Cactos e Suculentas
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Transcript of Cactos e Suculentas
CULTIVO E PROPAGAÇÃO DE CACTOS E OUTRAS PLANTAS SUCULENTAS
MARCUS CORRADINIBiólogo
SANTO ANDRÉ2009
CARACTERÍSTICAS
Superfície foliar reduzida
Acúmulo de água dentro do corpo da planta
Epiderme com apêndices (pêlos, ceras, espinhos)
para evitar perda de água por evaporação
Carnegieagigantea
Saguaro
Lithops
OCORRÊNCIA
Suculentas pertencentes à família Cactaceae
Ocorrem do sul do Canadá até a Patagônia
São encontradas em locais como pradarias, desertos e florestas tropicais
Atualmente são conhecidos cerca de 100 gêneros com, aproximadamente, 2.000 espécies
Possuem aréolas
CACTÁCEAS
Aréolas em Opuntia microdasys
MORFOLOGIA
Local de armazenamento de águaRealização de fotossínteseDiversos formatosdiminuição da
evaporação Globoso Arbóreo Achatado Colunar rasteiro
CAULES
MORFOLOGIA
FORMATOS
MORFOLOGIA
CAULES
Caule achatado em Rhipsalis sp
Caule globular em Echinocereus grusonii
Caule arbustivo em Opuntia leuchotricha
Caule colunar em
Cereus peruvianus
MORFOLOGIA
RAÍZES Funções: sustentação e absorção de
água e de sais minerais
Raízes adventícias em Hilocereus undatus
Raízes suculentas em Mammillaria
MORFOLOGIA
FOLHAS Folhas inteiras em alguns gêneros
Espécies da subfamília Opuntioidea - caducas e subuladas
Folhas inteiras em Pereskiopsis
Folhas subuladas em Nopalea
MORFOLOGIA
ESPINHOS
Folhas modificadas
Dois tipos: Radiais: mais numerosos Centrais: mais grossos e escassos
Diferentes formatos e tamanhos
Rígidos ou flexíveis
Coloração - desde o branco até o negro
MORFOLOGIA
TIPOS DE ESPINHOS
MORFOLOGIAFLORES
Pouca durabilidade Diversas cores, tamanhos e formatos Polinização principalmente por animais
MORFOLOGIAFLORES
Flor no ápice em Opuntia litoralis Flor de Cereus
MORFOLOGIAFLORES
Flor de Nopalea cocholinifera Cefálio em Melocactus
Lã axilar em Mammillaria
MORFOLOGIA
FRUTOS
Têm origem na transformação do ovário após a polinização
Diferentes formatos
Tomentosos, espinhosos ou escamosos
Maioria - carnosos e adocicados
Podem conter de 3 a 3.000 sementes
MORFOLOGIA
FRUTOS
Fruto de Cereus jamacaru (Mandacaru)
Fruto de Mamillaria sp
Fruto de Pereskia aculeata
Cerca de 50 famílias botânicas, com mais de 600 gêneros e milhares de espécies
Muitas destas espécies habitam as áreas ensolaradas do globo (principalmente África)
Nas Américas ocorrem principalmente as famílias Crassulaceae, Agavaceae e Cactaceae
SUCULENTAS
USO DAS PLANTAS SUCULENTAS
1. PAISAGISMO
Grande porte (Agavaceae, Euforbiaceae e Asphodelaceae) jardins rochosos
Pequeno porte (Crassulaceaa) podem ser utilizadas como plantas de forração na cobertura do solo em jardins
Exemplos
Agave americana
Euphorbia ingens
Crassula ovata
Espécies de menor porte simetria, colorido variado e delicadeza das formas, excelentes para formar coleções em vasos Suculentas Echeveria (rosa-de-pedra), Sedum (dedo-de-moça) e Kalanchoe
Cactáceas Notocactus, Echinocactus e Rebutia
2. COLEÇÕES
Echeveria "Perle von Nurnberg"
Kalanchoe thyrsiflora
Sedum nussbaumeranum
Exemplos
Espécies menos agressivas podem ser cultivadas em vasos ou recipientes maiores, exercendo função decorativa
As espécies mais recomendadas são:
Agave attenuata, Kalanchoe sp. e
Crassula sp.
3. PÁTIOS E TERRAÇOS
Exemplos
Agave atenuata
Kalanchoe tomentosa
Aizoaceae - produzem flores bonitas e em grande quantidade, além de formarem raízes e fixarem a terra
4. COBERTURA DO SOLO
Lampranthus productus
5. CERCAS AGRESSIVAS
Opuntia microdasys
Cereus hildmannianus
Podem-se usar os gêneros Agave, Opuntia, Euphorbia, Pereskia e Cereus
6. REVESTIMENTO DE
MUROS DE PEDRAS
Sedum rubrotinctum
Falhas entre as pedras podem ser preenchidas com suculentas de pequeno porte - Echeveria, Sedum e Sempervivum
7. REVESTIMENTO DE PEDRAS E ROCHAS
Crassula falcata
Em pedras de grande porte e rochas, os orifícios podem ser preenchidos com espécies de pequeno porte - Crassuláceas
CULTIVO
LUZ luz solar intensa e direta o maior número de horas possível, tanto para o cultivo em jardim como em recipientes
RECIPIENTES vasos de barro, fibra de vidro, cerâmica, plástico ou metal, cobertos por uma camada de 1 a 2 cm de espessura de cascalho
SOLO arenoso, por ser bem arejado e de fácil drenagem
CULTIVO
ÁGUA é preferível faltar água do que tê-la em excesso
No solo, regar pouco no período de chuvas; na seca, regar uma vez por semana
Em vasos, esperar que a terra seque e procurar regar apenas o solo
CULTIVO
Adubação mineral
Fórmula 10-10-10 ou similar, na quantidade indicada na embalagem
Adubo orgânico
O adubo deve ser bem misturado à terra e não deve ser aplicado nos meses de inverno
CULTIVO
CUIDADOS! Checar as plantas duas vezes por mês para tirar a poeira e folhas mortas
Podas ocasionais beneficiam as plantas
É recomendável trocar a terra a cada ano
Algumas plantas não devem ser regadas
sobre os espinhos, pois podem “melar”
O pH do solo deve estar entre 5.5 e 8.5
PRAGAS E DOENÇAS
Pulgões Pequenos insetos de cor escura, que surgem nas brotações novas. Combatidos com inseticidas fosforados
Apodrecimento Causado por bactérias. É evitado com a moderação das regas, pois o excesso de umidade no solo favorece o crescimento das bactérias
Cochonilhas – Pequenos insetos de coloração branca, esverdeada ou acinzentada. Combatidas com inseticidas.
PRAGAS E DOENÇAS
PROPAGAÇÃOSEMENTES
Crescimento lento, mas que permite a obtenção de um grande número de plantas em uma área pequena
Semeadura em caixas contendo areia
Mudas com 1 a 2 cm de altura devem ser retiradas da caixa e transplantadas para vasos
PROPAGAÇÃO
SEMENTES
Método muito utilizado para as crassuláceas
A touceira é arrancada e as plantas são separadas individualmente, mantendo-se terra junto às raízes
As mudas são plantadas em solo apropriado
PROPAGAÇÃO
DIVISÃO DE TOUCEIRAS
Ramos cortados em pedaços de 5 a 10cm de comprimento e enterrados até 1/3 de seu tamanho em terra arenosa, após cicatrização
Irrigação por cerca de 30 dias, evitando encharcar
Transplante das mudas quando estiverem enraizadas
PROPAGAÇÃOESTAQUIA
PROPAGAÇÃO
ESTACA CAULINAR
Método indicado para crassuláceas e liliáceas
Retirar uma folha inteira e enterrar parcialmente na areia ou na terra arenosa
Quando uma nova planta surgir, transplantar para outro recipiente
PROPAGAÇÃO
FOLHAS
PROPAGAÇÃO
FOLHAS
Cortar a haste pela base, antes do término do florescimento
Dividir em pedaços com 10 cm de comprimento e enterrar em caixas com areia ou terra até a metade da altura
Transplantar para outros recipientes quando surgirem novas plantas
PROPAGAÇÃO
HASTES DE INFLORESCÊNCIAS
Cactos de formato cilíndrico ou esférico produzem brotos
Os brotos podem ser retirados e colocados em areia para enraizar
Os brotos com 5 a 10 cm de diâmetro são os mais indicados
PROPAGAÇÃO
BROTAÇÕES
Plantar brotos de uma espécie com 15 a 20 cm de altura e, após o enraizamento, cortar o ápice na altura de 3 cm
Fazer um corte horizontal na base do broto da espécie que se deseja propagar e justapor na parte superior da planta enraizada
PROPAGAÇÃO
ENXERTIA
CURIOSIDADES
Risco de extinção (coleta e destruição de habitats) Espinhos usados como palitos, agulhas ou
pentes Alimento para gado (Opuntia) Opuntia - produção de álcool Produção de corante de cochonilha Sabão
Fabricação de fibras Construção de casas Toxinas Alimentação (frutos, geléias) Bebidas (tequila) Aloe sp. - hidratante para cabelo e
cicatrizante
CURIOSIDADES
CONTATO
REFERÊNCIAS
BENEDITO, André Luiz Dadona; CORRADINI, Marcus Silva. Cultivo de cactos e suculentas. Santo André, 2006.
BENEDITO, André Luiz Dadona; CORRADINI, Marcus Silva. O jardim de plantas suculentas do Parque Escola.
Disponível em: http://www.jardimdesuculentas.net76.net
GONÇALVES, Antonio Luiz. Plantas suculentas. São Paulo: Instituto de Botânica, 1997. 2 ed. rev.