imobiliário, bingo, dinâmicas

variadas para memorização, joguinhos online laboratório de informática, vídeos

e filmes para analise, gincana, apresentações de dramatizações de contos,

historias, preenchimento de lacunas.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um meio utilizado tanto por alunos como por professores

para o aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem.

Os alunos serão avaliados durante o desenvolvimento das atividades em

grupos em sala de aula, pesquisa no laboratório, oficinas, e provas escritas. De

acordo com o desempenho e conhecimento do conteúdo que cada educando,

no momento em que for convidado a participar de debates fazer inferência

sobre determinado assunto, com conhecimento e seguranças nos argumentos

apresentados, ou quando necessário apresentar oficinas para os colegas dos

conteúdos propostos, como também com provas orais e escritas, onde os

alunos manifestarão conhecimentos adquiridos na interpretação de textos,

ortografia, traduções, pronúncia e vocabulários que foram propostos no

decorrer das aulas.

A avaliação será somativa, diagnóstica e formativa, conforme Projeto

Político Pedagógico do Colégio, permeando todo o processo pedagógico,

devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as

características individuais deste.

As avaliações serão variadas, com diversos instrumentos e critérios

definidos conforme os objetivos dos conteúdos e expressos no Plano de

Trabalho Docente.

A Recuperação será ofertada integralmente a todos os alunos através da

retomada dos conteúdos com novas explicações/metodologias e avaliação, se

necessário.

240

O registro de notas será expresso em uma escala de 0,0 (zero vírgula

zero) a 10,0 (dez vírgula zero),sendo que média para aprovação o aluno é 6,0

(seis vírgula zero) e é obtida através da média aritmética dos três trimestres,

sendo necessário 75 % (setenta e cinco por cento) de frequência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA FILHO, J.P.C. Dimensões Comunicativas no Ensino de Línguas. ALVES, Adda_Nari. Espanhol m. Mello, Angélica, vale avançarmos 2 edições, volume1,2,3,4. BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec 1988 BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em Língua materna : a sociolinguística na sala de aula. São Paulo: Parábola, 2004. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.

ESPANHOL Español Expansion – Volume único Autores: Henrique Romanos y Jacira Paes de Carvalho Editora: FDT

Fátima, Margareth,Sílvia. Español Entérate, 3ª edição,5,6,7,8º anos ) JORDAO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do individuo. Curitiba, lieo 2004. PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. RAMOS, P. C. A avaliação desmistificada. São Paulo: Artmed, 2001. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

241

17. LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Ao longo da história o ser humano sente a necessidade de se comunicar

e, para tal, vem desenvolvendo suas capacidades comunicativas e

aperfeiçoando suas habilidades de leitura e escrita. Sabe-se que o homem

possui a capacidade de comunicar-se através da linguagem, de expressar seus

pensamentos, usar o raciocínio e o intelecto, adquirir e transmitir cultura, o que

contribui para seus progressos material, espiritual e social no mundo. Para

essa comunicação utiliza-se de códigos comuns, que representam a

linguagem, no intuito de propagar sua cultura. Neste contexto, concebe-se a

língua como um instrumento de comunicação, segundo o qual, de modo

variável, e de comunidade para comunidade, analisam-se a experiência

humana, em unidades providas de conteúdo semântico e expressão fônica.

Apreender a linguagem é aprender, não somente as palavras, mas também os

seus significados culturais e, com eles, os meios pelos quais as pessoas em

seu meio social entendem e interpretam a realidade.

No ensino de Língua Portuguesa nas Escolas Públicas deve-se priorizar

a funcionalidade da língua como geradora de significados que integram o

individuo ao mundo, transformando-o em um ser crítico, consciente,

participativo e atuante na sociedade. A linguagem é uma herança social, que

uma vez assimilada, envolve os indivíduos e faz com que as estruturas

mentais, emocionais e perceptivas sejam reguladas pelo seu simbolismo. No

momento em que essa linguagem é assimilada, o falante passa a operar com

símbolos cheios de significados que fazem parte de seu contexto, interagindo

na comunicação e aprendendo a usar a língua de forma adequada a

comunicar-se na diversidade de situações comunicativas com que se deparar,

pois o domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de

participação social, acesso a informações, expressão e defesa de pontos de

vista, partilha e construções de visões de mundo, produção de conhecimentos

e saberes lingüísticos, necessários a boa comunicação.

Todos os alunos da escola pública têm direito ao conhecimento científico

242

e de transportar esse conhecimento para seu cotidiano, sua vida, a fim de

melhorá-la em todos os sentidos, independentemente da situação em que vive

ou da família a qual pertence.

Os conteúdos trabalhados abordam temas relacionados a valores

humanos: amizade, verdade, justiça, união, honestidade, respeito que, nos dias

de hoje, estão adormecidos, fazendo com que percebam a importância para a

vida e para o sucesso profissional.

Por meio do processo de estudo da língua oral e escrita, estamos

despertando no aluno a consciência de que a comunicação é fundamental para

a participação social e afetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica,

tem acesso a informações expressas e defende ponto de vista, partilha e

constrói visões do mundo e produz conhecimento.

A leitura vai ajudar o aluno a ampliar gradativamente seus horizontes,

produzindo sua própria forma de pensar e agir no mundo através de textos

informativos, científicos, reportagens, charges, história. Em grandes contos e

crônicas. Consta nas DCEs que ―no ato de leitura, um texto leva a outro e

orienta para uma política de singularização do leitor que, convocado pelo texto,

participa da elaboração dos significados, confrontando-o com o próprio saber,

com a sua experiência de vida.‖ Vivenciar experiências e oferecer ao aluno

uma atitude crítica do texto lido, perceber que atrás de cada texto há um sujeito

com uma intenção, com a qual o leitor pode concordar ou discordar. A leitura

deve ser ampla, integrada com outras linguagens como a artes plásticas,

música, cinema. A leitura vai ajudá-lo a ampliar gradativamente seus

horizontes, produzindo sua própria forma de pensar e agir no mundo através de

textos informativos, científicos, reportagens, charges, história. Em grandes

contos e crônicas.

O trabalho com a oralidade visa desenvolver o falar com fluência em

deferentes situações, aproveitando o recurso expressivo de língua, e permite

analisar a linguagem enquanto recurso falado, oportunizando o ouvir e ler,

aprimorando nosso compreender o que nos foi dito, buscando a melhor

maneira de trabalhar a oralidade através dos instrumentos: o contar de

histórias, o narrar fatos ou experiências, entrevistas, debates. Argumentos e

declamações de poesias. A fala é um instrumento fundamental na defesa dos

243

direitos do cidadão.

É necessário que se compreenda a linguagem nas suas dimensões

sociais, históricas e estruturais, por isso, é necessário realizar sempre uma

ação reflexiva sobre a própria linguagem, integrando as práticas socioverbais e

pensando sobre elas. Esse pensar envolve a compreensão de sua estrutura da

linguagem (sua organização gramatical) e, especialmente, a compreensão de

sua realidade social e histórica.

Para desenvolver o aluno incluso no processo de aprendizagem

adequado, devemos ser mais sensíveis e procurar conhecer e respeitar os

ritmos e estilos de aprendizagem de cada aluno, com a ajuda da família e da

equipe pedagógica, sala de recursos, para definir os melhores caminhos a

serem trilhados com o educando, promovendo assim um desenvolvimento

integral, utilizando estratégias diferenciadas de ensino, avaliação e adaptações

curriculares para alunos em dificuldades de aprendizagem em função de

limitações físicas e sensoriais apresentadas por alguns alunos que acabam por

beneficiar a turma toda na forma de conduzir o conteúdo.

Concebe-se a língua como um conjunto aberto e múltiplo de praticas

sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos historicamente

situados. A linguagem só existe, efetivamente, no contexto social: ela é

elemento constitutivo dessas múltiplas relações e nelas se afirma,

continuamente.

Por outro lado, os próprios falantes tomam forma como sujeitos

históricos e como realidades psíquicas em meio a essa intrincada rede de

relações socioverbais e pela interiorização da própria dinâmica sociocultural

somos seres de linguagem, constituídos e vivendo num complexo feixe de

relações. ―Ensinar Português e oferecer aos alunos a oportunidade de

amadurecer e ampliar o domínio que eles já têm de linguagem." (FARACCO)

No processo de ensino aprendizagem da língua, assume-se o texto

verbal – oral ou escrito – e também as outras linguagens, tendo em vista o

multiletramento como unidade básica. Como prática discursiva que se

manifesta em enunciações concretas, cujas formas são estabelecidas na

dinamicidade que caracteriza o trabalho com experiências reais de uso da

língua. A ação pedagógica referente à língua, portanto, precisa pautar-se na

244

interlocução, em atividades planejadas que possibilitam ao aluno não só a

leitura e a expressão oral ou escrita, mas também, refletir sobre o uso que faz

da linguagem da discursividade, ou seja, o conteúdo estruturante da Língua

Portuguesa é o discurso enquanto prática social.

O ato de escrever é inventar cada momento a própria identidade, é

registrar e ordenar o pensamento. É buscar compreender a si mesmo e

compreender o mundo. Em uma atividade devemos ser práticos para envolver

e planejar o texto, organizar sua sequência, articular suas partes, selecionar os

imensos recursos através dos símbolos para expressar seus anseios. É

inventar cada momento a própria identidade, é registrar e ordenar o

pensamento. É buscar compreender-se e compreender o mundo.

Entender a função das diferentes palavras ou expressões no texto, sem

se preocupar com a nomenclatura gramatical, definições ou regras. O mais

importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar

hipóteses, a partir da leitura e da escrita de diferentes textos, única instância

em que o aluno pode chegar á compreensão de como a língua funciona e á

decorrente competência textual.

O ensino de Língua Portuguesa e Literatura, no Ensino Médio, deverá

atentar para a construção de alternativas inovadoras, criando e recriando, a

partir de contextos/textos estudados. A leitura, a escrita e a oralidade devem

ser encaradas como atividades sociais significativas entre sujeitos históricos,

realizadas sob condições concretas, sem deixar de lado a cientificidade. É

fundamental reconhecer a realidade sociointeracional, e, acima de tudo,

reconhecer a presença do outro na comunicação e a importância da interação

entre os falantes.

O conteúdo estruturante está fundamentado no discurso enquanto

prática social e os conteúdos específicos devem ser distribuídos conforme as

três práticas discursivas: leitura, oralidade e escrita, uma vez que a Literatura

deve perpassar essas práticas.

Em relação à prática de leitura, o aluno deve familiarizar-se com

diferentes gêneros textuais oriundos das mais variadas práticas sociais (em

especial da literatura, do jornalismo, da divulgação científica, da publicidade).

Também é preciso desenvolver no aluno uma atitude de leitor crítico, o que

245

significa, entre outros aspectos, perder a ingenuidade diante do texto dos

outros, percebendo que atrás de cada discurso há um sujeito, com uma

experiência histórica, com um determinado universo de valores, com uma

intenção.

O aluno deve reagir ao texto, dar-lhe uma resposta, concordando com

ele ou discordando dele com argumentações lógicas e coerentes. Desse modo

a leitura não é restrita somente a textos orais e escritos, portanto, devemos

abranger também a recepção de manifestações em outras linguagens,

combinadas ou não com a linguagem verbal (as artes visuais, a música, o

cinema, a fotografia, a televisão, a publicidade, as charges, os quadrinhos, a

iconografia), percebendo suas especificidades.

De acordo com as DCEs, ―A contextualização na linguagem é um

elemento constitutivo da contextualização sócio-histórica e, nestas diretrizes,

vem marcada por uma concepção teórica fundamentada em Mikhail Bakhtin.

Para ele, o contexto sóciohistórico estrutura o interior do diálogo da corrente da

comunicação verbal entre os sujeitos históricos e os objetos do conhecimento.‖

A experiência de leitura de outras linguagens é considerada porque somos

seres de múltiplas linguagens e porque a sociedade contemporânea amplificou

a circulação de textos nas mais variadas linguagens, exigindo uma múltipla

capacidade de leitura de seus cidadãos e cidadãs.

O objetivo do trabalho com leitura, oralidade e escrita pressupõem o

estabelecimento de relações entre as atividades sociais dos alunos, buscando

a interação com o texto literário, proporcionando experiência real de leitura,

abrindo um campo fértil para um trabalho com textos verbais oriundos de

outras esferas da atividade humana, criando uma rede para múltiplas leituras

de mundo e para a compreensão e apreensão do potencial expressivo da

linguagem.

Os gêneros textuais e os discursos sociais permitem também um

trabalho integrado com outras linguagens (artes plásticas, música, cinema),

criando condições para a percepção do fazer artístico em geral, seja de suas

especificidades, seja de suas dimensões histórico-culturais.

O texto literário, estudado em si ou em correlação com textos saídos de

outras práticas sociais, tem relativa prioridade e se justifica, por ter o texto

246

literário maior permanência no tempo, organiza esteticamente as grandes

questões humanas e a própria linguagem verbal, não eliminando, contudo, os

textos não literários, com os quais os alunos do Ensino Médio devem se

familiarizar. Trabalharemos não só o texto jornalístico, o da publicidade e o da

divulgação científica, mas principalmente sua articulação com os textos

literários, oferecendo aos estudantes condições de amadurecimento, pelo viés

da diversidade textual, uma leitura ampla do mundo.

O estudo da história literária não pode se perder em tecnicismos ou

conhecimentos estáticos. Procuraremos aproveitar a história literária para uma

compreensão dinâmica da nossa história cultural, oferecendo aos alunos a

possibilidade de apreender o presente como resultado e parte de toda uma

complexa história.

O ato de escrever deve ser visto como uma atividade sociointeracional,

por meio do contato direto com os mais variados gêneros, sob a orientação do

professor e envolver os alunos com os textos que produzem, assumindo a

autoria do que escrevem. "O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da

produção de diferentes gêneros, por meio das experiências sociais, tanto

singular quanto coletivamente vivido‖, como expresso nas DCEs. A prática

significativa da escrita é desafiadora e cativante: envolve, entre outras ações,

adequação ao gênero, planejamento do texto, organização sua sequência,

articular suas partes, selecionar a variedade linguística, dialogar com os

discursos que circulam socialmente, além de transitar pelos imensos recursos

expressivos acumulados ao longo do incessante fazer histórico com a

linguagem. Os alunos, ao fim do Ensino Médio, precisam ter ampliado o uso da

escrita dos mais variados gêneros produzidos pelas necessidades humanas.

A escola precisa oferecer aos alunos a oportunidade de expressar-se

oralmente e amadurecer o falar com segurança e fluência em situações formais

(espaço público, diante de um conjunto plural de interlocutores), seja em

atividades de exposição e transmissão de informações, seja no debate

(também em representações teatrais, exposição oral individual sobre tema de

sua escolha, utilizando-se apenas de um roteiro escrito, para desenvolver a

capacidade de expor oralmente).

247

OBJETIVO GERAL

Centralizar os estudos gramaticais e linguísticos, bem como a produção

e interpretação de textos na análise do discurso, enquanto prática social,

nos princípios de Bakhtin, Deleuze, Derrida, Barthes e Foucault. E de

autores da pedagogia histórico-crítica como Saviani, Gasparin, Geraldi,

Luquini. E para isso, prover aos alunos concluintes de Ensino Médio

uma competência textual (oral e escrita) e capacidade de uma análise

mais aprofundada dos textos, refletindo sobre a época em que foram

escritos (moral – costumes – ética), historiografia, estruturação temática,

advindo daí, a possibilidade da reflexão de projeção/ perspectivas

futuras.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

As situações didáticas têm como objetivo levar o aluno a pensar sobre a

linguagem para poder compreender e utilizar apropriadamente as situações e

aos propósitos definidos como:

Passar de um nível de linguagem para outro.

Depreender o sentido de palavras com base nos elementos que as

constituem;

Classificar os elementos mórficos que constituem a estrutura da palavra;

Reconhecer o processo envolvido na formação de palavras;

Distinguir fonema e letra;

Classificar encontros vocálicos;

Distinguir encontros consonantais e dígrafos;

Classificar palavras quanto a tonicidade/ relacionar a tonicidade às

regras de acentuação;

Separar corretamente as sílabas.

Observar os critérios de formação das palavras.

Depreender o sentido das palavras com base com base no contexto.

Justificar a acentuação gráfica de quaisquer palavras;

Escrever palavras do léxico português de forma correta.

248

Resolução de problemas aplicando princípios teóricos.

Distinguir os diferentes períodos literários, reconhecendo suas

especificidades; examinar, particularizando, no exercício analítico,

aspectos representativos de especificidades do período e de cada autor.

Entender e analisar a trama.

Entender a literatura em seu contexto histórico, daí dependendo sua

significação.

Reconhecer regência nominal e verbal

Depreender o sentido da classe dos substantivos com base no contexto.

Distinguir palavras quanto as diferentes classes.

Aplicar corretamente, na escrita, a flexão dos nomes e verbos.

Aplicar corretamente as normas de pontuação, especialmente na ordem

inversa.

Avaliar a correção gramatical do período simples quanto a estrutura

sintática.

Comparar frase, opção e período.

Transformar frases verbais em nominais e vice-versa.

Descrever as diferentes estruturas do período simples levando em conta

a ocorrência dos tipos de termos na oração.

Descrever os tipos de predicação verbal.

Explicitar relações de dependência entre termos da oração.

Demonstrar as possibilidades de colocação dos termos da oração(

ordem direta e inversa)

Conhecer a riqueza das gerações românticas, sua importância nas

modificações sociais da época e no cotidiano de hoje.

Reconhecer os diferentes significados no uso das palavras.

Se apropriar do conhecimento histórico/ cultural, das escolas literárias.

Distinguir palavras quanto as diferentes classes.

Aplicar corretamente, na escrita, a flexão dos nomes e verbos.

Aplicar corretamente as normas de pontuação, especialmente na ordem

inversa.

Avaliar a correção gramatical do período simples quanto a estrutura

249

sintática.

Comparar frase, oração e período.

Transformar frases verbais em nominais e vice-versa.

Descrever as deferentes estruturas do período simples levando em

conta a ocorrência dos tipos de termos da oração.

Descrever os tipos de predicação verbal.

Explicitar relações de dependência entre termos da oração;

Demonstrar as possibilidades de colocação dos termos da oração(

ordem direta e inversa).

Ver a contribuição deixada pelo Romance de 30 dentro do contexto

social de hoje.

Através da literatura contemporânea, aproximar o educando do universo

literário e suas riquezas.

Conhecer a literatura africana e suas riquezas.

Analisar e entender a trama textual.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Discurso como prática social.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Textos discursivos de todas as esferas sociais de circulação: Cotidiana;

Literária / artística; Científica; Escolar; Imprensa; Publicitária; Produção e

Consumo; Midiática.

6º ANO

1º TRIMESTRE

Como ler um livro – partes que o compõem;

O tecido do texto – paragrafação e tópicos frasais;

Substantivos – classificação;

Narrativa – estrutura (fábulas e contos);

Diálogos e tipos de discursos;

250

Adjetivos – classificação;

Artigos – função;

Como usar o dicionário;

Gírias - denotação e conotação;

Numerais;

Fonética – fonemas e letras;

Leitura e produção de textos.

2º TRIMESTRE

Correspondências – cartas, bilhete, cartão-postal, e-mail;

Pronomes – pessoais e possessivos;

Separação silábica;

Poemas – estrutura e composição;

Linguagem da poesia;

Figuras de linguagem – personificação, comparação, metáfora;

Rimas, ritmo e métrica;

Sinônimos e antônimos;

Pronomes – demonstrativos, indefinidos e interrogativos;

A narrativa de mitos e lendas;

Os pronomes na construção do texto;

Leitura e produção de textos.

3º TRIMESTRE

Acentuação;

Palavras primitivas e derivadas;

Verbos – flexões e conjugações;

Gênero textual – notícia;

Coesão textual;

Tempos verbais;

Advérbios;

Preposições;

Conjunções;

251

Interjeições;

Leitura e produção de textos.

7º ANO

1º TRIMESTRE

Estrutura da narrativa;

Conectivos de tempo;

Morfossintaxe – frase, período, oração;

Gêneros textuais – diário e blog;

Sujeito e predicado;

Tipos de sujeito;

Oração sem sujeito;

Gênero textual – entrevista;

Leitura e produção de textos.

2º TRIMESTRE

Transcrição da oralidade para a escrita;

Concordância verbal;

Verbos de ligação;

Predicativo do sujeito;

Tipos de predicado;

Uso do S e do Z;

Gênero textual – teatro: gestos e entonação;

Termos integrantes da oração;

Transitividade verbal;

Leitura e produção de textos.

3º TRIMESTRE

Termos acessórios da oração – adjuntos adverbial, adnominal e aposto;

Uso dos porquês;

252

Como fazer pesquisas e resumos;

Vozes verbais;

Pronomes relativos;

Canções populares – refrão, rimas e assonâncias;

Pronomes oblíquos;

Uso do HÁ e funções do A;

Paródias;

Leitura e produção de textos.

8º ANO

1º TRIMESTRE

Biografias e autobiografias;

Coesão textual – a substituição;

Predicativo do objeto;

Formas nominais do verbo;

Verbos irregulares;

Uso do G e do J;

Texto opinativo – resenha;

Período simples e período composto;

Orações coordenadas;

Leitura e produção de textos.

2º TRIMESTRE

Poemas – estrutura, rimas, ritmo e métrica;

Estrutura e formação de palavras;

Textos expositivos;

Leitura de infográficos;

Gênero – seminário;

Grau do substantivo e do adjetivo;

Uso do X e do CH;

Ficção científica – estrutura;

253

Conectores casuais do texto;

Leitura e produção de textos.

3º TRIMESTRE

Modo subjuntivo dos verbos;

Locução verbal;

Gênero textual – reportagem;

Concordância verbal e nominal;

Uso de MAU e MAL e outras dificuldades de grafia;

Propaganda e publicidade;

Conotação e Denotação;

Recursos linguísticos – tempos verbais, intertextualidade, ambiguidade;

Estrangeirismos;

Modo Imperativo dos verbos;

Leitura e produção de textos.

9º ANO

1º TRIMESTRE

Linguagem verbal e não-verbal;

HQs – elementos visuais e texto;

Figura de linguagem – onomatopéia;

Regência verbal e nominal;

Gênero textual – debate;

Estrangeirismos;

Orações subordinadas substantivas;

Leitura e produção de textos.

2º TRIMESTRE

Orações subordinadas adjetivas;

Uso do hífen;

Histórias policiais;

254

Personagens e narradores;

A descrição e o leitor;

Orações subordinadas adverbiais;

Veículos de informação – rádio e TV;

Notícia e novela;

Sintaxe de colocação dos termos da oração;

Grafites e pichações;

Leitura e produção de textos.

3º TRIMESTRE

Gênero – artigo de opinião;

Estratégias de persuasão na escrita;

O pronome e a conjunção SE;

Uso da crase;

Literatura de Cordel – estrutura;

Rap – Rimas, ritmo e poesia;

Figuras de sintaxe – anáfora, elipse, zeugma, inversão, anástrofe,

pleonasmo, anacoluto, polissíndeto, silepse;

Pontuação;

Leitura e produção de textos.

1ª SÉRIE

1º TRIMESTRE

Origem da língua portuguesa/ Linguagem, língua e fala;

Variação linguística – variedades, cronológicas, regionais e sociais;

Reforma ortográfica;

Gêneros: cartaz e poemas;

Pontuação;

Semântica – sinônimos, antônimos e parônimos;

Gênero - relato pessoal;

Fonética e fonologia (fonema e letra – Encontros vocálicos – Encontros

255

consonantais e dígrafos – tonicidade – sílaba).

Leitura, produção e interpretação de texto.

Linguagem literária (texto literário e não-literário funções da linguagem,

Denotação e conotação;

Figuras de linguagem: antítese, metáfora, hipérbole, comparação,

prosopopeia, catacrese, ironia, gradação, sinestesia, aliteração,

assonância, onomatopeia, perífrase, eufemismo).

Trovadorismo;

Classicismo.

2º TRIMESTRE

Aspectos gráficos (acentuação – ortografia – separação silábica);

Texto e discurso – intertexto e hipertexto.

Narrativas e descrição: estrutura do conto.

Interdisciplinaridade;

Intertextualidade – paródia e paráfrase;

Leitura, produção e interpretação de texto.

Gêneros literários (prosa e verso, gênero lírico,

Versificação;

Gênero narrativo: elementos estruturais, espécies narrativas;

Gênero dramático: teatro (elementos estruturais), inclusive quanto às

relações entre suas partes.

Literatura de Informação – Quinhentismo;

Barroco em Portugal e no Brasil.

3º TRIMESTRE

Crase e verbo haver

Formação de palavras (Radical e afixos)

Resumo;

Gêneros: Fábulas e Contos de Fadas;

Leitura, produção e interpretação de texto;

Arcadismo – contexto histórico-cultural, conceituação e características.

256

2ª SÉRIE

1º TRIMESTRE

Substantivo: flexões e função sintática; a);

Leitura, produção e interpretação de texto.

Prosa gótica;

Romance urbano;

Romantismo: características e autores: 1ª, 2ª e 3ª gerações românticas;

Artigo e numeral;

Adjetivo e locuções adjetivas, e flexões

Pronomes (divisão e função sintática)

2º TRIMESTRE

Verbos: estrutura das formas verbais e classificação;

Advérbio (classificação e flexão);

Sujeito e predicado;

Tipos de sujeito;

Frase – oração – período;

Período simples e período composto;

Conjunções;

Entrevista;

Leitura, produção e interpretação de texto.

Realismo/ Naturalismo – contexto histórico-cultural, características e

autores.

3º TRIMESTRE

Tipos de predicado;

Concordância nominal e verbal

Descrição e dissertação

Preposição (classificação e combinação e contração);

Conjunções (classificação e função sintática);

Interjeição, aposto, vocativo;

257

4. Leitura, produção e interpretação de texto.

Interdisciplinaridade

Parnasianismo – contexto histórico-cultural, características e autores;

Simbolismo – contexto histórico-cultural, conceituação, características e

autores.

3ª SÉRIE

1° TRIMESTRE -

Concordância verbal e nominal.

Predicação verbal. (verbo de ligação)

Predicativo do sujeito e do objeto.

Leitura, produção e interpretação de texto.

Morfossintaxe (padrões e tópicos frasais)

Uso da crase;

Pontuação;

Crônica;

Pré-Modernismo;

Semana da Arte Moderna e vanguardas europeias;

2º TRIMESTRE

Período composto (coordenação e subordinação)

Complemento nominal e verbal;

Coesão e coerência (termos referenciais);

Paralelismo sintático;

Conectivos;

Carta ao leitor;

Dissertação: objetiva e subjetiva;

Funções da linguagem;

Leitura, produção e interpretação de texto;

Literatura: Modernismo 1ª, 2ª e 3ª fase;

Romance de 30 (realismo e regionalismo, características e autores

258

3º TRIMESTRE

Regência nominal e verbal;

Objetos direto e indireto;

Uso dos porquês e outras dificuldades de grafia.

Revisão dos pronomes.

Colocação pronominal.

Anúncios e propaganda;

Literatura engajada.

Cinema Novo e Tropicalismo.

Ficção, teatro e poesia contemporânea

ANEXO I - SUGESTÕES DE FILMES NACIONAIS

Trabalhar em todas as séries, escolhendo o que está de acordo com o

conteúdo programado, valorizando obras da literatura brasileira, abordando a

variação linguística, o foco narrativo e a interpretação.

São Bernardo

Menino de engenho

Inocência

Vidas secas

A marvada carne

Eles não usam black-tie

O que é isso, companheiro?

Caminho das nuvens

Dom (Versão atual com Marcos Palmeira e Maria Fernanda Cândido)

Caramuru – A invenção do Brasil

Lisbela e o prisioneiro

O auto da Compadecida

Bicho de sete cabeças

O homem que copiava

O homem do ano

259

Carandiru

A partilha

Central do Brasil

A Moreninha

Verônica

Outro conto da nova Cinderela

ANEXO II – PROJETO DE LEITURA

Esse projeto pretende orientar os alunos na leitura de obras literárias,

observando a sinopse, a biografia do autor, aprender a reconhecer o gênero

textual, identificar o foco narrativo, interpretar e situar a obra no contexto

histórico da época em que foi produzida.

Também despertar no aluno o gosto e o encantamento pela leitura, a

apreensão de seus significados e um melhor entendimento de sua função

social.

No decorrer do ano, o aluno deve apresentar a análise literária de uma

obra da Literatura Portuguesa ou Brasileira por trimestre, o que ampliará seus

conhecimentos e o preparará melhor para o vestibular.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O modo como concebemos a linguagem e conforme os objetivos já

expostos condiciona nossa metodologia, pressupondo uma prática ativa e

diversificada, compreendendo o trabalho individual, o trabalho em duplas ou

em pequenos grupos e o trabalho com toda a turma, além das atividades

expositivas do professor. Fica subentendido do exposto, a viabilidade do

trabalho de pesquisa via computador e outros meios mais atualizados e a partir

das experiências dos alunos sobre a língua, transformá-las em projeto de

reflexão, tendo em vista um resultado positivo, na produção oral, escrita e na

260

leitura, com as seguintes abordagens:

A língua será trabalhada como discurso, por meio de leitura oralidade e

escrita, com vários gêneros textuais e terá o texto verbal e não-verbal como

ponto de partida por meio de estratégias para que os alunos percebam a

heterogeneidade da língua e reconheçam que os textos são representações da

realidade e assumindo uma posição mais crítica em relação a tais textos.

Trabalhar texto em seu contexto social de produção e dele selecionar itens

gramaticais que indiquem a estruturação da língua, comparando as unidades

temáticas, linguísticas e composicionais de um texto com outros textos

construindo a sua estrutura a partir das reflexões em sala de aula, assim a

Língua Materna contribuirá com uma leitura crítica dos textos escolhidos, onde

o aluno possa perceber os diferentes discursos, e construir significados

diferentes permitidos pela Língua.

A prática da leitura será trabalhada considerando o conhecimento prévio

do aluno, discutindo as ideias sobre o texto e instigando o entendimento das

diferenças decorridas do uso de palavras ou expressões e a oralidade será

trabalhada com perguntas e respostas mais usada na Língua Portuguesa,

utilizando entonação, expressões facial, corporal e gestual. A escrita será

trabalhada a partir de produção textual e interpretação de texto, com uso

adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual.

Os desafios educacionais contemporâneos e a diversidade sexual e de

gênero serão abordados por meio de textos que contemplem temas abordados

em outras disciplinas. A prevenção ao uso indevido de Drogas, Violência,

Cidadania, Educação Ambiental e Direitos Humanos serão abordados em

textos atuais de vários gêneros tais como: midiáticos, cotidiano, escolar,

publicitário, filmes etc. No Programa Nacional de Educação Fiscal temos que

conscientizar o aluno a desenvolver uma prática transformadora, apesar da

força exercida pelo mundo globalizado, mantendo uma relação harmoniosa

entre Estado e Sociedade, aprendendo como funciona a administração pública

cobrando a garantia dos impostos. A cultura Afro e Indígena será contemplada

dentro da Língua Portuguesa com textos de vários gêneros.

Serão utilizados: material didático disponível na prática pedagógica,

livros didáticos, dicionários, transparências, Slides, vídeos, Dvd’s, fitas de

261

áudio, CD-Room’s, Internet, TV multimídia e a sala informatizada, de acordo

com as propostas destas diretrizes com a abordagem chamada de cognitivismo

construtivista, abordagem sociocomunicativa que se apresenta como reação à

visão estruturalista da língua, concentrando-se nos aspectos das situações

comunicativas e não no código linguístico.

Será adotada uma alternativa teórica de concepção de linguagem que

contemple esse objetivo. É preciso entender a estrutura formal da linguagem

como um conjunto de normas que estabelecem um entendimento geral

procurando ultrapassar as questões técnicas e instrumentais para que o aluno

reflita e transforme a realidade que se apresenta. Uma nova forma de ver e

entender o mundo e a de construir significados, ou seja, entender a relação

linguística entre os falantes.

Aos alunos serão apresentados textos pertencentes a vários gêneros:

publicitários, jornalísticos, literários, informativos, etc., a fim de criar condições

para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja um leitor crítico e

capacitado a entendê-los.

A análise e interpretação de texto será efetuada enquanto unidade de

linguagem em uso, ou seja, uma unidade de comunicação, escrita, oral, visual

ou falada, será o ponto de partida da aula., propondo, no decorrer do

desenvolvimento dos conteúdos, provas orais e escritas, trabalhos de

pesquisa, exercícios de fixação dos conteúdos, debates e apresentação de

trabalhos, bem como, estimular os alunos na oralidade e interação com os

colegas. Deve-se ultrapassar as questões técnicas e instrumentais para que o

aluno reflita e transforme a realidade que se apresenta. Uma nova forma de ver

e entender o mundo e a de construir significados, ou seja, entender a relação

linguística entre os falantes.

Algumas sugestões de produção de textos: (Gênero de fala e escrita

públicas)

Experiência de transcrição de uma entrevista

Editoração

Representar colegas em uma reunião.

262

Diálogos com autoridades, debates, agradecimentos, homenagens,

entrevista

Análise da polidez na fala telefônica (formal – descuidada)

Assistir a filmes com diversidade de falas (regionais)

Formas de imposição da pessoa (programas televisivos)

Regras de comunicação (locais – hierarquia – contexto)

Transformar texto padrão para texto oral e vice-versa

Teatro: adaptar fala à fala do momento

Declamação de poesias em espaço público

Relato de experiências de vida, de viagem

Diários, autobiografia, biografia, histórico, relato histórico, ensaio ou

perfil biográfico. Textos (crônica social/esportiva, relatos de viagem,

textos de opinião, diálogos argumentativos, carta do leitor/ de

reclamação/ solicitação/ deliberação informal/debate

regrado/assembleia/discurso de defesa (advocacia)/ resenha crítica,

artigos de opinião ou assinados, editorial, ensaio, diagramação de cartas

oficiais)

transmissão e construção de saberes

texto expositivo ( em livro didático)

exposição oral ( de pesquisas, conclusões)

palestras

entrevistas com especialista

verbetes

artigo enciclopédico

tomada de notas

texto explicativo

resumo de textos expositivos e explicativos

resenhas

relatórios científicos

relatório oral de experiência

Instruções e prescrições (descrever ações: instrução de montagem,

regulamentos, receitas, regras do jogo, comandos diversos, textos

263

prescritivos).

Além dessas sugestões, o professor poderá acrescentar ao seu

trabalho novas experiências de produção.

AVALIAÇÃO

A avaliação não pode ser pensada e realizada sem uma vinculação

intrínseca com o modo como concebemos a linguagem e como definimos os

objetivos e a metodologia. A avaliação mais condizente com os fundamentos

gerais é aquela que se dá contínua e cumulativamente, pressupondo uma clara

articulação entre objetivos, práticas metodológicas e instrumentos. A avaliação

deve ter uma clara função diagnóstica, formativa e somativa com atividades de

avaliação vistas como uma oportunidade de reflexão sobre o próprio processo

de ensino e seus resultados. Provas trimestrais podem ser cumpridas sem

prejuízo da filosofia da avaliação que acabamos de delinear. As mesmas

podem se centrar na leitura de textos e resolução de questões de compreensão

ou por atividades de escrita (resumo, parágrafos, textos, exercícios de

reconhecimento, pequenas dissertações, análise), alimentadas pelo texto de

referência ou de discussões dos temas.

Os distúrbios de aprendizagem terão complementação com recuperação

paralela, junto aos demais, visto que se oferece sala de recursos apenas para

o Ensino Fundamental. A recuperação paralela prevê a recuperação de

conteúdos e será efetuada por meio de estudos em grupo com monitoramento.

Essa recuperação ocorrerá de forma contínua e progressiva, sempre que

houver necessidade.

A recuperação de conteúdos será proporcionada no decorrer do período

letivo. Destinando-se aos alunos com aproveitamento insuficiente, atendendo à

resolução nº 023/2000: ‖A recuperação será oferecida de forma paralela

sempre que for diagnosticada insuficiência durante o processo regular de

apropriação, de conhecimento e de competências pelo aluno― (Conselho

Estadual de Educação, 2000).

A recuperação paralela de conteúdos envolverá todos os alunos,

264

retomando os conteúdos com atividades, de forma diferenciada, reconstruindo

o conhecimento e entendendo que cada aluno tem uma forma de assimilação.

Durante o processo de recuperação de conteúdos, sempre que se fizer

necessário, novas estratégias serão colocadas em vigor, revisando as

atividades já trabalhadas, reforçando as explicações por meio de novos

estudos e atividades complementares, destacando a chamada avaliação

diagnóstica, formativa e somativa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN,Mikhail. Estética da Criação verbal. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003 BASTIDE, Roger. As religiões africanas no Brasil: contribuição a uma sociologia das interpretações de civilizações. São Paulo, livraria Pioneira Editora (Ed.da UFSP) BROOKSHAW,David. Raça e cor na literatura brasileira. Trad. Marta Kirst. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1983. 266p. (Novas perspectivas, 7) CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.

CERTEAU, Michel de. A invenção do Cotidiano I. Artes de fazer. Petrópolis, RJ CERTEAU, Michel de. A invenção do Cotidiano II. Moar, cozinhar. Petrópolis, vozes, 1996 CHARTIER, Roger, A ordem dos livros. 2ª ed. Trad. Da Unicamp, 1998 DCEs de Língua Portuguesa do Estado do Paraná, 2008. DIRETRIZES CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA – SEED – 2008. FARACCO, Carlos Alberto. Língua e Cultura Língua e Cultura. Mec. FERNANDES, Floresta,1920. A integração do negro na sociedade de

265

classes/ Florestan Fernandes. 3ª ed. São Paulo: Ática, 1978 FIORIN, J. L. O romance e a simulação do funcionamento real do discurso. Em: Brait, B (org.) Bakhtin, Dialogismo e construção de sentido. São Paulo. Ed. Da Unicamp, 1997 FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas ( uma arqueologia das ciências humanas). Martins fontes Ed Ltda. FOUCAULT, Michel. Isto não é um cachimbo. – trad. Jorge Coli. RJ: Paz e Terra, 1998. FOUCAULT, Michel. O que é um autor? 4ª ed. – Vozes – 2000 GERALDI. O texto em sala de aula. São Paulo, Ática MACHADO, Roberto. Foucauld, A filosofia e a Literatura. Jorge Zahur. Ed. 2000. MOTA, Lourenço Dantas (org). Introdução ao Brasil: um banquete no trópico. São Paulo: Editora Senac,SP, 1999. ORLANDI, E.P.(org.). Gestos de Leitura – da história no Discurso. Campinas, SP. Ed. Da Unicamp, 1994 PECHEAUX, Michel. Semântica e Discurso- uma crítica à afirmação do Óbvio. 3ª ed. Campinas, São Paulo – Ed. Da Unicamp, 1977. POSSENTI, Sírio. O sujeito fora do Arquivo. Unicamp POSSENTI, Sírio. Indícios de Autoria. Unicamp QUEIROZ, André. O Presente, o Intolerável. (Foucault e a história do presente) /André Queiroz. RJ: 7 letras, 2004 SCHNEIDER, Michel. Ladrões de Palavras. SP. Ed. Da Unicamp,1990.

266

18. MÍDIAS E SUAS LINGUAGENS

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Ao longo da história o ser humano sente a necessidade de se comunicar

e, para tal, vem desenvolvendo suas capacidades comunicativas e

aperfeiçoando suas habilidades de leitura e escrita. Sabe-se que o homem

possui a capacidade de comunicar-se através da linguagem, de expressar seus

pensamentos, usar o raciocínio e o intelecto, adquirir e transmitir cultura, o que

contribui para seus progressos material, espiritual e social no mundo. Para

essa comunicação utiliza-se de códigos comuns, que representam a

linguagem, no intuito de propagar sua cultura. Neste contexto, concebe-se a

língua como um instrumento de comunicação, segundo o qual, de modo

variável, e de comunidade para comunidade, analisam-se a experiência

humana, em unidades providas de conteúdo semântico e expressão fônica.

Apreender a linguagem é aprender, não somente as palavras, mas também os

seus significados culturais e, com eles, os meios pelos quais as pessoas em

seu meio social entendem e interpretam a realidade.

No ensino de Língua Portuguesa nas Escolas Públicas deve-se priorizar

a funcionalidade da língua como geradora de significados que integram o

indivíduo ao mundo, transformando-o em um ser crítico, consciente,

participativo e atuante na sociedade. A linguagem é uma herança social, que

uma vez assimilada, envolve os indivíduos e faz com que as estruturas

mentais, emocionais e perceptivas sejam reguladas pelo seu simbolismo. No

momento em que essa linguagem é assimilada, o falante passa a operar com

símbolos cheios de significados que fazem parte de seu contexto, interagindo

na comunicação e aprendendo a usar a língua de forma adequada a

comunicar-se na diversidade de situações comunicativas com que se deparar,

pois o domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de

participação social, acesso a informações, expressão e defesa de pontos de

vista, partilha e construções de visões de mundo, produção de conhecimentos

e saberes linguísticos, necessários à boa comunicação.

Todos os alunos da escola pública têm direito ao conhecimento científico

267

e de transportar esse conhecimento para seu cotidiano, sua vida, a fim de

melhorá-la em todos os sentidos, independentemente da situação em que vive

ou da família a qual pertence.

Os conteúdos trabalhados abordam temas relacionados a valores

humanos: amizade, verdade, justiça, união, honestidade, respeito que, nos dias

de hoje, estão adormecidos, fazendo com que percebam a importância para a

vida e para o sucesso profissional.

Por meio do processo de estudo da língua oral e escrita, estamos

despertando no aluno a consciência de que a comunicação é fundamental para

a participação social e afetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica,

tem acesso a informações expressas e defende ponto de vista, partilha e

constrói visões do mundo e produz conhecimento.

A leitura vai ajudar o aluno a ampliar gradativamente seus horizontes,

produzindo sua própria forma de pensar e agir no mundo através de textos

informativos, científicos, reportagens, charges, história, contos e crônicas.

Consta nas DCEs que ―no ato de leitura, um texto leva a outro e orienta para

uma política de singularização do leitor que, convocado pelo texto, participa da

elaboração dos significados, confrontando-o com o próprio saber, com a sua

experiência de vida.‖

Vivenciar experiências e oferecer ao aluno uma atitude crítica do texto

lido, faz com que este, perceba que atrás de cada texto há um sujeito com uma

intenção, com a qual o leitor pode concordar ou discordar. A leitura deve ser

ampla, integrada com outras linguagens como a artes plásticas, música,

cinema. A leitura vai ajudá-lo a ampliar gradativamente seus horizontes,

produzindo sua própria forma de pensar e agir no mundo .

O trabalho com a oralidade visa desenvolver o falar com fluência em

diferentes situações, aproveitando o recurso expressivo de língua, e permite

analisar a linguagem enquanto recurso falado, oportunizando o ouvir e ler,

aprimorando nosso compreender o que nos foi dito, buscando a melhor

maneira de trabalhar a oralidade através dos instrumentos: o contar histórias, o

narrar fatos ou experiências, entrevistas, debates, argumentos e declamações

de poesias. A fala é um instrumento fundamental na defesa dos direitos do

cidadão.

268

É necessário que se compreenda a linguagem nas suas dimensões

sociais, históricas e estruturais, por isso, é necessário realizar sempre uma

ação reflexiva sobre a própria linguagem, integrando as práticas socioverbais e

pensando sobre elas. Esse pensar envolve a compreensão de sua estrutura da

linguagem (sua organização gramatical) e, especialmente, a compreensão de

sua realidade social e histórica.

Para desenvolver o aluno incluso no processo de aprendizagem

adequado, devemos ser mais sensíveis e procurar conhecer e respeitar os

ritmos e estilos de aprendizagem de cada aluno, com a ajuda da família e da

equipe pedagógica, sala de recursos, para definir os melhores caminhos a

serem trilhados com o educando, promovendo assim um desenvolvimento

integral, utilizando estratégias diferenciadas de ensino, avaliação e adaptações

curriculares para alunos em dificuldades de aprendizagem em função de

limitações físicas e sensoriais apresentadas por alguns alunos que acabam por

beneficiar a turma toda na forma de conduzir o conteúdo.

Concebe-se a língua como um conjunto aberto e múltiplo de práticas

sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos historicamente

situados. A linguagem só existe, efetivamente, no contexto social: ela é

elemento constitutivo dessas múltiplas relações e nelas se afirma,

continuamente.

Por outro lado, os próprios falantes tomam forma como sujeitos

históricos e como realidades psíquicas em meio a essa intrincada rede de

relações socioverbais e pela interiorização da própria dinâmica sociocultural

somos seres de linguagem, constituídos e vivendo num complexo feixe de

relações. ―Ensinar Português e oferecer aos alunos a oportunidade de

amadurecer e ampliar o domínio que eles já têm de linguagem." (FARACCO)

No processo de ensino aprendizagem da língua, assume-se o texto

verbal – oral ou escrito – e também as outras linguagens, tendo em vista o

multiletramento como unidade básica. Como prática discursiva que se

manifesta em enunciações concretas, cujas formas são estabelecidas na

dinamicidade que caracteriza o trabalho com experiências reais de uso da

língua. A ação pedagógica referente à língua, portanto, precisa pautar-se na

interlocução, em atividades planejadas que possibilitam ao aluno não só a

269

leitura e a expressão oral ou escrita, mas também, refletir sobre o uso que faz

da linguagem da discursividade, ou seja, o conteúdo estruturante da Língua

Portuguesa é o discurso enquanto prática social.

O ato de escrever é inventar cada momento a própria identidade, é

registrar e ordenar o pensamento. É buscar compreender a si mesmo e

compreender o mundo. Em uma atividade devemos ser práticos para envolver

e planejar o texto, organizar sua sequência, articular suas partes, selecionar os

imensos recursos através dos símbolos para expressar seus anseios. É

inventar cada momento a própria identidade, é registrar e ordenar o

pensamento. É buscar compreender-se e compreender o mundo.

Entender a função das diferentes palavras ou expressões no texto, sem

se preocupar com a nomenclatura gramatical, definições ou regras. O mais

importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar

hipóteses, a partir da leitura e da escrita de diferentes textos, única instância

em que o aluno pode chegar à compreensão de como a língua funciona e a

decorrente competência textual.

O ensino de Língua Portuguesa deverá atentar para a construção de

alternativas inovadoras, criando e recriando, a partir de contextos/textos

estudados. A leitura, a escrita e a oralidade devem ser encaradas como

atividades sociais significativas entre sujeitos históricos, realizadas sob

condições concretas, sem deixar de lado a cientificidade. É fundamental

reconhecer a realidade sociointeracional, e, acima de tudo, reconhecer a

presença do outro na comunicação e a importância da interação entre os

falantes.

O conteúdo estruturante está fundamentado no discurso enquanto

prática social e os conteúdos específicos devem ser distribuídos conforme as

três práticas discursivas: leitura, oralidade e escrita, uma vez que a Literatura

deve perpassar essas práticas.

Em relação à prática de leitura, o aluno deve familiarizar-se com

diferentes gêneros textuais oriundos das mais variadas práticas sociais (em

especial da literatura, do jornalismo, da divulgação científica, da publicidade).

Também é preciso desenvolver no aluno uma atitude de leitor crítico, o que

significa, entre outros aspectos, perder a ingenuidade diante do texto dos

270

outros, percebendo que atrás de cada discurso há um sujeito, com uma

experiência histórica, com um determinado universo de valores, com uma

intenção. O aluno deve reagir ao texto, dar-lhe uma resposta, concordando

com ele ou discordando dele com argumentações lógicas e coerentes. Desse

modo a leitura não é restrita somente a textos orais e escritos, portanto,

devemos abranger também a recepção de manifestações em outras

linguagens, combinadas ou não com a linguagem verbal (as artes visuais, a

música, o cinema, a fotografia, a televisão, a publicidade, as charges, os

quadrinhos, a iconografia), percebendo suas especificidades.

De acordo com as DCEs, ―A contextualização na linguagem é um

elemento constitutivo da contextualização sócio-histórica e, nestas diretrizes,

vem marcada por uma concepção teórica fundamentada em Mikhail Bakhtin.

Para ele, o contexto sócio-histórico estrutura o interior do diálogo da corrente

da comunicação verbal entre os sujeitos históricos e os objetos do

conhecimento‖.

A experiência de leitura de outras linguagens é considerada porque

somos seres de múltiplas linguagens e porque a sociedade contemporânea

amplificou a circulação de textos nas mais variadas linguagens, exigindo uma

múltipla capacidade de leitura de seus cidadãos.

O objetivo do trabalho com leitura, oralidade e escrita pressupõe o

estabelecimento de relações entre as atividades sociais dos alunos, buscando

a interação com o texto literário, proporcionando experiência real de leitura,

abrindo um campo fértil para um trabalho com textos verbais oriundos de

outras esferas da atividade humana, criando uma rede para múltiplas leituras

de mundo e para a compreensão e apreensão do potencial expressivo da

linguagem.

Os gêneros textuais e os discursos sociais permitem também um

trabalho integrado com outras linguagens (artes plásticas, música, cinema),

criando condições para a percepção do fazer artístico em geral, seja de suas

especificidades, seja de suas dimensões histórico-culturais. O texto literário,

estudado em si ou em correlação com textos saídos de outras práticas sociais,

tem relativa prioridade e se justifica, por ter o texto literário maior permanência

no tempo, organiza esteticamente as grandes questões humanas e a própria

271

linguagem verbal, não eliminando, contudo, os textos não literários, com os

quais os alunos devem se familiarizar. Trabalharemos não só o texto

jornalístico, o da publicidade e o da divulgação científica, mas principalmente

sua articulação com os textos literários, oferecendo aos estudantes condições

de amadurecimento, pelo viés da diversidade textual, uma leitura ampla do

mundo.

O estudo da história literária não pode se perder em tecnicismos ou

conhecimentos estáticos. Procuraremos aproveitar a história literária para uma

compreensão dinâmica da nossa história cultural, oferecendo aos alunos a

possibilidade de apreender o presente como resultado e parte de toda uma

complexa história.

O ato de escrever deve ser visto como uma atividade sociointeracional,

por meio do contato direto com os mais variados gêneros, sob a orientação do

professor e envolver os alunos com os textos que produzem, assumindo a

autoria do que escrevem. "O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da

produção de diferentes gêneros, por meio das experiências sociais, tanto

singular quanto coletivamente vivido‖, como expresso nas DCEs. A prática

significativa da escrita é desafiadora e cativante: envolve, entre outras ações,

adequação ao gênero, planejamento do texto, organização sua sequência,

articular suas partes, selecionar a variedade linguística, dialogar com os

discursos que circulam socialmente, além de transitar pelos imensos recursos

expressivos acumulados ao longo do incessante fazer histórico com a

linguagem. Os alunos, ao fim do Ensino Médio, precisam ter ampliado o uso da

escrita dos mais variados gêneros produzidos pelas necessidades humanas.

A escola precisa oferecer aos alunos a oportunidade de expressar-se

oralmente e amadurecer o falar com segurança e fluência em situações formais

(espaço público, diante de um conjunto plural de interlocutores), seja em

atividades de exposição e transmissão de informações, seja no debate

(também em representações teatrais, exposição oral individual sobre tema de

sua escolha, utilizando-se apenas de um roteiro escrito, para desenvolver a

capacidade de expor oralmente).

Diante das inúmeras opções de informações e informatizações, o

trabalho didático-pedagógico deve ser repensado e adequado aos interesses

272

dos alunos, levando em conta a especificidade e necessidades de cada um. O

uso de um ambiente virtual para aprendizagem é quase sempre um desafio

lúdico que gera naturalmente a motivação da aprendizagem. A interatividade, a

manipulação e o controle sobre o ambiente virtual por parte dos estudantes

reforçam ainda mais a motivação, permitindo-lhes sentir-se mais à vontade,

uma vez que estarão em contato com um universo que compreendem,

aprendendo, dessa forma, mais facilmente.

Nesse sentido o uso de mídias como televisão, DVD, câmeras de vídeo,

dos computadores e dos recursos que esse proporciona para explorar novas

possibilidades no processo de ensino aprendizagem, proporcionará aos

professores a busca de um novo modo de ensinar e aos alunos novas formas e

possibilidades de aprender. Além disso, também será possível a criação em

tempo real, de ambientes interativos que explorem a aprendizagem dos

gêneros discursivos necessários para o desenvolvimento do educando neste

modelo atual de sociedade informatizada.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Discurso como prática social.

A linguagem tomada como prática que se efetiva nas relações sociais,

não é algo pronto, acabado, mas sim um processo comunicativo mutável e

corrente, efetivado entre interlocutores por meio do discurso. É no contexto das

práticas discursivas presentes nos diversos textos a serem trabalhados que se

farão presentes os conteúdos e conceitos próprios da linguística, análise do

discurso, estudos literários, gramática normativa, descritiva, etc. Fazendo com

que o aluno aprimore sua competência linguística. Os itens mencionados a

seguir serão objeto de reflexão em diferentes gêneros textuais.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Textos discursivos de todas as esferas sociais de circulação: Cotidiana;

273

Literária / artística; Científica; Escolar; Imprensa; Publicitária; Produção e

Consumo; Midiática.

7º ANO

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS

Contos fantásticos, folhetos, textos de divulgação científica, haicais,

narrativas de terror, adivinhas, anedotas, bilhetes, carta pessoal, cartão,

convites, exposição oral, fotos, músicas, parlendas, piadas, provérbios,

quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas, notícia,

reportagens, vídeos gravados.

SUPORTES A SEREM UTILIZADOS:

Escrita colaborativa online (PBWORKS – WIKI) – Blog

Página da WEB

Redes sociais

Chat

Fórum

Rádio escolar

CONTEÚDOS BÁSICOS

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Argumentos do texto;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Discurso ideológico presente no texto;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

274

Progressão referencial do texto;

Repetição proposital de palavras;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

Semântica:

o Operadores argumentativos;

o Polissemia;

o Expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Informatividade;

Contexto de produção

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais de gênero;

Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial do texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência;

Processo de formação de palavras;

Vícios de linguagem;

Semântica:

o Modalizadores;

o Polissemia.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

275

Finalidade;

Argumentos;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e

gestual, pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos da fala;

Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras)

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos);

Semântica;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,

etc.);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Operadores argumentativos.

8º ANO

GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS

Paródia, textos de divulgação científica, crônicas, entrevistas, agenda

cultural, anúncios, foto novela, poesia concreta, notícia, reportagens,

vídeos gravados, autobiografia, memórias, exposição oral, pesquisa,

crônicas, texto dramático, texto argumentativo, texto de opinião, resumo,

resenha crítica, entrevista, memória literária.

SUPORTES A SEREM UTILIZADOS:

Escrita colaborativa online (PBWORKS – WIKI) – Blog

Página da WEB

Redes sociais

Chat

Fórum

Rádio escolar

276

CONTEÚDOS BÁSICOS

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Argumentos do texto;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Discurso ideológico presente no texto;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial do texto;

Repetição proposital de palavras;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

Semântica:

o Operadores argumentativos;

o Polissemia;

o Expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Informatividade;

Contexto de produção

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

277

Elementos composicionais de gênero;

Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto;

Progressão referencial do texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência;

Processo de formação de palavras;

Vícios de linguagem;

Semântica:

o Modalizadores;

o Polissemia.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Argumentos;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e

gestual, pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos da fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras)

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos);

Semântica;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,

etc.);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Operadores argumentativos.

278

METODOLOGIA

As situações didáticas têm como objetivo levar o aluno a pensar sobre a

linguagem para poder compreender e utilizar apropriadamente as situações e

aos propósitos definidos. Os conteúdos devem ser aprofundados de acordo

com os objetivos e necessidades de cada turma/aluno.

A seleção de conteúdos, bem como a metodologia, deve considerar o

aluno como sujeito de um processo histórico, social, detentor de um repertório

linguístico que precisa ser considerado na busca da ampliação de sua

competência comunicativa.

Os encaminhamentos metodológicos deverão ser realizados, sempre

que possível, a partir do uso das mídias, seja da imprensa, audiovisual ou

sonora, sempre que possível atrelados ao laboratório de informática. Alguns

recursos que podem ser utilizados no desenvolvimento das aulas:

computadores, aparelho de DVD, televisão, máquina fotográfica, câmera de

vídeo, impressoras, celular, softwares livres de produção – tutoriais – editor de

texto; GIMP – Manipulação e Edição de Imagens; Xlogo – Linguagem de

Programação; Kino – Produção Audivisual; Inkscape – Criação de ilustrações

Vetoriais.

Para o desenvolvimento do trabalho com suportes midiáticos e os

gêneros discursivos (dentre eles: leitura fílmica, entrevista gravada/imagens e

sons, fotonovela, desenho animado, telejornal, vídeo clipe, e-mail: comercial e

solicitação de trabalho, currículum vitae, uso de hipertexto /link e âncora,

história em quadrinhos) o professor deve considerar os conteúdos básicos e a

relação destes dentro dos suportes, mídias e gêneros discursivos que estão

sendo contemplados na disciplina, considerando as práticas da oralidade,

leitura e escrita, observando a adequação da linguagem e a forma

composicional.

AVALIAÇÃO

A avaliação não pode ser pensada e realizada sem uma vinculação

279

intrínseca com o modo como concebemos a linguagem e como definimos os

objetivos e a metodologia. A avaliação mais condizente com os fundamentos

gerais é aquela que se dá contínua e cumulativamente, pressupondo uma clara

articulação entre objetivos, práticas metodológicas e instrumentos.

A avaliação deve ter uma clara função diagnóstica, formativa e somativa

com instrumentos avaliativos que oportunizam a reflexão sobre o próprio

processo de ensino e seus resultados. Existem inúmeras formas de avaliar,

desde a tradicional, como provas e testes até algumas de caráter lúdico, todas,

se bem estruturadas, contribuem para conhecer o processo de aprendizagem,

bem como seus pontos críticos, cuja aprendizagem deva ser retomada através

de novas metodologias, conteúdos e nota mensurada a ele.

Os alunos serão avaliados de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula

zero), sendo que para a aprovação o aluno deverá ter média mínima de 6,0

(seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento). A

todos os alunos será ofertada a recuperação de conteúdos através de

atividades desenvolvidas no decorrer de cada trimestre, analisando as

produções, os avanços realizados, de acordo com as necessidades de cada

aluno.

A recuperação paralela de conteúdos envolverá todos os alunos,

retomando os conteúdos com atividades, de forma diferenciada, reconstruindo

o conhecimento e entendendo que cada aluno tem uma forma de assimilação.

Durante o processo de recuperação de conteúdos, sempre que se fizer

necessário, novas estratégias serão colocadas em vigor, revisando as

atividades já trabalhadas, reforçando as explicações por meio de novos

estudos e atividades complementares, destacando a chamada avaliação

diagnóstica, formativa e somativa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012.

280

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. PARANÁ/SEED – Diretrizes Curriculares para a Educação Básica – Língua Portuguesa, Curitiba – SEED PR – 2010. PARANÁ/SEED – Educação em Tempo Integral em turno único. Documento 2 – Versão Preliminar – Ementários e Propostas Pedagógicas da Disciplina da Parte Diversificada.

281

19. MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A História da Matemática nos revela que os povos na antiguidade

desenvolveram conhecimentos matemáticos que vieram a compor a

Matemática que hoje conhecemos e ensinamos. Nos últimos anos, tanto no

Brasil como em vários outros países reorientações curriculares vem sendo

discutidas e implementadas tomando por base pesquisas sobre o ensino da

Matemática e, buscando adequar o trabalho escolar à nova realidade que se

configura num mundo de constante desenvolvimento com maior presença da

Matemática em diversos campos. Diante da história da disciplina Matemática

contida nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Matemática (2008)

para o Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e para o Ensino Médio (1ª a 3ª

séries) o Colégio Estadual Rocha Pombo, visa atender de forma coerente aos

alunos do ensino fundamental e médio, em sua maioria oriunda da zona rural

do município de Capanema – PR.

Os objetivos básicos da Educação Matemática visam desenvolvê-la

enquanto campo de investigação e de produção de conhecimento – natureza

científica – e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da

Matemática – natureza pragmática. O objeto de estudo desse conhecimento

ainda está em construção, porém, está centrado na prática pedagógica e

engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento

matemático (FIORENTINI & LORENZATO, apud PARANÁ-DCE, 2008, p. 47), e

envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende

e se apropria da própria Matemática. Para Miguel e Miorim (2004, p. 70): ―a

finalidade da Educação Matemática é fazer com que o estudante compreenda

e se aproprie da própria Matemática concebida como um conjunto de

resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc.‖ Outra finalidade

apontada pelos autores ―é fazer com que o estudante construa por intermédio

do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando à

formação integral do ser humano e, particularmente, do cidadão, isto é, do

homem público (ibidem, 2004, p. 71).

282

―Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que

está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do

modo como o compreende e como dele lhe é possível participar‖. (PARANÁ-

DCE, 2008, p.14). Sendo assim, o Colégio se propõe a trabalhar os

conhecimentos científicos da Matemática para formar estudantes mais críticos,

cidadãos capazes de estabelecer relações, discutir e criar, tendo como objetivo

maior formar alunos livres, conhecedores e atuantes na sociedade em que

vivem, podendo assim contribuir para a construção e a cidadania de nosso

país, pois todo o indivíduo tem direito a uma educação que lhe dê subsidio para

um futuro melhor, igualitário, mais justo.

O ensino da Matemática tratará a construção do conhecimento

matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos foram

apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na

formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio

das ideias e das tecnologias (PARANÁ-DCE, 2008, p.48).

A Matemática pode ser encarada sob dois aspectos diferentes: como

algo pronto, exposta nos livros ou acompanhá-la no seu desenvolvimento

sempre progressivo, sendo elaborado pela construção histórica do objeto

matemático composto pelas formas espaciais e as quantidades, descobrindo

dúvidas, contradições que só um longo trabalho de reflexão consegue eliminar,

para que logo surjam outras hesitações, dúvidas e contradições possibilitando o

estudante ser um conhecedor desse objeto construído historicamente

(PARANÁ-DCE, 2008, p.48).

Optar pelo ensino da Matemática, no contexto da Educação Matemática

envolve falar na busca de transformações que intencionam minimizar

problemas de ordem social.

Contudo desenvolver a natureza científica e a melhoria da qualidade do

ensino-aprendizagem da matemática, fará com que os estudantes

compreendam e se apropriem da disciplina de forma crítica, construindo

valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação integral do ser

humano e particularmente do cidadão e do homem público, sendo capaz de

analisar e criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.

A Educação Matemática requer um professor que saiba estabelecer uma

283

postura teórico-metodológica, que seja questionador frente às concepções

pedagógicas historicamente difundidas. O ritmo acelerado de transformações

em que se encontra o mundo vem fazendo com que a matemática, por meio de

uma harmonia dos aspectos práticos e formalistas, permita um estudo de

cunho analítico e quantitativo. Dessa forma, ela estabelece relações entre o ser

humano e sua realidade, promovendo uma ação interativa e transformadora da

sociedade na qual vive. O ensino da Matemática deve propiciar o

desenvolvimento de capacidades, como a percepção, a visualização, o

reconhecimento, a identificação, as definições, a argumentação, o espírito

crítico, buscando sempre estabelecer conexões entre as demais disciplinas e

transformando essas capacidades em aprendizado.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande

amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de

estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a

compreensão de seu objeto de ensino. Constituem-se historicamente e são

legitimados nas relações sociais (PARANÁ-DCE, 2008, p.49).

Os conteúdos estruturantes são: Números e álgebra; Grandezas e

Medidas; Geometrias; Funções e Tratamento da Informação.

CONTEÚDOS BÁSICOS

ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

1ºTrimestre

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Sistemas de Numeração;

Números Naturais;

Múltiplos e Divisores;

Potenciação e Radiciação;

Números Fracionários;

284

Números Decimais.

2ºTrimestre

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de Comprimento;

Medidas de Massa;

Medidas de Área;

Medidas de Volume;

Medidas de Tempo;

Medidas de Ângulos;

Sistema Monetário.

3ºTrimestre

GEOMETRIAS E TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Dados, tabelas e gráficos;

Porcentagem.

7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

1ºTrimestre

NÚMEROS E ÁLGEBRA

GRANDEZAS E MEDIDAS

Números Inteiros;

Números Racionais;

Equação e Inequação do 1º grau;

Razão e Proporção;

Regra de Três;

Medidas de Temperatura;

Ângulos.

2ºTrimestre

GEOMETRIAS

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometrias Não-Euclidianas.

3ºTrimestre

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Pesquisa Estatística;

Média Aritmética;

285

Moda e Mediana;

Juros Simples.

8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

1ºTrimestre

NÚMEROS E ÁLGEBRAS

GRANDEZAS E MEDIDAS

Números Racionais e Irracionais;

Sistemas de Equações do 1º grau;

Potências;

Monômios e Polinômios;

Produtos Notáveis.

2ºTrimestre

GRANDEZAS E MEDIDAS

GEOMETRIAS

Medidas de Comprimento;

Medidas de Área;

Medidas de Ângulos.

Medidas de Volume;

Geometria Plana.

3ºTrimestre

GEOMETRIAS E TRATAMENTO DA

INFORMACÃO

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

Geometrias Não-Euclidianas;

População e Amostra;

Gráfico e Informação.

9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

1ºTrimestre

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Reais;

Propriedades dos Radicais;

Equações do 2º grau;

Teorema de Pitágoras;

Equações Irracionais;

Equações Biquadradas;

Regra de Três Composta.

2ºTrimestre

GRANDEZAS, MEDIDAS E FUNÇÕES

Relações Métricas no Triângulo

Retângulo;

286

GEOMETRIAS Trigonometria no Triângulo

Retângulo;

Noção Intuitiva de Função Afim;

Noção Intuitiva de Função

Quadrática;

Geometria Plana;

Geometria Espacial.

3ºTrimestre

GEOMETRIAS E TRATAMENTO DA

INFORMAÇÃO

Geometria Analítica;

Geometrias Não-Euclidianas;

Noções de Análise Combinatória;

Noções de Probabilidade;

Estatística;

Juros Compostos.

ENSINO MÉDIO

1ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Reais

Classificação de conjunto

Representação

Tipos de conjuntos

Operações com conjuntos

Equações e Inequações

Equações e inequações exponenciais

Equações e inequações logarítmicas

Equações e inequações modulares

287

GRANDEZAS E MEDIDAS

Trigonometria

Trigonometria no triângulo retângulo

Relações trigonométricas em um triângulo qualquer

Trigonometria na circunferência

FUNÇÕES

Função Afim

Função Quadrática

Função Modular

Função Exponencial

Função Logarítmica

Função Polinomial (grau n maior que 2)

Função Trigonométrica

Razões trigonométricas

Função seno

Função cosseno

Função tangente

Equações trigonométricas

Identidade trigonométrica

Inequação trigonométrica

Transformações trigonométricas

Função periódica

Função trigonométrica Inversa

Função Polinomial (grau n maior que 2)

Progressão Aritmética (PA)

Progressão Geométrica

2ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de massa;

Medidas derivadas: área e

288

volume;

Medidas de informática;

Medidas de energia;

Medidas de grandezas vetoriais.

GEOMETRIAS

Geometria Plana

Ponto, Reta e Plano

Paralelismo e Perpendicularismo

O Espaço Bidimensional

Ângulos

Figuras Planas

Polígonos

Círculo e Circunferência

Congruência e Semelhança de Figuras

Geometria Espacial

O Espaço Tridimensional;

Sólidos Geométricos;

Poliedros;

Prismas;

Pirâmides;

Cilindros;

Cones;

Esferas.

Geometrias Não-Euclidianas

Geometria Fractal;

Noções de Geometria Elíptica;

Noções de Geometria Hiperbólica.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Estatística

Coleta de dados

289

População e amostra

Organização de dados em tabelas

Gráficos estatísticos

Distribuição de frequência

Medidas de posição (média, moda, e mediana)

Medidas de dispersão (amplitude e variância)

3ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Análise Combinatória e Binômio de

Newton

Princípio fundamental da contagem

Fatorial de um número natural

Arranjo

Permutação

Combinação

Número binomial

Triângulo de Pascal

Fórmula do binômio de Newton

Termo geral do binômio

Probabilidade

Experimento aleatório

Espaço amostral

Evento de um espaço amostral

Probabilidades de um evento em espaço amostral equiprovável

Probabilidade com união ou intersecção de dois eventos

Probabilidade condicional

290

Eventos independentes

Probabilidade de dois eventos simultâneos

Matemática Financeira

Porcentagem

Juro simples

Juro composto

Descontos simples.

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Reais

Noções de Números Complexos

Forma algébrica;

Operações na forma algébrica;

Complexos conjugados;

Plano de Argand-Gauss;

Módulo de um número complexo;

Forma trigonométrica;

Operações na forma trigonométrica.

Matrizes e Determinantes

Conceito de matrizes

Representação de matrizes

Classificação de matrizes

Igualdade de matrizes

Operações com matrizes

Matriz quadrada

Matriz identidade

Matriz Inversa

Determinantes de matrizes de 1a, 2a e 3a ordens

Determinante de matriz de ordem

291

n

Teorema da Laplace

Propriedades dos determinantes

Sistemas Lineares

Equação linear

Sistema de equações lineares

Classificação de sistemas lineares

Sistemas equivalentes

Escalonamento

Regra de Cramer

Discussão de sistema linear

Polinômios

Conceito de polinômios

Igualdade de polinômios

Operações com polinômios

Teorema do resto

Teorema D'Alambert

Equações polinomiais

Teorema fundamental da Álgebra

Teorema da decomposição

Relações de Girard

GEOMETRIAS

Geometria Analítica

Distância entre dois pontos

Equação da reta

Ângulo entre duas retas

Distância de um ponto a uma reta

Área do triângulo

Equação da circunferência

Distância de um ponto a um plano

292

Ângulo entre planos

Ângulo entre reta e plano

Secções Cônicas (conceito, parábola, elipse, hipérbole)

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, na

qual, apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não

garantem competência a qualquer profissional que nela trabalhe. Para

desempenhar seu papel de mediador entre o conhecimento matemático e o

aluno, o professor precisa ter um sólido conhecimento dos conceitos e

procedimentos dessa área e uma concepção de Matemática como ciência, que

não trata de verdades infalíveis e imutáveis, mas sim como ciência dinâmica,

sempre aberta à incorporação de novos conhecimentos.

Na perspectiva de trabalho em que se considere o aluno como

protagonista da construção de sua aprendizagem, o papel do professor ganha

novas dimensões, para desempenhá-la, além de conhecer as condições sócio-

culturais, expectativas e competências cognitivas dos alunos, o professor

precisará escolher os problemas que possibilitem a construção de conceitos e

alimentar os processos de resolução que surgirem, sempre tendo em vista os

objetivos a que se propõem.

Para ocorrer efetiva e satisfatoriamente o ensino e a aprendizagem

utilizar-se-á Resolução de Problemas, Etnomatemática, Modelagem

Matemática, Mídias Tecnológicas, História da Matemática e Investigações

Matemáticas.

Resolução de Problemas: Os alunos defrontam-se com problemas, a

partir dos quais vão construindo seu saber matemático.

Modelagem Matemática: O ponto de partida são situações motivadoras

da realidade. O ensino se desenvolve a partir dos modelos matemáticos que se

apliquem à situação.

293

Etnomatemática: Trata-se de valorizar e usar como ponto de partida os

conhecimentos matemáticos do grupo cultural ao quais os alunos pertencem, e

conhecer outras formas matemáticas de solucionar problemas, produção de

outros grupos culturais, aproveitando o máximo possível o saber extra-escolar.

História da Matemática: segundo as DCEs – Matemática, a História deve

―promover uma aprendizagem significativa, pois propicia ao estudante entender

que o conhecimento matemático é construído historicamente a partir de

situações concretas e necessidades reais (MIGUEL e MIORIM, apud PARANÁ,

2008, p. 66).

Uso de Mídias Tecnológicas: Ao serem abordados numa prática docente,

os conteúdos estruturantes evocam outros conteúdos estruturantes e

conteúdos específicos, priorizando relações e interdependências que,

conseqüentemente, enriquecem os processos pelos quais acontece a

aprendizagem em Matemática e para desenvolver essa interdependência, os

recursos midiáticos são importantes na abordagem metodológica.

Investigação Matemática: As tarefas investigativas promovem a

problematização de conceitos matemáticos, levando professores e alunos a

serem produtores do conhecimento. A investigação matemática dá a

oportunidade de trabalhar em matemática de modo criativo, procurando saber

quais as razões por que acontecem as coisas, ―as investigações matemáticas

envolvem, naturalmente, conceitos, procedimentos e representações

matemáticas, mas o que mais fortemente as caracteriza é este estilo de

conjectura-teste-demonstração‖ (PONTE; BROCARDO, OLIVEIRA, 2006, p.

10), com isso são levados a uma autonomia intelectual, pois terão que explorar,

formular, pesquisar e testar hipóteses por meio de pesquisas,logo terão que ir

em busca do desconhecido pelo conhecido.

AVALIAÇÃO

Avaliar, segundo a concepção de Educação Matemática adotada nas

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, tem um papel de mediação no

294

processo de ensino e aprendizagem, isto é, ensino, aprendizagem e avaliação

devem ser vistos como integrantes de um mesmo sistema. A avaliação tem a

função de fornecer aos educandos informações sobre o desenvolvimento das

capacidades e competências que são exigidas socialmente, auxiliar os

professores a identificar quais objetivos foram atingidos, com vista a

reconhecer a capacidade matemática dos alunos, para que seja possível

identificar e organizar alguns campos do conhecimento matemático.

Para avaliar-se leva em conta, a qualidade dos instrumentos utilizados

para aferir os conhecimentos, decidir qual a melhor maneira de avaliar

determinado conteúdo/atividade. Sendo também realizada a recuperação de

conteúdo por meio de trabalhos, debates, correções de provas, pesquisas com

os colegas e professores.

Os instrumentos no sistema de avaliação (provas, trabalhos, registro de

atividades) são informações importantes para análise da aprendizagem do

educando, do seu aproveitamento de estudos e experiências, deve haver

consenso sobre a efetividade das experiências no desenvolvimento e

habilidades incorporados no conteúdo.

Fazem parte desses instrumentos os seguintes itens abaixo:

Relatório e ensaios: Produções escritas dos alunos, individuais ou

em grupos, realizadas em sala ou em casa, sobre problemas e

situações problemas, ou aspectos curiosos presentes nos livros;

Produções materiais: Geradas pelos alunos, individualmente ou

em grupo no decorrer de um projeto prolongado (construção de

uma embalagem, levantamento estatístico, pesquisa histórica,

exploração de um fato jornalístico, medições...);

Testes escritos: individuais (num momento), com consulta (em

outro momento);

Tarefas orais: Pequenas tarefas que envolvem argumentação e

comunicação feitas individualmente ou em grupo, sobre o

processo de resolução de um problema ou trabalho proposto no

livro, pelo professor ou ainda trazidos pelos alunos;

Entrevistas individuais;

O trabalho e o uso do caderno;

295

A qualidade das questões levantadas (perguntas, etc.) propostas

ou resolvidas;

Autoavaliação sobre um dia de trabalho, a performance num

período mais longo, o progresso, a organização para o estudo, as

dificuldades e possibilidades.

Conforme consta nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná –

Matemática, alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas

pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o

aluno:

comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO,

2004);

compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

elabora um plano que possibilite a solução do problema;

encontra meios diversos para resolução de um problema matemático;

realiza o retrospecto da solução de um problema. (2008, p.69).

Conforme consta no Projeto Político Pedagógico do Colégio:

As avaliações à que o aluno tem direito serão variadas e utilizar-se-ão

vários instrumentos. Considerar-se-ão atividades avaliativas: avaliações

escritas, orais e práticas, individuais e coletivas, tarefas, teatros, pesquisas e as

atividades que auxiliam o aprofundamento e/ou desenvolvimento do

conhecimento, respeitando as individualidades de cada disciplina.

A recuperação paralela será ofertada a todos os alunos com baixo

rendimento escolar, conforme o artigo 24, Capítulo V, itens ―a” e ―e” da Lei

9394/96 (LDB); se dará após a constatação da não apropriação dos conteúdos

pelos mesmos, através da retomada de conteúdo, novas explicações

(metodologias) e novas avaliações, se necessário.

A avaliação será durante o processo e não no final do período, sendo

que a presença e a participação dos alunos durante as aulas é dever do

mesmo não podendo ser atribuído nota a isso.

A recuperação de conteúdos será feita durante todo o processo. O

conteúdo trabalhado será retomado com uma nova explicação, levando em

conta as principais dificuldades observadas. Sempre que possível contar com o

auxílio dos alunos da sala que se apropriaram dos conceitos trabalhados, para

296

que estes possam ajudar os que encontram dificuldades.

Os alunos serão avaliados de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula

zero), sendo que para a aprovação o aluno deverá ter média mínima de 6,0

(seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento). A

todos os alunos será ofertada a recuperação de conteúdos e notas, se

necessário, através de atividades desenvolvidas no decorrer de cada trimestre,

analisando as produções, os avanços realizados, de acordo com as

necessidades de cada aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em: 10 de ago. 2011. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. História na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Matemática. Curitiba, 2008. PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H. Investigações Matemáticas na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

297

20. QUÍMICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O processo de desenvolvimento das civilizações está diretamente

relacionado com a Química, desde as primeiras necessidades humanas, tais

como a comunicação, o domínio do fogo no processo de cozimento, a

fermentação, o tingimento, a vitrificação, a utilização dos metais, entre outros.

(DCE, 2008)

Foi somente no século XVII que ocorreu a Revolução Química, onde o

mágico da alquimia cedeu lugar ao científico da Química. Neste período, está

vinculado às investigações sobre a composição e estrutura da matéria. (DCE,

2008)

No decorrer do século XVIII, ocorreu um grande desenvolvimento nas

experimentações químicas, com a descoberta e isolamento de muitos

elementos químicos. Foi ainda neste século, que Lavoisier realizou

experimentos controlados envolvendo medidas de massa de substâncias antes

e após o acontecimento de reações químicas, dando início à fase moderna

dessa ciência. Lavoisier propôs também, uma nomenclatura universal para os

compostos químicos, que foi aceita internacionalmente. (DCE, 2008;

PERUZZO & CANTO, 2003)

No século XIX, Dalton apresentou a primeira teoria atômica baseada em

fatos experimentais, onde todas as substâncias seriam formadas por átomos.

Nesse mesmo período, Woller sintetizou a uréia, uma substância orgânica a

partir de um composto inorgânico, após esse experimento os compostos

orgânicos passaram a ser sintetizados em laboratório. Na segunda metade do

século XIX, os interesses da indústria impulsionaram pesquisas e descobertas

relacionadas ao conhecimento químico. (PERUZZO & CANTO, 2003)

No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a

Química, surgiram a partir do século XIX. Desde então a Química tornou-se

uma ciência necessária na preparação do educando para a compreensão de

fatores econômicos e culturais que regem o funcionamento da sociedade, para

então atuar no mundo do trabalho com a consciência de seu papel de cidadão

participativo, pois a Química está presente em todo o processo de

298

desenvolvimento das civilizações participando do desenvolvimento científico-

tecnológico, com importantes contribuições específicas cujas decorrências têm

alcance econômico, social e político. (DCE, 2008)

A Química pode ser um instrumento da formação humana que amplia os

horizontes culturais e a autonomia no exercício da cidadania, se o

conhecimento químico for promovido como um dos meios de interpretar o

mundo e intervir na realidade, se for apresentado como ciência, com seus

conceitos, métodos e linguagem própria, e como construção histórica

relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida em

sociedade. (DCE, 2008)

Diante do exposto, fica evidente a importância do estudo e compreensão

desta ciência tão presente no nosso dia-a-dia. Por isso, como educadores

devemos possibilitar a todos os nossos educandos uma aprendizagem

igualitária, sem distinção, resgatando sua origem e valorizando os seus

conhecimentos prévios, buscando a vinculação dos conteúdos trabalhados com

o cotidiano do aluno, procurando trabalhar o contexto social em que o aluno

está inserido.

O ensino de Química deve ser abordado de modo a possibilitar ao aluno

a apropriação do conhecimento químico, levando-o a pensar mais criticamente

sobre o mundo que o rodeia e compreender os problemas ambientais que

ameaçam a humanidade possibilitando ao aluno a compreensão tanto dos

processos químicos em si, quanto a sua relação com as aplicações

tecnológicas, implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.

Os conhecimentos difundidos no Ensino da Química permitem a

construção de uma visão de mundo mais articulada e menos fragmentada,

contribuindo para que o indivíduo se veja como participante de um mundo em

constante transformação. Trata-se de um processo de ―construção e

reconstrução‖ de significados dos conceitos científicos.

A função do ensino de Química deve estar relacionada com a

compreensão das características da matéria, suas propriedades e

transformações e a capacidade de resolução de situações problemas do

cotidiano, o que implica na necessidade de vinculação do conteúdo trabalhado

com o contexto social em que o aluno está inserido.

299

CONTEÚDOS

Os conteúdos estruturantes são: Biogequímica, Matéria e Sua Natureza

e Química Sintética.

O conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da

disciplina de Química é Matéria e Sua Natureza. Este conteúdo estruturante

trata especificamente do objeto de estudo matéria e sua natureza. É ele que

abre o caminho para um melhor entendimento dos demais conteúdos

estruturantes.

Biogequímica é o conteúdo estruturante que estuda a influência dos

seres vivos sobre a composição química da Terra.

E o conteúdo estruturante Química Sintética tem sua origem na síntese

de novos produtos e materiais químicos e permite o estudo dos produtos

farmacêuticos, da indústria alimentícia (conservantes, acidulantes,

aromatizantes, edulcorantes), dos fertilizantes e dos agrotóxicos exercendo um

papel importante, pois com a síntese de novos materiais e o aperfeiçoamento

dos que já foram sintetizados, alarga horizontes em todas as atividades

humanas. Além disso, o sucesso econômico de um país não se restringe à

fabricação de produtos novos, mas sim, à capacidade de aperfeiçoar,

desenvolver materiais e transformá-los (PARANÁ, p. 65, 2008).

1ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS/CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

MATÉRIA E SUA

NATUREZA

BIOGEQUÍMICA

1º TRIMESTRE

1. MATÉRIA

Introdução ao estudo da Química

Estados físicos da matéria e mudanças de estado

Ponto de fusão e ponto de ebulição

Matéria e suas propriedades

Tabela periódica

2. SOLUÇÕES

Substâncias químicas: simples e composta

300

Misturas

Métodos de separação de misturas

Tabela periódica

2º TRIMESTRE

3. MATÉRIA

Modelo atômico de Dalton, Thomson, Rutherford

Partículas fundamentais do átomo

Número atômico e número de massa

Desequilíbrio elétrico (íon)

Modelo atômico de Bohr

Ondas eletromagnéticas

Espectro atômico

Distribuição eletrônica nos subníveis e níveis de

energia

Estrutura da tabela periódica

Classificações dos elementos na tabela periódica

Configuração eletrônica e tabela periódica

Propriedades periódicas dos elementos

3º TRIMESTRE

4. LIGAÇÕES QUÍMICAS

Tipos de ligações químicas em relação as propriedades

dos materiais

Ligação iônica

Ligação covalente

Ligação metálica

Propriedades dos materiais

Polaridade das ligações

Interações intermoleculares

Tabela periódica

5. FUNÇÕES QUÍMICAS

Funções inorgânicas

301

2ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS /CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

MATÉRIA E SUA

NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA

SINTÉTICA

1º TRIMESTRE

1. VELOCIDADE DAS REAÇÕES QUÍMICAS

Reações químicas

Representação das reações químicas

Condições para ocorrência de uma reação química

Reações químicas e sua classificação

Balanceamento de equações método das tentativas

Grandezas químicas

Relações estequiométricas

* Tabela periódica

2º TRIMESTRE

2. SOLUÇÕES

Dispersões e sua classificação

Conceito e classificação das soluções

Regras de solubilidade

Curvas de solubilidade

Unidades de concentração

Diluição de soluções

Mistura de soluções

Tabela periódica

3. REAÇÕES QUÍMICAS

Reações exotérmicas e endotérmicas

Diagrama das reações exotérmicas e endotérmicas

Entalpia e a variação de entalpia

Equação termoquímica

Casos particulares das entalpias das reações

Fatores que influenciam a variação de entalpia

Lei de Hess

* Tabela periódica

302

3º TRIMESTRE

4. VELOCIDADE DAS REAÇÕES

Introdução a velocidade das reações

Fatores que influenciam na velocidade das reações

Lei da velocidade das reações químicas

Tabela periódica

5. EQUILIBRIO QUÍMICO

Reações químicas reversíveis

Constante de equilíbrio

Grau de equilíbrio

Concentração

Relações matemáticas e o equilíbrio químico

Deslocamento do equilíbrio

Equilíbrio químico em meio aquoso

3ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDO BÁSICO/CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

MATÉRIA E SUA

NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA

SINTÉTICA

1º TRIMESTRE

1. RADIOATIVIDADE

Modelos atômicos (Rutherford)

Tabela periódica

Elementos químicos (radioativos)

Emissões radioativas

Leis da radioatividade

Cinética das reações químicas

Fenômenos radioativos (fusão e fissão nuclear)

o Aplicações da radioatividade

o Acidentes envolvendo a radioatividade

2. FUNÇÕES QUÍMICAS

Tabela periódica

Funções orgânicas

303

o Histórico da química orgânica

o Características do átomo de carbono

o Características dos compostos orgânicos

o Classificação do carbono na cadeia

o Classificação da cadeia carbônica

2º TRIMESTRE

3. FUNÇÕES QUÍMICAS

Tabela periódica

Funções orgânicas

o Fórmulas dos compostos orgânicos

o Hidrocarbonetos normais e sua classificação

o Radicais orgânicos

o Regras de nomenclatura de hidrocarbonetos

normais

o e ramificados

o Compostos orgânicos oxigenados (álcool, enol,

fenol, éteres)

3º TRIMESTRE

4. FUNÇÕES QUÍMICAS

Tabela periódica

Funções orgânicas

o Compostos orgânicos oxigenados (aldeído, cetona, ácidos

carboxílicos e derivados

o Compostos orgânicos nitrogenados (amina, amida,

nitrocompostos, nitrilas)

o Outras funções orgânicas

o Isomeria plana

o Isomeria espacial

304

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A disciplina de Química é uma Ciência que nos põe em sintonia com o

universo que nos cerca e as reações que ocorrem no nosso dia a dia. Onde as

implicações lógicas realçam a importância dos conceitos no aprendizado da

Química, ampliando o abstrato e suas causas.

A seleção e a organização de temas e conteúdos são parte essencial do

processo de ensino e aprendizagem, mas não basta para alcançar as metas

almejadas de formação e desenvolvimento do conhecimento. É imprescindível

nesse processo que sejam contempladas conjuntamente diferentes ações

didáticas, pedagógicas, culturais e sociais, desde as mais específicas e

aparentemente simples, como a disposição física da sala de aula, até as mais

gerais e muitas vezes complexas, envolvendo toda a comunidade escolar e seu

entorno.

Devemos considerar no processo de ensino e aprendizagem o

conhecimento prévio dos alunos, pois quando os estudantes chegam à escola

eles não estão totalmente desprovidos de conhecimento e ainda, uma sala de

aula reúne pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos e ideias.

Isso torna impossível a utilização de um único tipo de encaminhamento

metodológico com o objetivo de uniformizar a aprendizagem.

Portanto, as aulas serão trabalhadas de forma expositiva, com uso de

livros, apostilas, aulas de vídeo, materiais diversos e uso do laboratório de

Informática com desenvolvimento de atividades práticas relacionadas à teoria,

pois, os experimentos podem ser o ponto de partida para desenvolver a

compreensão de conceitos ou a percepção de sua relação com ideias

discutidas em sala de aula. Dependendo do assunto trabalhado poderão

ocorrer debates em sala de aula, buscando sempre a participação do aluno,

incentivando dessa forma o desenvolvimento do pensamento crítico e a

construção do seu conhecimento. Trabalhos de pesquisa, usando a sala de

informática e Internet, resolução de exercícios de aplicação e verificação,

revisando sempre as dificuldades encontradas pelos alunos.

305

AVALIAÇÃO

A avaliação não possui uma finalidade em si mesma, mas deve subsidiar

e direcionar o curso de ação do professor no processo de ensino e

aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do processo educacional

desenvolvido no coletivo da escola.

Nesse sentido, a avaliação será feita de forma formativa, processual e

contínua em todas as atividades de forma permanente, no sentido de trazer

mais um dado ao professor e ao aluno sobre o que foi aprendido.

Serão utilizados instrumentos de avaliação que contemplam as várias

formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos,

gráficos, tabela periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas no

laboratório, apresentação de seminário, resolução de atividades e avaliações

escritas das mais diferentes formas, também será avaliada a iniciativa de busca

de novos conhecimentos pelos alunos.

Esses instrumentos de avaliação devem ser selecionados de acordo

com cada conteúdo e objetivo de ensino. Por exemplo, na avaliação escrita ou

oral, o critério usado para avaliar será a verificação do conhecimento científico

adquirido, a escrita correta da simbologia química, a apropriação dos conceitos

químicos e a resolução de cálculos; nas atividades de pesquisa avaliar a

capacidade de compreensão do assunto pesquisado sem a interferência direta

do professor, a organização escrita e a preparação para a apresentação oral da

pesquisa; nas práticas laboratoriais avaliar a compreensão dos fenômenos,

relacionando a teoria com a prática.

A recuperação dos conteúdos será feita após a realização de provas

escritas e trabalhos, quando os alunos não apresentarem desempenho

satisfatório na aprendizagem. O conteúdo trabalhado será retomado com novas

explicações, levando em conta as principais dificuldades observadas. No final

de cada trimestre, além da recuperação paralela de conteúdo, será

proporcionada uma nova avaliação a todos os alunos, prevalecendo a maior

nota que este adquiriu. Sempre que possível contar com o auxílio dos alunos

da sala que se apropriaram dos conceitos trabalhados, para que estes possam

ajudar os que encontram dificuldades.

306

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares do Ensino de Química (DCE´s). Curitiba, 2008

307

21. SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de Sociologia é oferecida no Colégio Estadual Rocha

Pombo – EFMN, nas três séries do Ensino Médio e nas duas primeiras séries

do Curso de Formação de Docentes.

Esta disciplina está inserida na grade curricular deste estabelecimento,

já há vários anos, justificada pela necessidade de ofertar uma dimensão

humano-científica na formação de nossos jovens, já que seu objeto de estudo e

ensino são as relações que se estabelecem no interior dos grupos na

sociedade, como se estruturam e atingem as relações entre os indivíduos e a

coletividade. Outro fato que vem somar-se a esta justificativa é a aprovação da

lei nº 11684, de junho de 2008, que trata da obrigatoriedade do ensino de

Sociologia e Filosofia nas três séries do Ensino Médio (o que foi acontecendo

de uma forma gradativa neste estabelecimento).

Pretende-se com tal disciplina possibilitar ao educando uma melhor

compreensão da realidade social e sua relação com a educação, ou seja,

propiciar aos alunos as bases para a compreensão de como as sociedades se

organizam, estruturam-se, legitimam-se e se mantêm, habilitando-os para uma

atuação crítica e transformadora. A presença da sociologia está intimamente

ligada à democratização do acesso ao conhecimento científico com vistas ao

incremento de discussão consciente, racional e bem fundamentada, do

educador e do cidadão, na realidade social.

A sociologia é uma ciência que nasceu na Europa no século XIX, criada

para o estudo das sociedades modernas que surgiram após as Revoluções

Industrial e Francesa, as quais trouxeram muitas transformações às

sociedades européias e, mais tarde, no restante do mundo. Muitos estudiosos

da Alemanha e da França principalmente criaram métodos para estudar estas

sociedades. O objetivo destes estudiosos, pessoas como os franceses Augusto

Comte e Emile Durkheim e os alemães Max Weber e Karl Marx era entender

racionalmente porque e de que maneira as sociedades estavam se

transformando em urbanas, industriais e capitalistas.

308

Por outro lado, há que se valorizar a bagagem cultural trazida por eles à

escola buscando superar o patamar do senso comum através do auxílio da

Ciência, bem como problematizar suas relações com o diferente, seja essa

diferença cultural, de credo, de cor ou econômica e sua participação no setor

produtivo da sociedade, o que justifica a inclusão da Cultura Afro-brasileira –

Lei Nº 10.639/03 e Educação Fiscal no rol de conteúdos específicos de

Sociologia. Além do mais, o artigo 36 da LDB 9394/96 afirma que o educando

ao concluir o Ensino Médio deve ter ―...domínio dos conhecimentos de Filosofia

e Sociologia, necessários ao exercício da cidadania‖, o que lhes confere esse

direito.

OBJETIVOS GERAIS

A disciplina de Sociologia tem como principal objetivo proporcionar ao

educando uma melhor compreensão (leitura) da sociedade e apresentar

possibilidades de nela intervir, baseadas em experiências passadas e atuais,

visando a sua transformação, possibilitando-lhe a percepção de que a

realidade é histórica e socialmente construída, além de:

Permitir que o educando seja capaz de argumentar e defender seus

pontos de vista acerca da realidade relacionando-os com os principais

sociólogos e suas teorias, quer concordando com os mesmos, quer

discordando delas, ou seja, levá-lo ao questionamento quanto à

existência de verdades absolutas, sejam elas na compreensão do

cotidiano ou na constituição da ciência.

Desnaturalizar as ações que se estabelecem na sociedade.

Explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas,

desconstruindo pré-noções e pré-conceitos.

Compreender a forma como as sociedades se organizam, estruturam-se,

legitimam-se e se mantêm, habilitando os educandos para uma atuação

crítica e transformadora.

Inserir o aluno como sujeito social que compreende a sua realidade

imediata, mas que também percebe o que se estabelece além dela.

309

Desenvolver a ―imaginação sociológica‖.

Compreender a função e a importância das instituições sociais na

constituição histórica da realidade.

CONTEÚDOS

1ª SÉRIE

O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas.

Processo de socialização e as instituições sociais.

Trabalho, produção e classes sociais.

1º TRIMESTRE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O Processo de Socialização e as Instituições

Sociais

CONTEÚDOS BÁSICOS:

O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas;

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento

do pensamento social;

Teorias sociológicas: Auguste Comte, E. Durkheim, Max Weber e Karl

Marx;

Pensamento social brasileiro;

Processo de Socialização;

Instituições familiares, Instituições escolares, Instituições religiosas e

Instituições de reinserção.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: discussão do processo de modernidade –

renascimento, reforma protestante, iluminismo, revoluções burguesas. Teoria

de Comte – explicação dos problemas sociais – teoria dos três estágios;

características do pensamento científico, a ciência da sociedade –

características e problemáticas; o papel das instituições. Teoria de Durkheim –

relação indivíduo x sociedade; definição do objeto e método, conceitos mais

310

importantes que possam ser mobilizados nas discussões dos outros conteúdos

da série. Teoria de Max Weber – relação indivíduo x sociedade, definição de

método e objeto, relação entre o conhecimento sociológico e o conhecimento

histórico, conceitos que possam ser mobilizados nas discussões dos outros

conteúdos da série. Teoria de Karl Marx – compreensão do papel da história

para Marx, explicação do processo de desenvolvimento do capitalismo,

proposta para solução dos problemas sociais e outros conceitos que possam

ser mobilizados... Pensamento social brasileiro – Gilberto Freyre, Oliveira

Viana, Sérgio Buarque de Holanda, Florestan Fernandes, Antonio Cândido,

Octávio Ianni, Francisco Weffort, José de Souza Martins, Fernando Henrique

Cardoso, dentre outros.

A socialização – socialização primária, secundária, contato, relação,

interação, grupos sociais. Conceito de Instituições Sociais, Instituições

familiares – perspectivas teóricas sobre a família, diversidade familiar, novos

arranjos familiares, papéis de gênero e família, violência e abuso na familiar.

Instituições escolares – perspectiva teórica sobre a escola em Durkheim, Marx,

Weber, Bourdieu, Gramsci, dentre outros; teorias sobre a educação escolar e a

desigualdade social, educação e industrialização (relação), educação e novas

tecnologias, privatização da educação. Instituições religiosas – definição de

religião, diversidade religiosa; perspectivas teóricas sobre a religião em

Durkheim, Max Weber, Marx, dentre outros; gênero e religião, novos

movimentos religiosos, fundamentalismo religioso, milenarismo. Instituições de

reinserção – prisões, manicômios, educandários, asilos, dentre outros.

2º TRIMESTRE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Trabalho, Produção e Classes Sociais

CONTEÚDOS BÁSICOS: O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes

sociedades. Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais.

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Modos de Produção, desemprego, desemprego

311

conjuntural e estrutural, subemprego e informalidade, fordismo e toyotismo,

reforma agrária, reforma sindical.

3º TRIMESTRE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Trabalho, Produção e Classes Sociais

CONTEÚDOS BÁSICOS: Globalização e Neoliberalismo; Trabalho no Brasil;

Relações de trabalho.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Estatização e privatização, flexibilização,

terceirização, agronegócios, voluntariado e cooperativismo, economia solidária,

parcerias público-privadas, capital humano, empregabilidade e produtividade,

relações de mercado.

2ª SÉRIE

Poder, Política e Ideologia

Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais

1º TRIMESTRE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Poder, Política e Ideologia

CONTEÚDOS BÁSICOS: Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

conceitos de poder, conceitos de ideologia, conceitos de dominação e

legitimidade.

Estado no Brasil, Democracia, autoritarismo, totalitarismo; As expressões

da violência nas sociedades contemporâneas.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Processo de modernidade, formação do

capitalismo; conceito de Estado, Estado Moderno, formas de organização do

Estado (absolutismo, liberal, bem-estar social, socialismo), conceito de política

e conceito de alienação.

312

Partidos políticos, conceito de Estado weberiano, violência legítima,

violência urbana, violência contra ―minorias‖, violência simbólica, criminalidade,

narcotráfico, crime organizado.

2º TRIMESTRE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais

CONTEÚDOS BÁSICOS: Direitos civis, políticos e sociais; Direitos humanos;

conceitos de cidadania.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Construção moderna dos direitos, histórico dos

direitos humanos – alcances e limites, cidadania, políticas afirmativas, políticas

de inclusão, definição de minorias.

3º TRIMESTRE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais

CONTEÚDOS BÁSICOS: Movimentos sociais, movimentos sociais no Brasil, a

questão ambiental e os movimentos ambientalistas, a questão das ONG’s.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Definição de movimentos sociais, movimentos

sociais urbanos, movimentos sociais rurais, movimentos conservadores,

neoliberalismo, redefinição das funções do Estado, problemas ambientais.

3ª SÉRIE

Cultura e Indústria Cultural

1º TRIMESTRE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Cultura e Indústria Cultural

CONTEÚDOS BÁSICOS: O desenvolvimento antropológico do conceito de

cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades;

313

Diversidade cultural, relações de gênero, cultura afro-brasileira e culturas

indígenas.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Os conceitos de cultura nas escolas

antropológicas (evolucionismo, funcionalismo, culturalismo, estruturalismo,

interpretativismo), antropologia brasileira.

Diversidade, diferença cultural; relativismo, etnocentrismo, alteridade,

roteiro para pesquisa de campo.

2º TRIMESTRE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Cultura e Indústria Cultural

CONTEÚDOS BÁSICOS: Identidade, relações de gênero, cultura afro-

brasileira.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Identidades como projeto e/ou processo;

identidades e sociabilidades; identidades e globalização; identidades e

movimentos sociais; construção social do gênero; construção social da cor;

minorias; preconceito; hierarquia e desigualdades; dominação, hegemonia e

contramovimentos.

3º TRIMESTRE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Cultura e Indústria Cultural

CONTEÚDOS BÁSICOS: Indústria Cultural, Meios de Comunicação de Massa,

sociedade de consumo, Indústria cultural no Brasil.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Escola de Frankfurt, cultura de massa, cultura

erudita, cultura popular, sociedade de consumo.

314

METODOLOGIA

Os conteúdos serão trabalhados através de aulas expositivas, leituras de

documentos e de textos filosóficos e históricos, problematizações, debates,

seminários, pesquisas bibliográficas ou de campo, participação em palestras,

simpósios, feiras, análise de filmes, notícias em jornais, revistas, TV, enfim,

tendo por recursos básicos o livro didático de Sociologia da SEED, além de

outros livros de apoio (conf. Bibliografia) e a internet.

Propõe-se desenvolver atividades que promovam discussões e o

aumento do aporte de conhecimentos do educando, a capacidade de análise e

argumentação, trabalhando teorias, conceitos e temas.

AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino de Sociologia deve se pautar numa concepção

diagnóstica, formativa e somativa, onde os objetivos da disciplina devem estar

afinados com os critérios de avaliação, os quais segundo Luckesi (2005), são:

“a) a apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a

prática social; b) a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; c)

a clareza e a coerência na exposição das ideias sociológicas; d) a mudança na

forma de olhar e compreender os problemas sociais”.

O processo de avaliação perpassa todas as atividades relacionadas à

disciplina levando-se em consideração a capacidade de argumentação com

fundamentação (oral e escrita) dos alunos frente às situações apresentadas.

Isso envolve trabalhos, provas e sínteses individuais e/ou coletivas, bem como

a participação nas atividades propostas.

Os alunos serão avaliados de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula

zero), sendo que para a aprovação o aluno deverá ter média mínima de 6,0

(seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento). A

avaliação seguirá a legislação em vigor, seguindo o Regimento Escolar do

315

Colégio assim como o Projeto Político Pedagógico.

A todos os alunos será ofertada a recuperação de conteúdos e notas, se

necessário, através de atividades desenvolvidas no decorrer de cada trimestre,

analisando as produções, os avanços realizados, de acordo com as

necessidades de cada aluno. O professor, no final do processo avaliativo, ao

levar em consideração o respeito às diferenças individuais dos alunos, deverá

priorizar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, ao lançar as notas.

Há que se ressaltar ainda que a Sociologia como disciplina curricular

tem por objetivo geral levar o aluno a pensar a realidade social da qual faz

parte, desenvolvendo uma consciência de que toda sociedade é uma

construção histórica e não uma fatalidade regida por ―leis naturais‖, podendo

ser construída e reconstruída segundo as necessidades dos grupos e sujeitos

ou atores sociais. O estudante de Sociologia no Ensino Médio deve além de

interpretar o mundo, sentir-se capaz de transformá-lo ou de, no mínimo,

percebê-lo como passível de transformação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOMENY, Helena & MEDEIROS. Bianca Freire. Tempos Modernos, tempos de sociologia. Rio de Janeiro, Ed. Do Brasil. Volume único. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.

COSTA, Maria C. C. da. SOCIOLOGIA: Introdução à Ciência da Sociedade. 2a. ed. São Paulo, Editora Moderna, 2002.

Jornal MUNDO JOVEM (edições variadas).

MEKSENAS, Paulo. SOCIOLOGIA. São Paulo, Cortez Editora, 1995.

______. Aprendendo Sociologia: A Paixão de Conhecer a Vida. 7a. ed. São Paulo, Edições Loyola, 1995.

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. 24a. ed. São Paulo,

316

Editora Ática, 2003.

PARANÁ. SOCIOLOGIA (livro didático) – Ensino Médio. Diversos autores – Seed – Curitiba, 2007;

PARANÁ. DCE de Sociologia para a Educação Básica, Curitiba, SEED. 2008;

TELES, Maria E. S. Sociologia para jovens: Iniciação à Sociologia. 8a. ed. Petrópolis, Editora Vozes, 2001; TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o Ensino Médio. São Paulo, Saraiva, 2010.

317

22. ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM

CONTRATURNO

APRESENTAÇÃO GERAL

Com a necessidade de se ampliar tempos, espaços e oportunidades

educativas para os alunos da rede estadual de ensino, a Secretaria de Estado

da Educação instituiu o Programa de Atividade Complementar Curricular em

Contraturno.

Esse programa constitui de atividades integradas ao Currículo Escolar,

que oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. O

atendimento do programa é para alunos que se encontram em situação de

vulnerabilidade social, bem como para as necessidades sócio-educacionais,

considerando o contexto social descrito no Projeto Político Pedagógico da

Escola.

A oferta das Atividades Complementares Curriculares em Contra turno

foi regulamentada na Resolução n. 1.690/2011 e na Instrução n. 004/2011, e

estão contempladas no Projeto Político Pedagógico do nosso colégio,

garantindo desta forma a continuidade das atividades. Para tanto, é necessário

que a escola estabeleça critérios de avaliação das atividades complementares

ofertadas, observando os benefícios para a comunidade escolar.

As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno estão

organizadas nas áreas do conhecimento, articuladas aos componentes

curriculares, nos seguintes Macro Campos: Aprofundamento da Aprendizagem,

Experimentação e Iniciação Científica, Cultura e Arte, Esporte e Lazer,

Tecnologias da Informação, da Comunicação e uso de Mídias, Meio Ambiente,

Direitos Humanos, Promoção da Saúde, Mundo do Trabalho e Geração de

Rendas.

Por meio desse programa, cada escola pode propor uma atividade de

ampliação de jornada por modalidade de ensino, cujos objetivos são:

Promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de

tempos, espaços e oportunidades educativas em contra turno, na escola

318

ou no território em que ela está situada, a fim de atender às

necessidades sócio-educacionais dos alunos;

Ofertar atividades complementares ao currículo escolar vinculadas ao

Projeto Político Pedagógico da Escola, respondendo às demandas

educacionais e aos anseios da comunidade;

Possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade,

democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.

319

22.1 APROFUNDAMENTO DA APRENDIZAGEM

NÍVEL DE ENSINO: MÉDIO

TURNO: NOTURNO

MACROCAMPO: LÍNGUA PORTUGUESA: GRAMÁTICA, LITERATURA,

PRODUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

CONTEÚDOS

Literatura: todos os períodos literários, contexto histórico e autores;

Gramática: Fonética, Semântica, Morfologia , Sintaxe e Estilística;

Redação: Tipologia e Gêneros textuais;

Interpretação de textos: Gêneros das diversas esferas sociais,

Interpretação de gráficos e tabelas: infográficos.

OBJETIVO

Preparar os alunos para a leitura efetiva e a interpretação e análise de

textos de todos os gêneros, a fim de obter melhores resultado nas notas

de ENEM e vestibulares.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Há muito tempo se fala em uma concepção diferente do ensino de

língua, principalmente quanto à Gramática, mas pouca coisa mudou. O ensino

de língua por meio desse projeto deve levar em conta que, para haver uma boa

comunicação, é preciso ensinar a estrutura da língua, de forma prática, para

que os alunos escrevam melhor, sabendo adequar a fala ao modo como se

expressa na situação comunicativa em que se encontra. É essencial que os

320

alunos entendam e aprendam a importância de falar e escrever de acordo com

a variante linguística prestigiada socialmente, que é esperada em determinadas

situações sociais e nas redações do ENEM e de vestibulares

O domínio da variante prestigiada socialmente permite que os jovens

não sejam discriminados em certos contextos e lhes dá uma ferramenta a mais

para lutar por seus princípios e interesses como cidadãos. Dominando os

saberes de como a língua funciona, eles estarão aptos a distinguir que palavras

ou expressões serão adequadas ou que não devem usar, de acordo com a

formalidade da situação ou com seus interlocutores.

Pretende-se usar as novas tecnologias que tornaram o computador um

novo portador de textos, suscitando novos gêneros, novos comportamentos

sociais referentes às práticas de uso da linguagem oral e escrita para que as

atividades sejam atrativas aos alunos, cobrando deles novas teorizações e

novos modelos de interpretação da linguagem. Esse é um recurso a mais para

a modernização, reformulação e atualização de práticas pedagógicas.

A chegada dos gêneros textuais à escola é uma novidade benéfica,

porém muitos especialistas e formadores de professores destacam que há uma

pequena confusão na forma de trabalhá-los. Explorar apenas as características

de cada gênero (carta tem cabeçalho, data, saudação inicial, despedida etc.)

não faz com que ninguém aprenda a, efetivamente, escrever uma carta. Então,

o que se espera é que os alunos entendam esses gêneros em situações reais

de uso. Falta discutir por que e para quem escrever a mensagem. Essa é a

diferença entre tratar os gêneros como conteúdos em si e ensiná-los no interior

das práticas de leitura e escrita. Não faz sentido pedir para os estudantes

escreverem só para o professor e avaliar. Quando alguém escreve uma carta, é

porque outra pessoa vai recebê-la. Quando alguém redige uma notícia, é

porque muitos vão lê-la. Quando alguém produz um conto, uma crônica ou um

romance é porque espera emocionar, provocar ou simplesmente entreter

diversos leitores.

Essa abordagem, que privilegia o ensino dos comportamentos leitores e

escritores, necessita que o aluno tenha certo domínio os conteúdos clássicos

da disciplina, como ortografia e gramática. Eles são muito importantes na

produção e interpretação de textos e essencial para que os alunos superem as

321

dificuldades. Que tempo verbal usar para contar algo, que recursos de coesão

e coerência garantem a compreensão de uma história, a concordância nominal

e verbal, a colocação pronominal, enfim, o conhecimento das regras da norma

padrão. ―Saber utilizar a língua é o que mais influencia a qualidade textual",

ressalta Beth Marcuschi. Para alcançar isso, porém, não é necessário colocar a

ortografia e a gramática como um fim em si mesmo, ocupando o centro das

aulas. Assim como os gêneros, elas são um meio para ensinar a ler e escrever

cada vez melhor e devem ser contextualizadas pelos alunos nas práticas de

leitura e escrita.

Para integrar a multiplicidade de propostas de produção e interpretação

que os gêneros textuais propiciam e dar conta da evolução dos conteúdos, um

dos caminhos é organizar as aulas conforme a atividade proposta e dividir os

trabalhos entre atividades permanentes, sequências didáticas ou projetos

didáticos, que podem ser interligados ou usados separadamente, dependendo

dos objetivos. Vale destacar que quando os gêneros são ensinados como

instrumento para a compreensão da língua, não importa quantos ou quais você

trabalha, desde que o objetivo seja usá-los como um jeito de formar alunos que

aprendam a ler e escrever de verdade.

Na produção de textos a gramática não deve ser deixada de lado, uma

vez que tanto o ENEM, quanto os demais vestibulares, exigem essas

competências por parte dos candidatos. Mas é preciso considerar vários outros

aspectos que contribuem para a qualidade de um texto, como clareza,

objetividade, emprego de expressões adequadas ou riqueza de vocabulário.

Um ponto importante que será cobrado durante a realização desse projeto é o

aluno revisar o próprio texto como parte fundamental do processo de escrita.

Cabendo ao professor estimular esse hábito e garantir os instrumentos

necessários para que cada um assuma a responsabilidade pela tarefa. E

ensinar algumas operações básicas de revisão, como cortar palavras ou

trechos excessivos, substituir expressões vagas ou inadequadas, acrescentar

elementos para tornar pensamentos mais claros, inverter termos ou sequências

para conferir maior expressividade ou organizar mais claramente as ideias. O

aperfeiçoamento da escrita vem com o tempo, à medida que os alunos

incorporam um bom repertório de recursos linguísticos. Para tanto, o professor

322

pode indicar regularmente a leitura de bons livros, representativos do gênero

que está sendo trabalhado em classe, o sentido de determinadas palavras e

realizar diferentes atividades para sistematizar o conhecimento.

Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura:

Informativa e de reconhecimento; Interpretativa. A primeira deve ser feita

cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se

informações e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a

interpretação grifar palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma

palavra à ideia-central de cada parágrafo. A última fase de interpretação

concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque palavras com

NÃO, EXCETO, RESPECTIVAMENTE, pois fazem diferença na escolha

adequada. Retornar ao texto ler a frase anterior e posterior para ter ideia do

sentido global proposto pelo autor. Basicamente existem três tipos de texto:

Texto narrativo; Texto descritivo; Texto dissertativo. Cada um desses textos

possui características próprias de construção em sua estrutura de composição,

que devem ser assimiladas pelos alunos. Um texto para ser compreendido

deve apresentar ideias seletas e organizadas, através dos parágrafos que é

composto pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a

conclusão do texto, o que leva a uma interpretação adequada.

O colégio dispõe de salas de aula, laboratório de informática,

computadores, aparelhos de TV, CD, VHS, DVD, dicionários, acervo literário

que será utilizado em pesquisas e realizações de atividades.

A biblioteca possui um acervo literário atualizado, Gramáticas dentro da

Nova Ortografia, Data-show, utilização das mídias (TV, jornais, revistas,

internet) que servirão de suporte para o desenvolvimento e aplicação de

atividades do curso.

Será selecionado o material didático referente à Gramática, Literatura e

Produção de Textos já existente na escola, aliado ao material fornecido pelo

Projeto de Atividades Complementares Curriculares, realizando as atividades a

partir da explanação dos conteúdos, com pesquisas e leituras e/ou recursos

áudio-visuais adequados à abordagem pretendida, e com o apoio do conteúdo

do Eureka, preparatório para o ENEM, o caderno + Enem, da Editora Saraiva e

do Caderno de Revisão do Ensino Médio: de Português e de Literatura, autor

323

Wiltom Ormundo, da Editora Moderna, sendo cobrada a efetiva participação

dos alunos na produção e interpretação de textos dos diferentes gêneros

textuais em circulação no dia-a-dia.

Conforme o tipo de atividade proposta e possibilidade de execução,

serão feitas produções de vários gêneros textuais, apresentações orais,

debates, exposições de trabalhos produzidos partindo da reflexão sobre seu

contexto social e uso nas situações comunicativas. Os trabalhos produzidos

pelos alunos serão compilados em uma apostila para estudos e pesquisas

posteriores.

AVALIAÇÃO

A avaliação será feita na oralidade, produção textual e expressão oral,

no decorrer das atividades propostas, de forma progressiva e continuada, com

a produção de trabalhos individuais e/ou coletivos, simulados de ENEMs

anteriores, debates, pesquisas, dramatizações, criatividade e originalidade dos

alunos, bem como, seu interesse no conteúdo proposto pelo projeto,

totalizando peso 10,0 pontos.

RESULTADOS ESPERADOS:

PARA O ALUNO: Espera-se despertar o interesse dos alunos pelo

estudo mais aprofundado da Língua Portuguesa e de Literatura, principalmente

no que diz respeito à produção e interpretação de textos, a fim de prepará-los

para o ENEM e para o ingresso na universidade e/ou realização de concursos

de qualquer espécie.

PARA A ESCOLA: Melhorar a nota do ENEM e o ingresso dos alunos

nas universidades públicas.

PARA A COMUNIDADE: Pretende-se uma formação crítica e cidadã de

indivíduos aptos a desempenhar funções sociais e a interagir em qualquer

contexto social.

324

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.

DIRETRIZES CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA – SEED – 2008. Disciplina de Língua Portuguesa.

325

23. CELEM – CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA /ESPANHOL

APRESENTAÇÃO GERAL

Ao longo da história o ensino de Línguas Estrangeiras Modernas e a

estrutura do currículo escolar sofreram constantes mudanças devido à

organização social, política e econômica. As propostas curriculares e as

metodologias de ensino são instigadas a atender as expectativas e demandas

sociais contemporâneas a propiciar às novas gerações a aprendizagem dos

conhecimentos historicamente construídos.

Após passar por várias etapas, onde as línguas Inglesas e Francesas

tinham mais prestígio no Brasil, finalmente a Língua Espanhola passou a ser

reconhecida como Língua Estrangeira Moderna, e a responsabilidade pelos

rumos educacionais passaram a ser centralizada no Ministério de Educação e

Cultura, o qual indicava aos estabelecimentos de ensino o idioma a ser

ministrado nas escolas, a metodologia e o programa curricular para cada série.

Comprometimento com os ideais nacionalistas, o MEC preconizava que a

disciplina de Língua Estrangeira deveria contribuir tanto para a formação do

aprendizado quanto para o acesso ao conhecimento e as reflexões sobre as

civilizações estrangeiras e as tradições de outros povos. Isso explica por que o

espanhol passou a ser permitido oficialmente para compor o currículo do curso

secundário, uma vez que a presença dos imigrantes da Espanha era restrita no

Brasil.

A língua espanhola, portanto, foi valorizada como língua estrangeira

porque representava para o governo um modelo de patriotismo e respeito

daquele povo as suas tradições e a história nacional. Tal modelo deveria ser

seguido pelos estudantes. Assim, o ensino de espanhol passou a ser

incentivado no lugar dos idiomas alemão, japonês e italiano, que, em função da

Segunda Guerra Mundial, foram desprestigiados no Brasil. Iniciou-se, então,

uma fase de ensino de Língua Estrangeira mais sofisticada quanto aos

recursos didáticos. De fato alguns recursos como projeção de slides, cartões

ilustrativos, filmes fixos e laboratórios audiolinguais conferiam um avanço

326

inestimável a aquisição de línguas.

Com a lei nº 5692/71 e sob a égide de um falso nacionalismo, o governo

militar desobrigou a inclusão de línguas estrangeiras nos currículos de primeiro

e segundo graus, sob argumento de que a escola não deveria se prestar a ser

a porta de entrada de mecanismo de impregnação cultural estrangeira. Assim,

evitar-se-ia o aumento da dominação ideológica de outras sociedades e do

colonialismo cultural do país.

Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado.

Quando a disciplina se tornou novamente obrigatória somente no segundo

grau. Entretanto, tivesse condições de oferecê-la. Isso fez muitas escolas

suprimirem a Língua Estrangeira no segundo grau ou reduzirem seu ensino

para uma hora semanal, por apenas um ano, com um único idioma.

Uma das formas para manter a oferta de línguas estrangeiras nas

escolas publica após o parecer nº 581/76, bem como a tentativa de superar a

hegemonia de um único idioma ensinado nas escolas, foi a criação do Centro

de Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do Paraná, em 1982, o qual

passou a oferecer aulas de inglês, espanhol, francês e alemão, aos alunos no

contra turno.

Uma nova língua tem o poder de nos colocar em contato com uma nova

cultura e, consequentemente, respeitar e compreender melhor o mundo como

uma grande nação sem distinções e fronteiras, o que é fundamental diante da

globalização.

Aprender outro idioma é andar por novos territórios, é investir em algo

que lhe abrirá muitas portas. Para propiciar o estudo de mais uma língua aos

alunos, o Colégio oferta o curso de Espanhol no Centro de Estudo de Línguas

Estrangeiras Modernas (CELEM) que oferece as bases necessárias para o

aprendizado onde o aluno tem a oportunidade de aprender a dominar as quatro

habilidades necessárias para a fluência de um novo idioma: ler, falar, escrever

e entender. Com um material didático completamente atualizado e focado na

cultura de cada país, fica mais fácil aprender não só uma nova língua, mas

contextualizar as informações e entender melhor como é a vida em cada um

dos países cujo idioma é estudado.

327

O Curso de Espanhol é facultativo e extracurricular. É ofertado em turno

contrário aos alunos do Ensino Médio, pois os alunos do Ensino Fundamental-

Séries Finais, possuem a disciplina em sua grade curricular.

O ensino das Línguas Estrangeiras é importante como uma língua

complementar por ser umas das mais faladas na região em que vivemos, pois

possibilita ao aluno uma consciência crítica e transformadora da sociedade,

subsidiadas pelos elementos integrados e pelas práticas que compõem a

aprendizagem, além de contribuir para o aperfeiçoamento na realização de seu

trabalho.

O trabalho pedagógico deverá propiciar a inclusão social, o

desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o

reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das

identidades transformadoras, tendo como propósito ampliar as experiências

culturais do aluno ao comparar e contrastar a sua cultura com a cultura de

outro país, almejando o senso crítico dos discentes para que estes sejam

capazes de interagir criticamente no mundo atual.

Portanto, o professor de língua estrangeira em seus discursos didáticos

deverá trabalhar as atividades de reflexão gramatical, verbal e autonomia

relativa do sujeito em sala de aula. A preocupação atual é não somente o

conhecimento cognitivo, mas também a formação do cidadão propiciando

novos rumos para a compreensão das diversidades linguísticas e culturais para

construir novos sentidos no mundo. As três práticas: leitura, oralidade e escrita

se estruturam em discurso como prática social, instrumento necessário para a

comunicação.

Ao conhecer outras culturas, o educando constrói uma análise

comparativa entre o seu meio de vida versos ao novo mundo, ampliando a sua

esfera social, podendo conhecer melhor sua forma de ser, pensar, agir e sentir

outra cultura, enriquecendo sua formação.

A prática da Língua Estrangeira Moderna permite o acesso,

comunicação e participação com o ―diferente‖, contribuindo significantemente

na constituição social do aluno fornecendo ao indivíduo, capacidade de ser

compreendido e de compreender as relações sociais, aumentando seu poder

cognitivo para interagir com maior propriedade e segurança no mundo atual.

328

Sendo uma escola pública devemos oferecer e encaixar a educação

inclusa, aberta a todos, procurando adaptar o educando ao sistema, para que o

este tenha as mesmas condições de construir esse saber e desenvolver suas

funções, as mesmas possibilidades de realização humana e social.

O ensino da Língua Espanhola é importante como uma língua

complementar por ser uma das mais faladas na região em que vivemos, pois

faz divisa com países do MERCOSUL, como Argentina e Paraguai,

possibilitando ao educando uma consciência crítica e transformadora da

realidade, subsidiada pelos elementos integradores e pelas práticas que

compõem a aprendizagem, além de contribuir para o aperfeiçoamento na

realização de seu trabalho.

O ensino da Língua Estrangeira Moderna – Espanhol tem por objetivo

principal, constituir um espaço para que o aluno conheça, reconheça e

compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se relaciona

discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em

relação ao mundo em que vive. (DCE, p. 53)

Segundo a DCE, p. 53, o ensino da Língua Estrangeira Moderna –

Espanhol tem por objetivos principais:

Constituir um espaço para que o aluno conheça, reconheça e

compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se

relaciona discursivamente e perceba possibilidades de construção de

significados em relação ao mundo em que vive. (DCE, p. 53)

Priorizar a comunicação, assimilando um conjunto de manifestações de

um povo, seus hábitos e seus costumes relacionando entre a

comunicação e a cultura a necessidade de entender a comunicação

entre nativos e não nativos.

Oportunizar ao aluno a aprendizagem de conteúdos que ampliam as

possibilidades de ver o mundo, suas diferenças, e de poder, interagir

com ele sendo que cada vez mais ele se torna multicultural.

Enfatizar que o conhecimento de uma LE resulta em uma maior

capacidade de ação no mundo sendo que está enfrentando uma série

de mudanças nos níveis históricos, sociais, econômicos, tecnológicos e

culturais.

329

Atualmente, a Língua Estrangeira, além de atingir os objetivos práticos

de reflexão linguística, deve:

Permitir aos alunos informações gerais sobre o cotidiano em que

contribua para sua formação social enquanto cidadão. O educador deve

assumir o compromisso com o desenvolvimento de uma educação

comprometida e significativa, usando leituras apropriadas que envolvam

e despertem os interesses dos sujeitos em aprender. Falar sobre o

ensino de Língua Estrangeira no Brasil remete diretamente a criação do

sistema escolar brasileiro.

Conhecer e assimilar culturas estrangeiras não significa subserviência a

elas. O que não se pode permitir a invasão desmedida do vocabulário

estrangeiro ou a modificação ou aniquilação de aspectos da cultura

nacional, mas um povo não pode isolar-se em suas fronteiras

geográficas e ficar alheio ao mundo que o rodeia. Aqui, justifica-se o

ensino da Língua Espanhola no âmbito escolar, através da

aprendizagem de outras línguas, o indivíduo torna-se capaz de

compreender melhor a própria cultura, contrastando-a com a cultura dos

outros, o que aumenta a consciência crítica e linguística,

proporcionando-o maior compreensão de como a língua funciona em

seus aspectos estruturais e na percepção das diferenças morfológicas

fonéticas e sintáticas entre a língua mãe e a língua estrangeira.

Levar o educando a vivenciar uma experiência de comunicação humana

pelo uso da Língua Estrangeira, as novas maneiras de expressar-se e

de ver o mundo, refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e

interagir a bens culturais, sociais e econômicos.

Conhecer e valorizar outras culturas, construindo uma relação de troca

de conhecimento entre linguagens para interagir com a soma de todas

as culturas na construção da forma igualitária socialmente.

Proporcionar por meio de estudo de Língua Estrangeira Moderna

reflexão sobre a língua Materna, diferenças culturais, valores de

cidadania e identidade.

Desenvolver a consciência do papel das línguas na sociedade e o

reconhecimento da diversidade cultural, variando de acordo com o

330

usuário, e o contexto em que são usadas e a finalidade da interação.

Construir entidades transformadoras trabalhando a inclusão através da

percepção para atingir as perspectivas de ver o mundo com seus

valores sociais e culturais em constantes transformações nas formas

heterogêneas, complexa e plural( BORTONI-RICARDO,2004).

Oportunizar o aluno a vivenciar uma experiência de comunicação pelo

uso da Língua Estrangeira e suas dimensões culturais, bem como refletir

sobre os costumes ou formas de agir e interagir com o entendimento

vinculado à história do mundo social.

Compreender que os significados são sociais e historicamente

construídos, portanto os alunos devem ouvir, ler, falar e

escrever,considerando que essas práticas não se separam em situações

concretas de comunicação.

Porém, deve-se trabalhar a visão de leitura tradicional abordando uma leitura

crítica. Ensinando não apenas uma língua, discursos que a compõe dentro de

uma sociedade, mas Trabalhar o ensino da língua de modo que o aluno seja

capaz de:

Usar a língua e situações de comunicação oral e escrita.

Vivenciar na aula de língua estrangeira possibilidade de estabelecer

relações entre ações individuais e coletivas.

Compreender que os significados são sociais e historicamente

construídos.

Ter consciência da importância do uso de uma língua estrangeira na

sociedade.

Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural dos

povos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Discurso como Prática Social

CONTEÚDO BÁSICO

Gêneros textuais

331

1º ANO

1º TRIMESTRE

Canção, textos dramáticos,

contos, fábula, autobiografia, relato de

experiência, júri simulado, artigos de

opinião, notícia, reportagem,

entrevista, anúncio.

2º TRIMESTRE

Carta ao leitor, história em

quadrinhos, tiras, cartum, charge,

caricaturas, paródia, propagandas,

outdoor, imagens, fotos, pinturas,

aviso, recado, piadas, provérbios,

adivinhas, trava língua.

3º TRIMESTRE

Pesquisa, diálogo, música,

horóscopo, poemas, regras e classes

gramaticais e outros.

2º ANO

1º TRIMESTRE

Romance, novela fantástica,

crônica, editorial, textos informativos,

classificados, verbete, artigo

enciclopédico, resumo, resenha,

relatório científico.

2º TRIMESTRE

Seminário, conferencia, mesa

redonda, instruções, regras em geral,

normas, leis, história em quadrinhos,

tiras, esculturas.

332

3º TRIMESTRE

Debate, folhetos, mapas,

croqui, provérbios; pesquisas jornal,

biografia, simulados, literatura,

diálogo, música, regras e classes

gramaticais e outros.

3º ANO

1º TRIMESTRE

Textos variados, pesquisas,

literatura, regras gramaticais.

2º TRIMESTRE

Literatura hispano-americana,

gramática, troca de conhecimentos

cartas, bilhetes etc., prática de escrita

de livro, gibis, literatura de cordel,

poesias, jornais, música.

3º TRIMESTRE

Atividade para preparação de

vestibular, Enem, simulados, atividade

online, gramática, gincanas,

intercambio.

LEITURA

Colaborativa: inferências, conhecimento prévio, leitura de mundo,

contextualização.

Intertextualidade.

Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma para

333

a análise do texto à compreensão de maneira global e não fragmentada.

Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes

objetivos: ler para adquirir conhecimento, fruição, obter informação,

produzir outros textos, revisar, etc.

As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro

informal.

Construção de sentido do texto:

- Identificação do tema ou ideia central;

- Finalidade;

- Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes presentes

no texto;

- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.

- Contato com gêneros das diversas esferas sociais, observando:

- o conteúdo vinculado;

- possíveis interlocutores;

- assunto;

- fonte;

- papéis sociais representados;

- intencionalidade;

- valor estético.

- Em relação com o trabalho de leitura:

- Ampliação do repertório de leitura do aluno (textos que atendam e

ampliem seu horizonte de expectativas);

- Diálogo da Literatura com outras artes e outras áreas do conhecimento

(cinema, música, obras de Arte, Psicologia, Filosofia, Sociologia.);

O contexto de produção da obra literária bem como o contexto de sua

leitura.

ORALIDADE

Aspectos contextuais do texto oral:

- Coerência global;

- Unidade temática de cada gênero oral.

- Os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação;

334

- Elementos composicionais, formais e estruturais de diversos

gêneros discursivos orais usados em diferentes esferas sociais;

As variedades linguísticas e a adequação da linguagem no contexto de

uso: diferentes registros, grau de formalidade em relação ao gênero

discursivo;

Intencionalidade dos textos;

Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala

formal e informal;

* Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade:

- Participação e cooperação;

- Turnos de falas.

* Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;

* Observância de relação entre os participantes (conhecidos e

desconhecidos, nível social, formação etc.);

Especificidades:

- Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos;

- Ampla variedade X modalidade única;

- Elementos extralinguísticos (gestos, entonação, pausas, sinais gráficos);

- Frases mais curtas X frases mais longas;

- Redundância X concisão;

- As particularidades de pronúncia de certas palavras.

ESCRITA

A produção e a re-facção escrita como processo suscitado por uma real

necessidade de Prática Social:

- Unidade temática;

- Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;

- Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão;

- Coerência com o tipo de situação em que gênero se situa (situação

pública, privada, cotidiana, solene etc.);

- Relevância do interlocutor na produção de texto;

- Utilização dos recursos coesivos (fatores de coesão: referencial e

sequencial), aspectos coerentes situacionais, contextuais, intertextuais.

335

- Adequação do gênero proposto às estruturas mais ou menos estáveis

(elementos composicionais, formais e estruturais).

- Trabalho com tópicos gramaticais a partir da re-facção de textos e

análise dos efeitos de sentido dos recursos linguístico-literários.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Leitura/ Oralidade/ Escrita

Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor(es);

Os elementos linguísticos do texto como pistas, marcas, indícios de

enunciação:

A função das conjunções na conexão de sentido do contexto;

Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido

provocados no texto;

O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante

em relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras;

Os discursos direto, indireto, indireto livre na manifestação das vozes

que falam do texto;

Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do

texto;

Expressividade dos substantivos e a sua função referencial no texto;

A função do adjetivo, advérbio e outras categorias como elementos

adjacentes aos núcleos.

Nominais e predicativos;

A função do advérbio: modificador de circunstancia;

O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da

intencionalidade do conteúdo textual;

Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem

no contexto;

A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos

de sentido, de entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão,

336

parênteses, etc.;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas

e sequenciação do texto;

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos

propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico;

determinado/indeterminado; ativo/passivo) a relação com a intenção do texto;

A elipse na sequência do texto;

O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito

da frase

Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos

adjuntos

Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia,

ambiguidade, exagero, expressividade, etc.);

As marcas linguísticas dos tipos de textos e da composição dos

diferentes gêneros;

As particularidades linguísticas do texto literário;

As variações linguísticas;

Neologismo e os mecanismos de ressignificação de palavras já

existentes.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Diferentes metodologias refletem diferentes perspectivas sobre como as

pessoas aprendem uma língua estrangeira e como os professores podem

encaminhar o que ensinam, de modo que os alunos contextualizem e

internalizem o que lhes são ensinados de maneira satisfatória.

A palavra metodologia não agrega somente pressupostos teóricos e

ideológicos no ensino de uma língua estrangeira, mas agrega a prática em sala

de aula para que o embasamento teórico obtenha o resultado esperado. Assim

337

conclui-se a respeito de diferentes metodologias: pode-se ter uma atividade ou

exercícios com aspectos tradicionais (lista de verbos ou exercícios de

gramática) e em cima dele realizar uma atividade extremamente comunicativa,

assim como se pode ter um exercício tido como comunicativo e, dependendo

da prática empregada no desenvolvimento, pode ser realizado de maneira

tradicional.

Cabe ao professor analisar e avaliar as próprias atitudes em relação às

atividades em sala de aula, pois o material didático não pode ser encarado

como um fim em si mesmo, mas como base para a aplicação de uma

metodologia que valorize, enriqueça e demonstre a real função social do que o

aluno está aprendendo em língua estrangeira, através de praticas que motivem

e estimulem o aprimoramento, buscando sempre um foco comunicativo

apropriado.

É preciso reconhecer a importância de línguas (Espanhol) e da

intervenção pedagógica do professor na aprendizagem dos seus alunos, bem

como de fatores inerentes ao âmbito escolar. Nem sempre se aplica o mesmo

conteúdo, ou se utiliza o mesmo método, tudo depende do estágio de

aprendizagem em que os alunos se encontram e do contexto social de onde

eles vêm. Em cada turma surgem experiências e expectativas diferentes e o

professor deve usar de criatividade para ensinar de modo que a aprendizagem

atinja cada aluno, na sua individualidade cognitiva. Cada aluno detém uma

maneira particular de envolvimento com a situação de aprendizagem; cada

professor, também é único e traz consigo seu modo particular de trabalho, sua

competência implícita e o anseio da inovação de ações e de aprimoramento

profissional para a efetivação da prática pedagógica competente. Nessa

perspectiva, o professor assume o papel de mediador, antecipa necessidades e

apresenta a língua estrangeira não apenas como um fenômeno social, mas

como uma necessidade pessoal para o aluno, valorizando os conhecimentos

prévios de cada aluno, ajudando os a desenvolvê-las. Nessa concepção, o

professor de LEM, precisa ser capaz de modificar, de modo efetivo a sua

prática, buscando individual e coletivamente a reflexão, a pesquisa e a

investigação sobre os pressupostos teóricos e práticos das abordagens

pedagógicas que utiliza.

338

Segundo Grellet (1999), ―é importante criarmos atividades em que

nossos alunos possam exercitar a capacidade de fazer inferências‖. Deve-se

estimulá-los através de prática sistemática. Fazendo perguntas que os motivem

a tentar antecipar o conteúdo de um texto a partir de seu título, ilustrações,

parágrafo inicial e dicas tipográficas em geral. Outra estratégia da pré-leitura é

identificar as palavras cognatas, que contribuem para a compreensão textual e

podem ser usadas em todos os níveis linguísticos. Essas são algumas

implicações do ato de ler textos em Língua Espanhola que servem como

estratégias para desenvolvimento dos alunos e que os levem a que lêem,

tornando-se forma descomplicada de ensinar e aprender a língua estrangeira.

O ensino aprendizagem somente se efetua por meio de ações

sociointeracionistas os quais envolvem os alunos em situações que despertem

significados e se relacionem aos pré-conhecimentos (de língua materna e

outras) que o aluno traz. Ações que incentivem a criatividade e permita

situações em que o aluno possa participar ativamente, interferindo no próprio

processo de aprendizagem, estabelecendo relações entre a escrita e a fala,

desenvolvendo o pensamento lógico.

No ensino de Língua Estrangeira, a língua, o objeto de estudo dessa

disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade.

Portanto é essencial ensinar e aprender os diferentes tipos de gêneros textuais,

pois o uso da língua nos diferentes propósitos comunicativos configuram um

instrumento de interação entre as questões de interação da língua com o aluno.

Quando se estuda os diferentes tipos de Gêneros textuais estamos

buscando um conhecimento com propósito comunicativo que compreenda a

prática da linguagem em diversas variantes sociocultural. Logo, os tipos de

gêneros textuais variam de acordo com a necessidade de cada usuário, e no

contexto em que está inserido para fazer o uso de interação conforme os

diferentes contextos socioculturais e históricos.

Nesse sentido, o estudo dos diferentes tipos de gêneros textuais,

apresentam uma construção discursiva indispensável no contexto da

enunciação. Portanto pode-se trabalhar nas mais variadas formas, que propicie

questionamentos, inferências, reflexão, contextualização e prática de leituras.

O texto trabalhado de diferentes fontes, gêneros, tipos e temas

339

estimulam uma leitura rica em contextos, linguagem e reflexões linguísticas.

Além do entendimento do texto, são propostas atividades de posicionamento

crítico sobre os conteúdos apresentados separando sua linearidade é uma

prática comum nas escolas. Por isso, é uma das principais preocupações,

alterar esta realidade.

Pretende-se formar um leitor ativo, ou seja, capaz de produzir sentidos

na leitura dos textos, tais como: inferir, servindo-se dos conhecimentos prévios;

levantar hipóteses a respeito da organização textual; perceber a

intencionalidade, etc.

Não se trata, portanto, de testar conhecimentos linguísticos-discursivos

de ou Texto – gramaticais, de gêneros textuais, entre outros, mas sim, verificar

a construção dos significados na interação com textos e nas produções textuais

dos alunos, tendo em vista que vários significados são possíveis e válidos,

desde que apropriadamente justificados.

Com o propósito de encarar este desafio, busca-se em Língua

Estrangeira Moderna, superar a concepção de avaliação como mero

instrumento de medição da apreensão de conteúdos. Espera-se que subsidie

discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas

produções.

Percebe-se, também, como bem sucedido o ensino/aprendizagem,

quando todo o trabalho desenvolvido com os alunos são retomados e

analisados tanto pelo educador quanto pelo educando.

Portanto, vale assinalar que ao trabalharmos os tipos textuais serão

desenvolvidas a oralidade, leitura e escrita. Na oralidade o aluno vai se

familiarizando para que haja uma interação social e cotidiana já no inicio da

comunicação. O diálogo constitui a base dos textos para desenvolver a

compreensão e produção oral, como conversas corriqueiras com familiares,

colegas e amigos, como também de interação de caráter transacional a

exemplos dos que ocorrem nas lojas, guichês, lanchonetes etc. Exploramos

também outros gêneros como anúncios comerciais e programas de rádio e

televisão, entrevistas, apresentações de palestras e mensagens telefônicas,

entre outros que desenvolvam a compreensão da leitura, oralidade e escrita.

340

AVALIAÇÃO

A avaliação é um meio utilizado tanto por alunos como por professores

para o aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem.

Esse processo dar-se-á na apropriação no conteúdo do decorrer do

desenvolvimento disciplinar, em função do comprometimento da frequência e

do interesse dos alunos em cada momento das ações propostas.

Ela é feita através de instrumento que envolve diretamente o aluno num

vasto repertório de técnicas sociais, na sensibilidade e percepção dos

problemas, a fim de que se crie um clima emocional favorável para a

aprendizagem. Para que isto ocorra o professor deve aconselhar, coordenar,

dirigir, encorajar, animar, estimular, partilhar, aceitar, respeitar e compreender o

aluno.

Através dessa perspectiva o professor pode repensar sua metodologia e

planejar suas aulas de acordo como as necessidades de seus alunos.

As indicações dos avanços e dificuldades dos alunos na aprendizagem,

fornece ao professor subsídios ou meios de como orientar seu trabalho

pedagógico, (quais as adaptações deve fazer e quais os materiais mais

adequados a serem utilizados em sala de aula).

Assim a avaliação passa a ser um instrumento para a melhoria da

qualidade de ensino.

Os alunos serão avaliados durante o desenvolvimento das atividades em

grupos em sala de aula, pesquisa no laboratório, oficinas, e provas escritas. De

acordo com o desempenho e conhecimento do conteúdo que cada educando,

no momento em que for convidado a participar de debates fazer inferência

sobre determinado assunto, com conhecimento e seguranças nos argumentos

apresentados, ou quando necessário apresentar oficinas para os colegas dos

conteúdos propostos, como também com provas orais e escritas, onde os

alunos manifestarão conhecimentos adquiridos na interpretação de textos,

ortografia, traduções, pronúncia e vocabulários que foram propostos no

decorrer das aulas.

341

Todos os alunos poderão estar recuperando suas notas e

conhecimentos através de atividades desenvolvidas no decorrer do trimestre,

analisando cartazes, trabalhos em grupos, manifestações culturais (danças,

músicas, teatros) com o objetivo voltado sempre as necessidades dos alunos,

adaptando instrumentos de estudos de acordo com as criatividades de cada

uma.

A média para a aprovação será 6,0 (seis vírgula zero) e a frequência

deverá ser, no mínimo, setenta e cinco por cento (75%).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA FILHO, J.P.C. Dimensões Comunicativas no Ensino de Línguas. BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec 1988. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2011. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.

JORDAO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do individuo. Curitiba, lieo 2004. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008. ESPANHOL Español Expansion – Volume único Autores: Henrique Romanos y Jacira Paes de Carvalho Editora: FDT

342

24. COMPONENTES CURRICULARES – ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS/EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Educação Física é parte da escolarização e tem como objeto de

ensino/estudo a cultura corporal, sendo que os conteúdos nela trabalhados

deverão ser abordados sob uma abordagem que contempla os fundamentos da

disciplina em articulação com os aspectos políticos, sociais, econômicos,

culturais, bem como elementos da subjetividade representados na valorização

do trabalho coletivo, na vivência com as diferenças, na formação social, crítica

e autônoma de cada educando.

Os Componentes Curriculares compõem a parte diversificada do Ensino

Fundamental – Anos finais em Tempo Integral e visam oportunizar aos alunos

participantes a melhoraria da socialização oportunizando atividades físicas de

lazer, esporte, cultura e conhecimento, resgatando o aluno para busca da sua

própria identidade dentro dos conteúdos trabalhados nesta disciplina. Além de

oportunizar a todos os discentes, as relações humanas inclusivas, o

desenvolvimento de suas potencialidades, de forma democrática e não seletiva

e a valorização do ser humano.

As modalidades a serem trabalhadas nesta atividade são: atletismo,

dança, futsal feminino, futsal masculino, handebol, jogos e brincadeiras, tênis

de mesa e xadrez, sendo contemplados todos os conteúdos estruturantes da

disciplina de Educação Física (esporte, jogos e brincadeiras, ginástica, lutas,

dança) permitindo com que aluno e professor trabalhem de forma lúdica as

atividades desportivas, com os seguintes objetivos:

Possibilitar aos alunos a vivência sistematizada de conhecimentos,

habilidade da cultura corporal, enfocado numa postura crítica, no sentido

de promover a prática intencional e permanente, que considere o lúdico

e o processo sócio comunicativo, na perspectiva do lazer da formação

cultural e da manutenção da qualidade de vida.

Compreender a cultura corporal do movimento e expressividades como

instrumento de aprendizagem, interação e de expressão de afetos,

sentimentos e emoções nas manifestações de lutas, jogos, danças e

343

esportes. Reconhecendo e respeitando características físicas e morais

de si próprios e dos outros sem discriminar por características pessoais,

físicas, sexuais, econômicas e étnico-raciais, dentro do contexto social e

escolar.

Ofertar atividades que promovam oportunidades para divertimento,

desafios, auto-expressão e interação social.

Promover, a partir de jogos de movimentos e exercitações, a educação

integral e também o desenvolvimento cognitivo e motor dos alunos.

344

24.1 ATIVIDADE – ATLETISMO

O atletismo surgiu nos Jogos Antigos da Grécia. Desde então, o homem

vem tentando superar seus movimentos essenciais como caminhar, correr,

saltar e arremessar.

Na definição moderna, o atletismo é um esporte com provas de pista

(corridas rasas, corridas com barreiras ou com obstáculos, saltos, arremesso,

lançamentos e provas combinadas, como o decatlo e heptatlo); corridas de rua

(nas mais variadas distâncias, como a maratona e corridas de montanha);

provas de cross country (corridas com obstáculos naturais ou artificiais); e

marcha atlética. Considerado o esporte-base, por testar todas as característica

básicas do homem, o atletismo não se limita somente à resistência física, mas

integra essa resistência à habilidade física. Comporta três tipos de provas,

disputadas individualmente que são as corridas, os saltos e os lançamentos.

Conforme as regras de cada jogo, as competições realizadas em equipes

somam pontos que seus membros obtêm em cada uma das modalidades.

As corridas rasas de velocidade e revezamento são antigas. As corridas

com obstáculos, que podem ser naturais ou artificiais, juntamente com as

corridas de ―sabe‖, que os ingleses chamam de ―steeplechass‖, foram

idealizadas tendo como modelo as corridas de cavalos.

A maratona, a mais famosa das corridas de resistência, baseia-se na

legendária façanha de um soldado grego que em 490 A C. Correu o campo de

batalha das planícies de Maratona até Atenas, numa distância superior a 35

km, para anunciar a vitória dos gregos sobre os persas. Uma vez cumprida a

missão, caiu morto. As maratonas modernas exigem um percurso ainda maior:

42 195 m.

Nos primórdios de nossa civilização, começa a história do atletismo. O

homem das cavernas, de forma natural, praticava uma série de movimentos,

nas atividades de caça, em sua defesa própria etc. Ele saltava, corria, lançava,

enfim desenvolvia uma série de habilidades relacionadas com as diversas

provas de uma competição de atletismo. Podemos verificar que as provas de

atletismo são atividades naturais e fundamentais do homem: o andar, o correr,

345

o saltar e o arremessar. Por esta razão, é considerado o atletismo o ―esporte

base‖ e suas provas competitivas compõem-se de marchas, corridas, saltos e

arremessos. Além disso, o desenvolvimento dessas habilidades são

necessárias à prática de outras modalidades esportivas.

Por exemplo, podemos observar uma jogadora em atividade numa

partida de futebol, basquete ou voleibol. Durante o jogo, ele anda, outras

vezes, corre, salta e pratica arremessos. Por isso, um jogador de futebol,

basquete ou voleibol procura sempre desenvolver essas habilidades que são

―base‖ dos conjuntos de atividade física do praticante dessas modalidades.

A história do atletismo é muito bonita, pois se inicia com a própria

história da humanidade, quando o homem primitivo praticava suas atividades

naturais para sobrevivência. Chega mesmo a se confundir com a mitologia,

quando observamos o período da Antiguidade Clássica, com os Jogos

Olímpicos que deram origem aos atuais Jogos Olímpicos da Era Moderna, que

trazem como reminiscência cultural mais marcante a figura de Discóbulo de

Miron.

OBJETIVOS

Formar cidadão de bem, sociável e que saiba enfrentar as dificuldades

em sua vida dentro e fora da escola;

Adquirir o gosto pela prática de exercícios, bem como uma vida mais

saudável;

Enfatizar a existência e a importância das regras, bem como a possível

adaptação das mesmas para a inclusão de todos os indivíduos;

Levar os alunos a refletirem sobre os valores que existem por trás dos

esportes competitivos e fazê-los vivenciar formas de jogo onde valores

se direcionam para a interação, o companheirismo e a cooperatividade;

Entender as regras e a natureza das atividades a serem oferecidas

tornando os participantes árbitros e técnicos de equipe adquirindo

responsabilidade;

Desenvolver o hábito pela prática do esporte;

346

Ter uma melhora na sua autoestima e aprendizagem.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Para a aplicação das aulas serão colocadas em prática as Concepções

Abertas no Ensino da Educação Física, ou seja, dar-se-á pequena liberdade de

escolha aos alunos. Essa abertura poderá vir a crescer gradativamente, na

medida em que os alunos mostrarem-se capazes de corresponder à mesma,

através da responsabilidade e da socialização.

Para efetivar a proposta serão utilizados o estilo prático e o estilo

inclusão. No primeiro ocorrem algumas mudanças na relação professor-aluno.

Algumas decisões, quanto as atividades (local, ritmo, intervalo, etc) passam a

ser responsabilidade dos alunos, sendo estas decisões valorizadas pelo

professor, o qual depositará a necessária confiança em seus alunos. Essas

decisões entram na categoria chamada de IMPACTO, ou seja, são as decisões

feitas durante a realização das tarefas.

No estilo inclusão, as pré-decisões são tomadas pelo professor. O aluno

toma decisões no impacto, ou seja, inclui suas decisões durante a execução da

tarefa, verificando a sua performance e decidindo sobre sua atuação futura, ou

qual nível que realizará as atividades. Este estilo induz ao exame do auto-

conceito, o aluno poderá avaliar o que pode fazer.

Através desta metodologia, a qual vai oferecendo uma abertura

gradativa aos alunos, de tomarem suas decisões, poderá se chegar aos

objetivos propostos pelas outras metodologias, sendo observada a

participação, cooperação e, entendimento das atividades realizadas.

AVALIAÇÃO

A proposta de avaliação para este componente requer do professor a

atenção contínua no que diz respeito a participação do aluno, tanto

individualmente quanto no coletivo, pois a maioria das atividades serão

347

desenvolvidas em grupo. Será qualitativa, ou seja, que valorize a participação

dos alunos, onde todos os passos serão avaliados, observando-se os

conhecimentos e progressos alcançados pelos discentes durante as

competições internas e externas que ocorrerão durante o desenvolvimento das

atividades ou das aulas.

A avaliação será contínua e diagnóstica, deverá ser assumida como

instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra

o aluno. A partir da avaliação diagnóstica tanto o professor quanto os alunos

poderão revisar o processo desenvolvido para identificar o ensino e a

aprendizagem, bem como planejar e propor novos encaminhamentos para

superar as dificuldades encontradas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n.9394/96. Brasília: MEC, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2011. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. GOZZOLI C. SIMOHAMED J. MALEK A.Miniatletismo Iniciação ao Esporte: Guia Prático De Atletismo Para Criancas, 2011

348

24.2 ATIVIDADE – DANÇA

A dança tem capacidade de transformar qualquer movimento em arte.

O ser humano dançou antes de falar. Esta foi sua primeira forma de

manifestação social que sempre serviu para auxiliá-lo a afirmar-se como

membro se sua comunidade.

O homem da pré-história dançava para agradar a seus deuses. A dança

servia, então, aos rituais tribais, especialmente aos sagrados.

Além da fala o homem expressa-se por uma linguagem corporal através

do movimento rítmico, cadenciado, traduzindo emoções, fantasia ideias e

sentimentos, e a dança é considerada a mais antiga das artes criadas pelo

homem.

A dança exprime a alma do povo, as características da sua formação

étnica, seus hábitos, as tradições de seus costumes, um ritmo próprio expresso

no compasso de suas músicas. Portanto ―ela tem mudado assim como a

cultura humana, pois a dança é criada por indivíduos que pertencem a meios

particulares. Isto é o que distingue um tipo de dança de outras, quer em

período ou através da história.‖

Dançar é transmitir um certo estado de espírito, uma maneira de ser e

de ver o mundo, de sentir plenamente seu corpo e o utilizar para conhecer

outros sentimentos e sensações.

OBJETIVOS

Espera-se que ao final das atividades de ensino-aprendizagem, o aluno seja

capaz de:

Entender que a dança não se resume à aquisição de habilidades, mas

faz parte do processo de coordenação motora e psicomotricidade;

Compreender que através da dança há um melhor aprimoramento dos

padrões fundamentais de movimento, bem como um melhor

relacionamento com as pessoas e com o mundo;

349

Observar que com a dança se pode melhorar a auto estima, a alegria, e

também a vontade de aprender, desenvolvendo o interesse dos alunos

dos detalhes que podem ser utilizados para a vida, transformando-os em

cidadãos críticos, participantes e responsáveis;

Entender que a dança é uma forma de expressar a opinião através da

linguagem corporal;

Perceber que o trabalho em equipe é algo necessário e muito importante

para a formação de sua personalidade.

METODOLOGIA

Buscar-se-á formas alternativas de ensino, que sejam capazes de

demonstrar aos alunos que algumas habilidades são necessárias, por esse

motivo colocamos à disposição a dança, como instrumento útil para contribuir

no desenvolvimento de suas tarefas diárias, bem como de suas

potencialidades.

Por tratar-se de uma disciplina prática, as aulas serão expositivas,

demonstrativas, com ritmos variados, incluindo-se aqueles de preferência dos

alunos, buscando despertar o interesse de todos na participação das aulas.

AVALIAÇÃO

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos

poderão revisar o processo desenvolvido para identificar lacunas no processo

de ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem à superação das dificuldades contatadas.

A avaliação ocorrerá por meio da prática e da observação durante suas

apresentações.

350

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9394/96. Brasília: MEC, 1996. BREGOLADO, Roseli Aparecida. Textos de educação física para sala de aula. Cascavel, PR: Assoente, 1994. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. FAHLBUSCH, Hannelore. Dança: moderna e contemporânea. Rio de Janeiro, Sprint: 1990.

351

24.3 ATIVIDADE – FUTSAL FEMININO E MASCULINO

O futsal ou futebol de salão é um esporte muito popular no Brasil e em

muitos outros países, principalmente sul-americanos. Não é à toa: o esporte

tem suas raízes na América do Sul. Devido a suas facilidades (o menor número

de jogadores e o tamanho menor do campo, por exemplo), o futsal é

considerado o esporte mais praticado no Brasil, embora o futebol de campo

continue sendo o mais popular.

O futsal inicialmente foi tido como uma forma de exercitar o corpo, uma

atividade física. Outrossim, o jogo de futsal estimula a auto-estima, a

competição saudável e o trabalho em equipe, além de proporcionar prazer na

sua prática.

O futebol é uma paixão nacional, e o futsal é uma adaptação daquele,

assim, é muito importante que seja incentivado nas escolas, trazendo o espírito

de coletivismo e socialização.

OBJETIVOS

Espera-se que ao final das atividades de ensino-aprendizagem, o aluno seja

capaz de:

Entender que o futsal não se resume à aquisição de habilidades, mas

faz parte do processo de coordenação motora e psicomotricidade;

Compreender que através do futsal há um melhor aprimoramento dos

padrões fundamentais de movimento, bem como um melhor

relacionamento com as pessoas e com o mundo;

Observar que com o futsal se pode melhorar a auto estima, a alegria, e

também a vontade de aprender, tais aprendizados podem ser utilizados

para a vida, transformando-os em cidadãos críticos, participantes e

responsáveis;

352

Verificar que é importante a integração dos alunos de diversas idades e

turmas;

Entender que a prática de esportes é muito importante;

Perceber que o trabalho em equipe é algo necessário e muito importante

para a formação de sua personalidade.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Buscam-se formas alternativas de ensino, que sejam capazes de

demonstrar aos alunos que algumas habilidades são necessárias, por esse

motivo colocamos à disposição o futsal, como instrumento útil para contribuir no

desenvolvimento de suas tarefas diárias, bem como de suas potencialidade.

Por tratar-se de disciplina bastante prática, as aulas serão expositivas e

posteriormente demonstrativas.

O futsal consistirá em aulas práticas, demonstrando os passes,

deslocamentos, marcações e finalizações, buscando despertar o interesse de

todos na participação das aulas.

AVALIAÇÃO

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos

poderão revisar o processo desenvolvido para identificar lacunas no processo

de ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem à superação das dificuldades contatadas.

A avaliação ocorrerá por meio da prática, da observação, da participação

e durante as competições internas e externas que ocorrerão durante o

desenvolver das atividades.

353

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Marcos Xavier de. Futsal: início, meio e fim. Marechal Cândido Rondon, PR, 2010. BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9394/96. Brasília: MEC, 1996.

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.

354

24.4 ATIVIDADE - HANDEBOL

Segundo Silva (1983) foram os alemães os responsáveis por difundir e

regulamentar esse esporte a nível mundial. Isso começou quando o Capitão

Karl Schellenz, professor de Educação Física da Marinha de Guerra Alemã, em

uma viagem ao Uruguai, por volta de 1911, observou que naquele país existia

uma atividade esportiva conhecida como ―Balón‖, criada pelo professor Alberto

Valetta.

Ainda segundo o autor, após retornar a Berlim, Schellenz, comentou com

seu colega de profissão, MaximillianHeiser, sobre as características da

atividade esportiva que havia conhecido em Montevidéu. Heiser, por sua vez,

havia também encontrado na Dinamarca uma atividade esportiva chamada

―Handball Danish‖. Ambos então, se utilizando desses dois jogos semelhantes,

resolveram desenvolver um estudo cujo objetivo era criar um tipo de jogo que

se utilizaria de uma bola e se jogaria dentro de um espaço pré-determinado.

Em 1917, Schellenz e Heiser, concluíram seu estudo e o divulgaram em

uma revista especializada em Educação Física. Surge então o handebol de

campo, bem como todas suas regras oficiais. O esporte chamou tanta atenção

que, em pouco tempo, tornou-se um esporte tipicamente alemão. Dez anos

após essa divulgação, o esporte já havia sido difundido em 27 países, entre

eles o Brasil. Sua popularidade cresceu na Europa de tal modo que foi incluído

nas Olimpíadas de Berlim em 1936.

O autor conclui ainda que, ao contrário do que se pensa, o handebol de

salão surgiu antes que o de campo, pois teve seu nascimento em 1879 na

Dinamarca, porém sua prática ficou limitada aos países escandinavos, com

regras próprias. Mesmo tendo origem muito antes do de campo, sua

paternidade também se atribuiu a Schellenz e Heiser, devido aos esforços que

ambos tiveram para conseguir desenvolver e popularizar este esporte.

OBJETIVOS

Desenvolver habilidades de raciocínio como organização, atenção e

355

concentração;

Pensar produtivamente;

Ensinar a enfrentar situações novas;

Equipar a aluno com estratégias para resolver problemas;

Proporcionar aos alunos a socialização;

Enfatizar a existência e a importância das regras, bem como a possível

adaptação das mesmas para a inclusão de todos os indivíduos;

Levar os alunos a refletirem sobre os valores que existem por trás dos

esportes competitivos e fazê-los vivenciar formas de jogos onde valores

se direcionam para a interação, o companheirismo e a cooperatividade;

Adquirir o gosto pela prática do Handebol, bem como uma vida mais

saudável;

Propiciar aos alunos o entendimento tanto do jogo quanto das regras do

mesmo;

Desenvolver o hábito pela prática do handebol;

Formar cidadãos de bem, sociáveis e que saibam enfrentar as

dificuldades em sua vida dentro e fora da escola;

Melhorar a autoestima e a aprendizagem.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Na prática das atividades deste componente curricular serão

abordados todos os conceitos relacionados ao handebol como: técnica, tática,

posição básica, posição específica, recepção, passe, arremesso, progressão,

Drible, finta, posição básica defensiva, deslocamento defensivo, bloqueio

defensivo, marcação, goleiro, cruzamento, bloqueio ofensivo e contra ataque.

A reestruturação da metodologia tornou a Educação Física mais

dinâmica e voltada para atividades expressivas e recreativas onde todos com

suas limitações, raça, cor, sexo, podem praticar atividades físicas variáveis

buscando sua identidade corporal baseado em concepções teóricas e práticas

da corporeidade fundamentada nas dimensões culturais, sociais, políticas e

356

objetivadas no desenvolvimento, ensino e aprendizagem.

A avaliação será contínua e diagnóstica, deverá ser assumida como

instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra

o aluno. A partir da avaliação diagnóstica tanto o professor quanto os alunos

poderão revisar o processo desenvolvido para identificar o ensino e a

aprendizagem, bem como planejar e propor novos encaminhamentos para

superar as dificuldades encontradas.

O encaminhamento de cada atividade partirá da reunião de todos os

alunos, pretendendo fazer comentários sobre a aula, colocando o tema da

mesma. Em seguida os alunos terão um espaço para exporem, de forma

sucinta, a sua progressão de acordo com o andamento das atividades

desenvolvidas.

Posteriormente o professor, diante do exposto, encaminhará as

atividades voltadas para o aprimoramento das atividades, sendo que em

algumas situações as regras poderão ser modificadas pelos alunos, os quais

decidirão em conjunto. A última atividade a ser desenvolvida será de caráter

relaxante e ao término das atividades o professor fará comentários com os

alunos, reforçando a importância das atividades que foram realizadas. A

opinião dos alunos sobre a aula é importante para a atuação do professor.

AVALIAÇÃO

A proposta de avaliação para este componente requer do professor a

atenção contínua no que diz respeito a participação do aluno, tanto

individualmente quanto no coletivo, pois a maioria das atividades serão

desenvolvidas em grupo. Será qualitativa, ou seja, que valorize a participação

dos alunos, onde todos os passos serão avaliados, observando-se os

conhecimentos e progressos alcançados pelos discentes durante as

competições internas e externas que ocorrerão durante o desenvolvimento das

atividades ou das aulas.

A avaliação será contínua e diagnóstica, deverá ser assumida como

instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra

357

o aluno. A partir da avaliação diagnóstica tanto o professor quanto os alunos

poderão revisar o processo desenvolvido para identificar o ensino e a

aprendizagem, bem como planejar e propor novos encaminhamentos para

superar as dificuldades encontradas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n.9394/96. Brasília: MEC, 1996.

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012.

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.

CBHb (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HANDEBOL). Handebol: Regras Oficiais. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport, 1997.

CZERWINSKI, J. El Balonmano: Técnica, Táctica y Entreinamiento. Editora Paidotribo, Barcelona, 1993.

I.H.F. (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE HANDEBOL). Handebol: regras oficiais 2006-2009. São Paulo: Phorte, 2006.

SILVA M. F. da.Handebol, Regras Ilustradas, Técnicas e Táticas. Tecnoprint S. A., 1983.

ZAMBERLAN, E. Handebol: escolar e de iniciação.Cambé: Imagem, 1999.

358

24.5 ATIVIDADE – JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras estão presentes em nossa vida, do início até o fim.

Há um ditado que diz: quem canta seus males espanta e que brinca vive mais

feliz.

0s jogos existem desde a pré-história e seus registros indicam as mais

variadas formas de jogar e brincar nas diversas partes do mundo, como uma

forma de manifestação cultural dos povos, foi encontrada jogos de expressão

utilitária, recreativa, religiosa. Alguns jogos passaram por modificações e mais

tarde foram incluídos nos jogos Olímpicos da Grécia.

Antigamente as crianças não tinham tantos brinquedos como às de hoje

e, por isso, tinham que usar mais a criatividade para criá-los. Usavam tocos de

madeira, pedrinhas, legumes e palitos para fazer animais, além de brincadeiras

como amarelinha, cinco Marias, bolinha de gude, cantigas de roda, passa anel,

roda pião, empinar pipa, dentre várias outras e, assim, se divertiram por

décadas e décadas.

As brincadeiras e jogos analisados a partir dos fundamentos teóricos da

cultura corporal caracterizam-se pela espontaneidade, flexibilidade,

descompromisso, criatividade, fantasia e expressividade, representada de

diversas formas próprias de cada região e de cada cultura. As regras existem,

são previamente discutidas e combinadas pelos participantes e podem ser

mudadas de acordo com o interesse do grupo.

Os jogos e brincadeiras, enquanto fenômenos sociais estão relacionados

no processo de produção e construção de conhecimentos, de interação entre

as atividades relacionadas ao trabalho possibilitando perpetuação de hábitos e

culturas transmitida de geração em geração.

Jogos e brincadeiras são atividades em que nós exercitamos, brincamos

e aprendemos, de maneira alegre e prazerosa até mesmo sem perceber,

praticado de modo despreocupado pelas pessoas os jogos e brincadeiras

permitem um descanso do centro nervoso, contribuindo para diminuir qualquer

tensão.

Nas crianças os jogos e brincadeiras proporcionam liberação das

359

energias acumuladas que precisam ser gastadas, além de contribuirem na

formação da personalidade.

De acordo com suas finalidades e maneiras de jogar os jogos e as são

classificados em sensoriais, motores, cooperativos, de tabuleiros e de

raciocínio. As brincadeiras podem ser consideradas em: Antigas, Culturais,

Regionais, De roda, De interação e Sociabilização.

OBJETIVOS

Promover o desenvolvimento das habilidades motoras dentro do

contexto da brincadeira ou jogo, por meio de atividades contextualizadas

e significativas da cultura da própria criança.

Desenvolver a afetividade e a interação no grupo e com o meio

ambiente, visando à promoção da relação do sujeito com o mundo, de

modo a produzir ações que o os tornem cada vez mais humanos, isto é,

mais presentes, conscientes, cooperativos, usando os valores éticos e

morais para melhorar a escola e o mundo em que vivem.

Desenvolver as habilidades de correr, saltar, girar, pular, etc.

Permitir ao aluno estabelecer um vínculo entre as brincadeiras antigas e

modernas.

Melhorar o relacionamento e a convivência em grupo.

Possibilitar a inclusão em todas as atividades desenvolvidas no âmbito

de jogos e brincadeiras.

Reconhecer que os jogos e brincadeiras possuem regras flexíveis e

fazem parte do processo de construção do ser humano.

Oportunizar a participação coletiva nas aulas de modo lúdico e

prazeroso, sendo o principal objetivo, os jogos cooperativos.

Impedir qualquer tipo de discriminação e preconceito na

contextualização das atividades.

Estimular a alta estima, a prática de atividades saudáveis e o trabalho

em equipe.

Proporcionar o lazer e o prazer em toda as atividades buscando a

360

prática da ética e dos valores morais.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Atualmente as crianças cada vez mais cedo, tendem a buscar e realizar

atividades de responsabilidade relacionadas à busca do conhecimento. Dizem

alguns pais: “Quanto mais cedo começa a prender mais cedo e melhor estará

pronto para o mercado de trabalho”. Sendo assim, as crianças ficam com

menos tempo livre para brincar e interagir com atividades lúdicas, e, também,

sem tempo vago para extravasar as energias.

Baseado nessas necessidades o Colégio Estadual Rocha Pombo –

EFMN, na Educação em Tempo Integral, ofertará aos alunos, na disciplina de

Educação Física, o Componente Curricular Jogos e Brincadeiras como uma

alternativa de ensino capaz de possibilitar ao aluno as atividades necessárias

para o seu desenvolvimento físico e mental, promovendo o processo de ensino

e aprendizagem.

As atividades de jogos e brincadeiras serão realizadas três vezes por

semana, fazendo com que o aluno participe de maneira lúdica e assimile os

conhecimentos necessários para o seu desenvolvimento. As das aulas serão

totalmente práticas, intercalando atividades motoras, sensitivas e cooperativas

de forma prazerosa. Serão realizadas nos diversos espaços físicos do colégio

e/ou fora conforme a necessidade e exigência do Plano de Trabalho Docente.

AVALIAÇÃO

A avaliação será prática, observada através da participação, cooperação

e, entendimento das atividades realizadas. A partir da avaliação diagnóstica

tanto o professor quanto os alunos poderão revisar o processo desenvolvido

para identificar o ensino e a aprendizagem, bem como planejar e propor novos

encaminhamentos para superar as dificuldades encontradas.

361

Na atividade jogos e brincadeiras espera-se que os alunos consigam:

Desenvolver o hábito de jogar e de brincar, aceitando a si e os seus colegas

com suas dificuldades e limitações.

Respeitar as normas dos jogos e as regras das brincadeiras estabelecidas e

cooperar na resolução das mesmas criando e recriando novas regras.

Se tornar um cidadão de bem, sociável e que saiba enfrentar as dificuldades

em sua vida dentro e fora da escola.

Melhore sua alto-estima e aprendizagem, melhorando a sua atuação no

contexto social e familiar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Leis, decreto, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n. 9394/96. Brasília: MEC, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.

FREIRE, João Batista, Educação de Corpo Inteiro 3ª Edição, Editora Scipione, 1999. PARANÁ/SEED. Diretrizes curriculares para a Educação Básica: Educação Física. Curitiba, SEED, 2008.

TEIXEIRA, Hudson ventura, Educação física e desporto 4ª Edição 2001, Editora Saraiva.

362

24.6 ATIVIDADE – TÊNIS DE MESA

O tênis de mesa é um esporte inventado no século XIX na Inglaterra e é

um dos esportes mais praticados no mundo.

A opção pela escolha deste jogo advém do interesse dos alunos por esta

atividade, além de que o jogo de pingue-pongue, assim denominado pelos

alunos, na prática educativa desenvolve habilidades de raciocínio diante de

situações que demandam respostas e contribui para a construção e

organização do pensamento; aumenta a auto-estima e a confiança; desenvolve

o sentido de cooperação; aumenta o interesse na participação das aulas;

motiva e desenvolve a criatividade; aumenta a concentração e a atenção;

diminui a indisciplina e, também, possibilita o desenvolvimento cognitivo do

aluno.

Os jogos proporcionam estratégias facilitadoras na construção do

conhecimento e planejamento prévio da ação, auxiliando assim, no raciocínio

da criança, pois o jogo sendo bem direcionado faz deste ato de jogar por si só,

suficientes para cumprir objetivos próprios e essenciais (predeterminados) para

o desenvolvimento biopsicossocial da criança, porque ao jogar, a mesma está

movimentando todos os músculos, o seu cognitivo (memória, percepção, etc.) e

todo o envolvimento social, pois estará em contato com outras crianças,

aprendendo também a perder e a ganhar, caracterizando uma situação de

iniciativa em poder brincar com aquilo que é de seu interesse e de sua própria

habilidade.

OBJETIVOS

Desenvolver habilidades de raciocínio como organização, atenção e

concentração;

Pensar produtivamente;

Ensinar a enfrentar situações novas;

Equipar a aluno com estratégias para resolver problemas;

363

Proporcionar aos alunos a socialização;

Enfatizar a existência e a importância das regras, bem como a possível

adaptação das mesmas para a inclusão de todos os indivíduos;

Levar os alunos a refletirem sobre os valores que existem por trás dos

esportes competitivos e fazê-los vivenciar formas de jogo onde valores

se direcionam para a interação, o companheirismo e a cooperatividade.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O professor em sua prática pedagógica deve problematizar a sua

atuação profissional, delimitar questões sobre as quais se deve pensar com

mais rigor. Isso é muito importante porque não se pode intervir numa realidade

sem conhecê-la.

O esporte enquanto conteúdo escolar deve ser tratado de forma mais

ampla nas aulas de Educação Física, reconhecendo sua condição técnica,

tática, e também no sentido de competição esportiva e deve ser trabalhado

para a coletividade e interação social. Reestruturar rituais, regras, valores,

tempos, espaços, que compõem o trabalho pedagógico e abrangem a

Educação do corpo na escola ministrando aulas teóricas e práticas com todos

os esportes conhecidos e descobrindo novos esportes e sua aplicabilidade.

Todo jogo comporta regras, autonomia em sua determinação. Torna-se

importante para os alunos auxiliarem na construção das regras, podendo ser

questionadas e reelaboradas conforme as necessidades e desafios.

As atividades de tênis de mesa serão realizadas dentro e fora da sala

de aula e no laboratório de informática, intercalando aulas teóricas com aulas

práticas. Primeiramente os alunos deverão ter conhecimento da origem, da

função, das regras e das técnicas tendo como referência explicações dos

professores, textos, apostilas, livros referentes ao assunto, computadores e

internet, para depois praticarem o esporte com mais eficácia.

Ao longo das atividades realizadas será oportunizada a participação em

jogos escolares e circuitos escolares de tênis de mesa que estão de acordo

com os objetivos da atividade, tendo sempre como premissa o respeito, os

364

limites, a conscientização e valorização de si próprio e do seu semelhante.

AVALIAÇÃO

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos

poderão revisar o processo desenvolvido para identificar lacunas no processo

de ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem à superação das dificuldades constatadas.

A avaliação ocorrerá por meio da participação, na observação e durante

as competições internas e externas que ocorrerão durante o desenvolver das

atividades.

Espera-se que o aluno:

adquira o gosto pela prática do tênis de mesa bem como uma vida mais

saudável;

saiba jogar tênis de mesa respeitando as regras do jogo e as regras

éticas do mesmo;

desenvolva o hábito de tênis de mesa como forma de exercitar o

intelecto;

se torne um cidadão de bem, sociável e que saiba enfrentar as

dificuldades em sua vida dentro e fora da escola;

tenha uma melhora na sua auto-estima e aprendizagem.

Tendo em vista os objetivos da atividade o aluno participante deverá

apresentar mudanças positivas em seu comportamento em seu dia-dia em sala

de aula.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n.9394/96. Brasília: MEC, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012.

365

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica: Educação Física. Curitiba, SEED, 2008.

366

24.7 ATIVIDADE – XADREZ

Durante séculos vem se perguntando quais são os valores educacionais

do xadrez no âmbito cognitivo e afetivo, e como esses valores

comportamentais constituídos no jogo podem ser transferidos para outras

áreas, como desenvolvimento psicológico, desenvolvimento psicofísico, e

evidentemente a área mais discutida entre pesquisadores, educadores e

psicólogos, a área educacional.

Um dos jogos mais antigos e populares do mundo, o xadrez pode ser

aproveitado em vários aspectos pedagógicos. A partir dele, é possível estimular

o desenvolvimento de habilidades cognitivas, como: atenção, disciplina,

memória, concentração, raciocínio lógico, inteligência e imaginação.

Este jogo estimula a autoestima, a competição saudável e o trabalho em

equipe, além de proporcionar prazer em seu estudo e prática, socializando um

esporte que, até bem pouco tempo, era exclusividade de alguns grupos.

Tem-se observado que nos últimos vestibulares os alunos tem tido

sucesso e analisando melhor, percebemos que eles são frutos das gerações

que desenvolveram o xadrez nas aulas de educação física entre outras

atividades extracurriculares. O xadrez iniciou na região a partir do Rocha

Pombo que tem essa tradição há mais de 15 anos.

OBJETIVOS

A intenção desta atividade é a de desenvolver habilidades, tais como a

memorização e o raciocínio lógico-dedutivo, com a finalidade de motivar

e despertar o interesse dos alunos. Com o interesse no aprendizado do

jogo haverá mais uma alternativa pedagógica e atraente para tirar os

adolescentes das ruas e evitar que fiquem vulneráveis à violência e

problemas relacionados com drogas.

Proporcionar aos alunos com dificuldades intelectuais, de aprendizagem,

de socialização e os inclusos a praticarem atividades físicas desportivas

367

e de lazer visando os mesmos a terem mais oportunidades nas

atividades escolares e sua socialização;

Estimular o desenvolvimento de habilidades cognitivas tais como:

atenção, memória, raciocínio lógico, inteligência, imaginação;

capacidades fundamentais no desenvolvimento futuro do indivíduo.

Mostrar que a atividades em geral possuem regras e condutas capazes

de eliminar qualquer tipo de exclusão;

Estimular a auto-estima, a competição saudável e o trabalho em equipe;

Proporcionar o prazer e o lazer em seu estudo e prática;

Por ser um jogo de regras, dita uma pauta ética em um momento

propício para a aquisição de valores morais;

Devido às suas múltiplas virtudes, contribui para a formação de

melhores cidadãos;

Desenvolver no estudante uma atitude favorável em relação ao xadrez

que permita apreciá-lo como elemento gerador de cultura;

Permitir ao aluno estabelecer vínculos entre os conhecimentos e

experiências enxadrísticas e a vida cotidiana, individual e social;

Contribuir para a elevação da auto-estima;

Favorecer o desenvolvimento da linguagem enxadrística e sua

habilidade de argumentação;

Resgatar, para seu uso pedagógico, o aspecto lúdico desta disciplina;

Tomar em conta de maneira equilibrada as diferenças individuais.

O trabalho tem o objetivo de desenvolver uma melhor qualidade de vida

para alunos que jogam xadrez da Escola.

...O Jogo de xadrez nas escolas é um projeto que tem a colaboração das federações de xadrez e vai certamente ajudar as escolas a se tornarem mais atraentes e motivarem mais a atuação dos alunos. Como um tabuleiro e um jogo de peças têm custo reduzido e muita durabilidade, lembramos que embora o xadrez possua quatorze séculos, muito está para ser feito no campo do procedimento de ensino-aprendizagem , através dessa nova alternativa educacional, que se caracteriza como excelente meio de recreação e de formação do caráter dos jovens... (Referencial:MEC) Amelia Hamze Profª FEB/CETEC e FISO-Colunista Brasil Escola

368

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Baseado nas necessidades de buscarmos formas alternativas de

ensino, que sejam capazes de mostrar aos alunos que algumas habilidades

são necessárias para acontecer no processo ensino-aprendizagem, colocamos

à disposição do aluno o xadrez, como um instrumento útil para contribuir no

desenvolvimento de suas tarefas diárias e de suas potencialidades.

As atividades de xadrez serão realizadas em sala de aula e no

laboratório de informática da escola. Oportunizando a participação em jogos

escolares e circuitos escolares de xadrez que estão de acordo com os objetivos

da atividade.

O trabalho consistirá em aulas práticas intercaladas com o estudo teórico

(histórico do xadrez, regras e técnicas) realizado no laboratório de informática, tendo

como referência textos, apostilas, tabuleiro e peças de xadrez, livros referentes ao

assunto, computadores e internet.

AVALIAÇÃO

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos

poderão revisar o processo desenvolvido para identificar lacunas no processo

de ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem à superação das dificuldades constatadas.

A avaliação ocorrerá por meio da participação, na observação e durante

as competições internas e externas que ocorrerão durante o desenvolver das

atividades.

Espera-se que o aluno:

adquira o gosto pela prática do xadrez bem como uma vida mais

saudável;

saiba jogar xadrez respeitando as regras do jogo e as regras éticas do

mesmo;

369

desenvolva o hábito de jogar xadrez como forma de exercitar o intelecto;

se torne um cidadão de bem, sociável e que saiba enfrentar as

dificuldades em sua vida dentro e fora da escola;

tenha uma melhora na sua auto-estima e aprendizagem.

Tendo em vista os objetivos da atividade o aluno participante deverá

apresentar mudanças positivas em seu comportamento em seu dia-dia em sala

de aula.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n.9394/96. Brasília: MEC, 1996. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica: Educação Física. Curitiba, SEED, 2008. Manual de Xadrez- Idel Becker: Livraria Nobel SA - São Paulo – SP. Xadrez - Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. http://www.artigonal.com/saude-artigos/os-beneficios-do-jogo-de-xadrez-para-a-saude-1480172.html

370

25. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL - TIPO I

APRESENTAÇÃO

A Educação Especial integrada aos sistemas educacionais, modalidade

de educação que compartilha os mesmos pressupostos teóricos e

metodológicos presentes nas diferentes disciplinas dos demais níveis e

modalidades de ensino. A prática da flexibilização curricular que se concretiza

na análise da adequação de objetivos propostos, na adoção de metodologias

alternativas de ensino, no uso de recursos humanos, técnicas e materiais

específicos, no redimensionamento do tempo e espaço escolar, para que esses

alunos exerçam o direito de aprender em igualdade de oportunidades e

condições.

Em qualquer problema de aprendizagem que requer atendimento

educacional especializado, é fundamental que se tenha em mente que se trata

de um sujeito social, historicamente situado, com interesses e necessidades

relativas à sua faixa etária e que tem direitos e deveres, entre os quais o

acesso à educação escolar.

A Sala de Recursos oferece apoio pedagógico especializado que

complementa e/ou suplementa a escolarização formal dos alunos, em interface

com a saúde, trabalho, assistência social e outras áreas de política de base e

serviços especiais de natureza clínico terapêutica. Constitui-se em um conjunto

de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos cognitivos,

motor, sócio-afetivo e emocional, necessários para apropriação e produção de

conhecimentos.

Frequentam a Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I - alunos do

Ensino Fundamental - Séries Finais, do 6º ao 9º ano e também do Ensino

Médio que apresentam Deficiência Intelectual, Deficiência Física Neuromotora,

Transtornos Globais do Desenvolvimento e Transtornos Funcionais

Específicos, ocasionando prejuízo no desenvolvimento biopsicossocial, em

grau que requeiram apoio e atendimento especializado.

Os alunos são submetidos à avaliação psicoeducacional, realizada no

contexto escolar e registrada em relatório próprio, contendo direcionamento

371

pedagógico e indicação dos procedimentos adequados às necessidades

educacionais levantadas.

OBJETIVOS

Apoiar o ensino regular com vistas a complementar a escolarização dos

alunos com deficiência intelectual, deficiência física neuromotora,

transtornos globais do desenvolvimento e transtornos funcionais

específicos;

Identificar os conhecimentos que o aluno possui sobre o conteúdo como

ponto de partida do processo de ensinar, base para a ampliação e

aquisição de novos conhecimentos;

Aprimorar e estimular as áreas do desenvolvimento (cognição,

socioafetivo-emocional e motora) e do conhecimento (linguagem oral,

escrita e cálculos matemáticos);

Aperfeiçoar os processos de linguagem, leitura, escrita e matemática;

Desenvolver ações para possibilitar o acesso curricular, as adaptações

curriculares, as avaliações diferenciadas e a organização de estratégias

pedagógicas diferenciadas;

Desenvolver a autonomia, independência e valorização do aluno;

Minimizar as dificuldades de aprendizagem específicas de cada aluno.

Favorecer o progresso acadêmico, social e pessoal dos alunos;

Desenvolver habilidades de comunicação interpessoal;

Compreender, por meio de leitura, os problemas matemáticos.

METODOLOGIA

O trabalho a ser desenvolvido na Sala de Recursos Multifuncional – Tipo

I deverá partir dos interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem

específicos de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos, contribuindo

372

para a aprendizagem dos conteúdos na classe comum, principalmente nas

áreas de Língua Portuguesa e Matemática, defasados nas séries iniciais do

Ensino Fundamental

A metodologia da Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I é planejar

atividades que desenvolvam nos alunos a capacidade de generalizar ou

transferir uma aprendizagem a novas situações. Fazendo intervenções de

natureza educativa para favorecer a utilização mais eficiente das estratégias

metacognitivas apresentadas pelos alunos, por exemplo, comparar ou fazer

seleção de estratégias cognitivas pertinentes para resolver um determinado

problema através de: leituras; escrita; situações vivenciais; organização da

linguagem; interpretações; elaboração de esquemas; mapas conceituais; textos

explorando valores; e reflexões e intervenções no controle emocional, na

motivação e nas relações de convivência.

Os conteúdos e atividades desenvolvidos são de acordo com cada

especificidade do discente, sendo utilizados jogos educativos, recursos visuais,

auditivos, tecnológicos, estratégias diferenciadas visando a participação plena

e efetiva em igualdade de condições com as demais pessoas na perspectiva

inclusiva.

AVALIAÇÃO

A avaliação na Sala de Recursos Multifuncional - Tipo I na Educação

Básica objetiva acompanhar o desenvolvimento do aluno e traçar novas

possibilidades de intervenção pedagógica, as quais devem ser registradas em

relatório pedagógico semestral, elaborado a partir do parecer dos professores

das disciplinas no Conselho de Classe e do professor especializado. Assim

sendo terá uma dimensão:

Diagnóstica: necessária para saber quem é esse aluno, o que ele sabe,

suas necessidades, hábitos e preferências, para adotar estratégias e

intervenções pedagógicas adequadas aos problemas detectados, grau de

dificuldade e avanços nas diversas áreas do saber.

373

Formativa: acontece continuamente durante o processo, auxiliando o

processo ensino e aprendizagem, possibilitando ao professor acompanhar a

construção do conhecimento do aluno, intervindo de imediato no processo

pedagógico, orientando a reelaboração do planejamento e do plano de

atendimento educacional especializado.

Somativa: é a soma dos resultados acumulados ao longo do semestre,

permitindo a ampliação das possibilidades de aprendizagem, a análise e a

identificação das conquistas e dificuldades do aluno, dos professores e da

equipe pedagógica.

Emancipatória: enfoque qualitativo, provocando a crítica, a seleção de

conteúdos significativos e a mudança de metodologias na aplicação dos

conteúdos, promovendo o desenvolvimento total do aluno, a habilidade de

relacionamento pessoal e a reconstrução de seu conhecimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Instrução nº 013/08. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Instrução nº16/11.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação. DCE´S - Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos Inclusivos - 2008.

374

26. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL - TIPO II / ÁREA VISUAL

APRESENTAÇÃO GERAL

O Centro de Atendimento Especializado ao aluno cego e com deficiência

visual visa desenvolver atividades de vida diária e apoio a escolaridade.

O desenvolvimento humano é em parte definido pelos processos da

maturação do organismo, porém é a aprendizagem que possibilita o

desabrochar de processos internos por meio do contato do homem com seu

meio. No desenvolvimento do ser humano a aprendizagem ocupa o papel,

especialmente com relação às funções que desenvolvem as principais práticas

escolares.

Observa-se a necessidade de estimulação permanente, dentro das

possibilidades da faixa etária, a fim de que alcance progresso em todas suas

potencialidades. Assim, crianças cegas e/ou baixa visão podem apresentar

ainda atraso no desenvolvimento global. Isto se deve em grande parte a

dificuldade de interação apreensão, exploração e domínio do meio físico.

Este fato ressalta a necessidade de se promover estímulos

complementares a exposições de conteúdos que se pretenda transmitir ao

aluno, através da multiplicação de vivências perceptivas em torno de uma

mesma noção. Para a pessoa que perdeu a visão mais tarde em sua vida de

alfabetizados por tipos impressos, por exemplo, a bagagem de informações

visuais deve constituir elemento facilitador para a continuidade do processo

educacional.

Cientificamente a visão é considerada o mais importante canal de

relacionamento do indivíduo com o mundo, visto que 85% das informações são

recebidas por intermédio deste órgão sensorial.

OBJETIVOS GERAIS

Preservar e melhorar o campo, acuidade visual através das atividades

375

de cada função: óptica, ópticas e perceptivas, visão perceptivas.

Subsidiar a pessoa com deficiência visual, cega ou de baixa visão, para

buscar seus próprios interesses e possibilidades, a fim de promover o

desenvolvimento de suas habilidades alcançando autonomia e

independência nas atividades do cotidiano.

Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar,

fazendo a interação com alunos, professores e também com a

comunidade.

Dar continuidade para os profissionais da educação escolar, que possam

desenvolver diferentes atividades pedagógicas no estabelecimento de

ensino no qual estão vinculados, além do turno escola.

Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações, como

procedimentos de pesquisa, organização de informações coletadas,

como proceder em trabalhos manuais.

Despertar no aluno curiosidade e gosto pela leitura do sistema Braille a

fim de que possa interagir com o mundo.

Usar o Soroban como instrumento de cálculo com destreza e

compreensão em todas as operações matemáticas que necessitam de

apoio para o cálculo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Adquirir a consciência dos objetos no campo visual, para que a

informação visual possa ser recebida.

Desenvolver e fortalecer o controle voluntário dos movimentos dos

olhos.

Desenvolver a atenção visual para os estímulos ambientais.

Desenvolver a discriminação de cor e tamanho, em objetos concretos.

Adquirir a habilidade de seleção visual e corporal em direção ao objeto.

Estabelecer a coordenação olho-mão e adquirir a capacidade de

manipulativa de objetos através da observação e imitação.

376

CONTEÚDOS

A) discriminação de: claro, escuro, cor intensa e contornos, formas

grosseiras, linhas e ângulos, formas cores e tamanhos em objetos concretos,

figuras de objetos e pessoas.

B) reconhecimento e identificação de: rostos, pessoas, cores, formas,

figuras de objetos, detalhes em objetos concretos, semelhanças e diferenças,

figuras abstratas e representações simbólicas.

C) memória visual para: objetos concretos, cores, figuras de pessoas e

objetos em geral, detalhes internos, figuras e símbolos abstratos.

D) coordenação viso motora: imitação de posição do movimento e de

ação corporal.

E) cópia e reprodução de linhas, formas, símbolos, etc.

F) resposta à luz consciência visual, focalização, fixação, seguimentos

horizontal, vertical e circular, acomodação visual.

G) diferenciação entre figura/fundo, sem oclusão, relacionando

todo/parte e parte/todo.

H) A.V.D. – Atividade de Vida Diária – Habilitando o aluno cego ou com

deficiência visual a desenvolver, de forma independente, seu auto-cuidado e

demais tarefas no ambiente doméstico, promovendo seu bem estar social, no

colégio e na comunidade.

I) Proporcionar ao aluno cego o reconhecimento dos diversos tipos de

classificados: compra e venda, perda, aluguel...

J) Reconhecimento das partes do Soroban, eixo, régua de numeração,

contas e pontos.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O trabalho com o aluno cego e deficiência visual é feito de maneira

individual, de acordo com as necessidades de cada um. Deste modo,

determinados assuntos não precisam ser trabalhados com alguns alunos caso

377

esses já o dominem. Apenas o reforço escolar é trabalhado com todos, no

sentido de transcrever as atividades a serem desenvolvidas aos professores

para serem avaliadas.

Aos alunos com baixa visão todo material terá caracteres ampliados.

A metodologia de ensino é uma alternativa pedagógica para o ensino do

movimento que concretiza a possibilidade de aprender sem a cópia do mesmo.

Esta abordagem é realizada através do raciocínio lógico.

AVALIAÇÃO

Verifica-se que nos instrumentos e propostas examinadas o conhecer

esperado na educação do aluno cego e com deficiência visual tem como

pressuposto o ver e que por tanto não se leva em conta as diferenças de

percepção do deficiente visual.

São avaliados os seguintes pontos:

comportamento

concentração e atenção

participação

manipulação e exploração de material usado na sala de aula

expressão oral

relacionamento colegas/professor

frequência

uso correto da escova de dente

manipulação, exploração e conhecimento de objetos, como: caixa

de fósforos, caixa de bombom, embalagem de salgadinho, etc.

manuseio de livros, revistas e jornais

jogos de encaixe usando figuras geométricas.

A avaliação será durante o processo, conforme previsto e do Regimento

Escolar e no Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rocha Pombo -

378

EFMN, sendo que a presença e a participação do aluno durante as aulas é

dever do mesmo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAP - Centro De Apoio Pedagógico, Planejamento Geral, Área Deficiência Visual de Francisco Beltrão. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. PPP – Projeto Político Pedagógico, 2012. CAPANEMA, Colégio Estadual Rocha Pombo – EFMN. Regimento Escolar, 2008. Centro Nacional De Educação Especial. Reformulação de Currículos Para Educação Especial, Proposta Curricular Para Deficiência Visual. Brasília. 1979. SEED - Departamento De Educação Especial, Proposta De Atendimento na Área Visual, Curitiba. 2004.