Brasília Capital 250
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PÁGINA 10
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PÁGINA 14
Lei anticorrupção exige nova cultura
O segredo da felicidade
Conversa de passarinheiro
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Brasília, 12 a 18 de março de 2016 Ano VI - 250
A cobra vai
fumar
O ar vai
ficar pesado em Brasília no
domingo (13). Manifestações contra
e a favor do governo vão tomar conta das ruas. Se os
dois grupos se cruzarem,
Fora Dilma
Não vai ter golpe
PÁGINAS 2 e 3
PÁGINA 4
PÁGINA 6
Pelaí
o kujuba
sebastião nery
Excesso de honestidade derruba
presidente da Terracap
Antônio Albuquerque: a vitória da toga
da dignidade
Pecado da gula levou João Santana, o Tio
Patinhas, para a cadeia
Claudio Sampaio
Fernanda Sampaio
JoSé matoS
Brasil dividido
tanCredo maia Filho
Rollemberg sofre sem diálogo
JoSé mauríCio doS SantoS
PÁGINAS 7 a 9
2 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 [email protected]ítica
E x p E d i E n t E
Diretor de Redação Orlando Pontes
Diretor de Arte Gabriel Pontes
Diretor Comercial Júlio Pontes
Diretor-ExecutivoDaniel Olival
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Impressão Gráfica Jornal Brasília aGora TIragem 20.000 exem-
plares DIsTrIbuIção plano piloto (sede dos poderes leGislativo
e executivo, empresas estatais e privadas), cruzeiro, sudoeste,
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vicente pires, áGuas claras, soBradinho, sia, núcleo Bandeiran-
te, candanGolândia, laGo oeste, colorado/taquari, Gama, santa
maria, alexânia / olhos d’áGua (Go), aBadiânia (Go), áGuas
lindas (Go), valparaíso (Go), Jardim inGá (Go) e luziânia (Go).
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CIrCulação aos sáBados.
CART
AS
Jararaca deita e rola
Hoje a programação da Globo é: Bom dia Lula, Mais Lula, Bem Lula, Encontro com Lula, Lula TV, Lula Esporte, Lula Hoje, Vídeo Lula, Sessão do Lula, Vale a Pena Ver o Lula de Novo, Lulação, Eta Lula Bom,Totalmente Lula, Jornal Lula, A Regra do Lula, Big Lula Brasil, Lula Repórter e Jornal
do Lula.nNoé Sampaio Ferreira, via Facebook
A Lava Jato nunca teve nenhum compromisso em combater a corrupção. Ela foi estruturada para tentar atingir o Lula. Basta observar que as menções ao Aécio, ao FHC e ao Álvaro Dias são solenemente jogadas para
debaixo do tapete do tucanato. Quer dizer que um barco de lata é mais importante que um aeroporto familiar construído para facilitar a chegada de mercadoria em segurança na casa do consumidor? A Lista de Furnas é ignorada. A amante dizer que recebia mesada de FHC por meio de empresa do amigo pode? Como diz o Lula: que enfiem a
Lava Jato no c...n Alfredo Bessow, via Whatsapp
Acho que a porrada na cabeça foi tão forte que a jararaca, que na verdade é um calango, está delirando. A cara dela não denota força. É como o bicho golpeado fortemente que, ao ser acuado, ruge e blefa que vai avançar.
Pel
Ai
A chapa da CUT, encabeçada pelo
funcionário do Banco do Brasil Eduardo Araújo, venceu a eleição no Sindicato dos Bancários de Brasília. A chapa derrotada era formada pelos bancários ligados ao Conlutas. Foram 4.556 votos para a chapa 2 e 4.385 para a 1. Eduardo Araújo integra a tendência petista Articulação Unidade e Luta.
Rollemberg demite NavarroO presidente da Terracap será
a próxima baixa na equipe do governador Rodrigo Rollemberg. Alexandre Navarro perderá o emprego “por ser muito honesto” e por discordar do formato das garantias que seriam fornecidas pela estatal para a entrada em funcionamento do Centro Administrativo (Centrad) do GDF, em Taguatinga.
Portas abertasDesde que assumiu a presidência da maior estatal do GDF,
Navarro adotou como regra atender audiências na presença de, no mínimo, dois diretores da Terracap. Assim, inibe qualquer tratativa não-republicana a portas fechadas e garante total transparência nos negócios da empresa. Mas isto não agrada a muita gente do meio empresarial e do alto escalão do governo.
Centro AdministrativoA União, detentora 49% das ações da Terracap, já informou,
taxativamente, por meio da Secretaria de Patrimônio (SPU), que a empresa é proibida, pelo seu Estatuto Social, de dar garantias ou avais, de alienar bens e outros penduricalhos, como vem sendo proposto pela Diretoria Colegiada para investir no Centrad.
Substituto já escolhidoNo Palácio do Buriti já se sabe que o substituto de Navarro é
executivo de uma grande Incorporadora com débitos enormes junto à Terracap. A expectativa, agora, é ver como ficará a situação do diretor de Fiscalização da estatal, Júlio César Azevedo Reis.
Induzido a erroEspecialistas consultados pelo Brasília Capital avaliam
que a Procuradoria-Geral do GDF está induzindo Rollemberg a cometer um “erro grosseiro” no caso do Centrad. “Isto pode levar muita gente para a Papuda”, disparou um advogado.
Cristovam buarque (*)
Cardápio de medos
3 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 [email protected]ítica
nGeraldo Couto, via Whatsapp
Na boa: o Brasil é corrupto desde o dia em que surgiu a democracia.nLuana Cristina, via Facebook
Saiu com o rabo ferido e pelo visto perdeu o chocalho.nDanielle Veras, via Whatsapp
Lamentável a situação que
nosso País atravessa, mas a jararaca tem o dom da palavra, aproveitou a brecha, chamou a mídia para si e saiu como vítima. Falou o que quis e ainda reacendeu o lema: A luta continua! Obrigado por mais uma edição do Bsb Capital.nAciol Martins, via Whatsapp
O cara se acha mais do que Deus. Deu uma explícita demonstração de tirania. Agora é que vão ferrar com ele de vez. Marcos Machado, via WhatsappÉ o triste fim de um país que tinha tudo para ser melhor. Espero que, com tudo isso, dias melhores possam vir.nAloisio Bevilacqua (*) Senador (PPS-DF)
Com exceção de tempos em guerra, as gerações costu-mam deixar futuro melhor para seus jovens; sobretudo, um futuro alentador. Mas, de todas as dificuldades que os adul-tos de hoje estão deixando para os jovens brasileiros, nenhu-ma é mais imperdoável do que o medo. Nosso legado é um cardápio de medo. Não estamos sendo capazes de oferecer as ferramentas necessárias para os jovens enfrentarem as incertezas criadas pelas mudanças no mundo, e ainda esta-mos criando novos medos brasileiros.
Por força das transformações no mercado de trabalho, devido ao avanço técnico, os jovens estão com medo de de-semprego, sem um sistema educacional capaz de enfrentar os desafios criados pelo avanço tecnológico; e ainda estamos provocando desemprego conjuntural, devido à recessão eco-nômica criada pelo governo atual.
Os jovens têm medo de andar nas ruas, usar tênis da moda ou um relógio que o pai presenteou. Todos estão com medo de epidemias, especialmente dengue, ainda mais as mulheres jo-vens, assustadas com o risco de seus filhos sofrerem microcefa-lia. E a imensa maioria, que depende do sistema de saúde públi-ca, teme pela falta do necessário atendimento médico.
Estão com medo de que não terão um sistema sólido de aposentadoria, porque começam a perceber que a vantagem de uma vida mais longa vai exigir reformas que lhes obriga-rão a trabalhar por mais tempo. Como todos os brasileiros, os jovens estão assustados com a inflação. Eles cresceram acos-tumados à estabilidade monetária e agora temem, com razão, o que vai acontecer no país se não conseguirmos recuperar es-sa estabilidade. E temem também as consequências que o en-frentamento deste problema provocará, devido aos cortes de verbas na educação, na saúde, na infraestrutura.
Sofrem com o medo da recessão econômica, que diminui-rá a renda per capita que lhes caberá, diminuirá a posição do Brasil no mundo, degradará nossa infraestrutura econômica e social, reduzirá o nível de consumo e o bem-estar. Estamos deixando aos jovens o medo do desequilíbrio ambiental, o aque-cimento global – um dia enchentes, noutro falta de água. Os re-cursos naturais estão ficando escassos.
Não fomos capazes de acenar para eles um futuro no qual o progresso não signifique degradação ambiental, concentração de renda, violência, desigualdade social. Medo do trânsito que ameaça a vida por acidentes, e rouba a vida silenciosamente pe-las perdas de tempo no dia a dia dos engarrafamentos.
Também têm medo da corrupção e suas consequências, inclusive de nós, dirigentes, que hoje estamos construindo o futuro em que eles viverão, com medo. Medo de que em 2018 nenhum candidato a presidente prometa e ofereça, transmi-tindo confiança, credibilidade e competência, os caminhos pa-ra assegurar aos jovens que eles terão um país sem medo.
Pelo menos isto: um Brasil sem medo.
Robério Negreiros oficializou sua saída do PMDB na sexta-feira (11). Ele analisa o convite de cinco legendas. O distrital Cristiano Araújo do PTB também deve abandonar o seu partido. Provavelmente assinará a ficha do PSD; Israel Batista está descontente com o PV e seu destino pode ser o retorno ao PDT. Wasny de Roure foi sondado pela Rede e pelo PDT, mas não admite sair do PT. “O cenário é adverso, mas não se trata de resolver um problema pessoal”, explica.
Foi a segunda vez que Valmir Ama-ral invadiu a Câmara para esbravejar contra os ex-mandatários do DF. Na outra oportunidade, ele saiu com seu carrão em alta velocidade e quase morreu ao provocar um acidente no Lago Sul. Os advogados de Agnelo e Filipelli afirmam que vão entrar com ações judiciais contra o empresário por calúnia, injúria, difamação e cri-me contra a honra. Campanella não se pronunciou.
Cheio de ódioAo final da sessão de terça-feira (8),
os distritais foram surpreendidos pela visita do ex-senador Valdir Amaral, que assumiu o mandato de 2000 a 2007, depois da cassação de Luiz Estevão, de quem era suplente. Visivelmente transtornado, o empresário pedia para deputado Raimundo Ribeiro convocá-lo para depor na CPI dos Transportes. Amaral atacou o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) e o vice Tadeu Filipelli (PMDB).
Propina no DFTransAos gritos, afirmava que seu pai,
Dalmo Josué do Amaral, já falecido, pagava “de R$ 15 mil a R$ 20 mil” de propina para Filipelli enquanto o Grupo Amaral possuía concessões no GDF. Segundo ele, o “mensageiro” do ex-vice-governador era o então diretor do DFTrans, Marco Antonio Campanella, presidente regional do PPL. Raimundo Ribeiro não descartou ouvi-lo na CPI.
Reincidente
Janela partidáriaNa sexta-feira (18) encerra-se o prazo
da janela partidária para os políticos que queiram mudar de legenda. Os três senadores do DF já viraram a casaca: Hélio José saiu do PSD para o PMB; Cristovam Buarque do PDT para o PPS e Reguffe mantém-se sem filiação, depois de sair do PDT.
Distritais em revoadaNa Câmara Legislativa pelo menos um
terço dos distritais terá trocado de legenda após esse período: Chico Leite e Cláudio Abrantes deixaram o PT para ingressar no Rede; Celina Leão seguiu Cristovam para o PPS; Liliane Roriz desistiu do PRTB e foi para o PTB e Raimundo Ribeiro abandonou o ninho tucano. Diz ter convites de cinco legendas.
A dança continua
Política 4 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 [email protected]
o k
uju
bA
Lauro Jardim, no Globo, informa que A Silverado
Asset, que tem R$ 650 mi em patrimônio nos cinco fundos creditórios que gere, está preocupando o mercado e, seus cotistas. O presidente, Manoel Carvalho, sumiu com parte do dinheiro. A Silverado é uma gestora de ativos especializada na gestão de carteiras de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios FID. O piloto sumiu. E agora?
A vitória da toga da dignidade
Não conheço a for-mação acadêmi-ca do juiz Sérgio Moro(foto), muito
menos a sua predileção por li-vros clássicos. Nunca me ati-ve aos seus dotes intelectuais. Passei a admirá-lo mais pe-la sua eficiência jurídica, co-ragem, valentia e, sobretudo, pelo seu empenho em passar o Brasil a limpo, o que para mim já é o bastante.
Mas, alisando com mais profundidade o seu trabalho à frente da Lava Jato, arris-co a dizer que se trata de um leitor voraz de Nicolau Ma-quiavel. Só uma pessoa com o conhecimento do escritor re-nascentista italiano, que es-creveu sobre a política de Es-tado, teria essa sagacidade e a esperteza para destroçar o Partido dos Trabalhadores.
Por isso, ele age com so-briedade e adota um estrata-gema de forma a não permi-tir que as suas decisões sejam contestadas pelos tribunais superiores, a exemplo do STF e do STJ. Moro descasca len-tamente a personalidade po-lítica de Lula e desnuda com precisão a fanfarronice do ex--presidente, mostrando-o à sociedade como um farsante, cumplice do maior escândalo da história do Brasil.
Sérgio Moro aprendeu tu-do com Maquiavel, certa-mente devorando o Prínci-pe, seu livro mais conhecido. Aprendeu, inclusive, a atacar seu alvo no momento certo, com a precisão cirúrgica pa-ra manter a sua caça na toca.
Veja: ele descama a popu-laridade do Lula desde que começaram as investigações da Lava Jato, encurralando--o no canto do ringue sem dei-
xar soar o gongo salvador. Hoje, não se sabe de quem é a maior rejeição – se do seu partido, o PT, ou a dele, o que abre o caminho para o bote fi-nal de Moro, ao chegar mais próximo da intimidade de Lula com os empresários e lo-bistas que roubaram a Petro-brás.
Moro foi envolvendo Lu-la na Lava Jato a conta-gotas, com a colaboração dos dela-tores que o deixaram na vitri-ne da corrupção.Não se preci-pitou, como bom estrategista, em chamá-lo para depor an-tes de ter em seu poder con-fissões de investigados que o colocavam na cena do cri-me como um personagem in-fluente da trama da corrup-ção.
Trabalhou com paciência, como um exímio enxadrista, para acuar o ex-presidente até o xeque-mate que se apro-xima com a movimentação cuidadosa das peças no tabu-leiro.
Lula detém hoje uma re-
jeição de mais de 55%, se-gundo o Ibope, índice que o coloca praticamente fora do páreo na disputa da presidên-cia em 2018. O PT carrega a pesada cruz da corrupção e certamente nas eleições mu-nicipais deste ano vai experi-mentar o porrete do eleitor.
O ex-presidente se man-tem na mídia diariamente co-mo o sujeito que “não sabe de nada”, que vive às custas dos “amigos” e que tem as suas despesas pagas por um cole-giado de empresários corrup-tos e condenados, muitos na cadeia, como, por exemplo, Marcelo Odebrecht.
Com a imagem abalada, lambida pela Lava-Jato, Lula ainda conta com o suporte do “Exército Vermelho” do Sté-dile e de alguns pelegos das centrais sindicais que no mo-mento oportuno deverão ser contidos pela própria socie-dade.
Da Câmara e do Senado vem a resposta à sua maldi-ção com a redução da banca-
da de deputados e senadores, que fogem do PT como o dia-bo da cruz. E, agora, para o seu desespero, vai ter que tor-cer para João Santana não po-nha a boca no trombone, co-mo fez Duda Mendonça ao depor na CPI do Mensalão.
É assim que o juiz Sérgio Moro está montando o que-bra-cabeça do maior escân-dalo da história do país, orga-nizando o jogo de xadrez com inteligência e a paciência de um monge. A prisão de Lula, se vier a ocorrer, será apenas o coroamento dessa opera-ção incansável do nosso Eliot Ness.
Com a imagem deteriora-da, Moro não acredita que o povo proteste nas ruas con-tra a prisão de Lula no desfe-cho da Operação. Ao STF e ao STJ não resta outra alterna-tiva que não seja a de aplau-dir Sérgio Moro, o magistrado que veste a Justiça com uma nova toga, a da Dignidade.
divulgAçãO
antônio albuquerque (*)
(*) Escritor
A GENTE TAMBÉM PAGA A ESCOLA DOS MENINOS.
O boleto também pode ser impresso via internet. Saiba mais em: www.fazenda.df.gov.br ou ligue 156 opção 3.
FINAL DA PLACA
1ª parcelaou cota única 2ª parcela 3ª parcela
1 e 2 14/03/16 11/04/16 09/05/16
3 e 4 15/03/16 12/04/16 10/05/16
5 e 6 16/03/16 13/04/16 11/05/16
7 e 8 17/03/16 14/04/16 12/05/16
9 e 0 18/03/16 15/04/16 13/05/16
IPVA 2016 Secretaria deFazenda
Escolas, postos de saúde, iluminação, asfalto novo. Tudo isso só acontece graças ao seu IPVA. Por isso, aproveite o desconto de 5% da cota única ou pague a primeira parcela em dia. Contribua para que o governo faça uma Brasília cada vez melhor.
Política 6 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 [email protected]
RIO - Era uma vez dois amigos, Patinhas e Gereba. Lá em Tucano, no sertão da Bahia. Colegas de escola, inteligentes, talentosos, bri-lhantes, faziam música juntos. Patinhas escre-via, compunha e cantava, Gereba tocava ins-trumentos, compunha e cantava.
Em 1973, fizeram um disco juntos: “Ben-dengó”, um LP com 12 faixas. Era uma home-nagem ao meteorito “Bendengó” que caiu na cidade no final do século 19, grande e belo, e que está até hoje no Museu Nacional do Rio de Janeiro. Música de maior sucesso: “A bala de ouro”.
Um dia, foram juntos para Salvador e a vi-da os separou: Gereba continuou fazendo sua música, cada dia melhor, e Patinhas foi ser jornalista, também cada dia mais experiente e escrevendo melhor. Descobriu o mestre Duda Mendonça e o marketing político. Era a “A Bala de Ouro”, o caminho de ganhar dinheiro, mui-to dinheiro, formulando, escrevendo, criando a magia política: 50% de talento, 50% de men-tira.
Duda- Duda Mendonça (foto), catedrático do marketing, explodiu na campanha presiden-cial de Lula em 2002, quando o PT lhe pagou os serviços com 5 milhões de dólares do Men-salão em Caixa 2, nos Estados Unidos. Na ree-leição de 2006 já era o auxiliar Patinhas quem comandava o espetáculo.
Patinhas já estava de nome novo: João San-tana, herdeiro político e profissional do talento de várias gerações de Santanas na Bahia. Saiu de Lula, colou em Dilma. E nela encontrou ter-reno fértil para aplicar dissimulação, audácia e mentira. Na cabeça disfarçada de fingida ino-cência, plantou violência nunca vista na políti-ca brasileira:
1 - “Eleição é para ganhar, custe o que cus-tar”.
2 – “A política é a sublimação e o exercício www.sebastiaonery.com [email protected]
Sebastião
da violência”.3 – “Os candidatos são às vezes mais frágeis
do que o eleitor”.4 – “Ninguém gosta de levar bordoada. Ou
reage ou se quebranta”.Do Mensalão Santana pulou para o Petro-
lão. Em 2010 e 2014, transformou-se no Raspu-tin, no grande conselheiro da presidente.
NeryA bala de ouro
santana - João Santana é uma das raríssimas pessoas que têm intimidade com a presidente e ela ouve sem gritar. Pede conselhos:
- “Vou com roupa de que cor”?Ele não gostou do primeiro programa presi-
dencial de 2014 na TV:- “Tive que ser duro com ela”.Na última campanha, a empresa de Santa-
na recebeu R$ 88,9 milhões. Uma bala de prata derrubou Duda Mendonça. Uma de ouro der-rubou João Santana. Gula demais levou João Santana, o Patinhas, para a cadeia.
lula - Lá no Nordeste o povo avisa: “sabedoria quando é demais vira bicho e come o dono”. É espantoso o espetáculo promovido pelo ex--presidente Lula no escândalo da Petrobrás. A cada semana a Operação Lava-Jato apresenta novos fatos, novas provas contra Lula. Nem os mais crédulos aliados já não toleram o mis-tério que leva Lula a negar-se a dar uma ver-são, qualquer que ela seja, sobre o triplex do Guarujá, o sítio de Atibaia, as contas secretas do Instituto Lula, as palestras milionárias que ninguém soube, no contubérnio libertino com
as grandes empreiteiras.Se é tudo natural, tudo correto, por que ele
não diz, não explica? Vem sempre com uma conversa atravessada, despistada, de “cerca Lourenço”, de quem não tem explicação. Se a solução é a fórmula Dilma, de inventar uma história, mentir, mentir sempre, permanen-temente, que ao menos lance mão dela. Mas esnobar a opinião pública, fazer de conta que ela não existe, convocar os tolos para a rua sem saberem do que se trata, é maldade, é explorar até o fim a ignorância popular. Um dia vão pa-gar.
tancredo - Três horas da manhã, toca o tele-fone na casa de Tancredo Neves (foto). Era o ex-ministro Gustavo Capanema, de Brasília:
- Olhe, Tancredo, estou acordando você porque estou com um problema e não consi-go dormir. Talvez você tenha uma ideia mais clara. Fui chamado hoje à tarde ao Planalto, e durante três horas discuti o projeto do Voto
Distrital com o ministro Leitão de Abreu. Ele es-tava muito interessado nos meus estudos e acha que o Distrital pode ser um bom instrumento para aperfeiçoar a re-presentação política no Congresso.
- Embora eu seja contra, reconheço que o assunto é importante e precisa ser discutido. Só
não entendo é por que você não consegue dor-mir. - Pois é, Tancredo. Não consigo dormir. O ministro me deu pressa. - Ah, deu pressa, deu? Então deve haver mais coisa.
- Você também acha, Tancredo? Ótimo. Ago-ra, vou dormir.
O desastre deste governo é que nem projeto tem.Nem se pode dormir
Política 7 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 [email protected]
Briga
Movimentos pró e contra o governo marcam manifestações para o mesmo
dia. Em Brasília, a Esplanada será tomada pelo verde e amarelo. A torre
de TV ficará coberta de vermelho. Polícia vai manter os grupos
separados. Temor é o uso de armas. Por isso, todos que chegarem passarão
por detectores de metal
O Brasil está dividido. E o reflexo desse racha será percebido nas ruas de Brasília neste domingo, 13 de
março. São esperadas mais de 300 mil pessoas nos atos contra e a favor do governo.
De um lado, os movimentos como o Vem Pra Rua, Brasil Livre, Movimento Limpa Brasil e outros que cobram o combate à corrupção, defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff e apóiam a Operação Lava-Jato.
Do outro, a Frente Brasil Popular, formada pelo Partido dos Trabalhadores, pelo Partido Comunista do Brasil, Central Única dos Trabalhadores, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
São mais de 40 entidades dispostas a tudo pela manutenção do projeto de esquerda instaurado no País há 13 anos, desde a primeira eleição de Lula. A expectativa é reunir 50 mil pessoas, a partir das 8h, na Torre de Televisão.
“Temos força e vamos mostrá-la nas ruas no domingo para protestarmos contra o golpe e a falta de respeito com o maior presidente que o Brasil já teve”, disse América Bonfim, integrante do FBP.
“Vamos fechar o caixão desse governo”, garante o radialista Ricardo Noronha, coordenador do Movimento Limpa Brasil. Ele acredita que 200 mil pessoas atenderão ao chamado para comparecer à Esplanada dos Ministérios. A concentração começa às 10h, no Museu da República.
A Secretaria de Segurança do DF não autorizou o ato convocado pelos defensores do governo. Mas o presidente do PT, Roberto Policarpo, e o deputado Chico Vigilante, mantiveram a mobilização. “A Constituição nos assegura esse direito”, disse o distrital. “Esperamos que o GDF garanta a segurança de todos e a PM cumpra seu papel, completou Policarpo.
ruade
Ou você vai ou ela fica
Após a condução de Lula para depoimento à Polícia Federal na sexta-feira (4), aumentou a adesão às manifestações que ocorrerão no domingo (13). Artistas como Suzana Vieira, Marcelo Serrado, Daniele Su-zuki, Juliano Cazarré, Juliana Paes, Malvino Salvador, Dudu Azevedo, Evandro Mesquita e Marcio Garcia
divulgaram víde-os convocando a população. Polí-ticos como Aécio Neves e Paulo Abi-Ackel (PSDB), Ronaldo Caiado (DEM), Roberto Freire (PPS), e o senador Álvaro Dias (PV-PR) tam-bém fazem coro nas redes sociais e em discursos nas tribunas do Congresso Nacio-nal convocando o povo para as ruas.
Reforçando os movimentos con-tra o governo, os caminhoneiros anunciaram que param a partir do dia 11. Essa greve é nacional em apoio à Ope-ração Lava Jato e
pela “deposição do governo” de Dil-ma Rousseff, conforme divulgado nas redes sociais pelo grupo Avança Brasil Maçons BR. Instituições como Fiesp, as OABs estaduais e a Associa-ção Comercial de São Paulo também aderiram aos protestos, como infor-mou o site O Antagonista, do jorna-lista Diogo Mainardi.
É necessário mostrar aos que estão no governo, neste
momento triste da nossa história, que a maioria da população quer um Brasil justo, ético e que a coisa pública pertence à
Nação e não ao grupo que se instalou no
poder”.Paulo Abi-AckelDeputado Federal
Zilta Marinho
Política 8 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 [email protected]
Os movimentos formados por grupos de voluntários convocam a população. Seus integrantes se distri-buem entre tarefas como organiza-ção, comunicação e infra-estrutura. A divulgação ocorre principalmente pelas redes sociais que, entre o curtir e o compartilhar das mensagens, vai agregando simpatizantes.
O Vem Pra Rua, movimento forma-do por um grupo de voluntários, fun-dado em 2014, reconhece que os âni-mos estão acirrados, mas sugere que todos devem ir de verde e amarelo, com suas famílias. Reforça que as ma-nifestações serão pacíficas e ordeiras, como foram as quatro organizadas em 2015.
“Pedimos que a população do DF vá para as ruas. Os holofotes estarão sobre a capital e São Paulo”, diz o Vem Pra Rua. Segundo seus organizadores, são esperadas 4 milhões de pessoas em todo o país. As manifestações estão pre-vistas para 452 cidades. Além de suas bandeiras, o Vem Pra Rua demonstra-rá o apoio à Operação Lava Jato e a luta por políticos corruptos na cadeia. So-bre o Fora Dilma, o movimento infor-ma que reforçará que a saída da presi-dente deve ser pelas vias legais.
Com sede no DF, o Movimento Limpa Brasil (MLB) também integra a mobilização oposicionista. Segundo seu organizador, Ricardo Noronha, es-sa é a hora de os brasileiros irem para rua demonstrar sua indignação e sua força enquanto cidadãos. O MLB, que tem como bandeiras a luta contra a corrupção, o apoio a instituições como a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça, reúne brasileiros em todo o país independentemente de partidos.
Segundo o radialista Noronha, ape-sar da sede ser o DF, o MLB partici-pará das manifestações em 18 esta-dos, juntamente com o Movimento Brasil, que tem sede em Alagoas, o Patriota (Belo Horizonte) e os mo-vimentos paulistas Vem Pra Rua, Revoltados On Line, Filhos da Nova República, Movimento Brasil Livre,
Movimento Fora Dilma, Movimen-to contra a Corrupção, Movimento Ordem Vigília Contra Corrupção, Pá-tria Amada Brasil e outros.
A concentração no DF será em frente ao Museu da República, na Es-planada dos Ministérios, a partir das 10h. O grupo se deslocará até a Ala-meda das Bandeiras, em frente ao
Congresso, onde deve permanecer até as 13h. Serão três trios elétricos, mas somente um será palco das lide-ranças. Os outros dois reproduzirão os pronunciamentos. Cada líder de movimento terá até cinco minutos para falar. Haverá trios com Djs.
“Será uma manifestação para fe-char o caixão do governo”, aposta
Noronha, para quem “o Juiz Sérgio Moro foi muito sincero ao afirmar que algumas ações precisam da ma-nifestação do povo”. E finalizou: “o momento é agora”.
Com o mote “Ou você vai ou ela fica”, a movimentação dos brasilei-ros poderá ser determinante para o futuro do país.
As manifestações de 2013 foram as mais representativas contra o governo. A expectativa é superá-las neste domingo (13)
Os movimentos sociais favoráveis ao governo se mobilizaram em apenas uma semana, mas prometem levar 50 mil à torre
fOtOs: divulgAçãO
Cultura 9 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 [email protected]
A agenda da Frente Brasil Popular previa manifes-tações nos dia 8, 18 e 31 de março. Entretanto, a con-
dução coercitiva do ex-presidente Lula para depor à Polícia Federal, sexta-feira (4), em São Paulo, acirrou os ânimos de seus seguidores. Por to-do o Brasil eles foram às ruas e, em cidades como Brasília e São Paulo, decidiram ir às ruas no mesmo dia da manifestação programada pelas oposições.
No sábado (5), em plenária re-alizada pela Frente Brasil Popular no auditório da Câmara Legislativa, mais de 40 entidades que compõem a organização aprovaram a reali-zação do “Ato em defesa da demo-cracia” para o domingo (13), data anteriormente escolhida pelos mo-vimentos pró-impeachment e con-tra o governo.
Um dos organizadores do ato, o deputado distrital Chico Vigilante (PT), rechaça qualquer intenção de provocar os adversários do governo ou mesmo de estabelecer um clima de guerra em praça pública. “Vamos fazer tantas manifestações quan-tas entendermos que devam ser fei-tas. Este é um direito assegurado pe-la Constituição”.
Vigilante repete o chamado de Lula para três mil pessoas no Sindi-cato dos Bancários de São Paulo, ain-da na sexta-feira (4), à noite: “Para nos derrotar vão ter de nos enfrentar nas ruas”. O discurso serviu de esto-pim para reacender a militância pe-tista em um momento em que o go-verno estava acuado, sob acusações de corrupção e de impedimento da presidente da República. “Quem de-
fende o confronto é quem não aceita os resultados das urnas”, completa o deputado distrital.
A decisão de marcar o ato para a mesma data dos movimentos de oposição não foi acatada pelo GDF. A Secretaria de Segurança Pública reiterou a ielgalidade do ato. O pre-sidente do PT no DF, Roberto Policar-po, rechaçou qualquer tipo de divi-são e afirmou que a falta de apoio de alguns se deu por receio de um pos-sível confronto. E não teme confron-to com os adversários: “a PM precisa cumprir o seu papel”.
“Teve gente com medo das mani-festações no dia 13. Mesmo assim, to-dos confirmaram presença. Apenas não convocaram suas bases. Esse é um momento muito importante e precisamos dessa sequência de mo-bilizações para assegurar a demo-cracia no Brasil. Quem quer um pa-ís mais justo, solidário e fraterno tem que ir às ruas no domingo. Não po-demos retroceder”, disse Policarpo.
Segundo a Polícia Militar do DF, são esperados cerca de 110 mil ma-nifestantes no domingo (13), que se-rão acompanhados pelo Centro de Comando e Controle Regional, na Se-cretaria da Segurança Pública e da Paz Social. Assim, dirigentes da pas-ta, das Polícias Civil e Militar, do Cor-po de Bombeiros e do Departamento de Trânsito, entre outros órgãos, to-marão decisões em tempo real e de forma integrada.
A Esplanada dos Ministérios fi-cará interditada desde a alça oeste da Rodoviária do Plano Piloto até o Balão do Presidente, no acesso à L4 Sul, próximo ao quartel do Corpo de Bombeiros. O mesmo vale para o sentido inverso.
redes sociais - A batalha nas re-des sociais começou logo após a de-flagração da 24ª fase da Operação Lava Jato. As hashstags “#LulaEs-tamosComVoce”, “#AecioMaisCita-doQue”, “#LulaValeaLuta” e “#Na-oVaiTerGolpe” predominavam nas caixas de comentários das páginas que apoiavam os governistas. Até o Dia Internacional da Mulher ganhou conotações políticas e placas como “Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo” tomaram as ruas.
Gustavo Goes
Em defesa da democracia
Mobilização dos professores começa
nesta semana
Os professores e orientadores da rede pública do DF, que sempre mostraram
grande capacidade de mobilização, se reúnem na próxima quinta-feira (17), às 9h30, na Praça do Buriti, com o propósito que norteia todos os educadores: a defesa de uma escola pública de qualidade. Neste intuito, a assembleia irá debater a campanha salarial de 2016, que prevê que o Governo do DF execute o Plano Distrital de Educação, fazendo mais investimentos na Educação, inclusive na carreira Magistério (meta 17).
No encontro também serão avaliados os pontos
que encerraram a greve em 12 de novembro de 2015, tendo em vista que o governo Rollemberg apresenta uma morosidade excessiva para cumprir os acordos firmados com a categoria naquele momento.
É um momento de reflexão, onde os educadores farão encaminhamentos da luta sindical em 2016. Ocasião na qual a sociedade deve compreender a educação pública como um patrimônio da cidade, que deve ser defendido por todo o brasiliense.
O compromisso com a educação pública de qualidade, por parte de professores e orientadores educacionais, é total. E quinta-feira é mais um passo desta luta!
divulgAçãO
Política 10 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 [email protected]
Rollemberg sofre sem diálogo
(*) Chefe do Departamento de Análise Política da Tracker Consultoria & Assessoria
Diz o ditado popular, que errar é hu-mano, mas insistir no erro é burrice. Outro adágio preconiza que os inteli-gentes aprendem com o próprio erro, e os gênios com os erros dos outros. Par-tindo dessa premissa, não é difícil che-gar à conclusão de que o governador Rodrigo Rollemberg está fazendo de tu-do para ser taxado de desumano ou, no melhor das hipóteses, de inteligente.
Em artigo anterior, em que aponta-va os erros do inexperiente Rollemberg à frente de um cargo executivo, ressal-tei o equívoco de se colocar pessoas de excelente qualidade técnica à frente de pastas que estão em constante evidên-cia e pressão. Nomes alheios ao proces-so decisório distrital e que pouco agre-gam politicamente.
Sem o respaldo de aliados, esses téc-
JoSé mauríCio doS SantoS (*)
nicos ficam em fogo cruzado, sob o ata-que dos insatisfeitos ou contrariados com as suas nomeações.
Articular nunca foi o forte de Rollem-berg. Nota-se pela sua iniciativa de re-baixar a Secretaria de Relações Institu-cionais ao status de subsecretaria, sob a tutela da Casa Civil. Aliás, a criação de “supersecretarias” tem se mostrado uma aposta errada do governador.
Primeiro, praticamente terceirizou a gestão para Hélio Doyle (ex-chefe da Casa Civil), que, por seis meses, com o seu estilo peculiar de tomar decisões unilaterais e centralizadoras, fragmen-tou a que seria a base aliada de Rollem-berg e estremeceu a relação entre o Pa-lácio do Buriti, a Câmara Legislativa e a mídia local.
Depois, apostou em Sérgio Sampaio,
contemporâneo de GDF de Fábio Gon-dim, recém-exonerado da Secretaria de Saúde, que por sua vez deu lugar ao médico Humberto Lucena, indicado pe-lo próprio Sampaio. Em comum, ambos têm no currículo o fato de serem cedi-dos pelo governo federal e sem influên-cia política local.
Essa “nova política” do socialista, que não fala a mesma língua do Le-gislativo e da sociedade civil organi-zada, está rendendo mais espinhos do que flores para o seu governo. Nem a criação da Rede, que esfacelou a oposição, e a indicação de Joe Valle para outra supersecretaria, a do Tra-balho, foram capazes de reconstruir a base aliada.Pelo contrário.
Com a abertura da janela para a tro-ca partidária aprovada pelo Congresso Nacional por meio de Emenda Constitu-cional, que atropelou a lei de fidelidade partidária, quem mais sofreu foi o PDT, que perdeu as principais lideranças po-líticas, como a presidente da CLDF, Ce-lina Leão (PPS), e os senadores José Reguffe e Cristovam Buarque (PPS), es-senciais para a eleição inédita do candi-dato de terceira via ao Palácio do Buriti.
Mudanças na Secretaria de Justiça
afastaram o distrital Raimundo Ribeiro (PSDB) do Buriti e a insistência em man-ter uma psicóloga na Segurança Públi-ca está custando caro ao governador.
São erros irreversíveis. E missões impossíveis dadas aos secretários que, quando veem de perto a profundidade do buraco em que estão metidos, aban-donam o barco sem hesitar.
Rollemberg precisa, urgentemente, construir pontes para ligar as duas ex-tremidades do abismo que construiu en-tre o Executivo e o Legislativo. E o diálo-go é a melhor alternativa.
Do contrário, ele pode cair na riban-ceira e soterrar seu mandato. Sem di-nheiro em caixa e sob o controle do Le-gislativo para promover mudanças substanciais nos indicadores sociais e econômicos, será difícil para o gover-nador descolar o DF da crise nacional e melhorar a sua aprovação nas ruas.
E nessa toada, tudo indica que a debandada no Executivo ainda não terminou.
Setor produtivo aponta soluções
Um debate com a pre-sença de 22 líderes empresariais e seis secretários do Go-
verno de Brasília, quarta-fei-ra (9), no andar executivo da sede do Grupo Ferragens Pi-nheiro, no Setor de Indústrias e Abastecimento, pode ser o marco de uma mudança de atitude do governador Rodri-go Rollemberg em sua relação com o setor produtivo.
“O GDF está se sensibili-zando com o grave problema da economia. Vamos nos dar as mãos para que os empresá-rios não se sintam tão desam-
parados a ponto de migrar pa-ra outras cidades fora do DF”, avaliou Janine Brito, durante o jantar após as discussões.
Rollemberg aproveitou para lembrar as dificulda-des que enfrentou no primei-ro ano no Buriti. “Quando as-sumi, a situação era bem pior. O buraco de R$ 6 bilhões hoje caiu pela metade”. Ele prome-teu acatar a sugestão de reto-mada do desenvolvimento a partir de incentivos à constru-ção civil e ao turismo.
O governador frisou que 81% do orçamento do GDF são para gastos com o funciona-
lismo público.”Nosso maior desafio é recuperar a econo-mia, e tudo faremos nesta di-reção. Voltaremos a ouvir o setor produtivo”, disse.
O presidente do Sindica-to do Comércio Varejista (Sin-divarejista), Edson de Castro, reclamou que, “com a crise, muitas empresas estão dei-xando o DF para se instalar
em cidades onde há incenti-vos. “Isso é grave porque os empregos e a arrecadação de tributos caem”. Para Castro, a não concessão de alvarás e habite-se determina a fuga de empresas. “A cadeia produti-va parou. Há mais de 2.200 lo-jas e 980 salas comerciais fe-chadas no DF e 12 mil pessoas desempregadas”.
O empresário Rafael Me-na, do setor de turismo, dis-se que a taxa de ocupação de hotéis (existem 9.944 quartos na rede hoteleira do DF) caiu 20% desde 2014. O presidente da Ademi, Paulo Muniz, afir-mou falta segurança jurídica para o habite-se. Ele sugeriu a criação de um Pacto de Gover-nabilidade.
O presidente da CDL, Ál-varo Silveira Júnior, sugeriu a criação de uma unidade do GDF para centralizar o recebi-mento e a liberação de todos os documentos para o comér-cio, o que, disse, vai agilizar a abertura de empresas. Edson de Castro cobrou soluções pa-ra a falta de estacionamentos. Outros empresários reivindi-caram a redução de 3% para 1% do Imposto Sobre Trans-missão de Bens Imóveis para imóveis novos.
Rollemberg e secretários atenderam ao convite de Janine Brito, que levou 22 líderes empresariais ao encontro com o governador
Política 11 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 [email protected]
8 de março Parabéns, meninas!
Muitas são as histórias referentes à criação do Dia Internacional da Mulher, que se comemorou em 8 de março. A mais conhecida é a do incêndio ocorrido numa fábrica têxtil de Nova York (EUA), em 1911. Outra história é que o primeiro Dia Internacional da Mulher foi comemorado nos Estados Unidos em maio de 1908, quando aproximadamente 1.500 mulheres se uniram numa manifestação pela igualdade econômica e política no país. Em reforço a isso, em 1909 o Partido Socialista
dos EUA, realizou, em 28 de fevereiro, um protesto com mais de 3 mil pessoas no cento de Nova York.
O 8 de março se firmou quando, nesse dia em 1917, cerca de 90 mil operárias se manifestaram contra o Czar Nicolau II, na Rússia, por causa das más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra. O protesto ficou conhecido como “Pão e Paz”. A data foi oficializada como Dia Internacional da Mulher apenas em 1921. Mas...
Todo dia é dia da mulher
No Brasil foram e são muitas as guerras e as guerreiras. O direito ao voto, por exemplo, foi conquistado em 1932. Já o Conselho Estadual da Condição Feminina, em São Paulo, foi criado em 1985, com o surgimen-to da primeira Delegacia Especializa-da da Mulher.
Apesar das conquistas, nem sem-pre o caminho é fácil no mercado de trabalho para a mulher. O relató-rio Progresso das Mulheres no Mun-do 2015-2016: Transformar as eco-nomias para realizar os direitos, divulgado pela Organização das Na-ções Unidas (ONU), destaca que, em média, os salários das mulheres são
24% menores do que os dos homens, considerando-se as mesmas funções. Esse estudo mostra ainda que fazem parte da população ativa 50% das mulheres com idade para trabalhar e 77% dos homens nessa mesma condi-ção. Elas representam duas vezes e meia a quantidade de homens quan-do se trata do trabalho doméstico e do referente a cuidar de outras pesso-as, trabalhos esses não remunerados.
No Distrito Federal, a situação não é diferente. Pesquisa divulgada pelo Dieese mostra que a taxa de partici-pação das mulheres no mercado de trabalho a partir dos 10 anos de ida-de, em 2012, era de 56,7%, mesma taxa de 2001. Essa participação te-ve o percentual mais expressivo em 2008, quando chegou a 60,2%. A par-tir daí vem caindo anualmente. A jor-nada de trabalho que hoje é, em mé-
dia, de 40 horas semanais, era de 39 em 2007, 2009 e 2010, mas já foi de 41 horas semanais em 2001 e 2002. Atu-almente, segundo a mesma pesquisa, o rendimento médio real das mulhe-res ocupadas, assalariadas e autôno-mas, no trabalho principal, no DF, é de R$ 1.914.
Outra das batalhas femininas é na área da saúde. Um exemplo é a reconstrução da mama. Muitas mu-lheres não sabem que têm esse di-reito ou levam anos na fila de espera para reconstruir a mama. Com rela-ção a isso, a deputada distrital Celina Leão (PPS) apresentou projeto de lei que obriga estabelecimentos de saú-de, públicos e privados, a entregar o encaminhamento para a realização da cirurgia plástica de reconstrução mamária logo após a alta da pacien-te. Elas sempre lutam por elas.
Associada a todas essas questões está a rotina com filhos, casa, com-panheiros, compras, dever de casa e tantas outras tarefas que parece que as 24 horas do dia não serão suficien-tes. Mas mulher é mulher. Com tudo isso, as mulheres não descuidam de si, sempre dão um jeito no cabelo, fa-zem as unhas, buscam uma roupa ba-cana e saem por aí. Sabem ser fortes e delicadas, riem e choram, amam e cuidam dos filhos como leoas. Sexo frágil? Só se for pra fazer um char-me. É por isso que se diz que todo dia é Dia Internacional da Mulher. Para-béns meninas!
Fontes:CIM – Centro de Informação da MulherDIEESE – Departamento Intersindical de Esta-tística e Estudos SocioeconômicosONU - Organização das Nações Unidas
Cidades 12 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 [email protected]
O que é ser feliz? Como fazer para ser feliz? Como alcançar
a felicidade? Tenho abordado com frequência este assunto porque é uma das indagações mais presentes na vida do ser humano. Sabemos que há várias abordagens para tema tão enigmático, e que apenas uma resposta não nos trará contentamento. A proposta deste artigo é refletir sobre o quanto a felicidade pode ser resultado de inúmeros detalhes que compõem a vida.
Para descrever a felicidade precisamos ter consciência de que ela não é uma, e sim um conjunto de fatores interrelacionados. É comum que uma pessoa, mesmo sendo muito bem sucedida em um aspecto da sua vida, não se sinta feliz. Esse conjunto de aspectos e detalhes sempre está relacionado ao bem-estar dos nossos cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato.
Como nos sentimos
quando escutamos uma música que não gostamos, quando um cheiro não nos agrada, quando ouvimos uma notícia ruim, quando vemos alguma imagem chocante e triste ou quando nos alimentamos de algo que não faz bem ao nosso corpo? Essas informações afetam o nosso sentido de felicidade?
E como será se começarmos a trabalhar os nossos dias fazendo coisas que nos fazem bem? Exemplos: ouvir uma boa
música, dar abraços, beijos e carinhos naqueles a quem amamos, alimento saudável, cheiros bons.
Nós não temos controle sobre inúmeras coisas que acontecem ao nosso redor. Mas, na maioria das vezes, temos a livre opção de escolher. Podemos escolher o que vemos, o que comemos, o que ouvimos, o que sentimos, o que tocamos e o que deixamos que nos toque.
Como diz uma paciente:
“a felicidade é um estado de espírito?” . Reflete menos o que temos, e corresponde mais ao que somos e como percebemos o mundo ao nosso redor. Procuramos a felicidade tantas vezes em grandes feitos e esquecemos que é nos pequenos detalhes que consiste um bom dia.
Se começarmos a observar mais tudo aquilo que nos faz bem e usar dos nossos sentidos como um caminho para nos sentirmos bem conosco, descobriremos que o caminho da felicidade pode ser mais curto do que imaginávamos.
Fernanda sampaio (*)
(¨*) Psicóloga, Psicodramatista, Terapeuta sexual, palestrante, especialista em Brainspotting e EMDR
O segredo da felicidade
tancredo Maia Filho (*)
Brasília recebe, todos os anos, visitantes que fazem a alegria dos observadores de
aves. São espécies migratórias que vêm da América do Norte ou do sul da América do Sul.
Dos Estados Unidos e do Ca-nadá, voando, às vezes, cerca de 8 a 10 mil quilômetros, che-gam a águia pescadora (Pan-dion haliaetus) e o bacurau--norte-americano (Chordeiles minor), entre outros. Da Argen-tina chega o príncipe (Pyroce-phalus rubinus), e do norte da América do Sul (por exemplo, Venezuela e Guiana), chegam as conhecidas tesourinhas (Tyrannus savana).
Há décadas, os pesquisa-dores buscam entender mais sobre a migração de aves. Mas, a grande maioria dessas pes-quisas foi realizada no hemis-
(*) Seja um observador de aves. Junte-se a nós! Informações em: www.observaves.blogspot.com.br
fério norte (América do Norte e Europa), de modo que não temos uma compreensão bem desenvolvida sobre a migração de aves na América do Sul.
A tesourinha é uma das espécies de aves migratórias mais comuns no Brasil, chegan-do para se reproduzir no Distri-to Federal, geralmente, entre setembro e dezembro.
O pesquisador Alex Jahn, da Universidade Estadual Pau-lista, em Rio Claro, junto com o professor Miguel Marini, da Universidade de Brasília, vem estudando a migração dessas aves no DF desde o 2013. Na pesquisa são usados pequenos “geolocalizadores”, disposi-tivos colocados em algumas tesourinhas capturadas que permitem o estudo da sua rota migratória. A pesquisa é finan-ciada pela Fundação de Ampa-
ro à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Segundo Jahn “os resulta-dos preliminares indicam que as tesourinhas que nidificam no Distrito Federal passam a época não-reprodutiva/inver-no no norte de América do Sul. O conhecimento das estraté-gias de migração desta e de ou-tras espécies que migram atra-vés do Brasil e da América do Sul permite uma nova perspec-tiva sobre como as aves evolu-
íram a capacidade de migrar, bem como novas informações sobre um sistema migratório pouco estudado e os desafios que as aves migratórias têm frente à mudança climática global”.
Para saber mais deste proje-to, visite a pagina: www.avesin-ternacionales.wordpress.com
TESOURINHA (Tyrannus savana – Vigors, 1825)
As duas longas penas mais
externas da cauda deram o no-me popular da tesourinha, que também é chamada de tesoura, tesoureira e tesoura-do-campo. O voo leve e cheio de graça e a cabeça preta, o dorso cinza uniforme e a garganta branca são muito chamativos. A cauda longa, mais comprida nos ma-chos, é maior que o próprio cor-po. No alto da cabeça apresenta uma coloração amarela, na maioria das vezes escondida. Reproduz quando chega a Bra-sília e outras regiões do país. Os filhotes nascem no final do ano e em fevereiro/março as tesou-rinhas iniciam o movimento de migração para o norte do con-tinente.
Ave anilhada e com o geolocalilzador. Pesquisa: professor Alex Jahn.
13 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 [email protected]
No tempo em que o Google não existia
(*) Fernando Pinto é jornalista e escritor
Confesso que, com base no saudosismo-masoquista do tempo em que os repórteres sofriam ao
pesquisar subsídios específicos para consubstanciar seus textos (lembra, Orlando Pontes?), eu desprezava qualquer tipo de informação com a ajuda da Internet - atualmente fonte essencial para os jornalistas de todo o mundo, incluindo pautas para historiadores.
Mas, só após algumas incursões, consegui me atualizar
Fernando pinto (*)
e compreender a importância do banco de dados Google, descoberta de dois jovens gênios, ambos estudantes da Universidade de Stanford (Califórnia): Larry Page, 22, e Sergey Brin, 21. Hoje bilionários, eles inauguraram sua então pequena empresa na rede eletrônica em 1998, instalando a improvisada sede na garagem de uma amiga.
Com uma diversificação abrangente, o Google responde a qualquer tipo de consulta
relacionada a assuntos de interesse geral nos quatro cantos do planeta, com uma rapidez impressionante e embasada em argumentos convincentes, como se fossem formuladas por cientistas.
Como sou dono de excelente apetite quando se trata de ingerir alimentos, ontem mesmo perguntei ao Google se comer (leia-se devorar) seriguela fazia mal para um nonagenário guloso (eu). A resposta foi surpreendente: rica em carboidratos, fonte das vitaminas A, B e C, essa frutinha saborosa beneficia nada menos de 10 itens da saúde, inclusive é recomendada para o tratamento de anemias e fortalece o sistema imunológico.
Além do que, na complicada teia da Gramática da Língua Portuguesa, o Google conjuga até mesmo os verbos defectivos (os mais difíceis) e oferece sinônimos e antônimos de palavras usuais.
Também em Filosofia, Religião, Literatura e outros ramos da Cultura, o Google satisfaz nosotros, seus cativos alunos, com a mesma sapiência de um professor universitário bem remunerado, o que, infelizmente, não é o caso do Brasil.
Mas, há uma exceção: não caia na tolice de pesquisar qualquer tema relacionado à Política Internacional. Simplesmente porque essa área é inteiramente controlada pela Central Intelligence Agency do governo norte-americano, mais conhecida como CIA, que mascara versões do interesse de Washington, pintando heróis como monstros e bandidos como heróis.
Fora isso, sinto-me no dever de agradecer: obrigado, amigo Google!
Lei anticorrupção exige nova cultura
Cláudio Sampaio (*)
(*) Advogado, sócio da Sampaio Pinto Advogados e presidente da Abrami-DF
Diante de tratados firmados pelo Brasil no âmbito da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA), bem como diante das manifestações populares ocorridas há dois anos, foi aprovada pelo Congresso Nacional e promulgada em 1º de agosto de 2013, a Lei nº
Consultório
12.846, mais conhecida como Lei Anticorrupção.
Tal diploma legal veio trazer clareza sobre as penalidades administrativas e judiciais aplicáveis às empresas envolvidas em atos de corrupção e fraudes, notadamente no âmbito das licitações, com previsão de reparação integral do dano, de pesadas multas pecuniárias por práticas ilícitas, de desconsideração da personalidade jurídica (para
atingir os sócios) e de publicação de decisões condenatórias em meios de comunicação de grande circulação.
Outras pesadas penalidades se encontram previstas no art. 19 da referida Lei Federal, entre elas a perda de bens e direitos, a suspensão ou interdição das atividades empresariais, bem como a possível dissolução compulsória da pessoa jurídica e a proibição de participar de licitações ou receber incentivos, subvenções e empréstimos públicos.
Todavia, a reboque de aclarar e reforçar a responsabilidade civil e administrativa das empresas e de seus gestores, a Lei nº 12.846/2013 tem também o condão de estimular práticas de probidade e transparência, além de permitir a celebração de acordos de leniência com a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, mediante os quais terão multas
e penas reduzidas as empresas que colaborarem efetivamente nas investigações, ajudando a identificar envolvidos e a fornecer documentos, além de cessar suas participações em fraudes.
Tais acordos de leniência podem, por permitir a continuidade concorrencial em processos licitatórios, ser muito favoráveis, inclusive para as empresas envolvidas nas operações “Lava-Jato” e “Zelotes”, mas não se tratam de uma medida de simples postergação dos efeitos da ilicitude, de modo que, tanto o Estado quanto os empresários, devem ter consciência que a mencionada Lei, raramente aplicada até o momento, exige uma drástica mudança de cultura e um firme compromisso com uma duradoura moralização.
14 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 [email protected]
O que já estava ruim, piorou com a determinação do juiz Sérgio Moro de levar o ex--presidente Luís Inácio Lula
da Silva para depor de forma coerciti-va (na marra), na sexta-feira (4). Nesta semana, vários ministros do STF ensi-naram: “ a coerção só seria cabível ca-so Lula já tivesse sido intimado e se ne-gado a depor, o que não aconteceu”.
A explicação de Moro (segurança de Lula) não convenceu ninguém e, so-bre ela, manifestou-se o ministro Mar-co Aurélio, do Supremo, no programa Canal Livre, da Band: “eu não gostaria
Saúde e Nutrição
CarolineRomeiro
Seu estilo de vida e o que você come influenciarão no modo de vida dos seus filhos, mesmo que você ainda nem pense em ter filhos.
É bastante intrigante a forma como a ciência vem desvendando alguns misté-rios. Uma delas é a herança epigenética transgeracional, que é a transmissão de experiências ocorridas com os pais (e al-guns estudos mostram que até com avós), para os filhos e netos.
Difícil de entender? Vamos lá... de acordo com os conceitos tradicionais, quando um embrião é formado, ele car-regará as marcas genéticas de seus pais,
Epigenética e a Nutriçãoe para alguns genes, as marcas epigené-ticas são mantidas. Com isso, podem ser passadas de uma geração para a geração seguinte.
Portanto, sua relação com o meio am-biente, a exposição a fatores estressores, carcinogênicos, se você faz exercício ou se é sedentário, tudo isso, modula a ex-pressão de determinadas proteínas, te levando a alguma adaptação ao ambiente e isso será repassado a outras gerações.
Realmente, a forma como isso se dá ainda é uma área muito nova, mas já se sabe que isso pode acontecer. Essas mudanças epigenéticas desempenham
de receber essa segurança”.Desde o início da Operação Lava
Jato, Moro tem sido bastante critica-do, inclusive pelo ministro Marco Au-rélio, que ensina: “prisão é exceção e não regra”. Há também críticas sobre a delação premiada.
O ato desnecessário de coagir Lula deveria ter recebido a repulsa de to-dos, inclusive da oposição. No entan-to, recebeu aplausos. Certamente se esqueceram de que vários deles tam-bém estão denunciados pelos mais va-riados crimes, inclusive de corrupção.
Mas, pergunta-se: qual é o verdadei-
ro motivo do ódio e intolerância que se instalou no Brasil? Frustração de uma elite podre, de mentalidade colonial e sonegadora de impostos, que perdeu a eleição e não aceita os avanços sociais que têm beneficiado, principalmente, os pobres e negros. Não aceitam ver o ex-pobre viajar de avião, frequentar restaurantes, comprar carros e ter seus filhos na universidade federal.
Como são hipócritas, usam o mote da corrupção, como se eles e os seus candidatos fossem honestos. Qual é a diferença entre um corrupto e um so-negador de impostos? Nenhuma. Um
tira recursos públicos e o outro não os põe.
No Brasil, de cada dois reais de im-postos, um é sonegado. É essa elite so-negadora que esbraveja e bate pane-las contra a corrupção, influenciando um bando de inocentes úteis.
De um lado e do outro a justiça os alcançará. Segundo Bezerra de Mene-zes, o trabalho de limpeza não parará até que o País e o Planeta estejam lim-pos. Aí, então, será cumprida a profe-cia do apóstolo João Evangelista con-tida no Apocalipse: “então, eu vi um novo Céu e uma nova Terra”.
JoSé MAToSJoSé MAToS
Brasil dividido
um importante papel no processo de diferenciação celular, permitindo que as células mantenham características estáveis diferentes, apesar de conterem o mesmo material genético.
Os principais alimentos que possuem compostos capazes de alterar ou atuar na metilação do DNA são: soja, folhas verdes escuras, açafrão, brócolis, alho, uva roxa. Além desses alimentos, a pri-vação alimentar nos primeiros meses de gestação pode ser determinante pa-ra maior risco de desenvolver doenças crônicas, especialmente relacionadas à resistência à insulina.
MARCELO RAMOSO REPÓRTER DO POVÃO
Programa O Povo e o Poderde segunda a sábado das 8h às 10h
Rádio Bandeirantes - AM 1.410Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610
www.opovoeopoder.com.br
Cultura 15 n Brasília, 12 a 18 de março de 2016 [email protected]
CruzADAS
ENTRETENIMENTO
reSPoSTAS
quADrinhoS
PiadasQuando Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, pediu a um índio que estava sentado debaixo de um coqueiro:- Amigo, como chamas?O Índio responde numa calma.- Mim chamar Bah. - Pois bem, senhor Bah. A vela do meu barco rasgou. Preciso que o senhor vá nadando até aquele outro navio e avise aos meus companheiros que descobrimos uma nova terra. Em troca dos seus serviços nomearei essa terra de Bahfoi, para que o mundo não se esqueça do seu nome. O índio, sem sequer mover a cabeça, responde:- Oh, meu rei, Bah ta com uma preguiça, numa
lesera, melhor o senhor chamar a terra de Bahia, porque Bah não vai.
O velho acaba de morrer.O padre encomenda o corpo e faz muitos elogios:- O finado era um ótimo marido, um excelente cristão, um pai exemplar.A viúva se vira para um dos filhos e lhe diz ao ouvido:- Vai até o caixão e veja se é mesmo o seu pai que está lá dentro.
- Padre, vim me confessar!- Diga, filha.
- Transei com padre de outra igreja.- Fizeste muito mal filha, tu sabes que a tua paróquia é esta.
O chefe pergunta para o empregado:- Você acredita em vida depois da morte?O empregado responde:- É claro que não, chefe. Não existem provas disso, pois nunca alguém voltou para provar que está do outro lado.E o chefe diz:- Pois é, mas você está muito enganado! Ontem, depois que você saiu mais cedo para o funeral do seu tio, ele veio aqui te procurar.
Eu soltei meu corpo. Na verda-de, saí de mim e estou à pro-
cura até agora, mas não quero me encontrar. Prefiro ficar perdida em enlevo. se alguém me encontrar por aí, diga que gostei de ficar per-dida. tá aí, estou esparsa de mim, e estou ótima com essa distância. Encontrar uma paixão e receber um beijo depois de 6 meses de es-pera é melhor do que saber quem a gente é. Ah se todo mundo que se beija pudesse sentir as pernas tremerem, o coração bater forte e as horas serem eternas... o dia precisaria ter 100 horas, todo mun-do um coração puro, e ninguém ia se preocupar com nada, além de se desencontrar da própria vida! (baseado nas leitoras anônimas do Cruzeiro/df).
M i c r o c o n t oPor Luís Gabriel Sousa
Gostou do microconto? Então mande sua história, ela pode ser a próxima micronarrativa aqui da coluna. (face-book.com/JornalBrasíliaCapital, e-mail: [email protected]).
Encontro de faces
DF 140, A 15 MINUTOS DA PONTE JK.SET. H. TORORÓ/ DF.
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