Clipping ADIMB 17-Abril 2015

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16 de abril de 2015 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira PREÇO DO MINÉRIO DE FERRO CONTINUARÁ BAIXO POR 2 ANOS Os fundamentos do mercado de minério de ferro estão fracos devido à baixa demanda, crescimento da oferta e ao clima negativo que envolve o mercado de aço na China, diz um analista do banco Jefferies, que tem sede em Londres e administra ativos da ordem de US$ 45 bilhões. Christopher LaFemina, analista do Jefferies, escreveu que a continuidade dos ramp-ups em projetos das maiores mineradoras do mundo e a baixa probabilidade de interrupções atribuídas a eventos climáticos podem pressionar os preços para níveis ainda mais baixos no curto prazo. Nesse ambiente, o cobre vai ter performance melhor que a do ferro, por isso empresas como Antofagasta e Freeport McMoran tem tido a preferência de investidores em detrimento das ações da Vale, BHP Billiton, Fortescue Metals e Rio Tinto. No Brasil, o banco BTG Pactual revisou o preço estimado do minério de ferro de US$ 70 a tonelada para US$ 55, em 2015; de US$ 70 para US$ 60, em 2016; de US$ 80 para US$ 60, em 2017; e de US$ 80 para US$65 no longo prazo. No caso da Vale, o BTG diz que há “potencial de ganho muito limitado no curto prazo” para detentores de ações em meio aos altos níveis de endividamento e a perspectivas reduzidas de retorno em dinheiro. Em função disso, os analistas do banco acreditam que a mineradora poderá suspender temporariamente o pagamento de dividendos em 2016. De acordo com o relatório dos analistas, “grande parte dos problemas da Vale serão resolvidos com o ramp-up do projeto S11D”.

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MINING NEWS

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16 de abril de 2015 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem

A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico

e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira

PREÇO DO MINÉRIO DE FERRO CONTINUARÁ BAIXO POR 2 ANOS

Os fundamentos do mercado de minério de ferro estão fracos devido à

baixa demanda, crescimento da oferta e ao clima negativo que envolve o

mercado de aço na China, diz um analista do banco Jefferies, que tem sede

em Londres e administra ativos da ordem de US$ 45 bilhões. Christopher LaFemina, analista do Jefferies, escreveu que a continuidade

dos ramp-ups em projetos das maiores mineradoras do mundo e a baixa probabilidade de interrupções atribuídas a eventos climáticos podem pressionar os preços para níveis ainda mais baixos no curto prazo.

Nesse ambiente, o cobre vai ter performance melhor que a do ferro, por isso empresas como Antofagasta e Freeport McMoran tem tido a preferência de investidores em detrimento das ações da Vale, BHP Billiton, Fortescue Metals e Rio Tinto.

No Brasil, o banco BTG Pactual revisou o preço estimado do minério de ferro de US$ 70 a tonelada para US$ 55, em 2015; de US$ 70 para US$ 60, em 2016; de US$ 80 para US$ 60, em 2017; e de US$ 80 para US$65 no longo prazo.

No caso da Vale, o BTG diz que há “potencial de ganho muito limitado no curto prazo” para detentores de ações em meio aos altos níveis de endividamento e a perspectivas reduzidas de retorno em dinheiro.

Em função disso, os analistas do banco acreditam que a mineradora poderá suspender temporariamente o pagamento de dividendos em 2016. De acordo com o relatório dos analistas, “grande parte dos problemas da Vale serão resolvidos com o ramp-up do projeto S11D”.

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O documento afirma que a companhia tem feito o possível para entregar o projeto S11D, que tem capacidade para 90 milhões de toneladas por ano, até o último trimestre de 2016. No longo prazo, o fluxo de caixa livre potencial da mineradora pode cair de 20% para algo entre 7% e 10%, o que não é “particularmente atraente”, segundo analistas. As informações são da agência Bloomberg. Fonte: Notícias de Mineração Data: 08/04/2015

RELATOR ESPERA VOTAR NOVO CÓDIGO DE MINERAÇÃO ATÉ MAIO

O relator da comissão especial do novo Código de Mineração, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), afirmou nesta terça-feira (31) que o marco para o setor será votado pelo colegiado até maio. Segundo o parlamentar, é necessário buscar acordo com o governo para viabilizar a criação da Agência Nacional de Mineração (ANM), em substituição ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), e decidir como será cobrada a Contribuição Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), uma espécie de royalties da mineração.

“Precisamos convencer o Executivo de que a ANM não é gasto, mas uma oportunidade de gerar, no mínimo, 500 mil postos de trabalho”, disse Quintão. O relator argumentou que, enquanto a estrutura do órgão atual (DNPM) “agoniza”, diante de 131 mil processos parados, um projeto médio de mineração é capaz de gerar mais de 200 empregos. “É disso que precisamos convencer o Planalto”, reforçou. Na avaliação dele, a agência agilizaria a análise dos pedidos de exploração da atividade mineral.

O atual Código de Mineração (Decreto-Lei 227/67) foi publicado durante o regime militar. Para atualizá-lo, o governo federal enviou, em 2013, uma nova proposta (PL 5807/13), que se juntou a outros seis projetos de lei (PL 37/11 e apensados) sobre o assunto que já tramitavam na Câmara dos Deputados desde 2011. Na legislatura passada, Quintão apresentou um substitutivo, mas o texto não chegou a ser votado.

Deficiências administrativas

Nesta terça, a comissão discutiu a proposta de novo código com autoridades e representantes de mineradoras. O diretor-geral do DNPM, Sérgio Dâmaso, reforçou as deficiências administrativas da instituição. “Todos temos a expectativa de que esse projeto seja votado em maio para que os servidores possam ter condições de trabalhar. Isso impactaria inclusive em maior arrecadação para o setor”, argumentou.

O secretário de Geologia e Mineração do Ministério de Minas e Energia, Carlos Nogueira, lembrou que a iniciativa de criar uma agência reguladora para a área

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partiu da própria pasta. “Sempre defendemos que a ANM tenha a mesma representatividade das demais agências vinculadas ao ministério, como a Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica]”, ressaltou.

Sobre o orçamento da futura agência, Nogueira defendeu que parte dos recursos seja arrecadada diretamente, por meio de recolhimento de multas, sem a necessidade de repasse pelo Ministério da Fazenda.

O diretor de Assuntos Minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo Ribeiro Tunes, citou dois desafios da mineração brasileira: o licenciamento ambiental e a alta burocracia. Segundo ele, ambas as questões podem ser solucionadas pela nova legislação, com a melhoria na gestão do patrimônio mineral por meio da criação da agência.

“O que se busca não é a troca de nomes, talvez o setor de mineração seja o único que quer ter uma fiscalização forte, pois essa é a maior garantia de que o setor privado tem está protegido”, sustentou Tunes. Ele acrescentou que a mineração enfrenta um período de crise no País.

Fonte: Agência Câmara Notícias Data: 19/03/2015

PREOCUPAÇÃO COM FUTURO POLÍTICO DERRUBA BOLSA E FAZ

DÓLAR DISPARAR O aumento do risco político permeia os negócios no mercado brasileiro

nesta segunda-feira. O dólar testa novas máximas, desta vez na casa de R$ 3,10, movimento acompanhado pelos juros, enquanto a Bovespa perde o suporte dos 50 mil pontos

Os investidores reagem à confirmação da “lista de Janot”, com os nomes de políticos envolvidos na Operação Lava-Jato, apresentados na semana passada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A lista reforça a avaliação de que o governo terá dificuldades em aprovar as medidas de ajuste fiscal no Congresso.

O mercado também digere o pronunciamento feito ontem à noite pela presidente Dilma Rousseff. A presidente aproveitou a homenagem ao Dia da Mulher para defender o ajuste fiscal e pedir apoio da população e do Congresso na implementação das medidas que afetam a “todos”. A reação da população foi imediata, com panelaços, buzinaços e vaias em várias cidades durante o pronunciamento.

A preocupação com um possível impeachment da presidente também está na pauta, movimento que pode ganhar força no próximo dia 15 com o protesto que está sendo organizado nas redes sociais.

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E a instabilidade política no Brasil já se reflete na Bolsa de Madri, onde várias empresas possuem exposição a negócios no Brasil. Lá fora, a Grécia volta ao centro das atenções, com a retomada das conversas sobre o pacote de resgate do país. Câmbio

Fuga do risco e pânico irracional. Essas são algumas das definições usadas

por profissionais para tentar explicar a forte alta do dólar hoje, que testou o limite dos R$ 3,10 e tocou na maior cotação intradia desde 28 de junho de 2004, aos R$ 3,1098.

O que está claro é que o movimento tem fundamentos domésticos, uma vez que outras moedas emergentes hoje tiveram um dia de correção e operaram com ganhos na comparação ao dólar pela manhã. Às 13h33, o dólar caía 0,34% ante o peso mexicano, recuava 0,74% ante a lira turca e perdia 0,18% na comparação com a rupia indiana.

“Há um pânico irracional, descontrolado, movendo os ativos nesta manhã”, define um experiente operador de um grande banco paulista. O receio de uma crise institucional que paralise o governo está por trás dessa piora de humor e justifica um movimento de proteção por parte de investidores, que acaba gerando também uma onda de ordem de paralisação de seus negócios (Stop loss) nos mercados. “Ainda que exista a chance de tudo isso passar dentro de duas semanas, ninguém quer pagar para ver”, define um operador.

Às 13h21, o dólar comercial era negociado a R$ 3,1051, com alta de 1,61%. Dólar futuro para abril sobe 1,24%, para R$ 3,1227. Juros

Alinhados com a forte alta do dólar, os juros futuros dispararam nesta manhã. Os contratos mais longos ampliaram o prêmio de risco, refletindo a clara deterioração dos cenários político e econômico. Já os mais curtos ganharam tração demonstrando que, para agentes, é maior a probabilidade de o Banco Central ter de ser mais firme no ciclo de aperto monetário diante da forte desvalorização do câmbio. Na curva, os contratos já contemplam praticamente mais duas altas de 0,75 ponto.

“Na visão do mercado, a política monetária pode ser hoje o único instrumento disponível para o governo fazer frente à onda de instabilidade que provoca a disparada do dólar”, afirma o economista-chefe e gestor de Investimentos da INVX Global Partners, Eduardo Velho, referindo-se aos sinais de instabilidade política do governo.

Para o economista-chefe da Opus Gestão de Recursos e professor da PUC-Rio, José Marcio Camargo, além do aumento de alguns riscos, como o político e o fiscal, há questões já “inexoráveis” pressionando o mercado, como um quadro recessivo e a inflação muito alta. Marcio Camargo diz que revisou sua estimativa para o PIB neste ano de queda de 1% para uma retração entre 2% e 2,5%. “Isso, sem racionamento”, afirma.

Para a inflação, sua estimativa é de alta de 8,5% este ano. “Mas não me surpreenderia se a inflação alcançasse dois dígitos”, diz. Por isso, a clara intenção do Banco Central de parar de subir os juros em breve não deverá ser possível. “O BC vai ter que subir a Selic na próxima reunião em, no mínimo, 0,5 ponto percentual”, afirma.

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Hoje, a pesquisa Focus mostrou aumento da mediana das estimativas para o IPCA em 2015 de 7,47% para 7,77%. Já para o PIB em 2015, a projeção caiu de -0,58% para -0,66%.

Na BM&F, às 13h16, o DI janeiro/2016 era negociado a 13,69% ao ano, ante 13,51% ao ano na sexta-feira. DI janeiro/2017 subiu de 13,43% ao ano para 13,66% ao ano. DI janeiro/2021 tinha taxa de 13,07% ao ano, ante 12,85% ao ano.

Bolsa

A semana começa pesada na Bovespa, com preocupações sobre o ambiente político, impactos da operação Lava-jato em várias empresas e também tensão com o cenário externo.

Às 13h16, o Ibovespa recuava 1,79%, para 49.086 pontos, com volume de R$ 1,9 bilhão. Entre as principais ações do índice, Itaú PN (-3,20%) e Bradesco PN (-3,07%) puxam as perdas, seguidas por Petrobras PN (-1,08%) e Vale PNA (-1,17%).

“O mercado está mais pessimista do que na semana passada. A crise política continua, o dólar está forte e o cenário para os emergentes, mais vulnerável”, afirma o estrategista da Guide Investimentos, Luis Gustavo Pereira.

Além das questões domésticas, Pereira lembra que o dado de geração de empregos nos Estados Unidos, divulgado na sexta-feira, alimentou as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano ) eleve os juros no meio deste ano, o que colabora para a fuga de recursos de mercados emergentes e para o fortalecimento do dólar perante outras moedas.

No setor bancário, a possibilidade de rebaixamento da nota risco de crédito das instituições pela Moody’s pressiona os papéis. Segundo reportagem do “Brasil Econômico, a reavaliação dos ratings está ligada aos riscos impostos pela investigação de 24 empresas na Operação Lava-Jato, todas com empréstimos nos bancos.

Os desdobramentos da Lava-Jato hoje atingem indiretamente as ações da Cetip (-5,79%), que lideram as perdas do Ibovespa e figuram como o segundo maior volume do dia, com R$ 133 milhões. Investidores reagem à denúncia feita pelo doleiro Alberto Youssef de pagamento de propina no convênio realizado entre a Fenaseg e o Denatran no sistema de registro de restrições (gravames) de financiamento para aquisição de veículos. O sistema foi desenvolvido pela GRV, empresa adquirida pela Cetip no fim de 2010. A informação sobre a denúncia foi publicada neste domingo pelo jornal “Folha de S.Paulo ”.

Entre as maiores altas do Ibovespa estão CSN ON (2,63%), Braskem PNA (2,20%) e Gerdau PN (1,04%). Na safra de balanços, o destaque do dia é Light ON (-2,40%). A distribuidora de energia trouxe lucro de R$ 520,1 milhões no quarto trimestre, aumento de 303,2% sobre igual período de 2013.

Internacional

A instabilidade política no Brasil, que levou hoje o dólar à marca de R$ 3,10, teve reverberações em mercados do exterior nesta abertura de semana. Uma das razões apontadas por analistas para a queda de 0,5% no índice IBEX 35, da Bolsa de Madri, pela manhã, é a forte exposição de empresas do país a negócios no Brasil.

A analista Estefania Ponte, do BNP Paribas, avalia que o risco político da Espanha – às vésperas de eleições regionais, no dia 22, na Andaluzia – foi acentuado

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nesta segunda-feira pelo fluxo negativo de notícias que chegam da América Latina, em particular do Brasil e da Venezuela - neste caso, as preocupações derivam de vencimentos de dívida previstos para este mês.

A Grécia, contudo, segue como o foco das preocupações dos investidores estrangeiros, especialmente os europeus. A Grécia e seus credores internacionais precisam retomar, rapidamente, as conversas quanto ao pacote de resgate do país, de forma que o governo grego possa ter a financiamento, disseram nesta segunda-feira ministros de Finanças da zona do euro, que integram o chamado Eurogrupo.

Os ministros voltam a se reunir hoje em Bruxelas, após a apresentação, na sexta-feira, de uma nova lista de propostas de reformas econômicas. O Banco Central Europeu (BCE) iniciou hoje, conforme esperado, o programa de compras de títulos, embora, até o momento, os mercados acionários do continente tenham reagido com indiferença, seguindo pouco acima ou pouco abaixo da estabilidade.

Às 12h41, o DAX, de Frankfurt subia 0,27%, aos 11.582,22 pontos, o FTSE 100, de Londres, caía 0,53%, a 6.875,30 pontos, e o CAC 40, de Paris, recuava 0,45%, aos 4.941,80 pontos.

Os índices acionários de Nova York, por sua vez, abriram nesta segunda-feira em alta, buscando se recuperar das fortes vendas observadas na sexta-feira, sob o efeito da forte leitura do relatório de empregos nos EUA, o qual reforçou a expectativa por aumento de juros do Federal Reserve em junho.

Às 12h23, o Dow Jones subia 0,57%, aos 17.9571 pontos, enquanto o S&P 500 avançava 0,23%, aos 2.076 pontos, e o Nasdaq caía 0,05%, aos 4.925 pontos.

Os preços dos Treasuries operam em alta – e os rendimentos, em queda – nesta segunda-feira, após terem registrado, na sexta-feira, sua maior onda de vendas desde novembro de 2013. Às 12h40, os juros dos Treasuries de 10 anos caíam para 2,211%, ante 2,240% do fim da sexta-feira, enquanto os dos papéis de 30 anos recuavam para 2,813%, ante 2,839% na mesma base de comparação.

Os preços do petróleo – que mais cedo operavam sem direção única – sobem nesta segunda-feira, com os números de uma empresa provedora de dados sobre o setor, a Genscape, tendo apontado que os estoques de petróleo em Cushing, Oklahoma – centro de distribuição da commodity negociada na Bolsa de Nova York (Nymex) – cresceram em 1,7 milhão de barris, menos do que o esperado para a semana passada. Autor(es): Lucinda Pinto, Luis Leal e Téo Takar Fonte: Valor Econômico Data: 09/03/2015

PREÇO CAI, PIORA ESTIMATIVAS E VALE PREOCUPA MERCADO A desvalorização do minério de ferro para níveis que o mercado não

acreditava antes iniciou uma rodada de cortes de projeções. Alguns analistas ainda revisam seus cálculos, mas a média de estimativas coletadas pelo *Valor* é de cotação

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média de US$ 56,60 por tonelada neste ano. As instituições mais pessimistas dentre as nove consultadas, Credit Suisse e Lopes Filho, apostam em US$ 51 a tonelada. Foram coletadas também previsões de Bank of America Merrill Lynch (BofA), BB Investimentos, Commonwealth Bank of Australia (CBA), Fitch, Goldman Sachs, Itaú BBA e Tendências Consultoria.

Em relatório divulgado ontem, os analistas Ivano Westin e Renan Criscio, do Credit, disseram que entre o início do segundo semestre e o fim da primeira metade do ano que vem, a média dos preços deve ficar em US$ 45 por tonelada. O patamar se aproxima perigosamente do custo marginal de produção do insumo no mundo, que gira em torno de US$ 43 a tonelada.

"A queda livre no mercado começou a fazer vítimas ao redor do mundo e iniciou um processo longo e doloroso para as mineradoras", comenta a dupla de analistas. "O caixa será crucial para determinar por quanto tempo as empresas mantêm a operação, mas em último caso as financeiras podem ser determinantes em até quando as companhias sobrevivem", acrescentam. No pior cenário possível para o banco, os preços chegariam a US$ 35 por tonelada durante o segundo semestre. Por outro lado, há a possibilidade de esse patamar ficar em US$ 60 por tonelada segundo os cálculos mais positivos.

Nesta semana em que se iniciou a rodada de cortes, ironicamente, o minério se recupera. Só ontem, os preços do insumo com teor de 62% de ferro negociado no porto de Tianjin, na China, subiram 0,8%, para US$ 48,30 a tonelada, segundo a "The Steel Index". Na semana, a alta já é de 3,4%, mas no ano a desvalorização atinge 32%.

A expectativa é que a chegada do minério de melhor qualidade no mercado derrube os custos e ajude a diminuir o sacrifício de rentabilidade, em um período que o Credit chama de "época das margens magras". Mas as instituições começam a demonstrar maior preocupação com as empresas, por conta do período mais longo de deterioração.

A agência de risco Fitch discutiu ontem pela primeira vez se a Vale, maior produtora do mundo, pode quebrar cláusulas de alguns financiamentos que impõem teto para seu endividamento, os chamados "covenants". A perspectiva da instituição é que os preços fiquem em US$ 65 por tonelada em 2015, mas com a baixa nas últimas semanas, foi desenhado cenário em que a cotação fique em US$ 50.

De acordo com a Fitch, nesse patamar a companhia não deve estourar os limites, que valem apenas para 20% da sua dívida, contratada com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outras agências de exportação. Os "covenants" fixam o máximo de alavancagem em 4,5 vezes no índice que relaciona dívida bruta e resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), excluindo gastos com o Refis.

A quebra ocorreria, na opinião da agência, caso os preços fiquem, na média, abaixo de US$ 50. Mesmo assim, a Vale teria alternativas para sanar as finanças, diz relatório. A sorte da empresa é o banco de fomento carregar a maior parte das obrigações: nesse caso, negociar um perdão seria muito mais fácil. Com vendas de ativos, possibilidade de reduzir os investimentos em 2015 e até chance de cortar os dividendos especiais prometidos para o ano pela metade, o restante do endividamento com limites de alavancagem - US$ 2,6 bilhões, sendo US$ 5,1 bilhões com BNDES e agências - poderia ser amortizado.

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O BofA também divulgou alerta em que sua equipe de mineração calcula em cerca de US$ 50 bilhões a necessidade de recursos para as maiores mineradoras equilibrarem as finanças. Os analistas creem que as anglo-australianas Rio Tinto e BHP Billiton, além da britânica Antofagasta, seriam as mais necessitadas de capital. Vale e Fortescue Metals Group aparecem no segundo escalão.

Autor(es): Lucinda Pinto, Luis Leal e Téo Takar Fonte: Valor Econômico Data: 09/03/2015

YAMANA VAI GASTAR US$ 30 MI EM 2 ANOS PARA RETOMAR

ATIVIDADES EM C1 SANTALUZ

A Yamana Gold pretende desembolsar cerca de US$ 20 milhões a US$ 30

milhões na mina de ouro C1 Santaluz, na Bahia, em 2015 e 2016. A

mineradora concluiu em janeiro um estudo para avaliar processos

alternativos de recuperação metalúrgica. A mina, que pertence à

subsidiária Brio Gold, precisa de melhorias no circuito de gravidade,

flotação, circuito de lixiviação a carbono, entre outros. C1 Santaluz está

paralisada e em manutenção desde agosto de 2014. O capital total a ser gasto com a mina brasileira deve começar a ser

utilizado na metade deste ano, sendo que o maior aporte deve ser investido no ano que vem.

Em comunicado enviado ao mercado na quarta-feira (8), a Yamana disse que testes metalúrgicos detalhados estão sendo realizados para avaliar opções que possam modificar a rota de processo da planta da mina. Os resultados devem ser publicados no meio de 2015. Os testes na planta piloto de C1 Santaluz e no estágio final da rota de processo devem fornecer as informações necessárias para a Yamana se certificar da viabilidade do projeto e do capital necessário para otimizar o ativo.

A mineradora disse que assim que tomar decisões referentes às modificações na rota de processo, as sondagens serão retomadas no projeto para auxiliar no desenvolvimento do plano de mina. Esse trabalho é realizado pela Brio, com auxílio da equipe técnica da Yamana.

Os testes realizados pela Brio em C1 Santaluz incluem melhorias no circuito de gravidade, otimização do processo de flotação flash, redução de carbono orgânico por meio de querosene condicionada e melhorias no circuito de lixiviação a carbono

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(CIL, na sigla em inglês). Os testes na planta piloto, que será alimentada com amostras em grande escala de 15 toneladas, devem começar no segundo trimestre deste ano.

De acordo com a Yamana, as estimativas de custos operacionais devem ser determinadas na metade deste ano. A Brio Gold planeja começar o projeto de engenharia do ativo no terceiro trimestre de 2015, com as modificações na planta a serem feitas no primeiro semestre de 2016. O comissionamento está planejado para a metade do ano que vem.

Quando estiver em operação, a mina C1 Santaluz deve produzir aproximadamente 100 mil onças de ouro por ano. A Brio Gold tem uma estimativa de produção anual de 230 mil onças de ouro com todo o portfólio, formado, além de C1 Santaluz, pelas minas Pilar, em Goiás, Fazenda Brasileiro, na Bahia, e o projeto de cobre e ouro Agua Rica, na Argentina.

A Yamana também informou no comunicado de ontem que contratou o National Bank Financial e o CIBC World Market como consultores financeiros para auxiliar o processo de abertura de capital da Brio Gold. A oferta púlbica de ações (IPO, na sigla em inglês) da Brio deve ser realizada no terceiro trimestre deste ano. Fonte: Notícias de Mineração Data: 09/03/2015

ATIVIDADE ATÍPICA LEVA NÍQUEL A VALOR MAIS BAIXO EM 6 ANOS

Uma onda de negociações especulativas de curto prazo puxou o preço do

níquel para um nível bem abaixo daquele registrado antes de a Indonésia

proibir a exportação de minério do metal não processado em janeiro de

2014, disseram analistas da Bloomberg Intelligence (BI). O níquel atingiu

nesta semana a menor cotação em seis anos: US$ 12.339 a tonelada. Os contratos de curto prazo aumentaram em 18% na última semana de

março de forma ainda não vista desde que a London Metal Exchange (LME) começou a divulgar esses dados, em agosto de 2014. Com isso, o níquel teve a maior queda em cinco dias desde 2011 e recuou ao menor valor desde 2010. O metal foi negociado ontem a US$ 12.483 no mercado à vista.

“Os especuladores podem estar prevendo que a queda da demanda vai ultrapassar a redução da oferta, ou eles esperam que novos estoques vão aparecer”, escreveram os analistas da BI.

A inesperada queda do preço do níquel levou o banco australiano Macquarie a reduzir sua perspectiva de preço e rebaixar a nota dos produtores australianos. “O colapso do preço do níquel a uma mínima de seis anos tomou o

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mercado de surpresa e certamente não era esperado pela Macquarie”, disse o banco em nota.

O Macquarie afirmou que apesar de não esperar uma recuperação até o fim deste trimestre, ficou chocado pela “crueldade” das recentes operações de venda a preços tão baixos.

Em comunicado, o banco disse que depois de uma recente visita à China que a demanda por aço inoxidável era menor do que a esperada e estimou que o crescimento da produção foi negativo nos últimos seis meses.

O preço esperado pelo banco para este trimestre é de US$ 6,35 a libra. Na mínima registrada este mês, o preço ficou em US$ 5,59 a libra.

A queda na cotação do níquel afeta empresas como Vale, maior produtora mundial, BHP e o spin-off da BHP, a South32 cujo valor depende em 10% do metal. Com informações da Bloomberg e do website MiningNews.Net.

Fonte: Notícias de Mineração Data: 10/03/2015

A GASOLINA COM O CHUMBO CONTAMINOU MAIS A AMÉRICA DO

SUL QUE MINERADORA Decisões que ignoram o impacto sobre a natureza podem ter um preço

ambiental caro e longo demais. É o que mostra um estudo feito por pesquisadores suíços sobre a contaminação por chumbo na América do Sul. A pesquisa, publicada ontem na revista especializada Science Advances, mostra que algumas décadas de adição do metal à gasolina foram mais danosas que 2 mil anos de atividades mineradoras, iniciadas no continente ainda pelas sociedades pré-colombianas — nos anos de uso do combustível, a poluição triplicou.

Segundo Anja Eichler, coautora do trabalho e pesquisadora do Instituto de Pesquisa em Ciências Naturais Paul Scherrer (Suíça), estudos sobre o tema são comuns no Hemisfério Norte, mas havia uma quase completa ausência de dados na América do Sul. Buscando preencher essa lacuna, ela e colegas coletaram amostras de gelo da Montanha Illimani, nos Andes bolivianos, e as submeteram a uma análise detalhada com a ajuda de um espectrômetro de massa, aparelho usado para medir moléculas com extrema precisão. “O Illimani foi escolhido porque ele está em estreita proximidade com os depósitos polimetálicos estendidos do altiplano, onde as atividades de mineração associadas à poluição de chumbo pesado têm sido praticadas desde os tempos pré-coloniais”, conta Eichler ao Correio.

A análise laboratorial do gelo boliviano mostrou que houve uma grande elevação da presença de chumbo — uma material altamente tóxico — no ambiente da região depois da década de 1960. “Antes disso, a principal fonte antrópica (de origem humana) do chumbo na região era a mineração local, muito praticada durante os

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períodos das culturas pré-colombianas, da era colonial e da produção de outros metais (como o estanho e cobre) a partir do início do século 20”, explica Eichler.

Todas essas atividades, contudo, não se compararam ao impacto da adoção de gasolina com chumbo, a partir da década de 1970. Essa afirmação é possível porque o espectrômetro acusou um aumento da quantidade de nitrato no núcleo de gelo a partir dessa época. O nitrato é formado no ar a partir de óxidos de azoto (nitrogênio), que são emitidos pelos motores de combustão. Os níveis de poluição de chumbo antropogênicas triplicaram em relação aos valores históricos, principalmente devido ao uso de gasolina com chumbo, afirma a autora.

Substituição Segundo Artur Jesus Motheo, professor do Instituto de Química de São

Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP), a adição de chumbo na gasolina deve sim ter sido uma dos maiores responsáveis pela contaminação no passado. Antigamente, o chumbo era adicionado à gasolina por suas qualidades antidetonantes, mas, com o tempo, vimos que isso era prejudicial para a natureza, e outras alternativas foram encontradas, como usar o etanol, que tem a mesma propriedade. Essa mudança, porém, só aconteceu no fim dos anos 1990. Imagine aqueles carros antigos, que eram enormes, e o quanto de poluição eles não causaram por anos, destaca o especialista.

O professor também explica que a estratégia dos cientistas de utilizar o gelo para análise da quantidade de chumbo pode ser justificada pela permanência dos compostos do metal na forma sólida da água. Os compostos orgânicos na água se espalham e podem viajar a distâncias grandes. Se existe o derretimento, eles evaporam. Mas, em uma forma mais consistente, eles se acumulam. Por isso, fica mais fácil fazer análise com o material dessas montanhas.

Anja Eichler explica que os dados encontrados mostram o quanto os níveis de poluição gerados pela gasolina se destacam na América do Sul. Concluímos que os níveis de poluição de chumbo da gasolina aditivada na região excedem os de qualquer atividade metalúrgica histórica nos dois últimos milênios, destaca a autora. Ela acrescenta que a pesquisa terá continuidade e vai focar no histórico de outros elementos químicos presentes na América do Sul. Pretendemos estudar a poluição regional de outros metais pesados como o chumbo no Altiplano andino, adianta.

Motheo ressalta que a busca pelas origens da poluição são de extrema importância na ciência, pois podem contribuir para estratégias de preservação. Essa pesquisa é extremamente válida, pois, como diz a famosa máxima, é sabendo dos erros do passado que os evitamos no futuro. Temos, hoje em dia, outros poluentes que também podem ser tão maléficos quanto o chumbo. Recentemente, ouvimos falar de superbactérias que suspeitamos sejam causadas pelo descarte errado de antibióticos. Isso é outro ponto que precisa ser investigado. É importante criar um histórico de análises que possa nos levar a detectar outros problemas que estão ocorrendo na natureza, mas que não sabemos a causa, opina o especialista.

Autor(es): Vilhena Soares Fonte: Correio Braziliense Data: 07/03/2015

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2015 ESTÁ APENAS NO INÍCIO. E JÁ ACABOU

Desprezadas pela equipe de Dilma no ano passado, previsões de

empresários e analistas se confirmaram. Erros da política econômica

mergulham o país num cenário de inflação elevada, juros altos, recessão e

desemprego. Não há mais o que fazer para salvar a economia brasileira em 2015. Este

ano ficará marcado por ter acabado muito antes da hora. A folhinha do calendário ainda está em março, mas os temores acumulados ao longo de 2014 já se confirmaram. Bastaram os três primeiros meses para os brasileiros constatarem que não escaparão de vasta lista de desalentos: terão de conviver com um cenário de inflação subindo, juros altos, crédito caro e emprego ameaçado.

A presidente Dilma Rousseff (PT), reeleita em outubro do ano passado com um discurso contrário às medidas que agora tenta implementar, insiste em assegurar que a economia se sustenta em “fundamentos sólidos”. Sem assumir erros, diz que o momento de dificuldade é “passageiro e conjuntural”, passível de ser superado a curto prazo. Todos os indicadores econômicos divulgados no primeiro trimestre mostram exatamente o contrário.

As projeções são muitas — e cada vez piores para este ano —, mas ninguém arrisca dizer até quando vai perdurar a atual crise, marcada por uma profunda desconfiança no governo. Economistas e representantes do setor produtivo passaram 2014 antecipando os fatos de agora. A confirmação das previsões econômicas negativas, antes subestimadas e desprezadas pela equipe de Dilma, contribuiu para que a presidente, uma vez reeleita, tivesse a mais rápida queda de popularidade da história.

Não bastasse o desastre na área econômica, os embates políticos logo no início do segundo mandato da petista e os desdobramentos do escândalo de corrupção na Petrobras — longe de estar totalmente desvendado — azedam ainda mais 2015. Dezembro vai chegar sem grandes investimentos realizados pelo governo ou pela iniciativa privada. As crises hídrica e energética são entraves à parte, que ajudam a manter a economia estagnada. Aperto

O propósito do arrocho fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é criar condições para que o país retome o crescimento. Mas, de imediato, as medidas vão tirar o fôlego que resta das famílias e dos investidores. Para o segundo semestre, o governo ensaia retomar o programa de concessões de portos, rodovias e aeroportos. O setor privado não se anima. Falta, de novo, confiança e a percepção clara quanto às regras do jogo, para garantir o mínimo de segurança jurídica aos projetos.

Os brasileiros terão pela frente mais três trimestres de muito aperto. A inflação oficial deve superar os 8% em 2015. Há quem projete um alta de preços em

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torno de 9%, o dobro da meta estipulada pelo governo, de 4,5%. Ao longo do ano, só o aumento médio da energia elétrica pode chegar aos 50%. A recessão já chegou aos lares brasileiros. “2015 é um ano para bravos e fortes”, resume o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro.

Com a desconfiança espalhada pelos setores produtivos, 2015 virou um ano para suportar e, ao mesmo tempo, torcer para que o pior passe o quanto antes. Quando sustenta que no ano que vem a inflação convergirá para o centro da meta, o Banco Central (BC) não convence analistas, muito menos os brasileiros que têm ido ao supermercado. “É um discurso mal percebido, porque fica claro que se trata de uma torcida”, diz a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif.

A conjunção de fatores é bastante desfavorável, formando um ciclo vicioso e de difícil saída. Endividados e se deparando com os juros altos e o crédito caro e escasso, consumidores não compram. O modelo baseado só no consumo se esgotou de vez. Lojistas, com estoques abarrotados, não vendem. A indústria produz menos, para de investir e demite. “Não vai adiantar tapar o sol com peneira. O ano já acabou”, afirma o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Fábio Bentes.

Cicatrizes

Há um consenso de que o Produto Interno Bruto (PIB) cairá em 2015, ou seja, a economia brasileira vai encolher. Resta saber quanto. O mercado, na última semana, esperava recuo de 0,83%. O Banco Central aposta em retração de 0,5%. A esta altura, o esforço (e a torcida) é para que o tombo seja o menor possível, abrindo caminho para uma retomada que deixe cicatrizes mínimas. A indústria, por exemplo, terá de desovar os altos estoques antes de voltar a respirar.

Enquanto o BC e o governo tentam unificar o discurso de que 2015 é um ano de “ajustes importantes e necessários”, os indicadores deixam claro que as dificuldades de agora nada mais são do que reflexo de uma política econômica equivocada, no entender do economista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno. “Tudo o que foi represado nos últimos anos estourou. Estamos tendo de pagar a conta dos erros de um passado recente: essa é a grande questão”, sublinha.

O cenário recessivo representa o caminho natural de um país que acumula baixo crescimento e inflação alta. O agravante de 2015 será o mercado de trabalho entrando em uma fase de deterioração, como confirmam os dados de emprego e desemprego no país. “A situação política nebulosa aumenta ainda mais a insegurança, o que refreia investimentos e contratações”, reforça o professor de finanças do Ibmec Marcos Melo, sócio da Valorum Gestão Empresarial.

O desarranjo das contas públicas potencializa o clima de fim de festa ainda no primeiro trimestre. A dívida bruta do governo atingiu nível de nação em crise e a conta de juros do setor público bateu recorde. “O ambiente para negócios está péssimo, e não conseguimos ver melhora. Há um desconforto generalizado. Infelizmente, 2015 não tem mais jeito”, resume o presidente da Federação das Indústria de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

Autor(es): Diego Amorim Fonte: Correio Braziliense Data: 29/03/2015

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A REFORMA DA ESPLANADA Muito além de reduzir o tamanho da Esplanada dos Ministérios, como

pedem em uníssono boa parte da base aliada e a oposição, o governo federal terá de se debruçar também sobre a qualidade dos gastos públicos. A opinião de especialistas ouvidos pela reportagem é de que há vantagens imediatas na redução de ministérios, do ponto de vista de gestão e economia, mas os cortes precisam ser mais intensos. O intuito é o de evitar que ações mal executadas por essas pastas apenas migrem para outro órgão, sem ser aperfeiçoadas. “A maior preocupação não é tanto com o número de ministérios, mas com a qualidade do gasto público”, resume o cientista político Paulo Calmon, diretor do Centro de Estudos Avançados de Governo e Administração Pública (Ceag) da Universidade de Brasília.

Desde o governo de José Sarney, que trabalhava com 36 ministérios, houve uma redução no tamanho da Esplanada nas gestões de Fernando Collor (27, incluindo as secretarias com status de ministério), Itamar Franco (21) e Fernando Henrique Cardoso (23). Os mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, no entanto, interromperam a tendência. O petista e sua antecessora inflaram o número de pastas para 37 e 39, respectivamente. Durante a campanha eleitoral, a redução foi cobrada por diversos candidatos de oposição, como Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB) e Pastor Everaldo (PSC). Em rota de colisão com o Planalto, o PMDB decidiu encampar a ideia na semana passada e apresentou uma proposta de emenda à Constituição para diminuir o número de ministérios.

Segundo o texto do projeto, assinado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a redução teria um importante valor simbólico para “sinalizar para a sociedade que o gasto público com a máquina administrativa terá limite”. Não há na proposta nenhum estudo nem é apontada nenhuma meta de redução de gastos que se pretenda alcançar. Em lugar disso, Cunha escreveu “acreditar” que a redução “atende bem às necessidades do Estado moderno e alinha o país ao tamanho dos demais estados em igual ou superior grau de desenvolvimento”.

Mesmo com a aprovação do projeto, o Brasil ainda teria mais ministérios do que a Argentina (17), o Uruguai (13), e os Estados Unidos (15), mas seria mais austero do que o Chile (23) e a China (25). Um dos pontos a serem aperfeiçoados na PEC, segundo especialistas, é o critério de escolha para eliminar as pastas. Estruturas como a Secretaria de Aviação Civil, a Secretaria de Assuntos Estratégicos e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial gastam muito pouco – as três, juntas, tiveram orçamento menor do que R$ 3 milhões em 2014, de acordo com o Portal da Transparência. Já a Secretaria de Portos executou R$ 313,34 milhões no mesmo período, 50% a mais que o Ministério do Turismo, que gastou R$ 211,76 milhões.

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Governança

Para gastar com qualidade, de acordo com Calmon, é necessário, por exemplo, implementar a obrigatoriedade de avaliação dos programas de governo. “Não se podem criar programas que não sejam submetidos a avaliações sistemáticas para averiguar se os gastos são feitos de acordo com as necessidades e expectativas da população”, diz. Para o professor da Universidade Federal Fluminense Cláudio Gurgel, a redução dos ministérios também facilita no quesito gestão. “Passa a ideia de que a classe política está disposta a também cortar na própria pele

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Mestre em administração pública, Gurgel reforça ainda que, nessa discussão, é preciso equalizar governança e governabilidade. “Uma precisa da outra. Não adianta sacrificar a governabilidade em nome da governança. Da mesma maneira, não se pode esquecer da governança para priorizar a governabilidade”. Entre os dois pratos da balança, de acordo com o professor, ganhou espaço, atrapalhando a administração, a “política do toma lá dá cá e o princípio da contemplação dos interesses de grupo”.

Além dos ministérios, a discussão sobre corte de gastos deve ser feita também em relação à estrutura das pastas, diz Gurgel. O gabinete da ministra Kátia Abreu, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por exemplo, tem 56 cargos. Com orçamento seis vezes superior, o Ministério da Educação tem 14 cargos no gabinete do ministro. Apesar do crescimento do número de ministérios, que quase dobraram, passando de 21 em 1994 para 39 em 2015, a quantidade de servidores não acompanhou a curva, passando de 1,7 milhão para 2 milhões no período — incremento de 17%. “O Brasil avançou muito, mas ainda há muito a ser feito, especialmente na gestão orçamentária”, avalia o cientista político Paulo Calmon.

Fonte: Correio Braziliense Data: 29/03/2015

VALE DEVE CONFIRMAR PARCELA DE DIVIDENDO O conselho de administração da Vale deve apreciar, em reunião agendada

para hoje, proposta da diretoria-executiva da mineradora sobre o pagamento aos acionistas da primeira parcela do dividendo mínimo de 2015, de US$ 1 bilhão. A avaliação de fonte no mercado é que a empresa deve honrar esse compromisso, apesar da recente queda nos preços do minério de ferro ter surpreendido até a própria companhia. Ontem o minério com teor de 62% de ferro ficou em US$ 48,80 por tonelada no mercado à vista da China. A redução nos preços tem provocado perdas de receitas para a Vale.

O pagamento de dividendos ainda robustos e os pesados investimentos que a Vale terá de fazer em 2015 e 2016 levam analistas no mercado a prever que, no atual cenário de preços, a empresa deverá ter um fluxo de caixa livre negativo de cerca de US$ 2,4 bilhões neste ano e também no ano que vem. A conta considera que a mineradora só conseguiria colocar em caixa parte dos US$ 6 bilhões a US$ 7 bilhões que projetou recentemente obter com a venda de ativos este ano. O desinvestimento tem sido apontado pela Vale como uma maneira de cobrir o déficit no fluxo de caixa.

Em 2015, a empresa projetou investir cerca de US$ 10 bilhões e pagar US$ 2 bilhões em dividendos. Procurada, a Vale não quis comentar as previsões dos analistas sobre o fluxo de caixa negativo.

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Mesmo em um cenário adverso, a Vale tenta se manter como uma boa pagadora de dividendos. No mercado, há quem acredite que a empresa manterá seus compromissos de dividendos para 2015. Mas há quem prefira não arriscar qualquer previsão. Em 2016, a Vale deve reduzir a zero o pagamento de dividendos aos acionistas, na opinião de analistas de bancos de investimento ouvidos pelo *Valor*.

Para 2015, a diretoria-executiva da Vale anunciou, no fim de janeiro, o

pagamento de US$ 2 bilhões em dividendos mínimos aos acionistas, o que representa redução de 52% em relação aos US$ 4,2 bilhões pagos em 2014. É tradição da Vale anunciar em janeiro a política de dividendos para o ano. A proposta de dividendos da Vale determina duas cotas, a serem pagas em abril e outubro de cada exercício. Apesar de anunciada em janeiro, a proposta precisa ser aprovada pelo conselho de administração da empresa em reuniões realizadas em abril e outubro.

A vale anunciou que, considerando a quantidade de ações em circulação

em 27 de fevereiro deste ano, a proposta da primeira parcela de dividendo equivale ao pagamento do valor bruto de US$ 0,194 por ação ordinária ou preferencial. Caso o conselho de administração aprove o pagamento da primeira parcela, o desembolso do US$ 1 bilhão será feito no dia 30 de abril. Há entre os analistas quem duvide se a segunda parcela, de mais US$ 1 bilhão, a ser apreciada pelo conselho em outubro, poderá ser alterada.

No mercado, a avaliação é que se a diretoria-executiva tivesse de definir hoje a política de dividendos para o ano dificilmente o valor seria igual aos US$ 2 bilhões anunciados em janeiro. Neste momento, porém, não cumprir com o compromisso poderia representar perda ainda maior para a ação da mineradora, disse outro analista. No ano até ontem, a ação preferencial da Vale acumulava perda de 21,37% e a ordinária, de 16,75%. "Seria surpresa, algo não visto na história recente da companhia, se o conselho de administração anunciasse agora corte na proposta de dividendos submetida pela diretoria", disse o analista.

Autor(es): Francisco Góes Fonte: Valor Econômico Data: 14/04/2015

AUMENTA O RISCO DE CORTE DE RATING A Vale pode ter sua nota de crédito cortada dentro das próximas duas a

três semanas. O alerta foi dado ontem pela agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P), que colocou o rating da companhia em observação com viés negativo, para possível rebaixamento, por conta da queda dos preços do minério de ferro. Por enquanto, a nota foi mantida em "BBB+", mas a instituição se junta a outros agentes do mercado que passaram a se preocupar mais com as mineradoras depois do enfraquecimento do mercado.

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Ontem, Standard & Poor's, UBS e Citi reduziram projeções para o minério nos próximos anos. O Citi se tornou o mais pessimista para o insumo dentre todos os consultados pelo *Valor*, com perspectiva de US$ 45 por tonelada para 2015 e US$ 40 a tonelada no ano que vem. Em relatório intitulado "o fim da era do ferro", a equipe de analistas da instituição diz que serão "de um a dois anos bem difíceis para o setor, até que a sobreoferta seja equilibrada [com a demanda]"

A Standard & Poor's informou no alerta que os preços do minério devem ficar em US$ 45 por tonelada, em média, até o fim deste ano. Para 2016, a previsão é de US$ 65. Na opinião da agência, o desequilíbrio no mercado provavelmente vai se manter durante os próximos dois anos. "Projetamos uma melhora apenas modesta nos preços até 2017, já que levará um bom tempo para as produtoras reduzirem capacidade", diz a agência.

Junto com Vale, foram colocadas em observação várias mineradoras, dentre elas a Rio Tinto, a BHP Billiton e a Forstecue Metals Group. Procurada, a brasileira ressaltou que todas as grandes também terão a perspectiva analisada nas próximas semanas e que não fará comentários adicionais sobre o assunto. A agência de risco espera uma posição das empresas sobre como conseguirão sustentar seu fluxo de caixa nesse ambiente deteriorado.

Já o UBS reduziu em 14% a estimativa para 2015, agora em US$ 51 por tonelada, e diminuiu em 18% a perspectiva para 2016, fixada em US$ 48. A projeção de longo prazo é de US$ 55 por tonelada. Outra agência de rating, a Moody's, previa em fevereiro um nível de preços entre US$ 65 e US$ 75 durante o ano que vem. No total, o *Valor* levantou 15 projeções para o minério em 2015 e a média é de US$ 54 por tonelada.

Na semana passada, a Fitch havia alertado para uma possível quebra de cláusulas restritivas de dívida da Vale no caso de o minério continuar desvalorizado por muito tempo. Nas contas da agência, caso o preço médio seja menor do que US$ 50 por tonelada, é possível que os chamados "covenants" sejam estourados para obrigações de US$ 7,7 bilhões. Mas o problema seria pequeno, já que 66% do valor está nas mãos do BNDES.

Ontem, o minério negociado no porto de Tianjin, na China, subiram 3,2%, para US$ 48,80 a tonelada. Enquanto isso, as ações ordinárias da Vale fecharam em R$ 18,24, recuo de 0,97%, enquanto as preferenciais de classe A perderam 1,56%, para R$ 15,12.

Para a Standard & Poor's, a queda do minério é influenciada também pela queda do custo de produção e a desvalorização das moedas das principais produtoras ante o dólar. Parte dessa piora tem relação com a própria Vale, que vai inundar o mercado com nova oferta da commodity com o projeto S11D, de Carajás (PA).

Ontem, o Deutsche Bank advogou em causa da companhia, lembrando que o projeto é muito interessante economicamente para ser postergado ou paralisado. O banco calcula que, mesmo com o minério a US$ 45 a tonelada - cotação que ainda não foi atingida nos últimos anos -, a taxa interna de retorno de S11D seria de 10%.

Autor(es): Renato Rostás Fonte: Valor Econômico Data: 14/04/2015

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WORLD BANK CONDUCTS PUBLIC PERCEPTION SURVEY

ON MINING INDUSTRY IN 14 COUNTRIES In January, the World Bank, in partnership with RIWI Corporation,

conducts a public perception survey on the extractive industries with a focus on mining. Over 16,000 individuals completed the survey from 14 countries (Australia, Canada, Chile, Colombia, Ghana, India, Indonesia, Mozambique, Senegal, South Africa, Tanzania, Tunisia, Uganda and Zambia).

63% of respondents feel the mining industry has a positive or very positive impact on

their country

64% of respondents feel the mining industry has a positive or very positive impact on

employment in their country

65% of respondents feel the mining industry has a positive or very positive impact on

money collected by their government

57% of respondents believe the mining

industry has a positive or very positive impact on community

Fonte: PDAC

IRON ORE: PRICES APPROACHING BREAK-EVEN POINT FOR LOW-COST PRODUCERS

We had expected further weakness in iron ore prices, but the speed of the

decline has been surprising. We believe the weakness since the start of the year has been driven by: 1) the impact of lower costs from depreciating producer currencies, lower oil prices and operational efficiencies, 2) limited seasonal supply disruption, and 3) weaker than expected steel production. While prices are now reaching a point where even low-cost producers are likely struggling to make positive returns on projects, we expect more supply expansions this year to add further pressure to prices in the short term.

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• Prices have continued to decline in recent months: While we have previously written about the challenges in the iron ore market given the large amount of new supply being introduced, the price fall has been far more severe than we expected. Spot prices have declined 65% since the start of CY2014 and are now at a level where all producers with the exception of Vale, Rio Tinto and BHP Billiton are likely loss-making.

• No respite as new supply likely to come online in the next two quarters: Despite the rapid decline in the spot price, the low-cost producers continue to target substantial new capacity growth to come online over the next two quarters. We expect ~90-100Mtpa of new capacity to be introduced from the big four suppliers in CY2015. The offset could come from production curtailments from high-cost suppliers. We estimate lower prices caused around 145-150Mt of high cost production from China and non-traditional seaborne suppliers to exit the market in 2014, with further exits anticipated in 2015, most recently Atlas Iron in Western Australia. However, many producers continue to operate at losses.

• Current prices provide little margin for the low-cost producers: We estimate all-in costs for BHP Billiton and Rio Tinto (as the lowest cost suppliers of iron ore into China) of ~US$35-$40/t. Additionally, based on our previous work on long-term prices (link), we estimate a low-cost brownfield expansion in the Pilbara at US$50/t capital intensity requires a US$48/t price to generate a 15% IRR. Therefore we believe it is unlikely that current prices can persist over the long term. However, with most low-cost producers continuing to grow and waiting for others to curtail, we expect limited resistance to lower prices in the short term.

• Lowering price forecasts: We expect prices to trough in the September 2015 quarter at US$43/t and to average in the US$40s for the remainder of this year and $50/t next. Beyond that, we expect prices to improve in 2017 based on the assumption that high-cost supply is eventually curtailed to bring the market back into balance.

Click the link below for the full Note and disclaimers. markets.jpmorgan.com/research/email/-6vi9h02/GPS-1679849-0.pdf

Fonte: J.P.Morgan Data: 15/04/2015