Biodiversidade e Cooperação na União Europeia
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Paula Lopes da Silva
Secretária da Direcção NacionalBiodiversidade e Relações InternacionaisQuercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
A Biodiversidade nas políticas de Cooperação da União Europeia
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Biodiversidade: alguns conceitos
Biodiversidade: A diversidade biológica é o número, variedade e variabilidade de organismos vivos. O conceito inclui diversidade intra-específica ou dentro da espécie (diversidade genética), inter-específica ou entre espécies (riqueza de espécies), e entre ecossistemas.
Serviços dos Ecossistemas: benefícios locais e globais que as pessoas obtêm dos ecossistemas.
Serviços essenciais para o bem-estar humano: alimentos, combustíveis, materiais de construção e medicinais, etc.
Serviços reguladores: criação de solos férteis, fixação de carbono, purificação do ar e água, polinização ou controle de cheias e erosão.
Estudos recentes mostram que as espécies se estão a extinguir a uma taxa 1000 vezes superior ao normal
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Estado da Biodiversidade no Mundo
A Análise do Milénio sobre Ecossistemas
Decorreu de uma ideia lançada a nível mundial pelo Secretário Geral das Nações Unidas, Koffi Annan, em 2001
Objectivo geral: responder à necessidade de informação científica sobre a condição actual e as consequências das mudanças nos ecossistemas para o bem estar humano, especialmente a informação necessária para a implementação da Convenção da Biodiversidade, da Convenção do Combate à Desertificação e da Convenção das Zonas Húmidas.
De 2001 a 2005 mais de 1360 especialistas em todo o mundo trabalharam nesta iniciativa internacional, que forneceu uma avaliação multi-escala, isto é, avaliações interligadas aos níveis global, sub-global e locais dos ecossistemas e sua capacidade de fornecer serviços dos quais o Homem depende.
![Page 4: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/4.jpg)
Estado da Biodiversidade no MundoA Análise do Milénio sobre Ecossistemas (MA) – Biodiversidade
De acordo com a Análise do Milénio sobre Ecossistemas dois terços dos chamados “serviços prestados pelos ecossistemas” estão em declínio em todo o mundo, comprometidos pelo uso excessivo e perda de riqueza em espécies, que assegura a sua estabilidade.
Enquanto o enfoque principal da cooperação para o desenvolvimento é a redução da pobreza, é agora amplamente aceite que uma melhor condução e entrosamento dos assuntos ambientais não é um luxo, mas uma necessidade absoluta para atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
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Estado da Biodiversidade no MundoA Análise do Milénio sobre Ecossistemas (MA) – Biodiversidade
A Biodiversidade beneficia os povos para além da contribuição para o bem-estar e meios de subsistência materiais. A Biodiversidade contribui para segurança, a resiliência, as relações sociais, a saúde, etc.
As alterações na biodiversidade devido a actividades humanas sucederam mais rapidamente nos últimos 50 anos do que em qualquer altura da história humana.
Os factores de mudança que causam a perda da biodiversidade e conduzem a alterações nos serviços dos ecossistemas mantêm-se ou constantes, ou sem abrandamento ao longo do tempo, ou a aumentar de intensidade.
No último século muitas pessoas beneficiaram da conversão de ecosistemas naturais e exploração da biodiversidade. Mas esses ganhos foram conseguidos graças a custos crescentes sob a forma de perda de biodiversidade, degradação de serviços dos ecosistemas, e aumento de pobreza para outros povos.
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Estado da Biodiversidade no MundoA Análise do Milénio sobre Ecossistemas (MA) – Biodiversidade
FACTORES MAIS IMPORTANTES DE PERDA DE BIODIVERSIDADE E ALTERAÇÃO DOS SERVIÇOS DOS ECOSSISTEMAS:
Alterações no habitat(tais como alterações no uso da terra, modificação física e drenagem de água dos rios, perda dos recifes de corais, e danos aos fundos marinhos devido a arrastões)
Alterações climáticas
Espécies exóticas invasoras
Sobre-exploração
Poluição
Mesmo nos casos em que o conhecimento sobre os custos e benefícios é incompleto, o uso do princípio de precaução pode aplicar-se quando os custos associados às alterações do ecossistema são per se elevados ou as mudanças irreversíveis.
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Estado da Biodiversidade no Mundo
Objectivos e metas de curto prazo não são suficientes para a conservação e uso sustentável da biodiversidade e ecossistemas. Dados os tempos de resposta característicos para os sistemas político, sócio-económico e ecológico, são necessários objectivos e metas de longo prazo (ex. 2050) para guiar políticas e acções.
A ciência pode ajudar a assegurar que as decisões são tomadas com a mais melhor informação disponível, mas em última análise o futuro da biodiversidade depende da própria sociedade.
É necessário um esforço sem precedentes para conseguir em 2010 uma redução significativa na perda da biodiversidade a todos os níveis.
http://www.millenniumassessment.org/
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MOVIMENTO COUNTDOWN 2010
O Objectivo Biodiversidade 2010:Mais de uma década após a implementação da Convenção da Diversidade Biológica (CBD), a consciência e o reconhecimento da perda de biodiversidade ganharam uma elevada relevância política ao nível global, nacional e regional.
Isto resultou em compromissos mais ambiciosos a partir de 2001 na UE. Enquanto que a nível global, o objectivo é ‘conseguir uma diminuição significativa da taxa actual de perda de biodiversidade’, o objectivo da UE é ainda mais ambicioso: ‘travar a perda de biodiversidade até 2010”. Este é o primeiro grande objectivo de conservação, e foi acompanhado por uma decisão semelhante pelos países europeus fora da UE.
Countdown 2010: Rede internacional de parceiros activos trabalhando em conjunto para informar e envolver o público na meta biodiversidade 2010, apoiar os governos e administrações na implementação desta meta e monitorizar e avaliar os progressos feitos pelos Governos Europeus numa base anual.
www.countdown2010.netwww.countdown2010.netwww.iucn.orgwww.iucn.org
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TRAVAR A PERDA DE BIODIVERSIDADEalguns marcos importantes
1992, Rio de Janeiro
CONVENÇÃO DIVERSIDADE BIOLÓGICA
Assinada por 150 líderes do governo na cimeira da Terra em 1992, a Convenção da Diversidade Biológica foi concebida como uma ferramenta prática para traduzir os princípios da Agenda 21 na realidade, reconhecendo que a diversidade biológica é sobre algo mais do que plantas, animais e micro organismos e seus ecossistemas - é sobre os povos e sua necessidade de segurança alimentar, produtos medicinais, ar e água doce, abrigo, e um ambiente limpo e saudável onde possamos viver.
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TRAVAR A PERDA DE BIODIVERSIDADEalguns marcos importantes
16 Junho 2001, Gotemburgo, Suécia“O declínio da biodiversidade deverá ser travado, devendo este objectivo ser atingido até 2010” Sob a Presidência da Suécia, os Chefes de Estado da UE acordaram na estratégia da EU para o desenvolvimento sustentável. Mencionado pela primeira vez, o objectivo de 2010, tornou-se “headline” para gerir e conservar os recursos naturais.
19 Abril 2002, Haia, Holanda“Atingir em 2010 uma redução significativa da taxa actual de perda de biodiversidade”As 188 partes da Convenção da Diversidade Biológica fizeram do objectivo de 2010 a missão-chave para atingir a conservação da biodiversidade; o uso sustentável da mesma; a partilha justa e equitativa dos benefícios gerados pelos recursos genéticos.
4 Setembro 2002, Joanesburgo, África do Sul “Atingir até 2010 uma redução significativa da taxa actual de perda de diversidade biológica” A Cimeira Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, assumiu o papel crítico da biodiversidade e subscreveu a meta de biodiversidade 2010.
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TRAVAR A PERDA DE BIODIVERSIDADEalguns marcos importantes
23 Maio 2003, Kiev, Ucrânia“Reforçar o nosso objectivo no sentido de travar a perda de diversidade biológica a todos os níveis no ano de 2010” Ministros de Ambiente e Chefes de delegação de 51 países adoptaram a Resolução de Kiev sobre Biodiversidade na 5ª Conf.ª Ministerial “Ambiente para a Europa” e definiram objectivos para atingir a meta Biodiversidade.
22 Maio 2006, Bruxelas, Bélgica“Promover a meta 2010 e colocar a biodiversidade no caminho da recuperação”A Comunicação da Comissão Europeia “Travar a perda de Biodiversidade até 2010 – e mais além” operacionaliza a meta biodiversidade 2010 com 10 objectivos prioritários e um plano de acção detalhado.
No início de 2007 também o Conselho de Ministros Europeus adoptou a Comunicação e plano de acção, que inclui também assistência aos países em vias de desenvolvimento por forma a implementarem os seus próprios planos de acção para travar a perda de biodiversidade
![Page 12: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/12.jpg)
Biodiversidade e Cooperação para o Desenvolvimento
O objectivo primário e transversal da Cooperação para o Desenvolvimento na EU é a erradicação da pobreza no contexto do desenvolvimento sustentável.
Para atingir este objectivo, os Estados Membros da UE acordaram aumentar o seu nível de Assistência Oficial ao Desenvolvimento (AOD) para 0.56% do produto nacional bruto (PNB) até 2010.
Juntamente com os restantes países comprometidos em atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, os Estados Membros da UE prometeram atingir um nível de AOD de 0.7% do seu PNB em 2015.
A Comunidade Europeia e seus EM contribuem com mais de metade do global da AOD no total de 43 biliões de dólares.
Facto: Os “Países e Territórios Ultramarinos”* da União Europeia abrigam 15% dos recifes de coral do mundo e florestas tropicais do tamanho de Portugal.*Angola não faz parte, é um ACT
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Porquê e como é que a Comissão Europeia presta assistência aos países em vias de desenvolvimento?
Anteriormente já havia compromissos e planos de acção, como é exemplo Plano de Acção para a Biodiversidade para a Cooperação Económica e Desenvolvimento (2001).
A Comissão melhorou a integração dos assuntos relativos à Biodiversidade nos seus documentos estratégicos de âmbito nacional e regional.
É usado um conjunto de instrumentos para assegurar que os programas de cooperação para o desenvolvimento não têm impacto ambiental negativo inclusive na biodiversidade: Avaliações Ambientais Estratégicas, Avaliações de Impacte Ambiental e análises ambientais que incluem recomendações sobre como enfrentar desafios ambientais nos programas de cooperação.
Previstos fundos destinados aos países em vias de desenvolvimento no sentido de apoiar o objectivo de travar a perda de biodiversidade.
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Porquê e como é que a Comissão Europeia presta assistência aos países em vias de desenvolvimento?
RELAÇÕES EXTERNAS DA UNIÃO EUROPEIA
DG Desenvolvimento
DG Alargamento
Serviço Cooperação EuropeAid (Office)
DG Relações Externas
Departamento de Ajuda Humanitária (ECHO)
DG Comércio
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Porquê e como é que a Comissão Europeia presta assistência aos países em vias de desenvolvimento?
Exemplos de actividades apoiadas pela Comissão Europeia
Em Setembro de 2006, o IUCN organizou em Paris a Conferência “Biodiversidade na Cooperação para o Desenvolvimento da EU” apoiada pela Comissão Europeia e governos da Bélgica, Finlândia França e Suécia.
CONFERÊNCIA “Biodiversidade na Cooperação para o Desenvolvimento da EU
Objectivo principal: transformar os compromissos políticos em acções concretas apresentando recomendações para a Comissão Europeia e Estados Membros sobre como integrar de forma pro-activa a biodiversidade nos programas e políticas de cooperação.
O resultado desta Conferência foi a “Mensagem de Paris”.
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A MENSAGEM DE PARISIntegração da Biodiversidade na Cooperação para o Desenvolvimento
A "Mensagem de Paris" identifica quatro conjuntos de desafios para uma acção comum de integração da Biodiversidade nas políticas europeias de cooperação para o desenvolvimento:
Apoiar a integração da Biodiversidade nas políticas dos países parceiros;Melhorar os mecanismos de governação e participação para a redução da pobreza e uso sustentável da biodiversidade;Reforçar instrumentos e coerência políticaReconhecer a importância da biodiversidade nos Países e Territórios Ultramarinos (OCTs).
http://ec.europa.eu/development/ICenter/Pdf/MessageEN.pdf
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PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE EM ÁFRICA
Nos últimos decénios, a Comissão Europeia financiou alguns programas de conservação da biodiversidade em países em vias de desenvolvimento:
ECOFAC (Ecossistemas Florestais da África Central – programa regional queopera no Congo-Brazaville, Gabão, Camarões, Guiné Equatorial, República Centro Africana, São Tomé e Príncipe)
RAPAC (Rede de Áreas Protegidas da ÁfricaCentral)
GRASP (The Great Apes Survival Project)
MIKE (Monitoring the Illegal Killing of Elephants)
GRASP – Chimpanzés Órfãos © Ian Redmond
![Page 18: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/18.jpg)
PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE EM ÁFRICA
O Instrumento de Cooperação e Desenvolvimento
O novo acto base que enquadra actividades nestes sectores é o Instrumento de Cooperação e Desenvolvimento, que entrou em vigor a 1 Janeiro de 2007. Integra as várias estratégias geográficas e temáticas num só instrumento.
Áreas temáticas:
Investimento em RH; Ambiente e uso e gestão sustentável de recursos naturais; Actores não estatais e autoridades; Melhoria da segurança alimentar; Cooperação na área das migração e asilo.
ANEXO II (Ocde/DAC LISTA DOS RECEPTORESDE ODA): Inclui Angola
![Page 19: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/19.jpg)
Programa Temático de Ambiente e Gestão Sustentável de Recursos Naturais, incluindo Energia (ENRTP)
Inserido no âmbito do Instrumento de Cooperação e Desenvolvimento, este programa irá cobrir a dimensão ambiental do desenvolvimento e outras políticas externas promovendo as políticas ambientais e energéticas da União Europeia para além das suas fronteiras.
€804 milhões de euros para 7 anos entre 2007 e 2013.
No período 2007-2010: incluirá €85.5 milhões para duas novas iniciativas relacionadas com alterações climáticas e energias renováveis.
Programa adoptado a 25 Janeiro de 2006 pela Comissão Europeia após um processo consultivo com os interessados principais. Substitui anteriores linhas de financiamento.
http://ec.europa.eu/development/ICenter/Pdf/Environment/ENRTP/COM_(2006)_20_FR.pdf
![Page 20: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/20.jpg)
Programa Temático de Ambiente e Gestão Sustentável de Recursos Naturais, incluindo Energia (ENRTP)
PRIORIDADES
Contribuir para atingir os objectivos de Desenvolvimento do Milénio (assegurar a Sustentabilidade Ambiental), principalmente construindo capacidade interna (capacity building) para integrar o ambiente nos países em vias de desenvolvimento, apoiar os actores da sociedade civil, monitorizar e avaliar e preparar soluções inovadoras;
Promover a implementação de iniciativas e compromissos da UE a nível internacional, nomeadamente nas áreas do desenvolvimento sustentável, alterações climáticas, biodiversidade, desertificação, florestas e sua governação, recursos marinhos, resíduos e produtos químicos, etc.;
Melhorar a integração das questões ambientais, particularmente no que respeita ao combate à pobreza, expandindo as responsabilidades da UE e através de ajuda de cooperação e de especialistas;
![Page 21: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/21.jpg)
Programa Temático de Ambiente e Gestão Sustentável de Recursos Naturais, incluindo Energia (ENRTP)
Melhorar a governança* internacional no que respeita o ambiente e o papel de liderança da EU, particularmente prestando assistência em monitorização e avaliação aos níveis regional e internacional, ajuda à implementação de acordos multilaterais sobre ambiente e apoio para organizações internacionais e processos relacionados com ambiente e energia;
Promover opções para energias renováveis, particularmente através de apoio institucional e assistência técnica, a criação de um quadro legislativo e administrativo propício ao investimento, desenvolvimento de negócios e encorajamento à cooperação regional.
* A governança refere-se às normas, processos e condutas através dos quais se articulam interesses, se gerem recursos e se exerce o poder na sociedade.
![Page 22: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/22.jpg)
Programa Temático de Ambiente e Gestão Sustentável de Recursos Naturais, incluindo Energia (ENRTP)
ANÁLISE DAS ONGS NA CONSULTA PÚBLICA
OBJECTIVO 1: “Tornar o enquadramento ambiental internacional justo e correcto”A UE tem um papel crítico para assegurar que as instituições e os sistemas ambientais internacionais de governança são melhorados, por forma a cumprir bem os papéis vitais que lhes são atribuídos.
OBJECTIVO 2: “Apoiar melhorias às estruturas ambientais nacionais e regionais”assegurando-se de que os países ou as regiões que são parceiros-chave tenham as ferramentas para gerir eficazmente o seu ambiente.
OBJECTIVO 3: “Enfrentar desafios globais imediatos” A UE deve assegurar-se que os compromissos ao lidar com os desafios ambientais globais críticos são efectivos, mesmo quando os processos nacionais ou internacionais são ineficazes.
OBJECTIVO 4: “Melhorar o desempenho da UE”Certificando-se de que todas as políticas vão no sentido certo e que o ambiente é tomado a sério em todas as políticas e programas.
![Page 23: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/23.jpg)
Programa Temático de Ambiente e Gestão Sustentável de Recursos Naturais, incluindo Energia (ENRTP)
Oportunidades de financiamento
Os pedidos de propostas (Calls for proposals) serão em princípio abertos em Novembro/Dezembro de 2007 pelos Serviços da Comissão EuropeAid:
http://ec.europa.eu/europeaid/index_en.htm
![Page 24: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/24.jpg)
ANGOLA- ESTRATÉGIA E PLANO DE ACÇÃO NACIONAIS PARA A BIODIVERSIDADE
A Resolução Nº. 42/06 de 26 de Julho do Conselho de Ministros do Governo Angolano aprovou a ESTRATÉGIA E PLANO DE ACÇÃO NACIONAIS PARA A BIODIVERSIDADE
Elaboração da Estratégia: Governo de Angola, instituições governamentais responsáveis pelos sectores do agricultura e desenvolvimento rural, ambiente, energia e águas, geologia e minas, pescas e petróleos.
Apoio de: Faculdade de Ciências da Universidade Agostinho Neto, Rede Ambiental Maiombe; Governos Provinciais, sector privado e instituições doadoras para a realização dos vários workshops regionais, com várias instituições responsáveis pela gestão da biodiversidade; consultores diversos.
Financiamento: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundo Mundial para o Ambiente (GEF), Agência Norueguesa para o Desenvolvimento Internacional (NORAD). Apoio do Comité da Indústria Petrolífera em Angola para o Ambiente, Saúde e Segurança.
![Page 25: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/25.jpg)
ANGOLA- ESTRATÉGIA E PLANO DE ACÇÃO NACIONAIS PARA A BIODIVERSIDADE
A Estratégia e o Plano de Acção estão interligados através de oito Áreas Estratégicas que foram definidas através de um processo de consulta pública que envolveu representantes de instituições governamentais, autoridades locais e tradicionais, associações de defesa do ambiente, sector de ensino, sector privado e imprensa.
OBJECTIVO GLOBAL DA ESTRATÉGIA
Incorporar nas políticas e programas de desenvolvimento medidas para a conservação e o uso sustentável da diversidade biológica e a distribuição justa e equitativa dos recursos biológicos em benefício de todos os Angolanos.
![Page 26: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/26.jpg)
ANGOLA- ESTRATÉGIA E PLANO DE ACÇÃO NACIONAIS PARA A BIODIVERSIDADE
ÁREAS ESTRATÉGICAS:
A: Investigação e Divulgação de Informação B: Educação para o Desenvolvimento Sustentável
C: Gestão da Biodiversidade nas Áreas de Protecção Ambiental
D: Uso Sustentável das Componentes da Biodiversidade
E: O Papel das Comunidades na Gestão da Biodiversidade
F: Reforço Institucional
G: Legislação e Sua Implementação
H: Gestão, Coordenação e Monitorização
![Page 27: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/27.jpg)
ANGOLA- ESTRATÉGIA E PLANO DE ACÇÃO NACIONAIS PARA A BIODIVERSIDADE
Projecto “Support for Capacity Building to Improve Environmental Planning and Biodiversity Conservation in Angola” – 1st Phase (Project 000111111 – ANG/02/005).
Financiado pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas
Recomendações: (…)
7.7 International cooperation initiatives for environmental protection in Angola
• Not remain restricted to partnership with MINUA for developing environmental protection projects in Angola. Involve other actors (universities, sectoral ministries, NGOs, provincial governments, research centers) in environmental projects.
![Page 28: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/28.jpg)
A Quercus e o objectivoParar a perda de biodiversidade
Seminário Sociedade Civil, Empresas e BiodiversidadeFundação Calouste Gulbenkian, 26 Setembro 2007
Workshop Business and Biodiversidade e as ONGsLisboa, 27 Setembro
Lançamento do “Condomínio da Terra”Semana 8-11 Outubro - Curitiba, Brasil
Programa Quercus Biodiversidade Reservas e Micro-reservas QuercusCentros de Recuperação de Animais SelvagensProjectos de reflorestação e adensamento florestalConservação de bosquesProjecto “De Olhos na Floresta”Combate a espécies invasorasRecuperação de zonas húmidas, linhas de água e espécies piscícolasAvifauna e Linhas EléctricasPromover a protecção de CetáceosProjecto Empresas e BiodiversidadeCondomínio da Terra
![Page 29: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/29.jpg)
A Quercus e o objectivoParar a perda de biodiversidade
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
EEB – European Environmental Bureau Integra a Comissão Executiva, participa em vários grupos de trabalho, incluindo o grupo de trabalho “Biodiversidade”
Membro da rede Countdown 2010
Membro de: Pesticides Action Network (PAN), FSC
Relações institucionais com: CAN, T&E, outras
Parcerias e colaboração com Greenpeace
![Page 30: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/30.jpg)
QUERCUS-ANCN22 ANOS EM DEFESA DA BIODIVERSIDADE
Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza. Fundada a 31 de Outubro de 1985.
A designação Quercus assume a designação genérica em latim dos carvalhos, azinheiras e sobreiros.O símbolo: uma folha e bolota de carvalho-negralExpressam a preocupação e empenhamento na conservação da Natureza que marcaram desde o início a actividade da associação.
![Page 31: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/31.jpg)
FUNDO QUERCUS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA
Instrumento de enquadramento dos projectos de Conservação da Natureza e Biodiversidade, garantindo fundos para a sua concretização.
O Fundo Quercus para a Conservação da Natureza
![Page 32: Biodiversidade e Cooperação na União Europeia](https://reader038.fdocument.pub/reader038/viewer/2022102621/548a8a81b37959711e8b4a39/html5/thumbnails/32.jpg)
RESERVAS QUERCUS
TEJO INTERNACIONAL
Monte Barata Casa do Rosmaninhal Monte da Cubeira Casa-abrigo do Cabeço da Pinhelva Observatório de Aves Alimentador de Abutres
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TEJO INTERNACIONAL - ROSMANINHAL
TEJO INTERNACIONAL - ROSMANINHAL
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MONTE BARATA
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REDE DE MICRO-RESERVAS BIOLÓGICAS
Micro-reservas: pequenas áreas para conservação de habitats, fauna, comunidades vegetais e endemismos botânicos raros ou ameaçados.
7 Micro-Reservas
+ outras em estudo e negociação
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REDE DE MICRO-RESERVAS BIOLÓGICAS
Duas parcelas com 10 hectares em zonas declivosas nas margens do Tejo e de alguns barrancos afluentes.
Além de alguns zambujeiros e azinheiras, estas parcelas possuem manchas de matagal mediterrânico e afloramentos rochosos importantes para a nidificação de espécies raras da nossa avifauna: bufo-real, cegonha-preta, abutre-do-egipto e águia-de-bonnelli entre outras.
Cegonha-preta
Escarpas com nidificação de aves rupícolas do Tejo Internacional
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REDE DE MICRO-RESERVAS BIOLÓGICAS
Um dos mais importantes abrigos de morcegos em Portugal, numa área do vale do rio Nabão (aprox. 1 ha).
Populações de espécies, raras ou em perigo de extinção. Colónia com mais de 2500 Morcegos-de-peluche (Miniopterus schreibersii); colónia com algum significado de Morcego-rato-grande (Myotis myotis) com perto de 1000 indivíduos e centenas de indivíduos de Morcego-de-franja (Myotis nattererii).
Colónia de morcego-rato-grande
Abrigo de Morcegos do Sítio “Sicó-Alvaiázere”
Localização: Sítio da Rede Natura do Sicó Alvaiázere
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REDE DE MICRO-RESERVAS BIOLÓGICAS
Turfeira na Serra da Freita
Contratualizada a gestão duma área de 2,4 ha. As turfeiras de altitude ocorrem em biótopos permanentemente encharcados, em fisiografias planálticas, nas serras de maior altitude do Norte e Centro de Portugal.
A maior parte são atapetadas por musgos do género Sphagnum, onde coexistem também as urzes (Calluna vulgaris), os tojos (Ulex minor) e plantas insectívoras como a orvalhinha (Drosera rotundifolia) e diversas ciperáceas (plantas vasculares associadas a estas comunidades).
Turfeira na Serra da Freita
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REDE DE MICRO-RESERVAS BIOLÓGICAS
Localização: Região de BejaAdquirido um terreno com cerca de 1 ha para protecção e fomento desta espécie, endemismo lusitano muito raro.
Os poucos núcleos populacionais conhecidos incluem usualmente algumas centenas de exemplares.
O terreno será vedado e procurar-se-á conhecer quais as melhores condições para o desenvolvimento desta pequena planta anual.
Linaria ricardoi
Monte do Outeiro: protecção de Linaria ricardoi
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REDE DE MICRO-RESERVAS BIOLÓGICAS
Em colaboração com o ICN – proprietário deste espaço - foi criada esta micro-reserva com cerca de 10 ha
Objectivo: protecção de diversas espécies botânicas de onde se destacam Armeria pseudarmeria (cravo romano) e Dianthus cintranus spp. Cintranus (cravo de Sintra). Medidas de gestão principais: controle de acessos, de pisoteio e de exóticas infestantes, colocação de informação.
Serra de Sintra – zona da Peninha
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REDE DE MICRO-RESERVAS BIOLÓGICAS
Localização: Serra da Estrela
Uma das populações mais numerosas desta espécie em Portugal.
Algumas espécies de narcisos, entre as quais o narciso-de-trombeta, estão muito ameaçados pela colheita de bolbos e pela mobilização dos solos nos seus habitats.
Narcissus pseudonarcissus subsp. nobilis
Sítio dos Prados: protecção de Narcissus pseudonarcissus subsp. nobilis
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REDE DE MICRO-RESERVAS BIOLÓGICAS
Localização: Sítio da Rede Natura 2000 “Sicó-Alvaiázere”
Adquirida com base em compensação por apuramento de responsabilidade ambiental.
Deverá vir a atingir os 9 ha visando proteger um habitat prioritário no âmbito da Directiva Habitats:
Prados secos seminaturais e facies arbustivos em substracto calcário com a presença de várias espécies de orquídeas.
Ophrys scolopax
Micro-reserva biológica do Sitio dos Chãos: prados de orquídeas
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PROJECTO DE RECUPERAÇÃPO DO BOSQUE AUTÓCOTNE
Reserva biológica do Cabeço Santo
Localização: Serra do CaramuloTerreno de 7 ha
Eliminação da área de eucaliptos e de diversas espécies invasoras. Sementeira e plantação de árvores e arbustos autóctones.
Objectivo: recuperar o bosque natural num projecto demonstrativo prosseguindo este trabalho para terrenos vizinhos de outros proprietários.
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CENTROS DE RECUPERAÇÃO DE ANIMAIS SELVAGENS
CRASSA–Centro de Recuperação de Animais de Selvagens de St. André
CERAS–Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco
CRAS-Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto
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CRASSA–Centro de Recuperaçãode Animais Selvagens de St. André
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CERAS–Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco
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CRAS - Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto
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LIBERTAÇÃO DE AVESAPÓS A RECUPERAÇÃO
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ALIMENTADORES DE AVES NECRÓFAGAS
Vale do Guadiana / Beja
Tejo Internacional /Rosmaninhal
Abutre-do-egiptoAbutre-negro
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Bando de grifos em voo
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ALIMENTADOR DE ABUTRES
TEJO INTERNACIONAL
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IMPACTE DAS LINHAS ELÉCTRICAS NA AVIFAUNA
AVALIAÇÃO DE IMPACTES
MONITORIZAÇÃO DE LINHAS ELÉCTRICAS
APLICAÇÃO DE MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO PELA EDP E REN
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COLOCAÇÃO DE DISPOSITIVOS PARA MINIMIZAÇÃO DE IMPACTE
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PROGRAMA ANTÍDOTO
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22 ANOS DE ACTIVIDADES EM DEFESA DA BIODIVERSIDADE