Casamento e Práticas Sexuais ilícitas no Brasil Colonial Por: João Batista Amorim Correia...
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Casamento e Práticas Sexuais ilícitas no Brasil
ColonialPor: João Batista Amorim Correia
Revisado por: Luiz Carlos Villalta e Elaine Campos e Castro
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FornicaçãoFornicação ConcubinatoConcubinato
MisoginiaMisoginia
BigamiaBigamia
CasamentoCasamento
Brasil Colonial
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Imagem: O Inferno, anônimo, século XVI
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ComparandoOs textos dos historiadores Ronaldo Vainfas e Maria Beatriz, vistos no slide anterior, demonstram posições divergentes quanto aos fatores que teriam motivado o aumento do concubinato na colônia.
Redija um texto sobre o concubinato:a) enfocando as divergências entre os dois autores. b) avaliando se, na sua opinião, haveria outros fatores igualmente
responsáveis pelo grande número de casos de concubinato na colônia.
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CasamentoNo período colonial, era a união entre um homem
e uma mulher mediante presença de uma autoridade eclesiástica, segundo os ritos e regras da Igreja católica. Essa união, na sociedade colonial, significava, principalmente, a celebração de interesses familiares. O enlace era quase sempre acordado antecipadamente pelos pais dos cônjuges. Além disso, obedecia a normas sociais que o disciplinavam. Tais normas seguiam o princípio de igualdade.
Desafio
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“Casem-se primeiro as idades, as condições, as saúdes e as qualidades, e então casarão bem as pessoas; de outro modo, já de antemão levam o divorcio meio feito”. (Pe. Manoel Bernardes)
De acordo com as normas pregadas pelos padres e difundidas socialmente, para que o matrimônio permanecesse indissolúvel, os futuros cônjuges deveriam obedecer a determinados requisitos de igualdade. Havia uma preocupação na escolha dos cônjuges que deveriam ser ‘iguais’ ou semelhantes no maior número possível de aspectos. Buscava-se a igualdade etária (nem sempre alcançada) social, física e moral.
O Princípio da Igualdade
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Fonte: IBGE
Tabela - Casamentos e Separações judiciais no Brasil em 1991 e 1998
Analisando a tabela:Analisando a tabela:
1. O que ocorreu com o casamento entre 1991 e 1998?
2. Muitas pessoas ainda casam e permanecem casadas?
Em uma quase
Década
1998
Aumento de
16.1%
Redução de
8.4%
90.778
mil
699 mil
1991
Ano
76.233
Mil
Separações
judiciais
763 mil
Casamentos
Legais
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Relacionando
1. Qual é a razão alegada pelo historiador Ronaldo Vainfas, no texto acima, para o percentual considerável da população colonial que praticava a bigamia?
2. A auto-denúncia de um bígamo, que você leu, confirma a opinião do historiador?
Hoje em dia a lei permite que se faça um segundo casamento, estando o primeiro marido ou esposa vivos. A Igreja condena isso, mas o Estado permite o divórcio e novos matrimônios. Com freqüência, muitos divorciados casam-se novamente. Isso não acontecia no período colonial, mas muitas pessoas se casavam duas ou mais vezes.
“ Valorizado socialmente, difundido além dos setores dominantes da colônia, assim parecia ser o matrimônio
legal no Brasil. A transgressão dos bígamos não deixa dúvidas a esse respeito (...) apegavam-se demasiado ao casamento, ao estado e aos ritos exteriores que lhes conferiam a legitimidade
social”. ( VAINFAS,1989)
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Costumes do Rio de Janeiro, 1835. Rugendas.
Observe atentamente a imagem antes de responder a questão:
A imagem pintada por Rugendas por volta de 1835 tem como tema amores, não muito decentes, entre um homem e uma mulher, observados pela senhora que promovera o encontro. • Que aspectos mais lhe chamaram a atenção nas três personagens retratadas por Rugendas nesta pintura? Considere também o cenário, as vestimentas das pessoas e outros detalhes que possam trazer maiores informações sobre os costumes da época.
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• A imagem produzida por Jean Debret retrata um matrimônio legal (e, portanto, católico) realizado no Rio de Janeiro no início do século XIX.
1.Observe atentamente a imagem.
2. Identifique:
A cor dos noivos e dos padrinhos.
A cor do pároco.
A condição social dos noivos (eram livres (não-forro e não-escravo).
Casamento de negros de uma casa rica.. Debret.
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Misoginia
Visão herdada da tradição cristã, segundo a qual a culpa por toda desgraça do homem era imputada ao sexo feminino, especialmente àquela relacionada ao desvio de conduta moral.
Desafio
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BigamiaPrática de contrair um novo casamento na Igreja ainda estando o primeiro cônjuge vivo. Este comportamento foi combatido com rigor pelas autoridades eclesiásticas, contudo, o delito mostrou-se bastante comum entre os vagamundos recém-chegados à colônia.Leia a auto-denúncia que um bígamo apresentou à Inquisição de Lisboa, em meados do século XVIII.
Desafio
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“Contrair matrimônio representava, para amplas camadas da população, sobretudo negros e pardos forros, mas também brancos pobres, uma despesa e um trabalho tal com papéis. Por isso, a maioria preferia viver em concubinato estável, constituindo família e vivendo como marido e mulher. (...) A simples apresentação de uma certidão de batismo implicava por vezes despesas grandes e trabalhos dispendiosos. A tendência para o concubinato não pode, portanto, ser encarada apenas como uma questão de ‘libertinagem’, mas sim como a resultante de obstáculos econômicos à celebração do casamento”.
(Texto adaptado de Maria Beatriz Nizza da Silva )
“Amancebavam-se por falta de opção, por viverem, em sua grande maioria, num mundo instável e precário, onde o estar concubinado era resultado de não ter bens ou ofício, da fome e da falta de recursos. Essa falta de recurso afetava menos o pagamento da cerimônia de casamento do que a manutencão de uma vida conjugal minimamente alicerçada segundo os costumes sociais e a ética oficial. Além disso, itinerantes, inseguros, deserdados numa grande fronteira como era o Brasil da época, esses homens não tinham escolha senão a de unir-se a mulheres de igual condição, mulheres que ‘não tinham marido’, como então se dizia, e que dificilmente o teriam na sociedade colonial”. (Texto adaptado de Ronaldo Vainfas )
Dois historiadores, duas interpretações sobre o
concubinato no Brasil Colonial
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“ Muitos são os que andam vagando e não tem pousada fixa, e como são de perversas intenções, desamparando a primeira mulher, casam-se em diversos lugares com outra, e muitas vezes com várias, vivendo a primeira”.
(Recomendação do Concílio de Trento aos párocos no combate a bigamia )
No mundo moderno o termo ‘vagamundos’ se referia aos que andavam vagando, ‘sem domínio certo’, vaivém típico de boa parte dos colonos portugueses e espanhóis ente os séculos XVI e XVIII.
Vagabundos
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ConcubinatoEntendido como relacionamento amoroso ilícito (portanto, fora do casamento e sem a aprovação da Igreja) marcado pela maior permanência do laço entre os parceiros, por uma certa durabilidade na relação. Foi uma prática bastante difundida na colônia embora sujeita a punições previstas em leis civis e eclesiásticas. Umas das características desta relação seria a frequente não-coabitação dos concubinários.
Desafio
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Constituições primeiras do
Acerbispado da Bahia“ E ainda que devem preceder as três admoestações do Sagrado Concílio Tridentino, para efeito dos leigos amancebados poderem ser censurados, e castigados com as penas de prisão, e de degredo, e outras, isso não impede, para que logo pela primeira vez, segunda, e terceira vez possam ser multados em penas pecuniárias, as quais os façam temer, e emendar, e tirar do pecado”
(livro 5, tit. 22, § 982 ) Após a primeira advertência pagariam 800 réis se os concubinários fossem
solteiros e 1$000 se algum deles fosse casado. Após a segunda advertência duplicava a pena. Após a terceira advertência elevava a pena para 2$000 réis se solteiro, ou
3$000 se casado.
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Os excertos acima trazem a opinião corriqueira encontrada no universo colonial brasileiro. A hostilidade à figura feminina fica bastante evidente nas pregações religiosas e nos ditos populares ao instruir o homem em seu envolvimento com as mulheres.
Para refletir:
Em que medida preconceitos, construídos no ambiente colonial, poderiam estar sendo reproduzidos, de forma adaptada, aos valores da sociedade
contemporânea?
“Não há víbora que tenha tanta peçonha como a língua de uma mulher”
( João de Barros)
“Diferentes tentações apoquentam o homem nas várias fases da vida, algumas quando jovem, outras na velhice mas a mulher ameaça-o sempre(...) este
inimigo universal está sempre a inquietar-nos”. ( Jesuíta Baltazar Gracián )
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O poema atribuído a Gregório de Matos, escrito em meados do século XVII, na cidade de Salvador, auxilia-nos a compreender como as relações amorosas, freqüentemente, eram percebidas na América portuguesa.
Agora, responda:a. No poema do “ Boca do Inferno”, como também
era conhecido Gregório de Matos, como é concebido o amor?
b. Isto tem alguma relação com o que você já estudou sobre a fornicação no mundo colonial? Explique.
O amor é finalmente um Abraço de pernas, União de barrigas,Um breve tremor de artérias. Uma confusão de bocas, Uma batalha de veias, Um reboliço de ancas, Quem diz outra coisa é besta. (Gregorio de matos)
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FornicaçãoEntendida no período colonial como cópula, incontinência, ato sexual praticado ocasionalmente com parceiros diferentes. Relação sexual fora do casamento – e, portanto, ilícita – correntemente tolerada pelo poder público. Aliás, muitos dos colonos acreditavam, mesmo, não estarem cometendo infração alguma, desde que pagassem pelos préstimos tidos com “mulheres solteiras”.
Desafio
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Convém esclarecer que o termo ‘mulher solteira’ não possuía o significado que hoje lhe atribuímos de mulher não casada. Solteira era a mulher desimpedida, livre, sem proteção da família ou marido, passível de envolver-se em quaisquer relações amorosas ou sexuais. Mulheres aptas à fornicação em troca de alguma paga. Na América portuguesa este termo se associou no início da colonização à índia e, posteriormente, à mulher negra e à mulata.
Segundo definição da
época
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A imagem portuguesa do início do século XVI retrata o que seria o “Inferno”. Os pecados cometidos em vida, por aqueles que ousassem violar os mandamentos da fé católica, certamente, seriam punidos após a morte.
a- Observando atentamente a pintura, você seria capaz de identificar quais são as pessoas que estão sendo castigadas no Inferno? ( características físicas, posição social, sexo).
b- Na pintura, há algo que lhe faça lembrar de práticas sexuais? O que você conclui disso: havia alguma relação entre sexo e pecado?
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Padre José da Silva Oliveira Rolim, Joaquim José da Silva Xavier, José de Alvarenga Peixoto, Cláudio Manuel da Costa, Cônego Luís Vieira da Silva e Tomás Antônio Gonzaga são algumas das principais figuras da Inconfidência mineira.
“ No campo das relações políticas, a submissão a Deus passava pela fidelidade a El'Rei, à Metrópole. No campo da moral sexual, o Criador encontrava-se no matrimônio. E esse, por sua vez, achava-se submetido a algumas regras, normas sociais (...) os Inconfidentes deixaram-se seduzir pelo canto de Lúcifer, no que toca à Carne. E, assim, em suas práticas, tal qual a moral vigente na Colônia, articulavam-se Deus e o Diabo, as regras consagradas pelo Criador e as ilicitudes”. ( VILLALTA, 2002).
Os Inconfidentes de Minas e seus “delitos” sexuais
Fornicação Bigamia Concubinato
Dentre os delitos abaixo, qual você supõe que não foi praticado pelos inconfidentes?
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Padre José da Silva Oliveira Rolim, Joaquim José da Silva Xavier, José de Alvarenga Peixoto, Cláudio Manuel da Costa, Cônego Luís Vieira da Silva e Tomás Antônio Gonzaga são algumas das principais figuras da Inconfidência mineira.
“ No campo das relações políticas, a submissão a Deus passava pela fidelidade a El'Rei, à Metrópole. No campo da moral sexual, o Criador encontrava-se no matrimônio. E esse, por sua vez, achava-se submetido a algumas regras, normas sociais (...) os Inconfidentes deixaram-se seduzir pelo canto de Lúcifer, no que toca à Carne. E, assim, em suas práticas, tal qual a moral vigente na Colônia, articulavam-se Deus e o Diabo, as regras consagradas pelo Criador e as ilicitudes”. ( VILLALTA, 2002).
Os Inconfidentes de Minas e seus “delitos” sexuais
Fornicação Bigamia Concubinato
Dentre os delitos abaixo, qual você supõe que não foi praticado pelos inconfidentes?
Tomás Antônio Gonzaga e o cônego Luís Vieira fornicaram, tendo o último uma filha
ilegítima.
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Padre José da Silva Oliveira Rolim, Joaquim José da Silva Xavier, José de Alvarenga Peixoto, Cláudio Manuel da Costa, Cônego Luís Vieira da Silva e Tomás Antônio Gonzaga são algumas das principais figuras da Inconfidência mineira.
“ No campo das relações políticas, a submissão a Deus passava pela fidelidade a El'Rei, à Metrópole. No campo da moral sexual, o Criador encontrava-se no matrimônio. E esse, por sua vez, achava-se submetido a algumas regras, normas sociais (...) os Inconfidentes deixaram-se seduzir pelo canto de Lúcifer, no que toca à Carne. E, assim, em suas práticas, tal qual a moral vigente na Colônia, articulavam-se Deus e o Diabo, as regras consagradas pelo Criador e as ilicitudes”. ( VILLALTA, 2002).
Os Inconfidentes de Minas e seus “delitos” sexuais
Fornicação Bigamia Concubinato
Dentre os delitos abaixo, qual você supõe que não foi praticado pelos inconfidentes?
Resposta Errada!!!
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Padre José da Silva Oliveira Rolim, Joaquim José da Silva Xavier, José de Alvarenga Peixoto, Cláudio Manuel da Costa, Cônego Luís Vieira da Silva e Tomás Antônio Gonzaga são algumas das principais figuras da Inconfidência mineira.
“ No campo das relações políticas, a submissão a Deus passava pela fidelidade a El'Rei, à Metrópole. No campo da moral sexual, o Criador encontrava-se no matrimônio. E esse, por sua vez, achava-se submetido a algumas regras, normas sociais (...) os Inconfidentes deixaram-se seduzir pelo canto de Lúcifer, no que toca à Carne. E, assim, em suas práticas, tal qual a moral vigente na Colônia, articulavam-se Deus e o Diabo, as regras consagradas pelo Criador e as ilicitudes”. ( VILLALTA, 2002).
Os Inconfidentes de Minas e seus “delitos” sexuais
Fornicação Bigamia Concubinato
Dentre os delitos abaixo, qual você supõe que não foi praticado pelos inconfidentes?
Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto, Padre Rolim e
Tiradentes viveram, em parte de suas vidas, com mulheres sem serem casados
com elas.
![Page 26: Casamento e Práticas Sexuais ilícitas no Brasil Colonial Por: João Batista Amorim Correia Revisado por: Luiz Carlos Villalta e Elaine Campos e Castro.](https://reader035.fdocument.pub/reader035/viewer/2022062312/552fc12b497959413d8cf991/html5/thumbnails/26.jpg)
“Pesquisas recentes nos têm indicado que o casamento esteve longe de ser um privilégio dos brancos abastados. (...) embora menos freqüentes que o casamento entre brancos livres, não foram raros os matrimônios envolvendo libertos, escravos e pardos livres, particularmente os realizados entre mulheres forras e escravos”
(Vainfas, 1989 )
1. Você vê alguma relação entre a cena retratada por Debret e as afirmações do historiador Ronaldo Vainfas sobre a difusão do casamento no período colonial?
Jogando luz em algumas questões do
passado:
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“ Parece-me cousa mui conveniente mandar Sua Alteza algumas mulheres, que lá têm pouco remédio de casamento, a estas partes, ainda que fossem erradas, porque casarão todas mui bem, contando que não sejam tais que de todo tenham perdido a vergonha a Deus e ao mundo” .
( SILVA, 1984 )
Leia atentamente o trecho abaixo escrito pelo Padre Manoel da
Nóbrega