Centrais Termoelétricas
-
Upload
geradoidodaserra -
Category
Documents
-
view
41 -
download
3
Transcript of Centrais Termoelétricas
Universidade Federal de Campina Grande - UFCGCentro de Engenharia Elétrica e Informática - CEEI
Coordenação Graduação em Engenharia Elétrica - CGEE
Campina Grande, Fevereiro de 2013
Centrais Termoelétricas
Apresentadores: Davyson Faber A. Silva Gerônimo B. Alexandre Tiago da Silva Balbino
Orientação: Prof. M.Sc. Leimar de Oliveira
Geração de Energia Elétrica
Geração de Energia Elétrica 2
Centrais Termoelétricas/ Sumário
1. Introdução.
2. Processos de conversão de energia. 2.1. Tipos de centrais térmicas.
3. Centrais termoelétricas, participação na matriz energética3.2. Nacional.3.3. Internacional.
4. Princípios de funcionamento de unidade termoelétrica.
5. Layout de centrais termoelétricas.
Geração de Energia Elétrica 3
Centrais Termoelétricas/ Sumário
6. Monitoramento de unidades termelétricas.
7. Estudo de impactos ambientais de Centrais Termelétricas.
7.1. Termo Campina Grande.
8. Planejamento da política energética brasileira.
9. Considerações Finais.
10. Agradecimentos.
Geração de Energia Elétrica 4
Centrais Termoelétricas/ Introdução
Uma central termoelétrica consiste numa instalação para a produção de energia elétrica mediante a transformação de energia de combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos (carvão, petróleo, naftas, gás natural);
Estes combustíveis, que são fontes de energia primária não renovável, são queimados e o calor libertado é transferido para a água, aquecendo-a e transformando-a em vapor. O vapor de água assim obtido vai acionar as pás das turbinas que, por sua vez, movimentam os ímãs dos geradores elétricos, que vão produzir corrente elétrica alternada. Esta corrente elétrica, através das linhas de transmissão e da rede de distribuição, é levada até nossas casas.
Restrições econômicas e ambientais durante a construção e operação de uma unidade termoelétrica.
Geração de Energia Elétrica 5
Centrais Termoelétricas/ Processos de Conversão de Energia
Ocorrem várias transformações de energia:
A energia do combustível é transferida a um fluido
(vapor de água ou gás de combustão) na caldeira.
Posteriormente esta energia é cedida a um grupo
que a converte em energia mecânica (turbina).
Produção de eletricidade (alternador).
Geração de Energia Elétrica 6
Centrais Termoelétricas/ Processos de Conversão de Energia
Elementos Constituintes:
Caldeiras (geradores de vapor).
Tubagem.
Sobreaquecedores.
Turbina.
Alternador (gerador elétrico).
Condensador.
Economizador.
Bombas de água.
Chaminé (torre de refrigeração).
Sistemas de controle de emissões
Fig. 01. Esquemático de uma central termelétrica.
Geração de Energia Elétrica 7
Centrais Termoelétricas/ Processos de Conversão de Energia
Fig. 02 Esquemático de uma usina termoelétrica convencional.
Geração de Energia Elétrica 8
Centrais Termoelétricas/ Processos de Conversão de Energia
Modo de Funcionamento:
Consiste num ciclo termodinâmico no qual uma
substância (água) é sujeita a alteração de fase.
1. A água é bombeada para a caldeira a alta pressão.
2. Evaporação da água na caldeira a temperatura elevada.
3. Expansão do vapor na turbina a vapor.
4. Condensação do vapor em água
Geração de Energia Elétrica 9
Centrais Termoelétricas/ Processos de Conversão de Energia
As temperaturas estão limitadas a aproximadamente 850 K
( 580 ºC).
Esta limitação prende-se com as propriedades de construção
dos materiais economicamente disponíveis.
Podem ser usadas pressões até 340 bar = 34 MPa
Geração de Energia Elétrica 10
Centrais Termoelétricas/ Processos de Conversão de Energia
Classificação das Centrais:
Produto Final
Produção de Energia Eléctrica
Produção de Energia Eléctrica e Térmica(cogeração)
Tecnologia
Turbinas a vapor
Motores de Combustão Interna
Turbinas e Motores a Gás
Ciclo Combinado
Geração de Energia Elétrica 11
Centrais Termoelétricas/ Processos de Conversão de Energia
Classificação das Centrais:
Combustível
Carvão.
Fuelóleo.
Gás Natural.
Biomassa.
Serviço Desempenhado
Ponta (muito raramente).
Base.
Fig. 03. Curva de demanda.
Geração de Energia Elétrica 12
Centrais Termoelétricas/ Participação na Matriz Energética
Situação Brasileira:
Geração de Energia Elétrica 13
Centrais Termoelétricas/ Participação na Matriz Energética
Situação Brasileira:Empreendimentos em Operação
TipoCapacidade Instalada
%Total
%N.° de Usinas (kW) N.° de
Usinas (kW)
Hidro 1.043 84.423.303 64,67 1.043 84.423.303 64,66
GásNatural 107 11.830.730 9,06
146 13.514.393 10,35Processo 39 1.683.663 1,29
PetróleoÓleo Diesel 983 3.460.604 2,65
1.017 7.711.251 5,91Óleo
Residual 34 4.250.647 3,26
Biomassa
Bagaço de Cana 363 8.382.612 6,42
449 10.118.800 7,75Licor Negro 14 1.246.222 0,95
Madeira 45 379.235 0,29Biogás 18 74.298 0,06
Casca de Arroz 9 36.433 0,03
Nuclear 2 2.007.000 1,54 2 2.007.000 1,54
Carvão Mineral
Carvão Mineral 12 2.664.328 2,04 12 2.664.328 2,04
Eólica 88 1.934.538 1,48 88 1.934.538 1,48
Importação
Paraguai 5.650.000 5,46
8.170.000 6,26Argentina 2.250.000 2,17Venezuela 200.000 0,19
Uruguai 70.000 0,07
Total 2.770 130.555.541 100 2.770 130.555.541 100
Fig. 04. Matriz energética brasileira.Fonte: ANEEL, 2013 Tabela 01. Matriz energética brasileira. Fonte: ANEEL, 2013
Geração de Energia Elétrica 14
Centrais Termoelétricas/ Participação na Matriz Energética
Situação mundial:
Apenas cerca de 18,7% da eletricidade produzida no mundo provêm
de usinas hidrelétricas enquanto 81,3% de usinas termelétricas.
Fig. 05 Matriz energética mundial.Fonte: European Institute for Energy Research. Fig. 06. Projeção de geração de eletricidade no mundo.
Fonte: European Institute for Energy Research.
Geração de Energia Elétrica 15
Ciclo termodinâmico:
Um ciclo termodinâmico se constitui de uma sequência de
processos após os quais a matéria que o experimentou
retorna ao estado inicial.
Principais ciclos termonadinâmicos:
Ciclo de rankine;
Ciclo de brynton;
Ciclo combinado;
Ciclo de motores.
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Geração de Energia Elétrica 16
Layout geral de uma planta termelétrica
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Geração de Energia Elétrica 17
Diagrama típico de um termelétrica movida a carvão mineral
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais TermoelétricasÉ
Geração de Energia Elétrica 18
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
É
Diagrama típico de uma termelétrica movida a carvão mineral
Geração de Energia Elétrica 19
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Geração de Energia Elétrica 20
Equipamentos principais e auxiliares
Transportadora de carvão.
Planta de pulverização.
Ventiladores de tiragem.
Caldeira.
Planta de manipulação de cinzas.
Torres e tanques de resfriamento.
Economizador.
Superaquecedor e reaquecedor.
Pré-aquecedor de ar.
Pré-aquecedor de água de alimentação.
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Geração de Energia Elétrica 21
Transportadora de carvão:
Sua função é alimentar a fornalha da caldeira com materia prima;
Uma usina queima grande quantidade de carvão
Uma usina de capacidade de 2000 MW pode exigir cerca de 2000
toneladas de carvão por dia.
Stoker: O carvão trazido para perto da caldeira, tem que ser
colocado na fornalha da caldeira para combustão, função desempenhado
por tal.
Pulverizer: o carvão é colocado no interior da caldeira, após
pulverização. Além de pulverizar o pulverizer tritura o carvão,
preparendo-o para combustão.
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Geração de Energia Elétrica 22
Transportadora de carvão:
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Fig. 07. Transportadora de carvão, Stoker e Pulverizer.
Geração de Energia Elétrica 23
Draft System
A circulação de ar é causado por uma difereça de pressão feita pelo
Draft.
Draft é um dispositivo que aplica um diferencial de pressão atmosferica
no interior da caldeira.
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Fig. 08. Draft System.
Tipos: Draft Natural; Draft Mecânico.
Geração de Energia Elétrica 24
Caldeira
É um recipiente fechado, onde a água é aquecida e circulada até o
ponto ótimo sob pressão, sendo convertida em vapor.
É um dos principais componentes de uma central termelétrica.
Concebida para absorver quantidade máxima de calor liberado no
processo de combustão.
Tipos de caldeira:
Caldeira de tubo de fogo;
Caldeira de tubo de água.
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Geração de Energia Elétrica 25
Caldeira
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Fig. 09. Esquemático de uma caldeira.
Geração de Energia Elétrica 26
Superaquecedor:
A maioria das caldeiras modernas possuem seperquecedor e
reaquecedor.
Superaquecedor é um componente da unidade geradora de vapor
no qual o vapor depois de ter deixado o cilindro de aquecimento, é
aquecido a temperatura de saturação;
Influenciado pela localização, disposição e quantidade de superficie de
material de superaquecimento instalado;
Um ou mais estágios de bancos de tubos, transporte eficiente de calor;
Classificação: convecção, radiante ou combinação destes.
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Geração de Energia Elétrica 27
Reaquecedor:
parte do calor do superaquecimento é usaado para girar a turbina a
vapor, havendo perda de energia. Ele fornece o calor de vapor a pressão
intermediária , mantendo a turbina girando, calor é convertido em
energia mecanica. A energia mecanica é usada para acionar o alternador
aclopado ao eixo da turbina. Energia mecânica Energia elétrica.
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Geração de Energia Elétrica 28
Turbina a vapor
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Geração de Energia Elétrica 29
Turbina a vapor
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Geração de Energia Elétrica 30
Turbina a vapor
Esta converte energia de calor de vapor em energia mecânica e aciona
um gerador.
Princípio: o vapor penetra uma pequena abertura com velocidade elevada-
Energia térmica convertida em energia cinética.
Tipos de turbinas: turbina de impluso e turbina de reação.
Planta de manipulação de cinzas:
A percentagem de cinzas do carvão varia de 5% para carvão de boa
qualidade para cerca de 40% em carvaõ de baixa qualidade.
As usinas geralmente usam carvão de baixa qualidade, gerando
quantidades elevadas de cinzas.
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Geração de Energia Elétrica 31
Uma termelétrica de 2000 MW produz 5000 toneladas de cinzas por dia.
As termelétricas usam transportadoras de cinzas para realizar o
carregamento de caminhões e vagões que transportam até o local de
descarte.
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Fig. 10. Planta manipuladora de cinzas.
Geração de Energia Elétrica 32
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Condensador
É um trocador de calor do tipo casco-tubos instalado na saída de cada
turbina.
Converter vapor em líquido.
Onde a água for escassa usa-se um condensador refrigerado a ar (menos
eficiente).
Objetivo consiste em condensar a saída de vapor da turbina de vapor em
água com máxima eficiência.
Condensador de volta para a geradora de vapor (caldeira).
Geração de Energia Elétrica 33
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Condensador
Geração de Energia Elétrica 34
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Tanques e torres de resfriamento
O condensador precisa de grande quantidade de água. Uma
termelétrica de 2000 MW é preciso de cerca de 1500 Mgalões de água.
A maioria das plantas usam um sistema de arrefecimento fechado em
que a água proveniente do condensador é arrefecida e reutulizada.
Plantas de pequena capacidade de geração usam tanques de
pulverização, já as de média e grande capacidade de geração usam de
torres de resfriamento.
Torres de resfriamento são estruturas de aço ou concreto hiperbólico,
com um reservatório na base para armazenamento de agua refrigerada.
Geração de Energia Elétrica 35
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Tanques e torres de resfriamento
a altura da torre de resfriamento pode ser de 150 m ou mais e o
diâmetro de base é de 150 m.
Fig. 11. Torre de resfriamento.
Geração de Energia Elétrica 36
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Aquecedor da alimentação de água
Vantagens do pré–aquecimento da água antes da alimentação da
caldeira:
O pré-aquecimento melhora a eficiência global da termelétrica.
O oxigênio e o dióxido de carbono que causam corrosão na caldeira são
removidos no pré-aquecedor.
Tensões térmicas, devido a água fria que iria entrar na caldeira são
evitadas.
A quantidade de vapor produzido pelo caldeira é aumentada.
Outras impurezas transportadas pelo vapor e condensado, devido a
corrosões na caldeira e no condensador são precipitadas fora da caldeira.
Geração de Energia Elétrica 37
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Economizador
Gases de combustão que saem da caldeira transportam grande
quantidade de calor. Um economizador extrai uma parte deste calor dos
gases de combustão. O uso de economizador resulta na redução do
consumo de carvão e numa maior eficiência da caldeira.
Geração de Energia Elétrica 38
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Alternador
Um gerador síncrono é usado para gerar energia através da ligação do
eixo da turbina com o eixo de rotação do gerador reduzindo o fluxo
magnético.
Tensão gerada: 11 kV a 20 kV;
Tensão elevada para 400 kV e transmitida.
SYNCHRONOUSGENERATOR
Bus Duct
UAT20kV to 6 kV Unidade de Trafo auxiliar: é um
Trafo que reduz a tensão gerada para uso de fins auxiliares
Generator Transformer
20 kV to 400 kV
Transmission Line
Geração de Energia Elétrica 39
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Geração de Energia Elétrica 40
Centrais Termoelétricas/ Layout de Centrais Termoelétricas
Geração de Energia Elétrica 41
Centrais Termoelétricas/ Monitoramento de Centrais Termoelétricas
Objetivos do monitoramento de centrais
termoelétricas:
Identificar mudanças de estado de máquinas, indicando
falhas operacionais;
Diagnóstico de falhas nos equipamentos;
Previsão de falhas ;
Evitar propagação de danos a outras partes da unidade;
Para planejar uma melhor gestão de reposição;
Aumentar o limite de resistência e vida útil de máquinas;
Maior produtividade em menor tempo;
Maior seguraça na operação da unidade.
Geração de Energia Elétrica 42
Técnicas de monitoramento:
Estudo de vibração (turbina, motores, bomba, ventiladores e
compressores);
Análise de lubrificantes (misturas, impurezas mecânicas,
degradação de óleos lubrificantes);
Análise de ruído;
Análise dos resíduos gerados;
Termografia;
Teste ultrassônicos.
Centrais Termoelétricas/ Monitoramento de Centrais Termoelétricas
Geração de Energia Elétrica 43
Fig. 12. Resultados de teste de vibração em motores.
Fig. 13. Perfil de temperatura na s válvulas de entrada da caldeira .
Centrais Termoelétricas/ Monitoramento de Centrais Termoelétricas
Geração de Energia Elétrica 44
Análise de gases dissolvidos:
Todos os transformadores;
Rigidez dielétrica do óleo do transformador;
Densidade, viscosidade e cor do óleo do trafo;
Análise da qualidade do óleo.
Diagnóstico do óleo do transformador:
Concentração de CO e CO2 : avaliar as condições do papel
filtrador;
Quantidade de hidrogênio, metano, etileno e etano no oleo:
evitar microdescargas dentro do transformador.
Centrais Termoelétricas/ Monitoramento de Centrais Termoelétricas
Geração de Energia Elétrica 45
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
Impactos Ambientais
Liberação de dióxido de carbono, aumentando o efeito estufa.
O CO2 contribui para o aumento de chuvas ácidas.
O calor extraido da usina é liberado em rios e mares, aumentando a
temperatura das águas.
As cinzas liberadas pela chaminés acabem caindo e poluindo águas,
florestas e cidades das redindezas.
Nas termelétricas movidas a energia nuclear, há problema do lixo
radiotivo.
Caso de Espírito Santo, a fuligem estava causando corrosão nos
quadros do museu histórico. Restauração dos quadros.
Problemas respiratórios em idosos e crianças.
Geração de Energia Elétrica 46
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
Tecnologia de Captura e Armazenamento de CO2:
Com o aumento de 2% ao ano das emissões de CO2, esta
tecnologia é um boa solução para o setor elétrico.
Geração de Energia Elétrica 47
Captura do CO2:
Captura à priori (antes da combustão)
Processa-se o combustível num reactor com vapor de água e
ar para produzir uma mistura que consiste principalmente
em CO e H2;
Num segundo reactor (de conversão) o CO reage com o
vapor de água, produzindo mais H2 e CO2;
Agora já se está em condições de separar o fluxo de gás de
H2 do fluxo de gás de CO2;
Processo mais complicado, mais dispendioso, mas mais
eficiente 15 a 60% do volume.
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
Geração de Energia Elétrica 48
Captura do CO2:
Captura à posteriori (após a combustão)
Separam o CO2 dos gases produzidos e emitidos para o ar,
pela combustão do combustível primário;
Utilização de um solvente líquido para a captação 3 a
15% do volume do gás de combustão.
Sistemas Oxyfuel
Utilizam oxigênio em substituição do ar, na produção do gás
de combustão
O vapor de água é retirado mediante o arrefecimento e
compressão do fluxo de gás;
O Oxyfuel requer que se separe previamente o oxigénio do
ar.
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
Vapor de Água + CO2 80% de CO2 do volume
Geração de Energia Elétrica 49
Transporte do CO2:
O método mais comum é o Gasoduto
Geralmente o CO2 no estado gasoso é comprimido a
pressões > 8 MPa facilita e reduz os custos
Pode ser também transportado no estado líquido em
Navios, Camiões ou Comboios
Cisternas isotérmicas, com temperatura < - 20 ⁰C, e a uma
pressão mais baixa 2 MPa
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
Geração de Energia Elétrica 50
Armazenamento do CO2:
Armazenamento Geológico (profundidade > 800m)
Reservatórios de petróleo e de gás natural
Aquíferos salinos profundos
Camadas de carvão inexploradas
Armazenamento Oceânico (profundidade > 1 km)
Injectar directamente nas profundezas dos Oceanos, onde a
maioria do CO2 capturado ficaria isolado da atmosfera
durante séculos.
Centrais Termoelétricas/ Impactos ambientais associados e medidas mitigadoras
Geração de Energia Elétrica 51
Remoção do NOx nas Centrais:
Queimador de Baixo NOx
A produção de NOx depende da temperatura da queima e
do O2 disponível interessa fazer a combustão do carvão
pulverizado com baixa proporção de O2
Redução de emissões de 30 – 50%!
Redução Catalítica Selectiva (SCR)
É injectado um agente redutor (vapor de amónia – NH3) no
fluxo gasoso da combustão
Reage com o NOx para formar H2O e N2
As emissões são reduzidas em 80 – 90%!
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
Geração de Energia Elétrica 52
Remoção do SO2 nas Centrais:
Após a combustão o enxofre converte-se em SO2
O calcário ou óxido de cálcio ao reagir com o SO2 forma
gesso
Dependendo do ponto de injecção do absorvente, poder-
se-á ter reduções de SO2 de 30 a 90%!
Centrais Termoelétricas/ Impactos ambientais associados e medidas mitigadoras
Geração de Energia Elétrica 53
Remoção das Partículas nas Centrais:
Precipitadores Eletrostáticos
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
Fig. 13. Princípio de funcionamento de um precipitador eletrostático.
Geração de Energia Elétrica 54
Remoção das Partículas nas Centrais:
Filtros
Usados largamente desde
a década de 70
Bastante eficientes: 99%
Para valores mais elevados
(> 99,5%) tornam-se mais
caros do que os PEs
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
Geração de Energia Elétrica 55
Fuelóleo:
É uma fracção do processo de destilação do petróleo.
A destilação fraccionada serve para realizar a
separação de uma mistura de produtos, utilizando a
propriedade física ponto de ebulição.
De 20 a 60 °C éter de petróleo
De 60 a 90 °C benzina
De 90 a 120 °C nafta
De 40 a 200 °C gasolina
De 150 a 300 °C querosene
De 250 a 350 °C gasóleo (diesel)
De 300 a 400 °C óleos lubrificantes
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
Geração de Energia Elétrica 56
Termo Campina Grande
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
ÓRGÃO RESPONSÁVEL Ministério de Minas e Energia
EXECUTOR: Borborema Energética S/A
UNIDADE FEDERATIVA: PB
MUNICÍPIO(S): Campina Grande
PREVISTO
2011-2014:
R$2.000.000,00
ESTÁGIO: Concluído
DATA DE REFERÊNCIA 31 de Dezembro de 2012
COMBUSTÍVEL OCB1 (altamente poluente)
Localizada na confluência dos bairros de Velame, Distrito Industrial, Ligeiro, Catolé do Zé Ferreira Itararé, Sandra Cavalcante, Vila Cabral e Santa Teresina, nos limites de Campina Grande e Queimadas-PB.
Capacidade: 150 MW.
Atualmente em plena operação.
Central termelétrica do tipo convencional.
Apresentaremos os resultados do estudo de impactos ambientais realizado por Ademar Assis Cabral-UFCG em: Impactos Potenciais na Termelétrica de Campina Grande- PB.
Tabela 02. Dados da construção da termo Campina Grande.
Fonte: Governo Federal.
Geração de Energia Elétrica 57
Termo Campina Grande
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
Geração de Energia Elétrica 58
Termo Campina Grande
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
Geração de Energia Elétrica 59
Termo Campina Grande
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
Geração de Energia Elétrica 60
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
ASPECTOS CLASSES OBSERVAÇÃO
Natureza Positivo (P), Negativo (N) Indica quando o impacto tem efeitos sobre o meio ambiente.
Forma Direto (D), Indireto (I) Como se manifesta o impacto, decorrente de uma ação do empreendimento, ou se é um impacto decorrente de outro, ou outros, impactos gerados diretamente ou indiretamente por ele.
Abrangência Local (L), Regionais (R)Indica os impactos cujos efeitos se fazem sentir no ou que podem afetar áreas geográficas mais abrangentes,
caracterizando-se como impactos. Considerou-se como efeito local àquele que se restringe à área diretamente afetada do empreendimento e, regional, aquele que se reflete na área de influência direta.
Fase de Ocorrência: Implantação (I), Operação (O) Indica em que fase do empreendimento o impacto se manifesta
Temporalidade Curto Prazo (CP), Médio Prazo (MP), Longo Prazo (LP) Diferencia os impactos conforme manifestação imediatamente após a ação impactante.
Duração Permanente (P), Temporário (T), Cíclico (C) Critério que indica o tempo de duração do impacto.
Reversibilidade Reversível (R), Irreversível (I) Classifica os impactos segundo manifestação de seus efeitos.
Probabilidade Alta (A), Média (M), Baixa (B) A probabilidade ou frequência que um impacto, pode ocorrer quase certamente e constante ao longo de toda a atividade.
Magnitude e Importância Grande (G), Médio (M), Pequeno (P)Refere-se ao grau de incidência e interferência de um impacto sobre o fator ambiental, em relação ao
universo desse fator ambiental. A magnitude de um impacto é, portanto, tratada exclusivamente em relação ao fator ambiental em questão, independentemente da sua importância por afetar outros fatores
ambientais.1 a 3 – Pouco Importante 4 a 6 – Médio Importante7 a 10 – Muito Importante
Significância Pouco Significativo (PS), Significativo (S), Muito Significativo (MS). É classificada em três graus, de acordo com a combinação dos níveis de magnitude.
Tabela 03. Matriz de identificação de impactos potenciais em termelétrica.
Geração de Energia Elétrica 61
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
Geração de Energia Elétrica 62
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
Geração de Energia Elétrica 63
Termo Campina Grande/Medidas Mitigadoras
Utilização de combustíveis menos agressivos, como por exemplo, o
gás natural e a partir da biomassa.
Plantio de árvores nativas.
Monitoramento da fauna e flora, por entidades competentes.
Tratamento e controle dos resíduos sólidos e líquidos.
Acondicionamento adequado dos rejeitos.
Investimentos em escolas para população local, promovendo
inclusive, a educação ambiental.
Geração de empregos.
Campanhas educacionais.
Criação de hortos florestais.
Indenização aos agricultores locais, quando necessário .
Centrais Termoelétricas/ Impactos Ambientais Associados e Medidas Mitigadoras
Geração de Energia Elétrica 64
Pontos Positivos Construção fácil e onde é apenas
necessário sua construção, diminuido a
perda de energia.
Posssibilidade do uso de gas natural,
que é menos pouente.
Não depende das condições climáticas.
Centrais Termoelétricas/ Justificativas do Uso de Termelétricas
Pontos Negativos Impactos ambientais.
Alto custo do combustível.
Combustível não renovável,
que um dia se esgotará.
Maiores produtores
Brasil e América do Sul: TermoRio, Duque de Caxias, Rio de Janeiro, capacidade de 1040 MW
(movida a gás natural). No mundo:
Xinhua, Zhejiang, China, capacidade de 4000 MW (movida a carvão).
Geração de Energia Elétrica 65
Razões Econômicas
Necessidade de maior geração de energia, sem possibilidade de uma
hidrelétrica.
Baixo custo de construção.
Mesmo sem escassez de energia, o estado pode construir a usina e
vender a energia gerada para países vizinhos.
A produção de energia pode ser a partir de um combustível da qual a
região é rica, não sendo necessário comprar de fora.
Centrais Termoelétricas/ Justificativas do Uso de Termelétricas
Geração de Energia Elétrica 66
Centrais Termoelétricas/ Planejamento da Política Energética Brasileira
Planejamento energético
Planejamento da Expansão: Etapa na qual procura-se analisar as diferentes
estratégias da expansão do sistema elétrico em relação à geração e
transmissão, estabelecendo-se um programa de construção e instalação de
novas unidades de geração, transmissão e controle do sistema e de inventário
das bacias hidrográficas; são definidas as diretrizes que constituem a base dos
estudos de médio e curto prazos, tais como reserva de potência, capacidade de
geração de ponta.
Planejamento de Operação: Com horizontes de até cinco anos, o objetivo é
estabelecer o comportamento do sistema para um horizonte de operação de até
alguns anos à frente. Nesta etapa deve-se promover o aproveitamento racional
dos recursos, garantindo-se a qualidade e segurança no atendimento à
demanda e respeito às restrições operativas do sistema hidrotérmico.
Geração de Energia Elétrica 67
Centrais Termoelétricas/ Planejamento da Política Energética Brasileira
O Brasil vai depender cada vez mais das usinas termelétricas nos próximos anos para garantir com segurança o fornecimento da energia no país.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê a entrada em operação até maio de 13 termelétricas, num total de 2.577,6 MW de capacidade instalada, devido a estiagem.
Proposta em estudo pelo Ministério de Minas e Energia de acionar permanentemente as termelétricas a gás natural e carvão.
A decisão de acionar permanentemente as termelétricas vai demandar mudanças estruturais nos modelos utilizados para operação do sistema. Isso porque os modelos atuais, baseados no programa “Newave” (sistema oficial usado pelo ONS para calcular a necessidade de operação das hidrelétricas e termelétricas), consideram a operação das usinas pela ordem de custo crescente, em que as térmicas são as mais caras.
68
Com o estudo realizado pode-se concluir que, na escassez de fontes hídricas, Usinas Termelétricas é a melhor escolha dentre outras no ponto de vista econômico, ecológico e que irá atender a necessidade do Sistema em menor tempo.
Crescimento do consumo energético, encaminhando para uma matriz energética hidrotérmica.
A capacidade de regularização dos reservatórios hoje é insuficiente para gerar energia no período úmido.
Desenvolvimento de tecnologias para minimizar impactos ambientais associados as termelétricas.
Mudanças na operação do sistema elétrico.
Geração de Energia Elétrica
Centrais Termoelétricas/ Considerações Finais
Geração de Energia Elétrica 69
Centrais Termoelétricas/ Dimensões de uma Termelétrica
Geração de Energia Elétrica 70
Centrais Termoelétricas/ Dimensões de uma Termelétrica
Geração de Energia Elétrica 71
Centrais Termoelétricas/ Dimensões de uma Termelétrica
72
Centrais Termoelétricas/ Agradecimentos
Geração de Energia Elétrica
Universidade Federal de Campina GrandeCentro de Engenharia Elétrica e Informática
Coordenação de Graduação em de Engenharia Elétrica
Centrais Termoelétricas
Gerônimo B. Alexandre, Davyson Faber A. Silva , Tiago da Siva Balbino
Emails: {geronimo.alexandre,davyson.silva,tiago.balbino}@ee.ufcg.edu.br
M. Sc. Leimar de [email protected]
Geração de Energia Elétrica
Campina Grande, Fevereiro de 2013