Caderno Colono e Motorista ZH
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quarta-feira, 25 de julho de 2012 1
quarta-feira, 25 De juLho De 20122
O Vale do Rio Par-
do tem boa par te
de sua sustentação
econômica baseada
na agricultura, especialmente a
familiar. Por este motivo, dedi-
ca o mês de julho à saudação
dos colonos, cuja importância
do trabalho é reconhecida em
festas e eventos diversos. Ações
que também se estendem aos
motoristas, não só na figura dos
caminhoneiros, responsáveis por
transportar a produção, como
também os demais profissionais
que atuam no ramo, de taxistas
a motoboys.
O Dia do Colono e Motorista,
hoje, terá comemorações nos
principais municípios da região.
Os festejos, porém, já ocorrem
desde a semana passada. Em
Santa Cruz do Sul, a tradicional
Festa dos Motoristas da Comu-
nidade Santo Antônio ocorreu no
último sábado. No domingo, foi a
vez da bênção da Paróquia Res-
surreição, que levou centenas que
profissionais conduzindo seus
veículos pelas ruas do município.
Nesta quarta-feira a programação
ocorre no Ginásio Boa Vista,
promovida pela Sociedade Canto
Cruzeiro do Sul.
Em Venâncio Aires, a 35ª
Festa Municipal do Colono, co-
meça na próxima sexta-feira e
se estende até o domingo, na As-
sociação Esportiva e Recreativa
Teresinha, em Vila Teresinha. A
festa é promovida em sistema de
rodízio, a cada ano em uma loca-
lidade. Além da Vila Teresinha,
participam Linha Santana, Linha
Duvidosa e Linha Cecília.
A abertura, na sexta, terá o sa-
rau cultural especial com artistas
das comunidades. No sábado,
28, a abertura oficial ocorre às 14
horas com apresentação da Or-
questra Municipal e após reunião
dançante. O domingo terá provas
da gincana, seguidas de almoço
e baile. A Festa Municipal do
Colono ainda contará com expo-
sição agrícola e uma homenagem
especial aos colonos.
Vera Cruz realiza a festa do
Colono e Motorista em Linha Hen-
rique D’Ávila, no Clube Cultural e
Esportivo Juventude, com desfile
de agricultores e motoristas. Já
a Comunidade Evangélica de
Ferraz promove hoje a bênção
dos motoristas, seguida de apre-
sentações de danças, almoço e
durante a tarde e noite baile.
OUTRAS FESTAS
Candelária também promove
sua Festa do Colono e Motorista
hoje, evento que integra a progra-
mação dos 87 anos do município.
Já na microrregião centro-Serra
do Vale do Rio Pardo, as prin-
cipais atividades ocorrem em
Arroio do Tigre, que iniciou a
movimentação no último sábado,
com os jogos finais do Torneio de
Bocha em Cancha de Areia da
Liga Arroio-tigrense de Bochas.
Na mesma noite ocorreu o baile
de aniversário do Clube 25 de
Julho. No domingo, foi a vez do 11º
Festival do Porco em Linha Paleta.
Hoje o município realiza a
Festa de São Cristóvão, na loca-
lidade de Coloninha. O ponto alto,
contudo, ocorre no domingo, 29 de
julho, com desfile de carroceiros,
caminhões e máquinas agrícolas.
EXPEDIENTEInforme ComercialCaderno Colono e Motoristaeste caderno circula encartado em Zero hora na tiragem regional dos Vales do rio Pardo e taquari e Santa MariaEditor Colaborador:jansle appel junior / MtB 15066Diagramador Colaborador:Douglas rafael da Silva - NakaoPara anunciar ou sugestões, ligue:Comercial Santa Cruz do Sul. fone: 51 3715.7345
Feriado
Eventos na região comemoram o Dia do Colono e MotoristaJansle appel Junior
tradicional bênção dos motoristas ocorre em diversos municípios da região
quarta-feira, 25 de julho de 2012 3
Feriado
As comemorações do Dia do
Colono e Motorista celebrado no
dia 25 de julho tiveram início em
1924, em referência expressa ao
começo do processo de imigração
europeia oficial para o Sul do Bra-
sil. A data simboliza a chegada
da primeira leva de imigrantes à
Feitoria Real do Linho Cânhamo,
que, posteriormente, constituiria
a sede de São Leopoldo. Foi o
desencadear de um arrojado
projeto de colonização (daí o
termo “colono”) implementado
pelo governo imperial brasileiro,
a fim de povoar e incorporar as
amplas extensões de terra, ainda
praticamente devolutas, situadas
ao Sul – e não raros motivos de
pendengas com os espanhóis na
definição dos contornos territo-
riais das nações sul-americanas.
O momento inicial da coloniza-
ção foi um processo de endureci-
mento do imigrante, em que ele
praticamente dependeu apenas
de si mesmo. Assim, em meio
à saudade da terra que havia
ficado pra trás e da decepção,
da irritação e da desilusão com
a realidade além da janelinha
dos casebres no meio do mato,
só havia uma alternativa para
sobreviver e suportar as agruras:
unir-se com os outros colegas de
infortúnio, com os outros alemães
que também haviam imigrado.
Essa necessidade de aproximar-
-se dos demais colonos desen-
cadeou a maior herança legada
pelos alemães ao sistema de vida
no Sul do Brasil: a cooperação,
a associação, a união de forças
para superar as adversidades e
começar a se identificar com a
nova terra.
O 25 de julho também é Dia
de São Cristóvão, protetor dos
motoristas e viajantes. Assim,
pela ligação e do complemento
do trabalho de colonos e moto-
ristas, convencionou-se estender
as comemorações a estas duas
importantes categorias.trabalho no campo é valorizado na região desde a chegada dos imigrantes
A origem da data
quarta-feira, 25 De juLho De 20124
Criada em 2008, a
Festa da Colônia de
Candelária, parceria
da RBS TV e Pre-
feitura Municipal, proporciona à
região dos Vales a oportunidade
de conhecer os produtos colo-
niais produzidos no interior do
município. Com base no sucesso
das quatro primeiras edições, a
comunidade e os envolvidos na
organização resolveram realizar
mais uma em 2012. E mais uma
vez as delícias da gastronomia
foram a atração principal deste
grande evento.
Em sua quinta edição, a Festa
da Colônia levou a Candelária e
região muita alegria, acompanha-
da de excelente gastronomia, ar-
tesanato, shows, apresentações
artísticas, brinquedos para as
crianças e várias outras atrações.
Ao todo, 24 grupos do interior do
município apresentaram pratos
típicos da colônia. Melado, cucas,
bolinhos de carne de ovelha, pães
de milho, pães de amendoim, car-
ne de porco na lata, mel, carne na
banha e bolo com farinha de arroz
foram algumas das delícias que
os visitantes puderam consumir
no festival.
Além de Candelária, outros
nove municípios foram repre-
sentados no evento, totalizando
50 expositores no setor de arte-
sanato. Quem passou pelo local
ainda pôde se divertir com as oito
atrações artísticas e musicais que
se apresentaram no palco instala-
do junto à praça de alimentação
durante os dois dias da Festa da
Colônia.
Região
expositores de municípios da região apresentaram o artesanato durante o evento
gastronomia foi um dos pontos altos da festa
delícias da colônia ganharam destaque em candelária
Festa da Colônia apresenta a produção rural de Candeláriatexto e fotos: raquel hertz
A GENTE SABE OQUE VOCÊ GOSTA.
quarta-feira, 25 de julho de 2012 5
Restrição do Pronaf
As novas regras para o
acesso de fumicultores
a recursos do Pronaf
foram recebidas pelo
setor, no início do mês, como mais
uma medida do governo federal
contra a produção e consumo de
tabaco no Brasil. A resolução do
Banco Central (BC) impõe per-
centuais mínimos de plantação
de outras culturas como condição
para captar financiamentos do
programa. Apesar do receio ini-
cial, no entanto, a Associação dos
Fumicultores do Brasil (Afubra)
garante que não há o que temer.
O propósito da medida é forçar
a diversificação. Para permitir o
acesso ao Pronaf, o governo fede-
ral já exigia que 20% da receita do
produtor de tabaco viesse de outra
atividade produtiva. A portaria pu-
blicada no Diário Oficial da União
no começo deste mês estabeleceu
um cronograma para a elevação
gradual desse percentual, que
chegará a 45% na safra 2014/2015.
O tesoureiro da Afubra, Marcílio
Drescher, afirma que na avaliação
da entidade a resolução não trará
maiores preocupações para a fu-
micultura. “Segue normal. O plan-
tio do tabaco não era financiado
com o Pronaf. Vai continuar sendo
financiado através de crédito rural
com juros diferenciados, mais al-
tos, como sempre ocorreu.”
De acordo com o dirigente, o
que realmente se enquadra nas
novas determinações do BC são
especificamente os financiamen-
tos de investimentos. “O propósito
do financiamento é melhorar o ní-
vel de sua propriedade, gerar mais
renda. E muitas vezes o agricultor
é induzido a financiar, toma este
dinheiro e não aplica no devido
destino”, lembra. Para Drescher,
o que a resolução desencadeará
é o disciplinamento da aplicação
de recursos através da estipulação
dos prazos.
Na prática, conforme a Afubra,
a medida em um primeiro momento
não se refletirá na diminuição das
lavouras de fumo. O que busca é
incentivar a diversificação, com a
aplicação dos recursos financiados
em outras culturas, e estipulação
de metas graduais em cima des-
tes projetos que contaram com a
destinação do Pronaf. “Ou seja, até
a safra 2014/2015, 45% do rendi-
mento da propriedade tem que vir
do valor da atividade financiada.”
Atualmente, conforme dados do
Sindicato Sindicato Interestadual
da Indústria de Tabaco (Sindi-
Tabaco), são 187 mil produtores
integrados a indústrias fumagei-
ras na região Sul do Brasil, que
têm no fumo sua principal fonte
de renda. Segundo pesquisa da
Afubra, mesmo ocupando, em
média, 16% da área cultivada nas
propriedades, o tabaco represen-
tou, em 2011, 56% dos ganhos de
742 mil pessoas no meio rural no
Rio Grande do Sul, Santa Catarina
e Paraná. O restante é distribuído
entre pastagens (23%), mata nati-
va (17,8%), milho (16%), mata re-
florestada (11,4%), outras culturas
(8%), açudes e áreas de descanso
(5,8%) e feijão (2%).
Afubra garante que produtores não precisam temer novas medidas
marcílio drescher, tesoureiro da afubra
Jansle appel Junior
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ulg
ação
afu
bra
quarta-feira, 25 De juLho De 20126
Para o setor do tabaco,
o mês de julho marca
duas importantes da-
tas. O Dia do Colono
e do Motorista, dois importantes
integrantes da cadeia produtiva, e
a divulgação do primeiro relatório
do Programa Crescer Legal, ini-
ciativa do SindiTabaco (Sindicato
Interestadual da Indústria do Ta-
baco), empresas associadas e a
Afubra (Associação dos Fumicul-
tores do Brasil) com o objetivo de
combater o trabalho de menores
de 18 anos na cultura do tabaco.
Já em seu primeiro ano, o
programa impactou mais de 200
mil produtores que receberam as
cartilhas educativas. De forma
complementar, a mensagem foi
disseminada entre os mais de 6
mil participantes dos eventos do
Ciclo de Conscientização, rea-
lizados em 16 municípios entre
2009 e 2011. Em 2012, o 4º Ciclo
de Conscientização está em an-
damento. Além disso, por meio
de uma extensiva campanha de
mídia, os produtores receberam
dicas e informações sobre segu-
rança e saúde do produtor nas
etapas de produção do tabaco,
assim como sobre os benefícios
da educação para os filhos dos
produtores integrados. Foram
veiculados, somente no ano de
2011, nos três estados da região
sul, mais de 5,8 mil anúncios, em
144 veículos de comunicação,
entre os quais TV, rádio e jornais.
“Estamos muito satisfeitos
com os resultados alcançados,
mas esperamos ampliar estas
ações com o apoio da comuni-
dade e dos órgãos públicos nos
municípios em que o tabaco é
produzido”, ressalta o presidente
do SindiTabaco, Iro Schünke. Na
região Sul do Brasil, o tabaco
está presente em 704 (dos 1188)
municípios.
E os produtores gaúchos
podem se orgulhar. De acordo
com o procurador do Ministério
Público do Trabalho (MPT-RS),
Veloir Fürst, usar os filhos na
produção do tabaco era uma
questão cultural. “Com as cam-
panhas de conscientização, os
produtores mudaram esta prática,
principalmente no Rio Grande do
Sul. De 2000 para cá, embora
tenha dobrado a área plantada, o
número de incidência do trabalho
infantil no tabaco reduziu 58% no
Estado gaúcho. Foi o resultado
mais expressivo em todo o Brasil,
considerando todos os setores”,
destaca. Para saber mais, aces-
se: www.crescerlegal.com.br.
Tabaco tem o maior índice de redução de trabalho infantil no RSandreoli msl brasil
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Crescer Legal
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quarta-feira, 25 de julho de 2012 7
Crescer Legal
Ainda dentro do 4º Ciclo de
Conscientização sobre saúde e se-
gurança do produtor e proteção da
criança e do adolescente, promovi-
do anualmente pelo SindiTabaco,
os temas relacionados à saúde e
segurança do produtor foram apre-
sentados à comunidade em Ilópolis,
no último dia 12, em um vídeo com
orientações sobre a importância da
utilização correta do pulverizador,
do equipamento de proteção indi-
vidual e principais recomendações
na preparação da calda e aplicação
de agrotóxicos recomendados para
a cultura.
Temas conhecidos para Alexan-
dre Bernadon Belani, de 24 anos,
produtor de tabaco na localidade
de Santos Filhos, de Putinga. Ele
e o irmão de 22 anos tocam a pro-
priedade do pai, produtor há mais
de 40 anos. “Nós utilizamos o EPI
e estamos sempre participando
de treinamentos. Quem não vem
perde conhecimento”, diz. Belani
já está bem conscientizado sobre
os temas. Ele ainda não tem filhos,
mas no futuro pretende tê-los. Sobre
a legislação brasileira, que estabe-
lece que na cultura do tabaco só é
permitido trabalhar após os 18 anos,
ele tem clareza. “Lugar de criança
é na escola. Na nossa época não
existia essa legislação, mas hoje,
percebemos a importância das
crianças e adolescentes estarem na
escola. Não vou querer meus filhos
com sequelas de saúde por não ter
esperado a hora certa de trabalhar.
Tudo tem seu tempo”, avaliou.
Quem concorda é o procurador
do Ministério Público do Trabalho
(MPT-RS), Veloir Fürst. Segundo
ele, usar os filhos na produção do
tabaco era uma questão cultural. “O
principal argumento era o de que o
filho precisava trabalhar para apren-
der. Hoje não se tem mais esta ideia.
Mesmo sem trabalhar, a criança tem
condições de ver como é a atividade
do pai. É como o filho de motorista:
ele não dirige para aprender, ele
apenas observa o pai”, exemplifica.
“No Brasil não se pode trabalhar em
qualquer atividade até os 16 anos,
exceto na condição de aprendiz,
com acompanhamento do Sistema
S (Senar, Senai, etc.). Contudo, o
país é signatário de uma conven-
ção da OIT (Organização Mundial
do Trabalho), que estabelece as
piores formas de trabalho e proíbe
estas atividades dos 16 aos 18 anos,
entre elas o tabaco”, explicou. “Por
este motivo, na cultura do tabaco, o
trabalho só é permitido para maiores
de 18 anos”, destacou Fürst. Os
temas foram resgatados no final
do evento, com a apresentação
teatral Rádio Fascinação, do grupo
Espaço Camarim. Esta é a quarta
edição do Ciclo, que já percorreu
21 cidades da Região Sul do Brasil.
“Tudo tem seu tempo”, diz agricultor
alexandre bernardon belani
quarta-feira, 25 De juLho De 20128
O ano de 2012 marca
uma conquista funda-
mental para os moto-
ristas, especialmente
os que trabalham em trajetos de
longa distância no transporte de
cargas ou de passageiros. A Lei
12.619 regulamentou a profissão,
o que repercutiu principalmente na
exigência do controle de jornada
pelas empresas - que pode ser feito,
por exemplo, com dispositivos como
rastreador e tacógrafo, investindo
na qualidade da frota.
Outro item incorporado na nova
lei é o direito a repouso de 11 horas
a cada 24 trabalhadas e intervalo
mínimo de uma hora para cada
quatro ininterruptas no volante.
Segundo Paulo João Estausia, pre-
sidente da Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Transportes
(CNTT), essas são antigas reivin-
dicações da categoria, para que se
tenha um «trabalho mais digno»,
sem a necessidade de jornadas ex-
tenuantes e que levam o profissional
a fazer, muitas vezes, uso de drogas
para se manter acordado e chegar
rápido ao destino.
As novas regras, principalmente
no que diz respeito à redução de
jornada, têm ainda o objetivo de
reduzir acidentes. O Brasil possui
2,3 milhões de caminhões registra-
dos. Segundo a Polícia Rodoviária
Federal (PRF), 66.576 ocorrências
(de um total de 192.188 casos)
envolveram veículos de carga em
2011, com 9.621 feridos e 1.222
mortos. “Do total de acidentes em
que há a participação de veículos de
carga, 93% são provocados pelos
próprios motoristas”, afirma Dirceu
Rodrigues Alves Júnior, chefe do
Departamento de Medicina de Trá-
fego Ocupacional da Associação
Brasileira de Medicina de Tráfego
(Abramet).
A legislação procura ser uma
garantia para o empregado. No
entanto, também estabelece res-
ponsabilidades aos profissionais,
que poderão se submeter a testes
e a programas de controle de uso
de drogas e de bebida alcoólicas,
instituídos pelo empregador. Por
outro lado, a exigência de paradas
para descanso trará a necessidade
de melhorias de infraestutura. Para
isso, especialistas apontam que é
preciso cobrar dos governos me-
lhores condições nas estradas para
alojamento e alimentação.
AUTÔNOMOS
Houve avanços para os trabalha-
dores, mas a lei não agradou total-
mente a categoria. Quem garante é
Avanço
Motorista: uma profissão reconhecida por leiJansle appel Junior
a União Nacional dos Caminhonei-
ros (Unicam). Segundo a entidade,
não se aplica aos caminhoneiros
autônomos, contemplando apenas
quem tem registro em carteira. Es-
timativas apontam que, atualmente,
os autônomos representam 50% da
frota, o que deixa uma significativa
parcela de trabalhadores sem o
amparo da regulamentação.
Exigências para motoboys passam a ser cobradas
Outra categoria de motoristas
profissionais também ganhou re-
gulamentação: os motofrentistas,
popularmente conhecidos como
motoboys. Desde agosto do ano
passado só pode atuar nesta
função o profissional que tiver
passado por curso especializa-
do e estiver adequado às novas
regras do Conselho Nacional
de Trânsito (Contran). Apesar
de prestes a completarem um
ano, as regras passarão a ser
cobradas como exigência, efeti-
vamente, a partir do próximo dia
4 de agosto.
Segundo a resolução 356 do
Contran, a motocicleta deverá
ser registrada na categoria de
aluguel, ter instalado protetor
de motor, aparador de linha do
tipo antena e dispositivo para
transporte de carga (baú) regu-
lamentado pelo órgão. O veículo
deverá ser submetido a visto-
rias semestrais, estabelecendo
assim os requisitos mínimos
de segurança para mototáxi e
motofrete.
O motoboy ou mototaxista
precisa ter 21 anos, estar habili-
tado no mínimo há dois anos na
categoria A ou AB com obser-
vação “Motofrentista”, não estar
cumprindo suspensão do direito
de dirigir e nem cassação da
Carteira nacional de Habilitação
(CNH). Além disso, deve usar
capacete e colete com dispo-
sitivos refletivos. A pena para
quem descumprir as regras vai
de multa e apreensão do veículo.