Carga imediata em próteses unitárias pós-exodontia, em área estética
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Artigo Inédito
92 Rev. Dental Press Periodontia Implantol., Maringá, v. 2, n. 1, p. 92-109, jan./fev./mar. 2008
Palavras-chave
Carga imediata. Implante imediato.
Implante osseointegrado. Implantação
sem retalho.
Resumo
A carga imediata tem sido usada com êxito desde finais da década de 70 para
casos de implantes múltiplos ferulizados. Na atualidade, depois de muitos anos
de comprovação científica e melhoria tecnológica, ela pode ser aplicada para
substituir dentes unitários perdidos, inclusive imediatamente após exodontias
com o intuito de preservar os tecidos duros e moles ao redor da futura peça
protética individual. É de fundamental importância, para obter o resultado esté-
tico e funcional desejado, avaliar alguns detalhes durante o planejamento prévio
do caso como ser: tecidos moles e duros ao redor do dente a ser removido
visando a possibilidade de não levantar retalho em nenhum momento, espaço
interoclusal, se o paciente sofre de bruxismo, o tipo de pilar provisório a ser
usado, assim como o tipo de prótese provisória a ser instalada (cimentada ou
parafusada).Durante a instalação do implante devemos observar a técnica para
remover a raiz perdida para preservar as papilas e as paredes do alvéolo dentá-
rio, o tratamento de limpeza da loja cirúrgica, o posicionamento espacial do im-
plante, o perfil emergente da coroa provisória, controle oclusal do caso, controle
do excesso de cimento provisório ou torque dos componentes e proservação
do caso durante 3 a 4 meses antes da instalação da coroa de porcelana.
Carga imediata em próteses unitárias
pós-exodontia, em área estética
* Doutorando em Implantologia Oral, USC, Bauru - SP.
** Professor Titular de Implantologia da USC, Bauru -
SP. Professor Titular de Dentística da FOB-USP.
Luis Guillermo PeRedo-Paz*, Carlos Eduardo FRancischone**,
Edílson FeRReiRa*, Roberto sidney*
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Luis Guillermo Peredo-Paz, Carlos Eduardo Francischone, Edílson Ferreira, Roberto Sidney
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inTRodUÇÃo
O tempo de tratamento e a estética são,
na atualidade, requisitos fundamentais para os
pacientes que buscam tratamento com implan-
tes para substituir os dentes perdidos. Entre as
principais vantagens da carga imediata estão
as relacionadas com a necessidade dos pacien-
tes de receberem as suas próteses no mesmo
dia da instalação dos implantes, especialmente
aqueles pacientes que nunca usaram nenhum
tipo de próteses e têm que usar uma removível
provisória durante o período de osseointegra-
ção (dificuldade psicológica e funcional); ade-
mais, de reduzir o número de procedimentos
cirúrgicos e conseguir manter o nível dos teci-
dos moles (conservação estética) ao redor do
implante.
O protocolo tradicional introduzido por Brå-
nemark3 em 1969, colocava ênfase especial
em 6 fatores: material do implante, desenho do
implante, acabamento do implante, condições
do osso, técnica cirúrgica e condições de car-
ga sobre o implante; sendo, este último fator
considerado crítico. A condição de um período
de espera de 4 a 6 meses para a obtenção da
osseointegração é justificada por Roberts17, em
1986, que considera a importância da estabili-
dade inicial do implante, assim como as 3 eta-
pas de desenvolvimento celular que ocorrem na
interface osso/implante durante os 3 primeiros
meses de cicatrização. A primeira etapa, deno-
minada estabilização, toma 6 semanas e nela
as células se aderem ao implante e o osso for-
mado é de pouca densidade; na segunda etapa,
chamada etapa de reforço, ocorre a formação
do osso lamelar e finalmente na terceira etapa,
denominada de durabilidade, ocorre uma ampla
remodelação óssea e formação de osteões se-
cundários.
ReQUisiTos PaRa a caRGa iMediaTa
Baseados na literatura4,7,14,15,19, Ledermann10
e Babbush1 foram dos primeiros a publicarem
trabalhos sobre carga imediata em implantes, e a
partir da segunda metade dos anos 90 as pes-
quisas oferecem bases e fundamentos para esta-
belecer protocolos e obter resultados fiáveis.
Piattelli et al14. avaliaram, clínica e histo-
logicamente, implantes de titânio submetidos
à carga imediata, tanto na maxila como na
mandíbula. A análise microscópica encontrou
presença de tecido ósseo maduro, compacto
e cortical ao redor dos implantes, com porcen-
tagem de contacto osso-implante variando de
60 a 70%. Não havia tecido fibroso ou es-
paços vazios na interface nem reabsorção no
osso peri-implantar.
Piattelli et al.15, Testori et al.21, Romanos et
al.18 mostraram maior contato osso-implante
para os implantes submetidos à carga imedia-
ta. Os autores consideram que a força oclusal
parece iniciar aumento da circulação sanguínea
no osso, aumentando o metabolismo e, con-
seqüentemente, promovendo a remodelação e
formação de novo osso. Piatelli et al.15, Szmuk-
ler-Moncler et al.20, Hildebrand et al9, Gapsky,
Wang; Mascarenhas e Lang8 consideram que
a estabilidade inicial é fundamental para evi-
tar a formação de fibras ao redor do implante,
que ocorre pelo excesso de micro-movimento
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na fase de cicatrização, havendo um limite de
micro-movimentos tolerados, que varia entre 50
µm e 150 µm. O estudo de Da Cunha, Fran-
cischone Jr, Nary Filho, de Oliveira6, avaliou a
estabilidade primária através da analise de fre-
qüência de ressonância (Osstell) e o torque de
inserção (motor Osseocare) em implantes tipo
Brånemark Standard e TiUnite MkIII de 13mm
de longitude por 3,75mm de diâmetro. Todos
os implantes receberam uma coroa provisória
de acrílico cimentada dentro de um período de
24 horas. Os resultados estatísticos mostraram
uma taxa geral 95,8% de sucesso, não se ob-
servando diferenças significantes em relação ao
tipo de implante utilizado. Os pacientes incluídos
e excluídos neste trabalho seguiram os seguin-
tes parâmetros: extração dos dentes pelo me-
nos seis meses antes do início da instalação dos
implantes, quantidade óssea mínima de 15mm
para instalar implantes de 13mm de compri-
mento e 3,75mm de diâmetro, bom estado de
saúde geral, ausência de hábitos parafuncionais
e vícios, como uso crônico de álcool e fumo.
Outros autores, como Cannizzaro e Leone4,
consideram que a micro texturização da super-
fície do implante poderia ser importante quando
se utiliza a carga oclusal total imediata desde o
primeiro momento.
Com base na literatura, a carga imediata
poderia ser usada em situações onde encon-
tramos:
• Quantidade e qualidade óssea ideal
• Protocolo cirúrgico otimizado e cuidadoso
• Estabilidade inicial do implante
• Desenho do implante otimizado
• Estabilização rígida dos implantes (biome-
cânica)
• Tipo de prótese a ser instalada imediata-
mente
• Passividade da prótese e componentes
instalados
• Estabilidade oclusal e ausência de interfe-
rências oclusais
• Ausência de bruxismo
• Experiência da equipe de profissionais
caRGa iMediaTa eM PRÓTeses UniTÁRias
PÓs-eXodonTia
A utilização da carga imediata em implante
unitário é a situação mais complexa, do ponto
de vista mecânico e estético na Implantologia
atual. A substituição de uma peça dentária por
um implante de forma imediata propicia a pre-
servação dos tecidos moles e duros existentes
ao redor do dente extraído, reduz o tempo de
cicatrização, ademais de permitir ao paciente a
recuperação estética da região afetada imedia-
tamente depois da cirurgia13.
Uma cascata de eventos biomecânicos e
histológicos complexos ocorre durante o pro-
cesso de cicatrização de uma exodontia, que
finalmente leva a provocar mudanças morfoló-
gicas e fisiológicas da região11. Estas mudanças
podem ser reduzidas através do uso de técnicas
de preservação do alvéolo, como a utilização de
uma técnica atraumática de exodontia, enxertos
de tecido duro e mole, ademais da utilização de
uma membrana de regeneração óssea para es-
tabilização do enxerto ósseo. Os alvéolos, que
não sofreram alterações estruturais das paredes
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ósseas e do contorno gengival, podem receber
implantes imediatos; nas situações que existam
alterações dos tecidos duros, são usadas técni-
cas de recuperação o regeneração do alvéolo,
para posteriormente, em uma segunda etapa,
instalar o implante5.
É de fundamental importância avaliar o pe-
riodonto da região antes da exodontia, e fa-
zer a documentação correspondente do tipo
de sorriso do paciente (baixo, médio, alto),
biótipo periodontal (fino, médio, grosso), pre-
sença de triângulos negros interproximais,
assimetria do contorno gengival, presença de
bolsas periodontais, dentes com giroverção ou
mal posicionados (espaço interdentario e inte-
roclusal), desvio da linha média, relação dos
dentes anteriores superiores com o lábio infe-
rior e finalmente o grau de exigência estética
do paciente12.
BiÓTiPo PeRiodonTal e sUas iMPlicaÇões
coM a osseoinTeGRaÇÃo
A classificação de Maynard e Wilson12 pro-
põe quatro tipos de periodonto no qual rela-
ciona as variações da espessura da mucosa
ceratinizada e do osso alveolar. O biótipo perio-
dontal fino requer muito cuidado na manipula-
ção durante a cirurgia, evitando os retalhos para
reduzir a possibilidade de reabsorção óssea e
evitar recessões. O biótipo periodontal grosso
é mais resistente às recessões gengivais e rea-
bsorções ósseas16. Ademais das características
do periodonto, o risco de recessão gengival é
proporcional à distancia entre a margem gengi-
val e a crista óssea do alvéolo, ou seja, quanto
maior esta distancia maior será a tendência de
recessão.
Periodonto tipo 1
Faixa de mucosa ceratinizada de 3 a 5mm
e arquitetura óssea grossa.
Periodonto tipo 2
Faixa de mucosa ceratinizada inferior a
2mm e osso espesso.
Periodonto tipo 3
Faixa de mucosa ceratinizada de 3mm ou
mais e osso fino.
Periodonto tipo 4
Faixa de mucosa ceratinizada inferior a
2mm e osso fino.
caRacTeRísTicas dos alVÉolos PÓs-eXo-
donTia
Caplanis et al.5 recomendam fazer um mape-
amento de todo alvéolo usando a sonda perio-
dontal para determinar a presença de deiscên-
cias e fenestrações que possam comprometer o
resultado estético do implante. Também suge-
rem uma classificação dos defeitos encontrados
nos alvéolos pós-exodontia e os denomina da
seguinte maneira:
alvéolo tipo 1
- Paredes do alvéolo intactas e periodonto
de biótipo grosso.
- Distância da margem gengival ao osso
de 3mm.
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nível ósseonível gengival
- Carga imediata indicada, sem alteração do
tecido mole.
alvéolo tipo 2
- Perda óssea de 2mm e periodonto de tipo
fino ou grosso.
- Distância da margem gengival ao osso de
3 a 5mm.
- Carga imediata indicada, mas o resultado
estético não é previsível.
alvéolo tipo 3
- Perda óssea moderada, vertical ou trans-
versal de 3 a 5mm.
- Distância da margem gengival ao osso de
6 a 8mm.
- Carga imediata não recomendada, ROG e
instalação do implante 4 a 6 meses depois.
alvéolo tipo 4
- Perda óssea maior ou igual a 6mm e teci-
do mole comprometido.
- Recomendada regeneração de osso e te-
cido mole.
- Instalação do implante em uma segunda
cirurgia.
- Resultado estético comprometido ou im-
previsível.
Figura 1 - Alvéolo tipo 1. Figura 2 - Alvéolo tipo 2.
Figura 3 - Alvéolo tipo 3. Figura 4 - Alvéolo tipo 4.
nível ósseonível gengival
nível ósseonível gengival
nível ósseonível gengival
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Figura 5 - Incisivo central (11) com tecido gengival alterado em volume e altura da papila distal. Observar a borda incisal da coroa clínica fora do nível correto.
caso clínico: alVÉolo TiPo 2
Se as condições clínicas avaliadas permitem a
instalação do implante imediatamente depois da
exodontia, devem-se considerar também outros
fatores, como a necessidade de obter estabilida-
de inicial do implante e o maior contacto ósseo
entre implante e as paredes remanescentes do
alvéolo, para isto é necessário fazer a subinstru-
mentação do alvéolo cirúrgico do implante.
A utilização de uma coroa provisória parafu-
sada pode ser fabricada tanto no setor anterior
como no posterior, entretanto se dá preferência
às coroas cimentadas no setor anterior superior
pela inclinação da pré-maxila, que faria com que
o parafuso de retenção emergisse na superfície
vestibular do dente. Proussaefs e Lozada16 car-
regam imediatamente os implantes com uma
coroa provisória parafusada na região do pré-
molar superior com emergência do parafuso de
retenção na oclusal do dente e concluindo que
os implantes em forma de raiz podem ser car-
regados imediatamente nesta região.
Quando se planeja a cimentação da coroa
temporária sobre um implante imediato, deve-
se considerar também o tipo de cimento a ser
utilizado. A literatura mostra o uso de vários ci-
mentos como o Temp bond®, Dycal® ou Life® e,
finalmente, cimentos mais rígidos como Impla
Temp®, ou definitivos como o fosfato de Zinco,
com a finalidade de que a coroa de acrílico não
saia de seu lugar durante o período de osseoin-
tegração. Segundo Balshi e cols et al.2 o proto-
colo de carga imediata deve prever um período
de dois meses sem que ocorra nenhum tipo de
distúrbio na prótese e no implante.Figura 6 - Rx periapical mostrando reabsorção radicular externa na pa-rede distal do dente 11.
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Figura 7 - Fratura da coroa clínica durante a exodontia pela presença da reabsorção externa.
Figura 8 - Uso do periótomo para exodontia com o menor trauma possível e conservação das paredes do alvéolo.
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Figura 9 - Exodontia terminada com preservação das papilas gengivais e paredes ósseas.
Figura 10 - Preparo da loja cirúrgica levemente palatinizada para instalação imediata do implante.
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Figura 11 - Implante Restore® (Lifecore) de hexágono externo em posição e apoiado nas paredes palatina, mesial e distal do alvéolo.
Figura 12 - Medição da profundidade final da plataforma do implante que não deve ser maior que 3mm da margem gengival vestibular.
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Figura 13 - Pilar provisório instalado com 30Ncm de torque.
Figura 14 - Cápsula de acrílico fabricada e adaptada no pilar provisório fora da boca e que será capturada por uma faceta de acrílico para a confecção da coroa provisória.
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Figura 15 - Coroa provisória de resina acrílica, copiando e mantendo o perfil emergente da coroa natural do paciente. Observar que não foram necessários pontos de sutura pela conservação das papilas durante a exodontia.
Figura 16 - Aspecto do tecido gengival depois de 3 meses de cicatrização dos tecidos.
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Figura 17 - Aspecto final da coroa de porcelana Empress Eris®. Notar a saúde dos tecidos peri-implantares.
Figura 19 - Radiografia final. Observar a adap-tação do pilar e a coroa, assim como os cuidados tomados para remover os possíveis excessos de cimento.
Figura 18 - Aspecto final dos seis dentes anteriores e a total integração do implante e da coroa protética na harmonia estética da região.
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Figura 20 - Cirurgia sem retalho para instalação de dois implantes. Observar a agulha de anestesia seguindo a direção do osso vestibular.
Figura 21 - Implantes de plataforma regular (4,1 porta implante azul) e plataforma pequena (porta implante verde) da marca Lifecore®, instalados sem retalho.
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Figura 22 - Aspecto das coroas provisórias imediatamente depois de terminada a cirurgia.
Figura 23 - Componentes de moldagem com resina Resin Pattern® (GC) para copiar o perfil emergente obtido com as coroas provisórias.
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Figura 24 - Pilares de Zircônio personalizado e parafuso de ouro, pla-taforma RD e SD.
Figura 25 - Estruturas de Empress Eris® adaptadas sobre os pilares de Zircônio.
Figura 26 - Pilares de Zircônio instalados sobre os implantes com 30Ncm de torque. Figura 27 - Radiografia periapical durante a prova das infraestruturas de Eris.
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Figura 28 - Aspecto final das coroas cimentadas. Notar a manutenção do contorno e a estética dos tecidos moles.
Outra forma de instalar implantes sem re-
talho (sem guias computadorizadas) conse-
guida pelo uso de um elemento guia (agulha
de anestesia) que pode ser inserido seguindo
a inclinação do osso vestibular e/ou palatino
para permitir a instrumentação e preparo de
leito receptor do implante através dos tecidos
moles.
consideRaÇões Finais
Com base no que foi exposto, podemos
considerar viável a aplicação de carga imediata
sobre implantes osseointegráveis em áreas de
exodontias recentes, com ferulizações rígidas de
arco completo, assim como os casos parciais e
unitários, sempre que sejam planificados e exe-
cutados os múltiplos fatores indispensáveis para
obter o êxito esperado com este tipo de trata-
mento. Também é muito importante, sempre que
possível ,considerar a instalação dos implantes
sem abertura de retalho para preservar os te-
cidos moles e duros, evitar cicatrizes, reduzir os
tempos cirúrgicos, melhorar o pós-operatório dos
pacientes e obter uma estética satisfatória.
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Immediate loading on unitary prostheses after
exodonty in estheticsaBsTRacT
The immediate loading has been successfully used since the end of the 70s for cases of multiple ferulized implants. Currently, after several years of scientific evidence and technological improvement, it can be applied to replace missed unitary teeth, even immediately after exodonties with the purpose of preserving the soft and hard tissues around the future individual prosthetic piece. In order to obtain the functional and aesthetic results desired, it is relevant to evaluate some details when planning the case, that is, the hard and soft tissues around the tooth to be removed through flapless placement; the interocclusal space; if the patient has bruxism, the professional has to know the kind of provisional pillar to be used, as well as the type of provisional prosthesis to be placed (cemented or screwed). During the installation of the implant some details should be observed: the technique to remove the missed root in order to preserve the papillae and the dental cavity walls, the surgical asepsis; the spatial positioning of the implant, the emergent profile of the provisional crown, the oclusal control of the case, the control of the excess of provisional cement or torque of the components, and proservation of the case during 3 to 4 months before the installation of the crown.
KEY WORDS: Immediate loading. Immediate implant. Osseointegrated implants. Implantation without flap.
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luis Guillermo Peredo-PazRua Calle Avaroa, 144Santa Cruz de la Sierra- BoliviaE-mail: [email protected]
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