Cad Enem 2009 2aaplic Dia 1 - Branco
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1 Este CADERNO DE QUESTES contm 90 questes, numeradas de 1 a 90 e dispostas da seguinte maneira: a. as questes de nmero 1 a 45 so relativas rea de
Cincias da Natureza e suas Tecnologias; b. as questes de nmero 46 a 90 so relativas rea de
Cincias Humanas e suas Tecnologias. 2 Marque no CARTO-RESPOSTA, no espao apropriado, a
opo correspondente cor desta capa: 1-Azul; 2-Amarelo; 3-Branco ou 4-Rosa. ATENO: se voc assinalar mais de uma opo de cor ou deixar todos os campos em branco, sua prova no ser corrigida.
3 Verifique no CARTO-RESPOSTA se os seus dados esto registrados corretamente. Caso haja alguma divergncia, comunique-a imediatamente ao aplicador.
4 Aps a conferncia, escreva e assine seu nome nos espaos prprios do CARTO-RESPOSTA com caneta esferogrfica de tinta azul ou preta.
5 No dobre, no amasse, nem rasure o CARTO-RESPOSTA. Ele no poder ser substitudo.
6 Para cada uma das questes objetivas, so apresentadas 5 opes, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente questo. Voc deve, portanto, assinalar apenas uma opo em cada questo. A marcao de mais de uma opo anula a questo, mesmo que uma das respostas esteja correta.
7 No CARTO-RESPOSTA, marque, para cada questo, a letra correspondente opo escolhida para a resposta, preenchendo todo o espao compreendido no crculo, com caneta esferogrfica de tinta azul ou preta.
8 O tempo disponvel para estas provas de quatro horas e trinta minutos. O participante com necessidades educacionais especiais que, por esse motivo, precise de maior tempo para a realizao das provas dispor de uma hora a mais para realiz-las, desde que tenha comunicado previamente a sua necessidade ao INEP.
9 Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcaes assinaladas no CADERNO DE QUESTES no sero considerados na avaliao.
10 Quando terminar as provas, entregue ao aplicador este CADERNO DE QUESTES e o CARTO-RESPOSTA.
11 Voc somente poder deixar o local de prova aps decorridas duas horas do incio da sua aplicao. Caso permanea na sala por, no mnimo, quatro horas aps o incio da prova, voc poder levar este CADERNO DE QUESTES.
12 Voc ser excludo do exame caso: a. utilize, durante a realizao da prova, mquinas e(ou)
relgios de calcular, bem como rdios, gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espcie;
b. se ausente da sala em que se realiza a prova levando consigo o CADERNO DE QUESTES e(ou) o CARTO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido;
c. aja com incorreo ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicao das provas;
d. se comunique com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;
e. apresente dado(s) falso(s) na sua identificao pessoal.
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 2 ENEM 2009
CINCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Questes de 1 a 45
Questo 1
A seca extrema que atingiu a regio amaznica em 2005 provocou problemas de sade em 90% da populao pobre de Rio Branco (AC). A principal causa foi a fumaa liberada, em grandes quantidades, pelas queimadas, que se intensificaram devido ao clima. A concentrao de fumaa ficou trs vezes maior que o limite crtico estabelecido pelo Ministrio do Meio Ambiente, e a de fuligem, mais do que dobrou.
Cincia hoje, Rio de Janeiro, v. 42, n.. 252, p.54, set./2008 (adaptado).
A fumaa liberada pelas queimadas
A responsvel pelos altos ndices pluviomtricos na regio amaznica.
B possui gases do efeito estufa e pode influenciar a temperatura global.
C pode tornar-se menor medida que as fronteiras agrcolas do pas aumentarem.
D til para a formao de nuvens, na manuteno da umidade relativa caracterstica da regio.
E maior no perodo de cheias, pois possui mais matria orgnica que no perodo de estiagem.
Questo 2
Hoje em dia, no raro encontrar sacolas plsticas preenchidas com apenas um ou dois produtos. E no s no supermercado: da padaria locadora de filmes, o consumidor est sempre diante de uma sacola, mesmo que ela no seja to necessria assim. A cada ms, cerca de 1,5 bilho de sacolas consumido no Brasil. Isso significa 50 milhes por dia e 18 bilhes ao ano. No toa, portanto, que o uso indiscriminado de sacolas virou um dos alvos preferidos dos ambientalistas.
Revista Sustenta. So Paulo: Editora Confiana, n. 1, out. 2008, p. 61 (adaptado).
Os ambientalistas consideram o uso excessivo de sacolas plsticas um risco ambiental, pois
A o uso de materiais descartveis incrementa o consumo.
B o plstico derivado do petrleo, recurso natural escasso.
C as sacolas se transformam em lixo de difcil decomposio.
D o risco de contaminao do solo e do subsolo por gases txicos aumenta.
E o consumo de produtos industrializados estimulado, em detrimento do consumo dos produtos artesanais.
Questo 3
Os clorofluorcarbonetos (CFCs) so
substncias formadas por molculas que contm
tomos de carbono, flor e cloro. Descobertos em
1930, eram considerados uma maravilha, pois
substituam, com grande eficincia, a amnia, utilizada
em refrigeradores. A amnia txica e tem odor
desagradvel, ao passo que os CFCs so inertes e
no causam problemas aos seres humanos.
Consequentemente, as fbricas de geladeiras
rapidamente passaram a utilizar os CFCs. No entanto,
em 1974, dois qumicos Mrio Molina e Sherwood
Rowland descobriram que esses gases reagiam
com o O3 da camada de oznio, causando srios
problemas ambientais e aos seres vivos.
O que pode ser feito para evitar problemas ambientais
devido utilizao dos clorofluorcarbonetos?
A Aumentar o preo dos refrigeradores, para
desestimular o consumo.
B Banir a utilizao de gases refrigerantes, j que
todos causam problemas.
C Substituir gradativamente os CFCs por outros gases
que no agridam a camada de oznio.
D Parar de utilizar CFCs em refrigeradores e utiliz-los
apenas em embalagens como a de spray para
cosmticos.
E Comprar motores para refrigeradores em pases nos
quais a legislao no proba a utilizao desses
gases.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 3 ENEM 2009
Questo 4
Entende-se por ciclo hidrolgico a
movimentao que a gua, em seus trs estados,
slido, lquido e gasoso, realiza entre os trs grandes
reservatrios existentes na Terra, a atmosfera, os
oceanos e os continentes. O sol fornece a energia
para proporcionar essa movimentao, uma vez que
tal energia aumenta as demandas por evaporao da
gua lquida ou por derretimento quando em seu
estado slido. O aquecimento global, que est
ocorrendo por causa do aumento dos gases
causadores do efeito estufa, tem provocado:
i. derretimento do gelo das geleiras nas regies
polares;
ii. aumento da umidade na atmosfera em
aproximadamente 6% para cada grau de
aumento na temperatura mdia da Terra;
iii. mudanas no regime climtico das vrias
regies, algumas ficando mais ridas, e
outras, mais quentes, e, ainda, o aumento de
tempestades em outras regies.
OLERIANO, E.S.; DIAS, H.C.T. A dinmica da gua em microbacias hidrogrficas
reflorestadas com eucalipto.
Anais I Seminrio de Recursos Hdricos da Bacia Hidrogrfica do Paraba do Sul: o
Eucalipto e o Ciclo Hidrolgico, Taubat, Brasil, 07-09 novembro 2007, IPABHi, p. 215-222.
Disponvel em: http://www.agro.unitau.br/serhidro/doc/pdfs/215-222.pdf. Acesso em: 25 jun.
2008 (adaptado).
O aquecimento global est
A provocando o aumento do nvel dos oceanos devido
ao derretimento das geleiras.
B diminuindo nos ltimos anos devido menor emisso
dos gases causadores do efeito estufa.
C mudando o regime climtico nas vrias regies da
Terra, ao diminuir a umidade atmosfrica.
D provocando uma mudana no clima da Terra e,
consequentemente, espera-se, nos prximos anos, a
diminuio nas tempestades.
E afetando o ciclo hidrolgico, que a movimentao
que a gua no estado slido e gasoso realiza entre a
atmosfera, os oceanos e o continente.
Questo 5
O flor tem sido adicionado gua para
prevenir cries. Contudo, o Conselho Nacional de
Pesquisas norte-americano publicou um relatrio em
que a adio de flor na gua condenada. O
relatrio concluiu que o atual limite de fluoreto na gua
potvel, indicado pela Agncia de Proteo Ambiental
norte-americana 4 mg/L deveria ser diminudo por
causa dos altos riscos, tanto para crianas como para
adultos. O fluoreto, apesar de prevenir uma doena,
acaba causando outras, pois age sobre os tecidos do
corpo que contm clcio e 99% do fluoreto ingerido
no so excretados, permanecendo no corpo. FAGIN, D. Controvrsias sobre o flor. Scientific American Brasil. Edio 69. Fevereiro
de 2008. Disponvel em:
http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/controversias_sobre_o_fluor_4.html. Acesso em:
08 nov. 2008 (adaptado).
Os mdicos do posto de sade de uma pequena
cidade comearam uma pesquisa e perceberam que
uma parcela dos cidados apresentava problemas nas
articulaes e vrios tipos de deformidades na arcada
dentria. Suspeitando que a gua da regio pudesse
possuir mais fluoreto que o permitido pela Agncia de
Proteo Ambiental, os mdicos deveriam ter
A pedido aos pacientes que bebessem diariamente
mais gua dessa regio.
B diminudo o atendimento s pessoas com essas
patologias e atendido apenas os casos graves.
C ficado indiferentes situao e ter feito o tratamento
dos pacientes conforme o caso.
D realizado mais exames nos pacientes e ter pedido o
exame da gua da regio, alertando as autoridades,
se necessrio.
E tomado medidas para proteger exclusivamente o
meio ambiente fsico, a fauna e a flora, que estariam
sendo agredidos pela presena de fluoretos na gua.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 4 ENEM 2009
Questo 6
Analise a seguinte histria em quadrinhos.
A doena de Chagas uma parasitose
causada por um protozorio, o Trypanosoma cruzi,
transmitido por um inseto, o barbeiro (Triatoma
infestans), citado pelo Chico Bento na histria em
quadrinhos acima. Atualmente, as autoridades
sanitrias brasileiras esto preocupadas porque, alm
da forma tradicionalmente conhecida de transmisso,
em casas de barro da zona rural, surgiram focos
isolados associados ao consumo de alimentos, como
o aa e a cana-de-acar, em 2007 e 2008. Nesses
casos, a transmisso para o homem se deu pela
ingesto do prprio inseto contaminado.
O Estado de So Paulo, 30/12/2008 (adaptado).
Na forma endmica tradicional do Mal de Chagas, o T.
cruzi transmitido quando o barbeiro
A penetra na pele do homem e pe ovos.
B coloca o protozorio nas vias respiratrias do ser
humano.
C pica o homem e transmite o protozorio de suas
fezes para a rea picada.
D infecta o homem por meio de leses na pele durante
o banho em lagoas de gua parada.
E entra em contato com seres humanos a partir das
fezes de animais diversos, onde geralmente
encontrado.
Questo 7
Algumas atividades humanas tm adicionado atmosfera quantidades significativas de gases que contribuem para o aumento do efeito estufa, ocasionando mudanas climticas, como a elevao da temperatura mdia global. Prev-se um aumento de temperatura entre 1,4 e 5,8 C e do nvel global do mar entre 0,09 m e 0,88 m at 2100, alm de aumento na mdia anual de precipitao e de evaporao em nosso sculo. Fenmenos biolgicos como a interao insetos-plantas podem ser afetados: os calendrios de florao, maturao de frutos e quebra de dormncia das sementes dos vegetais e de passagem das diversas fases dos insetos vm sendo alterados. Com isso, algumas plantas ficam prontas para a polinizao sem que seus polinizadores estejam prontos, ou vice-versa.
BESUNSAN, N. O desafio das mudanas climticas. In: Seria melhor mandar ladrilhar? Biodiversidade: como, para que e por que. Ed. UnB/Petrpolis, 2008 (adaptado).
Com base no texto, os impactos das mudanas climticas previstos em nvel mundial
A sero significativos apenas a partir de 2100, quando o nvel global do mar ultrapassar o valor de 0,88 m, trazendo, ento, consequncias como a reduo de praias e o aumento da salinidade marinha.
B iro gerar pequenos efeitos na biodiversidade, visto que a extino de espcies sensveis ao aquecimento global ser compensada pelo surgimento de outras, mais tolerantes s temperaturas mais elevadas.
C sero mnimos na agricultura, visto que, com as tecnologias disponveis, perfeitamente possvel a produo de frutos e sementes sem a presena dos polinizadores naturais das plantas de interesse econmico.
D aumentam com o tempo e atingem diversos parmetros, desde climticos, como aumento de temperatura, precipitao e evaporao, at biolgicos, interferindo no ciclo de vida das espcies e nas suas interaes.
E decorrem de fenmenos naturais, como o aumento da concentrao de gases por atividade industrial, cujo efeito, na biodiversidade, se manifesta apenas nas espcies de pequeno porte, como insetos polinizadores.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 5 ENEM 2009
Questo 8
Muitas so as causas para a diminuio e a
consequente extino de diversas espcies vegetais e
animais, entre as quais se destacam as provenientes
da interveno humana, tais como poluio, uso
abusivo dos recursos naturais, expanso da fronteira
agrcola, crescimento urbano-industrial. A cada ano,
aproximadamente 17 milhes de hectares de floresta
tropical so desmatados. Estimativas sugerem que, se
isso continuar, entre 5% e 10% das espcies que
habitam as florestas tropicais estaro extintas nos
prximos 30 anos. Em razo de tais fatores, os pases
desenvolvidos, muitos dos quais j tm sua
biodiversidade comprometida, tm voltado a sua
ateno para o Brasil, em relao sua poltica de
conservao da biodiversidade. WWF. O que biodiversidade? Disponvel em:
http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/biodiversidade/. Acesso em: 06
dez. 2008 (adaptado).
Considerando-se a importncia da biodiversidade para
a preservao da vida, correto afirmar que
A a alarmante preocupao com a destruio da
biodiversidade improcedente, j que os
ecossistemas tropicais tm capacidade de
regenerao.
B uma possvel alternativa extino de espcies
nativas nos ambientes tropicais seria a introduo de
espcies exticas em substituio quelas que foram
extintas.
C a elevada diversidade das florestas tropicais, apesar
das taxas de extino estimadas, impede que os
ecossistemas sejam afetados pelo desaparecimento
de espcies animais.
D o consumo de produtos florestais nos pases
desenvolvidos exerce pouca presso sobre a
biodiversidade brasileira, devido ao maior nvel de
conscientizao naqueles pases.
E a cultura de florestas, tendo em vista dada a
necessidade de preservao e manuteno da
biodiversidade em nvel global, seria uma forma de
reduzir a presso sobre a biodiversidade das
florestas nativas.
Questo 9
Ao invs de se preocuparem com a questo de serem os vrus seres vivos ou no, os bilogos moleculares se interessam em observar o modo pelo qual eles desvirtuam, em seu prprio benefcio, o funcionamento de uma clula, desencadeando doenas. Ao infectar uma clula, o vrus perde seu invlucro e leva o sistema de duplicao do material gentico da clula a reproduzir seu prprio cido nuclico e a produzir protenas virais.
VILLARREAL, L. Afinal os vrus so seres vivos? Scientific American Brasil, n. 28 p. 21-24, 2008 (adaptado).
Considerando-se as caratersticas fisiolgicas do vrus, infere-se que
A o organismo por ele infectado um animal. B o material gentico do vrus DNA. C o hospedeiro morrer logo aps a infeco. D o vrus pode existir, tambm, na forma de vida livre. E seu material gentico altera o metabolismo da clula
hospedeira. Questo 10
Os liquens so associaes simbiticas, geralmente mutualistas, entre algas e fungos. Como alguns desses organismos so muito sensveis poluio ambiental, os liquens tm sido usados como bioindicadores da qualidade do ar. Suponha que determinada rea apresentava grande diversidade de liquens. Porm, aps a instalao de uma indstria no local, que passou a emitir grande quantidade de poluentes atmosfricos, tenha-se observado o aumento da abundncia de certos liquens, mas uma reduo geral da diversidade dos liquens. A queda da diversidade de liquens relatada acima
A indica que, para se preservarem algumas espcies de liquens, devem-se eliminar outras.
B deve-se ao aumento da abundncia de alguns liquens que so competidores.
C indica que nem todos os liquens so igualmente sensveis ao impacto ambiental.
D um processo normal, pois vem acompanhada de aumento na abundncia de alguns liquens.
E deve-se ao fato de que a maioria dos liquens tem um sistema excretor eficiente para evitar que poluentes se acumulem em suas clulas.
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 6 ENEM 2009
Questo 11
O processo de radiao de alimentos consiste em submeter os alimentos, j embalados ou a granel, a uma quantidade controlada de radiao ionizante, por determinado perodo de tempo. Esse procedimento no aumenta o nvel de radioatividade normal dos alimentos. A aplicao de uma dose de radiao normalmente resulta na morte de insetos, bactrias, fungos e leveduras, aumentando, assim, o tempo de conservao dos alimentos, e pode retardar a maturao de algumas frutas e legumes, sendo possvel, assim, aumentar seu perodo de armazenamento.
Em relao ao processo de conservao de alimentos descrito no texto, infere-se que
A frutas e legumes, quando submetidos a uma dose de radiao, apodrecem mais rapidamente.
B o processo de radiao de alimentos torna-os altamente radioativos e imprprios para o consumo humano.
C apenas os alimentos j embalados em recipientes adequados podem ser submetidos a uma dose de radiao ionizante.
D alimentos tratados com radiao ficam mais sensveis ao ataque de insetos, bactrias patognicas, fungos e leveduras.
E a aplicao da radiao em alimentos, com a eliminao de alguns agentes biolgicos, contribui para a melhor conservao dos alimentos.
Questo 12
Atualmente, o comrcio ilegal de vida silvestre, que inclui a fauna e seus produtos, movimenta de 10 a 20 bilhes de dlares por ano. a terceira atividade ilcita do mundo, depois do trfico de armas e de drogas. Pases em desenvolvimento so os principais fornecedores de vida silvestre, com parte de suas populaes sobrevivendo dessa atividade. O Brasil participa com cerca de 5% a 15% do total mundial, e a maioria dos animais silvestres comercializados ilegalmente proveniente das regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sendo escoada para as regies Sul e Sudeste pelas rodovias federais. Nos estados nordestinos, comum a presena de pessoas, nas margens das rodovias, comercializando esses animais. Os principais pontos de destino so os estados do Rio de Janeiro e de So Paulo, onde so vendidos em feiras livres ou exportados por meio dos principais portos e aeroportos dessas regies.
Primeiro relatrio nacional sobre o trfico de fauna silvestre. Disponvel em:
www.renctas.org.br/pt/informese/renctas_brasil_detail.asp?id=216. Acesso em: 26 ago. 2008. (adaptado).
O texto permite afirmar-se que o comrcio ilegal de vida silvestre
A se deve mais a fatores culturais do que a fatores econmicos.
B movimenta mais recursos financeiros que o trfico de armas e o de drogas.
C constitui importante fonte de renda para os pases em desenvolvimento.
D pouco expressivo no Brasil, se comparado ao dos pases em desenvolvimento.
E exemplo da relao entre condies socioeconmicas e impactos ambientais.
Questo 13
Com a onda de calor na Europa, as praias do mar Mediterrneo ficaram repletas de turistas e de guas-vivas. Na ilha de Mallorca, na Espanha, esses animais tiraram os visitantes da gua. Segundo a Cruz Vermelha, cerca de 3 mil pessoas foram tratadas s nessa regio espanhola, durante o vero. No mesmo mar Mediterrneo, s que em praias italianas, as guas-vivas espantaram banhistas e causaram prejuzos a quem vive de turismo. Um jornal declarou: "O mar ficou febril". Alm do calor excessivo, outro motivo que trouxe os animais para perto da costa foi a diminuio do nmero de predadores naturais, como tartarugas e golfinhos. As guas-vivas ou medusas so belas e leves 95% do seu corpo so formado por gua no entanto, suas clulas urticantes, que contm uma toxina utilizada para se defenderem de predadores e para imobilizarem presas, causam queimaduras e urticrias nos humanos.
Disponvel em: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,OI1090958-EI6580,00.html. Acesso em: 24 set. 2009 (adaptado).
O desequilbrio que acarretou a proliferao de guas-vivas nas praias do Mediterrneo est relacionado
A substituio das tartarugas e golfinhos por outros predadores naturais.
B ao aumento do nmero de turistas, que representou um atrativo s guas-vivas.
C deficincia de alimento disponvel para esses animais na regio do mar Mediterrneo.
D a alteraes no ambiente, tanto nas condies fsicas como nas relaes interespecficas.
E reduo do nmero de seus predadores, devido ao excesso de toxina liberada por suas clulas urticantes.
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 7 ENEM 2009
Questo 14
Os cientistas conseguem determinar a idade de um fssil com menos de 40.000 anos de idade utilizando o mtodo do carbono-14 (14C ) ou carbono radioativo. Isso feito a partir da relao existente entre a quantidade de 14C restante no fssil e a quantidade de 14C em uma espcie semelhante atual. Apesar de sofrer decaimento radioativo, a quantidade de carbono-14 na atmosfera, em particular em molculas de CO2, praticamente constante devido incidncia dos raios csmicos, que atingem a Terra a todo instante. Assim, por fazerem parte do ciclo do carbono, animais e vegetais mantm uma quantidade praticamente constante de carbono-14 em sua constituio enquanto esto vivos. Porm, quando morrem, cessa a entrada de carbono no organismo e esse nmero vai diminuindo medida que o carbono-14 vai decaindo radioativamente. A meia-vida do carbono-14, isto , o tempo necessrio para que metade dos tomos radioativos de uma amostra decaia, constante e de aproximadamente 5.730 anos.
Disponvel em: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI109680-EI1426,00.html.
Acesso em: 15 mar. 2009 (adaptado).
De acordo com o texto, para se descobrir a idade de um fssil que no poderia ter mais de 40.000 anos, relevante determinar A a meia-vida do carbono-14. B se o fssil animal ou vegetal. C se o fssil tem mais de 5.730 anos. D a quantidade de carbono-14 presente no fssil. E a relao entre as quantidades de carbono-14 em
uma parte do fssil e no fssil todo.
Questo 15
O quadro a seguir mostra algumas caractersticas de diferentes fontes de energia.
Fontes de
energia Caractersticas
I
Elevado custo para instalao da usina; alto potencial energtico; no emite gases de efeito estufa; alto risco para a sade da populao em caso de acidentes.
II
No renovvel; alto potencial energtico; alta emisso de gases de efeito estufa; alto risco para o meio ambiente em caso de acidentes.
III
Renovvel; menor custo de instalao da usina, se comparada de usinas que utilizam as demais fontes; menor emisso de poluentes; danos ao meio ambiente para implantao de monoculturas.
IV
Renovvel; alto custo para implantao; no emite poluentes; depende de fatores climticos para gerao da energia; no causa prejuzo ao meio ambiente.
No quadro, as caractersticas de I a IV, referem-se, respectivamente, s seguintes fontes de energia: A fssil, biomassa, elica e nuclear. B elica, fssil, nuclear e biomassa. C nuclear, biomassa, fssil e elica. D nuclear, fssil, biomassa e elica. E fssil, nuclear, biomassa e elica.
Questo 16
Considere a forma de funcionamento de um equipamento que utiliza um ciclo de transferncia de calor de um ambiente interno para um ambiente externo. Um fluido, normalmente um gs, circula por um sistema fechado dentro do ambiente interno, retirando o calor desse ambiente devido a um processo de evaporao. O calor absorvido pelo fluido levado para o condensador, que dissipa o calor conduzido pelo fluido para o ambiente externo. Esse fluido , ento, forado por um compressor a circular novamente pelo sistema fechado, dando continuidade ao processo de esfriamento do ambiente interno.
KUGLER, Henrique. Cincia Hoje. v. 42, n. 252. p. 46-47, set. 2008 (adaptado).
No texto acima, descreve-se o funcionamento bsico de um A isqueiro. B refrigerador. C nebulizador. D liquidificador. E forno de micro-ondas.
Questo 17
A caatinga est em risco: estudo revela que 59% da vegetao natural desse bioma j sofreram algum tipo de modificao por atividades humanas. Um problema que esse bioma enfrenta o fenmeno da desertificao. Segundo cientistas, medida que a agricultura avana na regio, esse fenmeno ganha maiores propores. Para os cientistas, essa constatao evidencia a grande necessidade de medidas urgentes para a preservao da caatinga, que hoje s tem 1% de sua rea includa em unidades de conservao.
Ferraz, M. Caatinga, muito prazer. Cincia Hoje, Rio de Janeiro; v. 42, n, 251, p. 46-47.
2008 (adaptado).
A caatinga pode ser considerada um ambiente frgil onde a desertificao A decorre da presena de solos ricos em nutrientes,
porm rasos. B deve-se presena de um lenol fretico extenso,
porm raso. C dever regredir nos prximos anos, devido ao regime
de chuvas da regio. D um problema de pouca importncia, pois atinge
poucas regies do bioma. E pode ser evitada mantendo-se a vegetao nativa,
que impede a ocorrncia desse fenmeno.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 8 ENEM 2009
Questo 18
Um estudo experimental mostrou que a cana-de-acar mantida em ambiente com o dobro da concentrao de CO2 realiza 30% a mais de fotossntese e produz 30% a mais de acar que a cana-de-acar que cresce sob a concentrao normal de CO2. Nas cmaras que mantinham esse ar rico em gs carbnico, cresceram plantas tambm mais altas e mais encorpadas.
Revista da Fapesp, N. 148, junho de 2008, p. 40-45.
Depreende-se do texto que o CO2
A incorporado para produo de biomassa B emitido completamente durante a respirao. C concentrado no ambiente para reduzir a fotossntese. D removido do ambiente apenas pelas plantas mais
altas. E absorvido em maior quantidade sob concentrao
normal.
Questo 19
Para que um produto seja vendido como orgnico, a unidade produtora deve passar por um perodo de converso, que, no caso do caf, pode durar at trs anos, deixando o agricultor com poucas alternativas de produo durante esse tempo. Outro aspecto importante a preservao das caractersticas orgnicas do produto durante as fases de beneficiamento e comercializao, diante do risco de contaminao. O caf orgnico tem sua competitividade diretamente ligada minimizao dos gastos com insumos por meio do aproveitamento de resduos orgnicos pelo valor que agregam ao produto. Com isso, a cafeicultura orgnica apresenta alta eficincia no sistema de produo, relacionada ao estado nutricional do produto e fertilidade do solo das lavouras.
Disponvel em: http://www.custoseagronegocioonline.com.br/numero1v2/Custos%2520do%2520cafe%252
0organico.pdf. Acesso em: 2 dez. 2008 (adaptado).
Apesar do custo mais alto, uma das vantagens do caf organicamente cultivado
A a tcnica de cultivo, que favorece a conservao do solo.
B a eliminao dos resduos orgnicos, que agrega valor ao produto.
C o perodo curto de converso de uma propriedade no orgnica em orgnica.
D a manuteno de suas caractersticas orgnicas, embora seja perdido o seu valor nutricional.
E a remota possibilidade de contaminao durante o processo de distribuio e comercializao.
Questo 20
Meses depois de deixar o convs do Beagle,
Darwin estabeleceu-se em Londres, o corao da
Inglaterra. Ansioso para se juntar aos verdadeiros
naturalistas, Darwin mergulhou no trabalho de redigir
a sua pesquisa, realizada durante a viagem no Beagle.
Enquanto isso, uma grande ideia estava tomando
forma em sua mente. Ser que suas reflexes iniciais
a bordo do navio estavam certas? Era possvel que
novas espcies pudessem surgir de velhas espcies?
Se fosse possvel, como isso poderia ter acontecido?
Fragmento extrado do Material Educativo da Exposio. Darwin Descubra o Homem e a
Teoria Revolucionria que Mudou o Mundo. Instituto Sangari, s/d.
Vrios anos aps o trmino de sua viagem ao redor do
mundo a bordo do Beagle, Charles Darwin publicou sua
revolucionria teoria da evoluo das espcies por meio
da seleo natural. Graas s reflexes do cientista
durante a viagem mencionada no texto, hoje se sabe que
A as mutaes so o nico fator responsvel pela
variabilidade gentica nos seres vivos.
B a seleo natural o nico mecanismo conhecido
responsvel pelas mudanas evolutivas nos seres
vivos.
C os indivduos de uma populao natural so todos
iguais entre si, apresentando forma e comportamento
imutveis.
D o uso frequente de determinado rgo ou parte do
corpo conduz sua hipertrofia, caracterstica mantida
na prole.
E algumas caractersticas podem contribuir para a
sobrevivncia e reproduo de certos indivduos em
determinado ambiente.
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 9 ENEM 2009
Questo 21
Pesquisador do Instituto Pasteur, Louis Calmette
desenvolveu um soro contra picada de cobras najas
do sudeste asitico, fabricado na Frana, desde 1894.
Pouco depois, o mineiro Vital Brazil pesquisou soros
especficos para jararaca e cascavel junto equipe do
recm-criado Instituto Butantan. O valor cientfico de
suas descobertas difundiu-se apenas em 1915,
quando o soro antiveneno da Crotalus terrificus foi
aplicado em um funcionrio do zoolgico de Nova
Iorque, picado por Crotalus atrox do Texas. O fato foi
noticiado e comentado nos jornais da poca. Pelo
relato de Vital Brazil, ficamos sabendo que o
permanganato de potssio e o soro Calmette j
haviam sido empregados, sem que o estado do doente
se modificasse para melhor. A ao do soro especfico
no se fez esperar: seis horas aps a sua aplicao, o
doente comeou a melhorar, e, 12 horas depois, era
considerado livre do perigo.
REZENDE, J. Caminhos da medicina: providencial coincidncia na histria do
ofidismo. Disponvel em: http://www.usuarios.cultura.com.br/jmrezende/vitalbrazil.html.
Acesso em: 30 abr. 2008.
Como o soro antiveneno de Calmette no funcionou, a
surpresa dos cientistas e do pblico em relao cura
do funcionrio deveu-se ao fato de, naquela poca,
conhecer-se pouco
A o efeito da vacina no processo de cura, ao se
combaterem invasores e toxinas.
B a biotecnologia, que teria permitido a identificao
das protenas correspondentes aos genes.
C o uso de antisspticos e calmantes como parte da
profilaxia e do tratamento de picada de cobra.
D a atuao dos soros no organismo, que forneceriam
anticorpos apropriados para se neutralizar antgenos.
E a taxonomia de Lineu, que era pouco valorizada
porque apresentava cascavis brasileiras e texanas
em uma mesma famlia de serpentes.
Questo 22
A luz solar que atinge a parte superior da atmosfera terrestre chega a uma taxa constante de 135,2 mW/cm. Dessa radiao, apenas 50% conseguem chegar superfcie, pois parte dela refletida pelas nuvens e absorvida pela atmosfera. A radiao solar pode ser aproveitada para aquecer gua de reservatrios, entre outras aplicaes. Um sistema bsico para transformar energia solar em trmica ilustrado na figura ao lado acima. Esse sistema constitudo de coletores solares e de um reservatrio trmico, chamado boiler. Os coletores solares, geralmente, so feitos de materiais que absorvem bem a radiao solar, e o calor gerado nos coletores transferido para a gua que circula no interior de suas tubulaes de cobre. A gua aquecida armazenada no boiler. Dessa forma, a gua mantida quente para consumo posterior. A caixa de gua fria alimenta o boiler, mantendo-o sempre cheio.
Disponvel em: www.icb.ufmg.br. Acesso em: 22 jun. 2008 (adaptado).
correto afirmar que os coletores solares permitem boa economia de energia, pois
A se aplicam produo tanto de energia trmica quanto eltrica.
B constituem fonte energtica alternativa aos combustveis fsseis usados no transporte.
C convertem energia radiante em energia trmica, que usada no processo de aquecimento da gua.
D permitem economizar at 135,2 mWh de energia eltrica, que seriam gastos com aquecimento eltrico.
E a energia luminosa coletada por eles pode ser usada para reduzir o nmero de lmpadas usadas no ambiente.
A B
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 10 ENEM 2009
Questo 23
Na era do telefone celular, ainda possvel se comunicar com um sistema bem mais arcaico e talvez mais divertido: o telefone com copos de plstico e barbante.
A onda sonora produzida pelo menino faz vibrar o fundo de um copo plstico, em um movimento de vai e vem imperceptvel, mas que cria uma perturbao ao longo do barbante esticado. O barbante, por sua vez, conduz o som at o outro copo. Essa perturbao faz vibrar o fundo do segundo copo plstico e a energia veiculada pelo barbante pode, assim, ser restituda sob a forma de uma onda sonora perceptvel. Assim, se a menina colocar o ouvido prximo ao outro copo, ela poder escutar a voz do menino de forma ntida.
Com relao ao assunto tratado no texto e na figura, conclui-se que
A a antena de um telefone celular exerce a mesma funo do barbante que une os dois copos de plstico.
B o telefone celular utiliza o mesmo princpio do telefone de copos plsticos e barbante para transmitir o som.
C as ondas do telefone com copos de plstico e barbante so ondas eletromagnticas, portanto, elas no precisam de um meio material para se propagar.
D o segredo para o telefone com copos de plstico e barbante funcionar est no barbante que une os dois fundos dos copos e conduz ondas mecnicas de um copo para o outro.
E a voz um sinal complexo constitudo de ondas sonoras de mesma frequncia. Por esse motivo, o receptor pode ouvir o emissor atravs da onda se propagando no fio do telefone com copos de plstico e barbante.
Questo 24
Para a seleo da tecnologia a ser utilizada na
produo de insumos energticos, quando se dispe
de mais de uma, deve-se levar em conta vrios fatores
de desempenho das tecnologias. Na produo de ferro
primrio, por exemplo, dispe-se da tecnologia da
Reduo Direta (RD), usando-se gs natural, e a do
Alto Forno (AF), a carvo vegetal. No grfico seguinte,
apresentada uma comparao entre as tecnologias
RD e AF considerando-se alguns fatores de
desempenho. Quanto maior for o valor associado ao
fator de desempenho, melhor ser o desempenho da
tecnologia para aquele fator.
Disponvel em: http:// www.scielo.br/scielo.php?pid=SO370-
44672007000300016&script=sei_arttext. Acesso em: 3 mar. 2009 (adaptado).
Considerando-se os fatores exibidos no grfico, o pior
desempenho da tecnologia RD, se comparada
tecnologia AF, est relacionado
A ao custo operacional.
B restrio ambiental.
C qualidade do minrio de ferro.
D ao tempo de maturao do projeto.
E agressividade da tecnologia ao meio ambiente.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 11 ENEM 2009
Questo 25
Antigamente, os homens que ficavam
menstruados e isolavam-se num tapirizinho perto da
aldeia. Um jovem guerreiro resolveu guardar o sangue
que escorria em um potezinho de barro. Passavam ao
largo mocinhas para ir ao rio tomar banho, espiando
curiosas. Uma delas caoava, sarcstica: Bem feito
para os homens, tm que ficar fechados, escorrendo
sangue, com inveja de ns, que passeamos
vontade... O rapaz ficou to vermelho de raiva quanto
o sangue que juntava no potinho. Pegou o talo de
capim, encheu-o de sangue como se fosse uma colher
e jogou o sangue no corpo dela. Acertou em cheio,
bem no meio das pernas. Nesse dia, as mulheres
todas ficaram menstruadas. Agora os homens, que
zombavam delas.
Tupari, E. E. A menstruao dos homens. In: MINDLIN, B. Moqueca de Maridos: mitos
erticos. 2ed. Rio de Janeiro: Record, Rosa dos Ventos, 1998 (adaptado).
O texto acima, que expressa um mito indgena, trata
de forma bastante diferente de se percebem a
menstruao de forma bastante diferente. Embora, no
mito indgena, a menstruao seja abordada como
algo negativo, ela considerada muito importante pois
A um momento do ciclo reprodutivo das mulheres em
que ocorre a eliminao das toxinas do corpo
feminino pelo sistema excretrio.
B um evento de limpeza do tero, local responsvel
pelo acolhimento do feto desde o momento da
fecundao do vulo pelo espermatozoide.
C nesse perodo que a mulher est mais frtil, havendo
mais chances de engravidar.
D a eliminao do endomtrio, revestimento que se
torna mensalmente mais espesso e rico em vasos
sanguneos, preparando-se para uma possvel
gravidez.
E o perodo em que o sistema imune feminino produz
maior nmero de anticorpos e, por isso, alguns
cuidados devem ser tomados pela mulher para evitar
contrair doenas.
Questo 26
International Water and Sanitation Center (Centro Internacional de gua e Saneamento). Disponvel em: http://www.irc.nl/index.php; http://esa.un.org/iys/. Acesso em: 01 abr. 2008
(adaptado).
A imagem acima, foi utilizada em uma campanha da Organizao das Naes Unidas para alertar sobre a falta de acesso de parcela significativa da populao gua e ao esgoto tratado mundial. Em relao a esse tema, a escolha da imagem A significativa, pois sugere que a construo de um
sanitrio pblico resolveria o problema de coleta e tratamento do esgoto e da contaminao dos cursos dgua e do lenol fretico.
B frgil, pois distorce as questes do acesso gua, a qual um recurso abundante, e os problemas de escassez e de falta de saneamento, restritos a um nmero reduzido de pases.
C indicativa de um fenmeno complexo, pois a alta densidade demogrfica em algumas regies, sem condies adequadas de acesso aos servios essenciais, impacta o meio ambiente e compromete a qualidade de vida.
D adequada, pois explora uma situao de contaminao dos recursos hdricos pelo despejo de fezes e urina in natura nos cursos dgua, fenmeno restrito s reas perifricas das grandes cidades dos pases perifricos.
E propcia para que se entenda o impacto ambiental nos grandes aglomerados urbanos, fenmeno que se repete nos pases mais ricos, fortemente afetados pela falta de saneamento, como evidenciam as ondas migratrias recentes.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 12 ENEM 2009
Questo 27
Considere que exista um gene com dois alelos: um dominante, que permite a expresso da cor, e um recessivo, que no permite a expresso da cor. Considere, ainda, que, em um oceano, existam duas ilhas prximas e que, na ilha 1, todos os ratos apresentem pelagem branca e, na ilha 2, todos apresentem pelagem selvagem. Nesse contexto, considere que a conseqncia de uma atividade vulcnica tenha sido o surgimento de uma ponte entre as duas ilhas, o que permitiu o transito dos ratos nas duas ilhas. Suponha que, em decorrncia disso, todos os acasalamentos tenham ocorrido entre ratos de ilhas diferentes e a gerao seguinte (F1) tenha sido composta exclusivamente de ratos com pelagem selvagem. Considerando-se que os acasalamentos para a formao da prxima gerao (F2) sejam ao acaso, correto afirmar que essa gerao ser constituda de ratos com pelagem A branca. B selvagem. C 50% branca e 50% selvagem. D 75% branca e 25% selvagem. E 75% selvagem e 25% branca.
Questo 28
Comeam a ser descritas as primeiras modificaes duradouras na estrutura molecular dos genes, causadas por influncias sociais e estmulos do ambiente. Algumas delas esto relacionadas ao eixo hipotlamo-hipfise-adrenal, eixo fisiolgico hormonal responsvel pelo controle do estresse, que est preservado em toda escala evolutiva nos vertebrados. Durante o estresse, quando esse eixo ativado, a glndula adrenal libera glicocorticides, que so hormnios responsveis pelos efeitos do estresse no organismo. H diversas comprovaes cientficas de ratas que lambem, estimulam e amamentam a ninhada durante o perodo neonatal e, com esse comportamento, propiciam que os filhotes, na fase adulta, respondam com menos sinais de ansiedade a situaes de estresse, e que repitam, com suas crias, cuidados semelhantes aos recebidos na fase neonatal. Isso possvel graas a comportamentos maternais que induzem alteraes moleculares em genes que so responsveis pela expresso de receptores cerebrais para glicocorticides dos filhotes, podendo diminuir a sensibilidade ou o nmero desses receptores.
Gentica e Comportamento Social. Folha de So Paulo, So Paulo, 3 jan. 2009 (adaptado).
De acordo com essas informaes, correto concluir que filhotes expostos ateno maternal na fase neonatal apresentam A menor ansiedade, pois aprenderam com as mes,
durante o perodo neonatal, a enfrentar situaes de estresse.
B maior sensibilidade da adrenal em situaes de estresse, o que acarreta maior liberao de glicocorticides.
C menor nmero de receptores cerebrais para glicocorticides na fase adulta, o que permite uma resposta com menos sinais de ansiedade a uma situao de estresse.
D receptores de glicocorticides mais eficientes ao interagirem com os hormnios do estresse, promovendo uma resposta mais pronunciada frente ao estmulo estressor.
E maior resposta do eixo hipotlamo-hipfise-adrenal em situaes de estresse, liberando maior quantidade de glicocorticides, o que faz aumentar a ansiedade.
Questo 29
O mercrio um metal muito utilizado, em indstrias e garimpos, para extrao de ouro. As perdas decorrentes da m utilizao desse metal atingem os ecossistemas aquticos e chegam ao homem quando este come peixes pescados em ecossistemas contaminados. O processo que torna o peixe prejudicial sade humana chamado bioacumulao, na qual a concentrao do mercrio aumenta em cada organismo ao longo da cadeia alimentar trfica, de modo que o homem consome alimento com alta concentrao de mercrio e, portanto, com alta toxicidade. A utilizao de mtodos de reaproveitamento do mercrio nas atividades industriais e mineradoras constitui importante medida de controle da poluio causada por esse metal e capaz de reduzir as consequncias nefastas para a biota aqutica e para a sade humana. Suponha que um curso d gua esteja contaminado por mercrio proveniente de local onde se desenvolvam atividades de garimpo. Nesse caso, ao se examinarem os seres que vivem nesse ambiente aqutico, possvel encontrar A maior concentrao de mercrio nos consumidores
primrios da cadeia alimentar. B baixssima concentrao de mercrio no pescado
consumido pelos seres humanos. C maior concentrao de mercrio nos animais que
esto no topo da cadeia alimentar. D alta concentrao de mercrio nos seres que
compem o zooplancton e o fitoplancton. E ausncia de mercrio nas plantas aquticas, pois
eles so seres que esto fora da cadeia trfica.
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 13 ENEM 2009
Questo 30
A China comprometeu-se a indenizar a Rssia pelo derramamento de benzeno de uma indstria petroqumica chinesa no rio Songhua, um afluente do rio Amur, que faz parte da fronteira entre os dois pases. O presidente da Agncia Federal de Recursos de gua da Rssia garantiu que o benzeno no chegar aos dutos de gua potvel, mas pediu populao que fervesse a gua corrente e evitasse a pesca no rio Amur e seus afluentes. As autoridades locais esto armazenando centenas de toneladas de carvo, j que o mineral considerado eficaz adsorvente de benzeno.
Disponvel em: http://www.jbonline.terra.com.br. Acesso em: 25 jun. 2008 (adaptado).
Levando-se em conta as medidas adotadas para a minimizao dos danos ao ambiente e populao, correto afirmar que
A o carvo mineral, ao ser colocado na gua, reage com o benzeno, eliminando-o.
B o benzeno mais voltil que a gua e, por isso, necessrio que esta seja fervida.
C a orientao para se evitar a pesca deve-se necessidade de preservao dos peixes.
D o benzeno no contaminaria os dutos de gua potvel, porque seria decantado naturalmente no fundo do rio.
E a poluio causada pelo derramamento de benzeno da indstria chinesa ficar restrita ao rio Songhua.
Questo 31
O cido acetilsaliclico (AAS) uma substncia utilizada como frmaco analgsico no alvio das dores de cabea. A figura abaixo a representao estrutural da molcula do AAS.
Considerando-se essa representao, correto afirmar que a frmula molecular do AAS
A C7O2H3COOH. B C7O2H7 COOH. C C8O2H3COOH. D C8O2H7COOH. E C8O2H16COOH.
Questo 32
A cincia prope formas de explicar a
natureza e seus fenmenos que, muitas vezes,
confrontam o conhecimento popular ou o senso
comum. Um bom exemplo desse descompasso a
explicao microscpica da flutuao do gelo na gua.
Do ponto de vista atmico, podem-se representar os
trs estados fsicos dessa substncia como nas
figuras a seguir, nas quais as bolas representam as
molculas de gua.
A B C
Considerando-se as representaes das molculas de
gua nos trs estados fsicos e seu comportamento
anmalo, correto afirmar que
A slidos afundam na gua.
B a interao entre as molculas est restrita ao estado
slido.
C a figura B a que melhor representa a gua no
estado lquido.
D a figura A a que melhor representa o gelo, ou seja,
gua no estado slido.
E aumenta a distncia entre as molculas da
substncia medida que a temperatura aumenta.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 14 ENEM 2009
Questo 33
Um experimento realizado na Floresta Nacional dos Tapajs, no Par, teve como objetivo identificar o papel da reduo das chuvas sobre a floresta Amaznica decorrente do aquecimento global. Para tanto, entre os anos de 2000 a 2004, foi simulada uma situao de seca severa em uma rea de vegetao nativa que media um hectare, denominada rea estudada. Os resultados obtidos foram comparados com os dados de outra rea com tamanho, vegetao e estrutura similar e que no havia sido exposta seca, denominada rea controle. Foi medida a quantidade de gua no solo das duas reas durante os perodos de chuva e de seca na floresta amaznica. A quantidade de gua (em milmetros) encontrada na rea estudada (pontos cinzas) e controle (pontos pretos) mostrada no grfico as seguir. As faixas verticais cinzas representam o perodo no qual os pesquisadores criaram uma seca artificial na rea estudada, durante os perodos chuvosos.
BRANDO, P. M. et al. Throughfall reduction experiment. In: Philosophical Transaction of
the Royal Society. B, v.363, 2008, p.1839-1848. Disponvel em: http://www.revistapesquisafapesp.br./?art=3772&bd=1&pg=1. Acesso em: 20 mar. 2009
(adaptado).
Analisando-se o grfico, que revela o resultado direto da metodologia usada para criar secas artificiais, observa-se que A no houve, durante o experimento, recuperao da
quantidade de gua no solo da rea estudada. B o volume de gua no solo da rea estudada, durante
todos os perodos de seca natural, foi significativamente menor que o da rea controle.
C uma demora de 4 anos observada, at que se perceba a eficcia da metodologia de induo das secas artificiais criadas pelos pesquisadores.
D a rea estudada apresenta um declnio efetivo na quantidade de gua no solo, causado pela seca induzida, o que evidente a partir do segundo ano de observao.
E a diferena mais significante entre as reas, durante os perodos de seca induzida, ocorreu entre os anos de 2002 e 2003, mostrando uma reduo, em mdia, em torno de 60% na quantidade de gua no solo.
Questo 34
O Inmetro procedeu anlise de garrafas
trmicas com ampolas de vidro, para manter o
consumidor informado sobre a adequao dos
produtos aos Regulamentos e Normas Tcnicas. Uma
das anlises a de eficincia trmica. Nesse ensaio,
verifica-se a capacidade da garrafa trmica de
conservar o lquido aquecido em seu interior por
determinado tempo. A garrafa completada com gua
a 90 C at o volume total. Aps 3 horas, a
temperatura do lquido medida e deve ser, no
mnimo, de 81 C para garrafas com capacidade de 1
litro, pois o calor especfico da gua igual a 1 cal/g
C.
Disponvel em: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/garrafavidro.asp. Acesso
em: 3 maio 2009 (adaptado)
Atingindo a gua 81 C nesse prazo, a energia interna
do sistema e a quantidade de calor perdida para o
meio so, respectivamente,
A menor e de 900 cal.
B maior e de 900 cal.
C menor e de 9.000 cal.
D maior e de 9.000 cal.
E constante e de 900 cal.
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 15 ENEM 2009
Questo 35
Em um experimento, um grupo de voluntrios
recebeu, inicialmente, alimento comum e depois uma
dieta de especificao rigorosa. As suas necessidades
proteicas foram satisfeitas por aminocidos; a
necessidade de massa, por gorduras essenciais; e a
necessidade de carboidrato, por glicose ou uma
mistura de glicose e sacarose (acar comum). As
fases do experimento so descritas a seguir.
1. Nas primeiras quatro semanas, os indivduos
comeram alimentos comuns.
2. Da 4 8 semana, o suprimento de carboidrato
foi apenas glicose.
3. Da 8 12 semana, a fonte de carboidrato foi
mista; com 75% de glicose e 25% de sacarose.
4. Aps a 12 semana, a fonte de carboidrato voltou
a ser glicose (como na fase 2).
O grfico acima mostra os resultados obtidos nesse
experimento, em termos de taxa de colesterol no
sangue (em mg/dL) ao longo de 19 semanas.
PAULING, L. Como viver mais e melhor. 8Ed. Cristiane Perez Ribeiro (Trad.). So Paulo: Best Seller, 1988, p. 72 (adaptado).
Do experimento descrito, correto concluir que o nvel
de colesterol no sangue pode ser diminudo com a
reduo da ingesto de
A glicose.
B carboidratos.
C aminocidos.
D acar comum.
E gorduras essenciais.
Questo 36
Na natureza, a gua, por meio de processos
fsicos, passa pelas fases lquida, gasosa e slida
perfazendo o ciclo hidrolgico. A distribuio da gua
na Terra condicionada por esse ciclo, e as
mudanas na temperatura do planeta podero
influenciar as propores de gua nas diferentes fases
desse ciclo. O diagrama abaixo mostra as
transformaes de fase pelas quais a gua passa, ao
ser aquecida com o fornecimento de energia a uma
taxa constante.
Considerando-se o diagrama de mudanas de fases
da gua e sabendo-se que os calores latentes de
fuso e de vaporizao da gua valem,
respectivamente, 80 cal/g e 540 cal/g, conclui-se que
A a temperatura da gua permanece constante durante
os processos de mudana de fase.
B a energia necessria para fundir 10 g de gelo maior
que a necessria para evaporar a mesma massa de
gua.
C a gua, para mudar de fase, libera energia a uma
taxa de 540 cal/g quando a temperatura aumenta de
0 C at 100 C.
D a temperatura da gua varia proporcionalmente
energia que ela recebe, ou seja, 80 cal/g durante o
processo de fuso.
E a temperatura da gua varia durante o processo de
vaporizao porque ela est recebendo uma
quantidade de energia constante.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 16 ENEM 2009
Questo 37
A evoluo da luz: as lmpadas LED j
substituem com grandes vantagens a velha inveno
de Thomas Edison
A tecnologia do LED bem diferente da das
lmpadas incandescentes e fluorescentes. A lmpada
LED fabricada com material semicondutor que,
semelhante ao usado nos chips de computador,
quando percorrido por uma corrente eltrica, emite luz.
O resultado uma pea muito menor, que consome
menos energia e tem uma durabilidade maior.
Enquanto uma lmpada comum tem vida til de 1.000
horas e uma fluorescente, de 10.000 horas, a LED
rende entre 20.000 e 100.000 horas de uso
ininterrupto.
H um problema, contudo: a lmpada LED
ainda custa mais caro, apesar de seu preo cair pela
metade a cada dois anos. Essa tecnologia no est se
tornando apenas mais barata. Est tambm mais
eficiente, iluminando mais com a mesma quantidade
de energia.
Uma lmpada incandescente converte em luz apenas
5% da energia eltrica que consome. As lmpadas
LED convertem at 40%. Essa diminuio no
desperdcio de energia traz benefcios evidentes ao
meio ambiente.
A evoluo da luz. Energia. In: Veja, 19 dez. 2007. Disponvel em:
http://veja.abril.com.br/191207/p_118.shtml.
Uma lmpada LED que oferea a mesma
luminosidade que uma lmpada incandescente de
100 W dever ter uma potncia mnima de
A 12,5 W.
B 25 W.
C 40 W.
D 60 W.
E 80 W.
Questo 38
A dilatao dos materiais em funo da
variao da temperatura uma propriedade fsica
bastante utilizada na construo de termmetros
(como o ilustrado na figura I) construdos a partir
de lminas bimetlicas, como as ilustradas na
figura II, na qual so indicados os materiais A e B
antes e aps o seu aquecimento.
Com base nas leis da termodinmica e na
dilatao de slidos sob a influncia de
temperatura varivel, conclui-se que
A a lmina bimetlica se curvar para a direita, caso o
coeficiente de dilatao linear do material B seja
maior que o coeficiente de dilatao linear do
material A,
B a substncia utilizada na confeco do material A a
mesma usada na confeco do material B.
C a lmina se curvar para a direita,
independentemente do tipo de material usado em A e
B.
D o coeficiente de dilatao dos materiais uma
funo linear da variao da temperatura.
E o coeficiente de dilatao linear uma grandeza
negativa.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 17 ENEM 2009
Questo 39
A idia de que uma pequena populao de clulas-
tronco malignas pode causar cncer no exatamente
nova. As primeiras pesquisas com clulas-tronco, nas
dcadas de 50 e 60 do sculo passado, tiveram incio
justamente em tumores.
CLARK, M. F.; BECKER, M. W. O potencial maligno das clulas-tronco. In.: Scientific American Brasil. Ano 5, no 51, 2006, p-39-46.
As clulas capazes de gerarem tumores se parecem
com as clulas-tronco em vrios aspectos. Entre esse
aspectos, inclui-se a capacidade de
A alta especializao.
B matar as clulas vitais circundantes.
C originar vrios outros tipos de tecido.
D proliferao lenta, o que est relacionado
longevidade da clula.
E proliferao agressiva, que faz com que invadam
outros tecidos distantes do rgo original.
Questo 40
Um chacareiro deseja instalar, em sua
propriedade, uma turbina com um gerador de
eletricidade de 2 HP em queda de gua, de 20 metros
de altura.
Sabendo que: 1HP = kW; g=10m/s2, e considerando
que toda a energia potencial da queda transformada
em energia eltrica, correto afirma que a vazo de
massa de gua necessria para acionar o gerador
igual a
A 0,01 kg/s.
B 20 kg/s.
C 7,5 kg/s.
D 10 kg/s.
E 75 kg/s.
Questo 41
O uso constante e correto do preservativo essencial para se alcanar o nvel de proteo necessria para evitar a gravidez indesejada e a transmisso de HIV. Um outro fator vital para isso a qualidade do produto. A seguir, encontram-se especificaes de testes a serem realizados em preservativos recomendadas pela Organizao Mundial de Sade (OMS).
Organizao Mundial da Sade. O Preservativo Masculino de Ltex : especificaes e
diretrizes na aquisio de preservativos. WHO. Sua, 2003.
Considerando-se as orientaes da OMS mostradas no quadro acima, um lote de preservativos deve ser avaliado A quanto possibilidade de ocorrncia de eventuais
orifcios, com apenas um ensaio para a capacidade volumtrica e presso de estouro.
B quanto presso mnima de estouro, que deve ser a mesma para todos os exemplares, e quanto largura, que deve ser de 75 5 mm.
C quanto ao volume de estouro, sendo que nenhum modelo deve ultrapassar 22,0 dm3, pois assim, ultrapassaria a presso de 1 kPa.
D quanto ocorrncia de orifcios, sendo que o lote deve conter menos de 0,25% de exemplares com orifcios.
E quanto largura do modelo, caso em que devem ser medidos 13 exemplares temperatura de 70 2 C.
Capacidade volumtrica e presso de estouro
Ensaio: de acordo com o mtodo de ensaio ISO 4074:2002, Anexo G, clusulas 6.1 (antes de acondicionar em estufa) e 6.2 (aps acondicionar em estufa) por 168 2 horas a 70 2 C.
Exigncia: Exigncias mnimas de presso de estouro:
NQA (Nvel de Qualidade Aceitvel: limite de falhas) = 1,5% Volume 16,0 dm3 para preservativos com larguras inferiores a 50,0 mm. 18,0 dm3 para preservativos com larguras de 50,0 mm at 56,0 mm. 22,0 dm3 para preservativos com larguras superiores a 56,0 mm. Presso
1,0 kPa (para todas as larguras) A largura definida como sendo a mdia aritmtica das larguras de 13 preservativos deitados e achatados lado a lado e medidas em conformidade com as provises de Anexo E da ISO 4074: 2002 a uma distncia de 75 5 mm da extremidade fechada.
Ausncia de orifcios e defeitos Visveis
Ensaio: De acordo com o mtodo de ensaio da ISO 4074:2002, Anexo L. Exigncias:
Ausncia de orifcios: NQA= 0,25% Defeitos visveis: NQA= 0,4%.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 18 ENEM 2009
Questo 42
A eficincia de um coletor solar depende de uma srie de variveis. Na tabela abaixo, so mostradas diferenas na radiao solar incidente em diferentes capitais brasileiras localizadas em ordem crescente da latitude. Energia til avaliada como mdia anual para um sistema de aquecimento de gua via energia solar. (Coletores solares inclinados de um ngulo igual latitude, acrescentados mais 10o)
capital temperatura mdia anual
0C
radiao solar
incidente mdia
kWh/m2 por dia
energia til
mdia* kWh/m2 por dia
Natal 25,9 5,40 1,67 Salvador 25,1 4,95 1,52 Cuiab 26,8 4,96 1,48 Curitiba 17,6 4,73 1,60 Florianpolis 20,8 4,24 1,32
*Energia til mdia: ndice de aproveitamento da energia solar incidente. Observao: o sistema de aquecimento conta com uma rea de 4 m2 de coletores solares. LA ROVERE, E., et al. Economia e tecnologia da energia. Rio de Janeiro, Editora Marco
Zero/ Finep. p. 331. 1985 (adaptado).
Considerando os dados mostrados na tabela, na transformao da energia luminosa, observa-se que
A a radiao solar mdia coletada independe do tamanho da superfcie de captao do coletor solar.
B a energia til mdia, um ndice a ser considerado na comparao com outras opes energticas, decresce com o aumento da latitude.
C a diferena de radiao solar incidente nas capitais listadas, apesar de ser maior que 20%, deixa de ser determinante em algumas situaes.
D as temperaturas alcanadas independem da temperatura inicial da gua no processo de aquecimento da gua por meio de coletores solares.
E Curitiba, entre as capitais citadas, inadequada para a utilizao de energia solar porque a capital onde ocorrem as maiores perdas de energia trmica para o ambiente.
Questo 43
No a primeira vez que os cientistas
brasileiros so colocados diante do desafio de
encontrar uma fonte de energia renovvel como
alternativa para o petrleo e seus derivados.
Tampouco a primeira vez que uma planta, que
cresce por si s como mato, vista como a salvao
da lavoura e depois se torna uma frustrao para os
produtores. Os pesquisadores temem que a riqueza
da biodiversidade brasileira confunda produtores rurais
e os leve a subestimar o desafio cientfico e
tecnolgico de transformar qualquer planta promissora
e dela obter uma commodity agroindustrial, como se
fez com a cana e o etanol.
Sem cincia, biodiversidade no garante produo. Cincia Hoje, n. 4, jul. 2008 (adaptado).
Uma das grandes limitaes para uso, em escala
comercial, de espcies vegetais nativas, ainda no
domesticadas, para a produo de energia, deve-se
ao fato de essas plantas, em geral, apresentam baixa
A rusticidade.
B variabilidade gentica.
C adaptao ao ambiente.
D uniformidade no crescimento.
E resistncia a fatores abiticos.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 19 ENEM 2009
Questo 44
Carros passaro a utilizar sistema eltrico de 42 volts
A maioria das pessoas j teve problemas com a bateria do carro. Ela tem uma vida til e, de tempos em
tempos, precisa ser substituda. O que alguns no sabem que essa bateria fornece energia a uma tenso de 12
volts. A indstria automobilstica americana acaba de formalizar um grupo de estudos para padronizar a adoo de
um sistema eltrico de 42 volts. As preocupaes alegadas so de compatibilizar os sistemas e garantir a segurana
dos usurios.
O sistema atualmente utilizado , tecnicamente, o sistema de 14 volts. Essa a tenso que o alternador deve
suprir para manter carregada uma bateria de 12 volts. O novo sistema suprir uma tenso de 42 volts, suficiente para
manter carregada uma bateria de 36 volts.
Disponvel em: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010170010907. Acesso em: 01 maio 2009.
Um motorista, conduzindo noite, percebe que o pneu do carro furou e, para iluminar o local, dispe de uma lmpada
de 30 W e fiao para lig-la bateria do carro. A diferena, em mdulo, da corrente eltrica que passa pela
lmpada, com o motor desligado, entre o sistema atualmente utilizado e o sistema novo, em ampre, de
A 0,80.
B 0,93.
C 1,43.
D 1,67.
E 3,50.
Questo 45
A medida da velocidade de um veculo, utilizando radar, baseia-se no fato de que as ondas emitidas pelo
radar e detectadas aps serem refletidas pelo veculo em movimento tm frequncias diferentes. Esse fenmeno
denominado Efeito Doppler.
A onda refletida pelo veculo citada no texto uma
A onda mecnica e se propaga com a velocidade do som.
B onda eletromagntica e se propaga com a velocidade da luz.
C onda mecnica e tem o mesmo comprimento de onda da onda incidente.
D onda eletromagntica que tem o mesmo comprimento de onda da onda incidente.
E onda eletromagntica que, devido sua alta frequncia, se propaga com velocidade maior que a velocidade da luz.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 20 ENEM 2009
CINCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questes de 46 a 90
Questo 46
Lei urea assinada em 13.05.1888
www.bpiropo.com.br/graficos/EM20051201b.jpg
Marcha em Araguana-TO em combate escravido em 14.05.2008
conexaotocantins.com.br/img/?id=1418&l=250
O fim da escravido legal no Brasil no foi acompanhado de polticas pblicas e mudanas estruturais para a incluso dos trabalhadores. Por isso, os escravos modernos so herdeiros dos que foram libertados em 13 de maio de 1888.
http://www.reporterbrasil.com.br/exibe.php?id=1346. Acesso em: 14/5/2009.
A anlise das imagens e do texto acima refora a ideia de que A at hoje, embora a abolio da escravido tenha
ocorrido em 1888, a populao luta para garantir amparo legal para por fim neste regime no pas.
B possvel, apesar da abolio da escravido, constatar-se nos dias de hoje, a explorao de trabalhadores submetidos a condies semelhantes s do trabalho escravo.
C o fim da escravido apenas uma questo de tempo no Brasil, j que a populao brasileira luta h mais de 120 anos por isso.
D o movimento social e poltico pelo fim da escravido no Brasil, herdado do perodo imperial, garantiu implementao de polticas pblicas aos trabalhadores.
E a abolio da escravatura promoveu polticas pblicas de ascenso social e cidadania dos ex-escravos negros privilegiando este grupo frente aos demais trabalhadores.
Questo 47
As imagens nas figuras a seguir ilustram organizaes produtivas de duas sociedades do passado.
Figura 1
Figura 2
COLEO. Grandes imprios e civilizaes. Madrid: Del Prado, 1996, p. 156.
O trabalho no campo foi, durante muito tempo, uma das atividades fundamentais para a estruturao e o desenvolvimento das sociedades, como mostram as figuras 1 e 2. Nessas figuras, as caractersticas arquitetnicas, tecnolgicas e sociais retratam, respectivamente,
A o agrarismo romano e o escravismo grego. B a pecuria romana e a agricultura escravista grega. C a maquinofatura medieval e a pecuria na
Antiguidade. D a agricultura escravista romana e o feudalismo
medieval. E o feudalismo medieval e a agricultura familiar no
Antigo Egito.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 21 ENEM 2009
Questo 48
Nos Estados Unidos da Amrica, a Denver Water (gua de Denver) props uma campanha publicitria permanente muito criativa, como mostra a foto abaixo. Em um banco de praa, l-se: use only what you need, ou seja, use apenas aquilo de que voc precisa.
Disponvel em: http://www.denverwater.org/. Acesso em: 1./mar./2009.
A questo que se relaciona diretamente com essa campanha publicitria a
A da qualidade da gua em Denver. B de doenas e epidemias ocasionadas pela falta de
gua. C da economia decorrente do desperdcio, que torna a
gua um produto extremamente caro. D do desperdcio de recursos hdricos devido ao mau
aproveitamento, ao uso irresponsvel da gua doce. E da atividade industrial, que se ressente dos poucos
recursos hidrulicos disponveis nos pases desenvolvidos.
Questo 49
Na Bblia, a criao do mundo descrita a partir das ordens de um nico ser, que Deus: Disse Deus: Haja luz; e houve luz (Gen., 1:3). Porm, em certos mitos amerndios, inclusive brasileiros, a criao do mundo poeticamente apresentada como resultado de um dilogo entre mltiplos espritos. As linhas a seguir servem como exemplo. Elas narram o surgimento de um desses espritos criadores (demiurgos): Tendo florido (em forma humana) / Da sabedoria contida em seu ser de cu / Em virtude de seu saber que se abre em flor, / Soube para si em si mesmo / a essncia da essncia da essncia das belas palavras primeiras.
CESARINO, Pedro de N. Os Poetas. Folha de S. Paulo. 18 jan. 2009: p. 6-7 (adaptado).
A Bblia trata da criao em linguagem potica. Analogamente, so poticas as linhas amerndias acima citadas. Em geral, a poesia abriga diferenas de forma e de contedo por A ser fruto do desenvolvimento intelectual de
sociedades ricas. B fazer parte do desenvolvimento intelectual de
sociedades letradas. C estar relacionada com a linguagem e o modo de vida
de uma sociedade. D depender do lazer disponvel, de forma que pessoas
ociosas possam dedicar-se a ela. E captar recursos disponveis, para que diversos
poetas possam ser financeiramente pagos.
Questo 50
No incio do sculo XVIII, a Coroa portuguesa introduziu uma srie de medidas administrativas para deter a anarquia, que caracterizava a zona de minerao, e instaurar certa estabilidade. O instrumento fundamental dessa poltica era a vila.
RUSSELL- WOOD, A. J. R.. O Brasil colonial; o ciclo do ouro (1690-1750) In: Histria
da Amrica. So Paulo: Edusp, 1999, v. II, p. 484 (com adaptaes).
A zona de minerao a que o autor se refere localizava-se
A nos Andes, no antigo Imprio Inca. B em Minas Gerais, regio centro-sul da Colnia. C no chamado Alto Mato Grosso, na atual Bolvia. D na regio das Misses jesuticas, no Rio Grande do
Sul. E em Pernambuco, onde havia o ouro amarelo e o
branco (o acar). Questo 51
Todos concordam que possvel pensar em uma Amaznia que avance rumo ao desenvolvimento sustentvel e que assegure o bem-estar humano das geraes presentes e futuras da regio. Para isso, entretanto, se fazem necessrios compromisso, determinao e aes coordenadas. As mudanas no uso do solo na Amaznia resultam de um processo de ocupao acelerada e desordenada ao longo do tempo, o que tem modificado a cobertura vegetal amaznica. Entre os fatores subjacentes dessas mudanas, encontram-se a expanso da fronteira agrcola (impulsionada principalmente pelas monoculturas) e a pecuria; a minerao informal; a explorao ilegal de madeira; os megaprojetos de infraestrutura, tais como barragens e rodovias; a no definio dos direitos de propriedade; a limitada capacidade de fazer cumprir a lei e aplicar sanes; os incentivos do mercado; e as mudanas de atitude e de valores da populao.
Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) Relatrio Perspectivas do Meio Ambiente na Amaznia GEO Amaznia. 2008 (adaptado).
A partir do texto, uma proposta adequada para promover o desenvolvimento sustentvel da Amaznia seria a seguinte:
A elaborar leis que proibam a explorao de madeira e definam direitos de propriedade.
B construir rodovias e elaborar leis que proibam a explorao de madeira e o trfico de animais.
C expandir a fronteira agrcola com monoculturas, estimular a minerao e construir barragens.
D reflorestar a regio com pinheiros ou eucaliptos, incentivar o mercado a cumprir a lei e aplicar sanes.
E conter a ocupao desordenada, fazer cumprir a lei por meio da fiscalizao e definir direitos de propriedade.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 22 ENEM 2009
Questo 52
Clculos feitos com base em imagens de
satlites mostram expanso da fronteira agrcola no
cerrado em direo s regies Norte e Nordeste do
pas, sobretudo nos estados da Bahia, do Piau e do
Maranho, onde crescente o plantio de soja. Isso
trar consequncias socioeconmicas e ambientais,
como maior comprometimento das bacias
hidrogrficas de todo o bioma, prejuzos diretos para
os recursos hdricos, solo e biodiversidade da
regio. As terras com cobertura vegetal mais densa
tm sido as mais procuradas por agricultores, por
oferecerem maior suporte nutricional aos plantios.
Alm disso, a ocupao do cerrado est tambm
vinculada s condies climticas da regio,
havendo preferncia por reas de maior mdia
mensal de precipitao.
Cerrado, o avano da devastao. O Estado de So Paulo,
So Paulo, 1./mar./2009. Folha Vida &, p.A21.
Considerando-se que a produo de alimentos
essencial e inevitvel, a alternativa mais adequada para
se minimizarem os efeitos da expanso agrcola sobre a
biodiversidade do cerrado seria
A promover a expanso agrcola em regies sem a
presena de espcies nativas, como a dos desertos
localizados no Centro-Oeste.
B replantar as espcies vegetais nativas do cerrado em
regies no sujeitas expanso agrcola, como a
Caatinga e a Amaznia.
C usar reas j desmatadas, otimizando o uso do solo
pela aplicao de nutrientes e aproveitando a gua
da chuva para irrigao.
D substituir a expanso agrcola pela pecuria
extensiva, visto que a criao de gado no
compromete os recursos hdricos, o solo e a
biodiversidade do cerrado.
E promover a expanso agrcola na Amaznia, onde a
biodiversidade bastante alta, de maneira a serem
minimizados os efeitos da expanso agrcola sobre a
diversidade.
Questo 53
Texto 1
Assim, duplamente bloqueados, entre milhares
de soldados e milhares de mulheres entre
lamentaes e bramidos, entre lgrimas e balas , os
rebeldes se renderiam de um momento para outro. Era
fatal. [...] Ainda que em fragmento, traava-se curva
fechada do assdio real, efetivo. A insurreio estava
morta.
CUNHA, Euclides. Os sertes. 9 ed. Rio de Janeiro: Record, 2007,
p. 524 e 535.
Texto 2
Literatura distingue-se de Histria, pois,
enquanto a primeira no tem nenhum compromisso em
retratar ou reconstruir uma realidade para que seja vlida
aos olhos de seus leitores, a segunda , via de regra,
realizada para explicitar a confirmao da existncia,
tanto do homem em si quanto de um fato histrico, de
uma nao, de um povo ou de um povoado. Todavia, h
vrios episdios histricos que serviram de base a
narrativas literrias.
Disponvel em: . Acesso em: 16 abr. 2009.
A relao estabelecida entre os dois textos permite
inferir-se que o texto 1 descreve
A a luta pela abolio da escravatura.
B o alarde causado pela Semana de 22.
C o empenho dos soldados na Guerra do Paraguai.
D o cenrio desbravador do movimento de entradas e
bandeiras.
E o fato histrico da Revolta de Canudos liderada por
Antnio Conselheiro.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 23 ENEM 2009
Questo 54
O perodo entre o final do sculo XIX e o incio
do sculo XX foi de intenso fluxo migratrio em todo o
mundo; no entanto, muitos pases passaram a restringir a
entrada de imigrantes japoneses, justificando que estes
concorriam com a mo de obra local e prejudicariam o
mercado de trabalho. Na verdade, havia um grande
preconceito racial contra os orientais nessa poca. Na
imprensa, nos meios polticos e nos locais onde se
debatia a opinio pblica, houve um intenso debate
acerca da imigrao oriental. Influenciados pela
campanha antinipnica e pelas ideias racistas que
circulavam no mundo, muitos cafeicultores, polticos e
intelectuais brasileiros enxergavam os orientais como
racialmente inferiores e preferiam trazer trabalhadores
brancos e europeus, a fim de branquear a populao
mestia brasileira. Esse retrospecto contraria o mito do
Brasil republicano como um paraso inter-racial.
Biblioteca Virtual do Governo do Estado de So Paulo. Disponvel em :
Acesso em: 5 nov. 2008 (com adaptaes).
Entre os principais lderes brasileiros, a introduo do
imigrante japons estava longe de ser uma unanimidade.
Segundo o texto, essa controvrsia tem origem
A no intenso fluxo migratrio de europeus para a
Amrica do Norte.
B na ausncia de motivos que justificassem a restrio
imigrao japonesa.
C no medo de que a miscigenao com os japoneses
comprometesse o mercado de trabalho brasileiro.
D no preconceito racial contra os orientais e na
preferncia por imigrantes brancos e europeus, que
possibilitariam o branqueamento da populao
mestia.
E na ideia de que o Brasil, por ser um pas republicano,
valorizava a miscigenao entre mestios e
japoneses.
Questo 55
No primeiro reinado, D. Pedro I nomeou e comandou um Conselho de Estado que concluiu a primeira Constituio Brasileira, que, outorgada em 1824, estabeleceu quatro poderes assim configurados.
Nesses quatro poderes,
A o poder moderador concedia ao imperador a primazia no governo e a autoridade sobre os demais poderes.
B o poder executivo era o centro das decises, que resultavam do entendimento entre imperador e ministros.
C o papel de cada um era bem definido e independente, de modo que um no interferia nos assuntos dos outros.
D o papel de moderador, exercido pelo imperador, significava que o monarca era apenas um conciliador entre os poderes.
E o poder legislativo, por ter maior representatividade numrica (deputados, senadores), gozava de maior influncia nas decises do Imprio.
Questo 56
O Banco Mundial classifica os pases de acordo com a renda mdia per capita. Em 2005, 2,4 bilhes de pessoas receberam 580 dlares anuais, em mdia, nos pases considerados em desenvolvimento, ao passo que 1 bilho de pessoas em pases de alta renda receberam 35.130 dlares anuais per capita.
Atlas of Global Development. Washington/DC, Collins, 2002, p. 8 (com adaptaes).
A classificao utilizada pelo Banco Mundial, em relao ao nvel de desenvolvimento dos pases, permite concluir que A a disparidade de renda entre os pases em
desenvolvimento e os desenvolvidos foi superada. B o baixo nvel de renda verificado nos pases em
desenvolvimento determinado pela estagnao em sua economia.
C a desigualdade de renda existente desconsidervel, pois a populao dos pases em desenvolvimento mais numerosa que a dos pases de renda elevada.
D as diferenas no valor da moeda utilizada em cada pas impossibilitam a comparao entre os nveis de qualidade de vida em cada grupo de pases.
E a diferena de nvel de renda per capita entre os pases em desenvolvimento e os desenvolvidos tambm est relacionada com o padro de qualidade de vida existente em cada grupo de pases.
LEGISLATIVO Assembleia Geral Cmara dos Deputados Senado
EXECUTIVO
Imperador Ministros
JUDICIRIO
Supremo Tribunal de Justia
MODERADOR Imperador
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 24 ENEM 2009
Questo 57
GRFICO DE OLIVER UBERTI
FONTE: UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME
Descobriu-se que os clorofluorcarbonatos (CFCs) contribuam para a destruio da camada de oznio a que nos protege contra os danos da radiao ultravioleta. Depois de um tratado entre pases para o abandono da produo dessas e de outras substncias danosas camada, verificou-se diminuio de quase 97% da produo. A diminuio do buraco na camada de oznio j passa a ser vista como possvel pelos cientistas, embora se saiba que ela extremamente lenta. A leitura do grfico permite concluir que A todos os pases acompanharam a diminuio da
produo de CFCs. B os pases americanos tiveram participao relevante
na diminuio da produo de substncias danosas. C os pases europeus comparados no apresentam
diferena significativa na reduo do buraco na camada de oznio.
D os pases asiticos tambm atuaram na reduo dos impactos na camada de oznio.
E a China, embora em processo de crescimento econmico, no deixou de proteger da natureza.
Questo 58
No Brasil, entre 2003 e 2007, a renda per capita dos mais pobres cresceu substancialmente em relao mdia nacional, conforme mostra o grfico.
10% mais pobres
10% mais ricos
Primeiro
12
9,1 9,2 8,88,1 7,9
7,56,7
5,85,0
3,9
8
4
2
0
10
Taxa de crescimento mdio da renda familiar por dcimos da distribuio entre 2003 e 2007
per capita
-1,2
Taxa
de c
resc
imen
to (%
)
Segundo Terceiro Quarto Quinto Sexto Stimo Oitavo Nono Dcimo
Mdia nacional6
PNAD/IPEA. Internet: (com adaptaes).
Em relao taxa de crescimento mdio da renda familiar per capita entre 2003 e 2007, as informaes do grfico permitem concluir que A o crescimento mdio nacional foi acima de 6%. B o crescimento da renda foi maior para os mais
pobres, e menor, para os mais ricos. C o crescimento da renda foi maior para os mais ricos,
e menor, para os mais pobres. D a taxa de crescimento mdio da renda familiar per
capita variou em 9% para os mais ricos E a taxa de crescimento mdio da renda familiar per
capita variou em 4% para os mais pobres.
Questo 59
Antes de se tornar presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln opunha-se escravido, mas desaprovava o direito a voto para o negro e os casamentos birraciais. Em 1861, ele assumiu a presidncia. Vrios estados escravistas do Sul deixaram a Unio e formaram a sua Confederao independente. Nos anos 1861-5, teve lugar uma Guerra Civil entre a Unio e a Confederao. Em 1863, por decreto e emenda constitucional, Lincoln aboliu a escravido. Cerca de 200.000 soldados negros lutaram ao lado da Unio e tornaram-se eleitores. Lincoln planejava assegurar escolaridade aos ex-escravos, e tambm alguns direitos civis, mas foi assassinado por um racista na Sexta-Feira Santa de 1865. Ele tornou-se uma figura controversa. Para alguns, foi um mrtir, sacrificado pela sua causa. Para outros, um racista, que aboliu a escravido apenas para ganhar soldados. Segundo o texto, Lincoln tinha a inteno de apresentar uma proposta para o problema do relacionamento de ex-escravos com o resto da sociedade. Caso essa proposta tivesse entrado em vigor, sua implantao teria sido til a outras sociedades, pois A neutralizaria quem fosse racista, e os condenados
por crimes raciais seriam deportados. B incentivaria casamentos birraciais, o que
transformaria os EUA na primeira grande nao mestia.
C garantiria os direitos civis dos ex-escravos, o que serviria de exemplo de aliana poltica a ser copiado por naes escravistas.
D permitiria que os escravos pudessem votar, o que tornaria vivel, naquele contexto, a eleio de um presidente negro.
E garantiria aos soldados negros acesso educao e, assim, modernizaria o exrcito norte-americano.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 25 ENEM 2009
Questo 60
Os faras das primeiras dinastias construam grandes pirmides para proteger as suas cmaras morturias. Conforme a crena egpcia antiga, a alma vagaria sem destino se o corpo, sua habitao, fosse destrudo. No Egito contemporneo, os muulmanos so sepultados envoltos apenas em mortalhas, poucas horas aps a morte, em tmulos simples e sem identificao individual. A diferena entre as grandes pirmides de outrora e os ritos e tmulos simples de hoje deve-se ao fato de a religio muulmana
A ser descrente quanto existncia de vida aps a morte.
B ter surgido, precisamente, como reao contra a religio dos faras.
C entender como errado construir pirmides s para os ricos, e no, para todos.
D querer evitar os assaltos aos monumentos funerrios, que eram comuns no Egito antigo.
E ignorar o corpo como morada da alma e considerar os homens como iguais frente morte.
Questo 61
Foi em meados da dcada de 70 que a Unio Sovitica comeou a perder o "bonde da histria". Ficava evidente, mesmo para os prprios soviticos, que o imprio vermelho era uma superpotncia apenas pelo poderio militar, pelo arsenal nuclear e pela capacidade de destruio em massa. Devido ao seu baixo dinamismo econmico, a produtividade industrial no acompanhava, nem de longe, os avanos dos pases capitalistas desenvolvidos mais competitivos. Seu parque industrial, sucateado, era incapaz de produzir bens de consumo em quantidade e qualidade suficientes para abastecer a prpria populao. As filas interminveis eram parte do cotidiano dos soviticos e o descontentamento se generalizava. Em outras palavras, na Unio Sovitica,
A a falta de dinamismo econmico e de progresso social era devida economia liberal.
B o parque industrial era obsoleto, no atendendo demanda da populao.
C o descontentamento popular expressava-se em imensas filas de protesto contra a carncia de certos bens.
D a incapacidade de produzir bens de consumo era compensada pela indstria pesada, em qualidade e em quantidade.
E o descontentamento popular foi agravado pela poltica de incentivo importao de produtos ocidentais.
Questo 62
Em outubro de 1973, uma nova guerra entre rabes e israelenses acabou deflagrando um embargo dos fornecedores de petrleo ao Ocidente, seguido de brusca elevao de preos, que atingiu duramente o Brasil. A moeda do pas era fraca e, na poca, produzia-se internamente s um tero do petrleo necessrio. A crise revelou a postura ambgua do pas sobre a questo ferroviria. Por um lado, era desejvel que os meios de transporte no dependessem demasiadamente do petrleo, um combustvel cuja disponibilidade passou a ser inconstante, ao sabor da dinmica poltica do Oriente Mdio. O preo aumentou e as cotaes disparavam ao menor sintoma de crise internacional, o que criava problemas srios no balano de pagamentos do pas e aumentava a dvida externa. Por outro lado, os governos no conseguiam redefinir o papel das ferrovias na rede de transportes nacional, como forma de suplantar o problema do petrleo.
Disponvel em: . Acesso em: 4 nov. 2008 (adaptado).
A partir das informaes apresentadas, possvel concluir que A a deflagrao dos conflitos do Oriente Mdio foi
motivada pela ganncia dos pases produtores de petrleo.
B a crise provocou desequilbrio no balano de pagamentos porque o Brasil exportava mais petrleo do que importava.
C a soluo pela rede ferroviria era invivel devido ao alto consumo de dsel pelas locomotivas e poluio ambiental.
D o choque do petrleo, como ficou conhecida a crise, teve implicaes sociais, derivadas da instabilidade econmica.
E a autonomia energtica e o isolamento do Brasil em relao aos demais pases do mundo o livrariam de crises dessa natureza.
Questo 63
No Brasil, na complexidade de seu territrio, com muitas diferenas regionais, ocorreu um fato marcante o cenrio poltico nacional, capaz de mobilizar e aglutinar todos os segmentos da sociedade. Esse fato, relacionado ao processo de redemocratizao, foi o movimento por eleies diretas, que ficou conhecido como Diretas J. Esse processo representava, na poca, os anseios de uma sociedade marcada por anos de regime militar. O movimento mencionado foi desencadeado
A pela mobilizao suprapartidria oriunda da regio Sul do Brasil.
B pelos trabalhadores sem-terra do Nordeste, com base nos movimentos sociais oriundos do campo.
C de acordo com os arranjos sociais e as lutas de classe dos trabalhadores vinculados ao setor petroleiro.
D a partir da articulao dos movimentos sociais e sindicais com base slida na regio Sudeste do pas.
E pela unio de diferentes segmentos sociais liderados pelos sindicatos da regio Centro-Oeste.
enemRetngulo
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CN 1 dia CADERNO 3 BRANCO PGINA 26 ENEM 2009
Questo 64
Leia o fragmento sobre as manifestaes musicais da socieda