Brigador - PCP
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BrigadorPaulo Cesar Pinheiro - Pedro Amorim
A briga de amor não tem capoeira pra encararVai chorar de dor quem der a primeira sem pensarE quem me ensinou foi Besouro MangagáSó se sagra vencedor, na roda de amor, quem não brigar
Quem é lutador derruba aroeira sem quebrarHomem de valor jamais faz uma mulher chorarE quem me ensinou foi Bisouro MangagáNunca vai ser sofredor na roda de amor quem sabe amar
Cordão de ouro sempre me disse seu doutorQue amor é bom mas tem que saber tratarTem que ter coração de beija-florTem que ter folêgo de gatoTem camará que mangangá falouQue cai de quatro quando quer brigar de amor
É Santo Antônio Grade meu santo protetorPorque valente em roda de amor não háTem que se proteger do traidorTem que ser capitão do matoTem patuá que Mangangá rezouQue cai no ato pra quem quer brigar de amor
“Serena" - Ilessi (Paulo César Pinheiro / Pedro Amorim)"Você e eu não temos maisAmarras pra nos segurar no caisMas você quer o seu navioLonge de todo o mar bravioSó que eu prefiro o marE acho até que já parei tempo demaisPois quero é navegarPor isso é que você e eu não temos maisAs rotas de navegação iguaisVocê só quer estar por pertoDos portos de caminho certoMas meu destino é o mar abertoDispenso os litoraisNem quero olhar pra trásVocê é diferenteSó gosta das praias e areais Eu quero o mar correnteQue nem sei pra onde me levaEu quero ver a treva, eu quero o abismoEu quero o cataclismoEu quero os temporaisNão sei ficar assimComo quem chega ao fimCom âncora jogada ao fundoContemplando o mundo, sem saber dos ventosSem saber nem mesmo os pontos cardeaisNão quero ter apenas o seu norte, água serenaEu quero muito maisOs maremotos, os rodamoinhos e os vendavais Porque a bem da verdadeÉ só na tempestade Que eu me sinto em paz."
PONTA DE PUNHAL - Pedro Amorim e Paulo César Pinheiro
Ponta de punhalVivi contigo sem saberMas eu não tenho bola de cristalÓdio fraternalTu me abraçavas e eu não sei por que me sentia mal
Veneno de serpenteTu me beijavas com teu lábio quenteMas a peçonha tava no teu denteCarinho de cobra coral
Pérfido sinalMostra a pobreza de um espírito hoje eu seiQuem nasce nobre, vive e morre que nem reiQuem nasce pobre morre igual
Ponta de punhalComigo tinhas bem-quererPor trás de mim tu eras meu rivalOlho cordialMas tinha algo que eu não sei dizerQue era desleal
Presença de tridenteTu só querias chegar lá na frenteFazendo sempre o que é convenientePara subir mais um degrau
Ai, pobre idealQuem sobe assim a queda é feia eu já aviseiLei do retorno ainda é a grande leiE ela chega no finalE vem pra corrigir o mal
Tudo é naturalNinguém na vida vai ter menos ou ter maisO que tu temes na verdade é o que terásAntes de teres pedra e cal