Boletim Salesiano Nº 51 Março-Abril 2013
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º
-Então, que lhe parece? - disse Domingos a D. Bosco no
seu primeiro encontro - Leva-me a Turim para estudar?
DB: É. Parece-me que temos boa fazenda.
- E para que pode servir essa fazenda?
DB: Para fazer uma roupa e dá-la de presente ao Nosso
Senhor.
- Então, eu sou a fazenda, o Senhor é o alfaiate; leve-
me e faça de mim uma bela roupa para Nosso
Senhor.
Neste Ano da Fé, Bento XVI nos convidou a descobrir nos SANTOS as testemunhas vivas da fé. A Família Salesiana é já uma família de santos e santas. Seguindo o calendário do BS italiano para 2013, lembramos neste número a figura de ...
Ao pedido do seu amigo de Oratório Camilo Gávio, recém
chegado, que queria ser um membro da Companhia da
Imaculada, Domingos lhe responde:
- Já te digo em duas palavras:
Queremos tornar-nos santos, e fazemos consistir a
santidade em ser muito alegres, em cumprir bem nos-
sos deveres e em fazer o bem aos outros.
ORAÇÃO: São Domingos Sávio, que na escola de Dom Bosco aprendeste a seguir os caminhos da santidade juve-
nil, ajuda-nos a imitar-te no amor a Jesus, na devoção a Maria, no amor pela salvação das pessoas; e fazei que,
praticando o teu propósito ‘antes morrer que pecar’, alcancemos a salvação eterna. Assim seja.
º
Março - Abril 2013
ANO XIII - Nº 51
Queridos amigos e amigas do
Boletim Salesiano:
Feliz Páscoa da Ressurreição
do Senhor Jesus!
Na grande basílica de Dom Bosco,
no lugar onde nasceu, o Colle
Dom Bosco, preside a Igreja uma enorme estátua de
Cristo Ressuscitado.
Em Valdocco, um domingo de Páscoa, 12 Abril 1846,
Dom Bosco encontrou o lugar definitivo para o Orató-
rio e lugar do nascimento da sua Obra.
Dom Bosco foi canonizado num dia de Páscoa.
Como não proclamar ‘o Evangelho da alegria’, como
nos pede o P. Pascual, se as nossas origens carismá-
ticas estão ligadas ao Senhor Ressuscitado?
Os jovens e a humanidade necessitam urgentemente
do testemunho pascal das nossas vidas, das nossas
comunidades, das nossas actividades.
Só nesta óptica pascal, pode-se compreender a sinto-
nia que a humanidade e a Igreja inteira tem feito com
o novo Papa Francisco: não nos transmite ele, desde
a sua humildade evangélica e desde a sua radicalida-
de pelos pobres, esse ar do evangelho que tudo o
renova?
Eis sinais novos para a ‘nova evangelização’: transmi-
tir a bondade e a alegria do Evangelho, que já vive-
mos primeiro no nosso coração.
Eis o grande e belo desafio: encher o mundo da ale-
gria e do amor de Cristo Vivo! Como Dom Bosco!
P. Rogelio Arenal sdb
º
Numa linguagem simpática, o P. Pascual escreve em primei-ra pessoa como se fosse o mesmo D. Bosco a falar con-
nosco. Eis a mensagem de Março de 2013.
Era o dia da Páscoa, quando fi-
nalmente eu podia dizer aos
meus meninos: “Temos uma
casa”. Na verdade, era um te-
lheiro baixo e insuficiente, mas
era nosso! Acabamos de girar
p o r T u r i m , n u m a
“precariedade” cansativa, cheia
de incompreensões e desconfi-
anças. A data é muito impor-
tante para poder esquecê-la:
12 de abril de 1846! Eu tinha
30 anos, e há cinco era padre.
Via as coisas numa perspectiva
iluminada pela confiança na
Providência. Lancei-me de ca-
beça no trabalho: subia pelos
precários andaimes dos edifí-
cios em construção para en-
contrar-me com meus meninos,
entrava nas oficinas, nos negó-
cios: a todos eu dirigia uma pa-
lavra de amizade, brincava
com eles. Preocupava-me com
a sua saúde física; falava com
seus patrões, muitas vezes
muito desumanos. Era uma re-
lação de amizade e confiança
recíproca que eu criava com
todos. A educação não é coi-
sa de um dia, mas exige paci-
ência e muita esperança.
Estava para terminar um domingo cheio de muitas atividades. Im-
provisamente, caí no chão. Um fluxo de sangue ensopou a poeira e
a grama do prado. Depois, perdi os sentidos. Quando me reanimei,
percebi que estava na cama: havia muita gente ao redor, e depois
chegou um médico. Percebendo a gravidade da situação, obrigou-
me ao repouso absoluto. Passou-se uma semana enquanto minhas
forças físicas diminuíam sempre mais. Sentia-me fraco, numa so-
nolência contínua.
Recordo ter visto o médico balançando a cabeça, impotente, en-
quanto dizia: “Talvez não passe desta noite”. No dia seguinte, qua-
se por encanto, acordei. Depois, aos poucos fui recuperando as for-
ças. Meu pensamento voltava-se para os meus meninos. Onde es-
tavam? Retornariam a Valdocco? Mais uma semana. Depois, o do-
mingo. Apoiando-me numa bengala, desci ao telheiro. Ouvia vozes,
gritos de alegria. A cabeça girava pelo esgotamento. Veio-me ao
encontro um padre que me estendia a mão. Falou-me dos muitos
sacrifícios que os meninos fizeram porque diziam: “Dom Bosco não
pode morrer”. Compreendi que eles tinham obtido um verdadeiro
milagre. Depois, os maiores me pegaram, obrigaram-me a sentar-
me num cadeirão e me levaram em triunfo. Muitos choravam de a-
legria. Apertavam-se ao meu redor. Quando se fez silêncio, eu lhes
disse: “Meus caros, rezastes e fi-
zestes muitos sacrifícios para que
eu recuperasse a saúde. Obrigado.
Eu vos devo a vida. Pois bem: pro-
meto-vos que a viverei toda por
vós”. Não pude dizer outra coisa,
porque também eu estava comovido.
Mas, desde aquele dia, senti-me con-
sagrado à causa dos jovens, para
sempre. A lição mais bela e mais
convincente foi-me dada pelos meni-
nos!
Sentado naquele rústico cadeirão, rodeado de tantos meninos, con-
sagrei a minha vida aos jovens. E assim continuei. Mas há uma
resposta que lhes dei em forma ainda mais clara e convicta. Era o
dia 31 de dezembro de 1859: festa de fim de ano. Embora na po-
breza crônica de Valdocco, trocávamos pequenos presentes, como
se faz em família: uma medalhinha, um lápis, uma borracha, um ca-
ramelo, um caderno... Pequenas coisas, mas dadas de coração.
Depois das orações da noite, dei o boa-noite, dirigindo-lhes algu-
mas breves palavras. Também eu queria dar alguma coisa de pre-
sente àqueles jovens. E disse: “Meus queridos filhos: sabeis o
quanto vos amo no Senhor, e como eu me consagrei inteira-
mente a fazer-vos o maior bem que puder. Aquele pouco de ci-
ência, aquele pouco de experiência que adquiri, o que sou e o
que possuo, eu desejo empregar a vosso serviço. Em qualquer
dia e para qualquer coisa tende-me como um capital para vo-
cês, mas especialmente nas coisas da alma. De minha parte,
como presente eu me entrego por inteiro a vós; será coisa pe-
quena, mas quando vos dou tudo, isso quer dizer que não re-
serva nada para mim”.
º
A partir daquele domingo de
fim de julho, quanto fizera a-
quela solene promessa de en-
tregar toda a minha vida para
os jovens, já se tinham passa-
do 13 anos; Valdocco era uma
família aumentada. Já havia
várias centenas de meninos
que estudavam ou aprendiam
um ofício. Queria que eles en-
tendessem que o meu estar
com eles era fruto de opção ir-
revogável. Jamais atraiçoaria a
confiança que os jovens depu-
nham em mim, e mais tarde
nos meus salesianos.
Quando lhes dizia: “Nada re-
servo para mim” era como se
dissesse: não penso mais em
mim mesmo, entrego-me total-
mente a cada um de vós, não
me pertenço mais, pertenço so-
mente a vós, sou vosso para
sempre, não tenho mais nada
de meu. Eis o meu segredo re-
velado. Com os jovens fui sem-
pre guiado por estas decisões,
por estas opções. Jamais voltei
atrás. Jamais atraiçoei os jo-
vens!
Escrevi milhares de cartas.
Mas se tivesse que escolher u-
ma delas, que brotou do meu
coração, escolheria uma que
escrevi aos meus Salesianos e,
com eles, aos professores e a-
lunos de Lanzo Torinese.
Aqui estão algumas passagens
dessa carta: Deixai que eu
vos diga, e ninguém se ofen-
da: vós sois todos uns la-
drões; digo e repito: vós me
roubastes tudo. Quando fui a
Lanzo, me encantastes com
a vossa benevolência e cor-
dialidade, prendestes as mi-
nhas faculdades da mente
com a vossa piedade. Resta-
va-me ainda este pobre cora-
ção, do qual não me havíeis
roubado todos os afetos. A-
gora, a vossa carta assinada
por 200 mãos amigas e queri-
das tomaram posse de todo
este coração, no qual nada
restou, a não ser um vivo de-
sejo de vos amar no Senhor,
de vos fazer o bem, de salvar
a alma de todos.
Era este o meu estilo de falar e
escrever aos jovens: com o co-
ração na mão, sem floreios inú-
teis, usando palavras sinceras
e dizendo coisas nas quais eu
realmente acreditava. Como
bom agricultor, aprendera a
honrar a palavra dada. E a mi-
nha palavra era esta: “Prometi
a Deus que até meu último
suspiro seria pelos meus po-
bres jovens”.
Sei que o meu segundo suces-
sor, padre Paulo Albera escre-
veu uma belíssima circular na
qual diz uma coisa verdadeira:
“Dom Bosco educava-nos a-
mando, atraindo, conquistan-
do e transformando”. Há uma
sequência de verbos que se
enriquecem reciprocamente, e
os quatro são importantes, um
exige o outro. O “meu Pauli-
nho” entendera a lição: o amor
atrai, a atração torna-se con-
quista, e esta acaba por trans-
formar.
O meu programa, simples e li-
near, se expressa numa frase
que é um compromisso sério e
radical: “Por estes jovens, fa-
ria qualquer sacrifício; para
salvá-los, daria de boa vonta-
de também o meu sangue”.
Não eram palavras ditas por di-
zer; era o programa da minha
vida!
Janeiro de 1888. Mesmo no lei-
to de morte, naquela agitação
em que se misturam recorda-
ções, afetos, preocupações, te-
mores e esperanças, ainda tive
a força de transmitir a um caro
salesiano, o padre Bonetti, a
minha última mensagem que
condensa praticamente toda a
minha vida: “Diz aos jovens
que os espero a todos no Pa-
raíso”. Era o meu testamento,
o último desejo que eu exprimi-
a na agonia. Eu amara os jo-
vens realmente até o fim! E os
queria comigo, para sempre,
também no Paraíso.
º
Mensagem do Reitor Mor ao BS para Abril 2013.
Eu era um garotinho vivo e atento que, com permissão de minha
mãe, ia às várias festas campestres nas quais se apresentavam
saltimbancos e ilusionistas. Punha-me sempre na primeira fileira, a-
tento aos movimentos com que procuravam distrair os espectado-
res. Aos poucos, eu conseguia descobrir os seus truques; voltando
para casa, repetia-os por horas a fio. Com frequência, porém, os
movimentos não produziam o efeito desejado. Não foi fácil cami-
nhar sobre aquela bendita corda suspensa entre duas árvores!
Quantas quedas, quantos joelhos esfolados! E, muitas vezes, vinha
-me a vontade de deixar tudo prá lá... Depois, recomeçava suado,
cansado e, às vezes, também angustiado. Depois, aos poucos,
conseguia equilibrar-me; sentia a planta dos pés descalços aderi-
rem à corda; tornava-me uma só coisa com os movimentos dos pés
e, então, divertia-me contente repetindo e inventando outros movi-
mentos. Eis porque, quando falava aos meus meninos, dizia-lhes:
“façamos as coisas fáceis, mas façamo-las com perseveran-
ça”. Eis aí a minha pedagogia essencial, fruto de muitas vitórias e
de tantas outras derrotas, com a obstinação que era minha caracte-
rística mais marcante.
Assim nasceu meu estilo de educar, sem palavras difíceis, sem
grandes esquemas ideológicos, sem referências a muitos autores
ilustres. Assim nasceu a minha pedagogia, aprendida nos campos
dos Becchi, mais tarde nas ruas de Chieri e, mais tarde ainda, nas
prisões, nas praças, nas ruas de Valdocco. Uma pedagogia que te-
ve origem num pátio.
Depois, havia aquele bendito
sonho tido aos 9-10 anos
(sonho que ainda se repetiria
outras vezes!), que me vinha
sempre à mente, e o desejo de
ser padre para os jovens que
se tornava sempre mais forte...
Foi então que fiz uma coisa
realmente contrária ao meu
gosto, pela qual obtive do meu
caráter uma grande vitória, u-
ma verdadeira conquista: es-
tender a mão para pedir uma a-
juda, qualquer coisa desde que
pudesse realizar o meu sonho.
Mais tarde, eu confessarei a
um salesiano: “Você não sabe
quanto me tenha custado pe-
dir esmola”. Com meu tempe-
ramento orgulhoso, não era
certamente fácil chegar à hu-
mildade de ter que pedir.
Minha coragem era alimentada
por uma grande confiança na
Providência; e também isso eu
aprendera de minha mãe. À
sua escola, eu aprendera uma
regra que sempre me orienta-
va: “Quando me deparo com
uma dificuldade, faço como
quem encontra a estrada
obstruída por uma grande
pedra; se não posso removê-
la, passo ao seu lado”.
Alguns anos depois, demons-
trei coragem quando ao chegar
a Chieri para continuar os estu-
dos fui acolhido pelo professor,
diante de todos os estudantes,
com uma frase muito entusias-
mante: “Este garoto ou é uma
grande toupeira ou um grande
talento”. Era para ficar confuso
ao extremo; mas recordo-me
que sai bem com estas pala-
vras: “Alguma coisa pelo
meio disso, senhor: sou um
pobre jovem que deseja fazer
o seu dever e progredir nos
estudos”.
º
E posso garantir-lhe: encontrei
muitas dessas grandes pedras
no meu caminho. Aceno breve-
mente a algumas delas. 1860,
por exemplo, foi um ano tipica-
mente difícil. Morrera o padre
Cafasso, meu amigo, confessor
e diretor espiritual; fazia-me
muita falta a sua presença, o
seu conselho e também a sua
ajuda financeira.
Depois, da parte do governo,
surgiram grandes dificuldades,
autênticas “grandes pedras”:
inquirições orientadas e devas-
tadoras em Valdocco, como se
eu fosse um delinquente! Meus
meninos viviam aterrorizados,
enquanto guardas armados en-
travam por todos os lados. As
inquirições continuavam a criar
um clima de medo e incerteza.
Pedi, por escrito, uma audiên-
cia ao ministro do Interior, Luís
Farini. Tive a coragem de dizer
-lhe com humilde franqueza:
“Para os meus meninos, eu
exijo justiça e reparação hon-
rosa para que não lhes venha
a faltar o pão da vida”. Sei
que arriscava muito, pois estes
homens de governo eram anti-
clericais, mas não me faltou a
coragem necessária. E assim,
aos poucos, as inquirições ces-
saram.
Jamais me dei por vencido! Dizia aos meninos: “a coragem dos
maus não brota senão do medo dos outros. Sejam corajosos e
verão desaparecerem as dificuldades”. Uma benfeitora francesa
enviara-me de Lyon um santinho com uma frase que jamais esque-
ci porque me servia de guia: “Esteja com Deus como o passarinho
que sente o ramo tremer, mas continua a cantar, porque sabe que
tem asas”. Não era apenas uma expressão poética, mas um ato co-
rajoso de confiança na Providência do Senhor, porque só Ele “é o
dono dos nossos corações”.
No momento de partir para as férias, costumava dizer aos meus
meninos: “Sejam homens e não ramos! Cabeça erguida, passo
firme no serviço de Deus, na família e fora dela, na igreja e na
praça. O que é o respeito humano? Um monstro de papel ma-
chê que não morde. O que são as palavras petulantes dos
maus? Bolhas de sabão que evaporam num instante. Não nos
preocupemos com os adversários e seus sarcasmos. Recor-
dem-se de que ciência sem consciência não é senão a ruína da
alma”. E acrescentava: “Nada no mundo nos deve assustar. A-
jam hoje de modo que não tenham que se enrubescer ama-
nhã”...
Eu não me cansava de inculcar em suas cabecinhas: “Deem glória
a Deus com a própria conduta, consolação a seus pais e supe-
riores. Caso contrário, um jovem preguiçoso, indisciplinado,
será um jovem infeliz, será um jovem de peso para os pais, de
peso para os superiores, será de peso para si mesmo”.
De Valdocco haveriam de sair os futuros “bons cristãos e honestos
cidadãos”, dos quais o mundo tanto precisava.
º
1) Através das vicissitudes da
sua vida devemos de o conhe-
cer como educador e pastor,
fundador, guia e como legisla-
dor… Um conhecimento que
conduz ao amor e à imitação.
2) Para aqueles a quem D.
Bosco é um ponto de referên-
cia a sua figura deve ser consi-
derada como a dum Fundador,
o mestre de espírito, o modelo
de educação e sobretudo o ini-
ciador de um movimento de
ressonância mundial…
3) Para realizar esta tarefa é
necessário dirigir-se à história,
memória viva que está dentro
de nós e nos interpela em fun-
ção da actualidade…
4) Temos de nos acercar a D.
Bosco com os métodos pró-
prios da investigação histórica
que nos levou já a compreen-
der e medir a grandeza huma-
na e cristã de D. Bosco, a sua
genialidade operativa, as suas
qualidades de educador, a sua
espiritualidade, a sua obra,
totalmente compreensível se
enraizada profundamente na
historia da sociedade onde ele
viveu. Assim conhecemos
melhor a intervenção providen-
cial de Deus na sua vida.
Eis alguns critérios orienta-dores do Reitor Mor que nos ajudam a conhecer
melhor, ’hoje’, a Dom Bos-co. A fidelidade ao nosso Pai não é um ‘copiar’, mas sim um viver no tempo actual as motivações profundas que orientaram toda a sua
vida. Por isso, é importante conhecer bem historica-mente o seu ambiente, o contexto, as ideologias...
º
5) Não se trata de rejeitar as
imagens de D. Bosco que gera-
ções de membros da FS
conheceram e amaram, mas
devemos ter uma imagem de
D. Bosco que seja actual, fale
ao mundo de hoje e utilize uma
linguagem renovada.
6) Devemos rever a imagem de
D. Bosco para ter uma fidelida-
de que não seja repetição de
fórmulas ou de respeitos à tra-
dição.
7) Ser fiéis a D. Bosco significa
conhece-lo na sua história e na
história do seu tempo, fazer
nossas as suas inspirações,
assumir as suas motivações e
escolhas.
8) Ser fiéis a D. Bosco e à sua
missão significa cultivar em nós
um amor constante e forte
diante dos desafios dos jovens,
especialmente dos mais
pobres.
9) Através do conhecimento da
história de D. Bosco, devemos
de escutar os interrogativos
que D. Bosco nos dirige hoje a
nós: Que devemos de fazer a
favor dos jovens pobres? Quais
são as novas fronteiras na
região onde trabalhamos, no
país em que vivemos? Temos
ouvidos para escutar o grito
dos jovens de hoje?
10) As Memórias do Oratório
de São Francisco são um pon-
to de referência imprescindível
para conhecer o caminho espi-
ritual e pastoral de D. Bosco.
Foram escritas para nós
pudéssemos conhecer os iní-
cios prodigiosos da vocação e
da obra de D. Bosco…e cada
grupo da FS possa fazer o
mesmo caminho espiritual e
apostólico.
º
No sábado, 16 de Março, reali-
zou-se no Centro de Espirituali-
dade ‘Emaús’, da Matola, o
encontro dos acólitos e acólitas
do MJS das paróquias salesia-
nas. Participaram um total de
42 acólitos.
Estiveram presentes acólitos
de São José, Maria Auxiliado-
ra, Beata Annuarite e Bom
Pastor.
Toda a manhã foi dedicada ao
retiro. Foi animado pelo P.
Rogelio e apresentou como
tema as etapas do caminho
cristão que levem ao encontro
com Cristo. A ideia central vem
da mensagem anual do Reitor
Mor ao MJS, concretamente da
mensagem deste ano de 2013.
Houve momento de oração e
terminou o retiro com um
momento de adoração ao San-
tíssimo.
De tarde, o P. Pescador, ani-
mou a formação dos acólitos
com diferentes actividades.
A redacção do BS teve um encontro com 4 acólitos, representantes dos diferentes grupos presentes.
No diálogo foram feitas perguntas que ajudassem a perceber melhor a vida e o serviço do acólito na
sociedade de hoje.
Eis algumas das ideias partilhadas:
+ Todos os acólitos sentem-se contentes com este serviço ministerial do acolitado. Tem a experiência
de que lhes tem servido para crescer como jovens e como cristãos.
+ Mostraram dificuldades de incompreensão por parte doutros companheiros e jovens que não com-
preendem este serviço ou até fazem troça deles.
º
gia e solicitude educativa foram
os famosos “sete carabineiros
de Maria”, conselhos que
Miguel confia a um colega a fim
de custodiar a virtude da pure-
za, convidando-o a lê-los e a
praticá-los.
Este espírito de viva fé, alimen-
tado por uma filial devoção a
Maria, vinha unido “à mais
industriosa caridade para
com seus colegas: sabia que
o exercício desta virtude é o
meio mais eficaz para
aumentar em nós o amor de
Deus. Esta máxima ele a pra-
ticava nas mais pequenas
ocasiões”.
Miguel, de menino de rua, liti-
gioso e violento, se torna ani-
mador da recreação, consola-
dor dos companheiros aflitos,
agente de paz e de reconcilia-
ção. A prática da caridade con-
creta e operosa, leva-o a cons-
truir amizades verdadeiras, que
ajudam os seus colegas a liber-
tar-se de fáceis enganos, a
refazer relações abertas e sin-
ceras com os pais e os profes-
sores, a viver uma quotidiani-
dade alegre e operosa.
Miguel amadurece, assim, na
consciência de ter faltado ao
amor de Deus e de não ter sido
obediente à sua vontade: “Eu
Desde o primeiro encontro com
Miguel Magone, Dom Bosco
nos revela a sua arte de educar
positivamente, propondo a
Miguel uma alternativa à sua
vida desordenada e envolven-
do-o em experiências possíveis
e atraentes.
Dom Bosco entra sem medo na
vida de Miguel, toma-o pela
mão e desencadeia nele aque-
le dinamismo típico do sistema
preventivo que faz crescer
“desde dentro” os seus jovens,
leva-os com alegria e satisfa-
ção ao bem, os faz conscienti-
zar-se dos riscos que correm
perseverando em caminhos
errados e prepara para o ama-
nhã através de uma sólida for-
mação do carácter e da cons-
ciência.
Na escola de Dom Bosco e sob
o olhar paterno, através da prá-
tica perseverante de pequenos
exercícios fáceis e agradáveis
na vida de oração, de estudo e
de caridade, Miguel chega a
um maravilhoso grau de perfei-
ção. Dom Bosco de fato está
convencido de que “o esplen-
dor da caridade pode ofuscar
-se e perder-se a cada peque-
no sopro de tentação; assim,
qualquer coisa, ainda que
muito pequena, que possa
contribuir para conservá-lo,
deve considerar-se de gran-
de valor”.
Expressão típica de tal pedago-
choro ao contemplar a lua
que por tantos séculos com-
parece com regularidade a
iluminar as trevas da noite,
sem nunca desobedecer às
ordens do Criador, enquanto
que eu, que sou tão insignifi-
cante, eu, que dotado de
inteligência, deveria ter sido
fidelíssimo às leis do meu
Senhor, eu lhe desobedeci
tantas vezes; e de mil modos
o ofendi”.
Esta consciência o levará na
hora da morte a mandar, atra-
vés de Dom Bosco, uma men-
sagem à mãe, como vontade
última de reconciliação e de
paz: “Sim, digam a minha
mãe, que me perdoe todos
os desgostos que lhe causei
na minha vida. Estou muito
arrependido. Digam-lhe que
eu a amo; que persevere com
coragem no fazer o bem; que
eu morro de boa vontade;
que eu parto deste mundo
com Jesus e com Maria; que
vou esperar por ela no Céu”.
Miguel Magone era órfão de
pai. Quando se encontrou pela
primeira vez com Dom Bosco
na estação de Carmagnola
ouviu a recomendação: “Hoje
de noite faça uma oração fer-
vorosa ao nosso Pai que está
nos céus; reze de coração,
confie nele e ele haverá de
providenciar por mim, por si
e por todos”.
O Pai-nosso de Miguel Mago-
ne, dito de coração, revelou o
amor providente e previdente
de Deus através do carisma de
Dom Bosco.
D. Bosco escreveu a vida de três seus alunos para apresen-tá-las como modelo para os outros jovens.
Apresentamos o trabalho do P. Cameroni, publicado em ANS, onde nos da os traços fundamentais dum rapaz sim-pático: MIGUEL MAGONE, que também pode ser modelo para os adolescentes e jovens
moçambicanos.
º
Continuamos apresentando alguns textos da carta dos Bis-pos de Moçambique “SALVAGUARDAR A VIDA HUMANA”, e fazendo alguns comentários que nos ajudem a fomentar em nós o cuidado pela família, como núcleo fundamental
de toda sociedade e como base da Igreja doméstica. Neste número do BS estudamos os números 4-9.
Nestes dias falava-me uma
senhora de que o nosso mundo
se está a ‘tornar um inferno’.
Falava assim, após a notícia de
que um polícia tinha morto um
chapeiro no bairro T3, de
Maputo. E começou a falar de
outras faltas de respeito contra
as pessoas e contra a vida.
Há poucas semanas assistimos
na TV à tremenda tortura públi-
ca e ao posterior assassinato
dum taxista moçambicano pela
polícia de África do Sul.
Porque passa isto? Porque tan-
ta morte e tanta violência con-
tra a vida?
Os nossos Bispos oferecem a
sua resposta no nº 4:
«Todo o debate acerca dos
valores fundamentais duma
sociedade tem de ter em con-
ta que, no universo material,
a vida não é um acidente,
mas a essência do ser huma-
no, pelo que, sem ela tudo o
resto não tem valor...» (n. 4).
Diante duma sociedade, sobre-
tudo a urbana, onde parece
que o outro não conta, onde se
pode matar com facilidade,
onde qualquer coisa vale mais
que a vida, que é um dom de
Deus, nós cristãos e os
homens e mulheres de boa
vontade somos chamados a
ser LUTADORES PELA VIDA,
a recuperar e a enriquecer a
nossa sociedade moçambicana
com o amor à vida humana,
desde que está no seio mater-
no até ao final dos seus dias.
A família está chamada a ser o
‘sacrário’ da vida humana, o
lugar onde ela nasce, se
desenvolve, onde é amada e
protegida, onde é cultivada e
cultivado o amor entre todos.
Os Bispos nos indicam que «o
espírito relativista põe em
causa os valores morais,
relega a religião ao segundo
plano e à índole privada,
colocando o homem como o
ponto de partida e meta de
tudo» (n. 4).
O problema «agrava-se quan-
do este homem se perde no
horizonte existencial, voltan-
do-se contra o próprio Cria-
dor e pondo em discussão
todo o projecto da cria-
ção» (n. 5).
Daí, compreendemos alguns
comportamentos graves nasci-
dos na nossa moderna socie-
dade que vive esta mentalida-
de ‘relativista’, onde o centro
sou ‘eu’ e não o NÓS, onde o
TU de Deus desaparece para
eu me tornar o meu deus:
«Hoje em dia – continuam a
escrever os Bispos - a moral e
todo o conjunto de regras
morais são vistos por muitos
como cúmulo de normas,
ordens, proibições e leis
impostas pela autoridade e
que vão contra os gostos,
aspirações e tendências
naturais e impedem o gozo e
a alegria de uma vida
feliz» (n.6).
Esta mentalidade, infiltrada já
nas novas gerações, justifica
certos comportamentos que,
em nome da própria liberdade
e autonomia, vão contra a vida,
contra o amor, contra Deus e,
em definitiva, contra nós mes-
mos.
Escrevem os Bispos: «É nesse
contexto que se insere o
desejo (nas próprias leis
moçambicanas!) da despenali-
zação do aborto, da legaliza-
ção da bigamia, das ‘drogas
ligeiras’ e de outros crimes
hediondos» (n. 6).
Nas famílias temos essa gran-
de e difícil tarefa de formar as
consciências dos filhos para
caminhar na lei de Deus, na lei
do Amor, na lei da vida.
º
A MENTIRA
DA LINGUAGEM
Ao falar sobre o aborto, os Bis-
pos dizem na sua carta que
«hoje em dia já não se fala
muito sobre aborto, prefere-
se falar de interrupção volun-
tária da gravidez. Isto suscita
mais simpatia, porque o
aborto faz referência ao bebé
que se impediu de continuar
a crescer e a viver, e o con-
ceito interrupção voluntária
da gravidez faz referência à
mãe e o exercício da ‘sua
liberdade’» (n. 7).
Os grupos pro-abortistas, tão
sensíveis!, manipulam as pala-
vras e a ideologia relativista de
que se falou na pagina anterior
aparece aqui manifesta:
- a mulher-mãe, dizem, têm
direitos sobre o seu corpo, ela
é que deve decidir, mais nin-
guém...
Mas, é que o bebé, mesmo
’embrião’, nunca foi o corpo da
mãe, é outro ’ser vivo’ no cor-
po da mãe. A ciência cada vez
mais o confirma.
Conclusão: a mulher e os
outros colaboradores do abor-
to, não têm nenhuma autori-
dade para ‘liquidar material-
mente’ essa nova vida!
Na linha do pensamento da
Igreja, os Bispos são claros ao
afirmar que «o aborto provo-
cado (...) é um atentado con-
tra a preciosidade da
vida» (n. 8), «é sempre uma
violência injusta contra um
ser humano, que nenhuma
razão justifica eticamente
(...), por isso, «a Igreja Católi-
ca considera a despenaliza-
ção e legalização do aborto
uma aberração ética, destina
a promover a prática pelo
desrespeito pela vida
alheia» (n. 9).
Vejamos com atenção as pala-
vras fortes dos Bispos:
ATENTADO
VIOLÊNCIA INJUSTA
ABERRAÇÃO ÉTICA
DESRESPEITO
É triste contemplar como na
nossa sociedade moçambicana
(lembramos que na cultura
africana a vida se respeitava,
era um dom!), o aborto passou
a ser mais ‘uma doença’.
É triste observar como no mun-
do juvenil, ‘fazer aborto’ é o
recurso fácil para resolver pro-
blemas de comportamentos
imaturos e irresponsáveis. E
muito mais grave, quando são
os adultos a promoverem
esses abortos.
É muito doloroso ouvir a
mulheres jovens que fizeram o
aborto, o sofrimento que levam
nos seus corações. Foram
enganadas! O aborto lhes trou-
xe uma dor imensa na vida!
º
Do dia 13 ao 15 de Fevereiro
reuniu-se em Lubumbashi
(R.D. Congo), na casa Inspec-
torial, por primeira vez, a equi-
pa de coordenação da Comuni-
cação Social da região África-
Madagascar. Estiveram pre-
sentes P. Faustino Garcia, Ins-
pector da AFO que acompanha
a comissão de CS, o P. Sebas-
tião Koladiyil como Secretário
da equipa e o P. Jean Marc
Marie Ngoie como Coordena-
dor Regional da CS.
Neste primeiro encontro dedi-
cou-se o tempo a planificar o
trabalho da comissão de CS.
Igualmente, preparou-se o pla-
no regional da CS assim como
a planificação dos trabalhos e
de partilha de tudo aquilo que a
comissão tem de realizar para
concretizar a missão na região.
Programou-se também o próxi-
mo encontro de todos os dele-
gados da região.
º
Continuamos apresen-tando algumas das ideias propostas do Rei-tor Mor a toda a Família
Salesiana na Estreia de 2013 cujo tema central, em vista do Bicentenário do nascimento de Dom Bosco em 2015, é o Sis-
tema Preventivo.
(À esquerda o cartaz oficial do 2º ano de preparação ao bicentenário)
º
º
º
Durante a sua vida Dom Bosco
tratou a educação como uma
missão e defendeu a ideia de
que antes de educar é preciso
amar. Relatos da sua biografia
garantem que ele faria tudo
para impedir que jovens aban-
donados ou em situação de ris-
co fossem obrigados a compor-
tamentos que os empurrassem
para o mundo da marginalida-
de.
O Sistema Preventivo de Dom
Bosco sugere ao educador que
se disponha a ser uma presen-
ça significativa junto dos
jovens. Para atrair a sua aten-
ção e confiança, Dom Bosco
não poupou esforços. Desen-
volveu habilidades várias:
mágica, acrobacia, malabaris-
mos, música, poesia, canto... O
seu objetivo foi sempre condu-
zir os jovens para Deus.
Dom Bosco via longe, previa o
futuro, mas vivia com os pés
bem assentes no chão. Estava
convencido de que para ter
uma sociedade harmoniosa era
preciso educar a juventude e
oferecer-lhe os meios para que
pudesse viver o seu projeto de
vida com segurança e dignida-
de.
Embora as suas ideias pedagó-
gicas tenham sido colocadas
em prática no século XIX, a
sua experiência educativa
gerou frutos que permanecem
espalhados pelos cento e trinta
e dois países em que os Sale-
sianos estão presentes e conti-
nuam a ter um lugar de desta-
que no universo da educação.
Segundo Dom Bosco, em todo
o jovem, mesmo naquele que
apresenta comportamento mais
rebelde, há um ponto accesível
ao bem e a primeira tarefa do
educador é procurar esse pon-
to e tirar bom proveito dele. A
metodologia e prática educati-
va de Dom Bosco permitem
afirmar que os educadores
assimilam a sua pedagogia
tanto mais quanto considera-
rem a educação, não como
uma profissão, ma como uma
vocação. A história revela que
Dom Bosco dedicou toda a sua
vida aos jovens, com atitudes
audaciosas e sempre aberto à
inovação. Deste modo foi pio-
neiro na sociedade da época e
proporcionou novas oportuni-
dades a milhares de jovens.
Façamos justiça ao nome que
temos, e a Dom Bosco nosso
mestre e pai que pelos jovens
mais pobres gastou toda a sua
vida.
P. Artur Pereira Provincial Salesiano
de Portugal
Nestas páginas centrais dedi-cadas este ano ao Sistema Preventivo, apresentamos um bonito artigo sobre o tema,
publicado na revista dos Sale-sianos de Portugal, ‘Boletim Informativo nº 307’. Agrade-cemos a autorização para esta publicação.
º
No domingo 17 de Março de 2013, reali-
zou-se na Casa ‘Madre Rosetta’ das
FMA do Jardim um encontro formativo
dos Conselhos locais do sul dos diferen-
tes grupos da Família Salesiana. Partici-
param perto de 40 pessoas.
O encontro iniciou às 8,30 com a Euca-
ristia dominical presidida pelo P. Améri-
co, à qual seguiu um momento de inter-
valo que serviu para cumprimentar o Sr.
Arcebispo de Maputo, Dom Francisco
Chimoio que vinha de celebrar na Paró-
quia do Bom Pastor.
Depois seguiu-se o momento formativo
animado pelo P. Rogelio. O tema era o
estudo da CARTA DA IDENTIDADE
CARISMÁTICA DA FAMÍLIA SALESIA-
NA, documento aprovado pelo Reitor-
Mor em 2012 para todos os grupos per-
tencentes oficialmente à nossa Família
carismática.
Acabou o encontro às 12,30 com as
informações dadas pelo P. António Tal-
lón, destacando dentre elas, a visita que
vem fazer uma equipa enviada de Roma
à nossa Família Salesiana durante uma
semana em Abril. No próximo número do
BS poderemos dar informação detalhada
sobre esta visita.
º
O BS, seguindo a tradição de Dom Bosco, ale-gra-se com toda a Igreja e com toda a FS pela
escolha do novo Sucessor de Pedro: PAPA FRANCISCO.
Acolhemo-lo com a oração e o coração! Acolhamos a sua mensagem !
º
Santo e Beatíssimo Padre,
eis-me com esta missiva à Sua
presença para manifestar-Lhe
os sentimentos de homenagem
e bons votos da Congregação
e de toda a Família Salesiana,
por Sua eleição a Bispo de
Roma e a Sumo Pontífice...
Rendemos agora graças a
Deus por ter-nos dado um
outro grande Pastor na pessoa
do Sucessor de Bento XVI,
exactamente em Vossa Santi-
dade, amadíssimo Papa Fran-
cisco.
Neste momento, como cristãos
e religiosos salesianos,
enquanto lhe queremos
expressar nossa alegria por
sua eleição, renovamos-Lhe
nossa fidelidade, assegurando-
Lhe o respeito filial herdado de
Dom Bosco...
Desde o momento de Sua elei-
ção e apresentação, quedamo-
nos fascinados pelo nome
assumido como Pontífice, que
muito bem enfeixa alguns dos
traços da Sua pessoa e anun-
cia um programa de renovação
da Igreja, restituindo-a à sua
verdadeira identidade e ao
Evangelho, através da simplici-
dade, da austeridade, manten-
do fixo o olhar no Senhor
Jesus...
Asseguramos-Lhe a nossa ora-
ção. O Espírito Santo O assista
no delicado mister que a Provi-
dência Lhe quis confiar, e a Vir-
gem Maria Lhe seja sempre a
grande Auxiliadora do Seu
Ministério.
Roma, 19 de março de 2013
P. Pascual Chávez Villanueva
SDB -Reitor-Mor
Santidade,
é com imensa alegria que
vimos até Vossa Santidade
para exprimir-Lhe os nossos
mais cordiais augúrios pela
missão de Sumo Pontífice da
Igreja Católica e de Bispo de
Roma a que foi chamado pela
vontade dos Cardeais partici-
pantes do Conclave.
A oração pelo Papa e por Suas
altas responsabilidades vê-nos
empenhadas na vanguarda,
também pelo amor ao Suces-
sor de Pedro que o nosso Fun-
dador e Pai, São João Bosco,
legou como mandado a toda a
Família Salesiana.
Agora que podemos pensar no
Papa com um nome e rosto, a
nossa oração será ainda mais
intensa.
...Em nome de todas as Filhas
de Maria Auxiliadora esparsas
pelos cinco Continentes, expri-
mo-Lhe a filial adesão ao seu
Magistério de Pastor e Pai da
Igreja universal.
Irmã Yvonne Reungoat
Superiora Geral das FMA
º
A comissão provincial das Es-
colas e Centros Profissionais,
da Inspectoria ‘São João
Bosco’ das FMA de Moçambi-
que, organizou vários encon-
tros formativos das Comunida-
des Educativas das diferentes
casas.
O primeiro encontro realizou-se
no dia 9 de Fevereiro, no Cen-
tro Dom Bosco de Infulene.
Participaram as CE de Namaa-
cha, Jardim, Casa Provincial e
Infulene.
O segundo encontro realizou-
se no dia 16 de Fevereiro no
Colégio Laura Vicunha de I-
nharrime. Neste lugar ajuntou-
se também a CE da Escola
Profissional Domingos Sávio
dos Sdb de Inharrime.
Nestes dois lugares o encontro
de um dia inteiro dividiu-se em
dois momentos formativos:
- pela manhã, a Ir. Alice Alberti-
na animava a formação sobre a
Educomunicação.
- pela tarde, o P. Rogelio Are-
nal animava a formação sobre
a Estréia do Reitor Mor 2013.
A Ir. Carolina, animadora da
Comissão organizadora, apre-
sentou em ambos encontros o
novo documento : ‘Carta de I-
dentidade das Escolas e Cen-
tros Profissionais das Filhas de
Maria Auxiliadora’.
As outras comunidades educa-
tivas Fma do centro e norte do
país tiveram também os seus
encontros formativos seguindo
o esquema das do sul.
º
"Ser hoje com os jovens CASA que
evangeliza" Este é o tema do próximo
Capítulo Geral XXIII que, com
a circular Nº 934 Madre Yvon-
ne Reungoat convocou oficial-
mente.
Ele terá início em Roma no dia
22 de setembro de 2014, na
Casa Geral. Como Reguladora
do Capítulo a Madre designou
Ir. Chiara Cazzuola.
« A casa - continua a circular -
n a t r a d iç ã o s a l es ia n a
é ambiente de família formado
por FMA, jovens e leigos,
é clima de corresponsabilida-
de que favorece o crescimento
das pessoas, fortalece a ale-
gria, é espaço de anúncio de
Jesus e apelo vocacional . É
experiência de comunhão no
estilo do Sistema preventivo,
que dilata os horizontes da
missão aos apelos da Igreja e
da realidade. Nela, é importan-
te que os jovens se sintam feli-
zes e sejam connosco protago-
nistas activos, envolvidos na
missão evangelizadora, espe-
cialmente em meio a outros
jovens».
as acompanham. Os mesmos
pais ou encarregados não têm
os valores...
Este Centro sim ajuda a cres-
cer às jovens, a pesar de haver
resistência.
Sou Reinaldo Celso, do Colegio
Maria Auxiliadora de Namaacha.
Já levo sete anos na educação e
sete anos também no Colégio
Maria Auxiliadora.
A minha experiência de profes-
sor-educador é uma experiência
muito boa. Por acaso, não espe-
rava quando fui mandado para
esta Escola, não tinha percebido
bem a diferença entra ela e as
demais. Por isso, quando entrei
passei pelas formações e então
percebi que a ideologia, a filoso-
fia era diferente. E eu acabei
também sendo diferente. Eu
também transformei-me noutra
pessoa também diferente.
Hoje nós temos jovens mais
preocupados, tal vez não encon-
trem uma resposta ainda. São
jovens dinâmicos. Quando nós
damos uma oportunidade para
se expressarem notas neles a
vontade de fazer e a vontade de
ser. Apenas precisam da pre-
sença, de acompanhamento.
E gosto muito desta pedagogia
salesiana, desta pedagogia do
amor. Acredito nessa pedago-
gia. É complicado, não vou
negar. Este método preventivo é
a diferença que eu mais gosto.
Sou Olinda Jõao, do Centro
Dom Bosco do Jardim.
Dou aula de português e tam-
bém trabalho na área da assis-
tência social com as alunas: vejo
o comportamento das alunas
nas chegadas, também para ver
como elas vestem os uniformes,
como cumprimentam (mesmo ao
guarda que está na porta, saber
que ele é importante), …e outros
comportamentos, pois estamos
formando uma boa cidadã, e
elas têm que aprender, a partir
da sua idade juvenil, a saber
como se comportar.
Sinto-me feliz de estar no meio
das jovens. As acompanho dia a
dia, a pesar de haver muitas
diversidades. Me sinto como
mãe, além de ser professora.
Vou dando a minha experiência,
o que eu vivi antes e o que esta-
mos a viver agora, tentando pas-
sar os valores para elas no dia a
dia para se formarem e serem
boas pessoas.
As dificuldades que encontro
são nas próprias jovens: a resis-
tência. Há muita resistência, por-
que o que aprendem lá fora não
é o que vêm encontrar dentro da
escola. Há muita diferença.
Também penso que os pais não
º
A minha família é a raiz da
minha vocação missionária.
Para mim, meu pai e minha
mãe são exemplos vivos de
caridade e de fé. Lembro-me
de que quando criança capri-
chava em memorizar o evange-
lho dominical a fim de que fos-
se escolhido para o dramatizar
na frente dos meus coetâneos
durante a catequese dominical.
Voltando para casa, eu e os
meus amigos rivalizávamos por
repetir as orações que havía-
mos ouvido durante a Missa,
até que um dia minha mãe veio
a saber: proibiu-nos terminan-
temente imitar as orações do
Sacerdote na Santa Missa.
Obedeci. Mas sempre quis ser
sacerdote.
Depois do colegial, pedi e fui
aceite como aspirante salesia-
no. Durante esse tempo decidi
manifestar o meu desejo de ser
missionário ao meu director
espiritual e ao Director da
Comunidade: ambos me incen-
tivaram a rezar.
Como jovem salesiano, minha
vocação missionária cresceu
ainda mais concretamente,
sobretudo quando fui mandado
fazer uma experiência apostóli-
ca num campo de refugiados.
Devia ocupar-me dos meninos.
Num dia de calor, estava can-
sado: preferi não participar dos
jogos dos rapazes, embora
estivesse ali presente fisica-
mente. Um deles se aproximou
e sentou-se a meu lado. Passa-
dos alguns momentos de silên-
cio, perguntou: “Irmão, o que
foi que Deus não lhe conce-
deu? É que vejo que hoje o
senhor não está feliz”. Não
consegui responder e devolvi a
pergunta... De repente debu-
lhou-se em lágrimas. Mais tar-
de, vim a saber que fora um
soldado e que a sua experiên-
cia continuava a torturá-lo.
Quando, por fim, eles voltaram
às suas terras, os rapazes me
convidaram a ir com eles.
Essa experiência me ficou mui-
to viva na lembrança. Depois
das férias de verão, voltei a
falar de missões com os meus
directores, que me ajudaram a
fazer o discernimento. Por últi-
mo enviei o meu pedido ao Rei-
tor-Mor que me destinou a
Papua Nova Guiné, no Pacífi-
co.
“Por que vai ao exterior se na
África precisamos tanto de mis-
sionários?” – foi a pergunta que
muitos me fizeram. De fato, a
África precisa ainda de muitos
missionários. Mas é também
verdade que minha Inspectoria-
Mãe recebeu muito. Graças
aos sacrifícios dos missionários
do Projeto África, o carisma
salesiano já é florescente.
Creio que agora chegou o
momento de compartilhar dos
primeiros frutos já obtidos.
Estou realmente feliz por ter
sido enviado a Papua Nova
Guiné, a este povo tão alegre e
acolhedor. O que me impres-
siona é que há tantas ilhas na
Oceânia que esperam pelo pre-
sente de um missionário que os
ajude a aprofundar a Fé.
Para mim o início não foi nada
fácil: a comida e a cultura
foram algumas das minhas
experiências mais duras.
Foram muitas as noites passa-
das em claro! Agradeço ao
‘Curso de Novos Missionários’,
de Roma, que me preparou psi-
cologicamente a enfrentar esse
choque cultural e ser realista
perante o que me espera. Con-
tar com um director espiritual
ajudou-me também a ver a rea-
lidade por outra perspectiva,
diferente: que nós, missioná-
rios, podemos fazer florescer o
carisma salesiano também
aqui.
Clérigo Stephen Musya Maswili
SDB de Quénia
º
No mês passado a nossa Rádio estreou 3 novos programas, todos
sob a direcção do Pe. Carlos Artur Ochoa:
O "Pensamento do Dia" passa de segunda a sexta-feira, em que o
Pe. Artur fala de temas que são sempre actuais como a valores
pessoais, família, sociedade, Igreja e valores tradicionais (Culturais
Africanos).
"Nossa Hora" programa dirigido aos adolescentes da nossa Vila e
localidades vizinhas, apresentado por 4 adolescentes da nossa
Paróquia, transmitido todos os domingos as 18h.
E por fim temos o "Batukada", programa dirigido aos jovens, e tam-
bém ele apresentado por jovens da Paróquia. Neste programa o
publico pode interagir enviando sms com perguntas, duvidas ou
apenas dando a sua opinião sobre o tema. Com transmissão todas
as sextas-feiras às 18h.
Os dois programas são do tipo formativo-debate e são apresenta-
dos em directo. Aqui fica o que dois dos nossos jovens têm a dizer
do seu programa:
~ Euclides 23 anos apresentador do "Batukada": “O meu principal
objectivo é chamar atenção de toda a sociedade juvenil que se
encontra desmoralizada,(...)e espero que comecem a valorizar-se!"
~ Marciela 20 anos apresentadora do "Batukada":"- É primeira vez
que apresento rádio e sinto-me muito orgulhosa e divertida porque
gosto do programa e aprendo muito coisa importante e interessan-
te."
Benedita Siqueira
Os meios técnicos da Comunicação Social sempre foram fiéis companheiros no caminho evangelizador da Igreja e dos Salesia-nos. Entre eles, o mais clássico e ainda muito necessário, é o da rádio.
Apresentamos brevemente algumas novidades na rádio da Missão salesiana de Moatize (Tete), que dentro da sua simplicidade, para muita gente é a sua primeira rádio a escutar cada dia.
Muitas vezes quando ouvimos a
palavra APÓSTOLO parece que
são somente aqueles que anda-
vam, comiam e pregavam com
Jesus no Seu tempo; isto é, o gru-
po dos 12... Alguns daqueles que
seguiram Jesus tinham sido dos
discípulos de João Baptista e
outros ainda tinham feito algumas
experiências de seguir Jesus não
de forma radical, mas de longe
como a maioria do povo. P para
ser apóstolo é preciso antes ser
discípulo...
Esta experiência passa por um
exercício de muita renúncia, e a
coragem de caminhar ao encontro
de um povo fatigado e carregado
de muitas esperanças, de ouvir
uma palavra consoladora e anima-
dora.
Há muitas zonas da Paróquia de
Zóbwè onde o povo tem muita
sede de ouvir alguma palavra do
sacerdote. Há muitas crianças que
somente ouviram dizer a palavra “
padre” mas nunca tinham visto um
padre. Que pena! Coitados! É mui-
to frequente ver comunidades
onde o único padre que passou foi
o falecido Padre Bernardo Soares,
ver crianças que não piscavam os
olhos para ver de perto o Padre e
outros com medo, apesar de falar-
mos a mesma língua e termos a
mesma cor.
O trabalho é intenso e temos mui-
tos desafios. Temos os limites
pelas distâncias e estradas intran-
sitáveis no tempo chuvoso para
alem das zonas onde nem o carro
pode passar, apenas vai-se de
bicicletas ou de mota.
P. Filipe Ajuda, Sdb
º
PROJECTO EUROPA: ENCONTRO DOS MISSIONÁRIOS
(ANS – Péliföldszentkereszt) – Nos dias 1-3 de Março, realizou-se em
Péliföldszentkereszt, Casa-Mãe dos Salesianos da Hungria, um encontro
para os missionários do Projeto Europa (PE), presentes na Áustria, Bul-
gária (da Inspetoria da República Tcheca) e Hungria. Presentes 16 mis-
sionários e os salesianos adidos à sua inserção nas respectivas Inspecto-
rias.
O encontro foi convocado pelo P. Václav Klement, Conselheiro para as
Missões Salesianas, como estágio de monitoria e continuação do traba-
lho iniciado em Novembro de 2011 em Roma, durante o primeiro encon-
tro dos missionários na Europa. Na carta de convocação o P. Klement
havia apresentado os objectivos da reunião: examinar a inserção e a for-
mação dos missionários; e partilhar as próprias experiências e as das
comunidades que os acolhem, a fim de formular propostas e sugestões em favor do PE.
As sessões de trabalho foram moderadas pelo P. Alfred Maravilla, Encarregado da formação missionária junto ao Dicastério
das Missões. O tema que emergiu de todos os debates foi a importância do acompanhamento dos missionários por parte das
Inspectorias que os recebem, a fim de favorecer a sua inserção e inculturação. Neste contexto os elementos fundamentais
para um êxito feliz são tanto uma atitude acolhedora pelos salesianos das Inspectorias que recebem os missionários quanto a
abertura às contribuições e ao dinamismo que os missionários podem dar à revitalização do carisma salesiano.
Entre Novembro de Dezembro de 2012 os missionários do PE, na França (FRB) e Bélgica Norte (BEM), junto com os salesia-
nos que os acompanham na inserção, já realizaram análogo encontro em Lião, França.
O PAPA FRANCISCO RECEBE AO REITOR MOR P. PASCUAL CHÁVEZ
(ANS – Roma) – Na tarde de ontem, 21 de março, o Reitor-Mor, P. Pascual Chá-
vez, e o seu Vigário, P. Adriano Bregolin, foram recebidos pelo Papa Francisco,
no Vaticano, num encontro marcado por grande familiaridade. O Papa recebeu
com espontaneidade a carta e os brindes do P. Chávez e P. Bregolin, mostrando-
se disponível a visitar Turim em 2015.
“Foi um encontro breve, de 15 minutos, mas de grande intensidade, em que entre-
gamos ao Santo Padre a Carta que lhe havia escrito por ocasião do início do seu
Pontificado e a Estátua de Nossa Sra. Auxiliadora, que logo beijou – referiu o Rei-
tor-Mor.”
“Tudo quanto vimos e sentimos desde a sua primeira apresentação na Praça de São Pedro, na noite inesquecível da sua elei-
ção, voltamos a reviver e a experimentar pessoalmente ontem de tarde: a sua acolhedora simpatia, a grande simplicidade, a
cordialidade, a capacidade de escuta e de relacionamento. Reconheceu-me; e o abraço com que me recebeu fez-me sentir a
sua grande paternidade”.
“Pediu-me notícias da minha saúde, porque soubera que não havia passado muito bem. Perguntou-me outrossim pelo termo
do meu mandato como Reitor-Mor. Disse-lhe que, graças a Deus, havia de tal modo recuperado a saúde que pudera levar
adiante o meu serviço; e que dentro de um ano haveria de terminar o meu encargo de Superior”.
“Juntos relembramos alguns acontecimentos: como quando em Aparecida pedi que a beatificação de Zeferino Namuncurá
não se fizesse em Buenos Aires, mas em Chimpay, motivando o pedido com a explicação de que ‘na Patagônia os Salesianos
fizeram tudo’; o seu passado como aluno do Colégio Salesiano de Ramos Mejía; a sua devoção a Nossa Sra. Auxiliadora, que
ele exprimia indo ao seu Santuário, em Almagro, todo dia 24 do mês, para celebrar a Eucaristia; ele mesmo recordou que
exactamente naquele santuário fora baptizado, sempre por um salesiano, P. Enrico Pozzoli; e falamos também da sua afilia-
ção ao Clube de Futebol São Lourenço, de que ainda conserva a sua primeira carteirinha desportiva”.
º
ENCONTRO ENTRE CULTURAS
(ANS – Sherbrooke) – De 1° a 16 de Março cerca de 20 adolescentes
canadenses que frequentam o grupo Missionário Salesiano Juvenil
(JMS), de Sherbrooke, fizeram uma expedição a Santa Catarina, México,
onde conviveram com outros 30 jovens, seus coetâneos. O confronto
entre experiências de vida diferentes foi enriquecedor para todos.
Chefiou a expedição dos jovens canadenses, a 20ª desse tipo, o P. Alain
Léonard, salesiano, membro da comunidade de Sherbrooke e responsá-
vel e guia das 19 edições precedentes. Durante as duas semanas de per-
manência, os jovens de Sherbrooke compartilharam seus dias com crian-
ças e adolescentes mexicanos, estando-lhes ao lado em variadas activi-
dades: passeios culturais às localidades mais características da região,
momentos de espiritualidade, jogos e trabalhos manuais, mostrando como preparar a terra para as plantações das várias cul-
turas. O confronto, além do linguístico, foi sobretudo sobre os desafios típicos da própria idade.
“Esta experiência, qualificada como ‘stage’ de cooperação internacional, recordou aos rapazes que para mudar o mundo é
antes necessário mudar a si mesmos – sublinhou o P. Léonard –. Com efeito o desafio foi o de encorajar e sustentar, no quoti-
diano, a quem recebeu menos; de concentrar-se mais nos outros, de que em si mesmos; de optar preferivelmente pelo essen-
cial, não pelo acessório; de relativizar os nossos pequenos problemas pessoais e de viver na alegria, como os nossos amigos
mexicanos, no pleno espírito salesiano”.
Entre os rapazes canadenses e os mexicanos houve também momentos intensos, como quando os jovens mexicanos falaram
do problema da droga em Chignahuapan.
Jovens de Sherbrooke, que muito aprenderam dessa experiência, disseram: “Mudou a minha percepção do mundo: eu olhava
o mundo através das lentes ‘estado-unidenses’; mas agora é como se o visse através de outras lente, muito mais abertas”; “O
que me fica da viagem é ter partilhado uma certa pobreza: havia muito auxílio mútuo entre as pessoas... Todos partilhavam. E
as dificuldades se superavam juntos”.
Também do ponto de vista relacional, os jovens canadenses aprenderam muitas coisas: “Criaram-se lindas amizades, tam-
bém sem computador ou celular”. E ainda: “Esta viagem aumentou o meu amor ao próximo. Lembrou-me que ser feliz é muito
simples: basta um sorriso”.
JOVENS INDIANOS PELO MUNDO MELHOR
Cherrapunjee, Índia – Fevereiro de 2013 – De 15 a 17
de fevereiro, no Santuário Dom Bosco, de Cherrapun-
jee, pertencente à Inspetoria salesiana de Silchar (INS),
realizou-se o encontro juvenil sobre o tema “Juntos
rumo a um mundo melhor”. Do evento, organizado pelo
Movimento Juvenil Salesiano, do Departamento de Sil-
char, tomaram parte cerca de 800 jovens. Presentes ao
encontro Dom Dominic Jala SDB, Arcebispo de Shil-
long, e o P. George Maliekal, Inspetor da INS.
VIOLÊNCIA SEXUAL E JOVENS
Cidade do Cabo, África do Sul – 1° de março de 2013 – No
dia 1° de março, na Escola salesiana ‘Don Bosco Hostel’,
realizou-se um encontro sobre o tema da violência sexual,
moderado pela Sra. Mildrett Stevens, Agente Social. Partici-
param os alunos do Instituto. A iniciativa foi lançada pelo
Departamento da Instrução Pública, da África do Sul, em
todas as Escolas da Nação, para fazer frente à chaga da
violência sexual, crime realmente mui difundido no País.
º
FORMAÇÃO DE CATEQUISTAS NO ZOBWÈ
Uma das prioridades da nossa Paró-
quia de Zobwè é a formação dos
agentes da pastoral. Portanto, uma
das áreas mais urgentes é a cate-
quese. Por isso neste ano querendo
melhorar a qualidade no anúncio
explícito de Jesus às crianças, ado-
lescentes e jovens, achamos por
bem iniciar com a formação dos
catequistas. Assim sendo, começa-
mos com esta formação na sede paroquial na semana antepassada e na semana
passada demos a formação na zona de Mussacama e na próxima semana chega-
remos até Nkondezi.
Esta formação visa também a mudar o antigo catecismo que consistia nas per-
guntas e respostas, introduzindo agora um catecismo com temas bíblicos, refle-
xão e perguntas no fim de cada tema. São bons catecismos que estão ser usados
toda a zona fronteiriça de Moçambique, mas são livros feitos no Malawi. Essa acti-
vidade é realizada todos os sábados de manhã, durante somente este mês de
Fevereiro.
Proximamente vamos iniciar com a formação bíblica e litúrgica de todos os agen-
tes da pastoral de cada zona também. Essa actividade será realizada também a
parte de manhã, visto que nas tardes temos que atender outras situações na
paróquia.
P. Filipe Ajuda – Missão do Zobwè
MOAMBA CELEBRA
O PADROEIRO
A Vila de Moamba, pequena que é,
viveu no dia 10 de Fevereiro, a habi-
tual festa de São João de Brito,
padroeiro desta paróquia, neste
momento em obras de alargamento.
O padre Américo Chaquisse presidiu
a Eucaristia festiva.
Depois da Eucaristia, houve procissão
com o andor do Santo Padroeiro, que
seguiu o roteiro: casa das irmãs-praça
dos heróis-correios e entrou na estra-
da principal de regresso à paróquia.
Na entrada desta, os participantes
tiveram direito a uma senha que dava
direito a um quite de lanche.
No período da tarde, houve diversos
jogos com muitos prémios em vista, a
destacar: roupa, bolachas, pastilhas,
computadores, arroz, sal de cozinha,
etc. Já ao cair da tarde, os pequenos
participaram de uma corrida pedestre,
com direito a medalhas de ouro, prata
e bronze.
‘AMIGOS PARA SEMPRE’ NO CHIÚRE
Iluminadas pela pedagogia de Dom Bosco que levou vários jovens até aos altares,
as irmãs da comunidade de Chiúre, quiseram tornar perene a obra de Dom Bosco
ajudando as crianças no caminho da santidade.
Para tal, segundo as possibilidades do lugar, não será possível ainda este ano
ter o grupo de Lauras/os, apenas se preparara o ambiente para a implementação
do mesmo nos próximos anos.
É confortável observar o entusiasmo das crianças ao participar do grupo: 30 pré-
adolescentes e
adolescentes, que
se encontram nas
3ª feiras. De
momento o nome
do grupo é ‘Amigos
para sempre’. Este
será este o cami-
nho que irão trilhar,
procurando cultivar
boa amizade com
os colegas e com o
verdadeiro amigo:
Jesus.
Ir.E.Inacia Capela de Maria Auxiladora
em Inharrime
º
IR. PAULA DE VISITA CHIÚRE
Foi entre os dias 9 a 14 de Fevereiro que a irmã Paula,
nossa Provincial, esteve de visita na comunidade Madre
Mazzarello de Chiúre.
No dia 11 encontrou-se com os membros da direcção da
Escola Dom Bosco onde apresentou a Carta de Identidade
das Escolas e Centros Profissionais das FMA. Ficou o com-
promisso de estuda-la e fazê-la operativa.
Ir.E. Inácia
A FAMÍLIA SALESIANA AO REDOR DE DOM BOSCO
Realizou-se na Missão de São José de Lhanguene
(Maputo), no domingo 3 de Fevereiro, o tradicional
encontro da Família Salesiana do Sul de Moçambique
para celebrar juntos Dom Bosco e dar início ao ano pas-
toral salesiano com a apresentação da estreia do Reitor
Mor e dos programas de cada grupo.
A eucaristia foi presidida pelo Provincial P. Américo. O
encontro foi coordenado pelo Delegado de Pastoral
Juvenil, P. Pescador.
Ao longo do encontro os diversos grupos foram apresen-
tando as suas propostas para este ano de 2013 tendo
em conta o ano da Fé, a estreia e os documentos dos
Bispos de Moçambique.
Estiveram presentes Sdb, Fma, Salesianos Cooperado-
res, ADMA, Antigos Alunos/as dos Sdb e Fma, Movimen-
to Juvenil Salesiano.
Foto 1: Os jovens de Moamba visitam os jovens do
Sabiè em vista da preparação da JMJ2013
Foto 2: Os tirocinantes (sdb jovens no estágio prático)
tiveram dois dias de formação na Visitadoria.
Foto 3: Primeira pedra das oficinas no Ins.Sup.D.Bosco
º
ML: Sr. Cardeal, você conti-
nua denunciando a injustiça
onde ela exista. Está a sofrer
perseguições?
Cardeal: È verdade, muitas
vezes recebo insultos, também
ataques físicos, e por que não
dizer também, recebo apoios e
também orações, de tal manei-
ra que procuro seguir a minha
consciência, seguir a doutrina
social da Igreja e sobretudo o
Evangelho, e procuro fazer do
melhor que posso.
ML: Onde encontra tempo
para realizar tantas tarefas
que tem a serviço da Igreja?
Cardeal. Dom Bosco disse-nos
que o salesiano descansará no
céu... Mas, é sempre bom que
reservemos tempo sobretudo
para a oração, para mim é um
momento de descanso, de
retomar forças espiritualmente,
e é um momento que é muito
importante na minha vida.
ML: Não é um dilema pere-
ne, em muitos países, a desi-
gualdade entre ricos e
pobres?
Cardeal: Depois de tantos anos
de experiência estou convenci-
do que o actual sistema é um
sistema injusto que produz
desigualdades. Devemos reali-
zar um caminho novo...: A
opção preferencial pelos
pobres deve dirigir-se às
mudanças necessárias no sis-
tema económico.
ML: A Igreja fala há muito
tempo de opção pelos
pobres. O que deve fazer
hoje neste sentido?
Cardeal: A Igreja deve motivar
as mudanças do sistema eco-
nómico mundial. Não haverá
opção pelos pobres, se o siste-
ma não muda, se não muda o
comercio global…
Fala-se de comercio livre, mas
o comercio não é livre. Com o
proteccionismo e as subven-
ções não podemos falar de
comercio livre, o sistema está
realizado assim para proteger
alguns países…
ML: E mantendo uma povoa-
ção pobre, também se lhe
domina, não é?
Cardeal: É verdade. Aqui, pelo
menos em América Latina,
temos outra causa principal da
pobreza, que é a falta de famí-
lia, o grande número de filhos
de mães sozinhas que povoam
os nossos países e que perpe-
tuam a pobreza…
Outra causa da pobreza é a fal-
ta de educação. Se não temos
uma educação de qualidade
não podemos sair da pobreza.
ML: Outro grande problema
unido à pobreza é a corrup-
ção. Você disse que é ‘um
cancro’ que é antigo e tam-
bém novo.
Cardeal: A corrupção é um sis-
tema programado para enri-
quecer ilegalmente políticos
que chegam ao governo e
depois querem ficar todo o res-
to da vida sem trabalhar…
Quando um político se corrom-
pe e se enriquece ilegalmen-
te… defende-se com a corrup-
ção…
ML: O que pode fazer a gente
simples para lutar pela justi-
ça e para lutar contra as
desigualdades e contra a
corrupção?
Cardeal: A força que o povo
tem na democracia é no voto,
porque se os corruptos sabem
que o povo que toma consciên-
cia não lhes vota, inicia a
mudança. A arma do cidadão é
o voto e deve utilizá-lo com
consciência.
ML: Onde encontrar esperan-
ça num mundo com tanta
dor, tanta injustiça?
Cardeal: Se nós somos cris-
tãos, o nosso exemplo é o de
Jesus, e o Senhor Jesus teve
de lutar contra toda esperan-
ça… Sabemos que Deus quer
um céu e uma terra nova… e
isto o fará através de cada cris-
tãos, quando construímos o
Reino já nesta vida. A Comuni-
dade é o elemento fundamental
da nossa fé para viver a espe-
rança.
O salesiano, Cardeal Oscar Maradiaga, arzebispo de Tegu-cigalpa, nas Honduras e Presidente de Cáritas Internacio-nal, é um Bispo conhecido pelas suas denuncias contra as injustiças sociais e económicas, que são causa da maior
parte das pobrezas domundo. Na linha do Reitor-Mor que nos convida a viver uma ‘caridade’ também comprometida a favor da justiça no mundo, colocamos no BS algumas respostas da entrevista que deu à jornalista Maria Lozano para o programa ‘Where God Weeps’ e que publicou em italiano a agência Zenit.
º
È com este lema que Dom
Miguel Ángel Olaverri, sale-
siano, novo bispo de Pointe-
Noire, República do Congo,
resume a determinação com
que deseja trabalhar pela uni-
dade em sua diocese, para
cujo governo foi nomeado no
dia 22 de Fevereiro passado.
Espanhol, da Navarra, nascido
em Pamplona, perfez toda a
sua formação inicial na Inspe-
toria de Valência. Pouco
depois da sua ordenação, em
1976, em Barcelona, partiu
como missionário à África.
Quais as exigências primá-
rias na diocese de Pointe-
Noire?
A diocese foi instituída em
1948. Hoje, a primeira e mais
importante exigência é a cons-
trução da comunhão eclesial...;
A necessidade de promover as
áreas rurais que foram muito
descuidadas e são ainda muito
primitivas, para que possam
gozar de infra-estruturas e de
pessoas que levem avante a
evangelização. Os transportes
estão melhorando: não em
todos os lugares, é claro, mas
ao menos em cerca da metade
das missões, no interior.
Temos duas zonas habitadas
por nativos (os que antes se
chamavam ‘pigmeus’): são as
zonas mais distantes da sede
da diocese, a cerca de 180
Kms, e a 10 dos confins com o
Gabão: ali só se chega e com
muita dificuldade pelo rio. Nes-
sas duas missões quase termi-
namos a construção da Casa
paroquial e de uma Igreja, que
inauguraremos no fim de
Junho.
Trata-se de uma das zonas
mais remotas da África?
Quando falamos de áreas de
floresta equatorial na nossa
Diocese, então, sim, ali é real-
mente muito difícil de chegar,
porque não existem meios de
transporte! Alguns meses atrás
tive de guiar de noite por estra-
das totalmente alagadas. E
neste ano as chuvas foram tor-
renciais.
Que mais nos pode dizer da
sua Diocese?
A Diocese tem 13 500 Km2...
Actualmente são 62 os sacer-
dotes diocesanos (com mais
outros 21 na Europa); há outros
onze, procedentes de ordens e
congregações religiosas, dos
quais 5 salesianos. Há além
disso 14 religiosos e 54 religio-
sas... As paróquias na cidade
são 19. Nas zonas rurais 11, e
em todas essas áreas não
temos nenhuma comunidade,
nem de religiosos, nem de reli-
giosas, o que significa que há
uma dificuldade muito grave
para a evangelização...Temos
hoje 32 seminaristas maiores e
um seminário menor.
Que pode dar o seu estilo e
coração salesianos a estas
terras?
Em primeiro lugar, uma aten-
ção especial aos sacerdotes
jovens... Quero assim estar-lhe
muito perto e animar suas ini-
ciativas.
Havendo, além disso uma
comunidade salesiana na qual
vivi por oito anos nesta cidade
haverá certamente uma com-
pleta atenção à Pastoral juvenil
que temos confiado a mesma
comunidade salesiana. Apoio-
os ao máximo; estou muito pre-
sente nas actividades juvenis
em nível diocesano.
Interessa-me também o futuro
dos jovens no que respeita à
criação de empregos, nas
escolas profissionais; e o cui-
dado dos presos na prisão cen-
tral, que em sua maioria são
jovens e que procuramos tratar
com todo o respeito, relacio-
nando-nos com suas famílias e
preocupando-nos por oferecer
alternativas quando deixam a
casa de detenção...
E quanto ao lema episcopal,
já pensou nele?
«Ut unum sint» (como rezava
o Senhor, ‘que sejam um’).
Creio que continuar na busca
da unidade também seja a coi-
sa melhor que possa fazer em
minha diocese a fim de que as
coisas corram bem.
A presença salesiana em África viu-se enriquecida com mais um Bispo salesia-no nomeado pelo Papa
emérito Bento XVI para o Congo. Trata-se do P. Ola-verri, que vive e trabalha nas terras de África desde a sua juventude. Já esteve em Moçambique a pregar Exercícios Espiri-
tuais aos salesianos. Apresentamos partes da entrevista de ANS.
º
Cada momento da nossa vida
está impregnado da Divina Pre-
sença, que nos ama e nos
cumula dos Seus dons.
Viver a fé significa saber reco-
nhecer essa amorosa Pre-
sença sempre gratificante.
Graças à Fé, Cristo torna-Se
pouco a pouco a Luz que ilumi-
na toda a vida do homem e
todo o mundo. Assim, Ele torna
-se Presença viva e actuante
na vida dos Seus
discípulos e cada
momento da vida é
portador da Sua
Presença.
O tempo é a Pre-
sença escrita com
P maiúsculo; é a
Presença de Cristo
na nossa Vida, é a
Presença pessoal
de Deus, que Se
revela como
A l g u é m q u e
espera algo de
nós.
Deus manifesta-Se
através da Sua
Vontade: Mas, que
Vontade? Sempre
a do nosso bem. Oxalá que
pudéssemos ajudar os nossos
jovens a descobri-la a ser feli-
zes com Ela, pois Deus é
Amor.
Por isso cada instante da
nossa vida é momento de
encontro com esta Presença
que te ama. Alguém disse que
o tempo é como que o sacra-
mento do encontro do
homem com Deus, onde Ele
dá a Sua graça em todos os
momentos, sejam eles fáceis
ou difíceis. São Paulo diz que
nós vivemos em Deus, e n’Ele
nos movemos e somos. É por-
tanto d’Ele que recebemos,
não só o dom da existência,
mas também o da respiração,
do alimento, da amizade, a gra-
ça de cada momento da vida.
Santa Teresa do Menino
Jesus, dirá que “tudo é gra-
ça”, significa que Deus vem a
nosso encontro sob a forma de
dom, Ele quer que para nós
tudo resulte bom. Como é
importante então que acredite-
mos na sua Presença constan-
mos na sua Presença constan-
te, a qual se manifesta dos
mais diversos modos.
O Momento presente,
qualquer que seja ele,
é sempre portador do
Amor. Mesmo no
momento em que
pecamos está cheio
de graça de Deus,
pois ele está junto de
nós e ama-nos: Ele
não quer a morte do
pecador senão que se
converta e viva, diz
Ezequiel.
Uma perspectiva para
viver a nossa Fé
como o ‘sacramento’
do nosso encontro
com Deus e com a
Sua Misericórdia, com
o Seu Amor por cada
um. Se desta manei-
ra, considerássemos todos os
momentos da nossa vida, cer-
tamente nasceria em nós uma
oração espontânea que tende-
ria a tornar-se oração contínua
e nossa vida passaria a ser
uma constante oração, uma
procura contínua de viver na
Sua Presença que constante-
mente nos envolve.
Miguel A.Delgado Herrera,
Sdb
º
Queridos jovens (2ª parte):
UMA CHAMADA URGENTE
A história mostra-nos muitos
jovens que, através do dom
generoso de si mesmos, contri-
buíram grandemente para o
Reino de Deus e para o desen-
volvimento deste mundo, anun-
ciando o Evangelho.
De um modo geral, diante das
dificuldades do mundo contem-
porâneo, muitos se perguntam:
E eu, que posso fazer? A luz
da fé ilumina esta escuridão,
fazendo-nos compreender que
toda existência tem um valor
inestimável, porque é fruto do
amor de Deus. Ele ama mesmo
quem se distanciou ou esque-
ceu d’Ele: tem paciência e
espera; mais que isso, deu o
seu Filho, morto e ressuscita-
do, para nos libertar radical-
mente do mal. E Cristo enviou
os seus discípulos para levar a
todos os povos este alegre
anúncio de salvação e de vida
nova.
É urgente testemunhar a pre-
sença de Deus para que todos
possam experimentá-la: está
em jogo a salvação da humani-
dade, a salvação de cada um
de nós.
TORNAI-VOS DISCÍPULOS
DE CRISTO
O anúncio do Evangelho não
pode ser senão consequência
da alegria de ter encontrado
Cristo e ter descoberto n’Ele a
rocha sobre a qual construir a
própria existência.
Comprometendo-vos no servi-
ço aos demais e no anúncio do
Evangelho, a vossa vida, mui-
tas vezes fragmentada entre
tantas actividades diversas,
encontrará no Senhor a sua
unidade; construir-vos-eis tam-
bém a vós mesmos; crescereis
e amadurecereis em humani-
dade.
O discípulo é uma pessoa que
se põe à escuta da Palavra de
Jesus (cf. Lc 10,39), a quem
reconhece como o Mestre que
nos amou até o dom de sua
vida. Trata-se, portanto, de
cada um de vós deixar-se plas-
mar diariamente pela Palavra
de Deus: ela vos transformará
em amigos do Senhor Jesus,
capazes de fazer outros jovens
entrar nesta mesma amizade
com Ele.
Ser missionário pressupõe o
conhecimento deste património
recebido que é a fé da Igreja: é
necessário conhecer aquilo em
que se crê, para podê-lo anun-
ciar.
Sim, tendes de estar enraiza-
dos na fé ainda mais profunda-
mente que a geração dos vos-
sos pais, para enfrentar os
desafios e as tentações deste
tempo com força e determina-
ção.
º
Este ano de 2013 o noviciado salesiano de Namaacha viu-se enriquecido com oito novos noviços: 3 de Moçambique e 5
de Angola. São eles: - Adriano Pedro, de Angola e 24 anos de idade; - António Paulo, de Angola e 26 anos de idade; - Augusto Pedro, de Angola
e 21 anos de idade; - Chamareza Constantino, de Moçambique e 22 anos de idade; - Dercio Henriques, de Moçambique e 21 anos de ida-
de; - Domingos Cassua de Oli-veira, de Angola e 21 anos de idade; - Luis Sacânia, de Angola e 20 anos de idade; - Machava Jorge, de Moçam-
bique e 24 anos de idade.
Machava
Augusto Chamareza
Luis Adriano
António
Dércio Domingos
º
O que é o Noviciado? Para que serve? Se um jovem quer ser salesiano, o que deve fazer?... Estas e outras perguntas são feitas aos noviços muitas vezes. Eis aqui algumas das suas respostas, dirigidas principalmente àqueles jovens, rapazes e raparigas, que sintam no seu coração a chamada do Senhor para o servir no caminho da
vida salesiana.
Quero ser sdb por estar apaixo-
nado pelos jovens e quero
seguir mais de perto a Jesus
Cristo nos passos de Dom Bos-
co.
O que deve fazer
um jovem para ser
salesiano: ter boa
vontade, e boa
capacidade de escu-
ta.
A um jovem que gos-
te ser salesiano, lhe
diria que basta ape-
nas ter em mente que
Jesus Cristo chama a
cada pessoa a dar
seguimento e a dar
continuidade a essa
missão de Dom Bos-
co e que não tenha
medo.
Vim a Moçam-
bique ao Novi-
ciado, que é a
ex p er i ênc i a
vocacional de
c o n s a gr a d o
seguindo a D.
Bosco.
O noviciado é
para poder for-
mar-me e ser
salesiano e
poder traba-
lhar para Deus
no serviço à
juventude.
Os salesianos são
c o n t i n u a d o r e s
desse amor de
Dom Bosco na
vida dos jovens.
Um jovem na
vida salesiana
pode encontrar
muita coisa.
Para mim, pes-
s o a l m e n t e ,
e n c o n t r a a
Jesus Cristo e a
Dom Bosco.
Vim ao noviciado para fazer a
experiência de vida comunitá-
ria, apostólica e salesiana.
Fazer essa experiência. Viver.
Ser salesiano.
Em Angola os jovens amam
muito a Dom Bosco.
º