CÁLCULO DA VIABILIDADE ECONÔMICA NA AQUISIÇÃO DE UMA … · diretamente em uma empresa do ramo...
Transcript of CÁLCULO DA VIABILIDADE ECONÔMICA NA AQUISIÇÃO DE UMA … · diretamente em uma empresa do ramo...
1Graduando em Engenharia de Produção pela UNIDRUMMOND, [email protected]
2 Graduando em Engenharia de Produção pela UNIDRUMMOND, [email protected]
3 Graduando em Engenharia de Produção pela UNIDRUMMOND, [email protected]
4 Professor Especialista pela UNIDRUMMOND, [email protected]
5 Professor Orientador pela UNIDRUMMOND, [email protected]
CÁLCULO DA VIABILIDADE ECONÔMICA NA AQUISIÇÃO DE
UMA NOVA MÁQUINA PRODUTORA DE MANGUEIRAS
Ricardo Sales1
Thaise Ferreira2
Thalia Constantino3
Ivanoe Capusso4
Wagner Costa Botelho5
RESUMO Realizamos um estudo para determinar a viabilidade econômica dê-se realizar a
troca de um equipamento, bem como a análise de seus devidos rendimentos de
produtividade provindos desta aplicação, como base nos referenciamos
diretamente em uma empresa do ramo de fabricação de mangueiras. Para
realizarmos um estudo através do método de avaliação econômica, devemos
utilizar algumas ferramentas como, por exemplo: fluxo de caixa, analise de custos
variáveis e por absorção, analise do risco, o tipo, e o ajuste ou resolução para
projeto. Com embasamento no processo de produção da empresa MFlex (Nome
Fictício), que gentilmente abriu parte de seu processo para que pudéssemos
acompanhar e estimar os valores de investimento, e assim conseguimos avaliar a
rentabilidade decorrente da venda de mangueiras e acessórios no mercado.
Através da descrição dos processos de produção e o estudo dos métodos
especificados, optamos por utilizar o método de Custo Anual Equivalente (CAE),
pois é o método que melhor se encaixa no propósito do trabalho. Após a
realização dos cálculos chegamos à conclusão de que se deve substituir a
máquina atual pela nova.
Palavras-chave: Viabilidade Econômica, Custos, Rentabilidade.
2
INTRODUÇÃO
Diante do cenário econômico que o país vem enfrentando para sobreviver
no mercado, às empresas buscam novas formas de executar as atividades
exercidas, e gerenciar seus recursos, podendo assim aumentar sua capacidade
de produção reduzindo os custos, atendendo as exigências dos clientes gerando
uma margem de lucro máxima possível. A análise de investimento é de muita
importância, em função das inúmeras mudanças no meio empresarial e da
globalização a área da administração de investimentos é essencial para o
crescimento e permanência das organizações.
Os mais variados tipos de troca de equipamentos fixos podem ser
associados em cinco modelos comuns sendo eles a baixa sem reposição,
substituição similar, substituição não similar, substituição com avanço tecnológico
e substituição planejada (CASARITTO & KOPITTKE, 2010).
Por se tratar de custos isolados, envolve todas as áreas de
responsabilidade da organização tais como: administrativo, finanças, qualidade,
manutenção entre outras. Neste artigo iremos tratar a viabilidade econômica em
se adquirir um novo equipamento uma indústria produtora de tubos flexíveis para
alta pressão.
O desgaste do equipamento devido ao uso constante exige cada vez mais
manutenção e leva a aumentos nos custos operacionais, sabe-se ainda que cada
hora parada para manutenção é uma hora a menos de produção sem retorno de
produção para aquele período. Podendo levar em consideração que em alguns
casos o equipamento já não atua de maneira eficaz não podendo trabalhar em
sua total capacidade, podendo ser considerado inadequado para a operação.
Os gastos de se manter um ativo muito desgastado e muito depreciado
tende a ser alto, causando a redução dos lucros, sendo assim necessária a
substituição desse equipamento para que se tenha um melhor resultado de sua
função operacional e econômica.
Neste artigo foi realizada uma pesquisa para determinar a viabilidade
econômica na troca de um equipamento, e os rendimentos de produtividade
provindos desse investimento, diretamente em uma empresa do ramo de
fabricação de mangueira.
Identificamos que os gastos operacionais e as manutenções ultrapassam
3
os custos esperados para o funcionamento do ativo. Sendo necessários
comandos manuais para a operação do equipamento, constatou-se que a
manutenções executadas na máquina, não surtia os resultados esperados,
compensando a substituição ao invés de manter o equipamento antigo.
1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
O objetivo de qualquer empresa é gerar lucros, contudo para que a
idealização de um projeto seja atrativa não basta que ele só gere resultados
positivos, é necessário que em comparação com outros investimentos o lucro e o
retorno gerado sejam superiores aos outros projetos. Neste capitulo iremos
abordar as principais teorias que venham a conduzir o desenvolvimento das
propostas para a empresa em estudo.
1.1. Estudo da Viabilidade Econômica
Para darmos início no nosso estudo para a determinação da viabilidade
econômica de se adquirir uma nova máquina na produção de mangueiras da
empresa MFlex, é preciso entender quais são as alternativas e decisões,
podemos determinar que as opções são os diversos caminhos que podem ser
tomados para se alcançar um objetivo, dentre os muitos objetivos à serem
alcançados há os benefícios tangíveis e os intangíveis.
Os benefícios Tangíveis são expressos por valores econômicos com
relativa facilidade, visto que seguirem numa lógica em que a totalidade das
variáveis é motivada de modo simples. Já os benefícios que são intangíveis, não
são expressos em termos econômicos com relativa simplicidade, visto que as
determinações são objetos de análises subjetivas que carecem de embasamentos
dentro de uma estrutura para que não sejam refutados.
Boa parte das empresas é composta de ambos os benefícios, e estes são
explorados e analisados através do estudo da viabilidade econômica, que
podemos definir como a análise de um projeto a ser realizado para conferir sua
justificativa, levando-se em conta as questões jurídicas, administrativas,
comerciais, técnicas e financeiras.
4
A opção econômica é a analise de modo econômico de uma das
perspectivas propostas. Se várias possibilidades econômicas existirem, é
essencial haver uma categorização conforme algum parâmetro econômico.
A decisão é a alocação dos recursos a uma das possibilidades
econômicas, permitindo seu implemento. É necessário tomar-se muito cuidado na
deliberação das possibilidades econômicas, pois a destinação dos recursos é
iniciada em um modelo de execução, que em grande parte, é irreversível. A
alternativa julgada mais conveniente necessita estar lastreada em bases seguras
para não se incorrer em erros irreparáveis que o tempo se encarregará de
demonstrar.
Já o risco é a possibilidade de se obter resultados insatisfatórios através de
uma decisão. Existem decisões que são totalmente subjetivas e os riscos nelas
contidos podem ser enormes. Entretanto, grande parte das decisões, quando não
dependem de fatores individuais podem ser equacionadas por meio de técnicas
adequadas, de forma a serem visualizadas alternativas econômicas que auxiliarão
imensamente a tomada de decisões, isentas, em grande parte, de fatores
pessoais.
Desde que haja critérios econômicos, podem ser apresentadas alternativas
econômicas que poderão auxiliar em decisões relativas a investimentos, vida
econômica do equipamento, custos mínimos, e diversos outros campos
pertencentes aos vários setores da produção.
As decisões são resultantes de análises das posições econômicas nos
instantes, presente, futuro ou intermediário.
O levantamento destas posições econômicas ao longo do tempo chama-se
fluxo de caixa, e graças a eles podemos examinar, de forma mais clara, tais
situações econômicas naqueles instantes: presente, futuro e após cada um dos
períodos intermediários adequados entre estas duas situações extremas.
1.2. Fluxos de Caixa
A avaliação econômica de retorno do investimento pode ser realizada
criando-se o fluxo de caixa com as estimativas de desembolso inicial de cada um
5
dos projetos do portfólio. Os métodos tradicionais, são baseados no fluxo de caixa
descontado tradicional, como por exemplo, o Valor Presente Líquido (VPL), a
Taxa Interna de Retorno (TIR), o Retorno sobre Investimentos (ROI), o Índice de
Lucratividade (IL) e o playback. Geralmente é utilizado como referência a taxa
mínima de atratividade (TMA), que serve como parâmetro para a aceitação ou
rejeição de um determinado projeto de investimento, o mínimo a ser alcançado
pelo investimento para que ele seja economicamente viável (REBELATTO, 2004).
Usualmente o período anual é utilizado para cálculo de fluxo de caixa, já
que boa parte dos projetos é planejada com duração anual. Após o cálculo
desses valores eles serão somados, obtendo-se um valor final do fluxo de
dinheiro esperado pela empresa.
Os elementos fundamentais do fluxo de caixa são primordialmente:
Investimento, que se qualifica como os gastos necessários para a geração de
vantagens em longo prazo. A receita se refere à estimativa de venda de produtos
e subprodutos atingidos pela produção. E por fim os custos e despesas de
produção que são definidos pelos valores gastos direta e indiretamente para a
produção e venda do produto.
1.3. Métodos de absorção de custeio variável e do custeio por absorção
Por volta de 1920 surgiu o método de custeio por absorção, que é o mais
utilizado pelas empresas, podemos dizer que esse método se baseia no conjunto
de todos os gastos relativos ao esforço de produção aos produtos ou serviços,
sejam diretos ou indiretos, fixos ou variáveis.
Sua execução é focada em longo prazo no qual variações de lucro, de
custo e de volume têm de ser convenientemente harmonizadas. Por esse método,
são apropriados os custos diretos e indiretos aos produtos ou serviços, para a
valorização dos estoques.
A desvantagem da utilização desse método é que a atribuição de todos os
custos aos produtos ou serviços, por meio de critérios, muitas vezes arbitrários,
tais como os chamados rateios que consistem na apropriação de determinado
6
custo a um produto, baseado em referências como hora máquina, hora mão-de-
obra, entre outros.
Por outro lado, o método do custeio variável defende a divisão dos custos
em fixos e variáveis. Conforme Bornia (2002), “apenas os custos variáveis são
relacionados aos produtos, sendo os custos fixos considerados como custos do
período”.
Nota-se que para a uma maior valorização dos estoques, devemos
empregar aos produtos somente os custos variáveis, já que os fixos são
designados para um determinado período.
Na tabela a seguir podemos visualizar as principais diferenças entre os
dois custos.
Tabela 1: Diferenças entre o Custeio por Absorção e Custo Variável. Fonte: UEFS (2018)
1.4. Analise de Risco, Tipo e Ajuste para o projeto
1.4.1. Monitorar a viabilidade durante o desenvolvimento do produto
Por meio da simulação e monitoramento de toda a análise, é possível obter
uma previsão dos acertos da empresa.
A importância de se monitorar a análise de viabilidade se deve a
necessidade de tomada de decisões, para, por exemplo, saber se a produção de
determinado produto é viável ou não, devido ao fato da mudança de diversos
7
fatores como, por exemplo, o concorrente lançar algo similar primeiro; crises
financeiras; mudanças nas taxas de referência; etc.
1.4.2. Ponderar a análise com possíveis riscos
Ao escolhermos utilizar uma análise de viabilidade, consideramos que
todas as idéias iniciais estão corretas. Contudo, sempre pode haver riscos. Tais
riscos podem ser classificados em dois grupos: riscos tecnológicos e riscos
mercadológicos. Os riscos tecnológicos podem ser considerados como os
quesitos relacionados à probabilidade de sucesso (ou fracasso) da tecnologia e
soluções adotadas. Já os riscos mercadológicos conceituam o sucesso (ou
fracasso) que um produto. Em síntese devemos sempre levar em conta tais
riscos, bem como os antecedentes quando realizamos a análise de viabilidade do
projeto em desenvolvimento.
No método, conhecido como valor comercial esperado, utilizamos os
conceitos da árvore de decisão, considerando as probabilidades de sucesso
técnico e comercial, custo de comercialização e desenvolvimento, para determinar
o valor aguardado do projeto. Quando o projeto é de alto risco, isto é, quando a
probabilidade de sucesso técnico ou comercial é baixa e os custos para realizar o
projeto são altos, o fluxo de caixa descontado e o VPL subestimam o verdadeiro
valor do projeto (COOPER, 2001, p.228).
2. PRODUTO
Um dos produtos fabricado pela empresa MFlex é comercializado como
mangueira flexível metálica em aço inoxidável corrugado e são produzidas para
atender aplicações onde permeação e absorção sejam mínimas, as mangueiras
são constituídas por um núcleo corrugado recoberta por uma malha trançada de
alumínio que permite a flexibilidade e limita o aparecimento de vincos (sinal ou
sulco que fica em algo que se dobra). Estas são disponíveis com uma grande
variedade de conexões e são adequadas para aplicações de alta temperatura,
vácuo, ambientes corrosivos ou de uso geral. Tendo larga aplicação residencial
seja para passagem de gás GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) ou GN (Gás Natural
- usado em instalações prediais); passagem de água quente ou fria sendo
8
instaladas nos aquecedores ou pias e em indústrias de vários segmentos seja nas
áreas fabril ou suas dependências.
Atualmente a MFlex produz somente tubos de 15 metros e as conexões
são vendidas separadamente ficando a critério do cliente o tamanho e conexão
que a mesma será revendida.
2.1. Analise Econômica
A produção de tubos flexíveis fabricada pela empresa MFlex, a que
colaborou para o presente artigo abrindo parte de seu processo para que se
pudesse acompanhar e estimar os valores de investimento num conjunto de
máquinas, para aumentar a sua capacidade produtiva. Vamos avaliar a
rentabilidade decorrente da venda de mangueiras e acessórios no mercado.
A empresa não informa sua receita, por isso alguns dos dados monetários
que não foram fornecidos serão estimados, ou seja, parâmetro de que a
administração dispõe para efetivar contratações desde que reflita o preço de
mercado.
Contudo para a estimativa foi realizada uma análise verificando a
representatividade percentual de acordo com os valores totais de ativos e
passivos, em função de um levantamento de preços unitários dos produtos,
levando em consideração uma média de 320 unidades de 15 metros produzidas
por mês no ano de 2018, com expediente de segunda a sexta nos horários
comerciais conforme informação da empresa.
2.2. Processo
O processo da MFlex para produção de mangueira consiste em duas
etapas.
A primeira etapa consiste em fazer o tubo de pvc, para isso é utilizado um
equipamento conhecido como corrugadeira. A corrugadeira utilizada no processo
é uma mecânica de marca WEG modelo H100 (imagem 1) a qual será substituída
por uma pneumática de marca PLAYMACK modelo H700 (imagem 2) – 2018.
9
A segunda etapa consiste no revestimento deste tubo com tramas de
alumínio, para o que é utilizada uma trançadeira sendo a máquina atual uma
UNIMAT modelo M.U. (imagem 3) 800 com um reservatório que suporta 70Kg de
alumínio em pó e trança barras com 15 metros de comprimento e bitolas entre ½”
à 2”½. Esta será substituída por uma trançadeira da mesma marca, modelo
M.U.H 600 (imagem 4) com um reservatório de 150Kg de alumínio em pó e trança
barras de 25 metros de comprimento e bitolas entre ½”à 3”.
Imagem 1 Corrugador H100.
Fonte: Própria do autor
Imagem 2 Corrugador H700. Fonte: Playmack (2018)
Imagem 3 Trançadeira M. U. Fonte: Unimat 2018
Imagem 4 Trançadeira M.U.H. 600 Fonte: Unimat 2018
Atualmente a operação da máquina é realizada por dois operadores tendo
um custo total de R$ 4.954,80 (estimativa de encargos sociais mais salário).
10
Na tabela 2 segue informações fornecidas pela empresa MFlex.
Despesas Barras de 15 metros Barras de 25 metros
Descritivo dos lançamentos contábeis Valor R$ Valor R$
Mão de Obra direta (base horária) 4.954,80 2.477,20
Mão de Obra indireta (base horária) 1.250,00 1.250,00
Aluguéis (somente dos galpões) 2.000,00 2.000,00
Depreciação de máquina 78.000,00 142.000,00
Luz e Força 5.250,00 5.250,00
Subtotal 91.456,80 152.997,20
Despesas de administração geral 9.400,00 9.400,00
Total 100.856,80 162.377,20
Tabela 2 – Custos máquina atual / máquina estimada. Fonte: Tabela elaborada pelos autores com base nas informações fornecidas pela empresa MFlex.
O fluxo de caixa de todo processo com padrão convencional pode incluir
três componentes básicos sendo eles: Investimento inicial; entradas e saídas de
caixa; valor residual. Após estudo sobre os métodos apresentados acima se optou
pelo método de Custo Anual Equivalente (CAE) Sendo o mais eficaz para a
obtenção dos resultados
Custo Anual Equivalente verifica a opção com menor CAE possível dentro
do horizonte de tempo avaliado, onde a Vida Econômica (VE) tende a Vida Física
(VF) do equipamento a medida que: aumenta a taxa de desvalorização o custo de
instalação e a taxa mínima de atratividade (custo de capital) e ao mesmo tempo
diminui o incremento da função de custo. Portanto espera-se que a Vida
Econômica (VE) seja maior ou igual a Vida Física (VF) do equipamento.
O tempo para depreciação destes equipamentos é de 10 (dez) anos tendo
10% uma taxa anual conforme estipulado pela Receita da Federal, mostrado a
seguir na tabela de depreciação.
Taxa Anual Anos de Vida Útil
Edifícios 4% 25
Maquinas e Equipamentos 10% 10
Instalações 10% 10
Moveis e Utensílios 10% 10
Veículos 20% 5
Computadores e Periféricos 20% 5 Tabela 3 - taxa anual.Fonte: Receita da Federal, 2018.
Os valores da corrugadeira e da trançadeira são 97.000,00 e 45.000,00
respectivamente, levando em consideração os 10 anos de depreciação temos que
11
os equipamentos têm uma perda de valor de 10% ao ano em valor de mercado,
sobrando ao fim deste um valor residual apresentado na tabela estimada abaixo.
A estimativa foi baseada através de dados coletados em relatórios de produção
dos últimos 6 meses sendo realizada dentro da empresa MFlex, que nos forneceu
os valores das máquinas usadas, uma informação passada pelo fabricante é o
custo de manutenção preventiva sendo de R$ 6.600,00 ao ano e uma TMA de 5%
a.a. abaixo segue tabela de depreciação da máquina atual e a máquina futura
com valores no tempo estando seus respectivos na data atual, ou seja
transportados para data zero onde podemos fazer as devidas operações
matemáticas.
Tabela 4 - Depreciação – equipamentos atuais. Fonte: Autores
Tabela 5 - Depreciação – equipamentos novos. Fonte: Autores
A
N
O
VALOR DO
EQUIP.
MANUT.
CUSTOS
ANUAIS
TOTAIS
V.P. DO
EQUIP.
V.P. MANUT.
V.P. CUSTOS
ANUAIS
TOTAIS
1 R$ 78.000,00 R$ 5.400,00 R$ 76.359,60 R$ 74.285,71 R$ 5.142,86 R$ 72.723,43
2 R$ 70.200,00 R$ 11.340,00
R$ 76.359,60 R$ 63.673,47 R$ 10.285,71 R$ 69.260,41
3 R$ 63.180,00 R$ 17.010,00
R$ 76.359,60 R$ 54.577,26 R$ 14.693,88 R$ 65.962,29
4 R$ 56.862,00 R$ 22.680,00
R$ 76.359,60 R$ 46.780,51 R$ 18.658,89 R$ 62.821,23
5 R$ 51.175,80 R$ 28.350,00
R$ 76.359,60 R$ 40.097,58 R$ 22.212,97 R$ 59.829,74
6 R$ 46.058,22 R$ 34.020,00
R$ 76.359,60 R$ 34.369,35 R$ 25.386,25 R$ 56.980,71
7 R$ 41.452,40 R$ 39.690,00
R$ 76.359,60 R$ 29.459,45 R$ 28.206,94 R$ 54.267,34
8 R$ 37.307,16 R$ 45.360,00
R$ 76.359,60 R$ 25.250,95 R$ 30.701,43 R$ 51.683,18
9 R$ 33.576,44 R$ 51.030,00
R$ 76.359,60 R$ 21.643,67 R$ 32.894,39 R$ 49.222,08
10 R$ 30.218,80 R$ 56.700,00
R$ 76.359,60 R$ 18.551,72 R$ 34.808,88 R$ 46.878,17
A
N
O
VALOR DO
EQUIP. MANUT.
CUSTOS
ANUAIS
TOTAIS
V. P. DO
EQUIP. V.P. MANUT.
V.P. CUSTOS
ANUAIS
TOTAIS
0 R$ 142.000,00
1 R$ 127.800,00 R$ 6.600,00 R$ 73.881,80 R$ 121.714,29 R$ 6.285,71 R$ 70.363,62
2 R$ 115.020,00 R$ 13.200,00 R$ 73.881,80 R$ 104.326,53 R$ 11.972,79 R$ 67.012,97
3 R$ 103.518,00 R$ 19.800,00 R$ 73.881,80 R$ 89.422,74 R$ 17.103,98 R$ 63.821,88
4 R$ 93.166,20 R$ 26.400,00 R$ 73.881,80 R$ 76.648,06 R$ 21.719,35 R$ 60.782,74
5 R$ 83.849,58 R$ 33.000,00 R$ 73.881,80 R$ 65.698,34 R$ 25.856,36 R$ 57.888,32
6 R$ 75.464,62 R$ 39.600,00 R$ 73.881,80 R$ 56.312,86 R$ 29.550,13 R$ 55.131,74
7 R$ 67.918,16 R$ 46.200,00 R$ 73.881,80 R$ 48.268,17 R$ 32.833,48 R$ 52.506,42
8 R$ 61.126,34 R$ 52.800,00 R$ 73.881,80 R$ 41.372,71 R$ 35.737,12 R$ 50.006,11
9 R$ 55.013,71 R$ 59.400,00 R$ 73.881,80 R$ 35.462,33 R$ 38.289,77 R$ 47.624,87
10 R$ 49.512,34 R$ 66.000,00 R$ 73.881,80 R$ 30.396,28 R$ 40.518,27 R$ 45.357,02
12
Para podermos usar o Cálculo Anual Equivalente (CAE) precisamos
primeiro trazer os valores para a data presente em cada ano, para isso aplica-se a
fórmula a seguir:
� = −��� +��
(1 + �)�
Fonte: CASARITTO, N.; KOPITTKE, B. H. (2010)
P – capital principal ven– valor do equipamento n – período i – taxa de juros empregados por período de capitalização n – número de períodos capitalizados
Depois de calculado o valor presente de cada período usamos o Cálculo
Anual Equivalente (CAE) onde o custo é transformado em uma série uniforme
usando a fórmula a seguir.
CAE =�. [�. (1 + �)�]
[(1 + �)�– 1]
Fonte: CASARITTO, N.; KOPITTKE, B. H. (2010) CAE – Custo Anual Equivalente do período P – capital principal do período i – taxa de juros empregados por período de capitalização n – número de períodos capitalizados
Repetindo a mesma para cada um dos 10 períodos, identificado a
viabilidade de 10 anos para substituí-los. Abaixo segue tabela 6 e 7 com cálculo
completo determinando o melhor momento da substituição do equipamento.
Tabela 6 - CAE máquina atual. Fonte: Autores
ANO (1+i)n [i.(1+i)
n] [(1+i)
n-1] P CAE
1 1,05 0,053 0,05 -R$ 77.866,29 R$ 81.759,60
2 1,10 0,055 0,10 -R$157.412,41 R$ 84.657,16
3 1,16 0,058 0,16 -R$238.068,58 R$ 87.420,82
4 1,22 0,061 0,22 -R$320.111,29 R$ 90.275,17
5 1,28 0,064 0,28 -R$402.478,25 R$ 92.962,33
6 1,34 0,067 0,34 -R$484.952,53 R$ 95.544,12
7 1,41 0,070 0,41 -R$567.337,15 R$ 98.047,10
8 1,48 0,074 0,48 -R$649.453,62 R$ 100.484,64
9 1,55 0,078 0,55 -R$731.570,09 R$ 102.924,65
10 1,63 0,081 0,63 -R$813.257,14 R$ 105.320,52
13
ANO (1+i)n [i.(1+i)
n] [(1+i)
n-1] P CAE
1 1,05 0,053 0,05 -R$ 96.935,05 R$ 101.781,80
2 1,10 0,055 0,10 -R$122.944,94 R$ 66.120,39
3 1,16 0,058 0,16 -R$151.761,62 R$ 55.728,17
4 1,22 0,061 0,22 -R$183.216,51 R$ 51.669,22
5 1,28 0,064 0,28 -R$217.128,18 R$ 50.151,14
6 1,34 0,067 0,34 -R$253.307,20 R$ 49.905,94
7 1,41 0,070 0,41 -R$291.560,05 R$ 50.387,36
8 1,48 0,074 0,48 -R$331.692,32 R$ 51.320,04
9 1,55 0,078 0,55 -R$373.511,23 R$ 52.549,32
10 1,63 0,081 0,63 -R$416.827,70 R$ 53.981,09
Tabela 7- CAE máquina nova. Fonte: Autores
3. ANÁLISE DE DADOS
CAE min,1 = R$ 81.759,60 CAE min,6 = R$ 49.905,94
Como CAEmin,6 é menor que CAEmin,1, então deve-se substituir a máquina
atual pela nova, a qual deverá ser utilizada por 5 anos. O menor valor obtido foi
R$ 49.905,54; significando então que o desempenho é bom obtendo um bom
resultado e a diferença é de 38,9% a menos entre CAE min,6 e CAE min,1 mostrando
ser viável a troca.
R$ 70.000,00
R$ 80.000,00
R$ 90.000,00
R$ 100.000,00
R$ 110.000,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
CAE MAQ. ATUAL
R$ 45.000,00
R$ 55.000,00
R$ 65.000,00
R$ 75.000,00
R$ 85.000,00
R$ 95.000,00
R$ 105.000,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
CAE MAQ. NOVA
14
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio do presente estudo apurou-se a importância em se realizar a
análise da viabilidade econômica para aplicação de investimentos seja qual for
sua natureza.
Para realizarmos este estudo utilizamos algumas ferramentas como, por
exemplo: ferramenta de fluxo de caixa, ferramenta análise de custos variáveis e
por absorção, ferramenta de análise do risco, ferramenta tipo, e a ferramenta de
ajuste ou resolução para projeto.
Por meio da descrição dos processos de produção e o estudo dos métodos
especificados da empresa denominada MFlex que atua no ramo de fabricação de
mangueiras, da cadeia produtiva de máquinas e equipamentos, optamos por
utilizar o método da análise de custo feito pelo então chamado CAE (Custo Anual
Equivalente), e através da análise de dados, possibilitou-nos identificar que os
gastos operacionais e as manutenções realizadas ao longo do tempo,
ultrapassam os custos esperados para o funcionamento do ativo.
Do estudo dos comandos manuais necessários para a operação do
equipamento, esse estudo pode levar a constatação que a manutenção
empregada na máquina, também não surtia os resultados esperados pelos
autores.
Assim, das análises dos dados e resultados obtidos da estratificação da
dos resultados da pesquisa, conseguimos chegar a conclusão de que quando
tratamos do custo propriamente dito, conforme vimos neste estudo de caso
especificamente, espera-se que a melhor decisão possível para a empresa em
estudo MFlex, tem-se a tomar a substituição da corrugadeira e da trançadeira.
Sobre o momento propício e ideal para a substituição dos equipamentos,
esse estudo nos levou a concluir, após ser repetida a mesma operação para cada
um dos 10 períodos, que a viabilidade é de 10 anos para a substituí-los.
Isso pelo fato de que, a fadiga dos materiais de concepção mecânica e
também de concepção elétrica, são fatores determinantes para que as empresas
invistam em manutenção preventiva de seus maquinários, obstante da política de
manutenção corretiva, entendendo erroneamente que manutenção preventiva
seja custo e não um investimento empresarial.
15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORNIA, A. C. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas.Porto Alegre: Bookman, 2002.
CASARITTO, N.; KOPITTKE, B. H.Análise de Investimentos: Matemática Financeira, Engenharia Econômica, Tomada de Decisão, Estratégia Empresarial. 9º ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PLAYMACK: Produtos – Corrugadora – Corrugadeira. Disponível em: http://www.playmack.com.br/products/Corrugadora-Corrugadeira-Corrugador-Playmack.html. Acesso em 15/09/2018.
REBELATTO, D. A. N. Projeto de Investimento. 1. ed. Barueri - SP: Editora Manole, 2004.
RECEITA FEDERAL. Taxa de bens e serviços. 2018. Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/anexoOutros.action?idArquivoBinario=36085 > ; Acesso em: 27/09/2018.
UEFS: Custeio por Absorção e o Custeio Variável. Disponível em: http://www2.uefs.br/sitientibus/pdf/32/o_custeio_por_absorcao_e_o_custeio_variavel.pdf; Acesso em 24 de setembro de 2018.
UNIMAT: Maquina-Trancadeira-m-u-h-600. Disponível em: http://www.unimat.com.br/trancadeira/maquina-trancadeira-m-u-h-600/.Acesso em