CIMENTOS ODONTOLÓGICOS

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CIMENTOS ODONTOLÓGICOS São usados para proteção da polpa. São materiais utilizados para proteger o complexo dentinopulpar contra traumas químicos ou físicos, preencher e vedar cavidades ou unir duas superfícies. Os traumas físicos são amálgama. Se você usar a base não induz a formação de dentina, mas se usar o forrador, induz, que é o cimento de hidróxido de cálcio. Cavidade de até ¾ de milímetro, devem ter forradores antes do material restaurador. O primeiro que usa é o forrador, pois eles têm um componente eu induz os odontoblastos a formarem dentina reparadora ou terciária mais rapidamente e aplicar somente na parede de fundo. São 3 tipos que temos. O primeiro é o oxido de zinco e eugenol. A composição química DELE é pó mais liquido,sua reação de presa é por cristalização, possui baixa resistência à compressão. O tempo de presa é longo: 30 minutos. *Tem ação sedante sobre a polpa, eliminando a sensibilidade. Só é usado como restauração provisória. Cimento de oxido de zinco e eugenol melhorado: melhoraram as falhas do material, maior resistência à compressão, menor tempo de presa e maior durabilidade. Serve como bases de restauração de amálgama e RMF. E restaurações provisórias de longa duração. Seu tempo de presa é de 7 a 9 minutos. Manipular com a espátula 24 na placa de vidro o pó e o líquido em movimentos circulares. Ele é bom para endodontia. A consistência final é de massa de vidraceiro. CIMENTO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO Usado para forrar cavidades profundas de espessura de 0,5mm.

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CIMENTOS ODONTOLÓGICOS

São usados para proteção da polpa. São materiais utilizados para proteger o complexo dentinopulpar contra traumas químicos ou físicos, preencher e vedar cavidades ou unir duas superfícies. Os traumas físicos são amálgama. Se você usar a base não induz a formação de dentina, mas se usar o forrador, induz, que é o cimento de hidróxido de cálcio.

Cavidade de até ¾ de milímetro, devem ter forradores antes do material restaurador.O primeiro que usa é o forrador, pois eles têm um componente eu induz os odontoblastos a formarem dentina reparadora ou terciária mais rapidamente e aplicar somente na parede de fundo. São 3 tipos que temos. O primeiro é o oxido de zinco e eugenol.A composição química DELE é pó mais liquido,sua reação de presa é por cristalização, possui baixa resistência à compressão. O tempo de presa é longo: 30 minutos. *Tem ação sedante sobre a polpa, eliminando a sensibilidade. Só é usado como restauração provisória. Cimento de oxido de zinco e eugenol melhorado: melhoraram as falhas do material, maior resistência à compressão, menor tempo de presa e maior durabilidade. Serve como bases de restauração de amálgama e RMF. E restaurações provisórias de longa duração. Seu tempo de presa é de 7 a 9 minutos. Manipular com a espátula 24 na placa de vidro o pó e o líquido em movimentos circulares. Ele é bom para endodontia. A consistência final é de massa de vidraceiro.

CIMENTO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO Usado para forrar cavidades profundas de espessura de 0,5mm. Tem baixa resistência à compressão, somente nas paredes de fundo e tem que aplicar uma base desse cimento. Pode ser usado com todos os materiais restauradores. É um pó branco antibacteriano de efeito mineralizador. É solúvel em água e compatível com todos os materiais. São duas pastas: a base e a catalisadora. Misturar as pastas com o aplicador de hidróxido de cálcio de 10 a 15 segundos, e ele endurece rápido, em um minuto. Inserir no fundo da cavidade.

Hidróxido de Cálcio P.A. : Pró análiseÉ usado em tratamento expectante, usado em cavidades muito próximas a polpa e estimula rapidamente a formação de dentina reparadora. Usa por até 60 dias. Sua forma de apresentação é um pó que mistura com água destilada. Funciona bem em polpa jovem até 30 anos. Ele evita endodontia as vezes.

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CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO – É UMA BASE Sua forma de apresentacao é pó + líquido e ele possui adesão (gruda na parede do dente). Tem que inserir na cavidade enquanto o material tem brilho úmido. Tem que limpar a superfície, com ácido poliacrílico, para eliminar a camada de smear layer, para garantir a adesão. Ele tem baixa resistência mecânica e longo tempo de presa. Tem também alta sensibilidade à umidade. CIMENTOS ANIDROS – subtipo do CIV CIV tipo III – usado como base de restaurações e selantes de fóssulas e fissuras. Serve para amálgama e resina e existe o convencional e o modificado por resina. O convenciona toma presa mais rápido, é caro.

PROTEÇÃO PULPAR Existe os forradores (Cimento de hidróxido de cálcio) e as Bases (Cimento de oxido de zinco e eugenol melhorado para amalgama e CIV tipo III amalgama ou resina

Princípios Biomecânicos e preparo das restaurações indiretas estéticas

Os sistema restauradores para dentes posteriores podem ser diretos ou indiretos: Diretos: resina compostaIndiretos: cerômeros, cerâmicas (são melhores).O sistema de cimentação é adesivo, pois o preparo é expulsivo e não se faz uso de canaleta. Porém, o cimento se une com o dente através de uma resina composta, é uma resina fluida. Tem que considerar fatores para usá-lo, como exigência estética, estrutura remanescente, exigência mecânica, periodonto de proteção, custo e limitações do paciente. Ver se o dente tem suporte para receber o material, na segunda molda e na terceira cimenta a prótese com cemento resino IR. Indicações da restauração estética (com resina): restaurações com comprometimento estético, dentes com endo, perda de cúspide, dificuldade de reter restaurações diretas, pacientes alérgico a íons metálicos.Contra-indicações: cavidades extensas com área margina sem esmalte, pacientes com alto risco à cárie, paciente com hábito parafuncional (como bruxismo). Impossibilidade de controle de umidade (isolamento absoluto).Resinas de laboratório: São chamados de cerômeros, e são resinas compostas de inserção indireta, ou seja, no laboratório. Ela fotopolimeriza com presença de calor e pressão, e é mais rígida e mais resistente se comparada á resina composta. Essa resina perde o brilho e fica amarelada.Cerâmicas: Melhor e mais difícil de trabalhar, não perde o brilho e não sofre desgaste. Vem em pó e líquido e vai ao forno. Imita o dente com perfeição. Preparos: parciais, totais, intra-coronários e extra-coronários. Depende das características do material restaurador. Cerâmica precisa de maior espessura do que resina. Todo preparo indireto deve ser expulsivo e deve ter um plano de inserção e remoção. preparos parciais: preparo somente em parte das paredes que constituem a coroa dental. Os preparos parciais podem ser intracoronários e extracoronários. O intracoronário não envolve cúspide, também é chamado de preparo tipo caixa. O preparo extracoronário é quando envolve uma ou mais cúspides.Características do preparo (tanto extra quanto intra): Angulos internos arredondados, paredes ligeiramente expulsivas para oclusal, ângulo cavossuperficial sem bisel. Usar broca carbide com extremidades arredondadas e não se faz canaletas por causa dos adesivos. preparos intracoronários ou MOD Inlay:

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paredes axiais convergentes para oclusal em 10 graus, ângulo cavossuperficial nítido (sem bisel). A abetura da parede V-L é de 1,5 a 2,0 mm e as paredes circundantes são expulsivas em 10 graus em relação ao longo eixo. A caixa proximal paredes V-L expulsiva para oclusal e a extensão de conveniência é de 0.8 a 1,2 mm em relação ao dente vizinho, sem fazer retenções adicionais.Instrumentos para fazer a inlay: devem ser longos. O preparo é com a broca 1171 ou a ponta 2135. O cabamento é com a 7642 (tronco cônica de extremo arredondado, ou ponta diamantada dourada 2136 e recortador de margem gengival 28-29). Como fazer o preparo da caixa oclusal: Delimitar forma de contorno. Posicionar a ponta 2136 ou a broca 1171 levemente inclinada, para deixar expulsiva. Aprofunda 2 mm. Como fazer Preparo da caixa proximal: estender a caixa oclusal até a crista marginal. Aprofundar a ponta inclinada até romper a parede proximal. Desgastar as cristas e preparar as paredes. Deixar a parede gengival plana. Acabamento das paredes com ponta diamantada fina. Arredondar o ângulo axio-pulpar.

Preparo extracoronários ou Onlay:

Preparo com envolvimento de cúspide, onde a espessura mínima é 1,5mm em cúspides não funcionais e 2m em cúspides funcionais e reduzir as cúspides em 1 a 2 mm. com broca 1171 ou 2136 e fazer sulcos de orientação e depois uní-los. Delimitar o contorno oclusal e preparar a caixa oclusal com 1mm de profundidade. Preparar caixas proximais. Preparo da cúspide funcional com a broca 2136 fazendo sulcos na superfície externa da cúspide lingual. Unir os sulcos formando um chanfrado lingual. Na cúspide vestibular, fazer calçamento de cúspide que é alisar.Depois fazer acabamento com pontas douradas. Fazer arredondamento do angulo axio-pulpar com recortador de margem gengival.

RESTAURAÇÕES DE AMÁLGAMA

Resistência ao ato mastigatório e ao meio bucal, durabilidade grande, tem um baixo custo, facilidade de manipulação, técnica simples e boa durabilidade. Mas, tem duas desvantagens, é tóxica por causa do mercúrio e é antiestética. A prata dele é bactericida, suportando má higiene. Ele não tem adesividade, baixa infiltração marginal, que dificulta a reincidência de cárie. Forma uma camada de óxidos que é uma proteção para que não penetre saliva e bactérias, para a cárie não voltar. Técnica da restauração:1-) Trituração é a forma de manipular com amalgamador mecânico, em capsulas, por 8 segundos. Super triturado e pouco triturado causa fraturas nas bordas.2-) Homogeinização – Colocar o amalgama na dedeira e manusear, até ficar com uma porção única. 3-) Remocao do excesso de mercúrio – com a camurça tira o excesso4-) Inserção – Leva no porta amalgama e insere em pequenas porções, acomodando-o.5-) Condensação – Comprimir com força na cavidade e remover o excesso de mercúrio. A presa é de 3 a 3,5 min. Se tomou presa, não pode por outro amalgama novo em cima, porque ele não vai unir. Tomar alguns cuidados: não ter contato com saliva, porque sofre alterações. Inserir sempre primeiro nas caixas proximais na parede gengival até chegar no nível da parede pulpar e depois unir.6-) Brunidura - alisamento da superfície com instrumento rombo, acomoda o amalgama melhor, faz antes e depois de esculpir. Antes da escultura, ela finaliza a condensação. Ajuda a reduzir porosidades internas. Depois da escultura, serve para alisar e melhorar a adaptcao do amalgama no cavossuperficial7-) Escultura – Dar a anatomia oclusal do dente. Não deixar excesso na hora de esculpir e pedir para o paciente não morder no local por 24h.

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Restauração Classe I Simples:

Passar verniz, secar com ar, passar segunda camadaEle é isolante elétrico e o paciente não sente choque.Com o brunidor 29 ou clevident, leva o amálgama para as bordas. Com a hollemback, apoia na vertente de cúspide. Passar brunidores, acabamento e polimento 7 dias depois.

Restauração Classe II : Sistema de matriz. Condensar nos dois ângulos triedros para ficar bem condensado. Começa a esculpir pela caixa próximal, e pega a sonda e passa contra a matriz para ajudar a desenhar a crista marginal.

Classe I composta : Usa a matriz de BartonClasse V: pequenas porções.

Proteção do complexo dentino-pulpar

Sempre preservar a polpa por proteção. Alguns materiais restauradores são tóxicos para a polpa por isso tem que por materiais específicos para evitar a injúria da polpa. Evitar que o material lese mais a polpa do que a cárie que estava lá. O esmalte não reage ao que fazemos. Pois é composto de materiais inorgânicos. Já a dentina reage a qualquer coisa que ocorre neste dente. A dentina e a polpa reagem juntas a qualquer estímulo. A dentina depende da polpa para sua formação. A polpa forma dentina e a polpa precisa da dentina para não morrer, por isso chamamos de complexo dentinho-pulpar, pois as duas se precisam. Qualquer ação em ambas tem consequências. Existe a camada de pré-dentina, que possui odontoblastos, e estes emitem prolongamentos para dentro dos túbulos dentinários que estão dentro da dentina. As Ao redor do prolongamento tem dentina peritubular, que são mais mineralizadas que a intertubular. A interttubular tem mais colágeno. Quanto mais próxima da polpa, maior o numero de canalículos, maior o diâmetro e maior a permeabilidade da dentina. Quanto mais novo o odontoblasto, maior o numero de prolongamentos odontoblásticos. Ao cortar dentina coma broca, também corta os prolongamentos odontoblásticos. A polpa tem dentina, pré dentina, odontoblastos, zona acelular, zona rica em outras células e zona rica em células indiferenciadas que podem se transformar em odontoblastos se necessário. Função do órgão pulpar: nutritiva, sensitiva, formadora, defensiva, reparadora, indutiva. A nutritiva leva nutrientes para a polpa, sensitiva são os prolongamentos que se ligam aos odontoblastos da polpa. Formadora, defensiva e reparadora: mesmo depois do trauma, a polpa ainda recupera e formma dentina durante toda a vida do dente. Se a polpa morrer acaba tudo. A primeira reação de quando a dentina está exposta é a dor. Se a polpa for muito agredida, depois de restaurar continua a dor e a polpa produz dentina terciária para se proteger.A dentina primária é aquela que existe no dente quando ele erupciona. Quando o paciente passa a mastigar, começa a se formar dentina secundária, que tm mais mineral e canalículos. Quando o dente sofre um estimulo mais forte, a polpa, para se proteger, manda atra[Vés dos prolongamentos muitos minerais formando uma hipermineralizacao, na dentina secundária, que é a esclerose dentinária . Esclerose dentinária é a deposição acentuada de minerais para diminuir a permeabilidade pulpar. Quando entra bactérias, abaixa pH e dissolve tecido dentário. Para impedir isso, a polpa manda mais minerais, e começa a migrar para trás, o odontoblasto vai para trás e forma dentina, e essa dentina altera o formato da câmara pulpar. É a dentina terciária. Ela é irregular e desorganizada, aí e a vai esclerosando a primária e secundária. A dentina terciária pode ser de dois tipos: A reacional e a reparadora. Quando dente tem cárie, a polpa reage: dentina reacional. Se a agressão for muito forte, o preparo cavitário expõe a polpa e mata os odontoblastos. Aí a polpa vai ter que ter uma reação

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urgente, a polpa manda um sinal para as células indiferenciadas, que irão se transformar em odontoblastos e formar uma camada de dentina reparadora. A esclerose dentinária pode ocorrer por vários motivos, mas para o dente depositar mineral ali, vai demorar , ela é vítrea e dura pra diminuir a permeabilidade pulpar. A esclerose ocorre em uma dentina que já estava lá, e a terciária é formada as pressas.

Injurias do complexo dentino pulpar: 1 – cárie 2- preparo 3 – material restaurador1 – microrganismo depositando ácido e dissolve o tecido dentário2- corta prolongamentos odontoblásticos. Fator técnico: pressão de corte, que é o peso da alta e baixa rotação, calor friccional (o dente não suporta calor). Desidratção da dentina (cuidado com o ar da seringa). Fator clinico: condição inicial da polpa. Quantidade e qualidade da dentina remanescente. Os instrumentos rotatórios causam movimentação do fluido dentinário.

prova: 0,5mm de dentina sadia reduz o nível de toxicidade de um material restaurador em 75% e 1mm reduz esse nível a 90%. A melhor proteção da polpa é a dentina.

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