Candidatura Lott: Resposta Dos Patriotas Ros Monopólios ... · Manifesto Eleitoral dirigido aos...

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Define-se igualmente a candidatura do sr. Jânio Quadros, que interesses êle encarna, a quem serve. Faz-se um apelo aos pa- triota» equivocados que estão apoian- do Jânio e Ademar de Barros. Que sig- nificaria a vitória de Jânio Quadros? Que significará a vitória de Lott o Jan- go? «Conquistar a 3 de outubro uma vitória esmagadora para a chapa Lott- Jango diz o Manifesto é derrotar •t entreguistas e seus patrões da Light, da Bond and Share, da Standard Oil ¦ demais monopólios que exploram o nosso povo. t dar um grande passo na luta pela emancipação completa de n. -,so Pais, uma poderosa contribuição à luta pela paz no mundo inteiro, à causa dos povos oprimidos da Améri- ca Latina, à defesa da revolução cuba- na». A íntegra do Manifesto encontra- se à página 3, do caderno. Na quar- ta página do primeiro caderno o leitor encontrará ampla reportagem sobre o que foi. a convenção nacional dos co- munistas brasileiros, autíntica festa da democracia e da legalidade, onde foram debatidos os problemas mais can- dentes que envolvem o país na fase atual de nosso desenvolvimento S?pVJ*fj .'..*~it^»*m'-; "»><' ,-. ; ». ,: ¦*... *_sV| ^^^^•ffiMSg^l ¦':'.:.::¦:¦?>. . . .* -'.'V'jffl_M_l_K__nf'' Viví -,>¦..¦ l ¦¦.-. ¦ .,i.';.'s.-;,;..': . ¦¦:.;<&>¦;¦> ^^*'>*fflWÊMÍmmmc ¦iyi~-:x:-i%'.c'':'imm3kmwmM\ '¦¦'%?¦¦¦¦¦¦'¦-Kí> ¦¦:¦*/. ^___________________P > "•• •.:"•¦'^.íí*' i ; ¦•':¦¦ <;¦¦.'¦>¦ y\'.'*•.','.«'' *':$': ¦¦' ';".!'.,:':*.',-.ív.--.-_'iív-.," --¦:¦•¦«.;:¦•"-;.'•,¦.¦;¦¦¦;•:¦.¦•¦ '.:¦¦<:¦¦'¦¦¦ ..-,;":•, »;,¦'¦',.»: :• tü^W;d'''.•¦v_;.'..^'*ifai&; ¦''¦ ¦*_ii._ii_____PBJ___Hr) "¦•' :'-¦¦-- ¦'¦¦ ¦-:'¦¦:¦¦:';>,•••:'.¦.%:- '".v,;;s>!-'''.:-.-:m-:' -¦¦>¦: ;¦¦¦ :.:,-¦¦¦: v- < ¦ ;, ¦„¦'¦'",¦ ,-.¦• 4,. ;--';;"J^^'^'',«^;^,r^-/'VVvi^^^^-<;' ¦¦u ¦ -:V,:..''-V. ¦;?...'...¦;*¦ -¦.¦¦¦¦•-....: ¦¦:::¦¦•¦¦ ¦-r-.i':-'Vi;//::.::^;'* * ' ¦¦• < *' *W^*'\ ÊÈImÈm ^¦¦'¦»'>:¦¦; li .-"•'¦¦'.?¦ <.>•.••'..„.-.<.<?¦'...• '; ¦*&3&,-,':'¦••';»1B' ¦•¦ ;;a;. :-Mi <»_¦_-' :'?_^»i*'^í_a_________________i Jb'¦»''æMi:-v;t __________;!* *£___'-£^fl__¦ ¦/;-.-:;,»,' J|fll,llK»________R^ >>»>::"<__IÉ !''"'' 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Lott ou Jânio: emancipação ou entreguismo /"\S DOIS candidatos à Presidência da República jpram recebidos no CONCLAP (Conselho Superior das Cias- ses Produtoras), onde os membros da associação ouviram as respostas às per- gunlas anteriormente propostas a am- bos, por escrito. O marechal Lott, coe- rente com suas posições, reafirmou o plalaforma nacionalista que apresenta ao povo brasileiro. Jânio, despiu a fantasia com que procura aparecer è mostrou a verdadeira face de sua can- clidalura, entreguista e anlipopular. (Leia na !• oóaina do ?' caderno). L ;:;:'T-*!^$ÜÜ__|Wm. -"':•: ... 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A nova Capital da República assistiu à primeira parada militar co- memorativa do Sete de Setembro, es- tando presente o Presidente Juscelino Kubitschek e autoridades militares. No Rio, manteve-se a tradição do desfile das tropas pela Avenida Presidente Vargas, assistido por milhares de pes- soas. Passaram ante a multidão 25 mil homens do Exército, Marinha e Aero- náutica, além de unidades blindadas. Era também a primeira festa deste gé- nero no novo Estado da Guanabara. No Mausoléu de Caxias encontravam- se o Governador Sette Câmara e auto- ridades civis e militares. A grande mui- tidão, que todos os anos se estende do Monroe até o final da Av. Presiden- te Vargas, aplaudiu entusiòsticamenle o garbo dos soldados das inúmeras uni- dades que desfilaram.,i - LOTT: Não Forca Capaz de Deter ou Deturpar a Revolução Nacionalista Vitalidade ORLANDO BOMFIM JR. O ti, ATO solene de encerramento, no auditório óa Associação Brasileira de Imprensa, perante grande massa popular, líderes sindicais, parlamenta- res e representantes de partidos, da Convenção Na- cional dos comunistas alcançou significado político de irrecusável relevo. E sua importância não se mantém confinada nos limites dos interesseis internos de uma determinada corrente da opinião pública, mas, ao contrário, atinge o conjunto do quadro da vida po- litica do pais. A CONVENÇÃO Nacional não foi um ato isolado. Pu- blicadas as Teses e o Projeto de Estatutos, os comunistas brasileiros, através do debato realizado em todos os escalões e num esforço conjunto e democrá- tico, .empenharam-se na elaboração de sua linha po- litica. Mais ainda. As colunas de NOVOS RUMOS foram transformadas tm tribuna de discussão, de modo quê opiniões c divergências passaram a ser ex- postas abertamente, às vistas de amigos e inimigos. A publicidade honesta e patriótica: em torno da procura dos caminhos que levam à solução dos problemas bá- sicos de nosso povo resultou, de um lado, em mais um golpe nas velhas e surradas calúnias .empre repetidas contra os comunistas, e, por outro lado, numa reper- cussão maior ainda dos debotes travados. Essa re- percussão atingiu amplos setores fora dos círculos de militantes e simpatizantes e se espraiou além mesmo, despertando interesse cm diversos paises latino-ome- ricanos. A CONVENÇÃO encerrada na ABI, coroando o série de atos e realizações que a prepararam, cons- titui também uma demonstração de vitalidade do mo- vimento comunista em nossa Pátria. Desmoralizam-se, cada vez mais, aqueles que insistem em falar em «ex- tinto» ou coisa semelhante, quando se referem ao movimento comunista brasileiro. E não podia ser do outra forma. Porque a corrente marxista não repre- senta a criação artificial de cérebros fantasiosos. Nasceu por uma imposição histórica do desenvolvimento da sociedade e como expressão dos interesses de uma classe, a classe operária. O panorama mundial nos mostra que é exatamente essa a classe que caminha na vanguarda das transformações sociais, tendo ini- ciado a construção do mundo do futuro, E no Brasil a realidade palpável c que o progresso do país está umbelicalmcnte ligado ao crescimento da classe opera- ria, cuja atuação, aliás, vem se fazendo sentir cada vez mais fortemente em todos os aspectos da vida nacional. Pretender, assim, «extinguir» o movimento comunista seria o mesmo que pirtender acabar com o efeito, quando a causa se torna sempie mais vigo- rosa. CERA por tudo isso igualmente inútil o cega insis- tência cm consesvar na ilegalidade o Partido Comunista do Brasil. A própria Convenção signifi- cou um passo no sentido do rompimento dessa situa- ção, que se torna insustentável. E o rompimento defi- nitivo constitui uma exigência não apenas dos comu- nistas, mas do avanço da democracia. E' fora de dú- vida que os comunistas se têm revelado, não apenas por palavras, mas principalmente na prática de sua atividade, sólidos baluartes dos princípios democrá- ticos. Sua luta contra a fascistizaçáo e pela redemo- cratização do pais não pode ser negada nem pelos seus mais ferrenhos adveisários, como também a d*- fesa permanente que têm sustentado do< direitos garantias individuais e o esforço contínuo pela sua ampliação. A livre atuação do Partido Comunista re- presentorá, em conseqüência, o reforçamonto do con- junto das correntes políticas efetivamente interessadas em que a democracia se consolide e avance. Sob outro aspecto, recusar aos comunistas, cuja influência pode sor medida pelo histerismo crescente de seus próprios inimigos, o direito de organizar seu partido político, corresponde a descumprir a Constituição da República e sufocar a opinião pública. TODAS essas razões levam a que a Convenção Na- cional realizada pelos comunistas adquira o significado de um acontecimento político de irrecusável relevo e de importância oara toda a Nação. Wt&tôií ¦¦'/':'¦¦'.-¦'¦- ssamwastisa ¦fá_mmm&

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Page 1: Candidatura Lott: Resposta Dos Patriotas Ros Monopólios ... · Manifesto Eleitoral dirigido aos traba-lhadores e a todos os patriotas de-mocratas. O documento é uma defini-ção

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VTANO II Rio dt Janeiro, semana de 9 a 15 de setembro de 1960 N;'80

Redator-Chefe — Orlando Bomfim Jr. Diretor— Mário Alves Gerente — Guttemberg Cavalcanti

Prestes Apresentado Manifesto Eleitoral Dos Comunistas

Candidatura Lott:Resposta Dos

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da Rua Chile!"

Ros Monopólios Dos EDR (6* pàg. do 2< cad.)

%I0 ENCERRAMENTO doi trabalhosda convenção dos comunistas, na

ABI, Prtstts procedeu a leitura de umManifesto Eleitoral dirigido aos traba-lhadores e a todos os patriotas e de-mocratas. O documento é uma defini-ção oficial dos comunistas em favordas candidaturas dos srs. Teixeira Lotte João Goulart à Presidência e à Vice-Presidência da República. Ai se diz porque os comunistas apoiam Lott e Jango,o que representam estas candidaturas,os compromissos que elas implicam emrelação ao futuro do Brasil. Define-seigualmente a candidatura do sr. JânioQuadros, que interesses êle encarna,a quem serve. Faz-se um apelo aos pa-triota» equivocados que estão apoian-do Jânio e Ademar de Barros. Que sig-nificaria a vitória de Jânio Quadros?Que significará a vitória de Lott o Jan-go? «Conquistar a 3 de outubro umavitória esmagadora para a chapa Lott-Jango — diz o Manifesto — é derrotar•t entreguistas e seus patrões da Light,da Bond and Share, da Standard Oil¦ demais monopólios que exploram onosso povo. t dar um grande passo naluta pela emancipação completa den. -,so Pais, uma poderosa contribuiçãoà luta pela paz no mundo inteiro, àcausa dos povos oprimidos da Améri-ca Latina, à defesa da revolução cuba-na». A íntegra do Manifesto encontra-se à página 3, do 1° caderno. Na quar-ta página do primeiro caderno o leitorencontrará ampla reportagem sobre oque foi. a convenção nacional dos co-munistas brasileiros, autíntica festa dademocracia e da legalidade, ondeforam debatidos os problemas mais can-dentes que envolvem o país na faseatual de nosso desenvolvimento

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Lott ou Jânio:emancipação ouentreguismo/"\S DOIS candidatos à Presidência

da República jpram recebidos noCONCLAP (Conselho Superior das Cias-ses Produtoras), onde os membros daassociação ouviram as respostas às per-gunlas anteriormente propostas a am-bos, por escrito. O marechal Lott, coe-rente com suas posições, reafirmou oplalaforma nacionalista que apresentaao povo brasileiro. Jânio, despiu afantasia com que procura aparecer èmostrou a verdadeira face de sua can-clidalura, entreguista e anlipopular.(Leia na !• oóaina do ?' caderno).

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/"jRANDES desfiles militares assinala-ram o 138" aniversário da procla-

mação da independência política doBrasil. A nova Capital da Repúblicaassistiu à primeira parada militar co-memorativa do Sete de Setembro, es-tando presente o Presidente JuscelinoKubitschek e autoridades militares. NoRio, manteve-se a tradição do desfiledas tropas pela Avenida PresidenteVargas, assistido por milhares de pes-soas. Passaram ante a multidão 25 milhomens do Exército, Marinha e Aero-náutica, além de unidades blindadas.Era também a primeira festa deste gé-nero no novo Estado da Guanabara.No Mausoléu de Caxias encontravam-se o Governador Sette Câmara e auto-ridades civis e militares. A grande mui-tidão, que todos os anos se estendedo Monroe até o final da Av. Presiden-te Vargas, aplaudiu entusiòsticamenle ogarbo dos soldados das inúmeras uni-dades que desfilaram. ,i -

LOTT:Não háForca Capazde Deterou Deturpara RevoluçãoNacionalista

VitalidadeORLANDO BOMFIM JR.

O

ti,

ATO solene de encerramento, no auditório óaAssociação Brasileira de Imprensa, perante

grande massa popular, líderes sindicais, parlamenta-res e representantes de partidos, da Convenção Na-cional dos comunistas alcançou significado político deirrecusável relevo. E sua importância não se mantémconfinada nos limites dos interesseis internos de umadeterminada corrente da opinião pública, mas, aocontrário, atinge o conjunto do quadro da vida po-litica do pais.

A CONVENÇÃO Nacional não foi um ato isolado. Pu-blicadas as Teses e o Projeto de Estatutos, os

comunistas brasileiros, através do debato realizado emtodos os escalões e num esforço conjunto e democrá-tico, .empenharam-se na elaboração de sua linha po-litica. Mais ainda. As colunas de NOVOS RUMOSforam transformadas tm tribuna de discussão, de

modo quê opiniões c divergências passaram a ser ex-

postas abertamente, às vistas de amigos e inimigos. A

publicidade honesta e patriótica: em torno da procurados caminhos que levam à solução dos problemas bá-sicos de nosso povo resultou, de um lado, em mais um

golpe nas velhas e surradas calúnias .empre repetidas

contra os comunistas, e, por outro lado, numa reper-

cussão maior ainda dos debotes travados. Essa re-

percussão atingiu amplos setores fora dos círculos de

militantes e simpatizantes e se espraiou além mesmo,despertando interesse cm diversos paises latino-ome-ricanos.

A CONVENÇÃO encerrada na ABI, coroando o sériede atos e realizações que a prepararam, cons-

titui também uma demonstração de vitalidade do mo-

vimento comunista em nossa Pátria. Desmoralizam-se,cada vez mais, aqueles que insistem em falar em «ex-

tinto» ou coisa semelhante, quando se referem ao

movimento comunista brasileiro. E não podia ser do

outra forma. Porque a corrente marxista não repre-senta a criação artificial de cérebros fantasiosos.Nasceu por uma imposição histórica do desenvolvimentoda sociedade e como expressão dos interesses de uma

classe, a classe operária. O panorama mundial nosmostra que é exatamente essa a classe que caminhana vanguarda das transformações sociais, já tendo ini-ciado a construção do mundo do futuro, E no Brasila realidade palpável c que o progresso do país estáumbelicalmcnte ligado ao crescimento da classe opera-ria, cuja atuação, aliás, vem se fazendo sentir cadavez mais fortemente em todos os aspectos da vidanacional. Pretender, assim, «extinguir» o movimentocomunista seria o mesmo que pirtender acabar com oefeito, quando a causa se torna sempie mais vigo-rosa.

CERA por tudo isso igualmente inútil o cega insis-tência cm consesvar na ilegalidade o Partido

Comunista do Brasil. A própria Convenção já signifi-cou um passo no sentido do rompimento dessa situa-ção, que se torna insustentável. E o rompimento defi-nitivo constitui uma exigência não apenas dos comu-nistas, mas do avanço da democracia. E' fora de dú-vida que os comunistas se têm revelado, não apenaspor palavras, mas principalmente na prática de suaatividade, sólidos baluartes dos princípios democrá-ticos. Sua luta contra a fascistizaçáo e pela redemo-cratização do pais não pode ser negada nem pelosseus mais ferrenhos adveisários, como também a d*-fesa permanente que têm sustentado do< direitos •garantias individuais e o esforço contínuo pela suaampliação. A livre atuação do Partido Comunista re-presentorá, em conseqüência, o reforçamonto do con-junto das correntes políticas efetivamente interessadasem que a democracia se consolide e avance. Sob outroaspecto, recusar aos comunistas, cuja influência podesor medida pelo histerismo crescente de seus própriosinimigos, o direito de organizar seu partido político,corresponde a descumprir a Constituição da República esufocar a opinião pública.

TODAS essas razões levam a que a Convenção Na-cional realizada pelos comunistas adquira o

significado de um acontecimento político de irrecusávelrelevo e de importância oara toda a Nação.

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Page 2: Candidatura Lott: Resposta Dos Patriotas Ros Monopólios ... · Manifesto Eleitoral dirigido aos traba-lhadores e a todos os patriotas de-mocratas. O documento é uma defini-ção

— 2 NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de setembro de 1960

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arfflmos Com Grevearcada AguardamDecisão do Governo

Embora alguns sindicatos já houvessem decidido apoiar uma outra tabela de aumento sa-larial, o Conselho da FedcraçiSo Nacional dos Marítimos, considerando o assunto, resolveu,por ser mais viável, lutar pela paridade dc vencimentos com os dos militares. Na foto, umadas reuniões realizadas pelos lideres sindicais, em busca dc uma solucflo para o problemasalarial.

Os sindicatos que r e p r a i e n-tam cerca de 120 mil trabalha-dores marítimos de todo o Paisreunir-ie-ão no próximo dia 14, na itdoda Federação Nacional, paru examinara situação em que sa encontram oi an-rendimentos para solução das relvlndi-cações da numerosa categoria. Enquan-to isso, permanece a decisão de greveno próximo dia 15, adotada pelos Sin-dicatos Nacional de Oficiais de Náuti-ca, dos Enfermeiros, dos Radiotelegra-fistas, dos Maquinislas, e dos Eletricis-tas da Marinha Mercante.

Esse grupo de sindicatos, que decre-tou greve para o dia 15, reivindica umatabela de aumento salarial, enquantoa maioria das outras entidades achamais conveniente a incorporação dosmarítimos à luta de todo o funcionalis-mo, reivindicando a equiparação dosseus vencimentos aos dos militares.

As duas tendências estava prática-mente definidas, e parecia que os mar!-timos, que formam uma categoria unidapor tradição, seriam divididos, ficandocada grupo a lutar isolado pela rei-vindicação que achou mais justa e viá-vel. Mas isso não ocorreu. O bom sen-so e o espírito de unidade dos traba-lhadores do mar predominaram na reu-nião realizada na sede do Sindicato Na-cional dos Oficiais de Máquina, na qual,graças a um entendimento entre os lide-res das diversas correntes, ficou estabe-

Paridade comos militares

Banqueiros São Mal EducadosMas os Bancários Revigorama Luta Pela Emergência

Os líderes bancários de todo o Paísreunir-se-ão no Rio de Janeiro, no pró-ximo dia 10, para dar conhecimentooficial à CONTEC do pronunciamentoda classe acerca da luta pela propostade emergência, e tomar medidas des-tinadas a dar maior impulso à cam-

panha em lodo o território nacional.

Os bancários liderados pela CON-TEC vêm lutando, desde junho de 1959,pelo estabelecimento do Contrato Co-letivo de Trabalho.

A primeira grande vitória desse mo-vimento foi a constituição da ComissãoMista Nacional, presidida pelo procu-rador da Justiça do Trabalho, sr. Ben-jamim Eurico Cruz, e composta dos ban-cários Huberto Meneses e Gilberto Aze-vedo, e do representante dos banquei-ros de Pernambuco. Essa Comissão tema finalidade de estudar e elaborar oContrato Coletivo de Trabalho. Acon-tece, entretanto, que os banqueiros dosdemais Estados negaram-se, até ago-

NotaSindical

ra, a enviar seus representantes ao re-ferido órgão, alegando que só parti-ciparão dos estudos para elaboraçãodo CCT depois do Congresso Nacionaldos Bancos, que se realizará de 6 a 12de novembro próximo. Em virtude dis-se, eles vêm se mostrando intransigen-tes, recusando-se até mesmo a compa-recer às reuniões convocadas pelo Pro-curador da Justiça do Trabalho e pre-sidente da Comissão Mista.

A proposta de emergênciaConsiderando a atitude dos banquei-

ros face à elaboração do CCT, tendoem vista que a maioria dos acordossalariais da categoria encerra-se nomês da setembro, a CONTEC, tm suaúltima reunião, resolveu destacar doprojeto de CCT os três pontos mais fá-cels da serem atendidos, transforman-do-os na proposta de emergência, queestá sendo submetida à apreciação dosbancários e dos banqueiros em todo o

ensagemDasConfederações

Os presidentes das Confederações que se retiraram do III CongressoSindical Nacional lançaram um documento denominado "Mensagem «• pro-grama dc orientação das entidades sindicais democráticas". A r?rcrida men-sagem foi muito bem recebida pelo vespertino "O Globo", que a publicou naintegra, na edição de 2 do corrente, com uma chamada cm manchete tle 5colunas, na primeira página. Essa acolhida tão entusiástica náo significaque o referido documento seja tão ruim assim. Ao contrário, a mensagemdas Confederações consuhstacia, cm muitos .pontos, as reivindicações queos trabalhadores aprovaram em seu III Congresso Sindical Nacional.

Por que então, jornais reacionários como "O Globo" e outros que obc-deeem à mesma linha deram tanto destaque à Mensagem? Será que houveequivoco? Scra que os srs. Deoclcciano, Parmigianl e Syndulpho consegui-ram iludir os espertos ases da imprensa reacionária, a ponto de fazê-lospublicar, cm tom sensacionalista, uma plataforma de luta inteiramente con-traria aos interesses dos porta-vozes «Ia embaixada ianque c dos grupos rea-cionarios e entreguistas?

A verdade c que eles publicaram, á guisa de chamamento aos traba-lhadores brasileiros, c chamamento para a luta, (liga-se de passagem, umprograma do qual destacamos o seguinte item: "Defesa do monopólio esta-tal do petróleo e nacionalização progressiva da venda de seus produtos;pugnar pela criação da indústria nacional de energia elétrica, encampandoos trustes e monopólios estrangeiros, tornando uma realidade a Eletrobrás;nacionalização «Ia indústria de transportes aéreos e marítimos; exploraçãoestatal dos portos brasileiros, encampando os trustes prejudiciais à economianacional; encampação dos serviços telegráficos, radiotelegraficos e radiote-lefônicos; limitação da remessa de lucros das companhias estrangeiras parao exterior; luta pela nacionalização dos bancos dc deposito".

Terá havido equivoco na publicação désse documento? Não, não houve."O Globo" salie o que quer. Mas o azar dele é que os trabalhadores tambémsabem. A verdade é que qualquer pessoa iniciada na atividade sindical c nomovimento político sabe perfeitamente que náo hasta um justo programade reivindicações, se não se tomam as medidas dc organização necessárias alevar esse programa á prática. Qualquer programa, por mais jir<o «,uc seja,estará fadado ao fracasso, se as forças interessadas cm sua execução não seaglutinarem na luta unitária pela sua conquista.

Salvo pequenas alterações, a diferença entre o programa elaboradopelas)X'onfc(lerações c o aprovado pelos trabalhadores no HI Congresso estájustamente no problema da organização. E foi êsse problema, cuja soluçãoprovisória os trabalhadores encontraram, que levou os presidentes das 3Confederações a se retirarem do Congresso. Essa retirada, que seria o pontode partida para a divisão do movimento sindical e, conseqüentemente, paraimpedir a vitória do seu programa de reivindicações, e que continua sendolouvada pelos órgãos da imprensa reacionária. Náo é de estranhar, portan-to, jnue eles tenham publicado o referido documento. O que eles querem èestimular a criação de focos divisionistas, pois, oom o movimento sindicaldividido, os interesses dos inimigos dos trabalhadores estarão garantidos.

O problema fundamental que o movimento sindical enfrenta não éo do seu programa, que ja está elaborado, mas o da organização que per-mita a luta vitoriosa pela execução désse programa. A própria mensagemlançada pelos titulares das Confederações afirma que eles "manterão rela-ções com os órgãos sindicais brasileiros estruturados legalmente, como se-jam as Confederações, Federações, Sindicatos c Associações Profissionais, nosentido da solidariedade e colaboração sempre que houver identidade des-ses propósitos, de pensamento e de ação".

Ora, a Comissão Executiva para o IV Congresso Sindical Nacional, for-mada no último conclave nacional dos trabalhadores, por "órgãos sindicaisbrasileiros estruturados legalmente", tem justamente o objetivo de promo-ver a solidariedade c a colaboração cm torno dos interesses comuns dasmassas trabalhadoras. A Comissão Executiva foi a forma encontrada parao contato permanente entre os órgãos de cúpula, empenhados em reforçara unidade sindical e apressar a vitória das reivindicações das massas laho-riosas.

Se o objetivo dos signatários da mensagem também é êsse, não hácomo compreender a manutenção da conduta divisionista que eles adotaramno III Congresso, conduta que só serve aos inmigos do movimento sindical.O que os trabalhadores esperam é que essessenhores reconsiderem a sua posição, e ve-nham ocupar os seus lugares na ComissãoExecutiva, lutando, ao lado dos demais li-deres sindicais, pela vitória do programa doIII Congresso Sindical Nacional.

País. A referida proposta tam es sa-guintes itens: 1) aumento geral da ..50% a partir da 1 da setembro; 2)fixação do salário profissional em ba-ses iguais a uma vez a meia o saláriomínimo regional; 3) extinção do tra-balho aos sábados; 4) continuação dosestudos para a elaboração do Contra-to Coletivo de Trabalho.

Essa proposta de emergência, à me-dida que vai sendo aprovada pelos sin-dicatos da classe, é encaminhada àsentidades patronais.

Cariocas recusaram 27%

Os bancários cariocas foram os pri-meiros a concordar com a proposta daemergência, numa assembléia-monstrorealizada na noite do dia 26 últi-mo, no Teatro João Caetano. Aprovadapela assembléia, a solicitação foi en-viada pela Diretoria do Sindicato aosbanqueiros do Rio. Estes, na reuniãorealizada no tarde do dia 3, decidiramconsiderar apenas o item relativo àporcentagem salarial, oferecendo umaumento de 27%. Os bancários cario-cas, na noite do mesmo dia, reuniram--se na sede do seu Sindicato, repudia-ram a ridícula proposta patronal e de-cidiram continuar a luta pela conquU-ta da proposta de emergência

Patrões mal educados

A intransigência dos banqueiros emrelação ao Contrato Coletivo de Tra-balho tem sido tão saliente, que o Pro-curador da Justiça do Trabalho, quepreside a Comissão Mista, chegou achamá-los de mal educados, dizendoque eles violam os mais elementaresprincípios de cortesia, voltando as cos-tas sistematicamente a todos os convi-tes que lhes são feitos pelas autorida-des ministeriais objetivando dar-lhes'conhecimento da pretensão dos banca-rios. O procurador Benjamim Cruz de-clarou, entretanto, que continuará en-vidando todos os esforços para chamaros banqueiros à razão, demovendo-osde sua inexplicável atitude negando-sea discutir as bases de um instrumentolegal, o CCT, previsto nas leis do país.

Essas declarações foram feitas natarde do dia 2, no Departamento Na-cional do Trabalho, quando os banca-rios cariocas ali estiveram, em compa-nhia dos seus líderes, para piestigiara Comissão Mista Nacional

Campanha de rua

Tudo indica que, na reunião do pró-ximo dia 10, os bancários de todo opaís decidam dar um rtomo impulso àcampanha pela proposta de emergên-cia, transformando-o num vigoroso mo-vimento, ganhando as ruas om grandesmanifestações, denunciando a intransi-

tecido que as duas propostas seriamapresentadas às autoridades como pro-postas da toda a corporação e que aaceitação da qualquer uma delas con-taria com o apoio da todos.

Com a palavra o governoO líder Thaumaturgo da Silva Gaio,

presidente da Federação Nacional dosMarítimos, e outros dirigentes sindicais,ficaram encarregados de et caminhar asduas proposições às autoridades minis-teriais, para que elas se manifestassemsobre as mesmas. Da decisão dessasautoridades é que dependerá a futuraconduta dos marítimos, inclusive a da»quelas categorias que já decretaramgreve para o dia 15. O ministro do Tra-balho, sr. Batista Ramos; e o da Viação,comandante Ernani do Amaral Peixoto,já têm conhecimento da decisão dosmarítimos.

As propostas

Os sindicatos que congregam amaioria dos trabalhadores do m a racham conveniente a decretação da

greve sem que as autoridades gover-namentaii se pronunciem sobre as suasreivindicações, que estão consubstan-ciadas em duas propostas; uma visan-do a equiparação dos vencimentos dosmarítimos aos dos militares, formula-da na seguinte ordem — médicos, ime-diatos, 1? maquinista e 1? comissário,Cr$ 36.000,00; 1? piloto, 2" maquinista,1' radiotelegrafista e prátk da cos-ta, Cr$ 33.000,00; 2» piloto, 3' ma-quinista, mestra da pequena cabota-gem e conferente, Cr$ 30.000,00; en-fermeiro, carpinteiro a contramestre,Cr$ 25.000,00; cabo foguista e 1' co-

zinheiro, Cr$ 23.000,00; marinheiro,foguista, 2' cozinheircj e padeiro, Cr$21.000,00; moço, 3" cozinheiro, talfei»ro e camareiro, Cr$ 16.000,00; ajudan-te de cozinha, Cr$ 15.000,00. A ta*bela estabelece que o comandante de*verá receber sempre 50% a mais quea maior soldado da tripulação.

O outro grupo de cinco sindicatos— oficiais de máquinas, oficiais d*náutica, eletricistas, radiotelegrafistase enfermeiros, apresenta a seguinte ta-bela: comandante, Cr$ 90.000,00; I»maquinista, comissário, imediato e mé-dico, Cr$ 00.000,00; 1» piloto, 2? ma-quinista, P radiotelegrafista e práti-co da costa, Cr$ 50.000,00; 2» piloto,3o maquinista e 2Ç radiotelegrafista,Cr$ 40,000,00; enfermeiro e eletricista,Cr$ 30.000,00. i

Para apreciar a decisão das auto*ridades sobre essas duas propostas, éque se reunirão, no próximo dia 14, osrepresentantes dos sindicatos dos tra-balhadores do mar de todo o País.

Equiparaçãc

Na última reunião do Conselho daFederação Nacional dos Marítimos, fi-cou decidido que a Fedeiação lutarápela tabela de equiparação aos ven-cimentos dos militares. A incorporaçãodos marítimos nessa luta virá reforçara campanha nacional dos servidorespúblicos, que estão empenhados naconquista do mesmo objetivo. Os por-tuários cariocas, logo que tomaram co-nhecimento da decisão dos seus cole-gas marítimos, começaram a tomar pro-vidéncias visando a sua participaçãona batalha da paridade de vencimen*tos.

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Apoio à Comissãono Ministériogência patronal face às justas reivin-dicações dos seus empregados, e escla-recendo a opinião pública e as autori-dades sabre a eventualidade de umagreve que venha a ser deflagrada, emdefesa de um nível salarial justo e dadignidade dos bancários que, comoafirmaram os cariocas, não são mole-quês e nem pretendem viver de esmo-Ias. Aliás, o próprio procurador da Jus-tiça do Trabalho, sr. Benjamim Cruz,declarou, no DNT, que uma greve, nocaso, não poderia ser considerada umaindisciplina, mas um recurso justo, des-tinado a fazer com que os emprega-dores venham colaborar para o Con-trato Coletivo de Trabalho.

III CongressoPrevidência esalário mínimo

Os membros da Comissão Executi-va do III Congresso Sindical Nacionaldeverão ter um encontro, ainda nestasemana, com os srs. João Goulart eBatista Ramos, para fazer-lhes entregadas Resoluções do III Congresso, a dis-cutir assuntos relacionados com a regu-lamentação da Lei Orgânica da Previ-dência Social e da revisão dos atuaisníveis de salário mínimo. Os lideres sin-dicais do Estado lio Guanabara tambémestarão presentes a êsse encontro.

Os bancários cariocas iniciaram uma nova fase de mobilização de suas forças, com o ob-jetivo dc conquistar as reivindicações constantes da proposta dc emergência, que os ban-queiros vem se negando a considerar. Na foto, os lideres Huberto Menezes e Alulzio Pa-lhano, que se dirigiram ao Ministério do Trabalho, acompanhados de centenas de bancários.

Defende Teu Direito

TtOliklri :^" "'m'W

RÁDIO DE MOSCOUA Rádio de Moscou transmite para o Brasil programas espe-

ciais a partir de 20 horas, hora do Rio de Janeiro, no diapasãode ondas:

16 metros1925 "

(17,82 e 17,84 megaciclos)(15,21; 15,40 e 15,44 megaciclos)(11,79 e 11,92 megaciclos)

A.Q.S. (São Paulo).O consulente foi contratado para o desempenho <la.s funções de meiooficial encanador, sendo esta a natureza do serviço inscrita na sua carteira

profissional. Todavia, há mais de dois anos vem trabalhando como ajudantedc ajustador mecânico.

O que houve foi uma novação n0 sen contrato de trabalho, alteraçãotacltamente consentida pelo empregado (que contra ela nâo reclamou nemprotestou, executando as funções que lhe foram atribuídas) e licita, querpela concordância do empregado, quer parque *, alteração nSo trouxe prejuí-zo de salários.

De acordo com o art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho a ai-feração no contrato individual de trabalho «só é licita por mútuo consenti-mento, e, ainda assim, desde que não resulte, direta ou Indiretamente, pre-juízos para o empregado, sob pena dc nulidade da cláusula infringente destagarantia».

No caso concreto, o silêncio do empregado importou em consentimentotácito.

Assim, apesar das anotações constantes da carteira profissional, o con-sulente é ajudante de ajustador mecânico. Pode pedir ao patrão que retlfi-.que as anotações e reclamar, na Justiça do Trabalho, caso êle se negue afazer as modificações.V.S.G. (Silo Paulo). .

O consulente já há algum tempo trabalha em uma empresa. Não temcontudo a sua carteira profissional anotada. Ademais, apesar de executaruma hora extraordinária por dia, só recebe o niüílmo regional.

Quanto à anotação da Carteira Proiissional. E' um direito do empre-gado exigi-la do patrão Em caso de negativa por parte deste, o empregadopode recorrer a dois meios: r

a) -~ dlrijase ao S.Í.P. (Serviço de Identificação Profissional) do Mi-nisterlo do Trabalho e faça a sua reclamação. Ela será processada de acordaeom os arts. 36 e seguintes da Consolidação. O prazo para esta reclamação6 o de dez dias, a partir da recusa do patrão.b) — poderá, de outra parte, dlrlglr-se à Justiça do Trabalho e lá, tam-bt>m, reclamar as anotações devidas. Aliás, para evitar perda dê tempo oempregado deve dlrlglr-se, desde logo, à Justiça do Trabalho E' que quandohá controvérsia, o S.I.P. encaminha o processo à Justiça.Quanto às horas extraordinárias: — O consulente poderá apresentar re-clamação na Justiça do Trabalho. As horas extraordinárias assim con-sideradas, em tese, as que ultrapassam a jornada normal de 8 horas) deacordo com o art. 59 8 V da Consolidação das Leis do Trabalho serão' re-numeradas, pelo menos, com uni acréscimo de 50% sobre a hora normal.

J.D.B, (Estada da Guanabara).Infelizmente não recebemos a sua carta anterior. Renove a sua con-sulta, «í teremos prazer em atendê-laO mesmo consulente (J.D.B.) foi suspenso por um dia, em virtudede fer sido surpreendido fumando. Justa a penalidade?Impossível uma resposta definitiva, sem que levemos em conta outrosdetalhes que não foram mencionados na carta. Se fumar no local onde oconsulente foi encontrado é proibido pelo regulamento da empresa, um ato'."'ml H c0Inet,do e dificilmente a penalidade será cancelada pela Justiçado Trabalho. O regulamento da empresa se Incorpora ao contrato de trabalho,fazendo parte integrante dele ' '

T.L.S. (Recife).O.consulente tem um ano e cüico meses e 10 dias dc casa. Foi desoe-«lido, sem causa, e deseja saber o montante de suas reparações

• iTc!1oAd^elfí> í l??riodos dc indenização, um mês de AvisoPrévlo. umperíodo (20 dias) de férias e 7 dias de férias proporcionais, tudo calculadoIrtlS da cònloffçao,:emUneraSa0 "^^ "* °,npr6S8- *? «**» «« •

O AvisoPrévlo Integra o contrato detrabalho para todos os efeitos legais. DaíI>oi(|iie, com a soma do Avíso-Prévlo, o con-sulente tem 1 ano, 6 meses e 10 dias de casa.

Everaldo Martins

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Page 3: Candidatura Lott: Resposta Dos Patriotas Ros Monopólios ... · Manifesto Eleitoral dirigido aos traba-lhadores e a todos os patriotas de-mocratas. O documento é uma defini-ção

Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de setembro d* 1960 NOVOS RUMOS 3 -

PRESTES APRESENTA 0 MANIFESTO ELEITORAL DOS COMUNISTAS

CANDIDATURA LOTT:RESPOSTA DOS PATRIOTASAOS MONOPÓLIOS DOS EUA

No ato solene de encerramentoda Convenção dos comunistas,realizado no auditório da ABI, foilido por Luiz Carlos Prestes o se-guinte manifesto eleitoral:

«Aos trabalhadores!A todos os patriotas e democrá-

tas!Estamos às vésperas do pleito

eleitoral em que os brasileiros de-cidirâo, através do voto, a quementregar a suprema magistraturada Nação. As eleições de 3 de ou-tubro assumem grande significa-ção na luta de nosso povo pelaemancipação nacional e pela de-mocracia.

Apesar das concessões que oscírculos governantes de Washing-ton vêm obtendo do atual governo,não conseguiram submeter o Bra-sil ao seu completo domínio. E'o que pensam agora alcançar coma eleição, a 3 de outubro, de umPresidente da República submissoaos interesses imperialistaa. En-contràram os monopólios dos Esta-dos Unidos e seus agentes em nos-80 país, no sr. Jânio Quadros, odemagogo capaz de todas as pro-messas antes das eleições, mas jásuficientemente preso aos interês-ses da reação e do entreguismopara servi-los depois do pleito.

A isto responderam os patriotas« democratas com o lançamento dacandidatura do marechal TeixeiraLott — p patriota que, cemo mi-nistro dá Guerra, dirigiu em no-vembro de 1955 a luta contra osgolpistas a serviço dos monopóliosianques, preferindo ficar ao lado

, do povo e respeitar suas conquis-tas democráticas asseguradas naConstituição. Lott é o defensor in-transigente da Petrobrás. Compro-mete-se perante a Nação a tomarmedidas em defesa dos interessesnacionais — a limitar a remessade. lucros para o exterior, a nacio-nalizar os bancos de depósito, a

\ produção e distribuição de energiars elétrica, a desenvolver o ensino pú-í bíico e gratuito, a respeitar e am-

tentam os senhores da reação ex-piorar o descontetamento populardecorrente da carestia da vida, bemcomo das negociatas e da corrup-ção que campeiam nos círculosmais reacionários do atual govèr-no. O sr. Jânio Quadros apresen-ta-se ao eleitorado como um can-didato oposicionista. Não combate,porém, a política econômico-finan-ceira do sr. Juscelino Kubitschekno que tem de mais reacionário —a sua dependência aos monopóliosimperialistas. Declara-se partida-rio das inversões de capital norte--americano çm nosso pais. Não seopõe, assim, às origens da infla-ção e da carestia, da desvaloriza-cão crescente da moeda brasileira,à fonte básica da corrupção e dasnegociatas.

Eis porque nós, comunistas, com-batemos a candidatura Jânio Qua-dros e lutamos pela vitória do ma-rechal Teixeira Lott. Divergimosdo marechal Lott a respeito dequestões importantes, mas reconhe-cemos sua honradez e seu pátrio-tismo. Em torno do seu nome jáse organiza uma poderosa coliga-ção eleitoral nacionalista e demo-crática, que deverá assegurar a vi-tória nacionalista nas urnas. Apoi-amos, igualmente, a candidatura dosr. João Goulart à vice-presidênciada República, candidatura que re-'presenta na referida coligação elei-toral o Partido Trabalhista Brasi-leiro, com uma plataforma nacio-nalista e democrática apoiada porgrandes massas trabalhadoras epopulares.

Conquistar a 3 de outubro umavitória esmagadora para a chapaLott-Jango é derrotar os entreguis-tas e seus patrões da Light, daBond and Share, da Standard Oilo demais monopólios que exploramo nosso povo. É dar um grandepasso na luta pela emancipaçãocompleta de nosso país, uma pode-rosa contribuição à luta pela paz' no mundo inteiro, a causa dos po-vos oprimidos da América Latina,

pliar a.s conquistas dos trabalha- à defesa da revolução cubanadores, a iniciar uma reforma agra-ria.'

Utilizando os mais dispendiososrecursos da propaganda moderna,

Panorama

Conquistar a 3 de outubro a vi-tória para a chapa Lott-Jango é,agora, a maneira mais acertada delutar contra a inflação e a carestia

A Aliança do PovoArrasta as Cúpulas

Desde o inicio d» campanha eleitoral ficou assente qup as eleiçõespara o governa da Guanabara 'ião o barómctro seguro do interesse duscúpulas pessedistas e do próprio sr Juseeljno Kubitscliek pela candidaturado marechal Lott. K assim toi por várias razões. O Rio de Janeiro continuasendo de fato o centro político do pais, apesar da mudança da Capital. Oiiovj Estado se inclui entre os maiores da União em importância econômicar, mesmo, cm população. Além disso, há uma vasta conspiração financeirae política em marcha, com o objetivo de colocar no governo da Guanabara,por trás de Lacerda, as Iórças mais entreguistas e ninis reacionárias do pais— as mesmas forças o,ue fizeram o 21 de agosto e que tentaram impedir,pelo golpe, a posse do atual governo.' Tudo isso são ràzõès mais do que suficiente para que o sr. Kubitschekf as cúpulas pessedistas tenham grande interesse pelas eleições na Guana-bara. Tal, entretanto, nâo se deu. Ou, por outra, deu-se, mas por vias tra-vessas. A principio, tentaram adiar e perturbar enquanto possível a escolhailj candidato de união do PSD e do PTB. Depois, quando não foi mais pos-sivel o adiaiii-ento, "e os trabalhistas se viram forçados a endossnr a candi-datura Sérgio Magalhães, que já estava nas ruas, lançaram a candidaturadivisionista de .Mendes de Morais. Fizeram-no com o claro objetivo de la-vorceer os esquemas continuistas, através da criação e o estimulo da aini-a-ça representada por Lacerda.

.Muitos já alirinam, entretanto, que o coittlimísino é coisa do passado.K, de fat.i. nas últimas semanas, houve diversos indícios nesse sentido, A

¦ direção pessimista e, pessoalmente, o sr. Kiibit.sclicli tem repetido manifesta-ções de integração na campanha dos candidatos nacionalistas. O sr. Kubits-chek fez reiteradas declarações públicas de ap.iio a Lott-Jango' Dias atrás.para o almoço oferecido ao marechal Loll na revista «Manchete»; enviouo seu chete da Lusa Civil, sr. Oswaldo Penido, como seu representante ofi-ciai, para transmitir o seu recado de que está pronto para «arregaçar asmangas» em favor de Lott e Jango. Deu, aliás, unia prova concreta, fazendocessar, na semana passada, a subvenção oficial ao jogo político janista queum dos lideres do PK baiano, sr. Manoel Novais, vinlm desempenhando. K,agora anuncia, para o dia 9, novo pronunciamento em favor de Lolt, emBelo Horizonte, bem como uma excursão eleitoral com o próprio candidatonacionalista a São Paulo, dia LI.

A verdade, contudo, é que, por trás da porta, o sr. Kubitschek e seugoverno vêm tomaid,) medidas e atitudes inteiramente contrárias a essaposição oficial de simpatia por Lott. Ainda agora, deu cerca de .100 milhõesde cruzeiros ao governador Juraci Magalhães, a titulo de indenização devidapelo governo federal; o menos que se p.ide esperar é que éss" dinheirová reforçar a já milionária campanha janista na Bahia. Dins atrás, deixou-sefotografar com iMinoinia ao lado de Jânio, rio Palácio Alvorada, para queo candidato entreguista — convencido do fracasso de sua campanha «oposi-cionista» — pudesse utilizá-lo em sua propaganda eleitoral; O que é maissignificativo, no entanto, é que ,i sr. Kubitschek ainda nada fêz de efetivopara desfazer o seu mal feito na Guanabara, forcando a retirada da can-didatura artificial e divisionista de .Mendes de Morais.

Ninguém de bom senso acreditará que o sr. Kubitschek não poderá,se quiser, reduzir a «iiWransigáncia» do sr. Augusto do Amaral Peirotocomo partidário da candidatura Mendes. O diretor da Caixa Lconõmica ó,antes de tudo, «jiiseelinisfa» e tem razões bastante para ceder aos seus mi-nimos desejos. O mesmo se pode dizer da candidatura Tenó.io, cujo titularti-ni notórios vínculos de dependência em relação ao Presidente da Re.pu-bllca, sobretudo porque é êste o líder natural da Maioria na Câmara, queaprova ou rejeita os pedidos de licença para processar deputados acusadosde crimes. E são estes homens — Tenório P Augusto do Amaral Peixoto —os grandes e quase únicos responsáveis pela manutenção das duas cândidattiras divisionistas na Guanabara. Além delis, a favor delas, só há mesmoLacerda, que já não tem mais escrúpulos mi recomendar abertamente, natelevisão c em seu Jornal, que «ns que nãb querem votar em mim, devemvotar em Mendes de Morais ou em Tenório , pois estes, segundo o Corvo,«são homens de bem».

Mas o povo carioca já cnconíroii o seu caminho para forcar a mu-dança ou derrubar essa atitude dúbia e paralisanle das cúpulas situacionis-.tas. Da mesma forma como os Irabnlliadorés e o povo brasileiro estão levando

<l • roldão as cúpulas partidárias, uo rumo da candir'?tiu'a Ln'f o povo car.i.eu forja pela Im* a iiniii.i dns forcas na-lilonàlistiis c dcniocrãl < us, ¦ in lórno hz Ser-gio Magalhães. K a aliança popular contra aÍ5Pvo e o entreguismo de Lacerda e de Jâ-nio arrastará as cúpulas, ou vencerá semelas. 0 que só c pior para cias.

que atormentam milhões d? traba-lhadores e suas famílias. É avan-car para uma reforma agrária queatenda aos interesses dos traba-lhadores do campo. É contribuirpara a ampliação e a consolidaçãoda democracia, a conquista do vo-to para os analfabetos e abrir ca-minho à revogação de leis reacio-nárias e a legalidade do PartidoComunista.

Aos patriotas equivocados queainda pensam votar em Jânio Qua-dros ou.em Ademar de Barros di-' rigimos um caloroso apelo, conci-tando-os a colocar os interesses na-cionais acima das preferências par-tidárias ou pessoais e a cerrar fi-leiras com a coligação nacionalistae democrática para a eleição deLott e Jango.

Utilizemos a campanha eleitoral

para estreitar os laços entre os par-tidos que apoiam Lott e Jango,para reíorçar a unidade dos pa-triotas e democratas, para organi-zar milhões de brasileiros em todoo pais. O inimigo que enfrentamosé obstinado e impiedoso. Não seconformará com a derrota eleito-ral e, como já aconteceu em 1955,será capaz de empregar todos osmeios na defesa de seus interesses.Devemos estar preparados para en-frentá-lo com decisão e energia.Não há força capaz de derrotar opovo que luta pela independênciae. pelo progresso.

Continuemos organizando comi-tês eleitorais nacionalistas, reforce-mos os já existentes, unamos fir-memente nossas fileiras para queseja respeitada a vontade popular.O apoio e a vigilância do povo cria-

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Manifesto confirmaapoio c alerta à naçãorão condições para que o cândida-to nacionalista honre os compro-missos assumidos com a Nação.

Por uma vitória esmagadra da

^0 inimigo que enfrentamos é olisli-nado o impiedoso. i\'ão se conformarácom a derrota eleitoral, e. como emí$m, será capaz cie empregar todos o.smeios na defesa de seus interesses ...

chapa Lott-Jango nas eleições de.'3 de outubro! Às urnas!

Viva o Brasil livre, democráticoo progressista!)

Lott: Não há Força Capazde Deter ou Deturpara Revolução Nacionalista

Grande repercussão alcançou o há de ser comandado pelo povo

Renato Guimarães

discurso pronunciado pelo maré-chal Lott, quinta-feira, durante oalmoço que lhe foi oferecido narevista "Manchete". Candidatovinculado ao nacionalismo pe-Ias próprias origens de sua candi-datura, que nasceu, foi sustenta-da e está sendo conduzida à vitó-lia pela ação das forças naciona-listas e populares mais conse-quentes e combativas, o marechalLott vem se firmando êle próprio— sobretudo a partir do inicio desua campanha — como um por-ta-voz convicto e convincente doconjunto de idéias que se refletemno movimento nacionalista. Na-quèlc almoço, êle marcou o cará-ter de sua campanha, definindo-ano âmbito da luta de nosso povopela emancipação nacional e pelaconsolidação e aperfeiçoamento doregime democrático. Dai a rc-percussão enorme e imediata ai-cangada por seu discurso, do qualtranscrevemos abaixo os trechosprincipais.Soberania e desenvolvimento

Hoje, nosso povo possui a cons-ciência da necessidade e do senti-do do nosso desenvolvimento. Éa isto precisamente que se chamanacionalismo.

O nacionalismo constitui umaorientação política, através daqual a nação, conhecendo os pro-biemás que sua organizaçção e seudesenvolvimento apresentam, sedispõe a enfrentá-los c se apare-lha para resolvê-los. É, assim,a consciência de seu próprio des-tino, a decisão de o viver sem asdependências subordinantes de.sua personalidade ou desíiguran-tes dos verdadeiros interesses dopo\ o.

Sabem muito bem os naciona-listas que há um sistema de rela-ções econômicas internacionaisno qual cada vez mais se acentuaa interdependência entre os povos.Mas nós sabemos também que es-sa interdependência muitas vézcscontém a ameaça às tentativas desubordinação. Interesses indus-triais e comerciais do expansionis-mo, característico de economiasdesenvolvidas, ávidos de merca-cios e de matérias primas, tendema retardar, limitar ou desfigurar odesenvolvimento de países, como oBrasil.

O nacionalismo configura-..,pois, como a face política do pa-triotismo. O nacionalismo nãocombate a colaboração estrangei-ra, nem os capitais estrangeiros.Luta, isto sim, contra a subordi-nação do nosso desenvolvimento aplanos e interesses que coloquema economia brasileira como merapeça complementar de economiasadiantadas estrangeiras.

Não podemos esperar quo outrosfaçam a nossa própria história- Es-.sa tarefa pertence ao nosso povo,por maiores que sejam os sacrifi-cios que ela nos reserve. Desen-volvimento para o povo brasileiro

brasileiro. A consciência políticadesse desenvolvimento chama-senacionalismo.'

Democracia para todo o povo"Candidato à presidência da Re-

pública, sinto-me à vontade paravos afirmar minha devoção aospfincípios' è às práticas da demo-cracia representativa. A meu ver,a democracia tem necessàriamen-te de resultar daquelas condiçõessociais e políticas que permitamao ser humano a expansão dé seusdons e qualidades.

Não pode, portanto, a democrá-cia cristalizar-se numa série deconceitos formais que, proclamamdo na letra das constituições e dasleis os direitos e garantias dos ei-dadáos, entretanto não os realizana experiência vivida por todo serhumano através da realidade desua própria existência. Ao cida-dão, imagem constitucional do lio-mem, tudo se dá e tudo se garanteno texto da Carta Magna. Mas a-contecerá o mesmo com todos osindivíduos, com todos os brasilei-ros, enfim, que vivem e traba-lham?

Eis porque tanto me preocupocom os problemas do desenvolvi-mento brasileiro. Estou convenci-do que a realização dos ideais de-mocráticos se acha indissolúvel-mente ligada às oportunidades ofo-recidas pela organização da socic-dade. Se essa organização não ofe-recer possibilidades reais ao ho-mem de vencer a pobreza, de seeducar para as tarefas do traba-lho e da vida, a democracia nãodeitará nela raízes profundas, raí-zes populares. A democracia cor-rerá o risco de converter-se numacortina dos conceitos políticos for-

mais para dissimular situaçõesconcretas de privilégios.

É claro, como já aludi, que aprática dos ideais democráticos li-ga-se às condições da estruturasocial. Historicamente, todas asconquistas democráticas — siste-ma representativo, sufrágio uni-versai, direitos do homem, garan-tias do cidadão — exigiram modi-ficações dessa estrutura.

Novas modificações dessa es-trutura serão necessárias paraque a nação so organize em basesque permitam assegurar aos bra-sileiros um nível de vida maisalto."

Vencer o atraso sem submissão"Se examinarmos, todavia, as

condições sociais dominantes cmnosso pais. concluiremos que a.smodificações imediatas a seremintroduzidas sãu aquelas referemtes à superação cio atraso cm quenos encontramos em setores fun-damentais, como, por exemplo,energia, combustíveis, transportes,industrias básicas, produção agri-cola, condições de trabalho.

Trata-se, sem dúvida, de uma rc-volução. Mas de uma revolução emque todo o pais está interessado.Revolução que não é de uma cias-se contra a outra. Mas de toda anação do presente, em favor da na-ção do presente em favor du na-ção do futuro. Exatamente o quepoderíamos realmente denominarde Revolução do Desenvc"vimento.

Esta revolução iniciou-se. entrenós, cm 1930 c não cessou, até ago-ra. de produzir seus efeitos c mes-mo seus impactos na economia ena vida social brasileira, atravésdos governos do presidente Vargas,do marechal Dutra e do presidemte Kubitschek.

Na verdade, nosso desenvolvi-mento até 1930 era tipicamente ode uma economia complementarde economias industrializadas cs-frangeiras. Processava-se com assobras da riqueza que se dispunha,investida nos países de economiareflexa, inclusive o Brasil, na me-dida de seus interesses. O desen-volvimento do nosso pais, cm taiscondições, era mais pensado-e for-mulado fora do Brasil do que pe-los próprios brasileiros. E o maisdesgraçado dessa situação estavacm que a mentalidade econômicabrasileira, de seus homens de cm-presa, cie seus teóricos, de seuseconomistas, seguia passivamentea linha de iniciativas e de pensa-mentos dos homens cie empresa,dos teóricos, cios economistas es-trangeiros. O problema não eracolocado cm termos de çolabara-ção. Era principalmente de sub-missão."

Assegurar educação para todos"Por outro lado. não é possível

pensar em democracia sem pen-sar cm educação. A democraciadeposita confiança no homem, naono homem excepcional ou caris-mático dos regimes ditatoriais,mas no homem comum,

Vem dai o significado especialda educação nos regimes de demo-cráticos. Essa importância naodecorre apenas da necessidade cieser o homem educado para as ta-relas técnicas da civilização com-temporânea. Democraticamente,cio precisa educar-se para ter pie-no direito às suas experiênciasculturais, morais, cientificas, paramelhor sentir e honrar a origemdivina de sua própria pessoa.

Por isto mesmo, nada me preo-(('(inclui na 7." pag.'

Fora de Rumo Poulo Motta Lima

No Congo, Pntrice I.iinmnilin,reagindo ao uolpe cio presidenteJòseí KHsHvubii, recusou-se a ncri-lar sua renúncia c declarou n.i rá-dio que não havia mais chefe <lnEstado no pais e sim um governoIMipular. Minutos anks, agínciaslelègrnficas européias, através deseus correspondentes na África,haviam anunciado a fugi de I.n-niiinilm, «num automóvel prelo.,para Moscou...

Kasavubu, esse Café Fillin ouCarlos Lu/ congolês, que tambémparece ter levado ;• pior no 11 denovembro cie Loopoldvllle, é, ao quoInformam os correspondentes es-trangeiros, homem 'Ih elim coiígo-le^a. preparado paru h função go.vernamental pelos belga.- .

Ilã uma tradição iniperialislaque vem sendo posta cm prática nu.Ãlricn: os imperialistas ocupam rexploram os paises coloniais, sobprefexto de conduzi-los pelo cami-nho do progresso é da civilização.

Curiosa forma de progresso, cmque os nativos são reilu/.idjs ii miseria, a dociiçn c no analfabetismo!

Ao mesmo lempu a burguesiaeuropéia e norte-americana a.sstime posição bastante curiosa, nuprática tio colonialismo: renega osprincípios por eia própria sdsten-lados em suas antigas Unas contrad feuclalismo, pois na verdade osburgueses coloniaüst; s hoje em dia,sâo inimigos da democracia e daindependência nacional, qce constiliiem objetivos das lutas de libortação tios povos africanos, K comohoje c impossível impedir a mar-dia vitoriosa clo.s pn\<>s africanosque se libertam, o.s colonialistas,revelando um grau de inteligênciaassemelhado ao do almirante PenaBotlo, pr.ssam a grilar que ô pre.ciso salvar a África do comunis-

No Congo, a lula encabeçada|ior Lumunibá não pode ser eslra-iilm nus democratas brasileiros!

brancos, caboclos, prcl is ou mula-• <>"-- A lula de Luiiiumba, emboranuma çlnpn muito mais avançada,não deixa de ser um proiongamen.to de outras lutas, que ilustramnossa história. O que estamos ven-do em I.eopoliiville não deixa ileconstituir um prolongamento dasrevoltas de nossas senzalas, da epo-péia dos Palmares e lambem demissa campanha abolicionista, Nunse o miras episódios é constante aposição do negro querendo libertai'.se da opressão feudal ou colouialls-Ia dos brancos. Nuns e noutros epi'sòdios os preconceitos raciais d>-scnipenhain o mesmo papel. I. aindaagora, nos listados Unidos, o pre-conceito racial, leymlo nos liniilisda insensatez, também c utilizadona exploração capitalista <lu Irabullin dos negros,

¦ A posição do Brasil no caso rioCongo Belga; corretamente, só po-de M>r a de solidariedade a Lunuim-ba.

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Page 4: Candidatura Lott: Resposta Dos Patriotas Ros Monopólios ... · Manifesto Eleitoral dirigido aos traba-lhadores e a todos os patriotas de-mocratas. O documento é uma defini-ção

— 4 NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 cU setembro de 1960 —>

Um Grande Ato Públicoo Encerramentoda Convenção Dos Comunistas

Às 19 horas (ó de setembro) oamplo salão do 9} andar da ABI esta-va com suas poltronas literalmenteocupadas. As cadeiras colocadas naparte vazia do salão ficaram vagaspor poucos minutos. Às 20 horas —

hora marcada para o início da sessãode encerramento dos trabalhos da con-venção dos comunistas brasileiros —una pequena multidão se comprimiaem pé, transbordando para o hall doselevadores.

Às 21 horas, Carlos Marighella de-clarava aberta a sessão e chamavapara a mesa os dirigentes sindicais Gio-vanni Romita, dos gráficos, AdalbertoRodrigues, dos alfaiates, Plínio Alves,representante dos sapateiros, Valdemi-ro luís da Silva, do Sindicato dos Tra-balhadores dos Moinhos e Massas Ali-mentícias, Armando Maia, dos têxteis,além de outros líderes operários; per-sonalidades, entre as quais o dr. AbelChermont, o . advogado Sinval Palmei-ta, a sra. Elsa Soares Ribeiro, do Par-tido Trabalhista Brasileiro, os deputadoslycio Hauer e Fernando Santana; re-presentantes comunistas de todos os Es-tados, de Brasília e do Território cioAmapá; dois fundadores do Partido Co-munista, Astrojildo Pereira e Hermogê-neo Fernandes; o sr. Jaime Wallace,representante do Partido Socialista Bra-sileiro; o sr. Aníbal Fernandes, repre-sentante do diretório regional do PTBds São Paulo, portador de uma mensa-gem do sr. Frota Moreira, recebida comaplausos.

O primeiro orador, em nome dosdelegados à convenção f o i RobertoMargonari. O tema central de seu dis-curso foi a legalidade do Partido Co-munista, como imperativo da vida de-mocrática do Pais, representando, comorepresenta, uma ponderável parcela dostrabalhadores e do povo. Salienta que,na prática, a convenção teve lugar nalegalidade. Existe, portanto, todo umambiente favorável à legalidade. Porque não formalizá-la através do re-gisfro eleitoral do Partido Comunista,a fim de que êle possa concorrer di-retamente às eleições, levar às urnas asua própria legenda?

As palavras do orador pela lega-lidade do Partido Comunista foram re-cebidas com calorosos aplausos.

Saudação dos líderes sindicaisEm nome dos dirigentes sindicais

falou o sr. Giovanni Romita. Disse desua grande satisfação por estar parti-cipando de uma reunião que marcaráépoca na vida política do Pais — asolenidade de encerramento da con-venção dos comunistas. Os dirigentessindicais — acrescentou — não fazemdistinção de credos políticos ou religio-sos quando se trata de defender a uni-dade dos trabalhadores. Não admi-tem, por isso, restrições à existêncialegal o Partido Comunista, que repre-senta uma considerável parcela daclasse operária. O PC é um fator deunidade, como estão demonstrando oscomunistas no sua atuação atual emfavor das candidaturas nacionalistas deLott, Jango e Sérgio Magalhães. Trans-mitiu finalmente as saudações dos li-deres sindicais e votos para que a con-venção atinja suas finalidades.

O sr. Jaime Walace, do PSB, pro-nunciou-se igualmente em favor do re-conhecimento da legalidade do PartidoComunista, como um dos mais valorosose conseqüentes partidos políticos doBrasil. O povo brasileiro — salientou— nio aceita a farsa da ilegalizaçãodo Partido Comunista, quando êle narealidade é uma força na vida políticado País, como o demonstra sua capa-cidade de mobilização popular em fa-vor das candidaturas do marechal Lotte do sr. João Goulart.

Legalidade jurídica do PCB

Um dos oradores mpis aplaudidosfoi o sr. Sinval Palmeira, que, comojurista, destacou o contrasenso que éa ausência de registro eleitoral do Par-tido Comunista, a impossibilidade legalde muitos de seus dirigentes de can-didatar-se a postos eletivos, enquantoo Partido Comunista atua nacionalmen-te. A convenção dos comunistas foiuma brilhante prova de que é impôs-sível ilegalizar o pensamento, é impôs-sivel ilegalizar a história. E os comu-nistas representam o pensamento deprogresso na história contemporânea.À medida que o Brasil cresce, crescema força e a influência dos trabalhado-res, Estou certo — acrescentou SinvalPalmeira — que desta convenção sai-rá o Partido Comunista legal. Só podehaver autêntica democracia com a le-galidade do Partido da classe mais nu-merosa, da que mais cresce, da classe

CÂMARA MUNICIPAL DE ARAQUARA

Vereadores Unânimes:PCB Deve ser Legal

A Câmara Municipal de Araraqua-ra (SP) em uma de suas últimas ses-soes, por unanimidade, pediu a voltado Partido Comunista do Brasil à le-galidade. O pionunciamento do legis-lativo araraquarense ocorreu em razãode um requerimento apresentado pelovereador Célio Biller Teixeira, e, comodecorrência, já foram encaminhados aoSenado, à Câmara dos Deputados e àAssembléia Legislativa de São Pauloapelos no sentido de que favoreçampor todos os meios aquela reivindica-ção democrática.

O vereador Célio Biller Teixeira,em seu requerimento, apresentou vá-rios argumentos em defesa de seu pon-

to de vista sobre a questão, assinalan-do que, pelos mesmos motivos, o movi-mento pela volta do PCB à legalidadeganha terreno em todo o País. Desta-cou, então, o memorável ato públicorecentemente realizado no recinto daAssembléia Legislativa de Pernambuco,a que se associaram numerosos parla-mentores daquele Estado, bem comooutros pronunciamentos de câmarasmunicipais de quase todas as unidadesda Federação, além de inúmeras mani-festações de personalidades de diversospartidos políticos.

A Câmara de Vereadores de Ara-raquara é a oitava de São Paulo quetoma essa posição.

Carta do SertãoFavela do «canta galo»,6 de setembo corrente.Seu douto Carro Lacerda:nutiça de nossa gente.

Mecê teve cá no morro,nessa sumaria passada.Premeteu luz, hospitã,vai tombem inargurá,pra se subi, u'a iscada.

Ontonte Mane Tripérobrigo cum Zé Parafina,pruquè sobe qui o negodixe pra Pêdo Buzinaqui Ia no seu guvèrnomata poico na picina.

O douto faz a picinapara gente se banha,se arguém pur disaforofô a merma imporcaláé astuça de már fé.Seja mlnino ou muléo cadave fica iál

Pra mecé ganha os voto,inda tem um pão-de-bico!Percisa isprica pra nóscoma foi qui fico rico.

Mecé foi, hi pfico tempojornalista de «Correio»,Pobezim de fazê pena...seu dinhéro, donde veio?

Douta Serjo Magalhânsfoi duas vez Dlputado.Confirmo sua nobreza:cuntinua na pobrezavivendo dos ordenado.

Nós percisamo sabe,pra se dizé a verdade.Se a iscada do morroé im todo ou na metade,se é coma nós disejamuvida a litrlcidade.

Dessa gente qui lh'uvlLsó tem dois qui sabe lê:eu e Tumé da Biroscaqui há canso de dizé:— Lacerda é contra o pais!E foi um dos infillzqui fez Getulho morri.

LI contei toda a verdadenessa carta qui li faço.Viva Lote e João Gula'Manezin dos Anastaço.

que constrói a grandeza da Nação.Além disso, há no Brasil uma consciên-cia nova de democracia, não a demo-cracia para forças minoritárias, m a sdemocracia para o povo, para os Ira-balhadores.

Em nome dos camponeses

Um dos oradores mais aplaudidosfoi o camponês Manuel Nunes Araú|0,representante das ligas camponesas dePernambuco, Em sua linguagem sim-pies, mas de notável expressão, disseAraújo que as ligas camponesas pe,--nambucanas estão realizando Jm gran-de sonho dos trabalhadores: a un;dc-dade na prático rntre os cairo )nei"se a classi operária da> cidades Tí:votos pa.-; que isto se concretize na-cionalmente. L que, com a vitória d-"sforças nacionalistas a 3 de outubro,elegendo L-jK. * Jango, criem-se co 'di-ções de le.jolidirtc democrátVa cuepermitam a existência legal do PartidoComunista

Falaram ainda a Sra. Elsa Ribeiro,os srs. Abel Chermont e Lycio Hauer.

Discursava, o sr. Chermont, quandoentrou na sala Luiz Carlos Prestes,que acabara de participai re um to-mício pró Loft-Ja. go eni Nilêfói. Glíder comunista ie:ebeu estrondosa ova-ção de toda a assistência.

Prestes foi o último o. odor da so-lenidade. Referiu-se à importância daconvençõo, no qual for_.rn amplamentediscutidos os principais problemas daatualidade brasileira. Antes, de tudo— afirmou Prestes — para assegurar

o bem-estar do povo brasileiro, é ne-cessário expulsar o explorador norte-americano. Além disso, é cada dia maisurgente a reforma agrária que benefi-cie os milhões de habitantes do campono Brasil que vivem na miséria. Lutarcontra o imperialismo, acrescentou, jánâo é tarefa exclusiva dos comunistas,como já não o é tampouco a luta pelareforma agrária. Mas tanto o combateao explorador imperialista, como a lutapela reforma agrária exigem antes eacima de tudo a união do povo brasi-leiro. Esta união deve ser efetuadapondo à margem todas as divergên-cias políticas ou ideológicas. Não dis-tinguimos, nesta luta, senão patriotase entreguistas (calorosos aplausos).Necessitamos também — prosseguiuPrestes — eleger um governo que rea-lize umo política exierior concorde comos interesses nacionais, e não a políti-ca exterior desse lacaio do imperia-lismo que é Horácio Lafer. Uma po-lítica de amizade com os Estados Uni-dos, mas em pé de igualdade, e não desubmissão. Uma política de amizadetambém com a grunde União Soviética(aplausos) .

Prestes referiu-se por fim à.necessi-dade de conquistar a legalidade parao Partido Comunista. Destacou a im-portância das eleições de 3 de outubro,quando o povo brasileiro poderá as-segurar a derrota esmagadora do en-Ireguismo, elegendo Lott e Jango.

Leu em seguida um Manifesto elei-tora!, dirigido aos trabalhadores, aospatriotas e democratas, o qual vai re-produzido em outro local desta edição.

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Prestes abraçao líder camponês

Um momento «le jrranile entusiasmo naconvenção dos comunistas, a 6 de se-lembro, na ABI, foi o discurso do rp-presentante das liirus camponesas doPernambuco, Araújo. •

Aberta as Portas da ChinaAos Visitantes do Brasi!

Uma delegação de jornalistas chi-neses acaba de percorer vários paísesda América Latina, inclusive o Brasil.A delegação veio a nosso país a convi-te da Federação Nacional de Jornalis-tas Profissionais. E' ela composta pelovice-presidente da Associação Nacio-nal de Jornalistas da República Popu-lar da China, Chu Mu-chi, que é tam-bém vice-diretor da agência noticiosaNova China (Sinhuá) e deputado àAssembléia Nacional Chinesa; SaoTsung-han, membro do conselho dire-for da Associação Nacional de Jorna-listas e diretor de uma revista de as-suntos internacionais; e Sui-chi, redatordo famoso diário «Jeminjipao», de Pe-quim. Acompanha-os o jornalista e in-térprete Huan Chi-kang.

Durante sua permanência no Bra-sil a delegação chinesa esteve no Rio,em Sâo Paulo, Belo-Horizonte e Bra-sília.

Aproveitamos sua passagem poresta cidade para que os membros dadelegação tivessem a oportunidade de

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transmitir aos brasileiros suas impres-soes de viagem.

Brasileiros e chineses:mesmas aspirações

— A impressão mais grata que ti-vemos — respondeu o chefe da dele-gação — foi a profunda amizade de-monstrada pelo povo brasileiro paracem o povo chinês. Observamos comsatisfação que ambos os povos, tantoo brasileiro como o chinês, alimentamos mesmos anseios e as mesmas aspi-rações e travam a mesma luta pelaconstrução de sua Pátria, por uma vidafeliz e pela obtenção da paz univer-sal. Esta identidade de anelos cons-titui uma base sólida de amizade. Porisso mesmo partilhamos a convicção'dosnossos amigos brasileiros de que alonga distância que nos separa ou adiferença de regimes sociais não impe-dem o desenvolvimento de relaçõesamistosas entre nossos povos. Estamoscada vez mais convencidos de que as

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Ò Poéifcí Vaqueiro¦ '"U.cFalaespanhol

Huan Chi-kaiiK, 0 jovem jornalista deóculos, ao lado de Chu Mu-chi, chefeda delegação de jornalistas chineses, naíoto, fala correntemente o espanhol, ra-zão por que serviu de intéruretc '

relações amistosas, tanto no terrenocultural, como no econômico e político,têm amplas perspectivas para seu de-senvolvimento.

Que pode dizer-nos sabre astransformações operadas na China du-ranle os últimos anos? — perguntamosao chefe da delegação.

Nos últimos cinco anos e poucoo povo chinês alcençou enoimes êxitosna construção de seu país. No entan-to, o desaparecimento definitivo da po-breza e do atraso em nosso país e atransformação da China em uma po-tência industrial moderna, com umaagricultura adiantada, uma ciência ecultura realmente de vanguarda, tudoiste exige tempo. Em primeiro lugar, opovo chinês necessita de paz em pia-no internacional para poder realizara construção do socialismo, E' por issoque o governo chinês aplica conse-qüentemente uma política exterior depaz e luta contra a política agressiva eguerreira dos imperialistas. O governode meu país é favorável ao desarma-mento, à cessação das experiênciascom armas atômicas e nucleares e suacompleta interdição. Tem propostoigualmente, reiteradas vezes, que ospaíses, asiáticos e do Pacífico concluamum pacto de paz e de não-agressão.E' favorável também à solução dos li-tígios internacionais por meio de ne-gociações.

Que passos concretos têm sidodedos neste sentido?

O governo chinês — respondenosso entrevistado — tem levado àprática os cinco princípios da coexis-tência pacifica e se tem manifestadopela coexistência pacífica entre paísescom diferente regime social. No enton-to, por sua própria experiência, opovo chinês compreenda que não sepode conseguir a paz apenas esperan-do-a ou mendigando-a. Por sua próprianatureza, o imperialismo é agressivo eestá sempre disposto a fazer a guerra.Por isso, devemos manter uma elevadavigilância ante os imperialistas, semalimentar qualquer ilusão irreal paracom eles.

É possível impedir a guerraMas, indagamos, qual a sua

opinião sobre a situação internacionalcontemporânea?

— A atual situação internacionalé muito favorável. Desde que os paísese os povos de todo o mundo estejamunidos, desde que desmascarem inces-santemente a política agressiva dosimperialistas e lutem de maneira decidi-da pela paz, uma nova confiagraçãomundial pode ser adiada e conjura-da.

Relações Brasil-ChinaA uma observação nossa de que

existe no Brasil grande interesse pe-Ias enormes transformações por queestá passando a China, o nosso entre-vistado observou:

Vemos com satisfação que du-rante os últimos anos se intensificouo intercâmbio de visitas entre os povos

chinês e brasileiro. Este Intercâmbiopode ser multiplicado e contiibuir parauma melhor compreensão mútua e parareforçar a amizade entre a China e oBrasil. O povo chinês acolhe calorosa-menle os amigos dos diferentes seto«res do povo brasileiro que visitam aChina. As porlas de nosso país estãoabertas de par em par a todos vocês.Somos de opinião que nenhuma forçano mundo é capaz de impedir o au-mento do intercâmbio e o desenvolvi-!mento das relações de amizade entreos povos. E isto é de grande importân-cia para cada povo. Um verso de an-tiga poesia chinesa diz: «propaga-sepor todo o jardim um ambiente de pri-mavera». Os anseios dos povos pelointercâmbio de visitas, pela compreen-são reciproca, pelo desabrochar dasflores primaveris será uma realidadena Ásia, como na África, na AméricaLatina, em todo o mundo.

O jornalista chinês assim concluiusuas declarações ao nosso compa-nheiro:

— Fazemos os mais ardentes vo*tos pela prosperidade e a felicidadedo povo brasileiro, pelo desenvolvimen-to incessante da amizade ervtre os po«vos chinês e brasileiro e pela paz mun-dial. Estamos plenamente satisfeitoscom o resultado de nossa visita aoBrasil. Vimos que o povo brasileiro éum povo laborioso, inteligente e valo-roso. Admiramos grandemente a lutasustentada pelo povo brasileiro pelamanutenção de sua independência na*cional, pelo desenvolvimento de suaeconomia e pelo progresso social. Es-íamos certos de que o povo brasileiro,sem dúvida alguma, fará com suaspróprias mãos de seu País uma naçãogrande e próspera. Não lhe faltam,para isso, terras férteis e abundante;recursos naturais.

NOVOS RUMOS

Diretor — Mário AlvesGerente — Gutteriiberg Cavalcanti

Hedator-chefe — OrlandoBomíim Jr.

Secretário — Framiion BorjresREDATORES

Rui Facó, Paulo Mota Lima,Maria da Graça, Luís Guilhardlni,

MATRIZRedação; Av. Hio Branco 257 IVandar. S/1712 - Tel: 42-7.itl

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Cr$ 30,00.Numero avulso CrS 5 00Número atrasado > 800

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Page 5: Candidatura Lott: Resposta Dos Patriotas Ros Monopólios ... · Manifesto Eleitoral dirigido aos traba-lhadores e a todos os patriotas de-mocratas. O documento é uma defini-ção

Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de setembro Je 1960

Notas Sobre LivrosRetomo o assunto Machado de Assis, a que me referia na última nota

que publiquei aqui antes de adoecer. Eu registrava o fato, altamente signlfi-cativo, de se multiplicarem, de ano para ano, as edlçCes das obras do grandeescritor, sinal evidente de que novas e novas camadas de leitores sfto ganhaspor seus livros. Segundo inquérito feito por duas grandes editoras de SâoPaulo, Machado de Assis é mesmo hoje o autor brasileiro mais vendido noPaís.

Em continuação, eu pretendia registrar o aparecimento, em fins dejunho, do primeiro volume — Memórias Póstumas de Brás Cubas — da obrarnachadlana preparado pela Comlssüo Machado de Assis instituída pelo Go-vêrno em 1958. por ocasião do cinqüentenário da morte do romancista. E' oque faço, por hoje, com o propósito de ressaltar a importância do aconleci-mento, pois tratà-sc de fato de um acontecimento literário e cientifico damais alta envergadura.

O plano traçado pela Comissão Machado de Assis — que se compõe deíilólogos, cri-loos e historiadores — prevê a edição critica de toda a obra deMachado de Assis, abarcando mais de quarenta volumes. E' tarefa para algunsanos, sendo que ao Brás Cubas seguir-se-ão ainda este ano uns três volumesmais. A Comissão trabalha' cm equipe, designando subcomissões espcclali-zadas, e realizando de tal modo uma racional conjugaç&o de esforços, quevisam sobretudo ao estabelecimento do texto da obra, fixado em sua autenti-cidade, de acordo com os modernos métodos científicos. Demais disso, que éo principal, cada volume conterá o necessário aparato critico — prefácio,cronologia bibliográfica do autor, bibliografia completa do volume (suas odi-ções, traduções e estudos referentes ao mesmo), minuciosa introdução crlti-co-filológica, notas explicativas ao pé de página, e ainda Ilustrações fora riotexto. Trabalho completo, exaustivo, como nunca se tentou entre nós.

Pela amostra que nos é oferecida pela publicação deste primeiro vo-lume da coleção, realizada pelo Instituto Nacional do Livro, podemos desde jáavaliar o que será essa edição critica da obra rnachadlana — verdadeiro mo-numento da cultura nacional brasileira.

Devo ainda registrar o aparecimento de dois novos livros sobre Ma-eliado do Assis: o de Afrànio Coutinho — Machado de Assis na LiteraturaBrasileira, e o dc Moysés Vellinho — Machado de Assis: Histórias Mal Con.tadas e outros Assuntos. O livro de Afrânlo Coutinho constitui uma sinteserio estado atual da critica rnachadlana, acrescentando-lhe o autor alguns ele-mentos novos de discussão. E' um pequeno volume substancioso, indispen-sável não só como orientação para o estudo de Machado de Assis mas tam-bém como útil contribuição ao estudo da história da critica literária brasi-leira, tão largamente preocupada com a obra de Machado. O volume deMoysés Vellinho, ensaísta gaúcho, ê constituído de quatro ensaios, elabora-dos com o senso fino e discreto que é característico do autor, machadiano deprimeira água.

São dois livros editados pela Livraria São José, que já anuncia parabreve novos volumes sobre o inesgotável filão de ouro da nossa literatura:Machado de Assis que Eu Conheci, recordações da senhora Francisca dc BastoCordeiro, que ainda menina privou da intimidade do casal Machado-Carolina;<» O NfffTo na Vida e na Obra de Machado de Assis, pesquisa do Prof. J. Ga-lante de Sousa. Além desses, o editor Carlos Ribeiro, também êle membro apni.xonado do clã machadiano, anuncia a reediç&o de livros de alguns dos maisilustres estudiosos rio assunto — AlcidesMaya, Mário Matos, Barreto Filho, MárioCasasanta.

Que ninguém tenha dúvidas — o bru-xo do Cosme Velho vai render aindamuito.

NOVOS RUMOS

Asiropldo pL.tiia

Certas Meninas<

Não são uma nem duas; são centenas e centenas. Nascem no interioronde a vida é curta em dinheiro, sem possibilidades de emprego, com umabruta vontade de conhecer cidades grandes, e ter pelo monos um laço dcíita para os cabelos, isso sem falar no salto, alto, sonho de todas as mocinhase no namorado, sonho maior das jovens. Ou um dia se enchem de corageme vèm para o Rio, sozinhas, ou se empregam com famílias em trânsito, pelassuas cidades, com pessoas que estão viajando, mas que um dia, com elas, an-corarâo na cidade grande.

Nessas crianças o desejo é inteiramente compreensivo. E tão bom co-nhecer o mundo, ser alguém, ver novas paisagens. Mas não ê, de nenhum mo-do, naqueles que as «adotam», igual o sentimento de bondade e de ternura.São pessoas que marcam a vida dividindo-a em senhores « escravos. Senho-res eles; escravos os que para eles trabalham. E agem assim. Voltam aorelho e aos castigos corporais, acham que podem matar de pancada umamocinha apenas porque ela não tem família ou abandonou a sua tornando-seescrava voluntariamente.

Uma menina de quinze anos jogou-se de um décimo-pnmeiro andarpara fugir aos espancamentos do «patrão., da «patroa». Chamava-se MariaLúcia, tinha só quinze anos, mas para servir, trabalhar nos mais duros tra-balhos, para ter que obedecer às ordens mais vis, seus quinze anos se torna-vam quinhentos! A ela era principalmente negado o direito de ter idade, dcser menina.

A história apareceu nos jornais; vai morrer, com certeza como nasceu.Ninguém defenderá Maria Lúcia morta; o homem e a mulher que a mata-ram, continuarão fagueiros c felizes pela vida afora. Arranjarão outra MariaLúcia em quem baterão multo, espancarão sempre, porque há pessoas quenasceram para senhores de escravos.

Vai ser aberta inquérito, dizem os jornais. Há Inclusive um fato quequalquer delegadozinho podia amarrar: o casal que matou a menina obri-gando-a pela dor e a desgraça a jogar-se de um décimo primeiro andar, trou-xe-a do interior, sem saber sequer quem era sua mãe, sem licença de nin-guém. Justamente: roubaram a menina. Não é um crime previsto pelo Có-digo Penal? , , ,„.Isso acontece no Estado da Guanabara, neste século XX, neste mo-mento em que no mundo todo os humilhados falam grosso, cansados deserem explorados, humilhados. Isso acontece ainda neste pais onde se falamulto em Princesa Izabel, em libertação dos escravos, etc.

Por quê acontece isso? Por quê? Porque não há leis protetoras dacriança, porque os problemas da criança são desprezados e nunca tratados.Quando o casal de patrões queria apavorar Maria Lúcia dizia que ia man-dá-la para o SAM, Para o SAM!

Maria Lúcia morreu; outras, multas outras existem e pesando sobreelas a mesma ameaça: o SAM. Quando leio coisas assim tenho vontade de sairpara a rua gritando, protestando, clamando.

Maria Lúcia, meninazlnha dc quinzeanos sem direito a nada, sem família, semternura, sem amor: deixe esta crônica ficarcomo uma florzinha sobre o seu cadáver demenina tão desgraçada.

Eneida

Tópicos Típicos

SIMONE OE BEHUV0IRE II EMANCIPAÇÃO DA

Simone de Bcauvoir não é umalíder feminista, mas uma mulherprofundamente preocupada com osproblemas sociais e políticos de suaépoca. Acredita que o caminho paraelevar a mulher à posição de ele-mento ativo e consciente da socie-dade é longo e difícil. Essa conquis-ta só será possível com uma lutados homens e das mulheres por ummundo mais justo, mais organizadoo que aproveite todas as forças hu-manas atualmente esperdiçadas,principalmente as mulheres.

Ninguém melhor do que Simonepara falar sobre a situação damulher no mundo atual. Autora devários romances, críticas e ensaios,tem uma obra famosa — o «Segun-do Sexo» — especialmente dedica-da a esse problema. Neste livro co-mo nas conferências e entrevistas

Em «I.iíf.iras Roflex-Ps sobre Graves Equívocos», o Zé Carlos Bar-bosa Moreira (DIÁRIO DE NOTÍCIAS) lnsi_t_ em Justificar as posições ca-.hordas do Centro D. Vital. E ampara-s. — imaginem cm quem: «Gostariade recomendar, a rcleitura da luminosa série de artigos publicadn há tempospor Gustavo Corção»... Compreendem-se, pois, tão graves equívocos em re-ílexões tão ligeiras.

Itepugnou-no- profundamente a mesquinhez com que o l*.)ngetti, noO GLOBO do domingo, procurou atingir Fidel Castro num dos pontos emque o patriota cubano . mais inatingível, a saber: sua niasculinldadc. Ocor-re nos a idéia de que a baixeza do venerando escriba seja explicável p.ir ai-gunui frustração pessoal. No mínimo, quando Fidel esteve aqui, r..ngcttipediu um beijo e êle não deu — e agora fica dizendo que o barbudo não .viril. E' * velha história; as uvas estão verdes...

No O ESTADO DE SAO PAULO do último dia 3, um certa Pinto deCarvalho comenta o livro «Perpcctives de riloniin.. de Ltoger Garaudy,, de-nionstrando unia indigência intelectual digna da maior comiseração. Poríórça mesmo da sua condição de pinto (e, ainda mais, de pinto de carvalho),o sujeito só podia descrer, como confessa, de um diálogo entre marxistas ecatólicos, e acusar o marxista de «detentor exclusivo da verdade» n de «nãotolerar que ninguém pense de mod.) diferente do seu». E o Interessante .que o livro criticado — justamente obra. de um marxista — é todo êle umdescomunal e honestíssimo esforço para registrar .>s elementos de uni dlá-logo entre as diferentes correntes de pensamento preponderantes no mundode hoje e, assim, contribuir para a «fecundação mútua das pesquisas» (pág.817). Donde se conclui que a ignorância do Pinto de Carvalho encerra muitamá-fé e vai acabar por promovê-lo a Galinha de Jacurnndá.

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Ilaquol de Queiroz, na O CRUZEIRO de 10-í), faz uma transcendentaldescoberta, que por certo influenciará multo o processo eleitoral:

«Para constituinte, cada eleitor só pode votar num único can-didato». <(

No CORREIO DA MANHA de 3-9, Monlz Vlanna refere-se a filmes mar-xistas norte-americanos que teriam precedido «Hlroshlma Mon Amour». E'provável que êle esteja pensando no filme triplamente marxista «Uma Noitena Opera», com Groucho, Ilarpo & Chico Marx.

Recuperado de um derrame cerebral, voltou Assis Chateaubrland noO JORNAL com um artigo em que chama Fidel Castro de «criminosa vulgar».Como se vê, a melhor fase do Chato foi a do derrame.

#Recebemos de V. M. uma carta em que este leitor mineiro demonstra

compreender claramente o sentido do nossotrabalho, sentido, aliás, consubstanciad,) nafrase de Jules Renard: «Não é necessáriodestruir, mas sim atacar sempre para queos outros sc comportem bem».

que faz, ela afirma que a condiçãode dependência e de passividade damulher no mundo inteiro tem razõeshistóricas.

«Desde tempos imemoriais —diz Simone — a menor força físicada mulher (2/3 da do homem) fêzcom que ocupasse uma posição me-nos importante na produção da so-ciedade e, por isso mesmo, um postosubalterno em relação ao homem.Na verdade, até na época do matri-arcado, era o homem que comanda-va ou executava as tarefas primor-diais liara a subsistência.

<Com o passar dos séculos,outros interesses masculinos na sub-missão da mulher entraram emjogo, relegando-a ao papel de obje-to reprodutor apenas. Assim, à se-melhança do que ocorre no racismo,foram criados vários preconceitos

para justificar uma situação de ex-ploração e predomínio. Depois, bus-caram-se argumentos de ordem bio-lógica, fisiológica e psíquica, quesão falsos», afirma Simone.

Nos tempos atuais«Hoje em dia, a industrializa-

ção forçou uma igualdade real notrabalho que, no regime capitalista,permitiu apenas que a mulher fôs-se tão explorada quanto o homem— continua Simone. Porém, namaioria dos países, o número de mu-lheres que trabalha ainda é muitolimitado. Na França, por exemplo,apenas 40',_ das mulheres trabalha,enquanto entre os homens, 90'/.o faz. Isso quanto a receber salário,porque as que ficam em casa tra-balham tanto ou mais que asoutras».

DE ODUVALDO VIANA FILHO A BEATRIZ BANDEIRA, ESPECIAL PARA NR:

E' Possível FazerTeatro Didático

Pedro Severino

O Teatro dc Arena tia Faculda-de de Arquitetura encenou, comótimo comparecimento dc público,durante algum tempo, a peça dcOduvaldo Viana Filho: "A Mais-Va-lia Vai Acabar, seu Edgar". Já ti-vemos oportunidade dc ressaltarcm nossa coluna semanal, a im-portância e significação do fato noprograma teatral.

Realmente, a tentativa de trans-por para termos dramáticos, istoc, traduzir para a linguagem tea-trai, um tema dc economia, dandoao teatro um sentido político, cons-tituiu magnífica experiência, deresultados, sem dúvida, muito po-sitivos.

Para nós um dos grandes méri-tos do trabalho de Vianinha foiesse: abrir discussão acerca dcuma teoria pouco divulgada, mes-mo em meios culturais em que oseu estudo seria imprescindível.

Por essas razões pareceu-nos in-teressante ouvir a palavra do au-tor. Perguntamos:

Vianinha, você naturalmenteleu os comentários de críticos es-peeializados, em torno da peça.Qual a sua impressão?

Bem; antes de mais nada eupenso que os críticos subestimarama importância da minha peça. Enâo ajudaram em nada. Discuti-ram quanto a meus conhecimen-tos marxistas. Aceitaram ou ne-garam Marx, mas não quiseramou náo souberam apresentar su-gestões ou contribuições que mepossibilitassem melhorá-la. Paramim o importante era saber: é pos-sivel fazer-se um teatro assim di-dático, abordando temas tão ári-dos e difíceis como esse? Eu creioque sim, mesmo sabendo que essaprimeira experiência náo foi exa-tamente como deveria ter sido oucomo eu gostaria que fosse. Omais necessário era ventilar o as-sunto, fazer com que sc sentisse anecessidade dc estudá-lo. Eu pró-prio sinto .ue seria preciso ter umdomínio muito maior, conhecimen-tos muito mais profundos de Eco-nomia Política para conseguir fa-/er do espetáculo uma verdadeiraaula acessível e agradável, diver-tida.. .

Concordo com Você, Viani-nha. A falha principal que notocm sua peça é que a preocupaçãodc amenizar um tema pouco aces-sivel fêz com que você abusassede recursos, digamos, didáticos, osquais em vez dc simplificar difi-cultaram a compreensão, pelo ex-cesso Assim, a peça, que não temintervalo, tem a duração de umanormal em três atos com dois in-tervalos, Isso a torna cansativa.

Exato. A peça deveria durarcinqüenta minutos no máximo.Em parte a direção de Francisco deAssis, preocupado como eu emamenizá-la, contribuiu para tor-ná-la excessivamente longa. Aliás,quero que fique claro que isso acon-teceu com meu consentimento, poisestive perfeitamente dc acordo coma direção do Chico. Foi dado umritmo demasiado lento ao espe-táculo,

Sem dúvida; Entretanto eusou de parecer que essa monotoniadecorre da própria peça, que de-veria ser "podada". Se você a lessecuidadosamente c fosse cortandotodas as redundâncias, o empregoexcessivo dc sinônimos, as rimascm profusão, cia não apenas se tor-naria mais curta, como ganhariacm densidade c ate em clareza.

É claro. Mas todas essas la-

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Perguntamos se teria melhora-do a situação da mulher nos dia»atuais:

«Na verdade, a situação damulher nunca foi tão difícil comoagora. As que trabalham fora fa-zem serviço de homem mas, emgeral, não são remuneradas à altu-ra. Poucas têm cargos importante»ou de chefia. Essa desigualdade naprofissão começa desde os estudos;os pais hesitam em sacrificar-separa pagá-los e dão preferência aosirmãos. Se a jovem insiste, procu-ram encaminhá-la para profissõesmenos especializadas; ser enfermei-ra e não médica, aprender decora-ção cm vez de arquitetura, etc. Umavez casada, sendo pequeno seu sa-lário, o homem continua responsa-vel pela manutenção e direçio daeconomia. Além disso, o marido tos filhos prefeririam que ela ficas-se em casa, o que constitui um es*tímulo constante para que ela de-sista de trabalhar. Para a mulherque fica em casa, a situação não kmelhor. O trabalho caseiro é cansa*tivo, indefinido e mal pago. O ma-rido aos poucos se acostuma a verna esposa uma servente dedicada.Os filhos, por sua vez, aos 18-20vão-se embora, deixando a mãe,que concentrava neles a maior par-te de sua vida, sem objetivos, frus-trada». ;¦

Sobre a solução do problema,Simone tece algumas considerações:

«Todos os problemas da mulhersão, portanto, concretos e é «ob esseponto de vista que é preciso enca-rá-los e resolvê-los. Nós continua-mos a viver num mundo feito peloshomens, regulado e administradopor eles. Mas os homens tambémestão, na maioria dos países, sub-jugados a um regime de produçãoinjusto, explorados e alienados. Aresolução dos problemas sociais *econômicos, a ocupação plena detodas as forças sociais e, para amulher, a satisfação de algumasnecessidades específicas, como oparto sem dor, creches, escolas,etc, permitirá a verdadeira igual-dade de direitos e de oportunida-des.»

«Mais-valia»vai voltarlhas aconteceram devido à perma-nente preocupação dc amenizar oassunto. Não sei se você reparouque freqüentemente os sinônimosforam empregados dc maneira im-

própria c jocosa.Outro ponto muito abordado

quando se tala na peça de Viani-nha e mesmo das outras encena-tias pelo conjunto de Arena de SâoPaulo é: a que espécie de públicose dirige o autor? Ao público habi-tual dc teatro — cm sua maioriacomposto das camadas melhor re-muneradas da pequena burguesia,intelectuais, artistas, estudantes?Ou um público proletário capaz decompreender melhor peças como"Gimba" e "IClcs náo usam blacktie" de G. Guarnicri. ou "Chape-

tuba" e "A Mais-Valia..." dc O.Viana, filho, por tratarem de pro-blemas diretamente ligados " cias-se operária?

Perguntamos isso à Vianinha, c,cm caso de haver a finalidade deatingir um público proletário sc —realisticamente — haveria condi-çôes para isso.

— Veja; a minha peça foi escri-ta especial ente para esse públi-co. Em um dos debates de nossoSeminário dc Dramaturgia ficourcselvido que seriam abordados te-mas econômicos para serem repre-sentados cm um Congresso dc Jo-vens Trabalhadores que se realiza-ria ou realizou-se em janeiro docorrente. Eu escolhi a teoria damais-valia. Não há possibilidadesde operário vir ao teatro — -poruma série de condições econômi-cas e sociais — mas é muito fácilo teatro ir ate o operário. As difi-cuidados materiais são facilmenteremovíveis, principalmente cm sctratando de espetáculos como èsseque, praticamente, náo requer ce-nário c pode ser levado ao ar-livre,cm clubes de bairro, sindicatos.Basta simplesmente que todos oscomponentes do grupo queiram to-mar essa Iniciativa.

Censurou-se também o excessodc palavrão ou escatologias empre-gados em "A Mais-Valia"... Via-ninha faz um risinho brejeiro meiomoleque c confessa:

É uma crítica justa, eu abu-sei, não há dúvida, mas c que eugosto realmente dc empregar es-sas palavras, mesmo em conversa.Acho que elas têm muita força...

O palavrão tem sua força csua função na literatura ou no tea-tro sempre que contribua para ca-racterizar um personagem, um ara-

Apesar do seu grande sucesso, a pecade Oduvaldo Vi mm Filho foi retiradade caria/.. Dizem que pur dissénções nógrupo. Agora, já reorganizado o elenco,a Mais-Valia deverá voltar à cena.

blcnte, uma situação. Nem sem-pre foi o caso em "Mais-Valia".

E então êle se torna gratuito econseqüentemente artificial...

Vianinha concorda. O tempovoa e já está quase na hora dojovem casal — èle e Vera Gcrtel —seguir para a vcspcral. Fazemosnosso último comentário:

Você não gosta que sc assi-nale a influencia de Brecht na suapeça? Você sabe que todos nós es-tamos sujeitos às influencias de au-tores que mais apreciamos ou comos quais temos maiores afinidades.E no caso, quer-me parecer que talinfluência só pode ser benéfica. . .Que acha você?

Claro; náo há razão para nc-gar tal influência.

Tanto mais, concluímos, quequem quer que se proponha fazerteatro social sofrerá, inevitável-mente, influência dos dois grandesdo gênero: Brecht e Chaplin, nãolhe parece?

Quando nos despedimos Viani-nha contou que possivelmente,superadas as dificuldades do Tea-tro Jovem, já na próxima semanavoltaria ao cartaz "A Mais-ValiaVai Acabar, seu Edgar". ..

Nos países socialistas

A uma pergunta nossa de setinha alguma coisa a acrescentarem vista da situação da mulher nospaíses socialistas, em que s trans-formações sociais profundas tendepara essa solução, Simone de.Bsau.yoir respondeu:

«Também nos paises socialistas,o mundo ainda é feito pelos homens.Mas já há bastante avanço no sen-tido de melhores condições para avida da mulher, que participa emquase todos os ramos da produção.Ainda assim, os grandes político..,cientistas, etc. são na maioriahomens. Na China, onde a condi-ção da mulher era uma das pioresdo mundo, a evolução é mais lenta;talvez tenha chegado a igualar onível de igualdade civil e políticados países capitalistas mais avan-çadosi No campo isso se processacom méis dificuldade. Nos grandescentros porém, principalmente entreestudantes e intelectuais, a Revolu-cão e a ausência de uma moral in-dividualista, posição comum entreaqueles que tiveram algum contatocom a filosofia confucionista, per-imitiram uma evolução surpreendeu-te da mulher em todos os setoresda vida .

Simone de Bcauvoir despediu-sede nós avisando que em breve deve-rá publicar um livro de memóriasque, sob o título «A Ia force del'age», falará de sua vida a 'nrtirdos vinte anos até agora.

História da Idade MédiaLançada recentemente, está ob-

tendo merecido sucesso a traclu-ção da História da Idade Média,üe autoria do especialista soviéti-co E. A. Kosminsky. Trata-se dcuma boa interpretação marxistade um dos mais discutidos perío-dos da história. O autor destaca,.nalu cimente, as causas profun-das dos acontecimentos, sobretu-do as causas econômicas, bem co-mo os demais fatores dela. d. cor-rentes e que por sua vez lnfluen-ciam sobre elas. Vemos então, coma máxima clareza, o papel dasmassas populares, das insurrei-ções camponesas, do poder dos reis,dos Estados em formação. O au-tor deu o merecido destaque aatuação da igreja de Roma du-rante toda a Iciade Média, atuaçãoem geral deturpada ou contorna-da r>s manuais didáticos adota-dos no Brasil. Os fritos ' ' tricôscomo resultantes das lutas dcclasses — este o espírito de queestá impregnado o livro.

Com extraordinário poder dcsíntese, o autor apresenta um

panorama'genl da Idade Média,desde a queda do Império romano

do Ocidente e a invasau cius oár-baios até as revòluQÕes burguesasque deram início à Idade Modcr-na. São amplamente utilizadas asfontes clássica'- dc informações eas mais recentes descob-.Has daciência para esclarecimento de nu-morosos episódios. A linguagem ésimples e accessível ao leitor co-muni. Mas o livro, embora desti-nado a estudantes, tem o notávelmérito de aproveitar táriibém aosprofessores.

História da Idade Média de Kos-mlnsky poderá ser de grande uti-lidade para o estudante brasilei-ro, pois neste terreno vem supriruma falha: ofer.ee uma nova in-terpretação dos fatos históricos aalunos aos quais ainda hoje se en-sina qir as Cruzadas tinham co-mo objetivo libertar o túmulo doCristo.

A tradução do compêndio, a cai-ro do professor Paschoal Lemme,c bem cuidada e a apresentaçãodo volume (por Mauro Vinhas deQueiroz c ilustrações de Acjmcl.noC. de Oliveira) faz jus ao valor dolivro.

R. F.

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NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de seterr' .o de 1960 —

TeatroBeatriz

BANDEIRA

Ainda"Os Justos"de Camus-Leiturano Tablado}\l|o terceiro ato Yanek cumpre a mis-

são e é preso, enquanto que o jovemAlexis pede aos companheiros que con-sin:am em que éle paise a atuar em outrote:or, em que não sejam necessários atosris extermínio. Todos compreendem quenão é o medo que o faz agir assim, poisen qualquer setor, naquela época pré-re-volucionária, os riecos eram os mesmos,c sim a repugnância que causa a qualquerpessoa sonsivel e humana, o ato dc vio-lència mesmo quando inevitável. O quar-to ato transcorre na prisão, onde portodos os. meios pretendem minar a resis-tència moral do prisioneiro, levando-o adenunciar os companheiros, ou a fazerdeclarações de arrependimento c profis-são dc fé religiosa. Há uma conversacom o preso que serve de carrasco e quetem sua pena diminuída, cadi vez queexecuta um revolucionário. Há uma en-trevista com a grà-duquera que pretendecomover e regenerar o preso. Há outra,com o chefe de polic j que ante a inque-brnntabilidade do prisioneiro lança mãodo pior: a perspectiva de execração peloscompanheiros os quai: acredinrão naermpanha de difama-.áo que lhe seráfeita na imprensa. Mis o jovem poetaconfia no julgamento de teus irmão;, náose deixa vencer e aceita a morte comhe-oi:mo revolucionário.

No último ato, estão de nov0 torlosreunidos no apartamento dos con:pira-dores. Todos, inclusive, o jovem e:tu-dr-.nte Alexis que havia pedido para mu-dar de setor e resolve voltar para juntot-jâ companheiros, para mbstituir Yanekcuja coragem o enche de comovida a-lmi-ração. Êles contam os minuto:, acom-panhando com o pcr.:amento os últimosp.ifsas. os últimos momento- do compa-nhelro, do «irmão», que dentr0 dc poucoscra enforcada aquele que dentre to-'os,jitftamente, mais amava a Vida. Stenanvai, com risco, .rsistir d» Icnnc à exe-cuçào c volta par, cnn^r ao- onmnanh-l.ros. o hfroi=mn -'o mártir ria RevoluçãoHa um momentT terrível cl- confdo de-serpero da jov-m, namnr.-ir* do por- aE a peça termina quando ela pede queIne sejam entreoues a? bombas, ou- de-verão !er lancida-. cia próxima ve7A peça é uma bol-za e resiste brava-m-nte a tradução que náo nos pareceu'a mupto hoa. cheia de expressões tipi-cimerue frmeesas. facilmente substitui-v-'s por equivalentes nacionais por ai-guem mais versado no idioma tio que ostrnd.-.ore-. A sonoplastia esteve boa. Ea Iníiira foi feita por todos, sem exceçãod<- maneira magnífica e com sincera ema-ç o. O T.iblado deve pensar em montar,'¦iv. urgência, essa bela c humaníssimap-.r;a dc Albert Camus. Com os mesmos•V.ores, entre os quais se destaca a vozgrave, rica dc sonoridade, plena de emo-çAo dc Anthero dc Oliveira, aluno do Con-tervatório Nacional dc Teatro no papeldo poeta Yanek.

HIROSHIMA:

Lacerda é Ladrão!Ladrão da Rua Chile!"

^Lacerda é ladrão, lodrão da ruaChile!» Esta frase, cantada em caro ecom ritmo pelos estudantes da Facul-dade Nacional de Direito, na passea-

. ta que fizeram segunda-feira à noiteem frente ao estúdio da TV Rio, revelao estado de espírito do povo cariocacm relação a Lacerda, .lepois da revê-lação da negociata da barganha cieterrenos enlre a «Tribuna du Impren-sa» e a Prefeilura carioca. Em poucosdias toda a cidade, que conhecia La-cerda como agente de trustes ianquese como furioso reacionário, mas conhe-cia mal a sua face de corrupto e ne-gocista, aprendeu a v e r a completamentira que está por trás do suposto«moralismo» do chefe lanterneiro.

O escândalo ainda é mais gritan-le por ser precisamente o seu ¦¦morei-lismo;' a arma de chantagem utilizadapor Lacerda para arrancar do prefeito

Sá Freire Alvim a autorização para a ne-gociala. Lacerda comprou a conivênciado Prefeito com a troca de seu terrenocondenado da «Tribuna da Imprensa?por uni outro, de muito meior valor, narecém-aberla Avenida Chile, oferecen-do o silêncio ce seu jornal para coma administração da ex-Prefeitura cioDistrito Federal. E cumpriu o compro-misso: durante meses, enquanto o ne-gócio corria nob canais burocráticos daPrefeilura e na Câmara Municipal, nemLacerda nem sou jornal caluniaram ouinjuriarem uma vez sequei o Prefeitoou a Câmara; nem mesmo contaram averdade sobre os escândalos e a cor-rupção que nunca faltaram à adminis-tração Só Freire Alvim e ò Câmara.

Um roubo em forma de troca

O negócio de Lacerda é vergonho-so. Pretende livrar-se do terreno e doperadeiro onde funciona a ^Tribunada Imprensa ', que estão condenados àdesapropriação, e ainda ganhar mi-Ihões, às custas dos cofres públicos. Oterreno da rua do Lavrarlio já foi com-prado por baixo preço, por Lacerda,precisamente porque ossova sobre êlea ameaça da desapropriação: êle estánuma área destinada, de longa vata aser completamente reurbaniiada pelogoverno do Estado. Agora, Lacerdapretende transformar essa condenaçãoem título de Driviléaio, para justificar

a sua pretensão de que a municipali-dude lhe dê f.m troca um outro terre-no; e vai adiane, exigindo que sejaexatamente o lote 18 da Avenida, cuiovalor sobe a 30 milhões de cruzeiros— segundo alguns técnicos, bem maisainda — enquunlo o valor do terrenoe do prédio dc «Tribuna da Impren-sa\ segundo os balanços da própriaerrprèsa responsável pelo jornal, nãoexcede a ló milhões.

Fazendo chantagem com o prefei-to Freire Alvim, Lacerda conseguiu dês-te a autorização paia a troca. E con-seguiu mesmo que o chefe do Executi-vo obtivesse da Maioria na Câmara aaprovação rápida e praticamente semdiscussão do monslrengo,. apesar doprotesto de alguns vereadores, inclusi-ve amigos do Corvo, como Dulce Ma-gelhães (PDC) e Ibsen Marques (PRP).E a Câmara Municipal aprovou às pres-sas uma lei especial, autorizando oPrefeito a concluir a negociata.

Ocorre entretanto que o ato da Câ-mara, em si mesmo, foi ilegal. A LeiOrgânica do Distrito Federal proíbe ex-pressaniente que os terrenos públicossr>;cm alienados por ouira fcYrr.a quenão a venda em concorrência pública,rea.i^ada segundo todas as regras dcpraxe. (Art. 45). Também a Lei daSURSAN, que administra a área da ruaChile, proibe a operação de troca. (Art15) . Todos os proprietários, cujos imó-veis foram atingidos pelos planos deurbanização da Prefeilura, foram ob-jeto de desapropriação. Lacerda, quergozar de um privilégio até hoje nâoconferido a ninguém, porá embolsarmais' de uma dezena de milhões dopovo; mais do que isso, pretende abrirum precedente, que poderá resultar embilhões de cruzeiros de prejuízos paiao povo carioca, pois doravonte, se fôs-se efetivada a negociata com a «Tri-buna da Imprensa», todos os proprie-tários de imóveis se julgariam no direi-to de recusar a desapropriação, exi-gindo um próprio do Estr.do, de suaescolha, para recompensar-se do imóvelperdido.,

Ladrão acuadoperde o controle

Denunciada a sua l-oma, Lacerdaestá desesperado. Ele vinha insistindo

"para que o governador Sette Câmara

executasse a lei aprovada pela Câmara,e assim concluísse a negociata, antesainda das eleições — o que, para êle,é uma maneira curiosa de revelar suafc-lla de confia iça em sua própria vitó-ria. O governador provisório, entretan-to, não querendo assumir a responsa-bilidacle pelo roubo, pediu parecer desua assessoria jurídica e da Secretariade Finanças. Esses pareceres ainda nãoforam redigidos, no momento em queesta reportagem é escrita, mas é sabidoque os técnicos encarregados de redi-gi-los são quase unânimes em conde-nar essa tramo contra os cofres pú-blicos.

Nos últimos dias, o desespero doCorvo se derramou na campanha poli-

tica, com as declarações à imprensa docandidato nacionalista Sérgio Maga-Ihães, denuncicindo o caráter criminosodo negócio de Lacerda, e afirmandoque, se eleito, fulminaria imediatamen-te a negociata. Lacerda sentiu que seudesmascaramento como negeeista e la-drão atingia os seus oróprios redutoslanlerneiros. Passou então a só falar esó escrever sabre o caso, num esforçoextremado para justificar-se diante daopinião pública. Em meio a um xinga-tório baixo e vazio dirigido ao deputa-do Sérgio Mngalhães, teve mesmo a in-genuidade de dirigir um apelo «aoscompanheiros*, ou seja, à gente do«Clube da Lanterna», para que «nãodessem ouvidos aos caluniadores». Porfalta de argumentos, apelou para a

fidelidade; mas é tarde, pois o vaso jáestá quebrado.

Não só os trabalhadores cariocas,mas também os udenistas, • todo o po-vo, já sabem quem é Lacerda. Por fò-ra, um intransigente «oposicionista:»,mas, nai realidade, um homem de ne-gócios que se entende • trama folga-damente com o govênno; por fora, um«inimigo da corrupção», mas, na rea-lidade, um homem que se utiliza da ca-lúnia, ou mesmo, da verdade, comoarma de chantagem para ganhar di-nheiro. Para a felicidade do povo ca-rioca, o escândalo da Avenida Chilerepresentará a derrota e a liquidaçãodo profissional da delação, da chanta-gem e do enlreguismo que é Lacerda.

Convenção NacionalistaInstala-se no Rio Com

de Todo oCom uma sessão solene que terá

como presidente de honra o marechalJúlio Caetano Horta Barbosa e comopresidente o governador RobertoSilveira, do Estado do Rio, será insta-lada hoje, dia 9, às 20 horas, no Tea-tro João Caetano, a I Convenção Na-cional do Movimento Nacionalista. Maisde quinhentos delegados, representan-do todos o* Estados e Territórios, bemcomo inúmeras personalidades de pro-jeçâo na vida do Pais estarão presen-tes para o debate de um longo tema-rio, em sessões que se desdobrarão atéo próximo dia 11, quando o conclaveserá encerrado com a presença do ma-rchal Henrique Lott e do vice-Presiden-te João Goulart.

Como se sabe, há aproximadamen-te dois meses foi iniciada a realizaçãodas convenções estaduais do Movimen-to Nacionalista, que receberam mani-festações de apoio as mais expressivas,íntre elas as dos governadores Bias:ortes, Leonel Briiola, Roberto Silveira,Moura Carvalho, Gilberto Mestrinho eCailos Lindemberg, além de inúmerasoutras de parlamentares e figuras re-presentativas de todas as classes e cor-rentes políticas.

Um Fo Am

ilme Sobreor e a GuerraGostamos |e gostamos muito I de

Hiroshima, Meu Amor, o tão discutidofilme dc Alain Resnais. Há bastantetempo não víamos obra tão insólita,tão apaixonante, tão complexa. Antesde mais nada é preciso esclarecer quesua história lem um cáüdo acento hu-manitário e é de um lirismo fora doamum. Só o exagerado puritanismo dealgumas pessoas pode enxergar imo-ralidade onde há, ao contrário, umaexacerbada preocupação de pureza.Efetivamente, Alain Resnais nos dá ima-gons densas de ternura e angústia, per-fe:tamen!e de acordo com os diálogos

da escritora Marguerite Duras. Hiroshi-ma rompe convenções usuais, do pontode vista cinematográfico, ao jogar como tempo fazendo-o recuar ao sabor dospensamentos e confissões trocados en-tre dois seres (ela francesa e êle ja-ponês), separados pelas barreiras ra-ciais, de nacionalidade, de classe, dereligião. Passa da visão dantesca dasvitimas da bomba atômica em 1945,no Japão, para a morte do soldadoalemão em Nevers (1940), na França,voltando aos amantes de Hiroshima em1958. Seu rompimento, porém, é maisprofundo porque não fica no plano da

técnica cinematográfica e se aplica àvisão das pessoas e dos sentimentos:em 1940 a jovem francesa de Neversama o soldado alemão, tão jovemquanto ela, tendo por isso a cabeçaraspada 'como colaboracionisla ] esendo encarceiada no porão de suacasa; em 1958 o segredo dêsie amorinfeliz é revelado ao arquiteto japonêsao eclodir um novo e impetuoso senti-mento de afeto.

Em primeiro lugar, o que ressaltaem Hiroshima, Meu Amor é o pacifismo,a condenação da guerra t da bomba

^—V^^^—M '••Jm ^Êr —^Ê^MMÈÊÈ—WÊjf—^—^—^—M

m\^m mbm*~' v*m MfH''yAmw. mmm mr- " --m myi-mi UWM m

Amor. purezac poesia

Hirosliima, IHon Amóur está no centro rins discussões dos fãs dc cinemn; „ V" an°r e tla guerra; fia recordação e do esquecimento, do passadoc co,presente. O amor e vislo do ângulo mais difícil das barreiras rach s.sociais c de nacionalidade, Acima cie tudo, lllroshinm úza e poesia. um JiJine dc nua ouro-

GENNYS0N AZEVEDO

atômica. Os aulores, Resnais e Mar-

guerite Duras, exibem as feridas da

guerra do ponlo de vista coletivo (asvitimas de Hiroshima) e do ponto devista individual (o drama de amor vi-vido em Neves). Em segundo lugar, de-fendem e dignidade do amor surgi-do nas «condições mais censuradas,mais repreens-veis, mais inadmiss'-veis». (Declaração da escritora Mar-guerite Duras ao semanário «L'Express>em 30 de abril, de 1959) . Poucas vê-zes os diálogos de um filme consegui-ram transmitir tão fielmente o estadoemocional das personagens, primandoigualmente pela beleza literária. O ine-

gável lalenfo~de documentarista deAlain Resnais transparece a cada mo-mento nas imagens tocantes da fila.Mesmo aquelas filmadas para comporos episódios fictícios da história casam

perfeitamente com os trechos de velhosdocumentários de atualidade, utilizadosna montagem de Hiroshima.

Á interpretação de EmmanueleRiva já louvada amplamente pela cri-tica européia é de grande classe. Aatriz, sem os atrativos fisicos tão emmoda, impõe-se pela sinceridade desuas expressões. Há em Emmanuele Ri-va muito mais que beleza, há vida in-terior exprimindo os seus anseios e de-sejos. Seu companheiro, Eiji Okada,tem a presença necessária para comporo tipo exigido, sem as nuances daatriz.

Hiroshima, Meu Amor merece servisto por todos que apreciam o bom ei-nema. No entanto, é preciso chamara atenção de que não é um filme co-mum e sim uma audacioso experiênciaartística, conjugando o documentário ea pesquisa interior dos sentimentos hu-manos. Um filme difícil e ao mesmotempo apaixonante, sobretudo, anti-

guerreiro e poético

Na sessão de amanhã, dia 10, de-verá estar na presidência dos traba-lhos o governador Leonel de MouraBrizola, do RGS, e o centro dos deba-fei será o problema da energia elétri-ca, com a intervenção do grupo deengenheiros que preparou a encampa-ção da Cia. Energia Elétrica Riogran-dense (subsidiária da Bond and Share).Também estarão presentes os deputadosTemperani Pereira e Wilson Vargas,êste atualmente à testa da Secretariade Energia e Comunicações do Estadosulino. A Convenção deverá votar, naoportunidade, uma moção de apoioàquele ato memorável do çfovêrnogaúcho.

Os debates prosseguirão durantea manhã e a tarde do dia seguinte,sempre em torno de um temário que en-cerra as questões mais palpitantes daatualidade brasileira e sobre as quaisvários grupos de trabalho, integradospor renomados economistas e cientistas,apresentarão as soluções nacionalistasque preconizam.

Finalmente, à noite, com início às20 horas, sob a presidência do depu-tado Bento Gonçalves, presidente daFrente Parlamentar Nacionalista, seráempossada a nova Comissão ExecutivaNacional do Movimento Nacionalista e,

após, prestada uma homenagem espe-ciai ao marechal Teixeira Lott e ao sr.João Goulart, candidatos nacionalistasà Presidência e Vice-Presidência da Re-pública.

0 programaO programa da I Convenção Na-

cional do Movimento Nacionalista é •seguinte: Hoje, dia 9: das 8 às 12 ho-ras sessão de instalação, com a en-frega de credenciais, indicação da me-sa diretora e início das sessões plena-rias; das 14 às 18 horas sessão pie-nária, com apresentação, discussão evotação de teses; às 20 horas, sob apresidência do governador Roberto daSilveira, prosseguirão os debates. Ama-nhã serão realizadas duas sessões pie-nárias, uma das 14 às 18 horas e outracom início às 20 horas sob a presidên-cia do Governador Leonel Brizola. Asessão plenária do dia 11 será iniciadaàs 14 horas para terminar às 17 horascom a eleição da Comissão ExecutivaNacional do M. N. reunindo-se nova-mente os convencionais em sessão se-Iene às 20 horas, para a homologaçãodos candidatos nacionalistas Lott eJango.

As sessões terão realizadas neTeatro João Caetano.

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Nacionalistas realizam

convenção no Rio

Nacionalistas de todo o Pais (mais de qui-nheritos delegados) rstSo reunidos no Riopara o debute de palpitantes problemas daatualidade * a homologaçSo das candidatura»J.ott r Janqo. O conclave será encerradodia II no João Caetano.

Palavras CruzadasF. Lemos

11 — Cansa. .9 — Atuei. 16 — Outr*vez. 18 — Forma arcaica do artigo O.

PROBLEMA N° 26HORIZONTAIS: 1 — Caixa de ma-

deira, forrada de couro ou lona, paraviagens. 5 — Pequena moeda da China eIndochina. 7 — Pesquisas, buscas, 8 —

Pronome pessoal da 2' pessoa singulardos dois gêneros. 10 — Pessoa ou animalalbino. 11 — Anel. 12 — Titulo noblli-tário inglês. 13 — Bllis. 14 — Rio riaFrança. 15 — Torne menos sólido. 17 —Nome próprio feminino. 19 — Que naoé áspera.

VERTICAIS: 1 — Tirar a vida de. 2 —Bolo de farinha de arroz e azeite decoco, usado na Ásia. 3 — Estudar. 4 —Antes de Cristo. 5 — Satisfazer, fartar.6 — Prende com trela. 7 — Habitação.9 — Embarcação estreita, leve e rápida.

RESPOSTA DO PROBLEMA H> 25HORIZONTAIS: 1 — Ir; 3 — Ar; 5 — Aia; 7 — Ari; 8 — Orno: 10 — Ata;

11 — Acato; 12 — Isole; 14 — Aro: 15 — Ala; 17 — Eva; 18 — Obi;20 — Lá; 21 — Aa. VERTICAIS: 1 — Ia; 2 — Rio; 3 — Ara; 4 — Ri: 6 — Ame7 — Aí:; 9 — Ocnso; 10 — Atola; 12 — Ira; 13 — Elo; 14 — Ava; 16 — Abj;17 — fcl; 19 — Ia.

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Page 7: Candidatura Lott: Resposta Dos Patriotas Ros Monopólios ... · Manifesto Eleitoral dirigido aos traba-lhadores e a todos os patriotas de-mocratas. O documento é uma defini-ção

Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de setembro de 1960 NOVOS RUMOS

Fidel: Cuba Contac om América Latina

HAVANA, 2 (PL) — Com aexecução do Hino Nacional, às4,45, hora local, iniciou-se, oficial-mente, o ato na Praza Civica con-vocado pelo primeiro-ministro Fi-dei Castro em "Resposta â Decla-ração de Costa Rica".

O presidente, Oswaldo Dorticós,declarou aberta a Assembléia econcedeu a palavra ao primeiro--ministro Fidel. Antes, Dorticósassinalou que "o povo é que deci-dirá a resposta à organização dosEstados Americanos" pela resolu-ção contra Cuba, assinada em SãoJosé, Costa Rica.

O primeiro-ministro Fidel Castroqualificou "da mais grandiosa reu-nião que se realizou por nosso povodesde o triunfo da revolução" aconcentração desta tarde, em Pia-za civica, como "resposta da decla-ração de Costa Rica" contra Cuba."É pena que não estejam aquipresentes os chanceleres da Amé-rica para que tivessem oportuni-dade de ver o povo que condena-ram em Costa Rica", disse Fidel,em seguida, afirmou que "em Cos-ta Rica se afiou um punhal que,no coração da pátria cubana, "amão criminosa dos imperialistasianques queria cravar".Liberdade custou caro

Fidel continuou afirmando queCuba quer apenas "ser livre" eque «sua, apenas sua, é a bandei-

ra da estrela solitária". Reiterouque nenhuma oligarquia ou govêr-no poderoso nada tem a fazer emCuba. "A liberdade deve ser nossa,porque a liberdade que conquista-mos nos custou muitos sacrifícios"disse Fidel assinalando que "Cubatem o direito de ser livre" pois con-ta com governantes que não defen-dem monopólios estrangeiros nemos exploradores dos Interesses desua Pátria.

Depois de relatar o vergonhosopassado a que se submeteu o povocubano, Fidel Castro disse que "asrevoluções náo são feitas para pro-teger privilégios, e sim para ajudaros que necessitam ser ajudados epôr fim à exploração e aos abusos."

Assinalou que "a penetração doimperialismo norte-americano emCuba é a causa principal de nos-sos males" e acrescentou que "essaforça que manteve a tirania, quetreinou os esbirros da tirania, quearmou os soldados da tirania en-tregando-lhes armas, aviões e bom-bas, é que se empenha em que arevolução cubana fracasse, que seempenha para que os criminosos,os monopólios e a miséria retor-nem".

Em seguida, o primeiro-minis-tro cubano reiterou que "o povode Cuba é soberano" e assinalouque jamais nos anais da históriade Cuba se havia realizado um atosemelhante "para responder as

agressões e as declarações contraCuba".Povos decidirão

Fidel exortou, mais adiante, aosgovernos americanos que falamem nome de seus povos, a quereúnam esses povos e submetam àsua consideração, os acordos apro-vados na Conferência de CostaRica.

— "Se eles querem que nós acei-temos os acordos de Costa Rica,que cada um de seus povos, emassembléias populares como esta,aprovem esses acordos" — decla-rou o premier cubano.

Disse depois que nenhum chan-celer pode comprometer seu paísem atos de direito internacional,se não conta com a aprovação dopovo. E acrescentou: "Portanto, avalidade da Declaração de CostaRica não depende dos chanceleres,mas dos povos de cada país. Porisso, respeitosamente convido aosgovernos americanos a convoca-rem seus povos e submeterem asua consideração a Declaração deCosta Rica.

Fidel sugeriu respeitosamente aopresidente da Venezuela a que con-voque também a população de seupaís, "como fizemos nós, e submetaà sua aprovação a Declaração deCosta Rica". Em seguida Castrofêz o mesmo convite aos governosda Argentina, Uruguai, Chile, Peru

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Apoio detodo o povo

Em Cuba agora é assim. O governo revolucionário toma suas grandes decisõesbaseado na vontade da maioria esmagadora do povo da Ilha heróica, o que lhesdá uma íõrça Inabalável, capaz de vencer qualquer obstáculo que se anteponhaa seu caminho para a construção, de uma vida feliz, longe da exploração, estrangeira.

e Equador, e das demais naçõeslatino-americanas.

— "Estes governos — disse —não devem incomodar-se porqueCuba sugere reuniões popularesdessa natureza, pois eles se cias-sificam como democráticos e a de-mocracia vive do povo, é o govêr-no do povo, pelo povo e para opovo". Fidel acrescentou que o go-vêrno que não reúne seu povo,como fazemos, não é democrata,porque para ser democrata é ne-

CAMINHO LATINO-AMERICANO PARA A EMANCIPAÇÃO:

AAP

ssem birova

eia"D Nacional do Povoeclaração de H //

O primeiro-ministro submeteuao povo reunido em assembléia ge-ral nacional uma declaração deresposta do povo cubano à decla-ração dos chanceleres americanosem Costa Rica, que, disse, "passa-rá à História com o nome de De-claração de Havana". Acrescentouque para este documento, que temo prestígio de ser subscrito portodo o povo, pedirá o apoio de tô-das as organizações estudantis,operárias, artísticas e popularesdas Américas.

Antes de ler o texto da declara-ção, Fidel Castro afirmou que arevolução triunfou pelo povo, go-verna com o povo e se mantém pe-Io povo. "As oligarquias, salientou,mantêm-se pela força e pela expio-ração. Esta revolução mantém-seno poder, apesar das agressões quesofre, pelo apoio do povo, e se con-servará no governo enquanto lutee trabalhe para o povo".

A "Declaração de Havana", queo chefe do governo cubano leu emseguida, começa manifestando que"junto à imagem e memória deJosé Marti, em Cuba, território li-vre Ja América, o povo, no usoinalienável que dimanam de suasoberania c do sufrágio direto seconstituiu cm assembléia geral na-cional e em seu próprio nome erecolhendo o sentir dos povos daAmérica, decide hoje:

NotaInternacional

1) condenar a Declaração deCosta Rica, ditada pelo imperialis-mo norte-americano, e atentatóriaà soberania dos povos do conti-nente;

2) condenar a intervenção aber-ta e criminosa que durante maisde um século exerce o imperialis-mo norte-americano na AméricaLatina, já tendo invadido o Mé-xico, Nicarágua, Haiti, Cuba e ou-tros povos, que perderam regiõescomo o Texas, o canal de Panamá,e territórios inteiros, como PortoRico, que sofrem os desmandos dosfuzileiros navais norte-americanos;

3) a aceitação por parte dosgovernos da América Latina,dessas continuadas intervenções,atraiçoa os ideais independentistasde seus povos, apaga a soberaniae impede a solidariedade entre ospaises da América Latina, pelo quea assembléia repudia esses gover-nos e rechaça também o intento depreservar a Doutrina Monroe, utili-zada nesta hora para estender odomínio do imperialismo vorai sô-bre o continente;

4) frente ao hipócrita pan-ame-ricanismo, a assembléia proclamao latino-americanismo libertador,que pulsou em Marti e Benito Jua-rez, e ao estender a sua amizadepara com o povo norte-americano,os negros perseguidos, os intelec-tuais perseguidos, os operários em

O Congo

(Ex-Belga)Diz o ditado popular que -quem faz a ía.ma, eleita na cama;. De uma

certa forma, isto se aplica à atual situação no Congo. O colonialismo belgapreparou todas as condições para que tudo o que ostá acontecendo agora naRepública congólesa fosse, polo menos, possível, senão necessário. Em pri-melro lugar, o único representante legitimo do povo congolès, o lider doMovimento Nacional Congolès, Patrlce Lumumba, foi mantido fora das con-versaçôes de Bruxelas, em março de 1960, para a independência do antigo«Congo Belga» até o momento em que os belgas pudera.a conservar uma apa-rôncia de Igualdade, entre os negociadores da metrópole e da colônia. Lu-inumba estava proso há mais de um ano, por sua participação nas manifes-tações de janeiro de 1959, embora sua pena fosse de apenas seis meses.Enquanto o povo congolès náo deixou claro que seu verdadeiro mandatário«ra Lumumba, os belgas fizeram tudo. o que estava a seu alcance para pres-tiglar o «presidente» Casavnbu.

Antes de ser concedida a independência da Jovem república africana,os belgas tiveram o cuidado de realizar suas «eleições;-. Onde puderam,evitaram que o partido de Lumumba apresentasse candidatas e fizesse pro-paganda. Em outras palavras, nas províncias de Catanga, Casal e Qulvu, osbelgas conseguiram que seus candidatos, principalmente Molse Tchombe,Albert Calonji e Josef Ileo, fossem eleitos, náo com maioria absoluta, mascom maioria simples. A corrupção, a opressão e a ditadura dos belgas nüoconseguiram o que eles queriam, mas criaram a base a partir da qual po-deriam continuar controlando a política do Congo. Como medida adicional,os monopólios belgas transferiram as ações da .União Mineira da Alta Ca-tanga* para as mãos de Tchombe, retirando-as do governo central congolès.As companhiag belgas, ligadas a Interesses ingleses, alemães, franceses enorto-americanos, não estavam dispostas a perder a batalha. Suas cartas(Casavnbu, Tchombe, Calonji, Ileo e outros) continuavam marcadas

E não se pode dizer que se trata apenas de um espírito reacionáriomais aguçado. Os monopólios mineiros do Congo representava, antes daindependência, quase noventa por cento da economia do pais. O circulo vi-cioso criado pelo colonialismo, para o qual não haveria saida enquanto os«direitos adquiridos» não fossem negados, ameaçava ser rompido pela açãodecidida cio governo de Lumumba, apoiado pelos Estados Independentes daÁfrica e da Ásia e pelo campo socialista. O prazo final para o golpe deCasavubu tinha chegado. A própria aç5o da ONU n&o tinha conseguidodividir o Congo em beneficio dos colonialistas. O golpe, daqueles que têmdata prévia, comunicada às agências Internacionais, estourou finalmente. Otiro, entretanto, saiu pela culatra. <Os macacos», como os colonialistas sereferem aos nacionalistas africanos, não são tão idiotas como parecem, oucomo os colonialistas se esforçam por pln-tar. A luta do continente africano pela suaindependência nacional e social será longae árdua, mas os nçivos dirigentes africanosacabarão por vencer, pois não lhes falta cons-ciência, espírito combativo ou apoio inter-nacional.

tefau$\o Cupertmo

mãos de sindicatos de "gangsters";5) a ajuda espontaneamente

oferecida pela União Soviética nãopoderá ser considerada jamais co-mo um ato de agressão, e sim co-mo um ato de solidariedade aCuba, ante um iminente ataque doPentágono ianque, que honra ogoverno da URSS, que chamou aatenção do governo dos EstadosUnidos por suas covardes e crimi-nosas intervenções contra Cuba.

6) desde o primeiro c o últimoatos da revolução, o povo cubanotem agido por sua própria vonta-de, sem que se possa acusar aURSS ou a China de intervenção;

7) a assembléia entende quea política dos Estados Unidos éque coloca em perigo a paz c asegurança do continente, pelo quea assembléia ratifica sua políticade amizade com todos os países csua intenção de estabelecer rela-ções diplomáticas com todos ospaises socialistas do mundo;

8) no uso de soberana vontade,estabelece, desde agora, relaçõesdiplomáticas com o governo da Re-pública Popular da China e as rom-pe com a outra China;

9) portanto, a assembléia decla-ra ante a América e o mundo, queaceita e agradece o apoio dos fo-guetes da URSS, se seu territóriofôr invadido por forcas militaresdos Estados Unidos;

10) a assembléia nega categòrl-camente que haja existido a inten-ção da URSS e da China Popular,de quebrar a unidade hemisférica;

11) desde os primeiros disparos,desde o primeiro mártir, desde oprimeiro e último atos da revolu-çáo, o povo cubano tem agido porconla própria, sem que se possaacusar a URSS ou a China de in-tcrvençào;

12) a assembléia manifesta aconvicção cubana de que a democrá-cia não pode consistir somente noexercício de um ato popular, qua-se sempre manejado por latifundiá-rios, bem diferente de como o fazesta assembléia;

13) a democracia só existirá naAmérica quando o povo puder esco-lher livremente seus governos, peloque a assembléia condena o latifún-dlo, fonte de miséria para o campo-né# condena os salários de fome ea exploração humana por interessesespúrios, condena a ausência de lios-pitais, condena a discriminação ra-ciai, a desigualdade social, as oligar-quias, as desigualdades de recursosnaturais, a política entreguista, con-dena os governos que desatondema seus povos para acatar a Was-hington, condena o monopólio dasnotícias pelas agências ianques, con-dena as leis repressivas que impe-dem os operários, camponeses, estu-dantes, na maioria dos países, a or-ganizar-se; condena os monopólios,as empresas imperialistas que ex-pioram a operários e a camponeses,que estrangulam a economia lalino-americana; condena a exploraçãodo homem pelo homem e a explora-cão dos países subdesenvolvidos pe-los países capitalistas; c proclama

avanao direito dos camponeses à terra, odireito do trabalhador ao fruto deseu trabalho, o direito das criançasà educação, o direito dos enfermosà assistência médica, o direito dosoperários ao trabalho e o direitodos estudantes ao ensino livre, ex-perimental ou educacional, o direi-te dos negros à plena dignididadedo homem, o direito da mulher àigualdade civil, social e política, odireito do ancião a uma velhice se-gura, o direito dos intelectuais, ar-listas e cientistas a lutar, com suasobras, por um inundo melhor, o di-rèlto dos Estados à nacionalizaçãodos monopólios imperialistas, res-gafando as riquezas de seus povos;o direito dos países ao livre comer-cio com todos os povos, o direitodas nações à sua plena soberania, odireito dos povos a transformarsuas fortalezas em escolas e a dararmas a seus operários, a seus cam-poneses, a seus estudantes, a seusintelectuais, ao negro, ao índio, àmulher, ao jovem, ao ancião, a to-dos os oprimidos c explorados, paraque defendam por si mesmos seusdireitos e seus destinos;

14) a assembléia geral nacionaldo i>ovo de Cuba, por último, pos-tulará o dever dos operários, cam-poneses, negros, índios, mulheres alutar por suas reivindicações econó-micas, políticas e sociais; o deverdas nações oprimidas e exploradasa lutar por sua libertação; o deverde cada povo à solidariedade comtodos os povos oprimidos, escravi-zados, ou agredidos, seja qual fôro lugar do inundo onde se encon-trem, pois todos os povos do mun-do são irmãos, a assembléia nado-nal reafirma a sua fé em que aAmérica Latina marchará breve-mente, livre e vencedora, contra oimperialismo norte-americano, que,a impede de fazer ouvir sua voz naconferência dos chanceleres; nestahora em que surge como potênciainvencível a voz genérica dos povos,i", essa voz Irmã, a assembléia res-

cessário consultar os interesses po-pulares e consultar o povo parasuas decisões.

Ao referir-se aos governos da Ni-carágua, Paraguai e Guatemala,Fidel disse que "aos governos queconstituem reconhecidas ditaduras,não dirijo minha respeitosa solici-tação, porque seria uma piada. Eume dirijo somente aos chamadosgovernos democráticos".Conferência comprada

Depois de reiterar que esperavaque os governos da América nãose ofendam com o pedido de Cubapara que reúnam seus povos e de-cidam sobre a validez da declara-ção de Costa Rica, Castro disse queo governo dos Estados Unidos co-meteu um ato de suborno "ao com-prar as oligarquias em meio à con-íeréncia de chanceleres".

Disse que os Estados Unidos re-tirou a cota açucareira de Cuba ea dividiu entre os governos quetinham que condenar essa ação.Em seguida classificou de "politi-ca imoral a aprovação, por partede Washington" de um crédito de600 milhões de dólares para ajudaà América Latina, no momento emque se realizava a conferência.

Referiu-se mais adiante aoschanceleres que assinaram a de-claração de Costa Rica "muitos dé-les envergonhados" e elogiou a ati-tude dos chanceleres da Venezuelae do Peru, Ignácio Luís Arcaya eRaul Porras, que se recusaram aassinar o documento. Tambémmencionou o chanceler do México,Manuel T"o, que embora tivessefirmado a declaração declarou, pú-bllcamente, que não estava deacordo com a condenação a Cuba.

Castro disse que o imperialis-mo norle-americano poderia com-prar as oligarquias, mas não ospovos, como o da Venezuela e dis-se: "o que o povo da Venezuela quernão são dólares, mas sim que nãolevem seu petróleo e que lhes de-volvam suas minas. Em seguidaexpressou que desde hoje, "os quefalam em democracia somos nós,que reunimos e discutimos os pro-blemas do povo" e acrescentou:"aquele que nâo pode reunir o po-vo, é porque não vigora aí um re-gime democrático".

Durante a assembléia popularcelebrado na Plaza Civica, o povopediu ao primeiro-ministro FidelCastro que submetesse à sua con-sideração o problema da base na-vai norte-americana de Guatána-mo. Castro disse então que o as-sunto não figurava na ordem-do-dia da "assembléia geral", mas as-sinalou que dele se tratará, no mo-mento oportuno, em outra "assem-bléia geral".

Acrescentou que quando os Es-tados Unidos pratiquem novasagressões contra Cuba, nacionali-zar-se-ão outrr t empresas norte-

americanas e reunira o povo, emoutra assembléia, para que retirea base naval norte-americana deGuatánamo.

Perante a assembléia do povo deCuba, o primeiro-ministro FidelCastro submeteu, em seguida, a De-claração de Costa Rica à decisão edisse que ia efetuar a leitura da"Declaração de Havana". Leu oprimeiro ponto da D.—iaração deSão José, que condena a aceitação,ainda que condicionada, de ajudasoviética, por parte de um país daAmérica Latina. Depois, pergun-tou à multidão:

Em caso de agressão, vocêsaceitam a ajuda da União Sovté-tica?

Uma ovação de vários segundosfoi a resposta.

O povo de Cuba, disse Fidel,reunido em assembléia geral, decla-ra que se a ilha fôr invadida porforças imperialistas, Cuba aceitaa ajuda da União Soviétical

Prosseguindo a reunião, reunidaa assembléia popular decidiu res-tabelecer relações com a Repúhli-ca Popular da China, d _ ois queo primeiro-ministro Fidel Castroconsultou a grande concentraçãorealizada na Plaza Civica desta ca-pitai. Ao mesmo tempo, o govêr-no cubano anunciou sua decisãode romper relações com o governode Chiang Kai-Chek.

Fidel Castro disse também queCuba aceitaria qualquer ajuda daRepública Popular da China, "emcaso de agressão a este país". Coma decisão, Cuba se converte no 36.°liais a estabelecer relações diploma-ticas com a República Popular daChina.

Relações com a ChinaReferindo-se ao segundo ponto

da Declaração de São José, que,sem mencionar Cuba, atribui in-lluéncias da União Soviética e daChina na Revolução Cubana, o pri-meiro-ministro Fidel Castro o sub-meteu a consideração da assem-bléia geral do povo de Cuba.

Consideram que a Repúblic. Po-pular da China e a União Sovié-tica estão se aproveitando da Re-volução Cubana? — perguntou Fi-dei à multidão, ao responder, opovo disse que 'Cuba repele aacusação de que a União Soviéticae China estão se aproveitando daRevolução Cubana para seus fins".

O primeiro-ministro continuoudizendo "o único culpado é o im-perialismo ianque que agrediu edividiu a América Latina".

Também foi aprovada a respos-ta do povo "ao perguntar se a po-litica do Governo deve ser de co-mércio e de amizade com todos ospaíses do mundo" e se estava deacordo com relações com a UniãoSoviética e demais países sociaiis-tas. A resposta do povo foi de in-telro apoio. (P.L.)

pa-

onde: «presente, Cuba não falha

^r.AméHÍJf". r_!r; Lott: Não há Força Capaz de Detctmundo, o seu compromisso heróico,

(Conclusão da 3.» pa„.)cupa mais em meu programa degoverno do que a educação. E por-que sou democrata, considero co-mo prioridade número um da fu-tura administração assegurar atodas as crianças brasileiras o a-cesso a uma escola primária real-mente preparada para desempe-nhar seu papel educacional emtoda a extensão da palavra."

Senhores: O Brasil está diantede uma encruzilhada: desenvolvi-mento ou subversão social. Emrazão de tão forte desafio, não hámais lugar entre nós para os go-vemos de rotina ou de exageradaprudência no impulslonamento denosso progresso. Isto ficou de-monstrado nestes quatro anos emeio de corajosa e dinâmica admi-nistração do presidente JuscelinoKubitschek. Nem é fenômeno ti-picamente brasileiro, senão uni-versai, o que vem inflamando a

o seu dilema irrenunciáveltria pu morte!»

A assembléia resolve que estadeclaração seja conhecida como«Declaração de Havana, Cuba, ter-ritório livre da América, 2 de setem-bro de 1960».

Depois de afirmar quo. «submc-temos esta declaração à considera-ção do povo», e dizer que os que«aprovam levantem a mão», apelo aque o povo respondeu por unanimi-dade, Fidel Castro perguntou:E com a Declaração de SãoJosé, o que fazemos?

A resposta foi unânime:Rasguemo-la!

E Fidel a rasgou, em meio deestrondosa ovação. Por fim, comu-nicou que as decisões da assembléiaserão comunicadas a todo» os po-vos irmãos da América Latina. Aconcentração terminou com a exo-cução dos hinos nacional e «26 dejulho». (PRENSA LATINA)

alma de todos os povos subdesen-volvidos no sentido de ultrapassa-rem, custe o que custar, o estágiode atraso e miséria que os perse-gue e aflige.

Identificar as causas desse atra-so, para extirpá-las, estejam ondeestiverem, é a missão que o povoexige e impõe aos homens de go-vêrno. E aí, precisamente, é quereside a torrente impetuosa do sa-dio nacionalismo que a nossa cau-sa simboliza.

Idéia em marcha — mais do queisto, revolução em marcha — nãohá força que a deturpe ou consigadetê-la, na sua vitoriosa trajeto-ria. Assim será a 3 de outubro pró-ximo, nas urnas livres da influên-cia maléfica de grupos econômi-cos e financeiros, porque assim oquer o povo brasileiro na árdualuta em que se empenha, semmedir sacrifícios, pela emancipa-ção econômica nacional,"

'ÊmUÊUgjm jSgjWggH_____ >».

Page 8: Candidatura Lott: Resposta Dos Patriotas Ros Monopólios ... · Manifesto Eleitoral dirigido aos traba-lhadores e a todos os patriotas de-mocratas. O documento é uma defini-ção

exulto ao Padre Cícero r,.'.(1W'':í'1'**6:

ra^l.T-li=T.TCom a Decadênciado Latifúndio

Juazeiro. E' pura lodo nordestinoum nome evocativo. Como Canudos, ex-

pressa tragédia, miséria, lances de bra-vura, cores medievais em pleno séculoXX.

A legenda de Juazeiro permanece.Ainda hoje, correspondências que sedestinam a Juazeiro da Bahia vão pa-rar em Juazeiro do Norte — a Juazeirodo Padre Cícero. Ela é que é conheci-da, famosa, aureolada ainda pelu (ris-te evidência do passado

Vamcs atingi-la, noite alta, nummoroso trem da Rede Viação Cearense:velhos carros desconjuntados, nas mes-mas condições, senão piores, q u e hátrinta anos. Substituíram a «Maria Fu-maça» por unia locomotiva Diesel. Masos horários são os mesmos de outrora,como se o tempo tivesse parado e aciência e a técnica no mundo não ti-vessem dado saltos de gigante. O leitoraso da estrada, raramente empedradaou mal empedrada, enche os carros deuma nuvem permanente de poeira. Eimpossível sentarmo-nos no vagão ondecompramos passagem. Todos os lugaresestão ocupados e dezenas de passagei-ros sentam-se sobre malas ou caixotesque conduzem. Corremos ao precáriorestaurante, onde encontramos lugardesde que não deixemos de comer oubeber qualquer coisa . As garrafas caemsobre as mesas e rolam pelo chão aobalanço do trem. Servem-nos comidacom poeira, bebemos água com poeira,respiramos poeira.

Nas estaçõezinhas intermediáriasentre Iguatu e Juazeiro, desde longe,movimentam-se pontos luminosos que-assemelham fogos-fátuos. O trem párae ao longo de todo o comboio mulhe-res e crianças, com pequenas lampari-nas (fifós) — algumas extraordinária-mente equilibradas à cabeça — ofere-cem milho cozido, batata doce, tapio-cas (beijus), água fresca de quartinha.E a pobreza à cata de algum níquel. A

pobreza de pés descalços, maltrapilha« que habita míseras choupanas próxi-mas à estação. A vida da estaCPn « nsua vida.

Outra Juazeiro

A Juazeiro que encontramos não éa Juazeiro que ficou em dezenas de li-vros onde lemos a sua história — ahistória do Cariri — de exploração se-mifeudal, de cangaço e obscurantismoreligioso. A cidade mudou. Cresceu emruas largas, em praças amplas, umadelas realmente bonita com suas pai-meiras e ficos, e é hoje a segunda ei-dade do Estado em população, depoisde Fortaleza: uns 70.000 habitantes.

Nascida do entrechoque de inte-rêsses gerado pelo latifúndio, núcleode congraçamento temporário dos co-ronéis do Cariri em torno do Podre Ci-cero para o domínio político dc Eslado— contra a burguesia comercial de For-taleza — Juazeiro, em seu crescimento,destruiu os que a criaram. A estradade ferro e, depois, a rodagem ajjao-ram essa destruição. O sacerdote mis-tico que lhe dera vida ao concentrar emtorno de si toda uma população eror-me de vitimas do coronelismo Símifeu-dal, perdera o seu poder incontraslávelbem antes de morrer. O movimento re-volucionário de 1930 foi a últ,i<e pcde terra em seu domínio como tciuma-lurgo e como chefe político. A tomadade armas, depois de 30, aos coronéisdo interior, não poupou seus amigos ecorreligionários. Dois anos antes demorrer, o Padre Cicero recebe uma car-Ia do Prefeito de Juazeiro: hão mais

para lhe pedir as bênçãos, mas paiaque mande retirar seu retrato da sededa Municipalidade. Proiesta em vôo.O coronelismo, em que êle alicerçarasua influência e em favor de qutm mo-bilizara grandes massas de crentes emcujo peito amortecera a revolta cie opri-midos, com promessa do reino dos ecuee falsos milagres, êsse coronelismo es-lava reduzido à impotência. Deixou-oagonizante.

grande romaria ao seu túmulo. Pelomadrugada ouço o pipocar de foaueles.Uma, duas, três, várias salvas.

Quando, mais tarde, chego à igre-ja do Perpétuo Socorro, junto a cujoallar-mor se encontra o seu túmulo —vejo o templo deserto. Eram 9 horas,

RUI FACÓ

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bre a sua laje. Retirava o rosário e bei-

java-o, para depois colocá-lo outra vezsóbre a tumba. Uma velha trêmula bal-buciava alguma reza. E um velhinho,em atitude tranqüila, olhava em torno.Mais ninguém.

Lá fora, no patamar, ao pé de uma

vi-Jfc, "TroÍK) ^Enffl^-1 lr'^tHãp,' .'i^|Hk

0 cerco dcJuazeiro

20 de julhoPasso em Juazeiro um aniversário

notável — 20 de julho — dote damorte do Padre Cícero. Esperava uma

mais ou menos. Um homem variic aigreja. Três pessoas oravam ao pé dojazigo do padre: um jovem de fisiono-mia chorosa lançava, por entre os gra-des aue isolam o túmulo, um rosário só-

¦¦¦¦¦¦¦¦¦ ^íit&Sííi ''^*. '%íAí^/%-'-jSSSaiBi È

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Nas trincheirasda cidade

Eram homens do campo, enganados peloschefes políticos do Canri, que pegavam emarmas, defendendo Juazeiro contra o assaltodas fôi\as estaduais lançadas contra eles.Juazeiro loi um Canudos às avessas.

Ante a noticia dc que as forças do governodo Estado iam assaltar Juazeiro, seus habilan-les cavaram um largo e profundo fosso emlòrno da cidade no esbaço de 2-1 horas. Ederrotaram os atacantes

espécie de oratório e estátua, onde sevê a imagem do Padre numa redomaae vidro, mais parecendo um santo,uma jovem ajoelhada e dois homens depé. De repente, a jovem solta uma gar-galhada divertida. Um dos homens ainterpela irritado: por que está rindo?Ela dá uma resposta qualquer. Os ho-mens comentam que deve ser louca. . .

Mais nada, além da missa matuti-na, das girândolas de foguetes, na da-ta do 26" aniversário da morte dessehomem que foi por muitos anos o «guiaespiritual) de milhares de nordestinos,grande proprietário rural, chefe políti-co da cidade por êle fundada, vice-presidente do Estado do Ceará.

Hoje, apenas duas vezes por anose realizam em Juazeiro grandes con-centrações populares de cunho religio-so: a 15 de setembro, dia da Senhoradas Dores, culto instituído pelo Padre,

ajfi^f •• % "j ¦¦- ., f* ¦>. ?J£mm miw$kw:*,JT •' ¦2'V'f-- i ".V* 'V'm\^VJSmmmmm\ HÍft7«^' *"'* -f**U

WÍÊmWmmfMwÊÊx%Sm\ K« !***¦] KÊlflIxlí*m?Mmmâmm\.l-"ZiAl4 muàm mllâ&Wmmm^^mh> ..¦• .^ ¦,,- ,vv

¦' fa<J4w

Governador\ isita o padre

e l de novembro, dia de finados, emque se cultua também a memória do sa-csrdote desaparecido, Mas estas sâocada vez mais comemorações festivaspromovidas pelo comércio de Juazeiro.Os comerciantes ricos chegam a forne-cer transporte gratuito aos «romeiros;;dos mais distantes lugares e mesmo deEstados vizinhos para sua vinda à un-tiga meca sertaneja.

A mística em torno do Padre, queno passado serviu grandemente ao co-ronel do Cariri, fornecendo-lhe mão-de-obra quase de graça para suas terras,serve hoje à nova classe que dominaem Juazeiro: o artesão-comercianle.

Durante o resto do ano a ciCadevive a vida comum de lôda cidade nor-destina, com um comércio excep onal-mente desenvolvido, bons sítios bemcultivados em seus arredores, sucursaisde vários bancos, um campo de avia-ção, uma usina de beneficiamento doalgodão.

Cidade artesã

Percorremos a cidade. Juazeiro tra-balha. Mulheres, em eguipes, va;rcm asruas. O comércio movimenta-se. Pas-sam ônibus, caminhões, jipes. Funcio-nam as inúmeras oficinas de artesãosque se multiplicaram e deram vida àcidade.

Município de área minúscula, Jua-zeiro — caso excepcional no Brasil —tem a maior parle de sua populaçãona zono urbana (mais de 70%) . O ar-lefalo de ouro, de couro e a cutelariapropiciaram-lhe o progresso inicial.Os milagres do Padre não davam decomer a ninguém. A populaçoo quenão encontrou trabalho teve que reti-rar-se para seus Estados de origem (eraquase lôda adventícia), emigrou parao sul do Pais ou se radicou em Juàzei-io, ligada ao artesanato.

Durante muitos anos, a fabr caçãode objetos do culto religioso — cruci-fixos, medalhas, amuletos diversos —como a de armas curtas, e, depois, foi-ces, roçadeiras, peixeiras, objetos d>

NDVOS RUMOS

Todos os governadores, do Ceará, antes d1910 estavam politicamente Ifnados ao PariCícero, que linha em suas mãos um grandecontingente eleitoral "de cabresto"vemos o governador Maios Peixoto,

IIiqill

ferraria (puas, plainas, serrotes, perfu-radores de madeira), ao lado da in-dústria de artefatos de couro, deramtrabalho a milhares de pessoas e cria-iam lodo um comércio especializado.Ainda hoje se encontram em Juazeirolojas unicamente de santinhos de pa-pel, de ouro, madeira e oêsso.

Essa indústria artesã e êsse comer-cio estão sendo minados, em ritmo crês»cente, pela concorrência do Sul. O ouropor exemplo, é de qualidade inferioro facilmente desbancável pelo similarde melhor quilate que vem de São Pau-Io ou Pernambuco. A 'ybricação localde redes, pelo seu caráter também ar-tesanal, sofre igualmente a concorrên-ria da rede industrial de Fortaleza, maisbem acabada e mais resistente. A redelocal não é inteiriça: são três panos,tornando-a mais perecível. Os objetosde couro — sapatos, chinelas, botas,há alguns anos produzidos totalmenteem Juazeiro e na vizinha cidade doCrato — também já não satisfazem asexigências dos compradores. O padrãode vida de certa camada da populaçãomelhorou, particularmente, durante aguerra, e ela reclama artigos mais bemconfeccionados.

A satisfação desta exigência nãoé mais problema. Os transportes entreo Cariri e os Estados vizinhos, sobre-tudo Pernambuco, são facílimos. Umafeira em Juazeiio ou Crato mostra Oquanto são estreitas as relações comer-ciais entre as duas principais cidadesdo Cariri e Pernambuco. Dezenas e de-zenas de caminhões, ônibus e jipes pro-cedem daquele Estado. Juazeiro e Cra-to sâo hoje muito mais interior de Per-nambuco do que Ceará. Seus laços comFortaleza se tornam cada vez mais dé-beis.

E as relações comerciais com umEslado economicamente mais desenvo.1-vido transmitem a Juazeiro anseios deprogresso mais efetivo do que o precá-rio progresso de sua indústria artesanal.Sonha-se com a eletricidade, a energiade Paulo Afonso, que em breve devechegar. Porque Juazeiro está prática-mente sem outra fonte energética a nãoser os geradores particulares. Suas ruas,à noite, são mergulhadas nas trevas. Ossitios de seus arredores, bem como osengenhos, movimentam-se com motorespróprios. E enquanto a energia nãochega, enquanto permanecem as anli-gas relações de produção no campo— a população emigra, como de iodoo Cariri, de todo o Nordeste, dia c dia.sem outra via de libertação.

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Um cangaceirofamoso

Este foi um dos mais afamadòs cangaceirosenvolvidos na chamada rebelião de Juazeirona segunda década de.str sémln. Chamava--se Zé Pedro c dirigiu os "afilhados"

doPadre Cícero nu assalto ao Crato,

Cangaceirosc deputados

do CaSm I9M rebentou em Tuàzeiro um movimento armado. Comandavam-no coronéis' cio Uariri, soh a égide do Padre Cicero Ne tvemos dois dos principais chefes da rebelião contra o governo do listado: Floro Bartolomeu e José Borba de Vasconcelos ti'fuzis, suas cartuchçlras e suas montaria*. Ambos seriam depois deputados federais. Era o roroiic/i.viio diretamente entrosadopolitica nacional, como ainda hoje ocorre em alguns lugares do interior. A massa camponesa pobre deixou-se envolver oelo saccidoi .*pelos coronéis contra seus próprios interesses,

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Page 9: Candidatura Lott: Resposta Dos Patriotas Ros Monopólios ... · Manifesto Eleitoral dirigido aos traba-lhadores e a todos os patriotas de-mocratas. O documento é uma defini-ção

Lott e Jânio Apontam noCaminhos Opostos Pará o Brasil:Emancipação ou Entreguismo

NOVOS RUMOS tem se empenhado... esclarecer a opinião pública sobre o

caráter antagônico assumido pelas can-

didaturas Lott e Jânio em muitas quês-toes fundamenteis para a vida de nosso

povo e do pais. Colocado diante de um

problema, o marechal Lott tende sempre

a enfrentá-lo de um ponto de vista na-

cionalista, e a dar-lhe soluções acordes

com os interesses da lula travada pelo

povo brasileiro i o sentido da emancipa-

ção e da democratização do pais, Já-

nio, pelo contrário, embora tentando

esconder-se por Irás de uma desenfrea-

da demagogia, identifica-se invàriuvel-

mente com os interesses reacionários e

entreguistas dos capitalistas ligados ao

«strangeiro e dos latifundiários paulis-tas do café.

Os dois candidatos oferecem ago-

ra, no entanto, do próprio punho, a me-

lhor oportunidade para esse confronto.

Respondendo por escrito às perguntas

que lhej foram endereçadas pelo <Con-

clap», lott e Jânio entregaram à opi-

nião pública suas respostas aos mesmos

problemas, definidos pelas mesmas per-

guntas. E o contraste que dai resulta é

evidente.A começar pela aoresentação que

cada um escreveu para o conjunto de

Suas Opiniões

Sobre a Inflação

respostas. Loll procurou manter-se nos

termos de mera cordialidade em relação

ao «Conclap» (órgão que procura apa-

rècer como «Conselho Superior das Cias-

ses Produtoras», mas que, na realidade,

não passa de empresa política do pe-

queno grupo de grandes reacionários e

entreguistas que gira em torno dos srs.

Rui Gomes de Almeida e Jorge Bhering

de Mattos, sustentada pelos dólares do

Ponto IV e da Esso), e ainda teve a fran

queza de advertir as chamadas «classes

produtoras» de que «a democracia con-

lemporânea não se confunde com a ex-

periência do velho liberalismo do laii-

sez faire, laissez passer» (que é exata-

mente a «doutrina» de economia poli-lica^ela qual se bjte o «Conclap»), •

de que «o grande problema do Estado

moderno é eliminar os atritos entr- o-

poder dos grupos e os direitos da pes-

soa humana-D. Enquanto isso, em sua

apresentação, Jânio se desfez em revê-

rências aos reacionários conclapistas,

chamando-os de «elite que me acolhe»,

pedindo que êles o ouvissem com «be-

nevolência», e rasgando sedas para o

«princípio básico de nossa ordem eco-

nômica e social» que é, segundo êle, a

'! livre iniciativa» dos capitalistas.

/Logo à primeira pergunta, sobre a

inflação, ressalta o antagonismo entreos dois candidatos. Lott analisa com se-renidade e seredade o processo infla-cionário, lamentando os seus efeitos sô-bre o nível de vida do povo e dispon-do-se a combatê-la. Mas, ao mesmotempo, observa que «o objetivo princi-pai da política econômica nos paísessubdesenvolvidos é o aceleramento dataxa de crescimento» ida eco no-mia) e não a estabilidade monetária,

pois, nestes países, «são muitas as fôr-

ças que conspiram contra o equilílibriodos preços» e entre elas despontam«as dificuldades típicas do balanço de

pagamentos», além da «pressão dos

gastos de investimento», e das «muta-

ções estruturais» na economia, «que ja-mais se processam de maneira ideal-mente harmônica».

Jânio, ao contrário, emite sobre ainflação a mesma opinião que os con-clapistas sustentam, e que, por sua vez,outra não é senão a que o Fundo Mo-netário Internacional vem tentando im-

por ao Governo brasileiro, a mando deWashington. Atribui a inflação à «inca-

pacidade governamental de controlaras próprias despesas». Não dá uma pa-lavra sobre o fator inflacionário porexcelência constituído pelos prejuízosque o país sofre em seu comércio comas potências imperialistas. E prometeadotar, supostamente contra a inflação,exatamente as mesmas medidas ditadas

pelo FMI: «restrição ao crédito banca-rio privado e aos investimentos estatais»(ou seja, diminuição do ritmo de invés-timentos nacionais, para que os gruposimperialistas estejam mais à vontade no

país); «um intenso esforço de aumentoda produtividade» (ou seja, congela-mento dos salários dos trabalhadores),frisando, ainda, que «a política mone-tária e a creditícia não podem destoor-denar-se das de salário, desdenhando a

produtividade do trabalhador». Eslasempre foi a linguagem empregada pe-los patrões, quando querem impedir queos salários dos trabalhadores acompa-nhem a alta do custo de vida.

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Quanto à Reforma

e Confisco Cambiais

Também no problema cambial Já-nio alinha-se documente nas posiçõesdefendidas pelos imperialistas do FMI,enquanto o marechal Lott expõe sobreo assunto as idéias corretas e patrióti-cas dos nacionalistas. Ambos têm cri-ticas a fazer ao atual sistema de câm-bio. Mas, enquanto o marechal Lott cri-tica o que o sistema conserva de en-treguismo, e derende medidas que. otornem mais apto a defender a indús-tria e os interesses nacionais, Jânio, pe-lo contrário, condena exatamente osinstrumentos de defesa da economianacional que existem na regulamenta-ção cambial vigente, e propõe a pura esimples «liberalização» do regime decâmbio, ou seja, a completa entregadas receitas do país em moeda estran-geira à manipulação dos grupos eco-nômicos norte-americanos.

Um defeito que o candidato na-cionalista encontra no regime cambial é¦..a manutenção de um mercado pararemessas de lucros de empresas estran-geiras e despesas de turistas em que sepermite que as taxas de câmbio sejammuito inferiores às laxas que vigoramno mercodo através do qual se proces-sam as importações de matérias-primas,máquinas, e bens de produção de modogeral»; o marechal lott tem nessa criti-ca toda o soliduriedode dos economis-tas patriotas, que vêm lutando pela ex-tinção do escandaloso e privilegiado«mercado livre» para os lucros das em-presas estrangeiras.

O segundo defeito apontado pelomarechal é a prática da Instrução 113da SUMOC, através da qual, diz êle,«permite-se às empresas estrangeirastrazer de volta ao país, sob a forma deequipamentos, lucros que remeterampelo câmbio livre, enquanto que as em-

presas de capital nacional têm de im-portar seus equipamentos às taxas vi-

gentes na categoria geral de importa-ções, com exceção apenas dos casosque merecem custo de câmbio, onde,entretanto, o tratamento é extensivo àsempresas estrangeiras. Se os equipa-mentos são importados mediante finan-ciamento a médio ou longo prazo, asempresas de capital nacional estãoproibidas de ir aos leilões de câmbioou ao mercado livre; têm de aguardar,

por tempo indeterminado, autorizaçãodo Conselho da SUMOC. Já as emprê-sas estrangeiras, pelo fato de formal-mente importarem seus equipamentos«sem cobertura cambial > e poderem fa-

zer remessas pelo câmbio livre, onde ocontrole é meramente de finalidade es-Icitística, têm plena flexibilidade pararealizar quaisquer arranjos financeiroscom as respectivas matrizes no exte-rior».

Os nacionalistas, que sempre luta-ram pelo controle mais rigoroso do Es-tado no mercado de câmbio, em detésada economia nacional, dão todo apoioa essas críticas do marechal Lott. Ago-ra compare-se a elas o que diz Jânio,sobre o mesmo assunto. Para começarJânio define-se, em todas as letras, «fd-vorável à unificação das taxas cam-biais de importação e exportação». No

jargão do FMI, difundido no Brasil pe-los Gudin e Roberto Campos, isso sig-nifica nada mais nada menos que acompleta liquidação dos controles doEstado no mercado de câmbio, na li-nha da reforma cambial reclamada pe-los imperialistas ianques, que provocouo rompimento pelo Governo brasileirodas negociações com o Fundo Moneta-rio Internacional.

E Jânio não fica nessa definiçãode princípio. Entra nos detalhes, repe-tindo todas as medidas executivas dareforma redigida pelo FMI: eliminaçãodo sistema de leilões de câmbio, su-

pressão do câmbio de custo para impor-tações essenciais ao desenvolvimento daeconomia e ao consumo da população,e instituição do regime de «câmbio li-vre» para todas as operações com di-visas estrangeiras.

Na questão do «confisco cambial.'',com o qual o governo obtém uma partedos recursos com que subvenciona oslatifundiários e comerciantes do café, oantagonismo entre os dois candidatostem um carálei ainda mais sa|iente. Jâ-nio q{^ffl..ojJf.«çflO!Ídíta.«xequiye| enecessária a eliminação dó confisco cambial», curvande-se assim aos grupos do

café, que querem que o Estado os sub-vencione, garantindo preços mínimos

para a produção e comprando os exce-dentes, mas não querem pagar nemuma pequena parto das despesas. Indo

além, o candidato dos trustes propõeque nem sequer se pense na política de

defesa dos preços internacionais do ca-fé, o que é a sua maneira de proporque se deixe livre à especulação das

grandes firmas ianques que controlam o

mercado cafeeiro a fixação dos preçosdo produto.

Totalmente diversa é a posição do

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Um homem tranqüiloque sabe o que íazer

marechal Lott. Em sua linguagem fran-ca e honesta, êle se manifesta a fovorda manutenção do confisco cambial, di-zendo que «não se pode conceder àsvendas de café a mesma taxa de câm-bio atribuída aos demais produtos, pe-Ias

"conseqüências perigosas

"que essa

medida traria?, e acrescenta: «A atual

O marechal Lott foi ao próprio ninhoda reação c do entreguismo, para aflr-mar que não dará descanso aos expio-radores tio povo e aos que roubam atconomia nacional

política de defesa do café só pode serlealizacla enquanto o Governo contro-lai a taxa de exportação do produto etiver recursos para garantir o preço mi-nimo no mercado interno. A «reformacambial-, na medida em que liberar ataxa referida, impedirá a continuaçãoclesiü política-'.

Lott Manda

Recado Aos Tubarões

De tostão em tostão

passou ao milhão

Jânio, hoje, sorri com jeito malandro dos tempo» em que fazia campanhas emSão Paulo como homem «do tostão contra o milhão», Sua demagogia lhe rendeuuma fortuna, e o transformou num cinico e descarado testa-de-ferro dos gruposeconômicos norte-americanos, pnra os quais pede a reforma cambial e a entrcaatio comércio do café

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Não é apenas no que se refereaos problemas da defesa da economianacional contra a espoliação imperialis-ta que as posições de Jânio e de Lott seopõem; também quando se trata de ms-didas de proteção e defesa da popula-ção trabalhadora contra a ganânciacapitalista, Jânio adota sistemática-mente posições reacionárias, enquantoo marechal Lott mostra identificaçãocoro..as aspirações populares. O exem-

pio da questão da COFAP é significa-tivo.

Para Jânio, «a COFAP é uma im-

postura de fundo totalitário», c «uma

grande farsa com pretensões a invali-dar a lei da oferta e da procura». Nãocontente com esta completa adesão aolema dos tubarões da rua do Acre, ocandidato entreguista afirma: «Creio

que, denlro da prática da livre concor-rência, cncontraiao, consumidores e pio-dutores, os meios adequados do

produzir e de se abastecerem sem in-tervenção do governo». Em outias pa-lavras, Jânio quer dizer que o traba-lhador que vai ao açougue, sozinho comseus magros mil réis, pode discutir como açougueiro o preço da carne, emigualdade de condições, como se atrásdos açougueiros — que já são organi-iodos — não estivessem os trustes dosfrigoríficos, impondo o preço do produ-to. Raras vezes se viu tanto cinismo emtão poucas palavras. Já o marechalLott envia um direto recado para os tu-barões «que forçam a mão no preço damercadoria» e que «lesam gravemen-te o bem comum», e defende a interven-

ção do Estado na economia, denlro dos

princípios democráticos.

Outro exemplo é o do projeto delei, om curso na Câmara Federal, quepermite ao sindicato dos estivadoresatuar como contratantes de serviços decarga e descarga nos portos, em igual-dade de condições com a administraçãodo porto e os proprietários de navios.Êste projeto foi alvo de uma violentacampanha da imprensa reacionária,que vê nele a («ameaça de sovietiza-ção» dos portos brasileiros, embora setiate apenas He uma medida justa dtdefesa dos estivadores contra a gonàn-cia de grupos parasitas de intermedia-rios. Ao responder à pergunta sobre oassunto, Jânio foge à questão, nada di-zendo. O marechal Lott, ao contrário,responde com firmeza que «não há ra-zóes paia condenar o pro|eto», quevisa «eliminar certos intermediáriosque náo têm feito senão provocar oaumento do custo da mão-de-obra nos

portos».

No problema do ensino o contras-tf; *: içjuatmsnle flagrante. Enquanto omarechal Lott defende vigorosamente aescola pública, para que os filhos dostiabalhadores possam ser educados,Jânio apoia o atual Projeto de Diretrizeso Boses para o ensino, que visa a li-quidar a escola pública e a desviar osrecursos do Governo para os bolsos doscomerciantes do ensino.

No problema nacional como ntpiobiema democrático, Lott e Jânio semostraram numa hora de verdade quan-do responderam ao «Conclap»: Jânio •o boneco dos trustes, e lott é o repre-sentante das fôiças mais vivas e nacio-nalistas de nosso povo.

ANO Rio dé Janeiro, semana de 9 a 15 de s e t e m b r o de 1960 N* 80

Page 10: Candidatura Lott: Resposta Dos Patriotas Ros Monopólios ... · Manifesto Eleitoral dirigido aos traba-lhadores e a todos os patriotas de-mocratas. O documento é uma defini-ção

— 2 NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de setembro de 1960 —

HmTttl FlECONOMIA BRASILEIRA NO I' SEMESTRE

Indústria: Continua a Expansão SS--Agricultura: Produção Para a Boca !l«sm m mmm ¦ ¦ ^""^ mmm ¦ ^ mmm ¦ ^P^ ^^ ^^ ^^

^p ^P» ^-_^ •'" mmmw ^mw ^mw história da Terra,

^mw uin milhão de anos, como supõe aciência. O homem surgiu em difercn-

O número em circulação da revis- própria de eletricidade as descontinui- (menores safras de café e cacau), as MÊÊÊÊÊÊHSÊmmW^h^^"v*.'' f '-* T*'.''^^W* *>

PIÉI1ÉPS t('s reKioes ,,:1 K«™l>a. Asiil e África.

ta «Conjuntura E.onómica.. publica um dades ou interrupções no fornecimento culturas agrícolas de subsistência estão TOfrVfflffy'^*''1* ^ *"'' ' ' ' tS-Sllí^S^^^^MH^^^S Í|"P SC caractcrizav:,m m)r Possuir unl

curso. Apesar de tratar-se de dados zida é variável (de acordo com o grau precedente. Entretanto, como o peso ^^HHV^JQfuí^Ji^, ^ffnjjlM M um desenvolvimento, muito longo quepreliminares, sujeitos, oortonto, a cor- de aperfeiçoamento dos equipamentos das duas principais culturas de expor- !¦».• •^*Ít^aWnB^^^m^KM compreendeu de ri... inler-

hli.nrnn i IntPr. íínnt. conhecer como _ - u ,0,al da produção agropecuária brasi- fl BÉÜ-fl Wk- ' WÊsmnm?-- WÊÊmÊÊÊÊSÊÊm ' °S M,r>í"1 ° lomenl-blicaçao, e interessante connecer como ^. redU(;oes observadas no con- , , . ¦¦ II M. fflTíll iiWiMnIÍlI_M-n-_nM.. mmnnrintnm nP,i.< orimeiros seis leira< ° índice geral devera registrar ¦ KisCT-i BHHpnHffl O aparecimento do homem fo unia>• comportaram nestes primeiros seis sumQ energia elétrica em alguns ra- . j , K_-ÜE s ^-^H _B__MP:^flâ^__i dis ni-iú _r.ndir.s-..: Wvlrn™ii._ >.,.meses do ano os principais setores da • • • i 'd e an0 um aument0 °e aPer<as 1 por BPK S__^Ü_I- _fi_ "**_¦. Ht* " ::^WB Im i ¦ (l,,sas ic.ira.oitas '«>

_^„„^_,;„ ri cento, contra 10,4 por cento >em 1959. ^w II Bk^l Bit.';'^lHl bH tseconomia nacional. vêzet nao ref|etem a variação da pro- " , | ü Kj |Lf' 9 l|l reviravolta ,.ocessnu-sc quando

- , Medidas em produção por habitante, as M IKr^M Mi __»._. ::s__l WÈm$ iiim-wm i.imini»i™ii, •.ducao tomada em escala nacional. As- .... M míSM mmw&i mmMm

I j. • <• j atividades rurais de 1960 acusarão uma kWM E0M

apenas as indústrias de bebidas e de fl^FB BWtifeBBHsi Ik3 BB somentea exnandir-Se ,„,„ soo global de 1 por cento correspon- M _P_W-<t___-l IPEra-gB- — _____^W ¦ tomei..1a CApdiiuu sc íum0 acusam em 1960 umo redução ,s ,r B K&£___£-__GÍMÉII B_M_fl BsC«B n Preparação de instrumentos dcdera um aumento de _,4 por cento da K ¦¦¦ ¦¦ 39NL1 trabalho «mmda produção, ocorrendo o oposto com , - . Ç59 BB quanno

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--C' paau.oaqTen9eembTranTendoraama.s um ri,m0 de «xPan$âo sensivelmente 21 por cento, quando em 1959 regis- ¦¦^B B^ fljí____*<« «>s homens um tipo dc vinculo que não

co pelo relatório anual da CEPAt e tes taxas de crescimento, respectivamen- De tal maneira, um exame da pro- KS!^^*^!^^ natureza. Não tem o tirais remoto fun-

fria no período janeiro-junho de 1960. .envolvimento destes dois ramos in- produção para consumo interno (tanto .'''"** " * "' pos."o

processo^e^omirito^asifa^sTomando como base os cinco primei- dustriais em 1960 responderá pela di- para alimentação, como para a indús- 1/ 1. D J Ã Foi ro'B"vamp,1to modesto o auni.nto espontâneas da natureza operava-scros meses do ano, o incremento da minuição do ritmo de expansão global j... acuSQ um aument0 de 10,6 por V Oltfl KCÜOllOÍ-l! ,la P«mI"Ç«o de aço no pais no primei- com extrema lentidão, pois que os ins-

produção industrial anual 4 de 9 por da indústria no país. cent0, enquant0 que 1959 éss. au- S^ffS^pí LZL^SZ.Z Z, SSot % tS^rl^lcento em relação a 1959, um tanto Ainda entre as indústrias classi- mento foi de apenas 1,7 por cento, que, maj„ apn p|TI nft passado, teremos este ano unia expan- do homem eram paus e pedras toscasinferior ao incremento verificado no ano ficadas como manufatureiras, constata- considerado em termos por habitante, lllcllS <*^_U LIII Uv j,j-u, uo o por cento. eom aspecto de machados. Constituíampassado, que alcançou a taxa de 11 mos que as que mais se expandiram representa uma diminuição. E quanto rnino qlle „m prolongamento artificia!por cento relativamente a 1958. Orne- n0 primeiro semestre do ano em curso à produção para exportação revela uma ... dos õrRãos do corpo humano- o ma-nor incremento em 1960, segundo se foram (além das duas mencionadas) diminuição de 21 por cento, que s. re- T a m b e m sao esperados acresci- As ferrovias ..recuperaram em (.h:u,„t ul„ piinho fpch-(1o 0_depreende da análise por setores in- as de petróleo (mais 15 por cento), duzirá a 1,2 por cento se sc excluir rnos na produção de cana-de-açucar, certa medida no Irafego de cargas, ^ ^^

• '

dustriais feita pela revista, decorreu de cimento, cerâmica e vidro (mais 14 café. No geral, excetuado apenas mandioca, batatas e carnes. tendo sido a Rede Ferroviária Federal

fundamentalmente de um menor ritmo por cento), qu!mica . farmacêutica café, o aumento será de 9,2 por cento A explicação para esses aumentos ^^ °'-nçau melhores resultados. mJ^™^^™^°*"-

de expansão de certas industrias novas. ,mais 10 por cento) e editorial e grá- para toda a produção agropecuária . dad(j |q |icaçõo da |ifica de Finalmente, no selar da marinha (Ia co]-J J. 'S ""eram

LEstas indústrias, que em 1959 se acha- fica (mais 9 por cen»o). A indústria brasileira. preçoí m[nim0S| amp|iaçâo do crédito mercante, o prLcipal falo a assinalar Vvn(].xl¦ cLuLZLLcomLlZLL*vam ainda em fase de rápido cresci- iiderúrgica e metalúrgica, apesar de rum| , uma certa me,hora nas técnicas é a recuperaÇc0 de quase 60 milhões primUiV(,s instrumentos de trabalhomento, ia em 1960 vao-se acomodan- haver aumentado em 6 por cento, no Produção para COnSUmo H-temO agrícolas. Lamentavelmente, o estudo de dólares de frete do comércio exle- Fm facc',,.. insuficiência de alimentos'do a um ritmo normal de operações em 0< registra um inaemen.a nõo fornece elementos re,Qtivos a0 rior pe|a navegaçõo brasileira( cm con. ^ ^^ u ^

ligeiramente menor que o verificado em lal como no caso ao inauirr.u primeiro semestre de .... sp „ -ntrnn„r';- Nn App„nn a.

Reeião RÍO-S. PaU 1959 • que foi de 7 por cento. Fe- dados em que se baseia «Con|untura "B va-se a antropofagia. No decurso deRegião MO nômeno

análogo ocorreu com a indús- Econômica- sõo precário, . luieito. M 1959- muitos milênios, como que tateando,

r ., . ,1 d. alimentação, o que se atribui retificação. Entretanto, dit o publica- Transportes, em expansão mediante uma acumulação extrema-Considerada apenas a região Tria ae aumeniaçuo, o H"«= « m

rcini-«v . , ,,, berVIÇOS publlCOS mente lenta de experiência, os homens/, «¦ n a crise da carne e a menor produção fg0 aue «nc resultados obtidos nao pa- .»,..,,R10-S. Paulo, o que se observa e um " fcM|" . ... çao que «oi reiunooo. uonuoi nu« p« Q

primeiio semestre de 1960 aprenderam a fabricar instrumentosincremento do consumo de energia elé- de a Suns °eneros a imen icios no ano recem afastar.se mu;t0 da realidade que UQf}xe con$igo uma melhoria da ati- O setor de serviços públicos primitivos que serviam para golpear,trica da ordem de 10,1 por cento Passa °" se

depreende do comportamento dos vidade dos principais tipos de trans- que nos principais centros do pais está cortar, extrair raízes c outras ações(base anual), quando em 1959 tal au- Outros três ramos industriais mercado$

do$ pr0dut01 agrícolas nos porte. Assim, o transporte rodoviário quase todo enfeixado nas mãos da pouco complexas, mas que abrangiammento fora de 8,5 por cento se com- nao classificados dentro da industria decorridos

de 1960» acusou um incremento de 12 por cen- light e da Bond & Share — foi o que quase lodo o domínio da produção,parado com o ano de 1958. Os ramos manufatureira -fi «usaram en,i 959 ^

q ferroviário de ó p__ cen(0i Q _,-„. apresentou menores resultados. Exce- Uma conquislil importantissima doIndustriais nos quais se constatou razoável expansão. _

iraia-seaas in- Dq aumenfo de 106 p 0 r cent0 rítimo.portuório de 8 por cento e ção feita à energia elétrica, cuja ex- homem primitivo na luta contra a na-maior aumento do consumo de ener- dustnas de construção civil, de ener- ^

produ<.-o agrico|ai ,1(] por cenf0 oéreo d< 20 por cento. pansão se deve sobretudo à iniciativa tureza foi a d(.scoi,Crta do fogo. Gra-gic foram o automobilístico (mais g.a^letr.ca e extrativa mineral.^Para .. nacional e em particular ao poder pú- cas - csU descoberta, modificaram-se60,4 por cento), metalúrgico (mas as duas prirm ,ra, a taxa

^«c.men- ^ ^ J Neste ultimo, deve-se assinalar radicalmente

as condições dc vida ma-23,7 por cento) e de borracha (mais to foi de 10 por cento e para a ul- cios • 6,1 por cento as matenas-pr. qu8 0 mcremento verificado operou-se '

„18,2 por cento). Outros ramos, inver- «ma de 9 por cento. A de construção mQS induslriai,. Em 1959, tais aumen- em grande parle graças ao fato de lefones, gas, etc.) continuam no m.smo t«ul do^_home^^Com

^so'ef0jnht°-somente, acusaram êsle ano um consu- civil está conhecendo um novo surto, |oj fommj respectivamente, de 1,7 por Brasília ter passado a figurar entre os lugar, vale dizer, ficam para Iras, se ^.

J ()() mun(l0 an|maI encerravamo menor do que em 1959 na área onde Brasília ocupa lugar importante, ^^

^ d aerop0r.os mais movimentados do se leva em con)a 0 crescimento da po- Q ',..„_

jü(lo „e ^ formação.Rio-S. Paulo. Foram eles o de fumo ao passo que a maior produção de pais e apesar de uma diminuição de pulaçõo ()' ^ • .^ ¦ *

«menos 8,3 por cento), o de óleos lu- energia elétrica corresponde ao desen- Eis os aumentos estimados para 5 por cento no item cargas. de alimentos (carnes neixes raízes

brificante, (menos 12,1 por cento), volvimento industrial no pais. alguma. das cu|turas de subsi$lêncÍQ ; q melhommento da r-de r_dovia. No próximo número teremos opor- ^^ ^ e t;,„bém"para a

de bebidas (menos 8,6 por cento) e o , . ria do país, assim como os aumentos tunidade de focalizar outros aspedos fabricação de instrumentos de produ-

de cimento (menos 3 por cento). Con- [Vlelhora a produção agrícola Arroz 23% na$ tarifQ$ re$ponde pe|a maior utj. da economia nacional no primeiro se- çao, AIém (,is.so> protegia os homensquanto ajude a dar uma imagem apro- , , . » do

transporte rodoviário. mestre de 1960. contra o frio e os animais selvagens,ximada da realidade, a precariedade de w «uuwi.uua mima /.

tais elementos informativos tornar-se-á Feijão 12%evidente se se tiver em conta que mui- Contrastando com uma redução na

tos produtores suprem com a geração produção agrícola para exportação Amendoim 13% BHBBB m* IR _>% H__ ¦ I _<___^ Problema Cambias:_._^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^_. ^*%mmm\ mmW 'jáW JH nfTffflffn Nacionalismo e Entreguismo

5. '

!'.-_ iBB M\ ',-' \^': ., Hmmm^ ^í^í'' 0 chamado Conselho das Classes Produtoras (Conclap. zer remessas pelo câmbio livre, onde o controle e mera-

..¦•™- rs... ' smWMmmÇmmmmmWmMMlX..^,, > ,.: . ¦ : ___. :. ' i .'>.' distribuiu entre os candidatos à Presidência da República mente dc finalidade estatística, tem plena ",'>;1"^'

®"-r ^BK '^9J_M^9H_Ml|W#'¦» A.ltjiLl''- ÀW$ um questionário visando a conhecer a opinião do maré- para realizar quaisquer arranjos financeiros, cm coopera-i_#BÍ-- _.'_<2__É__iKK^_9-iflBBflB^^BB»|^ ^ÊÊkmWmWM,.,.. *mmY chal Teixeira Lott e dos srs. Jânio Quadros c Ademar dc ção com as respectivas matrizes do exterior .

,.. . . Vlf ' Hi II IMI^ Xfm^mw^Kw .r^MUh, Ba"os sobre os principais problemas nacionais. E' natu- Passando a questão do cambio de eus o. manifestou-se! ":

J!„vM:;... m^^mW^m'^'^^mmW'^ ^W taiELi* ral que uma ênfase particular lenha sido dada às questões o marechal Lott no sentido da necessidade dc sei a taxa-¦'¦ ffl-*_OÍ * HBBP _ ÜBÜ \ Jímf^X Mm UM econômicas e e numa delas - o sistema cambial vigente desse cambio fixada em nível nao interior ao custo médio.; ^mmÊMm<.i^^mmmW ^Wfl&jlÁ ^f £à i| | _ nue desejamos deter-nos das compras oficiais de cambio mais as compras dos exce-

jW, ifíle^-JX-g-lv V i\P% ^.'rBmtiz^b ,,. ^ '"'Ii^ÉÍE^________F Antes, a titulo dc informação, explicaremos aos leito- dentes da produção de produtos de exportação. Fez, ainda.

' / \ <;Mm$$Êkm*$Èmm\\ fm res aue o Conclap é mais um orKão ligado 10 comércio de uma reserva à atribuição do cambio de custo, quando e¦ ¦¦IM imm lil li IMIIH 14 . .'vJHPHn ES exportação, aos proprietários de terras c aos grupos es- èle dado para a importação de certas mercadorias estran-

»'jrsa_____l -rf yJlifljnSl Mkm . „ pífff^ ^^M-meWÊm"' traneelros do que à indústria nacional. Dai a sua partici- gciras, dificultando a instalação de novas industrias norVÊLm mSmmmWmWMmm ÜmfA *V Mí T^W-^ÍHHUlIiá nação - aind» <luc s"b"Pt'cia ~ na campanha eleitoral, pais. Também se manifestou contrario a que o preço da

^tIEB____r ,lkUI-H__i«i2ll-Wl ¦-.i_iW ,1 •^À-.f?«HF ao lado dos candidatos reacionários, constando mesmo gasolina c de outros derivados do petróleo seja estabele-rl.M gmm f . *¥%mmm$ 4 ser 0 Conclap um dos principais financiadores da candi- cido em função do cambio dc custo, o que resulta em de-

. ^fmMMmmWm j>\ Ay-V í datura do delator e açcntc estrangeiro Carlos Lacerda. trimento de toda a coletividade, implicando numa verda-»\ . /yBMBtl^r i Al As perguntas relaüvas ao câmbio podem ser resumi- deira transferência dc recursos para as classes e camadas

if4_á_a__H__l__P&ii/ \1 lA/\ A .; das da seguinte forma: é o candidato favorável a que as mais favorecidas. ,.,,••-,,,„,,^WSmmmm&W&ytànmWm divisas obtidas com a exportação de café sejam vendidas No que se refere a pretendida eliminação do chamadoitommmmm-J-qjâÀTS \WEkm ao governo por uma taxa especial, ou a que sejam vendi- "confisco cambial" e a conseqüente realização da reforma

.'«IlíJfàjftl das no mercado livre dc câmbio? cambial, manifestou abertamente o marechal Teixeirar Ílüíl-Bi^I iFim Nas suas respostas, o marechal Teixeira Lott começou Lott um ponto de vista contrario. Defendendo corajosa-!'_¦¦ WM m Dor íazer restrições ao atual sistema cambial que, por dc- mente sua posição nacionalista, contra a da instituição

masiado complexo, provoca distorções indesejáveis cm caracterizadamente entreguista, mostrou o marechal quecertos sstores. "Exemplo flagrante das incoerências assi- a reforma cambial so poderia ler efeitos contraproduecn-naladas, disse o candidato popular, é a manutenção de um tes para a economia do pais e para a própria cafcicultura.mercado para remessas de lucros de empresas estrangei- que se veria a mercê dos trustes, tanto internamente co-ras e despesas de turistas, em que se permite que as taxas mo no mercado internacional.de câmbio sejam muito inferiores às taxas que vigoram no Essas foram, cm resumo, as respostas do candidato dasmercado através do qual se processam as importações de forças nacionalistas.matérias-primas, máquinas e bens de produção de modo Poucos dias depois do marechal Lott, compareceu aoceral A essa incoerência se associam duas outras. Median- Conclap o candidato do entreguismo, Jânio Quadros. Re-te a aplicação unilateral da Instrução 113 da SUMOC, cebido dc braços abertos pelo tuharonato, respondeu Jâniopermite-se às empresas estrangeiras trazer de volta ao ao questionário tal como os tubarões desejavam que ele onais sob a forma de equipamentos, lucros que remeteram fizesse. Especificamente quanto ao problema do cambio,nelo' câmbio livre, enquanto que as empresas dc capital declarou-se favorável a "uma reforma cambial de cabo anacional têm dc Importar seus equipamentos às taxas vi- rabo". Em outras palavras: ao abandono da política deeentes na categoria geral de importações, com exceção estimulo a industria nacional, a abolição das ultimas eapertas dos casos que merecem custo dc câmbio, onde, en- pequeníssimas restrições que pesam, nao sobre o capitaltretanto, o tratamento é extensivo às empresas estran- estrangeiro, em geral, mas sobre alguns setores do comer-geiras. Se os equipamentos são importados mediante fi- cio exportador.

,-. , .„ Provavelmente nenhum outro pais no mundo tenha tantas condlçõe» para pro- nanciamento a médio ou longo prazo, as empresas de ca- . Esse"Simples ^"f0"1»-

num problema básico como éHí -,,1L . , ... „ „ ' .. . , , ,. v.." '. ., . „ifai nacional estão proibidas de r aos eões cambiais 011 o do cammo, bastaria para mostrar que os dois cândida-JJa milllO «««Ir «"»»»». <*>'»« « »»»«• "* re«i(*» «•« lUe é possível obter a« três colhei. ^^^ad" Hvre: tê»i de aguardar, por tempo indcter.ni- tos estão situados cm dois campos opostos: Lott, no na-

tas por ano, e milho sc planta do Anuuonas ao Rio Grande do Sul. Segundo as nado autorizaç!io do Conselho da SUMOC. Já as emprê- cionalista; Jânio, no entreguista.estimativas, a produção brasileira dc milho terá em 1060 um aumento de 11% Sas estrangeiras, pelo fato dc formalmente importarem

OC nOrte a SUl em relação ao ano passado. seus equipamentos 'sem cobertura cambial' e poderem fa- j A.

m^^mUm^mm^mmm^^^^u^m^mmm^m^mamm—m^m^mm^m^mm^mm^mmÊmAfí^ " -'¦'~*^ú%^KÀmmWÉtmÉMmWmm\ HB»! "¦>.*^P_'^^T^^^H

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Page 11: Candidatura Lott: Resposta Dos Patriotas Ros Monopólios ... · Manifesto Eleitoral dirigido aos traba-lhadores e a todos os patriotas de-mocratas. O documento é uma defini-ção

- Rio de Janeiro, semana de 9 a 1 5 de setembto de 1960 NOVOS'*RUMOS

Os «eleitores»de «O Globo»

Conhecido vespertino, sobejamen-te repudiado em mais de uma dez'- -a

de conclaves estudantis, e recentemen-te queimado em plenário (nunca édemais repetir) no XXIII CongressoNacional dos Estudantes, embandei-rou-se todo, no princípio desta sema-na, e afirmou-se escolhido, pelos estu-dantes cariocas, o jornal do ano. Talfolha — deixemos de lado a metáfora— é «O Globo». E' jornal cujas liga-

ções ninguém desconhece. Os estudem-tes que o elegeram, estes sim, precisamser conhecidos.

A Associação Metropolitana dos

Estudantes Secundários, (AMES), or-

ganização superior dos estudantes de

grau médio do Estado da Guanabara,é uma das entidades sediadas na Praiado Flamengo, 132 — no prédio orgu-Idosamente denominado pelos estu-dantes de «Casa da resistência demo-crático». Seu congresso, por ocasião do

qual é eleita a sua diretoria, se reali-ia em outubro. No último desses acon-tecimentos foi vitoriosa a seguinte cha-

pa: Pres:dente — Mauro Fonseca Pin-

t0; i» vice — Sérgio Elias Fadul; T

vice — Wellington C. Miranda; 3.ç viceAgnello Carlos Pedroza; 4.? vice —

José Oscar Melo; Secretário Geral —

Waldemar Bastos Cunha; 1 ° Secreta-rio — Celso Bebiano; Tesoureiro Geral

Ari Marques; 1" Tesoureiro — Va-

lério Azevedo.

sM

em s OlUGâO c aso d a Bah ia:ancorab Contra Estu dantes

Determinaoa noite, pretextandoum desentedimento pessoal com um

membro da Comissão de Educação cia

UNE (sediada no mesmo prédiol,o 2.' vice-presidente, Wellington Mi-

randa, eventualmente ocupando a

presidência, transportou os móveis da

entidade para um amplo conjunto do

«Super Shopping Center», de Copaca-

bana. Acompanharam-no o 1.' secreta-

rio Celso Bebiano e o tesoureiro-gerale o 1.' tesoureiro, respectivamente Ari

Marques e Valério Azevedo. Estes qua-tros elementos, de uma diretoria de

nove membros, porque de posse de

todo o material de expediente da Asso-

tiação, passaram a proceder como se

representassem a entidade, já então di-

vidida, posto que funcionando tambérr

no casarão da Praia do Flamengo, sol

a presidência do 1.' vice Sérgio Fadul

já que o Presidente Mauro Fonseca Pin-

lo renunciara, tentando com o seu sa-

crifício uma reconciliação que resultou

impossível. A dualidade de organiza-

ções não perdurou por muito tempo. Em

Congresso Extraordinário da União

Brasileira dos Estudantes Secundários,

instância máxima dos secundaristas na-

cionais, convocado especialmente paradeliberar sobre a situação criada na

Guanabara, foi deliberada a cassação

dos mandatos de Wellington e se u s

aliados, e reconhecida como oficial a

entidade presidida por Sérgio Fadul. No

recente Congresso Nacional da UBES,

realizado aqui no Rio em agosto último,

e no qual foi eleito Jarbas Santana, a

história repetiu-se: foi considerada le-

gal, e foi quem teve direito a voz e vo-

to nas reuniões plenárias e comissões,

a AMES autêntica sediada no Fia-

mengo. Esta entidade é que é reconhe-

cida pelo MEC e pela esmagadora

maioria dos grêmios estudantis dos di-

versos colégios e ginásios do Rio de

Janeiro. E' ela que recebe a subvenção

constante do orçamento da República.

Mesmo assim, como todas as agremia-

ções estudantis legítimas, vive em crês-

centos dificuldades de ordem financei-

ra, já que é irrisória a quantia recebida

do governo.

Enquanto isso, ninguém sabe vin-

Ho de onde, a falsa AMES de Copaca-

bana dispõe de dinheiro fácil para pa-

gar aluguel de mais de vinte mil cru-

jeiros mensais.De atividades suas, afora as de-

monstraçõss de anticomunismo penabo-tirta, ninguém ouviu falar até hoje. A

não ser quando, no auge dos espanca-mentos ord'narus por Falcão, realizouum Congresso-fantnsma, cujo Presiden-t» d? Honra foi exatamente o Ministroda Pancada. Ou agora, quando «ele-

g*» a folha dos Marinhos (e da Em-

baixada ianque) o jornal dos estu-dantes cariocas»M. A.

A Comissão Parlamentar de Inquéritoinstalada leconlemenle para apurar asirregularidades apontadas pelos estu-dcmlcs na Universidade da Bahia — enão só as apontadas naquela institui-ção, já que o oiganismo está outoriza-do a promover uma investigação r!eâmbito nacional, *— se constitui em im-

portante vitória alcançada pe os uni-versitários daquele Estado, onde per-dura, há mais de oitenta dias, uma cri-se sem precedentes nos meios educa-cionais brasileiros. Todavia, nãc chegaa ser o suficiente para cxlinguii a di-ficil situação, já descrita por NOVOSRUMOS em mais de uma oportunidade.O impasse, para ser resolvido cm r'"fi-

nitivo, exige a adoção das seçiui 'es

medidas, por parte da Reitoria a) Cria-ção de unia comissão concilialciia, pa-ritóriã no número de estudantes e elo-mentos indicados pelo Conselho Uni-versitário, sendo dois membros de cadaparle, um auinlo membro mediador,escolhido pelo Ministério da Educação,

que deverá ser aceito pelas parles, es-tabelecendo-se o compromisso, entre asmesmas parles, de acatar e executar asresoluções no prazo máximo de trinla(30) dias; b) Revogação das suspen-soes impostos aos lideres universitários,cbono de faltas e marcação de dalaspara as provas dos grevista'

implicasse em dcsfcilquen o mes igio do

reitor Edgar Santos (o principal uíi on-

sável pela crise), surtira efeilo

VacilaçaoOs estudantes acusam o Ministro Pe-

niclo de omisso. Suas promessas de

«empenhar-se a fundo para reslover

a questão não impressionam mais aos

jovens. Estes afirmam que 0 Ministro

ncio esiá interessado em solucionar o

problema, uma vez que exerce apenas

um mciiidato-lampão, findo o qual es-

tora, êle também, como reitor da Uni-

versidade de Minas Gerais, sujeito ás

mesmas acusações que ora perturbamo senhor Edgar Santos.

ManobraPerceberam já os estudantes que es-

tão sendo vitimas de ardilosa manobra.Tal arranjo, arquitetado por alguns se-

tores governamentais, consistiria em

protelar o máximo possível, i sc!i ¦

ção para o caso. Assim, enquanto aUNE, e o movimento estudantil em ge-ral, estiverem voltados, com todas assuas forças, como ocorre no momento,para a solução de um problema destanatureza, não estarão preocupados emdenunciar, por exemplo, a atitude derastaquerismo e sabujice do Itamaratina Conferência de Costa Rica, ondeesfo.,;u-se ao máximo por cumprir, semequívocos, as determinações do «StateDepartamento.

Por outro lado, a indiferença das au-toiidadcs visa, pelo não atendimentodas reivindicações universitárias, a umasonhada desmoralização do movimentoestudantil, empresa já tentada, pelaforça, em duas ocasiões, êste ano, noRio de Janeiro: no tiroteio contra o

Calabouço • (lo. de janeiro) e na in-vasão, mandada por Falcão, da sededa UNE.

0 truste colaboraA articulação dos jovens para a de-

núncio desses fatos vem sendo dificul-tada. A «Westren» e a «Radionab es-

tão fornecendo cópias de telegramas e

giavações de conversas telefônicas Iro-

cadas entre os lideres estudantis baia-nos e a direção da União Nacional dosEstudantes. Um telefonema, dado de

Salvador para o Rio nas últimos horas

da manhã de sexta-feira, foi noticiado

pelos vespertinos baianos daquela tar-

de, sem que nenhum èiludanle (ou

qualquer outra pessoa) tivesse aeixadoa sede da UEB a%lempo de transmitir

o informe.

manais na Bahia

Na noite de domingo, Oliveiros Gua-iiais, Presidente da UNE, viajou paraa Bahia. A situação em Salvadoi é ten-sa, e mesmo com o coeficiente dc fal-tas que determina a reprovação já atin-

gido, a tendência é a dc manutençãodo estado dc greve até a solução de-

finiliva da crise tia Universidade.

Por que embaixador?Noliciouse que o sr. Edgar Santos

teria vindo ao Rio, a chamado de JK,

para ser consultado a respeito de seaceitaria ou não uma embaixada noexterior. Não se sabe ainda a respos.ado déspota baiano. Sabe-se apenas

que os estudantes não vêem nisso ne-nhuma medida capaz de levar á tãoaguardada solução. Primeiro porque,com o fato, estar-se-ia premiando quemmerece punição; depois, porque o queos jovens querem é uma universidadecom novos objetivos administrativos,curriculares e com sua participação nadireção (quer o reitor seja Edgar San-los ou nâo sendo naturalmente melhorsem êle); e finalmente poraue o subs-titulo de Edgar Santos seria OrlandoGomes, nome que para ser aceito pelosestudantes é pieciso se despir da suacondição de incorporador de imóveis,advogado militante e presidente doBanco Mercantil Scigipcnse, e voltai aser professor.

Fuga

CV

ongresso BIniciaia i

o s s a NReforma

ova

No primeiro Conselho Extraordinárioda União Nacional dos Estudantes, rea-lizado na semana passada em Brasília,os universitários pensavam encontrar asolução para o caso. Nada consegui-ram. O Presidente da República, só en-contrado pelos moços quando estes, jóno aeroporto, regressavam, prometeu--lhes uma audiência aqui no Rio, daqual participaria também o Ministro daEducação, prof. Pedro Paulo Penido,nâo localizado, durante o conclcve dosrapazes, na deserta capital. A piomes-sa presidencial não foi cumprida. Talfato permitiu ao* jovens admitirem oconclusão de que a conversa do Sr.Juracy Magalhães com o Sr. Jusceli-no Kubitschek, na qual o governadorbaiano encareceu a condição de nãoser encontrada qualquer soluCão que

Confirmado o que noticiamos no nú-mero passado; será realizado de 11 o17 do corrente o XVI Congresso Metro-

politano dos Estudantes. O conclavecongrega os representantes (eleitos ouindicados, pelo critério de proporcionou-dade) das quarenta e duas escolas deensino superior da Guanabara, e fun-ciona como agente julgador das ativida-des administrativas e atitudes políticasda diretoria da UME. Além disso, vai•laborar o Programa Mínimo Adminis-trativo e a Carta de Princípios a serem

seguidos pela diretoria eleita após a sua

realização, e apreciar qualquer proble-ma político, ou de outra natureza, le-

vantado por qualquer de seus partici-

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Além de apresentar, em d;ferent*sreuniões, os quatro candidatos ao go-vêrno do Estado, cada qual per m-lahora, mostrando os principais penios deseus respectivos programas, o Congres-so promoverá a realização do concursode Miss Universitária, já tendo para tal

promoção mais de uma dezena de bel-dades inscritas. São verdadeiros «xu-xus» que desfilarão em passarela ar-mada no tradicional salão nobre daUnião Nacional dos Estudantes, localonde serão efetivadas todas as sessões

plenárias do acontecimento.

Tudo prontt

Ontem encerrou-se o prazo para aapresentação de credenciais dos con-

gressistas.

Desde o dia quatro a Comissão Or-

ganizadora do Congresso está òs vol-tas com mil problemas que surgem emtais ocasiões: elaboração de Temário eCalendário, distribuição de locais paraas reuniões de diversas comissões quefuncionarão, instalação de alto-falan-tes, de passarela para o desfile dasmisses, etc.

Congresso da reforma

A reunião vai se concretizar sob osigno da Reforma Universitária. A ca-ducidade da nossa estrutura educacio-nal vai ser exibida sem contemplaçõesnem receios. Os jovens exigem o aten-dimento dos currículos à realidade queenfrentam; querem uma universidadevoltada para as tarefas do desenvol-vimento nacional; exigem, sobretudo,uma escola onde suas vozes sejam Iam-bém ouvidas. Esla é a grande escalada

que os estudantes brasileiros vão en-frentar: a sua ascenção à direção dasFaculdades. O XVI Congresso Metropo-litano dos Estudantes promete iniciar,em termos de luta concreta, a grandecaminhada.

''>- "W iieV '

-liei e/aempolgará

No Congresso dn IIMK haverá uma lutidiferente, listam em |ôgo o cetro da belr:auniversitária. Marllitn Garnelm líoto). dal;.ii tildado Nacional dc Filosolia coiiioncpara vencer, i'. tem argumentos para isso.

OsQu

Alunos de Berem Sair D

etasos Po

Artesrões

"Declaração

Foi Subscritade Havana

Pela UNE

Adiadaa conferênciade J. Gorender

Com inroniido entusiasmo, os cs-ludanies brasileiros tiveram conheci-menlo da Assembléia Geral Popular,

realizada dia 3 cm Havana, durante a

qual V. Excia. denunciou a Declara-

ção de Seio José como instrumento

de pressão contra a icvolução cubana.Ao mesmo tempo, somos informados

de que a Assembléia Geral conclamouos povos da América a se manifesta-rnn sôbie os lermos da • Declaração de

Havana», réplica da nação cubana ao

colonialismo quo procura esmagai a

sua revolução emancipadora,

Comunicamos a V. Excia. que a União

Nacional dos Esludanlcs, enlidude má-

xiir.a dos estudantes uiiivcrsilàiios bra-

sileiros, subscreve com orgulho a "De-

claiaçao dc Havana , enviando seu

abraço fraternal aos estudantes e ao

povo de Cuba. a) Oliveiros Guanais eHermann Baela, Presidente e Secreló-rio Geral da UNE. >

Esla é a integra da mensagem en-viada pela União Nacional dos Estu-dantes ao primeiro-ministro de Cuba,Fidel Caslro, em resposta ao apelo do¦Premiei cubano a que todos o; povosdo América latina subscrevessem a¦Declaração de Havana. A exortaçãode Fidel foi feita ao pé da estátua deoulro herói da história de Cuba, JoséMarli. Um milhão e quinhentas mil pes-soas, na ocasião, autorizaram Fidel a

rasgar a 'Declaração de São José ,

considerada um «punhal ofiado con-

Ira a Revolução Cubana.

Eslava marcada para o dia ó de^lembro, terça-feira passada, n reali-zacão de uma conferência, na Asso-ciação Brasileira de Impreisa, do pro-fessor Jacob Gorender. Na palestraseria abordado o lema: -Marxismo eExislencialismo -.., de grande interesse

para o público, que assistiu há pouco,no Rio de Janeiro, às conferências dofamoso escritor, ensaísta e leatrólogoJean-Paul Sartre, conhecido mundial-mente como o -Papa do Existencialis-mo- . Todavia, para o mesmo dia, es-tavti marcada, também na ABI, a reali-zação da sessão de encerramento dacoincidência que prejudicaria ambos osatos, Em vista da importância da con-venção, Jacob Gorender e.quiesceu emadiar, sine-die, a realização dt suo con-ferência.

Os alunos da Escola Nacional de Be-Ias Artes iniciarão por estes dias, alra-vés de seu Diretório Acadêmico, umacampanha que visará a superação dascondições de desconforto oferecidas

por muilas das instalações daquele es-tabeleeimonto de ensino superior. Maisde seiscenlos jovens — a tanto vai asoma dos estudantes matriculados nosseis cursos de formação profissional riaEscola — já náo aceitam a situação dese verem obrigados a acotovelarem-seem porões insalubres, que é onde cs-tão sendo ministiaclas as aulas de Dc-senho Artístico, Modelagem, Cerâmica,Azulejaria, Mosaico c Pintura a Fresco.De ano para ano, com ciescenie agra-vamento das dificiências de instala-cões, a direção da escola vê-se na con-fingência de limitar o número de vagasdas sérios iniciais, o que se traduz cmconsiderável descstimulo cio desenvol-vimento das jovens v"

'""s artísticas.

A soluçãoO que poria cobro, ou pelo monos

remediaria imiiio, ei semelhante esladode coisas, seria a transferência do Mu

seu Nacional de Belas Artes, que ocu-pa grande parle da areei do p'cdio daescola, para oulro local que o com-portasse, este local poderia sei o celi-feio do Minisierio da Educação o Cul-lura, em luclo e por tudo adequado auma teiI Irasladação, pois conla com umamplo auditório para conferências ecursos extraordinários, um explêndidolocal paia exposições transitórias, nu-morosos andares corridos que seriamfacilmente transformados cm galeriaspara exposições permanentes, andaresdisponíveis que poderiam ser icsciva-dos para os Salões Oficiais, bastantecuca conslruida no pavimente térreoonde se instalariam as oficinas dc co.--servaccio e icslauraçáo.

Alias, esla medida, que solucionariao angustiante situação cm menos lem-

po que ouiia qualquer, ja foi sugeridapelo diretor cia Escola, Prof, GoisonPompeu Pinheiro, ao Ministio da Edu-c a ç a o e ao Reitor Pedro Ca'mon. Am-bos promcteiam lutar por ela, mas li-coram na ptomessa. Enquanto isso osaluno.1 que carreguem os defeiloi arl-

quiridos por imposição dc ausência de

condições material que possibilitem ummelhor aproveitamento das aulas.

Um pouco de históriaA Escola Nacional de Belos Aries

eslá instalada em suei aluai sede des-de 1908, quando o edifício foi paracio especialmente consttuído, Em 1937o Museu Nacional de Belas Artes foicriado, Som sede própria, ficou anexoà Escola. Expandindo-sc a cada ano,veio, a pouco e pouco, diminuindo oárea dc instalações da Faculdode. Ho-je espreia-se por grande parte do es-paço desta, mos resta em abandonopelo Governo, que es;o voltado todopara o Museu de Ar le Moderna, ins-tiluição particular sempre rjmulade. dosmaiores fovores.

Duplo objetivoAo se «ntregaiem o componho cs jo-

vens não considerem openas a possi-bilidade cie me'l,otic do nivel de ensinode suo Escoic. vèerr, iambêni a neces-sidocie de iolvor inúmeros obro deart» quo »• «itâo eitragando nos po-ròet d« Museu devido ò 'oito de es»paço * i auiéncío de rcitauracoo.

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-4 NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 9 a 1 5 de setembro de 1960 —

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B Uma Cidade Dividida ao MeioC I I I iTl ? Foco da Tensão Internacional

VASCO HELLER, correspondente de NR na RDA

Passando

a fronteiraRECURSO DA ARGÉLIA À ONU

Uma simples tabuleta indica a divisão entre dois mundos. De um lado, a Repú-bllca Democrática Alemã, que constrói aceleradamente o socialismo. Do outrolado, n pinto do Berlim controlada pela França, Inglaterra ou Estados Unidos.Na foto, tinida «inundo ainda existia a zona soviética, um exsoldado alemão«passa a fronteira».

Em Berlim são as últimas chu-vas do verão. No posto de contrõ-le, na esquina da Bernauerstrassecom Chaussèestrasse, os doisguardas levantam o capuz preso àcapa. Cerca de 50 metros além,outro guarda procura abrigar-sesob a sacada do edifício. Entre eles,a fronteira que divide a cidade deBerlim. De um lado, as casas dosetor da República DemocráticaAlemã; do outro, as calçadas deBerlim Ocidental.

No centro da Bernauerstrasseduas mulheres se encontram, comsuas bolsas de feira. Conversam.São vizinhas e se conhecem hámuitos anos, pois moram na mes-ma rua. Mas os documentos deidentidade não são iguais. Ambassão de nacionalidade alemã. Na-da as separa. Somente os carta-

zes tricolores com a inscrição"Vous entrez dans le secteur fran-cais". Cartazes iguais aos que, emoutros pontos distintos da cidade,levam a bandeira inglesa ou nor-te-americana.

Uma situação artificial para osberlinenses. Não para o governode Adenauer, que transformou osetor ocidental em "cidade pontade lança", hoje o foco de guerramais perigoso do continente euro-peu.

ntransigência DFaz Prosseguir .

egauuista3 Guerra

JÉRÔME FAVARD (UHUMANITÉ)

Após doze dias de deliberaçõesrigorosamente secretas, o governoprovisório da república argelinapublicou o seguinte comunicadoque causou celeuma nos ChampsElysée, np- obstante o que tenhamdito os seus porta-vozes:"... O governo provisório da re-pública argelina tomou conheci-mento da recusa do general DeGaulle em negociar as condições egarantias de uma livre consulta aopovo argelino. A política francesaesvasiou a autodeterminação dctodo conteúdo democrático e querimpor pela força um estatuto quetende à balcanização da Argélia.

"Nessas condições, o governo pro-visório da república argelina con-sidera que a consulta ao povo ar-gelino deve ser feita por meio tleum referendum organizado e con-trotado pelas Nações Unidas."

Dizer-se que o governo francêsconsidera sem interesse c sem con-seqüências essa decisão do G.P.R.A.é votar um grande desprezo à opi-nião pública francesa c interna-cional.

Os franceses (ultras) da Argé-lia não se enganaram ao manifes-tar seu pessimismo diante dessadeclaração. Quem pode julgar semimportância a proposição do G.P.R.A. dc que se recorra à ONU paraorganizar um referendum de auto-determinação argelina, justamenteagora que oito novos estados daantiga África negra francesa pas-sam a pertencer a êsse organismo?

Uma posição privilegiadaDurante as conversações de Me-

lun os delegados argelinos reivin-dicaram três coisas: saber de an-temão como seria composta a dc-legação francesa que participariadas negociações sobre as modali-dades de cessar fogo e sobre as ga-rantias de aplicação do direito àautodeterminação; pediam aindaque os delegados do G.P.R.A. pu-dessem manter contato com a im-prensa c com os ministros argeli-nos prisioneiros na França. Pe-diam, enfim, que fosse asseguradaa Ferhat Abbas a oportunidade deencontrar-se com o general DeGaulle.

Êste último (afirmou-o em seudiscurso de Alençon) observou quenão seria possível atender a taisexigências.

Será impossível, então, informarantecipadamente aos delegados ar-gelinos se falarão com um minis-tro ou com o general .luin? Seráimpossível permitir que FerhatAbbas se aviste com os jornalistasque o assaltam com perguntas cmsuas entrevistas à imprensa cmTunis? Impossível um telefonemade Ferhat Abbas a Bcn Bella, atu-almcntc detido na França como oforam o Presidente da Repúblicatunisiana ou o rei de Marrocos?

Na realidade, os porta-vozes dochefe de estado nem procuraramsequer discutir. O comunicadooficial dc vinte c nove de junhoreconhece isso abertamente, semambigüidades: "Eles informaramaos emissários do governo provisó-rio da república argelina as condi-ções em que poderiam ser realiza-das as conversações."

Como negar, depois disso, que"a política francesa esvaziou a au-todeterminação de todo conteúdodemocrático"?

Se não é assim, porque recusa-ria ela a proposição do GPR.A.?

Segundo as últimas declaravòes

do delegado da França no Conse-lho de Segurança, sr. Armand Bé-rard, a ONU executou muito bemsua tarefa no Congo. Se ela dátodas as garantias, porque recusarentão que ela controle o refercn-dum argelino?

A resposta a essa pergunta nãodeixa dúvida alguma. Se "a Fran-ça" — ou melhor: se aqueles quefalam neste momento em nome daFrança, recusam o controle da or-ganização internacional, é simples-mente porque não pretendem dei-xar que se realize uma consultasincera ao povo argelino. Ao pas-so que o G.P.R.A. demonstra umagrande confiança no sucesso daautodeterminação desde que re-suite da votação realizada cm con-dições leais.

Os amigos da Argélia gozam as-sim de uma posição privilegiada,quando defenderem na ONU aproposição do G.P.R.A. E a Françaestará, uma vez mais, no papel deacusada. A iniciativa argelina vi-sa a paz enquanto que a intran-sigência de De Gaulle não parecedeixar ao G.P.R.A. senão uma pos-sibilidade: prosseguir a guerra commeios cruéis.

A "habilidade" do generalDepois do fracasso de Melun,

aprofundou-.- o abismo entre aArgélia e a França. Um abismo dcsangue. E o G.P.R.A. decidiu ado-tar medidas militares que redobra-rão de intensidade os combatesque, aliás, nunca cessaram na ter-ra argelina, digam o que disseremos Triboulet do general.

A história revelará que duranteseis anos os governantes france-ses vêm cantando a mesma entra*nadora canção, ora com o refrãode Lacostc do "último quarto uehora", ora com a ária gaullistamuita conhecida agora: "A pazestá à vista"...

Há mais de dois anos que o gene-ral anuncia assim "paz à vista".Dispondo de semelhante vigia emsua caravela, Cristóvão Colomboteria descoberto a América antesmesmo de deixar Paios...

Não é que o general veja tãolonge. Com isso procura constamtemente tranqüilizar a opinião pú-blica. Quando declara, em oito dejulho, em Alençon, que o governoargelino "parece querer, em vez dccessar fogo, que se o reconheçacomo representante dc toda Argé-lia", a verdade é bem outra. Aúltima "déinarche" do G.P.R.A. oprova: o que êste último reclama,é somente a garantia de uma con-sulta leal ao povo argelino, sòmcn-te cobrar de De Gaulle o cumpri-mento de sua promessa dc auto-determinação. O G.P.R.A. não pe-de â ONU que dê independência àArgélia, mas simplc •mente que or-ganize e controle um referendum,solenemente prometido pelo presi-dente da república francesa (nãosem restrições dc pensamento, co-mo se constatou então). Acreditouo general que podia abusar doscombatentes argelinos? Supôs queesses patriotas que pegaram emarmas há seis anos, esses "bravos"— para falar como êle — que su-portaram os mais duros sacrifíciosa fim de conquistar a independên-cia de sua pátria, cessariam o com-bate sem a séria garantia de quea consulta seria absolutamenteleal e sincera?

Sc tal foi o seu cálculo, c forço-so reconhecer hoje que seu "ma-

quiavelismo" saiu pela culatra. Porocasião das conversações de Melun,a intransigência francesa foi apre-sentada como uma habilidade dapolítica francesa. Esta habilidadecoloca a França numa posição de-testável. Graças a essa habilida-de é que, ao acontecimento de Me-lun seguiu-se a constituição doque se chama "Comissões de Elei-tos" argelinos. É ainda uma ini-ciativa que desprezou a autodeter-minação, devendo essas comissõesestudarem o que seria o futuro es-tatuto da Argélia.

Todas as pessoas bem informa-das — bem verdade que sobre is-so os estrangeiros são bem maisinformados que os franceses — sa-bem que esses "eleitos" são, em suamaioria, fantoches eleitos sob acoação das tropas francesas.

Um desses eleitos, elemento li-gado à corrente que aprova a po-Htica argelina de De Gaulle, refe-rindo-se a essas comissões, decla-rou o seguinte: "Não se fala sobresucessão e sobre o futuro em umafamilia quando dois ou três irmãosestão ausentes". (Os ausentes são,evidentemente, os argelinos da F.L.N.).

Procura-se um Bao Daiou um Tchombc

Essas manobras consumadas naausência dos membros mais ativosda familia argelina têm por fina-lidade determinar o aparecimento,na Argélia, dos Bao Dai ou dosTchombc. O duplo resultado dis-so foi, dc um lado, intensificar asoperações de guerra, e de outro,levar o G.P.R.A. a marchar rumoà internacionalização do conflito."A guerra está praticamente ter-minada", "a França encaminha-separa a paz" — foi o que se procla-mou em julho. Algum tempo dc-pois, ocorreram violentos combatesao longo da fronteira marroquina,ambulâncias ocuparam-se durantetodo o dia nove de agosto em trans-portar mortos e feridos francesesdas localidades de Perrct c Hadj,cujos postos haviam sido bombar-deados, Port Said foi igualmentebombardeada e também os portosde Kiaout, Bouhou, Ravil, Bouchire Venistrala (esta última que seconsidera praticamente destruída),enquanto as operações efetuadascm zonas que o Estado Maior con-siderava pacificadas (o Ouarsenise a regi r o do El Kseur, em Kaby-lie) provam que a F.L.N. está maiscombativa do que nunca.

Tudo isso significa que o G.P.R.A. renunciou à esperança de umadiscussão real com Paris, pois DeGaulle demonstrou cm Melun queencara as conversações como ummonólogo no qual os delegados ar-gelinos teriam que limitar-se aouvir.

É por isso que a ONU vai terque enfrentar dentro de algumassemanas a proposição argelina quesolicita a mais alta corte interna-cional — depois que o G.P.R.A.tentou inutilmente durante anosentender-se diretamente com aFrança — que busque uma solu-ção para o conflito.

Aqueles que têm repetido quesomente o general Dc Gaulle dis-punha de autoridade c dc prestí-gio (dentro do exército c entre osmuçulmanos) necessário para con-seguir a paz; os que têm feito cam-paiha a partir daí em favor dopoder pessoal; e finalmente os que

ajudaram o general a extorquir oapoio de milhões dc franceses gra-ças a êste "slogan" enganoso "DeGaulle representa a paz na Argé-lia", esses podem avaliar o que seuerro custou e ainda custa.

É não só aviltante mas tambémilusório para um povo entregar seudestino nas mãos de um só homem,seja êle animado das melhores in-tenções. Por ocasião das conversa-ções de Melun, "degaullistas de es-querda" insurgiram-se contra asmanifestações organizadas em fa-vor da paz na Argélia. "As nego-ciações já se iniciaram. £ precisonão prejudicá-las com tais movi-mentos.", diziam esses ingênuos.

A ação unida indispensávelDiante da ação que teremos de

promover, é lamentável que algunsdaqueles que desejam realmente apaz na Argélia favoreçam a pro-paganda degaullista e as mano-bras diversionistas em seu favor.

Que um Guy Mollet consiga aaprovação através da maioria doCongresso S.F.I.O., de uma moçãosolicitando "que as garantias deautodeterminação si'jam discutidascom os representantes de todosaqueles que são chamados a darum voto decisivo pela nova Argé-lia" — isto é, inclusive os ultra;que Guy Mollet forneça assim pre-textos para aqueles que recusam omelhor meio de pôr fim à guerra:a negociação com os combatentes,isso não espantará ninguém. Oque é surprecnivcnte, é ver um ho-mem como Denis Forestier conse-guir a aprovação pela maioria docongresso dos professores dc umamoção que vai mais longe ainda,pois solicita "conversações bilate-rais, sucessivas ou simultâneas,que precederão as negociações de-finitivas em torno da "Mesa Re-donda" à qual se associarão, emdado momento, todos os elemen-tos representantivos das popula-ções argelinas." Se Forestier conhe-cesse um pouco a Argélia deveriasaber que Lagaillarde representaperfeitamente a opinião de umaparcela considerável da populaçãoeuropéia da Argélia.

Esses planos, pelo menos utópi-cos e geradores de confusões ediscussões, roubam às forças da pazseu entusiasmo e um tempo pre-cioso.

Depois que foram formulados,lemos nos jornais dc esquerda, acrítica da esquerda francesa inca-paz até agora de impor as nego-ciações dc paz. Não seremos nósque reprovaremos o princípio daautocrítica. Mas a autocrítica cvã e estéril se ela não provoca umaação mais eficaz que à criticada.

E que não nos venham dizer quea última decisão do G.P.R.A. tor-nc essa ação inútil. O contrário éque é verdadeiro. Ainda no mêspassado, o vice-presidente do G.P.R.A., ministro das relações exterio-res, Krim Belkacem, que a impren-sa reacionária chama o "duro" daF.L.N., reafirmou que seu governoesperava "o menor sinal, partindode Paris, marcado pelo desejo denegociar".

Incumbe ainda \ opinião france-sa impor êsse sinal.

É ainda, da ação unida dosfranceses que depende, em largamedida, a continuação da guerra:sua agravação — cm proporçõesque ameaçam surpreender os es-trategistas limitados da "guerra

psicológica" — ou seu fim.

Cidade livre

A República Democrática Ale-mã, é, porém, um país pacífico on-de os últimos vestígios do milita-rismo prussiano foram completa-mente apagados. Em seu territó-rio situa-se a cidade de Berlim,aproximadamente 200 quilômetrosafastada da fronteira com a Re-pública Federal Alemã. Berlim é,portanto, uma cidade da R.D.A.,geograficamente, e sua capital po-lític, e administrativa. A R.D.A.,como os demais países do camposocialista, luta para preservar apaz mundial. Por isso, apesar deBerlim estar encravada em seu ter-ritório, propõe, juntamente com aUnião Soviética, a desmilitariza-ção do setor ocidental e a suatransformação em "cidade livre".

Os militaristas e revanchistasde Bonn não aceitam essa solu-ção. Desejam manter a posse dacidade para os seus atos de provo-cação e espionagem contra os pai-zes socialistas. Daí a propagandamentirosa que suas agências denotícias espalham pelo mundo di-zendo da impraticabilidade datransformação de Berlim em "ei-dade livre", em cidade pacífica.

Afirma, por exemplo, que Ber-lim Ocidental depende das sub-venções financeiras de Bonn eque economicamente não poderásobreviver como "cidade livre".Vejamos, entretanto, como na rea-lidade os fatos se apresentam.

O aparelho administrativo dosetor ocidental de Berlim pesa so-,bremaneira no orçamento da cida-de. £ tuna situação parecida à doRio de Janeiro, com os seus enor-mes efetivos de funcionários públi-cos. Em Berlim Ocidental acresce,no entanto, a inclusão de dezenasde organizações de espionagem esabotagem pertencentes ao govêr-no de Bonn e subvencionados pe-Ia municipalidade. Enquanto quena Repúública de Weimar (1919/1933), a administração central dopaís, para uma população nacio-nal de 60 milhões de habitantes,ocupava 10,7% de todos os traba-lhadores e empregados existentesna então capital Berlim, — hoje,para uma administração munici-pai de somente 2,2 milhões de ha-bitantes, a percentagem subiu pa-ra 26,4.

O aparelho policial que, mesmona época hitlerista, possuía 30agentes para cada 10 mil habitan-tes, nos dias de hoje emprega,respectivamente, 68 policiais. Noentanto, em comparação com osnúmeros de 1959, os crimes por as-salto, nesse primeiro semestre de1960, aumentaram em 31%, oscrimes de estupro em 15%, os rou-bos em 12%. Por isso, hoje, Ber-lim Ocidental é chamada a "Chi-cago da Europa". Diariamente,uma média de 60 crimes são come-tidos, principalmente por jovens.

outro, aumentam o déficit. Noaparelho administrativo as inver-soes representam o dobro da quan-tidade que se inverte na indús-tria. Essa política de inversões be-neficia os planos guerreiros do go-vêrno Adenauer. De 1950 a 1959,foram subtraídos do produto so-ciai de Berlim Ocidental cerca de2 100 milhões de marcos, não com

fim de fomentar a economia dacidade, mas para reforçar os pre-parativos de guerra relâmpagocontra a R.D.A. e outros países docampo socialista.

Se suprimidos todos esses in-gressos improdutivos, que resul-tam unicamente da política detransformar Berlim Ocidental em"cidade ponta-de-lança", não teriahavido em 1959 o déficit men-cionado. Sobraria um saldo posi-tivo de mercadorias e serviços demais de 300 milhões de marcos.Essa quantia seria suficiente paragarantir um nível de vida no -.ialà população, principalmente àclasse operária, cuja situação vemse agravando.

Os operários na indústria ga-nhavam em meados de 1959 cercade 15% menos por hora que osseus colegas de Hamburgo. No anode 1598, a diferença foi de 12%.

Especialmente grave em BerlimOcidental é a exploração no tra-balho das mulheres. O saláriodas operárias qualificadas, no con-junto das indústria do setor, é35,4% menor do que o salário doshomens. Essa diferença é maisgritante nas indústria de bens deconsumo: as mulheres ganhamaproximadamente 40,2% menosque os homens.

Para caracterizar a situaçãosocial, pode-se ainda mencionarque nos hospitais de Berlim Oci-dental o número de leitos para

000 habitantes, de 1954 a 1958,aumentou somente de 14 para14,4%. Na Berlim democrática, oascenso foi de 15 para 17,2%.Idêntica é a situação na rede es-colar. Nas escolas primárias deBerlim Ocidental a cada professorcorrespondem 36,5 alunos. EmBerlim democrática, somente 23,5alunos.

Também penosa é a situaçãonas camadas médias da popula-ção. No ano de 1959, o númerodas empresas artesanais baixou de22 650. A mesma situação comreferência aos pequenos industri-ais: das 24 pequenas fábricas decalçados que existiam em BerlimOcidental, somente restam hoje 4.As demais caíram sob as garrasdos grandes consórcios de calça-dos da Alemanha Federal.

Aproximadamente 46% do dé-ficit orçamentário do setor, cal-culado ao redor de 13 bilhões demarcos, corre por conta do au-mento do aparelho administrativvomunicipal.

Cidade oonta-de-lança

Além disso, a armazenagem decustosos depósitos de mercadorias,parte da estratégia bélica de Bonn,é responsável pelo crescimento dodéficit financeiro da cidade. Oproduto social de Berlim Ociden-tal aumentou em 5 790 milhõesde marcos nos anos de 1950 a1958. Ao mesmo tempo, cresce-ram os investimentos destinados àestocagem de mercadorias emaproximadamente 3 200 milhõesde marcos, ou seja, cerca de 55%do aumento do produto social. Re-duzida essa estocagem ao nívelnecessário para o abastecimentonormal da cidade, grandes somaspodem ser poupadas.

Também a repartição desigualdas inversões na indústria, de umlado, e o funcionalismo estatal, de

Cidade pacifica

Disso tudo se depreende que,de maneira alguma, Berlim Oci-dental recebe apoio financeiro deBonn. Ao contrário, é obrigada agrandes sacrifícios para entregaranualmente ao governo de Ade-nauer milhões de marcos de im-postos arrecadados.

Entretanto, uma "cidade livre"poderia dirigir sua própria econo-mia de acordo com as necessidadesda população. Poderia ainda con-cluir tratados comerciais com to-dos os países, de conformidadecom a sua própria vontade e se-gundo os seus interesses. Se de-sejar manter relações com a Ale-manha Federal ou ampliá-las, po-dera fazê-lo sem maiores cons-trangimentos.

A república Democrática Alemãe outros países do campo socialis-ta manifestaram o desejo de am-pliar o intercâmbio de mercado-rias com uma "cidade livre" emBerlim Ocidental, garantindo as-sim o pleno funcionamento daeconomia da cidade.

Uma "cidade livre" cm BerlimOcidental, como cidade pacífica,estaria em condições de liquidara polítíica de "cabeça-de-ponte" ereduzir o custoso aparelho policiale administrativo a um nível nor-mal. Pouparia dessa maneira asenormes somas que atualmentesão enviadas a Bonn como contri-buição obrigatória à política re-vanchista de Adenauer.

Berlim Ocidental, hoje um focode tensão internacional, seria umacidade pacífica.

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— Rio de Janeiro, semana de 9 a 15 de setembro de 1960 NOVOS "RUMOS 5 —

"°!^IhhhHh.PASSADO E FUTURO DA

Sete Pontosde Estrangulamento

A Universidade Popular de Hava-na realizou recentemente um ciclo deconferências sob o tema «Defesa deCuba», do qual participaram vários di-rigentes da Revolução Cubana, inclu-sive o chefe das Forças Aimadas, co-mandante Raul Castro. Para falar sô-bre a defesa da economia cubana, àUniversidade convidou Carlos RafaelRodriguez, conhecido dirigente nacio-nal do Partido Socialista Popular (co-«mnista), diretor do jornal «Hoy» e«atedrátlco de economia política daUniversidade de Havana.

Em sua conferência, Carlos Rafaelassinala a estreita ligação entre a so-berania de Cuba e a defesa de sua '

economia contra o boicote e a agressãodos Estados Unidos. Frisou, entretanto,

que não se trata de defender a econo-mia cubana que a Revolução tinha her-dado do regime anterior, de um colo-nialismo disfarçado. Para poder defen-der a economia cubana, disse Rodri-

guez, é preciso acabar com suas debi-lidades. Em primeiro lugar, é necessárioconhecer bem sua estrutura e caracter!-zá-la de forma a poder agir sobre elade medo positivo.

Características da economiacubam

Esta economia pode ser caracteri-zada com 7 pontos essenciais que nãosão, è claro, os únicos, mas que talvezsejam as principais.

Em primeiro lugar, tínhamos umaeconomia agrária, e a economia agráriaé sempre subalterna, atrazada, nestemomento do desenvolvimento mundialem que a Indústria é o ponto básico no

progresso dos povos. Segundo dadosfornecidos por uma entidade nada sus-peita, uma vez que serve ao imperialis-mo e surgiu de seu próprio seio, à Co-missão do Banco Mundial, presididapor Truslow, que precisamente elabo-rou o programa para o retrocesso denossa ilha e sua dominação definitivapelos imperialistas, Cuba, na década de1950, somente produzia na indústria10% de toda a produção nacional, seretirarmos a contribuição da indústriaaçucareira, que é uma indústria de sim-pies transformação de produtos prima-rios.

Em segundo lugar, essa economiaagrária era uma economia atrasada so-ciai e economicamente, porque era umaeconomia latifundiária. A melhor partedas terras e sua maior extensão estavanas mãos de latifundiários e, entre ês-ses, os norte-americanos eram os maisimportantes. Enquanto que, por umlado, havia 62 mil camponeses que pos-suíam apenas 15% da área total, poroutro lado, 114 grandes proprietáriospossuíam, sozinhos, mais de 20% daárea total de nosso pais. Os grandeslatifúndios da United Fruit, da Atlân-tica dei Golfo, etc, de 8 ou 9 empresasnorte-americanas, tinham mais de 100mil «caballerias» (um milhão e trezentosmil hectares) de terra à sua disposição.

A isso deve-se acrescentar que dos 160cultivadores da terra em nosso país, sò-mente 48 mil estavam na categoria de

proprietários, e os restantes eram arren-dalários, subarrendatários, colonos ou

parceiros, aos quais se extraia enormes

proporções de seus produtos mediante arenda da terra, chegando-se, com a ins-tituição semifeudal da parceria, a exigir

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700 Estudantes Prestarão Exame

Para a Universidade da AmizadeAproxima-se o início dos cursos da

Universidade da Amizade dos Povos.Enquanto isso, a comissão matriculado-ra, que trabalha há cerca de um mês,

já examinou quase 13 mil das 25 milsolicitações recebidas da Ásia, África eAmérica Latina. Das solicitações exami-nadas, muitas já foram aprovadas e en-viadas ao Conselho Universitário paraque as ratifique. Se bem que este anoo número de estudantes a serem admi-tidos na Universidade seja de 500,

serão aprovadas cerca de 700 solicita-

ções, pois a matrícula dos candidatosserá feita após a prestação dos exa-

mes.Atualmente, a comissão de matrí-

cuia está enviando respostas aos quesolicitaram ingresso na Universidade e,

em primeiro lugar, aos que serão cha-

mados para a prestação de exames. A

viagem dos futuros estudantes serácusteada pela Universidade e a trami-tação prática será a seguinte: uma vezrecebido o aviso que lhe permitirá pres-tar exames de admissão, o candidatodeve providenciar o passaporte e, de

posse deste, a Embaixada Soviética (ou

quem a represente) dará o visto e en-tão a Universidade envia o necessário

para a cobertura das despesas de via-

gem.

O ensino na Universidade da Ami-zade dos Povos será gratuito. Os estu-dantes receberão, ainda, uma bolsa de900 rublos mensais e terão, além disso,assistência médica gratuita, podendousar os laboratórios e bibliotecas. Aosestudantes será dada também casa gra-tuitamente. Na foto, um aspecto da fa-chada da Univeisidade.

do camponês a terça parte, ou a meta-de de sua colheita anual.

Desemprego maciçoA terceira característica é a do

desemprego e subemprêgo, que, comose sabe, é um dos fatos mais graves daeconomia cubana. Países da AméricaLatina que estão em condições econô-micas ainda inferiores às nossas quantoà distribuição das riquezas e à situaçãodas massas, o Chile por exemplo, nun-ca tiveram a grave situação de desem-prego que tivemos. Esta chegou a 50%de desempregados na força de traba-lho, nos anos da crise de 1930.

Existe aqui um gráfico, um quadromuito simples que nos diz até que pontoo desemprego continuou sendo na eco-nomia cubana um mal endêmico. Em ju- /nho de 1957, de dois milhões 217 milhomens e mulheres contados na força detrabalho, 594 mil, isto é, 26,8% esta-vam, de uma forma ou de outra em con-dições de desemprego; não tinham, naocasião em que foi feito o censo dotrabalho, emprego algum Deles, 300mil estavam totalmíiite desempregadose não trabalhavam em momentoalgum durante todo o ano, e294 mil estavam subempregados is-to é, trablhavam apenas algunsmeses do ano e o resto do tem-

po ficavam sem trabalho, dependendodo que tinham trabalhado antes, deseus familiares ou da esmola pública.E' preciso dizer que nos censos do tra-balho que se realizaram até agora emnosso pais, antes do último censo querealizamos, aparecem como pessoasestranhas à força de trabalho aquelasmulheres que são contadas como do-mestiças. Mas, quando examinamos aeconomia de um país desenvolvido co-mo os Estados Unidos ou a Inglaterra,

para não citar paises socialistas, en-contramos que para cada habitaçãoexiste não menos de uma dona de casaeconomicamente ativa pois existemmuitas habitações em que a mulhernão trabalham em casa porque tem em-

prego fora. E, em Cuba, da populaçãotrabalhadora que figura nos censos fo-ram eliminadas todas àquelas mulheres

que permanecem em casa como domes-ticas, o que nos dá uma proporção de2,5 mulheres para cada casa, porquesabemos que a maior parte das ha-bitações de nosso país conta com duas,três e até quatro mulheres (a mãe etrês filhas) que não trabalham. Istonão porque não queiram trabalhar, •sim porque nem mesmo no passado lhes

podia passar pela cabeça a idéia detrabalhar, porque fora de Havana e na

maioria das cidades de nossa ilha asfábricas eram tão poucas que nem se-

quer lhes ocorria a idéia de procurartrabalho, pois já sabiam que não o

encontrariam.Em junho de 1958, continuava

havendo uma grande proporção de de-sempregados. 25,3% da força de tra-balho, 265 mil como desempregados

•solutos e 293 mil como desemprega-dos parciais, I!á poucos pcíses na Amé-r'ca Latina com uma proporção de de-sempregados tão elevada.

Dependência externaO quarto ponto característico da

economia cubana é de que se trata deuma economia do tipo chamado aberto,isto é, que depende para seu abasteci-mento da importação, que om 1957 jáatingia mais de 700 milhões de pesepor ano, e da exportação, sem a quanão seria possível a nosso país, dada aestrutura que nos impuseram, abaste-cer-se e manter o nivel de consumo

global da população cubana.Nem todas as economias subal-

ternas submetidas a processos imperia-listas foram economias abertas. Econo-mias como a da índia, onde a penetra-ção direta do imperialismo foi e conti-nua sendo muito grande, são econo-mias muito menos abertas do que a

nossa porque apenas 6 ou 7 por centodo produto nacional bruto, isto é, de

tudo o que produz o pais durante umano, está relacionado à importação ou

exportação. Em troca, no que diz res-

peito a Cuba, para uma produção bru-

ta de cerca de 2.700 ou 2.800milhões de pesos, importamos 25%

desse produto nacional e para nos

mantermos precisamos buscar no estran-

gtiro 25% do que produzimos, entre-

gando assim, em divisas que perdemoscom a importação, uma parte do quecada ano acumulamos como riqueza

ativa de nosso país.

Só açúcarMas este comércio, que desempenha

um papel tão importante na economianacional, tem uma composição, no queconcerne às exportações, que torna oin-da mais grave a dependência em rela-

ção a êle. Trata-se, e esta é a quintacaracterística de nossa economia, de

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Teoria e

prática de Cuba

que somos um país mono-exporlador,porque somos também um pais mono-produtor.

O açúcar representou, em certasocasiões, até 30% da produção na-cional e representa ainda um quartodesse total.

Mas, acima de tudo, a exportaçãode açúcar constitui mais de 80% dasexportações totais de Cuba. De modo

que, quando o preço do açúcar ou ademanda caem, o reiuliado é a quedo

lediata da renda nacional e — emconseqüência — a rr.isória das massas.

Essa situação é grave agravada

por outra curactcrislica, a sexta, que éa unilateraliclade cias relações comer-ciais, ou seja, o falo cie que — nosso

pais dependa em mais de 60% das ex-

porlações de um único país, os EstadosUnidos, e de que as importações cuba-nas dos Estados Unidos tenham chega-do a representar de 75% a 80% dototal. Isto situa nossa economia impor-tadora praticamente nas mãos de umsó comprador, desrespeilando-se, assim,os dois conselhos admiráveis de JoséMarti: o primeiro, de não confiar nossodestino em um só produlo, porque, co-mo êle dizia, o povo que faz isso poc^eonverler-se nim povo escravo; segun-do, não comerciar apenas com um só

país, mas com todo o mundo. Não de-

pender daquele novo império, que êleconsiderava cemo perigoso: "O norterevolto e bruto que nos despreza. . ./¦.

Tudo isto culminou na sétima e mais

grave das carccleríslicas da economiacubana que a revolução herdou: o falode que os pontos chave du economianacional estivessem nâo nas mãos de

cubanes, mas como propriedade estrem-

geircis, já atualmente de imperialistasnorte-americanos, uma vez que o pesoespecífico dos que no passado inverte-

ram capitais, como os ingleses, deixou

de ser imporlanle até converter-se nu-

me parte insignificante da economia.

Não era nossa a indústria açuca-

reira, porque apesar de nos últimos anostermos chegado a produzir mais de 50%da safra em engenhos que se denomi-navam cubanos, e que em sua maioriade fato o eram, entretanto, muitas dos-ta» unidades produtivas eram os mais

ineficientes, as mais atrasadas. Os ban-

cos e as corporações norte-americanasvinham se afastando deles com um du-

pio objetivo: fazer com que, nos mo-nenlos de crise, quando em virtude dosziguezcigues da economia internacional,da qual dependemos até agora em vis-

a de nossa estrutura econômica, ao

beixar o preço do açúcar a crise da eco-nomia açucareira levara à ruína, como.

Carlos Rafael Rodrigues, alem dr jornalista, í professor de Economia Política na Universi-

dade de I lavana e milita na política cubana lia quase trinta anos. tondo sido prefeito de um»

das principais cidades do pais. Em conferência feita através da Universidade Popular,

Carlos Rafael delineou as características e perspectivas da economia cubana.

nos anos 1929-1933, todas estasçjntrais cubanas e ficariam os norle-americanos com o centro da produçãoncio só a mais elevada e tecnicamentemais estável, como também concentradaem alguns poucos engenhos. Abrigavam,ainda, um segundo e nefasto propósito,que puseram em prálica mais de umavez durante o periodo da ditadura. Sen-do as centrais açucareiras de proprieda-de de cubanos as menos eficientes, nãoera possível aumentar nelas o nivel desalários sem pôr cm perigo a economiadesse setor. Com êsle prelexlo, se man-teriam os salários de nosso pais numnível tal que cs grandes centrais ocu-careiras, os engenhos das grandes em-

presas açucareiras, os engenhos dasorandes companhias receberam lúciosadicionais pcique eram os de merorrendimento e, uma vez que foram mau-lidos os níveis de salário que lòda a

economia cubana pagava, eles pode-riam obter uma super-exploração deseus trabalhadores por esse caminho.

Ainda hoje o grosso e a partemais eficiente da produção açucareirade Cuba está nas mãos dos norte-ame-ricanos. Alé agora de energia elétrica,nem de comunicações e transportes.Uma companhia denominada cubanaalé agora manteve o controle da ener-

gia elétrica de nosso país, e dela de-

pendemos não só para o abastecimen-Io dos consumidores, como, o que émuito mais importante, para o desenvol-vimento de nossa produção. As teleco-municações também estiveram semprenas mãos de uma companhia estran-

gcira que explorou nossa terá duranteIodos os anos em que vigorou um con-

-lo que nos foi imposto pelos norte-americanos, no inicio da República.

(Continua)

ASSOCIAÇÃO DE GRANJEIRQS DOS EUA:

Contra Agressão Econômica

a v,uüa ixevoiücionáridCensurando a política dos Estados

Unidos em relação a Cuba, o presidon-te da «Associação de Granjeiros dosEE.UU», F. Sfower, vem de dirigir longocarta a Eisenhower, Na missiva, diz F.Stower :

«Escrevemos esta carta para mani-festar nosso descontentamento diantede sua política em relação a Cuba.Nossa ditetoria decidiu em sua reuniãode hoje levantar um enérgico protestocontra o seu boicote econômico, do

qual é um exemplo a redução da cotado açúcar cubano, mas, inclusive, estáainda mais preocupada face a mal ca-mufladas ameaças militares visando o

governo do primeiro-ministro Fidel Cas-tro.

«Fomos colhidos do surpresa quandoouvimos a proposta de transferência dadiscussão das discrepânclas com Cubaà «Organização dos Estados America-nos». Ao que sabemos, os Estatutosdessa organização (Artigo 16) proi-bem a guerra econômica, como a quese trava agora contra Cuba por indi-car.ão do presidente dos Estados Uni-dos.

(Cuba, «om dúvida, precisava rea-lizar a reforma agrária, e causa espó-

cie que a nacionalização de algumasgrandes empresas possa ser considera-da um motivo para justificar o bombar-deio diplomático hostil a que Cubaagora está sendo submetida.

«De acordo com nosso bem medi-lado ponto de vista, Sr. Presidente, —diz a carta mais adiante — é de du-vidar que fique bem ao governo queacaba de ver-se comprometido em gra-ve falsificação nos assuntos internado-nais, dar lições de moral política aenovo governo que luta heroicamentepara libertar seu povo do jugo da ex-ploração por parte dos monopólios es-Irangoiros.

«Chamaram, também, nossa atençãoas alusões à quase esquecida Deutn-na Monroe e a possibilidade de seraplicada para pôr termo à ampliaçãodo comércio e dos vínculos culturaisentre Cuba e a União Soviética».

Finalmente, diz F. Stower em sua oar-ta a Eisenhov/er:

«Queremos viver em paz e amizadecom o povo cubano, e esperamos quenosso governo represente a nós e naeaos vorazes monopólios que desejamexplorar a mão-de-obra e os recursoede Cuba>..

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Page 14: Candidatura Lott: Resposta Dos Patriotas Ros Monopólios ... · Manifesto Eleitoral dirigido aos traba-lhadores e a todos os patriotas de-mocratas. O documento é uma defini-ção

Strielka e Bielka Foramao Cosmo, Voltarame Chegaram Brincando

Vedetasna televisão

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Logo apôs o sensacional feito dotcientistas e técnicos soviéticos — o re-torno de Strielka e Bielka — o «Prav-da» enviou um repórter à Academiade Ciências da URSS, para transmitir aseus leitores os detalhes da aterragemda nave cósmica. Trancrevemos abai-xo os dados colhidos pelo jornalistasoviético.

Pleno êxito coroou uma des maisavançadas experiências na história daciência. A nave cósmica soviética comseres vivos a bordo, depois de cobrirem vôo vertiginoso mais de 700.000km em volta de nosso planeta, aterroucom todo sucesso. Este triunfe da ei-ência e da técnica soviéticas emocio-nou profundamente as pessoas de todo

o mundo.Como se sabe, a viagem cósmica

foi realizada por duas cadelinhas: Bi-elka e Strielka. Durante o vôo, elasficaram numa cabine especial, separa-das apenas por uma cortina transpa-rente, para que se pudesse ver. Nanave-sputnik encontravam-se tambémratos brancos, moscas, cogumelos esementes de algumas planlas. Alémdisso, havia algas e a planta Urades-cantsia». Sua presença a bordo eranecessária para os cientistas esclarece-rem as particularidades do desenvolvi-mento das espécies biológicas depoisde haver estado a grandes altitudes esob a ação da radiação cósmica.

Quando a nave estava complelan-do a sua 18.? volta, deu-se a ordem,da Terra, de descida. Todos os com-plicados mecanismos que formavam osistema para garamlr a segurança daoterragem funcionaram com precisão.

Desde o primeiro momento da des-cida transmitiam-se para a Terra, pormeio de aparelhos especiais, os dadosque caracterizavam o funcionamentodos dispositivos de freio e do sistemade direção durante a descida, regis-traram-se os parâmetros da nave aopassar pelas camadas densas da at-mosfera. Todos esses dados têm enor-me importância prática para os Tutu-ros vôos das naves cósmicas e seu re-gresso à Terra.

Para compreender melhor a comple-xidade da tarefa cumprida pelos cien-tistos e engenheiros soviéticos, deve-selevar em conta que a aterragem do

nave cósmica eslava relacionada com asuperação de grandes dificuldades.Basta dizer que ao passarem os corposcósmicos através da camada atmosfé-rica cria-se uma temperatura tão ele-vada que, geralmente, nem os meteo-ritos a suportam, consumindo-se semchegar à superfície terrestre. Uma de-feso térmica especial ajudou o nave--sputinik a vencer esta dificuldade.

A descidaComo transcorreu a última etapa

da descida da nave? Quando elajá se encontrava a pequena altura,desprendeu-se, por catapulta, a cabi-ne onde se encontravam os animais.Isso foi feito para garantir por comple-to a feliz chegada à-Terra dos viajan-tes cósmicos quadrúpedes, já que aaterragem da nave cósmica se realiza-va pela primeira vez. A própria nave--sputinik aterrou inteira e sem nenhumdano, do mesmo modo que a cabinecom os animais do experiência,

A oterragem foi feita num pradorodeado de campos arados. As pri-meiras testemunhas desse acontecimen-to histórico foram os colcosianos quetrabalhavam perto dali. Rodearam oextraordinário «hóspede» chegado dofirmamento e contemplaram-no cominteresse. Alguém leu uma inscriçãofeita na cabine, onde se pedia comu-nicar seu paradeiro aos locais nela in-dicados, Mas não foi preciso enviar otelegrama.

Imediatamente, sobre a cabeça dosque se haviam reunido no campo, sur-giu um avião observador. Dele desce-ram os especialistas que seriam os pri-meiros a abrir as portas de uma navechegada do cosmo,

Saltam as duasEstariam vivas as cadelinhas?

Abriu-se, por fim, a escotilha. Salta-ram Bielka e Strielka. Os animais ha-viam suportado perfeitamente a des-cida. Contentes de ver-se em terra erespirar ar fresco, correram pelo pra-do, aproximando-se das pessoas e la-findo alegremente. Uma hora depoischegou ao local um helicóptero tra-zendo um doutor. Comprovou o esta-do dos animais e verificou que nâo ti-

nham sofrido a menor arranhadura eestavam inteiramente sãos.

No dia 21 de agosto à noite, oscosmonautas quadrúpedes foram le-vados para Moscou. Tiveram um«dia de descanso». No outro, «dia detrabalho.» Os animais que voltaramda viagem cósmica ainda deveião darmuito à nossa ciência.

Precursoras do homemAo terminar a entrevista, disseram

ao correspondente do «Právda»:— Como resultado da nova e mag-

nífica experiência médico-biológico ob-tiveram-se materiais de grande valor.Foi uma experiência exclusivamente pa-cifica, que só buscava interesses cienti-ficos. Não havia na nave nenhum apa-relho destinado a outros fins. Tem enor-me importância para a ciência e a prá-tica a aterragem da nave cc :mica,realizada pela primeira vez no hisló-ria. Esta vitória sem par dos cientistase especialistas soviéticos converteu-seem precursora do vôo do homem aoespaço cósmico.

Encontro dccelebridades

O encontro se deu no Centro de Te-levisão de Moscou. O famoso pianistanorte-americano Van Cliburn pavtici-para do programa "Nós nos encontra-remos outra vez". Bielka e Strielka ti-aliam voltado do Cosmos.

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A nave-spulinik não levou apenas Strielka e Bielka. O vôo foi utilizado peloscientistas soviéticos para o recolhimento do maior volume possível de dados eelementos que possibilitem ao homem Ir ao Cosmos e voltar em condições deabsoluta segurança. Na foto aparecem um depósito dc plantas c as "gaiolas" emque viajaram os ratos.

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A seqüência acima é de fotos tiradas //|?olr\|n.vida teletransmissão feita diretamente da

cabine, e mostra-nos reações dos ani

mais, durante fases do vôo cósmico

". pelo rádio

Bielka 'e Strielka se tornaram duas "personalidades" Importantes, Não apenasdo ponto-de-vista cientifico, para observações c estudos. Passaram também adespertar curiosidade e carinhosa admiração do povo, tendo por isso partici-pado de programas dc radio e TV. Na foto, Bielka "fala" pelos microfones daRadio Moscou.

Posando paraa história

Ate parece que Strielka (cm cons-ciência cia grande significação do seufeito, verdadeiramente histórico. Eposa para o lotou ralo com ares dequem sabe que será motivo de aclmi-ração também pura a posteridade...

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