Classificação Profa. Lillian Alvares, Faculdade de Ciência da Informação, Universidade de...
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1
Classificação
Profa. Lillian Alvares, Faculdade de Ciência da Informação, Universidade de Brasília
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Enciclopédia Chinesa, tratada no conto O idioma analítico de John Wilkins, de Jorge Luís Borges
Os animais dividem-se em
a) pertencentes ao
imperador
b) embalsamados
c) domesticados
d) leitões
e) sereias
f) fabulosos
g) cães soltos
h) incluídos nesta lista
i) que se agitam como loucos
J) inumeráveis
k) desenhados com um pincel
finíssimo de pêlo de camelo
l) etc
m) que acabam de quebrar o
vaso
n) que de longe parecem
moscas
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Classificação insólitas, completamente estranhas
às categorias do nosso pensamento
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4
Foucault, 1966
Não discutimos as classificações a partir da nossa
realidade.
Elas são anteriores...
São códigos ordenadores da nossa cultura, códigos
fundamentais de todas as culturas...
.... que fixam para cada homem, as ordens empíricas
com que ele terá que lidar e em que se há de
encontrar.
A ação de classificar é intrínseca ao homem
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Então, classificar é
Atender ao desejo - e necessidade primordial - de
compreender e ordenar a variedade que nos rodeia.
Conhecer os principais campos do conhecimento
Identificar categorias gerais que permitam uma
aproximação suficiente com o que nos interessa
Criar, mesmo que inconscientemente, classificações.
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Definições
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Definição 1
Classificar é...
... dividir em grupos ou classes, segundo as
diferenças ou semelhanças, em certo número de
grupos metodicamente distribuídos.
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Conceitos
Método mais simples de ordenar a confusa
multiplicidade da natureza.
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Conceito
Fenômeno social...
... pois as pessoas classificam,
intuitivamente, as coisas o tempo todo.
O fato de que a maioria das pessoas não
percebe o quanto classifica é meramente um
indício da natureza fundamental do
processo de classificação.
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Conceito
O processo de classificação é uma formação
metodológica e sistemática...
... onde se estabelecem critérios para a divisão, isto
é:
a formulação de um esquema de categorias,
classes e subclasses,
... baseado nas características e relações dos
objetos considerados.
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Definição 2
Classificação é um processo mental habitual
ao homem, pois vivemos automaticamente
classificando coisas e idéias,...
... a fim de compreendê-las e conhecê-las
(Piedade, 1977)
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Visão Geral
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Principais Campos da Classificação (Diemer, 1974) Orientação ontológica (classificação dos seres)
Teoria sobre a natureza da existência, sobre o conhecimento do
ser. Tenta responder as questões: o que é ser, quais as
características comuns a todos os seres?
Orientação gnosiológica (classificação dos saberes)
teoria geral do conhecimento humano, voltada para uma reflexão em
torno da origem, natureza e limites do conhecimento humano.
Orientação biblioteconômica (classificação dos livros)
Orientação informacional (classificação das informações)
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Orientação ontológica
Desde Aristóteles até nossos dias, interessa
fundamentalmente aos lógicos e aos cientistas em que a
classificação tem um papel importante, tais como:
Biologia
Geologia
Cosmologia
Antropologia
Psicologia
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Orientação gnosiológica
Desde o Renascimento, uma intensa atividade de
classificação do conhecimento humano.
Estudado sobretudo na Filosofia da Ciência.
A classificação das ciências é então atividade
filosófica, determinada por razões teóricas,
especulativas, de conquista de uma mais rica
compreensão das relações entre os saberes, ou
visando efeitos normativos sobre as ciências de cada
época.
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Orientação biblioteconômica
Ciência da classificação, isto é, de um novo
domínio científico que tem por tarefa o estudo de
todos os possíveis sistemas de classificação.
O objeto de análise é o conceito de classificação e
sua abstração máxima.
Estuda a totalidade dos possíveis sistemas de
classificação e determine os meios da sua
realização e utilização.
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Orientação informacional
Informação aplicada em um domínio específico.
É uma taxonomia.
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Algumas Classificações
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Classificações Aristotélica: PrimeiraConcebeu inicialmente como um exercício mental, originariamente, em cinco predicados ou categorias:
1. Gênero
2. Espécie
3. Diferença
4. Propriedade
5. Acidente
Gênero é uma classe de objetos que possuem certo número de características em comum.
A diferença leva às espécies, de acordo com a presença ou não desta característica.
Uma espécie, portanto, possui uma diferença específica que a distingue de seu gênero próximo.
Propriedade é uma característica essencial a um conceito, inerente a ele.
Acidente é uma qualidade ou circunstância que pode ou não estar presente em um conceito.
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Classificações Aristotélica: Primeira
A classificação baseada no princípio de relação
gênero-espécie implica na escolha arbitrária de
uma característica como diferença, sendo
todas as demais abstraídas.
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Classificações Aristotélica: Primeira
A relação gênero-espécie continua sendo
princípio válido e muito utilizado para
subdivisão de uma categoria formal nas
modernas classificações.
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Classificações Aristotélica: Segunda
Dez categorias: determinação formal do ser
1. Substância
2. Qualidade
3. Quantidade
4. Relação
5. Lugar
6. Tempo
7. Situação
8. Posse
9. Ação
10. Sofrimento ou
passividade
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Inspirou
1. Raimundus Lullus (1232-1315), Ars Magna, A Àrvore da Ciência
Árvore principal Elementar: Estudo da Física Planta: Botânica Sensual: Biologia Imaginativo Artes Humano: Antropologia Moral: Ética Imperial: Política Apostólica: Eclesiologia Astrologia: Celestial Angélico: Angeologia Eterno: escatologia Maternal: Mariologia Cristão: Cristologia Divino: Teologia
Árvores auxiliares Exemplifical
Questional
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Inspirou
2. John Wilkins (1668), na linguagem filosófica de
(1614-1672), um sistema para a ordenação de
todo o vocabulário científico da língua inglesa,
composto, entre outros, de um esquema de
classificação de coisas e conceitos elementares.
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Inspirou
3. Peter Mark Roget (1779-1869), no Thesaurus
of English words and phrases (1852), uma
classificação do vocabulário geral da língua
inglesa, de acordo com uma sistemática
categorial.
4. S. R. Ranganathan (1892-1972), na Colon
Classification (1933).
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Classificações Aristotélica: Terceira
Esquema tripartite de classificação
Ciências teóricas Física Matemática Metafísica
Ciências práticas Ética Economia Política
Ciências produtivas Poética Estética Artes
De acordo com as capacidades do homem de: Pensar Agir Fazer
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Inspirou A. Poliziano (1454-1494)
Teologia (Presentação) Filosofia (Invenção) Previsões e profecias
M. Nizolio (1498-1556) Filosofia física ou natural Filosofia política ou civil Eloqüência ou lógica
J. Huarte (1535-1592) Artes e Ciências
Adquiridas pela memória Que dependem
do raciocínio Produzidas
pela imaginação
Francis Bacon (1561-1626)
História (Memória)
Poesia (Imaginação)
Filosofia (Razão)
G. W. F. Hegel (1770-1831)
Lógica
Filosofia natural
Filosofia do espírito
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Classificações Aristotélica: Quarta
Cinco níveis do ser
Natureza morta
Seres vivos
Vegetais
Animais
Seres intelectuais
Seres divinos
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Inspirou Roger Bacon (1214?-1294)
Gramática e Lógica
Matemática
Física
Metafísica e Moral
Teologia
R. Descartes (1596-1650)
Lógica
Matemática
Filosofia
Medicina
Ciências mecânicas
Ética
G. W Hegel (1770-1831)
Lógica
Filosofia natural
Filosofia do espírito
A. M Ampère (1775-1836) Ciências cosmológicas Ciências matemáticas Ciências físicas Ciências naturais Ciências médicas Ciências noológicas Ciências filosóficas Ciências nootécnias Ciências etnológicas Ciências políticas
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Inspirou I. G. de Saint-Hilaire (1805-
1861) Série geral Ciências matemáticas Ciências físicas Ciências biológicas Ciências sociais
A. Comte (1798-1857) Matemática Astronomia Física Química Fisiologia Sociologia
R. Spencer (1820-1903) Ciência abstrata Lógica Matemática Ciência abstrata-concreta Mecânica Física Química Ciência concreta Astronomia Geologia Biologia Psicologia Sociologia
J. D. Brown (1862-1914) Matéria e força Vida Mente Registro
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Inspirou H. E. Bliss (1870-1955)
Sinopse concisa da ordem das
ciências e estudos
Ciências abstratas
Ciências naturais
Ciências físicas
Ciências astronômicas
Ciências biológicas
Ciências
antropológicas
Ciências psicológicas
Ciências sociais
P. Tillich 1886-1965)
Ciências do pensamento ou
do ideal
Ciências do ser ou do real
Ciências do espírito ou das
normas
B. M. Kedrov (1903- )
Ciências filosóficas
Ciências matemáticas
Ciências naturais e
técnicas
Ciências sociais
Linguística
Psicologia
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Características
Cinco características gerais para toda a classificação
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Apostel, 19631) Mecanismo Classificador: Toda
classificação tem por trás um mecanismo classificador, por exemplo:
Natureza dos objetos
estudados (Ampère)
Faculdades humanas
mobilizadas (Bacon)
Ordem histórica da sua
constituição e progressiva
diferenciação (Comte)
Relações semânticas que
mantém entre si (Peirce)
Interdependência recíproca
(Piaget)
De hierarquia (Santo
Agostinho)
De derivação (Leibniz)
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Apostel, 19632) Objetivo: Cada classificação persegue um fim, que em última análise, vão determinar a sua estrutura.
Podem ir do puro interesse especulativo
(Aristóteles)....
... à orientação normativa da atividade científica
(Bacon, Comte, Piaget),
... à organização de uma enciclopédia (Diderot
e D'Alembert),
... à determinação de um programa de
estudos (Cícero, Santo Agostinho),
...à organização de uma biblioteca (Leibniz)
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35
Apostel, 1963
3) Domínio: Cada classificação exerce domínio de uma realidade...
... cujas estruturas internas tornam mais ou
menos fácil as operações necessárias à
classificação.
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36
Apostel, 1963
4) Historicidade: Cada classificação é construída no
contexto das classificações precedentes do mesmo
domínio, ou seja, há uma inexorável historicidade
das classificações ao longo da qual os domínios
classificados podem ser modificados, as divisões
podem ser completadas, novos critérios de
classificação podem ser acrescentados.
isto é, implica uma sistemática dos saberes constituídos na
época, integrando-se ao contexto da história das
classificações das ciências.
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37
Apostel, 1963
5) Produto: Para cada classificação existe um produto
externo da atividade classificadora que se apresenta
como uma árvore genealógica mais ou menos regular.
Isto é, toda a classificação supõe uma dupla operação:
O estabelecimento de equivalências entre classes do
espaço classificatório global;
O estabelecimento de hierarquias entre subclasses no
interior das classes previamente estabelecidas.
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Classificação Bibliográfica
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39
Grolier, 1973
"Não há ciência sem classificação dos
fatos que ela estuda....
..... e as classificações progridem com
as ciências que as elaboram“.
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40
Jevons, 1874
Classificar as ciências é um trabalho tão difícil
quanto complicadas são as relações entre elas.
Mas no caso de livros a complicação é
exageradamente maior, porque o mesmo
livro pode tratar de diferentes ciências, ou
pode discutir um problema que envolve muitos
campos do conhecimento.
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41
Principais Sistemas de Classificação por assunto são:
1. Classificação Decimal Dewey, (CDD) de Melvil Dewey,
1876
2. Classificação Expansiva, de C. A. Cutter, 1891
3. Classificação da Biblioteca do Congresso Americano, 1902
4. Classificação Decimal Universal (CDU), da FID, 1905
5. Classificação de Assuntos, de J. D. Brown, 1906
6. Classificação Cólon, de S. R. Ranganathan 1933
7. Classificação Bibliográfica, de H. E. Bliss 1935
8. Classificação Internacional de F. Rider 1961
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42
Características da Classificação Bibliotecária
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43
Conceitos
As classificações bibliográficas tiveram origem
nos modelos de classificação filosóficos e ...
... foram criadas com o objetivo de
organizar os documentos nas estantes e
as referências ou fichas bibliográficas
nos catálogos.
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44
A classificação de material bibliográfico é uma...
.... classificação de assuntos, que, na
verdade,
.... constitui-se numa organização
estrutural do conhecimento e do
pensamento ...
... e que atende a objetivos funcionais
de organização do conhecimento.
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45
Classificação Facetada
A classificação facetada representou uma ruptura
com a metodologia vigente para elaborar
sistemas de classificação.
As classificações existentes até então uniam
os assuntos, basicamente, por meio de
relacionamentos hierárquicos.
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46
Classificação Facetada
Ranganathan evidenciou a necessidade de
elaboração de esquemas de classificação que ...
... pudessem acompanhar as mudanças e
a evolução do conhecimento, classificando
o mesmo em grandes classes e conceitos
básicos, ou elementos, de acordo com certas
característica
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47
Classificação Facetada É uma fragmentação de um assunto em suas partes
constituintes: PMEST
Personalidade: distingue um assunto
Matéria: material físico do qual um assunto pode ser composto
Energia: ação que ocorre em torno de um assunto
Espaço: componente geográfico da localização de um assunto
Tempo: período associado com um assunto
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48
Classificação Facetada É uma fragmentação de um assunto em suas partes
constituintes: PMEST
Personalidade: astronomia, museologia
Matéria: buraco negro, coleções
Energia: colapso, formação de coleções
Espaço: quadrante de gêmeos na abóboda celeste, México
Tempo: de 1 milhão de anos atrás, período do império inca
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49
Princípios Classificatórios
Os sistemas de classificação utilizam diversos elementos para a organização e representação do conhecimento.
Essas características utilizadas nas classificações e em outras linguagens documentárias que se ocupam da organização e recuperação de informações são oriundas dos mais
diversos campos do saber e passaram por um aprofundamento teórico-conceitual ao longo dos anos.
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50
Princípios
Fundamentos essenciais utilizados na
classificação:
1. Categorização
2. Termos e conceitos
3. Hierarquias
4. Multidimensionalidade
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Categorização
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52
Categorização
Categorização é um processo mental de dividir
os conceitos em grupos gerais ou categorias
amplas ...
.... compreendendo certos componentes
que compartilham similaridades em
termos de atributos num dado contexto.
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53
Categorização e Classificação
As categorias são elementos agregadores que
reúnem os conceitos mais altos de um
sistema de classificação...
....permitindo a visualização de uma
área como um todo.
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54
Estrutura de Representação
As categorias fundamentais, funcionam como o
primeiro corte classificatório.
Numa estrutura classificatória, esse primeiro
corte é extremamente importante, uma vez
que é ele quem determina a estrutura de
representação da classificação.
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55
Extensão e Compreensão
As categorias indicam duas propriedades lógicas:
a extensão e a compreensão.
Extensão: grau de abrangência de um
conceito, seu campo de aplicação
Compreensão: esclarecimento das
características que o constituem.
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56
Extensão e Compreensão
Por exemplo: o conceito homem.
A extensão desse conceito refere-se a todo o
conjunto de indivíduos aos quais se possa aplicar a
designação homem.
A compreensão do conceito homem refere-se ao
conjunto de qualidades que um indivíduo deve
possuir para ser designado pelo termo homem:
animal, vertebrado, mamífero, bípede, racional.
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57
Extensão e Compreensão
Quanto maior a extensão de um termo,
menor sua compreensão,...
....e quanto maior a compreensão, menor a
extensão.
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58
Objetivo
O objetivo de se estabelecer categorias para a
elaboração de estruturas conceituais é....
..... possibilitar que se classifiquem todos
os conceitos de forma não ambígua por
meio de suas características essenciais.
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Termo e Conceito
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60
Para entendermos as relações existentes em
qualquer linguagem documentária é
imprescindível a distinção entre termo e conceito.
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61
Termo:
A unidade de comunicação que representa o
conceito e pode ser constituído de:
uma ou mais palavras
uma letra
uma abreviação
uma notação (símbolos ou caracteres)
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62
Conceitos podem ser representados por apenas
uma palavra ou por uma expressão, desde que
essa expressão designe um único conceito.
Exemplo:
Ciência da Informação, representa o
conceito de apenas um objeto, e apesar de
ser composto por duas palavras, é
representado por um termo.
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63
Desse modo, para entendermos termo, é
necessário conhecer a definição de conceito.
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64
Relacionamento Hierárquico
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65
Relações Hierárquicas
As relações hierárquicas surgem da necessidade
de estabelecer os mais diversos tipos de
relações.
Há hierarquia entre dois conceitos quando
eles tem características comuns....
... mas um deles possui uma
característica a mais que o outro.
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66
Relação entre classes e subclasses
Num sistema de classificação hierárquico há
classes que são subdivididas em subclasses,
que também são divididas em unidades
subsequentes...
... sempre agregando uma
característica ou propriedade
particular que a distingue da classe
anterior.
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67
Relação entre classes e subclasses
Essa relação de subordinação entre as classes e
suas subclasses forma os conceitos de:
Subordinação
Superordenação
Coordenação
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68
Subordinação
Ocorre das subclasses em relação à classe a qual
se encontram relacionadas.
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69
Superordenação
Ocorre das classes em relação às suas subclasses
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70
Coordenação
Ocorre nas classes no mesmo nível
![Page 71: Classificação Profa. Lillian Alvares, Faculdade de Ciência da Informação, Universidade de Brasília 1.](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022062404/552fc12b497959413d8d0f41/html5/thumbnails/71.jpg)
71
Relacionamentos Hierárquicos
Os relacionamentos hierárquicos são divididos
em:
Relacionamento gênero-espécie (Hiponímia)
Relacionamento partitivo (Meronímia)
Relacionamento polihierárquico
(Multidimensional)
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72
Hiponímia
O relacionamento hierárquico gênero-espécie é
aquele onde todo conceito que pertence à
categoria da espécie é parte da extensão do
conceito do gênero.
Por exemplo, a macieira (espécie) é um
tipo de árvore (gênero).
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73
Meronímia
Tratam das relações entre o todo e suas partes.
Esse tipo de relacionamento não se confunde com
a relação gênero-espécie, pois na relação
partitiva, o conceito da parte depende do conceito
do todo. Não podemos definir um “motor de
automóvel” antes de definirmos “um automóvel”.
Por exemplo: a instalação hidráulica de um
edifício faz parte do edifício, mas não é da
mesma natureza, ou seja, não é um tipo de
edifício.
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74
Multidimensionalidade
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Ou Polihierarquia
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75
Polihierarquia
A multidimensionalidade ou polihierarquia
significa que um assunto pode ser
classificado em hierarquias diferentes.
Essa perspectiva permite classificar os
domínios por meio de diversas categorias e
facetas, possibilitando a organização dos
conceitos.
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76
Polihierarquia
Permite a simultaneidade de critérios
classificatórios...
.... porque o que muda é a estrutura do
sistema....
... que passa a aceitar a convivência de
subdivisões de naturezas diferentes dentro
de cada assunto
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77
Polihierarquia
A multidimensionalidade permite que um
mesmo termo específico possa estar
subordinado a mais de um conceito.
O que define a sua relação são as ligações
semânticas estabelecidas na estrutura
conceitual na qual está inserido.
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78
Exemplo
O termo matéria-prima:
Área financeira: item de custo
Área de produção: insumo
O termo “matéria-prima” aparecerá ligado a
dois conceitos.
![Page 79: Classificação Profa. Lillian Alvares, Faculdade de Ciência da Informação, Universidade de Brasília 1.](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022062404/552fc12b497959413d8d0f41/html5/thumbnails/79.jpg)
79
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Referências
![Page 81: Classificação Profa. Lillian Alvares, Faculdade de Ciência da Informação, Universidade de Brasília 1.](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022062404/552fc12b497959413d8d0f41/html5/thumbnails/81.jpg)
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