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Cinegritude: reflexões sobre a invisibilidade da produção cinematográfica afro-brasileira contemporânea.
Com aprovação da Lei 10.639/03 que modificou a Lei 9.394/96 – a LDBEN – a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que torna obrigatório o Ensino de
História da África e culturas Africanas e Afro-brasileiras no ensino básico (fundamental
e médio), nas escolas públicas e privadas, nos conteúdos de todas as disciplinas
oferecidas pelo currículo escolar, tornou-se maior a busca pela qualificação e
atualização profissional nesta área. Porém, sabemos que o tema não é discutido e o
conteúdo da lei não é difundido, havendo com isso uma grande dificuldade para esses
profissionais alcançarem essa qualificação e atualização. Nos cursos de graduação de
história há apenas uma disciplina que trate sobre o assunto, e quanto aos cursos de
especialização são poucos os oferecidos. Dessa forma a temática étnica racial não entra
nas salas de aula, sendo os alunos os mais prejudicados. Com isso o projeto de pesquisa
“Cinegritude: reflexões sobre a invisibilidade da produção cinematográfica afro-
brasileira contemporânea” realiza um estudo acerca das realizações do Centro Afro
Carioca de Cinema e um estudo quali-quantitativo do público freqüentador do Centro
Afro Carioca de Cinema e dos Encontros de Cinema Negro realizados pelo mesmo.
A pesquisa visa investigar o conhecimento deste público, seja ele docente ou
não acerca da história e das realizações desta área, tendo como objetivo colaborar com a
qualificação dos profissionais de educação através de uma reflexão sobre a produção
cinematográfica africana e afro-brasileira contemporânea. Para tanto busca trazer
temáticas que auxiliem a implementação da Lei 10.639/03 em sala de aula, como forma
de colaborar na qualificação dos profissionais de educação, além de divulgar e manter a
memória cultural afro- brasileira.
Para compreender a importância do Centro Afro Carioca de Cinema, é
necessário conhecer a história de seu fundador, e o que levou a fundação deste Centro,
assim como suas influências.
Durante o período de 1960, onde o país passava por um momento de tensões,
que um ator negro transparece no meio cinematográfico, este era envolvido também
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com causa políticas1. Zózimo Bulbul, como é conhecido Jorge da Silva, se tornou um
dos primeiro cineastas em colocar em evidência temas relacionados ao negro.
Devido ao seu trabalho realizado com temáticas que trabalhem a questão da
identidade negra - participou de mais de 30 filmes como ator e foi o primeiro
protagonista negro de novela brasileira - levou Zózimo Bulbul a receber diversos
prêmios pelos seus filmes tanto no âmbito nacional quanto no internacional.
Além de sua atuação no meio cinematográfico, Zózimo Bulbul, teve a vida
sempre ligada à luta contra o preconceito racial e desvalorização da cultura afro-
brasileira e africana.
Zózimo Bulbul foi o fundador do Centro Afro Carioca de Cinema, um local que
exibe filmes que mostram o negro através do olhar do próprio negro. A inspiração para
a idealização desse projeto se iniciou com a ida a um festival de cinema em Burkina
Faso no continente africano em 1997.
O Festival Pan Africano de Cinema de Ouagadogou, realizado bienalmente em
Burkina Faso, foi criado em 1969 por um grupo de cinéfilos tendo sido
institucionalizado em 1972. O FESPACO é o maior festival de cinema da África, que
reúne toda a diversidade artística do continente africano numa grande apresentação que
mostra a antiga cultura africana e a atual.
Anos após ter ido ao FESPACO, Zózimo Bulbul foi ao Encontro de cinema
latino-americano de Toulouse (França), com diversas outras importantes personalidades
do cinema afro-brasileiro.
A passagem de Zózimo Bulbul ao Encontro de cinema latino-americano de
Toulouse, na França, teve imensa importância para a criação do Centro Afro Carioca de
Cinema. Como relata o próprio Bulbul
“Uma cidade pequena, com muita gente de diversos
países, e não tinha os “palácios”, que a gente encontra nos
grandes festivais lá tudo é pequeno, na medida certa, salas de
1CARVALHO, Noel dos Santos. Cinema e representação racial: o cinema negro de Zózimo Bulbul. Tese de Doutorado. São Paulo: Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Faculdade de São Paulo, FFLCH-USP, 2006. p174.
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cinema lindíssimas com 80 lugares, por exemplo. Isso me
influenciou muito”2.
Essa influência provocou a criação do Centro Afro Carioca de Cinema, Zózimo
percebeu que não precisava de um lugar grandioso para mostrar o cinema afro.
O centro Afro Carioca de Cinema foi fundado por Zózimo Bulbul em 2007 e
tem como sede um sobrado localizado no bairro da Lapa, região central do Rio de
Janeiro3.
A criação do Centro Afro Carioca foi essencial para o cenário cultural, histórico
e cinematográfico do Rio de Janeiro.
“O Centro Afro-Carioca de Cinema tem por finalidade a
promoção da cultura afro-brasileira e seus artistas, além de
elaborar projetos e ações que visem a realização permanente de
atividades culturais. Seu foco e a valorização da produção
cinematográfica brasileira, africana e caribenha como um ato
social de transmissão de sabedoria, formação técnica e artística,
a profissionalização e a inclusão no mercado de trabalho”4.
O Centro Afro Carioca possui diversas atividades que são realizadas ao longo do
ano, como oficinas, seminários, mostras de filmes, sendo o Encontro de cinema negro, o
evento de maior visibilidade, realizado no mês de novembro. Já ocorreram cinco
edições do encontro de cinema
Os Encontros são uma forma de ir contra a forma de representação que sempre
foi dada aos negros no cinema, e apresenta como o negro é visto pelo seu igual.
A Primeira Edição do Encontro de Cinema Negro chamou-se: I Encontro de
Cinema Negro Brasil África, onde estiveram presentes cineastas Africanos, e seus
² Ver anexo Relato de Zózimo Bulbul para o site do Centro Afro Carioca de Cinema (http://www.afrocariocadecinema.org.br/). 3 O Centro Afro Carioca de Cinema fica localizado na Rua Joaquim Silva nº40. Lapa - Rio de Janeiro. 4 www.afrocariocadecinema.org.b
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filmes premiados, para isso foi necessário o apoio financeiro do consulado Francês. O
Encontro homenageou o Cineasta Ousmane Sembène, “o pai do cinema africano”. Foi
realizado no Rio de Janeiro e posteriormente em Salvador durante o período de 29 de
novembro a 04 de dezembro de 2007.
Na segunda edição do Encontro de Cinema Negro participam não só mais
cineastas africanos e brasileiros, mas houve também a inclusão de cineastas Afro
Latinos, buscando assim uma integração com os países vizinhos e a sua cultura. Este
segundo Encontro passa a se chamar: II Encontro de Cinema Negro Brasil África e
América Latina. O encontro aconteceu no ano de 2008 entre de 13 a 24 de novembro e
homenageou Solano Trindade. Na ocasião foi realizado um curta em homenagem ao
Centenário do poeta, chamando: Um poema para Solano Trindade.
A terceira edição do Encontro de Cinema foi realizada entre 09 e 18 de
novembro de 2009, e o homenageado foi Sant Clair Bourne, ícone do cinema
americano. O Encontro nesta terceira edição contou com a com a presença de diretores
afros americanos, cineastas Africanos, e caribenhos além de cineastas brasileiros
veteranos e os novos realizadores. A terceira edição do encontro chamou-se assim: III
Encontro de Cinema Negro Brasil África e Américas.
Chamado de IV Encontro de Cinema Negro Brasil, África & Caribe, ocorreu de
8 a 10 de novembro de 2010, e homenageou o país africano Senegal, e teve a
participação de diversos cineastas africanos e caribenhos, juntamente com os brasileiros.
O encontro ainda contou com a temática dos 50 anos de independência dos países
africanos, comemorado naquele ano.
Entre os dias 24 de novembro e 1º de dezembro de 2011, foi realizado o V
Encontro de Cinema Negro Brasil.África e Caribe, no qual os homenageados foram o
FESPACO-Festival de Cinema Pan Americano de Ouagadogcu em Burkina Faso e o
ator griot e diretor africano Soutegui Koyaté.
O público que visita os encontros é diversificado, com diferentes faixas etárias.
Além do público geral, escolas são convidadas a ir ao evento. O projeto cinegritude tem
como metodologia a realização de entrevistas com o público do Encontro.
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Professora Maria Helena falando sobre a implementação da lei 10.639/03
(entrevista concedida ao Projeto Cinegritude no III Encontro de Cinema Negro Brasil,
África e Ámericas).
“Nós entendemos muito bem que a lei 10.639 ela tem que
ser trabalhada , como professor de consciência possa
também estar desenvolvendo, incentivando outros
professores a estar também trabalhando a 10.639. Esse
resgate, essa valorização do negro e esse encontro veio a
calhar mesmo, veio realmente para abrilhantar a nossa
lei.”
No encontro também acontecem oficinas, palestras e debates. No V Encontro de
Cinema, ocorreu o seminário “Educação e Cinema como Base da Lei nº10.639/03”,
onde foi debatido a possibilidade do cinema negro ser incluído em sala de aula e como
isso seria realizado, além de outros temas relevante.
O público frequentador do Centro Afro Carioca de Cinema é mais ligado aos
assuntos da causa negra e que já possuem algum tipo de contato com o cinema negro. O
Centro Afro Carioca de Cinema passa a ser referência na luta contra a discriminação
racial, o preconceito com a cultura negra e contra o silenciamento das idéias de muitos
cineastas. A indústria cinematográfica brasileira nunca deu o valor e a importância que
os cineastas negros merecem, sempre houve desvalorização dos filmes com a temática
negra e falta de apoio para sua elaboração, o Centro Afro-Carioca, visa mudar isso.
A criação desse centro foi a forma que Zózimo Bulbul encontrou para divulgar
esses trabalhos, já que não havia lugares desse tipo no Rio de Janeiro. Podemos apontar
que o Centro Afro Carioca é um lugar para que a cultura seja valorizada e também que
se preserve a memória do negro e suas lutas. A resistência negra tão presente na idéia
de construção do Centro Afro Carioca de Cinema, se dá pela constante afirmação da
identidade negra que é marcada pela luta contra a discriminação racial.
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Podemos associar a luta do negro contra a sua exclusão na sociedade e também
de suas representações artísticas que não tem grande visibilidade com o Centro Afro
Carioca, pois nele o trabalho intelectual, artístico, cultural e outros, do negro é
valorizado, o negro passa a ter um novo lugar para se expressar e com apoio para
apresentar para outros tipos de público.
Dificilmente temos conhecimento de produções que falem da população negra,
com exceção dos festivais e encontros, e grande parte das produções que conseguem
chegar ao grande publico tratam da realidade do negro, apenas como pobre, ladrão,
morador da favela, é difícil ver o negro em um papel de empresário ou de “madame”,
isso acaba criando um estereótipo do negro. Até mesmo os filmes que tratam da história
do Brasil o negro é retratado apenas como escravo ou servo. E até mesmo filmes que
remontam a história da África, acabam colocando brancos em papéis que deveriam
pertencer ao negro, um exemplo disso é a versão de Hollywoodiana de Cleópatra, na
qual a rainha egípcia é mostrada como branca, quando na verdade as pessoas que
viviam naquela região tinham a pele negra. Ou seja, a história do negro continua sendo
negada, escondida ou modificada pela indústria do cinema.
Nos variados momentos de nosso cotidiano podemos perceber situações em que
o negro ainda é alvo de preconceito e de injustiça. Trabalho como o que Zózimo Bulbul
desenvolve é de extrema importância para a luta do negro na sociedade, juntamente com
o Centro Afro Carioca de Cinema, o negro ganha um aliado nessa luta contra
discriminação e valorização da sua cultura.
Uma grande conquista foi a lei 10.639/03, que tornou o Ensino de História da
África e culturas Africanas e Afro-brasileiras no ensino básico obrigatório. Essa lei
ajuda a divulgar e preservar a cultura e história da África, que em diversos momentos de
nossa educação escolar passar despercebido. Esse aprendizado que antes era restrito
apenas ao meio acadêmico e aos próprios militantes da causa negra, agora pode atingir
também o ensino básico. Com as crianças e adolescentes sendo educados quanto a
história de seus antepassados e quanto a luta do negro no Brasil e no mundo, estes
começam a ter uma nova visão do próximo e assim o preconceito e a discriminação
podem diminuir.
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O objetivo do projeto Cinegritude em analisar a invisibilidade do cinema negro
no Brasil, é tentar levar por meio da pesquisa a possibilidade de abrir novos caminhos
para a implantação real da lei de Ensino da África para os professores, e que estes
possam se qualificar quanto a temática da lei.
O projeto cinegritude participa de outros eventos, que tem como foco a inserção
da cultura negra no meio escolar e na formação do cidadão. Dessa forma participou do I
Encontro de Educação e Relações Étnico-Raciais em São Gonçalo, realizado no
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia – Campus São Gonçalo, no dia 12
de dezembro de 2011. Esse Encontro teve como objetivo desenvolver práticas e
reflexões pedagógicas fundamentadas na perspectiva das relações étnico-raciais como
vigora na legislação da educação brasileira.
Também foi realizado pelo projeto Cinegritude no mesmo local e também no
mês de dezembro a I Mostra de Cinema Negro de São Gonçalo. A Mostra contou com a
participação de cineastas brasileiros e um cineasta africano.
Anexos.
Anexo 1 (Prêmios recebidos por Zózimo Bulbul)
Prêmios:
• Prêmio de melhor documentário Jornada da Bahia – Alma no Olho - 1977
• Prêmio de melhor roteiro e fotografia - Abolição Festival Brasília -1988
• Prêmio de melhor Cartaz - Abolição Festival Nuevo Cine Latino Americano /
Havana -Cuba - 1989
• Prêmio de melhor Documentário - Abolição Festival Latino de Cinema – Nova
York - 1990
• Prêmio Pro - Cine (Longa Metragem) - Abolição Roteiro: “O Cantor das
Multidões” - 2001
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• Prêmio ProCine – ( Curta Metragem ) - Abolição Roteiro e Direção: “Pequena
África – 2001.
OUTRAS PARTICIPAÇÕES INTERNACIONAIS EM FESTIVAIS Debates e mesas redondas.
• The Third Anual Contemporary African Diaspora Film N.York -1995.
• XV Festival Pan-Africano de Cinema e Televisão de Ouagadougou Burkina
Faso África -1997.
• 9° Festival de Cinema Africano em Milão -1999.
• Black Movie Festival Génevè Suisse -1999.
• Fórum d’Images Paris – 1999.
• 2º Festival Cinema Africano Cabo Verde – 2000.
• África em Foco - Buenos Aires – 2006.
• 19º Encontro de Cinema Latino Americano - Tolousse – 2007.
• XX - Festival Pan-Africano de Cinema de Ouagadougou - FESPACO - Burkina
Faso – África - 2007.
• XXI – FESPACO - 2009.
• XXI – FESPACO – 2011, Zózimo Bulbul atuou como jurado.
Fonte: http://www.afrocariocadecinema.org.br/ - Acessado em 21 de maio de 2012. As
22h26min.
Anexo 2
Pessoas importantes na formação do Afro Carioca:
• Ruth Pinheiro
• Raquel Carolina
• Wanda Ribeiro
• Fernando Barcellos
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• Júlio Vitor
• Ierê Ferreira
• Naira Fernandes
• Tadeu Alexandre
• Carlos Renato
• Clara Sória
• Zulu Araújo
• Edson Santos
• Abdias Nascimento
• Elisa Larkin
• Mãe Maidé de Oyá
• Benedita da Silva
• Maria Ceiça
• Léa Garcia
Fonte: http://www.afrocariocadecinema.org.br/ - Acessado em 21 de maio de 2012. As
12h26min.
Anexo 3
“Dez anos depois, em 2007, fui convidado juntamente com outros cineastas e atores
Afro-brasileiros, para o Encontro de cinema latino-americano de Toulouse, na França.
Cheguei na cidade e fiquei surpreso. Uma cidade pequena, com muita gente de diversos
países, e não tinha os “palácios”, que a gente encontra nos grandes festivais,lá tudo é
pequeno, na medida certa, salas de cinema lindíssimas com 80 lugares,por exemplo.
Isso me influenciou muito. Aquela idéia de fazer algo voltado para o cinema negro ia
tomando forma, então eu percebi que não precisava de um lugar imenso, para fazer uma
sala de cinema, e voltei com a idéia de colocar em prática a realização de um espaço
destinado a exibir os nossos filmes, filmes de cineastas pretos e pretas do Brasil e da
África.
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Foi aí que, em um espaço onde havia uma carpintaria, em plena Lapa, achei o
lugar certo para criar o Centro Afro Carioca de Cinema. Uma das coisas mais
gratificantes da minha vida, quando eu saía de casa e ia pra lá acompanhar as obras,com
um imenso “tesão” eu ia todos os dias. Derrubávamos paredes, pintávamos, assim
reformamos a casa toda. Biza e eu acompanhamos tudo, eu ainda não estava muito bem
de saúde, não estava andando bem, mas o processo de criação do Centro Afro Carioca
me deu motivação para eu me recuperar. Uma grande inspiração para a criação do
Centro Afro Carioca de cinema, foi o nosso mestre Candeia e o Grêmio Recreativo Arte
Negra Quilombo. O que essa escola de samba representava em nível de revolução e
inovação em relação ao carnaval, e a questão do rompimento com o que estava
estabelecido.”
Entrevista de Zózimo Bulbul, para o Site do Centro Afro Carioca de Cinema.
Fonte: http://www.afrocariocadecinema.org.br/ - Acessado em 21 de maio de 2012. As
22h26min.
Anexo 4 (Encontros de Cinema Negro)
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Referências Bibliográficas:
CARVALHO, Noel dos Santos. Cinema e representação racial: o cinema negro de
Zózimo Bulbul. Tese de Doutorado. São Paulo: Faculdade de Filosofia Letras e Ciências
Humanas da Faculdade de São Paulo, FFLCH-USP, 2006.
GOMES, Nilma Lino . Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações
raciais no Brasil: Uma breve discussão. In: Educação anti-racista: Caminhos abertos
pela Lei Federal n° 10.639/03.Brasília.2005
MUNANGA, Kabenguele.Negritude : Usos e sentidos. Ed.Autêntica 3° edição. Coleção
Cultura Negra e Identidades.
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______________ . Superando o racismo na escola. 2ª edição. Brasília: MEC-SECAD,
2005.
_______________ . Rediscutindo a mestiçagem no Brasil. Identidade nacional versus
identidade negra. Petrópolis, Rio de Janeiro: 1999.
________________. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo,
identidade e etnia. In: BRANDÃO, André Augusto. Programa de Educação sobre o
negro na sociedade Brasileira. Editora da Universidade Federal Fluminense, Rio de
Janeiro. 2004.
GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações
raciais no Brasil: Uma breve discussão. In: Educação anti-racista: Caminhos abertos
pela Lei Federal n° 10.639/03.Brasília.2005
SILVA.Francisco Carlos Teixeira.Conquista e colonização da América Portuguesa : O
Brasil Colônia 1500-1750. In:LINHARES, Maria Yedda. História Geral e do
Brasil.(org). 9° Edição. Editora Elsevier , Rio de Janeiro, 1990
SOUZA, Edileuza Penha (org.). Negritude, cinema e educação. Caminhos para a
implementação da Lei 10.639/2003. Volumes1 e 2. Belo Horizonte: Edições Mazza,
2006.
http://www.afrocariocadecinema.org.br/