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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN GRÁFICO Bruna Conceição de Campos Juliana Ferreira da Silva Renata do Nascimento Silva PROJETO EDITORIAL - LIVRO: “AS FASES DA VIDA” CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ 2017

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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN GRÁFICO

Bruna Conceição de Campos

Juliana Ferreira da Silva

Renata do Nascimento Silva

PROJETO EDITORIAL - LIVRO: “AS FASES DA VIDA”

CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ

2017

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Bruna Conceição de Campos Juliana Ferreira da Silva

Renata do Nascimento Silva

PROJETO EDITORIAL - LIVRO: “AS FASES DA VIDA”

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, como requisito parcial para a conclusão do Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico.

Orientador: Alan Rene Lopes Neves

Co-orientador: Júlio Cezar Negri

CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ

2017

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Biblioteca Anton Dakitsch CIP - Catalogação na Publicação

Campos, Bruna Conceição de

C198p Projeto Editorial - Livro "As Fases da Vida" / Bruna Conceição de Campos,

Juliana Ferreira da Silva, Renata do Nascimento Silva - 2016.

56 f.: il. color.

Orientador: Alan Rene Lopes Neves Coorientador: Júlio Cezar Negri

Trabalho de conclusão de curso (graduação) -- Instituto Federal de

Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, Campus Campos Centro, Curso de Superior de Tecnologia em Design Gráfico, Campos dos Goytacazes, RJ, 2016.

Referências: f. 38 a 41.

1. Editorial. 2. Livro. I. Silva, Juliana Ferreira da. II. Silva, Renata do

Nascimento. III. Neves, Alan Rene Lopes, orient. IV. Título.IV. Negri, Júlio Cezar, coorient. V. Título.

Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da Biblioteca Anton Dakitsch do IFF com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

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Bruna Conceição de Campos Juliana Ferreira da Silva

Renata do Nascimento Silva

PROJETO EDITORIAL - LIVRO: “AS FASES DA VIDA”

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, como requisito parcial para a conclusão do Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico.

Aprovadas em 20 de julho de 2017.

BANCA EXAMINADORA

Alan Rene Lopes Neves (Orientador) Especialista em gestão, design e marketing – IFF

Instituto Federal Fluminense – IFF

Júlio Cezar Negri (Coorientador) Tecnólogo em Design Gráfico – IFF Instituto Federal Fluminense – IFF

Leonardo Vasconcellos da Silva Mestre em Planejamento Regional e Gestão de Cidades – UCAM

Instituto Federal Fluminense – IFF

Marcos Antonio Esquef Maciel Prof. Doutor em Educação

Instituto Federal Fluminense – IFF

CONCEITO FINAL: 9,1

CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ

2017

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a todos os mestres,

familiares, colegas e amigos pelo

incentivo, ajuda e inspiração.

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“[ ...] Uma abelha sozinha é apenas um inseto irracional, mas a colmeia possui

inteligência coletiva” Carlos M. Horcades

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------------------------- p.8

2. A ESCRITA ------------------------------------------------------------------------------------------- p.9

3. O LIVRO --------------------------------------------------------------------------------------------- p.13

4. O GRID: CONSTRUÇÃO E DESCONSTRUÇÃO ---------------------------------------– p.14

5. A POESIA ------------------------------------------------------------------------------------------- p.17

6. A ILUSTRAÇÃO ----------------------------------------------------------------------------------- p.19

7. A TIPOGRAFIA, O LETTERING E A CALIGRAFIA –------------------------------------ p.21

8. A PRODUÇÃO GRÁFICA ----------------------------------------------------------------------- p.24

8.1. A HISTÓRIA --------------------------------------------------------------------------------- p.24

8.2. O PROCESSO ----------------------------------------------------------------------------- p. 25

8.3. OS ACABAMENTOS ---------------------------------------------------------------------- p.27

9. O PROJETO -------------------------------------------------------------------------------------- p.30

10. CONCLUSÃO ------------------------------------------------------------------------------------ p.37

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -------------------------------------------------------- p.38

12. APÊNDICES -------------------------------------------------------------------------------------- p.42

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1. INTRODUÇÃO

O design passou e passará por várias mudanças de acordo com os

acontecimentos e tendências de cada época. Vivemos em um momento em que a

tecnologia e a demanda nos forçam a ter resultados rápidos e precisos e a setorizar

o conhecimento.

Com essa divisão de tarefas cada vez mais forte no mercado de trabalho,

percebe-se que muitos profissionais não têm o entendimento do trabalho como um

todo, o que para o designer, significa não fazer parte de todo o processo criativo e

de produção.

Pensando nessa interação, direcionamos nosso trabalho para a confecção de

uma peça gráfica, onde pudéssemos trabalhar várias vertentes do design gráfico.

Sendo assim, decidimos pela produção de um livro.

A história do livro é diretamente ligada à história da escrita, da comunicação e

do surgimento das artes. Seu processo de produção vai desde á junção das palavras

que o autor quer transmitir, passando pela sua parte visual, podendo ou não ter

ilustrações, a escolha do papel, diagramação e por fim, sua impressão e

acabamento.

O presente projeto visa à experiência concreta de todas as fases de

produção de um livro. Desde a escrita, ilustração, impressão até o seu acabamento.

O livro apresentará poesias autorias sobre as fases da vida: infância, adolescência e

adulta. Fases estas que regem o sentido e desenvolvimento da vida humana.

A composição dos textos terá com o recurso de Lettering manual, que será

realizado de forma mais intuitiva, sem o uso de grids fechados e alinhados,

passando assim, uma mensagem não só pela linguagem verbal. Após essa

construção, chega à vez da parte gráfica, onde o acabamento e construção serão

realizados nos programas gráficos InDesing e Photoshop. E por fim, decidimos por

uma impressão em papel reciclado, por aplicação de verniz localizado na capa, e

pela encadernação manual.

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2. A ESCRITA

A escrita nasceu da imagem, pois antes de escrever, o homem desenhava.

Na Pré-História o homem manifestava seus sentimentos através de desenhos feitos

nas paredes das cavernas. Através deste tipo de representação, que conhecemos

como pintura rupestre, eles transmitiam ideais, necessidade e o seu cotidiano. Assim

podemos afirmar que muitos estudiosos da história da escrita são categóricos em

afirmar que as pinturas rupestres não chegam a representar um ensaio da escrita.

Não vamos considerar escritas os desenhos rupestres das cavernas pré-históricas, que eram manifestações artísticas e mais emocionais do que o ato racional de criar sinais que representam ideias quando associados, gerando então os alfabetos. (HORCADES, 2007, p.16).

A necessidade de se comunicar e registrar essa comunicação é a força

geradora de toda a evolução da escrita. Desde os primórdios dos tempos o homem

sente essa necessidade e assim surgiu a Pictografia que é uma forma de escrita

pela qual as ideias são transmitidas por meio de ilustrações. Não podemos

considerá-la como escrita propriamente elaborada, mas como o primeiro indício de

surgimento da escrita como conhecemos. E ela é a base da escrita cuneiforme e

dos hieróglifos.

Desenhos feitos nas cavernas (Figura 1)

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Segundo, Horcades, em A evolução da Escrita, 2007, a escrita cuneiforme foi

desenvolvida pelos sumérios, na antiga Mesopotâmia por volta de 4.000 A.C. Eles

usavam placas de barro, onde cunhavam esta escrita. Muito do que sabemos hoje

sobre este período da história, devemos as placas de argila com registros cotidianos,

administrativos, econômicos e políticos da época. Esta é a mais antiga forma de

escrita conhecida pela humanidade. Os glifos cuneiformes se desenvolveram ao

longo do tempo, passando de pictogramas a formas mais simples e abstrata. A

escrita cuneiforme foi adotada e adaptada pelos povos vizinhos, os Acadianos,

Babilônicos Elamitas, Hititas e Assírios.

(Figura 2)

Exemplos de escrita cuneiforme (Figura 3)

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Os egípcios antigos também desenvolveram a escrita quase na mesma época

que os sumérios. Existiam duas formas de escrita no Antigo Egito: a hieroglífica

(mais complexa e formada por desenhos e símbolos) e a demótica (mais

simplificada).

As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam

sobre a vida dos faraós, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores.

Uma espécie de papel chamada papiro, que era produzida a partir de uma planta de

mesmo nome, também era utilizado para escrever.

Aos nobres e aos sacerdotes, a escrita era fundamental para manter seus nomes e doutrinas gravadas. Em 2000 a.C, aproximadamente, havia quatro escritas mais importantes no Oriente Médio: a escrita pictográfica dos hititas, os hieróglifos, uma escrita de Micenas e a cuneiforme dos sumérios. (HORCADES, 2007, p.19)

Já os Fenícios, durante o progresso de suas atividades comerciais,

precisavam ter seus produtos registrados, e foi assim que a cultura fenícia

desenvolveu um sistema de símbolos que facilitou o processo de comunicação tão

importante que viria a influenciar na origem do alfabeto ocidental como conhecemos.

Os fenícios, povo mercador e navegador, abarrotaram seus navios com todo tipo de mercadorias e saíam pelo mundo trocando e vendendo bens. Umas das “mercadorias” deixadas para outros povos foi o seu alfabeto, que desembarcou na Grécia, onde foi absorvido e transformado no grego arcaico” (HORCADES, 2007, p.20)

Esse sistema de símbolos consistia em um alfabeto fonético formado por vinte

e duas letras. A civilização greco-romana, considerada berço de várias línguas

atuais, teve visível influência do sistema gráfico fenício.

Os fenícios e suas atividades comerciais (Figura 4)

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Rotas comerciais dos Fenícios (Figura 5)

Já em Roma Antiga, no alfabeto romano havia somente letras maiúsculas.

Contudo, na época em que estas começaram a ser escritas nos pergaminhos, com

auxílio de hastes de bambu ou penas de patos e outras aves, ocorreu uma

modificação em sua forma original e, posteriormente, criou-se um novo estilo de

escrita denominado uncial1. O novo estilo resistiu até o século VIII e foi utilizado na

escritura de Bíblias lindamente escritas.

A escrita possibilitou o acúmulo de conhecimento humano. Antes dela, tudo o que um homem aprendia durante a vida morria com ele. Depois da invenção da escrita, o conhecimento passou a se acumular e a não se perder, assim, ao nascer, o homem tem a seu dispor toda a experiência e as descobertas de seus antecessores. (HORCADES, 2007, p.16)

O período em que surgiram os primeiros escritos marcou a passagem entre a

pré-história e a história. A importância da escrita para a conservação de registros

permite o armazenamento e a propagação de por gerações.

1 Uncial é uma grafia particular dos alfabetos latino e grego, utilizada a partir do século III ao século

VIII nos manuscritos, pelos amanuenses latinos e bizantinos.

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3. O LIVRO

A produção de livros pode ser considerada uma das primeiras atividades na

História do Design Gráfico. Os livros eram primeiramente encomendas da Igreja

Católica. Eles eram copiados pelos monges. (FAWCETT-TANG, 2007, p.6)

Muitos designers seguem padrões de proporções, enquanto outros preferem

fugir de todas as regras. Ainda assim, uma série de critérios deve ser especificada:

torna-se necessário definir e integrar tipografia, papel, formato e acabamento

adequados para cada livro. Embora as técnicas de produção de livros estejam se

desenvolvendo em um crescente processo de sofisticação, e a capa do mesmo

esteja sujeita aos modismos do design gráfico, o interior do livro tem sido

basicamente o mesmo formato desde as primeiras cópias feitas pelos romanos.

É difícil generalizar sobre as tendências atuais do design do livro. O design editorial (como em qualquer espécie de design, como o de embalagem, etc) está sempre sujeito a mudanças de rumo e de abordagens estilísticas que influenciam o design gráfico como um todo. Embora seja possível notar a preferência pelo tipo sem serifa ou perceber o aumento do uso de certos estilos fotográficos, a tendência mais significativa do design no momento, é o "vale tudo". Os designers irão até onde for necessário para criar o design mais apropriado ao conteúdo e ao público-alvo do livro. (FAWCETT-TANG,2007, p.7).

Para Fawcett-Tang, (2007, p.6), “O design do livro tem-se tornado cada vez

mais importante no processo editorial, graças à competição entre os editores e ao

desenvolvimento de um público leitor que, ao deparar-se com dois títulos de

conteúdo semelhante e mesmo preço irá escolher o que for mais atraente ao olhar,

que ofereça melhor leitura e que apresente a informação da maneira mais clara e

compreensível”. Para o autor, o design de livros é considerado uma arte invisível e o

designer gráfico deve levar em consideração três clientes nesse projeto: o autor, o

leitor e o editor. Sendo que a comunicação entre os três deve ser clara e eficiente,

principalmente nos momentos iniciais do projeto.

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4. O GRID: CONSTRUÇÃO E DESCONSTRUÇÃO

A história do grid está diretamente associada com a própria história do Design

e estes se misturam com as mudanças sociais e tecnológicas da nossa sociedade. A

mudança de vida da sociedade ocidental, no período da Revolução Industrial, fez

com que o design adquirisse um importante papel, pois a sociedade passou a ter

como consumir produtos.

E para atender à demanda do consumo, a sociedade pós-guerra precisava de

uma ordem, e várias escolas artísticas contribuíram para essa organização, tanto na

arquitetura, como nas artes e na tipografia. Como cita Timothy Samara em Grid,

Construção e Desconstrução, “o racionalismo e o experimentalismo se tornaram

ferramentas para construir uma nova ordem social”. O uso do grid passou a ser uma

maneira eficiente para unificar os programas de comunicação visual de grandes

empresas e eventos. Ainda segundo o autor, a história do grid faz parte da evolução

das reflexões dos designers sobre o design, e é uma resposta a problemas

específicos de produção e comunicação.

O grid que foi estabelecido no modernismo reafirmou o senso de ordem,

formalizando-o ainda mais e transformando-o em parte integrante do design. O grid é

uma forma de ordenar todas as informações de uma composição. Ele é um conjunto

de relações de alinhamento que funcionam como guias para a distribuição de

elementos em um formato. Eles definem sistemas para a disposição de conteúdo em

páginas, telas ou ambientes construídos.

O grid foi o pilar de vários trabalhos de identidade corporativa, design de livros

e de interiores. No século XXI, o uso de grids desenvolvidos na Europa nos últimos

150 anos continua presente no design gráfico. Ele pode se apresentar em diversos

modelos, podendo ser retangular, com uma estrutura mais simples e básica, com

uma grande área retangular que acomoda um texto corrido; de colunas, que podem

ser dependentes (textos corridos) ou independentes (pequenos blocos de textos),

sendo um grid muito flexível e pode ser utilizado para separar diversos tipos de

informações e que pode ser formado por dois, três, quatro ou mais grids diferentes;

modular, com muitas guias horizontais, que criam uma matriz de células que são os

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módulos, que juntos criam áreas chamadas zonas espaciais que recebem funções

especificas. Esse tipo de grid é utilizado em projetos mais complexos que exigem

um grau maior de controle; ou hierárquico, que são usados quando as exigências

visuais e informativas de um projeto demandam um grid especial que não se encaixa

em nenhuma categoria, eles se adaptam às exigências da informação, mas se

baseiam mais numa disposição intuitiva dos alinhamentos, posicionados conforme

os elementos, do que na repetição regular dos intervalos. A página de internet é um

exemplo desse tipo de grid.

Exemplos de grid

“Para alguns designers gráficos, ele é parte incontestável do processo de trabalho, oferecendo precisão, ordem e clareza. Para outros, é símbolo da opressão estética da velha guarda, prisão sufocante que atrapalha a busca de expressão.” (SAMARA, 2015, p.9).

O desenvolvimento da tecnologia no pós-guerra de um lado nos proporcionou

meios de produção, mecanização e pensamento estético, mas também houve

crescimento na crueldade e na destruição. Vários movimentos surgiram em reação à

Primeira Guerra, como as imagens do art nouveau, que mostravam a busca do

individual, do orgânico e do singular; as obras agressivas do expressionismo que

abordavam o sofrimento da condição humana e o dadaísmo e o surrealismo que

exploravam o subconsciente. As questões sociais estavam presentes em

pensamentos de diversas manifestações e não foi diferente no design gráfico.

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“Às vezes, o conteúdo tem uma estrutura interna própria que nem sempre o grid consegue esclarecer; às vezes, o conteúdo deve ignorar totalmente a estrutura para criar tipos específicos de reações emotivas no público-alvo; às vezes, o designer simplesmente quer um envolvimento intelectual com o público, como parte de seu contato com o objeto”. (SAMARA, 2015, p. 120).

Com isso se deu uma nova analogia visual, uma representação abstrata,

emocional, cheia de simbolismos e dinamismo. E o grid também começou a ser

desconstruído. Essa desconstrução não se dá por meios aleatórios, mas intuitivo,

como por exemplo, ao escrever um texto e levar em consideração a linguagem oral,

ao ritmo da fala, ao uso de tipografias pesadas para representar palavras “fortes” ou

aumentando o espaço entre elas para marcar um ritmo.

(Figura 6)

Exemplos de descontrção do grid. (Figura 7)

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5. A POESIA

Do grego poiesis, poesia, no sentido etimológico, significa “produção artística”

ou ainda “criar” e “fazer”. Essa, portanto, está presente não apenas em poemas, mas

também em objetos, paisagens e outras formas de expressão.

As poesias são caracterizadas pela utilização de recursos para expressar a

linguagem de forma especial e diferente do normal, e provoca diversos efeitos de

sentido naqueles que recebem a mensagem. É esta forma de escrita que é

responsável por dar sentimento ao conteúdo descrito pelas palavras em obras.

Graças a ela, os textos possuem emoções e transpassam aos leitores.

.

A poesia, antes de tudo, é a transfiguração da realidade em expressão de beleza e de contemplação emocional. Ela desperta a sensibilidade e os valores estéticos. Aprimora as emoções e a sensibilidade, aguça sensações. Brinca com múltiplos significados, materializa o prazer, torna a criança receptiva às manifestações de beleza. É comunicação, fonte de saber. É profundidade. (ZIBERMAN, 2005, p. 141).

Dentre os recursos usados para causar efeitos e sensações em quem está

lendo, estão os recursos sonoros, como por exemplo, o ritmo, a rima, a aliteração,

entre outros, e o uso da linguagem para sugerir imagens, como as metáforas e as

personificações, por exemplo.

A poesia também pode ter o texto, imagens e símbolos organizados de modo

que juntos formam o elemento principal da obra, formando assim, uma poesia visual.

A mensagem poética é formada por formas diferentes e não pela escrita linear como

conhecemos, fazendo com que o resultado final tenha um caráter mais artístico.

Segundo Antônio Miranda, a poesia visual é “uma tentativa de romper com a ditadura

da forma discursiva do poema, de vencer o domínio da gramática ou mesmo de

superar a construção prosística na poesia”. Esse uso simultâneo de signos verbais e

não verbais como recurso, faz com que a poesia visual seja a mensagem passada

pela imagem, quase sempre sem necessitar do recurso da palavra.

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Exemplos de poesia visual (Figura 8)

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6. A ILUSTRAÇÃO

A ilustração é um elemento importante na história da comunicação visual da

humanidade. Desde o tempo das cavernas o homem já utiliza de grafismos para

expressar sua vida cotidiana e transmitir mensagens.

Sangue, terra e folhas foram suas primeiras tintas. Pergaminho, seu papel.

Depois conforme sua evolução e descobertas e tecnologias, descoberta de tintas,

impressão, descobriu várias técnicas de impressão. Como madeira e metal ou

pedra, para a litografia. Os primeiros livros, as ilustrações eram feitas à mão, com a

invenção da tipografia, um sistema que possibilitou a produção em série de produtos

bibliográficos. No entanto, as ilustrações -quando necessárias- eram feitas através

de xilogravura.

Dois métodos foram decisivos o desenvolvimento da ilustração: o

aperfeiçoamento da xilografia e a invenção da litrografia, na qual a imagem era

reproduzida a partir de tinta oleosa sobre pedra calcária (no futuro também se

empregaria a prancha de zinco). Esses sistemas foram os primórdios das cópias das

imagens.

Exemplo de Xilogravura (Figura 9)

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Ilustração em Litografia (Figura 10)

A ilustração não vem junto ao texto apenas para decorá-lo, mas para fazer

uma relação direta com ele. O ilustrador pode contribuir para enriquecer ainda mais

um texto, o tornando rico em detalhes. Ao longo do tempo a ilustração evoluiu com o

desenvolvimento tecnológico, as imagens agora passaram a transmitir não a

informação crua, mas também ideias e conceitos.

Segundo Lima, (2009, p. 29), A ilustração é uma arte instrutiva, pois

desenvolve nosso conhecimento visual e a percepção das coisas. Sendo através da

imagem que podemos reconstruir o passado, refletir sobre o presente e imaginar o

futuro, ou até mesmo criar situações impossíveis no mundo real. A ilustração é uma

forma de arte visual que, por sua criatividade, projeção, estilo ou forma, amplia,

diversifica e pode até, por vezes, ir muito além da própria leitura do texto narrado.

A obra de um ilustrador é uma arte, porque, assim como os pintores,

os escultores, os músicos ou outros artistas, ele tem a necessidade de fazer compreensíveis seus sonhos e, através de sua capacidade profissional, interpretar o mundo em que vive com sua visão imaginativa. O livro infantil ilustrado pode ser encarado como uma espécie de ritual iniciatório, que obedecerá a uma série de etapas progressivas na formação de um homem esteticamente civilizado. (LIMA, 2009, p. 29)

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7. A TIPOGRAFIA, O LETTERING E A CALIGRAFIA

(Figura 11)

A tipografia (do gregos typos “forma” e graphein “escrita”) nasce da antiga arte

de arranjar os tipos para impressão. Esse trabalho envolve a seleção de tipos já

existentes para criar novos designs. O arranjo de tipos envolve a seleção de fontes,

tamanhos e diversas técnicas de espaçamento (kerning, leading, tracking).

A tipografia é mais conhecida atualmente como o processo de diagramação

de textos para livros, jornais, revistas, panfletos, etc. Seu objetivo principal é criar

forma e estrutura para toda comunicação escrita. A tipografia é um conjunto de

matrizes de letras reproduzíveis e combináveis entre si. Cada caractere é como uma

peça que compomos e usamos para formar o texto, tanto na tipografia tradicional,

com tipos móveis, como na tipografia digital. O nível de integração com o conceito

do design faz da tipografia umas das mais poderosas ferramentas no design.

“Um dos princípios da tipografia duradoura é sempre a

legibilidade; outro é algo além da legibilidade: é algum

interesse, merecido ou não, que empresta sua energia vital à

página. Ele adota diversas formas e recebe vários nomes,

incluindo serenidade, vivacidade, riso, graça e alegria”

(BRINGHURST, 2005)

Os tipos móveis, inventados por Johannes Gutenberg na Alemanha no início

do século XV, revolucionaram a escrita no Ocidente. Ao contrário dos escribas, que

fabricavam livros e documentos à mão, a impressão com tipos permitia a produção

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em massa. Grandes quantidades de letras podiam ser fundidas a partir de um molde

e concatenadas em “formas”. Depois que as páginas eram revisadas, corrigidas e

impressas, as letras eram dispensadas em caixas subdivididas para reutilização.

Exemplos de tipos móveis criados por Johannes Gutemberg (Figura 12)

O lettering é a arte de desenhar letras criadas para um trabalho específico

utilizando formas compostas para formação das letras. Pode ser feito tanto de forma

tradicional como digital, se desprendendo de limitações e oferecendo a liberdade de

criar sem a necessidade de se seguir um modelo de escrita. Um lettering pode imitar

a caligrafia, mas por ser feito a partir do desenho de formas compostas, não será

uma caligrafia. O lettering é usado para criação de logotipos, pinturas de sinalização,

pôsteres, frases para camisetas e uma infinidade de outros trabalhos.

“A criação manual de letras permite aos artistas gráficos integrar imaginário de texto, transformando o design e a ilustração em práticas fluentemente integradas. O design de letras pode emular tipos existentes ou derivar do estilo de desenho ou escrita do próprio artista. Os designers podem criar letterings à mão e por meio de software, em geral combinando diversas técnicas.” (LUPTON, 2013).

O lettering é a arte de desenhar as letras. Ele é uma combinação de letras

trabalhadas harmoniosamente para um único uso e finalidade. O lettering é o

desenho de letras feito à mão, com lápis ou canetas. Mas há também quem trabalhe

isso diretamente no computador.

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Exemplos de Lettering (Figura 13)

Já a caligrafia (do grego kalli “beleza” e graphẽ “escrita”) é a arte de escrever

letras. Escribas dominavam a arte da escrita e seus livros podem ser considerados

obras de arte. Hoje em dia o uso de tipos para escrita têm dominado um espaço

muito grande e a caligrafia vem sendo deixada de lado, afinal, tem sido cada vez

mais raro as vezes que precisamos escrever algum texto longo a mão.

Exemplos de caligrafia (Figura 14)

Esta técnica envolve o estudo das letras e de sua execução em um formato e

ordem definidos segundo modelos caligráficos. A caligrafia requer bastante treino e

seu resultado depende da habilidade técnica do calígrafo e dos instrumentos

utilizados em seu trabalho ela é muito mais adequada para longas leituras do que o

lettering. A caligrafia pode ser transformada em um lettering, se manipulada

posteriormente à mão ou no computador. Ela é muito utilizada para criação de

convites, logotipos, documentos, mapas e em outros trabalhos envolvendo a escrita.

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8. A PRODUÇÃO GRÁFICA

8.1 A HISTÓRIA

A imprensa é outra das contribuições de Gutenberg. Depois da invenção dos

tipos móveis, ele inventou um método para imprimir. As imprensas na Idade Média

eram simples tabelas gordas e pesadas ou blocos de pedra que se apoiavam sobre

a matriz de impressão já entintada para transferir sua imagem ao pergaminho ou

papel. A imprensa de Gutenberg é uma adaptação daquelas usadas para espremer

o suco das uvas na fabricação do vinho, com as quais Gutenberg estava

familiarizado, pois Mogúncia, onde nasceu e viveu, está no vale do Reno, uma

região vinícola desde a época dos romanos.

O primeiro livro impresso por Gutenberg foi a Bíblia, processo que se iniciou

cerca de 1450 e que terá terminado cinco anos depois em Março de 1455.

Imagem da primeira bíblia impressa por Gutemberg ( Fonte Interent ) (Figura 15)

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8.2 O PROCESSO

Entende-se por produção gráfica todas as fases envolvidas na materialização

de qualquer projeto. A impressão por sua vez é uma das fases do processo onde a

transferência de pigmentos de uma matriz para um suporte, visa à obtenção de

cópias. Os suportes podem ser de diferentes materiais, como papel, plástico,

madeira, metal, tecidos, etc.

As cores também têm sua função na impressão. Elas são formadas através

de retículas, que são pequenos pontos, que variando de tamanho e de matiz,

misturam-se em nossa visão, causando uma percepção ótica que simulam uma

variação natural das formas que estão sendo produzidas. O processo de produção

gráfica pode simular todo o universo cromático das imagens.

Entre os mais variados processos de produção gráfica está a impressão em

Offset, que é um processo planográfico cuja essência consiste em repulsão entre

água e gordura (tinta gordurosa). É um dos sistemas mais utilizados, devido à alta

qualidade e o baixo custo que oferece principalmente para grandes quantidades. As

máquinas offset podem ser planas, para médias e baixas tiragens ou rotativas para

grandes tiragens.

Exemplo de modo de impressão Offset (Figura 16)

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Os processos de impressão exigem a confecção de fotolitos e as

subsequentes chapas de impressão. Esse sistema permite o uso de várias cores,

uniformes ou meios tons (retículas), de modo que as cópias obtidas podem ser de

alta qualidade. Segundo Silva, (2008), a imagem reticulada é obtida por um

processo que compreende várias etapas. A primeira dela é a digitalização da

imagem, que então, é processada em softwares de tratamento de imagens. O

passo seguinte é o fechamento dos arquivos.

Exemplos de fotolitos (Figura 17)

Exemplo de imagem reticulada (Figura 18)

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8.3 OS ACABAMENTOS

A parte de acabamentos ou pós-impressão, abrange todo o processo de

finalização de um material impresso. Existem varias técnicas de acabamentos. Para

acabamentos e enobrecimento de materiais impressos, podemos contar com

aplicações de vários tipos de vernizes para diversas finalidades; laminações diversas

que visam aumentar a durabilidade da peça gráfica ou produzir efeitos diferenciados.

Segundo Paulo Silva, em Produção Gráfica – Novas Tecnologias, o verniz

pode ser brilhante, fosco, cintilante, polarizado, reticulado, texturizado ou até mesmo

aromático. Estes vernizes podem ser aplicados na área total do impresso, ou

localizado em uma região específica, deixando o material mais sofisticado, causando

também sensações táteis, visuais e aromáticas com o público alvo.

Exemplo de verniz localizado (Figura 19)

Após a impressão também podemos aplicar nos impressos uma lâmina de

plástico que tem a função de proteger o impresso e dar destaque de brilho ou

opacidade. Essas laminações podem ser: foscas, brilhantes, holográficas, gofradas e

metalizadas.

Exemplo de laminação fosca (Figura 20)

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Partindo para a fase de encadernação, o primeiro passo é o agrupamento

dos cadernos. As páginas são colocadas em sequência determinada para atender

aos requesitos das dobras e intercalação de páginas posteriores.

“No momento da imposição de páginas, na folha de montagem são indicados todos os parâmetros necessários para a finalização e impressão do trabalho: área de mancha, área de impressão, marcas de corte, cruzes de registro, marcas de dobras, margeador de impressão e margens de pinça para a máquina impressora.” (SILVA, 2008).

Para a confecção de um livro de capa dura, temos três fases de produção: a

preparação do miolo, preparação da capa e encadernação. A preparação do miolo

consiste em dobrar as folhas internas, formando cadernos que são costurados. A

capa é formada por peças de papelão cobertas com papel ou tecido, que são

impressas ou gravadas identificando o livro. O miolo depois é encaixado na capa.

Mais do que uma simples maneira de juntar folhas, a encadernação ajuda na

organização, seleção, apresentação e na preservação das obras. Sendo assim, na

hora de escolher qual vai ser o tipo utilizado, é importante pensar na finalidade, no

formato, no material e na importância do trabalho.

Existem várias formas de encadernação tanto industrial quanto artesanal.

Entre os tipos de encadernações industriais estão a Brochura, a Canoa, a Espiral, A

Encadernação estilo Longstitch, e a Wire-o. Existem também muitas formas de

encadernações artesanais.

Tipo de encadernação Wire-o (Figura 21)

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Já na encadernação artesanal todo o processo é feito manualmente, desde o

corte do papel que vai compor o miolo, até os detalhes da fixação do miolo a capa.

Existem várias costuras que além de embelezar são responsáveis por estruturar o

livro fixando-o a lombada.

Exemplo de encadernação artisanal (Figura 22)

Os livros antigos sempre eram encadernados em capa dura e o revestimento

usado na sua maioria era o couro. A costura ficava escondida na lombada e era feita

sobre cordas (barbantes), por isso a nervura na lombada que vemos em muitos

livros antigos.

Ilustração sobre o processo de encadernação (Figura 23)

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9. O PROJETO

Hoje com a tecnologia, está cada vez mais difícil de vermos uma pessoa

lendo um livro, as pessoas estão voltadas para jogos virtuais, computadores, tablets,

celulares e outras opções fazem com que eles não usufruam mais o tempo livre

lendo um livro, a cada dia tem ficado mais difícil e com isso há uma preocupação

também no desenvolvimento, pois com a dificuldade na leitura, a escrita e até

mesmo na fala chegam a ser prejudicados. Para resgatar o interesse pela prática da

leitura, escolhemos a confecção de um livro ilustrado e colorido. Desenvolver esse

projeto é ter uma esperança que essa realidade possa mudar.

Com a proposta de confecção de um livro, a primeira etapa foi à escrita das

poesias e frases sobre as fases da vida. Escolhemos diversos temas da trajetória de

vida de um ser humano, seus prazeres, descobertas e vontades, através de

perspectiva de cada idade sobre o mesmo tema. O projeto tem como público alvo

indivíduos a partir de sete anos. O livro foi dividido em três capítulos, fazendo

relação ás três fases da vida de um ser humano, que são a infância, adolescência e

a fase adulta.

Como referencia, tivemos o livro Pó de Lua, da autora Clarice Freire. ( Fotos retiradas da

internet ) (Figura 24)

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Entendemos que a ilustração aliada ao texto é um ótimo recurso para se

chamar a atenção dos leitores, com essa base, realizamos várias formas, através de

lettering, pinturas, massinha entre outros para exercer essa função. Após essa

escolha, o desenho final do foi feito com caneta nanquim, brusher e sharpie,

seguindo para a parte da digitalização, foram realizados ajustes no Photoshop.

Início do processo de ilustração do projeto (Figura 25)

Para cada poesia foram feitos vários esboços para determinar quais seriam as

melhores composições para cada Lettering. Em todo o projeto, fizemos uma

combinação segundo nossa necessidade omitindo a estrutura fechada do grid.

Rascunhos das poesias com a descontrução do grid (Figura 26)

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Para cada palavra de uma poesia o lettering foi desenhado manualmente para

que o sentido da poesia fosse passado e que cada palavra tivesse seu peso, cor e

desse significado no seu contexto geral. Adicionamos à poesia algumas ilustrações

que agregassem na composição para melhor compreensão do poema.

Rascunho inicial de uma poesia (Figura 27)

Exemplo de poe (Figura 28)

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Exemplo da mesma poesia já finalizada com ilustrações (Figura 29)

O conceito da capa foi pensado nas fases da vida, na alegria da infância, em

contraste de cores e usos de massinha de modelar, material que proporcionasse

mais vida e com textura, optamos em não intervir digitalmente no acabamento

digitalizado para que tivéssemos um resultado mais próximo do manuseio real da

massinha.

Inspiração ( Fotos retiradas da internet) (Figura 30)

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Teste feito com massinha de modelar (Figura 31)

Teste feito com massinha de modelar (Figura 32)

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Aplicação para a confecção da capa com massinha de modelar (Figura 33)

Após definição de tipografias, conteúdo, nome do livro, capítulos e ilustrações,

passamos para a etapa de produção do material gráfico. Sua impressão foi realizada

em papel duplex, 4/0, laminação fosca e verniz localizado. Já o miolo foi impresso

em papel reciclado e impressão offset. Na capa, escolhemos aplicações de verniz no

título do livro e a laminação fosca em toda a área. Após material impresso, foi a

realizada a encadernação artesanal, utilizando para papel Paraná, cola cascorez e

barbante.

Processo de encadernação manual com barbante (Figura 34)

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Processo de confecção manual da capa (Figura 35)

A diagramação foi realizada no programa In Design, o livro tem o formato A4

aberto, sendo 297mm X 210mm e fechado um A5, sendo 148mm X 210mm, com 60

páginas.

Os livros, como se vê, têm um papel importante em nossas vidas, nós os

usamos para aprender, para esclarecer e para nos inspirar durante a vida. Em um

mundo cada vez mais digital, os livros ainda sim representam a permanência e

continuidade. A qualidade tátil dos livros é um prazer que não pode ser subestimado,

e é o que assegura sua longevidade. Um futuro sem livros é impensável e

completamente indesejável. Escolhemos fazer um livro, pois através desta peça

gráfica conseguimos reunir e executar a maior quantidade de áreas do design

gráfico.

Imagens dos livros já prontos (Figura 36)

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10. CONCLUSÃO

O livro é uma das peças gráficas mais importantes para o trabalho do

designer. Seu processo de criação une várias vertentes do design, seja na escolha

da família tipográfica, no tamanho de fontes, nos grids, nas cores, nas ilustrações,

na escolha do papel, na produção da capa e impressão.

Este trabalho teve como finalidade a produção de um livro de poesias e frases

autorais, visando à participação do designer em todas as suas fases de produção até

a sua encadernação. A técnica manual foi utilizada em grande parte do trabalho,

indo desde o lettering, á composição da capa, até a sua encadernação.

Para melhor embasamento da nossa temática, explanamos aqui uma breve

história do surgimento da escrita e do livro. A escrita foi uma das principais

consequências do surgimento das antigas civilizações. Com a escrita, o ser humano

criou uma forma de registrar suas ideias e de se comunicar. A linguagem escrita é

importante porque permite que fatos históricos e todo o conhecimento adquirido ao

longo do tempo sejam registrados e passados para as futuras gerações.

Exemplificamos a diferença entre caligrafia, tipografia e lettering, que por

muitos são confundidas; e apresentamos o processo de criação das poesias e de

como o Lettering e o uso de grid livre contribuíram para a formação de poesias

visuais.

Buscamos a interação em todos os passos que permeiam a produção de um

livro. Acreditamos que o designer precisa ser conhecedor de todas essas etapas,

para, assim, entender as dificuldades e aproveitar o leque de opções que ele tem em

suas mãos.

Fazer um livro é uma experiência enriquecedora. Citado até em um ditado

popular como uma das principais coisas que uma pessoa deve fazer em sua vida,

acreditamos que este também deva ser um dos principais projetos na vida de um

designer.

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12. Apêndice: Livro

Capa e 4º Capa

Falsa Folha de Rosto

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Folha de Rosto

Ficha Catalográfica

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Capítulo Infância

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Capítulo Adolescência

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Capítulo Adulta

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