Case Maria Lúcia
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Para levar a realidade das mulheres em situação de violência ao público-‐alvo, foi criada a personagem Maria Lúcia, que narrou sua história de superação vivenciada durante 12 anos. A narraDva aconteceu de forma não-‐linear, no período de 30 dias e ambientada na plataforma Facebook,
uma iniciaDva inédita dentro da rede social.
O objeDvo foi criar idenDficação com outras mulheres que são agredidas, de forma que tomassem parDdo do que leram no perfil da
personagem.
A ideia foi mostrar alternaDvas oferecidas pelo Governo Estadual para ajudar a acabar com a cultura de violência e conscienDzar toda a
sociedade sobre a gravidade do tema.
A escolha do Facebook se deu pelo alcance de público e pela forma de interação, simples e rápida. Foi criado um “perfil fake” onde foram abordados assuntos relacionados a violência contra a mulher. A
personagem, narrou as agressões psicológicas e Usicas sofridas como um diário. A ação aconteceu com número variado de postagens ao dia, que foram equivalentes a anos da vida dela, uDlizando marcos para definir os
ciclos da violência.
Foi realizado um trabalho de pesquisa junto à Secretaria Estadual de Mulheres e Diversidade Humana (SEMDH), entrevistas com pessoas
responsáveis pelo atendimento, além de conversas com mulheres que passaram por experiências de agressão.
Além das postagens da personagem, a página da Secretaria Estadual de Mulheres e Diversidade Humana também serviu de suporte para
divulgação do perfil, publicando flyers em sua página e uDlizando a hastag #violênciadegênero como agluDnadora das discussões levantadas ao redor
do tema.
Os servidores do Governo Estadual também foram convidados a adicionarem a personagem como sua amiga no Facebook, para isso, foi
enviado um e-‐mail markeDng para todos os servidores.
O perfil no Facebook da personagem recebeu mais de 800 solicitações de amizade em apenas 5 dias, de forma orgânica, sem intervenção de mídia
paga, SEO e SEM.
Os “amigos” da protagonista se apropriaram rapidamente da história, passando a chamar a personagem de “Malu” e dando conselhos para que
ela não se relacionasse com seu futuro agressor.
E no decorrer da história, conDnuaram apoiando para que ela tomasse uma decisão e resolvesse mudar de vida, longe das agressões e do
companheiro.
Ideia: Será criado um “perfil fake” em que serão abordados assuntos relacionados ao tema, onde a personagem que é víDma de violência narra às agressões (psicológicas e Usicas) sofridas como um diário. A ação acontecerá durante um mês aproximadamente, com postagens diárias, equivalentes há anos da vida dela. A personagem vai postando sua história à medida que o tempo vai passando e ela vai envelhecendo e se vendo naquela situação sem saber como sair. Em alguns dias ela vive com esperança jusDficando com desculpas os atos do agressor. Em outros, se mostra desesperançada, até chegar o momento em que cansa e resolve dar uma basta na situação. Resolve buscar ajuda no Centro de Referência da Mulher, onde se senDrá amparada. Com a história da personagem pretendemos criar idenDficação com outras mulheres que são agredidas, de forma que tomem parDdo do que leem ali, se senDndo próximas, contando suas histórias e tomando consciência que não precisam passar por agressões, nem esperar muito tempo para denunciar o agressor. A ação aDngirá o público-‐alvo, divulgando um tema tão presente, mas ainda ignorado por muitos, mostrando que a mulheres víDmas de violência possuem alternaDvas oferecidas pelo Governo para ajudá-‐las a acabar com essa cultura de violência arraigada há tempos na nossa sociedade. .
Canais a serem u.lizados: • PORTAIS
-‐ Portal Correio da Paraíba -‐ Portal G1 Paraíba -‐ Portal Tambaú 247
• FACEBOOK • TWITTER
-‐ Eixo: Perfil Fake Real "Maria Lúcia" -‐ Campanha: Página da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana -‐ Sustentação: Páginas da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana e demais páginas do Governo.
Hastag: A campanha usará a hastag #violenciadegenero pois já estáo sendo usada mundialmente e conta com grande movimentação sobre o assunto. Nela é possível encontrar diversas campanha e depoimentos.
Além das mensagens em comentários, a personagem também recebeu testemunhos via mensagem privada do Facebook. Mulheres que passaram ou na ocasião estavam passando por situação de violência, encontraram em Maria Lúcia uma amiga para quem poderiam contar sua realidade.
Observou-‐se também que a ferramenta, por ser digital, facilitou o contato dessas mulheres que acabaram procurando ajuda, fazendo com que a
novela fosse um meio de orientação, se tornando um serviço de atendimento às mulheres. Muitas delas foram atendidas e aconselhadas a procurarem a Delegacia da Mulher mais próxima ou a Defensoria Pública.
A novela digital rompeu as barreiras do local, sendo elogiada durante reunião das Secretarias de Mulheres de todo o país, em Brasília. Se
tornando um exemplo de combate à violência contra a mulher e também de aproximação entre Governo e população.
Houve grande repercussão na imprensa paraibana, destacando o inediDsmo da campanha e a resposta do público ao personagem.
A Antares Comunicação recebeu convite da Faculdade de Ciências Médicas para falar aos alunos do curso de Medicina sobre a ação e
informá-‐los de como atender e orientar as mulheres, além de colocar o tema em debate dentro da sala de aula.
A novela também se tornou objeto de estudo acadêmico no Mestrado em
Comunicação Social da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), abordando a repercussão de personagens fake em plataformas de redes
sociais.