Cap 2. Campo Magnético Crustal Dr. Eric FONT IDL-FCUL.
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Cap 2.
Campo Magnético Crustal
Dr. Eric FONT
IDL-FCUL
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Campo Magnético Total
Campo Magnético
Principal
Originado no núcleo
externo
Campo Magnético
Externo
Ionosfera e exterior da
Terra
Campo Magnético
Crustal
Litosfera
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Campo Magnético Crustal
1. Principiais propriedades magnéticas
2. Comportamentos magnéticos
3. Domínios magnéticos
5. Magnetização das rochas
4. Óxidos de ferro e titânio
6. Anisotropia de Susceptibilidade Magnética (ASM)
7. Mineralogia magnética
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1. Magnetismo de Rocha – Principiais propriedades magnéticas
Momento magnético
Magnetização
k: a suscetibilidade por unidade de volume (SI/cm3)
: a suscetibilidade por unidade de massa (SI/g).
Susceptibilidade
magnética
J = k.H
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Principiais propriedades magnéticas - Unidades
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Diamagnético Paramagnético Ferromagnético
1
2
3Jr
4
QuartzoSiO2
BiotiteK(Mg, Fe)3AlSi3O10(F, OH)2
MagnetiteFe3 O4
2. Comportamentos magnéticos
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Ferromagnetismo
Tº Curie
Exchange coupling: - Principio de Pauli
- Paramagnéticos: sem overlap das órbitas e sem “exchange coupling”
- Ferromagnéticos: overlap orbitais e “exchangecoupling”
- TºCurie : interacção interatómicas fraca e sem “exchange coupling”
Para electrões de um mesmo átomo, o principio de Pauli implica que dois electrões não podem ter os mesmos quatro números quânticos. Por exemplo, se os números quânticos n, l, e ml são iguais nos dois electrões, estes deverão necessariamente ter os números ms diferentes, e portanto os dois electrões têm spins opostos.
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Energia Magnetostática & factor auto-desmagnetizante
A distribuição das cargas magneticas cria um campo desmagnetizante interno:
A interacção deste campo com a magnetização do grão gera a energia magnetostática:
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3. Domínios magnéticos
A região do espaço em qual todos os momentos magnéticos são orientados numa mesma direção é chamada de domínio de Weiss e os limites entre estes domínios são chamados de paredes de Bloch.
A dimensão dos domínios é da ordem de 0.1-0.05 m e a das paredes é de 0.1m.
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4. Óxidos de ferro e titânio
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Os minerais portadores da magnetização primária
Cadeia de magnetita biogênicas de um magnetosomeStolz et al. (1986). Nature, 321, 26.
Magnetita SD de bactérias magnetosomes, carbonatos de Mururoa
Aïssaouï et al. (1990). EPSL, 97, 102-112.
Magnetita detrítica com texturas
de oxidação de alta
temperatura, carbonatos
Mississipian, USA
McCabe et al. (1989). JGR, 94(8),
10.429-10.443.
Ti-magnetita detrítica da Fm.
Wabash (Indiana, USA)
Suk et al. (1992). Tectonophys., 215,
255-272.
Imagens SEM: óxidos de ferro “primários”
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Os minerais portadores da magnetização secundária
Magnetita euhedral, carbonatos paleozóicos (Missouri, USA)Sun & Jackson (1994). JGR, 99(B2), 2935-2942.
Magnetita autigênica esférica Elmore & Leach (1990). Geology, 18, 124-127.
Óxido de ferro octohedral
autigênico, da Formação Pride
Mountain (Alabama, USA)
Suk et al. (1992). Tectonophys., 215,
255-272.
Magnetita autigênico
substituindo a pirita
framboidal
Fm. Onondaga (New
York, USA)
Suk et al. (1992). Nature,
345, 611-613.
Imagens SEM: óxidos de ferro “secundários”
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Principais propriedades magnéticas dos ferromagnéticos
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5. Magnetização das rochas
J = Ji + JrMagnetização total
Magnetização induzida
Magnetização
remanescente
(SD)
J = . H
Jr (t) = Jro exp(-t/)
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Magnetização das rochas
Magnetizaçã
o
remanescen
te (SD)
Jr (t) = Jro exp(-t/)
= 1/C . exp [ vhcjs / 2kT ]• C : fator de freqüência = 10 8 s-1
• v : volume dos grãos SD• hc : coercividade dos grãos SD• js : magnetização de saturação• kT : energia térmica
Superparamagnetismo: a magnetização de uma partícula muito pequena (nanopartículas) pode “virar” com a influencia da temperatura. O tempo entre as duas direcções é chamada de tempo de relaxação de Néel.
Na ausência de um campo externo, quando o tempo de medida é muito mas comprido que o tempo de relaxação, a magnetização se aproxima de 0 SP
Neste estado, um campo externo é capaz de magnetizar as nanopartículas como se fossem paramagnéticos. Porem, a susceptibilidade magnética dos SP é muito mais alto que os paramagnéticos.
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Tipos de magnetização das rochas
Magnetização Remanescente
Térmica
(TRM)
Magnetização Remanescente
Detrítica
(DRM)
Magnetização Remanescente
Viscosa
(VRM)
Magnetização Remanescente
Química
(CRM)
Primárias
Razão de
Koenigsberger:
induzida
teremanescen
M
MQ
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TRMD(°)
I(°)
tan I = 2 tan
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Princípios:
- Estudo da anisotropia magnética dos minerais (para- e ferromagnéticos):
Rochas nas quais a intensidade de magnetização depende da direção do campo aplicado são magneticamente anisotrópicas (a direção de magnetização pode ser desviada daquela do campo magnetizante).
Aplicações:
- Determinação de paleocorrentes (sedimentos) e
fluxos (magmas)
- Mecanismos pós-deposicionais: migração de
fluidos, compactação (diagenesis)
-Tectónica: intrusão, deformação, metamorfismo
- Petrofísica: porosidade e permeabilidadeProlate
Oblate
Triaxial
6. Anisotropia de Susceptibilidade Magnética (ASM)
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Grau de Anisotropia :
Anisotropia de Susceptibilidade Magnética (ASM)
3321 KKK
Kmean
3
1
K
KP (Nagata, 1961)
(Owens, 1974)meanK
KKH 31
(Owens, 1974) 23
22
212exp mmmJP (Jelinek, 1981)
3
ln
321
m
ii K
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Parâmetro de forma:
Lineação:
Foliação:
Anisotropia de Susceptibilidade Magnética (ASM)
2
1
K
KL (Balsey & Buddington,
1960)
(Stacey et al., 1962)
meanK
KKL 21
(Khan, 1962)
3
2
K
KF
meanK
KKF 32
Lineação normalizada:
Foliação normalizada:
1
)/ln(
/ln2
31
32
KK
KKT
(Jelinek, 1981)
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Parâmetro de forma:
Lineação:
Foliação:
Anisotropia de Susceptibilidade Magnética (ASM)
2
1
K
KL (Balsey & Buddington,
1960)
(Stacey et al., 1962)
meanK
KKL 21
(Khan, 1962)
3
2
K
KF
meanK
KKF 32
Lineação normalizada:
Foliação normalizada:
1
)/ln(
/ln2
31
32
KK
KKT
(Jelinek, 1981)
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Prolate
Oblate
Triaxial
Anisotropia de Susceptibilidade Magnética (ASM)
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ASM em rochas vulcânicas
Província Magmática do Cabo
Recife, Brasil
(Font et al., 2009)
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ASM em sedimentos
Estuário da Boca do Rio, Algarve
(Font et al., in review)
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7. Mineralogia magnética
Caracterizar os portadores magnéticos:
- Natureza (óxidos ou sulfitos de ferro)
- Tamanho (SD, MD ou SP)
- Origem (primaria ou secundaria)
Usando as propriedades magnéticas:
- Susceptibilidade magnética (k)
- Temperatura de Curie (TºC)
- Coercividade (Hc)
- SIRM (IRM a saturação)
- ARM (Anhysteretic Remanent Magnetization)
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T° ambiente
Mineralogia magnética
Peters & Thompson (1998).
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IRM (Isothermal Remanent Magnetization)
C0ncentração dos ferromagnéticos
Natureza (magnetite ou hematite por exemplo) a
partir da coercividade (Hc~B1/2)
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IRM (Isothermal Remanent Magnetization)
Terceiro parâmetros: DP
Permite caracterizar os minerais de alta coercividade mesmo sem atingir a saturação
___________________________
Robertson & France (1994). Phys. Earth Planet. Int., 82, 223-234.
Stockhausen (1998). Geophys. Res. Lett., 25, 2217-2220.
Kruiver et al. (2003). Geophys. J. Int., 153, 317-332.
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IRM (Isothermal Remanent Magnetization)
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Teste de Cisowski (1981)
IRM (Isothermal Remanent Magnetization)
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ARM (Anhysteretic Remanent Magnetization)
IRM = Magnetização de campo forte
ARM = Magnetização de campo fraco SD
Teste modificado de Lowrie-Fuller (1971)
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Curvas termomagnéticas
Tº Verwey
Tº Curie magnetite~580 ºC
Tº maghemite destruction~350 ºC
Hematite??