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GUIA PARA CERTIFICAÇÃO DE
APARELHOS DE CARGA
SEÇÃO 1 - GUINDASTES
CAPÍTULOS
A ABORDAGEM
B DOCUMENTOS, REGULAMENTAÇÃO
E NORMAS
C MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA
D REQUISITOS DE PROJETO POR SISTEMAS
E INSTALAÇÕES DE MAQUINARIA, ELETRICI-
DADE E SISTEMAS DE COMANDO E SEGU-
RANÇA
T INSPEÇÕES E TESTES
APÊNDICES
APÊNDICE 1 DIMENSIONAMENTO DE ACES-
SÓRIOS FIXOS
APÊNDICE 2 NOMENCLATURA DE SISTEMAS
COM PAUS DE CARGA (INGLÊS
E PORTUGUÊS)
APÊNDICE 3 PEDESTAL DE GUINDASTE
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A - T
de navios e aeronaves
2
CAPÍTULO A
ABORDAGEM
CONTEÚDO DO CAPÍTULO
A1. APLICAÇÃO
A1. APLICAÇÃO
100. Natureza dos sistemas
101. Esta seção se aplica a equipamentos tais como:
- paus de carga e guinchos com pau de carga
- guindastes rotativos com pedestal
- aparelhos para carga pesada
- pórticos de carga
- ―A‖ frames
- carregador / descarregador
- elevadores de bordo
- rampas de proa ou de popa
- plataformas móveis
instalados a bordo de navios, balsas, plataformas, operando
em portos, em vias de navegação interior ou mar aberto.
CAPÍTULO B
DOCUMENTOS, REGULAMENTAÇÃO E NORMAS
CONTEÚDO DO CAPÍTULO
B1. DOCUMENTAÇÃO PARA O RBNA
B2. REGULAMENTAÇÃO
B3. NORMAS
B1. DOCUMENTAÇÃO PARA O RBNA
100. Sistema de manuseio de carga ou de serviço para
equipamentos novos
101. Para aparelhos utilizando guinchos e paus de car-
ga os seguintes planos e documentos devem ser submeti-
dos para aprovação:
- arranjo do aparelho de carga mostrando a posição dos
guinchos, paus de carga, paus de carga para carga pesada,
puas de carga operando em tandem e a posição dos itens
individuais do poleame e acessórios;
- diagrama de forças, sendo que no caso de paus de carga
em tandem indicação do raio de ação e especificações dos
sistema;
- diagrama de esforços transmitidos ao casco pelos elemen-
tos do sistema;
- plano estrutural do mastro, postes e brandais;
- plano estrutural dos paus de carga incluindo os acessórios
do laís e do garlindéu; - detalhes da braçadeira e mancal do garlindéu, pino do
garlindéu, olhais dos guardins, e fixações semelhantes;
Nota: quando for apresentada uma lista de padrões
internacionais ou nacionais apropriados para o em-
prego dos acessórios, será exigida somente uma lis-
tagem especificando o material, carga máxima de
trabalho SWL e os padrões segundo os quais os
acessórios foram fabricados;
- a especificação dos aços empregados indicando o grau,
consumíveis de solda e tipo e dimensões das soldas empre-
gadas nos mastros, paus de carga e fixações associadas;
- os cálculos de resistência e estabilidade para mastros,
postes, brandais e paus de carga.
- listagem dos cabos de aço e cabos de fibra fornecendo o
diâmetro, construção, acabamento e cargas de ruptura cer-
tificadas.
102. Para aparelhos utilizando guindastes os seguintes
planos e documentos devem ser submetidos para aprova-
ção:
- arranjo geral do guindaste incluindo especificação dos
parâmetros principais de operação;
- análise de forças para o sistema do guindaste;
- o arranjo dos mecanismos de içamento da carga, içamen-
to da lança e giro, incluindo o arranjo e funções de prote-
ções contra sobrecarga e as várias chaves limitadoras;
- o cálculo de resistência dos principais itens indicando
claramente as hipóteses de projeto, critérios operacionais,
capacidade nominal, centros de gravidade das partes do
guindaste, e quais os padrões utilizados no cálculo;
- cálculo de estabilidade do guindaste;
- planos estruturais de todos os componentes incluindo a
lança,m torre, plataforma, pórtico, anel de giro, pedestais,
trilhos, arranjo de peação quando em repouso e as estrutu-
ras associadas, fornecendo escantilhões e grau do aço em-
pregado, consumíveis de solda e tipo e dimensões das sol-
das;
- detalhes de catarinas, patescas, eixos, pinos de giro, ro-
das, balanças de carga, anel de giro, parafusos de fixação
do anel de giro e itens semelhantes, fornecendo a especifi-
cação e grau do aço empregado;
Os seguintes planos devem ser apresentados para informa-
ção:
- detalhes de gatos de carga, torneis, vigas e balanças de
carga e outros itens do poleame e acessórios, indicando o
material, carga máxima de trabalho SWL, testes de carga e
o padrão segundo os quais foram fabricados;
- listagem dos cabos de aço e cabos de fibra fornecendo o
diâmetro, construção, acabamento e cargas de ruptura cer-
tificadas.
103. Para elevadores de carga e rampas os seguintes
planos e documentos devem ser submetidos para aprova-
ção:
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T
de navios e aeronaves
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- especificações de projeto incluindo os materiais a serem
utilizados;
- planos estruturais principais;
- detalhes de polias e suportes;
- cálculos indicando claramente as capacidades, carga de
veículos;
- cálculo indicando claramente as capacidades, carga de
veículos, centro das rodas, impressão de pneus, faixa e
ângulos de operação, pesos e centros de gravidade das
partes componentes;
- arranjos do enrolamento de cabos nos tambores
- dimensões, construção, acabamento e carga de ruptura
certificada dos cabos de aço e correntes;
- arranjo típico, incluindo detalhes construtivos do carro do
elevador e trilhos-guia, onde aplicável;
- acessos típicos, onde aplicável;
- especificação dos testes contra incêndio das portas do
carro e acessos do poço, incluindo dispositivos de segu-
rança onde aplicável;
- arranjo e detalhes do poço elevador, incluindo dispositi-
vos de segurança, onde aplicável;
104. Os seguintes planos e documentos referentes à ma-
quinaria, sistemas elétricos e de controle devem ser subme-
tidos para aprovação:
- arranjo geral da cabine e/ou estações de controle;
- arranjo do quadro de força com os diagramas dos circui-
tos;
- diagramas dos circuitos elétricos indicando as especifica-
ções dos equipamentos e cabos, grau de isolamento, cor-
rente nominal, tipos das diversas proteções elétricas e sua
capacidade nominal e fabricantes;
- cálculos da corrente de curto circuito para a barra dos
quadros principais e auxiliares e a saída dos transformado-
res;
- diagrama esquemático dos circuitos de controle, intertra-
vamentos e sistemas de alarme para alimentação hidráuli-
ca, pneumática e/ou elétrica;
- detalhes dos dispositivos de segurança, incluindo disposi-
tivos de segurança e travamento;
- especificação dos cilindros hidráulicos e sistemas opera-
cionais, quando aplicável.
105. Os seguintes planos e documentos referentes à ma-
quinaria, sistemas elétricos e de controle devem ser subme-
tidos para informação:
- especificação de operação e aplicação;
- arranjo geral do compartimento do motor incluindo as
unidades de potencia;
- arranjo geral dos dispositivos de elevação da carga, ele-
vação da lança, giro e deslocamento juntamente com as
instruções técnicas;
106. Os planos dos reforços estruturais das bases do apa-
relho de carga e sua fixação ao casco
101. Os desenhos e manuais apresentados deverão estar em
conformidade com estas Regras. A eficiência do equipa-
mento e dos componentes intercambiáveis a serem testados
são de responsabilidade do fabricante, e serão verificados
por ocasião dos testes.
102. Um diagrama mostrando o arranjo do sistema mon-
tado e especificando a carga de trabalho SWL para cada
componente deve ser submetido para análise. Uma cópia
aprovada desse diagrama deve ser incluída no Registro de
Aparelhos de Carga e deve estar permanentemente dispo-
nível para consulta a bordo do navio.
200. Sistema de manuseio de carga ou de serviço para
equipamentos existentes
201. A emissão de certificados para aparelhos de carga
de navios existentes que não tenham sido classificados de
acordo com as Regras do RBNA será feita mediante inspe-
ções do aparelho por oficina qualificada, preferencialmente
autorizada pelo fabricante do guindaste, acompanhada por
inspetor qualificado do RBNA. Toda a documentação des-
crita no parágrafo A3.200 acima deverá ser submetida para
aprovação.
202. Caso a documentação não esteja disponível, nova
documentação deve ser preparada com base em medidas
realizadas a bordo na presença de vistoriador do RBNA. O
Escritório Central do RBNA irá decidir caso a caso quais
documentos poderão ser dispensados.
203. A carga SWL será em cada caso determinada pelo
RBNA.
B2. REGULAMENTAÇÃO
100. Aplicação
101. Em navios de bandeira brasileira é aplicada a NOR-
MAM 01 no que se refere aos navios portadores dos equi-
pamentos abordados nesta Seção.
B3. NORMAS
100. Normas industriais
101. Quando não houver prescrições específicas nas Re-
gras para os diversos sistemas, é verificado o atendimento
às normas industriais aplicáveis.
102. Os aparelhos de carga devem atender a normas na-
cionais e internacionais em vigor, entre as quais:
ABNT
NBR 10014 – Moitão e cadernal de aço para movimenta-
ção de carga em embarcações
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NBR 10015 – Moitão e cadernal de aço para movimenta-
ção de carga em embarcações – ensaio de carga
NBR 10070 – Ganchos – haste forjados para equipamentos
de cargas – dimensionamento e propriedades mecânicas
NBR 13129 – Cálculo de carga do vento em guindastes
NBR 13541 – Movimentação de carga – cabo de aço - es-
pecificações
NBRISO167 – Anel de carga grau 8 para uso em lingas
NBR 13543 – laço de cabo de aço – utilização e inspeção
NBR 13544 – sapatilha para cabo de aço
NBR 13545 – manilhas
NBR 8400 – cálculo de equipamentos de levantamento e
movimentação de carga
NBRISO 2408 – cabos de aço para uso geral
NBRISO 3076 – correntes de elos curtos para elevação de
carga.
NR do Ministério do Trabalho:
NR 29 – Norma reguladora da segurança e saúde no traba-
lho portuário
NR 11 – Transporte, movimentação, manuseio e armaze-
namento de materiais
ILO
ILO C32 e ILO C152 – Occupational safety and health
(Dock workers), Recomendação 160
B4. DEFINIÇÕES
100. Termos aqui utilizados.
Alcance: é a distância horizontal do ponto de engate da
carta ao ponto de fixação da lança, ou ao eixo de rotação
de guindastes simples ou duplos, quando o navio estiver
nivelado. No caso de lanças móveis o alcance é definido
especificando-se o ângulo de inclinação da lança em rela-
ção à horizontal. Devem ser especificados os alcances
máximo e mínimo.
Amantilho - sistema de cabos que dá a variação de ângulo
da lança ou pau de carga com a horizontal.
Anel de carga –
a. principal - anel superior de uma linga através do qual
esta é fichada ao gato de um guindaste ou outro equipa-
mento de elevação de carga
b. intermediário – usado para conectar uma ou duas pernas
de uma linga ao anel de carga principal
c. conjunto de anel de carga – constituído de um anel de
carga principal e dois anéis de carga intermediários.
Ângulo máximo de balanço é o ângulo a partir do qual o
cabo de carga pula fora do goivo da polia na cabeça da
lança do guindaste.
Um guindaste pode suportar pequenos desvios de sua posi-
ção estática, mas uma vez que exista um balanço a carga
não estará mais alinhada com a lança.
Isto pode resultar em danos ao cabo de carga ou mesmo a
quebra da lança, e por isso é definido um ângulo máximo
de balanço.
Aparelho de carga todo sistema constituído por paus de
carga, guindastes, elevadores e rampas instalados a bordo
de navios ou plataforma offshore com o objetivo de manu-
sear ou transferir cargas suspensas na vertical, que podem
ser carga geral, equipamentos, mercadorias ou pessoas.
Brandais são os cabos que agüentam a mastreação para as
bordas do navio.
Cábrea embarcação constituída por flutuantes ou barcaças
que servem de base a guindastes ou outros aparelhos de
içamento de carga, com ou sem propulsão.
Cadernal: dispositivo constituído basicamente de uma
caixa dentro da qual trabalham mais que uma polia.
Cargas mortas (dead load) WT: são as forças-pêso exer-
cidas por todos os membros estruturais fixos e móveis
permanentemente presentes na operação.
Carga máxima de trabalho (CMT) – ver SWL
Carga operacional é a soma da capacidade SWL do sis-
tema com quaisquer outros componentes que estejam dire-
tamente conectados à carga e que sofram a mesma movi-
mentação que esta.
Chapas de aço de qualidade Z normalmente especifica-
das para aplicações críticas em estruturas tais como flanges
e plataformas oceânicas.
Significa um aço de baixo teor de carbono com teste de
dutilidade na direção do eixo ―z‖ da chapa, ao invés de
teste no sentido longitudinal e/ou transversal.
Também chamada chapa ―TTT‖ é normalmente especifi-
cada quando existem cargas pesadas perpendiculares à
superfície da chapa.
As chapas para teste Z normalmente têm espessuras entre
16 mm e 75m, e durante a laminação sofrem redução mí-
nima de 3:1, o que significa que um lingote de 230 mm
fornecerá uma chapa de espessura no máximo 75 mm.
Componente – Partes / membros fixos ao sistema tais co-
mo lanças, mastros, garlindéu, polias embutidas, etc.
Condições normais de serviço são as condições nas quais
foi determinada sua capacidade SWL e que inclui as se-
guintes condições:
a. O ângulo de banda não deve exceder 5°
b. O ângulo de trim não deve exceder 2°
c. Operação no porto
d. Velocidade máxima do vento 20 m/s
e. Pressão máxima do vento 250 Pa
f. Movimentação independente de fatores restritivos
externos
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g. A natureza da operação de carga quanto a fre-
qüência e características dinâmicas deve ser com-
patível com o fator de carga previsto nas Regras
Condições específicas de serviço são condições que ex-
cedem as condições normais de serviço e para as quais as
seguintes condições são aplicáveis:
a. Condições de banda e trim excedendo as da con-
dição normal de serviço (ver Tabela T.D2.303.1)
b. Operação em águas desprotegidas, ou seja, em re-
giões em que um estado de mar pode ocorrer que
provoque movimentos apreciáveis na estrutura
flutuante
c. Velocidade máxima do vento maior que 20 m/s
d. Pressão máxima do vento maior que 250 Pa
e. A carga não está em repouso no início da opera-
ção de carga
f. A movimentação de carga está sujeita a fatores
restritivos externos
g. A natureza da operação de carga quanto a fre-
qüência e características dinâmicas não é compa-
tível com o fator de carga previsto nas Regras
Elementos da estrutura primária para efeito deste capí-
tulo, elementos da estrutura primária são definidos como
sendo:
- Lança ou pau de carga
- Mastro ―A‖, mastro ou pórtico
- Base do guindaste
- Vigas de carga
- Olhais e borboletas
- Mecanismo de giro
- Pinos
Guardins - sistema de cabos que dá o movimento à lança
ou pau de carga para o giro horizontal.
Guindaste de bordo é um dispositivo de elevação de car-
gas montado em navios de superfície destinados a movi-
mentar cargas, caçambas, cofres de carga (containers) o
outros materiais quando o navio estiver em um porto ou
área abrigada, por meio de um único operador que pode
realizar as manobras de giro, içamento da carga e elevação
da lança.
Guindastes de grande porte aqueles cuja capacidade de
carga SWL é maior que 98 kN
Guindastes de pequeno porte aqueles cuja capacidade de
carga SWL é inferior a 98 kN
Inspeção visual significa uma inspeção visual detalhada
por vistoriador qualificado suplementada caso necessário
por outros meios de inspeção com o objetivo de chegar a
uma conclusão confiável quanto à segurança do aparelho
de carga ou do massame e poleame inspecionados.
Para essa inspeção, os componentes ou partes poderão ser
desmontados caso julgado necessário.
Inspeção externa consiste em uma inspeção visual para
verificar se existe deformação dos componentes ou outros
defeitos tais como desgaste por corrosão.
Laís – seção da ponta do pau de carga oposta ao garlindéu.
Linga comumente chamada ―lingada‖ é um conjunto cons-
tituído por corrente, cabo de aço ou cinta têxtil, conectado
a terminais superiores e inferiores, apropriado para acoplar
carga ao gato de um guindaste ou outro equipamento de
movimentação de carga.
Massame é o conjunto de cabos do aparelho de carga, tais
como cabo de carga, amantilhos, guardins, etc.
Moitão: dispositivo constituído por uma caixa dentro da
qual trabalha uma única polia.
Não conformidade – o não cumprimento de um regula-
mento especificado e/ou um ponto fraco detectado que, se
não for corrigido, resultará na degradação da qualidade do
produto ou serviço ou que tenha impacto negativo no meio
ambiente
Moitão móvel é um moitão de projeto especial que é utili-
zado para ―pegar‖ cargas ou âncoras, e é projetada de for-
ma que a lateral da caixa pode ser aberta para facilitar a
inserção de um laço de cabo sem ter que remover a carga.
Movimentos do navio
Avanço (surge) – deslocamento longitudinal (eixo
x) do navio
Deriva (sway) – deslocamento transversal (eixo y)
do navio em paralelo a sua linha de centro
Afundamento (heave)– movimento vertical (eixo z)
do navio
Jogo (roll) - movimento angular do navio em torno
do eixo x (balanço lateral)
Arfagem (pitch) – movimento angular do navio em
torno do eixo y (também chamado caturro)
Guinada (yaw) – movimento angular do navio em
torno do eixo z
Paus de carga em tandem em inglês ―union purchase”
são paus de carga possuindo dois postes (em inglês “king-
posts”) ou ―pescadores‖ e aparelhados de tal forma que
trabalham ambos com o mesmo gato de carga.
Quando os paus de carga são instalados aos pares há so-
mente os guardins externos que se amarram às bordas,
sendo os internos substituídos por um cabo também cha-
mado ―teque‖
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Poleame e acessórios (loose gear) acessórios que não es-
tão permanentemente fixados ao aparelho de carga, como
por exemplo:
- correntes
- anéis
- placas triangulares
- gatos
- moitões e cadernais
- manilhas
- tornéis
Os seguintes itens também são considerados como com-
ponentes auxiliares:
- balanças de carga
- spreaders
SWL - Safe working load ou CMT – carga útil de tra-
balho
a. Safe Working Load (SWL, Carga Máxima de Trabalho)
é a máxima carga estática a que um sistema pode ser sub-
metido nas condições para as quais foi certificado
b. Safe Working Load do poleame e acessórios é a carga
máxima para a qual o componente foi certificado e testado,
e que não pode ser inferior à máxima carga suportada pelo
sistema.
O peso de quaisquer polias ou acessórios empregados fa-
zem parte do SWL.
Quando o equipamento utilizar uma caçamba (grab) a letra
―G‖ deve ser adicionada ao símbolo ―SWL‖.
Sapatilho: acessório de cabo de aço em forma de gota,
com seção em meia cana, utilizado para proteção do olhal
do cabo de aço.
Temperatura de operação de projeto é a mínima tempe-
ratura esperada na região em que o guindaste vai operar tal
como definida pelo armador, fabricante do guindaste ou
estaleiro.
Tensão de projeto é a máxima tensão permitida pelas Re-
gras quando o aparelho estiver içando uma carga corres-
pondente à sua capacidade SWL somada ao esforços late-
rais e de vento especificados.
Tonelada
1 kN = 1000 N = 0,98 toneladas métricas
1 Ltf (long ton) = 2240 lbf
As figuras F.B4.100.1 a F.B4.100.6 mostram os diversos
tipos de guindastes, pórticos, mastros ―A‖ e cábreas, e a
tabela T.B4.100.1 traz a nomenclatura dos diversos com-
ponentes.
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TABELA T.B4.100.1 TRAZ A NOMENCLATURA DOS DIVERSOS COMPONENTES
No. Componente Tipo de guindaste (ver figura 1)
A B C D E
1 Viga principal da lança
Boom chord
- - X X X
2 Lança telescópica
Boom extension
- X - - -
3 Pino do gralindéu
Boom foot pin
X X X X X
4 Mecanismo de elevação da lança
Boom hoist mechanism
X X X X X
5 Cabo de içamento da lança (amantilho)
Boom hoist wire rope
- - X X X
6 Vigas de contraventamento da lança
Boom lacing
- - X X X
7 Cilindro hidráulico de elevação da lança
Boom lift cylinder
X - - -
8 Conjunto de polia da extremidade (laís) da lança
Boom point sheave assembly or boom head
X X X X X
9 Seção da lança, intermediária
Boom section, insert
- - X X X
10 Seção inferior da lança
Boom section, lower, base or butt
X X X X X
11 Seção superior da lança
Boom section, upper, point or tip
X X X X X
12 Separador da lança
Boom splice
X - X X X
13 Calço de limite da lança
Boom stop
- - X X X
14 Extensão da ponta da lança
Boom tip extension or jib
X X X X X
15 Cabine de controle
Cab
- X X X X
16 Contrapeso
Conterweight
- - - X -
17 Cabresto
Floating harness or briddle
- - - X X
18 Pórtico, Mastro ou “A-frame”
Gantry, mast or A-frame
- - X X X
19 Bloco do gato de carga
Hook block
X X X X X
20 Poste lateral (pescador) ou central
Kong post or center post
- - - - X
21 Tambor principal do cabo de carga
Main hoist drum
X X - - -
22 Cabo de carga
Main hoist rope (cargo runner)
X X X X X
23 Bola de contrapeso
Overhaul ball
X X X X X
24 Pedestal
Pedestal
X X X X X
25 Amantilho
Pendant line
- - - X X
26 Conjunto do anel de giro
Swing circle assembly
X X X X -
27 Cabo ou tambor auxiliar de içamento
Whip line or auxiliary hoist drum
X X - - X
28 Cabo auxiliar de içamento
Whip line or auxiliary hoist rope
X X X X X
FIGURA F.B4.100.1
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FIGURA F.B4.100.2
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FIGURA F.B4.100.3
FIGURA F.B4.100.4
FIGURA F.B4.100.5
CAPÍTULO C
MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA
CONTEÚDO DO CAPÍTULO
C1. AÇOS E MATERIAIS LAMINADOS
PARA ESTRUTURA
C2. FORJADOS PARA ESTRUTURA
C3. FUNDIDOS PARA ESTRUTURA
C4. CABOS DE AÇO E ACESSÓRIOS
C5. POLEAME
C6. OUTROS MATERIAIS
C7. SOLDAGEM
C8 MÃO-DE-OBRA
C1. MATERIAIS PARA ESTRUTURA
100. Geral
101. Os materiais estruturais devem ser adequados para
as condições de serviço desejadas. Devem ser de boa qua-
lidade, livres de defeitos e com características satisfatórias
de dureza, limite de escoamento e ruptura, e, onde apropri-
ado, soldabilidade e capacidade de suportar a carga na di-
reção da espessura.
102. Todos os materiais afetando a resistência e durabi-
lidade do equipamento, poleame e acessórios deve possuir
propriedades em conformidade com A Parte 5 destas Re-
gras com os requisitos adicionais do presente capítulo.
103. Todos os materiais devem ser testados na presença
de vistoriador do RBNA em conformidade com as respec-
tivas especificações.
200. Aços laminados para estrutura
201. Os aços laminados utilizados para pedestais e colu-
nas mestras (king posts) devem estar em conformidade
com a tabela T.C1.102.1
TABELA T.C1.102.1 - GRAU DO AÇO Temperatura de serviço (projeto)
Espessura (mm)
0°C -10°C -20°C -30°C -40°C
< 12,5 A, AH A, AH A, AH A, AH B, AH
12,5 < t ≤ 20 A, AH A, AH A, AH B, AH D, DH
20 < t ≤ 25 A, AH A, AH B, AH D, DH D, DH
25 < t ≤ 30 A, AH A, AH D, DH D, DH E, EH
30 < t ≤ 35 A, AH B, AH D, DH D, DH E, EH 35< t ≤ 40 A, AH D, DH D, DH D, DH E, EH 40 < t B,AH D, DH D, DH D, DH E, EH
203. O aço de alta resistência para aplicação estrutural
deve ser suprido em quarto graus de resistência,: 27S, 32,
36 e 40.
204. A resistência requerida no teste de impacto é desig-
nada subdividindo os níveis de resistência nos graus AH,
DH, EH e FH.
205. Para designar plenamente um açode alta resistência
e suas propriedades mecânicas deve ser informada a letra
do grau e o número do nível de resistência, isto é, AH32
ou FH40, por exemplo.
206. Os requisitos deste capítulo são aplicáveis a cha-
pas, barras chatas, perfis não excedendo os limites de es-
pessura determinados pela tabela T.C1.102.2.
FIGURA F.B4.100.6
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Designação
do aço
Espessura máxima em mm
Chapas e barras largas
Barras chatas e perfis
AH27S DH27S EH27S EH27S
AH32 DH32 EH32 FH32
AH36 DH36 EH36 FH36
AH40 DH40 EH40 FH40
100
50
TABELA T.C1.102.2. – ESPESSURA MÁXIMA DE
CHAPAS E PERFIS
Para espessuras maiores, variações nos requisitos podem
ser permitidas ou requeridas para aplicações particulares,
mas não será permitida redução do valor da energia de
impacto.
204. Ver tabela T.C1.102.3 para a composição química
e características dos aços de alta resistência grau A, B, D E
para aplicação estrutural.
205. Ver tabela T.C1.102.4 para composição química e
T.C1.102.5 para a propriedades mecânicas dos aços de
alta resistência grau A, B, D E para aplicação estrutural.
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TABELA T.C1.102.3
REQUISITOS PARA AÇO DE RESISTÊNCIA ESTRUTURAL NORMAL
CHAPAS GROSSAS DE AÇO LAMINADAS DE RESISTÊNCIA NORMAL PARA APLICAÇÃO ESTRUTURAL
Aço Estrutural Naval Aço Estrutural
GRAU A B D E 440 / 550 ( 8 )
Processo de Fabricação Oxigênio Básico e fornos Sie-
mens Martin ou elétrico
Oxigênio Básico e fornos Si-
emens Martin ou elétrico
Oxigênio Básico em fornos Sie-
mens Martin ou elétrico
Oxigênio Básico em fornos Siemens
Martin ou elétrico
Oxigênio Básico em fornos Sie-
mens Martin ou elétrico
Método de Desoxidação Qualquer método, exceto aço
efervescente para E 12, 5 mm
Qualquer método, exceto aço
efervescente.
Totalmente acalmado, processo de
refinamento de grão com alumínio
Totalmente acalmado, processo de
refinamento de grão com alumínio
Qualquer método, exceto aço
efervescente para E 12, 5 mm
Com
posi
ção
Quí
mic
a (
% )
Carbono ( máx ) 0, 21 ( 1 ) 0, 21 0, 21 0, 18 0, 25
Manganês ( máx ) 2, 50 C 0, 80 ( 2 ) 0, 60 0, 70 0, 80 - 1,20 19 E 38
Enxofre ( máx )
0, 040 0, 040 0, 040 0, 040 0, 050
Fósforo ( máx ) 0, 040 0, 040 0, 040 0, 040 0, 040
Silício ( máx ) - 0, 35 0, 10 - 0, 35 0, 10 - 0, 35 -
Outros C + Mn / 6 0, 40 C + Mn / 6 0, 40 C + Mn / 6 0, 40 Al 0, 015 C + Mn / 6 0, 40 Cu 0, 20 ( 9
)
Condições de Fornecimento Todas as espessuras
Nenhum
Todas as espessuras
Nenhum
E 25 - Nenhum ( 3 )
E 25 - N TC
E 35 - N TC ( 4 )
Todas as espessuras
N TC Todas as espessuras
Nenhum
Pro
prie
dade
s M
ecân
icas
Resistência a Tração ( N/ mm2 ) 400 - 520 400 - 520 400 - 520 400 - 520 400 - 550
Limite de Escoamento ( N / mm2 ) 235 mín ( 5 ) 235 mín 235 mín 235 mín 250
Alongamento em 5, 65 S0 ( % ) 21 ( 6 ) 21 ( 6 ) 21 (
6 )
21 (
6 ) 18
Teste de Impacto
entalhe em V
tipo Charpy
( longitudinal )
Temperatura ( C ) 20 0 ( 7 ) - 10 - 40 Dobramento Guiado ( 10 )
Espessura ( mm) 50 50 50 E -
Energia Média mín. ( J )
27 27 27 E 50 27
E 50 70 34
E 70 100 41 -
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15
TABELA T.C1.102.3
REQUISITOS PARA AÇO DE RESISTÊNCIA ESTRUTURAL NORMAL
CHAPAS GROSSAS DE AÇO LAMINADAS DE RESISTÊNCIA NORMAL PARA APLICAÇÃO ESTRUTURAL
NOTAS:
( 1 ) O teor máximo de carbono de 0, 26 % será permitido para chapas do Grau A de espessura 12, 50 mm e perfis de todas as espessuras.
( 2 ) Será permitido que o teor de Mn seja excedido até um máximo de 1, 65 %, desde que a relação C + Mn/ 6 0, 40 seja mantido.
( 3 ) N - Normalizado; TC - Temperatura Controlada na laminação;
( 4 ) Perfis de Grau D poderão ser fornecidos na condição laminado, desde que resultados satisfatórios sejam obtidos no ensaio de impacto Charpy V;
( 5 ) Para Grau A com espessura 25, 40 mm o limite de escoamento será 220 N / mm2;
( 6 ) Quando são utilizados corpos de prova de tração retangular com base de medida de 200 mm, o alongamento mínimo será o tabelado abaixo:
Espessura ( mm )
5
5
10
10
15
15
20
20
25
25
30
30
35
25
30
Alongamento ( % ) 14 16 17 18 19 20 21 22
( 7 ) Para aço grau B de espessura 25 mm totalmente acalmado o ensaio de impacto não será requerido;
( 8 ) O Grau 440 / 550 é aceitável para espessura 38, 10 mm em aplicações comuns, inclusive onde o Grau A é permitido;
( 9 ) No caso de ser requerido pelo comprador;
( 10 ) Para dobramento guiado longitudinal o diâmetro do macho será conforme o valor tabelado:
Espessura ( mm ) E 19 19 E 25 25 E 38
Diâmetro do Macho 0, 50 E 1, 00 E 1, 50 E
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de navios e aeronaves
16
TABELA T.C1.102.4
COMPOSIÇÃO QUÍMICA PARA AÇO DE ALTA RESISTÊNCIA ESTRUTURAL
CHAPAS GROSSAS DE AÇO LAMINADAS DE ALTA RESISTÊNCIA PARA APLICAÇÃO ESTRUTURAL
Aço Estrutural Naval
GRAU AH, DH, EH 32, AH /DH / EH 36 e AH / DH / EH 40 FH 32 / 36 / 40
Método de Desoxidação Acalmado, Prática de grão fino (1)
Com
posi
ção
Quí
mic
a (%
) m
áx. ,
exc
eto
quan
do e
spec
ifica
do (
7)
Carbono 0,18 0,16
Manganês 0,90 – 1,60 (3) 0,90 – 1,60
Silício
0,10 – 0,50 (4) 0,10 – 0,50
Fósforo 0,035 0,025
Enxofre 0,035 0,025
Alumínio (6) 0,015 0,015
Nóbio 0,02 – 0,05 0,02 – 0,05
Vanádio
0,05 – 0,10 0,05 – 0,10
Titânio 0,02 0,02
Cobre 0,35 0,35
Cromo 0,20 0,20
Níquel 0,40 0,80
Molibdênio 0,08 0,08
Nitrogênio __ 0,009 ou 0,012 (9)
A B / XHYY (X = A, D, E or F YY = 32, 36 or 40) *
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17
* (1) O aço deve conter pelo menos um dos elementos de refinamento do grão em quantidade suficiente para estar em conformidade com os requisitos de grão fino do item d abaixo:
a. Um grão austenítico McQuaid-Ehn com tamanho de grão 5 ou menor de acordo com ASTM E112 para cada cadinho de cada corrida, ou
b. Um conteúdo mínimo de alumínio solúvel em ácido de 0,105% OU conteúdo total mínimo de alumínio de 0,050% para cada cadinho de cada corrida, ou
c. Conteúdo mínimo de columbium (nióbio) de 0,020% ou conteúdo mínimo de vanádio de 0,050% para cada cadinho de cada corrida, ou
d. Quando vanádio e alumínio são usados em combinação, o conteúdo mínimo de vanádio de 0,030% e conteúdo mínimo de alumínio solúvel em ácido de 0,010% ou conteúdo total mí-
nimo de alumínio de 0,015%.
e. Quando columbium (nióbio) e alumínio são usados cm combinação, conteúdo mínimo de columbium (nióbio) de 0,010% e conteúdo mínimo de alumínio solúvel em ácido de 0,010%
ou conteúdo total mínimo de alumínio de 0,015%.
(2) O conteúdo de qualquer outro elemento adicionado intencionalmente deve ser determinado e relatado.
(3) Aço AH com espessura 12, 5 mm ou menor, pode ter índice mínimo de 0,7% de manganês;
(4) Onde o índice de alumínio solúvel não for menor que 0,015% , o índice mínimo de silicone requerido não é aplicável;
(5) O conteúdo total de alumínio pode ser usado em lugar do conteúdo solúvel em ácido, de acordo com o item (1) d. acima;
(6) A quantidade de alumínio, nióbio e vanádio aplica-se quanto qualquer um desses elementos seja usado individualmente. Quando usados em combinação, o conteúdo mínimo deve estar em
conformidade com o item (1) d. acima.
(7) Estes elementos não precisam ser reportados no relatório da usina a menos que adicionados intencionalmente.
(8)Estes elementos podem ser registrados como ≤ 0,02%, onde o valor presente não exceda 0,02%;
(9) A marcação AB/XHYY é utilizada para caracterizar o grau DHYY da chapa que tiver sido normalizada, laminada por controle termomecânico, ou laminada por controle de acordo com um
procedimento aprovado.
(10) Os requisitos para carbono equivalente e susceptibilidade ao craqueamento a frio para aços controlados termo-mecanicamente são dados por:
Mn Cr + Mo + V Ni + Cu
Carbono equivalente = C + + + %
6 5 15
Si Mn Cu Ni Cr Mo V
Susceptibilidade ao craqueamento a frio = C + + + + + + + + 5B %
30 20 20 60 20 15 10
(11) Para outros aços, o carbono equivalente (Ceq) pode ser calculado a partir da análise de cadinho de acordo com a equação:
Mn Cr + Mo + V Ni + Cu
Carbono equivalente = C + + + %
6 5 15
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18
TABELA T.C1.102.5
PROPRIEDADES MECÂNICAS PARA AÇO DE AL-
TA RESISTÊNCIA
Grau
Tensão de
Tração
N/ mm²
(kgf/
mm²,ksi)
Tensão de Esco-
amento mínima
N/ mm²
(kgf/ mm²,ksi)
Alongamento
% minima
AH 32
DH 32
EH 32
FH 32
440/590
(45/60,
64/85)
315
(32, 46)
22
AH 36
DH 36
EH 36
FH 36
490/620
(50/63,
71/90)
355
(36, 51)
21
AH 40
DH 40
EH 40
FH 40
510/650
(52/66,
74/94)
390
(40,57)
20
300 Propriedades de impacto
301. A temperatura requerida para um teste de impacto
depende a temperatura de projeto TD e da espessura do
material.
As temperaturas de testes de impacto de estruturas primá-
rias e secundárias para aços utilizados em estruturas solda-
das é dado na Tabela T.C1.201.1 abaixo.
TABELA T.C1.201.1
Espessura
do
material
Temperatura do teste de impacto °C
Estrutura primária Estrutura secundária
Cábrea Guindaste
de bordo
Cábrea Guindaste
de bordo
e ≤ 12 TP + 10 TP + 20 Não re-
querido
Não re-
querido
12 < e ≤25 TP TP + 10 Não re-
querido
Não re-
querido
25 < e ≤50 TP - 20 TP - 10 TP TP + 10
e > 50 TP - 30 TP - 30 TP - 10 TP
Notas:
1 – Para aços de tensão de escoamento 355 N/mm2 a tem-
peratura de teste não necessita ser menor que – 40 °C.
2 – Para aços com tensão de escoamento > 355 N/mm2, a
temperatura não deve ser maior que 0°C.
3 – TP é a temperatura de projeto
4 – Quando a temperatura de projeto não for inferior a -10°C, o
teste pode ser feito a temperatura ambiente
302. Os valores da energia de impacto são relacionados
somente a tensão de escoamento mínima do material, con-
forme a tabela T.C1.202.1 abaixo:
TABELA T.C1.202.1
Tensão mínima de
escoamento N/mm2
235 315 355 390 420-
690
Energia
de impac-
to(J)
Longitu-
dinal
27 31 34 39 42
Trans-
versal
20 22 24 26 28
303. Para elementos da estrutura que recebem esforços
na direção perpendicular à espessura, devem ser emprega-
dos aços de ductilidade especificada como Chapas Z.
400. Testes de impacto para cábreas
401. Os valores de impacto de aços para mecanismo de
giro para cábreas devem estar em conformidade com os
seguintes requisitos:
Teste Charpy com entalhe em V
Temperatura de teste: quando testados a temperatu-
ras de -20°C ou a 10°C abaixo da temperatura de
projeto, o que for mais baixo
Energia média: 42 J mínima
Energia individual: 27 J mínima
C2. FORJADOS PARA ESTRUTURA
100. Aço forjado
101. Ao selecionar o grau do aço forjado devem ser se-
guidos os critérios da Parte 5, Titulo 61, Seção 2, Capítulo
D das Regras. Os requisitos deste capítulo são adicionais
às Regras e específicos para o seu emprego em aparelhos
de carga.
102. Todos os aços forjados para emprego neste capítulo
devem ser adequados para as condições de serviço.
103. Devem ser de boa qualidade, livre de defeitos e
devem apresentar condições de moldabilidade e soldabili-
dade satisfatórias.
104. O vistoriador deve verificar se os materiais empre-
gados na construção de guindastes possuem certificados de
teste emitidos pela usina.
105. O material deve ser claramente identificado pela
usina indicando a especificação, grau e número de corrida.
107. Para componentes utilizados em estruturas de aço,
são recomendados forjados de aços carbono e carbono-
manganês propriedades mecânicas mínimas fornecidas
pela Parte 5, Título 61, Seção 2, Capítulo D das Regras,
abaixo reproduzidos:.
As características básicas são dadas no quadro abaixo:
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T
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19
ITEM GRAU 1 (1) GRAU 2 (2)
Resistência à ruptura, mín. 33 a 42 42 Kgf/mm²
Limite de escoamento, mín. 18 21 Kgf/mm²
Para corpo de prova longitudinal :
Alongamento em 50 mm, mín. 30 25 % (2)
Redução da área, mín. 38 % (3)
Para corpo de prova transversal :
Alongamento em 50mm, mín. 25 21 %
Redução de área, mín. 29 %
(1) O grau 1 é utilizado para peças soldadas e o grau 2 para
peças como madres de leme, quadrantes etc. e para aplica-
ção estrutural.
(2) Para peças com diâmetro ou espessura maior que 305
mm, este valor passa a 24%.
(3) Para peças com diâmetro ou espessura maior que 305
mm, este valor passa a 36%.
108. Outros graus de aço forjado somente poderão ser
empregados mediante aprovação do RBNA.
109. A parte central dos forjados deve sofrer deformação
plástica adequada.
110. Para forjados onde a fibra é predominantemente
longitudinal, a razão de deformação deve ser conforme a
tabela T.C2.110.1 abaixo.
Método de forja Razão de forja total
A partir de lingotes ou barras
forjadas de lingotes
3:1 para L > D
1,5:1 para L ≤ D
A partir de laminados 4:1 para L > D
2:1 para L ≤ D
TABELA T.C2.110.1 – RAZÃO DE FORJA
Notas:
1. A razão de forja é definida como a relação entre a área
de seção transversal média do lingote e a área de seção
transversal média do tarugo forjado (billet). Quando um
lingote for previamente preparado essa área pode ser to-
mada como a área da seção transversal média depois dessa
operação.
2. L e D são o comprimento e diâmetro finais do forjado.
3. Quando barras laminadas forem usadas, a razão de forja
não deve ser menor que 6:1.
111. Ameis e peças ocas devem ser forjadas a partir de
lingotes ou tarugos.
Antes da expansão e do martelamento da peça os tarugos
devem ser furados ou então a peça deve ser cortada a partir
de tarugo oco.
A espessura da parede do forjado deve ser da ordem de
metade da espessura do tarugo. Onde esta operação não for
praticável, deve-se assegurar que o tarugo seja preparado
adequadamente com uma razão de forja não inferior a 2:1.
112. Quando os forjados forem conectados por solda-
gem, o processo de solda deve ser submetido ao RBNA
para aprovação.
113. Num estágio adequado das operações, e depois de
todos os serviços a quente terem sido executados, o forjado
deve ser submetido a tratamento térmico para refinar o
grão e conferir as propriedades mecânicas requeridas.
Se por alguma razão o forjado sofrer um novo aquecimen-
to para serviço a quente, deve-se submetê-lo a novo trata-
mento térmico.
114. Quando o forjado for submetido a aquecimento ou
desempeno a frio ou a quente, deve ser submetido a um
tratamento térmico para alívio de tensões após essa opera-
ção.
115. Quando for necessário processo de endurecimento
da superfície, os procedimentos devem ser submetidos ao
RBNA para aprovação.
O fabricante deve demonstrar que o processo de endureci-
mento foi uniforme ao longo de toda a superfície do forja-
do e que o processo não afetou as características e proprie-
dades do corpo principal do forjado.
116. Partes cortadas com maçarico de lingotes ou chapas
grossas e que sofreram deformações pequenas ou mono-
axiais não são consideradas como forjados tal como defi-
nido acima. Tal método de fabricação requer autorização
especial do RBNA.
200. Requisitos para forjados empregados em meca-
nismos de giro de guindastes
201. Mecanismos de giro – as especificações para os
mecanismos de giro devem ser aprovadas pelo RBNA.
202. Os requisitos para materiais empregados em anéis
de giro são dados na tabela T.C1.202.1 abaixo:
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de navios e aeronaves
20
TABELA T.C2.202.1 – REQUISITOS PARA MATERIAIS USADOS EM ANÉIS DE GIRO
Requisito Cábrea Guindaste de bordo
Tratamento térmi-
co
De acordo com especificações aprovadas
Temperatura do
teste de impacto
-20°C ou Tp –
10
a que for menor
-10°C ou Tp, a que
for menor
Energia
de im-
pacto
(J)
Média ≥ 42 ≥ 25
Simples
mínima
≥ 27 ≥ 20
Alongamento (%) 14 %
Propriedades de
fadiga
Devem ser submetidas especificações dos
testes requeridos em uma seção do anel de
giro
Fragilidade Ibidem
203. Para parafusos de fixação dos anéis de giro, devem
ser observadas as seguintes propriedades:
TABELA T.C2.203.1
Energia de impacto (J) Alongamento (%)
Média Individual
mínima
42 27 14
300. Requisitos para eixos, pinos, manilhas, gatos de
carga, torneis, correntes, etc
301. Forjados para eixos, pinos, manilhas, gatos de car-
ga, correntes, etc. devem ser feitos de aço acalmado e non-
aged, com tratamento de grão fio.
302. A composição química de aços carbono e carbono-
manganês deve estar de acordo com a Parte 5, Titulo 61,
Seção 2, Capítulo D das Regras
303. As propriedades mecânicas para tais forjados são
fornecidas na Tabela T.C2.303.1.
Nota: os valores de impacto de energia fornecidos acima
são longitudinais, dois terços dos quais são transversais.
304. Os requisitos para temperatura dos testes de impac-
to são dados na Tabela T.C2.304.1 abaixo:
TABELA T.C2.304.1
Espessura/diâmetro do material
Temperatura do teste de impacto (°C)
Cábrea Gundaste de bordo
t ≤ 50
TP + 10 TP + 20
50 < t ≤ 100
TP TP
t > 100
TP – 10 TP
Nota: TP é a temperatura de projeto
305. A tabela T.C2.305.1 fornece a composição química
dos forjados para aplicações neste capítulo.
TABELA T.C2.305.1COMPOSIÇÃO QUIMICA PA-
RA FORJADOS
Aços carbono e
carbono - magné-
sio
Ligas
Carbono ≤ 0,23 (1) (2) (4)
Manganês 0,30 ~1,50 (4)
Silício
≤ 0,45 ≤ 0,45
Fósforo ≤ 0,035 ≤ 0,035
Enxofre ≤ 0,035 ≤ 0,035
Cromo ≤ 0,30 (3) (4)
Molibdênio ≤ 0,15 (3) (4)
Níquel
≤ 0,40 (3) (4)
Cobre ≤ 0,30 (3) ≤ 0,30 (3)
Residuais totais ≤ 0,85 ---
Notas:
(1) O conteúdo de carbono pode ser maior que o indica-
do na tabela desde que o carbono equivalente não seja
maior que 0,41% dado pela fórmula:
Mn Cr + Mo + V Ni + Cu
Carbono equivalente = C + + + %
6 5 15
(2) O conteúdo máximo de carbono para aços carbono ou
carbono – magnésio para forjados não destinados a cons-
trução soldada pode ser de 0,65%.
(3) Considerado como elemento residual
(4) Submeter especificação ao RBNA para informação
(5) Um ou mais dos elementos devem estar em conformi-
dade com o conteúdo mínimo
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T
de navios e aeronaves
21
TABELA T.C2.303.1
REQUISITOS MECÂNICOS PARA EIXOS, PINOS, MANILHAS, GATOS DE CARGA, TORNEIS,
CORRENTES, ETC
Resistência ao escoamento (N/mm2) 235 ≤ Re< 300 300 ≤ ReH< 355 355 ≤ ReH< 500 500 ≤ ReH< 690 ReH> 690
Resistência a tração (N/mm2) 400 – 560 ≤ 620 ≤ 770 ≤940 >940
Razão resistência escoamento / tração 0.85 ≤ 0.85 ≤ ≤ 0.90 De acordo
com especifi-
cção aprova-
da
Alongamento (%) ≥ 22 ≥ 20 ≥ 16 ≥ 14
Redução de área ≥ 40 ≥ 35 ≥ 35 ≥ 35
Energia de impacto
(J)
Média
≥ 42 ≥ 42 ≥ 42 ≥ 42 ≥ 42
Individual
≥ 27 ≥ 27 ≥ 27 ≥ 27 ≥ 27
C3. FUNDIDOS PARA ESTRUTURA
100. Aço fundido
101. Ao selecionar o grau do aço fundido devem ser se-
guidos os critérios do item C1.100 acima, como aplicável.
102. As características do aço fundido, tratamento térmi-
co e testes devem obedecer à Parte 5, Título 61, Seção 2,
Capítulo C1 das Regras..
104. Outros graus de aço fundido somente poderão ser
empregados mediante aprovação do RBNA.
105. Poleame e acessórios tais como gatos de carga,
anéis de carga, olhais de içamento, torneis e manilhas não
devem ser construídos de aço fundido ou de ferro fundido
C4. CABOS DE AÇO E ACESSÓRIOS
100. Aplicação
101. São aplicáveis os requisitos da Parte 5, Título 61,
Seção 3, Capítulo B4 destas Regras, aqui reproduzidos.
102. São aplicáveis os requisitos da norma ABNT NBR
ISO 2408.
103. Este capítulo traz requisitos adicionais aos mencio-
nados em C2.101 acima.
200. Requisitos de construção para cabos de aço
201. A fabricação, aprovação, teste e identificação dos
cabos de aço deve ser feita conforme a Parte 5, Título 61,
Seção 3, Capítulo B4 destas Regras, obedecidas as tensões
mínimas de ruptura calculadas conforme o item 201 acima.
Em nenhum caso a carga mínima de ruptura poderá ser
inferior ao estipulado na Parte 5, Título 61, Seção 3, Capí-
tulo B4 destas Regras.
Devem ser obedecidos os requisitos da norma ABNT ISO
2408.
202. Cabos de carga (cargo runners), amantilhos (pen-
dant lines, topping lines), devem ser formados uma única
peça sem emendas.
203. Não é permitido o uso de grampos para formar as
mãos de cabos no final das extremidades de trabalho de
cabos de carga (cargo runners).
Grampos podem somente ser empregados na fixação de
extremidades de cabos nos tambores.
Para esse fim, devem ser empregadas presilhas de liga de
alumínio prensadas desde que essas presilhas não sejam
submetidas a esforços de dobramento.
A prensagem das presilhas deve ser feita somente por fa-
bricantes cujo equipamento tenha sido inspecionado e
aprovado pelo RBNA. As presilhas devem trazer marca-
ção conforme descrito no capítulo T.
204. Cabos de aço com tensão nominal acima de 1570
N/mm2 e mais que 114 arames individuais não devem ser
utilizados para estaiamento permanentemente exposto ao
tempo.
205. Cabos de aço para carga e movimentação, expostos
ao tempo, devem ser galvanizados, e cabos de estaiamento
permanentemente expostos ao tempo devem ter galvaniza-
ção reforçada.
206. A relação entre o cabo de aço e o goivo do poleame
ou o diâmetro do tambor do guincho é dada a seguir e deve
ser obedecida ao selecionar o cabo de aço a ser emprega-
do:
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de navios e aeronaves
5-22
TABELA T.C4.206.1 – RELAÇÃO ENTRE GOIVADO DE POLIAS E DIÂMETRO DOS CABOS DE AÇO E ENTRE
DIÂMETRO DO TAMBOR E DIÂMETRO DOS CABOS DE AÇO
Razão para Goivo / diâmetro
do cabo
Diâmetro do tambor sem
ranhuras / diâmetro do
cabo
Diâmetro do tambor
com ranhuras / diâme-
tro do cabo
Tensão nominal do
cabo N/mm2
(1)
Cabos de aço sem carga 9 12 10 1570
Cabos de aço sob carga operados a veloci-
dade 40 m/min com ciclo de carga 16 ciclos
por hora
14 16 12,5 1570
Cabos de aço sob carga velocidade 40m/min,
15 ciclos por hora
20 22 18 1770
Cabos de aço para guindastes de convés 20 22 18 1770
Cabos de aço para guindastes com caçamba 24
(2)
28 22 1770
(1) – Onde forem utilizados cabos de aço com tensão
nominal mais alta que a tabelada, as razões devem
ser aumentadas proporcionalmente
(2) Onde houver polias com goivo em ―V‖ a razão
deve ser pelo menos 31,5.
207. Os cabos de aço devem ser fornecidos com certifi-
cado de teste fornecido por fabricante ou autoridade certi-
ficadora, mostrando a carga de ruptura de uma amostra.
O certificado deve mostrar o diâmetro do cabo, quantidade
de pernas, quantidade de fios por perna, qualidade dos
arames núcleo, enrolamento, data do teste e deve ser sub-
metido ao RBNA para inclusão no Livro de Registro de
Equipamentos de Carga (Cargo Gear Book).
208. Os cabos de aço utilizados devem atender aos requisi-
tos desta seção, que estão em acordo com a norma NBR -
6890.
209. Os cabos de aço serão obtidos pelos processos indi-
cados no item 200.
210. Os cabos de aço utilizados devem preferencialmente
atender aos requisitos da tabela T.C4.210.1.
TABELA T.C4.210.1 - CABOS DE AÇO
CLASSIFICAÇÃO
DO AÇO
QUALIDADE ESTRUTURA DO
CABO
COMPOSIÇÃO
CARGA DE RUP-
TURA (mín.)
n DE
PERNAS
n DE
ARAMES
DAS PERNAS
N / mm2
6 19 + AF Aço médio
de arado MPS
6 19 1 + 6 / 12
1 alma de fibra
1372 a 1568
6 24 + 7AF Aço médio
de arado
MPS
6 24 9 / 15
7 almas de fibra
1372 a 1568
6 37 + AF Aço de
arado PS
6 37 1 + 6 / 12 / 18
1 alma de fibra
1568 a 1764
211. Na fabricação dos cabos de aço qualidade A (galva-
nizados) ou qualidade B (galvanizados e trefilados) devem
ser empregados arames protegidos por uma camada homo-
gênea de zinco aplicada por imersão à quente ou eletroliti-
camente.
212. A massa da camada de zinco deve atender aos requi-
sitos da tabela T.C4.212.1.
TABELA T.C4.212.1 - MASSA MÍNIMA DA
CAMADA DE ZINCO
DO ARAME
QUALIDADE A QUALIDADE B
g / m g / m g / m
d < 0,49
0,50 > d < 0,59
0,60 > d < 0,79
0,80 > d < 0,99
1,00 > d < 1,19
1,20 > d < 1,49
1,50 > d < 1,89
1,90 > d < 2,49
2,50 > d < 3,19
3,20 > d < 3,99
75
90
110
130
150
165
180
205
230
250
40
50
60
70
80
90
100
110
125
135
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T
de navios e aeronaves
5-23
300. Requisitos de testes em cabos de aço
301. Ensaio de enrolamento:
a) a amostra consiste em que sejam retirados, no mínimo,
um arame de cada perna de cabo, em seguida enrolados em
pelo menos 10 voltas juntas de hélice em torno de um
mandril cilindríco de diâmetro especificado na tabela
T.C4.301.1;
b) o ensaio será considerado satisfatório se a camada de
zinco continuar a aderir firmemente ao arame após o enro-
lamento;
c) quando no primeiro ensaio um arame não atender aos
requisitos exigidos, será permitido um ensaio adicional em
todos os arames remanescentes da amostra do cabo;
d) o resultado do ensaio adicional será considerado satisfa-
tório se pelo menos 96% dos arames ensaiados não apre-
sentarem defeitos superficiais.
TABELA T.C4.301.1 - DIÂMETRO DO MANDRIL
TIPO DO ARA-
ME
do arame
< 1,50 mm
do arame
> 1,50 mm
QUALIDADE A 4 do arame 6 do arame
QUALIDADE B 2 do arame 3 do arame
302. Ensaio de torção
a) a amostra consiste de todos os arames individuais de
uma perna de cabo novo com comprimento nominal livre
entre garras conforme os valores da tabela T.B4.302.1;
b) o ensaio será considerado satisfatório, mesmo ocor-
rendo ruptura em qualquer ponto da amostra, se o
número mínimo de torções nos arames individuais atender
aos requisitos da tabela T.C4.302.1;
c) quando no primeiro ensaio a amostra não atender aos
requisitos exigidos, será permitido um ensaio adicional em
todos os arames remanescentes do cabo;
d) o resultado do ensaio adicional será considerado satisfa-
tório se pelo menos 96% dos arames suportarem o número
mínimo de torções da tabela T.C4.302.1.
TABELA T.C4.302.1 - COMPRIMENTO E NÚMERO MÍNIMO DE TORÇÕES PARA ARAMES
DO ARAME
COMPRIMENTO NOMINAL
NÚMERO DE TORÇÕES
(mm) LIVRE ENTRE GARRAS
QUALIDADE
A
QUALIDADE
B
d < 0,99
1,00 > d < 1,29
1,30 > d > 2,29
2,30 > d < 2,99
3,00 > d < 4,00
200 do arame
100 do arame
100 do arame
100 do arame
100 do arame
26
13
13
12
10
48
24
23
20
18
303. Ensaio de revestimento:
a) a amostra consiste em que sejam retirados, no mínimo,
um arame de cada perna e em seguida a massa da camada
de zinco ser determinada e certificada, pelo fabricante,
através de remoção por processo químico da galvanização
e medida da perda de massa dos arames;
b) o ensaio da camada de zinco será considerado satisfató-
rio se a massa da camada de zinco atender aos requisitos
das tabelas T.C4.202.1 e T.C4.303.1;
c) o ensaio também poderá ser realizado por processo de
imersão em solução à base de sulfato de cobre cristalizado,
sendo que após o número de imersões exigidas e lavagem
em água corrente os arames não devem apresentar depósi-
tos aderentes de cobre;
d) quando no primeiro ensaio um arame não atender aos
requisitos exigidos será permitido um ensaio adicional em
todos os arames remanescentes da amostra do cabo;
e) o resultado do ensaio adicional será considerado satisfa-
tório se pelo menos 96% dos arames ensaiados atende aos
requisitos das tabelas 4.1.F-14 e T.B4.303.1.
TABELA T.C4.303.1 - NÚMERO MÍNIMO
DE IMERSÕES
DO ARAME
(mm)
TEMPO DE IMERSÃO
(seg)
QUALIDADE
A
QUALIDADE
B
d < 0,59
0,60 > d < 0,99
1,00 > d < 1,49
1,50 > d < 1,89
1,90 > d < 2,49
2,50 > d < 3,19
3,20 > d < 3,99
30
60
90
120
120
150
180
---
30
60
60
90
90
120
304. Ensaio de ruptura:
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5-24
a) a amostra consiste do próprio cabo de aço novo com
comprimento nominal livre entre garras igual a 30 vezes o
diâmetro do cabo sem ser menor que 600 mm, amostra
essa retirada de cada lote de mesmas fabricação e caracte-
rísticas ou de cada bobina em casos de lotes diferentes;
b) o ensaio será considerado satisfatório se a amostra en-
saiada até a ruptura atender aos requisitos da tabela
T.C4.304.2;
c) quando a capacidade de tração da máquina de ensaio for
insuficiente para ensaiar a amostra do próprio cabo de aço,
admite-se o ensaio em uma de suas pernas, neste caso, o
resultado da carga de ruptura obtida, multiplicada pela
quantidade de pernas e deduzindo-se 10% deve atender aos
requisitos da tabela T.C4.304.2;
d) o ensaio de ruptura também poderá ser realizado em
amostras individuais de arames com comprimento nominal
livre entre garras conforme valores da tabela T.B4.302.1,
neste caso, o resultado da carga de ruptura obtida, multi-
plicada pela quantidade de arames e multiplicado pelos
fatores indicados na tabela T.B4.304.1; deve atender aos
requisitos da tabela T.B4.304.2;
e) quando no primeiro ensaio, em qualquer um dos casos, a
amostra não atender aos requisitos exigidos, será permitido
um ensaio adicional;
f) o resultado do ensaio adicional será considerado satisfa-
tório se a amostra ensaiada até a ruptura atender aos requi-
sitos da tabela TC4.304.2, permitindo-se uma tolerância de
até 2,5% abaixo do valor tabelado.
TABELA T.C4.304.1 - FATORES
CLASSIFICAÇÃO DO
CABO
FATOR
6 19 + AF
6 24 + 7AF
6 37 + AF
0,86
0,87
0,83
TABELA T.C4.304.2 - CARGA DE RUPTURA MÍNIMA EM CABOS DE AÇO
CLASSIFICAÇÃO DO CABO
DIÂMETRO 6 19 + AF 6 24 + 7AF 6 37 + AF
NOMINAL MPS MPS PS
mm QUALIDADE
A
KN
QUALIDADE
B
KN
QUALIDADE
A
KN
QUALIDADE
B
KN
QUALIDADE
A
KN
QUALIDADE
B
KN
8,0
9,5
11,5
13,0
14,5
16,0
19,0
22,0
26,0
29,0
32,0
35,0
38,0
42,0
45,0
48,0
51,0
26
37
51
65
83
102
145
196
255
324
395
475
562
656
756
865
980
29
41
56
72
91
112
160
216
281
354
434
522
618
722
832
952
1078
23
30
41
52
69
86
125
164
220
279
345
418
501
578
674
772
883
25
33
45
57
76
95
138
180
242
307
380
460
551
636
741
849
971
28
41
56
75
95
117
167
226
295
370
455
522
618
722
832
954
1078
31
45
61
83
105
129
184
249
324
407
500
573
679
794
915
1049
1186
400. Verificação dimensional
401. Os cabos de aço serão verificados dimensionalmente
de acordo com os seguintes requisitos:
a) verificação dos arames:
- a quantidade em cada perna e o diâmetro dos arames in-
dividuais será verificada;
- a variação máxima permitida entre o diâmetro dos arames
de uma mesma camada deve atender aos requisitos da tabe-
la T.C4.401.1;
b) verificação do passo:
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5-25
- o passo dos cabos será verificado nas bobinas a uma dis-
tância de pelo menos 3,0 m, sendo que o comprimento me-
dido deve corresponder a cinco ou mais passos;
- o exame será considerado satisfatório se o resultado cal-
culado dividido pelo número de passos não exceder a 7,25
vezes o diâmetro do cabo;
c) verificação do diâmetro:
- os diâmetros dos cabos serão verificados nas bobinas em
pelo menos três seções diferentes distantes 1,50 m uma da
outra:
- o diâmetro real do cabo será o resultado da média calcu-
lada nas medições realizadas de acordo com as tolerâncias
máximas permitidas na tabela T.C4.401.1.
TABELA T.C4.401.1 - TOLERÂNCIAS PARA DIÂMETROS DE CABOS E ARAMES DE AÇO
DIÂMETRO NOMINAL DO
CABO (mm)
TOLERÂNCIA DIÂMETRO DO
ARAME (mm)
QUALIDADE
A
QUALIDADE
B
d < 19,0
19,0 > d < 29,0
29,0 > d < 38,0
38,0 > d < 57,0
+ 0,08
+ 1,20
+ 1,60
+ 2,40
0,25 > d < 0,70
0,70 > d < 1,50
1,50 > d < 2,35
2,35 > d < 3,59
---
+ 0,089
+ 0,114
+ 0,190
+ 0,038
+ 0,051
+ 0,063
+ 0,073
500. Marcação
501. Os cabos de aço que tenham atendido satisfatoriamen-
te aos requisitos de testes serão marcados nas bobinas ou
rolos com uma marcação indelével ou serem etiquetados
pelos fabricantes com as seguintes inscrições:
- Carimbo do RBNA;
- Número do certificado de classificação;
- Construção do cabo;
- Qualidade do aço;
- Carga de ruptura mínima, em KN;
- Comprimento, em m;
- Diâmetro, em mm;
- Marca do fabricante;
600. Sapatilhos para cabos de aço
601. Devem ser seguidos os requisitos da norma NBR
13544 da ABNT.
700. Lingas de carga
701. Devem ser seguidos os requisitos da norma NBR
13541 da ABNT para os cabos de aço
702. O cabo de aço utilizado para confecção de lingas
deve ser de classificação 6 x 19 ou 6 x 37, de torção regu-
lar, com alma de aço ou de fibra, conforme normas NBR
6327 ou ISO 2408.
503. A resistência à tração dos arames conforme NBR
6327 ou ISO 2408deve ser de pelo menos:
- 1764 MPa, para cabos com alma de fibra
- 1960 MPa para cabos com alma de aço.
504. As lingas com olhais chumbados com ou sem sapa-
tilhas com diâmetro nominal acima de 38 mm devem ser
fabricados com cabo de alma de aço.
A distância mínima entre as presilhas com olhais chumba-
dos ou trançados deve ser de pelo menos 20 vezes o diâ-
metro do cabo.
505. Quando forem usados anéis de carga, os mesmos
devem estar em conformidade com a norma ABNT NBR
ISO 16798.
600. Manilhas
601. As manilhas devem estar em conformidade com a
norma ABNT NBR 13545.
700. Gatos de carga
701. Os gatos-haste forjados para equipamentos de le-
vantamento e movimentação de cargas devem seguir os
requisitos da norma NBR 10070.
800. Balanças e vigas de carga
801. A carga máxima útil (SWL) de uma balança de car-
ga ou viga para içamento é a máxima carga útil para a qual
o equipamento foi certificado.
802. Ao verificar se uma carga pode ser içada por deter-
minado aparelho usando-se vigas ou balanças de carga,
deve-se lembrar que a solicitação será igual ao SWL da
viga ou balança mais seu peso próprio.
803. O material empregado na construção da viga ou
balança deve ser de qualidade para solda.
804. Deve ser dedicada atenção especial à continuidade
estrutura, e mudanças abruptas de seção devem ser evita-
das.
805. Os pontos de levantamento onde há concentração
de esforços devem ser adequadamente reforçados.
806. As soldas e procedimentos de solda devem ser
aprovados pelo RBNA.
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5-26
807. A balança ou viga deve ser projetada de forma que
as tensões máximas não ultrapassem os limites dados na
tabela T.C4.807.1 quando operando na sua capacidade
SWL:
TABELA T.C4.807.1 – LIMITES DE TENSÃO NAS
VIGAS E BALANÇAS DE CARGA
SWL ≤ 10 t SWL ≥ 160 t
Flexão 0,45 σy 0,67 σy
Cisalhamento 0,30 σy 0,40 σy
Tensões combi-
nadas
0,50 σy 0,90 σy
Tensão de supor-
te (bearing)
0,50 σy 0,90 σy
808. A viga deve ser projetada para assegurar estabilida-
de lateral quando sob carga.
809. Quando a viga for projetada como uma estrutura
içada por uma estrutura de lingas, a estrutura deve ser cal-
culada para resistir as forças de compressão geradas.
O fator de segurança de cada componente contra a flamba-
gem por compressão sob a carga de teste não deve ser me-
nor que 1,3.
C5. POLEAME
100. Poleame
101. Devem ser seguidos os requisitos da norma NBR
10014 da ABNT.
200. Classificação dos moitões e cadernais de aço
201. Os moitões e cadernais são classificados em:
a. Moitão de aço sem ferragem na orelha, designado
pel osímbolo MA1;
b. Moitão de aço com ferragem na orelha designado
pelo símbolo MA2;
c. Cadernal de aço sem ferragem na orelha designa-
do pelo símbolo CA1;
d. Cadernal de aço com ferragem na orelha, desig-
nado pelo símbolo CA2
MA1 MA2
CA1 CA2
300. Carga máxima útil (CMU, SWL)
301. A carga de ruptura do moitão ou cadernal deve ser
de no mínimo 5 vezes a carga máxima útil (SWL) do mes-
mo.
302. A carga SWL requerida deve ser determinada com
referência à resultante das forces atuando no moitão ou
Cadernal conforme sua posição no aparelhamento.
303. Moitões e cadernais não devem ser usados em posi-
ções outras que as que constem do arranjo aprovado.
304. A carga SWL de uma polia simples é calculada na
condição de trabalho em que a polia está suspensa pela
cabeça, com os cabos em paralelo dos dois lados.
A carga nominal marcada na polia representa o peso que
ela pode levantar em segurança.
A resultante R na cabeça é portanto 2 x P.
Os acessórios da cabeça, portanto, devem ser projetados
para suportar uma solicitação de 2P e a carga de prova
aplicada será de 4P (ver capítulo T5).
2P
SWL = P
Carga = P
O cálculo do SWL requerido vai depender do diagrama de
forces sobre o Cadernal ou moitão e deve ser calculado
caso a caso:
P P
SWL = P
Carga 2P
R
SWL do moitão = 0,5 R
SWL do guindaste = 2P
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T
de navios e aeronaves
5-27
R = 2P
SWL da polia = 0,5 R = P
P
P
SWL do guindaste = 2P
Note-se que em todos os casos com moitões MA1 o SWL
a manilha ou elo que prende o moitão deve ter uma capa-
cidade SWL igual a duas vezes o SWL marcado no moi-
tão.
400. Solicitações de projeto
401. A percentagem da solicitação resultante na fixação
da cabeça que é transmitida por uma polia não deve ser
tomada com valor inferior ao da tabela T.C5.401.1
TABELA T.C5.401.1 – SOLICITAÇÃO RESULTAN-
TE
Moitão ou
cadernal
Quantidade
de polias
Mancais com
bucha ou sim-
ples
Mancais com
rolamento
CA1 CA2 CA1 CA2
Duplo 2 52 43 51 42
Triplo 3 37 32 35 30
Quádruplo 4 29 26 27 24
Quíntuplo 5 24 22 22 20
Sêxtuplo 6 21 20 19 18
Notas:
O coeficiente de atrito deve ser tomado como 5% pala po-
lias com bucha ou simples, e 2% para polias com rolamen-
to
402. A carga numa orelha deve ser considerada como a
carga máxima à qual a orelha pode ser submetida em ser-
viço.
403. As tensões nas partes componentes do moitão deve
ser determinada pelas cargas transmitidas pela polia.
500. Detalhes construtivos
501. As porcas de fixação da ferragem da cabeça devem
ser soldadas à haste da ferragem, e as demais porcas de-
vem ser eficazmente travadas, prevendo-se, porém, sua
fácil desmontagem.
502. A ferragem da cabeça, quando giratória, deve girar
por simples esforço manual.
503. A folga entre a parte externa da polia e a parede
interna da caixa não deve exceder o limite de 10% do diâ-
metro do cabo para evitar que o cabo fique preso entre a
caixa e a polia..
504. Todos os cantos externos de ferragens e paredes
devem ser ligeiramente arredondados.
505. Nas polias para moitões e cadernais que façam par-
te dos aparelhos de carga não deve ser utilizado ferro fun-
dido ou ferro fundido maleável nas seguintes circunstân-
cias:
a. moitão com SWL maior que 10 t
b. cadernal com SWL maior que 20 t
c. Qualquer moitão ou cadernal na lança de um apa-
relho de carga com SWL maior que 20 t.
506. Os moitões e cadernais devem ser providos de dis-
positivos que permitam lubrificação adequada.
507. O diâmetro da polia deve ser medido da base do
goivo.
508. A profundidade do goivo na polia não deve ser me-
nor que ¾ do diâmetro do cabo.
A profundidade do goivo deve ser igual ao diâmetro do
cabo.
509. A relação entre o cabo de aço e o goivo do poleame
é dada na Tabela T.C4.206.1.
510. Polias com lateral rebatível devem ser projetadas e
construídas de forma a assegurar que permaneçam sempre
fechadas quando em uso.
511. Os pinos dos eixos das polias devem ser travados
contra movimentos laterais e rotação.
O acabamento superficial do pino deve ser adequado para
o tipo de mancal a ser utilizado.
512. Deve ser instalado um tornel entre o gato de carga e
o anel elo de ligação ou outro acessório para levantar a
carga, capaz de girar livremente e que não possa soltar-se.
C6. OUTROS MATERIAIS
100. Outros materiais
101. Outros materiais tais como aço inoxidável, ligas de
alumínio, ligas de plástico e madeira, devem ser seleciona-
dos e empregados de acordo com suas características e
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de navios e aeronaves
5-28
devem estar em conformidade com a Seção 5 destas Re-
gras.
102. Tais materiais somente poderão ser empregados
mediante autorização especial do RBNA.
C7. SOLDAGEM
100. Requisitos gerais
101. Os requisitos para soldagem estão descritos na Parte
2, Título 11, Seção 2 Capítulo D.
102. Os requisitos deste capítulo são complementares
aos descritos no item 101 acima.
103. Antes do início da soldagem, devem ser apresenta-
dos procedimentos de solda para aprovação pelo RBNA.
104. Os soldadores devem todos ser certificados.
105. A empresa responsável por testes não destrutivos
deve ser homologada pelo RBNA.
200. Inspeção das soldas em estrutura / acessórios dos
aparelhos de carga
201. Todas as superfícies a serem soldadas devem ser
inspecionadas visualmente.
Os cordões de solda devem apresentar transição gradual
para o metal base, e as soldas devem estar de acordo com
as especificações de projeto.
202. Aços acalmados e endurecidos com tensão de esco-
amento igual ou maior que 420 N/mm2, o teste não destru-
tivo deve ser realizado 48 horas depois de completada a
soldagem.
203. Quando os cordões forem submetidos a tratamento
térmico, deve ser realizado NDT depois do término do
tratamento.
204. O tipo e extensão dos NDT depende da carga su-
portada pelos membros estruturais, e é mostrada na Tabela
T.C6.204.1 abaixo:
TABELA T.C6.204.1 – INSPEÇÃO DE SOLDAS
RT = RADIOGRAFIA UT = ULTRA SOM MT = PARTÍCULA MAGNÉTICA
Tipo de estrutura Tipo de conexão Inspeção
visual
Método de inspeção
RT UT MT
Estrutura essencial Topo 10~20 100 100
T, penetração total 100 - 100 100
T, filete, grande penetração 100 - - 100
Estrutura primária Topo 100 5~10 50~80 20~50
T, penetração total 100 - 50~80 25~50
T, filete, grande penetração 100 - - 20~50
Estrutura secundária Topo 100 - 2~5 2~5
T, penetração total 100 - 2~5 2~5
T, filete, grande penetração 100 - - 2~5
Nota 1 – A tabela mostra a percentagem sobre o total de
soldas que deve ser testada
Nota 2 – Onde dois elementos estruturais de tipos diferen-
tes forem unidos a inspeção da sola deve estar baseada no
tipo para o qual os requisitos mais estritos são exigidos.
Nota 3 – A verificação por partícula magnética (MT) pode
ser substituída por líquido penetrante.
Nota 4 – Estruturas essenciais são estruturas para as quais
não é possível a redistribuição de tensões e não existe ele-
mento redundante, incluindo a conexão do garfo do garlin-
déu, lança à cabeça de lança, conexão de patesca submeti-
da a carga pesada à lança, etc.
Nota 5 – As percentagens de soldas inspecionadas foi di-
mensionada de forma a cobrir membros e conexões impor-
tantes.
C8. MÃO-DE-OBRA
100. Aplicação
101. Este Guia foi elaborado entendendo que cabe aos
Armadores / Operadores a responsabilidade pelo controle
das cargas SWL, operação dos equipamentos por pessoal
apto, prevenção de distribuições inadequadas de cargas,
peação e manutenção do guindaste.
CAPÍTULO D
REQUISITOS POR SISTEMAS
CONTEÚDO DO CAPÍTULO
D1. REQUISITOS GERAIS DE PROJETO
D2. MÉTODO DE CÁLCULO
D3. SISTEMAS DE PAUS DE CARGA
D4. GUINDASTES DE BORDO
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T
de navios e aeronaves
5-29
D5. CÁBREAS E GUINDASTES FLUTUANTES
D6. OUTROS SISTEMAS
D1. REQUISITOS GERAIS DE PROJETO
100. Condições operacionais
101. Alcance operacional – a documentação e arranjo do
sistema submetidos para aprovação devem especificar as
faixas permissíveis de trabalho (com as restrições que se
fizerem necessárias) baseadas em considerações de estabi-
lidade e resistência, juntamente com os ângulos de inclina-
ção permissíveis da estrutura flutuante.
102. Efeitos do mar – quando um aparelho de carga é
testado e aprovado pelo RBNA é normalmente estipulado
que esse aparelho pode operar somente em águas calmas
Neste contexto, águas calmas significa condições que não
causam movimentos apreciáveis na estrutura flutuante (até
Beaufort 2)..
Águas desprotegidas, por outro lado, significa regiões em
que um estado de mar pode ocorrer que provoque movi-
mentos apreciáveis na estrutura flutuante.
103. Inclinação do navio – ao determinar as forças em
um sistema de carga, um dos fatores fundamentais a serem
considerados é que quando o navio inclina, cargas mais
altas podem ocorrer no aparelho de carga do que quando o
navio estiver sem banda.
104. Efeito do vento – o efeito do vento sobre a estrutu-
ra do guindaste está apresentado nos capítulos que seguem.
105. A temperatura operacional mínima é de 10°C,
sendo que para temperaturas operacionais mais baixas de-
vem ser especificadas na documentação apresentada para
aprovação e este fator vai influir na escolha dos materiais.
106. Para condições operacionais especiais, ver o capí-
tulo referente a cábreas.
200. Classificação dos guindastes ou elementos da
estrutura em grupos
201. A classificação dos guindastes em grupos levando
em conta as classes de utilização e estado de carga foi feita
baseada na norma NBR 8400 da ABNT.
202. Abaixo é dada a classificação conforme as classes
de utilização.
TABELA T.D1.202.1 – CLASSIFICAÇÃO DE APA-
RELHOS DE CARGA CONFORME UTILIZAÇÃO
Classe de utiliza-ção
Freqüência de utilização de le-vantamento
Ciclos de levan-tamento
A Ocasional com
longos períodos de
repouso
6,3 x 104
B Regular, serviço
intermitente
2,0 x 104
C Regular, serviço
intensivo
6,3 x 104
D Serviço intensivo
severo
2,0 x 104
203. A classificação conforme o estado de carga segue
abaixo:
TABELA T.D1.203.1 – CLASSIFICAÇÃO DE APA-
RELHOS DE CARGA CONFORME ESTADO DA
CARGA
Estado de carga Definição Fração mínima da cargamáxima
0 muito leve Cargas muito le-
ves, somente ex-
cepcionalmente
operam no SWL
0
1 leve Cargas comumen-
te da ordem de 1/3
da nominal
1/3
2 médio Cargas comumen-
te da ordem de 2/3
da nominal
2/3
3 pesado Regularmente
carregados com a
carga nominal
1
204. Para efeito deste capítulo, vamos agrupar os guin-
dastes em classes conforme abaixo:
TABELA T.D1.204.1 – GRUPOS DE APARELHOS
DE CARGA CONFORME RBNA
Grupo Estado da carga Fração mínima da carga máxima
I 0 – muito leve 0
II 1 - leve 1/3
2 - médio 2/3
III 3 - pesado 1
205. Os guindastes do grupo I não serão aqui considera-
dos.
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de navios e aeronaves
5-30
206. Os guindastes do grupo II geralmente são encontra-
dos em navios de carga geral ou porta containeres que
apenas ocasionalmente operam próximos da capacidade
SWL.
207. Os guindastes do grupo III operam regularmente
próximos da capacidade SWL e que excedem 6,3x104 ci-
clos durante o curso de sua vida operacional.
Estes guindastes podem ser divididos em dois sub-grupos:
- guindastes que ocasionalmente operam com
caçambas
- guindastes que operam com caçambas por
mais de 75% do tempo.
208. A Tabela T.D1208.1 abaixo mostra exemplos de
classificação dos guindastes:
TABELA T.D1.208.1 CLASSIFICAÇÃO DE EQUI-
PAMENTOS DE LEVANTAMENTO CONFORME
CLASSES DO RBNA COM BASE NA TABELA DA
NBR 8400
Estado de carga
Classe de utilização conforme RBNA
A B-C D
1 I I II
2 I II III
3 II III Especial
TABELA T.D1.208.2 EXEMPLOS DLASSIFICAÇÃO
DE EQUIPAMENTOS DE LEVANTAMENTO CON-
FORME RBNA COM BASE NA TABELA DA
NBR 8400
Tipo de equipamen-to
Grupo (RBNA)
Estado de carga
Utilização
Guindaste portuário
com gato
II-III 2 B-C
Guindaste portuário
com caçamba
II-III 3 B-C
Guindastes de bordo II 2-3 B
Sistemas de bordo
com pau de carga
II-III I-II-III A-B-C
300. Solicitações operacionais estáticas e cargas mor-
tas
301. Cargas operacionais estáticas – Safe Working Load
(SWL, Carga Máxima de Trabalho) é a carga estática má-
xima a que um sistema pode ser submetido nas condições
para as quais foi certificado.
Uma pré-condição é que o aparelho de carga deve estar
trabalhando dentro dos parâmetros de carregamento para
os quais os cálculos de projeto foram baseados.
302. Pêso próprio – as cargas devidas ao pêso próprio
ou cargas mortas são as forças-peso exercidas pelos mem-
bros estruturais móveis e fixos permanentemente presentes
na operação.
Estas cargas fazem parte da carga máxima de trabalho
(SWL).
Para efeito de cálculo, estas cargas podem ser desprezadas
se forme menores que 5% da carga máxima de trabalho
SWL.
Quando maior que 5% da carga máxima, a capacidade
SWL deve ser multiplicada por um coeficiente que consta
dos capítulos D2, D3 e D4 deste Guia.
D2. MÉTODO DO CÁLCULO
100. Verificação em relação ao limite de escoamento,
flambagem e fadiga
101. Para os diferentes elementos da estrutura verifica-se
a existência de um coeficiente de segurança suficiente em
relação às tensões críticas considerando-se as três seguin-
tes causas de falha possíveis:
a. ultrapassagem do imite de escoamento
b. ultrapassagem das cargas críticas de flambagem
c. ultrapassagem do limite de resistência á carga
Os aços utilizados devem ser classificados; caso não se-
jam, deve ser apresentado certificado da usina e realizados
testes de análise química, tração e, onde requerido, impac-
to em amostras, sendo uma amostra por espessura e por
numero de corrida.
102. Esta verificação deve ser feita conforme os requisi-
tos por tipo de aparelho contido nos capítulos D3 a D5 do
presente Guia e estar em conformidade com os itens 5.8
até 5.13 da norma NBR 8400,.
D3. SISTEMAS COM PAUS DE CARGA
100. Aplicação
101. Os requisitos deste Capítulo são aplicáveis a paus
de carga com movimento de giro lateral, paus de carga
operando geminados e guindastes com paus de carga.
Projetos especiais devem ser analisados com base nos pre-
sentes requisitos.
200. Geral
201. Na determinação das forces agindo nos sistemas de
paus de carga o ângulo da lança com a horizontal deve ser
considerado como 15° para paus de carga classe I e II e
25° para paus de carga classe III.
Na prática tais ângulos poderão ser maiores, mas em ne-
nhum caso o ângulo da lança com a horizontal deve ultra-
passar 30° para paus de carga classe I e II e 35° para paus
de carga classe III.
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de navios e aeronaves
5-31
202. Para determinar as forças agindo nas patescas ou
polias embutidas, o ângulo da lança com a horizontal deve
ser tomado como o ângulo máximo para a operação e em
geral não deve ser menor que 70°.
203. Os limites operacionais para ângulos de banda e
trim são em geral 5° para banda e 2° para trim.
Para paus de carga classes I os efeitos de banda e trim po-
dem ser desprezados no cálculo.
Para paus de carga classe II e III o efeito da inclinação
deve ser levado em consideração nos cálculos.
Para ângulos maiores que 5° de banda e 2° de trim o ângu-
lo real máximo deve ser levado em consideração.
204. A carga básica para o cálculo da força para paus de
carga giratórios e fixos deve ser definida como a carga
máxima de trabalho (SWL) somada aos pesos próprios da
lança e acessórios acima do gato.
205. A carga básica para o cálculo da força para paus de
carga aparelhados em tandem deve ser tomada como a car-
ga máxima de trabalho SWL.
206. A tolerância para atrito nas polias e para a rigidez
dos cabos de aço deve ser tomada como5%, para cadernais
com polias simples ou com bucha, e 2% para cadernais
com rolamento.
Este requisito é aplicável a todo tipo de aparelho de carga.
207. O coeficiente de segurança dos cabos para paus de
carga deve ser tomado conforme a Tabela T. D2.206.1.
TABELA T. D2.206.1
Coeficiente de segurança K= Tensão de ruptura no teste
Tensão admissível no cabo
SWL do aparelho Cabos de carga Amantilhos e guardins
Até 10 t 5
10 – 160 t 10000
(8,85 * SWL) + 1910
160 t e maior 3
Cabos para estaiamento (brandais)
Até 10 t 4
300. Paus de carga em tandem
301. As condições e solicitações para o cálculo ou análi-
se das forças agindo no sistema de paus de carga devem
atender aos requisitos dos itens D2.100 e D2.200 acima.
302. No caso de guindastes para carga pesada, onde o
cabo de carga é paralelo ao amantilho entre a cabeça do
pau de carga e a cabeça do mastro, a tensão no amantilho
deve ser considerada como a força total do amantilho me-
nos a tensão do cabo de carga sob a condição de que a car-
ga esteja sendo arriada.
A carga de trabalho do guardim deve ser determinada de
acordo com a tabela T.D3.302.1
TABELA T.D3.302.1 – CARGA DE TRABALHO DOS
GUARDINS
SWL do massame do pau
de carga, kN
SWL dos guardins em kN
SWL ≤ 49
49 < SWL ≤ 147
147 < SWL ≤ 588
SWL ≥ 735
0.5 × SWL + 4.9
0.1 × SWL + 24.5
0.25 × SWL
0.2 × SWL
Quando o aparelhamento dos paus de carga estiver arran-
jado para operação em tandem, as lanças de dentro de bor-
do e de for a de bordo devem estar localizadas no menor
ângulo com a horizontal que ainda permita operação nor-
ma, bem como a faixa de operação e comprimento dos
paus de carga devem estar em conformidade com os requi-
sitos da figura F.D3. 302.1.
Pau de carga
do garlindéu ao olhal do amantilho
θ
H = h+0.35
h
FIGURA F.D3. 302.1.
Θ = ângulo do pau de carga com a horizontal, igual para
ambos os paus de carga
L = comprimento da escotilha, em m
B = largura da escotilha, em m
C = alcance C em m além da boca a meia nau: não deve ser
inferior a 3,5 m ou como requerido pelo Armador
S = distância entre o laís dos dois paus de carga, em m, no
plano horizontal
Topo da borda
falsa ou braçola
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de navios e aeronaves
5-32
b = distância vertical a partir do pino do garlindéu
l = a cabeça da lança interna no plano de projeção dentro
da escotilha de carga deve estar localizado:
a. a uma distância l não superior a L/5 do lado opos-
to da escotilha dotada de somente um par de paus
de carga;
b. a uma distância l de não mais que L/3 do lado
oposto da escotilha dotada de dois pares de paus
de carga;
c. a uma distância de 1,5 m de cada lado da escoti-
lha.
h = Quando o ângulo formado pelos cabos de carga for
assumido como igual a 120° a mínima altura ―h‖ do ponto
de junção (placa tirângulo) de dois cabos de carga acima
do topo da borda da braçola da escotilha ou borda livre
não deve ser menor que:
5 m para SWL ≤ 19.6 kN
6 m, para SWL > 19.6 kN
onde SWL é a carga maxima de trabalho do aparelho em
tandem em kN.
A altura ―h‖ como definida acima deve ser aumentada ade-
quadamente quando não pode atender aos requisitos para
operação normal .
303. O cálculo da força para o pau de carga operando em
tandem deve ser realizado de forma que o empuxo do pau
de carga e a carga dos brandais seja obtida da posição de
maior alcance do pau de carga dentro de sua faixa de ope-
ração.
Em geral a posição do pau de carga tal como mostrada na
figura F.D3.303.1 deve ser utilizada para esse cálculo e
nesse caso o ângulo entre os cabos de carga deve ser toma-
do como sendo 120° e a posição da placa triangular conec-
tando os dois cabos de carga é admitida como sendo a po-
sição mais baixa conforme mostrado na figura F.D3.303.2.
FIGURA F.D3.303.2
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de navios e aeronaves
5-33
FIGURA F.D3.303.1
306. O arranjo dos paus de carga em tandem devem ser
tal que não permita o dobramento do pau de carga no sen-
tido contrário em nenhum ponto dentro do alcance do
guindaste.
Para esse fim a resultante do componente horizontal do
cabo de carga e dos brandais na direção do eixo do pau de
carga, que é denominada ―vão de alívio fh‖ multiplicada
por tgθ (θ – ângulo do pau de carga com a horizontal) não
deve ser maior que a soma cós componentes verticais do-
cabo de carga e dos brandais ―fr‖ (vide figura F.D3.306.1).
Tensão no cabo de
fh carga paralela ao
θ
fr
Compressão no
pau de carga
½ peso do pau de carga
FIGURA F.D3.306.1
305. A carga de trabalho dos schooner guys no arranjo
em tandem deve ser tomada como sendo 20% da carga
SWL do pau de carga, mas não menos que 9,8 kN.
400. Cálculo do pau de carga
401. O pau de carga pode ser construído tanto com diâ-
metro constante como com um diâmetro constante em sua
seção média com conicidade nas extremidades.
402. A seção média de diâmetro uniforme de um pau de
carga com extremidades em conicidade deve corresponder
a no mínimo 1/3 do comprimento do pau de carga, e o di-
âmetro menor das seções cônicas não deve ser menor que
70% do diâmetro da seção constante.
404. A espessura da parede do pau de carga não deve
ser menor que 1/50 do diâmetro do mesmo em sua seção
média, mas não precisa ser maior que 1/30 desse diâmetro,
sendo que em nenhum caso deve ser inferior a 4 mm.
405. O coeficiente de esbeltez do pau de carga não deve
ser maior que 150.
406. O laís deve ser adequadamente reforçado ou ter
maior espessura na área em que os olhais dos amantilhos e
guardins são fixados.
407. O coeficiente de segurança n para a estabilidade do
pau de carga em relação à compressão crítica dada pela
fórmula de Euler não deve ser menor que a requerida na
tabela T.D3.407.1.
SWL do pau
de carga em
kN
≤ 98
294
≥ 588
Coeficiente
de segurança
de estabili-
dade n
5,0
4,5
4,0
TABELA T.D3.407.1 COEFICIENTE DE SEGURAN-
ÇA n
Co
mp
on
en
te
verti
ca
l ca
bo
de c
arg
a
Co
mp
on
en
te
verti
ca
l d
o
gu
ard
im
ca
rg
a
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de navios e aeronaves
5-34
Nota: O coeficiente de segurança para a estabilidade é
aplicável com índice de esbeltez λ menor que 145.
J1 J1
a
L
A compressão axial admissível p é dada pela expressão:
mEJ0
P = * 10-5
kN
nL2
onde:
m = coeficiente obtido de acordo com a tabela T.D3.406.2,
sendo que valores intermediários devem ser obtidos por
interpolação linear;
E = módulo de elasticidade = 2,06 * 105 MPa
L = comprimento do pau de carga, em metros, medido do
centro do garfo do garlindéu até o centro da polia do laís
J0 = momento de inércia da seção central do pau de carga,
em cm4;
n = coeficiente de segurança para a estabilidade do pau de
carga dado na tabela T.D3.407.1;
a/L J1/J0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8
Coeficiente m
0,01 2,55 3,65 5,42 7,99 9,63
0,10 5,01 6,32 7,84 9,14 9,77
0,20 6,14 7,31 8,49 9,39 9,81
0,40 7,52 8,38 9,10 9,62 9,84
0,60 8,50 9,02 9,46 9,74 9,85
0,80 9,23 9,50 9,69 9,81 9,86
TABELA T.D3.407.2 – COEFICIENTE M
408. A carga admissível de compressão axial pode tam-
bém ser calculada por meio da teoria de estabilidade elás-
tica.
Para tais cálculos os efeitos do momento de flexão devido
ao peso próprio do pau de carga e o momento na extremi-
dade do lais do pau de carga devem ser consideradas.
O coeficiente de segurança n para a estabilidade do pau de
carga sujeito a compressão axial não deve ser menor que o
apresentado na tabela T.D3.407.2.
TABELA T.D3.407.2 – COEFICIENTE DE SEGU-
RANÇA PARA ESTABILIDADE DE PAU DE CAR-
GA SUBMETIDO A COMPRESSÃO AXIAL
Carga maxima útil SWL do pau de
carga em kN
≤ 98 ≥ 588
Coeficiente de segurança n para
estabilidade do pau de carga
2,5 2,0
Caso a tensão axial σs do aço seja maior que 70% de sua
tensão de tração σb a tensão de escoamento deve ser modi-
ficada dividindo o valor por um coeficiente β que deve ser
obtido da tabela T.D3.407.3.
Valores intermediários devem ser obtidos por interpolação.
TABELA T.D3.407.3 – COEFICIENTE β
Razão entre ten-
são de escoa-
mento e de tração
σs / σb σb
≤0,70
0,75
0,80
0,85
0,90
Coeficiente β
1,0000 1,045 1,084 1,1200 1,1550
Nota: quando a razão exceder 0,9, deve ser tomada como
0.9.
409. O momento no laís de um pau de carga para con-
vencional deve ser considerado como a soma algébrica dos
momentos no plano vertical do pau de carga originados
pela polia do laís e cargas aplicadas aos acessórios agindo
nesse mesmo ponto.
O momento horizontal no laís causado pelas solicitações
de giro ou pelos amantilhos pode ser , em geral, despreza-
do.
410. No caso de um pau de carga giratório, o pau de car-
ga tem dois moitões para o amantilho entre os quais a car-
ga não é i8gualmente distribuída quando o pau de carga
não está na linha de centro do navio.
Nesses casos m irá ocorrer um momento na cabeça do pau
de carga e este deve ser levado em conta nos cálculos de
estabilidade de acordo com os requerimentos deste capítu-
lo.
500. Mastros e pescadores (postes, derrick posts,
kingposts)
501. Os mastros e postes de paus de carga devem ser
suportados por dois conveses e conectados ao convés prin-
cipal de maneira efetiva.
502. As casarias de guincho podem ser consideradas
como suporte de convés desde que esteja adequadamente
reforçada para tal.
503. Meios alternativos que forneçam suporte efetivo
para o maestro ou poste serão considerados.
J0
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T
de navios e aeronaves
5-35
504. O mastro ou poste deve ser adequadamente reforça-
do onde submetidos a cargas concentradas, tais como no
suporte do garlindéu, olhais para o amante ou estais.
O calcanhar das borboletas e os cantos dos acessórios não
devem ser fixados aos painéis não reforçados do mastro.
O reforço deve ser feito utilizando espessuras maiores.
505. A continuidade estrutural deve ser mantida na estru-
tura de todos os componentes e quaisquer mudanças brus-
cas de seção devem ser evitadas.
506. Aberturas tais como acessos e furos de alívio devem
ser evitadas em locais sujeitos a cargas concentradas ou a
altas solicitações de cisalhamento.
507. O diâmetro externo D do mastro ou poste não deve
ser maior que o obtido da expressão:
100*t
D = mm, para t ≤ 15 mm
25 – t
D = 100*t para t > 15 mm
onde:
t = espessura da parede do mastro ou poste, em mm
A espessura mínima da parede do mastro ou poste não de-
ve ser menor que 6 mm.
Onde o mastro ou poste for também usado como duto de
ventilação, a espessura mínima da parede não deve ser me-
nor que 7 mm.
508. Recomenda-se que o diâmetro externo do mastro na
região do olhal do amante seja maior ou igual a 85% da
seção no nível do convés de suporte.
509. As solicitações do amante, cabo de carga e com-
pressão do pau de carga aplicadas ao mastro ou poste de-
vem ser calculadas de acordo com os requisitos relevantes
pelas quais as solicitações combinadas das diversas seções
do mastro ou poste devem ser consideradas.
510. No cálculo da resistência do mastro ou poste as
condições mais desfavoráveis de carga devem em geral ser
consideradas, como segue:
Caso 1 – mastro ou poste com um só pau de carga:
a. Um pau de carga servindo uma escotilha no me-
nor ângulo do pau de carga com a horizontal;
b. Um pau de carga girando para fora da borda até o
ponto máximo de operação.
Caso 2 – mastro ou poste com dois ou mais paus de carga:
a. Dois paus de carga servindo uma escotilha no
menor ângulo do pau de carga com a horizontal;
b. Dois paus de carga, um para vante do porão de
carga e outro para ré, girados para um bordo do
navio até sua máxima posição operacional.
Caso 3 – para mastro ou poste suportando paus de carga
tanto para cargas leves como para cargas pesadas, a com-
binação da solicitação decorrente das cargas leves e pesa-
das não precisa, em geral, ser considerada.
Caso 4 – quaisquer condições que introduzam solicitações
maiores que as consideradas acima devem ser levadas em
consideração.
511. A tensão combinada em qualquer seção de um mas-
tro ou poste deverá obedecer às seguintes condições:
a. cada uma das duas tensões normais σx e σy, seja
igual ou inferior a σa;
b. o esforço de cisalhamento seja igual ou inferior a
τa;
c. a tensão de comparação σcp seja igual ou inferior
a σa, isto é:
σcp = √σx2 + σy
2 - σx* σy + 3* τxy
2 ≤ σa
onde:
σx e σy = tensões normais
σa = tensão admissível à tração ou compressão
τxy = tensão de cisalhamento
τa = tensão de cisalhamento admissível
512. O coeficiente de segurança referente à tensão de
escoamento σs do material para o mastro e poste incluindo
a verga e estruturas afixadas, não deve ser menor que os
valores dados na tabela T.D3.512.1 abaixo:
TABELA T.D3.512.1 – COEFICIENTE DE SEGU-
RANÇA PARA TENSÃO DE ESCOAMENTO
Carga máxima de
trabalho SWL em kN
Coeficiente de segurança
Masro estaiado Mastro sem estais
SWL ≤ 98 2,20 2,0
SWL ≥ 588 1,76 1,6
98 < SWL < 588 Obter por interpolação linear
513. Quando a tensão de escoamento σs do aço empre-
gado for maior que 70% da tensão de tração a tensão de
escoamento deve ser modificada de acordo com a tabela
Tabela T.D3.407.3 – Coeficiente β.
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A - T
de navios e aeronaves
5-36
514. O grau do aço utilizado na fabricação do mastro e
seus acessórios é dado em C2.
515. O arranjo dos estais do maestro deve ser tal que não
venha a obstruir a operação do pau de carga.
Macacos devem ser instalados na parte inferior dos estais e
conectados a olhais fixados ao convés, borda falsa ou casa-
ria.
Os estais devem ser submetidos a uma tensão inicial.
516. O módulo de elasticidade dos cabos de aço para
cálculo do alongamento dos estais pode ser tomado como
sendo 1.1 * 105 MPa, e a área da seção do cabo tomada
como a calculada pelo diâmetro nominal do cabo.
Valores maiores poderão ser adotados desde sejam resul-
tantes de testes realizados.
D4. GUINDASTES DE BORDO
100. Aplicação
101. Os requisitos deste capítulo aplicam-se a guindastes
abaixo descritos projetados num porto ou em águas abri-
gadas onde não há movimentos significativos do navio e o
estado do mar não ultrapassa Beaufort 2:
a. Guindastes de convés montados em navios para
manusear equipamentos e cargas nas condições de
porto
b. Guindastes para manuseio de containeres para
operar nas condições de porto
c. Guindastes flutuantes montados sobre balsas ou
pontões para manusear cargas nas condições de
porto
d. Caçambas montadas em navios, barcaças ou pon-
tões para operação nas condições de porto
e. Guindastes de provisões pontes rolantes de Praça
de Máquinas, etc. montados em navio para manu-
sear equipamentos e provisões nas condições de
porto
f. Guindastes montados em navios para manuseio de
equipamento não tripulado em um ambiente
offshore, por exemplo, guindastes para linhas
submersas.
g. Guindastes montados em plataformas offshore
móveis ou fixas para transferência de equipamen-
tos, provisões etc. de e para navios supridores
h. Guindastes montados em plataformas offshore
móveis ou fixas para manusear submersíveis tri-
pulados e sistemas de mergulho
102. Sistemas de paus de carga não estão incluídos neste
capítulo e devem ser projetados de acordo com os reque-
rimentos do capítulo D3.
103. Quaisquer guindastes ou elevadores não cobertos
pela descrição supra ou que ultrapassem as condições de
mar e vento dadas pelo item D4.101 acima serão objeto de
considerações específicas.
200. Solicitações principais
201. As solicitações operacionais a serem consideradas
na análise de guindastes são as seguintes:
- Solicitações principais exercidas sobre a estru-
tura do equipamento suposto imóvel, no estado
de carga mais desfavorável;
- Pêso próprio
- Solicitações devidas a banda e/ou trim
- Solicitações dinâmicas devido ao movimento
vertical e horizontal da carga
- Solicitações devido ao vento e condições ambi-
entais
- Solicitações em acessos, plataformas, etc.
202. Solicitações com o guindaste estivado devem ser
consideradas na análise do guindaste e ocorrem quando os
efeitos climáticos exercem solicitações acima das estabele-
cidas no item D1.100 acima:
- Solicitações devidas aos efeitos climáticos
(vento, condições de mar, etc.)
- Solicitações devidas aos movimentos do na-
vio
Nessa condição não é permitida elevação de carga ou carga
pendente do gato.
203. Coeficiente de majoração φd – considerando-se que
existe uma certa probabilidade de que sejam ultrapassados
os limites calculados, inerente à precisão do cálculo e aos
imprevistos, deve-se aplicar um coeficiente de majoração
aos resultado obtido para a capacidade SWL que vai de-
pender da classe do guindaste:
TABELA T.D4.203.1 – COEFICIENTE DE MAJO-
RAÇÃO
Tipo do guindaste e tipo de serviço Coeficiente de majoração φd
Ponte rolante de Praça de Máquinas,
turcos de provisão, guindastes de ma-
nutenção
1,00
Guindastes de convés, guindastes para
containeres, pórticos, cábreas e guin-
dastes flutuantes
1,05
Guindastes com caçamba 1,20
300. Solicitações principais exercidas sobre a estrutu-
ra do equipamento suposto imóvel, no estado de carga
mais desfavorável;
301. Solicitações básicas são a carga viva mais a carga
morta, como definido no Capítulo B4 item100 do presente
guia.
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T
de navios e aeronaves
5-37
400. Solicitações dinâmicas devido ao movimento ver-
tical e horizontal da carga
401. Nas solicitações devidas ao levantamento da car-
ga de serviço devem ser levados em conta oscilações pro-
vocadas pelo levantamento brusco da carga, multiplicando-
se as solicitações devidas à carga de serviço por um coefi-
ciente dinâmico φh. conforme a tabela abaixo
Coeficiente φh a velocidades VL em m/min
Equipamento φh VL em m/min
Pontes ou
pórticos rolan-
tes
1,15 0 < VL ≤ 0,25
1 + 0,6 VL 0,25 < VL < 1
1,60 VL ≥ 1
Guindaste com
lança
1,15 0 < VL ≤ 0,25
1 + 0,3 VL 0,25 < VL < 1
1,30 VL ≥ 1
Tabela T.D4.401.1 - Coeficiente φh a velocidades VL em m/min
Conforme indicado nas tabelas, o valor do coeficiente φh
não deve ser inferior a 1,15
402. Devem ser consideradas as forças que ocorrem
quando um guindaste desloca-se ao longo de trilhos ou
pistas resultando numa aceleração vertical atuando no
guindaste e sua carga juntamente com a aceleração hori-
zontal devida à mudança de velocidade do guindaste em
deslocamento.
403. A aceleração vertical é usualmente pequena desde
que os trilhos e junções sejam nivelados.
Como essas forças não são consideradas simultâneas com
as que ocorrem durante o içamento, podem normalmente
ser desprezadas.
404. A aceleração horizontal incluindo a frenagem de-
ve ser informada pelo fabricante.
Quando essa aceleração é desconhecida, mas a velocidade
e condições de serviço são conhecidas, essa aceleração
pode ser obtida das fórmulas
a. Para guindastes com velocidade baixa de desloca-
mento (0,4 a 1,5 m/s:
a = 0,075Vh + 0,07.
b. Para guindastes com velocidade de deslocamento
moderada a alta (1,5 a 4,0 m/s)
a = 0,075Vh + 0,20.
c. Para guindastes com velocidade de 1,5 a 4,0 m/s e
aceleração alta (0,4 – 0,7 m/s2)
a = 0,10Vh + 0,27.
onde:
a = aceleração em m/s2
e
Vh = velocidade de deslocamento in m/s
Quando as condições de trabalho forem conhecidas mas a
velocidade não, o valor mais alto de aceleração para a ve-
locidade adequada deve ser usado.
405. As forças de inércia atuado na carga e no guindas-
te resultantes do movimento de giro devem ser considera-
das..
A aceleração de giro, ou alternativamente a aceleração de
giro e o tempo de frenagem devem ser informados pelo
fabricante.
Quando essa informação não estiver disponível, a acelera-
ção na extremidade da lança deve ser adotada como 0,6
m/s2 com a lança do guindaste no raio máximo de giro.
406. Em geral, o efeito da força centrífuga atuando na
estrutura do guindaste é pequeno e pode ser desprezado.
407. As solicitações de torção que ocorrem sobre uma
estrutura quando dois pares de rodas movem-se ao longo
de um trilho, perpendiculares aos trilhos tendendo a en-
curtar uma diagonal e alongar a outra devem ser levadas
em consideração.
O valor dessa força Fr é calculado através das seguintes
fórmulas:
Fr = λ P em N
onde:
P = carga vertical nas rodas em N
λ = coeficiente que depende da razão entre a bitola l e a
base b
Fr
b
Fr
Fr b/l Fr b/l
l
λ
0 2 4 6 8 10 12 l/b
0,20
0,15
0,10
0,05
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de navios e aeronaves
5-38
408. Devem ser levadas em consideração as solicitações
aplicadas à estrutura de um guindaste como resultado do
contato com dispositivos limitadores de deslocamento.
O limitador deve ser considerado com capacidade de ab-
sorver a energia cinética de um guindaste sem carga a uma
velocidade de 70% da velocidade nominal.
Quando forem instalados dispositivos de desaceleração
que operem antes de o guindaste alcançar o final dos tri-
lhos e desde que tais dispositivos operam automaticamente
e provoquem desaceleração efetiva ao guindaste em todas
as condições, a velocidade reduzida é a que será utilizada
nos cálculos.
Para guindastes nos quais as cargas suspensas podem ba-
lançar, a solicitação introduzida pelo limitador deve ser
calculada equacionando a capacidade de energia do limita-
dor com a energia cinética do peso morto de carga do
guindaste, excluindo-se a carga viva.
Para guindastes em que o movimento de balanço da carga
é restringido por guias fixos, o pêso próprio mais a carga
viva devem ser considerados no cálculo das forças.
500. Solicitações devido a condições ambientais
501. Para todos os aparelhos de carga descritos na tabela
T.D1.501.1 os cálculos de projeto serão baseados nas in-
clinações especificadas nessa tabela a menos que requisi-
tos mais rigorosos sejam impostos nas seções deste capítu-
lo.
Para a condição ―estivado‖ (lança peada em seu suporte)
deve ser permitida tolerância para a inclinação estática e
para as forças dinâmicas de aceleração conforme itens adi-
ante neste guia.
TABELA T.D4.501.1 – ÂNGULOS DE BANDA E
TRIM
Banda Trim
Navios e estruturas flutuantes seme-
lhantes a navios
± 5° ± 2°
Balsas com razão L/B menor que 4 ± 3° ± 2° Diques flutuantes ± 2° ± 2° Cábreas até 60 t SWL ± 5° ± 2,5° Cábreas acima de 60 t SWL ± 3° ± 2° Plataformas semi-submersíveis ± 3° ± 3° Plataformas elevatórias ± 1° ± 1°
A ocorrência dos ângulos de banda e trim mostrados na
tabela T.D4.501.1acima é normalmente simultânea.
Ângulos de operação maiores que os fornecidos na tabela a
T.D4.501.1 acima deverão ser objeto de considerações
especiais.
Ângulos menores que os fornecidos na tabela T.D4.501.1
acima somente poderão ser adotados nos cálculos caso o
Armador faça prova de que esses ângulos não serão exce-
didos em operação norma.
502. Com o guindaste peado, as bases de dispositivos de
peação devem ser projetadas de forma a suportarem as
solicitações oriundas das duas combinações de projeto
abaixo:
a) Aceleração perpendicular ao plano do convés de ± 1,0 g
Aceleração paralela do convés na direção de vante e ré
de ± 0,5 g.
Inclinação estática de 30°
Ventos de 63 m/s atuando na direção longitudinal proa-
popa.
b) Aceleração perpendicular ao plano do convés de ± 1,0 g
Aceleração paralela do convés na direção de vante e ré
de ± 0,5 g.
Inclinação estática de 30°
Ventos de 63 m/s atuando na direção transversal.
215. As solicitações devido aos movimentos do navio
serão calculadas conforme segue.
A Tabela T.D4.502.1 fornece os parâmetros máximos
permitidos para os movimentos do navio:
TABELA T.D4.502.1 PARÂMETROS MÁXIMOS
PERMITIDOS PARA OS MOVIMENTOS DO NA-
VIO
Movimento Máxima ampli-
tude
Período em se-
gundos
Jogo
υ = 30°
0,7 B
Tr =
√ GM
Arfagem
ψ = 12e-Lpp/300
Tp = 0,5√Lpp
Afundamento Lpp/80 Th = 0,5√Lpp
onde:
Lpp — comprimento entre perpendiculares, em m;
GM — altura metacêntrica inicial do navio carregado, em m;
B — boca moldada do navio, em m;
ψ — considerado não maior que 8°;
e — base dos logaritmos naturais.
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5-39
Movimento
Componente das forças, em Newtons
Perpendicular ao convés Paralelo ao convés
Transversal Longitudinal
Estático
Jogo W cos υ W sin υ
Arfagem W cos ψ W sin ψ
Combinado W cos(0.8 υ) cos(0.8 ψ) W sen(0.8 υ) W sen(0.8 ψ)
Dinâmico
Jogo
υy
± 0,07 W
Tr2
υZr
± 0,07 W
Tr2
Arfagem
ψ x
± 0,07 W
Tp2
ψ υZp
± 0,07 W
Tp2
Afundamento Lpp
± 0,05 W cos υ
Th2
Lpp
± 0,05 W cos ψ
Th2
Lpp
± 0,05 W sen υ
Th2
Lpp
± 0,05 W sen ψ
Th2
Símbolos
Notas:
Carga estática significa o componente da gravidade da força atuando no navio devido aos ângulos de balaço e arfagem, e
a carga dinâmica significa a força de inércia devido aos movimentos do navio (Jogo, arfagem e afundamento);
y = distância transversal paralela ao convés da LC do navio até a LC do guindaste, em metros;
x — distância longitudinal paralela ao convés desde o centro do movimento de Arfagem, isto é, do centro longitudinal de
flutuação (LCF) à linha de centro do guindaste, em metros;
Zr — distância perpendicular ao convés a partir do centro de Jogo tomada na vertical do centro de gravidade do navio, até
o centro de gravidade do guindaste, em metros;
Zp — distância perpendicular ao convés entre o centro do movimento de arfagem até a linha de centro do guindaste, em
metros;
W — pêso do guindaste ou seus componentes, em Newtons;
φ e ψ considerados em graus;
Ver Parte 2, Título 11, Seção 1, Capítulo C2 das Regras.
TABELA T.D4.502.2 – FORÇAS DINÂMICAS
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de navios e aeronaves
5-40
As combinações de forças estáticas e dinâmicas deve ser conside-
rada como segue:
a. Jogo:
Jogo estático + Jogo dinâmico + afundamento dinâmico (no ân-
gulo de banda υ).
b. Arfagem:
arfagem estática + arfagem dinâmica + afundamento dinâmico
(no ângulo de trim υ).
c. Movimentos combinados:
Força estática combinada + 0,8 (jogo dinâmico + afundamento
dinâmico).
A determinação das forças devidas ao movimento do navio por
programas de computador reconhecidos pode ser aceita em análi-
se de navegação oceânica e quase-estática de acordo com a con-
dição de mar mais severa que seja de ocorrência provável na área
de navegação do navio.
503. As pressões e velocidades dos ventos quando o
guindaste está em operação são dadas pela Tabela
T.D4.503.1
TABELA T.D4.503.1 – PRESSÕES E VELOCIDADES
DOS VENTOS COM O GUINDASTE EM OPERA-
ÇÃO
Tipo de guindaste Velocidade
do vento
Vw (m/s)
Pressão dinâ-
mica do vento
(kPa)
Guindastes facilmente fi-
xados contra ação de ven-
tos, projetados para opera-
ção com ventos leves
Todos os tipos normais de
guindastes instalados em
áreas livres
Guindastes descarregado-
res tipo transportador que
devem continuar operando
com ventos fortes
14,0
20,0
28,5
0,125
0,250
0,500
A pressão dinâmica do vento ―P‖ é dada pela seguinte
equação:
P = K * Vw2
Onde:
K = fator relacionado com a massa específica do ar, o qual,
para fins de projeto, é considerado constante:
K = 0,613 kg/m3 Pa
Vw = velocidade do vento, usada como base para o cálculo
em m/s, considerada como segue:
a. Para guindastes em operação, conforme a tabela
T.D1.601.1
b. Para guindastes peados, o valor de Vw deve ser tomado
como 63 m/s.
504. A força dos ventos na carga suspensa é calculada
como um valor mínimo conforme segue:
Para guindastes facilmente fixados contra ventos e para
operação com ventos leves:
f = 0,015*m*g;
Para todos os tipos normais de guindastes instalados em
áreas livres:
f = 0,03*m*g
Para guindastes que devem continuar operando com ventos
fortes:
f = 0,06*m*g
onde:
f = força dos ventos na carga suspensa em kN
m = massa da carga suspensa em t
g = aceleração da queda livre (g = 10 m/s2)
505. A força do vento Fw atuando na estrutura do guindaste
ou em elementos estruturais individuais deve ser calculada da
expressão seguinte:
Fw = A*p*Cf em N
onde:
A = área efetiva frontal da parte, em m2, isto é, a projeção da
área sólida sobre um plano perpendicular à direção do vento
p = pressão do vento que corresponde à condição apropriada do
projeto, em kN/m2
Cf = coeficiente da força na direção do vento
A carga total do vento na estrutura é obtida como a soma das
cargas em seus componentes.
Os coeficientes das forças para componentes do implemento,
armações de treliça única, e alojamento de implementos são da-
dos na tabela T.D4.505.1 abaixo.
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T
de navios e aeronaves
5-41
comprimento do elemento l l
Flambagem aerodinâmica = = =
largura da seção tranversal à frente do vento b D
largura da seção tranversal à frente do vento l
Razão da seção (seções quadradas) = =
(ou retangulares) profundidade da seção paralela ao fluxo do vento b
TABELA T.D4.505.1 – COEFICIENTES DAS FORÇAS
Tipo Descrição Flambagem aerodinâmica
l/b ou l/D
5 10 20 30 40 50
Componen-
tes do im-
plemento
Superfícies planas, seções ocas, retangulares, se-
ções laminadas
1,30 1,35 1,60 1,65 1,70 1,80
Seções circulares onde DVs < 6 m2/s 0,75 0,80 0,90 0,95 1,00 1,10
DVs ≥ 6 m2/s 0,60 0,65 0,70 0,70 0,75 0,80
Seções quadradas acima de 350 mm e
retangulares acoma de 250 mm x 450
mm
b/d
≥ 2,00 1,55 1,75 1,95 2,10 2,20
1,00 1,40 1,55 1,75 1,85 1,90
0,50 1,00 1,20 1,30 1,35 1,40
0,25 0,80 0,90 0,90 1,00 1,00
Armações de
treliça única
Seções laterais planas 1,70
Seções circulares onde DVs < 6 m2/s 1,20
DVs ≥ 6 m2/s 0,80
Alojamento
da máquina.
Plataforma ou base da máquina (fluxo de ar sob a
estrutura evitado)
1,10
vento
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de navios e aeronaves
5-42
D é o diâmetro de uma seção circular, Vs é a velocidade do vento
Os coeficientes das forças obtidos por meio de túnel de vento
serão aceitos pelo RBNA mediante apresentação da documenta-
ção relevante.
Quando uma armação é fabricada com seções circulares ou de
seções circulares em ambos os regimes DVs < 6 m2/s e DVs ≥
6 m2/s, sendo D o diâmetro de uma seção circular e Vs a velo-
cidade do vento, os coeficientes apropriados da força são
aplicados nas áreas frontais correspondentes.
A flambagem aerodinâmica é calculada através da seguinte
equação:
flambagem comprimento l l
= = ou
aerodinâmica largura da seção transversal o fluxo de vento B D
A relação da seção é calculada através da seguinte equação:
relação da seção largura da seção transversal do fluxo do vento b
(p/ seções quadradas = =
ou retangulares) profundidade da seção paralela ao fluxo do d
vento
506. Quando componentes do implemento ou armações para-
lelas são posicionados de maneira a proporcionar proteção, a
força do vento no componente ou armação de proteção ao vento
e nas partes desprotegidas é calculada usando-se os coeficientes
apropriados de força.
Os coeficientes das forças nas partes desprotegidas são multipli-
cados por um fator de proteção η dado na Tabela T.D4.506.1.
Os valores de η variam com as relações de solidez e espaçamen-
tos definidos na Tabela T.D4.506.1.
FIGURA F.D4.506.1 – RELAÇÃO DE SOLIDEZ
A Área das partes sólidas Σ A componentes
Relação de solidez = = =
A0 Área fechada (interna) b * l
FIGURA F.D4.506.1 – RELAÇÃO DE ESPAÇAMENTO
distância entre as laterais das faces a
Relação de solidez = =
largura do corpo através da seção transversal do fluxo do vento b
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de navios e aeronaves
5-43
TABELA T.D4.506.1 - FATORES DE
PROTEÇÃO η
Relação de
Espaçamento
Α / b
Relação de solidez A/Ae
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
0,5 0,75 0,4 0,32 0,21 0,15 0,1
1,0 0,92 0,75 0,59 0,43 0,25 0,1
2,0 0,95 0,8 0,63 0,5 0,33 0,2
4,0 1 0,88 0,75 0,66 0,55 0,45
5,0 1 0,95 0,88 0,81 0,75 0,68
6,0 1 1 1 1 1 1
Quando existir um número de armações e componentes do im-
plemento idênticos, com espaçamentos eqüidistantes entre si de
tal maneira que cada armação proteja a que estiver imediatamente
anterior, é aceito que o efeito de proteção aumente até a nona
armação e permaneça constante daí em diante.
As cargas dos ventos, em Newtons, devem ser calculadas pelas
seguintes equações:
Até nove armações:
1 – ηn
Fw = A.p.Cf ( ) Newtons
1 - η
Quando existirem mais que nove armações:
1 – ηn
Fw = A.p.Cf [ + (n-9) η3] Newtons
1 - η
onde:
A = área efetiva frontal da parte, em m2, isto é, a projeção da
área sólida sobre um plano perpendicular à direção do vento
p = pressão do vento que corresponde à condição apropriada do
projeto, em kN/m2
Cf = coeficiente da força na direção do vento
n= número de armações
η = fator de proteção dado pela tabela T.D4.640.1 mas não me-
nor que 0,1
O cálculo da força do vento na face de torres de treliça baseado
na área sólida da face de proteção do vento deve ser multiplicada
pelos seguintes coeficientes:
a. Para torres compostas de seções planas:
Ft = 1,7p (1 +η)
b. Para torres compostas de seções circulares:
DVs < 6,0 m2/s Ft = 1,2p (1 + η)
DVs ≥ 6,0 m2/s Ft = 1,4p (1 + η)
onde:
D = diâmetro da seção em metros
Vs = valor de projeto da velocidade do vento em m/s.
O valor de η is deve ser tirado da tabela T.D4.604.1 para a/b =
1,0 de acordo com a relação de solidez da face de proteção do
vento.
A carga máxima do vento em uma torre quadrada ocorre quando
o vento sopra em uma quina, e pode ser tomada como 1,2 vezes a
carga na face.
507. Condições de operação e combinação de cargas: o proje-
to do guindaste deve levar em conta o que segue:
Cargas a serem consideradas:
a. Pêso próprio
b. Carga viva e o componente horizontal da carga viva
devido a banda e trim multiplicados pelo fator de iça-
mento φh.
c. A solicitação horizontal mais desfavorável (usualmente
devido a aceleração de giro)
d. O componente horizontal da carga morta devida a ban-
da e trim.
O projeto do guindaste deve ser considerado em relação a solici-
tações resultantes das seguintes quatro condições de operação:
Caso 1 – guindaste operando sem vento
[ (a) + (b) + (c) + (d) ] * coeficiente de majoração φd
Caso 2 – guindaste operando com vento
[ (a) + (b) + (c) + (d) ] * coeficiente de majoração φd + Lw
onde Lw é a solicitação de vento mais desfavorável
Caso 3 – guindaste sem operar na posição de peado:
A combinação de solicitações a ser considerada é:
Forças resultantes da aceleração devida aos movimentos do navio
e forças estáticas somadas às forças do vento apropriadas à con-
dição de guindaste peado.
S efeitos de ancoragem, travamentos e peação, onde aplicável,
devem ser levados em consideração.
Caso 4 – guindaste submetido a uma carga específica:
As seguintes solicitações devem ser consideradas:
a. contato com os limitadores de movimento
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5-44
b. falha do cabo de carga ou liberação súbita da carga
com contrapeso
c. carga de teste
508. Cargas nas plataformas e acessos: plataformas e
acessos devem ser projetados para suportar uma carga uni-
formemente distribuída sobre a área total de 5000 N e uma
carga concentrada de 3000 N em cada elemento individual.
600. Estabilidade contra tombamento
601. Guindastes móveis, carros de pontes rolantes, ca-
çambas, etc, que são capazes de deslocar-se quando carre-
gados devem ser analisados a respeito da estabilidade con-
tra tombamento nas seguintes condições:
Caso 1 – guindaste operando sem vento;
Caso 2 – guindaste operando com vento;
Caso 3 – guindaste em condição de peado sujeito a tem-
pestade;
Caso 4 – guindaste sujeito a carga específica (caso 4 do
item 605 acima)
As cargas e forças resultantes das quatro condições acima
devem ser multiplicadas por seus respectivos coeficientes
de carga dados na Tabela T.D4.600.1 abaixo para os mo-
mentos de tombamento relativos à extremidade em consi-
deração.
O guindaste será considerado como estável caso a soma
dos momentos de tombamento não é maior que a soma dos
momentos de endireitamento
Tipo de
guindaste
Condição Cargas
Mortas
Cargas
vivas
Forças inter-
nas (incluindo
cargas vivas)
Cargas do
vento
Observações
Guindaste tipo
ponte
1
2
3
4
0,95
0,95
0,95
0,95
1,4
1,2
0
-
0
1
0
-
0
1
1,15
-
Para guindastes com braço, análise da
estabilidade deve ser feita para:
(1) direção longitudinal (braço do guin-
daste)
conditions 1 & 2)
(2) direção transversal (direção do des-
locamento, condição analisar a estabili-
dade na direção transversal (condição 3)
Guindastes com
lança
1
2
3
4
0,95
0,95
0,95
0,95
1,50
1,35
0
-0,20
0
1
0
0
0
1,0
1,1
1,0
TABELA T.D4.601.1 – COEFICIENTES DE CARGA PARA CONDIÇÕES DE TRABALHO
Quando dispositivos de fixação (rodas de reação, garras,
etc.) forem utilizados durante a operação do guindaste as
forças resultantes dos dispositivos de fixação poderá ser
usada no cálculo do momento de endireitamento.
Momentos de tombamento resultantes da inclinação do
navio devem ser considerados.
Para cábreas e guindastes flutuantes, a estabilidade global
contra tombamento deve ser analisada.
Guindastes com lança devem ser projetados com respeito
aos requisitos de carregamento de tal forma que a lança
não venha a dobrar-se em sentido da contraflecha sob con-
dições operacionais e cargas de teste.
Alternativamente limitadores podem ser instalados para
prevenir que a lança venha a deformar-se em sentido con-
trário.
700. Tensões admissíveis
701. Tensão admissível
A tensão admissível σa deve ser considerada como a ten-
sãodo componente em estudo multiplicada for um coefici-
ente de tensão f que depende da condição de carga consi-
derada, e é dada pela expressão geral:
σa = f * σ
onde:
σa = tensão admissível, in N/mm2
f = coeficiente de tensão
σ = tensão de escoamento, in N/mm2.
O fator de tensão f para aços nos quais σy / σu ≤ 0,7 é dado
na tabela T.D4.701.1 abaixo, sendo:
σy = tensão de escoamento do material, em N/mm2
σu = tensão máxima de tração, em N/mm2
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5-45
.
TABELA T.D4.701.1 COEFICIENTE DE TENSÃO f
Caso 1 2 3 e 4
Coeficiente de tensão f 0,67 0,75 0,85
Para aços com σy / σu > 0,7 a tensão admissível deve ser
derivada da seguinte expressão:
σa = 0,41*f*( σu + σy )
τa = 0,24*f*( σu + σy )
onde:
τa = tensão admissível de cisalhamento.
A tensão de falha para os tipos de tensão é dada na tabela
T.D4.701.2 abaixo
TABELA T.D4.701.2 TENSÃO DE FALHA
Tipo de tensão Símbolo Tensão de falha
Tração σt 1,0σy
Compressão σc 1,0σy
Cisalhamento τ 0,58σy
Rolamento (bearing) σbr 1,0σy
Para componentes sujeitos as tensões combinadas os se-
guintes critérios de tensão admissível devem ser emprega-
dos:
(a).Cada uma das tensões normais σx e σy deve ser igual ou
inferior à tensão admissível
σx < f * σt
σy < f * σt
(b). o esforço de cisalhamento τo seja igual ou inferior à
tensão admissível de cisalhamento
τo < f * τa
(c). a tensão de comparação σcp seja igual ou inferior a
σcp = (σx2 + σy
2 – σx σy + 3τo
2)
½ ≤ 1,1f σa
onde:
σx = tensão aplicada na direção x, em N/mm2
σy = tensão aplicada na direção y, em N/mm2
τo = tensão de cisalhamento aplicada, em N/mm2.
702. Tensão admissível: compressão e flexão
A tensão admissível para membro sujeitos a compressão
deve ser calculada como a tensão crítica de compressão,
σcr multiplicada pelo fator de tensão, f, como definido na
tabela T.D4.701.1
Adicionalmente, deve ser levada em consideração a capa-
cidade geral da lança para resistir carga de compressão
(ver item adiante) quanto a falha local devida a tensão
crítica de compressão sendo excedida,.
Para membros sujeitos a compressão simples a tensão crí-
tica de compressão é dada pela fórmula de Perry-
Robertson como função do índice de esbeltez do elemento
o coeficiente de Robertson dado na tabela T.D4.702.2 e a
tensão de escoamento do material σy .
Valores críticos da tensão de compressão são dados na
tabela T.D4.702.3.
Pode-se usar interpolação linear para valores intermediá-
rios do índice de esbeltez..
Os valores do coeficiente de Robertson são dados na tabela
T.D4.702.2, e o índice de esbeltez para membros com raio
de giração constante deve ser obyido pela seguinte fórmu-
la:
λ = K*L/r,
onde:
λ = índice de esbeltez
K = constante que depende do tipo de engastamento da
viga
L = comprimento da viga em mm dada na tabela
T.D4.702.1
r = raio de giração em mm
TABELA T.D4.702.1 – COEFICIENTE K
Diagrama Vínculo K
Restringida contra rotação e translação
em ambas as extremidades 0,7
Restringida contra rotação e translação
em uma extremidade e somente contra
translação na outra
0,8
5
Restringida somente contra translação
em cada extremidade 1,0
Restringida contra rotação e translação
em uma extremidade e somente contra
rotação no outro
1,5
Restringida contra rotação e translação
em uma extremidade e livre para am-
bos os movimentos na outra
2,0
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de navios e aeronaves
5-46
TABELA T.D4.702.2 – VALORES DA CONSTANTE DE ROBERTSON, a, PARA VÁRIAS SEÇÕES
Tipo de seção
Espessura do
flange
ou chapa, mm
Eixo de
flambagem
a
Seção I laminada (vigas universais) xx 2,0
yy 3,5
Seção H laminada (colunas universais) até 40 xx 3,5
Ver nota 1 yy 5,5
acima de 40 xx 5,5
yy 8,0
Perfil I ou H de chapa soldada até 40 xx 3,5
Ver notas 1, 2 e 3 yy 5,5
acima de 40 xx 3,5
yy 8,0
Seção laminada I ou H com flanges soldados xx 3,5
Ver notas 1 e 4 yy
xx 2,0
yy
Seções soldadas em forma de caixa até 40 qualquer 3,5
Ver notas 1, 3 e 4 acima de 40 qualquer 5,5
Canais, cantoneiras e seções T laminados (laminados ou cortados de viga ou coluna uni-
versal)
qualquer 5,5
Laminados com seção oca qualquer 2,0
Barras redondas, quadradas e chatas até 40 qualquer 3,5
Ver nota 1 acima de 40 qualquer 5,5
Seções laminadas compostas (2 ou mais seções I, H ou canais qualquer 5,5
Duas seções de cantoneira, canal ou T costas com costas qualquer 5,5
Duas seções laminadas amarradas ou battenend qualquer 5,5
Contraventamento de treliça qualquer 2,0
NOTAS
1. Para espessuras entre 40 mm e 50 mm o valor de σcr pode ser considerado como a media dos valores para espessuras menores
que 40 mm e os valores para espessuras acima de 40 mm.
2. Para seções I ou H soldadas onde possa haver garantia que as extremidades dos flanges serão somente cortados a cha, um coe-
ficiente a = 3,5 pode ser empregado para flambagem no eixo y-y para flanges até 40 mm de espessura, e a = 5,5 para flanges
acima de 40 mm.
3. Tensão de escoamento para seções fabricadas de chapa por solda reduzida de 25 N/mm2.
4. ―Seções tipo caixa soldadas‖ inclui aquelas fabricadas a partir de quarto chapas, duas cantoneiras ou seções I ou H e duas
chapas mas não seções tipo caixa compostas por dois canais ou chapas com reforços longitudinais soldados.
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5-47
703. Para membros submetidos a flexão e compressão
combinadas o seguinte critério para tensão admissível
deve ser empregado:
σb σb
+ < f
σc σt
σb = tensão de flexão aplicada, em N/mm2
σt = tensão de compressão aplicada, in N/mm2
TABELA T.D4.702.3 VALORES DE σCR PARA AÇO COM σY VARIÁVEL
Tensão de escoamento em N/mm2 240 260 360
Constante de Robertson a 2,0 3,5 5,5 8,0 2,0 3,5 5,5 8,0 2,0 3,5 5,5 8,0
Índice de esbeltez, λ
20 23
9
23
9
23
8
23
7
25
9
25
8
25
7
25
5
35
6
35
3
35
0
34
5
30 23
4
23
0
22
4
21
8
25
3
24
8
24
2
23
4
34
8
33
9
32
8
31
6
40 22
8
22
0
21
0
19
9
24
6
23
7
22
6
21
4
33
7
32
2
30
5
28
6
50 22
1
20
1
19
5
18
1
23
8
22
5
21
0
19
4
32
3
30
1
27
8
25
6
60 21
2
19
6
18
0
16
3
22
8
21
0
19
2
17
4
30
2
27
5
24
9
22
5
70 20
0
18
2
16
3
14
6
21
4
19
3
17
4
15
6
27
2
24
5
21
9
19
6
80 18
5
16
5
14
7
13
1
19
6
17
5
15
5
13
8
23
7
21
3
19
0
17
0
90 16
7
14
8
13
1
11
6
17
5
15
6
13
8
12
2
20
2
18
2
16
4
14
7
100 14
9
13
2
11
7
10
3
15
4
13
7
12
2
10
8
17
1
15
6
14
1
12
7
110 13
1
11
7
10
3
92 13
4
12
1
10
7
96 14
6
13
4
12
2
11
1
120 11
5
10
3
92 82 11
7
10
6
95 85 12
5
11
6
10
6
97
130 10
1
91 82 73 10
2
93 84 76 10
8
10
1
93 85
140 89 81 73 66 90 83 75 68 94 89 82 76
150 78 72 66 59 79 74 67 61 83 78 73 68
160 70 65 59 53 71 66 60 55 73 69 65 61
170 63 58 53 49 63 59 55 50 65 62 58 55
180 56 53 49 44 57 53 49 45 59 56 53 49
190 51 48 44 40 51 48 45 41 53 51 48 45
200 46 44 40 37 47 44 41 38 48 46 44 4
210 42 40 37 34 42 40 28 35 43 42 40 38
220 39 37 34 32 39 37 25 32 40 38 37 35
230 35 34 32 29 36 34 32 30 36 35 34 32
240 33 31 29 27 33 31 30 28 34 32 31 30
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5-48
800. Estabilidade geral das lanças de guindastes
D
H
L
R
RH
Rl
FIGURA F.D4.801.1
801. Após a análise dos membros individuais da estrutu-
ra da lança terem sido analisados quanto à flambagem, a
lança como um todo deve ser analisada quanto à falha por
flambagem da lança, tanto no plano horizontal quanto no
plano de elevação.
802. O índice de esbeltez é o comprimento efetivo da
lança dividido pelo raio de giração no plano considerado.
depende do tipo de vínculos nas extremidades.
Para levar em conta a variação no raio de giração com o
comprimento um raio efetivo de giração deve ser calculado
de acordo como segue:
le
re = ( )
A
onde:
re = raio de giração efetivo em mm
le = m * I2, in mm4
A = área da seção transversal em mm2
I2 = Segundo momento de área máximo do membro no
plano considerado
m = dado pelas Tabelas T.D4.801.1 a T.D4.801.3, como
apropriado.
TABELA T.D4.801.1 – FATOR m PARA OS DIVERSOS VALORES DE I1/I2
I1/I2 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
m 0,294 0,372 0,474 0,559 0,634 0,704 0,769 0,831 0,889 0,946 1,0
I2 I1
L
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5-49
TABELA T.D4.801.2 – FATOR m PARA VÁRIOS VALORES DE I1/I2 E a/L
I1/I2 a/L
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
0,1 0,555 0,622 0,689 0,756 0,823 0,891
0,2 0,652 0,708 0,765 0,821 0,877 0,934
0,4 0,776 0,815 0,854 0,894 0,933 0,972
0,6 0,866 0,890 0,915 0,940 0,964 0,988
0,8 0,938 0,950 0,961 0,973 0,985 0,996
1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0
TABELA T.D4.801.3 – FATOR m PARA VÁRIOS VA-
LORES DE I1/I2 E a/L
I1/I2 a/L
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
0,1 0,372 0,373 0,418 0,479 0,563 0,671
0,2 0,474 0,500 0,532 0,586 0,660 0,756
0,4 0,634 0,667 0,691 0,729 0,783 0,852
0,6 0,769 0,795 0,810 0,836 0,869 0,913
0,8 0,889 0,950 0,961 0,973 0,985 0,996
1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0
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5-50
803. O comprimento efetivo da lança depende dos tipos
de vínculo nas extremidades.
As condições são diferentes no plano e na elevação e são
também dependentes do tipo de lança considerado do qual
há dois tipos, suportado por cabos e em balanço.
804. Para lanças suportadas por cabos o comprimento
efetivo deve ser calculado da seguinte maneira:
a. Na elevação, a lança pode ser considerada como
sendi fixa em relação à translação e livre para girar de tal
maneira que o comprimento efetivo é tomado como sendo
o comprimento atual da lança para todas as atitudes, isto é,
IK = 1,0.
b. No plano a extremidade inferior da lança deve ser con-
siderada como fixa contra translação e rotação pelos eixos
de pivoteio e o laís deve ser considerado como parcialmen-
te vinculado em relação à translação pelos cabos de carga e
amantilho, o vínculo variando com a tensão nesses cabos e
atitude da lança.
O comprimento efetivo no plano é dado por:
le = L*k
onde:
le = comprimento efetivo da lança
L =comprimento físico real da lança
k = constante dada por:
onde C é a razão entre a carga aplicada ao laís (cabeça da
lança) pelo amantilho e a carga aplicada na parte não verti-
cal do cabo de carga, e R, RH, Rl, D e H são dimensões, em
mm, mostradas na figura F.D4.801.1.
805. Para lanças com aço de muito alta tensão ou com
elevada esbeltez os cálculos devem ser apresentados para
aprovação do RBNA.
806. Para elementos submetidos à compressão o índice
de esbeltez λ não deve ser maior que o dado na Tabela
T.D4.806.1 abaixo:
Tipos de componentes Índice de esbel-
tez λ
Componentes
primários sujei-
tos a compressão
Contraventamento
da treliça princi-
pal
120
Componente co-
mo um todo
150
Membros secundários sujeitos à com-
pressão (contraventamento da treliça
auxiliar ou anéis da treliça principal)
150
TABELA T.D4.806.1 – ÍNDICE DE ESBELTEZ λ PA-
RA ELEMENTOS SOB COMPRESSÃO
807. A tensão crítica de flambagem σcrc ou τcr para uma
chapa submetida a compressão ou cisalhamento contra
flambagem local é dada pelas seguintes expressões, respec-
tivamente:
onde:
E = módulo de eslaticidade do aço, 2,6 * 105 em MPa;
t = espessura da chapa em mm;
b = largura da chapa em mm;
kc = coeficiente de flambagem de compressão, ver Tabela
T.D4.807.1;
kτ = coeficiente de flambagem de cisalhamento, ver Tabela
T.D4.807.1
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5-51
808. A tensão combinada crítica de flambagem σ pcr
para uma chapa submetida a uma combinação de compres-
são e cisalhamento é dada pela seguinte expressão:
onde:
σc — tensão de compressão em MPa;
υ — veja na tabela T.D4.807.1 na coluna ―Condição de
tensão‖
σ ccr
, τcr — mesmo que definido no item 807 acima
809. Quando os valores de σ ccr
, τcr ou σcrp são obtidos
das expressões apresentadas no item 807 como adequado,
são maiores que o limite elástico do aço assumido como
0.75σs, as tensões críticas de flambagem σ ccr
, τcr ou σcrp
devem ser substituídas por σ crlc, τrl ou σcrl
p obtidas das
expressões:
onde:
σ ccr
, τcr ou σcrp são os mesmos acima definidos
σz = tensão de escoamento do aço em MPa
810. A tensão admissível contra falha por flambagem
deve ser tomada como a tensão de flambagem crítica ou a
tensão de flambagem crítica modificada, obtida dos itens
807, 808 ou 809 acima, multiplicado por um coeficiente de
tensão f definido na Tabela T.D4.701.1.
811. Os presentes cálculos não cobrem tensão de flam-
bagem crítica em chapas estruturadas com perfis.
Compressão uniforme ou não uniforme
Condição de tensão
Flexão simples ou flexão como tensão máxima υ ≤
Flexão com compressão como tensão máxima -1<υ<0
Cisalhamento simples
Coeficiente de flambagem
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5-52
812. Estabilidade contra flambagem para cilindro de
paredes finas
812.a. Um cilindro de paredes finas sujeito a compressão
axial ou compressão combinada com flexão deve ser veri-
ficado quanto a estabilidade contra flambagem desde que
as dimensões do cilindro estejam dentro dos limites dados
pela expressão:
onde:
t = espessura da parede do cilindro em mm
R = raio do plano médio da parede do cilindro em mm
σs = tensão de escoamento em MPa
E = módulo de elasticidade do aço, 2,06 * 105 em MPa
812.b. A tensão crítica σcrc para as paredes finas do cilin-
dro sujeitas a compressão axial ou excêntrica é dada pela
seguinte expressão:
onde:
t = espessura da parede do cilindro em mm
R = raio do plano médio da parede do cilindro em mm
E = módulo de elasticidade do aço, 2,06 * 105 em MPa
812.c. Quando a tensão crítica de flambagem obtida pela
expressão D3.812.a acima for maior que o limite elástico
do aço, considerado como 0,75 * σs , a tensão crítica de
flambagem σcr deve ser substituída por σcrlc obtida da se-
guinte expressão:
onde os termos são definidos da mesma maneira que em
D3.812.c acima.
812.d Quando o comprimento da parede fina do cilindro
for maior que 10R, anéis de reforço intermediários devem
ser instalados, e o espaçamento entre os anéis não deve ser
menor que 10R.
O momento de inércia da área do anel de reforço não deve
ser menor que o obtido da seguinte expressão:
onde R e t são definidos como em D3.812.a acima.
900. Diversos
901. Para juntas soldadas, as propriedades físicas do
metal de deposição devem ser consideradas como sendo
iguais às do metal base.
Para juntas de topo com penetração total submetidas a ten-
sões de compressão simples ou tração simples a tensão
admissível do material de deposição deve ser considerada
igual à do material de base.
Para soldas em filete e soldas submetidas a cisalhamento,
as tensões admissíveis devem ser reduzidas.
Os valores dessas tensões reduzidas são dados na Tabela
T.D4.901.1 onde f é o fator de tensão, ver Tabela
T.D4.701.1.
TABELA T.D4.901.1 – TENSÃO ADMISSÍVEL NAS
SOLDAS EM N/MM2
Tipo de junta
Tensão admissível
Tração e com-
pressão
Cisalhamento
Topo com penetração
total
1,0F σy 0,58F σy
Filete 0,7F σy 0,58F σy
A tensão em soldas filete deve ser calculada pela dimensão
da garganta da solda.
A resistência das juntas empregando parafusos pré-
tensionados para transmitir forças de cisalhamento e/ou de
tração, isto é, parafusos de alta resistência com interferên-
cia, deve ser determinada de acordo com um padrão nacio-
nal aprovado.
Para juntas utilizando parafusos de precisão, definidos co-
mo turned or cold bolts ajustados em furos lisos ou ros-
queados cujo diâmetro não é maior que o do parafuso em
mais que 0,4 mm, a tensão admissível devida à carga ex-
terna aplicada é dada na Tabela T.D4.901.2.
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5-53
TABELA T.D4.901.2 – TENSÃO ADMISSÍVEL EM
PARAFUSOS AJUSTADOS
Tipo de soli-
citação
Tensão admissível
Caso de carregamen-
to
Caso de carregamen-
to
1 e 2 3 e 4
Tração 0,4σy 0,54σy
Cisalhamento
simples
0,38σy 0,51σy
Cisalhamento
duplo
0,57σy 0,77σy
Tensão e
cisalhamento
0,48σy 0,64σy
(σyy2 +
3τ2)½
Suporte (bea-
ring)
0,9σy 1,2σy
Quando as juntas forem submetidas a cargas flutuantes ou
reversas os parafusos devem ser pré-tensionados por meios
controlados até 70 a 80 por cento de sua tensão de escoa-
mento.
Parafusos de grau comum não devem ser usados para jun-
tas primárias ou juntas sujeitas a fadiga.
902. Anéis de giro e parafusos para anel de giro – o
fabricante deve submeter planos do anel de giro, o arranjo
dos parafusos, a estrutura do guindaste e pedestal na região
do anel de giro e cálculos demonstrando as cargas de pro-
jeto estáticas e de fadiga, bem como as tensões admissíveis
para o anel e para o arranjo dos parafusos.
Os flanges de montagem devem ser rígidos e os parafusos
igualmente espaçados ao redor de todo o perímetro do
anel.
O material das juntas deve ser, em geral, aço contra aço e
não é recomendada a instalação de anéis de vedação entre
as juntas.
Os parafusos devem ser de padrão ISSO 898/1 Grau 8.8,
10.9 ou 12.9 ou equivalente e devem ser pré-tensionados
por meios controlados até 70 a 80 por cento de sua tensão
de escoamento.
O pré-tensionamento deve estar em conformidade com as
instruções do fabricante do material do mancal e, em geral,
pré-tensionamento por torquímetro para parafusos até ta-
manho M30 pode ser empregado.
Além desse limite, o pré-tensionamento deve ser realizado
por dispositivo hidráulico e o alongamento dos parafusos
medido para determinar a pré-carga.
A solicitação devida a carregamento externo no parafuso
mais solicitado, é dada por:
onde:
M = momento de tombamento de projeto, em N mm
H = carga axial de projeto, em Newtons
D = diâmetro do círculo de parafusos, em mm
N = quantidade de parafusos.
A tensão admissível de tração para parafusos to ISO 898/1
grau 2.25.5. The allowable tensile stress for bolts grade
associated with the external loading of 2.25.4, and preten-
sioned in accordance with 2.25.3 are given in Table 3.2.16.
Table 3.2.16 Allowable stress in ISO 898/1 bolts
International standard ISO 898/1
designation
Allowable stress, in
N/mm2
Load ca-
ses
Load ca-
ses
1 and 2 3 and 4
8,8 256 343
10,9 360 482
12,9 432 579
903. Coeficiente de segurança para cabos de aço
A tensão de ruptura dos cabos de aço empregados em
equipamentos de carga não deve ser menor que a máxima
tensão calculada para o cabo multiplicada por um fator de
segurança definido conforme o tipo de guindaste conforme
segue:
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5-54
TABELA T. D4.903.1
Coeficiente de segurança n K= Tensão de ruptura no teste
Tensão admissível no cabo
SWL do aparelho Cabos de carga Amantilhos e guardins
Até 10 t 5
10 – 160 t 10000
(8,85 * SWL) + 1910
160 t e maior 3
Cabos para estaiamento (brandais)
Até 10 t 4
10 – 107 t 8000
(8,85 * SWL) + 1910
107 t e maior 2,8
Nota: o coeficiente de segurança não deve ser maior que 5
D5. CÁBREAS E GUINDASTES FLUTUANTES
100. Aplicação
101. Este Capítulo se aplica à aparelhos de movimentação
de carga em que uma ou mais unidades são montadas sobre
uma estrutura flutuante com ou sem propulsão cujo propó-
sito é tornar o guindaste operacional sobre a água, para
operação em ambiente offshore.
Ambiente offshore é definido como locais onde haja mo-
vimento significativo do navio ou instalação sobre a qual o
guindaste foi montado devido a ação do mar.
O estado do mar, em geral, será maior que Beaufort 2.
102. O guindaste e a estrutura flutuante são considerados
como unidade única.
103. Parte da missão da unidade pode ser transportar
carga quer suspensa do gato ou estivada na estrutura flutu-
ante.
200. Requisitos de projeto
201. Os requisitos do capítulo D4 aplicam-se aos guin-
dastes flutuantes ou cábreas exceto onde houver requisitos
especiais definidos neste capítulo D5.
202. Exceto onde especificado o projeto de cábreas e
guindastes flutuantes deve ser feito conforme sua catego-
ria.
O fator de majoração φd igual a 1,2 deve ser empregado
em todos os guindastes flutuantes e cábreas.
203. As forces dinâmicas devidas a elevação da carga
para guindastes flutuantes e cábreas devem incluir o efeito
do movimento relativo do guindaste além da carga devida
aos efeitos de choque e elevação da carga.
O fator de içamento φh deve ser determinado a partir das
condições de mar operacionais de projeto, que podem ser
definidas pela escala de Beaufort e pela escala das condi-
ções de mar, ou a partir da altura e freqüência das ondas, e
deve ser calculado pela expressão:
onde:
υw — fator de onda dado pela tabela T.D5.203.1 ;
K — rigidez (stiffness) do guindaste, em MPa;
Ql — carga viva, em N.
Para cálculos iniciais:
Ql = √K/Ql
K pode ser tomado como 0.057.
TABELA T.D5.203.1
No. de
Beaufort
Condição
de mar
Altura sig-
nificante de
onda
Velocidade
mínima de
içamento
m/s
Fator de iça-
mento
υw
Ângulo máximo de balanço
Caso 1 Caso 2
α° β° α° β°
2 1 0,6 0,2 8,1 5 2 2 5
4 2~3 1,6 0,33 13,7 6 3 3 6
6 5~6 3,9 0,46 21,7 8 4 4 8
8 7 7,0 0,64 33,3 12 6 6 12
Notas:
α = ângulo máximo de balanço normal ao plano da lança
β = ângulo máximo de balanço no plano da lança
Caso 1 e caso 2 = ver capítulo D4 item 507.
Os ângulos máximos de balanço devem ser considerados
de acordo com a tabela T.D5.203.1 acima.
Para a definição de ângulo máximo de balanço, ver capítu-
lo B4.
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A -
T
de navios e aeronaves
5-55
204. Quando as condições operacionais de projeto de
vento e mar forem conhecidas, o fator de içamento φh pode
ser calculado da seguinte fórmula, mas em nenhum caso
deve ser menor que o dado em D4.401.
onde:
H – altura significante de onda de projeto, em m;
T – altura significante de onda, em m;
K e Ol – tal como definido em D5.203 acima
Para calcular a rigidez do sistema do guindaste, a seguinte
combinação dos elementos estruturais deve ser considera-
da:
a. sistema do cabo de carga;
b. sistema do amantilho;
c. lança do guindaste
Para cabos de aço o módulo de elasticidade pode ser con-
siderado como sendo 1,1 * 105 Mpa.
Quando for utilizado compensador, amortecedor ou dispo-
sitivo similar, serão consideradas propostas para análise de
redução dos fatores de içamento.
300. Velocidade de içamento
301. A velocidade de içamento minima deve ser sufici-
ente para garantir que depois que a carga foi içada não
ocorra contato da mesma com o navio devido a movimento
de ondas.
302. A velocidade mínima de içamento para várias con-
dições de mar e vento são dadas na tabela T.D5.203.1 aci-
ma.
303. Quando os valores de projeto de altura e período da
onda forem especificados, a velocidade de içamento da
carga pode ser obtida da expressão:
onde:
H – altura significante de onda de projeto, em m;
T – altura significante de onda, em m;
400. Anéis de giro
401. As propriedades dos materiais para os anéis de giro
devem estar em conformidade com o capítulo C.2 item
200.
402. O anel deve ser considerado em relação a cargas
estáticas resultando da pior combinação de cargas tal como
especificado em D4.507 associada com a tensão admissível
baseada em um fator de segurança igual ou maior que 2,5
em relação à tensão de escoamento do aço.
403. O anel deve ser também analisado com respeito a
fadiga e tensão admissível de 1,5.
404. A carga para a análise de fadiga deve ser toamda da
combinação de carga 2 tal como especificado em D4.507
multiplicada por um fator de espectro de 0,7.
405. A falha por fadiga deve ser tomada da curva S-N
obtida de um teste com base em 2 * 106 ciclos.
406. Os anéis de giro devem atender aos critérios tanto
de resistência estática quanto de resistência à fadiga.
407. Os parafusos devem obedecer aos requisitos do ca-
pítulo D4 item 902.
408. Os materiais devem obedecer aos requisitos do ca-
pítulo C,
500. Coeficiente de segurança para cabos de aço.
501. O coeficiente de segurança e carga de ruptura para
cabos de cão deve ser obtido da expressão abaixo, mas em
nenhum caso devem ser menores que os obtidos na tabela
T.D4.903.1:
n0 = 0,625 * φh * n
onde:
n = coeficiente de segurança obtido de T.D4.903.1
φh = coeficiente de içamento obtido de T.D4.401.1
CAPÍTULO E
INSTALAÇÕES DE MAQUINARIA, ELETRICIDA-
DE E SISTEMAS DE COMANDO E SEGURANÇA
CONTEÚDO DO CAPÍTULO
E1. REQUISITOS GERAIS
E2. DISPOSITIVOS PARA ELEVADORES
PARA PASSAGEIROS E TRIPULAÇÃO
E3. DISPOSITIVOS PARA APARELHOS DE
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A - T
de navios e aeronaves
5-56
CARGA
E4. DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA PARA
GUINCHOS
E1. REQUISITOS GERAIS
100. Requisitos gerais
101. Este capítulo aplica-se a instalações de maquinaria,
elétricas e sistemas de controle e segurança para os seguin-
tes aparelhos de carga:
a. Guinchos e paus de carga
b. Guindastes
c. Rampas de veículo e rampas
d. Elevadores de carga e passageiros
102. Os freios dos mecanismos de elevação da carga,
elevação da lança, movimentação horizontal e deslocamen-
to dos aparelhos de carga devem ser capazes de segurar
uma carga estática de 1,5 vezes a capacidade nominal dos
guinchos.
103. Sistemas de segurança e controle devem ser instala-
dos para assegurar a operação segura dos aparelhos de car-
ga e para estar em conformidade com os requisitos relevan-
tes referentes a segurança, alarme, inter-travamento e con-
trole.
104. A direção do movimento das alavancas de controle
para a operação dos aparelhos de carga deve ser logica-
mente relacionado com a convenção:
- o movimento da alavanca na direção do operador corres-
ponde ao movimento de içamento da carga ou da lança
- o movimento para a direita do operador corresponde ao
giro do guindaste para a direita
A direção do movimento das volantes de controle para a
operação dos aparelhos de carga deve ser logicamente re-
lacionado com a convenção:
- o movimento horário do volante corresponde ao movi-
mento de içamento da carga ou da lança
- o movimento horário do volante corresponde ao giro do
guindaste para a direita
Junto aos controles ou na proximidade dos mesmos deve
ser afixada placa com símbolos e notas que claramente
identifiquem as direções do movimento do aparelho de
carga e a posição neutra do controlador.
105. As balaustradas dos acessos, plataformas, etc. de-
vem ter altura mínima de 1,00 m com um corrimão no topo
e um vergalhão intermediário a meia distância. Recomen-
da-se a instalação de um vergalhão inferior a uma altura de
0,10 metros.
E2. DISPOSITIVOS PARA ELEVADORES PARA
PASSAGEIROS E TRIPULAÇÃO
100. Requisitos gerais
101. Os controles devem ser capazes de operar satisfato-
riamente quando sujeitos a ângulos de banda ou trim de
10° quando os elevadores estiverem em operação.
102. Quando os elevadores estiverem parados, os contro-
les devem suportar uma inclinação de 22,5° qualquer que
seja sua localização.
103. Devem ser dotados meios para assegurar o controle
seguro e eficiente da velocidade, direção e parada do carro
do elevador.
200. Disposições de segurança
201. Os elevadores devem ser dotados de dispositivos de
inter-travamento para evitar a ativação dos circuitos de
acionamento quando:
a. As portas ou seus componentes estiverem abertos;
b. Acessos ao poço do elevador ou seus componentes esti-
verem abertos.
202. Portas automáticas bi-partidas devem ser dotadas de
dispositivos de proteção para prevenir danos pessoais à
tripulação ou passageiros em conformidade com o seguin-
te:
a. devem ser instalados no bordo de ataque de cada
carro ou porta de acesso;
b. devem estender-se ao longo de toda a altura da
entrada, começando 2,5 mm acima das soleiras;
c. a força para operar os dispositivos de proteção
não deve exceder 14,7 N;
d. os dispositivos de proteção devem agir imediata-
mente quando as bordos de ataque das portas es-
tiverem obstruídos.
203. Em adição aos dispositivos de para nos andares
inferior e superior, meios independentes devem ser dotados
para parar o elevador no caso de ultrapassar o limite do
primeiro e último andares.
204. Elevadores para navios de passageiros devem ser
equipados de dispositivo que nivele automaticamente com
o piso do convés e abram as portas em caso de falha de
alimentação.
Nivelamento seqüencial do carro do elevador com o con-
vés é permitido.
205. Um dispositivo de segurança deve ser instalado no
carro do elevador e quaisquer contrapesos para parar e
manter suas posições no caso de sobrevelocidade ou falha
dos cabos de suspensão ou de suas fixações.
206. Um dispositivo de segurança deve ser instalado que
irá parar o carro e/ou contrapesos e manter a posição em
caso de solecamento dos cabos de suspensão..
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A -
T
de navios e aeronaves
5-57
207. Devem ser dotados meios de inter-travamento para
evitar que o elevador seja operado quando a escotilha de
saída de emergência estiver aberta.
208. O carro do elevador deve ser dotado de um alarme,
telefone ou outro meio equivalente de comunicação.
209. Um mostrador de andar deve ser provido dentro do
carro e em cada entrada externa.
210. Um indicador de chegada do elevador deve ser pro-
vido em cada andar.
211. Iluminação de emergência deve ser provida nos
seguintes locais:
- carro do elevador
- compartimento do mecanismo de elevação
- pontos de acesso ao poço
- poço do elevador
Essa iluminação de emergência deve ser ativada automati-
camente em caso de falha da fonte principal de energia
elétrica.
E3. DISPOSITIVOS PARA APARELHOS
DE CARGA
100. Requisitos gerais
101. Sistemas para manuseio da carga devem ser dotados
de um sistema de controle que garanta controle efetivo e
segura da velocidade, direção e parada do equipamento.
102. Os postos de controle devem ser arranjados de for-
ma que o operador possa observar a área de operação do
aparelho de carga e a carga sendo içada.
103. O sistema deve ser dotado de parada de emergência,
independente da requerida em E3.101 para arrestar o mo-
vimento do aparelho em caso de emergência.
A parada de emergência deve ser claramente identificada e
protegida contra operação inadvertida.
104. Deve ser dotado um alarme que seja ativado no ca-
so de falha de alimentação de energia e meios devem ser
providos para segurar o equipamento e a carga na posição
do momento da falha.
Para sistemas de controle elétrico, a continuidade da ope-
ração após uma falha de alimentação somente será possível
retornando a alavanca de controle para a posição neutra.
105. Caso sejam instalados indicadores do status de ope-
ração de maquinaria, se operando ou em prontidão, os
mesmos devem estar disponíveis em todas os pontos de
controle.
.106. Pelo menos três voltas do cabo devem permanecer
no tambor quando a lança estiver no suporte de peação ou
na posição mais baixa de trabalho.
107. Tambores para cabo que não possam ser inspecio-
nados a todo instante pelo operador devem ser providos de
sistemas de guia para o cabo enrolando no tambor. Este
sistema de guia deve ser instalado de qualquer forma
quando o cabo não for capaz de enrolar-se satisfatoriamen-
te no tambor.
Tal dispositivo pode ser constituído por ranhuras no tam-
bor, dispositivo de enrolamento ou similar.
200. Guindastes
201. Devem ser instalados sistemas de controle para os
movimentos vertical da carga, vertical da lança, giro e para
o posicionamento dos guindastes móveis.
202.. Onde necessário, os guindastes devem ser dotados
de calços para evitar que a lança na posição máxima venha
a colidir com a cabine do guindaste
203. Os guindastes devem ser dotados de chaves limita-
doras (limit switches) para o que segue:
- Limite superior para o gato de carga
- Ângulo inferior e superior da lança de carga
- Ângulo máximo de giro (aplicável para guin-
dastes com restrição ao movimento de giro)
- Deslocamento do guindaste, aplicável a guin-
dastes móveis
204. As chaves limitadoras descritas no item 103 acima
devem ativar alarmes, corte automático da alimentação e
manter a carga e o guindaste na posição no evento de ati-
vação da qualquer uma dessas chaves.
Exceção é feita para guindastes auxiliares.
205. Caso a operação normal de um guindaste requeira
funções que uoltrapassem os limites de uma chave limita-
dora, uma chave de cancelamento deve ser instalada para
cancelar a ação da chave de fim de curso como, por exem-
plo, no caso do abaixamento de uma lança até seu jazente
para peação durante a viagem.
Esta chave de cancelamento deve ser adequadamente iden-
tificada e protegida contra acionamento inadvertido.
206. Chaves limitadoras devem ser projetadas e instala-
das de forma que sua eficiência não seja prejudicada pelas
condições atmosféricas ou por sujeira.
207. Em seguida à resposta das chaves limitadoras, o
movimento na direção oposta deve estar livre. Quando
possível, sensores de proximidade devem ser instalados.
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A - T
de navios e aeronaves
5-58
208. Para guindastes móveis, calços de limitação de final
de curso devem ser instalados após as chaves limitadoras.
209. Os guindastes devem ser dotados dispositivos de
proteção contra sobrecarga ou de indicadores de carga.
O dispositivo de sobrecarga deve ser ativado a uma carga
não maior que 110 % da carga máxima de trabalho (SWL).
210. Cilindros hidráulicos para a operação de içamento
da lança devem ser dotados de meios para evitar o abaixa-
mento precipitado da lança no caso de, por exemplo, uma
falha na linha entre a cabine de controle e o cilindro.
211. Para guindastes com carga / raio de ação variáveis,
um indicador de carga que mostre automaticamente a carga
máxima a um determinado raio deve ser instalado.
Um alarme deve ser ativado quando a carga atinge 95% da
carga máxima de trabalho (SWL) e o dispositivo deve cor-
tar a alimentação automaticamente a 110% da carga SWL.
212. Todos os mecanismos operacionais do guindaste
devem ser dotados de freios.
Para os movimentos de içamento da carga e da lança os
freios devem ser do tipo ―locked on‖ e dotados de disposi-
tivo de liberação para permitir que a carga seja abaixada na
posição.
O fator de segurança do freio, isto é, a relação entre o tor-
que do freio e o torque nominal especificado não deve ser
menor que 1,5.
213. Guindastes móveis devem ser dotados de travamen-
to aos trilhos para evitar que o guindaste deslize devido a
cargas de vento ou inclinação do navio.
214. Guindastes móveis devem ser dotados de dispositi-
vos de ancoragem para fixar o guindaste quando não esti-
ver operando.
215. Os guindastes devem ser providos de alarmes visu-
ai9s e sonoros de sinalização.
No caso de guindastes móveis, deve ser instalado um sinal
contínuo visual e sonoro de aviso quando o guindaste esti-
ver se deslocando sobre seus trilhos.
216. Para guindastes de carga / raio de ação variáveis,
um indicador de raio de alcance da lança deve ser instala-
do.
217. O poleame do guindaste deve ser dotado de guarda
cabos para evitar que o cabo pule fora da polia.
218. Estruturas auxiliares tais como escadas, borboletas,
bandejas de cabo, etc.não devem ser soldadas a membros
submetidos a alta tensão. Onde necessário, prova do esfor-
ço de operação deve ser fornecida.
219. Degraus de escadas e suportes devem ser construí-
dos de barra quadrada colocada com os cantos vivos para
cima.
220. As instalações elétricas devem segu
300. Requisitos adicionais para cábreas
301. Para cábreas e guindastes flutuantes, além dos re-
quisitos dos itens 100 e 200 acima, deve ser adicionalmen-
te instalado o que segue:
- um indicador de velocidade do vento dotado
de alarme que seja ativado quando o limite da
velocidade do vento seja atingido por um pe-
ríodo predeterminado de tempo;
- um indicador de nível para o guindaste com
os limites operacionais marcados conforme
especificado no projeto;
- devem ser dotados meios de comunicação en-
tre o operador do guindaste e o sinaleiro;
- um indicador de carga no gato.
400. Requisitos para cestas de transbordo
401. Conforme a NR29, é proibido o acesso de trabalha-
dores à embarcações em equipamentos de guindar, exceto
em operações de resgate e salvamento ou quando forem
utilizados cestos especiais de transporte, desde que os
equipamentos de guindar possuam condições especiais de
segurança e existam procedimentos específicos para tais
operações.
402. As cestas utilizadas para transbordo de pessoas de-
vem ser construídas de forma que:
- não exista risco para a entrada e saída de pes-
soas,
- o portão de acesso seja dotado de um meca-
nismo de travamento que impeça a abertura
indevida do portão
403. As balaustradas das cestas de transbordo devem ter
altura mínima de 1,00 m com um corrimão no topo e um
vergalhão intermediário a meia distância. Recomenda-se a
instalação de um vergalhão inferior a uma altura de 0,10
metros.
404. As cestas de transbordo devem ser pintadas de bri-
lhantes e a carga SWL deve ser um terço da carga SWL
do guindaste.
500. Requisitos para guinchos de carga
501. O cabo deve ser capaz de enrolar adequadamente
no tambor e, caso necessário, um dispositivo de enrola-
mento deve ser instalado.
502. O comprimento do tambor do cabo deve ser tal que
o cabo seja enrolado em não mais que três camadas.
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A -
T
de navios e aeronaves
5-59
503. No entanto, o cabo pode enrolar-se no tambor em
mais que três camadas desde que as seguintes condições
sejam obedecidas:
- um dispositivo de enrolamento seja instalado;
ou
- o tambor seja dotado de ranhuras; ou
- o ângulo de enrolamento seja restringido em
no máximo 2°.
504. O comprimento do cabo que se enrola no tambor
deve ser adequado para quaisquer posições operacionais
505. Pelo menos três voltas do cabo devem permanecer
no tambor quando a lança estiver no suporte de peação ou
na posição mais baixa de trabalho.
506. Em todas as condições de operação a distância entre
a camada mais externa do cabo quando enrolado regular-
mente no tambor e o limite da circunferência lateral do
tambor deve ser maior que 2.5 vezes o diâmetro do cabo.
507. os guindastes devem ser dotados de freios capazes
de aplicar torque de frenagem para segurar a carga na po-
sição imediatamente após o corte da alimentação, no even-
to de falha de alimentação.
O torque efetivo de frenagem não deve ser menor que 1,5
vezes o torque nominal do guincho.
600. Elevadores de veículos e rampas
601. Devem ser previstos arranjos para evitar a ativação
dos controles e circuitos quando:
- Quaisquer tampas que possivelmente possam
impedir o movimento da rampa ou elevador
estiverem abertas.
- O elevador estiver em sobrecarga
- As barreiras de veículos não estiverem fecha-
das.
602. Um aviso audiovisual contínuo deve ser emitido
dentro da área operacional durante a operação do elevador
ou rampa.
608. Quando um elevador ou rampa estiver travado por
trava retrátil, devem ser providos meios para assegurar que
a alimentação não seja desconectada até que todas as tra-
vas estiverem acionadas e que a descida não seja possível a
menos que os dispositivos sejam destravados.
609. Quando uma rampa de acesso for adicionada a uma
rampa de popa, esta rampa não deve exceder um ângulo de
10° com a horizontal e um alarme deve ser ativado quando
o ângulo máximo permitido for ultrapassado.
610. A inclinação máxima da rampa de acesso quando
em sua posição operacional não deve exceder um determi-
nado ângulo em relação à horizontal e um alarme deve ser
ativado caso tal ângulo seja excedido.
611. Quando travas de controle remoto forem utilizadas,
meios alternativos devem ser dotados para pear a rampa no
evento de falha dos controles ou do mecanismo das travas.
612. Um fio de arame contínuo de segurança ou meio
equivalente deve ser instalado nas laterais e extremidades
das plataformas e sob as extremidades das aberturas de
convés.
Meios devem ser providos para corte automático da opera-
ção da rampa e manutenção da mesma no local quando o
fio de segurança for tensionado.
CAPÍTULO F
DETALHES CONSTRUTIVOS DE ACESSÓRIOS
F1. DETALHES CONSTRUTIVOS
F1. DETALHES CONSTRUTIVOS
100. Requisitos gerais
101. O grau de aço selecionado para a fabricação de
olhais cortados de chapa laminada deve em geral estar em
conformidade com o capítulo C do presente guia.
200. Acessórios
.
201. Olhais duplos para encaixe nas extremidades de
paus de carga, a polia da cabeça do pau de carga na sua
extremidade superior bem como o olhar para fixar o bran-
dal deve ser encaixado na linha de centro do pau de carga e
soldado com penetração total.
Arranjos diferentes devem ser submetidos ao RBNA para
aprovação.
202. Os acessórios de extremidade para giro e de paus de
carga para carga leve não necessitam encaixar na lança e
podem ser soldados diretamente na extremidade da mesma.
203. O diâmetro de polias embutidas de paus de carga
para carga pesada não devem ser menores que 1.2 vezes o
diâmetro da lança naquele ponto.
204. O garfo do garlindéu na extremidade inferior do
pau de carga pode ser de aço forjado, item fabricado ou
aço fundido,.
O pino do garlindéu deve ser dotado de porca e presilha.
A borboleta do garlindéu pode ser fabricada ou pode ser de
aço fundido.
O garlindéu deve ser encaixado com o anel retentor, pino
e trava para evitar que seja levantado para fora do mancal.
206. A borboleta do mancal do tornel pode ser fabricada
ou de aço fundido e deve ser construída de forma a evitar
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A - T
de navios e aeronaves
5-60
que o pino vertical gire ou seja levantado para fora da bor-
boleta.
206. Olhais fixos devem ser instalados de forma que o
momento de flexão transversal não ocorra durante a opera-
ção tanto quanto possível.
O tipo dos olhais ou borboletas deve ser adequado às par-
tes anexadas.
Os locais onde os olhais são fixados devem ser adequada-
mente reforçados por meio de reforços.
300. Poleame e acessórios
301. Gatos de carga tipo ―C‖ devem ser projetados de
forma a evitar que o gato engate na estrutura do navio ou
outro obstáculo ao içar por meio de proteção para o gato.
302. Gatos para finalidades especiais, tais como para içar
containeres, devem estar em conformidade com os padrões
internacionais.
303. Deve ser instalado um tornel entre o gato e a cor-
rente curta ou outro item para elevar a carga, capaz de gi-
rar livremente.
304. A extremidade do pino de uma manilha deve ser
dotado de trava.
Manilhas empregadas para fixar gatos, pesos, correntes ou
similares devem ser dotados de cavirão.
305. Moitões devem ser construídos de forma a evitar
que o cabo fique preso entre a caixa e a polia, minimizan-
do a folga ou colocando guardas adequadas.
Deve ser prevista lubrificação efetiva do moitão durante a
operação.
Deve ser prevista lubrificação para todos os mancais e
acessórios da cabeça do moitão sem desmontar a polia.
O goivado para cabos de aço deve ser de aço, e o emprego
de polias de ferro fundido deve ser submetido para aprova-
ção do RBNA.
Não devem ser usadas patescas móveis em aparelhos de
carga.
A relação entre goivado de polias e diâmetro dos cabos de
aço e entre diâmetro do tambor e diâmetro dos cabos de
aço é dada na Tabela T.C4.304.1 do presente guia.
307. A espessura de placas triangulares conectando cor-
rentes com cabos de carga deve ser apropriada à abertura
das manilhas de forma a minimizar a folga entre eles.
308. A construção macacos de rosca permitir o trava-
mento.
A extremidade dos macacos deve ser forjada em uma única
peça.
Os macacos do tipo com extremidade em gancho não de-
vem ser usados em aparelhos de carga.
309. Recomenda-se que o peso do gato ou a corrente de
ligação sejam conectadas ao gato de forma a não desorga-
nizar o enrolamento do cabo quando o guincho esteja tra-
balhando sem carga.
310. Chains used as span chain or as part of preventer
guy are to be of studless long link chains. Preventer
guy with patent is to be fitted with stop device, the distance
between the device and the end clip is to be as short
as practical and, in general, not greater than one pitch of
the clips.
400. Tolerâncias e dimensionamento dos acessórios
401. Ver o Apêndice 1 do presente e as normas da
ABNT referidas no capítulo B.3 do presente.
CAPÍTULO T
INSPEÇÕES E TESTES
CONTEÚDO DO CAPÍTULO
T1. REQUISITOS GERAIS
T2. VISTORIAS
T3. CERTIFICADOS
T4. TESTES DO APARELHO DE CARGA
T5. TESTES DOS COMPONENTES AUXILIARES
T6. TESTES DE CABOS DE AÇO
T7. TESTES DE IMPACTO
T1. REQUISITOS GERAIS
100. Tipos de inspeção
101. Os aparelhos de carga devem ser submetidos a uma
inspeção inicial antes de entrarem em serviço. Inspeções e
testes periódicos devem ser realizados depois que o apare-
lho de carga estiver operando.
102. Todo os componentes intercambiáveis e auxiliares
devem ser submetidos a testes de carga e inspeção minuci-
osa antes de entrar em serviço, bem como componentes
reparados ou para substituição.
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A -
T
de navios e aeronaves
5-61
103. Acidentes ou avarias significativas devem ser co-
municadas ao RBNA a tempo para que sejam realizadas as
inspeções e testes necessários
104. As inspeções a que devem ser submetidos os siste-
mas de carga são as que seguem:
a. Vistoria inicial
b. Vistorias anuais
c. Vistoria de renovação (qüinqüenal)
d. Vistorias ocasionais por avaria ou reparo
200. Outros requisitos
201. Quando um aparelho de carga permanecer parado
ou em reparos por mais que 12 meses, deverá ser realizada
inspeção antes da volta ao serviço.
A extensão da vistoria e dos testes será determinada pelos
tipos de inspeções que deixaram de ser feitos no período
de paralisação.
Caso uma vistoria de renovação tenha vencido no período
em que o equipamento ficou paralisado, uma vistoria de
renovação completa deverá ser realizada e o novo período
determinado a partir da data de vencimento da anterior.
T2. VISTORIAS
100. Vistorias iniciais em aparelhos de carga
101. São inspecionadas as seguintes partes, ficando a
critério do vistoriador selecionai locais a serem examina-
dos mais detalhadamente de acordo com a condição em
que foi encontrado o componente e/ou parte:
a. Análise e aprovação dos planos e documentos descritos
no capítulo B em três vias, a menos de fornecedores que
tenham Type Approval do RBNA;
b. Inspeção da conformidade entre os planos aprovados e o
sistema instalado a bordo;
c. Inspeção dos componentes intercambiáveis e auxiliares
individualmente junto com seus certificados para efeito de
identificação e rastreamento, bem como inspeção do arran-
jo, componentes, soldas, materiais etc.
d. Inspeção rigorosa do aparelho de carga e testes confor-
me descrito em T.4 do presente para confirmar que o apa-
relho de carga opera com eficiência e segurança, e que os
limit switches, controles e dispositivos semelhantes operam
satisfatoriamente;
e. Testes operacionais não serão aceitos como alternativa
para os testes de carga descritos em T.4
f. Depois do teste de carga, inspecionar os componentes
visualmente para verificar se não houve deformação duran-
te os testes;
g Após a conclusão satisfatória da vistoria inicial, os certi-
ficados descritos em T.3 devem ser emitidos e o Livro e
Registro de Carga (Cargo Gear Book) devidamente endos-
sado.
200. Vistorias em aparelhos de carga de navios exis-
tentes
201. Aparelhos de carga de navios classificados por So-
ciedade Classificadora membro do IACS, ao ser requerida
a transferência para o RBNA, devem seguir as determina-
ções da NORMAM 06 e os requisitos abaixo:
a. Quando a próxima vistoria for de renovação, esta deve
ser realizada conforme os requisitos deste capítulo. Medi-
ante resultados satisfatórios, os certificados descritos em
T.3 devem ser emitidos bem como um novo Livro e Regis-
tro de Carga (Cargo Gear Book) devidamente endossado.
b. Quando a próxima vistoria for anual, estas serão realiza-
das conforme o disposto neste capítulo. Concluída satisfa-
toriamente a vistoria, um novo Livro e Registro de Carga
(Cargo Gear Book) devidamente endossado e os certifica-
dos do navio existente descritos em T.3 devem ser anexa-
dos ao mesmo.
202. Aparelhos de carga de navios não classificados por
Classificadora membro da IACS devem seguir os requisi-
tos para vistoria inicial do item 100 do presente.
300. Vistorias anuais
301. Vistorias anuais devem ser realizadas em intervalos
não maiores que 12 meses a partir da vistoria inicial ou de
renovação.
302. As lanças ou paus de carga juntamente com seus
acessórios, mastros, e convés devem ser submetidos a ins-
peção externa conforme a tabela T.T2.300.1 abaixo
303. Os componentes auxiliares (loose gear) devem ser
extensivamente inspecionados conforme a tabela
T.T2.300.1 abaixo.
304. Os cabos de aço devem ser submetidos a inspeção
completa conforme norma NBR 13543e tabela T.T2.305.1
abaixo.
305. Os guinchos, guindastes, elevadores e rampas de-
vem ser extensivamente inspecionados conforme a tabela
T.T2.300.2 abaixo.
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A - T
de navios e aeronaves
5-62
Tabela T.T2.305.1 – itens e inspeções para vistoria anual de paus de carga
N° Item Sistema
1 Acessórios de mastros e lan-
ças
a. Inspecionar olhais, etc., na extremidade da lança e no topo do mastro
b. Inspecionar o garlindéu e pinos quanto a deformação, desgaste, marcas ou outros defeitos
c. Inspecionar a fixação das polias independentes
2 Acessório no convés Inspecionar os olhais no convés, limitadores de cabos, etc
3 Paus de carga, lanças e mas-
tro
a. Inspecionar quanto a corrosão, com atenção especial à seção que faz contato com os jazen-
tes. Caso necessário, requisitar medição de espessura.
b. Verificar se há marcas ou mossas
c. Verificar empeno e, se necessário, remover para medição/reparo
d. Verificar os acessórios das extremidades
4 Poleame a. Verificar o poleame quanto a facilidade de rotação, lubrificação, desgaste, marcas no goivo. Se
necessário, remover.
b. Verificar se as polias são de capacidade SWL apropriada para a posição em que se encontram
5 Manilhas, elos, anéis, gatos,
placas triangulares, etc
a. Verificar quanto a desgaste, deformação ou outros defeitos. Os itens devem estar limpos para
permitir a inspeção.
b. Verificar se os itens são de capacidade SWL apropriada para a posição em que se encontram
6 Cabos de aço Verificar os cabos de aço com atenção a pernas rompidas e ferrugem e desgaste junto às mãos do
cabo
7 Correntes Verifficar se as correntes estão limpas para a inspeção. Verificar deformações e desgaste
8 Re-teste a. Quando certificados para itens substituídos ou reparados não estiverem disponíveis, re-testar o
guindaste.
b. Realizar teste de carga quando os reparos que foram realizados possam ter afetado a resis-
tência
Tabela T.T2.305.2 – itens e inspeções para vistoria anual de guindastes, elevadores e rampas
N° Item Sistema
1 Arranjo Verificar o arranjo de enrolamento e de içamento conforme no Plano de Arranjo do Aparelho de
Carga ou plano do fabricante
2 Polias fixas, cadernais, eixos e
proteções
a. Verificar se há trincas nas polias. Caso necessário, desmontar o item
b. Inspecionar o goivo quanto a marcas
c. Assegurar que a lubrificação está correta
d. Verificar o travamento dos eixos
e. Verificar desgaste excessivo do pino e bucha, desmontando onde necessário
f. Verificar a condição das chapas laterais e de separação
3 Garlindéu e dobradiças das
rampas
Verificar a lubrificação e o desgaste
4 Anéis de giro a. Verificar a lubrificação, o aperto dos parafusos e o desgaste ou folga excessiva no anel
b. Verificar em especial desgaste nos anéis internos e externos e nas pistas
c. Inspeções adicionais devem ser realizadas caso requeridas pelo fabricante
5 Cabos de aço a. Inspecionar o cabo de aço em toda sua extensão
b. Verificar fios quebradas ou corrosão. Caso haja 5% dos fios quebrados, o cabo deve ser subs-
tituído
c. Inspecionar as mãos com particular atenção a fios quebrados junto à chumbada.
d. Antes de re-aparelhar, o cabo deve ser totalmente lubrificado
6 Estrutura a. Verificar o aperto de todos os parafusos. Em caso de substituição, verificar se os parafusos
são do mesmo tipo e qualidade dos originais.
b. Inspecionar os parafusos dos jazentes quanto a corrosão
c. Verificar se há trincas na solda
d. Verificar a estrutura quanto a corrosão, removendo a pintura e batendo com martelete quando
necessário
7 Manilhas, anéis, gatos, etc a. Inspecionar sob condições apropriadas e verificar se há trincas, deformações, desgaste ou
outros defeitos
b. Caso for encontrada manilha deformada e esta for reparada, realizar tratamento térmico ade-
quado e testar.
c. Caso o pino seja trocado, a manilha deve ser testada
8 Correntes a. Verificar quanto a deformação, desgaste ou outros defeitos
b. Caso tenham sido substituídos elos, verificar se são de resistência e material equivalente ao
original, se foram submetidos a tratamento térmico adequado e testar
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A -
T
de navios e aeronaves
5-63
N° Item Sistema
9 Tambores a. Verificar se duas voltas de cabo permanecem no tambor em todas as condições operacionais
b. Verificar o travamento do cabo no tambor
c. Verificar o tambor quanto a rachaduras e outros defeitos que possam avariar o cabo
d. Verificar a operação correta de dispositivos de enrolamento, se houverem
10 Cilindros hidráulicos, guinchos
e acessórios
a. Verificar a condição da tubulação hidráulica
b. Verificar os pistões, pinos, mancais, etc. quanto a desgaste e deformação
c. Verificar se há deformação ou avaria nas borboletas
11 Pivoteamento principal e man-
cais de giro
a. Verificar os pivôs e rolamentos quanto a desgaste e deformação e quanto a folgas excessivas
b. Verificar a lubrificação
12 Re-teste a. Quando certificados para itens substituídos ou reparados não estiverem disponíveis, re-testar o
guindaste.
b. Realizar teste de carga quando os reparos que foram realizados possam ter afetado a resis-
tência
13 Verificação do guindaste em
operação
O guindaste deve ser operado em cada vistoria para verificar a operação segura e eficiente do iça-
mento, giro, levantamento da lança e deslocamento (quando houver) e a operação dos limit switches
para içamento excessivo, abaixamento excessivo, levantamento da lança, giro e deslocamento
306. Verificar o registro do uso, manutenção e reparo da maquinaria de içamento, guinchos, etc. para confirmar sua condição
de manutenção.
307. Após a conclusão satisfatória da vistoria anual e Livro de Registro de Carga deve ser endossado.
400. Vistorias de renovação
401. Para sistemas com pau de carga, os seguintes itens devem ser inspecionados a intervalos de 5 anos depois da vistoria
inicial ou de renovação:
Tabela T.T2.401.1 – itens e inspeções para vistoria de renovação de sistemas com pau de carga
N° Item Sistema
1 Acessórios de mastros e lan-
ças
a. Inspecionar olhais, etc., na extremidade da lança e no topo do mastro
b. Remover e Inspecionar o garlindéu e pinos quanto a deformação, desgaste, marcas ou outros
defeitos
c. Inspecionar a fixação das polias independentes
2 Acessório no convés Inspecionar os olhais no convés, limitadores dos cabos, etc
3 Paus de carga, lanças e mas-
tro
a. Inspecionar quanto a corrosão, com atenção especial à seção que faz contato com os jazen-
tes. Caso necessário, requisitar medição de espessura.
b. Verificar se há marcas ou mossas
c. Verificar empeno e, se necessário, remover para medição/reparo
d. Verificar os acessórios das extremidades
4 Poleame a. Remover todo o poleame, limpar e inspecionar quanto a facilidade de rotação, lubrificação,
desgaste, marcas no goivo.
b. A polia e eixo devem girar livremente e a folga não deve ser excessiva. Remover o eixo caso
necessário
c. A caixa e divisões dos cadernais devem ser inspecionadas quanto a empeno ou corrosão
formando bordas finas
5 Manilhas, elos, anéis, gatos,
placas triangulares, etc
a. Inspecionar sob condições apropriadas e verificar se há trincas, deformações, desgaste ou
outros defeitos
b. Caso for encontrada manilha deformada e esta for reparada, realizar tratamento térmico ade-
quado e testar.
c. Caso o pino seja trocado, a manilha deve ser testada
6 Cabos de aço a. Inspecionar o cabo de aço em toda sua extensão
b. Verificar fios quebradas ou corrosão. Caso haja 5% dos fios quebrados, o cabo deve ser subs-
tituído
c. Inspecionar as mãos com particular ateção a fios quebrados junto à chumbada.
d. Antes de re-aparelhar, o cabo deve ser totalmente lubrificado
7
Correntes a. Verificar quanto a deformação, desgaste ou outros defeitos
b. Caso tenham sido substituídos elos, verificar se são de resistência e material equivalente ao
original, se foram submetidos a tratamento térmico adequado e testar
8 Re-teste Os sistemas de pau de carga devem ser submetidos a testes de carga a cada inspeção qüinqüenal.
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A - T
de navios e aeronaves
5-64
402. Os guindastes, elevadores, rampas e todo o loose
gear devem ser inspecionados de acordo com a tabela
T.T2.300.2
403. Os guindastes, elevadores e rampas devem ser sub-
metidos a teste de carga conforme o capítulo T.4 abaixo.
O teste deve demonstrar operação satisfatória, eficiência
dos indicadores de sobrecarga e ação efetiva dos limit
switches.
404. Após a conclusão satisfatória da vistoria inicial, os
certificados descritos em T.3 devem ser emitidos e o Livro
e Registro de Carga (Cargo Gear Book) devidamente en-
dossado.
500. Vistorias ocasionais devido a avarias e reparos
501. A causa de uma avaria ao aparelho de carga deve
ser informada ao RBNA a tempo, juntamente com os deta-
lhes do reparo proposto.
É necessário que o vistoriador verifique a extensão e causa
das avarias para que possa ser determinado o escopo da
vistoria.
502. Quaisquer componentes que sejam encontrados com
desgaste durante uma vistoria ocasional devem ser substi-
tuídos ou reparados de imediato quando:
a. Sejam encontrados membros estruturais com des-
gaste por corrosão acima de 10% da espessura ori-
ginal;
b. Trincas ou deformações permanentes;
c. Os componentes auxiliares (loose gear) tais co-
mo olhais, elos, correntes, gatos, etc. apresentem
desgaste de 10% de suas dimensões originais e/ou
desgaste de pinos acima de 6% de seu diâmetro ori-
ginal, bem como trincas ou deformação permanente
nas polias;
d. Desgaste ou corrosão excessiva em cabos de aço
ou 5% de fios quebrados em qualquer comprimento
correspondente a 10 vezes o diâmetro do cabo de
aço;
e. A sapata do freio apresente desgaste excessivo e
os rebites estejam expostos na superfície de frena-
gem;
f. A engrenagem de transmissão tenha dente que-
brado ou trinca.
503. A substituição desses componentes deve ser acom-
panhada por um certificado do fabricante, e os materiais
utilizados no reparo devem ser equivalentes ao original.
504. Um teste de carga deve ser realizado de acordo com
os requisitos relevantes depois de terminado o reparo, e o
Certificado de Teste e Inspeção do Aparelho de Carga de-
ve ser endossado mediante resultados satisfatórios do test,
registrando a extensão do reparo.
505. Caso não tenha sido completado o reparo, o Certifi-
cado de Teste e Inspeção do Aparelho de Carga deve ser
endossado com a observação de que o equipamento está
fora de serviço até que seja completado o reparo e testado
satisfatoriamente.
506. Depois de uma vistoria ocasional devida a avarias e
reparos, deve ser emitido relatório de vistoria ocasional no
qual conste:
a. Pessoas presentes;
b. A causa da avaria (se houver Protesto Marítimo,
anexar cópia);
c. A extensão e natureza da avaria;
d. A extensão e natureza dos reparos realizados in-
formando se foram satisfatoriamente completados;
e. A carga de teste aplicada.
600. Inspeções periódicas de lingas de carga
601. Estas inspeções devem seguir a norma NBR 13543
da ABNT.
602. Os operadores devem realizar inspeção visual quan-
to a defeitos ou deteriorações antes de cada série de movi-
mentações e a intervalos adequados durante cada série,
consistindo no mínimo de verificações quanto aos seguin-
tes itens:
- arames partidos
- distorção do cabo (nó, amassamentos, dobras permanen-
tes)
- danos no trançado, nas presilhas ou nos acessórios
- danos por calor
- corrosão, especialmente junto às mãos dos cabos nas ex-
tremidades.
603. Os cabos de açode as lingas devem ser submetidos
a inspeção completa a intervalos não excedendo 6 meses.
T3. CERTIFICADOS
100. Certificados
101. Os seguintes certificados para aparelhos de carga
serão emitidos pelo RBNA em conformidade com a forma
aprovada pelo International Labour Office (ILO):
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A -
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de navios e aeronaves
5-65
- Certificado de teste e inspeção completa do aparelho de
carga
- Certificado de teste e inspeção completa de guinchos em
aparelhos com paus de carga
- Certificado de teste e inspeção completa do poleame e
acessórios (loose gear)
- Certificado de teste e inspeção completa de cabos de aço
200. Notação de classe
201. Os aparelhos de carga que fizerem jus aos certifica-
dos do item T3.100 acima recebem notação adicional de
classe ―G‖ no Certificado de Classe de Casco.
300. Livro de Registro de Aparelhos de Carga
301. Depois de completadas satisfatoriamente todas as
condições requeridas para a emissão de certificado pelo
RBNA o Registro de Aparelhos de Carga e o Certificado
de Teste e Inspeção Completa do aparelho de carga devem
ser emitidos com o Certificado de teste e inspeção comple-
ta de componentes auxiliares (loose gear) e o Certificado
de teste e inspeção completa de cabos de aço, constituindo
o Livro de Registro do Aparelho de Carga seguindo a me-
todologia abaixo:
(1) PARTE 1 do Registro é destinada ao endosso após a
conclusão da inspeção de renovação, isto é, qüinqüenal, e a
vistoria anual de sistemas de guindastes.
A coluna 3 destina-se especialmente a extensões de prazo e
a coluna 4 especialmente para registrar avarias, reparos, re-
teste e inspeção de componentes fixos.
(2) PARTE II do Registro é destinada ao endosso após a
conclusão da vistoria anual de guinchos, guindastes ou
sistemas de paus de carga.
A coluna 3 é destinada especialmente para registrar avari-
as, reparos, re-teste e inspeção de guindastes, guinchos e
componentes auxiliares.
A coluna 3 também pode ser utilizada para registrar a ex-
tensão de prazo das inspeções quinquenais.
(3) PARTE III do Registro é destinada para o endosso
após a conclusão a inspeção anual dos componentes auxili-
ares de aço ou outros materiais que não ferro.
A coluna 3 é especialmente destinada para registrar avari-
as, reparo e re-teste de componentes auxiliares de aço.
(4) PARTE IV do Registro é destinada ao endosso depois
da conclusão do tratamento térmico de componentes auxi-
liares feitos de ferro.
Como componentes de ferro são raros, esta parte é pouco
utilizada como regra geral.
400. Anotações especiais
401. Quando o Armador solicitar a retirada de serviço de
um aparelho de carga, a localização e número desse apare-
lho deve ser registrada na coluna 3 da PARTE I ou da
PARTE II do Registro, devidamente endossada.
402. Durante a inspeção de qualquer estrutura, instala-
ção ou arranjo, se for notada qualquer condição que afete
sua segurança operacional, breves comentários e exigên-
cias devem ser anotadas na coluna de notas da PARTE
correspondente do Registro, devidamente endossada.
500. - Certificado de teste e inspeção completa do
aparelho de carga
501. Este Certificado aplica-se a todos os aparelhos de
carga, incluindo sistemas com paus de carga, guindastes,
elevadores, rampas, etc., e deve ser emitido após inspeção
satisfatória e teste de carga.
502. Em geral, este certificado será emitido depois de
completado cada teste qüinqüenal e depois da inspeção e
teste de reparos, re-construção ou re-utilização.
503. Certificado de Teste e Inspeção de paus de carga
empregados em operação geminada
Este certificado aplica-se a sistemas de paus de carga utili-
zados em operação geminada, e deve ser emitido depois de
completadas as inspeções de forma satisfatória, e que o
equipamento tenha sido satisfatoriamente testado em ope-
ração geminada.
Este certificado deve ser mantido a bordo para apresenta-
ção conjuntamente com o Certificado de Teste e Inspeção
do Aparelho de Carga.
As coordenadas X, Y e Z das posições fixas dos olhais
para paus de carga geminados devem constar do verso do
certificado e devem estar de acordo com o projeto.
600. Certificado de Teste e Inspeção de Componentes
Auxiliares
601. Este certificado aplica-se a todo componente auxili-
ar e é emitido após inspeção satisfatória e teste de carga.
Os parâmetros técnicos podem ser referidos no certificado
de teste do fabricante.
Quando os componentes auxiliares são feitos de ferro, ge-
ralmente não há necessidade de tratamento térmico perió-
dico.
602. O Certificado de Tratamento Térmico de Compo-
nentes Auxiliares de Ferro aplica-se a todo componente
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A - T
de navios e aeronaves
5-66
auxiliar feito de ferro, e deve ser emitido depois de um
tratamento térmico periódico.
Recomenda-se que tais componentes auxiliares sejam subs-
tituídos por componentes de aço.
700. Certificado de Inspeção e Teste de Cabos de Aço
701. Este certificado aplica-se a cabos de aço de apare-
lhos de carga, e é emitido após inspeção e teste satisfató-
rios.
Os parâmetros técnicos podem ser referidos no certificado
de teste do fabricante.
702. O Certificado de Teste e Inspeção de Cabos de Fi-
bra aplica-se a cabos de fibra empregados no aparelho de
carga, e deve ser emitido depois de inspeção e teste satisfa-
tórios.
Os parâmetros técnicos podem ser referidos no certificado
de teste do fabricante.
800. Substituição de componentes
801. Quaisquer substituições de componentes auxiliares
ou de cabos de aço deve ser acompanhado do certificado
de teste e aprovação do fabricante, bem como do Certifi-
cado de Teste e Inspeção de Componentes Auxiliares e/ou
do Certificado de Inspeção e Teste de Cabos de Aço.
900. Documentação requerida para os materiais
901. Os documentos e certificados aqui relacionados
devem ser apresentados antes ou, o mais tardar, na data
dos testes de aceitação do equipamento.
902. Membros estruturais principais sujeitos a altas car-
gas estáticas ou dinâmicas e que são críticos para a resis-
tência e durabilidade do equipamento e dos acessórios tais
como:
- Mastro
- Postes
- Coluna do guindaste
- Lança
- Cilindros hidráulicos do mecanismo de elevação
- Anéis de giro
- Vigas
devem ser certificados pelo RBNA de acordo com as Re-
gras aplicáveis.
903. Outros componentes sujeitos a cargas relativamente
menores cuja função é limitada basicamente a assegurar a
eficiência funcional do equipamento de carga ou aces-
sór4ios, tais como:
- Carcaça do guindaste
- Span bearings
- Cilindros hidráulicos do mecanismo de giro
- Polias de cabos
- Componentes intercambiáveis
- Olhais e borboletas
- Reforços
poderão ser aceitos certificados de teste dos fabricantes.
904. Os certificados de fabricantes mencionados no item
902 devem conter os resultados dos testes especificados
pela Parte 5 das Regras do RBNA bem como testes adicio-
nais a critério do RBNA.
T4. TESTES DO APARELHO DE CARGA
100. Teste de desempenho
101. Todas a operações previstas com o aparelho instala-
do a bordo serão executadas, na presença do vistoriador.
Todas as chaves limitadoras devem ser testadas com o
guindaste em vazio.
200. Teste de carga
201. O teste deve ser realizado utilizando pesos conheci-
dos móveis.
As cargas de teste utilizadas são as do quadro que segue.
TABELA T.T4.201.1 – CARGA DE TESTE PARA
APARELHOS DE CARGA
Carga Útil de Trabalho – CUT
(“Safe Working Load” – SWL)
Carga de Teste
até 20 t 1,25 x CUT
de 20 t a 50 t CUT + 5 t
acima de 50 t CUT + 10%
202. Serão averiguadas as seguintes condições de posi-
cionamento da carga máxima:
a) giro da lança a 90° com a linha de centro da em-
barcação e
a.1) ângulo mínimo da lança e carga na
altura máxima;
a.2) ângulo máximo da lança e carga na
altura máxima;
b) giro da lança a 0° com a linha de centro da em-
barcação (para vante e para ré, se for lança girató-
ria) e
b.1) ângulo mínimo da lança e carga na
altura máxima;
b.2) ângulo máximo da lança e carga na
altura máxima;
A carga de teste deve permanecer içada por pelo menos 5
(cinco) minutos.
203. No caso de sistemas com pau de carga a carga de
teste deve ser içada com a aparelhagem normal do navio,
com o pau de carga no ângulo mínimo com a horizontal
REGISTRO BRASILEIRO Guia para certificação de aparelhos de carga CAPÍTULOS - A -
T
de navios e aeronaves
5-67
para o qual o sistema foi projetado (normalmente 15 graus)
ou a um ângulo maior pré-determinado.
O ângulo no qual o teste foi realizado deve constar do cer-
tificado de teste.
204. No caso de guindastes para carga pesada deve-se
assegurar que os estais estejam corretamente instalados.
205. No caso de guindastes, a carga de teste deve ser
içada, movimentada horizontalmente e a lança elevada a
baixa velocidade.
206. Pórticos e guindastes móveis juntamente com seus
trolleys, onde apropriado, devem deslocar-se na extensão
total de seus trilhos.
207. No caso de guindastes de carga x raio variável, os
testes são geralmente realizados nas posições máxima, mí-
nima e intermediária.
208. No caso de guindastes hidráulicos nos quais existe
limitações de pressão torna-se impossível realizar o teste a
25% de excesso da carga SWL.
Em tais casos será suficiente içar a maior carga possível,
mas geralmente essa carga não será menor que 10 por cen-
to em excesso da carga SWL.
Deve constar no certificado que a carga de teste foi limita-
da devido ao controle de limite de carga do arranjo elétri-
co/ hidráulico do guindaste, e que as válvulas de escape ou
dispositivos de ajuste encontravam-se selados.
209. Como regra geral os testes devem ser realizados com
cargas de teste, e nenhuma exceção deve ser feita nos tes-
tes iniciais.
No caso de reparos, substituição de peças ou quando a ins-
peção periódica requerer um re-teste, pode-se considerar o
uso de dispositivo de mola ou hidráulico desde que a carga
SWL do aparelho de carga não exceda 15 toneladas métri-
cas.
Quando um dispositivo de mola ou hidráulico for utilizado,
deve ser calibrado para uma precisão de ± 2% e o indica-
dor deve permanecer constante por 5 minutos.
300. Inspeções após o teste
301. Após o teste serão desmontadas peças para inspeção,
escolhidas por amostragem pelo vistoriador. No mínimo,
serão inspecionadas 1/5 das peças de cada tipo.
302. Cada guindaste, juntamente com seus acessórios
críticos serão examinados a fim de verificar se alguma par-
te ou componente sofreu avaria, ou foi deformado perma-
nentemente.
303. Alguns componentes estruturais do guindaste tam-
bém devem ser examinados:
a) jazentes, onde requeridos;
b) polias e guias de cabo;
c) cabos de aço incluindo as mãos;
d) maquinaria de içamento;
e) freios e embreagens;
f) gatos;
g) conjunto de giro e arranjo de parafusos;
400. Fonte de corrente elétrica
401. A tomada de corrente elétrica para o guincho duran-
te o teste deve ser através dos cabos da embarcação. To-
mada de corrente elétrica da costa apenas pode ser realiza-
da se através do painel de comando principal.
500. Maquinaria
501. Os sistemas de máquinas dos guindastes devem ser
construídos e instalados, e testados à satisfação do vistori-
ador de acordo com os planos aprovados. Os materiais
utilizados na construção dos componentes mecânicos dos
guindastes devem ser certificados pela usina e verificados
pelo vistoriador.
600. Freios e Dispositivo de segurança contra falhas
601. A operação de todos os freios e dispositivos de se-
gurança contra falhas devem ser simulados em condições
de perda de carga à satisfação do vistoriador. Deve haver
um documento preparado pelo fabricante do guindaste in-
dicando os cuidados e procedimentos apropriados para o
teste dos dispositivos.
700. Marcação do guindaste
701. Para lança com uma só capacidade de carga, deve
ser marcado nas colunas laterais do pórtico do guindaste e
no calcanhar da lança, a carga útil de trabalho juntamente
com o ângulo mínimo da lança com a horizontal, ou o raio,
e a data do teste para qual a lança é certificada. As letras
devem contrastar com a pintura de fundo, e ter no mínimo
uma polegada de altura.
702. Se o guindaste for aprovado para várias capacida-
des de carga, os diagramas de carga do guindaste indicado-
res das cargas máximas seguras de funcionamento devem
estar visíveis ao operador do guindaste, fixadas próximas
ao controle.
703. Esses diagramas devem também indicar as varia-
ções de ângulo de trabalho da lança do guindaste e os rai-
os máximo e mínimo que podem ser atingidos, garantindo
operação segura, de acordo com cada comprimento pre-
tendido.
800. Registro do teste
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5-68
801. Devem ser inseridas no Livro de Registro de Car-
gas, cópias dos iniciais e subseqüentes certificados dos
testes emitidos pelo vistoriador.
T5. TESTES DOS COMPONENTES AUXILIARES
100. Testes do poleame e acessórios
101. Todo item dos componentes auxiliares deve ser
testado e rigorosamente inspecionado antes de entrar em
operação pela primeira vez e a cada alteração ou reparo
substancial que possa afetar sua segurança.
103. As cargas de teste a serem aplicadas devem estar de
acordo com a seguinte tabela:
TABELA T.T5.102.1 – CARGA DE TESTE DE COM-
PONENTES AUXILIARES
Item Teste
Moitão 4 x SWL
Cadernal
SWL < 25t
25t<SWL≤160 t
SWL>160 t
2 x SWL
(0,933 x SWL) + 27
1,1 x SWL
Correntes, gatos de carga,
anéis, manilhas, torneis,
etc.
SWL ≤ 25t
SWL > 25t
2 x SWL
(1.22 x SWL) + 20
Balanças de carga, sprea-
ders, estruturas e dispositi-
vos similares
10t<SWL
10t<SWL≤160 t
SWL>160t
2 x SWL
(1.04 x SWL) + 9.6
1.1 x SWL
Nota 1- A carga SWL para um moitão deve ser tomada
como a metade da carga resultante na cabeça do moitão.
Nota 2 – A carta SWL para um cadernal deve ser tomada
com sendo a carga resultante na cabeça do cadernal.
Nota 3 – Após o teste de carga, a manilha não deve apre-
sentar deformação maior que 1% da dimensão inicial ou
0,5 mm, o que for maior, e sem sorer aumento da dimensão
efetiva ou dimensão semelhante medida entre mascas de
punção nos olhais que ultrapasse 0,25% ou 0,5 mm, o que
for maior. O pino, após o afrouxamento, deve girar livre-
mente.
200. Marcação dos acessórios requerida pelas normas
ABNT aplicáveis
201. Os moitões e cadernais devem apresentar marca-
ções legíveis com as seguintes indicações:
- carga máxima útil (SWL)
- símbolo ou marca do fabricante
- data do ensaio
202. As manilhas devem apresentar marcações legíveis
com as seguintes indicações:
a. corpo da manilha
- marca ou símbolo para identificação do fabricante
- carga de trabalho em toneladas
- para manilhas T(8) ou 10, letra ou número
correspondente ao grau
- para manilhas com diâmetros d> 19 mm, código
de rastreabilidade para permitir a identificação da
manilha ou lote de manilhas
b. pino de manilha
- para manilhas grau T(8) ou 10 de diâmetro
>13 mm, devem ser marcados o grau e símbolo do
fabricante.
- para manilhas grau T(8) ou 10 de diâmetro
<13 mm, devem ser marcado pelo menos o grau.
203. Os anéis de carga devem apresentar marcações
legíveis com as seguintes indicações:
- código de produto do fabricante
- grau de resistência
- nome do fabricante
- código de rastreabilidade
204. Os sapatilhos devem apresentar marcações legíveis
com as seguintes indicações:
- símbolo ou marca do fabricante
- tamanho nominal
205. Todo conjunto de lingas deve ser identificado por
plaqueta e/ou gravação em relevo na presilha, com pelo
menos as seguintes informações:
- símbolo ou marca do fabricante
- valor da carga de trabalho na vertical para laços
simples
- valor a 45° para conjuntos de dois ou quatro laços
T6. TESTES DOS CABOS DE AÇO
100. Testes dos cabos de aço
101. Os cabos de aço devem ser testados por amostra-
gem, sendo um pedaço destinado a teste destrutivo.
102. O procedimento de teste deve estar de acordo com
um padrão internacional ou nacional.
103. A carga SWL do cabo de aço deve ser determinada
dividindo-se a carga de ruptura da amostra por um coefici-
ente de utilização, determinado como segue:
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5-69
TABELA T.T6.103.1 – COEFICIENTE DE SEGU-
RANÇA PARA CABOS DE AÇO
Item Coeficiente
Cabo de aço fazendo parte
de linga
SWL≤10t
10t<SWL≤160t
SWL>160t
5
104
(8.85 x SWL) + 1 910
3
Cabo de aço formando par-
te integral de um aparelho
de carga
SWL≤160t
SWL>160t
104
(8.85 x SWL) + 1 910
3
Nota: Os coeficientes acima são os utilizados pela conven-
ção ILO C152, mas podem ser diferentes a depender de
regulamentos nacionais.
200. Marcação dos cabos de aço
201. Os cabos de aço devem ser fornecidos em bobinas.
202. O nome do fabricante e o número do certificado
devem estar marcados de forma legível e durável em uma
etiqueta afixada na bobina.
T7. TESTES DE IMPACTO
100. Valores requeridos nos testes de impacto
Guia para Aparelhos de Carga -abcdeft
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5-70
APÊNDICE 1 – DIMESIONAMENTO DE ACESSÓRIOS FIXOS
A1.100. Garlindéu, tornel e cachimbo
A1.101. Garlindéu
FIGURA F.A1.101.1 – GARLINDÉU (CALCANHAR, HEEL)
TABELA T.A1.101.1 – FORÇAS AXIAIS DA LANÇA E DIMENSÕES DO GARLINDÉU
Tamanho
Nominal
Força axi-
al
Admissível
kN
a b c d e (min) g l(max) r
1,6 16 32 16 28 24 10 15 80 25
2 20 50 16 30 26 10 15 90 28
2,5 25 45 22 32 29 10 15 107 30
3 32 50 22 35 32 10 15 112 32
4 40 50 25 38 35 12 22 120 35
5 50 55 25 42 41 15 22 135 42
6 63 60 32 47 44 15 22 145 45
8 80 65 32 53 47 18 22 153 48
10 100 70 40 60 54 18 25 173 55
12 125 75 40 67 58 22 25 188 60
16 160 85 45 66 67 22 25 208 68
20 200 95 50 85 75 25 30 235 65
25 250 100 60 95 79 25 30 260 70
32 320 105 70 105 83 25 40 270 85
40 400 115 70 93 25 40 300 95
A1.102 – pino transversal do garlindéu – referir-se à figura F.A1.102.1 e à Tabela T.A1.102.1
Cortar caso necessário
Diâmetro do flange a ser ajusta-
do para o diâmetro da lança e
tipo de solda
Ver nota
Espessura no mínimo igual à da espessura da parede da lança
Ver nota
Ver nota
D
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5-71
FIGURA F.A1.102.2 – PINO HORIZONTAL DO GARLINDÉU
Nota: o diâmetro do furo d4 deve ser igual ao diâmetro nominal da presilha.
TABELA T.A1.102.1 – CARGAS ADMISSÍVEIS E DIMENSÕES DO PINO HORIZONTAL DO GARLINDÉU
Tamanho
Nominal
Força axial
Permissível
kN
a b
(min)
c d1
(min)
d2 d3 d4 e f l w
1,6 16 10 6 62 22 24 44 8 16 3 100 3
2 20 10 6 64 24 26 56 8 16 4 105 3
2,5 25 11 6 79 27 30 56 8 16 4 120 3
3 32 11 6 82 30 33 60 10 20 4 125 3
4 40 12 6 91 33 39 66 10 20 4 135 3
5 50 12 6 96 39 42 77 10 20 4 140 3
6 63 12 6 115 42 45 78 13 26 5 165 3
8 80 12 8 121 45 48 85 13 26 5 175 3,5
10 100 14 8 144 52 56 98 13 26 5 200 4
12 125 14 9 152 56 62 105 13 26 5 210 4,5
16 160 19 9 171 64 70 115 16 32 6 240 5
20 200 18 10 190 72 78 125 16 32 6 260 5,5
25 250 18 10 220 76 82 135 16 32 6 290 6,5
32 320 18 12 251 80 86 140 16 32 6 325 8
40 400 25 12 261 90 96 160 20 40 7 350 9
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5-72
A1.103 – Pino do garlindéu – figura F.A1.103.1 e tabela T.A1.103.1 para as forças axiais da lança e dimensionamento do pino
do garlindéu FIGURA F.A1.103.1 –CARGAS ADMISSÍVEIS E DIMENSÕES DO PINO DO GARLINDÉU
(1) Tamanho nominal (2) Força axial admissível kN (3) Tipo TABELA F.A1.103.1 – PINO DO GARLINDÉU
Tipo A
Tamanho Nominal 1,6 a 16
Tipo B
Tamanho Nominal 2,5 a 40
(2) (1) (3)
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5-73
Solda de vedação
Filtro de óleo
Solda de vedação
Linha de ajus-
te plano
Dois furos no mancal inferior
10 mm para diâmetro entre 50 e 100 mm
12 mm para diâmetro > 100 mm
A1.104 – Cachimbo do garlindéu – figura F.A1.104.1 e tabela T.A1.104.1 para as forças axiais da lança e
dimensionamento do cachimbo do garlindéu
FIGURA F.A1.104.1 – CA-
CHIMBO DO GARLINDÉU
Ver nota da tabela T.A1.104.1
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5-74
TABELA T.A1.104.1 – CARGAS ADMISSÍVEIS E DIMENSÕES DO CACHIMBO DO GARLINDÉU
Nota: quando fixado a um maestro ou poste (Samson post) a dimensão b3 não deve ser menor que 2/3 do diâmetro do poste ou mastro na
altura da fixação.
Pino do gar-
lindéu
d1 Tipo
Força axial per-
missível
Garganta
de solda
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5-75
A1.105 – Braçadeira do garlindéu – figura F.A1.105.1 e tabela T.A1.105.1 para as forças axiais da lança e dimensionamento da
braçadeira do garlindéu
FIGURA F.A1.105.1 – BRAÇADEIRA DO GARLINDÉU
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5-76
Diametro
d1 do
pino do
garlindéu
F.A1.103
.1
Carga ad-
missível
kN
TABELA T.A1.105.1 – CARGAS ADMISSÍVEIS E DIMENSÕES DA BRAÇADEIRA DO GARLINDÉU
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5-77
A1.106 – Anéis e presilhas do garlindéu – figura F.A1.106.1 e tabela T.A1.106.1 para as forças axiais da lança e dimensiona-
mento dos anéis e presilhas do garlindéu
FIGURA F.A1.106.1 – ANÉIS E PRESILHAS DO GARLINDÉU
TABELA T.A1.106.1 – CARGAS ADMISSÍVEIS E DIMENSÕES DE ANÉIS E PRESILHAS DO GARLINDÉU
Diametro d1
do pino do
garlindéu
F.A1.103.1
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5-78
200. Tornel da ponta do mastro
201. Braçadeiras e pinos do tornel – ver figura F.A1.201.1 e tabela T.A1.201.1
FIGURA F.A1.201.1 – BRAÇADEIRAS E PINOS DO TORNEL
TABELA T.A1.201.1 – CARGAS ADMISSÍVEIS E DIMENSÕES DAS BRAÇADEIRAS E PINOS DO TORNEL
Olhal para içamento a ser colocado
quando a carga for ≤ 80 kN
r = 3 mm para carga ≤ 125 kN
r = 5 mm para carga > 125 kN mas ≤ 400 kN
Engraxadeira deve ser
acessível
Carga
admissí-
vel no
olhal kN
Gar
gan-
ta
sol-
da
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5-79
202. Mancal do tornel – ver figura F.A1.202.1 e tabela T.A1.202.1
FIGURA F.A1.202.1 – MANCAL DO TORNEL
Ajustar o corte do arco ao mastro; caso seja plano sem arco cortar
de acordo com os comprimentos b e l a serem determinados separa-
damente para cada componente
Furo da presilha
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5-80
203. Olhal oval – ver figura F.A1.203.1 e tabela T.A1.203.1
FIGURA F.A1.203.1 – FORMA DOS OLHAIS
Carga
admissí-
vel no
olhal kN
Gar
gan-
ta
sol-
da
TABELA T.A1.202.1 – CARGAS ADMISSÍVEIS E DIMENSÕES DO MANCAL DO TORNEL
Marcar posição
Tipo A Tipo B
Para outras dimensões ver tipo A
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5-81
300. Acessórios do lais
301. Quando houver polia embutida na ponta do pau de carga (laís) o diâmetro da polia não deve ser inferior que o requerido
para o cabo respectivo nem menor que 1,2 vezes o diâmetro do pau de carga nesse ponto.
302. Acessórios do lais – ver figura F.A1.302.1 e tabela T.A1.302.1
TABELA T.A1.203.1 – CARGAS ADMISSÍVEIS E DIMENSÕES DE OLHAIS OVAIS
Tama-
ma-
nho
nomi-
nal
Carga
admissí-
vel kN
Dimensões Montagem
tipo A
Solda
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5-82
FIGURA F.A1.302.1 – ACESSÓRIOS DO LAIS
FIGURA F.A1.302.1 – CARGA ADMISSÍVEL E DIMENSÕES DOS ACESSÓRIOS DO LAIS
Notas:
(1) Quando reforçada com placa dupla, e deve ser medida da parte externa da superfície da placa.
(2) Detalhes dimensionais dos acessórios do laís podem diferir em extremidades opostas do acessório dependendo da carga
de içamento da lança e da carga a ser içada, bem como seu efeito sobre a fixação do moitão de carga quando as espessu-
ras forem as mesmas.
Tam.
nominal Carga ad-
missível kN
Olhal
Tipo A
Tipo A
Tipo B
Ver nota 1 na
tabela
T.A1.302.1
Ver nota 2 na ta-
bela T.A1.302.1 Ver nota 2 na ta-
bela T.A1.302.1
Ver nota 1 na
tabela
T.A1.302.1
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5-83
APÊNDICE 2 – NOMENCLATURA DE SISTEMAS COM PAUS DE CARGA
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5-84
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5-85
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5-86
APÊNDICE 3 – PEDESTAIS DE GUINDASTES
A3.1 APLICAÇÃO E REQUISITOS GERAIS
A3.2 PRINCÍPIOS DE CÁLCULO
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5-87
A.3.1 APLICAÇÃO
100. Aplicação
101. Esta seção aplica-se ao projeto e análise de resis-
tência da estrutura de ligação do pedestal do guindaste com
o casco do navio..
102. Quando não houver requisitos especiais neste
Apêndice, devem ser cumpridos os requisitos da Parte 2
Título 11 das Regras do RBNA.
103. A estrutura de suporte é a parte da estrutura do cas-
co sobre ou na qual o pedestal, olhais, ancoragem, borbole-
tas de um aparelho de carga estão instalados e que suporta
diretamente as forças agindo em tais componentes.
104. A estrutura de suporte deve ser capaz de suportar a
carga de projeto mais desfavorável e assegurar que a ope-
ração normal do guindaste e aparelho seja segura.
105. Os requisitos deste Apêndice são adicionais e não
desobrigam do cumprimento da Parte 2 Título 11 das Re-
gras do RBNA.
200. Planos e documentos
201. Os seguintes planos e documentos devem ser sub-
metidos para aprovação:
Arranjo estrutural local, reforços e detalhamento das cone-
xões entre o pedestal e convés, e entre as estruturas de su-
porte, cobrindo todos os componentes da área da estrutura
de suporte.
202. Os seguintes planos e documentos devem ser sub-
metidos para informação:
- Arranjo da lança e mastro
- Detalhes de cargas agindo sobre o pedestal
- Cálculos estruturais incluindo detalhamento das condi-
ções operacionais e combinações de carregamento
- Parâmetros de vento, condições de mar e correntes para a
condição de operação mais severa e para a condição de
guindaste peado
- Relatório da análise de comportamento no mar e resposta
aos movimento ou teste de modelo, conforme mais ade-
quando
- Descrição do modelo de cálculo, incluindo tipo de ele-
mentos e condições de contorno
- Resultados dos cálculos incluindo a deflexão / deforma-
ção, escoamento e flambagem
- Dados do programa de cálculo podem ser requeridos.
300. Requisitos estruturais gerais
301. Detalhes de conexão devem ser projetados de forma
que a tensão seja adequadamente transferida entre os com-
ponentes conectados.
302. Expansão, aumento de espessura com chapa inseri-
da (sobrepostas não são permitidas), e escareamento gra-
dual da conexão, aço de alta tensão, etc., podem ser em-
pregados para reduzir ao máximo os efeitos de concentra-
ção de tensões.
303. Até onde praticável devem ser evitados furos nos
elementos diretamente conectados ao pedestal do guindaste
ou a mastro do pau de carga bem como às extremidades de
tais componentes.
Quando inevitável, deve ser adicionado material para com-
pensação.
304. O mastro do pau de carga deve-se estender continu-
amente através do convés principal até o casco e terminar
numa estrutura vertical de suporte de resistência adequada.
305. Borboletas, hastilhas, longituinais, etc. devem ser
instaladas na conexão entre o mastro e o convés de forma a
transferir de forma efetiva a carga para oriunda de todas as
direções da estrutura de suporte.
306. O projeto deve evitar tensões excessivas na chapa
do convés conectada ao pedestal.
307. A transferência de grandes tensões de tração na di-
reção perpendicular à estrutura deve ser evitada até onde
possível para evitar uma possível ruptura laminar da chapa.
Quando necessário, aço de ―direção Z‖ pode ser emprega-
do dentro de 1 metro da interseção das conexões de acordo
com o item A3.308 abaixo.3.10.4.4
308. Adicionalmente, detalhes estruturais devem ser pro-
jetados em conformidade com a Parte 2 das Regras do
RBNA.
A3.2 CÁLCULO POR FÓRMULAS
100. Geral
101. Os pedestais para guindastes montados a bordo de
navios constituem item de classe.
Os pedestais para instalações de cábreas e guindastes flu-
tuantes serão considerados da mesma forma que a estrutura
principal de suporte.
102. As condições de carga tais como definidas nos capí-
tulos D3. e D4. do presente guia devem ser aplicadas em
associação com os níveis admissíveis de tensão deiscutidos
neste Apêndice.
103. Os pedestais, em geral, devem atravessar o convés e
serem satisfatoriamente engastados no casco ou na estrutu-
ra principal de suporte
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5-88
Propostas para arranjos diferentes devem ser submetidas
para aprovação.
104. A flange do pedestal no local do mancal do anel de
giro deve ser projetado e ter espessura suficiente para for-
necer um suporte rígido e nivelado para os rolamentos e
para os parafusos de fixação.
As tolerâncias e arranjos propostos pelo fabricante do
mancal do anel de giro devem ser atendidos.
Quando for considerado necessário introduzir borboletas
de suporte do flange, o espaçamento das borboletas não
deve ser maior que o obtido colocando-as em intervalos
alternados entre os parafusos.
200. Cargas de projeto
201. O pedestal deve ser projetado para a pior combina-
ção de cargas possível resultante do peso próprio, carga de
trabalho, vento e acelerações do guindaste juntamente com
aquelas resultantes do trim e banda do navio.
202. Os arranjos de lança peada devem ser levados em
conta quando calculando as cargas aplicadas ao pedestal.
300. Tensões admissíveis
301. As tensões admissíveis devem ser consideradas co-
mo a tensão de falha do componente em análise multipli-
cada pelo coeficiente Fp o qual depende do caso de carre-
gamento em análise.
302. A tensão admissível é dada pela expressão geral:
σa = Fp * σ
onde:
σa = tensão admissível em N/mm2
σ = tensão de ruptura em N/mm2
Fp = coeficiente de tensão
303. O fator de tensão para aços com σy / σu ≤ 0,7 são
dados na tabela T.A3.2.303.1, onde:
σy = tensão de escoamento do material em N/mm2
σu = tensão máxima de ruptura para o material em N/mm2
TABELA T.A3.2.303.1 – COEFICIENTE DE TENSÃO
Fp
Caso de
carregamento
1 2 3 and 4
Coeficiente de
tensão, Fp
0,5 0,57 0,64
400. Materiais
401. Os materiais para os pedestais de guindastes deve
estar em conformidade com a Parte 5, Título 61 Seção 1 e
com os requisitos adicionais deste Apêndice.
402. O grau de aço para pedestais de guindastes deve ser
selecionado de acordo com a Tabela T.A3.2.402.1 abaixo.
.
TABELA T.A3.2.402.1 – GRAU DO AÇO PARA PE-
DESTAIS DE GUINDASTES
Espessura da chapa em mm Grau do aço
t ≤ 20,5 A/AH
20,5 < t ≤ 25,5 B/AH
25,5 < t ≤ 40,0 D/DH
t > 40 E/EH